UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE BIOLOGIA
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
GABRIELLE RODRIGUES DE FARIA
BIODIVERSIDADE DE FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS E
PLANCTÔNICOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL DA
REGIÃO DE CABO FRIO - RJ, BRASIL
NITERÓI
2011
II
GABRIELLE RODRIGUES DE FARIA
BIODIVERSIDADE DE FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS E
PLANCTÔNICOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL DA
REGIÃO DE CABO FRIO - RJ, BRASIL
Monografia apresentada no Departamento de
Biologia Marinha da Universidade Federal
Fluminense, como requisito parcial para obtenção
do Grau de Bacharel em Ciências Biológicas.
Orientadora: Prof.ª Drª Cátia Fernandes Barbosa
Niterói
2011
III
GABRIELLE RODRIGUES DE FARIA
BIODIVERSIDADE DE FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS E
PLANCTÔNICOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL DA
REGIÃO DE CABO FRIO - RJ, BRASIL
Monografia apresentada no Departamento de
Biologia Marinha da Universidade Federal
Fluminense, como requisito parcial para obtenção
do Grau de Bacharel em Ciências Biológicas.
Aprovada em 28 de novembro de 2011
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Prof.ªDrª Cátia Fernandes Barbosa
Universidade Federal Fluminense - Presidente
____________________________________
Prof.ªDr Fábio Bettini Pitombo
Universidade Federal Fluminense - Membro
____________________________________
Dr. Rodrigo da Costa Portilho Ramos
Universidade Federal Fluminense - Membro
______________________________________
Msc. Ana Lídia Bertoldi Gaspar
Universidade Federal Fluminense – Membro suplente
IV
À minha família pelo apoio incondicional.
V
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha orientadora Prof. Cátia pela imensa ajuda e incentivo que tornaram
possível a conclusão desta monografia, pelos ensinamentos e por ter me esclarecido
tantas dúvidas.
À Petrobras por ter financiado este projeto.
À todos os professores que contribuíram para a minha formação.
À todos os colegas de laboratório pela ajuda sempre muito bem vinda, e agradeço em
especial ao pessoal da microscopia Igor, Carine, Bruno, Patrícia, Manú, Ana Lídia,
Douglas, Thiago pelos momentos de descontração, risadas, pelos divertidíssimos dias de
trabalho. Ao André pela ajuda com o mapa da área de estudo. Ao Igor pela dica de
edição de imagens. Ao Rodrigo pela ajuda com os planctônicos. À Carine por ter sido
muito atenciosa em esclarecer dezenas de dúvidas.
Aos amigos que fiz na faculdade, pelos quatro anos de convívio quase que diário,
espero que mesmo cada um seguindo seu caminho, que nossa amizade permaneça.
Às minhas “irmãs” de Pouso Alegre: Aline, Gaby, Laís, Mary, Mayara, Carol pela
amizade, pela cumplicidade, por entenderem nossos encontros rápidos de feriados, por
estarem sempre presentes nos momentos difíceis, por participarem de momentos felizes
e risadas. E a todos meus outros amigos que aqui não foram citados, mas que tem
imensa importância na minha vida e que mesmo morando longe se fazem presentes.
Ao meu namorado Bernardo por estar sempre me apoiando, pela imensa paciência,
pelos conselhos e à sua família por ser a minha segunda família. À Ana Luiza pelo
carinho, paciência, ensinamentos e amizade.
Às pessoas mais importantes da minha vida minha mãe Olímpia, meu pai Gabriel e meu
irmão Raphael pelo amor, carinho, compreensão e por tornarem possível a realização
dos meus sonhos, pelo apoio em todas as minhas decisões, por acreditarem em mim.
Pelo exemplo de caráter e pela contribuição para a construção de quem sou hoje.
VI
”Atrás de cada conquista vem um novo desafio.”
Madre Teresa de Calcutá
VII
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: A. Siphotextularia rolshausheni, foraminífero bentônico que possui parede
aglutinante. B. Pyrgo oblonga, foraminífero de parede calcária porcelânica
(imperfurada) e C. Elphidiella sp., foraminífero bentônico que possui parede calcária
hialina. Fotos realizadas em microscópio eletrônico de varredura
(MEV)..............................................................................................................................16
Figura 2: Mapa correspondente à região estudada com a localização das estações de
amostragem......................................................................................................................18
Figura 3: Massas d‟água que atuam na região de Cabo Frio (AT = Água Tropical;
ACAS = Água Central do Atlântico Sul; CB = Corrente do Brasil)..............................19
Tabela 1: características dos testemunhos longos amostrados
(Kullenberg).....................................................................................................................21
Tabela 2: características dos testemunhos curtos amostrados (Box-
core).................................................................................................................................21
Quadro 1: Enquadramento sistemático dos foraminíferos encontrados na região de Cabo
Frio, RJ baseado em Sen Gupta (1999) e Loeblich & Tappan
(1988).............................................................................................................................. 23
VIII
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................ IX
ABSTRACT ............................................................................................................................. X
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
1.1 FORAMINÍFEROS .................................................................................................... 2
1.1.1 Aspectos gerais .................................................................................................... 2
1.1.2 Distribuição geográfica dos foraminíferos .......................................................... 3
1.2 TAXONOMIA ............................................................................................................ 4
2. ÁREA DE ESTUDO ......................................................................................................... 6
2.1 ASPECTOS GERAIS ................................................................................................. 6
2.2 OCEANOGRAFIA REGIONAL ............................................................................... 7
3. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 9
3.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 9
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 9
4. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................ 10
4.1 CAMPO .................................................................................................................... 10
4.2 LABORATÓRIO ...................................................................................................... 11
5. RESULTADOS ............................................................................................................... 12
5.1 SISTEMÁTICA ........................................................................................................ 12
5.1.1 Descrição sistemática ........................................................................................ 18
6. DISCUSSÃO ................................................................................................................... 59
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 70
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 71
IX
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo fornecer a identificação e catalogação das espécies de
foraminíferos bentônicos e planctônicos com base em um banco de dados de
fotomicrografias usando microscópio eletrônico de varredura. São fornecidas
informação taxonômica, sistemática e morfológica das diferentes espécies encontradas.
As amostras foram coletadas durante o Projeto Ressurgência na fácies de lama na
plataforma continental de Cabo Frio, RJ, utilizando amostradores Box-core e
Kullenberg em diferentes estações. No laboratório as amostras sedimentares foram
lavadas através das peneiras de malha 0,125 mm e 0,062 mm e triadas. Devido à ênfase
em taxonomia foram selecionados os melhores exemplares de cada espécie a fim de
facilitar a identificação dos táxons neste e em estudos subsequentes. Os microfósseis
foram depositados em lâminas micro paleontológicas e identificados em nível
específico. Foram identificados, descritos e fotografados 103 táxons de foraminíferos
bentônicos e planctônicos da região. A descrição sistemática foi feita baseada na
literatura de foraminíferos. Este trabalho será importante como uma ferramenta de
apoio na padronização sistemática de foraminíferos para estudos paleoceanográficos e
paleoecológicos, além da sua importância para a indústria de petróleo e gás na região.
Palavras-chave: taxonomia, sistemática, foraminíferos, Cabo Frio.
X
ABSTRACT
This study aims to provide the identification and cataloging of benthic and planktonic
foraminifera species based on photomicrographs database using scanning electron
microscope. It is furnished the taxonomy, systematic, and morphological information
from the different species found. The samples were collected during the Projeto
Ressurgência on the continental shelf mud facies of Cabo Frio, using Box–core and
Kullenberg and in different stations. In the laboratory the sedimentary samples were
washed through 0.125 mm and 0.062 mm mesh sieves and picked up. Due to the
emphasis on taxonomy, we selected the best specimens of each species in order to
facilitate the identification of taxa in this and subsequent studies. The microfossils were
deposited on micro paleontological slides appropriate for them and identified at the
species level. It was identified, described, and photographed 102 taxa of benthic and
planktonic foraminifera of the region. The systematic description was made based on
foraminiferal literature . This work will be important as a supporting tool on the
standardization of foraminiferal systematics for paleoceanographical and
paleoecological studies, besides its importance to the oil and gas industry in the region.
Key-words: taxonomy, systematics, Foraminifera, Cabo Frio.
1
1. INTRODUÇÃO
A utilização de foraminíferos em diferentes estudos é de suma importância na
interpretação dos processos marinhos. Eles são os protozoários marinhos mais
abundantes nos domínios bentônico, mesopelágico superior e epipelágico, além disso,
tem uma longa história geológica, altas taxas evolutivas e alto potencial de preservação
o que os faz deles bioindicadores ideais para estudos das mudanças ambientais no
ambiente marinho (Barbieri, 2006).
A alta sensibilidade dos foraminíferos às mudanças ambientais faz com que os
foraminíferos sejam indicadores das condições ambientais nos ecossistemas marinhos
com base nas variações da morfologia de suas testas (Tarasova, 2006). Há diversas
aplicações para o estudo dos foraminíferos, além do grande potencial bioestratigráfico,
constituem uma excelente fonte de dados para abordagens paleontológicas como a
paleoceanografia e a paleoclimatologia, pois são indicadores batimétricos (razão
planctônicos/bentônicos) e marcadores de massas d‟água devido à sensibilidade de
determinadas espécies em relação à temperatura (Bergue & Coimbra, 2008).
Análises geoquímicas como medições de isótopos estáveis nas testas de carbonato
de foraminíferos fornecem uma das bases para reconstruções do oceano no passado e
reconstruções da história do clima e das variáveis: temperatura, salinidade e volume de
gelo (Katz, et al. 2010) que normalmente são perdidas ao longo da história oceânica.
Sendo assim, há uma grande demanda por estudos e registros da sua fauna.
A taxonomia dos foraminíferos baseia-se, essencialmente, na análise da
composição da parede e nos elementos morfológicos das testas. A nomenclatura
taxonômica referente ao nome de gêneros e espécies passou por modificações ao longo
do estudo dos foraminíferos.
O primeiro trabalho de organização sistemática dos foraminíferos em grande
escala foi conduzido por d‟Orbigny em 1826, sendo que no Atlântico Sul, sua
nomenclatura foi primeiramente publicada em 1839 também por d‟Orbigny (Boltovskoy
et al, 1980). Após d‟Orbigny vários autores propuseram classificações. A taxonomia
dos foraminíferos passou por mudanças devido à evolução das técnicas de observação
ao longo dos anos, com o avanço da microscopia óptica e eletrônica, hoje, cada
2
indivíduo e suas diferenças na construção de paredes, morfologias e ornamentações
podem ser observados mais detalhadamente (Boltovskoy et al, 1980).
Os exemplares classificados pelos taxonomistas são úteis para comparações em
revisões taxonômicas e são utilizados como referências para diversos estudos, sendo
assim, um banco de dados de espécies características de uma área constituem uma
importante ferramenta para a reconstrução paleoambiental.
1.1 FORAMINÍFEROS
1.1.1 Aspectos gerais
Os foraminíferos são seres unicelulares, eucariontes e heterotróficos, pertencentes
ao Reino Protista, Filo Granuloreticulosa, Classe Foraminifera (Loeblich & Tappan
1992, Sen Gupta, 1999). Apresentam pseudópodes e um protoplasma protegido por uma
carapaça a qual pode ser composta por carbonato de cálcio, aglutinada por partículas do
sedimento em que vivem ou mais raramente, orgânica ou silicosa, sendo essa carapaça
composta por uma ou várias câmaras interconectadas por um ou mais orifícios,
chamados forâmen (Vilela, 2004).
A alimentação desses protistas se dá pela projeção de seus pseudópodes para fora
da carapaça, os quais também são responsáveis pela locomoção e respiração desses
organismos. O seu crescimento se dá através do prolóculo, uma câmara inicial a partir
da qual se projeta parte do citoplasma como um molde em que os minerais são
adicionados para formação de novas câmaras.
Os foraminíferos são organismos aquáticos e podem ter hábitos bentônicos ou
planctônicos. A maioria dos foraminíferos é bentônica, são conhecidas cerca de 4.000
espécies de foraminíferos bentônicos e quarenta e quatro espécies representam os
foraminíferos planctônicos. A maior diversidade das espécies bentônicas deve-se ao
registro geológico mais antigo, no qual seus fósseis datam do período Cambriano
enquanto que o registro das espécies planctônicas são do período Jurássico (Sen Gupta,
1999).
Os foraminíferos bentônicos podem viver fixos ao substrato (sésseis) ou se
locomoverem (vágeis), podem viver sobre o sedimento (epifaunal) ou enterrados nele
3
(infaunal). Os planctônicos vivem à deriva nas correntes marinhas e podem migrar pela
coluna d‟água (Bé, 1960 e Boltovskoy et al, 1996) a maioria vive na zona eufótica
durante o estágio inicial do seu ciclo de vida e descem para águas mais profundas
quando adultos. A distribuição vertical desses protistas é ampla e variável
regionalmente e sazonalmente e devem estar relacionados com essa distribuição fatores
como temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, condição fótica e disponibilidade de
nutrientes (Arnold & Parker, 1999).
Para a classificação dos foraminíferos quanto à determinação das famílias,
gêneros e espécies leva-se em conta o hábito de vida, as características das câmaras,
como número e formato, linhas de sutura, número, forma e posição das aberturas, tipo
de enrolamento, ornamentos e ocorrência no tempo geológico (Vilela, 2004).
1.1.2 Distribuição geográfica dos foraminíferos
Foraminíferos são organismos muito sensíveis às condições físico-químicas do
meio, desta forma, sua distribuição está associada principalmente a essas características.
Os fatores de maior importância que controlam a distribuição dos foraminíferos são a
salinidade, a temperatura, o pH, a profundidade, o caráter do fundo, a alimentação, a
luminosidade, microelementos, entre outros (Murray, 1991; Boltovskoy et al., 1991).
(Boltovskoy, 1965.) e alterações nesses fatores ambientais são refletidas em suas
associações (Murray, 1991; Chum et al., 1998). Devido a essas características a
distribuição dos foraminíferos no Recente tem aplicações envolvendo estudos
ecológicos, ambientais, climáticos e batimétricos (Brasier, 1980).
O padrão de distribuição dos foraminíferos planctônicos nos oceanos, segundo Bé
(1966) está relacionado com a latitude, sendo influenciado principalmente pela
temperatura e salinidade das águas superficiais dos oceanos. O autor concluiu que esses
organismos podem ser agrupados em diferentes faixas nomeadas como zonas de
distribuição, sendo elas: Tropical, Subtropical, Transicional, Subpolar e Polar. Em geral
a maioria das espécies vive em águas quentes, assim como eles aumentam em tamanho
em regiões mais próxima dos trópicos (Schmidt, et al. 2004.). Esse padrão é atribuído à
fatores relacionados à temperatura como eficiência metabólica e supersaturação de
carbonato.
4
A distribuição biogeográfica de foraminíferos bentônicos é controlada
principalmente por características sedimentológicas, no entanto, Cushman (1948)
considera temperatura um importante fator controlador para a distribuição dos
foraminíferos bentônicos e, além da temperatura, fatores históricos geológicos são de
grande importância para explicar os padrões de distribuição.
1.2 TAXONOMIA
O entendimento dos seres vivos sobre a Terra é facilitado pelo agrupamento e
nomeação dos organismos e eles são agrupados com base nas suas inter-relações ou
similaridades, é a chamada classificação taxonômica ou sistemática (Simpson, 1961),
tendo como objetivo ordenar os organismos e hierarquizar os grupos.
A taxonomia dos foraminíferos baseia-se, essencialmente, na análise da
composição da parede e nos elementos morfológicos das testas. As testas tem uma
variedade de formas e estruturas que facilita a distinção dos taxa e são essenciais para
sua classificação taxonômica. A distinção das ordens se dá pelas diferenças nos
constituintes das testas, no hábito de vida, tipo de enrolamento das câmaras e ocorrência
no tempo geológico (Loeblich & Tappan, 1988). Para a determinação das famílias,
gêneros e espécies leva-se em conta o número e o formato das câmaras, as linhas de
sutura, a forma e posição das aberturas, os tipos de ornamentos (Vilela, 2004).
Entre as dificuldades encontradas na sistemática de foraminíferos, estão as
diferenças nos estágios de crescimento da testa, formas jovens podem ser bastante
diferentes das formas adultas, podendo causar equívocos na identificação.
No que se refere aos foraminíferos de plataforma continental, o grupo é
amplamente diversificado, tendo táxons de parede aglutinada com partículas do
sedimento, de parede calcária hialina e porcelânica (Fig.1).
