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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A INCLUSÃO SOB O OLHAR DOS INTEGRANTES DA
SALA DE RECURSOS NA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ REIS:
UM ESTUDO DE CASO.
Por: Christiane Silva Jansen Narciso Peres
Orientador: Profª Maria Esther de Araújo
Co-orientadora: Profª Giselle Böger Brand
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A INCLUSÃO SOB O OLHAR DOS INTEGRANTES DA
SALA DE RECURSOS NA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ REIS:
UM ESTUDO DE CASO.
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Orientação Educacional e
Pedagógica.
Por: Christiane Silva Jansen Narciso Peres
2
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pois sem ele eu não
teria forças para essa longa jornada,
agradeço a minha orientadora e a co-
orientadora que me ajudaram na
conclusão da monografia.
3
DEDICATÓRIA
In Memorian:
Ao meu pai, que em todos os
momentos difíceis de minha vida,
intercedeu junto a DEUS, pelo meu
sucesso e felicidade.
As pessoas mais especiais deste
mundo, minha mãe Rute Claudino
Martins Silva, meu esposo Rodrigo
Jansen Narciso Peres e meu filho
Rodrigo Jansen Narciso Peres Filho,
por todo amor, carinho, compreensão e
incentivo, pelos momentos de
angústias e preocupações causados
por mim, pelas minhas ausências
durante a realização deste trabalho,
dedico-lhes essa conquista com
gratidão e amor.
4
RESUMO
Esse estudo de caso tem como finalidade, verificar se os alunos matriculados
em classes regulares de ensino da Escola Municipal José Reis, que possuem
necessidades educacionais especiais, estão avançando no processo de
ensino-aprendizagem, através do trabalho realizado na sala de recursos.
Discutir se os alunos com necessidades educacionais especiais, que são
atendidos na sala de recursos oferecida no contra turno, da Escola Municipal
José Reis, tratados com atenção exclusiva para cada caso particular, inclusive
com currículo próprio diversificado adaptado para cada situação, conseguem
atingir os objetivos de desenvolvimento e aprendizagem propostos na sala de
recursos. Analisar o desenvolvimento da proposta realizada na sala de
recursos junto aos seus docentes responsáveis e observar a integração desses
alunos na visão dos Orientadores Educacionais que fazem a ponte entre os
professores da classe regular com os da sala de recursos e com a Secretaria
de Educação.
Palavras chave: Educação, necessidades educacionais especiais, sala de
recursos, turma regular.
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METODOLOGIA
Garantida pela legislação, a inserção de alunos com necessidades
educacionais especiais em classes de ensino regular, vem acontecendo cada
vez mais intensamente, as incertezas, os questionamentos e as frustrações
também vêm se avolumando de maneira proporcional, sobretudo entre os
professores que possuem o grande desafio de trabalhar nesse novo modelo de
escola.
O objeto do estudo proposto é formado por alunos com
necessidades educacionais especiais matriculados na rede regular de ensino,
mas especificamente na Escola Estadual José Reis, situada no município de
Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ, que oferece a educação básica nos níveis de
primeiro e segundo segmento do Ensino Fundamental. Esse estudo delimita os
alunos matriculados no primeiro e segundo segmentos do Ensino Fundamental
que frequentam no contra turno a Sala de Recursos e, dependendo do grau de
dificuldade, no próprio turno, criada especialmente para atender de forma
específica e diferenciada, esses alunos. O estudo irá abranger também, os
docentes responsáveis pela Sala de Recursos e os Orientadores Educacionais
da respectiva escola.
A pesquisa de campo será realizada na Escola Municipal José Reis,
localizada na Rua das Margaridas, s/nº, Prados Verdes, no Município de Nova
Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ. Pretende-se, verificar se esses alunos, que
possuem necessidades consideradas especiais e estão matriculadas em
turmas regulares de ensino, frequentando a Sala de Recursos oferecida pela
escola, estão alcançando os objetivos propostos para o seu pleno
desenvolvimento por meio de questionário aplicado a cada aluno que somam
dez alunos, com perguntas de respostas diretas (Sim ou Não), devido à
dificuldade dos alunos para responderem.
Para a realização da pesquisa, serão aplicados questionários
também à professora da Sala de Recursos e aos Orientadores Educacionais
que são duas professoras, com perguntas referentes à opinião dos mesmos
sobre o atendimento oferecido nessa sala, como estudo de caso, que será
apresentado de forma quantitativa e qualitativa.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I - O atendimento na Sala de Recursos e seus objetivos de
desenvolvimento e aprendizagem. 09
CAPÍTULO II - A Sala de Recursos sob o olhar de seus docentes responsáveis.
18
CAPÍTULO III – A visão dos Orientadores Educacionais sobre a integração dos
alunos com necessidades educacionais especiais em classes regulares. 25
CONCLUSÃO 30
BIBLIOGRAFIA 31
WEBGRAFIA 32
7
INTRODUÇÃO
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na
escola de ensino regular pode ser reputada como um desafio para a educação
na contemporaneidade, assim, pretende-se analisar se os alunos que possuem
com necessidades educacionais especiais, atendidos na sala de recursos da
Escola Municipal José Reis conseguem atingir os objetivos propostos para o
seu pleno desenvolvimento.
