Transcript
Page 1: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

1

Universidade Estadual de Maringá

Centro de Tecnologia

Departamento de Informática

Curso de Especialização “Desenvolvimento de Sistemas para Web”

Um Modelo Teórico Prático para a Construção de Interfaces para

Websites

Kátia Pereira Gasparello Sforni

Prof. Dr. Dante Alves Medeiros Filho

Orientador

Maringá, 2011

Page 2: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

2

Universidade Estadual de Maringá

Centro de Tecnologia

Departamento de Informática

Curso de Especialização “Desenvolvimento de Sistemas para Web”

Kátia Pereira Gasparello Sforni

Um Modelo Teórico Prático para a Construção de Interfaces para

Websites

Trabalho submetido à Universidade Estadual de Maringá

como requisito para obtenção do título de Especialista

em Desenvolvimento de Sistemas para Web.

Orientador: Prof. Dr. Dante Alves Medeiros Filho

Maringá, 2011

Page 3: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

3

Universidade Estadual de Maringá

Centro de Tecnologia

Departamento de Informática

Curso de Especialização “Desenvolvimento de Sistemas para Web”

Kátia Pereira Gasparello Sforni

Um Modelo Teórico Prático para a Construção de Interfaces para

Websites

Maringá, 20 de Dezembro de 2011.

Prof. MSc. José Roberto Vasconcelos Ass.:________________________

Prof. MSc. Paulo César Gonçalves Ass.:________________________

Prof. Dr. Dante Alves Medeiros Filho (Orientador) Ass.:________________________

Page 4: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

4

Dedico este trabalho aos meus pais,

minha irmã, meu marido e minha

sogra.

Page 5: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

5

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus que me deu o dom da vida, e a várias pessoas que

influenciaram diretamente na realização deste trabalho as quais citarei:

A meus pais Nelson e Maria pelo imenso amor, incentivo;

A minha irmã Carina pelas críticas construtivas;

A meu marido Fábio pelo auxílio na realização deste;

A minha sogra Marinez pelo apoio e carinho;

Ao professor Dr. Dante Alves Medeiros Filho por toda atenção, orientação, amizade e

confiança depositada em mim;

A todo corpo docente do DIN - Departamento de Informática da UEM que neste período

compartilhou conhecimento, disponibilizando recursos num aprendizado mais comprometido;

A empresa Microline por ter permitido a realização deste trabalho;

A todos da turma, pela amizade e compartilhamento de conhecimentos;

E a todos pelo incentivo.

Page 6: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

6

RESUMO

O presente trabalho realiza um estudo sobre construção de interfaces web utilizando conceitos

práticos e teóricos de usabilidade e ergonomia. Este estudo vale-se de um estudo de caso para

mostrar como alguns conceitos de ergonomia e usabilidade podem melhorar a comunicação

de um website. Neste sentido, foi realizada uma análise de um site existente onde detectou-se

a ausência de critérios mais elaborados para seu desenvolvimento. Com esta análise foi

possível propor um novo website com a utilização de critérios ergonômicos e de usabilidade.

O resultado é ilustrado com a apresentação do novo site.

Palavras-chave: Ergonomia, Modelo, Interface, Usabilidade, Website.

ABSTRACT

This paper conducts a study on building web interfaces using practical and theoretical

concepts of usability and ergonomics. This study draws on a case study to show how some

concepts of ergonomics and usability can improve the communication of a website. In this

sense, we performed an analysis of an existing site where they detected the absence of more

sophisticated the criteria for its development. This analysis was possible to propose a new

website with the use of ergonomic and usability the criteria. The result is illustrated with the

presentation of the new site.

Key Words: Ergonomics, Model, Interface, Usability, Website.

Page 7: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Arquitetura projetada da informação ................................................................... 16

Figura 2 - Componentes da usabilidade ............................................................................... 18

Figura 3 - Organização da interface muito utilizada na internet .......................................... 20

Figura 4 - Exemplo de wireframe ......................................................................................... 22

Figura 5 - Layout .................................................................................................................. 24

Figura 6 - Home do website em estudo ................................................................................ 29

Figura 7 - Página empresa .................................................................................................... 31

Figura 8 - Página curso ......................................................................................................... 32

Figura 9 - Página detalhes do curso ...................................................................................... 33

Figura 10 - Página serviços .................................................................................................. 34

Figura 11 - Página jogos ....................................................................................................... 35

Figura 12 - Página Fale Conosco .......................................................................................... 36

Figura 13 - Diagrama da arquitetura da informação ............................................................. 42

Figura 14 - Wireframe da página principal ........................................................................... 43

Figura 15 - Paleta de cores ................................................................................................... 44

Figura 16 - Esboço do layout ................................................................................................ 45

Page 8: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

8

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Cronograma de atividades .................................................................................. 38

Quadro 2 - Conteúdo ............................................................................................................ 39

Quadro 3 - Reestruturação das taxonomias .......................................................................... 41

Quadro 4 - Checklist de inspeção de interface para websites ............................................... 47

Page 9: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

9

SUMÁRO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 11

1 Objetivo Geral................................................................................................................. 12

1.2 Objetivos Específicos .................................................................................................... 12

1.3 Justificativa ................................................................................................................... 12

1.4 Metodologia da pesquisa .............................................................................................. 13

1.4.1 Tipo de estudo ............................................................................................................. 13

1.4.2 Quais procedimentos para coleta e análise dos dados ................................................. 13

1.4.3 Estrutura do trabalho ................................................................................................... 14

2 INTERFACE WEB ............................................................................................................. 15

2.1 Conceituar, pesquisar e organizar conteúdo .............................................................. 15

2.2 Especificações funcionais e esboço da “aparência e sensação” ................................ 19

2.2.1 Diagramas e fluxogramas para tratar da funcionalidade e navegação ......................... 19

2.2.2 Tipografia: legibilidade e estética para realização do esboço das páginas .................. 21

2.3 Produção de imagens gráficas e documentos HTML ................................................ 25

2.4 Criação do protótipo para análise ............................................................................... 26

2.5 Configuração no servidor final, e avaliação novamente. .......................................... 27

3 ESTUDO ORGANIZACIONAL ........................................................................................ 28

3.1 Estrutura atual .............................................................................................................. 28

4 PROPOSTA PARA NOVO WEBSITE ............................................................................. 38

4.1 Cronograma de atividades ........................................................................................... 38

4.1.1 Etapa 1 - Atividade: Conceituar, pesquisar e organizar conteúdo ............................... 39

4.1.2 Etapa 2 - Definição das novas taxonomias .................................................................. 40

4.1.3 Etapa 3 - Diagramas e fluxogramas para tratar da funcionalidade e navegação ......... 41

4.1.4 Etapa 4 - Tipografia: legibilidade e estética para realização do esboço das páginas .. 44

4.1.5 Etapa 5 - Produção de imagens gráficas e documentos HTML ................................... 46

4.1.6 Etapa 6 - Criação do protótipo para análise ................................................................. 46

4.1.7 Etapa 7 - Configuração no servidor final, e avaliação novamente. ............................ 48

5 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 49

5.1 Contribuições teóricas .................................................................................................. 49

5.2 Contribuições práticas ................................................................................................. 49

5.3 Limitações do trabalho ................................................................................................. 50

Page 10: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

10

5.4 Sugestões para trabalhos futuros ................................................................................ 50

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 51

ANEXOS ................................................................................................................................. 52

Anexo 1 - Wireframe da página Sobre ................................................................................. 53

Anexo 2 - Wireframe da página Serviços ............................................................................. 54

Anexo 3 - Wireframe da página Cursos ................................................................................ 55