5
Figura 1: A. Siphotextularia rolshausheni, foraminífero bentônico que possui
parede aglutinante. B. Pyrgo oblonga, foraminífero de parede calcária porcelânica
(imperfurada) e C. Elphidiella sp., foraminífero bentônico que possui parede
calcária hialina. Fotos realizadas em microscópio eletrônico de varredura (MEV).
A
B C
6
2. ÁREA DE ESTUDO
2.1 ASPECTOS GERAIS
A área de estudo compreende a plataforma continental sudeste do Brasil na área de
Cabo Frio, na costa norte do Estado do Rio de Janeiro, na altura do paralelo 23ºS e
longitude aproximada 42ºW. Esta região corresponde à parte sul da Bacia de Campos
(Fig.2).
A região de Cabo Frio é conhecida pela ocorrência periódica do fenômeno da
ressurgência costeira, quando águas frias e ricas em nutrientes afloram a superfície,
levando a uma sequência de processos biológicos e geoquímicos associados ao pulso
ressurgente. Além disso, a proximidade com duas fontes importantes de material
continental, a Baia da Guanabara e a foz do rio Paraíba, sugerem uma diversidade de
processos que controlam a sedimentação e geoquímica local. Uma importante
característica da região é a mudança da linha de costa de direção NE-SO para E-W na
altura de Cabo Frio, o que promove uma dinâmica costeira singular, responsável pela
alta dinâmica ecológica.
A influência de múltiplos fatores como a disponibilidade de nutrientes, diferenças
de temperatura e salinidade, penetração da luz na água, afetam o crescimento
populacional, a diversidade e a distribuição dos organismos inseridos nesse meio, como
os foraminíferos.
A plataforma continental nesta área apresenta uma extensão de aproximadamente
100 km e uma profundidade de lâmina d‟água entre 50 e 120 m. A região possui um
banco lamoso com espessura média de 2 m, chegando a 20 m em alguns locais
próximos a costa. Estes sedimentos apresentam alto teores de matéria orgânica quando
comparados aos sedimentos da plataforma continental ao norte, na Bacia de Campos.
7
Figura 2: Mapa correspondente à região estudada com a localização das estações de
amostragem.
2.2 OCEANOGRAFIA REGIONAL
A dinâmica oceanográfica da região de Cabo Frio é marcada pela ocorrência de três
massas de água distintas: Água Costeira (AC), massa d‟água quente (T ≥ 25ºC) e com
baixa salinidade. Água Tropical (AT) com temperatura quente e alta salinidade e Água
Central do Atlântico Sul (ACAS), massa d‟água fria (T ≤ 18ºC) que aflora
ocasionalmente na região (Aidar et al., 1993; Valentin, et al., 1987).
A Corrente do Brasil (CB) flui em direção sul, paralelo a costa brasileira com seu
caminho preferencial aproximadamente sobre a isóbata de 1000 m e é responsável por
transportar a Água Tropical (AT) nos níveis de 0-200m; e a Água Central do Atlântico
Sul (ACAS) nos níveis de 200-400m (Silveira et al., 2000) eventualmente preenchendo
as camadas mais profundas da plataforma continental (Fig. 3). A dinâmica da CB
promove o desenvolvimento de meandros e vórtices, os quais, nessa região, estão
associados à mudança na orientação da linha de costa (Campos, et al., 1995 e
Mascarenhas et al., 1971). Esses vórtices, quando ciclônicos, induzem o afloramento da
ACAS e quando anti-ciclônicos induzem um fluxo de matéria orgânica em direção ao
fundo.
As mudanças nas condições hidrográficas de Cabo Frio estão relacionadas, ainda, à
substituição das camadas superficiais de águas quentes (AT) com baixo nível de
produtividade por águas frias enriquecidas em nutrientes. A mudança na orientação da
8
linha de costa, juntamente com a ação dos ventos NE provocam um afastamento da AT
e da AC, o qual é compensado pelo afloramento da ACAS, caracterizando a
ressurgência costeira de Cabo Frio (Valentin, 1994).
A ocorrência da ressurgência com águas frias ricas em nutrientes que são trazidas à
superfície proporcionam um aumento significativo da produtividade biológica, sendo a
principal responsável pela concentração de material rico em carbono sobre a plataforma
e, assim, seu estudo é de grande importância científica e econômica.
Figura 3: Massas d‟água que atuam na região de Cabo Frio (AT = Água Tropical;
ACAS = Água Central do Atlântico Sul; CB = Corrente do Brasil).
9
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
A principal contribuição deste trabalho é a identificação de foraminíferos
bentônicos e planctônicos que ocorrem na fácies sedimentar de lama na plataforma
continental de Cabo Frio, RJ.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar, descrever a taxonomia e sinonímia, bem como catalogar espécies de
foraminíferos que se encontram na fácies sedimentar de lama na plataforma
continental de Cabo Frio, RJ.
Construir um banco de dados com fotomicrografias dos foraminíferos
encontrados com a finalidade de auxiliar na identificação das espécies encontradas
na região de Cabo Frio em estudos paleoambientais, paleoceanográficos e
plaeoclimáticos.
Tombamento das espécies fotomicrografadas no patrimônio do Museu de
Paleontologia e Micropaleontologia da UFF.
10
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 CAMPO
O material sedimentar analisado neste trabalho foi coletado pelo Projeto
Ressurgência no período de abril e maio de 2010, a bordo da embarcação Av.Pq.Oc.
Diadorim, do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira – IEAPM / Marinha
do Brasil. Na superfície de fundo composta por fácies sedimentar de lama rica em
matéria orgânica que se estende de 80 a 150 metros na plataforma continental da região
de Cabo Frio, RJ foram coletadas treze amostras com amostrador do tipo Box-core com
dimensões de 0,30cm x 0,30cm x 0,30cm e quatro amostras com amostrador do tipo
Kullenberg. Em todas as estações foram medidos o perfil fisiográfico e profundidade,
além do posicionamento com sistema de navegação GPS (Sistema de Posicionamento
Global por Satélite). Para o presente estudos foram analisadas 8 amostras de topos de
Box-core e 2 amostras de topos de Kullenberg.
Tabela 1: características dos testemunhos longos amostrados (Kullenberg).
Ponto Coleta Identificação
testemunho
Lat./Long. Profundidade
coleta (m)
P1 CF10-01 23°24‟67”- 41°30‟38” 128
P9 CF10-09 23°11‟81”- 41°44‟08” 120
Tabela 2: características dos testemunhos curtos amostrados (Box- core).
Ponto Coleta Identificação
testemunho
Lat./Long. Profundidade
coleta (m)
P1 BCCF10-01 23°40‟38”- 41°59‟01” 128
P2 BCCF10-02 23°31‟76”- 41°54‟98” 119
P4 BCCF10-04 23°27‟64”- 41°64‟48” 120
P7 BCCF10-07 23°11‟21”- 41°63‟52” 93
P9 BCCF10-09 23°20‟13”- 41°73‟63” 117
P13 BCCF10-13 23°06‟51”- 41°83‟17” 82
11
P14 BCCF10-14 23°11‟03”- 41°96‟70” 113
P16 BCCF10-16 23°07‟07”- 41°98‟10” 103
4.2 LABORATÓRIO
No laboratório as amostras foram padronizadas em volume de 10 cm3
com a
utilização de seringas descartáveis, lavadas através de peneiras 125m e 63m. No
intervalo entre as lavagens, as peneiras eram mergulhadas em azul de metileno, com o
objetivo de corar os organismos que ficassem retidos na malha e pudessem contaminar a
amostra subseqüente, depois de secadas em estufa a 50ºC, as amostras foram
acondicionadas em potes plásticos.
As amostras foram examinadas e triadas sob lupa binocular em bandejas para
análise de microfósseis. Após a triagem, os indivíduos foram depositados em lâminas
micropaleontológicas e a maioria foi identificada em nível específico. Os indivíduos que
melhor representaram as espécies em relação ao seu estado de conservação foram
fotografados em microscópio eletrônico de varredura (MEV) para melhor visualização
dos espécimes.
12
5. RESULTADOS
Nas 10 amostras resultantes dos testemunhos foram selecionados e identificados
105 taxons. As espécies estão distribuídas nas ordens da seguinte maneira: na Ordem
Astrorhizida apenas a espécie Bigenerina nodosaria, na Litulida apenas a espécie
Spiroplectella cylindroides, na ordem Textulariida 4 espécies, Miliolida 13, Spirillinida
apenas a espécie Patellina corrugata , na ordem Lagenida 32 espécies, Buliminida 15,
Rotaliida 24 Globigerinida 13 e na ordem Robertinida apenas a espécie Hoeglundina
elegans e dentre o total dos taxons identificados, 92 possuem hábito bentônico e 13 são
planctônicos.
5.1 SISTEMÁTICA
A maioria das carapaças encontradas nos topos de testemunho encontra-se em bom
estado de conservação. Por se tratar de um trabalho com ênfase na taxonomia, foram
selecionados os melhores exemplares de cada espécie a fim facilitar a identificação dos
táxons neste e em estudos posteriores.
A taxonomia adotada no presente trabalho apoiou-se em Loeblich e Tappan (1988),
Cushman (1970) e outros trabalhos. A sequência de ordens e famílias foi organizada de
acordo com Sen Gupta (1999). A sequência de gêneros está em ordem alfabética dentro
de cada família, bem como as espécies dentro de cada gênero.
Para a elaboração da descrição sistemática realizada neste estudo foi feita a análise
da interpretação dos táxons descrita por diversos autores, com referências dos trabalhos
citados, caracterizando a sinonímia de cada espécie. As sinonímias apresentam somente
a referência das espécies originais ou trabalhos mais relevantes e os trabalhos
consultados. A descrição de cada táxon refere-se aos exemplares deste estudo, baseada
nas descrições realizadas por outros autores.
Para a nomenclatura aberta foi usado o trabalho de Rios-Netto (2000), com a
utilização de alguns termos, cujo significado encontra-se abaixo.
13
cf. – Abreviatura do latim confer, que significa „similar‟. Usado quando um
exemplar é considerado muito próximo a uma espécie, com grande probabilidade de
pertencer a ela, mas com alguma dúvida persistente.
sp. – Abreviatura para „espécie‟. Usada para determinar uma espécie indefinida
para um determinado gênero.
A e B (designação informal) - Usada para determinar espécies diferentes e
indefinidas para o mesmo gênero.
Quadro 1: Enquadramento sistemático dos foraminíferos encontrados na região de Cabo
Frio, RJ baseado em Sen Gupta (1999) e Loeblich & Tappan (1988).
Ordens Famílias Gêneros Espécies
ASTRORHIZIDA ASTRORHIZIDAE Bigenerina Bigenerina
nodosaria
LITULIDA SPIROPLECTAMMINI
DAE
Spiroplectella Spiroplectella
cylindroides
TEXTULARIIDA
TEXTULARIIDAE
Textularia Textularia sp.
Siphotextularia Siphotextularia
rolshausheni
VERNEUILINIDAE Gaudryina Gaudryina sp.
VALVULINIDAE Clavulina Clavulina humilis
MILIOLIDA
CORNUSPIRIDAE Cornuspira Cornuspira
involvens
SPIROLOCULINIDAE Spiroloculina Spiroloculina
planulata
HAUERINIDAE
Miliolinella
Miliolinella sp.
Miliolinella cf. M.
hybrid
Pyrgo
Pyrgo
Pyrgo elongata
Pyrgo murrhina
Pyrgo oblonga
Pyrgo rotalaria
Pyrgo subsphaerica
14
MILIOLIDA
HAUERINIDAE
Quinqueloculina Quinqueloculina
lamarckiana
Sigmoilopsis Sigmoilopsis
schumbergeri
Triloculina Triloculina oblonga
Triloculina
tricarinata
SPIRILLINIDA PATELLINIDAE Patellina Patellina corrugata
LAGENIDA
NODOSARIIDAE
Dentalina Dentalina
communis
Dentalina filiformis
Grigelis Grigelis pyrula
VAGINULINIDAE
Astacolus Astacolus sp.
Astacolus
crepidulus
Vaginulinopsis Vaginulinopsis sp.
Siphomarginuli
Na
Siphomarginulina
hybrida
Lenticulina
Lenticulina
occidentalis
Lenticulina rotulata
Amphicoryna Amphicoryna sp.
Amphicoryna
scalaris
Saracenaria Saracenaria
angularis
LAGENIDAE
LAGENIDAE
Hyalinonetrion Hyalinonetrion
gracilis
Lagena
Lagena sp.
Lagena hispida
Lagena striata
Lagena sulcata
Procerolagena Procerolagena
15
LAGENIDA
gracillima
Procerolagena
gracilis
Procerolagena
ycatupe
Pygmaeoseistron Pygmaeoseistron sp.
ELLIPSOLAGENIDAE
Fissurina Fissurina coacatu
Fissurina radiata
Fissurina formosa
Oolina Oolina hexagona
Oolina squamosa
Parafissurina Parafissurina
felsinea
Parafissurina juruta
GLANDULINIDAE Glandulina Glandulina ovula
Globulotuba Globulotuba
entosoleniformis
BULIMIDA
BULIMIDA
CASSIDULINIDAE
CASSIDULINIDAE
Cassidulinoides Cassidulinoides
bradyi
Evolvocassiduli
Na
Evolvocassidulina
sp.
Globocassidulina Globocassidulina
subglobosa
Islandiella Islandiella sp
Paracassidulina Paracassidulina
neocarinata
BOLIVINIDAE
BOLIVINIDAE
Bolivina Bolivina fragilis
Bolivina ordinaria
Bolivinella Bolivinella
translucens
BULIMINIDAE Bulimina Bulimina aculeata
SIPHOGENERINOIDID
AE
Sagrinella Sagrinella sp.
16
UVIGERINIDAE
Neouvigerina Neouvigerina
ampullacea
Uvigerina Uvigerina peregrina
Angulogerina Angulogerina
angulosa
Ruatoria Ruatoria ruatoria
ROTALIDA
ROTALIDA
BAGGINIDAE Cancris Cancris auriculus
EPONIDIDAE Alabaminella Alabaminella
weddellensis
DISCORBIDAE Discorbis Discorbis
candeiana
ROSALINIDAE Rosalina Rosalina floridana
DISCORBINELLIDAE Discorbinella Discorbinella
bertheloti
PLANULINIDAE Planulina Planulina
ariminensis
CIBICIDIDAE
CIBICIDIDAE
Cibicides
Cibicides
pseudolobatulus
Cibicides
pseudoungeriana
Cibicidoides Cibicidoides
pachyderma
Dyocibicides Dyocibicides
biserialis
PLANORBULINIDAE Caribeanella Caribeanella sp.
NONIONIDAE
Astrononion Astrononion
stelligera
Melonis Melonis barleeanum
Nonion Nonion sp.
Nonion grateloupi
Nonionella Nonionella turgida
Pullenia Pullenia
17
quinqueloba
ORIDORSALIDAE Oridorsalis Oridorsalis westi
Oridorsalis
umbonata
GAVELINELLIDAE Anomalinulla Anomalinulla
glabrata
ELPHIDIIDAE
Elphidium
Elphidiella sp.
Elphidium
discoidale forma
translucens
GLOBIGERINIDA
GLOBIGERINIDA
GLOBOROTALIIDAE
Globorotalia Globorotalia
menardii
Neogloboquadri
na
Neogloboquadrina
dutertrei
PULLENIATINIDAE Pulleniatina
Pulleniatina
obliquiloculata
CANDEINIDAE Globigerinita Globigerinita
glutinata
GLOBIGERINIDAE
Globigerina Globigerina
bulloides
Globigerinella Globigerinella
calida
Globigerinoides
Globigerinoides
Globigerinoides
conglobatus
Globigerinoides
ruber
Globigerinoides
trilobus sacculifer
Globigerinoides
trilobus trilobus
Globoturborotalit
a
Globoturborotalita
rubescens
Orbilina Orbulina universa
HASTIGERINIDAE Hastigerina Hastigerina
aequilateralis
18
ROBERTINIDA EPISTOMINIDAE Hoeglundina Hoeglundina
elegans
5.1.1 Descrição sistemática
Reino PROTISTA
Filo GRANULORETICULOSA Margulis, 1999
Classe FORAMINIFERA Sen Gupta, 1999
Ordem ASTRORHIZIDA Sen Gupta, 1999
Família ASTRORHIZIDAE Brady, 1881
Gênero Bigenerina d‟Orbigny, 1826
Bigenerina nodosaria d‟Orbigny
(Est.1, fig.1)
1826 Bigenerina nodosaria d‟Orbigny. d‟Orbigny, A.D. Tableau méthodique de la
classe des Céphalopodes, Annales des Sciences Naturelles, vol.7, p.245-314.
