UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA
ALLANDA HARÊTA LOPES DA SILVA DOMINGOS
A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA DE FAZ DE CONTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
NATAL-RN 2016
A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA DE FAZ DE CONTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.
AUTOR ALLANDA HARÊTA LOPES DA SILVA DOMINGOS
ORIENTADOR (A)
Uiliete Márcia Silva de Mendonça Pereira
NATAL – RN 2016
ALLANDA HARÊTA LOPES DA SILVA DOMINGOS
A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA DE FAZ DE CONTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Data da Aprovação:
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________ Uiliete Márcia Silva de Mendonça Pereira – Orientadora
Doutoranda – PPGED/CE/NEI/CAp/UFRN
______________________________________________________________ Esthephania Oliveira Maia Batalha
Especialista – NEI/CAp/UFRN
__________________________________________________________ Gilvânia Maurício Dias Pontes
Doutora – NEI/CAp/UFRN
2016
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele eu não teria forças para essa longa jornada. Dedico também a minha família, por sua capacidade de acreditar e investir em mim. E a meu esposo, que de forma especial me deu muita força e coragem.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente. Sou grata a Ele pela força, graça e
sabedoria que tem me dado, por ter me iluminado e guiado os meus passos
durante essa longa jornada.
A minha família, pelo esforço e por ter investido em mim dando uma boa
educação, pelo apoio coragem e todos os ensinamentos.
A meu esposo, que sempre esteve comigo nos momentos de estresse
diante de tantos trabalhos da Universidade, foi de quem mais me suportou.
Pela força, pela compreensão, carinho e pela paciência para comigo. Valeu a
pena todas as renuncias e valeu a pena esperar!
A professora orientadora, que acreditou no meu trabalho, me orientou e
me ajudou bastante, por seus ensinamentos e paciência, sem ela eu não teria
concluído esse trabalho.
Aos amigos e colegas de trabalho, que me ajudaram bastante, pelo
incentivo e apoio constante.
RESUMO A brincadeira de faz de conta faz com que as crianças usem sua criatividade,
imaginando-se no mundo dos adultos, reformulando de forma livre o que
acontece em sua vida. Refletindo sobre esse principio destacamos a presente
pesquisa que trata de uma das atividades mais importantes para o
desenvolvimento das crianças, que é a brincadeira. A temática da pesquisa se
insere no contexto da importância da brincadeira faz de conta na Educação
Infantil. O trabalho objetiva investigar a importância da brincadeira para o
desenvolvimento das crianças na perspectiva de professores da Educação
Infantil, selecionados por critérios previamente definidos. A atividade será com
5 professoras da Educação infantil sendo elas do nível I ao 1º ano do Ensino
Fundamental. Será feito um questionário para as professoras. Está monografia
trata-se de um estudo exploratório e descritivo, focalizando como lócus de
pesquisa uma escola privada na Zona Sul de Natal, e é fundamentada em
autores estudados como, Piaget (1975) e (1998), Vygotsky (1994), Kishimoto
(1998), Pereira (2014), Almeida (1995) e (2009), Borba (2005), Craidy (2001),
Fortuna (2016), Gomes (2010) e outros. Sendo assim, apresentaremos como a
brincadeira está presente no cotidiano das crianças e o que traz de importante
para elas.
Palavras-chave: Brincadeiras, Faz de conta, Educação Infantil.
ABSTRACT
The game of make-believe, causes children to use their creativity, imagining
yourself in the world of adults, freeform reformulating what happens in your life.
Reflecting on this principle we highlight the present research that addresses
one of the most important activities for the development of children, which is a
joke. The theme of research is in the context of the importance of playing make-
believe in Early Childhood Education. The study aims to investigate the
importance of play for children's development in the teachers' perspective of
early childhood education, selected by previously defined criteria. The activity
will be with 5 teachers of child education and they level I to the 1st grade of
elementary school. a questionnaire for teachers will be done. It is monograph it
is an exploratory and descriptive study, focusing as research locus a private
school in the South of Natal area, and is based on authors studied as Piaget
(1975) and (1998), Vygotsky (1994), Kishimoto ( 1998), Pereira (2014), Adams
(1995) and (2009), Borba (2005), Craidy (2001), Fortuna (2016), Gomes (2010)
and others. Therefore, we will present how the game is present in the children's
daily life and what brings important to them.
Keywords: Play, account Does, Early Childhood Education.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO _________________________________________07
1.1 Estado da arte________________________________08
2. CONCEPÇÃO DE CRIANÇA E INFÂNCIA ___________________10
3. A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA PARA AS CRIANÇAS_____12
3.1 A brincadeira faz de conta________________________13 3.2 A brincadeira na visão de alguns autores ____________15 3.3 A brincadeira na concepção dos documentos oficiais ___18 3.4 Papel do professor_____________________________21
4. O LÓCUS DA PESQUISA E
CARACTERIZAÇÃO______________________________________22
5. METODOLOGIA_________________________________________29
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS________________________________30
7. REFERÊNCIAS_________________________________________31
8. APÊNDICE____________________________________________33
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1. INTRODUÇÃO
A presente monografia se constitui num trabalho de conclusão de curso
para obtenção de conclusão da graduação em pedagogia. A temática dessa
pesquisa se insere no contexto da importância da brincadeira de faz de conta
para o desenvolvimento das crianças. Pretendemos com esse trabalho
investigar a importância da brincadeira para o desenvolvimento das crianças na
perspectiva de professores da Educação Infantil, e discutir a importância dessa
brincadeira no cotidiano das crianças e na escola. Tendo como lócus da
pesquisa o nome da escola fictício, Lar Feliz, que fica localizada na zona sul de
Natal.
A temática justifica-se pela necessidade dos professores
compreenderem a importância da brincadeira faz de conta na educação infantil
e discutir a necessidade da mediação para aprendizagem. A intenção de se
trabalhar com esses sujeitos é apresentar a importância de desenvolver e
despertar o interesse por atividades lúdicas para seus alunos, de forma
prazerosa e divertida, para que o educador veja que a criança aprende
brincando.
