UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇAO
SARA PRISCILA REVOREDO DE PAULA
MARKETING PESSOAL NA GESTÃO DE CARREIRA: UM ESTUDO NA
PERCEPÇÃO DOS EGRESSOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE UMA
IES PÚBLICA DE NATAL-RN
NATAL, RN
2017
Sara Priscila Revoredo de Paula
MARKETING PESSOAL NA GESTÃO DE CARREIRA: UM ESTUDO NA
PERCEPÇÃO DOS EGRESSOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE UMA
IES PÚBLICA DE NATAL-RN
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Coordenação do curso de
graduação em Administração da
Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, como requisito parcial para a
obtenção do título de Bacharel em
Administração.
Orientador: Profª Dra. Maria Valéria
Pereira de Araújo
NATAL, RN 2017
MARKETING PESSOAL NA GESTÃO DE CARREIRA: UM ESTUDO NA
PERCEPÇÃO DOS EGRESSOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE UMA
IES PÚBLICA DE NATAL-RN
SARA PRISCILA REVOREDO DE PAULA
Monografia apresentada e aprovada em ___ de __________ de ____, pela banca
examinadora composta pelos seguintes membros:
______________________________________
Maria Valéria Pereira de Araújo, Dra.
Orientador(a)
_______________________________________
Gabriel Martins de Araújo Filho, Dr.
Examinador
________________________________________
Patrícia Whebber Souza de Oliveira, Dra.
Examinador
Natal, de de 2017
Catalogação da Publicação na Fonte.
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Paula, Sara Priscila Revoredo de.
Marketing pessoal na gestão de carreira: um estudo na percepção dos
egressos do curso de administração de uma IES pública de Natal-RN
/ Sara Priscila Revoredo de Paula. - Natal, 2017.
56f.: il.
Orientador: Profa. Dra. Maria Valéria Pereira de Araújo.
Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Federal do
Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento
de Ciências Administrativas.
1. Marketing pessoal – Monografia. 2. Carreira profissional –
Monografia. 3. Administração – Monografia. I. Araújo, Maria Valéria Pereira
de. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.
RN/BS/CCSA CDU 005.32
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, pelo seu imenso amor, por ter me dado forças para não
desistir e por me orientar com sabedoria pelos caminhos da vida.
Aos meus amados e preciosos pais, Creusanira Revoredo e Josué de Paula, por
todos os ensinamentos e dedicação.
Aos meus três irmãos, Igor Jesaias, Ana Raquel e Laís Amélia, por toda a
paciência e compreensão.
Ao meu marido Leonardo, por todo o carinho, compreensão, ajuda e incentivo
para caminhar até o final desta jornada.
À Professora Doutora Maria Valéria, por me acolher e me aceitar como sua
orientanda, por me fazer acreditar que era possível realizar este trabalho mesmo com
todas as dificuldades. Pelas suas orientações, disposição em ajudar e por todo o seu
esforço para que o trabalho fosse concluído o mais rápido possível.
Aos meus amigos, Rafaelle Lucena, Álvaro Araújo, por me incentivarem nos
momentos mais difíceis.
A todos que direta ou indiretamente me ajudaram a realizar este trabalho.
RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo estudar a percepção dos administradores formados na
UFRN sobre marketing pessoal na gestão de suas carreiras. O estudo apresenta
importantes conceitos sobre marketing pessoal e gestão de carreiras, com o intuito de
incentivar os administradores como forma de preparação para se inserirem no mercado
de trabalho ou galgar novas posições hierárquicas. O tema se torna importante devido às
constantes mudanças no cenário do trabalho. Sendo assim, faz-se necessário saber se
esses administradores procuram meios de se inserirem ou se reposicionarem no mercado
de trabalho aplicando o planejamento de marketing pessoal na gestão de suas carreiras,
já que esse planejamento ajuda no desenvolvimento profissional, para então, coloca-los
em evidência e ganhar a atenção do público-alvo, atuando assim, como uma vantagem
competitiva. Este estudo possui natureza descritiva, adotando-se a abordagem
quantitativa na análise dos dados. A coleta de dados se deu através da aplicação de um
questionário fechado para 39,6% dos alunos egressos do curso de administração,
formados pela UFRN no ano de 2012, matriculados no turno noturno. Após os dados
serem tabulados, foram realizadas uma análise e interpretação dos resultados, onde foi
constatado que, a maioria dos administradores formados pela UFRN tem consciência da
importância da promoção de sua imagem no mercado de trabalho, faz o planejamento de
suas carreiras e até utilizam algumas ferramentas do marketing pessoal, porém, não
costumam conciliar tudo isso num plano de marketing pessoal. Os objetivos propostos
foram alcançados, pois foi identificado o perfil biográfico e acadêmico dos indivíduos
da pesquisa e foi analisado a forma como percebem e aplicam o marketing pessoal na
gestão de suas carreiras. Levando em consideração a proposta da pesquisa, este estudo
poderá contribuir para o aperfeiçoamento das disciplinas que abordam estas áreas e
contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional dos administradores.
Palavras chave: Marketing pessoal; carreira profissional; administração.
LISTA DOS QUADROS
Quadro 1 – Composto do Marketing Pessoal 18
Quadro 2 – As etapas do Plano de Carreira Profissional 22
LISTA DOS GRÁFICOS
Gráfico 1 – Percepção acerca da imagem do profissional 34
Gráfico 2 – Ferramentas tecnológicas para a promoção da imagem 35
Gráfico 3 – Planejamento da carreira profissional 35
Gráfico 4 – Plano de marketing pessoal 36
Gráfico 5 – Atualização sobre conhecimento da área 37
Gráfico 6 – Análise dos pontos fortes x fracos 38
Gráfico 7 – Ponto forte a ser promovido 38
Gráfico 8 – Ponto fraco a ser melhorado 39
Gráfico 9 – Técnicas de marketing pessoal 40
Gráfico 10 – Técnica de marketing pessoal de maior eficácia 41
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Gênero dos pesquisados 31
Tabela 2 - Faixa etária dos pesquisados 32
Tabela 3 - Estado civil dos pesquisados 32
Tabela 4 - Nível de Ensino 33
Sumário APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 12
1 PARTE INTRODUTÓRIA ....................................................................................... 13
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA .......................................................... 13
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA .............................................................................. 15
1.2.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 15
1.2.2 Objetivos específicos .................................................................................... 15
1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO .......................................................................... 15
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 17
2.1 MARKETING PESSOAL .................................................................................... 17
2.2 COMPOSTO DE MARKETING E O MARKETING PESSOAL ....................... 19
2.2.1 Produto .......................................................................................................... 19
2.2.2 Promoção....................................................................................................... 20
2.2.3 Praça .............................................................................................................. 21
2.2.4 Preço .............................................................................................................. 21
2.3 PLANO DE MARKETING PESSOAL ............................................................... 22
2.4 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE MARKETING PESSOAL .................................. 25
2.4.1 Comunicação................................................................................................. 25
2.4.2 Networking .................................................................................................... 26
2.4.3 Aprimoramento de competências ............................................................... 27
2.4.4 Inteligência emocional.................................................................................. 28
2.4.5 Planejamento ................................................................................................ 29
2.4.6 Autopromoção .............................................................................................. 29
2.4.7 Relacionamento interpessoal ....................................................................... 30
2.4.8 Aparência física e postura ........................................................................... 31
2.5 GESTÃO DE CARREIRA ................................................................................... 31
2.5.1 Planejamento de carreira ................................................................................ 33
3 METODOLOGIA ...................................................................................................... 36
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ............................................................... 36
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA .............................................................................. 36
3.3 COLETA DE DADOS .......................................................................................... 37
3.4 TRATAMENTO DE DADOS .............................................................................. 37
4. ANÁLISE DOS DADOS .......................................................................................... 38
4.1. PERFIL DOS ENTREVISTADOS ..................................................................... 38
4.2. IMAGEM PROFISSIONAL ................................................................................ 40
4.3 MARKETING PESSOAL E GESTÃO DE CARREIRA .................................... 42
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 49
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 52
ANEXOS ....................................................................................................................... 55
12
APRESENTAÇÃO
Em virtude da crescente necessidade do administrador de se destacar no mercado
de trabalho, dando visibilidade aos seus principais atributos, e em meio a tantos outros
bons profissionais, é que foi desenvolvido este trabalho: a fim de que se tornem
conhecidas a percepção sobre a importância da utilização de técnicas e ferramentas de
marketing pessoal pelos alunos egressos do curso de administração da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte.
Diante disto, este trabalho busca apresentar os conceitos e as características do
marketing pessoal na gestão de carreira, e se os administradores entrevistados conhecem
e se utilizam de algumas técnicas em benefício de suas carreiras. Para tanto, foi
realizada uma pesquisa com os administradores da UFRN, para adquirir informações a
respeito da importância dada por esses administradores à utilização do marketing
pessoal como vantagem competitiva na gestão de suas carreiras.
Este trabalho está dividido em cinco capítulos principais. Primeiramente, é
apresentado a parte introdutória do trabalho, constando a contextualização e o problema
da pesquisa, os objetivos geral e específicos e a justificativa do estudo. Em seguida,
encontra-se o referencial teórico, que apresenta a revisão da literatura. O terceiro
capítulo expõe a metodologia utilizada na pesquisa, abordando a caracterização da
pesquisa, o plano de coleta de dados e o plano de análise dos dados. No capítulo quatro
é feita a apresentação e análise dos dados adquiridos com o estudo. O quinto capítulo
faz um fechamento de tudo o que foi abordado no projeto, apresentando as
considerações finais. E, por fim, relacionam-se as referências utilizadas na elaboração
da pesquisa.
13
1 PARTE INTRODUTÓRIA
Este capítulo apresentará a introdução do presente trabalho, informando
conceitos iniciais que contribuirá para a compreensão da pesquisa.