1994 Bigenerina nodosaria d‟Orbigny. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.49, pl.44, fig.14-18.
Caracterização: Testa alongada, estágio inicial bisserial curto, tornando unisserial.
Suturas distintas e deprimidas no estágio unisserial. Parede aglutinada, canaliculada.
Abertura basal no estágio bisserial passando a terminal no estágio unisserial.
Ordem LITULIDA Sen Gupta, 1999
Família SPIROPLECTAMMINIDAE Cushman, 1927
Gênero Spiroplectella Earland, 1934
Spiroplectella cylindroides Earland
(Est.1, fig.2)
1934 Spiroplectella cylindroides Earland. Earland, A. Foraminifera. Part III. The
Falklands sector of the Antartic (Excluding South Georgia). Discovery Reports 7:113.
1988 Spiroplectella cylindroides Earland. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and
their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.112, pl.119, fig.18.
19
Caracterização: Testa alongada, prolóculo planoespiral enrolado e evoluto passando a
estágio unisserial, câmaras pouco infladas. Suturas deprimidas, radiais no estágio
enrolado e horizontais no estágio unisserial. Parede aglutinada. Abertura terminal.
Ordem TEXTULARIIDA Sen Gupta, 1999
Família TEXTULARIIDAE Ehrenberg, 1838
Gênero Textularia Defrance, 1824
Textularia sp.
(Est.1, fig.3)
1988 Textularia Defrance. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their
classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.173, pl.192, figs.10-21.
Caracterização: Testa bisserial, pouco triangular. Câmaras bastante comprimidas e
suturas pouco visíveis. Parede aglutinada. Abertura simples na base interna da última
câmara.
Gênero Siphotextularia Finlay, 1939
Siphotextularia rolshausheni Phleger & Parker, 1951
(Est.1, fig.4)
1911 Textularia catenata Cushman, figs. 39-40.
1951 Siphotextularia rolshausheni Phleger & Parker, pl.2, fig.8.
Caracterização: Testa pequena, arranjo bisserial. Câmaras aumentando de tamanho
quando adicionadas. Suturas distintas, oblíquas, fortemente deprimidas. Parede
aglutinada. Abertura circular no final de um sifão localizado na última câmara.
Família VERNEUILINIDAE Cushman, 1911
Gênero Gaudryina d‟Orbigny
Gaudryina sp.
(Est.1, fig.5)
1840 Gaudryina rugosa d‟Orbigny, A. Mémoire sur les foraminífères de la craie
blanche du bassin du Paris, Mémoires de la Sociéte Géologique de France 4(1) :1-51.
1988 Gaudryina rugosa d‟Orbigny. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their
classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.136, pl.144, figs.1-3.
20
Caracterização: Testa composta por duas distintas porções, inicialmente consistindo
uma série de câmaras arranjadas trisserialmente, depois passando para um arranjo
bisserial. Parede aglutinada. Abertura simples na base da margem interior da última
câmara.
Família VALVULINIDAE Berhelin, 1880
Gênero Clavulina d‟Orbigny, 1826
Clavulina humilis (Brady)
(Est.1, fig.6)
1884 Clavulina parisiensis var. humilis Brady, H.B. Rep. Voy. Challenger, Zoology,
vol.9.
1994 Clavulina humilis (Brady) Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The Natural
History Museum, Oxford Science Publications, p.53, pl.48, figs.19-21.
Caracterização: Testa alongada, porção inicial triangular com o final apical pouco
agudo, depois uma porção subcilíndrica, cônica. Câmaras da porção inicial tornando-se
um pouco mais separadas e distintas quando adicionadas, sendo a última câmara com
um definido pescoço. Suturas indistintas na porção trisserial, depois um pouco mais
distintas e deprimidas. Parede aglutinada, superfície áspera, bastante espessa. Abertura
terminal, central, no final do pescoço tubular.
Ordem MILIOLIDA Sen Gupta, 1999
Família CORNUSPIRIDAE Schultze, 1854
Gênero Cornuspira Schultze, 1854
Cornuspira involvens (Reuss)
(Est.1, fig.7)
1849 Operculina involvens (Reuss) Reuss, A.E. Die fossilen Polyparien dês Wiener
Tertiärbeckens, Naturwissenschaftliche Abhandlungen, Wien 2(1): 1-109.
1994 Cornuspira involvens (Reuss). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.26, pl.11, figs.1-3.
Caracterização: Testa livre, discoidal, prolóculo globular e indiviso plano espiral
enrolado e tubular evoluto. Parede calcária, porcelanosa, imperfurada, superfície lisa.
Abertura no final do tubo.
21
Família SPIROLOCULINIDAE Wiesner, 1920
Gênero Spiroloculina d‟Orbigny, 1826
Spiroloculina planulata (Lamarck)
(Est.1, fig.8)
1805 Miliolites planulata Lamarck, Ann. Mus., vol.5, p.352, n.4.
1929 Spiroloculina planulata (Lamarck). Cushman, J.A. The foraminifera of the
Atlantic Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.41, pl.8, figs 2-
5.
Caracterização: Testa irregularmente elíptica, periferia côncava, especialmente na
última câmara formada. Suturas distintas. Umbilico aberto. Superfície fosca. Abertura
na última câmaras com um lábio discreto.
Família HAUERINIDAE Schwager, 1876
Gênero Miliolinella Wiesner, 1931
Miliolinella sp.
(Est.1, fig.9)
1931 Miliolinella Wiesner, H. Die foraminiferen der deutschen Südpolar Expedition
1901-1903, Deutsche Südpolar Expedition, vol.20. Zoologie 12:53-165
1988 Miliolinella Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their classification. Van
Nostrand Reinhold Company. New York, p.340, pl.350, figs.1-18.
Caracterização: Testa calcária porcelanosa, três câmaras visíveis, última câmara
abrangente, periferia arredondada. Suturas bem marcadas e deprimidas. Superfície lisa.
Abertura terminal formando uma fenda com aba.
Miliolinella cf. M. hybrida (Terquem)
(Est.1, fig.10)
1878 Quinqueloculina hybrida (Terquem). Terquem, p.79, pl.9, fig.23
1923 Miliolina hybrida (Terquem). Wiesner, p.71, pl.13, figs.171-175.
1950 Miliolinella labiosa (d‟Orbigny). Said, p.5, pl.1, fig.10.
Caracterização: Testa semi-oval, mais larga que comprida, três câmaras aparentes, com
rápido aumento de tamanho e abrangente, torcidas, periferia arredondada. Suturas
22
distintas. Parede calcária hialina, superfície lisa. Abertura terminal grande em forma de
arco.
Gênero Pyrgo Defrance, 1824
Pyrgo elongata (d‟Orbigny)
(Est.1, fig.11)
1826 Biloculina elongata (d‟Orbigny). d‟ Orbigny, Ann. Sci. Nat., vol.7, p.298, n.4.
1929 Pyrgo elongata (d‟Orbigny). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.70, pl.19, figs 2,3.
Caracterização: Testa alongada, arredondada na porção aboral, vista terminal pouco
elíptica, periferia arredondada. Suturas distintas e deprimidas. Parede porcelanosa,
superfície lisa. Abertura subcircular com um dente estreito aparente na abertura.
Pyrgo murrhina (Schwager)
(Est.1, fig.12)
1866 Biloculina murrhina Schwager, Novara-Exped., Geol., vol. 2, p.203, pl.4, figs.
15a-c.
1929 Pyrgo murrhina (Schwager). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.71, pl.19, figs 6-7.
Caracterização: Testa bilocular, aproximadamente circular. Porção central protuberante,
comprimido para a periferia formando uma carena serrilhada. Parede porcelanosa,
superfície lisa. Abertura subcircular com um pescoço estreito.
Pyrgo oblonga (d‟Orbigny)
(Est.1, fig.13)
1839 Biloculina oblonga d‟Orbigny, p.163, pl.8, figs 21-23.
1970 Pyrgo oblonga (d‟Orbigny). Von Daniels, p.76, pl.3, fig.9.
1993 Pyrgo oblonga (d‟Orbigny). Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent
foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca. ,
p.57, pl.50, figs.1-6.
23
Caracterização: Testa porcelanosa, bilocular. Câmaras semi-circulares em secção
transversal. Sutura levemente sigmoidal em vista lateral. Superfície lisa, polida.
Abertura oval a subcircular com dente bipartido.
Pyrgo rotalaria Loeblich & Tappan
(Est.1, fig.14)
1953 Pyrgo rotalaria Loeblich & Tappan. Loeblich & Tappan, p. 47, pl. 6, figs 5-6.
1993 Pyrgo rotalaria Loeblich & Tappan. Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent
foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca.
p.57, pl.51, figs.1-4.
Caracterização: Testa bilocular, simetricamente biconvexa. Câmaras com parede
fortemente abobada. Carena visível na sutura e sigmoidal em vista lateral. Parede
porcelanosa, superfície lisa. Abertura situada no final de um pescoço comprimido,
delimitada por um lábio fraco peristomal conectado com a carena, dente estreito
projetado a partir da margem interna do pescoço.
Pyrgo subsphaerica (d‟Orbigny)
(Est.1, fig.15)
1839 Biloculina subsphaerica d‟Orbigny, in De la Sagra, Hist. Fis. Pol. Nat. Cuba,
“Foraminiferes”, p.162, pl.8, figs. 25-27.
1929 Pyrgo subsphaerica (d‟Orbigny). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.68, pl.18, figs 1-2
Caracterização: Testa rotunda ligeiramente mais longa que larga, câmaras arredondadas,
periferia arredondada. Suturas distintas, deprimidas. Parede calcária porcelanosa.
Superfície lisa e polida. Abertura largamente oval com curtas extensões laterais e dente
proeminente.
Gênero: Quinqueloculina d‟Orbigny, 1826
Quinqueloculina lamarckiana d‟Orbigny
(Est.1, fig.16)
1839 Quinqueloculina lamarckiana d‟Orbigny, in de La Sagra, Hist. Fis. Pol. Nat.
Cuba. “Foraminifères”, p.192, pl.11, figs.28-30.
24
1929 Quinqueloculina lamarckiana (d‟Orbigny). Cushman, J.A. The 24oraminífera of
the Atlantic Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.26, pl.2,
figs 6-a-c.
Caracterização: Testa com contorno oval, bordos agudos, enrolamento
quinqueloculinóide com quatro câmaras visíveis de um lado e três do outro. Câmaras
triangulares em secção transversal. Suturas levemente marcadas. Parede calcária
porcelanosa, superfície lisa, brilhante. Abertura ovalada na extremidade da última
câmara.
Gênero Sigmoilopsis Finlay, 1947
Sigmoilopsis schlumbergeri (Silvestri)
(Est.2, fig.17)
1904 Sigmoilina schlumbergeri Silvestri. Silvestri, p.267, 269.
1994 Sigmoilopsis schlumbergeri (Silvestri). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.
The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.23, pl.8, fig.1-4.
Caracterização: Testa oval, com câmaras de uma volta e meia em torno do seu eixo. A
primeira volta com arranjo de quinqueloculina e depois sucessivas câmaras angulares
entre seu plano de enrolamento. Parede aglutinada. Abertura terminal, arredondada.
Gênero Triloculina d‟Orbigny, 1826
Triloculina oblonga (Montagu)
(Est.2, fig.18)
1803 Vermiculum oblongum Montagu, Test. Brit., p.522, pl.14, fig.9.
1826 Triloculina oblonga (Montagu). d‟Orbigny, Tableau méthodique de la classe des
Céphalopodes, Annales des Sciences Naturelles, vol. 7, p.300, n.16.
1929 Triloculina oblonga (Montagu). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 6, p.57, pl.13, figs 4-5.
Caracterização: Testa alongada, com três câmaras visíveis, a última câmara formada
mais ampla que as precedentes, triangular em vista terminal, lados curvados e ângulos
arredondados, câmaras infladas. Suturas distintas, deprimidas. Parede calcária
porcelanosa, superfície lisa.. Abertura oval.
25
Triloculina tricarinata sensu Parker, Jones & Brady, 1865
(Est.2, fig.19)
1865 Triloculina tricarinata Parker, Jones & Brady. Parker, W.K., Jones, T.R. & Brady,
H.B. On the nomenclature of the foraminifera. Pt. XII. The species enumerated by
D‟Orbigny in the “Annales des Sciences Naturelles” vol. vii.1826, Annals and
Magazine of Natural History, ser. 3 16:15-41.
Caracterização: Testa trilocular, oval nas laterais, triangular em vista terminal. Câmaras
com suturas distintas. Parede calcária porcelanosa, superfície lisa. Abertura triangular
rodeada por um lábio peritomal com dente bipartido em forma de Y.
Ordem SPIRILLINIDA Sen Gupta, 1999
Família PATELLINIDAE Rhumbler, 1906
Gênero Patellina Williamson, 1858
Patellina corrugata Williamson
(Est.2, fig.20)
1858 Patellina corrugata Willianson, Rec. Foram. Gt. Britain. P.46, pl.3, figs.86-89.
1931 Patellina corrugata Williamson. Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 8, p.11, pl.2, figs 6,7.
Caracterização: Testa pequena, trocoespiralada. Prolóculo seguido de uma câmara
enrolada que se divide em câmaras semicirculares. Parede calcária hialina. Abertura
umbilical no bordo interno das últimas câmaras.
Ordem: LAGENIDA Sen Gupta, 1999
Família: NODOSARIIDAE Ehrenberg, 1838
Gênero Dentalina Risso, 1826
Dentalina communis (d‟Orbigny)
(Est.2, fig.21)
1826 Nodosaria (Dentalina) communis d‟Orbigny, Ann. Sce. Nat. Sci. vol.7, pag. 254,
n.35.
1936 Dentalina communis (d‟Orbigny). Jennings, P.H. Bull. Amer. Pal. vol.23, n.76,
pag. 17-18.
26
Caracterização: Testa constituída por nove câmaras oblíquas e circulares em secção
transversal sendo inclinadas contra as procedentes e crescendo em tamanho a partir da
primeira. Suturas superficiais entre as iniciais e profundas entre as distais. Parede da
testa lisa, pouco espessa. Abertura radiada.
Dentalina filiformis (d‟Orbigny)
(Est.2, fig.22)
1826 Nodosaria filiformis (d‟Orbigny). d‟Orbigny. Ann. Sci. Nat. v.7 p. 255.
1994 Dentalina filiformis (d‟Orbigny). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p., pl., fig..
Caracterização: Testa alongada, arqueada, unisserial, prolóculo apiculado, câmaras
cilíndricas a ovais, aumentando gradualmente quando adicionadas. Suturas horizontais.
Parede calcária hialina. Superfície lisa. Abertura terminal, radiada.
Gênero: Grigelis Mikhalevich, 1981
Grigelis pyrula (d‟Orbigny)
(Est.2, fig.23)
1826 Nodosaria pyrula d‟ Orbigny, Ann. Sci. Nat., v.7. p.253, n.13
1923 Nodosaria pyrula d‟Orbigny. Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 4, p.69, pl.16, figs 1-4.
Caracterização: Testa alongada, unisseriada, prolóculo como um alongado espinho
protuberante basal, primeira câmara alongada oval, câmaras separadas por pescoço
estreito. Parede calcária hialina, superfície lisa. Abertura terminal, radiada acima do
pescoço.
Família: VAGINULINIDAE Reuss, 1860
Gênero Astacolus Montfort, 1808
Astacolus sp.
(Est.2, fig.24)
1808 Astacolus crepidulatus De Montfort, P.D. Conchyliologie Systématique et
Classification Méthodique des Coquilles. vol. 1. Paris : F.Schoell.
27
1988 Astacolus crepidulatus De Montfort. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera
and their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.410, pl.450,
figs.7-10.
Descrição: Testa grande, alongada, porção inicial espiralada, periferia truncada no lado
ventral, carenada no lado dorsal. Numerosas câmaras, pequenas na porção inicial
aumentando gradualmente de tamanho quando adicionadas, baixas. Suturas distintas,
levemente curvadas. Superfície facial estreita e longa. Abertura grande, radiada.
