UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS
CAMPUS DE CAICÓ
ISAÍAS ADONIAS DE MEDEIROS COSTA
ANÁLISE DE BALANÇO: uma importante ferramenta na gestão empresarial.
CAICÓ – RN
2016
ISAÍAS ADONIAS DE MEDEIROS COSTA
ANÁLISE DE BALANÇO: uma importante ferramenta na gestão empresarial.
Monografia apresentada ao Departamento de
Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de Ensino
Superior do Seridó da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientadora: Profª. Ms. Luziana Maria Nunes de
Queiroz
CAICÓ – RN
2016
ISAÍAS ADONIAS DE MEDEIROS COSTA
ANÁLISE DE BALANÇO: uma importante ferramenta na gestão empresarial.
Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de
Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção
do título de Bacharel em Ciências Contábeis.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Profª. Ms. Luziana Maria Nunes de Queiroz- UFRN/CERES
Orientadora
_______________________________________________________
Profª. Ms. Antônio Felipe de Paula Junior - UFRN/CERES
Examinador
________________________________________________________
Profº. Esp. Ney Fernandes de Araújo - UFRN/CERES
Examinador
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ensino
Superior do Seridó - CERES Caicó
Costa, Isaías Adonias de Medeiros.
Análise de Balanço: uma importante ferramenta na
gestão empresarial / Isaías Adonias de Medeiros Costa.
- Caicó/ RN: UFRN, 2016.
83f.: il.
Orientadora: Ms. Luziana Maria Nunes de Queiroz.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Centro de Ensino Superior do Seridó - Campus Caicó.
Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas - Curso
de Ciências Contábeis.
1. Análise das Demonstrações Contábeis. 2. Índices
Financeiros. 3. Situação Econômica-Financeira. I.
Queiroz, Luziana Maria Nunes de. II. Título.
RN/UF/BS-CAICÓ CDU 657
AGRADECIMENTOS
Quero agradecer primeiramente a Deus pela oportunidade de conseguir realizar mais
um objetivo em minha vida.
À minha mãe Suely, minha segunda mãe Lucia e ao meu pai João (em memória) que
sempre incentivaram a persistir nos meus sonhos.
À minha esposa Camilla por me acompanhar durante esses árduos 5 anos sendo meu
porto seguro nos momentos mais difíceis e não deixando desistir.
A todos os amigos que a universidade me proporcionou em especial ao grupo que
sempre estive reunido nos estudos, Camilla, Edyane, Nathalia e Ana Paula.
Ao empresário Paulo Marcio, proprietário da empresa usada neste trabalho, pela
confiança em mim depositada.
À minha orientadora Luziana pela dedicação e ajuda durante a realização deste
trabalho.
Deixo o meu muito obrigado a todos que de alguma forma fizeram parte desta
conquista.
RESUMO
A análise financeira das Demonstrações Contábeis de uma empresa é de suma importância
para apresentar um estudo aprofundado sobre o real patrimônio da entidade, deixando seus
sócios e os usuários confiantes e seguros na hora de tomar decisões necessárias. O presente
trabalho tem como objetivo analisar a situação financeira-patrimonial, com base na análise
das demonstrações contábeis dos últimos três anos (2013, 2014 e 2015) da empresa Paulo
Marcio de Medeiros-ME, nome fantasia de supermercado Pyetro, com o intuito de identificar
a real situação operacional e financeira. A metodologia utilizada no desenvolvimento deste
trabalho foi uma pesquisa qualitativa e quantitativa, bibliográfica e documental com o intuito
de realizar um estudo de caso na entidade utilizando-se das Demonstrações Contábeis. Deste
modo, foram utilizadas algumas técnicas para calcular os seguintes índices: análise vertical e
análise horizontal, índices de liquidez, índices de endividamento, índices de atividades,
índices de rentabilidade/lucratividade, índices de alavancagem, análise dinâmica de capital de
giro, fatores de insolvência, giro do ativo e ponto de equilíbrio, com um parecer ao final das
contas analisadas para evidenciar a situação da empresa. Após a análise foi possível perceber
que a empresa apresenta, pois, seu lucro líquido vem sendo reduzido nos últimos três anos
analisados.
Palavras-chave: Análise das Demonstrações Contábeis. Índices financeiros. Situação
Econômico-Financeira.
ABSTRACT
The Financial analysis of the company's financial statements is of paramount importance to
present an in-depth study of the entity's real assets, leaving its members and users confident
and secure in making the necessary decisions. The objective of this study is to analyze the
financial-equity situation, based on the analysis of the financial statements of the last three
years (2013, 2014 and 2015) of the company Paulo Marcio de Medeiros-ME, the fantasy
name of the supermarket Pyetro, with the purpose of Identify the real operational and
financial situation. The methodology used in the development of this work was a qualitative
and quantitative, bibliographical and documentary research with the purpose of carrying out a
case study in the entity using the Financial Statements. In this way, some techniques were
used to calculate the following indices: vertical analysis and horizontal analysis, liquidity
indices, debt indices, activities indices, profitability / profitability indices, leverage indices,
dynamic analysis of working capital, factors of Insolvency, asset turnover and breakeven
point, with an opinion at the end of the accounts analyzed to highlight the company's
situation. After the analysis it was possible to perceive that the company presents, therefore,
its net profit has been reduced in the last three years analyzed.
Keywords: Analysis of Financial Statements. Financial indices. Economic and Financial
Situation.
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - BALANÇO PATRIMONIAL – ATIVO ....................................................... 46
TABELA 2 - BALANÇO PATRIMONIAL – PASSIVO .................................................... 47
TABELA 3 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ........................ 48
TABELA 4 - ANÁLISES VERTICAIS E HORIZONTAIS – ATIVO .............................. 49
TABELA 5 - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL – PASSIVO .............................. 50
TABELA 6 - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL – DRE ....................................... 51
TABELA 7 - CÁLCULO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ ................................................. 56
TABELA 8 - ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO ................................................................ 58
TABELA 9 - ÍNDICES DE ATIVIDADES .......................................................................... 60
TABELA 10 - ÍNDICE DE RENTABILIDADE/LUCRATIVIDADE .............................. 64
TABELA 11 - GIRO DO ATIVO .......................................................................................... 66
TABELA 12 - ÍNDICE DE RENTABILIDADE/LUCRATIVIDADE .............................. 67
TABELA 13 - ALAVANCAGEM ......................................................................................... 68
TABELA 14 - ANÁLISE DINÂMICA DE CAPITAL ........................................................ 69
TABELA 15 - FATOR DE INSOLVÊNCIA ........................................................................ 71
TABELA 16 - MODELO DE ELIZABETSKY ................................................................... 71
TABELA 17 - PONTO DE EQUILÍBRIO ........................................................................... 72
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 - RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS
OPERACIONAIS E FINANCEIROS ................................................................................. 29
GRÁFICO 2 - PONTO DE EQUILÍBRIO ......................................................................... 35
GRÁFICO 3- ANÁLISE VERTICAL DO BP – ATIVO ................................................... 52
GRÁFICO 4 - ANÁLISE VERTICAL DO BP – PASSIVO ............................................. 53
GRÁFICO 5 - ANÁLISE VERTICAL – DRE ..................................................................... 54
GRÁFICO 6- ANÁLISE HORIZONTAL DO BP – ATIVO ............................................. 54
GRÁFICO 7 - ANÁLISE HORIZONTAL DO BP – PASSIVO ........................................ 55
GRÁFICO 8 - ANÁLISE HORIZONTAL DA DRE .......................................................... 56
GRÁFICO 9 - ÍNDICES DE LIQUIDEZ ............................................................................. 57
GRÁFICO 10- ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO ............................................................... 59
GRÁFICO 11 - ÍNDICES DE ATIVIDADES ...................................................................... 61
GRÁFICO 12 - RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS – ANO 2013 ............ 62
GRÁFICO 13- RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS – ANO 2014 ............. 63
GRÁFICO 14- RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS – ANO 2015 ............. 63
GRÁFICO 15- ÍNDICES DE RENTABILIDADE .............................................................. 65
GRÁFICO 16 - GIRO DO ATIVO ....................................................................................... 66
GRÁFICO 17- ÍNDICE DE RENTABILIDADE ................................................................ 67
GRÁFICO 18: ALAVANCAGENS ...................................................................................... 69
GRÁFICO 19 - ANÁLISE DINÂMICA DE CAPITAL ..................................................... 70
GRÁFICO 20 - PONTO DE EQUILÍBRIO – ANO 2013 ................................................... 73
GRÁFICO 21 - PONTO DE EQUILÍBRIO – ANO 2014 ................................................... 74
GRÁFICO 22 - PONTO DE EQUILÍBRIO – ANO 2015 ................................................... 75
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE ............................. 24
QUADRO 2: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA .............................. 24
QUADRO 3: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA ......................................... 25
QUADRO 4: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL ..................................... 25
QUADRO 5: FÓRMULA DO ÍNDICE DA IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
LÍQUIDO ................................................................................................................................ 26
QUADRO 6: FÓRMULA DO ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE
TERCEIROS ........................................................................................................................... 26
QUADRO 7: FÓRMULA DE COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO ....................... 27
QUADRO 8: FÓRMULA DO ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO ..................................... 27
QUADRO 9: FÓRMULA DO PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES ...... 28
QUADRO 10: FÓRMULA DO PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS
VENDAS .................................................................................................................................. 28
QUADRO 11:FÓRMULA DE PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS . 28
QUADRO 12: FÓRMULA DE CÁLCULO DAS COMPRAS: ......................................... 29
QUADRO 13: FÓRMULA DA TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTOS .... 30
QUADRO 14: FÓRMULA DE TAXA DE RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO
LÍQUIDO ................................................................................................................................ 30
QUADRO 15: FÓRMULA DO GIRO DE ATIVO ............................................................. 31
QUADRO 16: FÓRMULA DA MARGEM BRUTA........................................................... 31
QUADRO 17: FÓRMULA DA MARGEM OPERACIONAL........................................... 32
QUADRO 18: FÓRMULA DA MARGEM LÍQUIDA ....................................................... 32
QUADRO 19: FÓRMULA DA ALAVANCAGEM OPERACIONAL ............................. 33
QUADRO 20: FÓRMULA DA ALAVANCAGEM FINANCEIRA .................................. 34
QUADRO 21: FÓRMULA DA ALAVANCAGEM TOTAL ............................................. 34
QUADRO 22: FÓRMULA DO PONTO DE EQUILÍBRIO .............................................. 35
QUADRO 23: FÓRMULA DO FATOR DE INSOLVÊNCIA – KANITZ ....................... 36
QUADRO 24: FÓRMULA DO FATOR DE INSOLVÊNCIA – ELIZABETSKY .......... 38
QUADRO 25: FÓRMULA DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ............................ 40
QUADRO 26: FÓRMULA DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO .................... 40
QUADRO 27: FÓRMULA DO SALDO DE TESOURARIA ............................................ 41
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA (MODELO DE KANITZ) ............. 37
FIGURA 2 - TERMÔMETRO INSOLVÊNCIA – MODELO DE ELIZABETSKY ...... 39
FIGURA 3 - TERMÔMETRO INSOLVÊNCIA 2013 – MODELO ELIZABETSKY .... 71
FIGURA 4 - TERMÔMETRO INSOLVÊNCIA 2014 – MODELO ELIZABETSKY .... 72
FIGURA 5 - TERMÔMETRO INSOLVÊNCIA 2015 – MODELO ELIZABETSKY .... 72
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AC: Ativo Circulante
ACC: Ativo Circulante Cíclico
ACF: Ativo Circulante Financeiro
AT: Ativo Total
ATM: Ativo Total Médio
BP: Balanço Patrimonial
C: Compras
CCL: Capital Circulante Líquido
CDF: Custo e Despesas Fixos
CDV: Custo e Despesas Variáveis
CE: Composição do Endividamento
CF: Custo Fixo
CMV: Custo das Mercadorias Vendidas
CSLL: Contribuição Sobre o Lucro Líquido
CV: Custo Variável
DF: Despesas Financeiras
DFC: Demonstração de Fluxo de Caixa
DLPA: Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
DMPL: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
DRE: Demonstração do Resultado do Exercício
DVA: Demonstração do Valor Adicionado
EF: Estoque Final
EG: Endividamento Geral
EI: Estoque Inicial
FI: Fator de Insolvência
GA: Giro do Ativo
GAF: Grau de Alavancagem Financeira
GAO: Grau de Alavancagem Operacional
GAT: Grau de Alavancagem Total
IE: Índice de Endividamento
IOG: Investimento Operacional em Giro
IPL: Imobilização do Patrimônio Líquido
IR: Imposto de Renda
LC: Liquidez Corrente
LI: Liquidez Imediata
LL: Lucro Líquido
LLE: Lucro Líquido do Exercício
LS: Liquidez Seca
LG: Liquidez Geral
MB: Margem Bruta
ME: Microempresas
ML: Margem Líquida
MO: Margem Operacional
NCG: Necessidade de Capital de Giro
NIG: Necessidade de Investimento em Giro
PC: Passivo Circulante
PCF: Passivo Circulante Financeiro
PCT: Participação de Capitais de Terceiros
PE: Ponto de Equilíbrio Contábil
PL: Patrimônio Líquido
PLM: Patrimônio Líquido Médio
PMPC: Prazo Médio de Pagamento das Compras
PMRV: Prazo Médio de Recebimento das Vendas
PMRE: Prazo Médio de Rotação de Estoques
PNC: Passivo não Circulante
RT: Receita Total
RVT: Receitas de Vendas Totais
SD: Saldo Disponível
ST: Saldo de Tesouraria
TRI: Taxa de Retorno sobre Investimentos
TRPL: Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido
VB: Vendas Brutas
VL: Vendas Líquidas
Z: Elizabetsky
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 14
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA .................................... 14
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA .................................................................................... 15
1.2.1 Geral ........................................................................................................................... 15
1.2.2 Específicos ................................................................................................................. 15
1.2.3 Justificativa ............................................................................................................... 16
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 17
2.1 A CONTABILIDADE ................................................................................................ 17
2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .......................................................................... 17
2.2.1 Balanço Patrimonial ................................................................................................. 18
2.2.2 Demonstrações do Resultado do Exercício ............................................................. 19
2.2.3 Demonstrações de Lucros ou Prejuízos Azumulados (DLPA) / Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ........................................................................ 19
2.2.4 Demonstração do Fluxo de Caixa ............................................................................ 20
2.2.5 Demonstração do Valor Adicionado ....................................................................... 21
2.2.6 Notas Explicativas ..................................................................................................... 21
2.3 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE ANÁLISE .................................................................. 22
2.3.1 Análise Vertical e Análise Horizontal ..................................................................... 22
2.3.2 Índices de Liquidez ................................................................................................... 23
2.3.3 Índices de Endividamento ........................................................................................ 25
2.3.4 Índices de Atividades ................................................................................................ 27
2.3.5 Índices de Rentabilidade / Lucratividade (ponto de equilíbrio) ........................... 30
2.3.6 Alavancagem Operacional e Financeira ................................................................. 33
2.3.7 Ponto de Equilíbrio ................................................................................................... 35
2.3.8 Fator de Insolvência ................................................................................................. 36
2.3.9 Análise Dinâmica de Capital de Giro ...................................................................... 39
3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 43
3.1 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICO DA PESQUISA ............................ 43
3.2 O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO ... 43
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS ................................ 44
3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ............. 44
4 ESTUDADO DE CASO ........................................................................................... 45
4.1 PERFIL DA EMPRESA ............................................................................................. 45
5 PARECER FINAL .................................................................................................... 76
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 78
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 80
ANEXOS..................................................................................................................... 82
14
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA
Com o advento da globalização e o mercado cada vez mais competitivo as empresas
tendem a gerar mecanismos que possibilitem sua manutenção e continuidade no campo em
que atuam, uma vez que, empresas nascem para evoluir e crescer, bem como gerar lucros.
Em virtude da concorrência de mercado cada vez mais acirrada, as empresas tendem a
utilizar informações geradas pela análise das demonstrações contábeis a fim de saber como
está a saúde financeira da mesma e usar tais dados para auxiliar o gestor na tomada de
decisões. Apesar da importância dessas análises financeiras, muitos empresários desconhecem
a influência de tais análises e acabam não conhecendo a real situação em que se encontra sua
empresa, fato que pode ser danoso ao seu bem-estar financeiro, impossibilitando-se assim de
dispor de informações úteis que podem ser usadas no processo de gestão e tomada de decisão.
O essencial é que uma entidade utilize as ferramentas de análise contábil para comparar e
interpretar os dados de seu patrimônio de forma eficiente eficaz, na tentativa de gerar
informações precisas. Segundo Iudicíbus, Martins e Gelbck (2006, p. 48):
A contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a
prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica,
financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de
contabilização.
