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WAGNER RICARDO JANN
Uma Abordagem Cristolgica de Hb 4.14-5.10
Seminrio em Teologia Bblica
Professor Gerson Luis Linden
CANOAS, MAIO DE 2004
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SUMRIO
SUMRIO................................................................................................ 2 INTRODUO..........................................................................................3 1 CONTEXTO E LEITURA DA PERCOPE ............................................ 4
1.1 Contexto ................................................................................... 4 1.2 Leitura da Percope .................................................................. 6
2 ANTIGO TESTAMENTO, JESUS E APSTOLOS............................ 13 2.1 Como o AT se relaciona com a percope ............................... 13 2.2 Como o NT se relaciona com a percope ............................... 14
3 TEMA CRISTOLGICO DA PERCOPE ........................................... 15 3.1 Jesus, o Sumo Sacerdote....................................................... 15 3.2 Relao: Cristo-Melquisedeque.............................................. 16 3.2 Relao: Cristo-Aro .............................................................. 17
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..................................................... 18
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INTRODUO
A Epstola aos Hebreus extremamente cristolgica. Seu objetivo anunciar a
superioridade de Jesus Cristo em todos os sentidos. A pessoa e obra de Jesus so superiores
contrastadas com as obras de homens e mesmo de anjos. A Concordia Self-Study Bible afirma
que o tema de Hebreus a absoluta supremacia e suficincia de Jesus Cristo como revelador e
mediador da graa de Deus. 1
No presente trabalho a proposta apresentar uma investigao dos temas cristolgicos que
aparecem na percope de Hebreus 4.14-5.10. ntido que a nfase recai sobre o principal ttulo
de Jesus no livro: Jesus, o Sumo Sacerdote. Este um dos ttulos cristolgicos referentes obra
terrena de Jesus. O escritor bblico interpreta o sofrimento de Cristo e sua obra como servio-
sacerdotal perfeito.
No primeiro captulo, vamos falar um pouco sobre o contexto do livro e da percope. E
ainda faremos uma breve explanao dos versculos, destacando alguns termos importantes e
dificuldades que se apresentarem.
J no segundo captulo, relacionaremos a percope, ou os assuntos e idias que ela trata,
com outras passagens da Escritura, tanto no Antigo como no Novo Testamento, e com alguma
citao que a relacione com o que Jesus falou ou fez.
O terceiro captulo conclui destacando teologicamente o aspecto cristolgico da percope.
1 Traduo livre, p.1874.
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1 CONTEXTO E LEITURA DA PERCOPE
1.1 Contexto
A autoria do livro amplamente discutida e no me cabe arriscar palpites. Prefiro ficar
com a clebre frase de Orgenes: S Deus sabe quem realmente escreveu a Epstola; muito
embora haja uma forte tendncia a aceitar Paulo como seu escritor. Porm, com certeza o autor
era um judeu helenista que havia se tornado cristo; Um cristo da segunda gerao; profundo
conhecedor da LXX, que tinha recebido uma boa educao se observarmos o vocabulrio e o
estilo literrio do livro. 2
A data em que foi escrito tambm de difcil definio. Teorias variam entre os anos 60
100 d C., embora os argumentos mais fortes favoream uma data anterior ao ano 70 d.C.
Quanto aos destinatrios podemos afirmar que os leitores deste livro eram cristos
judeus que viviam em Roma, e eram em sua maioria gentios convertidos ao cristianismo,
provavelmente por Paulo (At 28.17-24), e que planejavam voltar a sua antiga religio com
medo de represlias por parte do Imprio.3 Dentro do contexto poltico da poca lgico
concluir que havia um grande risco deles apostatarem se sua f crist e voltarem para o
judasmo, devido ao culto ao imperador, exigido de todos os cidados, e s perseguies dos
cristos feitas pelo estado romano na poca de Hebreus. Nota-se um choque entre a religio
pag oficial do imprio e a mensagem crist.
O propsito do escrito advertir esses cristos a permanecer na f em Cristo, que lhes
foi pregada, demonstrando que ela a plenitude e o cumprimento da esperana do povo de
Israel.4 O telogo O. Michel ressalta que a carta, tendo em vista que se destina a comunidade de
2 Cf. D. A. Carson, Introduo ao Novo Testamento, p.440. 3 Cf. Martinho Lutero Hoffmann in Igreja Luterana 55, p.245-246. 4 Idem. p.246.
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Roma ou outra da Itlia, tem a finalidade de: (...) fortalec-la na f e na perseverana diante da
perseguio que se aproxima. Sua luta se dirige contra certo relaxamento e cansao que ocorreu
no perodo posterior atuao apostlica, usando para tanto as teses da tradio do cristianismo
primitivo. 5
O tema fundamental deste livro do Novo Testamento a mensagem cristocntrica de
Jesus como Sumo Sacerdote, como nos lembra Russell Champlin: O Sacerdcio seu tema dominante. Apesar de ser esse um tema do Antigo Testamento, neste livro assume importncia especial, pois agora todas as sombras so olvidadas, havendo uma grande fruio de todas as idias sobre o sacerdcio de Cristo. O sacerdcio, como parte da cristologia, embora conhecido noutros lugares do Novo Testamento, melhor e mais amplamente explanado neste livro aos Hebreus. Essa a maior contribuio desse livro ao Novo Testamento, em seu pensamento e teologia. 6
Segundo Donald Guthrie7 os temas discutidos no trecho de Hb 4.14-9.14, no qual
encontra-se nossa percope so:
A Lei de Moiss estabeleceu que o sumo sacerdote faria a mediao entre Deus e o homem; Porm, o sacerdcio de Aro possua vrias fraquezas; O sumo-sacerdcio de Cristo de um tipo superior de sacerdcio; H um interldio sobre: Advertncias acerca das conseqncias do desvio da f crist; A ordem de Melquisedeque superior Ordem sacerdotal de Jesus; A Nova aliana em Cristo superior a antiga aliana com Abrao.
Dentro do contexto litrgico de nossos dias, a percope faz parte, na Trienal B, das
leituras da Sexta-feira Santa, juntamente com: Sl 22.1-24; Is 52.13-53.12 (servo sofredor) e Jo
19.17-30 (relato clssico da crucificao e morte de Cristo) ou Jo 18.1-19.42 (trecho mais
amplo que narra a trajetria de Cristo at a cruz, desde sua priso no Getsmani).
5 O. Michel apud Augusto E. Kunert in Proclamar Libertao XI, p.192. 6 Russell N. Champlin. O N.T. interpretado vers. por vers., Vol. 5, p.473. 7 Donald Guthrie. Hebreus Introduo e comentrio, p.113.
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O livro apresenta uma das chaves hermenuticas bblicas: 8 a unidade orgnica e
fundamental da Escritura. Essa unidade cristolgica. O Antigo e o Novo Testamentos
testemunham de Jesus, o Cristo prometido e revelado, por intermdio de quem nos veio a graa,
a verdade e a salvao. A melhor relao que podemos traar entre os dois mandamentos
sintetizada numa frase latina que diz: o Novo Testamento est oculto no Antigo, o Velho
Testamento est evidente no Novo. Um est para o outro num sentido de continuidade,
complemento e unidade. No caso do livro de Hebreus, a vida e obra de Jesus ganham um
sentido mais profundo quando estudadas luz do Antigo Testamento. Porm, o Antigo, tambm
aplicado para o caso do ofcio sacerdotal, como uma sombra das coisas que Cristo realizaria
plenamente.
1.2 Leitura da Percope Vers.14. Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os cus, conservemos firmes a nossa confisso.
Aqui iniciada a plena explicao do tema do sumo sacerdote por parte do escritor da
carta. A primeira parte do versculo seria uma apresentao do Sumo Sacerdote onde so
apontadas trs caractersticas de Jesus: 9
1) Grande Isso o destaca como superior a outros sacerdotes inferiores. Esta grandeza
estende-se no somente ao Seu carter como tambm Sua obra. 10
2) Penetrou os cus No AT era comum usar o plural para o cu. A idia visa um contraste
com a entrada limitada do sumo sacerdote arnico dentro do vu. Nosso Sumo Sacerdote
penetra at a prpria presena de Deus. As palavras sugerem que nenhum impedimento
8 Este trecho um resumo de algumas idias da Apostila preparada pelo Dr. Rudi Zimmer para o curso de Hermenutica Bblica do Instituto Concrdia de So Paulo. O Dr. Zimmer tambm utilizou o quadro como ilustrao. 9 Donald Guthrie. Hebreus Introduo e comentrio, p.113. 10 Idem. p.113.
SOMBRA
NTAT
LUZ
SOMBRA
NTAT
LUZ
SOMBRA
NTAT
SOMBRASOMBRASOMBRASOMBRA
NTAT
LUZ
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atrapalha Sua passagem. Temos acesso ao Santo dos Santos tendo em vista a obra do Sumo
Sacerdote; Cf. Hb 10.19. 11
3) Jesus, o Filho de Deus Este o nome do Sumo Sacerdote. Filho de Deus o ttulo (...)
no usado at esta altura da discusso, e sem dvida, intencionalmente introduzido aqui
para combinar a humanidade e divindade de Jesus como sendo as qualificaes perfeitas para
um Sumo Sacerdote que teria de ser superior a todos os demais. 12
Depois da apresentao do Sumo Sacerdote, na segunda parte do versculo,
acrescentada uma exortao: conservemos firmes a nossa confisso. O verbo kratomen
significa: apegar-se a, traduzido na RA por conservemos. A palavra confisso pode ser
considerada uma idia-chave nesta Epstola (aparece ainda em 3.1 e 10.23).
Vers.15. Porque no temos sumo sacerdote que no possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, nossa semelhana, mas sem pecado.
Conjuno porque A razo para conservarmo-nos firmes na confisso a capacidade
do Sumo Sacerdote de compadecer-se com os que so tentados. Nossa confiana est
diretamente relacionada com a capacidade do Sumo Sacerdote.13
Verbo simpatizar s aparece duas vezes no NT. A outra em Hb 10.34. Literalmente
significa: sofrer juntamente com. Aqui diz respeito a simpatia de Cristo por seu povo, e em
10.34 compaixo do cristo pelos encarcerados. A capacidade do cristo para a simpatia
baseada na capacidade de Cristo simpatizar-se.14 Objeto da simpatia so as nossas fraquezas.
Fraquezas (qualquer tipo de necessidades) ocorre em outros lugares da Epstola com
ref. fraqueza da ordem sacerdotal de Aro (5.2; 7.28). Portanto h um contraste a ausncia de
tal fraqueza em nosso grande Sumo Sacerdote.
Ele foi tentado em todas as coisas, nossa semelhana um desenvolvimento de Hb
2.18, onde a tentao de Jesus como garantia de que Ele pode ajudar aos outros nas suas
tentaes. Isto um consolo, pois sua experincia quanto a tentaes se equipara nossa. E o
que so as nossas tentaes comparadas com as tentaes, tenses e presses que Ele
suportou?15
Mas sem pecado comparar com 7.26-28; e com 2 Corntios 5.21. Jesus, embora fosse
um homem, nunca pecou. A impecabilidade um aspecto integral do ensino do NT e
especialmente importante para o tema sumo-sacerdotal do escritor da epstola.
11 Donald Guthrie. Hebreus Introduo e comentrio, p.114. 12 Idem. p.114. 13 Idem. p.115. 14 Idem. p.115. 15 Cf. Donald Guthrie. Hebreus Introduo e comentrio, p.116.
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Questo dos termos no Como constatamos no grego, o escritor muda da forma
positiva para a negativa a mesma idia de 2.18. A frase poderia ser dita assim: Pois temos sumo
sacerdote que possa compadecer-se das nossas fraquezas.
Vers.16. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graa, a fim de recebermos misericrdia e acharmos graa para socorro em ocasio oportuna.
Outra exortao para nos aproximarmo-nos junto ao trono da graa, ou seja, junto a
Deus. Aspectos a se considerar 16:
Maneira de nos achegarmos: com confiana (parrsa), com ousadia, alegria17, com
liberdade de expresso e ausncia de medo. Vemos essa liberdade expressa no Pai nosso.
Trono da graa o trono representa a realeza, e certamente poderia inspirar temor se
sua caracterstica principal no fosse a graa, i., o lugar onde o favor gratuito de Deus
distribudo. 18 Jesus visto nos versculos 8.1 e 12.2 assentado direita do trono.
Finalidade: para recebermos misericrdia e graa. Favores que recebemos a partir do
trono.
Vers.5.1. Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, constitudo nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer tanto dons como sacrifcios pelos pecados
Guthrie ressalta que: Os quatro primeiros versculos do captulo 5 so histricos e
dizem respeito ordem de Aro. 19 A comparao com a ordem arnica pode demonstrar que
Jesus preenche todas as condies do sumo-sacerdcio e que Jesus muito superior linhagem
de Aro.
O versculo primeiro fala de caractersticas gerais do sumo sacerdote: 20
Tomado dentre os homens algo que o identifica com os demais homens.
constitudo (kathistatai) verbo passivo. Sua nomeao feita por Deus.
Nomeado nas coisas concernentes a Deus Sua obra como Mediador uma funo
essencial do ofcio.
Propsito (clusula hina) oferecer tanto dons como sacrifcios pelos pecados dos
homens. 21 Dons = ofertas de cereais; sacrifcios = ofertas de sangue.
Vers.2. e capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, pois tambm ele mesmo est rodeado de fraquezas.
Agora surgem algumas caractersticas pessoais do sumo sacerdote:
16 Cf. Donald Guthrie, Hebreus Introduo e comentrio, p.117. 17 Cf. F. Wilbur Gingrich, Lxico do NT Grego-Portugus, p.160. 18 Donald Guthrie, Hebreus Introduo e comentrio, p.117. 19 Idem. p.117. 20 Cf. Donald Guthrie, Hebreus Introduo e comentrio, p.118. 21 Idem. p.118.
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Capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram O sumo sacerdote no era
apenas o representante da melhores sees da sociedade, era tambm das piores.
O escritor faz uma distino entre os tipos de pessoas com as quais o sumo sacerdote
lida, como nos alerta Guthrie: Os pecados da ignorncia eram cuidadosamente distinguidos dos pecados deliberados, para os quais a lei no fazia proviso. Os que erram so aqueles que se desviaram do caminho de Deus, mas querem voltar. No so os rebeldes endurecidos. O sumo sacerdote tinha um ministrio especial de mansido para com aqueles que tinham conscincia da sua necessidade. com estes que podia identificar-se nas suas fraquezas. 22
Suas fraquezas O sacerdcio judaico contrastado com a fora do sacerdcio de
Cristo.
Vers.3. E, por esta razo, deve oferecer sacrifcios pelos pecados, tanto do povo como de si mesmo. Dando continuidade s caractersticas pessoais do sumo sacerdote, h uma ligao
estreita entre as fraquezas e os pecados. No caso do homem, a fraqueza tem como resultado o
pecado. Esta inclinao para o pecado a divergncia mais evidente entre o sacerdcio de
Cristo e o de Aro.23 Guthrie faz aqui uma meno do Antigo Testamento que explica a
passagem: Uma parte importante dos procedimentos do Dia da Expiao era que o sumo
sacerdote devia primeiramente, oferecer um sacrifcio como expiao pelos seus prprios
pecados (cf. Lv 16.11ss). 24
Vers.4. Ningum, pois, toma esta honra para si mesmo, seno quando chamado por Deus, como aconteceu com Aro.
A importncia da origem do ofcio sacerdotal: uma nomeao divina. Comparao
com Jesus que tambm foi nomeado para seu ofcio, como reconhece em Jo 17.4.
Vers.5. Assim, tambm Cristo a si mesmo no se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu s meu Filho, eu hoje te gerei;
Os seis versculos seguintes fazem dois destaques: explicam o relacionamento entre
Cristo e a ordem de Aro; e introduzem a nova ordem sacerdotal de Melquisedeque.
Numa comparao imediata com vers. 4, Cristo tambm foi nomeado para o ofcio
sacerdotal por Deus.
O ttulo Cristo usado aqui ao invs do nome Jesus (4.14). Isto sugere que o escritor
est profundamente impressionado pelo pensamento de que o ungido, o Messias, no Seu ofcio
no se glorificou como bem poderia ter feito. 25 O Messias visto no NT sempre como algum
cuja misso servir, no algum que procurasse uma posio de honra.
22 Donald Guthrie. Hebreus Introduo e comentrio, p.119. 23 Cf. Donald Guthrie. Hebreus Introduo e comentrio, p.119. 24 Donald Guthrie. Hebreus Introduo e comentrio, p.119. 25 Idem. p.120.
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Duas citaes de Salmos so usadas para ressaltar a filiao e vocao divinas do sacerdote.
A primeira : Tu s meu Filho, eu hoje te gerei A frase tambm usada em outros
lugares da Bblia e tambm no incio de Hebreus no vers.1.5 para traar o contraste de Jesus
com os anjos. Ela uma citao do Sl 2.7, usado na coroao de um rei israelita sucessor de
Davi. No NT, em At 13.33, aplica-se ao Messias. 26 Quanto ao aspecto da filiao divina vemos
que no dia da sua entronizao, o rei era constitudo filho de Deus por adoo,de acordo com
a promessa de 2 Sm 7.14: Eu lhe serei por pai, e ele me ser por filho (cf. Sl 89.26-27). 27 O
escritor de Hebreus quer que a idia de sumo-sacerdote seja estreitamente vinculada com seu
conceito sublime de Cristo como Filho de Deus.
Vers.6. como em outro lugar tambm diz: Tu s sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Esta a segunda citao que o escritor faz. Trata-se do Salmo 110.4, utilizado para
apoiar a nomeao divina do ofcio.
Duas novas diferenas entre o sacerdcio de Cristo e o de Aro:
- Ele para sempre pois perfeito e eterno.
- Ele segundo a ordem de Melquisedeque no tem sucesso como tinha a ordem de Aro.
Aconteceu de uma vez por todas, porm constantemente aplicvel. Neste sentido para todos
os tempos. 28
Melquisedeque O escritor introduz o nome deste personagem misterioso. S sabemos
algo sobre ele em Gn 14.18-20. um personagem histrico cujo sacerdcio foi aceito por
Abrao, que lhe ofereceu dzimos. Vemos uma explicao em Hb 7.1-3 de quem ele .
Vers.7. Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lgrimas, oraes e splicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade
Guthrie chama nossa ateno para o fato de que na seo de 7-10, primeira vista, o
escritor parece apresentar um novo tema. O escritor introduz o que pode ser chamado de
reminiscncia histrica da vida de Jesus. 29 Ou seja, uma lembrana, uma recordao histrica.
Nos dias da sua carne A repetio da citao do Salmo 2 (ver. Hb 1.5) parece ter
relembrado o escritor de sua seqncia de pensamento, quando falava da Filiao divina de
Jesus (cap.1) e na sua humanidade (cap.2.14,17). Assim demonstra querer evitar qualquer
comparao de Jesus com alguma figura mstica no-histrica. O trecho final trata-se, portanto
de um registro histrico da vida de Cristo; uma referncia realidade de sua vida humana.
26 Cf. Bblia de Estudo Almeida,p.328 do NT, nota i. 27 Idem. p.583 do AT, nota g. 28 Donald Guthrie. Hebreus Introduo e comentrio, p.121. 29 Idem. p.121.
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curioso notar que no texto grego o sujeito no aparece. A referncia a Jesus est no
versculo 5.
Oraes e splicas No grego h uma distino entre as palavras. A palavra splica
(hiketria) derivada da antiga prtica de estender um ramo de oliveira como sinal de apelo.
Forte clamor e lgrimas Nosso Sumo Sacerdote no estava to alto acima de ns que
as lgrimas estivessem distantes dEle nas ocasies em que Sua mente estava cruelmente
aflita.30 Afirma a humanidade de Cristo, com a qual desenvolver o sacerdcio proposto pelo
Pai. Humanidade no sentido fsico (corpo, carne) e tambm no sentido psicolgico (lgrimas,
clamor, angstia). 31
H aqui uma grande diferena entre Cristo e o sacerdcio judaico: Esse no oferece a si
mesmo, mas bodes, ovelhas, etc... Cristo entrega-se a si mesmo morte. Tal ao no pode ser
simples, ou tranqila. Pelo contrrio! Verifica-se a toda uma luta, um vaivm de intenes
marcado por gritos e lgrimas de oraes e splicas para retardar ou evitar aquele destino que o
prenderia na face da cruz com a cola da morte. 32
Por causa da sua piedade temor reverente, que, na qualidade de Filho e de Homem,
ele tinha para com o Pai. 33
Vers.8. embora sendo Filho, aprendeu a obedincia pelas coisas que sofreu Apesar de Jesus estar num relacionamento diferenciado daquele que o cristo tem em
relao a Deus, isso no o isentou da obedincia. Pelo contrrio, aprendeu a exerce-la atravs
do caminho mais difcil: as coisas que sofreu. 34
Eis um paralelo com a situao dos cristos hebreus de Roma. Esses tambm estavam
prestes a passar por grande sofrimento. se o Filho de Deus havia passado pelo sofrimento e
disso tirado um grande proveito, eles no deveriam temer as possveis angstias, mas, pela f,
tirar delas todas as lies positivas que Deus lhes estaria a transmitir. 35 Quanto a essas lies
positivas ver Hb 12.4-13.
Aprendeu a obedincia O que significa isso? Eis aqui um mistrio da natureza de
Cristo. Quando Lucas diz que Jesus crescia em sabedoria (2.52), quer dizer que por um
processo progressivo demonstrou pela Sua obedincia vontade do Pai um processo contnuo
de tornar a vontade de Deus Sua prpria, chegando ao clmax na Sua maneira de abordar a
30 Donald Guthrie, Hebreus Introduo e comentrio, p.122. 31 Cf. Martinho Lutero Hoffmann in Igreja Luterana 55, p.246. 32 Martinho Lutero Hoffmann in Igreja Luterana 55, p.246. 33 Idem. p.246. 34 Idem. p.246. 35 Idem. p.247.
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morte. A exclamao de aceitao no jardim de Getsmane foi a evidncia conclusiva da
obedincia do Filho ao Pai. 36
No tema da obedincia de Cristo podemos traar paralelos com Fp 2.5-11. Este trecho
que sedes doutrinae do Estado de humilhao de Cristo.
Vers.9. tendo sido aperfeioado, tornou-se o Autor da salvao eterna para todos os que lhe obedecem Tendo sido aperfeioado h uma estreita ligao entre sofrimento e perfeio.
atravs de um caminho de sofrimento que a perfeio conseguida. No presente caso, a
obedincia que est especialmente ligada com a perfeio, lembrando-nos da seqncia de Fp
2.8-9. 37
Guthrie nos faz uma sria advertncia, que me parece sensata para no cairmos na
tentao de julgar alguma falha em Cristo: Esta expresso no deve ser entendida no sentido de sugerir que houve tempo em que Ele no era perfeito. No curso da Sua vida, a perfeio que Jesus possua foi submetida ao teste. Essa perfeio permaneceu imaculada atravs de tudo quanto ele sofreu. Conforme observa Hughes: Seus sofrimentos tanto testaram quanto, vitoriosamente suportados, atestaram Sua perfeio, livre de fracasso e de derrota A nfase recai aqui sobre a perfeio que uma realidade sempre presente. 38
Hoffmann nos d mais alguns detalhes quanto a expresso. O verbo pode ser traduzido
por tendo sido completado. Reflete o telogo, que segundo sua natureza humana, no estado de
humilhao, Cristo poderia ser aperfeioado ou completado. O aperfeioar-se, no caso, no
significaria um desenvolvimento moral mas um completar-se (ficar pronto) em funo da tarefa
a que se havia proposto: sacrificar-se uma vez por todas pela humanidade pecadora. 39
Vers.10. a concluso de toda argumentao do escritor. Destaque para a expresso Ordem de Melquisedeque ordem anterior e superior do sacerdcio de Aro. O sacerdcio de Aro
exercia apenas o papel secundrio, embora de grande importncia, de preparar a plenitude do
sacerdcio eterno. 40
36 Donald Guthrie. Hebreus Introduo e comentrio, p.123. 37 Idem. p.124. 38 Idem. p.124. 39 Martinho Lutero Hoffmann in Igreja Luterana 55, p.247. 40 Cf. Martinho L. Hoffmann in Igreja Luterana 55, p.247.
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2 ANTIGO TESTAMENTO, JESUS E APSTOLOS
2.1 Como o Antigo Testamento se relaciona com a percope
A percope como um todo quase que uma referncia direta ao AT. como se fosse um
comentrio teolgico do sistema sacerdotal do antigo Israel. So vrias partes que poderamos
ligar diretamente com passagens do AT. Algumas j citadas acima como os Salmos usados pelo
escritor.
O primeiro passo o esclarecimento do termo Sumo Sacerdote. O Dicionrio Teolgico,
p.267, nos d uma definio: Sumo Sacerdote [do Hebraico: Cohen gadol; do latim summus pontifex] O principal entre os sacerdotes. No sistema levtico, era o responsvel pelo culto, adorao e sacrifcio na congregao dos filhos de Israel. Sua maior funo era representar os israelitas diante de Deus, e por eles fazer expiao. A intercesso era a base deste ministrio exclusivo da Antiga Aliana.
O homem pecador. No AT, o pecado tratado mediante a oferta de um sacrifcio.
Oferecer sacrifcio seria a expresso de um corao arrependido e confiante. S assim o
ofertante poderia achar a expiao de seus pecados. A tampa (da arca da aliana) chamava-se
propiciatrio (...), e nela o sumo sacerdote aspergia o sangue do sacrifcio pelos pecados no
Dia da Expiao (Lv 16), tipificando assim a expiao operada por Cristo (Hb 9.12) na prpria
presena de Deus. 41 Com o sistemtico Edward W. A. Koehler acrescentamos: Os sacrifcios
do Antigo Testamento foram sombras simblicas de Cristo. Eles no tinham valor e poder em si
mesmos (Hb 10.4), ou seja, no podiam expiar pecados. Mas ofereciam perdo por
prefigurarem o grande sacrifcio de Cristo na cruz do Calvrio. 42
Os Levitas foram escolhidos entre o povo de Israel para servir ao Senhor como
sacerdotes. Os sacerdotes se originaram de uma famlia, a de Aro e de seus quatro filhos:
Nadabe, Abi, Eleazar e Itamar (Ex 28.1). Mas devido morte de Nadabe e Abi, a sucesso
sacerdotal passou para Eleazar e Itamar, de cuja linhagem vieram os sacerdotes em Israel.
41 Gleason L. Archer Jr, Merece confiana o Antigo Testamento?, p.155. 42 Edward Koehler, Sumrio da Doutrina Crist, p.88-89.
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Todo o livro de Levtico nos ajuda a entender a obra de um sumo sacerdote. Porm, os
eventos do Dia da Expiao (cap.16) ilustram mais vividamente esta funo. Neste dia, o
dcimo dia do stimo ms de cada ano, o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos do
tabernculo para fazer expiao pelos seus prprios pecados e pelos do povo (Lv 9.7).
O profeta Zacarias predisse que Jesus seria um sacerdote em seu trono, isto , Jesus seria
tanto sacerdote quanto rei ao mesmo tempo (Zacarias 6:12-13).
2.2 Como o Novo Testamento se relaciona com a percope
Relacionaremos aqui assuntos e idias que a percope trata com algumas passagens da
Escritura que apontam para o que Jesus falou ou fez.
O versculo 7 nos lembra a orao feita por Jesus no Getsmani nos momentos que
antecederam sua priso e, portanto o incio de seu martrio. Onde lemos em Mt 26.39a: Meu
Pai: Se possvel, passe de mim esse clice!. Podemos complementar a idia vendo os outros
evangelhos alm de Mateus. Mc 14.34, Jesus disse: Minha alma est profundamente triste at
morte ...; Em Lc 22.44, lemos: estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu
que seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.
Jesus ratifica a idia que no procurou glria, mas que foi glorificado pelo Pai, proposta
no versculo de Hebreus 5.5, no Evangelho segundo Joo, cap.8, vers.54: Se eu me glorifico a
mim mesmo, a minha glria no nada; quem me glorifica meu Pai, o qual vs dizeis que
vosso Deus.
Paulo apresenta em suas cartas vrias expresses que ligam Jesus sua obra sacerdotal.
Por exemplo em 1 Tm 2.5 ele diz que h um s Mediador entre Deus e os homens. Em 2 Co
5.21, ele reafirma que Jesus no conheceu pecado, como est em 4.15. Em Ef 3.12, reafirma
que podemos nos aproximar com confiana diante de Deus por meio de Cristo (4.16).
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3 TEMA CRISTOLGICO DA PERCOPE
3.1 Jesus, o Sumo Sacerdote
Os sacerdotes de Israel eram apenas sombras do Grande Sumo Sacerdote, nosso Senhor
Jesus Cristo. Sua obra sumo-sacerdotal implica na reconciliao do homem pecador com seu
Deus. Mas como o homem pecaminoso pode vir a se reconciliar com um Deus santo? Para
promover isso Jesus teve que pagar um resgate suficiente e aceitvel a Deus. Duas coisas
seriam necessrias: satisfazer as exigncias da santidade de Deus (Obedincia Ativa), e
satisfazer a justia de Deus (Obedincia Passiva). S o prprio Deus poderia satisfazer tais
exigncias e reconciliar o mundo consigo. Jesus cumpriu perfeitamente a lei de Deus em nosso
lugar, sendo santo. Jesus satisfez as exigncias da justia divina com respeito punio que o
homem devia sofrer por seus pecados. Os pecados, para serem perdoados, precisam ser
expiados; Jesus entregando sua vida santa, como perfeito sacrifcio, fez tal expiao. 43
Jesus nasceu judeu, descendente de Davi e, assim, da linhagem da tribo de Jud.
Contudo, Deus escolheu os descendentes de Levi para serem sacerdotes. Assim Jesus, vivendo
sob a Lei de Moiss, poderia ser rei porque era da tribo real (Jud) e ainda mais da de Davi (cf.
2 Samuel 7.12-16; Atos 2.29-31). Mas Jesus no poderia ser um sacerdote segundo a Lei de
Moiss porque no era da tribo certa. O escritor de Hebreus afirma que Jesus era sumo
sacerdote segundo uma ordem diferente, no segundo a ordem de Aro (ou da tribo de Levi),
mas segundo a ordem de Melquisedeque (5.6,10; 6.20). Ele explica: Se, portanto, a perfeio houvera sido mediante o sacerdcio levtico (pois nele baseado o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que no fosse contado segundo a ordem de Aro? (...) Porque aquele de quem so ditas estas cousas pertence a outra tribo, da qual ningum prestou servio ao altar; pois evidente que nosso Senhor procedeu de Jud, tribo qual Moiss nunca atribuiu sacerdotes. (Hebreus 7.11, 13-14).
Jesus , ao mesmo tempo, quem sacrifica e o prprio sacrifcio. o Cordeiro de Deus,
sem defeitos, oferecido com nico sacrifcio, suficiente para expiar todos os pecados. Tambm
43 Edward Koehler, Sumrio da Doutrina Crist, p.89-90.
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o Grande Sumo Sacerdote que, segundo a ordem sacerdotal de Melquisedeque superior ao
sacerdcio arnico/ levtico.
Vemos que algumas teologias no entenderam a idia de que Cristo foi o ltimo
sacrifcio a ser oferecido. Na teologia catlica houve o conceito da Santa Ceia, Missa como eles
chamam, como sacrifcio. Paulo W. Buss comenta a respeito: A igreja romana medieval via os sacerdotes como uma casta intermediria entre Deus e os homens. Essa casta era distinta e mais elevada em relao aos leigos. Ela era necessria para a salvao, s ela era encarregada de certas funes, s ela era vocacionada. essa viso, Lutero contrape Cristo o grande sumo-sacerdote que j realizou definitivamente a obra sacerdotal da reconciliao com o Pai e que garante o acesso a todos os cristos ao Pai sem intermedirios humanos. 44
3.2 Relao: Cristo-Melquisedeque 45 H uma relao entre Melquisedeque e Cristo. Melquisedeque um tipo de Cristo, ou
seja, algum que o prefigurou e prenunciou; e Cristo o anttipo de Melquisedeque, ou seja,
algum que realmente era o que foi prefigurado. Isto se d nas seguintes particularidades. Cada
um deles sacerdote:
1) no segundo a ordem levtica;
2) tem superioridade sobre Abrao;
3) no se conhecendo o seu princpio e o seu fim;
4) no apenas sacerdote, mas tambm rei da paz e de justia.
44 Paulo W. Buss, O ministrio pastoral e o sacerdcio universal dos cristos, in Lutero e o Ministrio Pastoral,
p.37. 45 Cf. A. R. Buckland, Dicionrio Bblico Universal, p.284.
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3.3 Relao: Cristo-Aro
CRISTO ARO
Grande Sumo Sacerdote (Superior) Sumo Sacerdote
Fora Fraqueza (Hb 5.2b)
O nico Mediador (1 Tm 2.5) Um mediador (Hb 5.1)
para perdo dos pecados para perdo dos pecados
Seu oferecimento perfeito e definitivo Sacrifcios constantes
Sacerdcio perptuo, pois Cristo eterno Os sacerdotes morriam e seu ofcio era repassado
No tem pecado (Hb 7.26-28) Oferecia sacrifcios pelos seus pecados
Expiao eterna (Hb 9.12) Expiao temporria
Feita com seu santo e precioso sangue Feita com sangue (inadequado) de bodes, ovelhas, etc... (Hb 10.4)
Era profundamente misericordioso Era compassivo
Hoje, temos acesso ao Santo dos Santos por causa de Cristo
S ele entrava no Santo dos Santos, uma vez por ano
Juntos o Dia de Morte na Cruz e o Dia de sua Ressurreio Yom Kippur Dia da Expiao
Nova Aliana superior e eterna (Hb 9.15) Antiga Aliana antiquada
Sacerdote e Rei Sacerdote
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
1 ARCHER Jr., Gleason L. Merece confiana o Antigo Testamento? So Paulo: Vida Nova, 1986. 4ed.
2 Bblia de Estudo Almeida. Edio Revista e Atualizada. Barueri: Sociedade Bblica do
Brasil, 1999. 2ed. 3 BUCKLAND, A. R. Dicionrio bblico universal. So Paulo: Editora Vida, 1999.
4 BUSS, Paulo W. O ministrio pastoral e o sacerdcio universal dos cristos, in Lutero e o
Ministrio Pastoral. So Paulo: Instituto Concrdia de So Paulo, 1998. 5 CARSON, D. A. et alii Introduo ao Novo Testamento. So Paulo: Vida Nova, 1997.
(p.433-448) 6 Concordia Self Study Bible New International Version. (editor) Robert G. Hoerber. Saint
Louis: CPH, 1984. (p.1874) 7 ELWELL, Walter A. (editor) Enciclopdia Histrico-teolgica da Igreja Crist. So Paulo:
Vida Nova, 1990. Vol 2. (p.137-145) 8 GUTHRIE, Donald. Hebreus Introduo e comentrio. So Paulo: Vida Nova, Mundo
Cristo,1983. (p.113-125) 9 HOFFMANN, Martinho Lutero in Igreja Luterana 55. Nmero 2. (editor) Acir Raymann.
So Leopoldo: Seminrio Concrdia, 1996. (p.245-248) 10 KOEHLER, Edward W.A. Sumrio da Doutrina Crist. Trad. Arnaldo Schler. Porto
Alegre: Concrdia, 2002. 3ed. (p.88-93) 11 KUNERT, Augusto E. in Proclamar Libertao XI. (Coord.) Harald Malschitzky e Uwe
Wegner, Sinodal, 1985, p.194. (p.192-204)