Comecei a me interessar no tema das brincadeiras na Educação
Infantil, através do que observava nas atividades curriculares do Curso de
Pedagogia referentes às práticas em sala de aula. Há três anos estou
trabalhando como professora auxiliar em uma escola na unidade da Educação
Infantil, atuando junto a alunos do nível I, nível II e Nível III. Observamos que
no nível I as crianças passavam a maior parte do tempo em que estavam na
escola brincando. Nessas ocasiões eu ficava esperando o momento da
“atividade” para ver como eles iriam realizá-la. Porém, com o passar do tempo
pude perceber que eles aprendiam brincando e faziam suas atividades sem
perceberem que estavam sendo “avaliados” ou nem mesmo percebiam que
aquelas brincadeiras eram essencialmente atividades curriculares de sala de
aula. Ficamos entusiasmadas ao ver que as crianças aprendiam brincando, de
forma livre, sendo observadas pelo professor.
Podemos dizer que a brincadeira é uma atividade natural da criança, ela
aprende de forma prazerosa. Assim, como mostra ALMEIDA (1995):
8
[...] A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo. [...] (ALMEIDA, 1995, p. 11).
Portanto, é de grande importância a presença das brincadeiras na
educação infantil no processo pedagógico.
A brincadeira é a principal atividade da criança. E a brincadeira faz de
conta, faz com que as crianças usem de sua criatividade, imaginando-se no
mundo dos adultos, reformulando as situações de forma espontânea.
Na brincadeira estão presentes algumas funções importantes, que são
capazes de auxiliar a criança no desenvolvimento, na aprendizagem e na
interação com o meio, sendo assim considerada uma característica do
comportamento infantil, isso acontece porque as crianças se dedicam na maior
parte de seu tempo brincando. Isto porque quando a criança brinca ela vai se
apropriando de suas potencialidades. É brincando que a criança aprende a
agir, desperta sua curiosidade, isto é, ela ordena o mundo a sua volta
(GOMES; CASTRO, 2010).
É por isso que a brincadeira é uma das atividades fundamentais para o
desenvolvimento da identidade e da autonomia das crianças, isto é, de grande
importância. É a partir da brincadeira que a criança começa a se relacionar
com outros, é onde também se desenvolve o seu potencial e é algo que já faz
parte da vida da criança, a brincadeira.
1.1 ESTADO DA ARTE Cremonini, Márcia Warken, fez seu Trabalho de Conclusão de Curso de
especialização em Educação Infantil no ano de 2012 sobre, Brincadeira de faz
de conta na educação infantil: reflexões a partir da ação pedagógica. Ela diz
que durante muitos anos a brincadeira foi vista como algo natural e corriqueiro,
assim, não sendo analisado da forma como merecia. Com base nos
pressupostos de Vigotsky (1995), este trabalho segue uma reflexão sobre a
importância da brincadeira de papeis sociais ou de Faz de conta na educação
infantil (CREMONINI, 2012).
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Munarim, Iracema, fez seu trabalho com o tema: O imaginário na cultura
de movimento das crianças, em 2007. Ela destaca que, “este trabalho reflete
sobre a presença de traços do imaginário midiático na cultura de movimento
das crianças em vivencia lúdicas no ambiente escolar. E o seu foco da
pesquisa é de como estão se constituindo as brincadeiras das crianças, e mais
especificamente, as suas diferentes formas de se movimentar enquanto
brincam. Nessa trajetória de pesquisa evidenciaram-se os processos que as
crianças criam durante as brincadeiras para elaborar os sentidos das mídias e
relacioná-los com suas experiências. Movimentando-se, fazendo referencia a
personagens e cenários, criando situações e roteiros para brincadeiras a partir
de historias e programas de televisão, as crianças refletem e questionam, à sua
maneira, o mundo que as cerca” (MUNARIM, 2007).
A autora Cirilo, Patrícia de Carvalho Silva, elaborou seu Trabalho de
Conclusão de Curso sobre “A importância do ato brincar no desenvolvimento
cognitivo”, em dezembro de 2015, faculdade de Filosofia, Ciências e Letras,
Fundação Educacional de Pedagogia. Usaram os seguintes teóricos como
base principal Kishimoto, Oliveira. O trabalho tem como objetivo analisar se a
importância do brincar para a criança em desenvolvimento tanto cognitivo como
social, observando que é uma ação que pode ser concretizada, desta maneira,
a pesquisa realizada é de caráter qualitativo e foi utilizado como instrumento de
coleta de dados o questionário. Esse questionário foi realizado com
professores da rede publica e privada, para observar as diferenças de recursos
e também a importância dada pelo docente ao ato de brincar, os jogos, as
brincadeiras de faz de conta como meio de desenvolvimento (CIRILO, 2015).
Silva, Léa Stahlschmidt Pinto, fez seu trabalho de conclusão de curso de
Doutorado sobre O brincar de Faz de conta e a imaginação infantil: concepção
e prática do professor. em São Paulo, 2003. Esse trabalho investiga a análise
entre o discurso de professores de Educação Infantil sobre a brincadeira de faz
de conta e a imaginação infantil e a sua prática docente, levando em
consideração a formação profissional desses professores e o contexto no qual
iniciaram a sua escolaridade. Os procedimentos são coletas de dados e
observação de episódios de brincadeiras faz de conta. Após análise qualitativa
dos dados, os resultados apontam para um conhecimento pouco consistente
sobre a importância do faz de conta para o desenvolvimento e aprendizado
10
infantil. Na prática não se concretiza o discurso dos sujeitos que indica o faz de
conta como expressão da imaginação infantil, possibilitando o desenvolvimento
da criatividade, da autonomia da espontaneidade e da socialização (SILVA,
2003).
Garcia-Schinzari, Nathalia Rodrigues, fez seu trabalho de conclusão de
curso sobre Análise do brincar de faz de conta de crianças pré-escolares com
câncer, Ribeirão Preto, 2014. A tese tem como objetivo analisar o brincar de
faz de conta de crianças pré-escolares com câncer. Materiais e Métodos: Foi
realizado um estudo descritivo exploratório da análise do brincar de faz de
conta de crianças pré-escolares (4 a 7 anos) com câncer através da aplicação
do ChIPPA - Avaliação do Faz de conta Iniciado pela Criança. Participaram da
pesquisa 20 crianças de 4 a 7 anos que realizaram tratamento oncológico em
um hospital do interior de São Paulo no período de julho de 2012 a julho de
2013 (GARCIA, 2014).
Todos esses autores fizeram seus trabalhos com relação à importância
da brincadeira para as crianças, dai percebemos a importância da brincadeira
na vida de uma criança. Visto que, antigamente as crianças não tinham acesso
a essa rica “atividade”. As crianças não tinham vida de criança. Eram vistas
como os adultos.