Deste modo, a contabilidade é responsável por fornecer instrumentos que contem
informações a respeito da situação econômica e financeira da empresa, sendo necessária para
auxiliar na tomada de decisão de seu empreendimento como um todo, principalmente no que
se refere ao seu recuso mais escasso, o dinheiro. Saber investi-lo é de suma importância para a
vitalidade da empresa, e assim como saber identificar quando aplicado de forma errônea e
neste caso procurar mecanismos que possam sanar a situação.
As demonstrações são elaboradas pelo contador com duas finalidades, que são: análise
interna - são os demonstrativos que vão servir para os gestores através de seus dados para
tomada de decisão, avaliar desempenho, entre outros; e a outra é a análise externa que
objetiva informar a outros usuários, que tenham interesse de saber a situação da empresa, para
futuros investimentos, financiamentos, ou fornecimentos de materiais, ao governo para
recolhimento de impostos, assim como a sociedade.
15
O presente trabalho abordará as demonstrações contábeis exigidas pela Lei nº 6.404/76
da Sociedade por Ações e as leis que a alterou posteriormente, leis nº 11.638/07 e 11.941/09.
O estudo de caso será realizado na empresa Pyetro supermercados, onde serão analisados
apenas o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, a fim de fazer
uma análise objetiva e clara da situação econômica e financeira da empresa extraída do estudo
minucioso do Balanço Patrimonial e DRE, visto que a Análise das Demonstrações Contábeis
consiste na extração e interpretação desses dados.
Partindo da relevância que as informações contábeis têm para gestão e análise
econômico financeiro das empresas, surge o seguinte questionamento: Qual a importância
da análise de balanço para a gestão financeira e crescimento econômico da empresa
Pyetro Supermercado?
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA
1.2.1 Geral
Mostrar a importância das análises de balanço como ferramenta indispensável à gestão do
negócio, a fim de evidenciar a situação econômica e financeira da empresa Pyetro
supermercado nos últimos 3 anos (2013, 2014 e 2015) de exercício financeiro.
1.2.2 Específicos
Utilizar teorias e conceitos acerca das análises das demonstrações contábeis com a
finalidade de gerar informações patrimoniais e financeiras da empresa em estudo;
Evidenciar as Demonstrações Contábeis tomando como base a lei a lei 6.404/76 e suas
alterações pelas leis 11638/07 e 11941/09.
Interpretar e analisar o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício,
com o intuito de mostrar a situação financeira e o desenvolvimento dos últimos três anos
da empresa em questão;
Identificar a situação econômico-financeira e patrimonial da empresa através do Balanço
Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício.
16
1.2.3 Justificativa
A contabilidade é uma ferramenta de grande relevância para o controle de um
empreendimento, através dela é possível retirar importantes informações para tomadas de
decisões permitindo a elaboração e aperfeiçoamento do controle financeiro e crescimento
empresarial.
A análise de balanço e a análise das demonstrações contábeis são grandes
instrumentos que compõem a contabilidade. Deste modo estas análises são de grande
importância para os gestores e usuários, que com os dados dos balanços podem apresentar um
estudo detalhado da situação econômica e financeira da empresa, permitindo a elaboração de
diagnóstico como: pontos fortes e fracos apresentados pela empresa no exercício financeiro e
operacional, identificar onde a empresa apresenta maiores dificuldades, se a rotatividade de
mercadorias está suprindo as expectativas e entre outras.
A análise de balanço é feita visando à concretização dos objetivos e metas traçados
pela empresa. Os balanços atendem principalmente aos interesses das organizações
internamente uma vez que os gestores precisam desta análise para saber como está a situação
da empresa para então corresponderem aos usuários externos.
A presente pesquisa se justifica por mostrar à sociedade a importância da
contabilidade na vida empresarial, o que despertou no autor do trabalho o interesse em
ampliar os seus conhecimentos, unindo teoria e prática.
17
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A CONTABILIDADE
A história da contabilidade é tão antiga quanto à própria história da civilização. Em
1494 surgiu a primeira literatura onde falava sobre as partidas dobradas escrita por Frei Luca
Pacioli, considerado um grande matemático do século XV. Esta obra ficou marcada como o
início do pensamento científico da contabilidade por expressar as causas e os efeitos do
patrimônio utilizando os termos débito e crédito. Segundo Iudicibus, Marion e Faria (2010,
p.9).
A contabilidade trouxe para o mundo moderno através de sua evolução vários nomes
como Lucas Pacioli que em 1494, trouxe em sua publicação um texto que retrata a
história da contabilidade sendo ela a primeira exposição sistêmica e completa dos
procedimentos contábeis as partidas dobradas que se teve notícia na época, embora
alguns autores diziam que, na China já se praticava esse método antes da Itália.
Mesmo assim, não retirou o mérito da obra do franciscano Pacioli.
O surgimento das partidas dobradas foi considerado um marco importante para a
evolução contábil, Frei Luca Pacioli, defendia que todo comerciante deveria conhecer os
registros contábeis com noções exatas de suas transações de aquisição de mercadorias e
pagamento, evidenciando a partida dobrada pela entrada da mercadoria e saída do dinheiro.
Os gestores precisam de ferramentais capazes de auxiliar na comparação e
interpretação de seu patrimônio, neste contexto, a contabilidade atua de forma eficiente.
Segundo o portal da educação:
A contabilidade é a área que cuida de todas as documentações financeiras de uma
empresa, podendo também auxiliar o empresário nas decisões que venham a
envolver o dinheiro investido da empresa, para que não ocorram prejuízos, e se caso
ocorra ele possa ter a capacidade de reverter esse problema.
Deste modo, a contabilidade é usada pelos gestores para analisar o passado e presente
da empresa; através das demonstrações financeiras e análise de balanço, gerando informações
objetivas e precisas para identificar a situação da empresa.
2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As empresas são obrigadas a divulgarem anualmente, como prestação de contas para
os sócios e ou acionista; as Demonstrações Contábeis ou Demonstração Financeira, como
também é conhecida. Segundo o IBRACON NPC nº 27:
18
O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a
posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade,
que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As
demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela
Administração, dos recursos que lhe são confiados.
As informações fornecidas pelas Demonstrações Contábeis serão apresentadas aos
usuários e irão auxiliar na estimativa dos resultados e os fluxos financeiros futuros da
empresa.
A Lei das sociedades por Ações (lei nº 6.404/76 - modificada pelas leis nº 11.638/07 e
11.941/09) determina que as estruturas básicas das demonstrações contábeis principais são:
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados / Demonstração da Mutação do
Patrimônio Liquido;
Demonstração do Fluxo de Caixa;
Demonstração do Valor Adicionado;
Notas Explicativas.
As demonstrações contábeis são uma importante ferramenta para auxiliar os usuários
internos e externos, uma vez que, é através delas que são extraídas as informações da sua
situação econômica e financeira.
2.2.1 Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é considerado a principal demonstração contábil, pois ele
apresenta a posição financeira e patrimonial da empresa em determinados períodos de tempo.
Este é composto de 3 partes essências: ativo, passivo e patrimônio líquido. Cada uma destas é
classificada em grupos com diversas contas. Assaf Neto (2010, p. 47) diz que:
O balanço apresenta a posição patrimonial e financeira de uma empresa em dado
momento. A informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática e,
muito provavelmente, sua estrutura se apresentará relativamente diferente algum
tempo após seu encerramento. No entanto, pelas relevantes informações de
tendências que podem ser extraídas de seus diversos grupos de contas, o balanço
servirá como elemento de partida indispensável para o conhecimento da situação
econômica e financeira de uma empresa.
Sendo assim, o Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia,
qualitativa e quantitativamente, em um determinado período, a posição patrimonial e
19
financeira da Entidade, em outras palavras, ele consegue trazer uma fotografia da situação da
empresa.
2.2.2 Demonstrações do Resultado do Exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um resumo das operações
realizadas em determinado período. É apresentada de forma dedutiva entre os saldos
acumulados das contas de receitas, custos e despesas. Indicando-se o resultado do exercício
(lucro ou prejuízo).
De acordo com (Assaf Neto, 2010, p. 64.)
A demonstração de resultados do exercício visa fornecer, de maneira esquematizada,
os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado exercício
social, os quais são transferidos para contas do patrimônio líquido. O lucro (ou
prejuízo) é resultado de receitas, custos e despesas incorridos pela empresa no
período e apropriados segundo o regime de competência, ou seja,
independentemente de que tenham sido esses valores pagos ou recebidos.
A DRE é a demonstração com foco em reunir informações financeiras da empresa para
assim formar o resultado líquido do exercício, seja ele lucro ou prejuízo, resultante de sua
operação através da diminuição de todas as receitas da empresa, por seus custos e despesas
conforme o princípio contábil da Competência.
2.2.3 Demonstrações de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) / Demonstração Das
Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
A DLPA é um elo entre o balanço patrimonial e a demonstração dos resultados do
exercício (DRE). Que visa demonstrar a movimentação da conta lucros ou prejuízo
acumulado. A DMPL é um demonstrativo mais completo, visto que as movimentações de
todas as contas do patrimônio líquido são evidenciadas durante o exercício social. A DMPL
pode substituir as demonstrações de lucros ou prejuízos acumulados. Sobre a DLPA.
Assaf Neto (2010, p. 78) afirma:
A demonstração das mutações do patrimônio líquido é um demonstrativo contábil
mais abrangente que a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, podendo a
sociedade optar por sua elaboração ou não. Se publicado, esse demonstrativo
substitui legalmente o dos lucros acumulados. A demonstração das mutações
patrimoniais abrange todas as contas do patrimônio líquido identificando os fluxos
20
ocorridos entre uma conta e outra, e as variações (acréscimos e diminuições)
verificadas no exercício.
A DLPA é um demonstrativo que mostra todas as alterações no saldo da conta
prejuízos ou lucros acumulados no Patrimônio Líquido, não divididos entre os acionistas ou
sócios. Já a DMPL é mais completa que a DLPA e por isto pode incorporá-la. Essa tem várias
semelhanças com a DLPA, porém é mais elaborada, uma vez que, mostra claramente as
movimentações (acréscimos, diminuições ou perdas) ocorridas nas contas que formam o
Patrimônio Líquido, inclusive de uma conta para outra.
2.2.4 Demonstração do Fluxo de Caixa
A demonstração do fluxo de caixa passou a ser obrigatório pela lei nº 11.638/07 para
as companhias abertas, companhias de grande porte, e sociedades anônimas de capital
fechado com patrimônio líquido superior a R$ 2 milhões.
De acordo com Assaf Neto (2010, p. 84) “a DFC permite que se analise,
principalmente a capacidade da empresa em honrar seus compromissos financeiros, gerar
resultados de caixas futuros, e sua liquidez e solvência financeira.”
De acordo com Padoveze e Benedito (2010, p. 55):
O método indireto evidencia a movimentação do saldo de caixa do período, partindo
geração de caixa por meio da demonstração de resultado e das variações dos
elementos patrimoniais do balanço que geram ou necessitam de caixa. O método
direto, que evidencia a movimentação do saldo de caixa do período, coletando as
informações específicas das entradas e saídas de numerário constante das contas de
disponibilidade (caixa, bancos e aplicações financeiras).
As informações apresentadas na DFC, quando utilizadas conjuntamente com as
informações das outras demonstrações contábeis poderão auxiliar os usuários na avaliação da
capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa positivos, visando atender às suas obrigações
e os dividendos aos acionistas. A DFC pode ser apresentada em duas formas: o método direto
que é aquele que evidencia todos os pagamentos e recebimentos decorrentes das atividades
operacionais da empresa, devendo apresentar os componentes do fluxo por seus valores brutos
e o método indireto que consiste na demonstração dos recursos provenientes das atividades
operacionais a partir do lucro líquido, ajustados pelos itens que afetam o resultado (tais como
depreciação, amortização e exaustão), mas que não modificam o caixa.
21
2.2.5 Demonstração do Valor Adicionado
A Lei 11.638/07 tornou a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) obrigatória para
empresas de capital abertas. Essa Lei Torna obrigatória a divulgação da riqueza produzida e a
sua distribuição entre os sócios, acionista, governo e outros. A DVA é umas das peças
fundamentais para o balanço social. Essa demonstração é o espelho de quanto a empresa
incorporou de valor durante o exercício.
Assaf Neto (2010, p. 87) diz que:
Um benefício notório dessa demonstração é que pode ser utilizada como forma de
avaliação de desempenho e de acompanhamento de agregação do valor para a
sociedade, ou seja, o quanto a empresa agregou de valor efetivamente para a
sociedade no exercício. Outro proveito da DVA está baseado no fato de ser um
excelente macroeconômico servindo para mensurar a riqueza gerada pelas atividades
das empresas.
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA), por se tratar de um demonstrativo
contábil que evidencia, de forma sintética, os valores relativos à formação da riqueza gerada
pela empresa em dado período de tempo e sua respectiva distribuição, tal riqueza é calculada
a partir da diferença entre o valor de sua produção e dos bens e serviços produzidos por
terceiros utilizados no processo de produção da empresa.
2.2.6 Notas Explicativas
As Notas Explicativas não são Demonstrações Contábeis, mas irão complementá-las
para o esclarecimento da situação patrimonial e resultados do exercício. As dúvidas que
apareçam durante o ano serão supridas por esse complemento.
Para Assaf Neto (2010, p. 89):
As Notas Explicativas são normalmente apresentadas ao final das demonstrações
financeiras publicadas, sendo obrigatórias para as companhias abertas. Representam
uma contemplação das demonstrações contábeis, passando a fazer efetiva do
conjunto de publicações previstas na lei das Sociedades por Ações.
O objetivo das notas explicativas é fornecer informações necessárias para
complementação ou esclarecimento da situação patrimonial, ou seja, de determinada conta,
saldo ou transação, valores relativos aos resultados do exercício, ou para menção de fatos que
22
podem alterar futuramente tal situação patrimonial. Elas poderão estar relacionadas a qualquer
outra demonstração que necessite de esclarecimento.
2.3 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE ANÁLISE
As técnicas de análise são obtidas através das demonstrações contábeis da entidade em
estudo, com o objetivo de mostrar a realidade e a situação econômico-financeira da empresa
além de auxiliar na tomada de decisões.
2.3.1 Análise Vertical e Análise Horizontal
As principais ferramentas de análise de uma empresa são as análises Verticais e
Horizontais, uma vez que as mesmas têm a capacidade de fazer a comparação de valores dos
períodos em exercício com períodos anteriores, tais técnicas são usadas como forma de
complementação do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício, sendo
imprescindível para que se tenha um perfil mais real da mesma.
Assaf Neto (2010, p. 93) diz que:
O montante de uma conta ou de um grupo patrimonial quando tratado isoladamente
não retrata adequadamente a importância do valor apresentado e muito menos seu
comportamento ao longo do tempo [...] Assim, a comparação dos valores entre si e
com outros de diferentes períodos oferecerá um aspecto mais dinâmico e elucidativo
à posição estática das demonstrações contábeis. Esse processo de comparação,
indispensável ao conhecimento da situação de uma empresa, é representado pela
análise horizontal e pela análise vertical.
Deste modo, mesmo sendo os relatórios financeiros peças essenciais para saber quais
rumos a empresa está tomando, os números isolados nem sempre são o bastante para garantir
avaliações corretas, devendo considerar a necessidade de fazer comparações com valores de
períodos passados para identificar como ocorre a evolução dos resultados e garantir uma
avaliação mais correta. Em tais casos a análise vertical e horizontal é fundamental, pois
fornecem quando comparados resultados relevantes para o controle financeiro da entidade.
Para Martins (2014, p. 109)
A análise vertical é realizada mediante a extração de relacionamentos percentuais
entre itens pertencentes à demonstração financeira de um mesmo período. Neste tipo
de análise são considerados os dados de um mesmo período e é calculado por meio
da divisão de uma grandeza por outra. No balanço patrimonial através de convenção
23
ficou definido que 100% é o valor total de um determinado bem a princípio o mais
importante do patrimônio e através dele efetua-se uma porcentagem dos demais.
Quando nos referimos ao Balanço Patrimonial das empresas, a Análise Vertical
abrange cálculos de percentuais em todas as contas, podendo relacioná-las com os grupos a
que pertencem ou mesmo com o total do Ativo do Passivo, de acordo o caso. Para calcular o
percentual que cada elemento ocupa, comparado ao conjunto, utiliza-se a regra de três
simples, onde o valor-base é igualado a 100 e os demais, calculados em relação a ele.
O principal objetivo da Análise Vertical é mostrar a importância de cada conta na
demonstração financeira a que pertence. A Análise Vertical quando realizada na
Demonstração do Resultado do Exercício tem melhor plenitude. Porém, pode ser feita em
qualquer demonstração financeira.
Matarazzo (2003, p. 245) diz que, “A análise Horizontal baseia-se na evolução de cada
conta de uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em
relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série.”
A análise denominada horizontal é baseada na evolução dos saldos das contas no
decorrer dos anos. Sua comparação ocorre entre os mesmos elementos patrimoniais,
entretanto em exercícios diferentes, os detalhes das demonstrações financeiras podem ser
conhecidos através desta análise.
