UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em MBA em Gestão Empresarial
ALDA APARECIDA GALDINO AMARAL RIBEIRO
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA: padrão de divulgação em coerência com o público-
alvo. O Caso da Universidade Metodista de São Paulo
LINS – SP 2011
ALDA APARECIDA GALDINO AMARAL RIBEIRO
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA: padrão de divulgação em coerência com o público-
alvo. O Caso da Universidade Metodista de São Paulo
Monografia apresentada à Banca
Examinadora do Centro Universitário
Católico Salesiano Auxilium, como
requisito parcial para obtenção do
título de especialista em MBA em
Gestão Empresarial sob a orientação
do Prof. Me. Irso Tófoli e Professora
Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva.
LINS – SP 2011
Ribeiro, Alda Aparecida Galdino Amaral
R 367e Educação à distância: padrão de divulgação em coerência com o público
alvo. O caso da Universidade Metodista de São Paulo / Alda Aparecida
Galdino Amaral. – – Lins, 2011.
61p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para Pós-Graduação ―Lato Sensu‖
em MBA em Gestão Empresarial, 2011.
Orientadores: Irso Tófolli; Heloisa Helena Rovery da Silva
1. Educação a Distância. 2. Ambiente Virtual 3. Público Alvo. 4.
Geração de Consumidores. 5. UMESP. I Título.
CDU 658
ALDA APARECIDA GALDINO AMARAL RIBEIRO
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: padrão de divulgação em coerência com o público alvo. O Caso da Universidade Metodista de São Paulo
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Especialista em MBA em Gestão Empresarial.
Aprovada em: ___/___/___ Banca Examinadora Profº. Orientador Me. Irso Tófoli Mestre em Administração pela FACECA – Varginha – MG ______________________________________________________________ Profª. Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva Mestre em Administração pela CNEC/FACECA – Varginha – MG ______________________________________________________________
LINS – SP
2011
DEDICATÓRIA
Ao meu Deus Todo Poderoso
Por me dar a vida e tudo o que sou...
Ao meu pai Harrison Amaral
Por ser “meu pai”. Tenho muito orgulho de me parecer tanto com você!
Aos meus filhotes
Busco meus sonhos... Para realizar os seus!
Ao meu esposo
Companheiro de caminhada...
Alda Aparecida
AGRADECIMENTOS
A Jesus Cristo, meu amado e companheiro de todas as horas
Por tudo que representa em minha existência...
Ao Espírito Santo,
Por habitar em mim...
Ao meu esposo Luis Carlos e aos meus filhos Giulia e Allan
Por me tirarem da cama aos sábados pela manhã e me “incentivarem” a buscar
meus sonhos.
Ao meu orientador “sempre presente” Prof. Irso Tófoli
Pelos emails, pelos encontros e desencontros... Sempre com seu sorriso
franco, pronto a me ouvir e a me orientar. Serei eternamente grata ao senhor.
Ao meu “eterno” Diretor Prof. M. Sc. Walter Chalegre dos Santos
Por ver em mim “alguém capaz” de realizar todos os meus sonhos e por
viabilizar, através do IMED, um deles, a pós-graduação.
À Heloisa
A Mestra que me mostrou o caminho das pedras cujo destino é a apresentação
impecável dos trabalhos orientados por ela.
À Bia e Silvia, queridas companheiras de percurso
Pelo carinho com que sempre fui recebida nesta instituição de ensino que
agora faz parte da minha vida.
Às amigas da Universidade Metodista de São Paulo
Beatriz Mahler, Danielle Pastorelli e Silvana Bastreghi, por caminharem junto
comigo “a passos firmes” em busca da perfeição.
Aos amigos do Unisalesiano: Lúcia, Hélvio, Billy e Roger
Pelas horas que passamos juntos, pelos trabalhos em grupo, pelos almoços,
pelas canetas... Pelos atrasos... Enfim... Foram dois anos muitos especiais em
minha vida.
Aos meus professores
Tenham certeza de que aprendi muito com vocês... E jamais os esquecerei!
“No mundo só existem 85 empresas que foram fundadas há mais de cinco
séculos e que sobrevivem até hoje – 70 delas são universidades.”
Edson Franco
RESUMO
Devido ao grande aumento de alunos de EAD no Brasil nos últimos tempos, as características demográficas presentes nos processos seletivos e a diversidade de mídias adotadas pelas universidades para captar esses alunos, surge a necessidade de se entender como os cursos EAD surgiram, qual o perfil destes indivíduos que buscam um curso superior sem, necessariamente, freqüentar os bancos universitários como na educação presencial e, se as mídias aplicadas estão em conformidade com o público alvo. Uma das hipóteses é a de que os alunos pertençam em sua maioria à geração X, e, até mesmo à geração Baby Boomer, devido à metodologia de ensino e a flexibilidade nos horários de estudo, uma vez que esses indivíduos estão em busca do diploma universitário. Com a confirmação dessa hipótese surge a necessidade de verificar se as campanhas de vestibular estão em conformidade com o público alvo. Como a UMESP – Universidade Metodista de São Bernardo têm crescido consideravelmente com seus cursos à distância, e formata suas campanhas dos cursos presenciais do mesmo modo que os cursos à distância, ela foi escolhida como foco desta pesquisa. Para melhor entendimento da evolução da educação no Brasil e a EAD neste contexto, o breve percurso histórico ora apresentado culminará com o governo do Presidente Lula que foi, historicamente, o governante que mais se preocupou com a educação no Brasil.
Palavras-chave: Educação. Educação à Distância. UMESP. Público Alvo. Gerações de Consumidores.
ABSTRACT
Because to the great increase of students of EAD in Brazil in recent times, the demographic characteristics presents in the selection processes and the diversity of medias adopted for the universities to attract these students, appear the necessity of understanding as EAD courses had appeared, which the profile of these individuals that search a college degree without, necessarily, to frequent the university classes as in actual education and, if the applied medias are in compliance with the target audience. One of the hypotheses is of that the students belong are on the majority by the X generation, and even though to the Baby Boomer generation, possibly of the education methodology and flexibility in the study schedules, since that these individuals are in search of the college degree. With the confirmation of this hypothesis the necessity appears to verify if the vestibular contest campaigns are in compliance with the target audience. As the UMESP – Universidade Metodista de São Paulo, has grown considerably with its distance learning courses, and formats its campaigns of the actual courses in a similar way that the distance learning courses, it were chosen as focus of this research. To better agreement of the evolution of the education in Brazil and the EAD in this context, the brief historical background presented here will culminate with the government of President Lula who was, historically, the governor who more was worried about the education in Brazil.
Keywords: Education. Distance Learning Courses. UMESP. Target Audience.
Generations of Consumers.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Evolução dos Cursos EAD - Brasil..........................................
39
Tabela 2: Perfil dos Alunos EAD – 2010 – Idade...................................
47
Tabela 3: Perfil dos Alunos EAD – 2010 – Estado Civil.........................
48
Tabela 4: Perfil dos Alunos da EAD – 2010 – Veículos de Comunicação..........................................................................
49
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: As diferenças das gerações.........................................
43
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Folder EAD – Frente.........................................................
50
Figura 2: Folder EAD – Verso..........................................................
51
Figura 3: Banner Internet.................................................................
51
Figura 4: Card EAD..........................................................................
52
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ACED Cadeia Produtiva da Educação à Distância
CEAD Centro de Educação à Distância
CEE Conselho Estadual de Educação
CEFAM Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério
CIAC Centro Integrado de Apoio às Crianças
CIEE Centro Integrado Empresa Escola
CIEP Centro Integrado de Educação Pública
CNE Conselho Nacional de Educação
COGEIME Conselho Geral das Instituições Metodistas de Ensino
EAD Educação a Distância
ENEM Exame Nacional do Ensino Médio
EPB Estudo de Problemas Brasileiros
FUNDEP Fundo de Desenvolvimento e Pesquisa
IES Instituição de Ensino Superior
IMS Instituto Metodista de Ensino Superior
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa
LDB Lei de Diretrizes e Bases
MEC Ministério da Educação
MOBRAL
Movimento Brasileiro de Alfabetização
OSPB Organização Social e Política do Brasil
ProUni Programa Universidade Para Todos
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
UMESP Universidade Metodista de São Paulo
UNE União Nacional dos Estudantes
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..............................................................................................
16
CAPÍTULO I – A INSTITUIÇÃO DE ENSINO .............................................. 21
1 CONHECENDO A UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
21
CAPÍTULO II – A EDUCAÇÃO NO BRASIL ............................................... 24
2 EDUCAÇÃO PRESENCIAL NO BRASIL .......................................... 24
2.1 EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA NO BRASIL............................................ 37
2.1.1 METODOLOGIA DA EAD..................................................................
39
CAPÍTULO III – AS GERAÇÕES DE CONSUMIDORES ............................ 44
3 BABY BOOMERS, X E ………………………………………………….. 44
3.1 PERFIL DOS ALUNOS DA EAD ........................................................
47
CAPÍTULO IV AS GERAÇÕES PRESENTES NA EAD E AS TÉCNICAS
DE DIVULGAÇÃO UTILIZADAS .................................................................
50
4 O PÚBLICO ALVO E AS PEÇAS UTILIZADAS ................................. 50
4.1 COERÊNCIA ENTRE O PÚBLICO ALVO E A TÉCNICA DE
DIVULGAÇÃO ..............................................................................................
55
4.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................
56
CONCLUSÃO ...............................................................................................
58
REFERÊNCIAS ............................................................................................
59
16
INTRODUÇÃO
A educação à distância tem crescido consideravelmente no mundo nos
últimos anos. Nos Estados Unidos, segundo dados fornecidos pela Alfred P.
Sloan Foudation, os números de 2007 comparados aos anos anteriores tiveram
um salto de 12,9%, enquanto o número de alunos ingressantes nas
universidades tradicionais foi de 1,2%. Tais números prosseguiram crescendo
em todo o mundo; a Universidade de Coimbra, por exemplo, lançou em 2007,
17 cursos de ensino a distância, com foco na robótica, empreendedorismo,
comércio eletrônico e gestão escolar. O mesmo caminho segue a Grã-
Bretanha, com crescimento significativo: 90% das suas universidades
implantaram ensino a distância nos vários níveis e em diversas áreas. Essa
tendência tem sido seguida por países como Índia, Turquia, Indonésia, China e
Brasil.(FENÔMENO GLOBAL, 2009)
No Brasil, dados do Censo EaD.br, apresentados em 2009, mostraram
que, dos 2,64 milhões de alunos em 2008, cerca de 1,07 estavam matriculados
em cursos livres pela internet e 498 em cursos promovidos in company. Os
cursos de graduação participaram desses dados com 761 mil alunos. Mas o
que promove esse crescimento em tão larga escala? ―A facilidade de acesso,
os preços mais em conta em relação aos cursos presenciais e, principalmente,
a flexibilidade de horário são os pontos positivos mais citados pelos
estudantes‖. (EAD VEIO PRA FICAR, 2010, p. 21)
Tantas facilidades têm um preço e exigem um perfil diferenciado dos
alunos. Como se trata de conteúdo on line, fica clara a necessidade de maior
comprometimento por parte do aluno, bem como domínio das novas
tecnologias necessárias ao acesso aos conteúdos virtuais. Desse modo,
organização e responsabilidade são características primordiais aos alunos de
EAD, para que possam criar um ambiente de estudo adequado e responsável
com foco nas metas e prazos a serem cumpridos. A afirmação de Carlos
Alberto Chiarelli, (EAD VEIO PRA FICAR, 2010, p. 21) ex-ministro da
Educação e atual presidente da Cadeia Produtiva de Educação a Distancia
(Aced) retratam bem essa máxima: ―Apesar de oferecer maior flexibilidade do
que um curso presencial, a EAD exige esforço extra do estudante, por ter de
ser ele o próprio regente do estudo‖.