Anexo 4 - Wireframe da página Blog ................................................................................... 56

Anexo 5 - Wireframe da página Contato .............................................................................. 57

Anexo 6 - Wireframe da página Parceiros ............................................................................ 58

Anexo 7 - Layout da página Sobre ....................................................................................... 59

Anexo 8 - Layout da página Serviços ................................................................................... 60

Anexo 9 - Layout da página Cursos ...................................................................................... 61

Anexo 10 - Layout da página Detalhe do Curso ................................................................... 62

Anexo 11 - Layout da página Blog ....................................................................................... 63

Anexo 12 - Layout da página Contato .................................................................................. 64

Anexo 13 - Layout da página Parceiros ................................................................................ 65

APÊNDICE ............................................................................................................................. 66

Apêndice 1 - Checklist de avaliação website ........................................................................ 67

Page 11: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

11

INTRODUÇÃO

Atualmente as empresas têm utilizado websites para realizar mais que marketing web estático,

elas estão cada dia mais interagindo com as pessoas, destacando suas redes sociais e até

solicitando a opinião de seus usuários e clientes para determinado serviço ou produto

oferecido. Esta interação é possível, pois além da tecnologia embutida na lógica do sistema, as

interfaces estão cada vez mais bem preparadas para recepção de seus usuários.

Para que a recepção dos usuários seja eficaz, e sua navegação no website seja eficiente, nota-

se a transformação que as interfaces têm apresentado com: conteúdo consistente de textos

curtos e claros; layout arrojado, leve e fácil de entender; sistema de navegação funcional;

imediatez nas informações solicitadas; feedback informativo disponibilizando ambiente em

que o usuário sinta-se no controle com finalidade de atrair visitantes e fazer com que voltem.

Observa-se com isto que as empresas precisam sempre se atualizar frente às novas demandas.

Neste sentido é imperativo que seus serviços web para a satisfação das necessidades de seus

usuários utilizem no desenvolvimento de website conceitos como usabilidade e a ergonomia.

Neste contexto é que surgiu a motivação para a realização deste trabalho que procura mostrar

como estes conceitos podem contribuir no desenvolvimento de páginas web, de forma

significativa para a melhora da interação-humano-computador.

Para ilustrar como estes conceitos podem auxiliar no desenvolvimento dessas aplicações será

realizado um estudo de caso com um site de uma empresa, com o objetivo de elaborar um

website utilizando conceitos e métodos que serão discorridos no embasamento teórico. Assim,

esta pesquisa justifica-se a desenvolver um ambiente web com foco na facilidade de uso,

articulando interesses e expectativas dos envolvidos, maximizando a interação com usuários

com finalidade de promover marketing web em uma escola de cursos profissionalizantes.

Para alcançar a realização deste trabalho no tópico seguinte está o objetivo geral e a relação

dos objetivos específicos.

Page 12: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

12

1 Objetivo Geral

Mostrar como os conceitos de usabilidade e ergonomia no desenvolvimento de interfaces web

podem promover um ambiente colaborativo, de fácil interação, de layout claro e sucinto,

contribuindo de maneira expressiva para a melhoria da interação-humano-computador.

1.2 Objetivos Específicos

Para alcançar o objetivo geral, cabe salientar alguns objetivos específicos:

● Destacar a importância que a usabilidade e a ergonomia proporcionam na produção de

interfaces web desenvolvendo um modelo para produção de websites;

● Desenvolver um estudo organizacional de um website existente, destacando sua

estrutura atual;

● Sugerir por meio de um estudo de caso um novo projeto web com base na revisão da

literatura e no estudo organizacional realizado;

● Organizar um plano expresso em cronograma para execução do projeto;

● Executar o cronograma e publicar o mesmo;

1.3 Justificativa

Frente a esta revolução tecnológica que as interfaces bem planejadas possuem de interação

com usuários a necessidade de desenvolver uma aplicação web que de suporte de marketing a

organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir a

produção da interface a fim de oferecer a organização mecanismos de coleta de dados do

fluxo de visitantes e que possua além do design belo de leveza, ter atualizações constantes de

notícias sobre o que acontece de novo na instituição.

A realização de um modelo para construção de interfaces para websites é estudada a partir da

organização de um website de uma instituição de ensino tomado com estudo de caso, a fim de

promover aos alunos e não-alunos acesso a conteúdo de alta qualidade, com atualizações

Page 13: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

13

constantes sobre novidades de cursos, promoções, eventos e sorteios intensificando a relação

web com visitantes, com mecanismos sistêmicos que conduzam os visitantes ao

preenchimento de formulário facilitando a entrada, a guarda, o tratamento e a apresentação

das informações dos perfis dos usuários em forma de relatórios na intranet, sendo uma

ferramenta web de fácil acesso e usabilidade.

1.4 Metodologia da pesquisa

A metodologia deste trabalho é apresentada contextualizando e destacando o tipo de estudo

que será empregado e os procedimentos para coleta e análise de dados.

1.4.1 Tipo de estudo

Este trabalho apresenta uma característica descritiva e qualitativa. É descritiva, pois analisa o

ambiente a fim de relacionar as principais características com o objeto estudado para

proporcionar uma nova visão do problema e tornar mais fácil a relação ambiente e objeto que

neste trabalho são respectivamente a empresa, o sistema web e visitantes. È qualitativa, pois

segundo Roesh (1996, p. 117) “o pesquisador qualitativo sai a campo não estruturado,

justamente para captar as perspectivas e interpretações das pessoas”. Assim perante aos fatos

que serão observados este trabalho realizará análise no website existente, a fim de construir

um novo com base na revisão da literatura.

1.4.2 Quais procedimentos para coleta e análise dos dados

Com visualização sistêmica da problemática em questão será utilizada para a coleta e análise

dos dados a observação seguida de análise do website existente para interpretação e

formulação de um novo website. Após a documentação da estrutura atual serão executadas

as seguintes etapas:

1 - Reorganização do conteúdo, e das taxonomias que serão utilizadas + feedback com

cliente.

Page 14: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

14

2 – Esboço do wireframe da estrutura da interface + feedback com cliente

3 – Construção do diagrama de navegação a partir das taxonomias + feedback com cliente.

4 - Escolha da Tipografia: legibilidade e estética + feedback com cliente.

5 – Construção do protótipo para análise e avaliação.

6 - Apresentação ao cliente.

7 - Organização dos detalhes finais solicitados.

8 – Teste no servidor final e Publicação.

1.4.3 Estrutura do trabalho

Para um melhor entendimento sobre as etapas ou elementos que compõem este trabalho, a

seguir será detalhado o que será estudado nos próximos capítulos.

O capítulo 2 mostra passo a passo os métodos para construção de interfaces web, também traz

os conceitos de usabilidade, ergonomia, bem como as ferramentas utilizadas para criação do

da arquitetura e layout web, com foco no projeto antes da programação enfatizado a utilização

dos conceitos e documentação para realização de interfaces.

O 3º capítulo traz o estudo organizacional da estrutura atual do website existente, para coleta

de dados seguida de análise e reorganização do conteúdo, com base no levantamento teórico

realizado no 2º capítulo, destacando os dados que serão reutilizados para construção do novo

website.

O 4º capítulo apresenta um cronograma de atividades como um plano de implantação do

modelo proposto da nova interface com wireframes, diagrama de navegação e layout gráfico

das páginas definidos.

Finalmente, no capítulo 5 apresentam-se as conclusões, as contribuições teóricas e práticas, as

limitações encontradas para realização deste trabalho e as sugestões para trabalhos futuros.