O principal objetivo da análise horizontal é evidenciar a evolução ou diminuição dos
componentes das demonstrações contábeis ao longo dos exercícios sociais para caracterizar
tendências. Permite tirar conclusões sobre a evolução da empresa, uma vez que mostra as
mutações ocorridas em cada item das demonstrações financeiras através da comparação entre
elas.
O critério usado para o cálculo da análise horizontal consiste em escolher um exercício
que em geral, é o primeiro ano a ser analisado, nele todos os valores do percentual é 100
(cem) e a partir deste primeiro exercício será feito o cálculo dos demais anos, sempre o
primeiro ano servirá de base para os posteriores.
.
2.3.2 Índices de Liquidez
Os indicadores de Liquidez procuram demonstrar se a empresa tem capacidade
financeira para honrar seus compromissos.
Os índices de liquidez são divididos em Liquidez Corrente (LC), Liquidez Imediata
(LI), Liquidez Seca (LS) e Liquidez Geral (LG).
24
Liquidez Corrente
É o responsável por mostrar a capacidade de pagar as dívidas da empresa em outro
prazo. Revela quanto ela possui em disponível e bens realizáveis a curto prazo, até exercício
social seguinte, comparadas as obrigações que devem ser pagas no mesmo período.
De acordo com o resultado obtido pode-se fazer a seguinte análise:
Quando o resultado for maior que 1: evidencia que existe capital disponível para
uma possível liquidação das obrigações.
Quando o resultado for Igual a 1: os direitos e obrigações a curto prazo são
equivalentes.
Quando o resultado for menor que 1: a empresa não apresenta capital disponível o
suficiente para liquidar as obrigações a curto prazo, caso fosse necessário.
QUADRO1: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE
Liquidez Corrente =
Ativo Circulante
Passivo Circulante Fonte: Assaf Neto (2010, p. 164)
Liquidez Imediata
O Índice de Liquidez Imediata evidencia o valor que a empresa tem em caixa, bancos
ou aplicações em financeiras de curto prazo, ou seja, suas disponibilidades para pagar suas
dívidas de imediato.
Padoveze e Benedicto (2010, p. 152) esclarece que:
De todos os indicadores de capacidade de pagamento, este é o que realmente se
caracteriza como de liquidez, uma vez que trabalha com os elementos patrimoniais
do ativo circulante que podem ser disponibilizados imediatamente, ou quase, para
pagamento de contas, e são agrupados sob o nome de disponibilidades.
QUADRO2: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA
Liquidez Imediata =
Disponível
Passivo Circulante Fonte: Assaf Neto (2010, p. 163)
Sendo: Disponibilidade = caixa, bancos e aplicações financeiras de curto prazo.
25
Liquidez Seca
De acordo com Iudícibus (2010, p. 96) “esta é uma variante muito adequada para se
avaliar conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Eliminando os estoques do
numerador, estamos eliminando uma fonte de incertezas”.
O Índice de Liquidez Seca representa a capacidade de pagamento da empresa a curto
prazo. É o responsável por evidenciar o quanto que a empresa apresenta em disponibilidades,
para saldar suas dívidas.
QUADRO 3: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA
Liquidez Seca =
Ativo Circulante + Estoques - Despesas Antecipadas
Passivo Circulante
Fonte: Assaf Neto (2010 p. 164)
Liquidez Geral
É um indicador da saúde financeira da empresa o índice da liquidez geral é calculado
pela divisão entre o ativo circulante mais ativo realizável a longo prazo e pelo passivo
circulante mais passivo realizável a longo prazo. Esse índice demonstra se a empresa tem
capacidade de honrar seus compromissos.
Segundo Assaf Neto (2010, p. 164) “esse indicador revela a liquidez, tanto a curto,
quanto a longo prazo. De cada R$ 1,00 que a empresa mantém de dívida, o quanto existe de
direitos e haveres circulantes e no realizável a longo prazo”.
O índice de liquidez geral evidencia a capacidade que há na empresa para honrar seus
compromissos, ele compara diretamente os bens e direitos da empresa, já conversíveis ou não, em
dinheiro no curto e longo prazo, levando-se em relação seu Passivo Exigível.
QUADRO 4: FÓRMULA DO ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL
Liquidez Geral=
Ativo Circulante + Realizável a longo Prazo
Passivo Circulante + Exigível a longo Prazo Fonte: Assaf Neto (2010, p. 164)
2.3.3 Índices de Endividamento
É o índice que revela o grau de endividamento da empresa. A partir da análise desse
indicador nos diversos exercícios fica fácil de analisar a política de obtenção de recursos da
26
empresa, ou seja, se a mesma financia seu ativo com recursos próprios ou de terceiros e em
que proporção isto acontece.
Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL)
OIPL é responsável por apresentar quanto do Patrimônio Líquido da empresa está
aplicado no Ativo Permanente, em outras palavras, quanto do Ativo Permanente da empresa é
financiado por seu Patrimônio Líquido, esclarecendo a maior ou menor dependência de
recursos de terceiros para a manutenção dos negócios.
De acordo com Silva (2005, p. 290), “o índice de imobilização do patrimônio líquido
indica quanto do patrimônio líquido da empresa está aplicado no ativo permanente”.
QUADRO 5: FÓRMULA DO ÍNDICE DA IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IPL=
Ativo Imobilizado X 100
Patrimônio Líquido Fonte: Adaptado Silva (2013, p. 268).
Sendo: IPL = Imobilização do Patrimônio Líquido
Participação de Capitais de Terceiros (PCT)
Esse índice indica o quanto de participação de capital de terceiros em relação ao
capital próprio a empresa possui, logo, quanto maior o capital de terceiros investido na
empresa maior será a dependência financeira da mesma.
Conforme Bruni (2011, p. 153), a participação de capitais de terceiros sobre capitais
próprios indica outra forma de expressar a relação entre os recursos colocados por terceiros e
investimentos feitos pelos sócios. O quociente obtido indica quanto de terceiros a empresa
captou para cada R$ 1,00 colocado pelos sócios.
QUADRO 6: FÓRMULA DO ÍNDICE DE PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS
PCT=
Passivo Circulante + passivo Não Circulante X 100
Patrimônio Líquido Fonte: Adaptado Silva (2013, p. 270).
Sendo: PCT = Participação de Capital de Terceiros.
Composição do Endividamento (CE)
Para Bruni (2011, p. 156), “o índice de composição do endividamento expressa a
natureza do endividamento, revelando o percentual do endividamento concentrado no curto
prazo”.
27
Para este indicador quanto maior o valor obtido pior é para a empresa, quanto mais
elevado forem os valores obtidos no índice, maiores os compromissos da empresa para o curto
prazo.
QUADRO7: FÓRMULA DE COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO
CE= Passivo Circulante
X 100 Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
Fonte: Silva (2013, p. 273)
Sendo: CE= Composição do Endividamento.
Endividamento Geral (EG) ou Índice de Endividamento (IE)
A interpretação do índice de Endividamento Geral revela que quanto maior ele for
maior será a dependência financeira da empresa com a utilização de recursos de terceiros.
Quanto menor for o índice, melhor para a empresa, pois representa que a mesma não tem alta
dependência de capitais de terceiros. Os resultados obtidos são apresentados em porcentagem
e indica qual a percentagem do ativo da empresa é financiada por terceiros.
Segundo Bruni (2011, p. 152), o índice de endividamento (IE) expressa a percentagem
que o endividamento representa sobre os fundos totais. Ou, em outras palavras, a porcentagem
do ativo total financiada com recursos de terceiros.
QUADRO 8: FÓRMULA DO ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO
EG= Capital de Terceiros
X 100 Ativo total
Fonte: Adaptado de Bruni (2011, p. 152).
2.3.4 Índices de Atividades
Existem basicamente três índices de prazos médios, que são Importantíssimos para o
analista, pois contribuem para a interpretação da liquidez e rentabilidade da entidade. A partir
das demonstrações financeiras pode-se encontrar Prazo Médio de Rotação dos Estoques,
Prazo Médio de Recebimento das Vendas e Prazo Médio de Pagamento de Compras.
Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE)
O PMRE indica uma média de quantos dias passaram entre a compra de mercadorias e
sua venda, quantos dias as mercadorias ficam estocadas na empresa até serem vendidas.
O processo do estoque, seja ele de alto ou baixo índice de rotação, tem características
que podem ajudar a entender o fluxo de rotação de uma empresa assim como sua elevação
28
entre o índice encontrado. Neste contexto, quanto maior o índice pior para a empresa, pois
mostrará que ela está com estoques parados, sem rotatividade e estoque parado configura o
chamado dinheiro parado.
QUADRO 9: FÓRMULA DO PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES
PMRE= Estoques
X 360 Custo das Mercadorias Vendidas
Fonte: Adaptado Matarazzo (2010, p. 255).
Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV)
O PMRV revela quantos dias em média a empresa leva para receber efetivamente o
valor de vendas.
QUADRO 10: FÓRMULA DO PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DAS VENDAS
PMRV= Duplicatas a Receber
X 360 Vendas Líquidas
Fonte: Adaptado de Matarazzo (2010, p. 262).
Para Silva (2010, p. 279), “o volume de duplicatas a receber é decorrência de dois
fatores básicos: o montante de vendas a prazo e o prazo concedido aos clientes para
pagamento”.
Lembramos que o volume das duplicatas a receber depende das quantidades de vendas
a prazo e o prazo, concedido a seus clientes onde temos que, quanto maior o índice pior.
Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC)
O PMPC revela a quantidade de dias que a empresa para pagar seus fornecedores.
QUADRO11: FÓRMULA DE PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DAS COMPRAS
PMPC= Fornecedor
X 360 Compras
Fonte: Adaptada Matarazzo (2010, p. 266).
Para permitir a manutenção de um adequado nível de liquidez o prazo médio
comparado com o pagamento das compras, deverá ser maior do que os prazos concedidos aos
clientes, para calculá-lo é necessário utilizar a conta fornecedor sobre as compras. Quando
não for possível localizar o valor das compras na DRE, será necessário usar outro cálculo que
29
extraia as informações do Balanço Patrimonial para chegar ao valor das compras. Para os
resultados deste índice; quanto maior, melhor será para empresa, pois retratará que os
fornecedores têm dado um prazo maior para o empresário e consequentemente o mesmo
poderá dar um prazo maior aos seus clientes.
QUADRO12: FÓRMULA DE CÁLCULO DAS COMPRAS
C= CMV + EF – EI
Fonte: Silva (2013, p. 259).
Sendo: CMV = Custo da Mercadoria Vendida, EI = Estoque Inicial, EF = Estoque
Final, C = Compras.
Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro
O ciclo operacional é o período médio de dias que a empresa leva da compra das
mercadorias até o recebimento das vendas. O ideal é que quanto menor o ciclo operacional
melhor será; pois, não precisará utilizar seu capital de giro para financiar suas atividades. O
ciclo financeiro é o período a partir do pagamento dos fornecedores até o recebimento de seus
clientes isso significa que, quanto maior for o prazo para pagar seus fornecedores e quanto
menor for o prazo para receber de seus clientes, melhor será para a empresa, pois não
precisará utilizar seu capital de giro.
GRÁFICO 1 - RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS OPERACIONAIS E FINANCEIROS
Fonte: Autoria Própria, 2016.
Portanto, quanto maior for a velocidade de recebimento das vendas e a renovação de
seu estoque melhor será para o ciclo operacional. Já o ciclo financeiro quanto maior o prazo
para suas compras, melhor.
Ciclo Operacional
Compras Vendas Rec. Vendas
PMRE
PMPC Pagto Compras Ciclo Financeiro
30
2.3.5 Índices de Rentabilidade / Lucratividade (ponto de equilíbrio)
Taxa de Retorno sobre Investimento (TRI)
A TRI utiliza para fins de comparação o relacionamento entre o lucro operacional e o
investimento da empresa, ou seja, evidencia a taxa de retorno gerada pela empresa para seus
financiadores, que pode ser de capital próprio ou de terceiros.
QUADRO 13: FÓRMULA DA TAXA DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTOS
TRI = Lucro Líquido
X 100 Ativo Total
Fonte: Adaptado Marion (2012, p. 132).
A interpretação deste índice mostra para a empresa que, quanto maior forem seus
resultados melhor será a situação financeira da empresa, pois evidencia o quanto esta gerou
de lucro líquido em relação ao seu ativo.
Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL)
Esta Taxa é identificada como a Rentabilidade do ponto de vista dos proprietários, em
outras palavras, seu poder de ganho ou não, visto que ao relacionar o Lucro Líquido com o
Patrimônio Líquido onde ficam registrados os recursos dos proprietários. A partir dessa
análise pode-se verificar a remuneração que foi oferecida ao Capital Próprio da empresa.
QUADRO 14: FÓRMULA DE TAXA DE RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
TRPL= Lucro Líquido
X 100 Patrimônio líquido Médio
Fonte: Adaptado de Silva (2013, p. 247).
A taxa de Retorno do Patrimônio Líquido é essencial quando se trata de sua
lucratividade sobre o patrimônio líquido, pois traz aos acionistas uma análise da própria
empresa com seu respectivo resultado seja ele favorável ou não, dentro dos limites de
investimentos do PL. Tal indicador é importante porque traz os resultados auferidos pela
gestão de recursos próprios e de terceiros, medindo o retorno do investimento para prestar
contas aos acionistas em percentagem. A interpretação dos resultados é expressa no sentido de
31
quanto maior for, melhor para a empresa mostrando se o lucro foi rentável quando levado em
consideração o capital investido.
Giro do Ativo (GA)
O giro do ativo é definido como aquele que relaciona o total das vendas produzidas
com o ativo da empresa, evidenciando quantas vezes o ativo girou naquele período. O valor
encontrado corresponde a um índice de eficiência no uso dos ativos.
QUADRO 15: FÓRMULA DO GIRO DE ATIVO
GA= Vendas Líquidas
Ativo Total Médio
Fonte: Silva (2013, p. 236).
Através desse índice é possível observar a relação existente entre o faturamento líquido da
empresa e o valor de seu ativo total. A interpretação é feita no sentido de quanto maio for o
resultado atingido melhor, indicando o quanto a empresa vendeu para cada R$1,00 de
investimento total.
Margem Bruta (MB)
A margem bruta representa o quanto a empresa adquiriu do retorno das vendas,
subtraindo os custos das mercadorias vendidas e serviços prestados. Esta margem representa o
quanto sobra após diminuir estes custos.
Segundo Bruni (2011, p. 167), esse índice representa a percentagem de cada unidade
monetária de venda que sobrou, após a empresa ter pagado o custo dos seus produtos ou das suas
mercadorias.
QUADRO 16: FÓRMULA DA MARGEM BRUTA
MB= Vendas Bruta
x 100 Vendas Líquidas
Fonte: Adaptado de Braga (2009, p. 178).
Em nível de interpretação, quanto maior for este índice, melhor será a situação
financeira da empresa, visto que, revela que os custos relativos são menores que os produtos
vendidos.
32
Margem Operacional (MO)
O índice MO retrata qual o lucro operacional obtido por uma empresa para cada
unidade de venda realizada
Conforme Bruni (2011, p. 167), esse índice representa a percentagem de cada unidade
monetária de venda que sobrou, após a empresa ter pagado seus produtos e suas despesas
operacionais próprias, desprezando quaisquer despesas financeiras ou imposto de renda.
. QUADRO17: FÓRMULA DA MARGEM OPERACIONAL
MO= Lucro Operacional
x 100 Vendas Líquidas
Fonte: Adaptado de Bruni (2011, p. 168).
Este índice apresenta o resultado antes do desconto do CLSS e IR. Sendo assim, o
valor das vendas desconsidera as despesas operacionais, os custos como também as
devoluções e os impostos. Sua interpretação é feita no sentido que quanto maior melhor, pois
expressa se a empresa conseguiu realizar seus custos de forma que não afetasse o seu
resultado.
Margem Líquida (ML)
A margem líquida transmite informações sobre a lucratividade da empresa sobre as
vendas líquidas, subtraindo todos os custos, despesas e demais impostos incorridos no
período.
QUADRO 18: FÓRMULA DA MARGEM LÍQUIDA
ML= Lucro Líquido
x 100 Vendas Líquidas
Fonte: Bruni (2011, p. 169).
Tal índice indica o quanto a empresa alcançou um confronto entre o lucro líquido e a
venda líquida, o resultado de seu lucro é expresso em cima das vendas já faturadas.
33
2.3.6 Alavancagem Operacional e Financeira
Alavancagem Operacional
A alavancagem operacional serve para indicar o crescimento ou a diminuição do lucro
operacional de acordo com a variação do nível das vendas.
Para Braga (2009, p. 182):
A alavancagem operacional pode ser definida como a capacidade da empresa em
usar custos fixos com a finalidade de maximizar os efeitos das variações nas vendas
em seu lucro, antes de deduzidos os encargos financeiros e o imposto de renda. O
grau de alavancagem operacional também é tomado em função do nível de vendas
usado como base. Quanto mais próximo o nível de vendas (usado como referência)
estiver do ponde de equilíbrio, maior a alavancagem operacional.