17
O estudante de um curso a distância tem um perfil característico e é bem
diferente do jovem que cursa a faculdade presencial.
Atualmente, 80% dos alunos de EAD estão concentrados na região
sudeste, compõem a faixa etária dos 30 a 34 anos, segundo dados do Censo
Ead.br. O censo ainda mostra que 37% fazem pós-graduação, 25% estão na
graduação e 34,6% estão em cursos tecnológicos. No sudeste, cerca de 80%
estão em cursos de escolas particulares contra os 80% que freqüentam
escolas públicas na região nordeste. (EAD VEIO PRA FICAR, 2010, p. 21)
Na região sudeste algumas universidades têm se destacado no número
de alunos da EAD. Dentre estas universidades a UMESP – Universidade
Metodista de São Paulo merece especial atenção, seja pelo número de alunos
inscritos no último vestibular EAD, seja pela sua tradição em educação no
Brasil, como é o caso da UMESP – Universidade Metodista de São Paulo, que
vem desde a década de 40 fazendo história na educação presencial e há
alguns anos no sistema EAD:
A história da Universidade Metodista de São Paulo vem sendo traçada há mais de 70 anos, desde a implantação da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista em São Bernardo do Campo, em 1938. (...) Ao fortalecer o compromisso com a educação, firmado na década de 40, a Instituição partiu para um projeto mais ousado, afinado com sua vocação educacional. A presença de profissionais e educadores qualificados e da infra-estrutura adequada permitiu o fortalecimento de sua inserção no universo acadêmico nacional. Assim, em 1970, foi criado o IMS - Instituto Metodista de Ensino Superior. (UMESP. 2009)
Seguindo os preceitos da Igreja Metodista e de seu fundador John
Wesley que, segundo os Planos para Vida e Missão, a Educação Secular ―é o
processo que oferece formação melhor qualificada nas suas diversas fases,
possibilitando às pessoas desenvolvimento de uma consciência crítica e o seu
comprometimento com a transformação da sociedade, segundo a Missão de
Jesus Cristo‖. Sendo assim, ao facilitar o acesso de todas as camadas sociais
e dos mais longínquos locais do país, com seus Pólos de Apoio Presencial, a
Educação a Distância vem cumprir parte dessa missão, como comprova o
histórico da UMESP – Universidade Metodista de São Paulo, campus EAD.
18
A Educação a Distância começou a ser discutida no IMS, discretamente, no final da década de 80, quando alguns representantes da direção da escola e o Prof. Dr. Jacques Marie Joseph Vigneron organizaram uma comitiva para participar de um seminário sobre EAD, que se realizou na Universidade de Havana, Cuba, em 1988. No ano seguinte, este mesmo grupo, junto com o então Diretor Geral do IMS, participou de um congresso sobre EAD em Caracas, Venezuela. Somente após alguns anos, este assunto seria retomado com ações mais efetivas. Com este perfil que define a vocação do IMS para proporcionar educação de qualidade, adequando-se a características e especificidades de cada momento vivido pela sociedade, aos poucos foram sendo implantados nos campi da instituição, laboratórios de informática para uso dos alunos, rede de comunicação de dados e voz, criação de salas multimídia, seminários e encontros sobre a utilização das Novas Tecnologias na Educação e a criação do GT-EAD – Grupo de Trabalho em Educação a Distância -, que, mais tarde, idealizaria o projeto de implantação de educação à distância na instituição. (UMESP, 2009)
Contudo, para cumprir sua missão de educação secular e manter-se no
mercado atual, é necessário aplicar algumas ferramentas de marketing para
alcançar esses alunos. Dentre as ferramentas de marketing pode-se destacar o
mix de marketing com os 4 P’s: produto, praça, preço e promoção. Tais
ferramentas serão úteis se aplicadas no momento oportuno. No entanto, para
encontrar esse público e ter êxito na utilização dessas ferramentas é
necessário que sejam realizadas pesquisas de mercado, determinação do
publico alvo, diferenciação e posicionamento. Para Kotler (2007), a
segmentação de mercado é uma boa estratégia para otimizar a divulgação de
um produto ou serviço, no entanto é necessário que essa segmentação
obedeça a uma lógica mercadológica e que atenda a pelo menos uma
exigências para a segmentação eficiente:
Mensuráveis: o tamanho, o poder de compra e o perfil dos segmentos podem ser mensuráveis; (...) acessíveis: os segmentos de mercado podem ser alcançados e atendidos de maneira eficiente; (...) substanciais: os segmentos de mercado são grandes e lucrativos o suficiente para serem atendidos; (...) diferenciáveis: os segmentos são conceitualmente distintos e respondem de maneira diferente a programas e elementos do mix de marketing diversos; (...) acionáveis: podem ser desenvolvidos programas eficientes para atrair os segmentos e atendê-los. (KOTLER, 2007, p 172)
No caso da Universidade Metodista de São Paulo, a exigência mais
eficaz pode ser o diferencial devido ao fato de que o público alvo da Educação
a Distância tende a ser um público peculiar, tanto pelo aspecto demográfico
19
(idade e nível de instrução) quanto pelo aspecto psicográfico (classe social e
estilo de vida), como pode ser analisado na tabela de perfil do egresso
fornecida pela UMESP.
Após o estudo do referido relatório é possível constatar que a faixa etária
da maioria dos candidatos do último vestibular de fevereiro de 2010 é de 36 a
40 anos, com cerca de 20%, seguido dos ―acima dos 40 anos‖ com exatos
18,87%. E, nesse caso, há que se avaliar a estratégia de marketing utilizada
para atingir esse público diferenciado, a chamada Geração X e/ou Baby
Boomer.
As três gerações atuantes no mercado são a Baby Boomer, a Geração X
e a Geração Y, conforme afirma Hamer (2008) no seu blog com o texto
intitulado ―Geração X, Y, Baby Boomer ou tradicionais - como você os lidera?‖
A Geração Baby Boomer compreende os indivíduos nascidos entre 1943
e 1960, ou seja, todos aqueles que cresceram na era do progresso, das
oportunidades e do otimismo.
A Geração X por sua vez, compreende uma geração profundamente
fragmentada. Há desde os hipertradicionalistas — reverentes em relação aos
valores, visão e estilo de vestir dos anos 50 — aos dos blusões de cabedal,
que reinventaram o beat e usam óculos escuros à noite.
A Geração Y inclui os jovens que nasceram entre 1980 e 2000. Eles são
filhos dos baby-boomers e dos primeiros membros da geração X. Também são
chamados ―geração net‖, pois mergulharam diretamente no mundo tecnológico
e otimista atual. Para eles a Internet e os celulares são algo tão natural como a
televisão e os telefones sem fio foram para a geração dos seus pais.
Para esclarecer a diferença entre a geração X e a geração Y, foi feita
uma revisão bibliográfica com alguns autores que discutem este assunto.
Para confirmar a afirmação de que os alunos de EAD são, em sua
maioria da geração X, foi realizado um levantamento com os alunos da EAD da
UMESP, como uma pesquisa quantitativa com o número de alunos por idade.
Partindo da premissa que essa afirmativa é verdadeira, foi feita uma
pesquisa de quais mídias são mais utilizadas para atrair esses alunos e quais
são mais eficazes.
20
A pesquisa abrangeu o período de dezembro de 2009 a fevereiro de
2010, que compreende o período de vestibulares nas principais universidades
do país, inclusive da Universidade Metodista de São Paulo.
O presente trabalho está assim distribuído:
O capítulo I trata de apresentar ao leitor a instituição de ensino, foco
deste trabalho.
O capítulo II contempla um pouco da história da educação no Brasil na
modalidade presencial, o percurso da educação à distância nos últimos anos e,
para melhor entendimento, uma breve apresentação da metodologia de ensino
da EAD da Universidade Metodista de São Paulo, foco do presente trabalho.
O capítulo III analisa as gerações de consumidores presentes no
mercado atual: geração baby boomer, x e y, além de traçar um breve perfil dos
alunos da EAD da Metodista.
O capítulo IV identifica as técnicas de divulgação utilizadas para atrair
alunos, analisa a coerência entre o público alvo e as peças publicitárias, e, por
fim, expõe algumas considerações acerca desses aspectos.
Por fim, apresenta-se a conclusão de que a educação à distância com
suas características peculiares (facilidade de acesso, metodologia de ensino e
baixo investimento) é uma forma inovadora de aprendizagem que veio para
ficar e mudar a Educação no Brasil.
21
CAPÍTULO I
A INSTITUIÇÃO DE ENSINO
1 CONHECENDO A UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
Segundo o site da Metodista, desde o início de duas atividades
educacionais, em 1938 com a instalação do curso de Teologia, em São
Bernardo do Campo, a Metodista mostrou forte compromisso com as questões
sociais, econômicas e políticas do Brasil. (UMESP, 2009)
Em 1970 é criado o Instituto Metodista de Ensino Superior, tendo como
base o compromisso com uma educação cidadã e, principalmente com os
princípios cristãos que a acompanham desde a fundação da primeira escola
Metodista no mundo, a King Wood School, na Inglaterra.
Hoje, a Metodista define sua missão da seguinte forma: Participar
efetivamente na formação de pessoas, exercendo poder de influência e
contribuindo na melhoria da qualidade de vida, baseada em conhecimento e
valores éticos. E sua visão é marcada pelo compromisso de promover a
educação com qualidade como pode ser constatado a seguir: Ser referência
educacional na construção de uma comunidade aprendente, reconhecida
nacional e internacionalmente por serviços de qualidade e relevância social,
com práticas flexíveis, criativas e inovadoras.
A Metodista é administrada pelo Conselho Diretor, que é um órgão
colegiado deliberativo, consultivo, normativo e de supervisão de assuntos
ligados às atividades administrativas, econômicas, jurídicas e educacionais do
Instituto Metodista de Ensino Superior - IMS.
O Conselho Diretor é formado por pastores ou leigos da Igreja Metodista. Todos são profissionais da área de administração e educação de várias regiões do país. Os componentes são escolhidos pela Cogeam (Coordenação Geral de Ação Missionária), órgão superior da Igreja Metodista na área nacional. Os membros da mesa são eleitos a cada dois anos, dentre os conselheiros titulares que compõem o Conselho Diretor pleno, podendo haver recondução. (UMESP, 2009)
22
Entre as muitas funções do Conselho Diretor, está o trabalho de zelar
para que o IMS cumpra suas finalidades como instituição educacional da Igreja
Metodista, cumprir e fazer cumprir os estatutos do IMS, os estatutos e
regimentos da Universidade Metodista de São Paulo e das demais unidades
mantidas pelo IMS. Ele também precisa definir sobre política, orientação,
diretrizes, metas e normas gerais reguladoras de atividades do IMS, para
fundamentar a elaboração do Plano Diretor da Instituição, em consonância com
os documentos da Igreja Metodista. Além disso, deve exercer a jurisdição, na
qualidade de instância superior das unidades vinculadas ao IMS.