Astacolus crepidulus (Fichtel & Moll)
(Est.2, fig.25)
1798 Nautilus crepidula Fichtel, L. von & Moll, J.P.C. von. Testacea microscopica,
aliaque minuta ex generibus Argonauta et Nautilus, ad naturam picta et descripta
(Microscopische und andere flein Schalthiere aus den geschlechtern Arginaute und
Schiffer). Vienna: Camesina.
1994 Astacolus crepidulus (Fichtel & Moll). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.
The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.79, pl.67, fig.20a-b.
Caracterização: Testa pouco cilíndrica, alongada, ligeiramente curvada. Câmaras
obliquamente sobrepostas, levemente infladas e aumentando em tamanho quando
adicionadas. Suturas visíveis, ligeiramente aprofundadas. Superfície lisa. Abertura
radiada localizada na última câmara.
Gênero Vaginulinopsis Silvestri, 1904
Vaginulinopsis sp.
(Est.2, fig.26)
1904 Vaginulinopsis Silvestri, A. Ricerche strutturali su alcune forme dei Trubi di
Bonfornello (Palermo), Memoirie della Pontificia Accademia Romana dei Nuovi
Lincei, v.22, p.251.
1988 Vaginulina soluta var. carinata Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and
their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.412, pl.450, figs.1-
6.
Caracterização: Testa alongada, estágio inicial planoespiral, enrolado e involuto, depois
retilíneo, lateralmente comprimido, última câmra fortemente inflada. Suturas radiais no
28
estágio inicial e lisas, horizontais e levemente deprimidas no estágio retilíneo. Parede
calcária, perfurada. Superfície lisa e ornamentada. Abertura terminal.
Gênero Siphomarginulina McCulloch, 1981
Siphomarginulina hybrida McCulloch
(Est.2, fig.27)
1981 Siphomarginulina hybrida McCulloch, I. Qualitative Observations on Recent
Foraminiferal Tests, part IV, with Emphasis on the Allan Hancock Atlantic Expedition
Colletions. Los Angeles: University of Southern California. P.82.
1988 Siphomarginulina hybrida McCulloch. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera
and their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.407, pl.448,
figs.15.
Caracterização: Testa alongada, comprimida, periferia arredondada. Câmaras iniciais
planoespiralmente enroladas, final com poucas câmaras retilíneas. Suturas radiais no
início do enrolamento, oblíquas na parte retilínea. Parede calcária, hialina, translúcida,
finamente perfurada, superfície lisa. Abertura arredondada no final do pescoço e
circundada por um lábio com margem granulada.
Gênero: Lenticulina Lamarck, 1804
Lenticulina calcar (Linné)
(Est.2, fig.28)
1767 Nautilus calcar (Linné) figs. 9-10. From Challenger Sta. 209.
1994 Lenticulina calcar (Linné). Jones R.W. The Challenger Foraminifera. The Natural
History Museum, Oxford Science Publications, p.81, pl.70, figs 9-12.
Caracterizaç: Testa biconvexa, espiralada. Quilha na periferia e projeções como
espinhos na periferia. Botão umbilical simples. Suturas arqueadas. Parede calcária
hialina, superfície lisa. Abertura radiada na última câmara.
Lenticulina occidentalis (Cushman)
(Est.2, fig.29)
1923 Cristellaria occidentalis Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic Ocean,
Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 4, p.102, pl.25, fig.2.
29
Caracterização: Testa biconvexa, espiralada com seis câmaras. Quilha na periferia.
Botão umbilical simples. Suturas arqueadas. Parede calcária hialina, superfície lisa.
Abertura radiada na última câmara.
Lenticulina rotulata (Lamarck ?)
(Est.2, fig.30)
1804 ?Lenticulites rotulata Lamarck, Suite des mémories sur les fossiles des environs
de Paris, Annales Muséum National d‟Histoire Naturelle, vol. 5, p.188, pl.62, fig.11.
1923 Cristellaria rotulata Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic Ocean,
Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 4, p.108, pl.22, figs 2.
1943 Lenticulina rotulata (Lamarck) Frizzell, D.L. Jour. Pal. vol.17, n.4, p.341.
Caracterização: Testa formando espiral fechada, oblonga e biconvexa com seis câmaras
na última volta. Periferia com quilha forte. Suturas arqueadas. Parede calcária hialina,
superfície lisa. Abertura radiada com ranhuras longitudinais.
Gênero: Amphicoryna Schlumberger, 1881
1881 Amphicoryna Schlumberger in Milne- Edwards, A. Compte rendu sommaire d‟une
exploration zoologique, faite dans le Méditerranée, à bord du navire de l‟Etat „Le
Travailleur‟. Compte Rendu Hebdomadaire des Séances de l‟Académie des Sciences,
Paris 93 : 876-882.
1988 Amphicoryna Schlumberger. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their
classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.410, pl.450, figs.11-15.
Amphicoryna sp. A
(Est.2, fig.31)
Caracterização: Testa alongada, unisserial e retilínea. Câmaras circulares em secção
transversal. Parede calcária, perfurada, superfície com estrias longitudinais e finas
costelas. Abertura terminal, radiada no final de um pronunciado pescoço com cristais
em forma de anel.
Amphicoryna sp. B
(Est.2, fig.32)
30
Caracterização: Testa alongada, unisserial. Câmaras circulares em secção transversal.
Difere da espécie anterior pela continuidade das câmaras. Parede calcária, perfurada,
superfície com estrias longitudinais e finas costelas que seguem até a abertura. Abertura
terminal, radiada no final de um pronunciado pescoço.
Amphicoryna scalaris (Batsch)
(Est.3, fig.33)
1971 Nautilus (Orthoceras) scalaris Batsch, A.I.G.C. Sechs Kupfertafeln mit
Conchylien des Seesanders, gezeichnet und gestochen von A.J.G.K. Batsch, Jena, 6pls.
1994 Amphicoryna scalaris (Batsch). Jones R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.75, pl.63, figs 28-31.
Caracterização: Testa alongada, base apiculada, duas câmaras unisseriais e retilíneas e
circulares secção transversal. Suturas marcantes. Parede calcária. Superfície com estrias
longitudinais e finas costelas interrompidas na parte de cima. Abertura terminal, radial,
no final de um pescoço com elevações concêntricas em forma de anéis.
Gênero Saracenaria Defrance, 1824
Saracenaria angularis Natland
(Est.3, fig.34)
1938 Saracenaria angularis Natland, M.L. New genus of foraminifera from the later
Tertiary of California. Journal of Paleontology 14: 568-571.
1962 Saracenaria angularis Natland. Narchi, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae
recentes do Brasil (Foraminifera), Bol. Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261.
Zoologia, n.24, p.133, est.6, fig.59.
Caracterização: Testa grande, triangular em secção transversal. Margens com quilhas
translúcidas. Suturas distintas e dispostas obliquamente. Parede calcária
hialina,superfície lisa. Abertura radiada situada na região apical.
Família: LAGENIDAE Reuss, 1862
Gênero Hyalinonetrion Patterson & Richardson, 1987
Hyalinonetrion gracilis Costa
(Est.3, fig.35)
31
1856 Amphorina gracilis Costa. Costa, p.121, pl.11, fig.11.
1987 Hyalinonetrion gracilis Costa. Loeblich & Tappan, p.415.
1993 Hyalinonetrion gracilis Costa. Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent
foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca.,
p.78, pl.90, figs.7-8.
Caracterização: Testa unilocular, alongada, fusiforme- sub rômbica em vista lateral e
circular em secção transversal, mais larga na porção central. Parede calcária hialina,
superfície lisa. Abertura redonda, terminal, no final de um longo pescoço.
Gênero: Lagena Walker & Jacob, 1798
Lagena sp.
(Est. 3, fig.36)
1978 Serpula (Lagena) Walker & Jacob, in Kanmacher, p. 634.
1988 Lagena (Walker & Jacob) Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their
classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.415, pl.455, figs.12, 13 e
15-17.
Caracterização: Testa circular com longo pescoço cilíndrico. Parede calcária hialina.
Superfície com numerosas estrias longitudinais que vão da região basal até a região do
pescoço. Abertura terminal no final do pescoço onde existe uma projeção circundando a
abertura.
Lagena hispida Reuss 1858
(Est.3, fig.36)
1858 Lagena hispida Reuss, A. E. Über kurzschwänzige Krebse im Jurakalke Mährens.
Sitzungsberichte der kaiserlichen Akademia der Wissenschaften (Mathematisch-
Naturwissenschaftliche Classe) 31:5-13.
1994 Lagena hispida Reuss. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The Natural
History Museum, Oxford Science Publications, p.63, pl.57, fig.1-2.
Caracterização: Testa piriforme, pescoço alongado e apiculado. Superfície fina,
revestida com delicados espinhos em forma de “cataventos” distribuídos uniformemente
ao longo da testa. Abertura terminal.
32
Lagena striata (d‟Orbigny)
(Est.3, fig.37)
1839 Oolina striata d‟Orbigny, Voyage dans l‟Amèrique Mèridionale-Foraminiferès,
v.5, pt.5,p.1-86, pl.1-9.
1994 Lagena striata (d‟Orbigny) Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.64, pl.57, figs.22,24.
Caracterização: Testa circular com longo pescoço cilíndrico. Parede calcária hialina.
Superfície com numerosas estrias longitudinais que no pescoço aparecem espiraladas.
Região basal apiculada.
Lagena sulcata (Walker & Jacob)
(Est.3, fig.38)
1798 Serpula (Lagena) sulcata Walker & Jacob in Kanmacher, p. 635.
1994 Lagena sulcata (Walker & Jacob). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.65, pl.58, figs.5-6, 10?, 18.
Caracterização: Testa globular com prolongamento anterior, ornamentado por elevações
anelares. Superfície com costelas longitudinais. Na região basal as costelas terminam
formando uma coroa. Abertura terminal.
Gênero Procerolagena Puri, 1954
Procerolagena gracillima (Seguenza)
(Est.3, fig.39)
1862 Amphorina gracillima Seguenza, G. Dei terreni Terziarii Del distretto di messina;
Parte II – Descrizione dei foraminiferi monotalamici delle marne Mioceniche Del
distretto di Messina. Messina: t. Capra.
1994 Procerolagena gracillima (Seguenza). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.
The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.626, pl.56, figs.19-22;
24-29
Caracterização: Testa finamente perfurada, alongada, mais larga no meio e estreita nas
extremidades. Projeção cilíndrica fina numa das extremidades, pouco curvada e estrias
finas e delicadas na parede, evidentes na região basal. Abertura terminal.
33
Procerolagena gracilis (Willianson)
(Est.3,fig.40)
1848 Lagena gracilis Willianson, W.C. On the Recent Foraminifera of great Britain.
London: Ray Society, p.13, pl.1, fig.5.
1994 Procerolagena gracilis (Willianson). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.
The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.65, pl.58, fig.12.
Caracterização: Testa livre, unilocular, alongada, circular em secção transversal..
Costelas longitudinais que se estendem a partir da base do pescoço. Pescoço estreito e
alongado. Parede calcária, hialina. Abertura pequena, circular e com lábio fialino.
Procerolagena ycatupe (Narchi)
(Est.3, fig.41)
1962 Lagena ycatupe Narchi, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae recentes do Brasil
(Foraminifera), Bol. Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261. Zoologia, n.24, p.118,
est.1, fig.1.
Caracterização: Testa ovóide, alargada na região central com projeções apiculadas nas
extremidades. Região basal ornamentada por estrias longitudinais finas. Parede calcária
hialina, superfície da testa lisa, pouco espessa. Abertura normalmente circundada por
rebordo, neste exemplar a abertura não apresenta rebordo provavelmente devido à
fragilidade da espécie.
Gênero Pygmaeoseistron (Patterson & Richardson, 1987)
Pygmaeoseistron sp.
(Est.3, fig.42)
1987 Lagena laevis (Montagu). Baccaert, p.157, pl.67, figs. 3,4.
1993 Pygmaeoseistron sp. (Montagu). Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent
foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca. ,
p.79, pl.91, figs.1-5.
Caracterização: Testa unilocular, forma oval com a base arredondada e um pescoço
alongado. Superfície imperfurada, camada dupla. Camada exterior com numerosas
depressões, camada inferior – visível quando a camada exterior está corroída- coberta
34
com minúsculas pústulas arredondadas. Próximo a abertura, o pescoço é irregularmente
pustuloso. Abertura terminal.
Família: ELLIPSOLAGENIDAE Silvestri, 1923
Gênero Fissurina Reuss, 1850
Fissurina coacatu Narchi
(Est.3,fig.43)
1962 Fissurina coacatu Narchi, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae recentes do Brasil
(Foraminifera), Bol. Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261. Zoologia, n.24, p.120,
est.4, figs.43,44.
Caracterização: Testa elipsóide, comprimida lateralmente e com pescoço curto. Quilha
transparente ao redor da testa tornando-se mais larga ao redor do pescoço e
apresentando reentrâncias na região basal. Abertura circundada por rebordo. Tudo
entosolene curto.
Fissurina formosa (Schwager)
(Est.3, fig.44)
1866 Lagena formosa Schwager. Schwager, C. Fossile Foraminiferen Von Kar
Nikobar, Reise der Osterreischen Fregatte Novara um Erde in den Jahren 1857, 1858,
1859 unter den Befehlen dês Commodore B. VonWullerstorf-Urbair, Geologischer
Theil, v.2, n.1, Geologischer Beobachtugen, n.2, Pallaontologische Mittheilungen, pp.
187-268.
1994 Fissurina formosa (Schwager). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.70, pl.60, figs.18-19.
Caracterização: Testa oval, acentuadamente angular. Periferia com acentuada quilha
tornando-se mais larga ao redor do pescoço. Parede calcária, hialina. Abertura terminal
como uma fenda.
Fissurina radiata Seguenza
(Est.3, fig.45)
35
1862 Fissurina radiata Seguenza, G. Dei terreni Terziarii Del distretto di messina; Parte
II – Descrizione dei foraminiferi monotalamici delle marne Mioceniche Del distretto di
Messina. Messina: t. Capra.
1994 Fissurina radiata Seguenza. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.69, pl.60, figs.13-14.
Caracterização: Testa arredondada a oval; oval a lenticular em secção transversal.
Periferia com acentuada quilha apresentando uma reentrância na região basal. Parede
calcária, hialina. Abertura terminal como uma fenda.
Gênero Oolina d‟Orbigny, 1839
Oolina hexagona (Willianson)
(Est.3, fig.46)
1848 Entosolenia squamosa var. hexagona Willianson, W.C. On the recent British
species of the Genus Lagena. Ann. Mag. Nat. Hist., Ser. 2, n.1, p.1-20, pl.1-2.
1962 Oolina hexagona (Willianson). Narchi, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae
recentes do Brasil (Foraminifera), Bol. Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261.
Zoologia, n.24, p.125, est.6, fig.54.
Caracterização: Testa piriforme. Superfície contém hexágonos variando em tamanho.
Abertura circular.
Oolina squamosa (Montagu)
(Est.3, fig.47)
1803 Vermiculum squamosum Montagu, G. Testacea Britannica or Natural History of
Britsh Shels Marine, Land and Fresh Water, Including the Most Minute. Romsei,
England: J.S. Hollis. 1803.
1994 Oolina squamosa (Montagu). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.66, pl.58, figs.28-32.
Caracterização: Testa piriforme. Superfície contém ornamentos parecidos com escamas
sobrepostas. Abertura circular e tubo interno.
Gênero Parafissurina Parr, 1947
Parafissurina felsinea (Fornasini)
36
(Est.3, fig.48)
1894 Lagena felsinea Fornasini. Fornasini, C. Quinto contributo alla conoscenza della
microfauna Terziaria Italiana, Memoirie della R. Accademie della Scienze dell‟Instituto
di Bologna Scienze Naturali, ser. 6. 1:1-17.
1994 Parafissurina felsinea (Fornasini). Jones R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.61, pl.56, fig.4..
Caracterização: Testa unilocular, levemente comprimida, margem arredondada com
carena. Parede calcária, superfície lisa. Abertura subterminal,. Tubo etosolene curvado.
Parafissurina juruta (Narchi)
(Est.4, fig.49)
1962 Fissurina juruta Narchi. Narchi, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae recentes do
Brasil (Foraminifera), Bol. Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261. Zoologia, n.24,
p.121, est.4, fig.40-42.
Caracterização: Testa ovóide, pouco comprida. Superfície perfurada por poros grandes.