Page 15: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

15

2 INTERFACE WEB

O design de interface determina a estrutura lógica das páginas web, de como os usuários

visualmente de maneira simples em sua busca encontre as informações que estão disponíveis

espontaneamente. Para que este processo entre usuários e páginas web seja em sua dimensão

“espontâneo” o profissional de design de interface utiliza vários métodos como: dicas visuais,

agrupamento de itens, codificação de cores, ferramentas para navegação, entre outros,

dependendo da natureza e do tamanho do projeto. Porém, para que o design de interface

realize a lógica das páginas web visualmente, primeiramente o conteúdo que será na web

colocado deve ser organizado, procedimento este executado pelo design de informação ou

especialista em arquitetura da informação que organiza e planeja como os usuários encontrão

as informações disponíveis. Nesse sentido, este capítulo apresentara a fundamentação teórica

de um modelo de criação de website, com foco no projeto antes da programação e na

avaliação das interfaces.

2.1 Conceituar, pesquisar e organizar conteúdo

Por se tratar o conteúdo da parte mais importante de um site web, sendo algo para ler ou fazer,

nele deve haver algo de valor para atrair visitantes e fazer com que voltem, assim, o design de

informação realiza a primeira etapa do processo de criação de websites (NIEDERST;

FREITAS, 2002). Para os autores as etapas padrão que compõem o processo de design de

informações são:

● Realizar inventário das informações que serão exibidas no site, que consiste em

realizar uma lista de tudo o que deve ser colocado no site, nesse momento alguns

pontos são importantes como a definição de:

● Traçar estratégias: porque construir um website; o que oferecer; o que os usuários

precisam ver no meu website para que voltem; o que e quem espero atingir. Quais são

os concorrentes.

● Detalhar: será para promoção, marketing, ponto de venda, definir da missão global.

● Conhecer o Público-alvo: obter conhecimentos sobre o público que será atingido com

website é um excelente recurso para saber quais conteúdos colocar para atrair acessos.

Page 16: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

16

● Designar responsável pela geração do conteúdo: de maneira consistente de redação

sólida.

● Organizar as informações utilizando estratégias de classificação: existem vários

métodos de classificação: Alfabética: como listas de A a Z; Cronológica: por ordem de

data de acontecimento; Tipo: grupos de informações similares; Hierárquica: divide as

informações em seções; Espacial: informações organizadas geograficamente;

Magnitude: classifica continuamente, como do maior para o menor entre outras. O

método escolhido dependerá do tipo de informações que você possui.

● Formatar a estrutura do site ao cliente: refere-se a fornecer por meio de diagramas,

fluxogramas a lógica de navegação e estrutura das informações, consciente do

orçamento, pessoal e tempo disponível para realização do projeto. Para um melhor

entendimento a figura 1 ilustra a hierarquia das páginas web..

Figura - 1 Arquitetura projetada da informação

Fonte: AMSTEL(2005)

Page 17: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

17

Com este exemplo de arquitetura projetada conforme figura 1 é possível visualizar de maneira

rápida e detalhada a quantidade de páginas que farão parte do projeto, como elas estão

distribuídas e que tipo de informação haverá em cada uma delas. A documentação mais

detalhada de todo o conteúdo e funcionalidades de cada uma das páginas também é de

responsabilidade do arquiteto de informações, documentação esta que posteriormente serão

utilizadas pelos designers de interface. (MEMÓRIA, 2006).

Outro aspecto que usualmente é utilizado para organização das informações é a utilização da

usabilidade na web que combina estilo de redação, texto conciso, layout fácil para leitura e

linguagem objetiva:

Os estudos de usabilidade indicam um violento foco no conteúdo por parte dos

usuários. Quando chegam a uma nova página, olham imediatamente para a principal

área do conteúdo da página e buscam títulos e outras indicações do teor da página. Só

mais tarde, caso decidam que o conteúdo não lhes interessa, é que buscarão na área de

navegação da página outras idéias de sites a visitar. O conteúdo vem em primeiro

lugar. (NIELSEN, 2000, p.100)

Ainda na visão de Nielsen (2000), existem três principais diretrizes para escrever na web

utilizando a usabilidade como condição de controle:

● Ser sucinto: com texto objetivo e conciso;

● Escreva tendo em vista a facilidade de leitura: realizar layout fácil de ler, utilizando

textos curtos e listas;

● Use hipertexto para segmentar informação longa em várias páginas: consiste em dar

destaque e ênfase para palavras importantes do texto realçando-as diferentemente dos

outros links existentes, a fim de que estas palavras importantes levem o usuário à outra

página que terá as informações mais detalhadas referente ao assunto.

A norma ISO 9241-11 (2002, p.3) define a usabilidade como: “Medida na qual um produto

pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com eficácia,

eficiência e satisfação em um contexto específico de uso.” Para Schuhmacher (2007) a

existência da usabilidade depende de três componentes: o usuário, a interface e a interação-

humano-computador, elementos que estão identificados na figura 2.

Page 18: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

18

Figura 2 – Componentes da usabilidade

Fonte: SCHUHMACHER (2007,p. 87)

Estes elementos identificados na figura 2 seguem mais detalhadamente.

● O usuário: Que na fase de pesquisa fora identificado como seu púbico-alvo, sendo

mais fácil nesse momento focar claramente suas necessidades, características e

particularidades.

● Interação-Humano-Computador: Abrange todos os aspectos relacionados com a

interação entre usuários e computadores que acontece por meio da interface. Emerge

da necessidade de estudo dos principais fenômenos ao redor da interação entre

usuários e computadores além do design de interfaces com utilização de avaliações e

implementações de sistemas computacionais interativos para uso partindo das

necessidades, capacidades e preferências dos usuários.

● Interface: É o meio que permite a comunicação entre o usuário e o computador,

transformando as ações dos usuários em entradas, conduzindo as entradas para serem

processadas pelo sistema e apresentando os resultados solicitados.

Com a definição de usabilidade conforme a norma ISO 9241-11 e seus componentes segundo

Schuhmacher verifica-se que trata-se de um conceito que permite que as informações presente

na interface sejam mais intuitivas para usuário. Nesse sentido, adotar a usabilidade desde

início em um projeto web permite: redução de erros e de procedimentos de correção;

diminuição do tempo de construção da interface; redução de custos de treinamento, de

manutenção e de suporte ao usuário e, como resultado, assegura no uso, eficácia, eficiência,

segurança, utilidade, fácil aprendizagem e fácil de lembrar.

Page 19: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

19

2.2 Especificações funcionais e esboço da “aparência e sensação”

Segundo Nielsen (2000,p.10) “Se não conseguirem descobrir como usar um website em

aproximadamente um minuto, concluem que não vale a pena gastar seu tempo. E saem.”

Para que isso não ocorra o design de interface determina como a estrutura lógica de um site

aparece visualmente na página e como o usuário chega aquela informação, esta etapa do

projeto envolve como realizar: Diagramas e fluxogramas para tratar da funcionalidade e

navegação e escolha da Tipografia: legibilidade e estética para realização do esboço das

páginas que serão programadas. Manter a distância de confusão visual é a chave para Krug

(2008):

“Os usuários têm tolerâncias variadas a complexidade e distrações. Algumas

pessoas não têm problema com páginas cheias e confusão em segundo plano, mas

muitas sim. Quando você estiver projetando páginas web, é provavelmente uma boa

idéia supor que tudo seja confusão visual até prova em contrário.” (Krug,2008,

p.39).