Também preocupada com os valores educacionais pregados pelo
fundador da Igreja Metodista, John Wesley, ela defende valores essências para
sua existência e permanência no mercado educacional, como segue:
Desenvolvimento de consciência crítica da realidade; Desenvolvimento de senso de justiça e de solidariedade, e de sua prática, inclusive nas relações de trabalho; Prática reflexiva voltada para o âmbito da espiritualidade cristã; Desenvolvimento da consciência de que os interesses sociais e individuais são igualmente importantes para o equilíbrio das relações sociais; Inovação e criatividade subordinadas à ética, na construção e socialização do conhecimento. (UMESP, 2009)
Atualmente, a Metodista oferece em seus três campi universitários
cursos de graduação presenciais e de pós-graduação Lato e Strito Sensu, além
de cursos de graduação à distância. São mais de 40 cursos, atendendo cerca
de 25 mil alunos, desde a educação infantil até o Doutorado. Além dos cursos
tradicionais, a Metodista trabalha de forma muito eficiente com a Educação
Continuada. Nesse âmbito ela oferece cursos que potencializam as habilidades
e os conhecimentos de diferentes públicos em várias áreas de ensino. Dentre
eles podemos destacar a Universidade da Terceira Idade e o Curso de
Atualização Profissional.
A Metodista oferece 53 cursos de graduação na modalidade presencial e
18 cursos na modalidade a distância – distribuídos em 37 Pólos de Apoio
Presencial em 14 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Na modalidade presencial possuem mais de sessenta cursos nas áreas
de Biológicas e Saúde, Comunicação, Exatas e Tecnologia, Humanidades e
Gestão e Negócios. Na modalidade a Distância, são onze cursos nas áreas de
23
Biológicas e Saúde, Comunicação. Humanidades, Gestão e Negócios e Exatas
e Tecnologia.
Para a pós Graduação Stricto Sensu - Mestrado e Doutorado, a
Metodista oferece seis programas, a saber: Administração, Ciências da
Religião, Comunicação Social, Educação, Odontologia e Psicologia da Saúde.
Na modalidade de Educação a Distância a Metodista têm cerca de
14.000 alunos matriculados em seus 18 cursos distribuídos entre três cursos de
bacharelado, cinco de licenciatura e dez cursos de graduação tecnológica.
24
CAPÍTULO II
A EDUCAÇÃO NO BRASIL
2 EDUCAÇÃO PRESENCIAL NO BRASIL
A história da educação no Brasil data aproximadamente da época do
descobrimento do Brasil. Para melhor elucidar a evolução da Educação no
Brasil, será aplicada uma linha do tempo baseada no quadro cronológico de
Bello (1998).
2.1 Período Jesuítico
O período jesuítico foi estabelecido no Brasil em 1549 e permaneceu até
meados de 1759. O primeiro jesuíta e também o mais conhecido na história do
Brasil foi José de Anchieta que chegou ao Brasil com Tomé de Souza, o então
Governador Geral. A intenção real dos jesuítas era pregar o catolicismo no
Brasil, e só havia uma maneira de ensinar religião aos índios – ensinando-os a
ler e a escrever. Já em 1570, podia-se contar com cinco escolas de instrução
elementar, localizadas em Espírito Santo, São Paulo, São Vicente, Ilhéus e
Porto Seguro. Mas o Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia já tinham instalados
colégios, também católicos.
Os jesuítas tiveram importância fundamental na educação dos índios
aqui encontrados, mas por interesse políticos, em 1759, o Marquês de Pombal
expulsa o jesuítas do Brasil:
Os jesuítas permaneceram como mentores da educação brasileira durante duzentos e dez anos, até 1759, quando foram expulsos de todas as colônias portuguesas por decisão de Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777. No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. A educação brasileira, com isso, vivenciou uma grande ruptura histórica num processo já implantado e consolidado como modelo educacional. (BELLO, 1998)
25
E a intenção dos jesuítas não era só a de ensinar a religião, nem a ler a
Bíblia como relatam alguns historiadores. O que eles queriam na verdade era
que o idioma português fosse incorporado à educação dos indígenas e demais
residentes que por aqui estavam:
O que representava alfabetização para os jesuítas a ponto de quererem, desde o início, alfabetizar os índios, quando nem em Portugal o povo era alfabetizado? Mais do que o resultado dessa intenção, interessante é observar a mentalidade. As letras deviam significar adesão plena à cultura portuguesa. (BELLO, 1998)
2.2 Período Pombalino
A partir de 1759, com a vinda para o Brasil do Marquês de Pombal -
Sebastião José de Carvalho e Melo – os jesuítas foram expulsos,
principalmente pela divergência nos interesses ―educacionais‖ do Marquês.
Para ele, era preciso educar para a política e não para a religião, ele pouco se
importava para a crença dos habitantes brasileiros, era preciso prepará-los
para ajudá-lo a reerguer Portugal da crise econômica que atravessava na
época.
Se para Tomé de Souza era importante educar para a religião e,
principalmente, ensinar ao povo o idioma português, para Pombal, era preciso
mais que isso, era urgente que as pessoas entendessem os interesses do
Estado e fossem instruídas para isso. O historiador Bello (1998), relata bem
esse episódio no trecho abaixo:
Este método [jesuíta] funcionou absoluto durante 210 anos, de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura marca a História da Educação no Brasil: a expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal. Se existia alguma coisa muito bem estruturada em termos de educação o que se viu a seguir foi o mais absoluto caos. Tentou-se as aulas régias, o subsídio literário, mas o caos continuou até que a Família Real, fugindo de Napoleão na Europa, resolve transferir o Reino para o Novo Mundo. (BELLO, 1998)
As aulas régias eram aulas destinadas à orientação quanto ao Estado e
todas as leis e normas que deveriam ser seguidas, em contra mão às aulas
antes ministradas pelos jesuítas que educavam para a Igreja. O Marquês de
Pombal foi quem determinou essa mudança, por volta de 1759. Para Cardoso
26
(2004), essa metodologia permaneceu até o primeiro reinado, se extinguindo
com a independência do Brasil.
A permanência praticamente inalterada do sistema das Aulas Régias no Brasil da virada do século XVIII para o seguinte, estendendo-se ainda durante o primeiro reinado, deveu-se à continuidade dos modelos de pensamento em nossa elite cultural. Existiu um grande descompasso entre o pretendido pelo governo monárquico – tanto o português quanto o brasileiro, após a independência – e aquilo que as condições sociais e econômicas viriam permitir, dentro de um modelo produtivo excludente, escravista e pautado numa mentalidade que contribuía para se perpetrar tal situação. (CARDOSO, 2004, p 190)
Para custear o ensino público da época, foi criado um imposto. Esse
imposto, também resultado da gestão do Marquês de Pombal, recebeu o nome
de subsídio literário. Em 1957, D. Pedro extingue o imposto.
O método de ensino de implantado pelo Marquês parecia não estar
dando certo; os impostos cobrados não eram suficientes para manter os
professores e eles ficavam longos períodos sem receber pelas aulas. Nesse
período, e apesar de todas as dificuldades, é importante destacar que na
contramão dos acontecimentos, o Rio de Janeiro e Pernambuco criaram duas
importantes instituições de ensino:
De todo esse período de "trevas" sobressaíram-se, a criação, no Rio de Janeiro, de um curso de estudos literários e teológicos, em julho de 1776, e do Seminário de Olinda, em 1798, por Dom Azeredo Coutinho, governador interino e bispo de Pernambuco. O Seminário de Olinda "tinha uma estrutura escolar propriamente dita, em que as matérias apresentavam uma sequência lógica, os cursos tinham uma duração determinada e os estudantes eram reunidos em classe e trabalhavam de acordo com um plano de ensino previamente estabelecido" (PILETTI, 1996, p. 37)
2.3 Período Joanino
Em 1808 a Família Real Portuguesa chega ao Brasil com seus criados,
assessores e funcionários. A motivação dessa vinda foi especialmente a ação
de Napoleão Bonaparte que ameaçava invadir Portugal com tropas francesas.
O ―motivo‖ da vinda foi transferir a Corte Portuguesa para sua mais importante
colônia, o Brasil, e assim expandir as relações de comércio com a Inglaterra,
forte aliada de Portugal na época.
Dentre as principais ações D. João VI, nomeado Rei de Portugal, após a
morte de sua mãe em 1818, pode-se destacar a abertura dos Portos brasileiros
27
à importação, com destaque para os produtos ingleses, que invadiram as terras
brasileiras.
D. João adotou várias medidas econômicas que favoreceram o desenvolvimento brasileiro. Entre as principais, podemos citar: estímulo ao estabelecimento de indústrias no Brasil, construção de estradas, cancelamento da lei que não permitia a criação de fábricas no Brasil, reformas em portos, criação do Banco do Brasil e instalação da Junta de Comércio. (SUA PESQUISA, 2009)
D. João encontrou um país estagnado sob o aspecto cultural e
educacional e logo tratou de mudar o rumo da história, como nos relata
Heráclito (2010).
O Príncipe-Regente, influenciado por seus ministros, deu início a várias reformas nesse setor: Ainda na Bahia, nomeou um físico-mor, um cirurgião-mor e autorizou a fundação de uma Escola Médico-Cirúrgica naquela cidade. Mais tarde, no Rio de Janeiro, fundou, em 5 de novembro de 1808, a Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica, em combinação com o Real Hospital Militar; nomeou um provedor-mor da Saúde do Estado do Brasil, criou a Aula de Cirurgia, ligada ao Hospital de Misericórdia, e a cadeira de Higiene, Patologia e Terapêutica, na Escola Cirúrgica do Rio de Janeiro, e autorizou um curso completo de Cirurgia na cidade de Salvador. Ainda na área de educação superior, aprovou um curso de seis anos de Matemática, Ciências Físicas, Ciências Naturais e Engenharia, na Real Academia Militar, instituiu um curso de Agronomia na Bahia e um laboratório químico no Rio. (HERÁCLITO, 2010)
Em abril de 1821, por exigência dos Portugueses, D. João volta a
Portugal deixando aqui seu filho D. Pedro, que logo em seguida, em 1822
torna-se o primeiro imperador do Brasil com a Proclamação da Independência.
2.4 Período Imperial
D. Pedro I, logo após a proclamação da independência e para
resguardar os interesses políticos do Brasil, outorga em 1824 a primeira
Constituição Brasileira. Cabe ressaltar que, a educação brasileira foi bem
representada nessa constituição, principalmente pelo que afirma Lima (1976):
―o Art. 179 desta Lei Magna dizia que a instrução primária e gratuita era para
todos os cidadãos‖.
Também preocupado com a atual situação da Educação no Brasil e com
o intuito de aumentar o número de professores, D. Pedro I, determina a
28
utilização do Método Lancaster, onde um aluno treinado, então chamado
decurião, deve instruir dez alunos sob a supervisão de um fiscal.