QUADRO 19: FÓRMULA DA ALAVANCAGEM OPERACIONAL
GAO= RVT-CDVT
(RVT - CDVT) - CDF
Fonte: Assaf Neto (2010, p. 111).
Sendo: RVT = Receitas de Vendas Totais, CDVT = Custo e Despesas Variáveis
Totais, CDF = Custos e Despesas Fixas.
O índice da alavancagem operacional está relacionada à atividade da empresa, desde a
aquisição de material para compor seu estoque, até o pagamento das obrigações e o
recebimento das vendas.
Alavancagem financeira
A alavancagem financeira busca melhores resultados na comparação realizada entre o
capital de terceiros e o capital próprio, analisando o retorno sobre o patrimônio líquido sobre
variações na estrutura do capital.
Braga (2009, p. 183) diz que:
A análise do grau de alavancagem financeira tem por objetivo avaliar a utilização de
recursos de terceiros para melhoria do retorno do capital próprio aplicado. Assim, o
grau de alavancagem financeira pode ser analisado em função da diferença de taxas
de captação e aplicação de recursos obtidos de terceiros, da influência dessa
diferença no retorno do patrimônio líquido, em função da relação entre as grandezas
desses recursos de terceiros e os próprios, do aumento ou redução do retorno do
patrimônio líquido e do percentual desse acréscimo ou decréscimo sobre o que se
teria de retorno ou ausência de dívidas.
34
QUADRO 20: FÓRMULA DA ALAVANCAGEM FINANCEIRA
GAF= LLE ÷ PLM
( LLE + DF ) ÷ ATM
Fonte: Adaptado Braga (2009, p. 183).
Sendo: LLE = Lucro Líquido do Exercício, PLM = Patrimônio Líquido Médio, DF =
Despesas Financeiras, ATM = Ativo Total Médio.
Quando se interpreta o grau de alavancagem financeira de uma empresa e os
resultados obtidos forem superior a um (GAF > 1), significa que o uso do capital de terceiros
aumenta a rentabilidade do capital próprio, quando o resultado do grau de alavancagem
financeira for igual a um (GAF = 1), a utilização de capital de terceiros não altera a
rentabilidade do capital próprio e quando o grau de alavancagem financeira for inferior a um
(GAF < 1), a utilização do capital de terceiros diminui a rentabilidade do capital próprio.
Alavancagem Total (GAF) – Efeito combinado do GAO e do GAF
A alavancagem operacional realiza uma variação no volume de vendas enquanto que a
alavancagem financeira faz variações nas ações para se conhecer o percentual sobre os lucros
dos sócios ou acionistas.
Conforme Assaf Neto (2010, p. 116), o efeito combinado da alavancagem operacional
com a alavancagem financeira permite que se avalie, ao mesmo tempo, a repercussão que uma
alteração no volume de vendas promove sobre o resultado operacional e líquido.
QUADRO 21: FÓRMULA DA ALAVANCAGEM TOTAL
GAT = GAO X GAF
Fonte: Assaf Neto (2010, p. 116).
Sendo: GAT = Grau de Alavancagem Total, GAO = Grau de Alavancagem
Operacional, GAF = Grau de Alavancagem Financeira.
Para fins de interpretação, o GAT é feito no sentido de que quando o grau de
alavancagem total for maior que 1 (GAT > 1) há indicação de que a empresa analisada tem
capacidade de alavancagem total. Ainda de acordo como o entendimento sobre o GAT,
qualquer que seja a variação no volume de atividade provocará uma mudança proporcional
nos resultados líquidos dos empresários.
35
2.3.7 Ponto de Equilíbrio
Ponto de Equilíbrio Contábil (PE)
Para obter o Ponto de Equilíbrio Contábil é necessário fazer uma relação da soma de
todos os custos com as despesas fixas de determinado período, em relação à margem de
contribuição unitária, o mesmo ponto de equilíbrio será quem determinará a quantidade
mínima de produto a ser produzido e vendido para que a empresa tenha equilíbrio contábil, ou
seja, o ponto nulo da mesma que é aquele valor mínimo que ela tem que ter de lucro para
suprir seus custos e despesas e se manter.
QUADRO22: FÓRMULA DO PONTO DE EQUILÍBRIO
PE = CF ÷ 1 - ( CV ÷ RT )
Fonte: Adaptado Silva (2013, p. 548).
Sendo: PE = Ponto de Equilíbrio Contábil, CF = Custos Fixos, CV = Custos Variáveis,
RT = Receita Total.
O ponto de equilíbrio demonstra através da aplicação de valor, necessário para que a
empresa tenha um lucro no fim do exercício através de suas compras de mercadorias.
GRÁFICO 2 - PONTO DE EQUILÍBRIO
Fonte: Fonte: Adaptado de Silva (2013, p. 550).
A análise do gráfico é de grande importância para as tomadas de decisões da empresa.
Quando o ponto de equilíbrio for igual a zero significa que sua receita total foi igual aos
custos fixos e variáveis, quando sua receita for maior que os custos fixos e variáveis podemos
36
dizer que obteve lucro no período e quando sua receita total for menor que os custos fixos e
variáveis isso acarretará em um prejuízo.
2.3.8 Fator de Insolvência
Modelo de Kanitz
QUADRO23: FÓRMULA DO FATOR DE INSOLVÊNCIA – KANITZ
FI = 0,05X1 + 1,65X2 + 3,55X3 + 1,06X4 +0,33X5
Fonte: Silva (1998, p. 285).
Sendo:
FI = Fator de Insolvência
X₁ =
Lucro Líquido x 0,05
Patrimônio Líquido
x₂ =
(Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) x 1,65
Exigível Total
x₃=
(Ativo Circulante - Estoques) x 3,55
Passivo Circulante
x₄ =
Ativo Circulante x 1,06
Passivo Circulante
x₅ =
Exigível Total x 0,33
Patrimônio Líquido
Este modelo foi apresentado por Kanitz e fala sobre os resultados aplicados nas
empresas para que se tenha uma ideia se haveria chances dessas empresas se manterem no
mercado, ou se as mesmas estavam em estado de falência. Para facilitar o entendimento, o
autor fez uma escala chamada de Termômetro de Insolvência que indica três situações
diferentes: Solvência, Penumbra e Insolvente, como expõe o gráfico da figura a baixo.
37
FIGURA 1- TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA (MODELO DE KANITZ)
Fonte: Adaptado de Marion (2012, p. 184)
Este modelo de Kanitz trouxe valores de 0 a 7 positivo e de 0 a -7 negativo em seu
termômetro, que também ficou conhecido como termômetro de insolvência. O balanço
realizado nas empresas procura para saber sua situação dentro dos seus resultados, aplicam-se
através da medição do termômetro que leva em sua configuração o termo solvente, penumbra
e insolvência. Para que se tenha a pontuação de acordo com os cálculos realizados, as
empresas devem enquadrar-se na perspectiva coluna que o índice trouxer dando assim sua
característica perante o termômetro e obter uma visão de como está a empresa perante os
resultados.
Os valores positivos do termômetro de Insolvência de Kanitz indicam que a empresa
teve uma situação boa ou solvente e tem menos riscos de entrar em falência; caso seja menor
que -3 a empresa encontra-se em uma situação ruim ou insolvente, que poderá fazer com que
a empresa vá a falência, se o intervalo for entre 0 e -3 é chamado de penumbra, mostrando
uma área em que o fator de insolvência não é suficiente para analisar a situação da empresa,
mas necessita de cuidados maiores.
Modelo de Elizabetsky
O modelo discriminante de previsão de insolvência desenvolvido por Elizabetsky foi
criado com o objetivo de padronizar o processo de avaliação e concessão de crédito a clientes.
38
De acordo com Silva (1998, p. 287) “em 1976, Roberto Elizabetsky, preocupado com
a subjetividade na aprovação de crédito por parte das instituições de crédito, desenvolveu um
modelo de indicador de falência com base na análise estatística discriminante”.
QUADRO24: FÓRMULA DO FATOR DE INSOLVÊNCIA – ELIZABETSKY
Z=1,93(𝑋32)−0,20(𝑋3)3+1,02(𝑋35)+1,33(𝑋36)−1,12(𝑋37)
Fonte: Adaptado Silva (1998, p. 287).
Sendo:
Z = Total ou escore de pontos obtidos
X₁ =
Lucros Líquidos X 1,93
Vendas
X₂ = Disponível
X 1,02 Ativo Permanente
X₃ = Contas a Receber
X 1,02 Ativo Total
X₄ = Estoques
X 1,33 Ativo Total
X = Passivo Circulante
X 1,12 Ativo Total
O termômetro de Elizabetsky mostra que para definir o estado de solvência ou
insolvência, ele usa suas características como a letra Z e 0,5 como ponto inicial para os dois
estados. Este modelo não tem um valor que defina algum estado diferente dos dois aplicados
no termômetro. Segundo tal modelo, o ponto crítico é 0,5. Acima desse valor a empresa estará
solvente; abaixo disto; insolvente. O modelo de Elizabetsky pode ser representado pelo
termômetro expresso na figura a baixo.
39
FIGURA 2: TERMÔMETRO INSOLVÊNCIA – MODELO DE ELIZABETSKY
Fonte: Bezerra (2015).
Assim como o modelo de Kanitz, o modelo de Elizabetsky, resulta em um fator de
insolvência que deve ser comparado como termômetro, para que se tenha uma melhor análise,
obedecendo sempre às escalas de variações. O fator de Insolvência de Elisabetsky é
representado pela variável Z, que sendo maior que 0,5 significa que a empresa é capaz de
honrar seus compromissos, sendo ela solvente, se o fator de insolvência for igual a 0,5
significa que a empresa está em ponto crítico e, quando Z for inferior a 0,5 indica que a
empresa é insolvente, quando isso ocorre demonstra que ela está passando por problemas
financeiros que a empresa poderá ir à falência.
2.3.9 Análise Dinâmica de Capital de Giro
Capital circulante líquido (CCL)
Assaf Neto (2010, p. 143) Diz que “o conceito de capital circulante líquido apresenta-
se mais claramente identificado com o excedente das aplicações em curto prazo (em ativo
circulante) em relação às captações de recursos processados também a curto prazo (passivo
circulante)”.
Deste modo, o cálculo do capital circulante líquido se dá através da seguinte forma:
40
QUADRO 25: FÓRMULA DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
Capital Circulante Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Fonte: Assaf Neto (2010, p. 143)
Uma empresa com um CCL negativo é possível de ser encontrada, porém com boa
liquidez que é o caso de que algumas empresas compram a prazo e vendem à vista, mesmo
tenha um prazo superior ao de rotação do estoque. Entretanto, é possível ocorrer um CCL
positivo com dificuldades financeiras, vai depender da incompatibilidade dos prazos de
realização do ativo circulante diante de suas obrigações de curto prazo.
A partir da interpretação do capital circulante líquido, caso o ativo circulante seja
maior que o passivo circulante, há um capital circulante líquido próprio. (AC < PC =CCL
Próprio), ou seja, existem recursos permanentes de financiamento aplicado no Ativo
Circulante, o que surge a folga financeira da empresa; caso o ativo circulante seja igual ao
passivo circulante, existe um capital circulante líquido nulo (AC = PC = CCL Nulo), portanto
não há folga financeira da empresa, podendo ocorrer da empresa estar vivendo em
desestrutura financeira associada a necessidade de ter um pequeno investimento em giro, e,
caso o ativo circulante for menor do que o passivo circulante, existe um capital circulante
líquido negativo ou de terceiros (AC < PC = CCL Negativo).
Investimento Operacional em Giro (IOG) ou Necessidade de Capital de
Giro (NCG)
O NCG é um indicador que evidencia o equilíbrio financeiro da empresa, bem como
as fontes de financiamento de capital. Este índice auxilia a empresa a se programar para que
sua atividade não venha a ser paralisadas por falta de recurso.
QUADRO 26 - FÓRMULA DA NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO
Fonte: Adaptada de Matarazzo (2010, p. 284)
Sendo: NCG = Necessidade de capital de giro.
NCG = Ativo Circulante Operacional - Passivo Circulante Operacional
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Segundo Matarazzo (2010), as situações em que o NCG for maior do que zero, a
empresa necessita encontrar fontes adequadas para realizar financiamentos, quando o NCG
for igual a zero não será necessário que aja financiamentos e quando o NCG for menor do que
zero, significa que o financiamento operacional ultrapassa o seu investimento.
Saldo de Tesouraria (ST) ou Saldo Disponível (SD)
O acompanhamento da evolução do saldo em tesouraria de uma empresa é uma
importante função da gerência financeira a fim de evitar que o mesmo permaneça sempre
negativo e crescente. Em sua maioria as empresas que operam com saldo em
tesouraria crescente negativo, traz uma estrutura financeira imprópria, mostrando
uma dependência excessiva de empréstimos de curto prazo, o que poderá levar a empresa a
estado de insolência. De forma geral, tais empresas enfrentam muitas dificuldades para obter
seus empréstimos de curto prazo quando os bancos, por algum motivo, se recusam a renová-
los.
Por meio do saldo de tesouraria pode-se conhecer o grau de utilização de recursos de
terceiros de curto prazo por parte da empresa para financiar as necessidades líquidas de
capital de giro. Quando o saldo for positivo entende-se que a organização possui folga
financeira, que a empresa possui recursos financeiros aplicados a curto prazo. Sendo o saldo
negativo significa que os recursos financeiros de curto prazo estão financiando as atividades
operacionais da empresa, visto que o saldo em tesouraria pode evidenciar o grau de adequação
da política financeira empregada pela gestão administração.
QUADRO 27: FÓRMULA DO SALDO DE TESOURARIA
SD = ACF -PCF
Fonte: Adaptado de Assaf Neto (2010, p. 185)
Sendo: SD = Saldo de Disponível, CF = Ativo Circulante Financeiro, PCF = Ativo
Circulante Cíclico.
Para Silva (2005, p. 424):
Quando trabalhamos com as contas que compõem o IOG e o CPL, restam no
balanço apenas o ACF e o PCF, que compõem o que vamos chamar de Saldo
em Tesouraria (T). Daí o T pode ser obtido tanto pela diferença entre CPL e
IOG, quanto pela diferença entre ACF e PCF.
42
O ativo circulante financeiro compreende as disponibilidades, aplicações financeiras,
depósitos e entre outros. O passivo circulante financeiro por sua vez corresponde aos
empréstimos bancários em outro prazo, dividendos, duplicatas descontadas, etc. Sendo assim,
os valores circulantes que não se caracterizam como cíclicos, são tidos como financeiros, por
não se vincularem diretamente com a atividade operacional da entidade.
43
3 METODOLOGIA
3.1 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA
Inicialmente, os procedimentos que esta pesquisa utilizará serão: bibliográfico e
documental, onde foram baseadas em livros, artigos, leis, sítios eletrônicos, artigos científicos
e as demonstrações contábeis da empresa, com o objetivo de coletar material científico que
desse suporte ao trabalho.
De acordo com Gil (2010, p. 30):
A pesquisa documental é utilizada em praticamente todas as ciências sociais e
constitui um dos delineamentos mais importantes no campo da história e da
economia. Como delineamento, apresenta muitos pontos de semelhança com a
pesquisa bibliográfica, posto que nas duas modalidades utilizam-se dados já
existentes. A diferença está na natureza das fontes. A pesquisa bibliográfica
fundamenta-se em material elaborado por autores com o propósito específico de ser
lido por públicos específicos. Já a pesquisa documental vale-se de toda sorte de
documentos, elaborado com finalidades diversas, tais como assentamento,
autorização, comunicação, etc [...].
A pesquisa é classificada de natureza básica, segundo Gil (2010, p. 27), “a pesquisa
básica é destinada unicamente a ampliação do conhecimento”. Ela será abordada de forma
quantitativa, onde serão calculados todos os índices da empresa; e qualitativa, onde os índices
calculados serão analisados e interpretados para emitir um parecer sobre a situação econômica
e financeira da empresa.
Quanto aos objetivos trata-se de uma pesquisa de classificação explicativa, uma vez
que, de acordo com Gil (2010, p. 28) “tem como propósito identificar fatores que determinam
ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Estas pesquisas são as que mais aprofundam
o conhecimento da realidade, pois têm como finalidade explicar a razão, o porquê das coisas”.
A pesquisa explicativa exige um investimento maior em síntese, teorização e reflexão
a partir do objeto em estudo. A mesma busca identifica os fatores que contribuem para a
ocorrência dos fenômenos ou as variáveis que afetam o processo, explicando o porquê de
certas coisas e acontecimentos.
3.2 O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO
A pesquisa será realizada no Supermercado Pyetro, situado na Rua Justino Dantas, nº
143, Centro, São José do Seridó-RN, cujos sujeitos serão as Demonstrações Contábeis, o
Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, a serem usados como base
44
de estudo para esse projeto. O período a ser estudado são os últimos três anos (2013, 2014 e
2015).