A LDB 9394/96 em seu Capítulo V, que trata da Educação Especial,
propõe em seu Art. 58, que essa modalidade de educação escolar seja
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para pessoas com
necessidades educacionais especiais. A escola onde será realizado o estudo
de caso segue essa orientação, pois os alunos com necessidades
educacionais especiais são matriculados em classes regulares de ensino.
Então, é possível verificar a necessidade de um estudo sobre a inclusão
desses alunos nessas turmas. Ainda no Art. 58 em seu parágrafo 1º, legitima
que, quando necessário, haverá serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.
Esses serviços de apoio especializado são oferecidos, dentro do possível, na
própria escola, com o apoio da Sala de Recursos. É possível perceber a
necessidade de verificar se o apoio oferecido nessa sala tem auxiliado de fato
o desenvolvimento dos alunos.
Já, em seu Art. 59, incisos I e III, propõe que os sistemas de ensino
assegurarão aos educandos com necessidades educacionais especiais,
currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos,
para atender às suas necessidades e, ainda, professores com especialização
adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem
como professores do ensino regular capacitados para a integração desses
alunos nas classes comuns. Logo, é de extrema importância a análise do
atendimento na sala de recursos, que procura atender às necessidades
específicas de cada aluno.
Através desse estudo de caso, procura-se verificar se os alunos
matriculados em classes regulares de ensino, que possuem necessidades
8
educacionais especiais, estão avançando no processo de ensino-
aprendizagem, através do trabalho realizado na sala de recursos.
Pretende-se então, discutir se os alunos com necessidades
consideradas especiais, que são atendidos na sala de recursos oferecida no
contra turno, tratados com atenção exclusiva para cada caso particular,
inclusive com currículo próprio diversificado adaptado para cada situação,
conseguem atingir os objetivos de desenvolvimento e aprendizagem propostos
na sala de recursos. Ainda, analisar o desenvolvimento da proposta realizada
na sala de recursos junto aos seus docentes responsáveis. E, enfim, verificar a
integração desses alunos na visão dos Orientadores Educacionais que fazem a
ponte entre professores da classe regular com os da sala de recursos e com a
Secretaria de Educação.
Através deste estudo de caso, busca-se validar a hipótese de que,
quando a escola segue as orientações propostas na LDB 9394/96 sobre
Educação Especial, os objetivos propostos de desenvolvimento são alcançados
pelos alunos com tais necessidades, validando a inclusão nas classes
regulares de ensino, com o suporte da sala de recursos.
Pretende-se analisar o atendimento na Sala de Recursos e seus
objetivos de desenvolvimento e aprendizagem, bem como discutir se os alunos
com necessidades educacionais especiais, que são atendidos na sala de
recursos oferecida no contra turno, da Escola Municipal José Reis, tratados
com atenção exclusiva para cada caso particular, inclusive com currículo
próprio diversificado adaptado para cada situação, conseguem atingir os
objetivos de desenvolvimento e aprendizagem propostos.
Busca-se também, considerar a Sala de Recursos sob o olhar de
seus docentes responsáveis, através do argumento de analisar o
desenvolvimento da proposta realizada na sala de recursos junto aos seus
docentes responsáveis.
De acordo com a visão dos Orientadores Educacionais sobre a
integração dos alunos com necessidades educacionais especiais em classes
regulares, objetiva-se verificar a integração dos alunos com necessidades
educacionais especiais sob o olhar dos Orientadores Educacionais que fazem
a ponte entre professores da classe regular com os da sala de recursos e com
a Secretaria de Educação.
9
CAPÍTULO I
O ATENDIMENTO NA SALA DE RECURSOS E SEUS
OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO E
APRENDIZAGEM.
Um dos maiores desafios para a educação na atualidade é a
inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na Escola
Regular, pois estamos dando os primeiros passos direcionados à inclusão.
Portanto, todos os envolvidos direta ou indiretamente com a educação, ou seja,
professores, pais, Escola e sociedade, precisam ter comprometimento com
esse novo desafio.
“A Educação Inclusiva significa um novo modelo de escola em que é possível o acesso e a permanência de todos os alunos, e onde os mecanismos de seleção e discriminação, até então utilizados, são substituídos por procedimentos de identificação e remoção das barreiras para a aprendizagem. Para tornar-se inclusiva a escola precisa formar seus professores e equipe de gestão, e rever as formas de intervenção vigentes entre todos os segmentos em que a compõem e que nela interferem. Precisa realimentar sua estrutura, organização, seu projeto político-pedagógico, seus recursos didáticos, metodologias e estratégias de ensino, bem como suas práticas avaliativas. Para acolher todos os alunos, a escola precisa, sobretudo, transformar suas intenções e escolhas curriculares, oferecendo um ensino diferenciado que favoreça o desenvolvimento e a inclusão social. (GLAT; BLANCO, 2009, p. 16)”.