2.2.1 Diagramas e fluxogramas para tratar da funcionalidade e navegação

Memória (2006, p. 50) define: “A Web é, por essência, um sistema baseado em navegação. É

sua característica mais básica e primordial, que possibilita o acesso a informações de forma

não linear.” Assim, os padrões de navegação quando bem projetados funcionam como

recomendações para que a compreensão das interfaces seja facilitada de modo que: “A

interface navegacional precisa mostrar todas as alternativas disponíveis ao mesmo tempo, de

forma que os usuários possam tomar uma decisão fundamentada com relação à opção que

melhor satisfará às suas necessidades”. (NIELSEN, 2000, p.196). A figura 3 ilustra com

clareza o padrão de posicionamento de certos elementos de interface de websites.

Page 20: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

20

Figura 3 – Organização da interface muito utilizada na internet

Fonte: MEMÓRIA (2006, p. 59)

Para Memória segundo seus estudos e avaliações com base em vários pesquisadores da área

de interfaces a figura 3 ilustra o posicionamento mais indicado para os elementos: Marca:

canto superior esquerdo; Busca: parte superior; Navegação global: coluna esquerda;

Beadcrumbs: parte superior e abaixo da marca da empresa; Conteúdo global e contextual: área

central; Navegação de rodapé: parte inferior. Neste contexto percebe-se que a interface e o

sistema de navegação são aliados e funcionam em sincronia para recepção e passeio do

usuário pela aplicação, fornecendo ao usuário onde ele se encontra na aplicação e onde ele

pode ir, de forma Clara: onde as ferramentas de navegação são intuitivas e rapidamente

entendidas; Eficiente: evitando excesso de cliques utilizando atalhos para chegar ao desejado

mais rapidamente; e Consistente: opções de navegação coerentes e disponíveis. (MEMÓRIA,

2006)

A ferramenta de navegação mais comum atualmente é o menu, que geralmente está na parte

superior da página e as vezes ao lado esquerdo ou direito dependendo do design de interface

existente, que, possibilita uma visão do todo da aplicação ao usuário de forma resumida, além

do menu outras duas ferramentas bastante utilizadas são: mapa de site e a função de busca. O

mapa do site fornece ao usuário uma visão detalhada do todo da aplicação e a ferramenta de

Page 21: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

21

busca auxilia o usuário a realizar pesquisa da informação desejada dentro ou fora da aplicação

web. (NIEDERST, 2000)

Já em uma aplicação web de comércio eletrônico o mais comum em ferramenta de busca aos

produtos são as categorias e marcas, mas o top do momento sendo comércio eletrônico ou não

tem sido a navegação por nuvem de tags, que é uma nova forma de expor aos visitantes os

itens de conteúdo do website, podendo ser organizado de acordo com os clics dos usuários no

site. Consiste em uma maneira inteligente que as interfaces inovadoras estão utilizando para

melhor sinalização de navegação no meio de uma grande variedade de produtos ou

informações.

2.2.2 Tipografia: legibilidade e estética para realização do esboço das páginas

Adotando como referência a documentação de arquitetura projetada que o design de

informação criou para especificar as informações que vão compor cada página o design de

interface para realização do esboço das páginas web que serão programadas utiliza como base

a logomarca, folders, identidade visual, concorrência e cultura da empresa, buscando

transmitir a mensagem central desejada no projeto, refletindo os atributos da marca e sua

personalidade. Para início da organização destes elementos visuais, o design de interface

projeta com wireframes que segundo Memória (2006):

“são um rascunho de uma tela específica que posiciona a informação e a navegação,

incluindo-se aí agrupamento, ordem e hierarquia do conteúdo. É um esqueleto que

organiza os elementos de interface, sem a interferência do projeto visual”.

(Memória 2006, p. 36)

Amstel (2005) define wireframe como documento que deve servir de referência ao designer

gráfico da página, e passa a seguinte dica: “Wireframe não é para ser bonito é para ser

entendido”. A figura 4 ilustra um caso real de um wireframe criado por Amstel que nos

transmite outra dica: que além de informar ao cliente antes de entrega-los para discusões

explica que se trata de esboço feito para visualização/decisão do posicionamento dos

elementos que vão compor a página, e ainda reforça esta questão escrevendo em cima do

documento: “Este wireframe não define design gráfico, sua função é apresentar elementos que

vão compor a página.”

Page 22: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

22

Figura 4 – Exemplo de wireframe

Fonte: AMSTEL(2005)

Page 23: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

23

Após a construção dos wireframes prevendo cada detalhe e funcionalidade que será utilizada

em cada página, o próximo passo é definição do design gráfico das páginas: escolha de fonte,

cores, alinhamento dos elementos e hierarquia visual. Nesta fase de construção do esboço

além de se basear na imagem corporativa da empresa e na documentação realizada pelo

design de informação o profissional de design de interface deve ter conhecimento de como

organizar dados Mullet and Sano (1995) descrevem como deve ser este procedimento:

● Elegância e simplicidade: unidade, refinamento, adequação;

● Escala: contraste e proporção: clareza, harmonia, atividade e restrições;

● Organização e estrutura visual: agrupamento, hierarquia, relacionamento e equilíbrio;

● Módulo e programa: foco, flexibilidade e aplicação consistente;

● Imagem e representação: imediatez, generalidade, sistematização e caracterização; e

● Estilo: distinção, integridade, abrangência e adequação;

Estes dados tratam-se da organização formal de elementos visuais, tanto textuais quanto não

textuais que necessitam do arranjo adequado de arte e tecnologia para a transmissão de idéias

com objetivo expressamente comunicacional permitindo que os usuários sempre esteja no

controle disponibilizando atalhos; projeção de diálogos com feedback informativo;

consistência nas informações disponibilizadas, com tratamento de erros; e tornando tudo isso

fácil de usar e lembrar deixando o ambiente intuitivo ao usuário. Shneiderman (1998). A

figura 5 ilustra o layout gráfico da página com base na utilização do wireframe da figura 4.

Page 24: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

24

Figura 5 - Layout

Fonte: AMSTEL(2005)

Page 25: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

25

Amstel (2005) autor do wireframe (figura 4) utilizado como referência para construção do

layout da figura 5 enfatiza que o wireframe realizado sem definição: de grid de alinhamento;

tamanho de fonte; e tipografia; o designer pode encontrar melhor disposição para os

elementos de acordo com sua criação, sem se sentir engessado com informações já pré-

estabelecidas.

É importante ressaltar que, todas as páginas que vão compor website devem possuir seu

wireframe, pois é com base na estrutura criada no wireframe que será produzido o design

gráfico das páginas. Assim novamente, a documentação é fundamental para que outras

equipes entendam o que foi realizado e continue o trabalho, prevendo que pessoas envolvidas

no projeto podem adoecer ou escolher outra oportunidade de carreira.

Com design gráfico da interface de todas as páginas finalizado com foco: no público-alvo, nos

objetivos do produto e suas principais tarefas, com textos curtos, claros e consistentes, e

navegação óbvia, simples e transparente ao usuário com tratamento de erros. (MEMÓRIA,

2006) O projeto está pronto para ser apresentado ao cliente que e se aprovado passa para fase

da produção de imagens e documentos HTML, caso contrário, é verificada as alterações

solicitadas e apresenta-se novamente ao cliente para aprovação.

2.3 Produção de imagens gráficas e documentos HTML

Somente após a aprovação do layout é que o site entra em processo de produção. Os designers

gráficos das páginas serão transformados para incorporar documentos HTML, assim como, o

conteúdo que também será formatado para adequação de sua visualização na web. Em fim,

nesta etapa do projeto todos os elementos do site devem ser criados e unidos em páginas

HTML. (NIEDERST, 2002)

Para Lynch e Horton (2002) apud Schuhmacher (2007) os elementos que devem estar em

ordem neste momento são: textos editados e corrigidos; especificação do designer gráfico de

todas as páginas; cabeçalhos, logotipos, botões e fundos definidos; ilustrações; fotografias; e

demais elementos que irão compor o website. A finalização desta etapa se dá com diversos

testes em diferentes navegadores e monitores para verificação do comportamento dos

elementos da interface até que tudo se encaixe conforme layout aprovado pelo cliente.