Ornamentação na região da abertura. Abertura terminal. Tubo entosolene corre até a
região do pescoço.
Família GLANDULINIDAE Reuss, 1960
Gênero Glandulina d‟Orbigny, 1839
Glandulina ovula d‟Orbigny
(Est.4, fig.50)
1846 Glandulina ovula d‟Orbigny, A. Foraminiferes fossils du Bassin Tertiaire de
Vienne (Autriche). Paris : V. Masson.
1994 Glandulina ovula d‟Orbigny. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.70, pl.60, figs.18-19.
Caracterização: Testa oval, afinando na extremidade, circular em secção transversal.
Câmaras aumentando rapidamente de tamanho quando adicionadas, fortemente
sobrepostas nas câmaras prévias. Suturas distintas, niveladas. Parede calcária, superfície
lisa. Abertura terminal, radial.
Genero Globulotuba Collins, 1958
37
Globulotuba entosoleniformis
(Est.4, fig.51)
1958 Globulotuba entosoleniformis Collins, A.C. Foraminifera, in Great Barrier Reef
Expedition 1928-29. Scientific Reports. v.6, n.6. British Museum (Natural Hitory)
p.385.
1988 Globulotuba entosoleniformis Collins. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera
and their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.433, pl.468,
figs.23-24.
Caracterização: Testa fusiforme, circular em secção transversal, poucas câmaras
aumentando na série trisserial, suturas oblíquas, niveladas. Parede calcária hialina, com
anéis translúcidos circundando a abertura logo abaixo do colar. Abertura terminal
radiada com curto tubo entosolene.
Ordem BULIMINIDA Sen Gupta, 1999
Família CASSIDULINIDAE d‟Orbigny, 1839
Gênero Cassidulinoides Cushman, 1927
Cassidulinoides bradyi (Norman)
(Est.4, fig.52)
1881 Cassidulina bradyi Norman, A.M. Museum Normanianum, pt.7-8, Durham : The
Author, pp.14-21.
1994 Cassidulinoides bradyi (Nomura). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.60, pl.54, figs.6-9.
Caracterização: Testa alongada, robusta, periferia arredondada, câmaras arranjadas
bisserialmente com o plano bisserial na fase inicial enrolada, depois câmaras bisseriais
no plano desenrolado. Parede calcária, perfurada. Abertura subterminal em forma de
loop.
Gênero Evolvocassidulina Eade, 1967
Evolvocassidulina sp.
(Est.4, fig.53)
38
1967 Evolvocassidulina Eade, J.V. New Zealand recent foraminfera of the families
Islandiellidae and Cassidulinidae, New Zealand Journal of Marine and Freshwater
Research 1: 421-454.
1988 Evolvocassidulina Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their
classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.505, pl.555, figs.14-18.
Caracterização: Testa livre, alongada, estágio inicial lenticular a subglobular, câmaras
arranjadas bisserialmente na fase inicial enrolada. Parede calcária, perfurada, superfície
lisa. Abertura subterminal, oval, contornada por um estreito lábio.
Gênero: Globocassidulina Voloshinova, 1960
Globocassidulina subglobosa (Brady)
(Est.4, fig.54)
1881 Cassidulina subglobosa Brady. Brady, H.B. Quart. Journ. Micr. Sci., v.21, p.60.
1994 Globocassidulina subglobosa (Brady). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.
The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.60, pl.54, fig.17.
Caracterização: Testa globosa, periferia arredondada, câmaras bisseriais enroladas.
Suturas radiais, pouco deprimidas. Parede calcária, hialina, superfície lisa, com poros.
Abertura oval, estendendo-se da base da última câmara até o meio da face apertural.
Gênero Islandiella Nørvang, 1959
Islandiella sp.
(Est.4, fig.55)
1945 Cassidulina islandica Nørvang, A. The zoology of Iceland: Foraminifera, v.2,
pl.2. Copenhagen & Reykjavik: Ejnar Munksgaard, pp.1-79.
1959 Islandiella Nørvang, A. Islandiella n.g. and Cassidulina d‟Orbigny.
Videnskabelige Meddeleser fra Dansk Geologisk Forening 13 (5), p.26.
1988 Islandiella Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their classification. Van
Nostrand Reinhold Company. New York, p.506, pl.558, figs.1-20, pl.559, figs.1-9.
Caracterização: Testa livre, biconvexa com margem aguda, lenticular. Suturas distintas,
niveladas com a superfície, curvadas. Parede calcária hialina, superfície perfurada,
Abertura em fenda.
39
Gênero Paracassidulina Nomura, 1983
Paracassidulina neocarinata (Thalmann)
(Est.4, fig.56)
1950 Cassidulina neocarinata Thalmann. Thalmann, p.44.
1993 Paracassidulina neocarinata (Thalmann). Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z.
Recent foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana
Rakovca. , p.94, pl.116, figs.1-7
Caracterização: Testa enrolada, lenticular na borda, involuta, enrolamento com quatro
pares de câmaras alternadas. Periferia com ângulo agudo e carena. Câmaras alongadas e
estreitas, distintamente curvadas. Suturas distintas, deprimidas e levemente curvadas.
Superfície lamelar lisa perfurada por poucos poros. Abertura em fenda longa, estreita
quase paralela à periferia com saliência ao longo da margem.
Família BOLIVINIDAE Glaessner, 1937
Gênero Bolivina d‟Orbigny, 1839
Bolivina fragilis Phleger & Parker
(Est.4, fig.57)
1951 Bolivina fragilis Phleger, F.B. & Parker, F.L. Ecology of foraminifera, nortwest
Gulf of Mexico; part II- Foraminifera species. Geol. Soc. Amer., Mem., York, n46,
pt.2, pag.13. in Catalogue of foraminifera by brooks Ellis & Messina.
Caracterização: Testa comprimida, levemente cônica, periferia aguda, carenada.
Câmaras numerosas, aumentando gradualmente de tamanho quando adicionadas, muito
levemente infladas, curvadas. Suturas distintas, estreitas, curvadas, oblíquas, levemente
deprimidas. Parede calcária. Superfície lisa, perfurada, com costelas estendendo
aproximadamente de um terço até a porção final. Abertura estreita.
Bolivina ordinaria (Phleger e Parker)
(Est.4, fig.58)
1952 Bolivina simplex (Phleger & Parker). Phleger & Parker, p.14, pl.2, fig.3.
2002 Bolivina ordinaria (Phleger e Parker) Gandhi, S.,Rajamanickam, G.V.M. and
Nigam, R.Taxonomy and distribution of Benthic Foraminifera from the sediments off
Palk Strait, Tamil Nadu, East Coast of India. p.57, pl.II, fig.6.
40
Caracterização: Testa lamelar, pequena e afunilada. Periferia fina exceto na última
câmara onde é mais arredondada. Câmaras distintas, numerosas, estreitas com um
arranjo bisserial por toda sua extensão, maiores na porção terminal. Suturas distintas,
oblíquas, ligeiramente curvadas. Superfície pode apresentar sulcos longitudinais. Poros
relativamente largos. Abertura em forma de loop, bordejada por um lábio.
Gênero Bolivinellina Saidova, 1975
Bolivinellina translucens (Phleger & Parker)
(Est.4, fig.59)
1951 Bolivina translucens Phleger & Parker, p.15, pl.7, figs.13, 14.
1994 Bolivinellina translucens (Phleger & Parker). Loeblich & Tappan, Foraminiferal
genera and their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.498,
pl.547, figs.5-7.
Caracterização: Testa alongada, estreita, bisseriada, periferia arredondada. Câmaras
estreitas na metade final da testa. Suturas oblíquas, levemente deprimidas. Parede
calcária hialina, superfície com poros distribuídos ao longo das suturas. Abertura basal.
Família BULIMINIDAE Jones, 1875
Gênero Bulimina d‟Orbigny, 1826
Bulimina aculeata d‟Orbigny
(Est.4, fig.60)
1826 Bulimina aculeata d‟Orbigny, Ann. Sci. Nat., v.7, p.269.
1922 Bulimina aculeata d‟Orbigny. Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 3, p.96, pl.22, fig.1,2.
Caracterização: Testa alongada, trisseriada tendendo a se tornar unisseriada,
extremidade inicial apiculada, final arredondada. Câmaras infladas, parte inferior das
câmaras recortada formando bordos agudos serrilhados e com alguns espinhos. Suturas
deprimidas. Parede calcária hialina com pequenos poros. Abertura estendendo-se da
base ao meio da última câmara.
Bulimina marginata d‟Orbigny
(Est.4, fig.61)
41
1826 Bulimina marginata d‟Orbigny. d‟Orbigny, p.269, pl.12, figs.10-12.
1993 Bulimina marginata d‟Orbigny. Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent
foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca. ,
p.100, pl.125, figs.1-6.
Caracterização: Testa pequena, trisserial, extremidade inicial apiculada, final
arredondada e alongada. Câmaras infladas, parte inferior das câmaras recortada
formando bordos agudos serrilhados. Suturas deprimidas. Parede calcária hialina com
pequenos poros. Abertura estendendo-se da base ao meio da última câmara.
Família SIPHOGENERINOIDIDAE Saidova, 1981
Gênero Sagrinella Saidova, 1975
1975 Sagrinella guinai Saidova, Kh.M. Bentosnye Foraminifery Tikhogo Okeana.
Benthonic foraminifera of the Pacific Ocean, Moscou: Institut Okeanologii P.P.
Shirshova, Akademiya Nauk SSSR. v.3, p.309.
1988 Sagrinella guinai Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their
classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.517, pl.567, figs. 18-21.
Sagrinella sp. A
(Est.4, fig.62)
Caracterização: Testa pequena, alongada, levemente comprimida, lenticular em secção
transversal, bisserial. Câmaras pontiagudas na periferia. Suturas deprimidas, oblíquas.
Parede calcária perfurada por poros. Abertura terminal elíptica.
Sagrinella sp. B
(Est.4, fig.63)
Caracterização: Testa, alongada, levemente comprimida, lenticular em secção
transversal, bisserial. Câmaras infladas, difere da anterior pelo arredondamento das
câmaras na periferia e da testa levemente curvada. Suturas deprimidas, oblíquas. Parede
calcária perfurada por poros. Abertura terminal elíptica.
Família: UVIGERINIDAE Haeckel, 1894
Gênero Neouvigerina Thalmann, 1952
42
Neouvigerina ampullacea (Brady)
(Est.4, fig.64)
1884 Uvigerina asperula Czjzek var. Ampullacea (Brady). Brady, p.579, pl.75, figs. 10-
11.
1949 Uvigerina ampullacea (Brady). Said, p.31, pl.3, fig.21
1993 Neouvigerina ampullacea (Brady). Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent
foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca. ,
p.94, pl.116, figs.1-7
Caracterização: Testa lamelar, pequena, alongada. Câmaras iniciais arranjadas
trisserialmente, compactas e em espiral, câmaras posteriores arranjadas bisserialmente
com tendência a unisserial. Ornamentação composta por espinhos finos e pequenos,
distribuídos por toda a superfície no pescoço da abertura. Abertura terminal,
arredondada.
Gênero: Uvigerina d‟Orbigny, 1826
Uvigerina peregrina (Cushman)
(Est.5, fig.65)
1897 Uvigerina pygmaea Flint, (not U. Pygmea d‟Orbigny ), Rep. U.S.Nat.Mus., p.320,
pl.68, fig.2.
1923 Uvigerina peregrina Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic Ocean,
Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 4, p.166, pl.42, figs 7-10.
Caracterização: Testa oval, cônica e afunilada, câmaras baixas, pouco infladas, suturas
deprimidas. Superfície finamente perfurada com costelas elevadas e finas que são
interrompidas na sutura. Grânulos e espinhos presentes nas extremidades da testa.
Abertura terminal pequena, ao final de um fino pescoço.
Gênero Angulogerina Cushman, 1927
Angulogerina angulosa (Williamson)
(Est.5, fig.67)
1858 Uvigerina angulosa Williamson, Rec. Foram. Grat. Britain. P.67, pl.5, fig.140.
1923 Uvigerina angulosa (Williamson). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 4, p.170, pl.41, figs 17-20.
43
Caracterização: Testa lamelar, alongada, trisserial nos estágios iniciais, depois muito
espiral com tendência a arranjo unisserial, triangular em secção transversal. Suturas
distintas, deprimidas. Superfície com perfurações extremamente finas dispersas e
limitadas a levantadas “pústulas”. Abertura terminal, arredondada, situada no curto
pescoço.
Gênero Ruatoria Vella, 1961
Ruatoria ruatoria Vella 1961
(Est.5, fig.68)
1961 Ruatoria ruatoria Vella, P. Upper Oligocene and Miocene uvigerinid foraminifera
from Raukumara Península, New Zealand, Micropaleontology 7: 467-483.
1988 Ruatoria ruatoria (Vella) Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their
classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.524, pl.573, figs.18-19.
Caracterização: Testa estreita, alongada, estágio inicial com arranjo trisserial com
câmaras cuneiformes e finalmente arranjo unisserial irregular; câmaras infladas, suturas
deprimidas. Parede calcária, perfurada, superfície com estreitas e espaçadas costelas
longitudinais; as costelas desaparecendo próximo da metade da última câmara. Abertura
arredondada no final de um pescoço estreito que termina com um lábio irregular.
Ordem: ROTALIIDA Sen Gupta
Família BAGGINIDAE Cushman, 1927
Gênero Cancris De Montfort, 1808
Cancris auriculus (Fichtel & Moll)
(Est.5, fig.69)
1798 Nautilus auricula var. Fichtel & Moll. Fichtel & Moll, p.108, pl.20, figs.a-c.
1993 Cancris auriculus (Fichtel & Moll). Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss, Z. Recent
foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana Rakovca. ,
p.106, pl.136, figs.6-14.
Caracterização: Testa trocoespiral, comprimida, biconvexa, alongada e em forma de
aurícula. Lado espiral evoluto, lado umbilical involuto e mais fortemente inflado no
lado espiral. Periferia aguda com uma estreita carena. Câmaras rapidamente
44
aumentando de tamanho quando adicionadas. Suturas curvadas, pouco limbadas no lado
espiral. Superfície lamelar, finamente perfurada. Abertura extraumbilical-umbilical.
Família EPONIDIDAE Hofker, 1951
Gênero Alabaminella Saidova, 1975
Alabaminella weddellensis (Earland)
1936 Eponides weddellensis Earland, A. Foraminifera. Part.IV. Additional records from
the Weddell Sea sector from material obtained by the S.Y. “Scotia”, Discovery Reports
13:1-76.
1988 Alabaminella weddellensis (Earland). Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera
and their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.506, pl.558,
figs.1-20, pl.559, figs.1-9.
Caracterização: Testa muito pequena, trocoespiral, biconvexa, mais convexa no lado
espiral com amplas câmaras e suturas oblíquas. Umbilico deprimido e fechado. Lado
umbilical com suturas deprimidas e radiais. Parede calcária hialina, superfície lisa.
Abertura como uma fenda, interiomarginal.
OBS: Esta espécie não foi fotografada
Família: DISCORBIDAE Ehrenberg, 1838
Gênero: Discorbis Lamarck, 1804
Discorbis candeiana (d‟Orbigny)
(Est.5, figs.70, 71)
1839 Rosalina candeiana d‟Orbigny, in De la Sagra, Hist. Fis. Pol. Nat. Cuba,
“Foraminiferes”, p.97, pl.4, figs. 2-4.
1931 Discorbis candeiana (d‟Orbigny). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 8, p.19, pl.7, fig.4 a-c.
Caracterização: Testa arredondada, um pouco comprimida trocoespiralada, com seis
câmaras na última volta, última câmara mais alargada que as anteriores. Suturas bem
marcadas, deprimidas. Parede calcária hialina, superfície lisa. Abertura interiomarginal,
umbilical e extra-umbilical.
Gênero Discorbinella Cushman & Martin, 1935
45
Discorbinella bertheloti (d‟Orbigny)
(Est.5, figs.72,73)
1839 Rosalina bertheloti d‟Orbigny in Barker Webb & Berthelot, Hist. Nat. Iles
Canaries, vol. 2, pt.2, “Foraminifères”, p.135, pl. 1, figs. 28-30.
1994 Discorbinella bertheloti (D‟Orbigny). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.
The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.95, pl.89, figs 10-12.
Caracterização: Testa plano-convexa, oval, superfície ventral plana, lado dorsal pouco
convexo, seis câmaras no final do enrolamento. Suturas distintas, levemente deprimidas.