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96, orienta a
inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais nas
salas de aula do ensino regular, o que leva a Escola a refletir sobre os
princípios desse novo paradigma, que vai desde a convivência desses alunos
num espaço comum, como também a reestruturação do trabalho pedagógico
da Escola e o investimento na infraestrutura necessária, como a criação de
sala de recursos para a utilização no contra turno.
Os indivíduos portadores de necessidades educacionais especiais
devem ter o direito ao acesso e permanência no ensino regular, garantidos, o
que tornará possível a busca de uma vida independente e uma postura crítica
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na sociedade. Por outro lado, o aluno não portador dessas necessidades, terá
a oportunidade de conviver com as diferenças e assim, aceitá-las e respeitá-
las.
A LDB 9394/96, em seu Capítulo V, trata a Educação Especial como
modalidade educacional voltada para a formação do indivíduo, visando o
exercício da cidadania, que deve ser realizada de forma transversal, em todos
os níveis e demais modalidades de ensino.
O movimento em prol de uma sociedade inclusiva teve início em
1990, pelas Nações Unidas, em defesa de uma sociedade para todos,
representado a normativa universal que justifica a implantação da inclusão. No
âmbito educacional, tal abrangência foi definida em 1994, através do Encontro
de Salamanca (Espanha), que após muitas discussões, teve como resultado a
“Declaração de Salamanca”, assinada por vários países. O documento teve
como proposta o paradigma de inclusão social, certificando a necessidade de
compromisso de todos com o desaparecimento das barreiras que excluem uma
considerável parcela da população mundial, as pessoas que possuem
deficiência física, sensorial e mental. Essa declaração estabelece a
transformação das instituições educacionais em Escolas para Todos, cujo
princípio orientador visa à inclusão de todo o aluno, em seu contexto
educacional e comunitário e contempla a necessidade de realização de uma
pedagogia voltada para a diversidade e necessidades específicas do aluno em
contextos diferenciados, através da criação de estratégias pedagógicas
diferenciadas que beneficiem a todos os alunos.
Esse movimento se fortalece, com novos documentos nacionais e
internacionais, como: a “Convenção Interamericana para a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra a Pessoa Portadora de
Deficiência1”, produzido no evento promovido pela OEA – Organização dos
Estados Americanos, na Guatemala, em 1999; o “Decreto nº 5296/2004” que
regulamenta as leis nº 10.048/2000 e nº 10.098/2000, estabelecendo “normas e
critérios básicos para o incentivo à acessibilidade das pessoas portadoras de
necessidades educacionais especiais ou com mobilidade reduzida, e provê 1 O Brasil, signatário desse documento, aprovou-o pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 198, de 13 de junho de 2001, promulgado pelo Decreto nº 3.956, de 08 de outubro de 2001, da Presidência da República (BRASIL, 2001).
11
outras providências” (BRASIL, 2004, p. 7); a “Política Nacional da Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”, de Janeiro de 2008 (Revista
da Educação Especial, 2008) que, diferente do documento da Política Nacional
da Educação Especial anterior, de 1994, organiza todas as diretrizes e normas
para Educação Especial como modalidade educacional, arrolado numa visão
de educação inclusiva, não mais excludente; e o documento mais recente, a
“Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”, também
conhecido como Convenção da ONU, de 2007 (BRASIL, 2007).
Para uma melhor compreensão de como se organizou o
atendimento às pessoas com necessidades educacionais especiais, faz-se
necessário apelar para a história e seus personagens, organizações,
movimentos, documentos oficiais e programas direcionados ao atendimento de
alunos portadores dessas necessidades, que embasaram as políticas de
inclusão no contexto escolar, em especial, a Sala de Recursos, particularizada
como base à inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em
classes regulares e âmago dessa pesquisa de campo.
Segundo Mazzotta (2005, p.15)
“A defesa da cidadania e do direito à educação das pessoas com deficiência é atitude muito recente em nossa sociedade. Manifestando-se através de medidas isoladas, de indivíduos ou grupos, a conquista e o reconhecimento de alguns direitos dos portadores de deficiência podem ser identificados como elementos integrantes de políticas sociais, a partir de meados deste século”.
Pode-se constatar através da história da educação, que até o século
XVIII, o que se dizia a respeito de deficiente estava diretamente ligado a
ocultismo e misticismo, com pouco ou nenhum apoio científico para o
crescimento de conceitos realísticos (MAZZOTA 2005). O pouco ou nenhum
conhecimento sobre deficiências fazia com que as pessoas que a possuíam,
vivessem marginalizadas e ignoradas, sendo postas à margem da condição
humana sob o conceito de “imperfeição”, baseado na religião. Já, o
consentimento social descente, julgava ser essa uma condição de
“incapacitado”, “deficiente”, “inválido”, como algo imutável, o que levava à
12
omissão da sociedade em relação à organização de serviços para atender as
necessidades individuais desses cidadãos.