Page 26: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

26

2.4 Criação do protótipo para análise

Com exibição das páginas HTML nos mais diversos navegadores, é hora de fazê-las

funcionar. A escolha do banco de dados e da linguagem de programação dependerá do nível

de grandiosidade do projeto e de seus requisitos. Como o foco deste trabalho é “interface

web” não abordaremos mais a fundo esta questão de programação, e sim, de como após as

funcionalidades ativadas nas páginas HTML podem ser analisadas.

Na visão de Schuhmacher (2007. p. 76) protótipos “são modelos funcionais construídos a

partir de especificações preliminares para simular a aparência e a funcionalidade, ainda que de

forma primitiva e incompleta, de um software a ser desenvolvido.” Para Memória (2006.

p.164) “A prototipação é importante não só para apresentações para clientes e diretores, como

também para que as próprias pessoas envolvidas no projeto possam avaliar o funcionamento

da navegação e dos demais elementos do site”.

O Desenvolvimento do presente trabalho utilizará princípios ergonômicos visando atingir

melhor usabilidade. Para tanto será construído um protótipo para análise dos resultados com

objetivo de observação da comunicação visual causada que, deve transmitir a devida

usabilidade visando gerar acessibilidade e comunicabilidade. Segundo Cybis (2007, p.175)

”Enquanto a usabilidade é medida, a ergonomia da interface só pode ser inspecionada e/ou

avaliada a partir de recomendações ou critérios ergonômicos.” Para o autor a avaliação da

ergonomia das interfaces pode ser classificada como: analíticas, heurísticas ou por lista de

verificação.

Avaliações analíticas: são realizadas por projetistas ou especialistas em usabilidade,

que realizam inspeções na realização das tarefas a fim de verificar a complexidade e

estimar o tempo das interações propostas.

Avaliações heurísticas: baseada nos conhecimentos ergonômicos dos avaliadores que

percorrem a interface a fim de diagnosticar os problemas e barreiras que os usuários

podem encontrar durante as interações, ”Entretanto, seus resultados dependem da

competência dos avaliadores e das estratégias de avaliações empregadas.” CYBIS

(2007, p.183).

Inspeções por lista de avaliações: neste tipo de técnica, ao contrário das avaliações

analíticas e heurísticas que são realizadas por profissionais de usabilidade e ergonomia

Page 27: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

27

respectivamente, são as qualidades da ferramenta (checklists) que decide o sucesso da

inspeção. Para Cybis deve-se ter muita atenção com qualidade das listas, “Listas mal

elaboradas, que apresentam questões subjetivas e em número insuficiente, podem

levar à produção de resultados duvidosos, pouco uniformes e pouco abrangentes.”

(CYBIS 2007, p.188).

Perante aos critérios de avaliações de interfaces expostos: analíticas, heurísticas e por listas,

neste trabalho será utilizado o método de inspeções por lista, por se tratar de um método que

não demanda profissional específico em usabilidade e ergonomia e por conduzir a avaliação

das interfaces de maneira sistêmica garantindo resultados mais estáveis, pois as

questões/recomendações presente no checklist sempre serão efetivamente verificadas mesmo

quando aplicada por diferentes avaliadores. O apêndice traz o modelo de checlist que será

utilizado para avaliação das interfaces efetivamente.

Ainda na visão de Cybis (2007, p.173) ”É importante salientar que um problema de

usabilidade ocorre durante a interação, atrapalhando o usuário na realização de sua tarefa, mas

tem sua origem em um problema da ergonomia da interface.” E ressalta que, a ergonomia está

na origem da usabilidade, visando proporcionar eficiência e eficácia, além do bem-estar e

saúde do usuário, neste contexto, avaliações ergonômicas das interfaces garantem sistemas

adaptados à maneira que o usuário necessita, utiliza e se satisfaça na interação-humano-

computador.

2.5 Configuração no servidor final, e avaliação novamente.

A etapa final do processo da criação de interfaces para websites é a hospedagem da versão

final do website no servidor, que o tornará disponível para o mundo. “É uma boa ideia fazer

uma rodada final de testes para se certificar que tudo foi transferido com sucesso e de que ás

páginas funcionam adequadamente sob a configuração do servidor final.” (NIEDERST, 2002,

p. 69). A checagem em todas ás páginas, para verificação se todas ás imagens gráficas

aparecem, se os links estão funcionando de maneira correta, se as funcionalidades como o

envio de e-mail está transmitindo a mensagem, é muito importante para garantir os sucesso do

website, enfim, atenção aos detalhes é essencial. (NIEDERST, 2002).

Page 28: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

28

3 ESTUDO ORGANIZACIONAL

Este capítulo apresenta o estudo organizacional da estrutura atual do website existente,

verificando layout, taxonomias e conteúdo para coleta de dados seguida de análise e

reorganização do conteúdo, destacando os dados que serão reutilizados para construção do

novo website.

A organização escolhida como estudo de caso para a realização da pesquisa foi a Miroline de

Marialva-PR, criada em 24 de julho de 2000 esta instituição de ensino de cursos

profissionalizantes atualmente possuí cursos nas áreas administrativa, design, informática,

inglês e mecânica de motos. É uma em empresa socialmente responsável, pois desenvolve

programa de incentivo aos estudantes de terceira idade, facilitando o acesso ao ensino de

informática a eles. Além de cursos a Microline ainda realiza venda de computadores e

suprimentos, assistência técnica em hardware e software, soluções técnicas para web e cyber

café.

A pesquisa é de cunho, descritiva e explicativa, por meio de um estudo de caso a partir do

website existente visa à possibilidade de aumentar a abrangência, a facilidade de uso, o design

e o poder de atração do site da Microline.

3.1 Estrutura atual

O website atual possuí seis páginas principais sendo elas: Home, Empresa, Cursos, Serviços,

Jogos e Fale Conosco. Esta etapa é decisiva no processo de reestruturação do website, pois é

neste momento que se conhece, com detalhe, todos os recursos que o website tem para

oferecer, assim como é apresentado o seu conteúdo, sendo necessário ao inspetor a navegação

e exploração de todas as partes que compõem o website a fim de detectar os problemas de

navegação, mensagens, conteúdo, formulários, ferramentas e, através disto, documentar toda a

estrutura do website. A seguir a página Home conforme figura 6:

Page 29: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

29

Figura 6 - Home do website em estudo

Na Home é possível verificar conforme a figura 6 há a ausência na imediatez do foco do

website, ou seja, o detalhamento juntamente a logomarca no topo mostrando do que se trata

este portal se é para promoção, marketing, ponto de venda etc. Também nota-se uma área

muito grande destinada aos parceiros, deixando a desejar de conteúdo sobre a empresa em si

ao leitor justamente na home que é a página principal de um website. O banner se tornou o

principal informativo da missão global do website, porém, alguns usuários não possuem

tolerância para aguardar a passagem do banner pausadamente. As notícias, que é o conteúdo

atualizado do dia-a-dia da organização não possuí interação com usuários como atualmente,

em que a página “Blog” do website além de permitir a atualização constante de notícias ainda

permite interação com usuários onde os mesmos além de ver as notícias podem comentá-las e

Page 30: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

30

compartilhar as mesmas em redes sociais. E por fim, o rodapé com os direitos autorais

somente, onde poderia haver um menu de navegação com todas as páginas da empresa.