Superfície lisa, finamente perfurada. Abertura uma fenda estreita na margem interna da
câmara do lado ventral.
Família ROSALINIDAE Reiss, 1963
Gênero Rosalina d‟Orbigny, 1826
Rosalina floridana (Cushman)
(Est.5, fig.74)
1922 Discorbis floridana Cushman, Publ. 311, Carnegie Instit. Washington, p.39, pl.5,
figs.11, 12.
1931 Discorbis floridana Cushman. Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 8, p.21, pl.4, fig.7,8.
Caracterização: Testa côncavo-convexa, trocoespiralada, periferia subaguda; última
câmara ocupando aproximadamente um terço da circunferência, poros finos distribuídos
pelas últimas câmaras. Umbílico aberto rodeado pela aba das câmaras da última
volta.Suturas deprimidas e curvadas. Parede calcária hialina. Abertura em arco intero-
marginal umbical, extraumbilical.
Rosalina vilardeboana d‟Orbigny
(Est.5, figs.75, 76)
1839 Rosalina vilardeboana d‟Orbigny, in De la Sagra, Hist. Fis. Pol. Nat. Cuba,
“Foraminiferes”.
1994 Rosalina vilardeboana d‟Orbigny. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.93, pl.86, fig.9.
46
Caracterização: Testa trocoespiral, plano convexa a côncavo-convexa. Lado espiral
convexo com câmaras aumentando em tamanho e suturas oblíquas, deprimidas; lado
umbilical com câmaras subtriangulares e sobrepostas, suturas curvadas, umbilico aberto
circundado por uma aba. Câmaras interiores simples e indivisas, periferia subaguda.
Parede calcária, perfurada. Superfície lisa. Abertura interiomarginal como um arco
próximo à periferia no lado umbilical contornada por um estreito lábio.
Família: PLANULINIDAE Bermudez, 1952
Gênero Planulina d‟Orbigny, 1826
Planulina ariminensis d‟Orbigny
(Est.5, figs 77, 78)
1826 Planulina ariminensis d‟Orbigny, Tableau méthodique de la classe des
Céphalopodes, Annales des Sciences Naturelles, vol.7, p.245-314.
1994 Planulina ariminensis d‟Orbigny. Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.98, pl.93, figs. 10-11.
Caracterização: Testa planoespiral, muito comprimida. Câmaras distintas, estreitas e
fortemente curvadas. Suturas distintas, fortemente limbadas. Superfície grosseiramente
perfurada. Abertura na periferia e estendendo mais sobre o lado dorsal ao longo da
borda interna da câmara.
Família CIBICIDIDAE Cushman, 1927
Gênero Cibicides De Montfot, 1808
Cibicides pseudolobatulus Perelis & Reiss
(Est.5, figs 79, 80)
?1949 Cibicides refulgens Montfort. Said, p.42, pl.4, figs 17a-b (non C. refulgens
Montfort).
1952 Cibicides lobatulus (Walker & Jacob). Parker, p.422, pl.6, fig.26 a,b.
1975 Cibicides pseudolobatulus Perelis & Reiss. Perelis & Reiss, p.77, pl.4, figs. 1-7.
Caracterização: Testa lamelar, planoconvexa, evoluta e achatada no lado espiral,
involuta e convexa no lado umbilical. Contorno da periferia fracamente lobulado nas
últimas câmaras. Suturas deprimidas, radiais a levemente curvadas no lado umbilical,
47
no lado espiral curvadas. Superfície grosseiramente perfurada no lado espiral e
finamente perfurada no lado umbilical. Abertura intero – marginal.
Cibicides pseudoungeriana Cushman
(Est.6, fig.81)
1884 Truncatulina ungeriana Brady, H.B. Rep. Voy. Challenger, Zoology, vol.9, p.664,
pl.94, figs.9a-c.
1931 Cibicides pseudoungeriana Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 8, p.123, pl.22, fig.3-7.
Caracterização: Testa planoconvexa a biconvexa, trocoespiralada. Periferia pouco
aguda. Câmaras numerosas na última volta. Suturas curvadas, limbadas no lado espiral e
deprimidas no lado umbilical. Parede calcária hialina, grosseiramente perfurada no lado
espiral. Abertura basal e intero-marginal.
Gênero Cibicidoides Thalmann, 1939
Cibicidoides pachyderma (Rzehak)
(Est.6, fig.82)
1886 Truncatulina pachyderma Rzehak, A. Ueber Foraminiferen, Verhandlungen des
Naturfoschenden Vereins in Brünn, Sitzungberichte, 24:8.
1994 Cibicidoides pachyderma (Rzehak). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera.
The Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.98, pl.94, fig. 9.
Caracterização: Testa lenticular, biconvexa, trocoespiral. Suturas curvadas e limbadas
no lado espiral, lado umbilical com suturas radiais pouco curvadas. Periferia angular,
carenada. Parede calcária, grosseiramente perfurada no lado espiral, perfurações nas
câmaras iniciais e próximo às suturas espirais. Lado umbilical esparsamente perfurado.
Abertura interiomarginal contornada por um pequeno lábio.
Família PLANORBULINIDAE Schwager, 1877
Gênero Caribeanella Bermúdez, 1952
Caribeanella polystoma Bermúdez
(Est.6, fig.83)
48
1952 Caribeanella polystoma Bermúdez, P.J. Estudio sistematico de los foraminiferos
rotaliformes. Boletin de Geologia Venezuela, 2 (4): 1.230.
1988 Caribeanella polystoma Bermúdez. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and
their classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.587, pl.642, figs.5-
19.
Caracterização: Testa fracamente trocoespiral, biconvexa no estágio inicial passando a
planoconvexa, lado espiral evoluto a parcialmente involuto, lado umbilical involuto.
Suturas espessas, deprimidas e curvadas no lado espiral, e aproximadamente retas e
radiais no lado umbilical. Parede calcária, grosseiramente perfurada, superfície lisa.
Abertura primária interiomarginal e contornada por um lábio proeminente, aberturas
secundárias pequenas com lábio na margem das câmaras precedendo a sutura na
periferia.
Gênero Dyocibicides Cushman & Valentine, 1930
Dyocibicides biserialis Cushman & Valentine
(Est.6, figs.84, 85)
1930 Dyocibicides biserialis Cushman & Valentine. Cushman & Valentine, p.31, pl.10,
fig.1,2.
1993 Dyocibicides biserialis Cushman & Valentine. Hottinger, L. Elwira, H. & Reiss,
Z. Recent foraminifera from the Gulf of Aqaba, Red Sea. Paleontoloski Institut Ivana
Rakovca. , p.117, pl.154, fig.1.
Caracterização: Testa grande, estágio inicial trancoespiral, evoluto no lado espiral,
involuto no lado umbilical, estágio final irregularmente bisserial com rápido aumento
no tamanho das câmaras. Suturas amplamente limbadas no lado espiral, deprimidas no
lado umbilical. Carena periférica presente. Superfície grosseiramente perfurada em
ambos os lados. Abertura interiomarginal, extraumbilical-equatorial.
Família NONIONIDAE Schultze, 1854
Gênero Astrononion Cushman & Edwards, 1937
Astrononion stelligera (d‟Orbigny)
(Est.6, fig.86)
49
1839 Nonionina stelligera d‟Orbigny, A.D. Foraminifères, in P. Barker-Webb and S.
Berthelot, Historie Naturelle des Iles Canaries, v.2, pt.2, Zoologie, Paris: Bethune,
pp.119-146.
1988 Astrononion Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their classification.
Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.506, pl.558, figs.1-20, pl.559, figs.1-9.
Caracterização: Testa planoespiral e involuta, lateralmente comprimida, bilateralmente
simétrica, câmaras numerosas aumentando gradualmente em tamanho. Parede calcária,
hialina, superfície lisa e perfurada. Abertura um pouco interio-marginal com lábio.
Gênero Melonis de Montfort, 1808
Melonis barleeanum (Willianson)
(Est.6, fig.87)
1858 Nonionina barleeana Willianson, pl.11, figs.68,69.
1930 Nonion barleeanum (Willianson). Cushman, p.11, pl.4, figs.5a,b.
Caracterização: Testa planoespiral, involuta, margem periférica arredondada. Umbílico
aberto, fundo. Suturas espessas, ligeiramente curvadas. Parede calcária perfurada,
bilamelada. Abertura interiomarginal, periférica.
Gênero: Nonion de Montfort, 1808
Nonion sp.
(Est.6, fig.88)
1808 Nonion Montfort. Montfort, P.D. Conchyliologie Systématique et Classification
Méthodique des Coquilles, v.1. Paris : F.Schoell. p.210.
1988 Nonion Montfort. Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their
classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.617, pl.690, figs.1-7;
pl.691, gifs.1-7 e 14-16.
Caracterização: Testa planoespiral, enrolada involuta, lateralmente comprimida e
biumbilicada. Suturas curvadas e niveladas. Contorno da periferia liso. Parede calcária,
opaca, superfície lisa. Abertura interiomarginal, extendendo lateralmente próximo ao
umbilico.
Nonion grateloupi (d‟Orbigny)
50
(Est.6, fig.89)
1826 Nonionina grateloupi d‟Orbigny, Ann. Sci. Nat., vol.7, p.294, n.19 in De la Sagra,
Hist. Fis. Pol. Nat. Cuba, “Foraminiferes”, p.46, pl.6, figs. 6,7.
1930 Nonion grateloupi (d‟Orbigny). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 7, p.10, pl.3, figs 9-11; pl.4,
figs 1-4.
Caracterização: Testa bilateralmente simétrica. Lados quase paralelos na visão
periférica, periferia arredondadas. Câmaras numerosas, as últimas formando um espiral.
Câmaras aumentando em comprimento. Suturas distintas, levemente deprimidas.
Superfície lisa, finamente perfurada. Abertura pequena, em forma de fenda na base da
última câmara formada.
Gênero Nonionella Rhumbler, 1949
Nonionella turgida (Williamson)
(Est.6, fig.90)
1858 Rotalina turgida Williamson, Rec. Foram. Gt. Britain, p.50, pl.4, figs.95-97.
1930 Nonionella turgida (Williamson). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 7, p.15, pl.6, fig.1-4.
Caracterização: Testa subtroncoidal, lado dorsal parcialmente involuto, lado ventral
completamente involuto; enrolamento fechado. Lado ventral desenvolvendo um lobo
distinto e alongado no final do lado umbilical. Parede calcária, superfície lisa, finamente
perfurada. Abertura na base da face abertural da câmara.
Gênero Pullenia Parker & Jones, 1862
Pullenia quinqueloba (Reuss)
(Est.6, fig.91)
1851 Nonionina quinqueloba Reuss, Zeitschr. Deutsch. Geol. Ges., v.3, p.71, pl.5,
figs.31a,b.
1882 Pullenia quinqueloba (Reuss). Brady, H.B. Proc. Roy. Soc. Edinb., v.11, p.712.
1924 Pullenia quinqueloba (Reuss). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 5, p.42, pl.8, fig.5-9,11.
51
Caracterização: Testa globular e levemente comprimida, planoespiral e involuta,
câmaras infladas no final do enrolamento. Suturas radiais, levemente deprimidas.
Parede calcária, finamente perfurada, superfície lisa. Abertura estreita, interiomarginal
como fenda, extendendo da periferia para o umbilico.
Família ORIDORSALIDAE Loeblich & Tappan, 1984
Gênero Oridorsalis Andersen,1961
Oridorsalis westi Andersen
(Est.6, fig.92)
1961 Oridorsalis westi Andersen, H.V. Genesis and paleontology of the Mississippi
River mudlumps, part II. Foraminifera of the mudlumps, lower Mississippi River delta,
Louisiana Departament of Conservation, Geological Bulletin 35:1-208.
1988 Oridorsalis westi Andersen, Loeblich & Tappan, Foraminiferal genera and their
classification. Van Nostrand Reinhold Company. New York, p.630, pl.708, figs.6-11.
Caracterização: Testa arredondada, trocoespiral, lado espiral evoluto com três
enrolamentos aumentando lentamente, suturas radiais e deprimidas, lado umbilical
involuto e suturas sinuosas. Parede calcária, hialina, finamente perfurada, superfície
lisa. Abertura primária interiomarginal extendendo próximo à periferia quase fechada
no umbilico, aberturas secundárias pequenas ocorrem na junção do espiral e suturas
intercamerais no lado espiral.
Oridorsalis umbonata (Reuss)
(Est.6, fig.93)
1851 Rotalina umbonata Reuss, Zeitschr. Deutsch. Geol. Ges., vol. 3, p.75, pl.5, figs.35
a-c.
1931 Eponides umbonata (Reuss). Cushman, J.A. The foraminifera of the Atlantic
Ocean, Bulletin 104, USNM, Smithsonian Institution, part. 8, p.52, pl.11, figs 1-3.
1994 Oridorsalis umbonata (Reuss). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.99, pl.95, figs.11.
Caracterização: Testa biconvexa, periferia aguda a redonda. Câmaras distintas, pouco
infladas, aumentando uniformemente de tamanho quando adicionadas. Suturas distintas,
52
levemente oblíquas. Superfície lisa, finamente perfurada. Abertura contornada por um
delicado lábio.
Família: GAVELINELLIDAE Hofker, 1956
Gênero: Anomalinulla Saidova, 1975
Anomalinulla glabrata (Cushman)
(Est.6, fig.94)
1924 Anomalina glabrata Cushman. Cushman, p.39, pl.12, figs. 5-7.
1959 Anomalina glabrata Cushman. Graham & Militante, p.115, pl.19, fig.8.
1975 Anomalinulla glabrata (Cushman). Saidova, pl.76, fig.8.
Caracterização: Testa livre, trocoespiral, lado espiral evoluto, lado umbilical involuto
com pequeno umbílico aberto. Periferia arredondada. Câmaras aumentando de tamanho
quando adicionadas. Suturas pouco curvadas. Abertura interiomarginal equatorial-
extraumbilical em fenda, delimitada por um lábio.
Família ELPHIDIIDAE Galloway, 1933
Gênero Elphidiella Cushman, 1936
Elphidiella sp.
(Est.6, fig.96)
1936 Elphidiella Cushman, J.A. Some new species of Elphidium and related genera,
p.89.
Caracterização: Testa plano-espiral, involuta, bilteralmente simétrica; dez câmaras na
última volta. Suturas retas, lisas com fossetas redondas que aumentam de tamanho nas
últimas câmaras. Periferia arredondada. Parede calcária, perfurada; superfície lisa.
Abertura na última câmara.
Gênero Elphidium de Montfort, 1808
Elphidium discoidale (d‟Orbigny) forma translucens Poag
(Est.6, fig.95)
1939 Elphidium discoidale (d‟Orbigny). Orbigny, A.D‟. Voyages dans I‟Amérique
Méridionale – Foraminiferes – SreasBourg : Levrault, V, pp.1-86.
53
1981 Elphidium discoidale f. translucens (d‟Orbigny). Poag, C.W. Ecologic Atlas of
Benthic Foraminifera of the Gulf of Mexico, Marine Science International, Woods
Hole, p.59, pl.35, fig.1.
Caracterização: Testa circular, biconvexa, periferia arredondada. Últimas câmaras
levemente infladas. Suturas niveladas. Superfície lisa, finamente perfurada, poros
grandes nas suturas. Abertura na última câmara.
Ordem GLOBIGERINIDA Sen Gupta, 1999
Família GLOBOROTALIIDAE Cushman, 1927
Gênero: Globorotalia Cushman, 1927
Globorotalia menardii (Parker, Jones & Brady)
(Est.7, figs.97, 98)
1865 Rotalia menardii Parker, Jones & Brady, p. 20, est.3, fig.81.
1975 Globorotalia menardii (Parker, Jones & Brady). Stainforth, et al. p.371, figs. 178,
6-10, 179.
Caracterização: Testa trocoespiral. Contorno axial biconvexo; periferia axial com
quilha. Contorno equatorial subcircular a auriculiforme, lobulado. Última volta com
cinco câmaras; câmaras assimétricas, levemente alongadas na direção do enrolamento.
Suturas radiais, curvadas e limbadas no lado espiral; radiais, retas e deprimidas no lado
umbilical. Umbilico estreito e profundo. Superfície lisa em ambos os lados, pustulosa
próximo à abertura. Abertura em fenda intero-marginal com lábio.