2. CONCEPÇÃO DE CRIANÇA E INFÂNCIA
“A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte
de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma
determinada cultura, em um determinado momento histórico” (BRASIL, 1998,
p21). A criança tinha uma rotina de adulto, trabalhava para ajudar no sustento
da família. Essas crianças não tiveram como aproveitar a infância do jeito que
uma criança tem direito. Eram vistas do mesmo jeito que um adulto.
Precisavam trabalhar para sobreviver, não existia diferença entre criança e
adulto há muito tempo atrás. Sabemos que todas as crianças necessitam de
cuidados e necessidades especiais e que são seres diferentes de adultos.
11
Toda criança precisa de cuidado, carinho, amor, atenção e cuidados com a
saúde. Que necessita da ajuda do adulto para ter uma vida digna que toda
criança merece.
O conceito de criança e infância vem mudando com o passar do tempo, por
isso não é possível formular um conceito, ou seja, esses conceitos variam com
o passar do tempo e espaço, tudo depende do meio social e cultural (BRASIL,
1998, p.21). As crianças são seres totalmente diferentes dos adultos.
Kuhlmann e Fernandes (2004) diferenciam criança e infância, tal como infância
refere a um período da vida humana enquanto criança trata-se de uma
“realidade psicobiológica” do indivíduo. Essa definição descreve um período da
vida.
A noção de infância surgiu a partir do século XVIII, segundo GOMES
(2016), surgiu quando a igreja e os poderes públicos passaram a questionar as
práticas de infanticídio, anteriormente toleradas. As famílias começaram a
cuidar bem dos filhos, cuidados com a saúde e preocupação para não perder
seus filhos. As famílias também começaram a da educação para as crianças.
[...] Os adultos compreenderam a particularidade de infância e a importância tanto moral como social e metódica das crianças em instituições especiais, adaptadas a essas finalidades [...] (ARIÈS, 1981, p.193).
Assim, os adultos passaram a respeitar o espaço das crianças e dando a
elas a liberdade de serem crianças e aproveitar a infância de forma que toda
criança tem direito.
As crianças “fazem história a partir dos restos da história”, o que as
aproxima dos inúteis e dos marginalizados (Benjamin, 1984, p. 14). As crianças
criam cultura, dá sentido ao mundo, produz história e ainda por cima faz parte
de uma classe social. É a criança que dá continuidade na cultura e classe
social.
12
3. A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA PARA AS CRIANÇAS
A brincadeira é tão importante para a criança como o trabalho é para o
adulto, ou seja, “tudo o que diz respeito à criança é realidade de brincadeira,
enquanto tudo que diz respeito ao adulto é realidade séria” (Vygotsky, 1989). A
brincadeira está inserida no desenvolvimento da criança. É uma atividade que
promove a criança como sujeito participante de um grupo social. Onde ela é
capaz de assumir qualquer papel usando de sua imaginação, tais como, pai,
mãe, irmão, professor, médico e outros. .
A brincadeira tem inúmeras utilidades, para Cunha (1994), o brincar é
uma característica primordial na vida das crianças, é bom, gostoso e dá
felicidade, é algo divertido, além disso, ser feliz e estar mais predisposto a ser
bondoso, a amar o próximo e a partilhar fraternalmente, são outros pontos
positivos dessa prática tão prazerosa e espontânea das crianças.
A brincadeira e o brinquedo é muito importante para o desenvolvimento
das crianças e como destaca Vygotsky (1998), o aprendizado e o
desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida e é
enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança, pois;
O brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento. Sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento (VYGOTSKY, 1998, p. 34).
A brincadeira é essencial para o desenvolvimento das crianças. É uma
atividade natural da criança que precisa ser privilegiada nas instituições
escolares, seja ela voltada ao prazer do ato de brincar ou como meio no qual
se desenvolvem aprendizagem (GOMES, 2016).
É na brincadeira que a criança, ser humano aprende a se relacionar com
o outro e com a cultura. O brincar envolve múltiplas aprendizagens que é
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essencial para o desenvolvimento das crianças e é o espaço onde o sujeito tem
o controle da situação. Como afirma BORBA (2005, p.38):
É brincando que aprendemos a brincar. É interagindo com os outros, observando-os e participando das brincadeiras que vamos nos apropriando tanto dos processos básicos construtivos do brincar, como dos modos particulares de brincadeira, ou seja, das rotinas, regras e universos simbólicos que caracterizam e especificam os grupos sociais em que nos inserimos.
Na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento habitual
de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela
fosse maior do que ela é na realidade”. Vygotsky (1987). Isto é, a criança usa
de sua imaginação e brinca do que gostaria de ser. Ela se representa na
brincadeira.
3.1. A BRINCADEIRA FAZ DE CONTA A brincadeira faz de conta faz parte do universo infantil, é a forma com
que a criança passa a descobrir e compreender o mundo que o cerca. Os
adultos ao observar a brincadeira de faz de conta ficam tentando entender
como eles conseguem relacionar coisas do cotidiano e trazer para a
brincadeira. O faz de conta propicia a ampliação dos conhecimentos infantis
por meio da atividade lúdica (BRASIL 1998). O Faz de Conta é uma brincadeira
muito significativa na vida das crianças e alimenta o espirito imaginativo e
exploratório, isso porque é na brincadeira que a criança expressa suas
experiências e representa sua realidade. (VYGOTSKY 1994) “atribui um papel
importantíssimo à brincadeira, principalmente ao brincar de faz de conta,
considerado um verdadeiro “laboratório da infância”, pois
A brincadeira de faz de conta, também conhecida como simbólica, de representação de papéis ou sociodramática, é a que deixa mais evidente a presença da situação imaginária. Ela surge com o aparecimento da representação e da linguagem, em torno 2/3 anos, quando a criança começa a alterar o significado dos objetos, dos eventos, a expressar seus sonhos
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e fantasias e a assumir papéis presentes no contexto social. (KISHIMOTO, 2003, p.39).
É a partir da brincadeira de faz de conta que a criança expressa seus
sentimentos. Representa o que acontece em seu cotidiano através do Faz de
conta na brincadeira.
As crianças brincam de acordo com sua cultura, do jeito que aprendem,
elas representam aquilo que vivencia em seu cotidiano. A mesma brincadeira é
reproduzida de forma diferente em diversas culturas.
