UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Por: ANDREA ELEZIR NOBRE CHAVES
Orientador
Prof. Francis Rajzman
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Direito empresarial e dos
negócios.
Por: Andrea Elezir Nobre Chaves
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AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus por me dá forças
para realizar meus objetivos. Aos meus
professores e colegas de turma,
principalmente a amiga Angélica
Duarte, que foi meu anjo nos meus
momentos mais difíceis. E as amigas
Verônica Abreu, Cleide Ruiz, Adriana
Cabus, Priscilla Costa e Carla Verônica
que sempre estiveram presentes,
contribuindo para meu crescimento
profissional.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha filha
Tamires Chaves Corrêa, aos meus pais,
que sempre me apoiaram e acreditaram
na minha superação. E ao meu noivo
Alexandre Bernardo de Assis Seba pelo
apoio e incentivo.
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RESUMO
O presente trabalho é uma abordagem de análise sobre o instituto da
obrigação tributária, do conceito, princípios e da parte histórica do
Planejamento Tributário no Brasil.
Este estudo fará uma explanação geral sobre o Sistema Tributário
Nacional, desenvolvido de acordo com a regra geral e mostrando os tributos e
suas finalidades no sistema brasileiro e o enorme custo tributário a que são
submetidas as empresas brasileiras, induzindo-as a cometer atos ilícitos, como
a sonegação tributária.
Antigamente, a área tributária das empresas era considerada
operacional, mas nos dias de hoje em que o mundo se tornou digital, o fisco se
atualizou e trabalha com o fator rastreabilidade. Dessa forma o planejamento
tributário das empresas passou a ser um item fundamental, de inteligência
interna e de caráter estratégico.
Os aspectos relevantes do trabalho são: a necessidade e a importância
de planejar para maximizar os lucros das empresas diminuindo a carga
tributária, ressaltando as diferenças entre evasão fiscal e elisão fiscal que
encontram-se atreladas ao fato gerador da obrigação tributária.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi a pesquisa de livros, artigos,
jurisprudências, Constituição Federal, Código Tributário Nacional, Código Civil
e de Processo Civil Brasileiro, leis e pesquisas de textos e artigos da internet.
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SUMÁRIO SUMÁRIO.................................................................................................07 INTRODUÇÃO.........................................................................................08 CAPÍTULO I – Histórico Tributário...........................................................09 CAPÍTULO II – Conceitos e Princípios Tributários...................................15 CAPÍTULO III – Planejamento Tributário..................................................27 CONCLUSÃO...........................................................................................35 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................36 ÍNDICE ...................................................................................................37 FOLHA DE AVALIAÇÃO.......................................................................38
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INTRODUÇÃO
O direito tributário está interligado com outros ramos do direito como o
constitucional, empresarial, e processual civil. No Brasil as leis que servem de
alicerce para os tributos estão previstos na CRFB/88 e o Código Tributário
Nacional, que é uma Lei Ordinária com status de Lei Complementar, pois o
CTN, legislação anterior a CRFB/88 foi instituída mediante Lei Ordinária. O
constituinte originário da CRFB/88 em seu artigo 146 exige que Lei
Complementar disponha entre outros assuntos sobre conflito em matéria
tributária. O CTN por tratar de assunto mencionado na CRFB/88 foi
recepcionado com status de Lei complementar.
O tributo, nos dias atuais é a principal e melhor forma de auferir renda
para os cofres públicos, visto que as outras possibilidades não trazem um custo
beneficio satisfatório, a primeira seria e emissão de moeda, não sendo viável,
pois acarretaria um processo inflacionário, o qual prejudicaria toda a sociedade
e a segunda seria por meio da obtenção de empréstimos, os quais os juros
cobrados são altíssimos.
Mas para que os tributos possam ser cobrados, tem que estar previsto
em lei, face o princípio da legalidade, na norma estará descrita a situação
hipotética, que se acontecer no mundo real nascerá a obrigação de pagar
tributo, e caso não ocorra o sujeito passivo da obrigação tributária será inscrito
na dívida ativa.
Diversas razões podem ser invocadas para justificar a decisão de se
fazer um planejamento tributário. Os motivos para se fazer um planejamento
tributário não estão circunscritas à esfera jurídica. Pelo contrário, o principal
deles é, sem dúvidas, de ordem econômica. O planejamento tributário tornou-
se uma opção recorrente dos contribuintes, principalmente nos últimos anos.
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CAPITULO I
HISTÓRICO TRIBUTÁRIO
1. A história do tributo
A primeira manifestação tributária foi em forma de presentes ou ofertas
destinadas aos líderes ou chefes, oferecidas por seus serviços ou sua atuação
em favor da comunidade.
Depois as contribuições passaram a ser obrigatórios, quando os
vencidos de guerra eram forçados a entregar parte ou a totalidade de seus
bens aos vencedores.
Com o passar do tempo os tributos passaram a ser cobrados pelos
chefes de Estado.
O texto mais antigo encontrado e que retrata a cobrança de tributos na
antiguidade é uma placa de 2.350 a.c., em escrita cuneiforme, que descreve as
reformas empreendidas pelo rei Urukagina na cidade-estado de Lagash,
localizada na antiga Suméria, entre os rios Tigre e Eufrates. Esse documento
relata a cobrança de impostos extorsivos e leis opressivas, exploração de
funcionários corruptos e confisco de bens para o rei.
No decorrer da história é verificado que os Romanos conquistaram os
gregos, mas mesmo depois de reiteradas tentativas, não foram capazes de
submetê-los a sua cultura.
Dessa forma descobriram, que através da cobrança de tributos poderiam
fortalecer seus exércitos e conquistar mais terras.
Em Roma, cobrava-se imposto pela importação de mercadorias (portorium)
e pelo consumo geral de qualquer bem (macelum). Os tributos pagos pelas
províncias anexadas ao império e ao pagamento de impostos pelos cidadãos
foram essenciais à formação e manutenção do império.
(http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAmQgAJ/sistema-tributario-nacional
Acesso em 05/01/2013)
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1.1 Os Tributos na Idade Média
Na época do grande império Romano as terras eram divididas em
vários pedaços chamados feudos, e a maioria das pessoas viviam nos campos.
Nos campos viviam os camponeses que eram chamados de servos e
obrigados a pagar tributos aos senhores feudais. Estes eram obrigados a
entregar a maior parte de suas colheitas, essa atitude se tornava um
verdadeiro confisco, restando-lhe apenas para sua subsistência. Os senhores
feudais possuíam ainda direito de vida e de morte sobre seus subordinados,
que se não pagassem o tributo devido podia ser preso ou morto.