Dentre as ações educacionais instituídas por D. Pedro ainda pode-se
destacar a criação de níveis de ensino divididos em Pedagogias, Liceus,
Ginásios e Academias. De 1934 a 1937 o Imperador ainda promoveu algumas
ações no sentido de fomentar a educação no Brasil, como cita Lima (1976):
Em 1834 o Ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis pela administração do ensino primário e secundário. Graças a isso, em 1835, surge a primeira escola normal do país em Niterói. (LIMA, 1969)
Mas o período imperial não foi só marcado por iniciativas positivas com
relação à educação. Há relatos de que o Semirário de São Joaquim, no Rios de
Janeiro, em 1937 passa a ser o Colégio Pedro II, tendo como objetivo tornar-se
um modelo pedagógico para o curso secundário, não conseguiu atingir seus
objetivos.
Apesar de estagnada, a evolução da Educação no Brasil, em 1870 é
criada a primeira escola confessional protestante, a Escola America
Presbiteriana. Em 1872 o Brasil contava com 10 milhões de habitantes, mas
somente 150.000 alunos estavam matriculados em escolas primárias. A
insatisfação era tamanha, que em 1880, o Ministro Paulino de Souza em seu
relatório à Câmara, faz menção à sua insatisfação com a qualidade do ensino
no país.
Em 1881 é criado Colégio Piracicabano, confessional protestante,
financiado pela Igreja Metodista.
Sendo o presente trabalho sobre a Educação a Distância no Brasil e,
especificamente, sobre a Universidade Metodista de São Paulo, cabe nesse
momento um breve histórico do Colégio Piracicabano, visto que este foi o
primeiro de muitos colégios confessionais instalados no Brasil ao longo dos
anos:
Em 1881, quando aqui se instalou o Colégio, Piracicaba era uma pequena vila, um amontoado de casas simples, ruas de terra onde transitavam carroças e carros de boi iluminadas por lampiões à querosene. O Brasil era governado pelo Imperador D. Pedro II e a escravidão não havia sido abolida. Entretanto, um grupo de pessoas progressistas já trabalhava aqui, pela libertação dos escravos, pela implantação da República e pela criação de uma escola moderna
29
para a juventude. Esse grupo era liderado pelos irmãos Manoel de Moraes Barros e Prudente de Moraes, ambos, advogados e políticos influentes na região. (COLÉGIO, 2010)
Cabe ressaltar que o Colégio Piracicabano foi fundado pela Missionária
norte americana Marta Watts e que as primeiras escolas metodistas instaladas
no Brasil eram administradas e mantidas por mulheres missionárias.
Ainda preocupado com a Educação no Brasil e após algumas iniciativas
frustradas, em sua última fala ao trono, D. Pedro II pede especial atenção aos
governantes para a criação de um ministério destinado aos negócios da
Instrução Pública.
2.5 Período Republicano
Cumprindo um desejo do imperador, em 1889, após a Proclamação da
República, o Governador Provisório, Marechal Deodoro da Fonseca, nomeia
Ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos Benjamin Constant Botelho
de Magalhães. Nesse mesmo ano é decretada a escolaridade pública para o
ensino primário com o Decreto 510, do Governo Provisório da República, que
diz no artigo 62, item 5o: "o ensino será leigo e livre em todos os graus e
gratuito no primário". Vários políticos se interessaram pelo destino dado á
educação brasileira, dentre eles pode-se destacar o positivista Benjamin
Cosntant que instituiu a Reforma com seu nome.
Benjamin Constant foi um dos precursores das grandes mudanças dos
métodos de ensino desse período. Foi um dos fundadores do Apostolado
Positivista do Brasil e contribuiu consideravelmente para as reformas
educacionais da Nova República, como nos relata Lemos (1999):
Filho de um português, Leopoldo Henrique Botelho de Magalhães, militar até 1843. Quando nasceu recebeu o nome de um importante político francês, de quem seu pai era entusiasta. Benjamin Constant Botelho de Magalhães (1836–1891) seguiu carreira militar, dedicando-se ao exercício do magistério, na condição de professor de matemática. A matriz de suas idéias está em Augusto Comte (1789–1857), do qual foi discípulo e fervoroso divulgador. Teve seu primeiro contato com a obra do filósofo francês, ao ler o Systeme de politique positive, ainda como estudante da Escola Militar. Na condição de ministro da Instrução Pública, dedicou-se à organização da instrução pública, encaminhando importantes reformas em todos os níveis de ensino. (LEMOS, 1999)
30
Uma das principais intenções da Reforma era a de mudar o ensino de
apenas preparador para o formador de alunos para o ensino superior. Outra
grande mudança foi a predominância literária para a cientifica. Vindo na
contramão dos preceitos de Benjamin Constant, a Reforma Epitácio Pessoa,
inclui, em 1901 retira a disciplina de biologia e inclui a sociologia, a moral e a
lógica nos currículos acadêmicos da época.
O período da República foi marcado por diversas reformas na Educação.
O que só atrapalhou e confundiu o processo de consolidação do ensino no
Brasil. Dentre elas pode-se ressaltar: a Reforma Rivadária Corrêa que previa a
preparação do aluno para a cidadania; a Reforma de Carlos Maximiliano que
tinha a intenção de desqualificar a reforma anterior e reoficializar o ensino no
Brasil. Depois destas surgiu ainda a Reforma João Luiz Alves, que introduziu a
matéria de Moral e Cívica com o intuito de coibir os protestos dos estudantes
contra o governo de Arthur Bernardes.
2.6 Período da Segunda República
Esse período foi marcado por importantes decisões políticas, tomadas
de poder e manifestações públicas. Além disso, com o país em franco
crescimento econômico, cada vez mais se necessitava de mão de obra
especializada e as escolas brasileiras não preparavam os jovens estudantes
em número suficiente para o trabalho especializado.
O relato de Pilleti (1996) retrata muito bem os acontecimentos:
A década de 1920, marcada pelo confronto de idéias entre correntes divergentes, influenciadas pelos movimentos europeus, culminou com a crise econômica mundial de 1929. Esta crise repercutiu diretamente sobre as forças produtoras rurais que perderam do governo os subsídios que garantiam a produção. A Revolução de 30 foi o marco referencial para a entrada do Brasil no mundo capitalista de produção. A acumulação de capital, do período anterior, permitiu com que o Brasil pudesse investir no mercado interno e na produção industrial. (PILLETI,1996, p. 39)
Diante disso torna-se urgente que se tome providências para promover o
ensino (e de qualidade) no Brasil emergente. Para tanto foi criado em 1930 o
Ministério da Educação e Saúde Pública, com alguns decretos significativos
31
para o ensino secundário, e as universidades brasileiras que estavam por
surgir. Tais decretos são parte da Reforma Francisco Campos, e são eles:
a) O Decreto 19.850, de 11 de abril, cria o Conselho Nacional de Educação
e os Conselhos Estaduais de Educação (que só vão começar a
funcionar em 1934).
b) O Decreto 19.851, de 11 de abril, institui o Estatuto das Universidades
Brasileiras que dispõe sobre a organização do ensino superior no Brasil
e adota o regime universitário;
c) O Decreto 19.852, de 11 de abril, dispõe sobre a organização da
Universidade do Rio de Janeiro;
d) O Decreto 19.890, de 18 de abril, dispõe sobre a organização do ensino
secundário;
e) O Decreto 20.158, de 30 de julho, organiza o ensino comercial,
regulamenta a profissão de contador e dá outras providências;
f) O Decreto 21.241, de 14 de abril, consolida as disposições sobre o
ensino secundário.
Em 1932 ocorre em São Paulo a Revolução Constitucionalista que
expressava a insatisfação dos governantes com o Governo Provisório de
Getulio Vargas. O evento durou aproximadamente sete meses e que teve fim
no dia 1º de Outubro de 1932, mostrou aos líderes políticos a força dos
estudantes brasileiros e o quanto estes tinham orientação política.
Em 1934 a nova Constituição dispõe, pela primeira vez, que a educação
é direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos Poderes
Públicos. Passa a funcionar o Conselho Nacional de Educação · CNE e os
Conselhos Estaduais de Educação· CEEs. É criada em São Paulo, a
Universidade de São Paulo, a primeira a seguir as normas do Estatuto das
Universidades Brasileiras de 1931.
32
2.7 Período do Estado Novo
Em 1937 é outorgada a Nova Constituição, redigida por Francisco
Campos e enfatiza o ensino pré-vocacional e profissional, além disso, é
retirada de seu texto a afirmação: ―a educação é direito de todos".
Apesar de todos os acontecimentos e, principalmente, em função deles,
surge em 1938 a União Nacional dos Estudantes – UNE, e logo em seguida é
criado o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos - INEP.
Nesse mesmo período surge em São Bernardo do Campo a
Universidade Metodista de São Paulo, alvo desse trabalho:
A UMESP teve início em 1938, com a implantação da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista em São Bernardo do Campo. Na época, a Igreja Metodista acabara de fundir dois centros de ensino teológico, localizados em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. Era de seu interesse que o curso superior recém-criado - o primeiro instalado no município de São Bernardo do Campo - estivesse presente numa região que se configurava como um dos principais centros das transformações sociais, políticas e econômicas do país. (UMESP, 2009)
A história da Educação no Brasil, nesse período foi marcada novamente
por algumas iniciativas importantes para seu desenvolvimento e algumas
Reformas, dentre elas a Reforma Capanema cujos decretos versaram sobre a
educação como segue:
a. O Decreto-lei 4.048, de 22 de janeiro, cria o Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial – SENAI;
b. O Decreto-lei 4.073, de 30 de janeiro, regulamenta o ensino industrial;
c. O Decreto-lei 4.244, de 9 de abril, regulamenta o ensino secundário;
d. O Decreto-lei 4.481, de 16 de julho, dispõe sobre a obrigatoriedade dos
estabelecimentos industriais empregarem um total de 8%
correspondente ao número de operários e matriculá-los nas escolas do
SENAI;
e. O Decreto-lei 4.436, de 7 de novembro, amplia o âmbito do SENAI,
atingindo também o setor de transportes, das comunicações e da pesca;
f. O Decreto-lei 4.984, de 21 de novembro, compele que as empresas
oficiais com mais de cem empregados a manter, por conta própria, uma
33
escola de aprendizagem destinada à formação profissional de seus
aprendizes.
Ainda no Estado Novo foi fundada a Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro – RFRRJ em 1943, e em 1945 foi criado o Instituto Rio Branco,
importante órgão preparatório para a carreira diplomática.
2.8 Período de Regime Militar
O início do Regime Militar e o fim de Estado Novo, período marcado pela
queda de Getúlio Vargas e pela eleição de Eurico Gaspar Dutra para
presidente do Brasil. Essa nova era de governo trouxe muitos conflitos entre
estudantes e governantes, mas, apesar disso, as grandes universidades
estaduais e federais existentes se consolidaram e outras tantas surgiram.