Gênero Neogloboquadrina Bandy, Frerichs & Vincent, 1967
Neogloboquadrina dutertrei (d‟Orbigny)
(Est.7, fig.99)
1839 Globigerina dutertrei d‟Orbigny, p.84, est.4, figs. 19-21
1988 Neogloboquadrina dutertrei (d‟Orbigny). Loeblich & Tappan, p.476, pl.514,
fig.12-14, pl.515, figs.1-3.
Caracterização: Testa subglobular, pouco trocoespiral. Câmaras subglobulares
aumentando rapidamente quando adicionadas, última volta com quatro câmaras.
Contorno equatorial subcircular, lobulado. Suturas radiais, retas e deprimidas em ambos
54
os lados. Umbílico aberto e profundo. Parede calcária, uniformemente perfurada,
periferia axial arredondada. Abertura primária em arco médio, intero-marginal.
Família: PULLENIATINIDAE Cushman, 1927
Gênero Pulleniatina Cushman, 1927
Pulleniatina obliquiloculata (Parker & Jones)
(Est.7, fig.100)
1862 Pullenia obliquiloculata Parker & Jones, in Carpenter, p.183. [nomen nudum]
1865 Pullenia sphaeroides obliquiloculata Parker & Jones, p.365, 368, pl.19, fig. 4.
1975 Pulleniatina obliquiloculata (Parker & Jones). Stainforth, et al. p.385, figs. 186-
187.
Caracterização: Testa globular. Última volta com cinco câmaras amplamente
arredondadas, ampliando regularmente, orientadas obliquamente ao eixo original.
Suturas distintas, levemente deprimidas. Umbilico escondido pela sobreposição de
sucessivas câmaras; a área umbilical é caracterizada por uma sutura curta entre a
penúltima e última câmara. Superfície espessa, lisa a brilhante, variavelmente pustulosa,
especialmente na região da abertura. Abertura como um arco baixo estendido da área
umbilical para a periferia e geralmente para a superfície espiral, dirigido obliquamente
em direção a espiral inicial.
Família CANDEINIDAE Cushman, 1927
Gênero Globigerinita Brönniman, 1951
Globigerinita glutinata (Egger)
(Est.7, fig.101)
1893 Globigerina glutinata (Egger) Egger, Abhandl. K. Bayer. Akad. Wiss. München,
CL II, v. 18, p.371, pl.13, figs.19-21.
1962 Globigerinita glutinata (Egger). Parker, p.246, pl.9, figs.1-16
Caracterização: Testa pequena, trocoespiral. Câmaras globulares aumentando
rapidamente de tamanho. Suturas radiais, deprimidas. Superfície lisa. Abertura
interiomarginal com lábio fino.
Família: GLOBIGERINIDAE Carpenter, Parker & Jones, 1862
55
Gênero: Globigerina d‟Orbigny, 1826
Globigerina bulloides d‟Orbigny
(Est.7, fig.102)
1826 Globigerina bulloides d‟Orbigny, p. 277
1988 Globigerina bulloides d‟Orbigny. Loeblich & Tappan, p.489, pl.535, figs.1-7.
Caracterização: Testa globulosa, trocoespiral, câmaras esféricas a ovais, aumentando em
tamanho quando adicionadas, três câmaras no final do enrolamento. Parede calcária,
perfurada com poros cilíndricos. Superfície mais áspera com numerosos colares de
espinhos. Abertura umbilical com lábios estreitos.
Gênero Globigerinella Cushman, 1927
Globigerinella calida Parker
(Est.7, fig.103)
1962 Globigerinella calida Parker, 221, lam.1, figs.9-13, 15.
Caracterização: Testa trocoespiral enrolada no estágio inicial, depois planoespiral e
evoluta. Câmaras globulares aumentando rapidamente, quatro câmaras na última volta.
Suturas radiais, deprimidas, periferia arredondada. Parede calcária, perfurada, superficie
lisa. Abertura interiomarginal com um grande arco assimétrico em relação aos planos de
enrolamento, contornado por um lábio.
Gênero Globigerinoides Cushman, 1927
Globigerinoides conglobatus (Brady)
(Est.7, fig.104)
1879 Globigerina conglobata Brady, p.286
1967 Globigerinoides conglobatus (Brady). Stainforth, et al. p.339, fig. 158.
Caracterização: Testa subglobular a subquadrada, câmaras em forma de rim. Superfície
híspida e grosseiramente perfurada. Abertura umbilical primária, quase fechada, mas
profunda. Abertura secundária sutural grande e como fenda.
Globigerinoides ruber (d‟Orbigny)
(Est.7, fig.105)
1839 Globigerina rubra d‟Orbigny, p.82, 83, pl.4, fig 12-14.
56
1975 Globigerinoides ruber (d‟Orbigny). Stainforth, et al. p.310, fig. 138.
Caracterização: Testa elevada, trocoespiral com câmaras subglobulares. Três câmaras
na última volta. Câmaras posteriores carregam aberturas suplementares contíguas com
sutura espiral no lado espiral. Periferia lobulada no aspecto umbilical. Suturas
deprimidas à incisas. Abertura primária grande, quase circular, direcionada para fora ao
longo da prolongação do espiral, abrangendo suturas entre a penúltima e antepenúltima
câmaras.
Globigerinoides sacculifer (Brady)
(Est.7, fig.106)
1877 Globigerina sacculifera Brady, Geol. Mag., new ser., dec.2, v.4, n.12, p.535
1994 Globigrinoides sacculifer (Brady). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.90, pl.82, figs.4.
Caracterização: Testa trocoespiral com quatro câmaras na última volta. Última câmara
alongada formando um saco. Superfície híspida, suturas radiais, deprimidas. Abertura
extraumbilical emoldurada por um lábio fino.
Globigerinoides trilobus (Reuss)
(Est.7, fig.107)
1850 Globigerina triloba Reuss, Denkschr. K. Akad. Wiss. Wien, v.1, p.274, pl.47,
fig.11.
1955 Globigerinoides trilobus (Reuss). Weiss, L. Micropaleontology v.1, n.4, p.311.
Caracterização: Testa trocoespiral, três câmaras na última volta. Câmaras subglobulares,
infladas. Suturas deprimidas. Parede perfurada. Abertura em fenda entre as câmaras.
Gênero: Globoturborotalita Hofker, 1976
Globoturborotalita rubescens (Hofker)
(Est.7, fig.108)
1956 Globigerina rubescens Hofker. Copenhagen, Univ. Zool. Mus. Spolia. v.15,
p.234, pl.35, figs. 18-21.
1988 Globoturborotalita rubescens (Hofker). Loeblich & Tappan, p.490, pl.537, fig.7-
15.
57
Caracterização: Testa trocoespiral, câmaras globulares aumentando rapidamente.
Suturas radiais, deprimidas, periferia arredondada. Parede calcária, perfurada. Abertura
umbilical.
Gênero: Orbulina d‟Orbigny, 1839
Orbulina universa d‟Orbigny
(Est.7, fig.109)
1839 Orbulina universa d‟Orbigny, p.2, pl.1, fig. 1
1988 Orbulina universa (d‟Orbigny). Loeblich & Tappan, p.494, pl.541, fig.1-11.
Caracterização: Testa esférica. Superfície híspida, inteiramente perfurada por
numerosos poros. Aberturas diversas, pequenas e arredondadas.
Família HASTIGERINIDAE Bolli, Loeblich & Tappan, 1957
Gênero Hastigerina Thomson, 1876
Hastigerina aequilateralis (Brady)
(Est.7, fig.110)
1884 Globigerina aequilateralis (Brady) Brady, H.B. Report on the foraminifera
dredged by H.M.S. Challenger during the years 1873-1876. In: Report of the scientific
results of the voyage of H.M.S. Challenger, Zoology Vol. 9 p.605, pl.80, figs.18a-b.
1985 Hastigerina aequilateralis (Brady) Bolli, H.M & Sounders, J.B.: Oligocene to
Holocene low latitude planktic foraminifera. p.253, figs. 42.6, 43, 5-7, 9-10.
Caracterização: Testa grande, trocoespiral, biumbilicada. Câmaras esféricas a ovais
aumentando rapidamente de tamanho, cinco câmaras na última volta. Suturas radiadas,
deprimidas, periferia arredondada. Parede calcária, perfurada, superfície lisa. Abertura
interiomarginal, arco equatorial extendendo em ambos os lados, contornado por um
lábio.
Ordem ROBERTINIDA Sem Gupta, 1999
Família EPISTOMINIDAE Wedekind, 1937
Gênero Hoeglundina Brotzen, 1948
Hoeglundina elegans (d‟Orbigny)
58
1826 Rotalia (Turbinuline) elegans d‟Orbigny. Tableau méthodique de la classe des
Céphalopodes, Annales des Sciences Naturelles, vol. 7, p.245-314.
1994 Hoeglundina elegans (d‟Orbigny). Jones, R.W. The Challenger Foraminifera. The
Natural History Museum, Oxford Science Publications, p.104, pl.105, figs.3-6.
Caracterização: Testa trocoespiral, enrolamento fechado, biconvexa, câmaras
aumentando gradualmente. Suturas curvadas para trás no lado espiral e retas e oblíquas
no lado umbilical. Periferia subaguda, carenada. Parede calcária, lamelar, finamente
perfurada, superfície lisa. Abertura como fenda, paralela à quilha e aberta no lado
umbilical.
59
ESTAMPA 1
1. Bigenerina nodosaria. Vista lateral. x100; 1mm.
2. Spiroplectella cylindroides.Vista lateral. x100; 1mm.
3. Textularia sp. Vista lateral. x150; 500m.
4. Siphotextularia rolshausheni. Vista lateral. x300; 300m.
5. Gaudryina sp. Vista lateral. x400; 200m.
6. Clavulina humilis Vista lateral. x60; 1mm.
7. Cornuspira involvens Vista lateral. x400; 200m.
8. Spiroloculina planulata.Vista ventral. x250; 300m.
9. Miliolinella sp. Vista ventral. x500; 200m.
10. Miliolinella cf. M. hybrida. Vista ventral. x400; 200m.
11. Pyrgo elongata. Vista ventral. x400x; 200m.
12. Pyrgo murrhina. Vista ventral. x60; mm.
13. Pyrgo oblonga. Vista ventral. x200; m
14. Pyrgo rotalaria. Vista ventral. x300x; m
15. Pyrgo subsphaerica. Vista ventral. x300; m
16. Quinqueloculina lamarckiana. Vista ventral. x250; 300m
60
ESTAMPA 2
17. Sigmoilopsis schlumbergeri. Vista lateral. x400; 200m.
18. Triloculina oblonga.Vista lateral. x300; 300m.
19. Triloculina tricarinata sensu.Vista lateral. x180; 500m.
20. Patellina corrugata. Vista ventral x600; 100m.
21. Dentalina communis.Vista lateral. x100; 1mm.
22. Dentalina filiformis.Vista lateral. x150; 500m
23. Grigelis pyrula. Vista lateral. x100x ;1mm.
24. Astacolus sp Vista lateral. x400; 200m.
25. Astacolus crepidulus. Vista lateral x400; 200m.
26. Vaginulinopsis sp. Vista lateral x400; 200m.
27. Siphomarginulina hybrida. Vista lateral x400 200m.
28. Lenticulina calcar. Vista lateral x500; 200m.
29. Lenticulina occidentalis.Vista lateral. x150; 500m.
30. Lenticulina rotulata.Vista lateral. x200; 500m.
31. Amphicoryna sp. A. Vista lateral. x300; 300m.
32. Amphicoryna sp. B. Vista lateral. x300; 300m.
61
ESTAMPA 3
33. Amphicoryna scalaris. Vista lateral. x400; 200m
34. Saracenaria angularis. Vista lateral. x120; 500m
35. Lagena sp. Vista lateral. x400; 200 m.
36. Lagena hispida. Vista lateral. x500; 200m.
37. Lagena striata. Vista lateral. x600; 100m.
38. Lagena sulcata. Vista lateral. x500; 200m.
39. Procerolagena gracillima. Vista lateral. x150; 500m.
40. Procerolagena gracilis. Vista lateral. x150; 500m.
41. Procerolagena ycatupe. Vista lateral. x300; 300m.
42. Pygmaeoseistron sp. Vista lateral. x300; 300m.
43. Fissurina coacatu. Vista lateral. x600; 100m.
44. Fissurina formosa. Vista lateral. x300; 300m.
45. Fissurina radiata. Vista lateral. x400; 200m.
46. Oolina hexagona. Vista lateral. x800; 100m.
47. Oolina squamosa. Vista lateral. x800; 100m.
48. Parafissurina felsinea. Vista lateral. x400; 200m.
62
ESTAMPA 4
49. Parafissurina juruta.Vista lateral. x600; 100m.
50. Glandulina ovula. Vista lateral. x400; 200m.
51. Globulotuba entosoleniformis Vista lateral. x300; 300m.
52. Cassidulinoides bradyi.Vista lateral. x400; 200m.
53. Evolvocassidulina sp. Vista lateral.x800; 100m.
54. Globocassidulina subglobosa. Vista lateralx400; 200m.
55. Islandiella sp.Vista ventral.. x300; 300m.
56. Paracassidulina neocarinata.Vista ventral. x300; 100m.
57. Bolivina fragilis. Vista lateral. x400; 200m.
58. Bolivina ordinaria. Vista lateral. x800; 100m.
59. Bolivinellina translucens. Vista lateral. x300; 300m.
60. Bulimina aculeata. Vista lateral. x1000; 100m.
61. Bulimina marginata. Vista lateral. x300; 300m.
62. Sagrinella sp. A. Vista lateral. x500; 200m.
63. Sagrinella sp. B. Vista lateral. x400; 200m.
64. Neouvigerina ampullacea. Vista lateral. x400; 200m.
63
ESTAMPA 5
65. Uvigerina peregrina. Vista lateal. x400; 200m.
66. Uvigerina bifurcata. Vista lateral. x400; 200m.
67. Angulogerina angulosa. Vista lateral. x500; 200m.
68. Ruatoria ruatoria. Vista lateral x400; 200m.
69. Cancris auriculus. Vista ventral. x200; 500m.
70. Discorbis candeiana. Vista ventral x600; 100m.
71. Discorbis candeiana. Vista dorsal x300; 300m.
72. Discorbinella bertheloti. Vista ventral x200; 500m.
73. Discorbinella bertheloti. Vista dorsal x180; 500m.
74. Rosalina floridana. Vista ventral x300; 300m.
75. Rosalina vilardeboana. Vista ventral x600; 100m.
76. Rosalina vilardeboana. Vista dorsal x400; 200m.
77. Planulina ariminensis. Vista dorsal x200; 500m.
78. Planulina ariminensis. Vista ventral x200; 500m.
79. Cibicides pseudolobatulus. Vista ventral x300; 300m.
80. Cibicides pseudolobatulus. Vista dorsal x250; 300m.
64
ESTAMPA 6
81. Cibicides pseudoungeriana. Vista dorsal x400; 200m.
82. Cibicidoides pachyderma.Vista ventral. x 250; 300m.
83. Caribeanella sp. Vista ventral. x500; 200m.
84. Dyocibicides biserialis. Vista dorsal. x250; 300m.
85. Dyocibicides biserialis. Vista ventral. x200; 500m.
86. Astrononion stelligera. Vista lateral. x800; 100m.
87. Melonis barleeanum. Vista lateral. x300; 300m.
88. Nonion sp. Vista lateral. x200; 500m.
89. Nonion grateloupi. x400; 200m.
90. Nonionella turgida. x400; 200m.
91. Pullenia quinqueloba.Vista ventral. x400; 200m.
92. Oridorsalis westi. Vista dorsal. x300; 300m.
93. Oridorsalis umbonata Vista ventral. x250; 300m.
94. Anomalinulla glabrata. Vista lateral. x300; 300m
95. Elphidium discoidale Vista lateral. x300; 300m
96. Elphidiella sp. Vista lateral x250; 300m.
65
ESTAMPA 7
97. Globorotalia menardii. Vista dorsal. x180; 500m.
98. Globorotalia menardii. Vista ventral. x150; 500m.
99. Neogloboquadrina dutertrei. Vista ventral. x300; 300m.
100. Pulleniatina obliquiloculata. Vista lateral. x250; 300m.
101. Globigerinita glutinata. Vista ventral. x600; 100m.
102. Globigerina bulloides. Vista ventral. x300; 300m.
103. Globigerinella calida. Vista ventral. x400; 200m.
104. Globigerinoides conglobatus. Vista dorsal, x200; 500m.
105. Globigerinoides ruber. Vista dorsal. x250; 300m.
106. Globigerinoides sacculifer. Vista dorsal. x150; 500m
107. Globigerinoides trilobus.Vista dorsal. x250; 300m
108. Globoturborotalita rubescens. Vista ventral. x600; 100m.
109. Orbulina universa. x200; 500m.
110. Hastigerina aequilateralis. Vista lateral. x250; 300 m.
66
67
6. DISCUSSÃO
A identificação de foraminíferos é complexa, pois grande parte dos grupos
necessita de revisão de nomenclatura e muitos têm sinônimos, dificultando sua
identificação, neste contexto são necessárias análises complementares à revisão
bibliográfica como a comparação com outros exemplares previamente identificados e
análise em microscópio eletrônico de varredura (MEV), o que permite uma visualização
rica em detalhes, sendo assim, esses meios foram utilizados para acurácia na
identificação neste trabalho. Entre as revisões bibliográficas, as mais bem sucedidas e
utilizadas para estudos com foraminíferos destacam-se o trabalho de Jones em 1994 que
fez uma revisão das descrições de Brady (1884) e os atlas que correspondem a guias
ilustrados sobre a fauna de determinado local, entre os atlas, o “Atlas de foraminíferos
bentônicos do Atlântico Sul” de Boltovskoy (1980) é de grande importância para
estudos na costa do Brasil e foi utilizado com base de estudo e identificação das
espécies neste trabalho.