Somente a partir do século XIX, a sociedade apresentou condições
materiais mais convenientes, já que determinadas pessoas, leigos ou
profissionais, com deficiência ou não, ocorreram como líderes da sociedade em
que viviam, para sensibilizar e buscar medidas para o atendimento aos seus
pares também com deficiências. Como representantes dos interesses e
necessidades das pessoas com deficiência, ou com elas identificadas, esses
novos líderes abriam espaço nas mais variadas áreas para a construção de
conhecimentos e de alternativas para uma melhor condição de vida de tais
pessoas.
Visando o foco educacional, vemos que as escolas regulares sentem
dificuldades para obter condições necessárias às mudanças propostas por uma
educação aberta às diferenças, pois não foram construídas para atender à
diversidade e têm uma estrutura rígida e seletiva no que diz respeito à
aceitação e a permanência de alunos que não atendem às suas expectativas
acadêmicas clássicas e conteudistas. Porém, a LBD 9394/96 sugere que
crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devem ser
incluídas em arranjos educacionais criados para a maioria das crianças. Daí o
conceito de escola inclusiva. O desafio que confronta a escola inclusiva é no
que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e
capaz de educar todas as crianças, incluindo aqueles que possuam
desvantagem severa.
O objeto do estudo proposto é formado por alunos com
necessidades educacionais especiais matriculados na rede regular de ensino,
mas especificamente na Escola Estadual José Reis, situada no município de
Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, RJ, que oferece a educação básica nos níveis de
primeiro e segundo segmento do Ensino Fundamental. Esse estudo delimita os
alunos matriculados no primeiro e segundo segmentos do Ensino Fundamental
que frequentam no contra turno a Sala de Recursos e, dependendo do grau de
dificuldade, no próprio turno, criada especialmente para atender de forma
específica e diferenciada, esses alunos. O estudo irá abranger também, os
docentes responsáveis pela Sala de Recursos e os Orientadores Educacionais
da respectiva escola.
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Foi aplicado aos alunos que freqüentam a Sala de Recursos, o
questionário abaixo:
As freqüências das respostas foram às seguintes:
1. Você gosta de frequentar a sala de recursos?
F absoluta F relativa a) Sim 9 100% b) Não 0 0%
Total 9 100%
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2. Você participa das brincadeiras e atividades promovidas na Sala de Recursos?
F absoluta F relativa a) Sim 9 100% b) Não 0 0%
Total 9 100%
3. Você se sente feliz em estudar na sua turma regular?
F absoluta F relativa a) Sim 8 89% b) Não 1 11%
Total 9 100%
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4. Os alunos da sua turma são seus amigos?
F absoluta F relativa a) Sim 7 78% b) Não 2 22%
Total 9 100%
5. Você se sente capaz de conquistas seus sonhos?
F absoluta F relativa a) Sim 7 78% b) Não 2 22%
Total 9 100%
Através da análise realizada e dos resultados verificados nos
gráficos acima, foi possível concluir:
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Do universo
pesquisado, todos os
alunos gostam de
freqüentar a Sala de
Recursos, o que nos leva
a perceber que existe
uma satisfação por parte
dos alunos em participar
das atividades realizadas na mesma, em que se pode trabalhar a socialização
e, principalmente, o desenvolvimento de cada aluno em sua particularidade.
É possível verificar
a partir das respostas ao
segundo
questionamento, que as
atividades e brincadeiras
promovidas na Sala de
Recursos, são
prazerosas aos alunos, o
que permite uma interação tanto entre aluno-professor, como aluno-aluno,
desenvolvendo habilidades como autoconfiança e o desenvolvimento de cada
aluno de acordo o proposto para cada caso em particular.
O gráfico referente
à terceira pergunta
evidencia que do total de
alunos que frequentam a
Sala de Recursos, um
pequeno percentual de
11% afirmam não se
sentir feliz em estudar na
turma regular do contra turno, mostrando que as atividades propostas na Sala
de Recursos tem sido eficaz no sentido de promover o desenvolvimento dos
alunos com necessidades educacionais especiais, no sentido de alcançar a
totalidade.
17
Podemos verificar
no gráfico ao lado, que
mostra o percentual de
alunos que consideram
os colegas da turma
regular seus amigos,
que a escola pesquisada está conseguindo alcançar um bom nível de
socialização e até mesmo de aceitação por parte dos alunos das turmas
regulares com os colegas que frequentam a Sala de Recursos, já que 78% dos
alunos com necessidades educacionais especiais consideram esses alunos
seus amigos.
O gráfico ao lado
retrata que a auto-
estima dos alunos tem
alcançado um nível
elevado em se tratando
de crianças com
necessidades
educacionais especiais,
já que nossa sociedade oferece pouca oportunidade e está muito distante de
ser acolhedora acessível e oferecer oportunidades para pessoas com tais
dificuldades.
Vendo por uma ótica muito otimista, acredito que a escola
pesquisada está traçando um caminho de mudança significativa para a nossa
educação, oferecendo na Sala de Recursos, atividades que desenvolvem a
auto-estima, a confiança, a socialização e, sobretudo o desenvolvimento de
cada criança, dada sua deficiência.
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CAPÍTULO II
A SALA DE RECURSOS SOB O OLHAR DE SEUS
DOCENTES RESPONSÁVEIS.
Historicamente, a escola caracteriza-se por uma visão educacional
que demarca a escolarização como monopólio de um grupo, ou seja, uma
exclusão que foi autenticada pelas políticas e práticas educativas propagadoras
da ordem social. O paradoxo inclusão/exclusão fica evidenciado a partir do
processo de democratização da escola, quando os sistemas de ensino
universalizam o acesso, porém continuam restringindo pessoas e grupos
considerados diferenciados dos padrões da escola.
Sob a ótica dos direitos humanos e de cidadania, justificado no
reconhecimento das diferenças e comunicação entre as pessoas, ocorre uma
identificação dos processos de classificação que agem na normalização e
ratificação das desigualdades. Tal problemática descreve os processos
normativos da diferenciação dos alunos em função de suas características
intelectuais, culturais, físicas, culturais, lingüísticas e sociais, entre outras,
decorrentes do modelo tradicional de educação escolar.
Ressaltando diferentes percepções, nomenclaturas e modalidades
que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e
classes especiais, a educação especial se preparou tradicionalmente como
atendimento educacional especializado em substituição ao ensino comum. Tal
organização, comprovada sob o conceito do que seja normal ou do que seja
anormal, estabelece maneiras de atendimento clínico-terapêuticos, embasados
nos testes psicométricos que determina, através de diagnósticos, as práticas
educativas para os alunos portadores de necessidades educacionais especiais.
“O conceito de necessidade educacional especial engloba tanto a especificidade do aluno em sua subjetividade como o contexto histórico-cultural em que ele vive e se constitui. [...] Necessidades educacionais especiais são, finalmente, apresentadas pelos alunos com diferenças qualitativas no desenvolvimento com origem nas deficiências físicas, motoras, sensoriais e/ou cognitivas, distúrbios psicológicos e/ou de comportamento (condutas típicas), e com altas habilidades. [...] Embora esses termos sejam muitas vezes utilizados como
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sinônimos, é importante frisar que necessidades educacionais especiais não é o mesmo que deficiência. O conceito de deficiência se reporta às condições orgânicas do indivíduo, que podem resultar em uma necessidade educacional especial, porém não obrigatoriamente. O conceito de necessidade educacional especial, por sua vez, está intimamente relacionado à interação do aluno à proposta ou realidade educativa com a qual ele se depara. (GLAT; BLANCO, 2009, p. 26)”.
Perdurou por muito tempo o atendimento em que a educação
especial formatada paralelamente à educação comum, seria a maneira mais
correta para o acolhimento de alunos que não se adequavam à estrutura dos
sistemas educacionais.
Os direitos das crianças nas escolas têm sido violados por diversas
práticas errôneas. São professores que afirmam não estarem preparados para
receber alunos com necessidades educacionais especiais, são as escolas que
muitas vezes não oferecem acessibilidade, são famílias que impossibilitam a
escolarização dos filhos, pois muitas escolas não aceitam alunos com
necessidades educacionais especiais ou algum tipo de deficiência.
Na história da educação especial, tal concepção desempenhou
grande e duradouro impacto, decorrendo em práticas que evidenciavam ainda
mais a deficiência, em contraposição a uma proposta pedagógica focada no
direito à aprendizagem.
Segundo Vigostkii (2006, p. 115)
“...a característica essencial da aprendizagem é que engendra a área de desenvolvimento potencial, ou seja, que faz nascer, estimula e ativa na criança um grupo de processos internos de desenvolvimento no âmbito das inter-relações com outros, que, na continuação, são absorvidos pelo curso interior de desenvolvimento e se convertem em aquisições internas da criança”.
A reestruturação das escolas de ensino regular e da educação
especial tem tomado outra direção através do desenvolvimento de estudos no
campo dos direitos humanos da educação, que vem alterando os conceitos, as
legislações, as práticas educacionais e de gestão, apontando para a
necessidade de promoção da reestruturação das escolas de ensino regular e
da educação especial.
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A partir da averiguação e reconhecimento da diversidade como
causa de desenvolvimento do processo educacional, tem ocorrido diversas
mudanças na escola e na formação docente, culminando numa reforma para
benefício de todos os alunos. Essa nova estrutura prevê uma escola para
todos, com acesso à aprendizagem e atendimento às necessidades
educacionais especiais.
Através de uma abordagem que visa responder às necessidades
aprendizagem de todos os alunos, sejam crianças, jovens ou adultos, a
educação inclusiva procura focar nas pessoas ou grupo de indivíduos que
estão excluídos da ratificação do direito à educação e que não estão na escola
ou enfrentam dificuldades para o compartilhamento nos processos de
aprendizagem. A aprendizagem escolar orienta e estimula processos internos
de desenvolvimento (Vigostkii, 2006).
Dentre as diferentes formas de exclusão escolar, destaca-se aquela
que trata dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais,
que historicamente, vêm sendo excluídos do processo de desenvolvimento e
aprendizagem.
Segundo Vigostkii (2006, p. 116), “o processo de desenvolvimento
não coincide com o da aprendizagem, o processo de desenvolvimento segue o
da aprendizagem, que cria a área de desenvolvimento potencial”.
A postura seletiva e excludente da escola, referente aos alunos que
não se adaptam ao modelo estabelecido, tem sido um fato até tido como
tradicional. Porém, esse molde tem se diferenciado a partir do novo paradigma
da educação inclusiva, que resulta do conceito de sociedade inclusiva, onde as
instituições e os sistemas sociais adaptam-se às necessidades de todos os
indivíduos. A partir desse procedimento, torna-se fundamental a formação dos
professores, para que o processo de ensino-aprendizagem esteja focado no
potencial de cada aluno, de forma que qualquer incapacidade não seja
qualificada como falta de competência para aprender e, muito menos, para que
esses alunos desistam de estudar e aprender.
Segundo Feltrin (2006, p. 75-76)
“A atividade pedagógica desenvolve-se precisamente na construção de uma compreensão compartilhada, que as
21
perspectivas vão além da individualidade e prevalece o conceito de alteridade. Por isso, a educação deve ser vista como um “processo de comunicação” que indaga os modos em que o conhecimento (e, em especial, aquele que constitui o conteúdo dos currículos escolares) se apresenta, é recebido, compartilhado, controlado, discutido, compreendido – bem ou mal – por professores e crianças na classe. Nesse processo, é possível compreender e concretizar que o que antes era sabido por uma pessoa torna-se propriedade de duas ou de várias”.
Através da Declaração de Salamanca, de 1994, pode-se verificar
que todas as crianças têm necessidades e formas únicas e individuais de
aprendizado, que possuem o direito de freqüentar a escola da sua comunidade
local, com acesso ao Ensino Regular, e que os sistemas educacionais devem
realizar programas, considerando a diversidade humana e efetivar uma
pedagogia centrada na criança.
Uma nova abordagem na execução de políticas pública que matizam
o conceito de transversalidade da Educação Especial nos projetos e programas
educacionais, reforçando as relações dessa modalidade educacional com as
demais, garantindo dessa forma, a acessibilidade dos alunos e a satisfação de
suas necessidades educacionais especiais nos sistemas educativos.
Segundo Feltrin (2006, p. 63)
“Evidentemente, quando se fala em escola inclusiva, não se fala apenas das unidades que se arriscam a receber alunos com necessidades educacionais especiais, mas de todo o sistema que, também na prática, deveria ser inclusivo, dispor de recursos materiais e humanos para o atendimento conveniente dos alunos que demandam esses serviços.”
As pessoas com necessidades educacionais especiais, não são
passivas na sociedade, buscam participar de sua estrutura, reivindicando para
si a oportunidade de expor suas idéias, sentimentos e necessidades sem a
mediação de outras pessoas, pois todo indivíduo possui um passado de
vivências que não podem ser ignorado quando se planeja uma intervenção que
lhe desenvolva alguma habilidade. Porém, experiências positivas afirmam a
inclusão de muitos alunos com sucesso, nas classes de ensino regular,
mostrando o compromisso da escola na construção de um projeto pedagógico
que esteja focado nas diferenças e numa real organização de espaços que
22
visem um atendimento educacional especializado, como por exemplo, a Sala
de Recursos.
Através desse desafio para a escola regular, pode-se analisar o
fato de que todos os alunos matriculados na escola, portadores ou não de
alguma necessidade, têm o direito de acesso à aprendizagem.
“Essa mudança de olhar é decisiva, pois ao considerar que as necessidades educacionais especiais se encontram na relação entre o processo de aprendizagem do aluno e a proposta curricular, desviamos o foco de atenção, anteriormente centrado nas dificuldades do aluno, direcionando-o para as respostas educacionais que a escola precisa lhe proporcionar. (GLAT; BLANCO, 2009, p. 29)”.
Mesmo sendo considerada bastante avançada para padrões
internacionais, a legislação brasileira, seja na Educação, ou em outras áreas, a
publicação de leis e diretrizes políticas ou pedagógicas não promete
necessariamente, as condições para que sejam de fato cumpridas.
Buscando fazer cumprir a legislação, a escola pesquisada possui a
Sala Recursos, para atender no contra turno as crianças que apresentam
necessidades educacionais especiais. Esse espaço é um ambiente de natureza
pedagógica, orientado por professor especializado, que suplementa e
complementa o atendimento educacional realizado nas classes comuns,
também conhecidas como turmas regulares da escola e possui recursos
pedagógicos adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos.
A professora responsável pelo atendimento na Sala de Recursos da
escola pesquisada, respondeu a um questionário que teve como objetivo
analisar a visão do professor que ali atua e suas perspectivas em relação ao
trabalho realizado bem como suas angústias e seu olhar sobre a capacitação
dos professores, se a inclusão é de fato eficaz com o apoio das atividades
proporcionadas na Sala de Recursos, que tenta focar o aluno de forma
individual, adaptando o currículo para cada necessidade educacional especial,
visando o desenvolvimento pleno de cada aluno, de acordo com o grau de sua
deficiência ou dificuldade de aprendizagem.