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA
Diante do atual cenário de velozes transformações, decorrentes da globalização e
do avanço tecnológico, onde há extrema competitividade profissional, é indispensável o
uso de algumas ferramentas para que se possam ressaltar as características mais
relevantes de um profissional, despertando assim, o interesse pelos serviços do
indivíduo.
Desta forma, o marketing pessoal surgiu como resposta às necessidades das
pessoas em promover as suas habilidades e competências de maneira a atingir seu
público alvo.
Vaz (1995, pag. 304) afirma que “Marketing Pessoal é a técnica de aplicar aos
propósitos pessoais e/ou profissionais de indivíduos os princípios mercadológico-
institucionais de adequação das empresas às necessidades e expectativas de seus vários
públicos. É uma transposição de conceitos oriundos do campo das pessoas jurídicas para
o campo das pessoas físicas”.
Com o passar dos anos, o marketing pessoal tornou-se uma ferramenta
indispensável para o profissional que deseja ter um planejamento efetivo e
desenvolvimento contínuo em sua carreira e em sua vida pessoal de forma a torna-lo
não só um profissional com notáveis competências técnicas, mas também com
competências pessoais pertinentes a qualquer profissão.
No cerne dessa discussão, é possível perceber que não são todos os profissionais
formados em administração que se utilizam do marketing pessoal e um plano de
desenvolvimento de carreira, sendo mais percebida em profissões ligadas à vida pública.
Sendo assim, temos a sensação de que os demais profissionais ou não julgam necessário
ou não acham que o marketing pessoal tenha uma eficácia significativa.
Porém, não há mais espaço no mercado de trabalho para um profissional
passivo, ou seja, aquele que espera que as oportunidades venham ao seu encontro. E
com o administrador não poderia ser diferente. Pois, ele pode utilizar o marketing
14
pessoal como diferencial em sua carreira, já que sabe a importância das ferramentas do
marketing para o sucesso de um produto/serviço, e principalmente, por ser uma
profissão com algumas sub áreas a serem seguidas e um mercado com muitos e
competentes profissionais, onde só os mais competentes alcançarão os cargos mais
almejados nas melhores empresas.
Desta forma, é importante que os profissionais de todas as áreas possuam um
plano de marketing pessoal, pois de acordo com Carvalho Neto (1999), a capacidade do
marketing pessoal de auxiliar a inserção de profissionais no mercado de trabalho é
efetivamente uma vantagem competitiva, e mesmo que seja relativamente simples obter
um bom posicionamento de mercado, não é fácil para quem não conhece o marketing.
É nesse contexto que se destaca a importância de analisar como os alunos
concluintes do curso de administração veem as possibilidades de ascensão em sua
carreira e o que fazem para se destacar perante tantos profissionais existentes no
mercadO.
Pois, para isso, é necessário fazer um planejamento de carreira que ajudará o
profissional a desenvolver suas competências e estruturar o caminho que quer percorrer
de acordo com seus objetivos e estratégias.
É nesse cenário que os egressos do curso de administração da UFRN necessitam
adaptar algumas ferramentas do marketing às suas reais necessidades para que possam
desenvolver bem suas capacidades e, então, alcançar o tão almejado reconhecimento
através do sucesso profissional.
Tudo isso agregado a um bom planejamento de gestão de carreira, permite ao
administrador saber aonde quer chegar e o que fazer para isso, visto que, carreira pode
ser entendida como “um caminho estruturado e organizado no tempo e espaço que pode
ser seguido por alguém”. (DUTRA, 1996)
Dessa forma, apesar da importância do estudo de marketing pessoal e gestão de
carreira para os administradores, foram encontradas poucas pesquisas que abranjam
esses dois temas. Nesse sentido, faz-se necessário um estudo com os alunos egressos do
curso de administração do Rio Grande do Norte a respeito desses importantes assuntos.
Diante do exposto, o presente trabalho visa identificar se os administradores
usam alguma estratégia de marketing pessoal em sua vida profissional e se fazem
planejamento de suas carreiras, buscando responder o seguinte problema de pesquisa:
qual a percepção de alunos egressos do curso de administração da Universidade
15
Federal do Rio Grande do Norte, sobre a importância do marketing pessoal como
ferramenta para o desenvolvimento de sua carreira?
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA
1.2.1 Objetivo Geral
Estudar a percepção de alunos concluintes do curso de administração de uma
instituição pública de ensino superior, acerca da importância do marketing pessoal como
ferramenta para o desenvolvimento de sua carreira.
1.2.2 Objetivos específicos
Identificar o perfil dos respondentes;
Analisar como a temática de marketing pessoal é percebida;
Estudar a utilização dos mecanismos de promoção de imagem;
Analisar as ações de comunicação pessoal adotadas.
1.2 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
O estudo do marketing pessoal como ferramenta para o desenvolvimento da
carreira do profissional em administração tem sido de grande importância para a
realização de ações nas mais amplas questões sociais e empresariais, pois à medida que
procuram destacar-se em suas atribuições pessoais acabam por ganhar espaço junto às
empresas uma vez que engrandece com suas atividades.
Kotler (2000, p.36) afirma que o Marketing Pessoal é “(...) uma nova disciplina
que utiliza os conceitos e instrumentos do marketing em benefício da carreira e das
vivências pessoais dos indivíduos, valorizando o ser humano em todos os seus atributos,
características e complexa estrutura”.
Diante disso, faz-se necessário um estudo com os administradores para saber a
realidade deles após o término do curso, a fim de saber se eles continuam a desenvolver
suas competências e se buscam melhorias na profissão, usando os conhecimentos
obtidos no curso para elaborar estratégias e se destacar no mercado de trabalho.
16
Para a UFRN, o estudo torna-se importante no sentido de trazer melhorias no
ambiente acadêmico, podendo futuramente dar um maior destaque ao tema em sala de
aula e destacando a importância do marketing pessoal na gestão de carreira do
administrador, não só como forma de destaque da imagem pessoal, mas também como
forma de aprimoramento de competências.
17
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo serão abordados aspectos teóricos em relação aos assuntos
pertinentes à pesquisa: marketing pessoal e gestão de carreira.
2.1 MARKETING PESSOAL
É possível utilizar o conhecimento em marketing para o desenvolvimento de
pessoas que queiram obter sucesso profissional. Segundo Santos (2002 apud KOTLER
et al. 1999), foi assim que Rooser Reeves, em 1952, aplicou o conhecimento que tinha
na área de venda de remédios para “vender” a imagem de um candidato presidencial a
fim de que ele fosse eleito pela população. Desde então, começou a ser difundida e
debatida a ideia sobre tratar pessoas bem visadas como “produto” para que então
pudesse vender a imagem e autenticidade desse produto.
Com o passar dos anos e as rápidas e recorrentes transformações, o marketing
pessoal sofreu mudanças e passou a ser utilizado não só por pessoas públicas, mas por
diferentes tipos de profissionais, como forma de se desenvolver profissional e
pessoalmente para obter resultados cada vez mais satisfatórios de acordo com as metas
traçadas.
Desta forma, o indivíduo não deve apenas gostar do que faz e executar seu
trabalho com perfeição, ele também deve se planejar, projetando uma imagem de si no
futuro, buscando cada vez mais visibilidade na área em que atua. E este não é um
trabalho fácil, pois é necessário estar sofrendo constantes transformações, tanto na sua
vida pessoal, como, principalmente, em sua vida profissional.
De acordo com Rizzo (), o marketing que tem como foco a pessoa, não trata
simplesmente dos aspectos externos que um indivíduo apresenta, como a forma de se
apresentar, vestir, etiqueta social e empresarial, ou mesmo dispor de um comportamento
aceitável dentro da organização ou sociedade. E sim como “toda a atividade de negócios
para dirigir o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador, onde se
considera o produto como sendo a pessoa”.
O marketing pessoal foi desenvolvido com o objetivo de fazer com que os
indivíduos atingissem o sucesso profissional. E, para atingir a essa finalidade, busca
meios de promover a imagem de uma pessoa através de estratégias que torne os
18
atributos do profissional desejáveis por qualquer empresa da área em que ele atue. Pois,
a imagem ainda exerce grande influência interpessoal na sociedade moderna, que
procura adequar o comportamento das pessoas às suas regras, valores e padrões
impostos por diversos grupos sociais.
Sendo assim, Ritossa (2009, p. 139) afirma que “A imagem é imprescindível
para o êxito profissional, tanto no seu ingresso como na sua carreira. A imagem que
construímos de nós mesmos é o que a empresa percebe, e ela deve necessariamente ser
adequada ao ambiente e a nossa personalidade”. Essa imagem do profissional tão
valorizada no mundo corporativo, é atribuída à “embalagem”, termo usado no
marketing pessoal para se referir à aparência, comunicação, voz, vestimentas, atitudes e
comportamentos. Esses são alguns dos elementos essenciais para se causar boas
impressões quanto à “embalagem” do profissional, pois costuma passar credibilidade
para as pessoas em sua volta, fazendo com que elas tenham interesse em conhecer as
competências e aptidões do indivíduo em questão. “Porém, vale salientar que os
produtos não se consolidam somente pela apresentação (embalagem), mas
fundamentalmente pelo seu conteúdo”. RIZZO (2006, p. 115)
Partindo para os conceitos de marketing pessoal, DA SILVA (2009, p. 2) diz que
“na realidade, o Marketing Pessoal reflete um conjunto de ações que buscam entender o
mercado em que se atua, detectar necessidades, possibilidades e criar um
posicionamento que estimule esse mercado a escolher determinado individuo como a
melhor opção.”
Para Ritossa (2009, p. 17), deve-se entender por marketing pessoal o conjunto de
ações planejadas que facilitam a obtenção de sucesso pessoal e profissional, seja para
conquistar uma nova posição no mercado de trabalho, seja para manter sua posição
atual.
Já Santos (2002 apud KOTLER 1998), afirma que:
O marketing pessoal analisa a imagem e as características que o aspirante
possui, assim como aquelas desejadas pelo setor e promove as
transformações necessárias para aproximar os dois lados e dessa forma
ocorrer a troca. A transformação da imagem promove mudanças de atitudes,
hábitos, comportamento, de valores e desejos (KOTLER, 1998).