A brincadeira não é vivenciada da mesma forma em diferentes lugares,
épocas e culturas, pois ela é situada de acordo com o contexto sócio histórico
cultural que a criança está inserida (PEREIRA, 2014, p. 34). Desta forma
podemos dizer que do jeito que as crianças brincam de faz de conta em um
país é diferente de como as outras brincam em outro país. Os costumes e
regras das brincadeiras são diferentes, de acordo com cada cultura.
Ao observar uma criança brincando de faz de conta, podemos chegar à
conclusão de que ela está representando sua realidade de forma lúdica, ou
seja, está usando de sua imaginação para imitar tudo que já aconteceu ao seu
redor. Ela observa as coisas que acontecem bem detalhadamente para depois,
na ausência desses acontecimentos, realizar a imitação.
Assim, Craidy e Kaercher (2001, p. 92) salientam como a capacidade de
imaginação transforma as relações da criança com o meio, ao afirmarem que
"ela passa a inventar o mundo, sugerindo novas maneiras de interpretá-lo".
Assim, ao falar da brincadeira de “Faz de Conta”, CRAIDY e KAERCHER
(2001) expressam que:
A criança realiza imitações das ações que observa, utilizando modelos que estão próximos a ela. Observa atentamente os gestos e as ações das pessoas e depois os reproduz de forma simplificada. Inicialmente, os modelos são os pais, os avós e quem mais for do convívio diário da criança, depois os vizinhos, o dono do armazém, o carteiro, o guarda de trânsito, e outros modelos retirados do mundo adulto (CRAIDY E KAERCHER, 2001, p. 93).
Nas brincadeiras do cotidiano das crianças é possível perceber a forte
presença da imitação, que ela faz de tudo que acontece ao seu redor.
15
Segundo Piaget apud Kishimoto, 2000, p.59 “Quando brinca, a criança
assimila à sua realidade, pois sua interação com o objeto não depende da
natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui”, ou seja, um
mesmo objeto representa vários outros, sua função varia de acordo com a
necessidade.
Sabemos que essa brincadeira faz de conta, é fundamental para as
crianças, por isso é necessário que na escola haja um espaço destinado para
que a imaginação aconteça e para as crianças interagirem uns com os outros e
com objetos de forma espontânea. Se faz necessário que os professores
organizem em sala de aula um espaço seguro e acessível para todos.
3.2. A BRINCADEIRA NA VISÃO DE ALGUNS AUTORES
A brincadeira é uma experiência livre para a criança e deve ser
vivenciada da melhor forma possível, pois é por ela e através dela que a
criança desperta suas habilidades mais precisas para um bom
desenvolvimento, que a conduzirá durante toda a sua vida. E é a partir da
brincadeira que a criança começa a se relacionar com outros, é onde se
desenvolve o potencial da criança como também sua autonomia. Como afirma
(RUBEM ALVES, 1994) brincar é coisa séria para a criança. É o momento dela
aprender se divertindo.
Para Vygotsky (1995) a principal atividade da criança é a brincadeira. E
nessa atividade há dois elementos importantes: a situação imaginaria a as
regras. No momento imaginário, a brincadeira é livre, espontânea, já no
momento do jogo, a criança cria regras e elas devem ser cumpridas para o
andamento da brincadeira. Brincar é um espaço no qual se pode observar a
coordenação das experiências prévias da criança e aquilo que os objetos
manipulados sugerem ou provocam no momento presente. Pela repetição
daquilo que já conhecem, utilizam a ativação da memória, atualizam seus
conhecimentos prévios ampliando-os e transformando-os por meio da criação
de uma situação imaginária (BRASIL, 1998). Brincar constitui-se, em uma
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atividade das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na
interpretação da realidade.
Como afirma apud Machado (2003, p.37):
Brincar é também um grande canal para o aprendizado, senão o único canal para verdadeiros processos cognitivos. Para aprender precisamos adquirir certo distanciamento de nós mesmos, e é isso o que a criança pratica desde as primeiras brincadeiras transicionais, distanciando-se da mãe. Através do filtro do distanciamento podem surgir novas maneiras de pensar e de aprender sobre o mundo. Ao brincar, a criança pensa, reflete e organiza-se internamente para aprender aquilo que ela quer, precisa, necessita, está no seu momento de aprender; isso pode não ter a ver com o que o pai, o professor ou o fabricante de brinquedos propõem que ela aprenda.
É na brincadeira que a criança aprende, isto porque no momento da
ludicidade a criança envolve todas as capacidades, demonstrando, através do
brincar, a personalidade dela. Trata-se de descobrir a si e ao mundo pelo
simples ato de brincar, pois, demonstrando ação e imaginação, a criança se
motiva a alcançar seus objetivos. “Brincar não é perder tempo, é ganhá-lo” é o
que diz Carlos Drummond de Andrade (2011).
A ludicidade é estudada por alguns autores, e para eles o jogo é
essencial para o desenvolvimento da educação escolar.
Segundo Piaget (1975) e Winnicott (1975), conceitos como jogos,
brincadeiras e brinquedos são formados ao longo de nossa vivência. É a forma
que cada um utiliza para nomear o seu brincar. Sendo assim, tanto a palavra
jogo quanto a palavra brincadeira podem ser sinônimos de divertimento. De
acordo com Vygotsky (1987, p.35):
O brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.
Isto é, para Vygotsky a criança reproduzir de fato o que acontece em seu
mundo por meio da brincadeira. Isto é, uma reprodução ativa e não passiva,
usando da imaginação. Criando do jeito que desejar.
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Como afirma (PEREIRA, 2014, p. 42), “Brincar é uma das atividades
fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia da
criança. Isto é, uma atividade que sempre está presente na vida de uma
criança.”
A ludicidade é o momento de aprendizagem de toda criança e é também
o momento que podemos estudar seu comportamento. Ela aprende sem
pressão, é por isso que toda brincadeira deve estimular a imaginação e
curiosidade da criança, é onde ela usa a fantasia e ver o mundo de outra
forma, tudo como um passe de mágica.
A ludicidade é tão imprescindível para as crianças que Witter (1987)
ressalta que “é importante estar ciente de que a brincadeira para a criança é
necessária uma vez que ela traz enormes contribuições ao desenvolvimento da
habilidade de aprender e pensar” (p. 5).