Quanto à tipografia: legibilidade e estética, o layout esta comprometido com as cores

utilizadas, pois causam cansaço aos olhos, por não possuírem contraste e proporção

adequados para proporcionar ao usuário clareza e harmonia na visualização.

A página possuí poucos elementos atrativos aos usuários para que os mesmos tenham

interesse em navegar no restante do website, isto ocorre devido a ausência interatividade

como: campo de busca no website, um clique no banner que o leve a maiores informações

sobre o assunto, elementos de mídia como vídeo de assuntos direcionados ao ensino,

atendimento on-line, redes sociais, filtro de busca de notícias por agrupamento em categorias

e tags e navegação de rodapé. A próxima página a ser analisada é a página empresa.

A página empresa expõe a história da organização, bem como sua visão missão e valores, e

um espaço para a localização da empresa. O conteúdo da missão, visão e valores estão bem

claros e concisos, mas a história necessita de uma revisão ou até reformulação. Segue na

figura 7 o layout da página empresa.

Page 31: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

31

Figura 7 – Página empresa

Outro elemento que há em alguns websites atualmente e poderia ser agregado aqui também na

página empresa é toda equipe da organização cada indivíduo com foto, descrição de perfil e

Page 32: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

32

contato. A próxima página a ser verificada é a página principal de Cursos que é o foco da

empresa, nela existem nove cursos os quais são lecionados, porém já existem mais dois novos

cursos que ainda não estão nesta página. Também nota-se uma área reservada novamente à

localização da empresa, abaixo conforme a figura 8 segue a página Cursos.

Figura 8 – Página curso

Ao clicar em algum dos cursos que existem na figura 8, o usuário é direcionado aos detalhes

do curso desejado e nesta página o leitor encontra um resumo referente ao que se trata o

curso, a carga horária e as disciplinas ministradas. A seguir na figura 9 a página do curso de

Assistente Administrativo.

Page 33: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

33

Figura 9 – Página detalhes do curso

Nesta página de detalhe do curso conforme figura 9, pode-se verificar que verdadeiramente o

foco são os cursos, pois ao lado direito possuí um menu de acesso rápido a todos eles, o que

favorece a navegação do usuário que esta a pesquisa de vários cursos. Já a página de serviços

que é a agregação de atividades que a empresa oferece aos seus clientes possuí apenas a

listagem de:

nossos serviços; e

vendas de.

Conhecendo a empresa e sabendo do potencial que nela existe nota-se a ausência de conteúdo

nesta página, a mesma necessita ser reformulada, encorpando mais este conteúdo existente e

reorganizando-o. Abaixo segue layout da página de serviços conforme figura 10.

Page 34: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

34

Figura 10 – Página serviços

A seguir a página Jogos, esta página tem como objetivo a atração de acessos de alunos e não

alunos no website bem como a permanência nele. Ela é a principal interação com usuários

existente neste portal, e possuí várias opções de jogos conforme a figura 11.

Page 35: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

35

Figura 11 – Página jogos

Page 36: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

36

Verificando o layout da página de jogos conforme a figura 11, a mesma poderia ser mais

explorada, com inserção de uma coluna lateral com acessos a outras áreas do website, e

aprofundando um pouco mais nesta exploração a mesma poderia fazer parte de um acesso

restrito somente a alunos com outras opções além de jogos como: promoções exclusivas,

dicas de estudos e profissões, oportunidades de estágios e empregos e etc. E para finalização a

página a ser examinada é a página Fale Conosco conforme figura 12.

Figura 12 – Página Fale Conosco

Constata-se na página Fale Conosco – figura 12 a presença do formulário de contato com a

organização e novamente uma área destinada à localização da empresa. Esta página também é

Page 37: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

37

muito importante para website, pois é por intermédio dela que os usuários podem se

comunicar com a empresa.

As sugestões estão centradas neste terceiro capítulo com avaliação da estrutura atual do

website, com objetivo de torná-lo um ponto facilitador na comunicação entre a Microline e

alunos correntes e alunos potenciais, contribuindo para melhorias no layout do website

tornando-o um portal atrativo, amigável proporcionando interatividade com usuários e

fortalecimento da marca na web. Para que a reestruturação seja realizada se faz necessário à

realização de um cronograma de atividades a serem realizadas até que o novo website fique

pronto, este cronograma e suas atividades serão realizados no próximo capítulo.

Page 38: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

38

4 PROPOSTA PARA NOVO WEBSITE

Neste capítulo será apresentada a proposta para novo website, com base no cronograma de

atividades. As etapas de execução do projeto prevista no cronograma têm como objetivo

utilizar as contribuições da usabilidade e ergonomia para o desenvolvimento de websites. Esta

metodologia tem como foco a promoção da imagem da organização na web como um ponto

facilitador de navegação, acessibilidade e permanência dos usuários.

4.1 Cronograma de atividades

O cronograma de atividades é o agendamento de tarefas a serem desenvolvidas em um

determinado tempo para efetivação de um projeto, sendo de fundamental importância para o

controle do projeto. Neste trabalho que ilustra a contribuição da usabilidade e da ergonomia

na construção de websites utilizou-se como referência um estudo do site de uma empresa, o

qual foi analisado no terceiro capítulo, para que neste cronograma sejam listadas as

contribuições para um novo website. O quadro 1 ilustra o cronograma em etapas de atividades

a serem efetuadas.

Cronograma de atividades para realização website

Etapas Atividade Outubro Novembro Dezembro

3ªs 4ªs 1ªs 2ªs 3ªs 4ªs 1ªs 2ªs

1 Conceituar, pesquisar e organizar

conteúdo

2 Definição das novas taxonomias

3

Diagramas e fluxogramas para

tratar da funcionalidade e

navegação

4 Tipografia: legibilidade e estética

5 Produção de imagens gráficas e

documentos HTML

6 Criação do protótipo para análise

7 Configuração no servidor final, e

avaliação novamente.

Quadro 1 – Cronograma de atividades

Page 39: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

39

4.1.1 Etapa 1 – Atividade: Conceituar, pesquisar e organizar conteúdo

O conteúdo existente para melhor visualização fora tabulado para melhor visão de todo que

foi aproveitado e reformulado conforme quadro 2 – Conteúdo.

Página Conteúdo Situação Critério

Home

Banner Mantido ok

Notícias Reformulado Destaque

Parceiros Reformulado Localização

Empresa

História Reformulada Forma

Visão Mantida ok

Missão Mantida ok

Valores Mantida ok

Localização Excluída Repetição

Cursos Todos Mantidos ok

Curso / Detalhe

Resumo Mantidos ok

Carga Horária Mantidos ok

Disciplinas Mantidos ok

Serviços

Assistência Técnica Reformulada Forma

Vendas Reformulada Forma

Contato/Localização Excluída Repetição

Jogos Todos Excluído Estratégia

Fale conosco Formulário de contato Mantido ok

Localização Mantido ok

Quadro 2 - Conteúdo

Conforme quadro 2 com a situação de cada conteúdo, a página home manteve o banner, as

notícias ganharam destaque com listagem das ultimas três com título de blog, já os parceiros

perderam espaço na home ficando somente a chamada da página no rodapé. Em pesquisa para

incremento da home acrescentaram-se os elementos: registre-se neste site, assine nosso rss,

campo de busca, chamadas para páginas de cursos, promoções, serviços, vídeo da semana,

atendimento on-line, redes sociais, filtro de busca de notícias por agrupamento em categorias

e tags e navegação de rodapé.

Page 40: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

40

Na página empresa somente o conteúdo da história foi reformulado para maior destaque na

página, sendo localização excluída e demais visão, missão e valores mantidos. Em verificação

para incremento da página da empresa o novo elemento “equipe” foi acrescentado, com foto,

descrição de perfil e nome de cada colaborador da empresa.