3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS
Os instrumentos de onde serão obtidos os dados para serem analisados são o Balanço
Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) dos últimos três anos
(2013, 2014 e 2015), para colher informações referentes à situação econômica e financeira da
empresa em estudo.
3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Concluídos a coleta de dados iremos transformar estes em informações que sejam
claras para que possam ser entendidas pelo empresário, usuários e quem mais possa se
interessar.
As Demonstrações Contábeis utilizadas serão: as análise vertical e horizontal, índices
de liquidez, índices de endividamento, índices de atividades de prazos médios, índices de
rentabilidade / lucratividade, alavancagem operacional e financeira, ponto de equilíbrio, fator
de insolvência de Kanitz e Eizabetsky, análise dinâmica de capital de giro, serão utilizadas
fórmulas (equações) nas demonstrações, com base nos autores estudados, onde será feito o
cruzamento e a análise das informações fornecidas no balanço Patrimonial e na Demonstração
do Resultado do Exercício. Com os resultados obtidos, será apresentado um parecer com a
situação econômica e financeira da empresa em estudo.
45
4 ESTUDO DE CASO
4.1 PERFIL DA EMPRESA
O estudo de caso foi realizado no Supermercado Pyetro de razão social Paulo Marcio
de Medeiros ME, filiado à Rede Seridó de Supermercados, situado na Rua Justino Dantas,
143, Bairro Centro, no município de São José do Seridó, Estado do Rio Grande do Norte.
Essa empresa foi fundada no dia 06/02/1995 devidamente registrada na Junta Comercial do
Rio Grande do Norte (JUCERN), com CNPJ 70.319.876/0001-80, sendo sua atividade
principal comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos
alimentícios supermercado.
Seu capital social é de R$ 121.000,00 e possui como único sócio o proprietário Paulo
Marcio de Medeiros. O supermercado tem um quadro total de 16 funcionários, distribuídos
nos cargos de repositor de mercadorias, entregador, açougueiro, padeiro, gerente, auxiliar
administrativo e caixa. A empresa pertence ao regime de tributação do lucro real.
46
Paulo Marcio de Medeiros - ME
CNPJ: 70.319.876/0001-80
TABELA 1- BALANÇO PATRIMONIAL– ATIVO
Ativo 2013 2014 2015
Circulante 715.960,07 508.090,63 449.961,02
Caixa 295.075,09 34.359,24 65.514,72
Bancos c/ Movimento 11.359,55 3.389,23 782,99
Aplicações Financeiras 3.207,57 - -
Clientes 9.901,83 44.256,71 6.335,58
Créditos 57.053,45 22.536,91 12.515,91
Estoques 339.362,58 403.548,54 364.811,82
Não Circulante 779.041,19 826.447,59 826.447,59
Imobilizado 779.041,19 826.447,59 826.447,59
Bens em Operação 532.082,02 545.388,42 545.388,42
Imobilizado em Andamento 320.600,28 354.700,28 354.700,28
Edifícios e Construções 74.000,00 74.000,00 74.000,00
(-) Depreciação acum. Mov. e
Utensílios -6.511,97 -6.511,97 -6.511,97
Equipamentos, Máquinas e
Instalações industriais 13268,21 13.268,21 13.268,21
Equipamentos 372.262,26 385.568,66 385.568,66
(-) Depreciação acum. Máquinas
e Equipamentos -56.522,31 -56.522,31 -56.522,31
Computadores e periféricos 386,70 386,70 386,70
(-) Depreciação acum. Comput. e
Periféricos -148,96 -148,96 -148,96
Câmara Fria 72.164,85 72.164,85 72.164,85
(-) Depreciação acum. Câmara
Fria -10.457,87 -10.457,87 -10.457,87
TOTAL DO ATIVO 1.495.001,26 1.334.538,22 1.276.408,61 Fonte: Balanço Patrimonial da empresa Adaptado autoria própria 2016.
47
Paulo Marcio de Medeiros - ME
CNPJ: 70.319.876/0001-80
TABELA 2 - BALANÇO PATRIMONIAL – PASSIVO
Passivo 2013 2014 2015
Circulante 1.132.037,53 1.334.538,22 866.735,18
Fornecedores 305.155,06 133.332,15 167.181,63
Obrigações Trabalhistas,
Previdenciárias e Fiscais 18.892,30 74.391,96 122.011,26
INSS a recolher 5.129,38 39.328,47 101.337,79
FGTS a recolher 1.339,66 1.694,60 1.876,55
INSS a recolher obra 485,40 - -
ICMS a recolher - 9.124,03 6.732,81
PIS a recolher 373,68 1.210,29 807,76
COFINS a recolher 449,67 4.609,29 2.737,93
IRPJ a recolher 4.271,10 12.417,53 5.670,95
CSLL a recolher 2.562,66 4.609,13 1.024,41
IRRF a recolher 33,25 55,84 50,53
ICMS Substituído - Entradas - - 338,69
ICMS Antecipado a recolher 4.247,50 1.342,78 1.433,84
Empréstimo e Financiamento 807.990,17 750.562,85 577.542,29
Financiamento a curto prazo 807.990,17 750.562,85 577.542,29
Passivo Não Circulante 100.000,00 100.000,00 100.000,00
Empréstimo e Financiamento 100.000,00 100.000,00 100.000,00
Patrimônio Líquido 262.963,73 276.251,26 309.673,43
Capital Realizado 121.000,00 121.000,00 121.000,00
Capital Social 121.000,00 121.000,00 121.000,00
Outras contas 141.963,73 155.251,26 188.673,43
Lucros Acumulados 141.963,73 155.251,26 204.616,30
(-) Prejuízos Acumulados - - -15.942,87
TOTAL DO PASSIVO 1.495.001,26 1.334.538,22 1.276.408,61 Fonte: Balanço Patrimonial da empresa Adaptado autoria própria 2016.
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Paulo Marcio de Medeiros - ME
CNPJ: 70.319.876/0001-80
TABELA 3 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Contas 2013 2014 2015
REC. BRUTA
OPERACIONAL 3.256.308,07 3.516.995,94 3.475.568,43
(-) DEDUÇÕES -405.431,74 -432.398,44 -403.920,07
(-) ICMS s/vendas -257.311,73 -298.226,89 -300.654,80
(-) PIS s/ vendas -24.608,42 -22.413,66 -18.829,73
(-) Confins s/vendas -115.316,70 -103.276,65 -73.257,38
(-) Vendas canceladas -8.194,89 -8.481,24 -11.178,16
OUTRAS
REC.OPERACIONAIS 14.865,82 3.026,12 5.805,74
Descontos obtidos 1.466,92 1.770,17 933,85
Comissões 7.235,12 - -
Bonificações/Prêmios 4.878,66 1.233,38 4.871,89
Rend. Aplicação Financeira 985,12 22,57 -
(=) Receita Líquida 2.865.742,15 3.087.623,62 3.077.454,10
(-) CMV -2.002.435,54 -2.212.300,55 -2.223.486,27
Compras de mercadorias 2.558.585,13 2.627.119,55 2.501.650,71
(-) ICMS s/compras -189.263,12 -206.705,17 -199.458,33
(-) Confins s/compras -84.099,11 -52.169,40 -54.293,42
(-) PIS s/compras -18.095,31 -17.837,59 -14.707,79
(-) Devolução de compras -47.505,26 -16.079,12 -11.509,30
Estoque Inicial 681.130,97 1.410.280,94 1.350.939,20
(-) Estoque Final -868.967,17 -1.474.466,90 -1.312.202,48
(-) Quebra/avaria produtos -19.394,72 - 16.664,37 -24.300,57
(-) Consumo interno -9.955,87 -11.176,99 -12.631,75
(=) Lucro Operacional Bruto 863.306,61 875.323,07 853.967,83
(-) Despesas Operacionais - 598.497,80 -655.814,09 -667.927,63
(-) Desp. c/ Pessoal -149.455,39 -197.664,43 -223.711,03
(-) Despesas Administrativas -36.000,00 -36.000,00 -36.000,00
(-) Encargos Sociais - 60.336,53 -77.960,23 -86.872,68
(-) Prestação de serviços –PJ -12.497,94 -14.160,22 -14.855,44
(-) Despesas gerais e adm. -267.157,84 -242.035,55 -252.097,99
(-) Desp. Manutenção de bens - 73.740,10 -87.993,66 -54.390,49
(-) Despesas Tributárias -24.498,73 -9.465,71 -27.130,89
(-) Despesas Financeiras -50.613,74 -83.831,94- -109.898,37
(=) Result. ant. da CSLL e IR 189.696,34 126.211,33 49.010,94
(-) CSLL -17.072,67 -12.056,72 -5.845,86
(-) IR -28.578,78 -20.867,08 -9.743,10
(=) Lucro Líquido do Exercício 144.044,89 93.287,53 33.421,98 Fonte: Balanço Patrimonial da empresa Adaptado autoria própria 2016.
49
Paulo Marcio de Medeiros - ME
CNPJ: 70.319.876/0001-80
TABELA 4 - ANÁLISES VERTICAIS E HORIZONTAIS – ATIVO
ATIVO 2013 AV% AH% 2014 AV% AH% 2015 AV% AH%
Circulante 715.960,07 47,89 100 508.090,63 38,07 70,97 449.961,02 35,25 88,56
Caixa 295.075,09 19,74 100 34.359,24 2,57 11,64 65.514,72 5,13 190,7
Bancos c/ Movimento 11.359,55 0,76 100 3.389,23 0,25 29,84 782,99 0,06 23,1
Aplicações Financeiras 3.207,57 0,21 100 - - - - - -
Clientes 9.901,83 0,66 100 44.256,71 3,32 446,95 6.335,58 0,5 14,32
Créditos 57.053,45 3,82 100 22.536,91 1,69 39,5 12.515,91 0,98 55,54
Estoques 339.362,58 22,7 100 403.548,54 30,24 118,91 364.811,82 28,58 90,4
Não Circulante 779.041,19 52,11 100 826.447,59 61,93 106,09 826.447,59 64,75 100
Imobilizado 779.041,19 52,11 100 826.447,59 61,93 106,09 826.447,59 64,75 100
Bens em Operação 532.082,02 35,59 100 545.388,42 40,87 102,5 545.388,42 42,73 100
Imobilizado em
Andamento 320.600,28 21,44 100 354.700,28 26,58 110,64 354.700,28 27,79 100
Edifícios e Construções 74.000,00 4,95 100 74.000,00 5,54 100 74.000,00 5,8 100
(-) Depreciação acum.
Mov. e Utensílios -6.511,97 -0,44 100 -6.511,97 -0,49 100 -6.511,97 -0,51 100
Equipamentos,
Máquinas e Instalações
industriais 13268,21 0,89 100 13.268,21 0,99 100 13.268,21 1,04 100
Equipamentos 372.262,26 24,9 100 385.568,66 28,89 103,57 385.568,66 30,21 100
(-) Depreciação acum.
Máquinas e
Equipamentos -56.522,31 -3,78 100 -56.522,31 -4,24 100 -56.522,31 -4,43 100
Computadores e
periféricos 386,7 0,03 100 386,7 0,03 100 386,7 0,03 100
(-) Depreciação acum.
Comput. e Periféricos -148,96 -0,01 100 -148,96 -0,01 100 -148,96 -0,01 100
Câmara Fria 72.164,85 4,83 100 72.164,85 5,41 100 72.164,85 5,65 100
(-) Depreciação acum.
Câmara Fria -10.457,87 -0,7 100 -10.457,87 -0,78 100 -10.457,87 -0,82 100
TOTAL 1.495.001,26 100 100 1.334.538,22 100 89,27 1.276.408,61 100 95,64 Fonte: Balanço Patrimonial da empresa Adaptado autoria própria 2016.
50
Paulo Marcio de Medeiros - ME
CNPJ: 70.319.876/0001-80
TABELA 5 - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL – PASSIVO
PASSIVO 2013 AV% AH% 2014 AV% AH% 2015 AV% AH%
Circulante 1.132.037,53 75,72 100 958.286,96 71,81 84,65 866.735,18 67,9 90,45
Fornecedores 305.155,06 20,41 100 133.332,15 9,99 43,69 167.181,63 13,1 125,4
Obrigações
Trabalhistas,
Previdenciárias e
Fiscais 18.892,30 1,26 100 74.391,96 5,57 393,77 122.011,26 9,56 164
INSS a recolher 5.129,38 0,34 100 39.328,47 2,95 766,73 101.337,79 7,94 257,7
FGTS a recolher 1.339,66 0,09 100 1.694,60 0,13 126,49 1.876,55 0,15 110,7
INSS a recolher obra 485,4 0,03 100 - - - - - -
ICMS a recolher - 100 9.124,03 0,68 6.732,81 0,53 73,79
PIS a recolher 373,68 0,02 100 1.210,29 0,09 323,88 807,76 0,06 66,74
COFINS a recolher 449,67 0,03 100 4.609,29 0,35 1025 2.737,93 0,21 59,4
IRPJ a recolher 4.271,10 0,29 100 12.417,53 0,93 290,73 5.670,95 0,44 45,67
CSLL a recolher 2.562,66 0,17 100 4.609,13 0,35 179,86 1.024,41 0,08 22,23
IRRF a recolher 33,25 0,00 100 55,84 0,00 167,94 50,53 0,00 90,49
ICMS Substituído-
Entrada -
- 338,69 0,03
ICMS Antecipado a
recolher 4.247,50 0,28 100 1.342,78 0,1 31,61 1.433,84 0,11 106,8
Empréstimo e
Financiamento 807.990,17 54,05 100 750.562,85 56,24 92,89 577.542,29 45,25 76,95
Financiamento a curto
prazo 807.990,17 54,05 100 750.562,85 56,24 92,89 577.542,29 45,25 76,95
Passivo Não Circulante 100.000,00 6,69 100 100.000,00 7,49 100 100.000,00 7,83 100
Empréstimo e
Financiamento 100.000,00 6,69 100 100.000,00 7,49 100 100.000,00 7,83 100
Patrimônio Líquido 262.963,73 17,59 100 276.251,26 20,7 105,05 309.673,43 24,26 112,1
Capital Realizado 121.000,00 8,09 100 121.000,00 9,07 100 121.000,00 9,48 100
Capital Social 121.000,00 8,09 100 121.000,00 9,07 100 121.000,00 9,48 100
Outras contas 141.963,73 9,5 100 155.251,26 11,63 109,36 188.673,43 14,78 121,5
Lucros Acumulados 141.963,73 9,5 100 155.251,26 11,63 109,36 204.616,30 16,03 131,8
(-) Prejuízos
Acumulados -
- -15.942,87 -1,25
TOTAL 1.495.001,26 100 100 1.334.538,22 100 89,27 1.276.408,61 100 95,64 Fonte: Balanço Patrimonial da empresa Adaptado autoria própria 2016.
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Paulo Marcio de Medeiros - ME
CNPJ: 70.319.876/0001-80
TABELA 6 - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL – DRE
CONTAS 2013 AV% AH% 2014 AV% AH% 2015 AV% AH%
REC. BRUTA
OPERACIONAL 3.256.308,07 100,00 100 3.516.995,94 100,00 108,01
3.475.568,43 100,00 98,82
(-) DEDUÇÕES -405.431,74 -12,45 100 -432.398,44 -12,29 106,65 - 403.920,07 -11,62 93,41
(-) ICMS s/vendas -257.311,73 -7,90 100 -298.226,89 -8,48 115,90 -300.654,80 -8,65 100,81
(-) PIS s/ vendas -24.608,42 -0,76 100 -22.413,66 -0,64 91,08 -18.829,73 -0,54 84,01
(-) Confins
s/vendas -115.316,70 -3,54 100 -103.276,65 -2,94 89,56 -73.257,38 -2,11 70,93
(-) Vendas
canceladas -8.194,89 -0,25 100 -8.481,24 -0,24 103,49 -11.178,16 -0,32 131,80
OUTRAS
REC.OPERACIO
NAIS 14.865,82 0,46 100 3.026,12 0,09 20,36
5.805,74 0,17 191,85
Descontos obtidos 1.466,92 0,05 100 1.770,17 0,05 120,67 933,85 0,03 52,75
Comissões 7.235,12 0,22 100 - -
Bonificações/Prêm
ios 4.878,66 0,15 100 1.233,38 0,04 25,28 4.871,89 0,14 395,00
Rend. Aplicação
Financeira 985,12 0,03 100 22,57 0,00 2,29 -
(=) Receita
Líquida 2.865.742,15 88,01 100 3.087.623,62 87,79 107,74
3.077.454,10 88,55 99,67
(-) CMV -2.002.435,54 -61,49 100 -2.212.300,55 -62,90 110,48 -2.223.486,27 -63,97 100,51
Compras de
mercadorias 2.558.585,13 78,57 100 2.627.119,55 74,70 102,68
2.501.650,71 71,98 95,22
(-) ICMS
s/compras -189.263,12 -5,81 100 -206.705,17 -5,88 109,22 -199.458,33 -5,74 96,49
(-) Confins
s/compras -84.099,11 -2,58 100 -52.169,40 -1,48 62,03 -54.293,42 -1,56 104,07
(-) PIS s/compras -18.095,31 -0,56 100 -17.837,59 -0,51 98,58 -4.707,79 -0,42 82,45
(-) Devolução de
compras -47.505,26 -1,46 100 -16.079,12 -0,46 33,85 - 11.509,30 -0,33 71,58
Estoque Inicial 681.130,97 20,92 100 1.410.280,94 40,10 207,05 1.350.939,20 38,87 95,79
(-) Estoque Final -868.967,17 -26,69 100 -1.474.466,90 -41,92 169,68 -1.312.202,48 -37,76 89,00
(-) Quebra/avaria
produtos -19.394,72 -0,60 100 - 16.664,37 -0,47 85,92 -4.300,57 -0,70 145,82
(-) Consumo
interno -9.955,87 -0,31 100 -11.176,99 -0,32 112,27 -12.631,75 -0,36 113,02
(=) Lucro
Operacional
Bruto 863.306,61 26,51 100 875.323,07 24,89 101,39
853.967,83 24,57 97,56
(-)Despesas
Operacionais - 598.497,80 -18,38 100 -655.814,09 -18,65 109,58 -67.927,63 -19,22 101,85
(-) Desp. c/
Pessoal -149.455,39 -4,59 100 -197.664,43 -5,62 132,26 -223.711,03 -6,44 113,18
(-) Despesas
Administrativas -36.000,00 -1,11 100 -36.000,00 -1,02 100,00 -6.000,00 -1,04 100,00
(-) Encargos
Sociais 60.336,53 1,85 100 77.960,23 2,22 129,21 86.872,68 2,50 111,43
52
(-) Prestação de
serviços –PJ -12.497,94 -0,38 100 -14.160,22 -0,40 113,30 -14.855,44 -0,43 104,91
(-) Despesas
gerais e adm. -267.157,84 -8,20 100 -242.035,55 -6,88 90,60 -252.097,99 -7,25 104,16
(-) Desp.