Observando e analisando a teoria de Vygotsky (1998), percebe-se a
importância da brincadeira como fonte do desenvolvimento infantil. Segundo
ele, apesar do brinquedo não ser o aspecto predominante da infância, ele
exerce uma enorme influência onde a criança aprende a atuar numa esfera
cognitiva que depende de motivações interna. (REGO, 2002, p.80).
Se baseando no desenvolvimento social da criança, Vygotsky (1998)
defende o fator social, mostrando que no jogo de papéis a criança cria uma
situação imaginária, incorporando elementos do contexto cultural adquirido por
meio da interação e comunicação, a criança acredita que tudo é brincadeira,
diferente do adulto.
Sabemos que atividade lúdica é importante para o desenvolvimento da
criança, os jogo e brinquedos são necessários, porque através da brincadeira a
criança consegue aprender a desenvolver habilidades tais como focalizar o
olhar, coordenar os movimentos, sentir o cheiro, o tamanho, a textura,
compreender o funcionamento de objetos, expressar-se e interagir com os
demais (RAMOS, 1978).
Para as crianças qualquer lugar é apropriado para se brincar, pode ser
na área de casa, sala, quarto, parque ou até mesmo na sala de aula da escola,
não importa o lugar, o importante é que exista a brincadeira na rotina das
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crianças. Porém, quando se tem um ambiente adequado, adaptado e
estruturado é melhor para as crianças.
A brincadeira leva em conta a realidade interna e externa da
aprendizagem da criança, sendo assim vale destacar o que diz, Kishimoto
(2001, p. 36 – 37):
O brinquedo ensina qualquer coisa que completa o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. O brinquedo educativo conquistou espaço na educação infantil. Quando a criança está desenvolvendo uma habilidade na separação de cores comuns no quebra cabeça, a função educativa e o lúdico estão presentes. A criança, com sua criatividade, consegue montar um castelo até mesmo com o quebra-cabeça; através disto, utiliza o lúdico com a ajuda do professor.
Partindo da análise de Kishimoto (2001), podemos dizer que o ato de
brincar além de constituir a diversão e o prazer, também desenvolve a
aprendizagem de forma prazerosa e espontânea.
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou ás aprendizagens que correm pó meio de uma intervenção direta.”. (BRASIL,1998, P.27).
Sendo assim, podemos dizer que é de grande importância à presença
de atividades diversificadas em sala de aula ou outro ambiente que ela está
inserida, isto porque o aprendizado se torna mais significativo para as crianças.
3.3 A BRINCADEIRA NA CONCEPÇÃO DOS DOCUMENTOS OFICIAIS
O RCNEI (Brasil, 1998) concebe o brincar como fundamental para o
desenvolvimento do ser humano, pois, através dele a imaginação, socialização,
imitação, atenção, memória, regras e papéis sociais são estimulados. Nos
19
objetivos destinados a faixa etária de seis anos, bem como nos conteúdos
descritos para a educação infantil, o brincar aparece especificamente.
Portanto, podemos dizer que a brincadeira deve está presente na rotina
escolar como atividade, isto é, deve está presente no cotidiano escolar.
Os Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil vem
dando o valor do brincar para o desenvolvimento infantil, uma vez que:
As crianças precisam ser apoiadas em suas iniciativas espontâneas e incentivadas a: brincar; movimentar-se em espaços amplos e ao ar livre; expressar sentimentos e pensamentos; desenvolver a imaginação, a curiosidade e a capacidade de expressão; ampliar permanentemente conhecimentos a respeito do mundo da natureza e da cultura apoiadas por estratégias pedagógicas apropriadas; diversificar atividades, escolhas e companheiros de interação em creches, pré escolas e centros de Educação Infantil. (BRASIL, 2006, p. 19, v. 1.).
Ao se tratar da brincadeira como atividade importante para as crianças,
devemos assegurar momentos e espaço para que a brincadeira aconteça de
forma prazerosa e significativa. Nesse caso, professores, coordenadores
precisam planejar e discutir para que se tenha tempo e espaço destinado para
que a brincadeira aconteça no ambiente escolar.
Refletindo sobre a importância da brincadeira na infância, devemos
destacar a necessidade de haver um espaço e tempo destinado para as
crianças poderem brincar, pois é no momento da brincadeira que a criança se
expressa.
É na brincadeira que acontece o momento de aprendizagem. As
crianças aprendem convivendo com outras crianças, a respeita, a negociar, a
solucionar problemas, a dividir, expor o que está sentindo, criar, imaginar, entre
outros tipos de aprendizagem. Então como diz (BORBA, 2007, P.35), “O
brincar é importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e
aprendizagem”.
É importante destacar que, a análise do brincar na Educação Infantil é
um dos assuntos das Diretrizes Curriculares de Educação Infantil (2010),
argumentadas nos artigos 9º a 12º. Segundo o artigo 9º, os eixos norteadores
das práticas pedagógicas devem ser as Interações e a brincadeira, indicando
20
que não se pode pensar no brincar sem a interação com a professora,
interação social, interação com os brinquedos e materiais, interação entre
criança e ambiente e por fim, porém não menos importante, a interação entre
instituição, a família e a criança.
As brincadeiras devem está presente na rotina escolar. É de grande
importância a brincadeira espontânea como também a brincadeira dirigida pelo
professor na educação infantil e ensino fundamental 1, isto porque;
A brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar transformam-no em um espaço singular de constituição infantil. Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca. A fonte de seus conhecimentos é múltipla, mas estes se encontram, ainda, fragmentados. É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as características do papel assumido, suas competências e as relações que possuem com outros papéis, tomando consciência disto e generalizando para outras situações. (BRASIL, 1998a, p. 27-28).
Analisando os documentos oficiais, podemos destacar que a brincadeira
deve está presente em atividades próprias para a Educação Infantil. É uma
atividade essencial para o desenvolvimento das crianças.
Segundo o RCNEI (1998) A brincadeira é um campo aberto para as
crianças fazerem o que quiser. É nas brincadeiras que as crianças podem
desenvolver algumas capacidades importantes assim como, atenção, imitação,
memória, criar e usar de sua imaginação e amadurecem também, algumas
capacidades de socialização e interação com o meio.
Sendo assim, podemos dizer que é muito importante à presença da
brincadeira na escola, para isso o professor precisa organizar seus
planejamentos de forma que possa trazer atividades lúdicas, para que a
brincadeira esteja presente na sala de aula. (PEREIRA, 2014).