Já na página principal de Cursos todos foram mantidos, pois os mesmos estão todos sendo

lecionados, e acrescentaram-se mais dois que em pesquisa verificou-se a ausência dos

mesmos no website. Nas páginas com detalhes de cada curso com, descrição, carga horária e

disciplinas todos os conteúdos foram reaproveitados.

A página de serviços ganhou destaque com um resumo de forma geral do que a organização

realiza em: manutenção, vendas e suporte. E a assistência técnica foi agrupada por área de

atuação. E novamente a Localização foi excluída, para que a mesma fique somente na página

de contato.

Em verificação a página jogos foi excluída neste primeiro momento, para que em uma

segunda fase de incremento no website a mesma faça parte de uma área privada somente para

alunos.

E por fim a página fale conosco, mantém o formulário de contato e a localização. Com a

realização deste mapeamento e reformulação de conteúdo a etapa 2 complementa a etapa 1

com reformulação das taxonomias.

4.1.2 Etapa 2 – Definição das novas taxonomias

A estrutura de navegação de um website é sua principal forma de organizar o conteúdo de

cada página existente, bem como sua chamada que deve expressar todo conteúdo existente ali.

Se não for consistente e fácil de utilizar com conteúdo esperado em cada página o usuário

desiste por sua busca. Essa chamada das páginas para Amstel (2005 p.2) é “uma classificação

aplicada a um conjunto de páginas na Web, formando uma hierarquia que pode ser navegada

através de menus”, seguindo esta mesma linha de classificação organizada de fácil acesso é

que foi realizada a reestruturação das taxonomias existentes conforme quadro 3.

Page 41: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

41

Taxonomias

Existentes Reestruturação

Home Home

Empresa Sobre

Cursos Cursos

Serviços Serviços

Jogos Blog

Fale Conosco Contato

Quadro 3 – Reestruturação das taxonomias

Conforme quadro 3 somente foram reestruturadas as páginas Empresa para Sobre, Jogos para

Blog e Fale Conosco para Contato, as demais: Home, Cursos, e Serviços permaneceram pois

as mesmas retratam o conteúdo nela existente.

4.1.3 Etapa 3 – Diagramas e fluxogramas para tratar da funcionalidade e navegação

Com a reorganização das taxonomias, o menu esta composto, para visualização universal do

novo website, é necessário a realização do diagrama de arquitetura de informação que é

ilustrado conforme a figura 13, onde pode-se visualizar todas as páginas que farão parte

website, assim como o conteúdo que deve existir em cada uma delas.

Page 42: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

42

Figura 13 – Diagrama da arquitetura da informação

As páginas Home, Sobre, Serviços, Cursos, Blog e Contato fazem parte do menu superior

principal, já a página de parceiros onde os links irão para fora do website, está presente

somente no menu inferior juntamente com as outras páginas existentes e por fim a página

Registre-se neste site que também não está no menu principal superior irá situar-se na barra

do topo de website. A figura 14 ilustra o wireframe da página principal.

Page 43: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

43

Figura 14 – Wireframe da página principal

A ilustração da página home com possíveis elementos para forma-la realiza-se com intuito de

visualização de preenchimento da página, as outras principais páginas: sobre, serviços, cursos,

blog e contato também possuem wireframe que estão anexos a este trabalho.

Page 44: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

44

4.1.4 Etapa 4 – Tipografia: legibilidade e estética para realização do esboço das páginas

Quase todo conteúdo na web é texto e torná-lo atrativo de fácil visualização para que a leitura

seja fluída titula-se legibilidade e estética. A escolha da fonte é geralmente o principal

elemento a ser lembrado quando se fala em legibilidade na web, mas, existem outros

elementos que contribuem para legibilidade como: espaçamento e margem, contraste,

comprimento e alinhamento. A estética no projeto de interface web abrange o conforto visual

que permite a utilização das cores e da arte de acordo com contexto aplicado. Diante destes

elementos que facilitam aos usuários a compreensão do conteúdo na web é que se realiza a

proposta para o esboço das páginas.

Inicialmente a logomarca foi o principal elemento como base em cores, após vários detalhes

em bate-papo com cliente que citou: leveza, slaids na home, layout com formas arredondadas,

cores claras, logomarca no centro. Em estudo de todo contexto, chegou-se a seguinte

definição de fonte e cores:

Fonte do menu principal: Gnuolane Free, para diferenciar da fonte utilizada no

conteúdo do website.

Fonte do conteúdo: Helvetica Neue, Helvetica, Arial, sans-serif, que pelo modelo ser

sem serifa permite melhor visualização de textos no monitor.

A paleta de cores abaixo ilustra as quatro principais cores escolhidas para serem

utilizadas na construção do layout.

Figura 15 – Paleta de cores

Com definição de conteúdo, taxonomias, navegação, elementos que irão compor a página,

fontes e cores o esboço pode ser realizado. A figura 16 ilustra o esboço do layout que foi

aprovado para realização do html conforme etapa 5.

Page 45: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

45

Figura 16 - Esboço do layout

Page 46: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

46

No esboço aprovado comparado ao seu wireframe inicial apresentado na etapa 3, nota-se que

os elementos foram reorganizados e que suas chamadas também mudaram, isso ocorre devido

a harmonia e equilíbrio que deve existir na disposição dos elementos na web. As demais

páginas, sobre, serviços, cursos, blog e contato tem seu layout anexo a este trabalho.

4.1.5 Etapa 5 – Produção de imagens gráficas e documentos HTML

Com objetivo de transformar todo conteúdo e imagens do layout planejado em páginas html a

etapa 5 do projeto de construção de interface web é o momento em que o programador vincula

tudo o que foi esquematizado em formato de documentos html, ou seja, páginas que são

possíveis de visualização em um navegador de internet. Após, as páginas html, são

conduzidas a etapa 6 de criação do protótipo para análise.

4.1.6 Etapa 6 - Criação do protótipo para análise

Com as páginas html concluídas as funcionalidades são acionadas para que a interface possa

conduzir os usuários a navegar e realizar tarefas, o que torna o projeto nesta fase um

protótipo, assim, neste momento é possível a realização de análise ao modelo do website

proposto com utilização de um checklist de inspeção. As listas de verificação possuem

questões que devem ter como resposta “sim” ou “não”. Nestas questões, as respostas em não

conformidade devem ter sua justificativa. O quadro 4 ilustra o checklist.

Page 47: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

47

Checklist - Inspeção de interface website

Acessibilidade Avaliação Comentários

1. O tempo de carregamento do site é razoável sim

2. Contraste do texto/fundo é adequado sim

3. Tamanho da fonte / espaçamento é fácil de ler sim

4. Flash & plug-ins são usados com moderação sim

5. Imagens têm tags ALT apropriado sim

6. Site tem página personalizada - não encontrada/404 sim

Identidade

7. Logotipo da empresa é de forma destacada sim

8. Tagline(slogan descritivo) faz propósito empresa clara sim

9. Home-page é digerível em 5 segundos sim

10. Caminho claro para informações sobre a empresa sim

11. Caminho claro para informações de contato sim

Navegação

12. A principal navegação é facilmente identificável sim

13. Rótulos de navegação são claras e concisas sim

14. Número de botões / links é razoável sim

15. Logotipo da empresa está ligada à home-page sim

16. Ligações são consistentes e fáceis de identificar sim

17. Pesquisa no site é de fácil acesso sim

Conteúdo

18. Títulos principais são claros e descritivos sim

19. Conteúdo crítico está acima da "dobra" sim

20. Estilos e cores são consistentes sim

21. Ênfase (negrito, etc) é usado com moderação sim

22. Anúncios e pop-ups são discretos não Não se aplica

23. Página principal é concisa e explicativa sim

24. URLs são significativos e de fácil utilização sim

25. Títulos de páginas HTML são explicativas sim

Quadro 4 – Checklist de inspeção de interface para websites

Fonte: MEYERS (2009)

A ferramenta de avaliação de interface utilizada no protótipo evidencia as variáveis de

verificação de: acessibilidade, identidade, navegação e conteúdo relacionados aos

procedimentos de interação do usuário com website, que identificam o cumprimento para as

tarefas de interação. A questão 22 que possuí “não” como resposta e comentário de que “não

se aplica”, no protótipo em avaliação não possuí anúncios e pop-ups em sua estrutura.