Pillet (1996) elucida com clareza os fatos ocorridos:
O período anterior, de 1946 ao princípio do ano de 1964, talvez tenha sido o mais fértil da história da educação brasileira. Neste período atuaram educadores que deixaram seus nomes na história da educação por suas realizações. Neste período atuaram educadores do porte de Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo, Lourenço Filho, Carneiro Leão, Armando Hildebrand, Pachoal Leme, Paulo Freire, Lauro de Oliveira Lima, Durmeval Trigueiro, entre outros. (PILLET, 1996, p. 42)
Pillet (1996) ainda afirma que não foi fácil ser educador ou estudante
neste período da história do Brasil. O regime militar controlava todas as ações
de professores e alunos e estes, por sua vez, reagiram com protestos e
manifestações públicas, tendo como conseqüência a invasão de várias
universidades públicas e a morte de muitos inocentes:
O Regime Militar espelhou na educação o caráter antidemocrático de sua proposta ideológica de governo: professores foram presos e demitidos; universidades foram invadidas; estudantes foram presos, feridos, nos confronto com a polícia, e alguns foram mortos; os estudantes foram calados e a União Nacional dos Estudantes proibida de funcionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores; o Ministro da Justiça declarou que "estudantes têm que estudar" e "não podem fazer baderna". Esta era a prática do Regime. (Pillet, 1996, p. 42)
34
Nesse mesmo período foi criado o MOBRAL – que tinha como
característica a alfabetização de adultos e como objetivo, erradicar o
analfabetismo no Brasil. Também foi nomeada a primeira ministra do sexo
feminino no Brasil: a educadora Esther de Figueiredo Ferraz para o ministério
da Educação e Cultura.
Depois de ser governado por João Goulart, Castelo Branco, Costa e
Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Batista de Figueiredo, e
após 21 anos de ditadura militar, com aproximadamente 130 Atos
Complementares, 17 Atos Institucionais, 2260 Decretos-Leis, 11 Decretos
Secretos e uma nova Constituição, o Brasil enfim fica livre e os partidos
políticos novamente são legalizados.
2.9 Período da Abertura Política
Após o fim da ditadura militar, assume a presidência do Brasil o vice do
presidente eleito, Tancredo Neves, após sua morte, sem assumir o governo,
José Sarney. Seu governo foi marcado por pequenas mas importantes ações
para a Educação brasileira, dentre elas pode-se destacar a criação, no estado
de São Paulo dos CEFAMs - Centros Específicos de Formação e
Aperfeiçoamento do Magistério. A realização, em Brasília da Conferência
Brasileira de Educação. O Deputado Octávio Elísio apresenta um Projeto de
Lei que normatize as Diretrizes e Bases para a Educação Nacional.
O presidente José Sarney ficou pouco tempo na presidência, já em
1989, o ex-governador do Alagoas, Fernando Collor de Mello, mais conhecido
como o caçador de marajás é eleito presidente da república por voto direto. O
então presidente eleito pouca coisa fez pela educação no Brasil. Criou os
CIACs – Centro Integrado de Apoio às Crianças, uma cópia do já implantado
CIEP, pelo ex-governador do Rio de Janeiro.
Em 1992, após fortes manifestações populares, inclusive de estudantes
universitários de todo o país (os caras pintadas), Fernando Collor de Mello, o
caçador de marajás renuncia a presidência da República por força de um
processo de impeachment.
Mas a abertura política continuou seu percurso. Itamar Franco, vice de
Fernando Collor assume o governo e nomeia seu padrinho de casamento,
35
Murílio Hingel, Nesse mesmo período são tiradas das grades do ensino
superior e segundo grau as disciplinas de OSPB – Organização Política e
Social do Brasil e Estudos de Problemas Brasileiros – EPB, e, são aprovados
no país 172 novos cursos superiores e quatro novas universidades.
Em 1994 assume a presidência o sociólogo neoliberal Fernando
Henrique Cardoso. Para o ministério da educação ele nomeia Paulo Renato de
Souza, um dos melhores ministros da educação que o Brasil havia tido até o
momento. Ele é responsável por diversas mudanças no sistema de ensino e de
avaliação de alunos e professores. Dentre suas ações ele viabiliza junto ao
Governo Federal a criação da TV Escola, cria o FUNDEF - Fundo de
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Professor. Cria o
Programa Acorda Brasil, É criado o Programa Acorda Brasil. Está na Hora da
Escola!
Em 1996, após 35 anos se sua primeira aprovação de poucos artigos
existentes terem sido aplicados, enfim, é sancionada a Lei 9394, a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB), após dezoito anos de discussão no
Congresso. Essa lei regulamenta o sistema educacional do Brasil, da educação
básica ao ensino superior.
A nova Lei trouxe alguns artigos muito importantes para todos os níveis
de ensino no Brasil e que merecem destaque nesse trabalho:
Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a educação básica e o ensino superior. Educação básica: Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 e 5 anos) – É gratuita mas não obrigatória. É de competência dos municípios. Ensino Fundamental – anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º ano) – É obrigatório e gratuito. A LDB estabelece que, gradativamente, os municípios serão os responsáveis por todo o ensino fundamental. Na prática os municípios estão atendendo aos anos iniciais e os Estados os anos finais. Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). É de responsabilidade dos Estados. Pode ser técnico profissionalizante, ou não. Ensino Superior: É de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e Municípios, desde que estes já tenham atendido os níveis pelos quais é responsável em sua totalidade. Cabe a União autorizar e fiscalizar as instituições privadas de ensino superior. (BRASIL, 1996)
E, finalmente, a Educação a Distância é contemplada numa lei federal,
como segue:
36
A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de educação, que perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas: a. Educação Especial – Atende aos educandos com necessidades
especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. b. Educação a distância – Atende aos estudantes em tempos e
espaços diversos, com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação.
c. Educação Profissional e Tecnológica – Visa preparar os estudantes a exercerem atividades produtivas, atualizar e aperfeiçoar conhecimentos tecnológicos e científicos.
d. Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não tiveram acesso a educação na idade apropriada.
e. Educação Indígena – Atende as comunidades indígenas, de forma a respeitar a cultura e língua materna de cada tribo. (BRASIL, 1996)
Seguindo as importantes reformas na educação, em 1998 é instituído
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP, o Exame
Nacional do Ensino Médio - ENEM. Sua função é o de avaliar os alunos que
concluem o 2º grau, atual Ensino Médio, tanto de escolas públicas como
privadas.
Ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, que cumpre seu
segundo mandato, e tendo ainda como Ministro da Educação Paulo Renato de
Souza, é aprovado O Programa Nacional de Renda Mínima vinculada à
educação - "Bolsa Escola‖, garantido pela Medida Provisória 2.140, de 13 de
fevereiro de 2001, aprovado pelo Congresso Nacional em 27 de março e
sancionado pelo presidente da República, através da Lei 10.219, de 11 de abril
de 2001. Nesse mesmo ano a Universidade Metodista de São Paulo cria seu
primeiro curso de graduação a distância, no Campus São Bernardo do Campo-
SP.
2.10 Período Político Atual – até 2009
Em 2002 com mais de 58 milhões de votos, o sindicalista e presidente
de honra do PT – Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva se elege
presidente do Brasil.
Seu governo foi marcado principalmente pelas ações sociais e
educacionais. Dentre elas, podem-se destacar algumas:
37
O Programa Brasil Alfabetizado que tem como finalidade erradicar o
analfabetismo de pessoas com mais de 15 anos;
O Programa Bolsa Família: que a partir de 2004, fornece ajuda de custo
para as famílias em estado de pobreza. Uma característica peculiar deste
programa é que, para a família receber o benefício é preciso que ela mantenha
seus filhos menores de quinze anos na escola e comprovar por meio de
declaração escolar uma freqüência mínina de 85% nas aulas.
No mesmo ano foi instituído o ProUni, o Programa Universidade para
Todos. Sua principal meta é a de viabilizar o acesso aos jovens de baixa renda
às universidades com bolsas de estudo integrais ou parciais. No processo de
seleção dos alunos a nota do ENEM e a condição socioeconômica do
candidato é que determinam a concessão da bolsa de estudos.
Em outubro de 2006, o presidente Lula foi reeleito, ficando no governo
até a data limite deste trabalho acadêmico, dezembro de 2007.
2.1.1 Educação à Distância no Brasil
De acordo com Pallof e Pratt (2002, p. 26, apud AZEVEDO, 1943), ―o
surgimento do computador para o propósito de educar criou uma redefinição do
que se quer dizer quando se fala em educação à distância‖.
A educação À distância, traz consigo uma gama de definições, recursos
tecnológicos e termos técnicos que muitas vezes confundem os próprios
alunos. E, por ser tão recente no Brasil, carece de literatura sobre o assunto.
Como foi citada no capítulo anterior, apenas em 1996 uma lei federal
normatiza a educação a distancia no Brasil. No entanto, historicamente, o
processo de ensino a distância data de 1904 que, segundo (MARQUES, 2004)
quando escolas norte-americanas forneciam apostilas pelo correio. Mas em
1934 o Instituto Monitor já fornecia cursos por correspondência e muitos
profissionais de grande competência na época tinham apenas essa forma de
acesso ao curso profissionalizante.
Rodrigues (2006) confirma o relato:
O Instituto Monitor foi a escola pioneira no Brasil a desenvolver a educação a distância como modalidade de estudo. Tudo começou quando o imigrante húngaro Nicolás Goldberger aportando no Brasil, trouxe seu conhecimento técnico em eletrônica e resolveu instalar um pequeno negócio na região central de São Paulo. Goldberger
38
deslumbrou-se com a enorme dimensão territorial do Brasil e acreditava que podia colaborar com o nosso crescimento interligando o país por meio da comunicação que, naquela época, era representada pelo rádio. (RODRIGUES, 2006).
Mas o mérito não é somente do Instituto Monitor, em 1939 o Instituto
Universal Brasileiro lança seu primeiro curso por correspondência e, até hoje,
continua no mercado com um número expressivo de alunos e ex-alunos, como
relata RODRIGUES (2006)
O Instituto Universal Brasileiro, que foi criado em 1941, até hoje tem uma gama imensa de alunos por correspondência que aprendem novas profissões por meio de material impresso e, recentemente, fitas de vídeo. Com o foco na formação técnica, o IUB, que atualmente conta com 200 mil alunos, já atendeu durante toda a sua história mais de 4 milhões de pessoas. (RODRIGUES, 2006)
Continuando o percurso da EAD no Brasil, cabe ressaltar que o governo
federal também fez uso do sistema de ensino à distância ainda nos anos 60
coma transmissão via rádio, juntamente com a Igreja Católica para
conscientizar, politizar e educar o povo brasileiro. O Projeto Minerva, surge em
1970 de uma parceria das Fundações Padre Landell de Moura, Padre Anchieta
e o governo federal. Para MARQUES (2004) essas iniciativas foram
fomentando a criação, em 1976 do Sistema Nacional de Teleducação que
operava por correspondência, mas que fez algumas experiências com televisão
e rádio. Ao final de doze anos de existência o programa contabilizou cerca de
1.403.105 matriculados em 40 modalidades de cursos.
A Fundação Roberto Marinho, ainda na década de 70 começa a oferecer
cursos supletivos à distância, transmitidos pela televisão e com apostilas
auxiliares enviadas pelo correio. A partir de 1988, com a informatização e em
1991 com a ampliação do acesso a internet o sistema de teleducação foi
reestruturado. Para MARQUES (2004) esses acontecimentos culminaram com
a criação, em 1995 CEAD (Centro Nacional de Educação a Distância) pelo
Departamento Nacional de Educação.