Na Inglaterra, Ricardo Coração de Leão deixou seu povo sendo
governado por um parente, João Sem-Terra, para comandar seus exércitos nas
cruzadas. Enquanto Ricardo Coração de Leão viajava em guerra, João Sem-
Terra aproveitou para formar seu próprio exército e com isso cobrava duas
vezes mais impostos, uma parte do dinheiro ia para sustentar as cruzadas e a
outra para sustentar seu próprio exército, pois não pretendia devolver o trono a
Ricardo. Quando Ricardo Coração de Leão voltou das cruzadas, lutou contra
João Sem-Terra para reconquistar seu trono. Os nobres revoltaram-se contra
essa cobrança abusiva e em 15 de junho de 1215, João Sem-Terra foi obrigado
a assinar a magna carta, um tratado de direitos, mas principalmente deveres,
do rei com seus súditos. Esse documento foi de grande importância histórica,
por ser a primeira limitação legal ao poder dos reis de instituir tributos.
1.2 Os Tributos na Idade Moderna
Na Idade Moderna, que vai do ano 1543 (tomada de Constantinopla) a
1789 (Revolução Francesa), os feudos foram transformados em pequenos
reinos, esses pequenos reinos foram unindo-se e crescendo, dando origem aos
Estados.
O monopólio árabe-italiano sobre o comércio das especiarias fazia com
que os preços permanecessem muito elevados. Era necessário conseguir uma
nova rota comercial com o Oriente, que possibilitasse baratear o custo das
mercadorias, sendo necessário para isso navegar pelo temido e desconhecido
Oceano Atlântico.
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A navegação era tão perigosa que exigia a construção de verdadeiras
esquadras de caravelas, o que era muito caro. Só o rei já fortalecido pela
criação dos Estados Nacionais podia reunir tamanha fortuna em moedas de
ouro e prata que permitisse financiar essas grandes viagens, instituindo nessa
época a cobrança de tributos em moeda e não mais em mercadorias.
A descoberta de metais preciosos nas Américas financiou a Revolução
Industrial e proporcionou a ascensão da burguesia como classe rica e influente.
1.3 Os Tributos na Idade Contemporânea
Devido as excessivas majorações tributárias o povo acabou reagindo
violentamente, deflagrando a Revolução Francesa em 1789.
A Revolução Francesa constitui o marco inicial da Idade Contemporânea e
teve como objetivo instaurar a república, seu lema foi liberdade, igualdade e
fraternidade, surgindo em 1879 a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão, o qual foi um marco na história da humanidade, pois foi o primeiro
documento que definiu claramente os direitos fundamentais e inalienáveis da
pessoa humana.
Várias revoltas foram deflagradas e importantes movimentos ocorreram no
Brasil nos fins do século XVIII e início do século XIX, dentre essas revoltas a
principal foi a Conjuração Mineira, mais conhecida como Inconfidência Mineira.
Uma das principais causas da Inconfidência Mineira foi exatamente a
cobrança do chamado quinto do ouro, que estabelecia que a quinta parte de
todo o ouro extraído nos garimpos deveria ser pago a Coroa Portuguesa como
espécie de tributo.
No final do século XVIII, as minas de ouro começaram a diminuir a
produção de ouro, porém o governo português não aceitava tal diminuição,
desconfiando que a produção de ouro que chegava as casas de fundição
estaria caindo porque haveria sonegação. A rainha de Portugal determinou que
se caso a produção de ouro não fosse atingida, a diferença seria cobrada por
meio da derrama.
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1.4 O Tributo na Época do Governo-Geral
Os tributos eram cobrados pelos rendeiros, que possuíam poderes
quase que ilimitados, possuindo poder para prender qualquer contribuinte que
estivesse inadimplente. Esses tributos eram pagos em produtos in natura, isto
é, com produtos como açúcar, tabaco, cravo, pano de algodão, farinha carne
salgada, couro pau-brasil dentre outros.
1.5 O Tributo na Época da Corte Portuguesa e do Reino Unido
Quando as tropas de Napoleão invadiram Portugal, a família real
portuguesa fugiu para o Brasil, surgindo nessa época numerosas leis. A
mudança da família real para o Brasil trouxe grandes despesas para os cofres
da corte portuguesa, trazendo a necessidade de se instituir novos serviços e
como conseqüência de tais serviços foram criados ou aumentados os tributos
já existentes. Com a evolução dos Estados e a criação de novas cartas
constitucionais, os tributos passaram a ser definidos visando o bem-estar
social, sendo criadas leis para definir a aplicação social dos recursos
arrecadados com os tributos.
1.6 A História do Tributo no Brasil
O Direito Tributário, assim como aprendemos sobre as demais ciências
jurídicas, vem se transformando de forma lenta.
Com o surgimento da sociedade humana, o homem sentiu a
necessidade de um fundo financeiro, fruto da colaboração dos membros da
coletividade, a fim de poder fazer frente às necessidades coletivas.
E assim surgiu a historia sobre as primeiras contribuições compulsórias,
que naquele tempo possuiu diferentes nomes e formas das concebidas para os
dias atuais, até porque as instituições eram outras, assim como as autoridades
e os processos da época.
Observando a época do descobrimento do Brasil, veremos que o
chamado direito pátrio era na verdade um artigo de importação, imposto
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compulsoriamente ao colonizado, ou seja, o que houve foi o transplante da
organização jurídica portuguesa no nosso país. O Brasil somente teve seu
próprio direito depois da proclamação da independência, após 1822.
No Brasil, o primeiro sistema tributário só nasceu em 1534, portanto 34
anos depois das caravelas de Cabral terem dado nas costas brasileiras. A
partir daí, porém, não parou de crescer e de se expandir, sempre em direção
ao bolso do contribuinte.
O Brasil colonial, desde meados do século XVIII, a produção dos
aluviões auríferos da Capitania de Minas diminuía. A Coroa portuguesa, no
entanto, suspeitava que a diminuição da arrecadação devia-se mais à fraude
que ao declínio da produção. Decidiu então que o rendimento anual do quinto
deveria ser de 100 arrobas.
O que faltasse para atingir este total seria anotado e pago, de qualquer
forma, quando o rei decidisse, numa vila escolhida arbitrariamente e de
surpresa, para evitar levantes. Era a derrama, que tanto atemorizava a
população da capitania das Minas Gerais. Surge então a Inconfidência Mineira,
embora tenha a conspiração malogrado, foi o ponto de partida da contestação
do pacto colonial. Independente das motivações pessoais de cada participante,
não há dúvida.