Page 48: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

48

Com a realização da inspeção da interface via checklist é possível perceber como é de fácil

aplicação e entendimento a desenvolvedores não especialistas em avaliação ou interações,

além, das contribuições incorporadas pela integração da ferramenta no “modelo de construção

de interfaces para websites” que permite auxiliar na implementação de qualquer tipo de

website.

4.1.7 Etapa 7 - Configuração no servidor final, e avaliação novamente.

A configuração no servidor final é necessária para que o website se torne acessível para o

mundo. Avaliar o website novamente aplicando o checklist utilizado na etapa 6 é certificar-se

de que tudo esteja em conformidade para que seja possível o lançamento. A realização desta

etapa não foi aplicada no protótipo criado para a efetivação do “modelo de construção de

interfaces para websites ”, procedimento que será realizado após o término deste estudo.

Page 49: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

49

5 CONCLUSÕES

A realização deste trabalho pode ser tomada como um guia para construção de interfaces web,

que em conjunto com um checklist de análise, pode dar suporte efetivo a desenvolvedores de

websites. Neste contexto este capítulo apresenta a conclusão deste trabalho com as seguintes

etapas:

Contribuições teóricas;

Contribuições práticas;

Limitações do trabalho e

Sugestões para trabalhos futuros.

5.1 Contribuições teóricas

A realização teórica deste trabalho proporcionou um aprofundamento na revisão da literatura

sobre o tema em questão “como conceitos de usabilidade e ergonomia podem contribuir no

desenvolvimento de interfaces web”, onde foi possível entender como a construção e

avaliação de interfaces utilizando como base conceitos de ergonomia e usabilidade é relevante

no produto final. Nesse sentido o sistema de avaliação funciona como retroalimentação para o

desenvolvimento de interfaces.

5.2 Contribuições práticas

Do ponto de vista prático, o novo modelo web proposto neste trabalho contribuiu em um

melhoramento no layout, na disposição das notícias em formato de blog, na interação com

usuários que poderão comentar e discutir no blog, no cadastro de usuários no site que permite

a organização saber o perfil de seus assinantes, e que possibilitará efetividade no marketing

web, em forma de mailing aos assinantes. O que ilustra que a utilização de critérios

ergonômicos pode facilitar e melhorar o desenvolvimento de aplicações web.

Page 50: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

50

5.3 Limitações do trabalho

Na aplicação do modelo proposto, este trabalho se limitou a realizar um guia teórico prático

para a construção de interface web que focou a sua solução somente na análise da interface,

não se estendendo a outras áreas como programação. Outro fator limitante deste trabalho foi à

impossibilidade da aplicabilidade e acompanhamento dos primeiros acessos reais para

apresentação neste estudo.

5.4 Sugestões para trabalhos futuros

O website desenvolvido, proposto como solução de marketing web e para guarda das

informações dos perfis dos assinantes, pode ser ampliado com a disponibilização de seus

produtos em e-commerce; realização de uma área restrita a alunos com novidades em:

promoções exclusivas, dicas de estudos e profissões, oportunidades de estágios e empregos e

etc; E ainda pode ser realizados testes com usuários para comprovação da melhora da

interação.

Page 51: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

51

REFERÊNCIAS

AMSTEL, Frederick Van. Quanto mais simples o Wireframe, melhor. Usabilidoido, 2005.

Disponível em <http://usabilidoido.com.br/quanto_mais_simples_o_wireframe_melhor.html>

Acesso em: 17 mai. 2011.

AMSTEL, Frederick Van. Uma proposta semiótica para a avaliação de estruturas

de navegação. Usabilidoido, 2005. Disponível em

<http://usabilidoido.com.br/uma_proposta_semiotica_para_a_avaliacao_de_estruturas_de_na

vegacao.html> Acesso em: 02 nov. 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9241: Requisitos

Ergonômicos para Trabalho de Escritórios com Computadores: Parte 11 – Orientações sobre

Usabilidade. Rio de Janeiro, 2002.

CYBIS, Walter; BETIOL, Adriana Holtz; FAUST, Richard. Ergonomia e usabilidade:

conhecimento, métodos e aplicações. São Paulo: Novatec, 2007.

KRUG, Steve. Não me faça pensar!: uma abordagem do bom senso à usabilidade na WEB.

São Paulo: Alta Books, 2008.

MEMÓRIA, Felipe. Design para a internet: projetando a experiência perfeita. Rio de

Janeiro: Elsevier, 2006.

MEYERS, Dr. Peter J. 25 Pontos - Checklist de usabilidade site. User Effect 2009.

Disponível em: <http://www.usereffect.com/topic/25-point-website-usability-checklist>

Acesso em: 15 nov. 2011.

MULLET, K; SANO, D. Designing visual de interfaces: communication oriented

techniques, New Jersey, SunSoft Press, 1995.

NIEDERST, Jennifer; FREITAS, Rejane. Aprenda Web design. Rio de Janeiro: Ciência

Moderna, 2002.

NIELSEN, Jacob. Projetando Websites. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

PREECE, Jennifer; ROGERS, Yvonne; POSSAMAI, Viviane; SHARP, Helen. Design de

interação: além da interação homem-computador. Porto Alegre: Bookman, 2005.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágios de curso de Administração: guia

para pesquisas, projetos, estágios e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 1996.

SCHNEIDERMAN, B. (1998) Design the User Interface - 3rd Edition. Reading, Mass.:

Addison-Wesley.

SCHUHMACHER, Vera Niedersberg. Comunicação visual para web I: livro didático. 3 ed.

rev.Palhoça: UnisulVirtual, 2007.

Page 52: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

52

ANEXOS

Page 53: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

53

Anexo 1 - Wireframe da página Sobre

Page 54: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

54

Anexo 2 - Wireframe da página Serviços

Page 55: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

55

Anexo 3 - Wireframe da página Cursos

Page 56: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

56

Anexo 4 - Wireframe da página Blog

Page 57: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

57

Anexo 5- Wireframe da página Contato

Page 58: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

58

Anexo 6 - Wireframe da página Parceiros

Page 59: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

59

Anexo 7 – Layout da página Sobre

Page 60: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

60

Anexo 8 – Layout da página Serviços

Page 61: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

61

Anexo 9 – Layout da página Cursos

Page 62: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

62

Anexo 10 – Layout da página Detalhe do Curso

Page 63: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

63

Anexo 11 – Layout da página Blog

Page 64: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

64

Anexo 12 – Layout da página Contato

Page 65: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

65

Anexo 13 – Layout da página Parceiros

Page 66: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

66

APÊNDICE

Page 67: Um modelo teorico-pratico para a construcao de interfaces ... Pereira Gasparello... · organização em observação, parte do princípio da criação de um modelo que possa conduzir

67

Apêndice 1 – Checklist de avaliação website


Top Related