Apesar da afirmação de MARQUES (2004) de que a Lei nº 9.394/96
―oficializa a era normativa da educação à distância no Brasil pela primeira vez,
como modalidade válida e equivalente para todos os níveis de ensino. Pela
primeira vez, na história da legislação ordinária, o tema da EAD se converte em
39
objeto formal.‖, apenas em 2005 o decreto nº. 5.622, de 20 de dezembro de
2005, que regulamenta o Art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação com
menção à educação à distância:
Art. 1º (...) caracteriza-se a educação à distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. (BRASIL, 2005)
Desse modo, a partir dessa regulamentação, muitas instituições de
ensino superior passaram a oferecer cursos de educação a distância dando
mais ênfase a cursos de bacharelado e licenciatura. Até então, as
universidades, a partir da interpretação da Lei de 1996, já ofereciam cursos de
pós-graduação, que foram reconhecidos pelo MEC somente em 1999.
Os eventos que envolvem a evolução da EAD no Brasil parecem meio
desconexos, mas essa também é uma peculiaridade da EAD. Os cursos foram
surgindo, os profissionais, necessitando de formação superior e com pouco
tempo para freqüentar os bancos escolares, foram aderindo ao processo que
tem crescido consideravelmente ao longo dos anos.
A partir de 2000 houve um boom no número de Instituições de Ensino e
de cursos oferecidos na modalidade EAD. Os dados do MEC para o Censo do
Ensino Superior no Brasil comprovam de forma clara o ocorrido:
Tabela 1: Evolução de Cursos EAD – Brasil Ano Nº de Cursos Percentual de
Crescimento
2000 10 -
2001 16 6%
2002 46 18%
2003 52 13%
2004 107 105,8%
2005 189 76,6%
2006 349 84,7%
2007 408 16,9%
Fonte: INEP – Censo da Educação - MEC
40
No período de 2000 a 2007 o percentual de aumento foi de
aproximadamente 410%. E, segundo o MEC, em 2007, o número de
matriculados na EAD representava aproximadamente 7% do total de
matriculados no ensino superior no Brasil.
Uma questão que permeia os dados estatísticos acerca da educação a
distância no Brasil é a de que ―como um sistema de ensino que exige
disciplina, comprometimento e domínio dos recursos tecnológicos pôde crescer
tanto e tão rapidamente?‖. Para responder essa questão, é urgente que se
entenda como funciona a metodologia de ensino e qual o perfil do estudante da
educação da distância.
2.11 Metodologia da EAD
A metodologia de ensino na Educação a Distância, como é exigido pela
lei - Lei nº 9.394/96 que a regulamenta, é baseada essencialmente nos padrões
da educação presencial. O parágrafo1º do Art. 3º, do Decreto nº 5.622, de 19
dezembro de 2005 ilustra de forma clara esta exigência:
Art. 3o A criação, organização, oferta e desenvolvimento de cursos e
programas a distância deverão observar ao estabelecido na legislação e em regulamentações em vigor, para os respectivos níveis e modalidades da educação nacional. § 1
o Os cursos e programas a distância deverão ser projetados
com a mesma duração definida para os respectivos cursos na modalidade presencial. § 2
o Os cursos e programas a distância poderão aceitar
transferência e aproveitar estudos realizados pelos estudantes em cursos e programas presenciais, da mesma forma que as certificações totais ou parciais obtidas nos cursos e programas a distância poderão ser aceitas em outros cursos e programas a distância e em cursos e programas presenciais, conforme a legislação em vigor. (Brasil, 2005)
No entanto existem algumas especificidades com relação à captação do
conteúdo disciplinar. Para melhor entendimento desse processo, será obtida
como base, a metodologia de ensino da Universidade Metodista de São Paulo,
foco desta pesquisa.
Desde o ingresso até a conclusão do curso, a metodologia aplicada pela
Metodista se diferencia do modelo tradicional de ensino presencial, como
segue:
41
a) Vestibular: a forma de ingresso aos cursos superiores é feita
através de uma redação: o aluno se inscreve, via internet, agenda
sua prova e no dia marcado se dirige ao Pólo de Apoio Presencial
para realizá-la. Nota: os Polos de Apoio Presencial são as
instituições que sediam as universidades credenciadas para
ministrar aulas EAD.
b) Ingresso: Após ser aprovado no vestibular, o aluno efetua sua
matrícula e começa a freqüentar as aulas. Na Metodista, os cursos
são divididos em módulos em são semestrais, ou seja, os
vestibulares seguem os calendários da educação presencial
(semestral).
c) Sala de Aula: As aulas da Metodista são ministradas uma vez por
semana, à noite, com duração de três horas e quarenta minutos.
Para cumprir a carga horária mínima determinada pelo MEC, na
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 18 DE JUNHO DE 2007, que vai de 2.400
a 3600 horas, dependendo do curso de graduação, o aluno deve
realizar atividades de leitura e estudo sistematizado, ao longo da
semana, com envio de textos pelo ambiente virtual de
aprendizagem.
d) Ambiente Virtual de Aprendizagem: ao ingressar no curso superior
a distância da Metodista, o aluno recebe um login e senha, que
possibilitará a ele o acesso ao ambiente virtual de aprendizagem,
onde ele poderá colher textos, enviar arquivos e se comunicar
virtualmente (chat, fóruns de discussão e mensagens) com seus
tutores, monitores e colegas de curso.
e) Professor Tutor: o ambiente virtual de aprendizagem é mantido e
atualizado diariamente pelo Professor Tutor. É ele quem
disponibiliza para o aluno os textos inerentes ao conteúdo do
módulo estudado e as atividades a serem entregues.
f) Professor da Teleaula: Como foi dito anteriormente, o aluno da
Metodista, uma vez por semana, se dirige ao Pólo de Apoio
Presencial para assistir sua aula. Essa aula ocorre ao vivo, direto
da Universidade Metodista de São Paulo, localizada em São
Bernardo do Campo e é transmitida para os mais de 47 Pólos
42
espalhados pelo Brasil. Essas aulas são acompanhadas, em cada
Pólo, por um monitor, que permanece on line via chat, tirando as
dúvidas dos alunos em tempo real. Caso o aluno perca a aula, ele
tem a possibilidade de assistir a tele aula, posteriormente, no
ambiente virtual de aprendizagem.
g) Monitor: além do professor tutor, do professor da tele aula, os
alunos da EAD são também acompanhados pelo monitor. A
principal função desse monitor é a de ser o elo entre os
professores e o aluno. O monitor tem acesso, prévio, a toda a
matéria que será discutida no dia do encontro presencial e, por ser
formado na área (exigência do MEC), pode interagir com os alunos
e auxiliá-los nas dúvidas que eventualmente ocorram. Também é o
monitor quem acompanha os alunos nas aulas atividade.
h) Aula Atividade: As aulas atividade ocorrem após as teleaulas. São
momentos em que os alunos vão ―fixar‖ e discutir o que foi
aprendido na teleaula.
i) Avaliações: Os cursos a distancia da Metodista possuem formas
similares às da educação presencial. Os alunos realizam ao longo
do semestre cerca de três avaliações, duas presenciais e uma
virtual. Além disso, todas as atividades enviadas pelo ambiente
virtual também recebem nota, e ao final do semestre, é feita a
média aritmética das notas obtidas. Caso o aluno não obtenha nota
igual ou superior a 7,0 (sete) fica reprovado.
j) Freqüência: Assim como no ensino presencial, na EAD para
concluir o semestre satisfatoriamente, o aluno deverá ter, pelo
menos, 75% (setenta e cinco por cento) de freqüência em cada
módulo. Caso contrário, estará reprovado.
k) Trabalho de Conclusão de Curso: Os cursos de bacharelado e
licenciatura, como na educação presencial, exigem do aluno a
apresentação de seu Trabalho de Conclusão de Curso. No caso
dos cursos de Graduação Tecnológica, os alunos desenvolvem um
trabalho, a cada semestre, de diagnóstico e intervenção
profissional, em alguma empresa ou sistema gerencial presente em
seu cotidiano profissional. Essa iniciativa tem o nome de PAP –
43
Programa de Avaliação Profissional e tem peso de um TCC no
curso.
Diante do exposto fica evidente que os cursos de graduação a distância
são bem mais complexos do que se imagina. Primeiro porque exigem do aluno
disciplina, conhecimentos básicos de informática e, principalmente,
determinação e vontade de estudar.
Como foi citado na introdução do presente trabalho, o perfil dos alunos
da Metodista perpassam pelas três gerações presentes segundo HAMER
(2008). Desse modo, propõe-se nesse momento, um pequeno capítulo acerca
das gerações presentes nas salas de aula da EAD da Universidade Metodista
de São Paulo.
44
CAPÍTULO III
AS GERAÇÕES DE CONSUMIDORES
3. BABY BOOMERS, X E Y
Para melhor elucidar as características dos indivíduos das três gerações
presentes nesse trabalho, será utilizada uma tabela baseada no conceito de
Viana (2008) elaborada por Santos e Franco (2010) para a Revista do
COGEIME.
Geração Baby Boomers X Y
Ano de Nascimento
1946-1964 1965-1978 1979-1992
Acontecimentos que marcaram a
geração
Final da segunda guerra mundial
Movimento hippie e a revolução industrial
Revolução tecnológica
Principais idéias Reconstruir o mundo
Lutar pela paz, liberdade, anarquismo
Globalização,multicultura e diversidade
O trabalho é... A principal razão da
vida O que paga as contas Satisfação do
desejo de consumismo
Média de Tempo
nas empresas 30 a 40 anos 10 a 15 anos 8 anos
Quadro 1: As diferenças das Gerações Fonte: COGEIME – Santos e Franco (2010 – p. 10)
Como mostra a tabela, a geração Baby Boomers está presente nos
indivíduos nascidos entre 1946 e 1964. Uma característica peculiar dessa
geração é a de que, os bebês nascidos logo após o fim da segunda guerra
mundial vinham ao mundo como um milagre, visto que seus pais, em sua
maioria, tinham passado um longo período no campo de batalha e, desse
modo, sendo privados de conforto, alimentação adequada e, principalmente, da
família, com a mínima possibilidade de sobrevivência à guerra. O termo tem
origem pelo conseqüente crescimento populacional do pós-guerra.
45
As crianças baby boomers cresceram cercadas de cuidados e com o
dever de reconstruir o mundo e recuperar o tempo perdido no período de
guerra.
Com o intuito de cumprir a carga de responsabilidade depositada sobre
essa geração, SERRANO (2011) afirma que o adulto baby boomer possui
algumas características que justificam sua personalidade, como segue:
Possui renda mais consolidada; tem um padrão de vida mais estável; sofre pouca influência da marca no momento da compra; apresenta maior preferência por produtos de alta qualidade; prefere qualidade a quantidade; experiências passadas servem de exemplo para consumo futuro; não se influencia facilmente por outras pessoas; não vê o preço como obstáculo para perseguir um desejo; é firme e maduro nas decisões. (SERRANO, 2011)
Cabe ressaltar que os indivíduos nascidos nesse período têm hoje, data
em que o trabalho está sendo desenvolvido, cerca de 44 a 65 anos.
No caso da geração X, especialmente pelo período em que nasceram e,
principalmente, pelo ambiente em que cresceram, os nascidos entre 1965 e
1978, têm como característica principal lutar pela paz e pela liberdade (tomada
de seus pais pela guerra).
Apesar de ainda guardarem consigo os preceitos herdados pelos pais de
valorização do trabalho e da estabilidade no emprego, vivenciaram os
movimentos hippies e a chegada de novas tecnologias: a televisão e os
primeiros computadores. Essa geração é marcada também pela força do
trabalho, pela busca pelo crescimento profissional, a estabilidade financeira e a
individualidade.
O colunista Marcos Rocha Lino de Souza em seu site Tribal Generation
confirma com propriedade essas afirmações:
Hoje [em 2009] a busca é pela individualidade. Henry Ford disse: ―Você pode ter qualquer cor que você quiser, desde que seja preto‖. Hoje o carro Focus da Ford te dá possibilidade de escolha de 880 combinações diferentes. Individualista solitária em casa: jamais uma geração passou tanto tempo sozinha, em casa, tomando conta das tarefas domésticas, assistindo televisão e jogando videogames. Maior diversidade: apesar de mais intenso nos EUA, também no Brasil a nova geração apresenta uma faceta multicultural e étnica, de grande intensidade. (SOUZA, 2011)
O consumidor da geração X não se preocupa tanto com o preço dos
produtos se eles tiverem qualidade e forem de última geração. Preocupam-se
46
em se manterem instruídos e acompanharem o mercado de trabalho. Já não
buscam estabilidade financeira, mas reconhecimento e crescimento
profissional. Atualmente, os indivíduos da geração X, estão na faixa dos 30 a
45 anos.
Para a geração Y, a história é bem diferente das demais. Essa geração
nasceu em plena revolução tecnológica. São Filhos da geração X e netos dos
Baby Boomers, ou seja, sua educação permeia duas gerações conflitantes,
mas que se completam.
Outra característica dessa geração é a facilidade com que absorvem as
novas tecnologias, que para eles, nada têm de novas. Na verdade, nasceram
junto com a internet e o celular. São individualistas, se preocupam com as
causas sociais e com o meio ambiente. Conceitos que não fazem sentido pra
eles, simplesmente são descartados. São jovens que se preocupam com a
realização pessoal e profissional, como afirma Anderson Sant'Anna, professor
de comportamento humano da Fundação Dom Cabral.
Segundo uma pesquisa realizada pela USP da Fundação Instituto de
Administração realizada com cerca de 200 jovens da cidade de São Paulo:
99% dos nascidos entre 1980 e 1993 só se mantêm envolvidos em atividades que gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Na questão "qual pessoa gostariam de ser?", a resposta "equilibrado entre vida profissional e pessoal" alcançou o topo, seguida de perto por "fazer o que gosta e dá prazer". (LOIOLA, 2009)
Para os idealizadores da pesquisa – Ana Costa, Miriam Korn e Carlos
Honorato, essa geração tem dado bastante trabalho para pais, professores e
aos departamentos de recursos humanos das empresas.
A pesquisa ainda revela características quanto à urgência na busca por
conhecimento e a quanto o senso ético acompanha seu crescimento pessoal e
profissional:
Essa vontade de se desenvolver foi apontada como fundamental para 94% dos jovens entrevistados pelos pesquisadores da FIA. Os dados refletem a intenção de estar aprendendo o tempo todo. Mas, dessa vez, o professor precisa ser alguém ético e competente. "Esse ambiente onde qualquer um pode ser desmascarado com uma simples busca no Google ensinou aos mais novos que a clareza e a honestidade nas relações é essencial", afirma Ana Costa, pesquisadora da FIA. "Não consigo conviver com gente pouco ética ou que não cuida do ambiente onde vive", diz Felipe Rodrigues, 22 anos, estudante de administração. O sentimento do rapaz é
47
compartilhado por 97% dos nascidos na mesma época, que afirmam não gostar de encontrar atitudes antiéticas ao seu redor, de acordo com os dados da FIA. "Chegou a hora dos chefes transparentes, alguém que deve ensinar. A geração passada enxergava os superiores como seres para respeitar e obedecer. Não é mais assim." (LOIOLA, 2009)
Atualmente essa geração compõe os jovens com menos de 30 anos.
3.1 Perfil dos alunos da EAD – Universidade Metodista de São Paulo
No ato da inscrição no vestibular da Metodista, o aluno preenche um
questionário socioeconômico a fim de traçar um perfil dos alunos e auxiliar a
inteligência de marketing no desenvolvimento de novas campanhas. A presente
pesquisa refere-se aos alunos inscritos no ano de 2009 para o semestre de
2010.
Baseado nos dados fornecidos pelo questionário citado será
apresentado abaixo, um pequeno estudo do perfil dos alunos e em qual
geração de consumidores eles se enquadram.
Tabela 2: Perfil dos Alunos da EAD – 2010 – Idade
Alternativa Total Percentual
Menor que 18 anos 30 0,71
De 18 a 23 anos 683 16,27
De 24 a 29 anos 1016 24,2
De 30 a 35 anos 863 20,56
De 36 a 40 anos 563 13,41
Acima de 40 anos 792 18,87
Não respondeu 246 5,86
Total 4198 100
Fonte: Universidade Metodista de São Paulo - 2010
Segundo as definições acerca das gerações de consumidores descritos
no capítulo anterior e comparando-se a tabela 2, pode-se concluir que cerca de
41% dos candidatos dos cursos de educação à distância na Metodista no ano
de 2009 têm de 18 a 29 anos e, 52,84% têm mais de 30 anos, destes, quase
20% tem mais de 40 anos. Nesse caso, a maioria dos alunos é da geração X,
até mesmo da geração baby boomers.
48
Ainda com relação ao perfil dos alunos, ao analisar a tabela abaixo,
pode-se constatar que mais de 50% dos alunos da EAD são ou foram casados.
Tabela 3: Perfil dos Alunos da EAD – 2010 – Estado Civil
Alternativa Total Percentual
Solteiro 1542 36,73
Casado 1923 45,81
Viúvo 24 0,57
Desquitado/Divorciado 268 6,38
Outros 195 4,65
Não respondeu 246 5,86
Total 4198 100
Fonte: Universidade Metodista de São Paulo - 2010
O fato de que metade dos candidatos da EAD seja ou foram casados,
confirma a hipótese de que a segmentação de mercado para esse público
possa ser a demográfica.
Continuando a análise dos dados coletados, é importante registrar o
resultado da pesquisa quanto aos meios de comunicação utilizados pelos
candidatos.
A tabela 4 evidencia a presença da geração X e Baby Boomer de forma
clara ao apresentar os dados coletados. Quase 55% dos entrevistados utilizam
jornal, rádio, televisão e revistas para se manter informado, contra os 39% que
utilizam a internet para esse fim.
Sendo a geração Y uma geração plugada, é possível afirmar que,
definitivamente, o público alvo da EAD não é dessa geração.
49
Tabela 4: Perfil dos Alunos da EAD – 2010 – Veículo de Comunicação
Alternativa Total Percentual
Jornal Diário 491 11,7
Revista Semanal 75 1,79
Revista Especializada 31 0,74
Televisão 1580 37,64
Rádio 110 2,62
Internet 1666 39,69
Não respondeu 245 5,82
Total 4198 100
Fonte: Universidade Metodista de São Paulo - 2010
O resultado obtido nessa pesquisa leva a observar as campanhas
desenvolvidas nos primeiros e segundo semestres de 2010 e avaliar se as
peças publicitárias são compatíveis com o público alvo identificado.
50
CAPÍTULO IV
AS GERAÇÕES PRESENTES NA EAD DA METODISTA E AS
TÉCNICAS DE DIVULGAÇÃO UTILIZADAS
4 O PÚBLICO ALVO E AS PEÇAS UTILIZADAS
A Universidade Metodista de São Paulo possui atualmente 37 Pólos de
Apoio Presencial espalhados por quase todos os estados brasileiros e formata
suas Campanhas de Vestibular de forma unificada, disponibilizando as peças
publicitárias a todos os pólos por meio virtual, com a possibilidade de
adequação, apenas nos dados básicos de cada unidade de ensino, tais como
telefone, endereço e horário de atendimento. As demais informações sobre os
cursos são todas padronizadas como poderá ser constatado em algumas
peças abaixo apresentadas:
Fonte: Universidade Metodista de São Paulo - 2010
Figura 1 – Folder EAD – Frente
51
Fonte: Universidade Metodista de São Paulo – 2010
Figura 2 – Folder EAD – Verso
Peças veiculadas no período de outubro de 2009 a janeiro de 2010
Fonte: Universidade Metodista de São Paulo – 2010
Figura 3 – Card EAD
52
Fonte: Universidade Metodista de São Paulo – 2010
Figura 4 – Banner Internet
Peças veiculadas no período de maio a julho de 2010
Antes de analisar as peças publicitárias utilizadas pela Metodista nos
vestibulares de 2010, cabem algumas considerações acerca dos fatores
influenciadores de divulgação abordados por alguns autores.
Para Kotler (2007) os clientes possuem necessidades e desejos, que,
em alguns momentos não são exatamente a mesma coisa. Ele cita o caso dos
residentes das Ilhas Maurício, que necessitam de alimento para sobreviver,
mas que desejam comer manga, arroz, lentilha e feijão. E essa diferença entre
precisar e desejar está muito mais ligada à cultura do que ao instinto de
sobrevivência de cada indivíduo.
As necessidades humanas são situações de privação percebida. Incluem necessidades físicas básicas de alimentação, vestuário, abrigo e segurança. (...) Os desejos são a forma que as necessidades humanas assumem quando são moldadas pela cultura e pela personalidade individual. (KOTLER, 2007, p. 4)
E as empresas devem considerar todas as necessidades dos clientes e,
com técnicas eficientes de marketing, transformá-las em desejos. Um cliente
pode, por exemplo, necessitar realizar um curso superior para ser promovido,
para pertencer a um grupo de amigos que possuem diploma ou simplesmente
para manter-se no emprego, mas ele pode desejar estudar nesta ou naquela
universidade por motivos diversos.
Ainda falando do desejo dos consumidores, Kotler (2007) propõe a
segmentação do mercado para atender aos clientes de acordo com seus
anseios e expectativas.
A segmentação de mercado envolve a divisão de um mercado em grupos menores de compradores com necessidades, características
53
ou comportamentos diferentes que podem requerer produtos ou mixes de marketing distintos. A determinação do mercado-alvo consiste em avaliar a atratividade de cada segmento e seleção de um ou mais segmentos de mercado para atuar. (KOTLER, 2007, p. 164)
Para a Metodista é de suma importância o conhecimento do perfil de
seus clientes e o posicionamento estratégico adequado em seu projeto de
marketing. Todos os processos seletivos dos vestibulares da metodista vêm
acompanhados de uma análise sócio-cultural que identifica o perfil do egresso.
Um pequeno fragmento dessa pesquisa está sendo utilizado no presente
trabalho (vide tabelas 2, 3 e 4).
Garcia (2008) aborda as dificuldades enfrentadas para identificar
precisamente o público alvo da EAD, apesar da utilização de algumas
ferramentas de marketing:
Quando o assunto é comunicação e marketing no contexto de EAD, o terreno é ainda relativamente pouco explorado. Isso é explicável posto que, apesar de as discussões em torno do tema não serem tão recentes, de fato, ainda está longe a consolidação desse projeto por parte das instituições de ensino superior (IEs). (GARCIA, 2008, p. 141)
No entanto, os dados coletados nas pesquisas fornecem informações
importantes acerca dos alunos da EAD e confirmam algumas premissas desse
trabalho.
Para Garcia (2008) os alunos da EAD valorizam a flexibilidade oferecida
pela modalidade, bem como a comodidade e a conveniência de que o aluno
dispõe para escolher o melhor horário para dedicar-se aos estudos.
Essa comodidade e essa conveniência, todavia, não são necessariamente sinônimos de uma proposta descompromissada com resultados, nem mesmo desprovida da necessidade de disciplina. Aliás, estudiosos revelam que essa modalidade requer muito mais dedicação do que alguns modelos presenciais. (GARCIA, 2008, p. 144)
E como atrair esses alunos, com características tão peculiares? Uma
das possibilidades apontadas pelas pesquisas é da de segmentar esse
mercado consumidor.
Essa tarefa, segundo Garcia (2008) ―é tão necessária quando complexa.
Necessária pela necessidade de se traçar o perfil do aluno que se deseja
54
alcançar‖. E complexa pela pluralidade cultural de seus alunos, visto que eles
estão espalhados pelo Brasil nos 37 Pólos de Apoio Presencial.
O presente trabalho sugere a segmentação de mercado demográfica
que ―divide o mercado em grupos com base em variáveis como sexo, idade,
tamanho da família, ciclo de vida da família, renda, ocupação, grau de
instrução, religião, etnia, geração e nacionalidade‖. (KOTLER, 2007, p. 164).
Essa escolha dá-se pela facilidade de mensuração dos dados coletados
e também pela premissa de que os alunos da EAD pertencem, em sua maioria
à geração X, como foi abordado no capítulo anterior.
A partir do entendimento de que a segmentação de mercado proposta
para a divulgação da EAD Metodista pode ser a demográfica e de que os
candidatos ao vestibular 2010 são, em sua maioria da geração X, segue-se a
avaliação quanto às peças publicitárias utilizadas e sua eficiência:
A Universidade Metodista utilizou em sua campanha de vestibular 2009
ferramentas eficientes de divulgação; folders, flyers, banners internet, spots
para rádios e comerciais para televisão. Nesse momento avaliaremos apenas o
card, o folder e o banner internet.
Ao analisar a figura 1 que corresponde à frente do folder EAD pode-se
identificar que os modelos utilizados na peça são aparentemente bem
diferentes do público alvo da campanha. Trata-se de jovens com idade entre 18
e 25 anos. Por outro lado, a imagem do computador de mesa e a pessoa que
possivelmente seja a tutora ou a monitora correspondem favoravelmente à
expectativa dos futuros alunos da EAD.
No verso do folder, na figura 2, as informações acerca da metodologia
do curso, do ambiente virtual e da sala de aula. O texto fala da tradição da
Metodista e do número de Pólos que possui pelo Brasil. Essa forma de
abordagem agrada muito aos candidatos da geração X, visto que prezam pela
segurança e credibilidade, sem abrir mão da inovação.
As cores do folder foram muito bem escolhidas, principalmente quanto
ao laranja que remete a energia e, principalmente, estimula o consumo.
A Figura 4, da campanha do semestre seguinte, traz a cor rosa e
vermelho em seu banner internet. Inicialmente parece uma campanha de
produtos femininos. Historicamente o rosa e o vermelho são cores destinadas
às mulheres Além disso, a modelo traz consigo uma caixa, de onde saem fitas
55
com objetos presos em suas extremidades, tais como: capelo (símbolo da
diplomação), celular, webcan, notebook, pen drive, uma página da internet e
um globo terrestre.
De acordo com o que foi dito sobre a geração baby boomers,
possivelmente, alguns desses objetos são pouco familiares para eles, o que
poderia, talvez, causar certa resistência ao candidato ao vestibular. A imagem
se parece um pouco com a personagem da mitologia grega, a medusa e, se
por um lado, representa o poder do conhecimento nas mãos de todos, de
diversas formas, também pode ser visto como algo muito novo e difícil de ser
assimilado de forma tão múltipla. Dentre os objetos presos à caixa, o capelo é
o que mais se encaixa com o perfil do candidato da EAD da Metodista.
Na figura 3, as cores do card foram bem escolhidas, assim como a roupa
da modelo, de cores sóbrias e de corte moderno. Muito adequado ao propósito
da campanha. E, para finalizar, o termo ―conexão‖ seria muito bem aplicado à
geração Y, mas pouco familiar para a geração X.
4.1 Coerência entre o público alvo e a técnica de divulgação
A pesquisa aplicada aos candidatos da EAD aponta para uma maioria de
candidatos da geração X e, até da geração baby boomer. Ao analisar as peças
utilizadas pela Metodista nos vestibulares de 2010 e entender os fatores
influenciadores que permeiam o processo, cabe nesse momento uma pequena
reflexão se os métodos utilizados para atrair novos alunos estão em
conformidade com o perfil dos candidatos da EAD.
Como foi sugerida no capítulo III, a segmentação de mercado para os
alunos da EAD pode ser demográfica e, partindo dessa premissa, observa-se
que a faixa etária da maioria dos candidatos EAD tem mais de 30 anos, com
uma concentração no número de alunos com 40 anos.
Consta na tabela 3, do Capítulo III, que cerca de 52,84% dos candidatos
têm mais de 30 anos, destes, quase 20% tem mais de 40 anos, e, nesse caso,
a maioria dos alunos é da geração X, até mesmo da geração baby boomer. Os
capítulos anteriores mostraram o perfil de consumo dos indivíduos da geração
X, o que foi confirmado na tabela 5 que mostra a preferência pelos veículos de
comunicação mais tradicionais como rádio, televisão, jornais e revistas para
56
cerca de 55% dos candidatos e que apenas, 39% utilizam internet. O
percentual dos candidatos que utilizam a internet é considerável, mas como a
discussão neste trabalho é a de qual o meio de divulgação mais eficiente, o
percentual maior deveria ser prioridade na tomada de decisão.
Apesar de as cores, em sua maioria serem adequadas e o texto do
verso do folder ser coerente com os padrões de consumo da geração X,
algumas palavras poderiam ser substituídas, como por exemplo, a palavra
conexão. As imagens que saem da caixa na campanha do segundo semestre
são adequadas ao método utilizado pela Metodista, mas não são as ideais para
atrair os consumidores das gerações X e baby boomer.
Todos esses aspectos quanto à dificuldade de adequação das peças ao
público alvo foi bem explicado por Garcia (2008) no parágrafo 7 deste capítulo.
4.2 Considerações Finais
Após as análises anteriores, percebe-se que a Metodista utiliza técnicas
eficientes na divulgação de seus vestibulares EAD, mas deve elaborar
campanhas diversificadas para os alunos de graduação presencial e de
graduação à distância, devido à diferença demográfica que existe entre eles.
O vestibular EAD do primeiro semestre de 2010 concentrou 4.198
candidatos, e, destes, 2.700 tem mais de 30 anos. 2.099 deles são ou foram
casados, e preferem a televisão, os jornais, revistas e rádios para se manter
informados, ou seja, precisam de um diploma de curso superior, mas não tem
tempo para isso. Querem a comodidade de estudar em casa, mas não
dominam com facilidade as novas tecnologias.
Os candidatos ao vestibular moram quase todos os estados do país, tais
como: Rondônia, Mato Grosso, Pará, Rio de Janeiro, Maranhão, Ceará,
Pernambuco, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e São Paulo,
que concentra o maior número de Pólos de Apoio Presencial, 20.
Desse modo, percebe-se a pluralidade cultural e étnica presente nessa
campanha, que exige abordagens específicas a cada localidade, dentro ainda
da proposta de segmentação demográfica. No entanto, o que ocorre
atualmente é a elaboração de peças únicas tanto para os vestibulares da
57
educação presencial do estado de são Paulo quanto para a educação a
distância, que é distribuída a todos os Pólos acima listados.
A divulgação que foi aplicada aos candidatos no vestibular 2010 foi
eficiente, dado ao número expressivo de inscritos presentes na pesquisa, mas
se fosse considerado o perfil dos candidatos dos vestibulares anteriores, teria
sido mais eficaz.
Diante do que foi discutido acima, cabe nesse momento algumas
sugestões para os próximos vestibulares da EAD da Metodista.
a) Desenvolvimento de Campanhas isoladas para os vestibulares,
Educação Presencial e Educação a Distância de forma distinta uma
da outra;
b) Elaboração de peças publicitárias de acordo com o público alvo
presente nas campanhas anteriores, ou seja, das gerações X e baby
boomers.
c) Flexibilidade às peças publicitárias, para que os textos pudessem ser
alterados de acordo com a localidade em que fossem veiculadas;
d) Desenvolvimento de pesquisas de mercado junto aos alunos
egressos, com vistas a identificar suas dificuldades acerca da
metodologia de ensino e, esclarecimento desses aspectos nas
campanhas;
e) Potencialização das vantagens de se fazer um curso a distância, com
spots, entrevistas e folhetos contendo depoimentos de alunos e ex-
alunos narrando suas experiências com a EAD e os resultados
obtidos em sua carreira profissional;
58
CONCLUSÃO
A educação à distância é, sem dúvida, uma nova forma de
aprendizagem que veio para ficar.
O Brasil, apesar de, ao longo de seus quinhentos e poucos anos, ter
feito nada ou quase nada pela educação de seu povo, a partir do século XXI
parece ter despertado para a necessidade de educar suas crianças, seus
jovens e, adultos e, por que não, seus ―velhos‖.
Uma das formas de facilitar o acesso à educação é a EAD. As
possibilidades e os alunos estão por toda parte: seja para os cursos EJA
(Educação de Jovens e Adultos), para o Telecurso Segundo Grau, para o
ensino superior com a graduação à distância ou até mesmo os cursos in
company, uma tendência nas empresas que investem na formação profissional
de seus colaboradores. No entanto é urgente que se promova a inclusão
digital, pois ambas devem caminhar lado a lado – educação e tecnologia.
O presente trabalho apresentou dados primários e secundários que
comprovam essa afirmação. Muitos indivíduos que não tiveram a oportunidade
de estudar quando eram jovens, estão voltando hoje para os bancos escolares
e têm enfrentado alguns desafios com o uso das ferramentas necessárias ao
acesso à informação. Esses indivíduos são em sua maioria da geração X, com
idade igual ou superior a 35 anos, tem pouco tempo para estudar, possuem
emprego e renda fixa e estão dispostos a pagar por um curso de qualidade,
precisam de um diploma de curso superior.
Muitas universidades estão investindo na captação destes alunos; dentre
elas, a Universidade Metodista de São Paulo, e seu grande desafio é atrair
esse público com características tão peculiares. Com vistas a auxiliar a
Metodista neste intento foram analisada algumas peças publicitárias utilizadas
nos vestibulares e identificados alguns pontos favoráveis à captação desses
alunos e alguns pouco favoráveis que podem ser facilmente sanados com a
segmentação de mercado demográfica e com a flexibilidade de personalização
das peças publicitárias considerando-se a pluralidade cultural do Brasil.
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REFERÊNCIAS
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