Estradas 2
Prof. Me. Arnaldo Taveira Chioveto
Universidade do Estado de Mato Grosso –UNEMAT
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas – FACET
Curso: Bacharelado em Engenharia Civil
BASES e SUB-BASES
CLASSIFICAÇÃO DAS BASES E SUB-BASES FLEXÍVEIS E SEMI-RÍGIDAS
ESTABILIZAÇÃO GRANULOMÉTRICA
São as camadas constituídas por solos, britas de rochas, de escória de alto forno, ou ainda, pela mistura desses
materiais. Estas camadas, puramente granulares, são sempre flexíveis e são estabilizadas granulometricamente
pela compactação de um material ou de mistura de materiais que apresentem uma granulometria apropriada e
índices geotécnicos específicos, fixados em especificações.
Muitas vezes, esses materiais devem sofrer beneficiamento prévio, como britagem e peneiramento, com vista ao
enquadramento nas especificações.
Quando se utiliza uma mistura de material natural e pedra britada tem-se as sub-bases e bases de solo-brita.
Quando se utiliza exclusivamente produtos de britagem tem-se as sub-bases e bases de brita graduada ou de brita
corrida.
BASES E SUB-BASES ESTABILIZADAS (COM ADITIVOS)
Solo-cimento
Mistura devidamente compactada de solo, cimento Portland e água; a mistura solo-cimento deve satisfazer a certos
requisitos de densidade, durabilidade e resistência, dando como resultado um material duro, cimentado, de acentuada
rigidez à flexão. O teor de cimento adotado usualmente é da ordem de 6% a 10%.
Solo Melhorado com Cimento
Esta modalidade é obtida mediante a adição de pequenos teores de cimento (2% a 4%), visando primordialmente à
modificação do solo no que se refere à sua plasticidade e sensibilidade à água, sem cimentação acentuada, são
consideradas flexíveis.
solo estabilizado → quando se tem ganho significativo de resistência com o emprego do aditivo;
solo melhorado → quando a adição busca melhoria de outras propriedades (p.ex. redução da plasticidade e da expansão e contração) sem um ganho significativo de resistência.
BASES E SUB-BASES ESTABILIZADAS (COM ADITIVOS)
Solo-cal
Mistura de solo, cal e água e, às vezes, cinza volante, uma pozolona artificial. O teor de cal mais
freqüente é de 5% a 6%, e o processo de estabilização ocorre:
− por modificação do solo, no que refere à sua plasticidade e sensibilidade à água;
− por carbonatação, que é uma cimentação fraca;
− por pozolanização, que é uma cimentação forte.
Quando, pelo teor de cal usado, pela natureza do solo ou pelo uso da cinza volante, predominam os dois
últimos efeitos mencionados, tem-se as misturas solo-cal, consideradas semi-rígidas.
BASES E SUB-BASES ESTABILIZADAS (COM ADITIVOS)
Solo Melhorado com Cal
Mistura que se obtém quando há predominância do primeiro dos efeitos citados anteriormente, e é
considerada flexível.
Solo-betume
É uma mistura de solo, água e material betuminoso. Trata-se de uma mistura considerada flexível.
BASES E SUB-BASES RÍGIDAS
Estas camadas são, caracteristicamente, as de concreto de cimento. Esses tipos de bases e sub-bases têm
acentuada resistência à tração, fator determinante no seu dimensionamento.
Podem ser distinguidos dois tipos de concreto:
– concreto plástico - próprio para serem adensados por vibração manual ou mecânica;
– concreto magro - semelhante ao usado em fundações, no que diz respeito ao pequeno consumo
de cimento, mas com consistência apropriada à compactação com equipamentos rodoviários
REVESTIMENTOS
CLASSIFICAÇÃO DOS REVESTIMENTOS
Associação de agregados e materiais betuminosos que pode ser feita de duas maneiras :
1) Penetração;
a) penetração invertida;
b) penetração direta.
2) Mistura.
