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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS
FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS E POLÍTICAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
GEOVANA SILVA SANTOS
ICMS ESTIMATIVA SIMPLIFICADA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS BENEFÍCIOS PARA UMA
EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE VESTUÁRIOS E ACESSÓRIOS NA CIDADE DE
RONDONÓPOLIS-MT.
Rondonópolis – MT 2020
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GEOVANA SILVA SANTOS
ICMS ESTIMATIVA SIMPLIFICADA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS BENEFÍCIOS PARA UMA
EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE VESTUÁRIOS E ACESSÓRIOS NA CIDADE DE
RONDONÓPOLIS-MT.
Rondonópolis – MT 2020
Monografia apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso, através do Departamento de Ciências Contábeis, do ICHS/CUR/UFMT, como exigência parcial para a conclusão do curso de Bacharel em Ciências Contábeis, sob a orientação do Professor Ms. Florentino Gonçalves Senise.
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GEOVANA SILVA SANTOS
ICMS ESTIMATIVA SIMPLIFICADA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS
BENEFÍCIOS PARA UMA EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS
DE VESTUÁRIOS E ACESSÓRIO NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS-MT.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Esta monografia apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso, através do Curso de Ciências Contábeis, do FACAP/CUR/UFMT, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, tendo sido aprovada pela banca examinadora abaixo identificada e assinada. Data da defesa:____/____/ ______. Nota:
Rondonópolis – MT, ___ de _________ de 2020.
Profª Ms. Adelina Neres de Souza Campos Coordenador de Monografias
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Ms. Florentino Gonçalves Senise
Orientador e Presidente da Banca
Prof. Ramon Luiz Arenhardt
Membro da Banca Examinadora
Prof. Marcílio da Silva Tomaz
Membro da Banca Examinadora
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a
Deus, por ser essencial em minha vida,
autor do meu destino, meu guia, socorro
presente nas horas de angústia. Dedico
também a todos que direta ou
indiretamente contribuíram para minha
formação acadêmica e pessoal, em
especial meus pais, familiares e amigos.
Obrigada por sempre me apoiarem a
persistir pelos meus objetivos e metas e
nunca me deixarem desistir.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, meu pai celestial, que permitiu que tudo isso
acontecesse ao longo de minha vida; não somente nestes anos como universitária,
mas em todos os momentos, pelo dom da vida, pelo seu amor infinito, por todas as
graças e bênçãos a mim concedidas.
A minha família, meus pais Giovani e Edenilza, meu irmão Matteus, que foram
essenciais nessa jornada. Se não fosse por eles, eu não seria o que sou e não
estaria onde estou hoje. Agradeço por não me deixarem desistir quando estava
surtando!
Aos meus amigos de classe, em especial as minhas amigas Virginia, Paula,
Vanessa e Francisca, que aprendi a amar e construí laços eternos. Obrigada por
todos os momentos bons e ruins que passamos. Esta caminhada não seria a mesma
sem vocês.
Sou grata ao meu orientador o professor Florentino Gonçalves Senise! Você
me ajudou a traçar o caminho para a execução deste trabalho.
Enfim, a todos que, de certa forma, contribuíram para essa conquista.
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“Se não puder destacar-se pelo talento,
vença pelo esforço”.
Dave Weinbaun
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RESUMO
Comparar tecnicamente de modo objetivo, os dois regimes de ICMS em Mato Grosso, imposto de maior receita da federação, e que este trabalho tem como objetivo geral. Por ser um imposto indireto, ou seja, “invisível” para o consumidor, detalha-lo é essencial para que os contribuintes de fato saibam quanto e o que estão pagando, bem como o empresário consiga otimizar o seu planejamento tributário. O presente trabalho foi elaborado com base na legislação e também, foi realizado um estudo de caso com tabelas e gráficos para melhor visualização dos resultados. Portanto, este estudo, na sua conclusão, auxilia o empresário a observar a melhor opção de regime do ICMS em Mato Grosso, podendo visualizar o benefício que foi perdido, já que o regime de Estimativa Simplificada foi extinto no ano de 2020 pela Lei Complementar 631/2019.
Palavras-chave: ICMS. Regimes de tributação. Regime de Apuração Normal. Regime de Estimativa Simplificada. Estado de Mato Grosso.
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ABSTRACT
Technically compare objectively, the two ICMS regimes in Mato Grosso, the highest revenue tax in the federation, and that this work has as its general objective. As it is an indirect tax, that is, “invisible” to the consumer, detailing it is essential so that taxpayers in fact know how much and what they are paying, as well as the entrepreneur is able to optimize his tax planning. The present work was elaborated based on the legislation and also, a case study was carried out with tables and graphs for better visualization of the results. Therefore, this study, in its conclusion, helps the entrepreneur to observe the best option of the ICMS regime in Mato Grosso, being able to see the benefit that was lost, since the Simplified Estimate system was extinguished in 2020 by Complementary Law 631 / 2019.
Keywords: ICMS. Taxation regimes. Normal Counting Regime. Simplified Estimating Regime. State of Mato Grosso.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Unificação do ICMS. ................................................................................. 26
Figura 2 - Unificação do ICMS Regime de Estimativa Simplificada. ......................... 37
file:///C:/Users/GEOVANA/Desktop/PESSOAL/MONOGRAFIA%20GEOVANA%20S.%20SANTOS.docx%23_Toc35529151
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Demonstrativo de Cálculo ICMS Estimativa Simplificada ........................ 41
Tabela 2 - Faturamento com débito do ICMS ........................................................... 42
Tabela 3 - Compras com direito à crédito do ICMS .................................................. 43
Tabela 4 - Apuração Normal do ICMS ...................................................................... 43
Tabela 5 - Apuração do ICMS DIFAL ....................................................................... 44
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LISTA DE QUADRO
Quadro 1 - Delineamento da Lei Kandir nº 87 de 1996. ........................................... 30
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LISTA DE GRÁFICO
Gráfico 1 - Comparativo entre os dois Regimes ....................................................... 45
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LISTA DE SIGLAS
CF – Constituição Federal
CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas
CTN – Código Tributário Nacional
CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária
DIFAL – Diferencial de Alíquotas
FOB - Free on board
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço de transporte
interestaduais e intermunicipais e de comunicação
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
ISS – Imposto sobre Serviços
RICMS-MT – Regulamento do ICMS do Estado de Mato Grosso
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 16
1.1 Tema/Problema ........................................................................................ 17
1.2 Justificativa ............................................................................................... 18
1.3 Objetivos da pesquisa .............................................................................. 19
1.3.1 Objetivo geral ........................................................................................... 19
1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................ 19
1.4 Hipótese ................................................................................................... 20
1.5 Metodologia da Pesquisa ......................................................................... 20
1.6 Delimitação do Campo de Estudo ............................................................ 22
1.7 Organização Lógica da Monografia .......................................................... 23
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................... 24
2.1 Contabilidade Tributária ........................................................................... 24
2.2 Planejamento Tributário ........................................................................... 25
2.3 ICMS Geral ............................................................................................... 25
2.4 Fato gerador e incidência ......................................................................... 28
2.5 Base de cálculo ........................................................................................ 30
2.6 Alíquota .................................................................................................... 32
2.7 Contribuintes ............................................................................................ 33
2.8 Regime de apuração normal .................................................................... 34
2.9 Regime de Estimativa Simplificada .......................................................... 36
3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................. 40
3.1 Caracterização da Empresa ..................................................................... 40
3.2 Aplicação do modelo Regime de Estimativa Simplificada ........................ 40
3.3 Aplicação do modelo Regime de Apuração Normal ................................. 41
3.4 Comparativo dos Regimes ....................................................................... 45
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 47
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49
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1 INTRODUÇÃO
O atual cenário econômico passou por inúmeras transformações ao longo dos
últimos anos, grandes corporações surgiram, novas atividades econômicas e
comerciais foram desenvolvidas, produtos e serviços foram criados e aprimorados,
normas e leis são constantemente criadas e adaptadas para acompanhar esse
desenvolvimento econômico. Logo, a sobrevivência de qualquer empreendimento
neste ambiente está vinculada ao seu planejamento e gestão de tributos, devido sua
difícil compreensão e grande burocracia.