O primeiro ônus fiscal suportado pelo Brasil foi na indústria extrativa,
isto é, na extração de pau-brasil, sedo considerada pela Coroa Portuguesa
desde o início como sendo um monopólio real, autorizando sua extração
mediante o compromisso de que o extrator erguesse fortificações ao longo da
costa, iniciasse a colonização e pagasse o quinto do pau-brasil, o qual
estabelecia que a quinta parte do produto da venda da madeira seria devido ao
Governo Português.
1.7 A Evolução Constitucional do Tributo de 1824 a 1988
Na constituição de 1824, as províncias, com o ato adicional número 16 de
1834, passaram a ter autonomia financeira, podendo instituir seus próprios
tributos, era um sistema flexível.
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Em 1889, ocorreu a Proclamação da República, foi instituído o regime
federativo. O legislador ordinário tinha ampla liberdade, isto é, poder ilimitado,
para instituição de outros tributos, além dos expressamente instituídos. O artigo
72 parágrafo, 30 previa a legalidade tributária, prestigiou ainda, o princípio da
uniformidade (artigo 7°, § 2), pois os impostos da União deveriam ser uniformes
para todos os Estados, contudo sofreu algumas críticas como: a competência
residual era concorrente, daí ensejar a bitributação, pois os Estados e a União
poderiam instituir impostos sobre o mesmo fato gerador (hipótese de incidência
tributária) e a competência dos Estados para instituir imposto de exportação.
A constituição de 1934 prestigiou os Municípios, definido seus tributos
próprios, implementando a vedação da bitributação, manteve o princípio da
legalidade e estabeleceu o princípio da liberdade de tráfego, introduziu um
sistema mais rígido e foi considerada o embrião do ICMS ao instituir o imposto
sobre vendas e consignações (IVC).
A constituição de 1937 manteve a natureza rígida da constituição de
1934 e introduziu o imposto único sobre a produção e o comércio, de
competência dos Estados.
A constituição de 1946 foi o berço da EC 18/65, ao permitir o seu
aperfeiçoamento através da implementação do Sistema Tributário Nacional no
que tange as matérias financeiras e tributárias, estabeleceu expressamente as
limitações constitucionais ao poder de tributar.
A constituição 1967 incorporou ao seu texto a emenda 18/65, criando um
capítulo único sobre o Sistema Tributário Nacional.
A constituição de 1969 através da emenda número 1 de 1969 substituiu
a anualidade pela anterioridade tributária.
Na constituição de 1988 houve a tentativa de se organizar um sistema
integrado, principalmente quanto a repartição de receita tributária.
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CAPITULO II
CONCEITO E PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
2.1 Conceito
O Art. 3º do Código Tributário Nacional traz o conceito de Tributo ao
preceituar que “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada”.
Nota-se que em regra, o cumprimento da obrigação tributária deve dar-
se na forma de pecúnia (dinheiro); O nascimento da obrigação de prestar
tributo decorre diretamente de lei – obrigação ex lege – e não da vontade dos
sujeitos da relação jurídica – obrigação ex voluntate; De acordo com a doutrina
majoritária, a prestação tributária é expressa em moeda, pois esta é a forma
comum de extinção do crédito tributário e Apesar de sua compulsoridade, o
tributo não se confude com as penalidades pecuniárias e multas fiscais.
Ainda é importante destacar que Em face do princípio da legalidade,
consagrado no art. 150, I da CRFB, só a lei em sentido formal pode instituir o
tributo. Regra geral – lei ordinária. Excepcionalmente, exige-se lei
complementar (empréstimo compulsório – art. 148 da CRFB; imposto de
competência residual da União – art. 154, I da CRFB; contribuições sociais
residuais – art. 195, § 4º da CRFB). A definição da responsabilidade tributária
delimita os responsáveis pelo pagamento do tributo. Pode ser classificados em
dois sentidos, um amplo e um restrito. Havendo comando legal para a
cobrança de determinado tributo, não resta ao Administrador Público alternativa
senão cobrá-lo.
No direito tributário tem ainda por fim, diferenciar impostos, conforma
definição descrita abaixo; taxas e o expediente, são impostos de insidem sobre
propriedades, terrenos, bens Imóveis.
• Taxas: São licenças cedidas à comerciantes,
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• Expediente: São as contribuições de melhoria.
Os demais serviços que não possuem a natureza de uma taxa, serão
cobrados pelo Poder Executivo e adotam a nomenclatura de Preço Público.
Em 1988 a constituição nacional teve inúmeras modificações no sistema
tributário conforme a descrição Oliveira et.al (2003)” não só em relação à
quantidade e ao campo de incidência dos tributos, mas também quanto à
própria distribuição dos valores arrecadados entre União, Estados e
Municípios, o que atualmente vem comprometendo uma razoável reforma
tributária principalmente em razão de não haver consenso entre os
governantes de como devem ser repartidos os valores arrecadados”
E pelo que sabemos há um conceito dado pelo próprio código tributário
nacional à legislação tributária,” conforme o artigo 96 da lei nº. 5.172/66, de 25
de outubro de 1966: “Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as
leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas
complementares que versem no todo ou em parte sobre tributos e relações
jurídicas a eles pertinentes.
O conceito de tributo, está bem explicito no artigo 3º do Código
Tributário Nacional, Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, “Art. 3º. Tributo é
toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Fabretti (2006) relata o conceito de imposto, que é aquele que, uma vez
instituídos por lei, é devido, independentemente de qualquer atividade estatal
em relação ao contribuinte, portanto, não está vinculada a nenhuma prestação
específica do Estado ao sujeito passivo. O imposto é de competência privativa,
atribuída pela Constituição Federal e é exclusivamente da União, ou dos
Estados ou dos Municípios ou do Distrito Federal.
Tributo é uma obrigação que, preferencialmente, deve ser paga em
moeda corrente. Se o ocorrer à hipótese prevista em lei, o contribuinte fica
obrigado a pagar o tributo, independente de sua vontade.
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O tributo surgiu por meio de lei, e necessariamente deve prever uma
situação lícita. A cobrança deve ser efetuada por um dos entes governamentais
ou por esses delegados.
Existem dois tipos mais comuns de tributos, são eles:
- Prestação pecuniária (dinheiro): o tributo precisa ser pago em moeda
corrente, e não pago em bens ou prestação de serviços;
- Compulsória: é a obrigação independente da vontade do contribuinte
O nível de tributação sobre as empresas no nível nacional são abusivos,
mesmo assim, o governo mantém a situação estável, realizando apenas
algumas reformas tributárias que na verdade, geram cada vez mais aumento
de tributos.
A finalidade de tentar reduzir esta alta carga tributária, que surgiu o
Planejamento Tributário, que é uma forma lícita de reorganizar os negócios e
as atividades da empresa, visando um menor pagamento do tributo.