Manutenção de
bens - 73.740,10 -2,26 100 -87.993,66 -2,50 119,33 -54.390,49 -1,56 61,81
(-) Despesas
Tributárias -24.498,73 -0,75 100 -9.465,71 -0,27 38,64 -7.130,89 -0,78 286,62
(-) Despesas
Financeiras -50.613,74 -1,55 100 -83.831,94- -2,38 165,63 -109.898,37 -3,16 131,09
(=) Result. ant. da
CSLL e IR 189.696,34
5,83 100 126.211,33
3,59 66,53 49.010,94
1,41 38,83
(-) CSLL -17.072,67 -0,52 100 -12.056,72 -0,34 70,62 -5.845,86 -0,17 48,49
(-) IR -28.578,78 -0,88 100 -20.867,08 -0,59 73,02 -9.743,10 -0,28 46,69
(=) Lucro Líquido
do Exercício 144.044,89 4,42 100 93.287,53 2,65 64,76 33.421,98 0,96 35,83 Fonte: Balanço Patrimonial da empresa Adaptado autoria própria 2016.
Análise Vertical
GRÁFICO 3 - ANÁLISE VERTICAL DO BP – ATIVO
Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
A análise vertical do balanço patrimonial apresenta a composição do ativo total
dividido em circulante e não circulante. Podemos constatar que os valores estão concentrados
em maior parte no ativo não circulante com os percentuais de 52,11% em 2013, em 2014 com
61,93% e atingiu em 2015 o percentual de 64,75%. Nesses anos a concentração do ativo não
circulante se faz com a conta do Imobilizado onde a empresa tem aumentado os seus bens,
principalmente na conta de equipamentos que é responsável por 24,90% do ativo total.
O ativo circulante vem com uma redução com o decorrer dos anos, como mostra os
índices de 2013 que tinha 47,89%, em 2014 reduziu para 38,07% e 2015 reduziu ainda mais
100
47,89 52,11
100
38,07
61,93
100
35,25
64,75
0
20
40
60
80
100
120
Ativo Total Ativo Circulante Ativo Não Circulante
2013 2014 2015
53
para 35,25%. Com isso a empresa vem reduzindo sua capacidade de pagar suas contas em
curto prazo.
GRÁFICO 4 - ANÁLISE VERTICAL DO BP – PASSIVO
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
A análise vertical do Balanço Patrimonial irá evidenciar a composição do passivo
(circulante e não circulante) e patrimônio líquido em relação ao passivo total. De acordo com
os resultados, a empresa apresenta elevado índice no passivo circulante onde tem em 2013 um
percentual de 75,72%, em 2014 teve uma pequena redução para 71,81% em 2015 também
vem com uma redução para 67,90%. Esses índices elevados se devem em parte a conta
empréstimo e financiamento que é em curto prazo que em 2013 era 54,05% do passivo
circulante, em 2014 a 56,24% do passivo circulante e em 2015 com uma redução para 45,35%
do passivo circulante. O passivo não circulante vem se mantendo estável nesses três anos,
com um pequeno aumento no percentual em relação ao passivo total onde vemos em 2013 um
percentual de 6,69%, em 2014 de 7,49% e em 2015 com 7,83%, o passivo não circulante vem
com uma conta de longo prazo de empréstimos e financiamento no valor de R$ 100.000,00
nos três anos. O patrimônio líquido vem aumentando gradativamente em 2013 com 17,59%,
2014 com 20,7% e em 2015 com 24,26%. Em 2015 mesmo com um prejuízo no primeiro
semestre de -15.942,87, porém, conseguiu se recuperar no segundo semestre.
100
75,72
6,69 17,59
100
71,81
7,49
20,7
100
67,9
7,83
24,26
0
20
40
60
80
100
120
PassivoTotal Pssivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Liquido
2013 2014 2015
54
GRÁFICO 5 - ANÁLISE VERTICAL – DRE
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
A análise vertical da DRE apresenta uma receita líquida em 2013 com um percentual
de 88,01%, em 2014 com 87,79% e em 2015 com 88,55%. Com o aumento do CMV no ano
de 2013 de 61,49%, em 2014 62,90% e em 2015 subiu para 63,97%, isso fez com que o lucro
bruto tivesse uma redução nesses anos. Com isso o lucro bruto apresentou um percentual de
26,51% em 2013, com uma redução para 24,89% em 2014 e uma redução menor em 2015
para 24,57% onde as despesas operacionais tem maior participação com os índices de 18,38%
em 2013, com um aumento para 18,65% em 2014 e 19,22% em 2015. O lucro líquido vem
fechando em queda ano a ano com um lucro líquido em 2013 com percentual de 4,42%,
caindo em 2014 para 2,65% e 0,96% em 2015.
Análise Horizontal
GRÁFICO 6- ANÁLISE HORIZONTAL DO BP – ATIVO
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
100
88,01
26,51
4,42
100
87,79
24,89
2,65
100
88,55
24,57
0,96 0
20
40
60
80
100
120
Receita Bruta Receita Líquida Lucro Bruto Lucro Líquido
2013 2014 2015
100 100 100 89,27
70,97
106,09 95,64
88,56 100
0
20
40
60
80
100
120
Ativo Total Ativo Circulante Ativo Não Circulante
2013 2014 2015
55
A análise horizontal da empresa apresenta uma redução no ativo total do ano de 2014
de 10,73% em relação ao ano base que é 2013, e um aumento em 2015 em relação ao ano de
2014 de 6,37% mas, continua em queda de 4,36% em relação ao ano base de 2013. O ativo
circulante também vem com queda de 29,03% em 2014 com um aumento em 2015, mas
ficando 11,44% abaixo do ano base de 2013. O grupo do ativo não circulante no ano de 2014
teve um aumento de 6,09% e em 2015 voltou a cair, mas conseguiu se igualar ao ano base.
Podemos observar que a empresa aumentou o investimento em seu imobilizado fazendo com
que aja uma redução nas contas que compõem seu disponível.
GRÁFICO 7 - ANÁLISE HORIZONTAL DO BP – PASSIVO
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
O passivo total apresentou em 2014 uma redução de 10,73% em relação ao ano base e
em 2015 um aumento de 6,37% para o ano de 2014, mas uma queda em relação a 2013 de
4,46%. O passivo circulante também apresentou queda de 15,35% em 2014 e de 9,55% em
2015. A redução das contas do passivo circulante é um ponto positivo para a empresa, pois
significa que a mesma diminuiu obrigações para o curto prazo. O passivo circulante se
manteve igual nos três anos já que é uma conta de longo prazo de valor fixo. No patrimônio
líquido houve um aumento de 5,05% em 2014 e 12,1% em 2015. Esse crescimento deve-se
principalmente ao lucro acumulado que teve um aumento de 31,8% em relação a 2013.
100 100 100 100 89,27
84,65
100 105,05
95,64 90,45
100
112,1
0
20
40
60
80
100
120
Passivo Total Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio líquido
2013 2014 2015
56
GRÁFICO 8 - ANÁLISE HORIZONTAL DA DRE
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
Na análise horizontal da DRE, é possível verificar que tendo como base o ano de
2013. Notamos que na Receita Bruta no ano de 2014 aumentou para 108,01% e em 2015 teve
uma redução para 98,82%. Isso significa que a empresa em 2014 realizou um aumento nas
vendas e em 2015 a empresa voltou a reduzir. A receita líquida obteve um crescimento de
107,74% e em 2015 obteve uma queda para 99,67%. O lucro bruto teve um crescimento
muito baixo em 2014 para 101,39% um aumento de apenas 1,39% e em 2015 em queda para
97,56%. Já o lucro líquido vem com quedas consideráveis em 2014 e 2015 com 64,76% e
35,83% respectivamente. Isso se deve ao aumento expressivo das despesas que
consequentemente gerou uma diminuição do Lucro Líquido da empresa.
Índices de Liquidez
TABELA 7- CÁLCULO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Liquidez Geral = (Art Circ + Real LP) / (Passivo Circ + Passivo Não Circ)
Anos 2013 2014 2015
Ativo Circulante 715.960,07 508.090,63 449.961,02
Realizável a L P 0,00 0,00 0,00
Passivo Circulante 1.132.037,53 958.286,96 866.735,18
Passivo Não circulante 100.000,00 100.000,00 100.000,00
Liquidez Geral 0,58 0,48 0,46
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante
Anos 2013 2014 2015
Ativo Circulante 715.960,07 508.090,63 449.961,02
Passivo Circulante 1.132.037,53 958.286,96 866.735,18
Liquidez Corrente 0,63 0,53 0,52
100 100 100 100 108,01 107,74
101,39
64,76
98,82 99,67 97,56
35,83
0
20
40
60
80
100
120
Receita Bruta Receita Líquida Lucro Bruto Lucro Líquido
2013 2014 2015
57
Liquidez Seca= (AC- Estoque)/PC
Anos 2013 2014 2015
Ativo Circulante 715.960,07 508.090,63 449.961,02
Estoques 339.362,58 403.548,54 364.811,82
Passivo Circulante 1.132.037,53 958.286,96 866.735,18
Liquidez Seca 0,33 0,11 0,10
Liquidez Imediata= Disponível/PC
Anos 2013 2014 2015
Disponível 309.642,21 37.748,47 66.297,71
Passivo Circulante 1.132.037,53 958.286,96 866.735,18
Liquidez Imediata 0,27 0,04 0,08 Fonte: Balanço Patrimonial da empresa Adaptado.
GRÁFICO 9 - ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
Liquidez Geral: O índice de Liquidez Geral tem por finalidade revelar a capacidade
que a empresa tem de pagar todas as suas dívidas, sejam dívidas de curto ou longo prazo
mostrando quanto a empresa possui para cada R$ 1,00 em direitos e disponibilidades no ativo
circulante e realizável a longo prazo para quitar suas dívidas. No ano de 2013, para cada R$
1,00 em dívidas a empresa possui R$ 0,58 de valor existente para sanar suas dívidas. No ano
de 2014 houve uma redução onde para cada R$ 1,00 a empresa tem R$ 0,48 e em 2015
continuou diminuindo para cada R$ 1,00 ela tem R$ 0,46 centavos para quitar suas dívidas.
Deste modo, a empresa se encontra em situação de alerta, pois somando-se os valores
disponíveis no ativo e realizável a longo prazo não é possível sanar as obrigações da empresa.
Liquidez Corrente: O índice de Liquidez Corrente revela o valor existente em bens de
curto prazo (ativo circulante) para quitar suas dívidas no mesmo exercício. Em 2013 para cada
R$1,00 em dívidas de curto prazo, existe R$0,63 de disponibilidade em curto prazo. Em 2014
0,58 0,63
0,33 0,27
0,48 0,53
0,11
0,04
0,46 0,52
0,10 0,08
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca Liquidez Imediata
2013 2014 2015
58
houve uma queda nesse índice passando a possuir R$0,53 para cada R$ 1,00 em dívidas de
curto prazo e em 2015 continuou a diminuir para R$ 0,52. Portanto, em todos os três anos
apresentados os resultados demonstrar que a empresa não enfrenta uma situação confortável,
ela apresenta dificuldades no pagamento de dívidas no curto prazo.
Liquidez Seca: O índice de Liquidez Seca indica a capacidade de a empresa pagar suas
dívidas de curto prazo sem comprometer seu estoque, já que o mesmo é uma fonte de recurso
incerto podendo se tornar obsoleto. No ano de 2013 para cada R$1,00 de dívidas de curto
prazo a empresa possui R$ 0,33 de ativo de curto prazo nos anos de 2014 e 2015 ocorreu uma
redução contínua com índices de 0,11 e 0,10 respectivamente. Os índices demonstram que a
empresa vem comprometendo seu estoque com sua diminuição ano a ano.
Liquidez Imediata: O índice de Liquidez Imediata demonstra o quanto a empresa
possui de valor para quitar suas obrigações de curto prazo de forma imediata. No ano de 2013
para cada R$1,00 de dívidas no passivo circulante, a empresa possui um baixo índice de R$
0,27 de disponível, em 2014 ficou mais baixo ainda chegando a R$ 0,04 de disponível e em
2015 uma pequena alta não muito significativa para R$ 0,08.
De modo geral, pode se dizer que a empresa analisada apresenta uma situação
financeira preocupante, como mostra os índices ela não tem condições de pagar
completamente suas dívidas.
Índice de Endividamento
TABELA 8 - ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Imobilização do PL = (Imobilizado/PL)x100
Anos 2013 2014 2015
Imobilizado 779.041,19 826.447,59 826.447,59
Patrimônio Líquido 262.963,73 276.251,26 309.673,43
IPL 296,25% 299,16% 266,88%
Participação de Capitais de Terceiros = (PC + PNC) / PL x 100
Anos 2013 2014 2015
Passivo Circulante 1.132.037,53 958.286,96 866.735,18
Passivo Não Circulante 100.000,00 100.000,00 100.000,00
Patrimônio Líquido 262.963,73 276.251,26 309.673,43
PCT 468,52% 383,09% 312,18%
Composição de Endividamento = PC / (PC + PNC) x 100
Anos 2013 2014 2015
Passivo Circulante 1.132.037,53 958.286,96 866.735,18
Passivo Circ + Passivo Não 1.232.037,53 1.058.286,96 966.735,18
59
Circ
CE 91,88% 90,55% 89,55%
Endividamento Geral = Capital de Terceiros / Ativo Totalx 100
Anos 2013 2014 2015
Capital de Terceiros 1.232.037,53 1.058.286,96 966.735,18
Ativo Total 1.495.001,26 1.334.538,22 1.276.408,61
EG 82,41% 79,30% 75,74%
Fonte: Balanço Patrimonial da empresa Adaptado.
GRÁFICO 10- ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
Imobilizado do Patrimônio Líquido: esse índice indica quanto do Patrimônio Líquido a
empresa aplicou no imobilizado, evidenciando a maior ou menor dependência de capital de
terceiros para a manutenção dos seus negócios. No ano de 2013, para cada R$ 1,00 de capital
próprio a empresa investiu R$ 296,25 de capital de terceiros no imobilizado. Em 2014 houve
um novo aumento chegando a R$ 299,16 de capital de terceiros e em 2015 teve uma redução
para R$ 266,88 de capital de terceiros para cada R$ 1,00 de capital próprio. Como podemos
ressaltar quanto menor for este índice, melhor será para a empresa, isso não ocorre nessa
empresa, pois a apresente uma dependência de capital de terceiros. Esses dados são ruins para
a empresa uma vez que ficará dependente financeiramente para financiar suas necessidades de
curto prazo.
Participação de Capital de Terceiros: esse índice evidencia o percentual de
participação de capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido. Em 2013 a empresa teve
um percentual de 468,52%, que significa que para cada R$ 100,00 de capital próprio investido
a empresa utiliza R$468,52 de capital de terceiros. Em 2014 a empresa apresentou uma
redução bastante significativa, mas ainda ficou com uma aplicação de capital muito alta
296,25
468,52
91,88 82,41
299,16
383,09
90,55 79,3
266,88
312,18
89,55 75,74
0
100
200
300
400
500
IPL PCT CE EG
2013 2014 2015
60
chegando a R$ 383,09 para cada R$ 100,00 de capital próprio e em 2015 continuou reduzindo
chegando a R$ 312,18. Os índices vêm demonstrar que a empresa está totalmente dependente
de capital de terceiros.