Questionário aplicado para a professora que atua na Sala de
Recursos da escola pesquisada:
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De acordo com as respostas foi verificado que a professora possui
Graduação em Psicologia e Pós Graduação Especialização em
Psicopedagogia, mostrando estar capacitada para exercer sua função na Sala
de Recursos. Apesar de sua capacitação, professora relata que se sente ao
mesmo tempo preparada e não preparada para atuar na educação especial e
essa duplicidade se dá devido a necessidade a todo instante estar buscando
novas informações sobre a mesma deficiência, pois cada indivíduo é diferente
do outro e pode assumir particularidades sobre o mesmo problema.
A professora afirma que a Educação Especial a escolheu e não o
contrário, já que não consegue enxergar o indivíduo naquilo que ele não é
capaz de fazer, procurando ter um olhar que vai além, ou seja, ver o que
realmente ele pode fazer, ou seja, suas reais potencialidades. A professora
recebe capacitação e formação continuada da Secretaria Municipal de
Educação (SEMED) junto à equipe de Educação Especial, que proporciona
palestras e indica cursos fora da rede.
Ao responder a última pergunta, a professora Regina afirma
acreditar sim que seus alunos possam ser incluídos de fato e não somente na
escola, mas na sociedade em que faz parte. Mas, que apesar de todos os
entraves, ainda existe um longo percurso a percorrer, já que hoje se fala muito
mais em inclusão do que se falava ontem, sabendo que ela não depende
somente da escola mais da sociedade como um todo.
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CAPÍTULO III
A VISÃO DOS ORIENTADORES EDUCACIONAIS
SOBRE A INTEGRAÇÃO DOS ALUNOS COM
NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS EM
CLASSES REGULARES.
Para que seja oferecido um ensino de qualidade para todos os
alunos, sem exceção, é necessária uma reorganização da escola em sua
estrutura de funcionamento, metodologia e principalmente, recursos
pedagógicos, conscientizando e garantindo que seus profissionais estejam
realmente preparados para esse novo desafio.
Através dessa pesquisa de campo, procura-se propor uma
discussão sobre a permanência de alunos com necessidades educacionais
especiais em classes regulares e freqüentando a Sala de Recursos no contra
turno, realmente promove um melhor desenvolvimento para os discentes com
tais necessidades.
Através de questionários aplicados aos alunos portadores dessas
necessidades, aos professores dessas salas de recursos e aos orientadores
educacionais da Escola Municipal José Reis, pretende analisar o
desenvolvimento da proposta realizada na sala de recursos. E, ainda, verificar
a se existe realmente uma integração desses alunos na visão dos Orientadores
Educacionais da escola.
Esse estudo de caso busca analisar se, quando a escola segue as
orientações propostas na LDB 9394/96 sobre Educação Especial, os objetivos
propostos de desenvolvimento são alcançados pelos alunos com tais
necessidades, validando a inclusão nas classes regulares de ensino, com o
suporte da sala de recursos promovendo a interação entre os alunos que
possuem necessidades educacionais especiais e os que não as possuem.
Segundo Feltrin (2006, p. 76)
“Na escola, é importante que se pratique o conceito de
interação. Nesse sentido, para que os alunos aprendam as
posturas consideradas corretas na nossa cultura, a escola
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precisa adequar suas exigências às possibilidades e
necessidades dos alunos. Estes, por sua vez, precisam ter a
oportunidade de conhecer e discutir as intenções que geraram
as regras e as possíveis punições. Em todo esse
procedimento, o papel mediador do professor é fundamental,
como fundamental é a busca de uma coerência entre sua
conduta e a que se espera dos seus alunos. Hoje, mesmo
diante do imenso leque de “ídolos” que o mundo e a mídia
oferecem, as crianças aprendem e vão fixando seus
comportamentos conforme os modelos que têm diante de si a
todo instante. O professor e a professora acabam sendo um
deles, tornam-se elementos propulsores do desenvolvimento e
da formação de comportamentos, especialmente dos que
precisam de uma atenção diferenciada”.
Enfim, procura-se comprovar que um trabalho sério e comprometido
de todos os envolvidos na escola com o processo de ensino aprendizagem e,
especialmente, por parte dos professores que atuam nas Salas de Recursos,
juntamente com os que atuam nas classes regulares, é fundamental para
contribuir com a aprendizagem efetiva dos alunos e também, para ratificar o
trabalho realizar nessas salas.
Logo, foi utilizado um questionário com cinco perguntas para as
orientadoras educacionais da escola pesquisada, responderem visando
analisar seus pontos de visa sobre a integração dos alunos com necessidades
educacionais especiais em classes regulares de ensino, focando o papel do
Orientador Educacional atuante na Sala Recursos, sobre seu olhar para o
preparo em atuar na educação especial, no apoio recebido por parte da direção
da escola e da Secretaria Municipal de Educação para a realização desse
trabalho, sobre os resultados apresentados nas classes regulares por parte dos
alunos que frequentam a Sala de Recursos e sobre a participação da família
desses alunos, referente ao apoio dado ao trabalho dos profissionais da
educação especial realizado na escola.