O Brasil adota o a espécie tributária é determinada pelo seu fato
gerador, sendo irrelevante o nome atribuído ao tributo ou a destinação de suas
receitas. Com base na doutrina majoritária, podemos afirmar que as espécies
tributárias que compõem o sistema tributário brasileiro, são cinco: impostos,
taxas, contribuições de melhoria, contribuições especiais e empréstimos
compulsórios.
IMPOSTO: É o tributo que tem como fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte
(Art. 16 do CTN), Ou seja, é o tributo que não está vinculado a uma
contraprestação direta a quem o está pagando. A Constituição Federal outorga
a competência para legislar sobre os impostos, dessa forma os entes
Federativos não podem delegar competência e sim a capacidade de cobrar.
Assim, a constituição em seus artigos 145 à 159 institui que:
a) IMPOSTOS DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO: Art. 153 e154 CF/88
Imposto sobre a Importação de produtos estrangeiros – II, Imposto sobre
a Exportação para o exterior de produtos nacionais ou nacionalizados –
IE, Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR. Imposto sobre
Grandes Fortunas, impostos extraordinários e Impostos Residuais.
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b) IMPOSTOS DA COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DISTRITO
FEDERAL: Art. 155 CF/88 Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e
Doação de quaisquer Bens ou Direitos – ITCD, Imposto sobre
Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
– ICMS e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores –
IPVA;
c) IMPOSTOS DA COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS: Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU; Imposto sobre a
Transmissão Inter Vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de Bens
Imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre
imóveis, exceto os de garantia, bem como a cessão de direitos a sua
aquisição – ITBI e Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS.
TAXA: Pode ser cobrado pela União, Estados, Distrito Federal ou
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, que tem como fato
gerador, o exercício do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial, de
serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou posto a sua
disposição (Art. 77 do CTN).
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: É cobrado pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, com o
objetivo de fazer face ao custo de obra pública (Art. 81 do CTN).
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS: Estão previstas nos
artigos 149 e 149-A da Constituição Federal, são tributos cobrados para custeio
de atividades paraestatais e podem ser: sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse de categorias econômicas ou profissionais.
Para melhor compreensão do assunto aqui tratado faz-se necessário a
utilização de
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: É o tributo que somente pode se
instituído pela União, através de lei complementar, nos casos de: Calamidade
pública ou guerra externa ou sua iminência, que exijam recursos
extraordinários, isto é, além dos previsto no orçamento fiscal da União.
Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
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2.2 Princípios Tributário
2.2.1 Princípio da Legalidade
O princípio da legalidade assegura que nenhum tributo poderá ser
instituído, nem aumentado, se não em decorrência de lei, conforme dispõe o
artigo 150, I da CRFB/88. “Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça (...)
A constituição é explícita. Tanto a criação quanto o aumento dependem
de lei.
Contudo, sendo a lei manifestação legítima da vontade do povo, que
exteriorizam sua vontade através de seus representantes nos parlamentos,
entende-se que o ser instituído em lei significa ser o tributo consentido.
Salvo as exceções expressamente previstas, criar um tributo é
estabelecer todos os elementos de que se necessita para saber qual é a
situação de fato que faz nascer o dever de pagar esse tributo, qual é o seu
valor, quem deve pagar, quando e a quem deve ser pago. Assim, a lei
instituidora do tributo há de conter: a descrição do fato tributável, a definição da
base de cálculo e da alíquota, ou outro critério a ser utilizado para o
estabelecimento do valor do tributo, o critério para identificação do sujeito
passivo da obrigação tributária, o sujeito ativo da relação tributária, se for
diverso da pessoa jurídica da qual a lei seja expressão de vontade. (Machado,
2010, p. 67)
O principio da legalidade é o principio mais importante para limitar a
atividade dos governantes, quanto à tributação estatal, uma vez que, as leis
são formuladas pelo Poder Legislativo, que exterioriza a vontade da população,
pois são representantes do povo.
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2.2.2 Princípio da Anterioridade
A CRFB/88, em seu artigo 150, III, “b” veda a cobrança de tributos no
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou.
A EC n. 42, de 19.12.2003, acrescentou a alínea “c” ao inciso III do
artigo 150 da CRFB/88, vedando a cobrança de tributos antes de decorridos 90
dias (anterioridade nonagesimal) da data em que tenha sido publicada a lei que
os instituiu ou aumentou, observando o disposto na alínea “b”, que refere-se ao
principio da anterioridade da lei. Conforme preceitua o artigo contitucional:
“Artigo 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que
os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b.” (Constituição
Federal 1988)
Por fim, cabe esclarecer que para que haja a cobrança do tributo a partir
de 1° de janeiro, não basta que a lei seja publicada até o último dia do exercício
anterior, isto é, não basta a obediência ao principio da anterioridade. Para que
o tributo seja devido a partir de 1° de janeiro, a lei que o criou ou aumentou
deve ser publicada pelo menos 90 dias antes. Entretanto, a exigência da
anterioridade não se confunde com a exigência da vacância legal de 90 dias.
Assim se a lei que cria ou aumenta o tributo é publicada até o ultimo dia de
dezembro esta atendida a exigência do principio da anterioridade, e a exigência
da vacância de 90 dias faz com que a vigência da lei só tenha início 90 dias
após sua publicação. Isto quer dizer que se a lei é publicada no ultimo dia de
dezembro, ela estará atendendo o principio da anterioridade, mas essa lei só
entrará em vigor em abril do ano seguinte, em decorrência da anterioridade
nonagesimal.
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Ressalta-se que no Art 150 §1º CRFB/88 o principio da anterioridade
não será aplicado aos empréstimos compulsórios destinados a atender as
despesas extraordinárias, decorrente de calamidade pública, de guerra externa
ou sua eminência, aos impostos sobre importação de produtos estrangeiros,
exportação, produtos industrializados e operações de crédito, câmbio e seguro,
ou relativas a títulos ou valores mobiliários e os impostos extraordinários
criados na eminência ou no caso de guerra externa.
2.2.3 Princípio da Igualdade
O principio da igualdade no direito tributário é o princípio da isonomia
disciplinada em nossa Constituição, pois o mesmo preceitua que todos são
iguais perante a lei.
Pois existe em nosso ordenamento jurídico a visão da uniformidade dos
tributos federais em todo o território nacional.