Composição do Endividamento: esse índice indica o percentual das obrigações de
curto prazo comparadas com obrigações totais. Em 2013 o percentual apresentado foi de
91,88% então, para cada R$ 100,00 de obrigações totais a empresa tem R$ 91,88 de dívida em
curto prazo. Para os anos de 2014 e 2015 houve uma leve diminuição para R$ 90,55 e 89,55
respectivamente. Deste modo, os resultados obtidos mostra que a empresa apresenta um
resultado bom, visto que, há um equilíbrio nas contas de curto prazo. Mas a empresa precisa
tomar cuidado, pois quanto maior o índice significa que a empresa terá de buscar outras
receitas para honrar seus compromissos.
Endividamento Geral: esse índice mostra o quanto do ativo total da empresa está
financiado por capital de terceiro. No ano de 2013 a empresa tinha 82,41% de seu ativo
financiado por capital de terceiros, nos anos de 2014 e 2015 apresentaram valores um pouco
mais baixos com 79,30% em 2014 e 75,74% em 2015. De acordo com os índices apresentados
a empresa se encontra numa situação delicada uma vez que apresenta um índice muito alto de
dependência de capital de terceiros no seu ativo total, mas embora, nos anos de 2014 e 2015
essa dependência vem diminuindo o que aparenta ser uma melhora para sua economia.
De modo geral, a empresa apresenta uma situação de dependência de capital de
terceiro elevado, uma vez que, houve um investimento no seu patrimônio, mas que aos poucos
vem mostrando resultado com a diminuição ano a ano de seu comprometimento com capital
de terceiro.
Índice de Atividades
TABELA 9 - ÍNDICES DE ATIVIDADES
Prazo Médio de Rotação dos Estoques = Estoque/CMV x 360
Anos 2013 2014 2015
Estoques 339.362,58 403.548,54 364.811,82
CMV 2.002.435,54 2.212.300,55 2.223.486,27
PMRE (Aproximado) 61 66 59
Prazo Médio de Recebimento de Vendas = Dup a Rec / VL x 360
Anos 2013 2014 2015
Duplicatas a Receber 9.901,83 44.256,71 6.335,58
Vendas Líquidas 2.865.742,15 3.087.623,62 3.077.454,10
PMRV (aproximado) 1 5 1
Prazo Médio de Pagamentos das Compras = Fornecedores / Compras x 360
Anos 2013 2014 2015
61
Fornecedores 305.155,06 133.332,15 167.181,63
Compras 2.341.798,12 2.276.486,51 2.184.749,55
PMPC (Aproximado) 47 21 28
Ciclo Operacional= PMRE + PMRV
Anos 2013 2014 2015
PMRE 61 66 59
PMRV 1 5 1
Ciclo operacional 62 71 60
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – PMPC
Anos 2013 2014 2015
Ciclo Operacional 62 71 60
PMPC 47 21 28
Ciclo Financeiro 15 50 32
Fonte: Balanço Patrimonial da empresa Adaptado.
GRÁFICO 11 - ÍNDICES DE ATIVIDADES
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
O Prazo Médio de Rotação de Estoques (PMRE): indica quantos dias, em média, os
produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos. Em 2013, o índice de
rotação foi de 61 dias para renovar seus estoques, no ano de 2014 houve um aumento no
número de dias de rotação do estoque, sendo de 66 dias e em 2015 obteve uma redução para
59 dias para ocorrer a rotação de seu estoque. Deste modo, a média anual de rotação de
estoque foi de aproximadamente 6 vezes em 2013, 5 vezes em 2014 e 6 vezes em 2015. Sendo
assim, é considerado alto o índice de rotação de estoques uma vez que quanto maior for a
rotação melhor, significa que o dinheiro esteja circulando dentro da empresa.
61
1
47
66
5
21
59
1
28
0
10
20
30
40
50
60
70
PMRE PMRV PMPC
2013 2014 2015
62
O Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV): indica quantos dias em média a
empresa leva para receber efetivamente o valor de suas vendas. Em 2013 a empresa levava
em média 1 dia para receber o valor de suas rendas, em 2014 a média passou a ser de 5 dias e
em 2015 voltou a ser de 1 dia para receber os valores das vendas. Esse baixo prazo para
receber os valores das vendas significa que a empresa vende mais à vista do que a prazo.
O Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC): indica quantos dias em média a
empresa leva para pagar suas compras, a data da efetivação do pagamento de seus
fornecedores. No ano de 2013 a empresa levou 47 dias para pagar seus fornecedores, no ano
de 2014 teve uma redução nos números de dias para 21 e em 2015 a empresa tinha 28 dias
para pagar seus fornecedores. O resultado de 2013 foi o melhor, visto que, a empresa teve um
prazo maior em relação aos 2 anos seguintes para quitar com seus fornecedores.
GRÁFICO 12 - RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS – ANO 2013
Índice de Rentabilidade/Lucratividade
Fonte: Autoria Própria.
O ciclo operacional é o tempo decorrido entre a compra, estocagem, vendas das
mercadorias e o recebimento das mesmas. Em 2013, o ciclo foi de 62 dias este é o tempo que
a empresa leva para comprar, estocar, vender e receber o pagamento das mercadorias. O
PMRV foi aproximadamente 1 dia que é tempo que a empresa leva em média para receber
efetivamente o valor de suas vendas e o PMRE foi de 61 dias que é o tempo em média que a
empresa leva para renovar seu estoque. O PMPC mostra o prazo que a empresa tem para
pagar seus fornecedores, que no ano de 2013 foi 47 dias, fazendo com que o Ciclo Financeiro
que é o prazo médio de pagamento aos fornecedores e recebimento das vendas. Essa situação
não é boa para a empresa visto que, ela paga seus fornecedores com 47 dias e só vendeu seu
estoque com 61 dias pagando aos fornecedores 14 dias antes de vender seu estoque mais 1 dia
para receber de seus clientes.
Ciclo Operacional = 62 dias
Compras PMRE = 61 dias PMRV = 1 dia
Pagamento
PMPC = 47 dias Ciclo Financeiro =15 dias
63
GRÁFICO13 - RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS – ANO 2014
Fonte: Autoria Própria.
O ciclo operacional é o tempo decorrido entre a compra, estocagem, vendas das
mercadorias e o recebimento das mesmas. Em 2014 houve um aumento em relação ao ano de
2013 passando a ser de 71 dias para comprar, estocar, vender e receber o pagamento das suas
mercadorias. O PMRV foi aproximadamente 5 dias que é o tempo que a empresa leva em
média para receber efetivamente o valor de suas vendas e o PMRE teve um aumento de 4 dias
chegando a ficar com 66 dias que é o tempo em média que a empresa leva para renovar seu
estoque. O PMPC mostra o prazo que a empresa tem para pagar seus fornecedores, que no
ano de 2014 houve uma grande redução para 21 dias, essa redução foi para menos da metade
em relação ao ano anterior. Isso é ruim para a empresa uma vez que o prazo para pagar seus
fornecedores diminuiu bruscamente. Já o Ciclo Financeiro que é o prazo médio de pagamento
aos fornecedores e recebimento das vendas houve um inverso do PMPC ficando com 50 dias
no ano de 2014. Essa situação não é boa para a empresa visto que, o prazo para pagar seus
fornecedores é de apenas 21dias sendo 45 dias antes de vender seu estoque.
GRÁFICO14 - RELAÇÃO ENTRE OS PRAZOS E OS CICLOS – ANO 2015
Fonte: Autoria Própria
Ciclo Operacional = 71 dias
PMRE = 66 dias PMRV= 5dias
Pagamento
PMPC = 21 dias Ciclo Financeiro = 50 dias
Ciclo Operacional = 60 dias
PMRE = 59 dias PMRV=
1dia
Pagamento
PMPC = 28 dias Ciclo Financeiro =32 dias
64
O ciclo operacional é o tempo decorrido entre a compra, estocagem, vendas das
mercadorias e o recebimento das mesmas. Em 2015 houve uma redução em relação ao ano de
2014 passando a ser de 60 dias para comprar, estocar, vender e receber o pagamento das suas
mercadorias. O PMRV foi aproximadamente 1 dia que é tempo que a empresa leva em média
para receber efetivamente o valor de suas vendas e o PMRE teve um redução chegando a ficar
com 59 dias que é o tempo em média que a empresa leva para renovar seu estoque. O PMPC
mostra o prazo que a empresa tem para pagar seus fornecedores, que no ano de 2015 houve
um aumento em relação a 2014, mas que não foi o suficiente para melhorar a sua situação.
Com isso o PMPC foi para 28 dias, já o ciclo financeiro que é o prazo médio de pagamento
aos fornecedores e recebimento das vendas houve uma redução para 32 dias. Essa situação
não é boa para a empresa visto que, o prazo para pagar seus fornecedores é de apenas 28 dias
sendo 31 dias antes de vender seu estoque.
TABELA 10 - ÍNDICE DE RENTABILIDADE/LUCRATIVIDADE
Taxa de Retorno sobre Investimentos = (Lucro Líquido/ Ativo Total) x 100
Anos 2013 2014 2015
Lucros Líquidos 144.044,89 93.287,53 33.421,98
Ativo Total 1.495.001,26 1.334.538,22 1.276.408,61
TRI 9,63 6,99 2,62
Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido = ( Lucro Líquido / PL Médio) x 100
Anos 2013 2014 2015
Lucros Líquidos 144.044,89 93.287,53 33.421,98
PL Médio 282.962,81 282.962,81 282.962,81
TRPL 50,90 32,97 11,81
Fonte: Balanço Patrimonial da empresa Adaptado.
65
GRÁFICO 15 - ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
Taxa de Retorno sobre Investimento (TRI): esse índice evidencia o retorno, na forma
de lucro, sobre o ativo total da empresa em todas as atividades da empresa. No ano de 2013 a
empresa apresentou um ganho em cima do ativo total de 9,63% sendo para cada R$ 100,00 do
ativo total, obteve R$9,63 de lucro líquido. Esse resultado não foi bom para a empresa, visto
que, o retorno foi baixo em relação ao lucro já que foi o maior dos 3 anos de análise. Em
2014, o percentual foi de 6,99% sendo para cada R$ 100,00 de ativo total a empresa teve um
retorno de R$ 6,99 de lucro líquido, sendo uma queda em relação ao ano anterior de 2,64%. E
em 2015 ocorreu uma diminuição para 2,62%. Isso se deve ao lucro liquido ao qual foi o
menor dos três anos chegando a apenas R$ 33.421,98 com isso para cada R$ 100,00 do ativo
total a empresa obteve um retorno de apenas R$ 2,62. Portanto, o resultado da empresa não é
bom para esse período haja vista a diminuição da taxa de retorno ano a ano.
Taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (TRPL): esse índice apresenta o retorno
total do capital próprio aplicado na empresa. No ano de 2013, o percentual de retorno foi de
50,90% sobre o capital próprio investido, sendo, para cada R$ 100,00 de PL médio a empresa
apresentou um retorno de mais da metade chegando a R$ 50,90. Em 2014 esse percentual
diminuiu para 32,97% sendo assim, para cada R$ 100,00 de PL médio a empresa apresentou
um retorno de R$ 32,97. Em 2015 esse valor continuou em queda chegando a 11,81%. Apesar
das quedas consecutivas a empresa apresenta uma taxa de retorno positiva, contudo, precisa
que se tenha um pouco mais de atenção e reverter os índices desses últimos anos.
9,63
50,9
6,99
32,97
2,62
11,81
0
10
20
30
40
50
60
TRI TRPL
2013 2014 2015
66
Portanto, ao analisarmos os índices de lucro sobre o ativo total aplicado nas atividades
fins e os índices de investimento relacionado ao capital próprio, temos que, a empresa
apresentar resultados positivos, mas que vem em queda nos últimos anos.
TABELA 11- GIRO DO ATIVO
Giro do Ativo= Vendas Líquidas/ AT Médio
Anos 2013 2014 2015
Vendas Líquidas 2.865.742,15 3.087.623,62 3.077.454,10
Ativo Total Médio 1.368.649,36 1.368.649,36 1.368.649,36
GA 2,09 2,25 2,25 Fonte: Autoria Própria.
GRÁFICO 16 - GIRO DO ATIVO
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
Esse índice compara a venda da empresa no período contra o seu investimento total
que são representados pelo ativo total médio. E estabelece o número de vezes que o ativo
girou no período estudado. O gráfico mostra que em 2013 as vendas giraram 2,09 vezes em
relação aos investimentos aplicados, sendo, para cada R$ 1,00 de investimento a empresa
vendeu R$ 2,09. Nos anos de 2014 e 2015 a empresa apresentou em ambos os anos um giro
de 2,25 vezes em relação aos investimentos aplicados, ou seja, para cada R$ 1,00 de
investimento a empresa vendeu nos anos de 2014 e 2015 R$ 2,25. De modo geral, a empresa
apresentou resultados satisfatórios de giro de ativo, onde vemos que em 2013 ela tinha um
giro de 2,09 vezes e no ano seguinte aumentou para 2,25 vezes e em 2015 manteve-se no
mesmo valor. Lembrado que quanto maior for esse índice melhor será para o aproveitamento
de recursos aplicados no ativo da empresa.
2,09
2,25 2,25
2
2,05
2,1
2,15
2,2
2,25
2,3
GIRO DO ATIVO
2013 2014 2015
67
Índice de Rentabilidade
TABELA 12 - ÍNDICE DE RENTABILIDADE/LUCRATIVIDADE
Margem Bruta = Lucro Bruto /Vendas Líquidas x 100
Anos 2013 2014 2015
Lucro Bruto 863.306,61 875.323,07 853.967,83
Venda Líquidas 2.865.742,15 3.087.623,62 3.077.454,10
MB 30,12 % 28,35 % 27,75 %
Margem Operacional = Lucro Operacional/Vendas Líquidas x 100
Anos 2013 2014 2015
Lucro Operacional 264.808,81 219.508,98 186.040,20
Venda Líquida 2.865.742,15 3.087.623,62 3.077.454,10
MO 9,24 % 7,11 % 6,04 %
Margem Líquida = Lucro Líquido /Vendas Líquidas x 100
Anos 2013 2014 2015
Lucro Líquido 144.044,89 93.287,53 33.421,98
Vendas Líquidas 2.865.742,15 3.087.623,62 3.077.454,10
ML 5,03 % 3,02 % 1,09 % Fonte: Autoria Própria.
GRÁFICO 17- ÍNDICE DE RENTABILIDADE
Fonte: Autoria Própria, Baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
Margem Bruta: Esse índice mede a rentabilidade das vendas após a dedução dos
custos das mercadorias vendidas, ou seja, lucro bruto menos receita líquida. Em 2013, o
percentual foi de 30,12%, em 2014 o percentual foi de 28,35% e em 2015 o percentual foi de
27,75%. O gráfico mostra que a empresa comparando os índices de 2013 e 2014 vemos que
em 2014 a empresa aumentou suas vendas consideravelmente e os custos não aumentou na
mesma proporção, com isso houve uma diminuição na margem bruta e em 2015 apesar da
30,12
9,24
5,03
28,35
7,11
3,02
27,75
6,04
1,09
0
5
10
15
20
25
30
35
M. Bruta M.Operacional M. Líquida
2013 2014 2015
68
queda nas vendas os custos tiveram uma queda maior com isso nesse ano, também houve uma
redução na margem bruta.
Margem Operacional: esse índice apresenta a porcentagem de lucro operacional
líquido no valor das vendas líquidas do período. Em 2013 a margem operacional foi de
9,24%, em 2014 a margem operacional foi de 7,11% e em 2015 a margem operacional foi de
6,04%. O gráfico mostra que os índices vêm diminuindo ano a ano. Onde as despesas
operacionais aumentaram com isso a margem operacional teve essas consecutivas quedas.
Esses índices em queda não são bom para a empresa uma vez que quanto maior for os índices
melhor será para que não afetem o resultado da empresa.
Margem Líquida: esse índice mostra se a empresa obteve uma lucratividade sobre as
vendas líquidas depois de descontar todos os custos e as despesas incorridas no período. No
ano de 2013 a empresa apresentou uma percentagem de 5,03%, em 2014 a percentagem foi de
3,02% e em 2015 o índice apresentado foi de apenas 1,09%. Apesar das quedas consecutivas
onde diminui bastante a sua margem líquida. Os índices indicam o quanto a empresa obteve
de lucro para cada R$ 100,00 vendidos onde, obtemos em 2013 R$ 5,03 de lucro para cada R$
100,00 vendidos, em 2014 R$ 3,02 e em 2015 obteve apenas R$ 1,09.
Alavancagem
TABELA 13- ALAVANCAGEM
Grau de Alavancagem Operacional = (VB-CV) / (VB-CV) / CF
Anos 2013 2014 2015
Vendas Brutas 3.256.308,07 3.516.995,94 3.475.568,43
Custos Variáveis 2.002.435,54 2.212.300,55 2.223.486,27
Custos Fixos 623.686,53 665.279,80 695.058,52
GAO 1,99 2,04 2,25
Grau de Alavancagem Financeira = (LL/PLm) / (LL+DF) / AT médio]
Anos 2013 2014 2015
Lucro Líquido 144.044,89 93.287,53 33.421,98
Patrimônio Líquido
Médio
282.962,81
282.962,81
282.962,81
Despesa Financeira -50.613,74 -83.831,94 -109.898,37
Ativo Total Médio 1.368.649,36 1.368.649,36 1.368.649,36
GAF 3,58 2,55 1,13
Grau de Alavancagem Total = GAO x GAF
Anos 2013 2014 2015
GAO 1,99 2,04 2,25
GAF 3,58 2,55 1,13
GAT 7,12 5,2 2,54 Fonte: Autoria Própria.
69
GRÁFICO 18: ALAVANCAGENS
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
O GAO tem por finalidade definir a capacidade de avaliação do lucro operacional em
relação às receitas operacionais do período. Em 2013 o GAO apresentou um índice de 1,99,
em 2014 houve um leve aumento para 2,04 e em 2015 continuou a crescer chegando a 2,25.
Todos os índices ficaram acima de 1 o que evidencia o aumento das vendas e a alavancagem
operacional. Assim sendo, quanto maior o grau de alavancagem operacional maior os ricos
por deixar o resultado operacional sensível a qualquer variação na receita bruta.
O GAF tem o objetivo de avaliar a utilização de recursos de terceiros para melhoria do
retorno do capital próprio aplicado. Analisado os resultados podemos observar que em 2013 o
índice apresentado é de 3,58, em 2014 foi de 2,55 e 2015 o índice foi de 1,13. Todos os
índices obtidos foram superiores a 1 o que significa que o uso do capital de terceiros aumenta
a rentabilidade do capital próprio.
O GAT é o efeito combinado da alavancagem operacional e a alavancagem financeira
permitindo que se avalie, ao mesmo tempo, a alteração no volume das vendas e o resultado
operacional líquido. Em 2013 o GAT foi de 7,12, em 2014 foi de 5,2 e em 2015 o índice foi
de 2,54. Apesar das reduções contínuas a empresa apresenta resultado superior a 1
demonstrado assim capacidade de alavancagem total.
Análise Dinâmica de Capital
TABELA 14- ANÁLISE DINÂMICA DE CAPITAL
Contas 2013 2014 2015
1-At.Circ. Financeiro (ACF) 309.642,21 37.748,47 66.297,71
2-Psv Circ. Oneroso (PCO) 807.990,17 750.562,85 577.542,29
Saldo tesouraria = (1-2) -498.347,96 -712.814,38 -511.244,58
1,99
3,58
7,12
2,04 2,55
5,2
2,25
1,13
2,54
0
1
2
3
4
5
6
7
8
GAO GAF GAT
2013 2014 2015
70
3- At. Circ. Ciclíco (ACC) 406.317,86 470.342,16 383.663,31
4- Psv Circ. Ciclíco (PCC) 289.192,89 207.724,11 289.192,89
(NCG) ou (IOG) (3-4) 117.124,97 262.618,05 94.470,42
5 - Ativo Circulante (AC) 715.960,07 508.090,63 449.961,02
6 - Passivo Circulante (PC) 1.132.037,53 958.286,96 866.735,18
7-(CDG) ou (CCL) (5-6) -416.077,46 -450.196,33 -416.774,16 Fonte: Autoria Própria.
GRÁFICO 19 - ANÁLISE DINÂMICA DE CAPITAL
Fonte: Autoria Própria, baseado na Análise das Demonstrações Contábeis.
O Saldo em Tesouraria evidencia a diferença entre o ativo circulante financeiro e o
passivo circulante financeiro. Como podemos ver graficamente nos três anos um valor
negativo, mostrando uma dependência excessiva de empréstimos de curto prazo.
O saldo do IOG é encontrado através da diferença entre o ativo circulante cíclico e o
passivo circulante cíclico. Como podemos ver graficamente que os três anos foram positivo e
significa dizer que a empresa tem mais investimentos operacionais do que obrigações
operacionais.
O CCL indica a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante, podemos ver
graficamente que os três anos foram negativo evidenciando que o passivo circulante é maior
que o ativo circulante. O CCL negativo representa risco para a empresa, pois suas dívidas de
curto prazo são maiores que os ativos de curto prazo.
Fator de Insolvência
-416.077,46
117.124,97
-498.347,96 -450.196,33
262.618,05
-712.814,38
-416.774,16
94.470,42
-511.244,58
-800.000,00
-600.000,00
-400.000,00
-200.000,00
0,00
200.000,00
400.000,00
CCL IOG ST
2013 2014 2015
71
TABELA 15- FATOR DE INSOLVÊNCIA
Modelo de Kanitz: FI = X1 + X2 + X3 - X4 - X5
Ano 2013 2014 2015
X1 = RPL x 0,05 0,027 0,017 0,005
X2 = LG x 1,65 0,959 0,792 0,768
X3 = LS x 3,55 1,181 0,387 0,349
X4 = LC x 1,06 0,670 0,562 0,550
X5 = PCT x 0,33 1,546 1,264 1,030
FI -0,049 -0,630 -0,458
Solvente/ Insolvente Insolvente Insolvente Insolvente Fonte: Autoria Própria.
Observando a tabela podemos verificar que em 2013 o resultado obtido foi de -0,049
que significa que a empresa encontra-se muna área compreendida entre 0 e -3 o que é
conhecida com penumbra, ou seja, uma área em que o fator de insolvência não é suficiente
para analisar a situação da empresa, mas necessita de cuidados maiores. O mesmo ocorre nos
anos seguintes de 2014 com um fator de insolvência de -0,630 e em 2015 com um fator de
insolvência de -0,458.
TABELA 16- MODELO DE ELIZABETSKY
Modelo de Elizabetsky: Z = 1,93 (X32) - 0,20 (X33) + 1,33 (X36) - 1,12 (X37)
Ano 2013 2014 2015
X32= Lucro Líquido/ Vendas Brutas 0,044 0,027 0,010
X 33 = Disponível / Ativo Imobilizado 0,919 0,615 0,544
X 35 = Contas a Receber / Ativo Total 0,007 0,033 0,005
X 36 =Estoque / Ativo Total 0,227 0,302 0,286
X 37 = Passivo Circulante/ Ativo Total 0,757 0,718 0,679
Z = -0,645 -0,474 -0,471
Solvente / Insolvente Insolvente Insolvente Insolvente Fonte: Autoria Própria.
FIGURA 3- TERMÔMETRO INSOLVÊNCIA 2013 – MODELO ELIZABETSKY
Fonte: Autoria Própria.
72
FIGURA 4 - TERMÔMETRO INSOLVÊNCIA 2014 – MODELO ELIZABETSKY
Fonte: Autoria Própria.
FIGURA 5 - TERMÔMETRO INSOLVÊNCIA 2015 – MODELO ELIZABETSK
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA.
Analisando as figuras do modelo de Elizabetsky, podemos observar que os resultados
obtidos foram em 2013 de -0,645, em 2014 de -0,474 e2015 de -0,471, sendo assim, em todos
os três anos a empresa apresentou índices negativos. Esses índices mostram que a empresa
esta em um estado de insolvência que significa dizer ela esta passando por dificuldades
financeiras e não é capaz de honrar seus compromissos podendo chegar à falência.
Ponto de Equilíbrio
TABELA 17- PONTO DE EQUILÍBRIO
Ponto de Equilíbrio = CF/1-(CV/RB)
Anos 2013 2014 2015
Receita Total 3.256.308,07 3.516.995,94 3.475.568,43
Custos Variáveis 2.002.435,54 2.212.300,55 2.223.486,27
Custos fixos 623.686,53 665.279,80 695.058,52
Ponto de equilíbrio 2013 Contas Valores
PE= C. FIXO/ 1-(C.VARIÁVEL/ REC. BRUTA) RECEITA TOTAL 1.619.965,01
PE= 623.686,53/1-(2.002.435,54/3.256.308,07) (-) CV(RT x 0,615) 996.278,48
PE= 623.686,53/ 1- (0,615) (=) MARG. CONT. 623.686,53
PE= 623.686,53/ 0,385 (-) CUSTO FIXO 623.686,53
PE=1.619.965,01 (=) RESULTADO 0,00
Ponto de equilíbrio 2014 Contas Valores
PE= C. FIXO/ 1-(C.VARIÁVEL/ REC. BRUTA) RECEITA TOTAL 1.793.207,01
73
PE= 665.279,80/1-(2.212.300,55/3.516.995,94) (-) CV(RT*0,615) 1.127.927,21
PE= 665.279,80/ 1-( 0,629) (=) MARG. CONT. 665.279,80
PE= 665.279,80/ 0,371 (-) CUSTO FIXO 665.279,80
PE=1.793.207,01 (=) RESULTADO 0,00
Ponto de equilíbrio 2015 Contas Valores
PE= C. FIXO/ 1-(C.VARIÁVEL/ REC. BRUTA) RECEITA TOTAL 1.930.718,11
PE= 695.058,52/ 1- (2.223.486,27/ 3.475.568,43) (-) CV(RT*0,640) 1.235.659,59
PE= 695.058,52/ 1- (0,640) (=) MARG. CONT. 695.058,52
PE= 695.058,52/ 0,36 (-) CUSTO FIXO 695.058,52
PE=1.930.718,11 (=) RESULTADO 0,00
Fonte: Autoria Própria.
GRÁFICO 20 - PONTO DE EQUILÍBRIO – ANO 2013
Fonte: Autoria Própria
Analisando os resultados, podemos observar que o ponto de equilíbrio representa um
faturamento mínimo que a empresa tem que atingir para não tem prejuízo, nem lucro. No ano
de 2013 o ponto de equilíbrio foi de R$ 1.619.965,01. Portanto, neste ano a venda foi superior
ao ponto de equilíbrio fazendo com que a empresa obtivesse lucro.
74
GRÁFICO 21 - PONTO DE EQUILÍBRIO – ANO 2014
Fonte: Autoria Própria.
A partir da análise dos resultados, podemos constatar que o ponto de equilíbrio
representa um faturamento mínimo que a empresa tem que atingir para não tem prejuízo, nem
lucro. Em 2014 o ponto de equilíbrio foi de R$ 1.793.207,01, as vendas deste ano foram
superiores ao ponto de equilíbrio ocasionando lucro a empresa.
75
GRÁFICO 22 - PONTO DE EQUILÍBRIO – ANO 2015
Fonte: Autoria Própria.
De acordo com os dados apurados no gráfico a cima, podemos ver que o ponto de
equilíbrio do ano de 2015 passou a ser R$ 1.930.718,11. As vendas da empresa foram
superiores a este valor, obtendo lucro no final do exercício.
76
5 PARECER FINAL
O trabalho monográfico em análise evidenciou a situação econômica e financeira de
uma empresa do ramo de supermercado. De acordo com os dados colhidos, temos que a
Análise Vertical apresenta a maior concentração de valores no ativo não circulante, mas
precisamente na conta imobilizado onde apresenta os seus bens. No Ativo Circulante houve
uma diminuição ano após ano devido à redução em seu capital. No Passivo a empresa tem em
curto prazo sua maior concentração em dividas com empréstimos e financiamentos que
corresponde em média a 52% do Passivo Circulante. O Patrimônio Líquido que em 2013
apresentou apenas 17,59% do passivo vem crescendo consideravelmente fechando o ano de
2015 com 24,26%. Em relação a DRE podemos ver que a receita líquida é bastante elevada,
mas devido ao aumento das despesas o lucro liquido apresenta reduções consecutivas.
Na Análise Horizontal, percebe-se que o Ativo apresenta algumas oscilações em
relação ao ano base de 2013 , onde o Ativo Circulante apresentou queda no ano de 2014 e o
Ativo Não Circulante apresentou uma alta no mesmo ano. O Passivo Circulante apresenta
oscilações nos três anos estudados, já o Passivo Não Circulante se manteve estável sem
alterações e o Patrimônio Líquido apresentou crescimento constante. Em relação a DRE a
receita bruta apresentou o seu maior crescimento no ano de 2014 , mas devido ao aumento das
despesas teve o seu lucro liquido muito afetado principalmente em 2015 com o menor índice
dos três anos.
Em relação ao índice de liquidez, o índice revela que a empresa não apresenta uma
situação financeira confortável uma vez que, não tem condições de pagar todas as suas dividas
de longo e curto prazo. Em se tratando de índice de endividamento a empresa apresenta uma
dependência de capital de terceiro elevado.
Sobre o Ciclo Operacional a empresa apresenta um período de estocagem de sua
mercadoria muito alto, pois do momento da compra ate o recebimento do cliente nos 3 anos
analisados foram sucessivamente 62 ,71, 60 dias, o que evidencia que a mesma passa muito
tempo com seu estoque parado. Outro fato que chama a atenção é o Ciclo financeiro onde a
empresa paga seus fornecedores antes de receber de seus clientes.
A respeito da taxa de retorno sobre o investimento, evidencia-se que houve retorno na
forma de lucro sobre o ativo total da empresa em todas as suas atividades, porém com
decréscimos sucessivos devido à diminuição do lucro liquido. O retorno sobre o patrimônio
líquido apresentou um índice considerado positivo em 2013 com um retorno de 50,90% sobre
o capital investido, mas não manteve o mesmo ritmo nos anos seguintes.
77
O grau de alavancagem total mesmo tendo ocorrido redução nos três anos, todos
apresentaram um resultado superior a 1 que monstra que a empresa tem capacidade de
alavancar suas vendas.
Com relação ao fator de insolvência do modelo de kanitz, a empresa apresentou um
índice de insolvência conhecida por penumbra, que é uma área onde o fator de insolvência é
insuficiente para avaliar a situação da empresa.
Quanto ao ponto de Equilíbrio em todos os anos a empresa apresentou uma receita
maior que o valor estimado pelo mesmo, fazendo com que a empresa apresente lucro nos três
anos.
78
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A contabilidade é a área responsável pelos documentos financeiros de uma empresa, e
através das análises das demonstrações contábeis que obtemos as informações necessárias
para ajudar nas tomadas de decisões. A maior relevância em utilizar a análise de balanço na
gestão da empresa é poder avaliar a situação em que a mesma se encontra através das análises
das demonstrações contábeis.
O presente trabalho monográfico tem o intuito de responder ao seguinte
questionamento: Qual a importância da análise de balanço para a gestão financeira e
crescimento econômico da empresa Pyetro supermercado?
Através do estudo de caso realizado nos anos 2013, 2014 e 2015, foi possível perceber
a partir da análise das demonstrações contábeis, das principais técnicas de balanço e fatores de
insolvência, que os objetivos traçados neste trabalho foram de fato alcançados, pois
constatou-se a importância da análise de balanço e demonstração contábeis para evidenciar a
sua situação da empresa a fim que ela opere bem e tenha continuidade. Em relação à situação
operacional, patrimonial, econômica e financeira a empresa apresenta situação positiva,
porém aspira maiores cuidados, visto que consegue promover retornos financeiros mesmo
apresentando lucros reduzidos em decorrência das despesas aumentarem ano a ano. Quanto ao
retorno financeiro os índices de lucro líquido apontam quedas consideráveis partindo de 4,42
para 0,96 no ultimo ano analisado.
De modo geral a situação da empresa aspira cuidados, pois somando-se os valores
disponíveis no ativo e realizável a longo prazo não é possível pagar completamente suas
dividas, apresentando valores abaixo do esperado em todos os seus índices. Para reverter tal
situação, seria necessário diminuir despesas desnecessárias, elaborar estratégias de negócios
para alavancar as vendas, além de negociar maiores prazos para pagamento de fornecedores e
utilizar a análise e interpretação das demonstrações contábeis para acompanhar o desempenho
e a situação, patrimonial, econômica, financeira e operacional da empresa.
Portanto, este trabalho apresentou a situação da empresa, respondeu aos objetivos e
questionamento e mostrou algumas sugestões para melhorar a atividade e auxiliar o
empresário na tomada de decisão.
Podemos concluir que a análise deste trabalho não servirá apenas como ferramenta de
auxilio a tomada de decisão, mas também como uma forma de monitoramento do crescimento
financeiro e patrimonial, constatando pontos positivos e negativos para que o proprietário
dessa empresa possa sanar alguns pontos que impedem melhores resultados, e que o presente
79
trabalho possa contribuir não só para esta empresa, mas também para o meio acadêmico ao
qual está inserido.
80
REFERÊNCIAS
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financeiro. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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Ciências Contábeis, Ciências Exatas e Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Caicó-RN, 2015.
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São Paulo: Atlas, 2009.
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