21
3.4 PAPEL DO PROFESSOR
O professor que atua na Educação Infantil além de ter formação precisa
também gostar do que faz, para poder proporcionar uma boa e agradável
aprendizagem para seus alunos. E na educação infantil é necessário que o
lúdico esteja presente nas aulas, isto porque a ludicidade faz parte do
aprendizado das crianças, e favorece na imaginação dos pequenos. O docente
precisa desenvolver suas atividades através das brincadeiras para desenvolver
a criatividade e imaginação das crianças. Como mostra (BRASIL, 1998, p. 29),
O educador não precisa ensinar a criança a brincar, pois este é um ato que acontece espontaneamente, mas sim planejar e organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada, propiciando às crianças a possibilidade de escolher os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar. Dessa maneira, poderão elaborar de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.
É necessário que o professor organize um espaço em sua sala de aula,
para que as crianças possam brincar, tanto nos tempos livres como também
nos momentos dirigidos pelo docente. Isso porque é uma atividade natural da
criança, para que ela possa aprender com o outro em diferentes ambientes, em
especial na escola, para que torne um ambiente prazeroso.
. A sala de aula pode se transformar também em lugar de brincadeiras,
se o professor conseguir conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos do
aluno (ALMEIDA, 2009). Isso porque o brincar é aprender, e dessa forma a
criança aprende brincando e o aprendizado acontece brincando.
O brincar, na perspectiva dos professores, segundo o Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI (BRASIL, 1988), refere-
se ao papel do professor de estruturar o campo das brincadeiras na vida das
crianças, disponibilizando objetos, fantasias, brinquedos ou jogos e
possibilitando espaço e tempo para brincar. Segundo o Referencial Curricular
Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 25, v.01): “Despertar o
interesse no aluno requer artifícios que manifeste os sentimentos e afetos para
a construção do conhecimento”.
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O professor precisa está por dentro do conceito da brincadeira para
poder interagir com seus alunos. É um dilema para que a brincadeira aconteça
na sala de aula. Ele precisa adequar suas atividades de acordo com a faixa
etária das crianças e ensinar brincando, de forma que as crianças aprendam.
De acordo com Fortuna (2000, p. 8), “o que permite a superação desses
dilemas e viabiliza a atividade lúdica na educação é a redefinição do papel que
o adulto, o professor, a escola, a criança e a cultura desempenham”.
4. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE CAMPO DE ESTUDO E O LÓCUS DA PESQUISA A Escola fictícia, Escola Lar Feliz, está localizado na Rua Da Saudade
Bairro: Lagoa azul. Município de Natal/RN. Foi criada no ano de 1991.
Atualmente conta com o quadro de mais ou menos 50 funcionários,
dentre eles professores, 01 coordenadora, 01 coordenadora de apoio
pedagógico, 01 diretora, 01 gestor, 01 secretária, e outros.
A escola é bem estruturada e atende os alunos em dois turnos, manhã
de 07:30 à 11:30 e tarde de 13:30 às 17:30. O prédio da Educação Infantil é
composta pelos alunos da educação infantil do nível I ao 1º ano e fundamental
do 2º ano ao 5º ano sendo que na parte de baixo é infantil e na parte de cima
fundamental. É um primeiro andar. A parte física é adota por 17 salas de aula
ou salas de atividade, dentre elas 1 de música, 1 de inglês e 1 sala de filosofia,
2 salas de vídeo, 1 sala de estimulação, 1 laboratório de informática, 1
biblioteca, 2 sala de apoio pedagógico, 1 sala de atendimento, 1 sala dos
professores,1 secretaria, 1 coordenação, sala de dança, sala de judô, 1 quadra
de esportes, 1 piscina, 1 parque de areia, 10 banheiros, sendo 2 de adultos e
uma cozinha experimental.
A maioria das crianças que frequentam a escola é de classe média. As
turmas são divididas do nível I ao nível IV, 1º ano ao 5º ano. Crianças com
faixa etária de 1 ano e 6 meses até 10 anos de idade. Em cada turma tem 1
professor e 1 auxiliar. A escola atende alunos com necessidades especiais e
atualmente tem 6 alunos com diversas necessidades.
23
As famílias estão sempre presentes nas escolas, tanto nas festividades,
quanto nas reuniões e também em culminância de projetos. A escola conta com
o projeto de incentivo a leitura com o "Leia comigo", onde em um dia da
semana, escolhida pela professora, os alunos levam um livro para ler com a
família e registrar o que gostaram na história. Esse projeto é desenvolvido do
nível I ao 1º ano.
Os sujeitos da pesquisa são os professores das turmas do nível I ao 1º
ano da educação infantil. Esses professores são graduados e pós-graduados,
com experiências de 3 a 24 anos de experiências em sala de aula na Educação
Infantil e Ensino Fundamental I. Encontrando-se na faixa etária de 25 a 50 anos
de idade. Sempre estão inovando seus conhecimentos através de
especializações, encontros e oficinas pedagógicas. Os projetos são
construídos toda semana, professores se juntam para a elaboração do projeto
e trocar conhecimentos e novas ideias. A rotina do trabalho se constitui nas
atividades lúdicas, no cuidar, brincar e educar.
A entrevista foi feita com cinco professoras, vou chamá-las de nomes de
flores, Rosa, Margarida, Girassol, Orquídea e Violeta. Foram feitas 4
perguntas. .Abaixo a caracterização dos sujeitos da pesquisa:
Rosa tem licenciatura em pedagogia, atua há três (3) anos em sala de
aula, atualmente nível I;
Margarida tem licenciatura em pedagogia e está fazendo especialização
em educação especial, há vinte e três (23) anos está em sala de aula e
atualmente nível II;
Girassol tem formação em pedagogia, há dez (10) anos está em sala de
aula e atualmente está no nível III;
Orquídea é formada em pedagogia, tem especialização em
psicopedagogia, atua há cinco (5) anos em sala de aula e atualmente
está no nível IV;
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Violeta é formada em pedagogia, atua há 10 anos em sala e atualmente
está no 1º ano do ensino fundamental.
Perguntas e respostas:
1) Que concepção você tem de criança, infância e brincadeira?
Rosa: crianças são aquelas que precisam de cuidados, proteção, condições
favoráveis ao seu desenvolvimento, tanto psicológico quanto físico. Infância é
uma fase de descobertas, as crianças aprendem com o meio social, nossos
costumes, valores, crenças influenciam a formação delas. É nas brincadeiras
que elas aprendem, expressam seus sentimentos, imitam, enfim brincar é de
extrema importância para o desenvolvimento da personalidade da criança.
Margarida: Criança é um ser indefeso que precisa de cuidados e amor.
Infância é a fase principal do ser humano, é onde ele aprende e descobre os
medos e desafios da vida. É um período muito marcante para as crianças. E a
brincadeira é a principal atividade das crianças, é onde ela expressa seus
sentimentos.
Girassol: Criança é um ser social que precisa ser entendida e cuidada pela
sociedade, a família e a escola devem trabalhar juntas para o bem estar da
criança. É na infância que adquirimos toda a nossa carga de conhecimento,
nossa personalidade é formada na infância e muito dos nossos traumas
também. Por isso devemos passar por essa fase de forma segura, com apoio
dos nossos familiares e da escola. Para ajudar na formação das crianças,
precisamos introduzir desde muito cedo os brinquedos e brincadeiras, as
brincadeiras fazem parte do desenvolvimento infantil quando proporcionamos a
brincadeira para uma criança, estamos elevando a imaginação, outro confiança
e a própria aprendizagem.
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Orquídea: a criança é um ser histórico e social que está sempre em
desenvolvimento. Infância se caracteriza como a criança é o que sente e
pensa. Brincadeira é uma atividade que promove o reconhecimento do sujeito
como participante de um grupo social onde está inserido.
Violeta: Na infância a criança se aproveita de momentos de poder vivenciar
outros espaços e “momentos” onde ela é quem comanda. Nas brincadeiras a
criança vivencia uma realidade baseada na ludicidade, ela inventa suas
brincadeiras, imita o adulto que lhe chama a atenção (admira), e ela tende a
aprender mais, aguça sua curiosidade e assim tende a desenvolver a
aprendizagem. Por isso que, vários estudiosos defendem o brincar na
educação infantil por perceber que a base da aprendizagem e maturidade
desenvolve partindo das brincadeiras de criança, mesmo sabendo que o futuro
e o abandono dos brinquedos junto com a mudança da fase da vida de criança
a adolescente.
Ao relatar sobre a criança e infância, destacamos nas falas das professoras
partes que podemos destacar nos documentos oficiais; podemos fazer
referencia com o que diz Os Referenciais Curriculares da Educação Infantil,
(1998, p. 21). A criança, “como todo ser humano, é um sujeito social e histórico
que faz parte de uma organização familiar que está inserida numa sociedade,
com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico”. Dessa
forma, ela participa da construção história de sua identidade social.
Elas relatam também que a brincadeira é importante para o
desenvolvimento das crianças, ou seja, é uma forma que a criança tem de se
expressar e comunicar consigo, com os outros e com o meio social que vive.
2) Na sua prática docente, como você organiza a brincadeira na rotina
semanal?
Rosa: A brincadeira está presente todos os dias nas minhas aulas, sempre
temos uma vivencia antes de efetuar alguma atividade. Além disso, temos
momentos de recreação na piscina a cada 15 dias, o parque todos os dias e
26
sala de estimulação uma vez na semana. Fizemos também um baú de
fantasias com roupas, objetos de pais, onde soltam a imaginação, assumindo e
imitando papeis sociais.
Margarida: Na maioria das vezes a brincadeira acontece de forma
espontânea, é do momento da aula. É planejada diariamente, temos o dia do
brinquedo que é na sexta-feira, mas brincamos também no intervalo do banho
e após o lanche deixo as crianças brincando sem intermediação. Quando vejo
que é necessário faço a intermédio.
Girassol: A brincadeira deve ocorrer diariamente, porém como infelizmente
precisamos cumprir conteúdos, metas e planejamentos, as brincadeiras
ocorrem apenas uma vez por semana. Infelizmente essa é a realidade das
escolas privadas do RN. Como os pais estão pagando, querem o resultado
voltado apenas para leitura e escrita, deixando de lado a parte lúdica da
criança.
Orquídea: Diariamente. A participação de vivencia que exploram movimentos
amplos: correr, pular, engatinhar e brincadeiras por meios de histórias de faz
de conta.
Violeta: É muito importante ter um espaço para a brincadeira, pois, é uma
base onde percebemos a construção de laços de amizade, diversão e muita
alegria. Na sala de aula todas as vezes que concluímos uma atividade e sobra
um pouquinho de tempo deixo que eles brinquem. Às vezes a brincadeira é
direcionada (jogos de madeira), outras vezes os deixo livres e apenas observo.
Mas tem um dia especifico para o brinquedo que é a sexta feira onde eles
trazem de casa o brinquedo do seu gosto para compartilharem e se divertiram.
É essencial a presença da brincadeira no planejamento do docente, e
podemos observar que estas professoras planejam para que esse momento
aconteça. Isso porque por meio das brincadeiras os professores podem
observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das
27
crianças tanto em conjunto como também de cada uma em particular. É o
momento essencial para avaliar seus alunos no âmbito do desenvolvimento, e
proporcionam aos seus alunos o aprendizado prazeroso.
3) Como o brincar pode contribuir para o processo de ensino e
aprendizagem?
Rosa: As brincadeiras contribuem de forma que as crianças aprendam de
forma mais prazerosa e concreta.
Margarida: Por meio da socialização com os brinquedos, o cumprimento das
regras ao brincar, isso ajuda no desenvolvimento social das crianças.
Girassol: através da brincadeira as crianças desenvolvem a oralidade,
socialização, pensamento, e autoestima. Os jogos estimulam a coordenação
motora fina e ampla, habilidades, imaginação e interpretação. Sendo assim, a
aprendizagem na E.I é u, critério primordial para o desenvolvimento da criança.
Orquídea: Brincar é uma atividade natural da infância que precisa ser
estimulada na escola. O ato de brincar desenvolve a aprendizagem e a
compreensão sobre o mundo e como se colocar diante dele.
Violeta: A criança ao brincar se envolve tanto com a brincadeira que coloca na
ação seus sentimentos e emoção. A atividade lúdica funciona como elo
integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, por isso é
que, a partir do brincar a facilidade de aprendizagem de desenvolvimento social
e mental. Adquirimos também capacidade de símbolos entre o lúdico e o real
de uma forma intensa.
Partindo das falas das professoras podemos dizer que, a brincadeira bem
conduzida estimula a memória, exalta sensações emocionais, desenvolve a
linguagem interior e, às vezes, a exterior, exercita níveis diferenciados de
28
atenção e explora com extrema criatividade diferentes estados de motivação,
pois,
A criança se subordina às regras dos jogos não porque esteja ameaçada de punição ou tema algum insucesso ou perda mais apenas porque a observância da regra lhe promete satisfação interior como a brincadeira, uma vez que a criança age como parte de um mecanismo comum construído pelo grupo que brinca. A não observância da regra não ameaça com nenhuma outra coisa a não ser o fato que a brincadeira venha a fracassar, perca o seu interesse e isso represente um fator regulador bastante forte do comportamento da criança. (VYGOTSKY, 2001, p. 315).
Sendo assim, podemos dizer que a brincadeira contribui para o
desenvolvimento moral e social da criança. É a principal atividade da criança. É
onde ela se libera e usa de sua imaginação.
4) Durante a sua formação (inicial e continuada) você já teve acesso a
conhecimento teórico metodológico em relação à brincadeira na
educação infantil?
Rosa: Sim, na disciplina de psicologia da aprendizagem, na qual estudamos
Vygotsky. Para esse autor a brincadeira é uma atividade social, pela qual
adquire elementos básicos para a construção de sua personalidade e também
vimos em ateliê de criatividade brinquedos e brincadeiras com a autora Aurora
Ferreira, participamos também de uma oficina de brinquedos com materiais
reciclados.
Margarida: tive acesso a conhecimentos teóricos a partir da disciplina de
psicologia, porém a prática tivesse acesso no momento em que assumir sala
de aula.
Girassol: Durante a minha formação eu tive acesso ao conhecimento teórico
sobre a importância do brincar. Com o tempo e os anos em sala de aula, fui
descobrindo essa importância. Fui me aprimorando, lendo mais sobre o
29
assunto e fazendo cursos. Com isso busquei melhorar meu conhecimento para
colocar em prática no meu dia a dia de professora infantil.
Orquídea: Sim, na disciplina corpo e movimento.
Violeta: Sim, com jogos de matemática e língua portuguesa. A observação
lúdica observo no dia a dia em sala de aula.
Essa entrevista nos ajudou a compreender como os professores vê a
brincadeira e a sua importância para o desenvolvimento da criança na
Educação Infantil. Pudemos observar que o lúdico está presente nos
planejamentos das professoras em sala. A brincadeira aconteceu de forma
espontânea e também planejada pelas docentes, fazendo com que seus alunos
aprendessem de forma prazerosa e divertida.
5. METODOLOGIA PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A atividade será realizada com 4 professoras da Educação infantil e 1 do
Ensino Fundamental I. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, onde a
pesquisa exploratória estabelece critérios, métodos e técnicas para a
elaboração de uma pesquisa e visa oferecer informações sobre o objeto desta
e orientar a formulação de hipóteses. E a descritiva realiza-se o estudo, a
análise, o registro e a interpretação dos fatos do mundo físico sem a
interferência do pesquisador. Um exemplo do estudo descritivo são as
pesquisas de opinião, que irei fazer com as professoras da educação infantil.
Como instrumento da construção de dados será utilizado um
questionário a serem aplicadas as professoras da Educação Infantil a uma
professora do 1º ano Ensino Fundamental I, para se conhecer como acontece
a mediação entre o momento das brincadeiras e qual a importância pedagógica
destas na educação infantil;
A análise das informações construídas será feita com o apoio da
bibliografia escolhida, além de procurar confrontar as informações com a
realidade estudada.
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O estudo empírico seguirá as recomendações dos procedimentos da
ética na pesquisa normatizada pela UFRN. Por se tratar de uma intervenção
escolar cujo objetivo é falar sobre A Brincadeira Faz de Conta na educação
infantil como recurso pedagógico, buscaremos fundamentos teóricos em livros,
jornais, artigos e outras fontes que relatam sobre esse assunto.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo sobre a Importância da brincadeira de Faz de Conta na
Educação Infantil foi muito proveitoso. E nos leva a uma reflexão sobre a
importância dessa brincadeira no cotidiano das crianças. Proporcionando
possibilidades para que as crianças aprendam e brinquem ao mesmo tempo.
Aprendam de forma espontânea, de forma prazerosa em ação dos
planejamentos dos docentes, para que a ludicidade esteja presente em sala de
aula e no dia-a-dia das crianças.
Segundo Pereira (2014, p. 151):
Para as crianças a brincadeira é importante, pois é uma atividade espontânea. Quando estão brincando elas se divertem com os amigos, se sentem livres para escolher do que brincar e usar a imaginação aprende a trabalhar juntos, a respeitar os amigos, a compartilhar os brinquedos, enfim, se sentem muito felizes quando estão brincando.
Sendo assim, podemos dizer que a brincadeira é de fato uma das
principais atividades na Educação Infantil. As crianças aprendem brincando.
Sem se darem conta de que estão fazendo coisas tão sérias quanto os adultos.
Analisando a resposta das docentes, podemos dizer que a brincadeira está
presente no decorrer das aulas. É muito presente principalmente nas turmas do
nível I e II, que são as crianças de 1 ano e 6 meses até 3 anos de idade.
Aprendemos bastante com o depoimento das docentes da Educação
Infantil e Ensino Fundamental I, percebemos que realmente a brincadeira
acontece no momento das aulas e que estão presentes em seus
planejamentos. Acontece também a brincadeira sem intermédio das
professoras, porque para as crianças todo lugar e tempo é hora de brincar.
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Assim, consideramos que a realização desse trabalho foi uma experiência e
muito aprendizado no decorrer da monografia. Foi uma vivência muito
significativa e proveitosa.
7. REFERÊNCIAS
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ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1995.
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32
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8. APÊNDICE
Entrevista com as professoras NOME: SEXO: FORMAÇÃO: TEMPO DE SALA DE AULA: TURMA QUE ATUA:
1) Que concepção você tem de criança, infância e brincadeira?
2) Na sua prática docente, como você organiza a brincadeira na rotina semanal?
3) Como o brincar pode contribuir para o processo de ensino e
aprendizagem?
4) Durante a sua formação (inicial e continuada) você já teve acesso a conhecimento teórico metodológico em relação à brincadeira na educação infantil?