Não fere o princípio da igualdade, antes o realiza com absoluta
adequação, o imposto progressivo. Realmente, aquele que tem maior
capacidade contributiva deve pagar imposto maior, pois só assim estará sendo
igualmente tributado. A igualdade consiste, no caso, na proporcionalidade da
incidência à capacidade contributiva, em função da utilidade marginal da
riqueza. O princípio da igualdade, numa visão formalista e dirigido apenas ao
aplicador da lei, pode significar apenas o caráter hipotético da norma, a dizer
que, realizada a hipótese normativa, a conseqüência deve ser igual, sem
qualquer distinção decorrente de quem seja a pessoa envolvida. Assim, se a
norma estabelece que quem for proprietário de imóvel deve pagar imposto, o
imposto é devido, seja qual for o proprietário do imóvel, em cada caso
(Machado, 2010, p. 43).
A fim de exemplificar tal principio, destaca-se o acórdão do Tribunal de
Justiça do estado de Santa Catarina (TJSC):
TRIBUTÁRIO - IPTU - ISENÇÃO OUTORGADA A FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS EM RAZÃO DA PROFISSÃO EXERCIDA - AFRONTA AO PRINCÍPIO DA IGUALDADE TRIBUTÁRIA - LIMINAR CONCEDIDA -
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DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO INCISO V DO ART. 128 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO DE TUBARÃO (LEI N. 1.619/91). "A lei tributária deve ser igual para todos e a todos deve ser aplicada com igualdade. Melhor expondo, quem está na mesma situação jurídica deve receber o mesmo tratamento tributário. Será inconstitucional - por burla ao princípio da república e da isonomia - a lei tributária que selecione pessoas, para submetê-las a regras peculiares, que não alcançaram outras, ocupantes de idênticas posições jurídicas. "O tributo, ainda que instituído por meio de lei, editada pela pessoa política competente, não pode atingir apenas um ou alguns contribuintes, deixando a salvo outros que, comprovadamente, se achem nas mesmas condições. ´Tais idéias valem, também, para as isenções tributárias: é vedado às pessoas políticas concedê-las levando em conta, arbitrariamente, a profissão, o sexo, o credo religioso, as convicções políticas etc. dos contribuintes. São os princípios republicano e da igualdade que, conjugados, proscrevem tais práticas (Roque Antonio Carrazza). (Ação Direta de Inconstitucionalidade 2001.005749-2, Relator: Des. João Martins, Data da Decisão: 19/06/2002) (TJSC, s.d., s.p).
A Constituição Federal, em diversos dispositivos vem positivando a
vedação aos entes públicos de instituição desigual entre os contribuintes que
se encontram em posição de equivalência.
2.2.4 Princípio da Capacidade Contributiva
O principio da capacidade contributiva tem como base a justiça
distributiva, em que cada cidadão deverá contribuir para os cofres do Estado,
de acordo com sua capacidade econômica, estando previsto no artigo 145, § 1°
da CRFB/88.
Artigo 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: § 1° Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado a administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direito individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
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O principio da capacidade contributiva, ou capacidade econômica, diz
respeito aos tributos em geral e não apenas aos impostos, embora apenas em
relação a estes esteja expressamente positivado na constituição. Aliás, é esse
principio que justifica a isenção de certas taxas, e até da contribuição de
melhoria, em situações nas quais é evidente a inexistência de capacidade
contributiva daquele de quem teria de ser o tributo cobrado. Trata-se de um
principio constitucional que deve ser encarado com os princípios jurídicos em
geral.(Machado, 2010, p. 45)
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE IMÓVEL TERRITORIAL E URBANA. IPTU. PROGRESSIVIDADE. ALÍQUOTA ÚNICA. VARIAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO CONFORME A ESSENCIALIDADE OU A FRIVOLIDADE DO BEM (TIPOS DE IMÓVEL PRECÁRIO, POPULAR, MÉDIO, FINO E LUXO). ÍNDICE PRÓPRIO PARA MENSURAR A CAPACIDADE CONTRIBUTIVA E DAR DIMENSÃO EXTRAFISCAL À EXAÇÃO. UTILIZAÇÃO ANTES DA EC 29/2000. IMPOSSIBILIDADE. 1. Esta Corte interpretou os arts. 145, § 1º, 156, § 1º e 182, §§ 2º e 4º da Constituição, na redação anterior à Emenda Constitucional 29/2000, para fixar que a utilização da técnica de tributação progressiva para o Imposto sobre a Propriedade Territorial e Urbana - IPTU somente era cabível para assegurar a eficácia da função social da propriedade, atendidos os requisitos estabelecidos em Plano Diretor compatível com lei federal (cf. o RE 394.010-AgR, rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 28.10.2004 e o RE 153.771, red. p/ acórdão min. Moreira Alves, Pleno, DJ de 05.09.1997). Súmula 668/STF. 2. O efeito extrafiscal ou a calibração do valor do tributo de acordo com a capacidade contributiva não são obtidos apenas pela modulação da alíquota. O escalonamento da base de cálculo pode ter o mesmo efeito. 3. Ao associar o tipo de construção (precário, populpar, médio, fino e luxo) ao escalonamento crescente da avaliação do valor venal do imóvel, a Lei 3.326/1996 do Município de Campo Grande passou a graduar o valor do tributo de acordo com índice hábil à mensuração da frivolidade ou da essencialidade do bem, além de lhe conferir mais matizes para definição da capacidade contributiva. Impossibilidade, nos termos do texto constitucional anterior à inovação trazida pela EC 29/2000. Agravo regimental ao qual se nega provimento. AI 583636 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA,
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Segunda Turma, julgado em 06/04/2010, DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010.
Sempre que possível o legislador tentará criar tributos de forma que
incidam gradualmente no patrimônio do contribuinte, e quanto maior for a
riqueza tributada, maior será a alíquota incidente.
2.2.5 Princípio da Proibição do Confisco
A CRFB/88, em seu artigo 150, IV proíbe que os entes públicos tributem
de forma muito elevada, de modo que possa configurar efeito confiscatório.
Artigo 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV – utilizar tributos com efeito de confisco.
Confiscar é se apossar em favor do Fisco em proveito do Estado. Vale
ressaltar que o confisco em pauta não é a pena de perda de bens do
condenado (art. 5°, XLV e XLVI, b), mas sim ser cobrado um tributo de forma
tão elevada que possa caracterizar a apropriação estatal do bem, renda ou
serviço, como, por exemplo, ter-se a alíquota de um IPVA fixada em 50% do
valor do veículo, o que significaria um confisco. (Madeira, 2009, p. 55)
Cabe ao judiciário dizer quando um tributo é confiscatório. A regra
constitucional, no mínimo, deu ao judiciário mais um instrumento de controle da
voracidade fiscal do Governo, cuja utilidade certamente fica a depender da
provocação dos interessados e da independência e coragem dos magistrados,
especialmente dos que integram o Supremo Tribunal Federal. O caráter
confiscatório do tributo há de ser avaliado em função do sistema, vale dizer, em
face da carga tributária resultante dos tributos em conjunto. (Machado, 2010, p.