Revestimentos Betuminosos por Penetração Invertida
São executados através de uma ou mais aplicações de material
betuminoso, seguida(s) de idêntico número de operações de
espalhamento e compressão de camadas de agregados com
granulometrias apropriadas.
Conforme o número de camadas tem-se os intitulados, tratamento
superficial simples, duplo ou triplo.
O tratamento simples, executado com o objetivo primordial de
impermeabilização ou para modificar a textura de um pavimento
existente, é denominado capa selante.
REVESTIMENTOS FLEXÍVEIS BETUMINOSOS
Revestimentos Betuminosos por Penetração Direta
São os executados através do espalhamento e compactação de camadas de agregados com
granulometria apropriada, sendo cada camada, após compressão, submetida a uma aplicação de
material betuminoso e recebendo, ainda, a última camada, uma aplicação final de agregado miúdo.
Revestimento típico, por "penetração direta", é o Macadame Betuminoso.
O Macadame Betuminoso tem processo construtivo similar ao Tratamento Duplo e comporta
espessuras variadas e bem maiores, em função do número de camadas e das faixas granulométricas
correspondentes.
REVESTIMENTOS FLEXÍVEIS BETUMINOSOS
REVESTIMENTOS FLEXÍVEIS BETUMINOSOS
Revestimentos por Mistura
Nos revestimentos betuminosos por mistura, o agregado é pré-envolvido com o material betuminoso, antes
da compressão.
Quando o pré-envolvimento é feito em usinas fixas, resultam os "Pré-misturados Propriamente Ditos" e,
quando feito na própria pista, têm-se os "Pré-misturados na Pista" (road mixes).
Conforme os seus respectivos processos construtivos, são adotadas ainda as seguintes designações:
− Pré-misturado a Frio - Quando os tipos de agregados e de ligantes utilizados permitem que o espalhamento
seja feito à temperatura ambiente.
− Pré-misturado a Quente - Quando ligante e o agregado são misturados e lançados ainda quentes.
A utilização destes tipos de pavimento, em rodovias caiu consideravelmente, na medida em que se
intensificou a utilização de pavimentos asfálticos e de concreto.
Assim é que, de uma maneira geral, a sua execução se restringe a pátios de estacionamento, vias urbanas e
alguns acessos viários - muito embora tal execução envolva algumas vantagens nos seguintes casos:
– Em trechos com rampas mais íngremes - aonde, por exemplo, os paralelepípedos promovem uma maior
aderência dos pneus, aumentando a segurança – evitando dificuldades de transposição, principalmente na
época das chuvas.
– Em trechos urbanos, onde a estrada coincide com zonas densamente povoadas, para os quais estão
previstos os serviços de redes de água e esgotos.
– Em aterros recém-construídos e subleito sujeitos a recalques acentuados
REVESTIMENTOS FLEXÍVEIS POR CALÇAMENTO
REVESTIMENTOS RÍGIDOS
O concreto de cimento, ou simplesmente "concreto" é constituído por uma mistura
relativamente rica de cimento Portland, areia, agregado graúdo e água, distribuído numa camada
devidamente adensado. Essa camada funciona ao mesmo tempo como revestimento e base do
pavimento.
MATERIAIS PÉTREOS
MATERIAIS PÉTREOS
Os materiais pétreos usados em pavimentação, normalmente conhecidos sob a denominação
genérica de agregados.
AGREGADOS
Os agregados usados em pavimentação podem ser classificados segundo a natureza, tamanho e distribuição
dos grãos.
(Granulometria)
são aqueles utilizados como se encontram na natureza, como o pedregulho, os seixos rolados, etc.
compreendem os que necessitam uma transformação física e química do material natural para sua utilização. Ex: escória e a argila expandida.
(Granulometria)
𝐷𝑚𝑖𝑛 > 2,00 𝑚𝑚
2,00 𝑚𝑚 < 𝐷 < 0,074 𝑚𝑚
𝐷𝑚𝑎𝑥 < 0,074 𝑚𝑚(filler)
DIÂMETRO MÁXIMO de um agregado é a abertura da malha da menor peneira na qual passam, no mínimo, 95% do material.
DIÂMETRO MÍNIMO é a abertura da malha da maior peneira na qual passam, no máximo, 5% do material.
AGREGADOS
Os agregados usados em pavimentação podem ser classificados segundo a natureza, tamanho e distribuição
dos grãos.
curva granulométrica de material bem graduado e contínua, com quantidade de material fino, suficiente para preencher os vazios entre as partículas maiores.
curva granulométrica de material bem graduado e contínua, com insuficiência de material fino, para preencher os vazios entre as partículas maiores.
possui partículas de um único tamanho, o chamado "one size agregate“, ou seja, agregado de granulometria uniforme onde o diâmetro máximo é, aproximadamente, o dobro do diâmetro mínimo.
AGREGADOS
Os agregados usados em pavimentação podem ser classificados segundo a natureza, tamanho e distribuição
dos grãos.
Quanto à continuidade da curva de distribuição granulométrica os agregados podem ser classificados em agregados de granulometria contínua e de granulometria descontínua.
A granulometria contínua apresenta todas as frações em sua curva de distribuição granulométrica sem mudanças de curvatura.
A granulometria descontínua apresenta ausência de uma ou mais frações, em sua curva de distribuição granulométrica, dando formação de patamares, caracterizando-se pela mudança de curvatura da curva granulométrica, ou seja, por pontos de inflexão.
As características dos agregados que devem ser levadas em conta nos serviços de pavimentação, são as seguintes:
a) Granulometria;
b) Forma Fator importante a definir suas propriedades e comportamentos sob ação do tráfego;
c) Absorção de água;
d) Resistência ao choque e ao desgaste -*;
e) Durabilidade -*;
f) Limpeza;
g) Adesividade -*;
h) Massa específica aparente;
i) Densidade real e aparente do grão.
DNIT
*Durabilidade inércia química, para garantir a permanência de suas propriedades ao longo do tempo.
• Análise petrográfica;
• Ensaio de sanidade (DNER-ME 89-64)
Adesividade a Produtos Asfálticos
• Adesividade graúda ou ensaio RRL Modificado (DNER-ME 78-63);
• Adesividade miúda ou Riedel Weber (DNER-ME 79/63).
*Mecânica Abrasão de Los Angeles
• Pedra britada ≤ 40%;
• Pedregulho ≤ 50%;
• Impacto treton.
Carga elétrica superficial Quando da britagem, apresentam cargas+ (basalto, diabásio e calcáreo)
- (arenito, quartzito, granito e gnaisse).
Mineralógica A identificação petrográfica pode dar previsões quanto ao comportamento do agregado, haja
vista sua formação ser de: rochas ígneas, sedimentares ou metamórficas.
QUIRINO, M.E.P. Recuperação de Pavimentos Flexíveis em Áreas de Taxiamento de Aeronaves - Um Estudo de
caso da pista Fox - 2 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves - MG. Monografia de Especialização.2013. Escola de
Engenharia da UFMG. Belo Horizonte. Disponível em: <http://pos.demc.ufmg.br/novocecc/trabalhos/pg2/99.pdf.
REFERENCIAS
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Sympósium on Weigh-in-Motion – HV Paris 2008. Proceeding CD, Paris.
MOMM, Leto, et al. Pesagem em movimento e o pavimento em concreto asfálticos. Brazilian - International WIM
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BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Diretoria de Obras de cooperação. 2016. Disponível em:
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SENÇO, W. Manual de técnicas de pavimentação. Vol. 2. 1ª ed. São Paulo: PINI, 2001, 671p.
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pavimentação. 3ª ed. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Rodoviárias, 2006. 274p. (Publicação IPR-719).
GRECO, J. A. S. Notas de Aula – Conceitos Básicos sobre Pavimentação. UFMG, 2010.
REFERENCIAS
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BERNUCCI, L.B. et al.. Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros. Rio de Janeiro: PETROBRAS: ABEDA, 2006
Fonte: http://www.forum-auto.com/pole-technique/equipement-automobile/sujet384062.htm