Os testemunhos amostrados para o presente estudo foram coletados na plataforma
continental de Cabo Frio onde existe uma fácies sedimentar de lama, diante desta
consideração, muitas espécies encontradas estão relacionadas às características
ambientais peculiares desta área, ou seja, um ambiente apresentando lama orgânica
como sedimento predominante devido ao aporte de material siliciclastico de origem
continental proveniente do rio Paraíba do Sul e Baía de Guanabara e oceânica.
Os foraminíferos presentes nos testemunhos amostrados são predominantemente
bentônicos os quais são mais abundantes em águas costeiras. As assembléias de
foraminíferos bentônicos são determinadas pela combinação de parâmetros
oceanográficos e sedimentológicos (Schmiedl et al. 1997). Dentre os táxons
identificados, a espécie bentônica Uvigerina peregrina foi abundante nas amostras.
Segundo Van der Zwaan et al (1999), essa espécie é comum em sedimentos ricos em
matéria orgânica e pode tolerar baixas concentrações de oxigênio, a espécie Bulimina
marginata também abundante nos testemunhos analisados neste estudo é encontrada em
ambientes ricos em matéria orgânica (Seigle, 1968). A presença de pirita nas testas de
vários espécimens encontradas é indicativa de um ambiente anóxico (Wang & Morse,
1996). Tais características corroboram com a sedimentologia da região estudada.
68
Cushman (1948) considerou a temperatura como sendo o fator controlador
predominante de distribuição dos foraminíferos bentônicos e registrou padrões de
distribuição de diferentes grupos, caracterizando, grupos de plataforma continental
como as lagenidas, bastante abundantes neste estudo e os miliolídios, frequentemente
encontrados em Cabo Frio, como característicos de águas quentes.
Considerando a importância da temperatura e migrações para explicar a
distribuição dos foraminíferos bentônicos neríticos, Boltovskoy e Wright (1976)
definiram 17 províncias: sete caracterizadas por espécies de águas quentes, duas por
espécies de águas frias e oito por espécies de águas temperadas. A fauna de
foraminíferos do Brasil corresponde ao tipo da Província das Índias Ocidentais, uma das
sete províncias de águas quentes.
As espécies de foraminíferos encontrados neste trabalho coincidem com muitas
das espécies características do Golfo do México, caracterizadas por Poag, (1981) no
“Ecologic Atlas of Benthic Foraminifera of the Gulf of Mexico”, como Elphidium
discoidale e Nonionella turgida sendo que o Golfo do México encontra-se nesta mesma
província. Phleger, (1960) e outros autores criaram uma lista das espécies características
das zonas verticais no Golfo do México, algumas espécies foram as mesmas
encontradas na plataforma continental de Cabo Frio neste estudo, como Uvigerina
peregrina, Bulimina marginata, Siphotextularia rolshauseni.
Em relação aos foraminíferos planctônicos, o padrão de distribuição também é
controlado por fatores ambientais, principalmente temperatura e salinidade das águas
superficiais dos oceanos. O agrupamento dos organismos em zonas latitudinais de
distribuição também é dividido entre zonas quentes e frias na mesma faixa latitudinal
(Boltvskoy et al, 1996). A espécie planctônica Globigerinoides ruber, indicadora de
massas de águas quentes (Boltovskoy, 1959), também é abundante nas amostras triadas.
Na região de Cabo Frio, a alta ocorrência desta espécie possivelmente está relacionada
com a Água Tropical (AT). Em contrapartida a ocorrência de Globigerina bulloides
relacionada à temperaturas mais baixas pode estar associada com a passagem de águas
frias na região em períodos de ressurgência. Corroborando com a passagem de águas
frias e ocorrência de ressurgência na região, foi encontrada a espécie aglutinada
bentônica Siphotextularia rolshauseni, cuja ocorrência está relacionada com ambientes
frios e variações na disponibilidade de alimentos (Nees & Struck, 1994). Alguns
69
espécimens encontrados apresentavam abrasão nas testas, o que pode ser explicado pelo
encontro de diferentes massas d‟água na região arrastando sedimentos.
As espécies de foraminíferos encontrada neste estudo refletem características
sedimentológicas da plataforma continental de Cabo Frio e as massas d‟água que
ocorrem na região, servindo de apoio a estudos paleoambientais e oceanográficos.
70
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração deste material é de grande contribuição para o conhecimento da
fauna de foraminíferos da região estudada e serve de apoio à rotina de identificação
taxonômica em nível específico e como material útil para padronização na identificação
e descrição através das fotomicrografias das espécies identificadas. A região de Cabo
Frio é um local com muitos recursos econômicos e possui grande demanda de estudos
ambientais, sendo assim, este trabalho visa contribuir para estudos nessa região.
Neste trabalho foram identificadas 103 espécies com fotomicrografias e suas
respectivas descrições, foi realizado um amplo estudo bibliográfico sobre cada espécie
aqui apresentada, encontrado na sinonímia com definição das classificações originais
das espécies. O estudo de caráter sistemático e taxonômico de grupos tão importantes
economicamente como os foraminíferos desta região da costa brasileira, ainda pouco
conhecida e estudada, contribuirá para o refinamento científico deste material.
71
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AIDAR, E.; GAETA, S. A.; GIANESELLA-GALVÃO, S.M.F.; KUTNER, M. B. B. &
TEIXEIRA C. Ecossistema costeiro subtropical: nutrientes dissolvidos, fitoplâncton
e clorofila-a e suas relações com as condições oceanográficas na região de Ubatuba
(SP). Publicação Instituto Oceanográfico, São Paulo, (10):9-43. 1993
ARNOLD, A.J. & PARKER, W.C. Biogeography in Planktonic Foraminifera, in Sen
Gupta, B.K., ed., Modern Foraminifera. Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, The
Netherlands, p. 103–122. 1999.
BARBIERI, R. Foraminifera and environmental micropaleontology. Marine
Micropaleontology, 61:1-3. 2006.
BARBOSA, C.F. Reconstrução Paleoambiental de fácies lagunares com base em
foraminíferos: o nível do mar no quaternário superior na área de Cabo Frio, RJ. Tese de
doutoramento (IGc). Universidade de São Paulo. 1997.
BÉ, A.W.H. Ecology of recent planktonic foraminífera,.parte 2: Bathymetric and
seasonal distribuitions in the Sargasso Sea off Bermuda. Micropaleontology. v.6, n.4,
p.373-392, 1960.
BÉ, A.W.H. Distribuition of planctonic foraminifera in the world oceans. In:
International Oceanography Congress, 2. Abstract of paper. Moscou, 1966.
BERGUE, C.T. & COIMBRA, J.C.; Abordagens faunísticas e geoquímicas em
microfósseis calcáreos e suas aplicações à paleoceanografia e paleoclimatologia. Bol.
Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 3, n. 2, p. 115-126, 2008.
BOLTOVSKOY, E. Los foraminíferos recientes. Argentina: EUDEBA; Universidade
de Buenos Aires, 1965.
BOLTOVSKOY, E. & WHITE, R. Recent foraminifera. W. Junk, The Hague. 1976.
BOLTOVSKOY, E., GIUSSANI, S., WATTANABE & WRIGHT, R. Atlas of Benthic
Shelf Foraminifera of the Southwest Atlantic. – Hague-Boston-London: Dr. W. Junk.
147p. 1980.
BOLTOVSKOY, E., SCOTT, D.B. & MEDIOLI. F.S. Morfological variations of
benthic foraminiferal tests in response to changes in ecological parameters: a review.
Journal of Paleontology, 65: 175-185. 1991
72
BOLTOVSKOY, E.; BOLTOVSKOY, D.; CORREA, N.; BRANDINI, F. Planktic
foraminífera from the southwestern Atlantic (30º-60ºS): species-especific patterns in the
upper 50m. Marine Micropaleontology. v.28, p. 53-72, 1996.
BRADY, H.B. Report on the foraminifera dredged by H.M.S. Challenger, during the
years 1873-1876, in Report on the Scientific Results of the Voyage of the H.M.S.
Challenger, Zoology, v.9, 1884.
BRASIER, M. D. Microfossils. London: George Allen & Unwin, 1980.
CAMPOS, E.J.D.; GONÇALVES, J.E. & IKEDA, Y. Water Mass Structure and
Geostrophic Circulation in the South Brazil Bight – Summer of 1991. J. Geophys. Res.,
100(C9), 18537-18550. 1995.
CHUM, L., BRIAN J. & BLANCHON, P. Lagoon-shelf sediment exchange by Storms
evidence from foraminiferal assemblages, east cosat of Grand Cayman, British West
Indies. J. Sedimentary Research Abstracts, 67 (1): 11. 1998
CUSHMAN, J.A. A monograph of the foraminifera of the North Pacific Ocean. Pt.I.
Astrorhizidae and Lituolidae. Bulletin of the United States National Museum, 71(1):
1-134.1910.
CUSHMAN, J. A. A monograph of the foraminifera of the North Pacific Ocean, Pt. II,
Textulariidae: Bulletin of the United States National Museum, v. 71/2. p. 1-108.
1911.
CUSHMAN, J.A. Publ. 311, Carnegie Instit. Washington, 1922.
CUSHMAN, J.A. An outline of a re-classification of the Foraminifera, Cushman Lab.
For. Res. Contr., 3. 1927.
CUSHMAN, J.A. The foraminifera of the Atlantic Ocean, Bulletin 104, USNM,
Smithsonian Institution, Antiquariat Junk, Netherlands, Reprint 1970.
CUSHMAN, J.A. Foraminifera: Their Classification and Economic Use, 4th
Ed.;
Harvard University Press, Cambridge. 1948.
CUSHMAN, J.A. & VALENTINE, W.W. Shallow-water Foraminifera from the
Channel Islands of Southern California – Stanford University, Contributions,
Departament of Geology 1/1:5-51. 1930.
JONES, R.W. The Challenger Foraminifera. The Natural History Museum, Oxford
Science Publications, 149p. 1994.
73
KATZ. M.E., CRAMER, B.S., FRANZESE, A., HÖNISCH, B., MILLER, K.G.,
ROSENTHAL, Y. & WRIGHT, J.D. Traditional and emerging geochemical proxies in
foraminifera. Journal of Foraminiferal Research, 40 (2): 165–192. 2010.
LOEBLICH A.R. & TAPPAN, H. Foraminiferal genera and their classification. New
York, Van Nostrand Reinhold Company, v.2., 970p, 1988.
LOEBLICH A.R. & TAPPAN, H. Present status of foraminiferal classification, in
Studies in Benthic Foraminifera, (eds Y. Takayanagi and T. Saito). Proceedings of the
Fourth International Symposium on Benthic Foraminifera, Sendai. Tokai University
Press. pp.93-102. 1992.
MASCARENHAS, A. S., L. B. MIRANDA, & ROCK, N. J. A study of oceanographic
conditions in the region of Cabo Frio. Costlow J. D., 1, 285:308. 1971.
MURRAY, J.W. Ecology and palaeoecology of benthic foraminifera. New York,
Longman Scientific & Techinical, 397p. 1991.
NARCHI, W. Sobre Lagenidae e Nodosariidae recentes do Brasil (Foraminifera), Bol.
Fac. Fil., Ciên. Letr. Univ. S. Paulo, n.261. Zoologia, n.24, 1962.
NEES, S. & STRUCK, U. The biostrarigraphic and Paleoceanographic significance of
Siphotextularia rolshauseni Phleger and Parker in Norwegian-Greenland sea sedimens.
Journal of Foraminiferal Research, v.24, n.4, p.233-240. 1994.
KATZ. M.E., CRAMER, B.S., FRANZESE, A., HÖNISCH, B., MILLER, K.G.,
ROSENTHAL, Y. & WRIGHT, J.D. Traditional and emerging geochemical proxies in
foraminifera. Journal of Foraminiferal Research, 40 (2): 165–192. 2010.
PATTERSON, R.T., & RICHARDSON, R.H. A taxonomic Revision of the Unilocular
Foraminifera. Journal of Foraminiferal Research. 17: n.3, p.212-226. 1987.
PHLEGER, F.B. & PARKER, F.L. Ecology of foraminifera, nortwest Gulf of Mexico;
part II- Foraminifera species. Geol. Soc. Amer., Mem., York, n46, pt.2, pag.13. in
Catalogue of foraminifera by brooks Ellis & Messina. 1951.
POAG, C.W. Ecologic Atlas of Benthic Foraminifera of the Gulf of Mexico, Marine
Science International, Woods Hole, 1981.
RIOS-NETTO, A.M. Taxonomia e sistemática.- In : Paleontologia. ED. Interciência ;
Rio de Janeiro, p.83-94. 2000.
SCHMIEDL, G. & MACKENSEN, A. Late Quaternary paleoproductivity and deep
water circulation in the eastern South Atlantic Ocean : evidence from benthic
74
foraminifera. Journal Paleogeography, Paleoclimatology, Paleoecology, 130 : 43-80.
1997.
SEIGLE, G.A. Foraminiferal assemblage as indicator of high organic carbon content in
sediments and of pullotes waters. Bulletin of American Association of Petroleum
Geologist, 52: 2231-2241. 1968
SEN GUPTA, B.K. (Ed) Modern Foraminifera. Kluwer Academic Publishers,
371p.1999.
SILVEIRA, I.C.A.; SCHMIDT, A.C.K.; CAMPOS, E.J.D.; GODOI, S.S. & IKEDA, Y.
A Corrente do Brasil ao largo da Costa Leste Brasileira, Rev. Bras. Oceanogr.,
48(2):171-183 (C11). 2000.
SIMPSON, G.G. The principles of Animal Taxonomy. Columbia University Press.
New York, USA. 320p. 1961.
TARASOVA, T.S. Environmental Impacts on the Benthic Foraminiferal Fauna in
Nearshore Ecosystems. Russian Journal of Marine Biology. 32: S11-S20. 2006.
VALENTIN, J. L.; ANDRÉ, D. L. & JACOB, S.A. Hydrology in the Cabo Frio (Brazil)
upwelling: two-dimenusional structure and variability during a wind cycle. Continent.
Shelf Res., 7(1):77-88. 1987.
VALENTIN, J.L. A ressurgência. Fonte de vida nos oceanos. Revista Ciência Hoje.
v.18, n.102, p 19-25. 1994.
VAN DER ZWAAN, G.J., DUIJNSTEE, I.A.P., DEN DULK, M., ERNST, S.R.,
JANNIK, N.T. & KOUWENHOVEN, T.J. Benthic foraminifers: proxies or problems?.
A review of paleoecological concepts. Earth-Science Reviews, 46, 213-2336p. 1999.
VELLA, P. Upper Oligocene and Miocene uvigerinid foraminifera from Raukumara
Peninsula, New Zealand. Micropaleontology 7: 467-483. 1961.
VILELA, C.G. Foraminíferos. In: Carvalho, I.S. [edit.].Paleontologia. 2ªed. Rio de
Janeiro: Interciência. v.1. pp.269 – 284. 2004.
WANG, Q. & MORSE,W. Pyrite formation under conditions approximating those in
anoxic sediments. I. Pathway and Morphology. Marine Chemistry, v.52,p.99-121.
1996.