46).
O Estado ao tributar, transfere riquezas do patrimônio de particulares
para o seu, de forma vinculada e obrigatória, não podendo essa transferência
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possuir efeitos confiscatórios, competindo ao poder judiciário interpretar se uma
lei tributária tem ou não efeito confiscatório.
2.2.6 Princípio da Liberdade de Tráfego
A CRFB/88 em seu artigo 150, V positivou uma determinação para que
os entes públicos não limitem o tráfego de pessoas e bens, em seus territórios,
através de tributação.
Artigo 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público.
Essa limitação ao poder de tributar decorre e de certa forma realiza o
princípio federativo. Não configura propriamente uma imunidade. Apenas
estabelece parâmetros para a atividade tributária. Define circunstancias que
podem a tornar inconstitucional. No inciso V do artigo 150, a circunstância que
pode tornar um tributo inconstitucional é a interestadualidade, se tomada como
essencial para o nascimento do dever jurídico de pagar o tributo, ou como
critério para seu agravamento. (Machado, 2010, p. 48).
Contudo, o princípio da liberdade de tráfego, não impede a cobrança de
impostos sobre a circulação em operações interestaduais ou intermunicipais,
sendo proibida a instituição de tributo em cuja hipótese de incidência seja
elemento essencial a transposição de fronteira.
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CAPITULO III
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
3.1 Conceito
Planejamento tributário é a metodologia para se obter um menor ônus
fiscal sobre operações ou produtos, utilizando-se meios legais, ou seja, é um
conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos.
Existem duas maneiras que contribuinte utiliza para diminui os encargos
tributários. A primeira é jurídica e legal chamada elisão fiscal, sendo esta muito
conhecida no planejamento tributário, porém existem formas ilegais
denominadas sonegação fiscal ou evasão fiscal.
Os motivos que levam as pessoas a fazerem um planejamento tributário
não estão restritos à esfera jurídica, pois o principal deles é de ordem
econômica. Existem algumas razões que levaram o planejamento tributário a
se tornar uma opção recorrente dos contribuintes, nos últimos anos. Uma
delas, sem dúvidas, é o forte aumento da carga tributária no Brasil nas últimas
décadas.
O Brasil está entre os países com maior carga tributária do mundo
estando muito próxima a de países como Canadá, Espanha, Reino Unido e
Alemanha.
As razões que levaram a alta da carga tributária nos últimos anos são: a
utilização da tributação como instrumento de política fiscal, principalmente para
ajustar as contas públicas nacionais, o crescimento da economia e o impacto
das novas tecnologias,
Contudo, observa-se que um planejamento tributário indevidamente
elaborado pode gerar uma evasão fiscal, em vez da elisão fiscal. Sabendo-se
que a evasão fiscal também reduz a carga tributária, mas por meios ilegais,
considerando como um crime de sonegação fiscal. Na elisão, o profissional
busca meios legais para evitar que o fato gerador da obrigação tributária
aconteça.
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3.2 Fundamentos constitucionais do planejamento tributário
Os fundamentos constitucionais do planejamento tributário se dividem
em duas vertentes, de um lado há os princípios da capacidade contributiva, da
isonomia e da solidariedade social, do outro se têm os princípios da estrita
legalidade, da tipicidade, da segurança jurídica e da certeza do direito.
Através dos princípios jurídicos de tributação serão analisadas as
limitações ao poder de tributar. Visto que os princípios são as diretrizes do
ordenamento jurídico, a violação de qualquer deles é um desrespeito de uma
norma. A Constituição, portanto, é a lei máxima submetendo os cidadãos e os
poderes políticos seja executivo, legislativo ou judiciário e configurando que
uma norma jurídica somente terá validade se estiver em consonância com as
normas constitucionais.
O conflito entre uma norma inferior e a Constituição, caracteriza a
inconstitucionalidade, podendo ocorrer quando o conteúdo da norma inferior é
incompatível com regra ou princípio constitucional, ou poderá ocorrer quando a
norma inferior é emanada de autoridade, órgão ou pessoa incompetente para
tal ou com inobservância da própria Constituição.
Os princípios aplicáveis ao planejamento tributário são: Legalidade ou
estrita legalidade, Isonomia, Capacidade contributiva, Segurança jurídica,
Liberdade, Livre Iniciativa, Tipicidade e Devido processo legal.
O direito à livre iniciativa está estabelecido no artigo 1º da CRFB, inciso
IV, que dispõe que: “A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em
Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I, II, III e IV – os
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa”.
O direito à livre concorrência e à propriedade privada está preservado no
artigo 170 da CRFB, que estabelece que: “A ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os
seguintes princípios: I. II – propriedade privada; III. IV – livre concorrência”.
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E continua afirmando tais direitos no parágrafo único do citado artigo, que
afirma ser assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade
econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos
casos previstos em lei.
Desse modo, planejar tributos é um direito essencial ao desenvolvimento
econômico de uma empresa. Direito, esse, reconhecido e fundamentado
constitucionalmente, conforme descrito acima, sendo inconstitucional qualquer
lei ou ato que proíba o planejamento de operações, antes do fato gerador, para
evitar a geração de tributos.
Por fim, entende-se que planejamento tributário é a maneira pela qual o
contribuinte realiza suas atividades com objetivo de obter um menor ônus
fiscal, utilizando de meios legais, com fundamento no direito constitucional e
gerindo seu patrimônio com liberdade, visando a livre iniciativa e livre
concorrência
3.3 Distinção entre elisão fiscal e evasão fiscal
A Elisão Fiscal é o conjunto de atos adotados por um contribuinte,
autorizados ou não proibidos por lei, visando obter menor carga fiscal se
igualando ao planejamento tributário, devendo ocorrer antes do fato gerador do
tributo. Para pagar menos tributo, uma empresa que distribui mercadorias para
todo o Brasil pode optar por instalar um centro de distribuição num Estado que
tenha tributação de ICMS menos elevada, por exemplo. A Elisão Fiscal é um
ato lícito.
Já a Evasão Fiscal é a utilização de procedimentos que violem
diretamente a lei ou regulamento fiscal, se igualando a uma fraude. Neste caso,
o contribuinte se opõe conscientemente à lei, sonegando seus impostos, com a
falta de emissão de nota fiscal ou com lançamento contábil de despesas
inexistentes, por exemplo. Os efeitos ocorrem após o fato gerador do tributo. A
Evasão Fiscal é um ato ilícito.