É necessário saber que “o marketing pessoal não trata nem reduz pessoas a
objeto. Ao contrário, valoriza o ser humano em todos os seus atributos e características
inclusive em sua complexa estrutura física, intelectual e espiritual. Na verdade
19
possibilitar a utilização plena, divulgar e demonstrar cada uma de nossas capacidades e
potencialidades é sua principal tarefa” (OLIVEIRA NETO, 1999, p.22).
Quanto à utilidade do marketing pessoal, RAMALHO (2008 apud DARONCO
et al, 2011, p. 54) afirma:
O marketing pessoal, nos dias atuais, é a ferramenta mais eficiente para fazer
com que os pensamentos e atitudes, a apresentação e comunicação trabalhem a
favor no ambiente profissional. Além disso, o cuidado com a ética e a
capacidade de liderar, a habilidade de se automotivar e de motivar as pessoas a
sua volta também fazem parte do marketing pessoal.
Os conceitos do marketing pessoal tiveram origem nos próprios princípios do
marketing, mudando o foco dos produtos/mercadoria para a pessoa. Trazendo-se assim
uma adaptação do composto de marketing para o “produto” pessoa.
2.2 COMPOSTO DE MARKETING E O MARKETING PESSOAL
O composto de marketing ou mix de marketing, como também é conhecido, é
um conjunto de variáveis e serve como tática da empresa para colocar o produto/serviço
em evidência, atingindo assim, a resposta desejada no mercado-alvo.
Dessa forma, o profissional também pode se utilizar dessa estratégia, adaptando
os 4 P’s (produto, promoção, praça e preço) a sua realidade.
2.2.1 Produto
De acordo com Reichelt (2013, p. 84) “O produto se refere ao produto ou
serviço que é ofertado ao mercado para satisfazer às necessidades do público-alvo, bem
como à sua marca e à embalagem que fazem parte da oferta total da empresa”.
O conceito original de produto, entendido basicamente como bem material, é o
conjunto de atributos físicos e psicológicos que constituem e caracterizam o bem. Entre
os atributos físicos estão forma, tamanho, peso, consistência, textura, cor, aroma.
Atributos psicológicos são a marca, tradição, status. Os atributos físicos e psicológicos
podem ainda estar conjugados no design e na embalagem. (VAZ, 1995, p. 79).
Utilizando-se a analogia com o composto de marketing, o produto é o próprio
profissional que, com seus conhecimentos e/ou serviços satisfaz as necessidades das
organizações/clientes. E, da mesma forma que para se vender um produto é necessário
20
que haja um profundo conhecimento sobre as características dele, para vender a imagem
de uma pessoa é necessário um auto conhecimento.
Toda empresa busca profissionais com habilidades técnicas e pessoais. E, antes
de realmente conhecer essas habilidades do indivíduo, o mercado de trabalho é atraído
por aquilo que o profissional expõe, ou seja, a imagem de marca que ele projeta em
relação a si, que, segundo (PRAZERES et. Al., 2014) são observados em dois níveis
essenciais: a embalagem e o conteúdo.
No caso do produto ser o próprio profissional, a embalagem é o aspecto externo
do profissional, tendo a chance de causar boas impressões na primeira oportunidade
através de sua aparência, vocabulário, postura ética, entre outros. Porém, só uma boa
embalagem não é o suficiente para surtir o efeito desejado do profissional no mercado, é
necessário que o conteúdo do “produto” esteja de acordo com a “embalagem”,
alcançado ou superando as expectativas em relação às habilidades e conhecimento
técnico do profissional.
Pois, sendo o produto (o profissional) o núcleo do composto de marketing, todas
as outras variáveis vão atuar de acordo com seus atributos e suas características
RITOSSA (2009).
Para Santos (2002), no que se refere ao produto pessoa, essa fase é considerada
uma das mais difíceis do processo por exigir uma auto análise do profissional e assim,
detectar seus pontos fortes e fracos.
2.2.2 Promoção
O termo promoção é usado no sentido de promover o produto, ou seja, é quando
o profissional promove seus atributos e qualificações para que o mercado o valorize e
solicite seus serviços. Pois, de nada adianta ter qualidades invejáveis, se ninguém tomar
conhecimento de tais qualidades.
“O P de promoção se refere às atividades de divulgação do produto. Depois que
a organização desenvolveu uma oferta para o mercado estabeleceu o preço e distribuiu o
produto, ela finalmente pode divulga-lo, utilizando diversas ferramentas de
comunicação com o público-alvo”. (REICHELT, 2013)
Já para o marketing pessoal, a promoção consiste em colocar o profissional em
evidência através dos meios de comunicação disponíveis, e assim, fazer com que ele se
21
destaque no mercado de trabalho, aumentando as chances de surgimento de boas
oportunidades de negócio.
“A ideia fundamental é de que os elementos colocados em evidência possam
sugerir um encantamento e o sentido de credibilidade, em termos de conduta, que em
ressonância com as expectativas e forma de ser do momento da sociedade se tornem um
conjunto harmonioso de competitividade”. (RIZZO, 2006, p.35)
2.2.3 Praça
Praça é o lugar onde é colocado o produto a disposição do público,
compreendendo toda a estrutura de distribuição de produtos.
Para Reichelt (2013):
O P de praça é o composto do marketing responsável por oferecer
conveniência ao cliente, ao ser utilizado para estabelecer um ponto de
contato entre o cliente e o seu mercado. Gerenciar praça significa
estabelecer canais de marketing que são vias por meios das quais um
produtor (ou intermediário) facilita o acesso aos bens que produz.
Trazendo o conceito de praça para o marketing pessoal, podemos dizer que ela
está ligada à acessibilidade ao profissional, ao lugar onde se “vende” o produto. Ou seja,
os locais frequentados pelo profissional, quanto mais o profissional participa de eventos
do meio em que vive, mais suas ideias são difundidas para seu público alvo.
2.2.4 Preço
Vaz (1995, p.79) afirma que preço é a quantificação monetária do valor do
produto. A estipulação do preço leva em consideração diversos fatores: custos, que
refletem os valores agregados na confecção do produto, circunstâncias do mercado, no
que diz respeito ao equilíbrio de demanda e oferta; objetivos empresariais quanto ao
posicionamento do produto em relação aos concorrentes (produto etilizado, nata de
mercado; produto de média qualidade; produto popular, e assim por diante).
Para Rizzo (2006, p. 33) o preço, no marketing pessoal, “está intimamente
ligado ao valor das ideias, do trabalho e principalmente, da imagem que representa no
meio social ou profissional”.
22
Dessa forma, está atrelado ao valor que o profissional pode proporcionar para a
empresa, estando diretamente relacionado com o valor de cada profissional, que é
definido por sua bagagem profissional, como experiência, formação acadêmica, cursos
que possui e qualidades anteriormente percebidas nos lugares onde passou.
Fonte: Ritossa 2009
Por fim, observa-se que para o produto pessoa é necessário, assim como para o
produto tradicional, valorizar atributos, agregar valor e qualidade para alcançar
competitividade. (SANTOS, 2002)
JANSON (2012 apud DAVIDSON 2000), afirma que entre os elementos do
marketing pessoal, está a adequação das exigências do mercado, as relações
interpessoais, o planejamento de metas pessoais, a administração do tempo e a
valorização das competências.
2.3 PLANO DE MARKETING PESSOAL
De acordo com Auriani (2014), “o planejamento de marketing pessoal é
equivalente a qualquer planejamento de marketing, porém, aplicando-se a metodologia
ao ‘produto’ pessoa”.
Para Ciletti (2011, p. 152) “plano de marketing é um plano escrito que aborda
questões como a situação atual, os objetivos da estratégia de marketing e o método ou
coordenadas para alcançar os objetivos”. Sendo assim, para desenvolver o plano de
marketing pessoal é fundamental pensar em como satisfazer as necessidades dos
empregadores, ou seja, de que maneira sua capacidade e competência pode beneficiá-
COMPOSTO DE MARKETING PESSOAL
Produto Você
Preço Seu valor
Praça Local onde o profissional é encontrado
Promoção “Vendendo” você
23
los. Isso tudo levando em consideração a flexibilidade do plano de marketing tanto na
mudança dos próprios interesses como nas de mercado.
Desse modo, ter um plano é peça fundamental para definir objetivos e traçar
estratégias. E, mesmo não sendo conhecido um modelo adequado, é imprescindível o
uso de alguns quesitos essenciais para o seu plano. COSTA (2010), aponta 6 pontos
cruciais para que o plano de marketing pessoal possa ser bem sucedido, são eles:
1) O auto conhecimento
Missão – que significa o que se quer alcançar;
visão – que é como você se vê no futuro;
valores – que são características como, por exemplo, honestidade, respeito,
fidelidade, que norteiam suas decisões; e
política pessoal – São as próprias regras, ou seja, seu modo próprio de executar
missão, visão e valores, de acordo com normas pré-estabelecidas para si próprio.
2) Conheça suas forças e fraquezas
Nesta etapa é necessário fazer uma auto avaliação identificando os pontos fortes
e fracos de acordo com a visão que se tem de si mesmo e também de acordo com
o que os outros o avaliam. Para isso, existe várias ferramentas e é necessário
escolher qual melhor se adequa à própria realidade.
3) Conhecendo seu mercado
Para se fazer um bom plano de marketing pessoal também é extremamente
necessário que seja avaliado o mercado no qual estamos inseridos, afim de
identificarmos os pontos fortes e fracos, para que se possa trabalhar em cima
disso, se antecipando a falhas ou mudanças que possam ocorrer repentinamente,
e que, sem essa avaliação não seria possível identificar.
4) Saiba aonde quer chegar
É necessário saber onde quer chegar definindo metas e objetivos mensuráveis
para não se frustrar. Sabendo que, um objetivo é um estado (ou situação)
desejado. Ou seja, é aonde queremos “chegar”. (RENNÓ, 2013, p. 101).
Enquanto a meta é a quantificação do objetivo, ou seja, é o próprio objetivo
24
dividido em etapas a serem alcançadas até se chegar à realização do que foi
planejado.
5) Descubra como chegar
Esta é a etapa em que é definida quais ações serão tomadas para cada meta,
contendo prazos para cada uma delas. Segundo a autora do plano de marketing é
preciso criar uma planilha de acompanhamento contendo:
Alvo – Aquilo que, ao ser atingido vai indicar que o objetivo foi alcançado.
Item de controle – Forma pela qual o objetivo será monitorado.
Período – Definição de data para a realização do objetivo.
Ações – O que será preciso para atingir o objetivo.
6) Controle os resultados e revise metas
Nesta última fase deve-se adotar uma rotina periódica para revisar metas e
objetivos, onde será possível retirar algo que não seja mais necessário, atualizá-
los ou até mesmo incluir novos objetivos e metas. É uma fase muito importante,
pois é nela que o indivíduo poderá mensurar o que realmente é importante no
plano de marketing para seu sucesso profissional.
Ainda quanto ao plano de marketing pessoal, Ciletti (2011) afirma que é um
importante passo no processo de desenvolvimento de carreira e sugere dividi-lo em três
partes, são elas:
1) Análise de mercado:
Missão – Identificação de propósitos;
Exame dos mercados atuais – Identificar os empregadores alvos e explorar as
suas necessidade;
Olhar com cuidado para a competição – Examinar o contexto de competição no
qual está inserido;
Uma análise SWOT – Análise dos próprios pontos fortes e fracos, de
oportunidades e ameaças.
2) Estratégia de marketing:
25
Seus objetivos e resultados – Estabelecer objetivos e resultados a serem
alcançados;
Descrição do mercado alvo – Descrever o mercado, considerando mudanças que
o afetaram recentemente ou que possam afetar no futuro;
Própria declaração de posicionamento – Examinar o próprio posicionamento e
uma maneira de como pode diferenciar-se dos concorrentes aos olhos do
examinador.
3) Plano de ação:
Lista de atividades ou tarefas planejadas, incluindo o modo de executá-las e o
prazo.
2.4 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE MARKETING PESSOAL
2.4.1 Comunicação
De acordo com Rizzo (2006) é importante observar que a colocação do
profissional em evidência é realizada através da comunicação verbal e não verbal.
“A comunicação no marketing pessoal se exterioriza através das expressões
humanas, do conhecimento, da capacidade de se planejar, organizar, dirigir e controlar
aspectos tanto profissionais, quanto da própria vida [...]”. (RIZZO, 2006, p. 45)
E, sendo a comunicação a melhor maneira de transmitir valores, pensamentos e
posicionamentos de um indivíduo, faz-se necessário que o profissional tenha a
comunicação oral e escrita bem desenvolvida, a fim de se evitar as consequências de
uma má comunicação.
Para Silva (2009 apud Patrícia Freire & Jader Souza (2001, p. 153),
Para se transmitir uma imagem positiva, a comunicação oral e escrita deve
ser uma ferramenta eficiente e eficaz, por isto vale recorrer a técnicas
específicas para alcançar a excelência, planejando exposições e
desenvolvendo habilidades do improviso. Desde o conhecimento da
audiência até o uso racional de recursos audiovisuais, são relevantes também
vestuário, gestos e posturas adequados, aliados a clareza e objetividade. E tão
importante quanto à forma, é fundamental valorizar o conteúdo e a ética. Por
26
mais positiva a aparência de uma imagem, ou contagiante uma comunicação,
se não forem verdadeiras e consistentes, são frágeis e não se sustentam por
muito tempo.
A publicação de artigos ou livros e participação em palestras e seminários
também pode ser uma ótima forma de comunicação, com a finalidade de alcançar
visibilidade e difundir a imagem e competência do profissional.
Silva (2009 apud Filho 2002, p.84), afirma que participar de congressos,
simpósios e seminários e publicar livros são pré-requisitos para o sucesso profissional.
Ele ainda complementa:
Jornais e revistas são sempre espaços para publicação de artigos e opiniões de
leitores. O profissional deve dispor deste meio para expor ideias. É uma
maneira de mostrar conteúdo e divulgar a sua “marca” no mercado,
mostrando conhecimento. Pois através de artigos publicados, muitas pessoas
podem vir a procurar o profissional para solicitar préstimos profissionais ou
para proferir palestras sobre o tema abordado.
Rizzo (2006) complementa que a comunicação da forma não verbal abrangida
pelo marketing pessoal “pode ser caracterizada num sentido mais amplo por gestos,
postura, face, olhar, por sinais vocais, por trajes, enfim, tudo o que comunica e é
diferente da palavra”.
Além das vantagens já mencionadas que esse tipo de exposição proporciona,
também é possível construir e/ou aperfeiçoar uma rede de contatos (networking),
indispensável aos profissionais que buscam novas ou melhores oportunidades de
trabalho, a até mesmo desenvolvimento na área em que atua.
Outro tipo de comunicação bastante utilizada atualmente são as redes sociais,
ferramenta que permite uma rápida propagação de informações. Podendo contribuir
assim para a promoção dos atributos do profissional.
“Um dos grandes segredos do marketing pessoal nas redes sociais é que as suas
ações são potencializadas através da grande interação desses canais e por isso o
planejamento é tão necessário”. (PRAZERES, et. Al., 2014)
2.4.2 Networking
27
O networking tem ganhado cada vez mais espaço entre os profissionais que
projetam seu futuro na profissão e desejam ao seu redor pessoas que possam influenciar
positivamente sua carreira profissional.
Souza (2003) afirma que “Networking, ou rede de relacionamentos é um
conjunto de técnicas e atitudes cuja aplicação requer um comportamento natural de
solidariedade e de ajuda recíproca de todos aqueles que tomam consciência de que
estamos em permanente interdependência nas redes de relacionamento – grupo,
sociedade e humanidade”.
O networking “é a capacidade do indivíduo de atrair e conservar a atenção das
pessoas e das organizações, por meio da manutenção e da ampliação da sua rede de
contatos e de processos de reavaliação constantes em nível familiar, social e
profissional” (BEZERRA; ALVES, 2008, p.1).
Bezerra; Alves (2008, p.1 apud Lebre 1999, p.10), ainda acrescenta que:
Fazer networking é proporcionar o estabelecimento de uma rede de relações
pessoais, que permite a troca de ideias, conselhos, informações, referências,
contatos e sugestões, onde os recursos, habilidades e talentos são
compartilhados e agregados. E, nesse processo, tornados públicos.
O networking é ótima ferramenta como alternativa para manter-se sempre
presente na lembrança dos indivíduos pertencentes a sua rede de relacionamentos, e
assim, continuar a ser um profissional em evidência no mercado.
2.4.3 Aprimoramento de competências
O mercado de trabalho exige do profissional não apenas o conhecimento em si,
mas que ele saiba aplicar tais informações absorvidas ao longo do tempo, nas tarefas do
dia a dia, de forma a otimizar os resultados.
Para Rizzo, (2006, p.49) “O conhecimento se desenvolve de forma constante, e
com base nele, e a cada momento, surge a necessidade de administrar ou planejar,
organizar, dirigir e controlar, face à nova realidade”. Porém, de nada adianta ter o
conhecimento e não saber aplica-lo de forma favorável a obtenção dos resultados
esperados. A esse conjunto de ações, é dado o nome de competência. Ou seja,
competência é a capacidade usar os conhecimentos, as habilidades e atitudes, para
entregar resultados, no prazo determinado.
28
Para Chiavenato (2008, p. 184), “Competência significa a qualidade que uma
pessoa possui e que é percebida pelos outros. Pois, não adianta somente possuir
competências, é necessário que as outras pessoas reconheçam sua existência. Elas são
dinâmicas, mudam, evoluem, são adquiridas ou perdidas”.
Chiavenato (2008 apud Boog ver ano) ainda afirma que “competência é o
produto da multiplicação de três fatores: saber fazer (conjunto de informações,
conhecimento e experiências), querer fazer (motivação, vontade e comprometimento) e
poder fazer (ferramentas, equipamento e local de trabalho adequados). As competências
surgem na medida em que esses três fatores são atendidos. Se um deles não existir, a
competência final será nula, pois é o resultado de uma multiplicação”.
Dessa maneira, para que haja competência é essencial o aprimoramento através
da constante atualização do profissional quanto a sua área de atuação. Essa atualização
pode ser obtida por meio de cursos, congressos, troca de ideias em eventos, leitura de
material técnico-científico da área, dentre outros.
Acerca do tema de aprendizagem Silva (2009 apud Filho, 2002, p.68), alerta que
não se deve deixar de frequentar os bancos de aprendizado, pois é um risco a
desatualização completa. Um prejuízo à formação profissional e acadêmica e um risco a
carreira de toda uma vida.
O bom profissional tem sede pelo conhecimento, o que permite a ele sempre
estar atualizado em relação aos acontecimentos da sua área de atuação e também do
mundo de forma geral.
Sendo assim, é necessário que todos os elementos que compõem o “produto
pessoa” passem por um aprimoramento contínuo para que permaneça competitivo no
mundo dos negócios. Rizzo (2006)
2.4.4 Inteligência emocional
A inteligência emocional é parte importante no processo do marketing pessoal,
pois, um indivíduo que usufrui dela é aquele que identifica suas emoções com facilidade
e sabe como agir diante das situações adversas enfrentadas no cotidiano.
Queroz; Neri (2005 Apud Goleman 1999) definiu a inteligência emocional
como a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, de
automotivação e de administrar as emoções nos âmbitos individual e interpessoal.