Questionário aplicado para as orientadoras educacionais que atuam
na Escola Municipal José Reis:
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O questionário acima foi aplicado para duas profissionais de
Orientação Educacional na escola pesquisada. De acordo com as respostas foi
verificado que a Orientadora Educacional Márcia, ao responder a primeira
pergunta afirma que o papel do Orientador Educacional no trabalho realizado
na sala de recursos é estar junto aos professores, buscando apoiar o trabalho
do profissional da sala de recursos dando todo o suporte necessário junto aos
familiares. Já a Orientadora Educacional Claudia Regina, afirma que seu papel
é avaliar junto com o professor os alunos que apresentam dificuldades no
aprendizado, trabalho esse em parceria com os docentes ajuda na
compreensão de comportamentos ditos diferentes. Esses alunos são
encaminhados à sala de recursos para realizar atividades diferenciadas, sendo
sempre observados e acompanhados pelo Orientador Educacional.
A OE Claudia Regina, ao responder a segunda pergunta: “Você se
sente realmente preparado para atuar na educação especial? Justifique.”,
afirma que em alguns casos encontrados na escola se sente preparada sim,
mas existem casos mais complexos onde percebe a necessidade de uma
formação mais específica para a necessidade em questão. Já a OE Márcia,
responde que sim, pois como orientadora educacional tem um olhar
diferenciado, com bastante comprometimento com o trabalho e procura sempre
estar atenta aos assuntos relacionados à profissão e tem muito carinho pelo
que faz.
Na terceira pergunta que diz: “Você recebe apoio da direção da
unidade escolar e da Secretaria Municipal de Educação para a realização do
seu trabalho?” a OE Márcia responde que sempre que encontra dificuldades
em resolver problemas relacionais ao seu trabalho, recebe sim o apoio
necessário da direção da unidade escolar. Quanto à Secretaria Municipal de
Educação de Nova Iguaçu, sempre que solicita ajuda recebe sim o respaldo
necessário. A OE Claudia Regina relata que quando encontra alguma
dificuldade encontra apoio tanto da direção da unidade escolar quanto da
Secretaria Municipal de Educação.
A quarta pergunta questiona se o trabalho realizado na sala de
recursos reflete nas classes regulares. A OE Claudia Regina respondeu que
sim, na maioria dos casos é notório o desenvolvimento e os avanços dos
alunos. A OE Márcia também responde que sim, que o trabalho reflete
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positivamente, principalmente se este trabalho estiver recebendo apoio familiar,
o que ressalta a importância da família presente, apoiando o trabalho realizado
na escola.
Na última pergunta que questiona se as famílias dos alunos com
necessidades educacionais especiais apóiam o trabalho da sala de recursos e
participam da vida escolar de seus filhos, a OE Márcia responde que
geralmente sim, com raras exceções e que esse apoio tem sido de extrema
importância para o sucesso do trabalho realizado na Sala de Recursos. A OE
Claudia Regina também responde que sim e ressalta a relevância desse apoio
por parte dos familiares.
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CONCLUSÃO
Através dos questionários aplicados aos alunos com necessidades
educacionais especiais que frequentam as classes regulares de ensino e
também a Sala de Recursos no contra turno, aos professores da sala de
recursos e aos orientadores educacionais da Escola Municipal José Reis, foi
possível analisar o desenvolvimento da proposta realizada na sala de recursos.
E, ainda, foi possível verificar que existe realmente uma integração desses
alunos na visão dos Orientadores Educacionais da escola, pois através da
análise das respostas, percebesse que existe um desenvolvimento notório dos
alunos que participam das atividades diferenciadas da sala de recursos e que
estes são participativos, o que mostra que as atividades são atrativas e
exercem influência sobre os alunos, resultados em seu desenvolvimento de
acordo com a necessidade educacional especial em cada caso em particular.
Esse estudo analisou que, quando a escola segue as orientações
propostas na LDB 9394/96 sobre Educação Especial, os objetivos propostos de
desenvolvimento são alcançados pelos alunos com tais necessidades,
validando a inclusão nas classes regulares de ensino, com o suporte da sala de
recursos promovendo a interação entre os alunos que possuem necessidades
educacionais especiais e os que não as possuem, ressaltando a importância do
apoio da família ao trabalho realizado pela escola como um todo.
Enfim, foi possível comprovar que um trabalho sério e comprometido
de todos os envolvidos na escola com o processo de ensino aprendizagem e,
especialmente, por parte dos professores que atuam nas Salas de Recursos e
os Orientadores Educacionais que dão todo o suporte a esse trabalho,
juntamente com os que atuam nas classes regulares, é fundamental para
contribuir com a aprendizagem efetiva dos alunos e também, para ratificar o
trabalho realizado nessas salas.
Fica destacada aqui a importância de dar continuidade a estudos e
pesquisas do tipo em outras unidades de ensino.
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