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3.4 A livre iniciativa e a livre concorrência
O Art. 1º e o Art. 170 da CF/88, e dispõe que a ordem econômica, está
fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tendo por
finalidade assegurar a todos uma existência digna, conforme os ditames da
justiça social. Portanto, verifica-se que livre iniciativa e planejamento tributário
irão se relacionar à medida que ambos decorrem do exercício de liberdade da
atividade empresarial, na escolha de um procedimento menos oneroso. Esses
procedimentos são realizados com base no direito de o empresário auto
organizar-se, procurando sempre uma melhor eficiência administrativa, o que
inclui a tributária, e que se submete apenas à Lei. No entanto se não houver
disposição legal em contrário, o planejamento tributário também é garantido
como consequência da livre iniciativa, buscar melhores resultados econômicos.
Já liberdade de concorrência é conseqüência da liberdade de iniciativa,
sendo uma parte fundamental da economia de mercado, dessa forma poderá
ser também chamada de economia da concorrência. Comporta uma dimensão
econômica e outra dimensão jurídica. De fato, para a necessária compreensão
dos fenômenos econômicos reguláveis pelo Direito, deve o jurista fazer uma
aproximação dos elementos econômicos e jurídicos que emergem nas relações
entre o Direito e a Economia.
Art. 1º da CRFB. A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em
Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: IV – os valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa.
Art. 170 da CRFB. A ordem econômica, fundada na valorização do
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios: II – propriedade privada; IV – livre concorrência. Parágrafo único. É
assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei.
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Portanto, a livre iniciativa e livre concorrência são conceitos que se
completam, porém, distintos. Sendo aquela caracterizada por ser a projeção da
liberdade individual no plano da produção, circulação e distribuição das
riquezas, assegurando a livre escolha das profissões e das atividades
econômicas. Já a livre concorrência tem caráter instrumental, na medida em
que se apresenta como o “princípio econômico” pelo qual o livre jogo das
forças determine os preços praticados.
3.5 Existência de norma antielisiva no ordenamento brasileiro
Norma Antielisão é um instrumento de fiscalização conferido à
Autoridade administrativa para coibir evasão ou elisão dos tributos. Verifica-se
que no artigo 116, parágrafo único (acrescentado pela Lei Complementar nº
104/2001) do Código Tributário Nacional, a autoridade administrativa poderá
desconsiderar atos ou negócios jurídicos caso estes sejam praticados com
oobjetivo de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza
dos elementos constitutivos da obrigação tributária.
Parágrafo único – Art.116, CTN: A autoridade administrativa poderá
desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de
dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos
constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
estabelecidos em lei ordinária. (Parágrafo incluído pela Lcp nº 104, de
10.1.2001).
Devido o legislador não ser claro ao descrever o parágrafo único do Art.
116 do CTN, existe uma grande divergência, nas doutrinas brasileiras, em
relação ao fim aque se destina a norma antielisiva geral, formando, desta
forma, três correntes:
Primeira Corrente: Entende que o Art. 116, paragrafo único não inovou
na Ordem Tributária, uma vez que a hipótese de simulação tem previsão
expressa no artigo 149, inciso VII, do CTN. Esta corrente demonstra que a
norma antielisão estaria expressando hipóteses ilícitas de redução de
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impostos, não sendo caso de elisão e sim de fraude. O fato gerador já
aconteceu e o contribuinte estaria encobrindo a sua ocorrência ao fisco.
Segunda Corrente: Defendida por Ives Gandra da Silva Martins, que
demonstra a inconstitucionalidade da LC nº 104/2001, considerando a norma
antielisiva uma violação ao princípio da legalidade, causando uma certa
insegurança nos negócios praticados pelos contribuintes. Contudo, tal corrente
explica que se essa norma for considerada constitucional, autorizaria a
interpretação econômica no direito brasileiro, permitindo ao fisco o dever de
tributar duas situações jurídicas distintas, de igual conteúdo econômico e de
igual capacidade contributiva.
Terceira Corrente: Entende que a interpretação da norma deve ser
orientada pela busca do pluralismo de valores com equilíbrio entre a liberdade,
justiça e segurança jurídica, trazendo dois regimes de antielisão,
compreendidos no modelo ventilado na LC nº 104/2001. O primeiro consiste na
previsão de norma antielisiva geral disposta no CTN. O segundo dispõe a
norma antielisiva de forma genérica no CTN, deixando o legislador de cada
ente federativo elaborar a norma antielisiva específica que contenha a lista dos
negócios inoponíveis ao Fisco.
Portanto, sendo considerada a constitucionalidade da norma antielisiva
geral, o fisco poderá desconsiderar os efeitos do negócio praticado pelo
contribuinte, dentro dos limites elencados pela terceira corrente. Cumpre
esclarecer que o ato de desconsideração se manifesta no plano da eficácia e
não da validade. Pois se houver a desconsideração do negócio, o mesmo não
irá gerar efeitos para a Fazenda Pública e continuará válido gerando efeitos a
terceiros, como analisado no artigo 118 do CTN.
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I
- da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus
efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
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Nesse sentido, conclui-se que a norma antielisiva geral possui eficácia
das diversas legislações de cada membro federativo, que regulem eos
procedimentos a serão adotados em cada hipótese de evasão e elisão.A Lei
Complementar nº 104, publicada em 10/01/2001, alterou o artigo 116 do
Código Tributário Nacional, dentre vários outros dispositivos, criando no
Ordenamento Tributário Nacional a chamada norma antielisiva geral. Tal
dispositivo vem gerando enormes controvérsias na doutrina e algumas
especulações sobre o implemento definitivo da interpretação econômica do fato
gerador no direito tributário brasileiro.
Contudo, a MP 66/2003, que trazia a regulamentação da norma
antielisiva, ainda não foi aprovada pelo Congresso e, atualmente encontra-se
em tramitação o Projeto de Lei 536/2007, com o objetivo de regulamentar tais
procedimentos.