29
A inteligência emocional constitui um dos principais atributos do marketing
pessoal, sendo utilizada para que o profissional possa atingir seus objetivos, sempre a
utilizando, seja para lidar com outros profissionais existentes no mercado, seja para se
automotivar e desenvolver habilidades específicas. Pois, ele precisa saber controlar suas
emoções para desenvolver diversos trabalhos, mesmo quando seus sentimentos querem
“minar” sua capacidade.
2.4.5 Planejamento
Segundo Rennó (ano) o planejamento tem como objetivo reduzir as incertezas
quanto ao futuro e aumentar as chances de obtenção de sucesso.
Para Chiavenatto (2008, p.342) “planejar significa olhar para frente, visualizar o
futuro e o que deverá ser feito, elaborar bons planos e fazer hoje as ações necessárias
para enfrentar melhor os desafios do amanhã”.
Rennó (2013, p. 90 Apud Oliveira 2007) ainda apresenta outra importante
definição: “Planejamento é um processo desenvolvido para o alcance de uma situação
futura desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor
concentração de esforços e recursos pela empresa”.
Enquanto Kotler (2002, p. 34) afirma que “O planejamento procura adequar
estrategicamente as metas e a capacidade da empresa ao mutável ambiente do respectivo
mercado. O planejamento pode representar a diferença entre o sucesso e o fracasso ou o
crescimento real e a mera existência”.
Sendo assim, um bom planejamento agregado ao marketing pessoal coloca o
administrador exatamente no lugar onde ele deseja estar futuramente, pois, dessa forma,
conseguirá visualizar as etapas que terão que ser mais trabalhadas e vencidas para que
alcance o sucesso.
2.4.6 Autopromoção
Todo profissional que se utiliza do marketing pessoal, busca notoriedade onde
esteja, pois mesmo que, no momento, algumas pessoas não busquem seus serviços, em
outro momento ele poderá precisar ou conhecer alguém que precise. Por isso, é
necessário que ele promova o que ele faz de melhor, ressaltando sempre suas
30
qualidades, tanto no âmbito pessoal, como profissional. Isso tudo com um certo cuidado
para que não pareça estar se vangloriando.
Para Schawbel (2014) “autopromoção significa fazer estrategicamente com que
as pessoas saibam o que você pode fazer, quais são as suas habilidades e o que você já
realizou”.
Segundo Carvalho Neto (1999) é necessário vender valores, ideias, competência,
respeito, admiração, aceitação e capacidade. Dessa forma, o profissional estará se
autopromovendo e buscando destaque no mercado através dos seus serviços.
2.4.7 Relacionamento interpessoal
A competência do indivíduo em desenvolver bons relacionamentos é algo muito
positivo no ponto de vista organizacional, e é uma ótima estratégia para o marketing
pessoal. Para um bom relacionamento com as pessoas é primordial que se conheça um
pouco sobre a personalidade do indivíduo com quem está lidando, sendo necessária uma
percepção aguçada.
Outros requisitos essenciais para que um indivíduo se torne bem visto e
admirado, são a humildade e a simpatia. Também é relevante no relacionamento com o
próximo, o bom humor e a habilidade de lidar com as mais diversas situações, nem
sempre favoráveis.
“Ter boas relações pessoais significa sentir-se bem a respeito de si mesmo e se
entender bem com os outros. Os esforços feitos pelo indivíduo para ter boas relações,
determina o ambiente psicológico no departamento e na empresa” Nunes et AL. ( 2008
apud MOLLER, 1996).
Chiavenato (1992) aborda que o indivíduo pode se relacionar em seu ambiente
de trabalho, conforme seus objetivos individuais e organizacionais, levando em
consideração que as formas de pensar, sentir e atitudes do homem, são influenciáveis
pela organização e Kanaane (1995, p.58), complementa: “a compreensão da conduta
humana possibilita conceber atitude como resultante de valores, crenças, sentimentos,
pensamentos, cognições e tendências à reação, referentes à determinado objeto, pessoa
ou situação”. Desta maneira, o indivíduo, ao assumir uma atitude, vê-se diante de um
conjunto de valores que tendem a influenciá-lo.
31
2.4.8 Aparência física e postura
Assim como um produto se torna mais atraente pela sua embalagem, o
profissional também é avaliado pelo seu visual, que é percebido como comunicação
pela sociedade. Costuma-se avaliar/rotular um indivíduo pela primeira impressão que
ele causa nas pessoas ao seu redor, seja através de suas vestimentas ou de suas atitudes e
postura.
Percebe-se a participação do vestuário na sociedade como um instrumento que
exprime valores, posição social, posição sociológica, etc. (Santos, 2002, p. 37).
Ela ainda complementa que:
A vestimenta por ser rica em sinais que traduzem valores socioeconômicos e
culturais, torna-se um canal de comunicação importante que pode ser
utilizado diariamente pelos indivíduos para exprimirem-se, além da palavra
(Santos, 2002, p. 43).
Sobre a postura, Silva (2009 apud Filho, 2002, p. 45) afirma:
Andar sempre com a coluna reta e elegante impõe respeito. Apoiar a cabeça
na mão não é bom porque dá ideia de desleixo e desânimo, ser calmo nos
gestos demonstra educação e elegância. Assim como se torna abominável
roer unhas e fumar em público. Um bom curso de dicção é recomendável,
pois mesmo não tendo dificuldades de fala, se pode aperfeiçoar a arte do falar
bem e para o público. “A má dicção pode comprometer a credibilidade.” A
combinação de uma postura elegante com uma dicção perfeita e um discurso
forte é um bom meio pra impressionar.
2.5 GESTÃO DE CARREIRA
Antes pouco difundida e discutida, a gestão de carreira passou a fazer parte do
pensamento das pessoas devido a vários fatores, dentre eles, o aumento da longevidade
humana e as mudanças profundas no cenário do trabalho.
BIANCHI; QUISHIDA (2009), traz um resumo sobre como era tratada a gestão
de carreira nas décadas anteriores:
Nas décadas de 1970 e 1980, predominava o modelo de carreira
organizacional caracterizado pela carreira profissional dentro das
organizações, pelo emprego de longo prazo e estabilidade no trabalho (VAN
MAANEN, 1977; HALL, 1976). Para autores como London e Stumph
(1982), a carreira era entendida como uma sequência de posições ocupadas
32
no trabalho ao longo da vida de uma pessoa e envolvia estágios e transições
que refletiam necessidades, motivos e aspirações, assim como expectativas e
restrições da organização e da sociedade.
Ele ainda continua:
A partir dos anos 1990, intensificou-se a demanda por conceitos mais
abrangentes de carreira que fossem condizentes com as transformações
ocorridas dentro e fora das organizações. Destaca-se o conceito de carreira
sugerido por Michael B. Arthur, para quem a carreira consiste na sequência
de experiências de trabalho que ocorre durante a vida profissional
(ARTHUR; ROUSSEAU; 1996)
O significado de carreira foi sofrendo transformações ao longo das décadas,
devido aos processos de mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais.
FONTENELLE (2006) afirma em seu artigo que:
A palavra “carreira” significava, originalmente na língua inglesa, “estrada
para carruagens”. Segundo Jean-François Chanlat, a moderna ideia de
carreira nasce com a sociedade industrial capitalista liberal, passando a
significar “estrada para a progressão profissional ao longo de uma vida”.
Para Dutra (1996, p. 16), o termo carreira é bastante utilizado, porém, por
agregar vários significados é um termo de difícil definição. Contudo, é possível se
utilizar dele para se referir à mobilidade ocupacional ou estabilidade ocupacional,
passando a ideia de um caminho estruturado e organizado no tempo e espaço e que pode
ser seguido por alguém. Continuando ainda por definir carreira, Dutra (apud Hall 1976)
diz: “Carreira é uma sequência de atitudes e comportamentos, associada com
experiências e atividades relacionadas ao trabalho, durante o período de vida de uma
pessoa”.
Diante do exposto, é possível afirmar que carreira são os caminhos profissionais
que um indivíduo percorre durante sua vida, porém, nem sempre de forma ascendente e
planejada. Na maioria das vezes, sendo apenas encarada como a trajetória profissional
do indivíduo.
Dutra (1996, p. 17), ainda traz outros de conceitos de autores que são referências
para as publicações da década de 80:
Carreira são as sequências de posições ocupadas e de trabalhos realizados
durante a vida de uma pessoa. A carreira envolve uma série de estágios e a
ocorrência de transições que refletem necessidades, motivos e aspirações
individuais e expectativas e imposições da organização e da sociedade. Da
perspectiva do indivíduo, engloba o entendimento e a avaliação de sua
experiência profissional, enquanto da perspectiva da organização, engloba
políticas, procedimentos e decisões ligadas a espaços ocupacionais, níveis
33
organizacionais, compensação e movimento de pessoas. Estas perspectivas
são conciliadas pela carreira dentro de um contexto de constante ajuste,
desenvolvimento e mudança.
Desta forma, podemos tratar a carreira com duas perspectivas: a primeira
segundo uma visão organizacional, ou seja, o profissional vai trilhando seus caminhos
de acordo com a evolução dos cargos existentes na empresa; e a segunda na visão do
próprio indivíduo, sendo ele que escolhe o caminho profissional que deseja percorrer,
almejando cargos e organizações que possam lhes proporcionar tais realizações, ou até
mesmo pelo caminho do empreendedorismo, não sendo subordinado a nenhum tipo de
hierarquia.
Contudo, o mundo do trabalho tem se mostrado inconstante e incerto,
ocasionando-se assim uma mudança no papel do indivíduo em relação a sua carreira.
Pois, o papel de desenvolvimento da carreira que anteriormente muitas pessoas
deixavam a cargo das organizações, passou a ser de responsabilidade do indivíduo, para
que ele pudesse cuidar do seu planejamento e autodesenvolvimento, seja dentro ou fora
das organizações. Pois, não há ninguém melhor que o próprio profissional para fazer
uma interpretação da situação de sua carreira independentemente do local e do
empregador. (BIANCHI; QUISHIDA, 2009)
2.5.1 Planejamento de carreira
Ainda há uma grande resistência nas pessoas quando o assunto é planejar a
carreira. O ideal seria que o indivíduo lançasse um olhar interior e identificasse os seus
gostos, o que o estimula e o que o satisfaz, para então, buscar oportunidades de carreira
e poder se planejar diante desse cenário. Porém, o que se percebe é que as pessoas se
deixam conduzir mais por apelos externos, tais como: remuneração, status e prestígio,
do que por preferências pessoais que possam motivar-lhes a dar o melhor de si e a
buscarem a plena realização profissional.
Para Costa (2011 apud Moggi, 2003), “as pessoas estão conscientizando-se de
que sua carreira é algo tão sério que não pode mais ser delegado a terceiros, como era
feito no passado, quando alguns encarregavam o chefe, a empresa, a área de recursos
humanos ou algum padrinho dessa definição”.
Dutra (1996, p. 22), revela uma preocupação das empresas em estimular os
indivíduos a planejarem suas carreiras, por dois motivos principais:
34
1. A busca de um posicionamento mais competitivo em seus mercados, que faz a
empresa exigir uma postura inovadora e empreendedora, ao invés de
comportamento obediente e disciplinado;
2. Desejam tornar as pessoas empreendedoras consigo próprias, para assim, se
posicionarem para negociar sua carreira com a empresa.
O planejamento de carreira também é estimulado pela pressão do ambiente
social em que as pessoas estão inseridas, estimuladas pelas mudanças de cenários,
necessidade de qualificação, aumento na diversificação das oportunidades profissionais
e crescente valorização social do contínuo crescimento.
Nem sempre implantar um plano de carreira é tarefa fácil, pois requer muita
persistência para seguir com o que foi planejado, para então começar a obter resultados
satisfatórios a médio e longo prazo.
Não existe um modelo ideal de plano de carreira, porém, para Dutra (1996,
p.24), o modelo apresentado por London e stumph (1982) sintetizam bem as ideias de
outros autores. Desta forma, eles afirmam que o planejamento de carreira depende de
três tarefas de responsabilidade do indivíduo:
1. Autoavaliação – avaliação de suas qualidades, interesses e potencial para os
vários espaços organizacionais.
2. Estabelecimento de objetivos de carreira – Identificação de objetivos de
carreira e de um plano realista baseado na auto-avaliação e na avaliação das
oportunidades oferecidas pela empresa.
3. Implementação do plano de carreira – Obtenção da capacitação e acesso às
experiências profissionais necessárias para competir pelas oportunidades e
para atingir as metas de carreira.
35
Fonte: DUTRA (1996 Apud LONDON, Manuel, STUMPF, Stephen. Managing careers. Reading :
Addison-Wesley, Massachusetts, 1982. P. 32)
36
3 METODOLOGIA
Neste capítulo será apresentada a metodologia utilizada no estudo. Será exposta
a caracterização da pesquisa, com a tipologia, objetivos e procedimentos adotados, bem
como o universo amostral e a construção do questionário.
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
No que diz respeito à natureza, esta pesquisa pode ser caracterizada como
pesquisa de levantamento ou “Survey”. Segundo BANDEIRA (2015) “A pesquisa de
levantamento ou “Survey” visa descrever a distribuição das características ou de
fenômenos que ocorrem naturalmente em grupos da população”. Ou seja, ela descreve
as características de um grupo de pessoas referentes a opiniões.
Portanto, trata-se de uma pesquisa descritiva. Mattar (1996) expõe que a
pesquisa descritiva deve ser utilizada quando o propósito de descrever características de
determinados grupos; estimar a proporção de elementos numa população específica que
tenham determinadas características ou comportamentos; e, por fim, descobrir ou
verificar a existência de relação entre variáveis.
Diante disso, este trabalho buscou produzir conhecimentos sobre a realidade
perceptiva do marketing pessoal na gestão de carreira dos egressos do curso de
administração da UFRN com a finalidade de produzir informações para um melhor
desempenho profissional.
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
O universo da pesquisa compreende os alunos egressos do curso de
administração da UFRN, que concluíram o curso no ano de 2012, matriculados no
período da noite, que totaliza 101 formados. Devido ao fato de serem mais acessíveis à
pesquisadora, por terem estudado em algum momento com ela durante sua graduação.
Dessa forma, foram enviados os questionários para 45 administradores por e-mail, tendo
o retorno de 88,9 %, após a pesquisadora estar em constante ato de lembra-los quanto
aos questionários.
37
Desse universo foi definida uma amostra não probabilística e por conveniência,
totalizando 40 administradores. Os indivíduos pesquisados foram constituídos por uma
amostra de administradores formados pela UFRN, com diferentes perfis biográficos e
experiências profissionais e pessoais.
3.3 COLETA DE DADOS
Foi aplicado um questionário, aos alunos egressos do curso de administração da
UFRN, com perguntas fechadas desenvolvidas pela própria pesquisadora aplicado ao
público alvo da pesquisa com intuito de atender às finalidades específicas. Esse
questionário foi aplicado através do envio do link do Google Drive aos administradores
que se demonstraram dispostos a responder.
Segundo COSTA (2013, p. 87) o questionário consiste em “um instrumento de
coleta de dados, aplicado quando se quer atingir um grande número de indivíduos.
Podendo ser estruturado com perguntas abertas e/ou fechadas”. É essencial também que
o questionário seja elaborado em linguagem simples e objetiva, para facilitar a
compreensão do respondente.
3.4 TRATAMENTO DE DADOS
Os dados utilizados foram obtidos, como anteriormente citado, junto aos
administradores formados pela UFRN no ano de 2012, por meio de um questionário
com perguntas fechadas, os quais, utilizando-se de técnicas de estatística descritiva,
foram analisados e tratados, de forma a fornecer informações acerca dos
questionamentos realizados. Em seguida, a tabulação dos dados foi realizada através do
excel, onde foi possível estruturar as respostas gerando tabelas e gráficos, contribuindo
assim, para a realização de uma interpretação mais eficiente.
O método a ser analisado caracteriza-se como quantitativo, que, de acordo com
Vergara (2010), a pesquisa quantitativa utiliza-se de programas estatísticos para
quantificar as opiniões e hipóteses das informações coletadas.
38
4. ANÁLISE DOS DADOS
Este capítulo mostrará os resultados obtidos através da coleta de dados durante a
aplicação do questionário aos administradores formados pela UFRN.
A fim de facilitar a compreensão dos leitores e para melhor organização dos
resultados obtidos, a análise será dividida em partes: Perfil dos entrevistados, Imagem
profissional e Gestão de carreira e marketing pessoal.
4.1. PERFIL DOS ENTREVISTADOS
Nesta pesquisa o perfil biográfico refere-se ao gênero, faixa etária, estado civil e
nível de ensino dos entrevistados.
Pode-se aferir da pesquisa que 57,5% dos administradores que responderam a
pesquisa são do sexo masculino e 42,5% são sexo feminino, indo de acordo com o
levantamento do CFA, de 2011, onde afirma que dos administradores registrados no
país, a maioria é homem.
Tabela 1 – Gênero dos pesquisados
Gênero Frequência Percentual
Feminino 17 42,5%
Masculino 23 57,5%
Total 40 100,00%
Fonte: Dados da pesquisa
Na tabela 2, verifica-se que os administradores, formados na UFRN, nesse ano,
em sua maioria, são jovens que tem de 20 a 30 anos, representando um percentual de
50%, estando ainda de acordo com o levantamento do CFA feito em 2011. Também se
percebe que apesar da maioria ser administradores jovens, a faixa etária de 31 a 40 anos
também é bastante significativa, com um percentual de 40%, o que mostra que a
pesquisa pôde ser respondida por administradores um pouco mais experientes e que,
possivelmente, estão no mercado de trabalho há um pouco mais de tempo. Ainda
podemos perceber que mesmo sendo poucos, existem respondentes na faixa de 41 a 50
39
anos, com um percentual de 10%, enquanto que não existiram administradores
respondentes nas outras faixas etárias.
Tabela 2 – Faixa etária dos pesquisados
Faixa etária Frequência Percentual
20 a 30 20 50%
31 a 40 16 40%
41 a 50 4 10%
51 a 60 0
Mais de 60 0
Total 40 100,00%
Fonte: Dados da pesquisa
Ao analisar a tabela 3, percebe-se que a maioria dos administradores
respondentes são solteiros, representando exatamente metade, 50%, provavelmente
deve-se ao fato de que a maioria dos administradores que responderam são jovens. E,
apesar de grande parte ser jovem, também há uma parte significativa que responderam
ser casados, 45%, enquanto apenas 5% declara estar em uma união estável.
Tabela 3 - Estado civil dos pesquisados
Estado Civil Frequência Porcentagem
Solteiro 20 50%
Casado 18 45%
União Estável 2 5%
Divorciado 0
Viúvo 0
Total 40 100%
Fonte: Dados da pesquisa
Apesar de a qualificação ser uma excelente forma de promoção no marketing
pessoal, ao analisar a tabela 4, o que se percebe é que a maioria dos administradores
ficou apenas na graduação (55%), isso pode ser pelo fato de serem mais jovens, o que
40
pode acontecer também de estarem com a especialização ou mestrado em andamento.
Uma quantia considerável dos que responderam possuem especialização, 40%, poucos
revelaram terem mestrado e nenhum possuir doutorado ou pós-doutorado.
Tabela 4 - Nível de Ensino
Nível de Ensino Frequência Porcentagem
Graduação 22 55%
Especialização 16 40%
Mestrado 2 5%
Doutorado 0 %
Pós Doutorado 0 %
Total 40 %
Fonte: Dados da pesquisa
4.2. IMAGEM PROFISSIONAL
Neste tópico procura-se mensurar a percepção dos administradores formados na
UFRN acerca da importância da utilização de mecanismos para promoção da imagem
profissional.
A imagem profissional no marketing pessoal é algo essencial capaz de alavancar
a carreira do indivíduo e coloca-lo em posição de destaque no mercado, fazendo com
que os seus serviços sejam mais desejados e/ou procurados.
No gráfico 1, percebe-se que apesar de todos os administradores respondentes
(100%) considerarem importante a utilização de mecanismos para a promoção da
imagem profissional, nem todos adotam algum mecanismo para a promoção da imagem,
pois segundo as respostas, apenas 50% dos administradores fazem isso. Porém, cuidar
da imagem é um fator importante para quem deseja desenvolver um plano de marketing
em sua carreira, levando em consideração que Santos (2002 apud Kotler 1998) afirma
“que o marketing pessoal analisa a imagem e as características que o aspirante possui’.
Sendo assim, essa situação pode estar relacionada ao fato de que nem todos possuem
um plano de marketing pessoal ou de gestão de carreira definido, impossibilitando
assim, colocar em prática ações para divulgar seus atributos pessoais e profissionais
para a promoção dos seus serviços no mercado de trabalho. Também é possível que
41
devido à posição ou cargo que já ocupem, não achem necessário se utilizar da promoção
de sua imagem.
Gráfico 1 – percepção acerca da imagem profissional
Fonte: Dados da pesquisa
As ferramentas tecnológicas (redes sociais, blogs, etc.) vêm se mostrando cada
vez mais úteis na promoção de produtos e serviços, podendo dar grande destaque ou, até
mesmo, levar ao fracasso, no caso de clientes/mercado insatisfeitos com os serviços do
profissional. Por isso, o administrador deve ser bastante cauteloso ao utilizar esse tipo
de ferramenta.
No gráfico 2, afere-se que todos os pesquisados (100%) reconhecem a extrema
importância da utilização dessas ferramentas, porém, menos da metade utiliza-se desse
recurso (37,5%), provavelmente porque seja algo que, apesar dos benefícios que uma
imagem positiva pode trazer através das ferramentas tecnológicas, isso requer tempo e
planejamento de marketing acerca de como administrar essas redes sociais ou blogs para
chamar atenção para os próprios atributos profissionais. Pois, como afirma Prazeres, et.
Al. (2014) as ações nas redes sociais são sempre potencializadas, ou seja, assumem
grande proporção de propagação, porém, elas precisam ser planejadas para que surtam
um efeito benéfico. E, quando mal utilizadas, pode gerar uma imagem negativa.
Gráfico 2 – Ferramentas tecnológicas para a promoção da imagem
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Sim Não
100%
0%
50% 50%
Você consideraimportante a utilizaçãode mecanismos parapromoção da imagemprofissional?
Você adota algummecanismo parapromoção de suaimagem profissional?
42
Fonte: Dados da pesquisa
4.3 MARKETING PESSOAL E GESTÃO DE CARREIRA
Na análise do gráfico 3, percebe-se que parte dos pesquisados dão a devida
importância à trajetória que quer percorrer durante sua carreira profissional, fazendo
assim, o seu planejamento, sendo 65% dos administradores responderam que o fazem.
Enquanto isso, apenas 42,5% deles acreditam que é melhor aplicar o marketing pessoal
no planejamento da carreira, provavelmente por considerar importante a visibilidade
que o marketing pessoal traz para sua imagem pessoal e profissional, trazendo
benefícios para seu objetivo final. Porém, percebe-se ainda que uma parte significativa
ainda descartam o plano de marketing pessoal no planejamento da carreira (57,5%) e os
motivos podem ser os mais variados como: não ter um conhecimento mais profundo
sobre o plano de marketing pessoal e seus benefícios; achar que é semelhante ao plano
de carreira profissional ou simplesmente não gostar da visibilidade que este tipo de
recurso pode trazer para si, já que segundo o autor Prazeres et. Al (2014) o marketing
pessoal é observado em dois níveis: embalagem e conteúdo.
Gráfico 3 – planejamento da carreira profissional
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Sim Não
100%
37,5%
62,5%
Você considera autilização deferramentastecnológicas (redessociais, blogs, páginapessoal na internet, etc.)importante?
Você utiliza ferramentastecnológicas (redessociais, blogs, páginapessoal na internet, etc.)para a promoção de suaimagem profissional?
43
Fonte: Dados da pesquisa
Devido ao reconhecimento e a promoção que são esperados por um trabalho
bem executados estarem cada vez mais difíceis é que se faz necessário ter um bom
plano de marketing pessoal. E, apesar desse plano ser de extrema importância para
quem busca uma maior exposição no mercado de trabalho para divulgar seus serviços,
fazendo assim, gerar novos trabalhos ou que grandes empresas se interessem cada vez
mais pelo profissional, percebe-se no gráfico 4 que a maioria dos administradores que
responderam, 87,5%, não se utilizam de um plano de marketing pessoal.
Porém, pode-se destacar no gráfico anterior, que mesmo não possuindo um
plano de marketing pessoal separadamente, os que planejam sua carreira profissional,
costumam aplicar o marketing pessoal dentro desse planejamento, provavelmente por
considerarem que já seria o suficiente, em vez de ter plano da carreira profissional e um
plano de marketing pessoal separadamente. Entretanto, um plano de marketing pessoal
poderia dar uma melhor visibilidade aos seus objetivos em relação à promoção de sua
imagem, sendo mais fácil identificar quando as metas fossem sendo atingidas.
Gráfico 4 – Plano de marketing pessoal
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Sim Não
65%
35%
42,5%
57,5%
Você faz o planejamentoda sua carreiraprofissional?
Você costuma aplicar omarketing pessoal noplanejamento da suacarreira profissional?
44
Fonte: Dados da pesquisa
O conhecimento técnico-científico da área em que se atua é o principal atributo
para que um administrador possa agir acertadamente na sua profissão e tomar decisões
pertinentes em seu cargo e trazer benefícios para a empresa. Estar atualizado quanto a
isso é manter-se na busca por melhorias em favor da empresa ou dos serviços que
realiza. E nisso, a maioria dos administradores parecem estar cientes, pois 60% deles
responderam que se mantém atualizados, através de cursos, seminários, congressos,
dentre outros, da área em que atuam. Ainda assim, uma boa parte 40% parece não se
preocupar tanto quanto a isso, talvez se deva a falta de tempo, dinheiro ou até mesmo
acomodação em relação à profissão.
Gráfico 5 – Atualização sobre conhecimentos da área
Fonte: Dados da pesquisa
0,0%
50,0%
100,0%
Sim Não
12,5%
87,5%
Você possui um possui um plano de marketing pessoal para fortalecer a sua
imagem no mercado profissional?
0%
50%
100%
Sim Não
60% 40%
Você costuma manter-se atualizado sobre os conhecimentos técnico-científicos da área através de cursos, congressos, seminários,
etc.?
45
Analisar pontos fortes e fracos é o primeiro passo do processo de autoanálise,
para então, serem traçados os objetivos, aonde quer se chegar, explorando ao máximo os
pontos fortes e procurando melhorar os pontos fracos. E, os administradores
pesquisados mostram saber disso, ou seja, a importância dessa autoanálise. Pois, 85%
responderam que costumam avaliar seus pontos fortes e fracos. Esse também costuma
ser um das etapas quando se faz um plano de carreira ou plano de marketing pessoal: a
auto avaliação ou autoanálise.
Gráfico 6 – Análise dos pontos fortes x fracos
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico 7 mostra que 42,5% dos administradores respondentes consideram ter
um bom conhecimento técnico da área, que pode ser perfeitamente promovido através
do marketing pessoal, com o relacionamento interpessoal alcançando o segundo lugar,
com 35%. Possivelmente consideram que ter bons relacionamentos, ter empatia, é uma
característica bastante procurada nos melhores profissionais, pois, principalmente para
um administrador, de nada adianta ter apenas bons conhecimentos técnicos se não sabe
lidar com as pessoas ao seu redor, para que possam ajuda-lo a atingir os objetivos da
empresa. A comunicação também foi citada por 17,5% dos que responderam, enquanto,
por último, a liderança também foi considerada como um ponto forte a ser promovido
por 5% dos administradores.
Gráfico 7 – Ponto forte a ser promovido
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sim Não
85%
15%
Você costuma analisar pontos fortes e fracos na sua carreira profissional?
46
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico 8, mostra que os administradores apresentam ter uma maior
dificuldade na liderança, pois, 47,5% citaram como ponto fraco a ser melhorado, e antes
foi a menos citada como ponto forte, revelando que eles apresentam uma significativa
deficiência nesse quesito. Seguido por 32,5% da comunicação. Ficando em terceiro
lugar, o relacionamento interpessoal e em seguida o conhecimento técnico. Isso é um
ponto importante quando se trata de planejamento de carreira e planejamento de
marketing pessoal, pois mostra que o administrador tem noção de um dos quesitos mais
importantes, que é justamente a autoanálise, ou seja, sabe no que ele precisa melhorar.
Gráfico 8 – Ponto fraco a ser melhorado
Fonte: Dados da pesquisa
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
17,5% 5,0%
42,5% 35,0%
Qual seu ponto forte de destaque que pode ser promovido através do marketing pessoal?
00%10%20%30%40%50% 32,5%
47,5%
12,5% 7,5%
Qual seu ponto fraco que precisa ser melhorado?
47
Por fim, foi questionado se os administradores costumavam usar alguma técnica
de marketing pessoal e qual delas consideravam de maior eficácia. E o que se pode
concluir no gráfico 9 e 10 é que o uso das ferramentas do marketing pessoal está
presente na vida profissional da maioria deles, apresentando uma taxa de 65%, o que
revela que mesmo os que não se utilizam de um plano de marketing pessoal na gestão
de suas carreiras, adotam outras ferramentas de marketing no dia a dia do profissional
de administração, de forma a trazer melhorias no local de trabalho. Entre elas, a
comunicação, o networking e o relacionamento interpessoal foram os mais citados,
obtendo um empate, cada uma com 24%, seguidas do planejamento em segundo lugar
12% e um novo empate no terceiro lugar com o aprimoramento de competências e
inteligência emocional 8%. Porém, apenas usar uma ou outra ferramenta de marketing
pessoal não é o suficiente para uma boa promoção da imagem de um profissional, pois,
atualmente um profissional precisa ser completo, para que realize suas tarefas com
excelência, em busca de crescimento pessoal e da empresa em que atua.
Além disso, podemos perceber que existem administradores pesquisados que
parecem estar estagnados na profissão, e não adotam sequer uma ferramenta citada na
pesquisa, que são importantes para o crescimento como profissional. Pois, sabendo que,
o “administrador é o profissional que organiza, planeja e orienta o uso dos recursos
financeiros, físicos, tecnológicos e humanos das empresas, buscando soluções para todo
tipo de problema administrativo”, não é aceitável que ele ainda não se utilize de
nenhuma das técnicas para melhoria do seu desempenho.
Gráfico 9 – Técnicas de marketing pessoal
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Sim Não
Costuma usar técnicas de marketing pessoal?
48
Fonte: Dados da pesquisa
Gráfico 10 – Técnica de marketing pessoal de maior eficácia
Fonte: Dados da pesquisa
Por fim, podemos aferir da pesquisa que o administrador da UFRN formado em
2012, pertencente ao turno noturno, em sua maioria é, do sexo masculino, jovem,
solteiro e apenas graduado. Todos os respondentes consideram importante a utilização
de mecanismos para a promoção de imagem, mas mesmo assim, não são todos que os
utilizam. Também acreditam ser importante a utilização de redes sociais para propagar
seus atributos e costumam se utilizar dela para este fim. A maioria destes
administradores se utiliza do conhecimento que obteram em sala de aula e fazem um
plano da carreira profissional e alguns até aplicam o marketing pessoal nesse plano de
carreira, mas não têm um plano de marketing pessoal separadamente, porém, têm
consciência de que para atuar no mercado de trabalho precisam se manter atualizados, e
fazem isso participando de cursos e seminários com assuntos pertinentes à área.
Também costumam se autoanalisar e reconhecer seus pontos fortes e fracos; possuem
relevantes conhecimento técnico na área e relacionamentos interpessoais e declaram ter
dificuldade quando o assunto é liderança e comunicação. Por fim, revelam que mesmo
não elaborando um plano de marketing pessoal, se utilizam das mais variadas técnicas
de marketing pessoal, e dentre as mais utilizadas estão o relacionamento interpessoal, a
comunicação e o networking.
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,2524% 24%
8% 8% 12%
0%
24%
0%
Se sim, qual considera de maior eficácia?
49
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo possibilitou demonstrar por meio de gráficos a percepção dos
egressos do curso de administração da UFRN acerca do uso de marketing pessoal no
planejamento da sua carreira profissional. Desta forma, foi investigado o perfil dos
respondentes, sua percepção acerca da importância da utilização de mecanismos para a
promoção da imagem profissional e também a percepção de gestão de carreiras e
marketing pessoal.
As entrevistas foram efetuadas de modo quantitativo, através de questionários,
respondidos por 40 administradores, sendo uma amostra de 17 mulheres e 23 homens.
Todas as respostas fechadas foram contadas e tabuladas.
Obedecendo ao que foi inicialmente proposto nos objetivos, foi analisado o
perfil dos entrevistados, sendo a maioria composta pelo gênero masculino e com idades
entre 20 e 30 anos. Na pesquisa, também foi mostrado que 50% dos entrevistados são
solteiros, representando a maioria e possuem apenas a graduação como nível de estudo.
Quanto à imagem profissional foi constatado que todos os administradores
entrevistados sabem da importância da promoção da imagem profissional para sua
carreira, mas grande parte não costuma se utilizar de meios de promoção. Conhecem
também as ferramentas tecnológicas capazes de ajudar nessa promoção, mas nem todos
usam isso em seu favor, provavelmente devido à falta de tempo, de interesse ou por não
ter um plano de marketing pessoal eficaz capaz de trazer os benefícios que desejam.
A pesquisa ainda mostrou que, embora a maioria trace um plano para sua
carreira profissional, eles não acham necessário ter um plano de marketing pessoal
separadamente, e, mesmo não tendo o plano separadamente, costumam aplicar dentro
do planejamento de suas carreiras. Ainda percebe-se que apesar da maioria dos
administradores respondentes saberem da importância de estar sempre atualizando os
conhecimentos da área, uma parcela significativa parece ter parado nos conhecimentos
apenas da graduação, não costumando participar de cursos e eventos sobre os assuntos
pertinentes à área de administração.
Mesmo assim, um fato interessante é que quase a totalidade dos entrevistados
mostraram-se preocupados com a autoanálise ou auto avaliação, quando revelaram
analisar seus pontos fortes e fracos. O que demonstram que eles têm noção do que
50
precisam estar em constante melhoria, e também, a característica que pode ser explorada
em seu favor.
Por fim, quando perguntados sobre a utilização de técnicas de marketing pessoal,
muitos relataram usar pelo menos uma delas, o que é bastante importante, pois
demonstra estar explorando um de seus pontos fortes em seu favor. Enquanto isso, os
que revelaram não utilizar nenhuma das técnicas, parecem não se importar muito em
buscar melhorias para si na sua empresa, no exercício de sua profissão.
Desta forma, infere-se que mesmo todo administrador sabendo da importância
que é ter um planejamento para todo objetivo que se deseja atingir, e também, o que um
bom marketing pode fazer em prol de um produto ou serviço, ele parece não se importar
em juntar essas duas coisas em seu favor, preferindo usar uma técnica ou outra
aleatoriamente por considerar mais importante para si. Isso pode estar relacionado ao
fato dele estar estagnado dentro de uma posição na empresa, sem perspectivas de
ascensão ou de o marketing pessoal utilizado na gestão de sua carreira ser pouco
difundido como forma de alcançar e/ou manter o sucesso na vida profissional.
Com a realização desta pesquisa é possível constatar que existem novas
possibilidades para outros estudos e de curiosidades a serem sanadas sobre o tema que
podem ser respondidas através de novas pesquisas na área, em busca de novas soluções.
As sugestões para as futuras pesquisas são as seguintes:
A diferença entre os profissionais que planejam suas carreiras usando o
marketing pessoal e os que não o fazem;
Como estas temáticas estão sendo desenvolvidas por profissionais de outras
áreas;
A percepção dos acadêmicos de administração da UFRN em relação ao
marketing pessoal;
Como as empresas planejam as carreiras de seus funcionários.
As dificuldades encontradas para a realização desse estudo foi quanto à pesquisa
de campo, pois devido a existir um grande número de formados em administração pela
UFRN, a pesquisadora teve que escolher um período em que tivesse mais acessibilidade
aos já formados, com isso, foi necessário insistir para que alguns respondessem, já que o
link do questionário foi enviado por e-mail e alguns acabavam esquecendo. Mas as
dificuldades foram sanadas e recompensadas perante a realização do estudo.
51
Finalmente, acredito que o trabalho atingiu seus objetivos no sentido de
conhecer a percepção dos administradores da UFRN acerca da utilização de ferramentas
e técnicas de marketing pessoal na gestão de suas carreiras.
52
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55
ANEXOS
ANEXO A – Questionário aplicado aos alunos egressos do curso de administração da
UFRN, formados no ano de 2012, matriculados no turno noturno.
56
QUESTIONÁRIO
I-Perfil 1) Gênero ( ) Feminino ( ) Masculino 2) Faixa Etária ( ) 20 a 30 anos ( ) 31 a 40 anos ( ) 41 a 50 anos ( ) Mais de 50 anos 3) Estado Civil: ( ) solteiro ( )Casado ( )União estável ( ) Divorciado ( )Viúvo 4) Qual a sua titulação? ( ) Graduação ( ) Especialização/MBA ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) Pós-doutorado II-Imagem profissional 5) Você considera importante a utilização de mecanismos para promoção da imagem profissional? ( ) Sim ( ) Não
6) Você adota algum mecanismo para promoção de sua imagem profissional? ( ) Sim ( ) Não 7) Você considera a utilização de ferramentas tecnológicas (redes sociais, blogs, página pessoal na internet, etc.) importante? ( ) Sim ( ) Não 8) Você utiliza ferramentas tecnológicas (redes sociais, blogs, página pessoal na internet, etc.) para promoção de sua imagem profissional? ( ) Sim ( ) Não III- Gestão de carreira e marketing pessoal
57
9) Você sabe o que é marketing pessoal? ( )Sim ( )Não 10) Você faz o planejamento da sua carreira profissional? ( )Sim ( )Não 11) Você costuma aplicar o marketing pessoal no planejamento da sua carreira profissional? ( ) Sim ( ) Não 12) Você possui um plano de marketing pessoal para fortalecer a sua imagem no mercado profissional? ( ) Sim ( ) Não 13) Você costuma manter-se atualizado sobre os conhecimentos técnico-científicos da área através de cursos, congressos, seminários, etc.? ( ) Sim ( ) Não 14) Você costuma analisar pontos fortes e fracos na sua carreira profissional? ( ) Sim ( ) Não Se, sim:
a) Qual seu ponto forte de destaque que pode ser promovido através do marketing pessoal? ( ) Comunicação ( ) Liderança ( ) Conhecimento técnico ( ) Relacionamento interpessoal ( ) Outro/Qual?______________
b) Qual seu ponto fraco que precisa ser melhorado? ( ) Comunicação ( ) Liderança ( ) Conhecimento técnico ( ) Relacionamento interpessoal ( ) Outro/Qual?______________
15) Costuma usar técnicas de marketing pessoal? ( ) Sim ( ) Não Se sim, quais considera de maior eficácia? ( ) Comunicação ( ) Networking ( ) Aprimoramento das competências ( ) Inteligência emocional ( ) Planejamento ( ) Autopromoção ( ) Relacionamento interpessoal
58
( ) Aparência física e postura