Dentre esses tributos está o imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação, também conhecido como ICMS, ele é um dos impostos com maior
carga tributária para as empresas e o que mais gera receita para o Estado.
No cotidiano depara-se com um vasto número de leis, normas e decretos que
visam a regulamentação do sistema de apuração e recolhimento do ICMS, as quais
possui um alto grau de complexidade acerca do entendimento, isso faz com que
grande parte das situações o contribuinte não analise a melhor forma de recolher o
ICMS, optando assim recolher pela forma mais simplificada ou que a maioria das
empresas adotam. Diante das diversas formas de apuração presentes no Estado de
Mato Grosso, torna-se necessário que os empresários e contadores analisem os
regimes e optem pelo mais benéfico à entidade.
Sendo assim, este trabalho tem como objetivo a análise e comparação
técnica da tributação do ICMS no Estado de Mato Grosso, mas especificamente na
cidade de Rondonópolis, de uma empresa de Comércio Varejista de Artigos de
Vestuários e Acessórios, em especial no regime de estimativa simplificada e
apuração normal. A razão social e o nome fantasia da empresa serão mantidos em
sigilo, para preservação da sua identidade e de suas informações.
Para tanto, a investigação se baseou em uma pesquisa classificada
tipologicamente como descritiva, quanto aos procedimentos do tipo estudo de caso,
bibliográfica e documental, já quanto á abordagem é qualitativa. Como forma de
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coleta de dados serão utilizados os demonstrativos contábeis elaborados e os
disponibilizados pela empresa.
Cabe destacar que uma das formas de apuração analisada, já é a opção
utilizada pela organização até o presente exercício financeiro, de modo que tal
análise considerou os impactos financeiros ocasionados.
1.1 Tema/Problema
O Código Tributário Nacional (CTN), em seu art. 3º, define tributo da seguinte
forma: “tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Os tributos são
divididos em impostos, taxas e contribuição de melhoria, o ICMS está enquadrado
na categoria impostos, pois decorre de situação geradora independente de qualquer
contraprestação do estado em favor do contribuinte, é cobrado de forma indireta, ou
seja, seu valor é adicionado ao preço do produto comercializado ou do serviço
prestado.
É de competência dos Estados e Distrito Federal o direito de tributar as
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de
transporte intermunicipal e interestadual e de comunicação, ainda que as operações
e as prestações se iniciem no exterior.
A tributação interestadual do imposto sobre circulação de mercadorias e
serviços (ICMS) é um dos assuntos mais polêmicos do regime tributário vigente no
estado de Mato Grosso, em razão dos efeitos que as distorções dos atuais regimes
vêm produzindo e dos poderosos interesses ligados à questão. Segundo Azevedo,
Silva e Gatsios (2018, p. 1):
O Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é a principal fonte arrecadadora dos Estados brasileiros. Considerando todas as esferas governamentais, em torno de 20% do que se é arrecadado no Brasil é proveniente do ICMS.
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Neste sentido, fatores como dificuldade de interpretação das legislações em
vigor a respeito do ICMS acabam por afetar diretamente o custo dos produtos,
refletindo na formação dos preços de venda, que causa transtornos na
competitividade empresarial.
A redação do art. 128 do RICMS do Mato Grosso, capítulo VI, define que os
estabelecimentos dos contribuintes obrigados a efetuar e manter escrituração fiscal
deverão apurar o valor do imposto a recolher, em conformidade com os seguintes
regimes: I – Regime de apuração normal; e II – Regime de estimativa.
Considerando a intensa concorrência no município de Rondonópolis que
possui 1445 (um mil quatrocentos e quarenta e cinco) empresas legalmente
cadastradas em com a atividade de comércio varejista de artigos de vestuários e
acessórios, conforme pesquisa Revista Perfil Rondonópolis (2017).
Diante dos levantamentos apresentados pretende-se responder ao seguinte
questionamento: Qual a melhor forma de recolhimento do ICMS para uma
empresa de comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios
estabelecida em Rondonópolis/MT, Regime de Apuração Normal ou Estimativa
Simplificada?
1.2 Justificativa
A dificuldade de acompanhar, interpretar e aplicar a legislação tributária
brasileira é grande, devido à complexibilidade de entendimento da escrita e o grande
número de leis a respeito de um único tributo. Essas circunstâncias têm aumentado
a necessidade das empresas organizarem seus negócios com foco na diminuição do
pagamento de tributos, sendo que o ICMS é um o tributo mais caro para as
empresas, e quem paga é o consumidor final.
Desta forma, tal pesquisa se faz relevante aos gestores da organização objeto
desse trabalho, no sentido de norteá-los na tomada de decisão para a escolha da
melhor forma de regime para o recolhimento do ICMS nos próximos anos-
calendários, otimizando seus custos e auxiliando na expansão de suas riquezas.
A respectiva pesquisa também se faz primordial aos contadores para reforçar
a importância que têm o planejamento e estudo de qual forma de regime para
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recolhimento do ICMS a entidade deve adotar, usando os benefícios concedidos
pelo estado da melhor maneira.
Sendo assim, fica claro que a viabilidade de crescimento organizacional está
relacionada com a gestão de tributos e expectativa de rentabilidade futura, que só
poderá ser alcançada com o planejamento de custos e despesas. Vale salientar
que os resultados da pesquisa não se limitam apenas a empresa estudada, podendo
assim servir como base às demais entidades de mesmo porte e atividade.
1.3 Objetivos da pesquisa
Nesta sessão, são apresentados os propósitos norteadores da pesquisa, os
quais são compostos por um objetivo geral e três objetivos específicos.
1.3.1 Objetivo geral
Identificar dentre as duas opções de recolhimento do ICMS, nos Regimes de
Estimativa Simplificada e Apuração Normal, qual proporciona maior economicidade
à empresa de comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios localizada na
cidade de Rondonópolis-Mato Grosso.
1.3.2 Objetivos específicos
Os objetivos específicos da pesquisa são:
(a) Apresentar dois dos regimes de tributação do ICMS no Estado de Mato
Grosso.
(b) Demonstrar mediante análise comparativa as formas de recolhimento do
Regime de Apuração Normal e Regime de Estimativa Simplificada na
empresa estudada.
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(c) Comparar as vantagens e desvantagens de cada regime estudado para um
comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios localizado na cidade
de Rondonópolis-MT.
1.4 Hipótese
A hipótese apresenta uma possível e provisória solução ao problema
apresentado pelo pesquisador, ao qual pode ou não ser confirmada com o decorrer
do estudo, conforme destaca Silva (2008, p. 48):
A hipótese não é a certeza da resposta à pesquisa, pois se assim o fosse não seria necessário realizar a pesquisa. Contudo, faz-se necessário ter uma relação estreita entre o problema e hipótese(s) de pesquisa. As hipóteses são provisórias, porque poderão ser confirmadas ou refutadas com o desenvolvimento da pesquisa. Um mesmo problema pode ter diversas hipóteses, que são soluções possíveis para sua resolução.
Desta forma, acredita-se que por se tratar de um benefício fiscal concedido
pelo Estado de Mato Grosso, que está regulamentado atualmente pela Lei nº
7098/98 com alterações no decreto 1599/2018 o regime de estimativa simplificada
seja mais benéfico à empresa estudada, pois paga-se o valor do ICMS na entrada
das mercadorias oriundas de outros estados, utilizando uma alíquota chamada
„carga média‟ que é definida de acordo com a atividade da empresa, assim
encerrando a cadeia do imposto.
Portanto, infere-se que o regime de recolhimento estimativa simplificada
é o que proporcionaria maior economia fiscal, é a opção adotada pela empresa até o
presente exercício financeiro.
1.5 Metodologia da Pesquisa
Na metodologia apresenta-se as características da pesquisa quanto aos seus
critérios relacionados ao tema, como os objetivos e a finalidade da monografia.
Segundo Silva (2008, p. 54), “a definição dos objetivos da pesquisa condiciona a
escolha do(s) método(s) a ser (em) utilizado(s) pelo pesquisador. Diante dos
objetivos traçados, o pesquisador deve ter uma ideia clara de como o trabalho será
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desenvolvido.” Sendo assim, a metodologia apresentará as etapas
que conduziram a investigação, no sentido de articular os planos e estruturas para
à obtenção de respostas ao problema de pesquisa estabelecido.
O primeiro passo é a delimitação da amostra com a finalidade de identificar a
parcela da população a ser examinada. Sendo assim, a amostra a ser analisada
neste trabalho monográfico abrangeu apenas uma empresa de comércio varejista de
artigos de vestuários e acessórios localizada na cidade de Rondonópolis - Mato
Grosso, cujo nome fantasia e razão social não serão divulgados com o intuito de
preservar sua identidade, bem como seus dados e informações.
A coleta dos dados foi feita através da análise das demonstrações contábeis
fornecidas pela empresa, referente ao ano de 2019, sendo elas: Relatório de
Faturamento mensal, Relatório de Compras mensal e Razão das contas de ICMS
pagas no ano. Os resultados da pesquisa serão apresentados por meio de tabelas,
quadros e gráficos, considerando os resultados das apurações mensal e anual.
Inúmeras são as classificações apresentadas pelos autores quanto aos
métodos a serem utilizados. Segundo Beuren (2010) aborda que é
possível enfocar as tipologias de delineamentos de pesquisas em três categorias,
sendo elas: pesquisa quanto aos objetivos, que contempla a pesquisa exploratória,
descritiva e explicativa; pesquisa quanto aos procedimentos, que inclui o estudo de
caso, o levantamento, a pesquisa bibliográfica, documental, participante e
experimental; e a pesquisa quanto à abordagem do problema, que compreende a
pesquisa qualitativa e a quantitativa.
Aderindo a classificação de Beuren (2010), quanto aos objetivos, essa
pesquisa se classifica como descritiva, que na concepção de Gil (2002) tem
como propósito primordial a descrição das características de determinadas
populações e fenômenos. Sendo assim, será feita uma análise comparativa dos
valores dos ICMS apurado em dois regimes, apuração normal e estimativa
simplificada, buscando evidenciar qual é a opção mais econômica à entidade
analisada, descrevendo os benefícios, vantagens e desvantagens à organização.
Quanto aos procedimentos, a pesquisa se encaixa em três categorias: estudo
de caso, bibliográfica e documental. No que se refere a estudo de caso Silva (2008,
p. 57) menciona que “o objetivo a ser pesquisado neste tipo de pesquisa pode ser o
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indivíduo, a empresa, uma atividade, uma organização ou até mesmo uma situação”.
Tendo em vista, que a amostra deste estudo contempla apenas um elemento da
população, fundamenta-se então, a classificação desta pesquisa na categoria estudo
de caso.
Quanto à pesquisa bibliográfica, Silva (2008, p. 54) destaca que “essa
pesquisa explica e discute um tema ou problema com base em referências teóricas
já publicadas em livros, revistas, periódicos, artigos científicos etc.”. Sendo assim,
como a pesquisa utiliza-se de matérias publicadas por autores conceituados, de
livros e legislações a respeito da matéria estudada se enquadra também na
pesquisa bibliográfica.
Ainda no que tange à pesquisa documental, segundo Silva (2008, p. 55)
“difere da pesquisa bibliográfica por utilizar material que ainda não recebeu
tratamento analítico ou que pode ser reelaborado; suas fontes são muito mais
diversificadas e dispersas”. Levando em consideração que foi utilizado os dados
disponibilizados pela empresa para análise, e elaborado demonstrações com base
neles.
Na abordagem do problema, a pesquisa classifica-se como qualitativa, pois
segundo Beuren (2010, p. 92) “na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais
profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado”. Sendo necessária
uma interpretação profunda de diversas variáveis para a mensuração das vantagens
e desvantagens dos dois tipos de regime do ICMS, faz-se oportuna sua classificação
como qualitativa.
1.6 Delimitação do Campo de Estudo
Tendo em vista que o tributo de maior destaque para o ramo do comércio é o
ICMS, e que a legislação acerca deste imposto possui um alto grau de
complexibilidade, que dificulta o entendimento do contribuinte, assim influenciando
na decisão de qual regime optar para o recolhimento.
A pesquisa se limitou ao regulamento do ICMS de Mato Grosso, com foco em
uma análise comparativa entre dois regimes, de apuração normal e estimativa
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simplificada, aplicado em uma empresa de comércio varejista de artigos de
vestuários e acessórios, a qual está localizada na cidade de
Rondonópolis, região sul do Estado de Mato Grosso.
1.7 Organização Lógica da Monografia
Para uma melhor compreensão e visualização do leitor acerca do tema
proposto, a presente pesquisa se encontra estruturada em quatro capítulos.
O capítulo um é composto pela apresentação do tema, abordagem e definição
do problema, os objetivos geral e específicos almejados, bem como a hipótese de
possível resposta ao problema e os procedimentos metodológicos adotados.
O segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica de assuntos
importantes para a elaboração do trabalho, através de uma revisão literária baseada
em legislações fiscais e tributárias aplicáveis e em materiais publicados por
renomados autores em livros, artigos, revistas, teses, dissertações e anais de
congressos, descrevendo sobre o imposto ICMS e sua importância para as
organizações.
No terceiro capítulo, apresenta-se o resultado da pesquisa realizada através
da aplicação de técnicas de pesquisa preestabelecida bem como identificar a
problemática existente a partir dos resultados obtidos.
No quarto e último capítulo, serão apresentadas as conclusões e as principais
contribuições que a pesquisa proporcionou, avaliando os pontos fortes e fracos e se
a hipótese levantada se confirmou, finalizando com as sugestões de futuros
trabalhos.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esta seção aborda conceitos necessários para a compreensão dos objetivos
propostos, a qual visa facilitar a compreensão do leitor acerca do tema, bem como
expor as características pertinentes do ICMS e dos dois regimes de recolhimento
utilizados para este estudo, apuração normal e estimativa simplificada, dispostas em
aspectos legais.
Deste modo, por meio de uma pesquisa em legislações fiscais e tributárias
aplicáveis à matéria, foi possível a elaboração do referencial teórico, para compor o
embasamento da pesquisa proposta, colaborando assim para o seu enriquecimento.
2.1 Contabilidade Tributária
Fica evidenciado que, a contabilidade, como ciência que estuda e controla a
evolução patrimonial das organizações, materializa-se como instrumento primordial
ao processo decisório no que tange aos diversos aspectos empresariais, sendo uma
de suas funções, a orientação e controle das vertentes tributárias que norteiam as
atividades das empresas, demonstrando assim um ramo específico da contabilidade,
a contabilidade tributária, conforme preceitua Fabretti (2013, p. 5):
[...] ramo da contabilidade que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada [...] deve demonstrar a situação do patrimônio e o resultado do exercício, de forma clara e precisa, rigorosamente de acordo com conceitos, princípios e normas básicas de contabilidade. O resultado apurado deve ser economicamente exato.
Sendo assim, a contabilidade tributária, em obediência aos princípios
e conceitos, tem por finalidade interpretar e aplicar normas legais, bem como apurar
os valores tributários devidos, sendo a responsável direta pela execução das
funções e atividades da gestão tributária.
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2.2 Planejamento Tributário
A redução dos custos é uma necessidade constante de todas as empresas
brasileiras vista as condições de alta competitividade, uma das condições básica
para o sucesso de qualquer empreendimento é a realização de um bom
planejamento tributário, que é utilizado como mecanismo estratégico para obtenção
de melhores resultados.
No que se refere ao planejamento tributário, Fabretti (2013, p. 8) salienta que
“O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo,
pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos
onerosas, denomina-se planejamento tributário”. Portanto, o planejamento deve ser
feito de forma ordenada, de acordo com a legislação vigente, antes da ocorrência do
fato gerador e exige o bom senso do planejador ao analisar todas as opções que
estão disponíveis.
Sendo assim, o planejamento tributário, por meio da utilização de métodos e
práticas com respaldo jurídico, pode vir a minimizar a incidência da carga
tributária nas atividades empresariais, visto que a própria legislação oferece
inúmeras opções legais acessíveis e incentivos fiscais, que somente a partir de um
estudo minucioso das vertentes organizacionais, será possível verificar a alternativa
mais vantajosa para a realidade da empresa.
2.3 ICMS Geral
Com a instituição da Lei nº 4.625/1922 se inicia no Brasil a evolução histórica
do ICMS, que era chamado a princípio de “Imposto sobre vendas Mercantis (IVM)”.
Com a Constituição de 1934, é criado o antigo “Imposto Sobre Vendas e
Consignações (IVC)”, tributo de modelo cumulativo que incidia sobre as vendas de
mercadorias em geral, sendo em seguida substituído pelo Imposto sobre Circulação
de Mercadorias (ICM), que foi criado com o intuito de inovar por não apresentar as
características de cumulatividade, o ICM detinha de um capítulo próprio no Código
Tributário Nacional para regulamentar as operações Estaduais e Municipais relativas
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à circulação de mercadorias, sem encontravam nos artigos 52 à 62, posteriormente
foi revogado pelo Decreto-lei nº 406/1968 que lhe deu novas formas. (VALOR
TRIBUTÁRIO, [2013?]).
De acordo com Da Silva, Da Costa Cruz e Almeida Santos (2016, p. 81) “a
Constituição Federal de 1988 criou este único imposto com a junção de outros
impostos já previstos na Constituição Federal de 1967”. Essa junção pode ser
observada na Figura 1 que segue.
Fonte: Da Silva, Da Costa Cruz e Almeida Santos (2016, p. 81).
O atual Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS) surgiu com a promulgação da Constituição Federal de 1988,
em que se ampliou a base de incidência do antigo ICM, incorporando a produção de
petróleo e derivados, de energia elétrica e os serviços de telecomunicações e de
transporte interestadual, até então objetos de um regime tributário próprio, ganhou a
sua configuração de ICMS, sendo regido, a partir de 1996, pela Lei Complementar nº
87.
O imposto é de competência dos Estados e do Distrito Federal conforme está
previsto no artigo 155, II, da Constituição Federal (1988):
Figura 1 - Unificação do ICMS.
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Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Ainda neste sentido, deve considerar-se a importância da arrecadação do
ICMS para os municípios, levando em consideração o que está mencionado no
artigo 158, IV, da Constituição Federal (1988):
Pertencem aos Municípios: IV - Vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Pode-se destacar que o ICMS se trata de um imposto indireto, uma vez que
quem paga ao Fisco (contribuinte de direito) pode regularmente transmitir o
respectivo ônus da carga fiscal para um terceiro, que é consumidor final (contribuinte
de fato). Na perspectiva jurídica, o imposto indireto compreende uma dualidade de
sujeitos, ou seja, seu fato gerador é uma operação e o contribuinte a pessoa que
impulsiona o ciclo econômico, podendo transferir o encargo para outro partícipe do
mesmo fato gerador.
O ICMS atenderá aos seguintes princípios, conforme (CONSTITUIÇÃO
FEDERAL, 1988).
a) Não cumulatividade: compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal, e a
isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação, não
implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes, acarretando a anulação do crédito relativo às operações
anteriores;
b) seletividade: em que a lei poderá fixar alíquotas diferenciadas para certos
produtos ou serviços em função da sua essencialidade;
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c) imunidades: sobre operações que destinem mercadorias para o exterior,
bem como sobre serviços prestados a destinatários no exterior; sobre operações
que destinem a outros Estados, petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; sobre o ouro como ativo
financeiro; e sobre as prestações de serviço de comunicação nas modalidades de
radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; sobre as
operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; sobre
as operações com fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil
contendo obras musicais ou literomusicais.
No Estado de Mato Grosso, a norma regulamentadora das operações dentro
do Estado encontra-se na lei nº 7.098/1998, e no RICMS aprovado pelo Decreto nº
2.212 de 2014.
2.4 Fato gerador e incidência
O fato gerador e a incidência do ICMS podem ser verificados na atual
Constituição Federal, na Lei Kandir nº 87/1996 e na Lei Estadual do Mato Grosso nº
7.098/1998.
O Código Tributário Nacional em seus artigos 114 e 115 traz a definição de
fato gerador como sendo:
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
O fato gerador do ICMS pode ser sintetizado em três grupos:
a) circulação de mercadorias;
b) prestação de serviços de transporte interestaduais e intermunicipais;
-
29
c) prestação de serviços de comunicação.
Em relação às operações de circulação de mercadoria, referem-se à saída
física ou jurídica de mercadorias do estabelecimento que envolva uma
efetiva transferência da propriedade da mercadoria. Por exemplo, não incide o ICMS
nas operações de locação, comodato, leasing, consignação entre outras, pois há
apenas a mera saída física da mercadoria e não a transferência de propriedade.
Consideram-se mercadorias as coisas móveis objeto de comércio, adquiridas para
revenda até o consumidor final, realizada de forma habitual e com fins comerciais.
Para que seja qualificada como mercadoria, esta deve ter destinação comercial, isto
é, objetivo de venda ou revenda efetuada por comerciante, ou seja, alguém que,
com habitualidade, dedica-se ao comércio. A redação da lei do Mato Grosso nº
7.098/1998 em seu artigo 3º considera ocorrido o fato gerador do imposto no
momento:
I - da saída da mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado; IV - da transmissão da propriedade da mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;
No que diz respeito aos serviços de transporte interestadual e
intermunicipal de pessoas e bens, locomoção por qualquer via ou meio, inclusive por
dutos ou semelhantes, para ocorrer a incidência do ICMS, o transporte deve
ultrapassar fronteira territorial, entre Municípios e entre Estados. No serviço
intermunicipal (dentro do mesmo município), será fato gerador do ISS e não do
ICMS se o transporte for de pessoas, por exemplo, transporte terrestre de ônibus de
coletivos, o imposto será ISS e incidirá sobre o preço do serviço. Se o transporte for
de bens, mercadorias ou valores, o imposto incidirá sobre o valor do frete cobrado.
Contudo o imposto não incide no caso de transporte de carga própria, uma vez que
se configura uma venda FOB (Free on board), isto é, sem pagamento de frete a
terceiros. A lei nº 7.098/1998 em seu artigo 3º, V e VI, considera ocorrido o fato
gerador do imposto no momento:
-
30
V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer natureza; VI - do ato final do transporte iniciado no exterior;
Os serviços de comunicação para fins de incidência do ICMS devem-se
considerar como comunicação o transporte de mensagem, por qualquer meio
(inclusive eletrônica), sempre de forma onerosa, entre o emissor e o receptor. O
ICMS não deve incidir sobre a habilitação de celular (etapa anterior ao serviço de
comunicação), mas tão somente sobre o serviço de comunicação de telefonia fixa ou
móvel. A lei nº 7.098/1998 em seu artigo 3º, VII, considera ocorrido o fato gerador do
imposto no momento:
VII - da prestação onerosa de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
Portanto o fato gerador é a realização da hipótese de incidência tributária que
faz nascer à obrigação de pagar o tributo.
2.5 Base de cálculo
A Lei Complementar nº 87 de 1996 em seu artigo 13, determina que a base
de cálculo do ICMS seja em regra geral, o preço de venda da mercadoria. No
entanto, por existir diversas hipóteses de incidência, a base de cálculo pode ser
composta de outros valores. Abaixo segue quadro 1 que ilustra como funciona o
valor da base de cálculo do ICMS.
Quadro 1 - Delineamento da Lei Kandir nº 87 de 1996.
Lei Kandir Fato Gerador Base de Cálculo
Artigo 13, I
Saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular.
O Valor da operação.
Transmissão à terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente.
Transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente.
Artigo 13, II Fornecimento de alimentação, bebidas e Compreende o valor da
-
31
outras mercadorias por qualquer estabelecimento.
mercadoria e serviço.
Artigo 13, III Prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Preço do Serviço.
Artigo 13, IV, a Fornecimento de mercadoria com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios.
O Valor total da operação.
Artigo 13, IV, b Fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido na lei complementar aplicável.
O preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada.
Artigo 13, V Desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior.
A soma das seguintes parcelas: a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação, observado o disposto no art. 14; b) imposto de importação; c) imposto sobre produtos industrializados; d) imposto sobre operações de câmbio; e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras.
Artigo 13, VI Recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior.
O valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilização.
Artigo 13, VII Aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados.
O valor da operação acrescido do valor dos impostos de importação e sobre produtos industrializados e de todas as despesas cobradas ou debitadas ao adquirente.
Artigo 13, VIII Entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.
O valor da operação de que decorrer a entrada.
Artigo 13, IX Utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente.
O valor da prestação no Estado de origem.
Fonte: Elaborado pela autora, 2019.
base de cálculo na saída de mercadorias é o valor da operação. No
fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer
-
32
estabelecimento a base de cálculo é valor da operação, compreendendo
mercadorias e serviço. No transporte, é o preço do serviço. Na importação, o valor
da mercadoria ou bem, incluindo as parcelas referentes ao IPI, IOF e quaisquer
outros impostos, taxas, contribuiç es e despesas aduaneiras. Quando a mercadoria
é fornecida para uso ou consumo do destinatário, e não para comercialização, o
valor do IPI, se houver, entra também na base de cálculo.
2.6 Alíquota
As alíquotas são valores em percentual ou fixo aplicados para calcular qual
valor será pago de determinado tributo.
Segundo a lei nº 7.098/1998 as alíquotas do imposto são as seguintes:
a) 17% (dezessete por cento), nas operações realizadas dentro do Estado,
ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso I da lei nº
7.098/1998;
b) 12% (doze por cento), nas operações realizadas fora do Estado,
ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso II da lei nº
7.098/1998;
c) 25% (vinte e cinco por cento), nas operações internas e de importação,
realizadas com as mercadorias segundo a Nomenclatura Brasileira de
Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), ressalvadas as hipóteses
expressamente previstas no inciso IV da lei nº 7.098/1998;
d) 30% (trinta por cento), nas demais prestações onerosas de serviços de
comunicação, inclusive quando prestados ou iniciados no exterior,
ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso V da lei nº
7.098/1998;
e) Variáveis de acordo com as faixas de consumo de energia elétrica,
ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso VII da lei nº
7.098/1998;
f) 4% (quatro por cento, nas prestações de serviços de transporte aéreo
interestadual de passageiro, carga e mala postal e nas operações
interestaduais com bens e mercadorias importadas do exterior,
-
33
ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso VIII da lei nº
7.098/1998;
g) 35% (trinta e cinco por cento), nas operações internas e de importação,
realizadas com as mercadorias segundo a Nomenclatura Brasileira de
Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), ressalvadas as hipóteses
expressamente previstas no inciso IX da lei nº 7.098/1998;
As alíquotas do ICMS estão divididas entre operações com mercadorias e
prestações de serviços de transporte e comunicação realizados dentro do mesmo
Estado alíquotas internas, fixadas pela lei nº 7.098/1998 e as realizadas para fora do
Estado alíquotas interestaduais, fixadas por Resolução do Senado Federal, e as
realizadas fora do país alíquotas de exportação.
No comércio entre pessoas localizadas em Estados diferentes, usa-se a
alíquota interestadual se o destinatário for contribuinte do ICMS. Se o destinatário
não for contribuinte do ICMS, a alíquota será a interna (CF, art. 155, § 2º, VII).
2.7 Contribuintes
O art. 155, § 2º, XII, a, CF, determina que cabe lei complementar definir quem
será o contribuinte do ICMS.
Sendo assim, contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de
circulação de mercadoria ou prestações de serviços descritas como fatos geradores
do tributo (LEI COMPLENTAR Nº 87, 1996).
Qualquer pessoa, que participa da cadeia de circulação e compra de um
produto ou serviço é contribuinte do ICMS, porque ele é cobrado de maneira
indireta, o que significa que o valor do imposto é adicionado ao preço final do bem
adquirido.
A Lei Complementar nº 87 (1996), também estabelece que:
-
34
Art. 4º (...) Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial: I – Importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; II - Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados; IV – Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.
A Constituição Federal, em seu art. 150, § 7º, admite o fenômeno da
responsabilidade atinente ao ICMS, no contexto da substituição tributária
progressiva ou “para frente”, onde o substituto recolhe o imposto de operações
posteriores ou futuras, a escolha de uma terceira pessoa para recolher o tributo
antes da ocorrência do fato gerador, em uma nítida antecipação de recolhimento
perante um fato gerador presumido.
Na substituição tributária, o Fisco deixa de lado o contribuinte, atribuindo o
encargo do imposto a um substituto, que deve ser pessoa vinculada de alguma
forma ao fato gerador. Em certos casos, quando o substituto também é contribuinte,
recolherá ele, na mesma nota fiscal, uma parcela referente ao ICMS normal, como
contribuinte, e outra referente ao ICMS por substituição, como substituto.
2.8 Regime de apuração normal
O Regime de Apuração Normal do ICMS está regulamentado no artigo 131 e
132 do RICMS MT. É o regime de apuração mais comum no país, sendo que a sua
principal característica é apuração do crédito na entrada das mercadorias e o débito
na saída das mesmas. Por consequência, caso os créditos forem maiores que os
débitos o contribuinte possuirá Impostos a Recuperar junto ao fisco, sendo que se os
débitos forem maiores que os créditos o contribuinte terá Imposto a Pagar ao fisco.
A sistemática de apuração das entradas e saídas está fundamentada no Art.
131, incisos I e II do RICMS MT (2014):
-
35
Os estabelecimentos enquadrados no regime de apuração normal apurarão, no último dia de cada mês: I – no Registro de Saídas: a) o valor contábil total das operações e/ou prestações; b) o valor total da base de cálculo das operações e/ou prestações com débito do imposto e o valor do respectivo imposto debitado; c) o valor fiscal total das operações e/ou prestações isentas ou não tributadas; d) o valor fiscal total de outras operações e/ou prestações sem débito do imposto; II – no Registro de Entradas: a) o valor contábil total das operações e/ou prestações; b) o valor total da base de cálculo das operações e/ou prestações com crédito do imposto e o valor total do respectivo imposto creditado; c) o valor fiscal total das operações e/ou prestações isentas ou não tributadas; d) o valor fiscal total de outras operações e/ou prestações sem crédito do imposto; e) o valor total da diferença do imposto devido a este Estado, decorrente da entrada ou aquisição das mercadorias oriundas de outra unidade federada, destinadas a uso, consumo ou ativo fixo, e da utilização de serviço cuja prestação não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente alcançada pela incidência do ICMS;
Cabe destacar que, conforme consta na alínea “e” mencionada acima, se a
mercadoria adquirida em operação interestadual for destinada à uso, consumo ou
ativo fixo do contribuinte, este deverá calcular e recolher separadamente o imposto,
em código especifico, denominado “Diferencial de líquota”.
A alíquota aplicada as mercadorias a título de Diferencial de Alíquota, é a
diferença entre a alíquota interna do estado e a alíquota aplicada no estado de
origem, conforme art. 96, II, RICMS MT (2014):
Quanto à alíquota, deverão, ainda, ser observadas as seguintes regras: II – (...) em relação à entrada no estabelecimento de contribuinte de bem ou mercadoria, adquiridos em outra unidade federada, destinados a uso, consumo ou ativo permanente, bem como na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tenha sido iniciada fora do território mato-grossense e não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente, alcançada pela incidência do imposto, a alíquota será o percentual que resultar da diferença entre a alíquota interna deste Estado, aplicável à operação ou à prestação, e aquela aplicada na unidade federada de origem da mercadoria ou do serviço para a operação ou a prestação interestadual.
-
36
Deste modo, será recolhido o Diferencial de Alíquota, pois esta mercadoria
não será objeto de operação ou prestação subsequente, tão somente será feito o
uso ou fará parte do ativo fixo da empresa.
As alíquotas aplicadas para a apuração normal do ICMS em Mato Grosso,
variam de acordo com o tipo de atividades e mercadorias, contudo conforme art. 95
do RICMS/MT, é definido como alíquota base do estado o percentual de 17%, para
operações internas, as realizadas dentro deste estado e de 12% para operações
interestaduais, aquelas destinadas a outros estados, por ser as de maior
abrangência.
A portaria nº 100/1996 que consolida as normas que dispõem sobre os prazos
de recolhimento do ICMS e dá outras providências, institui em seu artigo 1º, I, que:
O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS -, inclusive a parcela relativa ao diferencial de alíquota, deverá ser recolhido nos prazos abaixo: I – para os contribuintes sujeitos ao regime de apuração mensal, inclusive aqueles enquadrados nas disposições do artigo 132 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n° 2.212, de 20 de março de 2014, ressalvado o disposto nos incisos seguintes: até o 6° (sexto) dia do mês subsequente ao da apuração.
Para o prazo de recolhimento do ICMS deverá ser observada as exceções
impostas pela legislação. Caso a data de recolhimento do imposto cair em dias de
sábado, domingo, feriado, ponto facultativo ou qualquer outra data em que não
tenha expediente normal nos Bancos ou órgãos públicos estaduais, o pagamento do
tributo deverá ser realizado no primeiro dia útil seguinte ao vencimento.
2.9 Regime de Estimativa Simplificada
O Regime de Estimativa Simplificado, também conhecido como Carga Média,
foi instituído para apuração e pagamento do Imposto Sobre Circulação de
Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) pelos Decretos n° 392/2011, 410/2011
e 468/2011, entrou em vigor no dia 1º de junho de 2011, a motivação para a criação
do novo regime foi para melhorar a eficiência nos controles tributários e contribuir
-
37
para a simplificação dos procedimentos, tanto para o fisco quanto para o
contribuinte.
A legalidade do decreto está consignada no rt. 30, inciso V, alínea “b”, da Lei
nº 7.098/98:
Em substituição ao regime mencionado nos artigos 28 e 29, a apuração do imposto poderá ser efetuada, também, através: V - de regime de estimativa por operação ou prestação, nos termos do regulamento e normas complementares, cuja tributação poderá, cumulativa ou alternativamente, objetivar: (Nova redação dada pela Lei 9.226/09) b) a simplificação, mediante exigência baseada na carga tributária média e eventual encerramento da fase tributária.
Ademais, o regime de estimativa encontra se regulamentado no RICMS do
Mato Grosso, nos artigos 133 a 139 e seus efeitos são para os fatos geradores
ocorridos a partir de 1º de junho de 2011. O Decreto nº 392/2011 introduziu o anexo
XVI no RICMS MT, conhecido como percentual de carga média por atividade
(CNAE), para fins de aplicação em todas as operações.
O regime de estimativa simplificada foi criado através da junção de outras
modalidades de recolhimento, conforme figura 2, ilustrada abaixo:
Figura 2 - Unificação do ICMS Regime de Estimativa Simplificada. Fonte: Sefaz Mato Grosso, [2015?].
http://app1.sefaz.mt.gov.br/Sistema/legislacao/legislacaotribut.nsf/709f9c981a9d9f468425671300482be0/2b3d992bfd29d005842576580041a56d?OpenDocument#_19h2ki82eksg3ibhi68r2o8248kg34ch08h2i0jqlag_
-
38
A sistemática deste regime é aplicar uma carga média, que se encontra no
anexo VI do RICMS MT, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE) principal do contribuinte sobre a base de cálculo do imposto. É
aplicado este sistema a todos os contribuintes pertencentes a esse regime em todas
as operações interestaduais de entrada sujeitas ao fato gerador do ICMS.
No regime de Estimativa Simplificada não há mais distinção entre bens e
mercadorias destinadas a venda ou ao ativo permanente, uso ou consumo. Desta
forma, aplicar-se-á, no caso de mercadorias destinadas ao ativo permanente, uso ou
consumo a mesma sistemática das mercadorias destinadas à comercialização.
Sendo assim, para o cálculo do ICMS devido aos fatos geradores abrangidos pelo
diferencial de alíquota, o contribuinte aplicará a sistemática do Regime de Estimativa
Simplificado, onde o ICMS devido será: Valor da operação ou prestação x Carga
Média conforme o anexo XIII do RICMS MT 2014.
Conforme o artigo 139 (RICMS, 2014):
Fica vedada ao contribuinte enquadrado no regime de estimativa a utilização, para abatimento do montante mensal a recolher, de qualquer valor, inclusive daqueles referentes à aplicação em atividades incentivadas, geradoras de créditos fiscais para compensação com o ICMS.
Dessa forma ao optar por este regime o contribuinte não terá direito a
dedução, manutenção, estorno ou glosa de crédito, sendo que, salvo exceções, o
recolhimento do imposto neste regime encerra a cadeia tributária.
Ficam excluídas do Regime de Estimativa Simplificada as operações com
veículos automotores novos e usados, bebidas alcoólicas, cigarros e seus derivados,
combustíveis, lubrificantes e biodiesel, energia elétrica, saídas de produtos
integrantes de cesta básica do estabelecimento industrial, operações promovidas
por estabelecimentos industriais mato-grossenses e demais exceções que se
encontram no artigo 157, § 2º do RICMS-MT 2014.
Para o prazo de recolhimento do ICMS Estimativa Simplificada é até o
vigésimo do segundo mês subsequente à entrada da mercadoria, caso a data de
recolhimento do imposto cair em dias de sábado, domingo, feriado, ponto facultativo
ou qualquer outra data em que não tenha expediente normal nos Bancos ou órgãos
-
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públicos estaduais, o pagamento do tributo deverá ser realizado no primeiro dia útil
seguinte ao vencimento.
-
40
3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Este capítulo está dividido em tópicos para a exposição da aplicação das
bases teóricas e modelos práticos, na análise dos impactos financeiros da adoção
de duas formas de recolhimento do ICMS, Regime de Estimativa Simplificada e
Regime de Apuração Normal.
3.1 Caracterização da Empresa
A pesquisa foi aplicada em uma empresa localizada na cidade de
Rondonópolis-MT, cujo nome fantasia e razão social foram mantidos em sigilo, no
intuito de resguardar seus dados, informações e imagem.
A empresa está constituída sob a forma de sociedade limitada, com tributação
no Lucro Presumido, e tem como objeto comercial a venda de artigos de vestuários
e acessórios.
O quadro societário da entidade está composto por 6 (seis) sócios e 33 (trinta
e três) funcionários legalmente registrados. O montante faturado pela empresa por
ano é de aproximadamente R$ 5.200.000,00 contribuindo assim, significativamente
para o desenvolvimento econômico da cidade.
3.2 Aplicação do modelo Regime de Estimativa Simplificada
De acordo com o anexo com o anexo XIII do RICMS MT 2014, o percentual
de carga média tributária para o CNAE nº 47.84-4-00 - Comércio varejista de artigos
do vestuário e acessórios, da empresa estudada, é de 19%. Para compor a base de
cálculo mensal do imposto utiliza-se o valor das mercadorias que deram entrada
dentro do mês, proveniente de outras unidades de federação, inclusive as
mercadorias destinadas a uso consumo e ativo fixo da empresa. No ano de 2019, a
empresa fez o recolhimento do ICMS utilizando este regime, a tabela 1 abaixo
demonstra os valores apurados e recolhidos pela entidade durante o ano.
-
41
Tabela 1 - Demonstrativo de Cálculo ICMS Estimativa Simplificada
Mês Compras de outros Estados de
Mercadorias para revenda, uso e consumo e ativo fixo.
Carga Média
Valor devido e Recolhido de
ICMS
jan/19 R$ 62.173,94 19% R$ 11.813,05
fev/19 R$ 62.505,43 19% R$ 11.876,03
mar/19 R$ 126.448,00 19% R$ 24.025,12
abr/19 R$ 178.306,12 19% R$ 33.878,16
mai/19 R$ 227.944,66 19% R$ 43.309,49
jun/19 R$ 187.520,19 19% R$ 35.628,84
jul/19 R$ 120.487,01 19% R$ 22.892,53
ago/19 R$ 187.867,49 19% R$ 35.694,82
set/19 R$ 69.870,11 19% R$ 13.275,32
out/19 R$ 591.333,37 19% R$ 112.353,34
nov/19 R$ 804.400,26 19% R$ 152.836,05
dez/19 R$ 306.717,37 19% R$ 58.276,30
TOTAL R$ 2.925.573,95 R$ 555.859,05
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Conforme apresentado na tabela 1, o cálculo do ICMS Estimativa
Simplificada utiliza o valor das compras oriundas de outros estados, que são
destinadas a revenda, uso, consumo e ativo fixo, multiplicando-se pela carga média
da empresa que foi estabelecida em 19%. Sendo assim as compras do ano
totalizaram o valor de R$ 2.925.573,95 que gerou um desembolso de R$
555.859,05 referente ao ICMS apurado.
Vale destacar, que no mês de novembro ocorreu o maior volume de
compras e também o maior recolhimento do imposto, as compras totalizaram o
valor de R$ 804.400,26 e o ICMS o valor de R$ 152.836,05 que se dá pelas datas
comemorativas do final de ano. Nos meses de janeiro e fevereiro houve o menor
número de compras e menor desembolso do imposto, sendo respectivas as
compras de R$ 62.173,94 e R$ 62.505,43 e o ICMS de R$ 11.813,05 e R$
11.876,03, por se tratar de um período de pouco movimento para as vendas.
3.3 Aplicação do modelo Regime de Apuração Normal
No cálculo com base no regime de Apuração Normal, usa-se a sistemática
-
42
de apuração do crédito na entrada das mercadorias para revenda e o débito na
saída das mesmas. A tabela 2 abaixo, apresenta os dados do faturamento
fornecido pela empresa, os quais já se encontram deduzidos os valores das
devoluções, abatimentos, descontos comerciais concedidos e o ICMS por
substituição tributária.
Tabela 2 - Faturamento com débito do ICMS
Mês Valor do Faturamento
Líquido Alíquota Interna do ICMS no MT Débito do ICMS
jan/19 R$ 206.034,68 17% R$ 35.025,90
fev/19 R$ 195.646,96 17% R$ 33.259,98
mar/19 R$ 252.074,11 17% R$ 42.852,60
abr/19 R$ 494.672,01 17% R$ 84.094,24
mai/19 R$ 499.575,29 17% R$ 84.927,80
jun/19 R$ 325.909,54 17% R$ 55.404,62
jul/19 R$ 404.102,87 17% R$ 68.697,49
ago/19 R$ 540.110,35 17% R$ 91.818,76
set/19 R$ 349.808,66 17% R$ 59.467,47
out/19 R$ 414.074,22 17% R$ 70.392,62
nov/19 R$ 479.053,24 17% R$ 81.439,05
dez/19 R$ 1.025.601,86 17% R$ 174.352,32
TOTAL R$ 5.186.663,79 R$ 881.732,84
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
A tabela 2 mostra que a empresa obteve um faturamento anual de R$
5.186.663,79. No mês de fevereiro obteve o menor faturamento de R$ 195.646,96,
já no mês de dezembro, devido as datas comemorativas, obteve o maior
faturamento no valor de R$ 1.025.601,86.
A empresa revende as mercadorias no mercado interno, dando origem a um
débito de 17% de ICMS, conforme o art. 95 do RICMS MT (2014) que diz:
As alíquotas do imposto são: (cf. caput do art. 14 da Lei n° 7.098/98)
I – 17% (dezessete por cento), ressalvadas as hipóteses expressamente previstas nos incisos II a VII deste artigo: (cf. inciso I do caput do art. 14 da Lei n° 7.098/98) a) nas operações realizadas no terriório do Estado;
O débito de ICMS do ano totalizou-se em R$ 881.732,84 correspondente a
aplicação do percentual de 17% nos valores dos faturamentos obtidos mês a mês.
-
43
Na obtenção dos créditos será utilizando alíquota de ICMS próprio de 7%,
pois a maior concentração de compras da empresa é oriunda dos estados de São
Paulo e Paraná. A tabela 3 ilustra o cálculo dos créditos de acordo com os
relatórios disponibilizados pela empresa.
Tabela 3 - Compras com direito à crédito do ICMS
Mês Valor das Compras para
Revenda Alíquota
Interestadual Crédito do ICMS
jan/19 R$ 53.309,21 7% R$ 3.731,64
fev/19 R$ 57.062,78 7% R$ 3.994,39
mar/19 R$ 126.448,00 7% R$ 8.851,36
abr/19 R$ 178.306,12 7% R$ 12.481,43
mai/19 R$ 217.134,14 7% R$ 15.199,39
jun/19 R$ 178.455,18 7% R$ 12.491,86
jul/19 R$ 120.872,27 7% R$ 8.461,06
ago/19 R$ 187.867,46 7% R$ 13.150,72
set/19 R$ 62.641,24 7% R$ 4.384,89
out/19 R$ 222.429,24 7% R$ 15.570,05
nov/19 R$ 234.610,77 7% R$ 16.422,75
dez/19 R$ 175.374,16 7% R$ 12.276,19
TOTAL R$ 1.814.510,57 R$ 127.015,74
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
No regime de apuração normal é utilizado crédito do ICMS apenas das
compras de mercadorias destinadas a revenda. A tabela 3 destaca que as compras
do ano somaram o valor de R$ 1.814.510,57 que aplicado a alíquota de ICMS de
Origem de 7% totaliza um crédito anual de R$ 127.015,74.
Depois de encontrar os valores de débito e crédito do ICMS, é feita a
apuração do valor devido, conforme ilustração da tabela 4 que segue abaixo:
Tabela 4 - Apuração Normal do ICMS
Mês Débito do ICMS Crédito do ICMS ICMS Devido no Mês
jan/19 R$ 35.025,90 R$ 3.731,64 R$ 31.294,25
fev/19 R$ 33.259,98 R$ 3.994,39 R$ 29.265,59
mar/19 R$ 42.852,60 R$ 8.851,36 R$ 34.001,24
abr/19 R$ 84.094,24 R$ 12.481,43 R$ 71.612,81
mai/19 R$ 84.927,80 R$ 15.199,39 R$ 69.728,41
-
44
jun/19 R$ 55.404,62 R$ 12.491,86 R$ 42.912,76
jul/19 R$ 68.697,49 R$ 8.461,06 R$ 60.236,43
ago/19 R$ 91.818,76 R$ 13.150,72 R$ 78.668,04
set/19 R$ 59.467,47 R$ 4.384,89 R$ 55.082,59
out/19 R$ 70.392,62 R$ 15.570,05 R$ 54.822,57
nov/19 R$ 81.439,05 R$ 16.422,75 R$ 65.016,30
dez/19 R$ 174.352,32 R$ 12.276,19 R$ 162.076,13
TOTAL R$ 881.732,84 R$ 127.015,74 R$ 754.717,10
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Ao confrontar os valores de débito e crédito, conforme mostrado acima na
tabela 4 no regime de apuração normal pega-se o valor de débito R$ 881.732,84 e
subtrai-se o crédito de R$ 127.015,74 o resultado de R$ 754.717,10 é o valor devido
de ICMS no ano. Cabe salientar, que este valor é somente sobre as mercadorias
que foram revendidas, quando há compra de mercadorias destinadas a uso,
consumo e ativo fixo será cobrado o ICMS Diferencial de Alíquotas, pois está
mercadoria não será objeto de operação ou prestação subsequente.
O ICMS Diferencial de Alíquota, também conhecido como DIFAL, é a
diferença entre a alíquota interna do estado e a alíquota aplicada no estado de
origem. Na tabela 5 está tabulado o valor devido.
Tabela 5 - Apuração do ICMS DIFAL
Mês
Compras Materiais de
Uso, Consumo e Ativo Fixo
Alíquota Interna
do ICMS
Alíquota Interestadual
do ICMS
Diferença de
Alíquota
Valor devido de ICMS DIFAL
jan/19 R$ 7.839,73 17% 7% 10% R$ 783,97
fev/19 R$ 5.211,00 17% 7% 10% R$ 521,10
mar/19 R$ - 17% 7% 10% R$ -
abr/19 R$ - 17% 7% 10% R$ -
mai/19 R$ 10.416,73 17% 7% 10% R$ 1.041,67
jun/19 R$ 8.945,01 17% 7% 10% R$ 894,50
jul/19 R$ - 17% 7% 10% R$ -
ago/19 R$ - 17% 7% 10% R$ -
set/19 R$ 3.574,02 17% 7% 10% R$ 357,40
out/19 R$ 368.871,00 17% 7% 10% R$ 36.887,10
nov/19 R$ 575.204,60 17% 7% 10% R$ 57.520,46
dez/19 R$ 130.374,90 17% 7% 10% R$ 13.037,49
TOTAL R$ 1.110.436,99 R$ 111.043,70
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45
Fonte: Elaborada pela autora, 2020.
Tendo em vista a ampliação e reforma da empresa no ano de 2019 houve um
alto número as aquisições de ativos imobilizados. A tabela 5 descreve os valores
mensais das compras de mercadorias destinadas a uso, consumo e ativo fixo que
somam R$ 1.110.436,99 aplicado a alíquota de 10% que é resultante da diferença
entre 17% alíquota interna do Mato Grosso e 7% alíquota interestadual de São
Paulo e Paraná, encontra-se o valor devido a titulo de ICMS Diferencial de alíquotas
de R$ 111.043,70.
Para recolhimento do ICMS no regime de Apuração Normal a empresa
desembolsaria dentro do ano o valor de R$ 865.760,80, somando o valor devido
sobre as vendas de mercadorias e o diferencial de alíquotas das compras que não
são destinadas a revenda.
3.4 Comparativo dos Regimes
Os valores apurados em cada regime podem ser observados no gráfico 1
abaixo:
Gráfico 1 - Comparativo entre os dois Regimes
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
R$
11
.81
3,0
5
R$
11
.87
6,0
3
R$
24
.02
5,1
2
R$
33
.87
8,1
6
R$
43
.30
9,4
9
R$
35
.62
8,8
4
R$
22
.89
2,5
3
R$
35
.69
4,8
2
R$
13
.27
5,3
2
R$
11
2.3
53
,34
R$
15
2.8
36
,05
R$
58
.27
6,3
0
R$
32
.07
8,2
2
R$
29
.78
6,6
9
R$
34
.00
1,2
4
R$
71
.61
2,8
1
R$
70
.77
0,0
8
R$
43
.80
7,2
6
R$
60
.23
6,4
3
R$
78
.66
8,0
4
R$
55
.43
9,9
9
R$
91
.70
9,6
7
R$
12
2.5
36
,76
R$
17
5.1
13
,62
J A N F E V M A R A B R M A I J U N J U L A G O S E T O U T N O V D E Z
Série1 Série2
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46
Conforme demonstrado no gráfico 1, o azul representa os valores apurados
pelo regime de estimativa simplificada, já o laranja representa os valores apurados
pelo regime de apuração normal, incluindo o diferencial de alíquotas. Podemos
observar que nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho,
agosto, setembro e dezembro, cerca de 83% dos meses, é vantajoso para a
empresa recolher pelo regime de estimativa simplificada, pois acarretará em menor
desembolso.
Os meses de outubro e novembro foram os únicos em que o recolhimento
pelo regime de apuração normal foi o menor, devido ao alto número de compras e
consequentemente créditos para aproveitar. Segundo informações repassadas pela
empresa, são os meses com maior concentração de compras para estocagem de
mercadorias para vendas em dezembro.
-
47
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste trabalho foi de apresentar e comparar tecnicamente os dois
regimes de apuração do ICMS no Estado de Mato Grosso, Regimes: Normal e
Estimativa Simplificada. Assim, a partir de uma pesquisa descritiva e bibliográfica,
principalmente remetendo-se à legislação, para analisar o ICMS dentro do ano de
2019 da entidade estudada, buscando-se compreender a sistemática e suas formas
de apuração.
O regime de apuração normal utiliza a sistemática de apuração do crédito na
entrada das mercadorias para revenda e o débito na saída das mesmas. Caso os
créditos forem maiores que os débitos a empresa possuirá Impostos a Recuperar
junto ao fisco, sendo que se os débitos forem maiores que os créditos a empresa
terá Imposto a Pagar ao fisco. Havendo ainda que recolher o DIFAL para as
mercadorias destinadas a uso, consumo e ativo fixo da entidade, pois as mesmas
não serão objetos de operações subsequentes.
No regime de estimativa simplificada a sistemática utilizada é aplicar a carga
média, alíquota definida de acordo com o CNAE da empresa. Nesse regime não há
distinção entre bens e mercadorias destinadas a venda ou ao ativo fixo, uso ou
consumo. Desta forma, aplica-se a mesma sistemática para as mercadorias
destinadas a comercialização, uso, consumo e ativo fixo.
Diante dos resultados simulados, notamos que o melhor regime a ser adotado
para a empresa estudada é o de estimativa simplificada, cuja hipótese fora
confirmada ao decorrer do estudo, ficando evidenciado que encerra a cadeia
tributária do ICMS dentro do Estado, e proporciona menor desembolso. Nota-se que
a sistemática de tributação Simplificada leva em consideração para apuração do
ICMS a pagar apenas o CNAE da empresa e o valor das entradas provenientes de
outras unidades de federação, o que acaba trazendo vantagens para empresas de
médio e grande porte, como é o caso da empresa objeto de estudo, pois sabe-se
que essas empresas conseguem comprar suas mercadorias a um menor preço, ou
seja, a base de cálculo para a apuração do imposto e consequentemente o imposto
a pagar de uma empresa de médio ou grande porte será menor do que de uma
pequena, mesmo em se tratando do mesmo produto.
-
48
Contudo, a partir de 01.01.2020 não é mais permitido o uso do regime de
estimativa simplificada em nosso Estado de Mato Grosso, uma vez que foi revogado
pela Lei Complementar nº 631 de 31 de julho de 2019, que dispõe sobre a remissão
e anistia de créditos tributários decorrentes de benefícios fiscais ou fiscais-
financeiros de ICMS, criados sem lastros em Convênios aprovados no âmbito no
Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). Ocorre que a sistemática de
tributação Estimativa Simplificada só existe no estado de Mato Grosso, e foi
estabelecida com incompatibilidade à Constituição Federal, uma vez que não foi
implementada com base em lei complementar e muito menos submetida à
aprovação do Confaz, sendo considerada como benefício fiscal e impulsionado a
famosa guerra fiscal.
A guerra fiscal é a prática dos Estados de concederem incentivos fiscais, sem
a aprovação do Confaz, o qual é composto pelos secretários de fazenda de todos os
Estados, e a aprovação de qualquer incentivo fiscal tem que ser por unanimidade.
Consequentemente todos os Estados foram obrigados a reinstituição, modificação
ou extinção dos benefícios fiscais concedidos em desacordo da lei, inclusive com
remissão e anistia dos incentivos, isenção ou benefícios fiscais. Fica aprovado como
forma de recolhimento padrão do ICMS o regime de apuração normal, ou seja, pela
conta gráfica, para todos os Estados, afim de acabar com a guerra fiscal.
O regime de estimativa simplificada entrou em vigor no dia 1º de junho de
2011 e foi extinto em 31 de dezembro de 2019, beneficiando muitos
empreendimentos e empresários durantes os 8 anos e 6 meses que ficou vigente.
Por fim, constata-se que o objetivo geral foi alcançado, assim como o
problema de pesquisa, respondido. Como desdobramentos futuros, essa linha
pesquisa pode ser estendida através da investigação sobre como se comportou a
formação de preço dos produtos de vestuários e acessórios com o aumento do
ICMS e consequentemente o aumento dos custos empresarias.
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49
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46b1224ccf4bc249a955e0a48aff275f2b61b6c8fea342ee09caf3defff1730d.pdf46b1224ccf4bc249a955e0a48aff275f2b61b6c8fea342ee09caf3defff1730d.pdf46b1224ccf4bc249a955e0a48aff275f2b61b6c8fea342ee09caf3defff1730d.pdf