Jurisprudência Contra:
“Economicamente inviável a operação de incorporação procedida (da
superavitária pela deficitária) é legal a atuação. Tanto em razão social, em
estabelecimento, em funcionários e em conselhos de administração, a situação
final – após a incorporação – manteve as condições e a organização anterior
da incorporada, restando demonstrado claramente que, de fato, esta
“absorveu” a deficitária, e não contrário, tendo-se formalizado o inverso apenas
a fim de serem aproveitados os prejuízos fiscais da empresa deficitária, que
não poderiam ter sido considerados caso tivesse sido ela incorporada, e nãoa
incorporada, restando evidenciada, portanto, a simulação” (Agravo de
instrumento n° 2004.04.01.044424-0/RS)
Incorporação Atípica – Negócio jurídico indireto – Simulação
Relativa – A incorporação da empresa superavitária por outra deficitária,
embora atípica, não é vedada por lei, representando um negócio jurídico
indireto, na medida em que, subjacente a uma realidade jurídica, há uma
realidade econômica não revelada. Para que os atos jurídicos produzam efeitos
elisivos, além da anterioridade á ocorrência do fato gerador, necessário se faz
que revistam forma lícita, aí não compreendida hipótese de simulação relativa,
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configurada em face dos dados e fatos que instruíram o processo. Acordam os
Membros da Terceira Câmara do Primeiro conselho de Contribuintes, por
unanimidade de votos, REJEITAR a preliminar suscitada e, no mérito, DAR
provimento PARCIAL para excluir a multa de lançamento ex officio, por
sucessão, nos termos do relatório e voto que passam a integrar o presente
julgado. (Acórdão n°.103-21047 – Processo n° 11040.001473/96-07).
Nos julgamentos desfavoráveis ao contribuinte, o Fisco entendeu que
houve simulação na operação, pois:
1. No mesmo ato da incorporação, a Assembléia Geral
Extraordinária autorizou á incorporadora a alterar sua razão social para a razão
social da incorporadora;
2. A incorporadora mudou o seu endereço para a sede da
incorporada;
3. A incorporadora já não possuía mais sede, tampouco
equipamentos industriais, por tê-los vendidos etc.
Resumindo, o que, de fato ocorreu foi à incorporação da superavitária
pela deficitária e não o contrario.
Sim. E o que podemos entender sobre o processo de intermediação
financeira pode ser esclarecido como a captação de recursos junto às unidades
econômicas superavitárias por instituições financeiras e o seu subsequente
repasse para unidades econômicas deficitárias. É a atividade exercida pelos
bancos. A intermediação financeira desenvolve-se de forma segmentada, com
base em quatro subdivisões estabelecidas para o mercado financeiro:
Ex: mercado monetário, mercado de crédito, mercado de capitais,
mercado cambial.
Por fim, planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que
visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de
organizar o seu negócio da maneira que achar mais conveniente, procurando a
diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Pois se
a forma celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la.
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CONCLUSÃO
Sabendo o quanto o sistema tributário nacional é complexo e tendo em vista a carga
tributária altíssima atualmente no Brasil e as tendências mundiais de acirramento da
competitividade nos mercados, as empresas devem ser mais competitivas. Hoje em dia
são vários os fatores responsáveis pela competitividade e juntos ao fator produtividade
estão os elementos que vão além do quesito eficiência técnica. Dessa forma se conclui que
o planejamento tributário está inserido nos demais fatores, ou seja, é uma estratégia
empresarial de competitividade revelada, onde através dele as empresas procuram de
forma lícita reduzir a carga tributária.
O planejamento tributário é um método que resulta uma real economia
para as empresas, sem a preocupação com posteriores complicações com o
fisco.
A análise das rotinas e procedimentos operacionais, além de visualizar a
empresa globalmente, assegurando que fornecedores e clientes sejam
considerados na visualização sistêmica da empresa como um todo, faz parte
do processo de planejamento.
Através desse estudo Somos capazes de perceber a diferença entre
evasão e elisão fiscal, uma vez que a evasão fiscal é o uso de meios ilícitos
para evitar o pagamento de taxas, impostos e outros tributos. Entre os métodos
usados para evadir tributos estão a omissão de informações, as falsas
declarações e a produção de documentos que contenham informações falsas
ou distorcidas, como a contratação de notas fiscais, faturas, duplicatas etc Já a
elisão fiscal configura-se num planejamento que utiliza métodos legais para
diminuir o peso da carga tributária num determinado orçamento. Respeitando o
ordenamento jurídico, o administrador faz escolhas prévias (antes dos eventos
que sofrerão agravo fiscal) que permitem minorar o impacto tributário nos
gastos do ente administrado.
Contudo, ao realizar o planejamento tributário é possível aprimorar e aprofundar o
conhecimento na legislação tributária e, principalmente, contribuir com informações
necessárias para o desenvolvimento da empresa.
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Bibliografias
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BONES, Tiago Fernando Fasolo. A aplicação de alíquotas progressivas no IPTU. Disponível na internet. HTTP://jus.uol.com.br/revista/texto/8812/a-aplicação-de-aliquotas-progressivas-no-iptu. Acesso em 20 nov. 2012.
FAZENDÁRIA, Escola de Administração. Sistema Tributário Nacional. Disponível na internet.HTTP://www.santamaria.rs.gov.br/educacaofiscal/docs/2009/olimpiadas_caderno3.pdf
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO.......................................................................................02
AGRADECIMENTOS.....................................................................................03
DEDICATÓRIA ..............................................................................................04
RESUMO ..................................................................................................... 05
METODOLOGIA.............................................................................................06
SUMÁRIO ......................................................................................................07
INTRODUÇÃO................................................................................................08
CAPÍTULO 1 HISTÓRICO TRIBUTÁRIO
1. A história do tributo.......................................................................................9 1.1 Os Tributos na Idade Média......................................................................10 1.2 Os Tributos na Idade Moderna..................................................................10 1.3 Os Tributos na Idade Contemporânea......................................................11 1.4 O Tributo na Época do Governo-Geral.....................................................12 1.5 O Tributo na Época da Corte Portuguesa e do Reino Unido....................12 1.6 A História do Tributo no Brasil..................................................................12 1.7 A Evolução Constitucional do Tributo de 1824 a 1988..............................13 CAPÍTULO 2 CONCEITO E PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 2.1 Conceito....................................................................................................15 2.2 Princípios Tributário.................................................................................19 2.2.1 Princípio da Legalidade..........................................................................19 2.2.2 Princípio da Anterioridade......................................................................20 2.2.3 Princípio igualdade.................................................................................21 2.2.4 Princípio Capacidade Contributiva.........................................................22 2.2.5 Princípio Proibição do Confisco..............................................................24 2.2.6 Princípio Liberdade de Tráfego..............................................................25 CAPÍTULO 3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 3.1 Conceito.....................................................................................................26 3.2 Fundamentos constitucionais do planejamento tributário ..........................27 3.3 Distinção entre elisão fiscal e evasão fiscal................................................28 3.4 A livre iniciativa e a livre concorrência.........................................................29 3.5 Existência de norma antielisiva no ordenamento brasileiro.........................30
CONCLUSÃO....................................................................................................34 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................35 ÍNDICE...............................................................................................................36
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes/
Pós-Graduação “lato sensu” / AVM Faculdade Integrada
Título da Monografia: Planejamento Tributário Autor: Andrea Elezir Nobre Chaves Data de entrega: Avaliado por: Conceito: