UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
CURSO
ADMIISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
Por
Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA
Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
RIO DE JAEIRO
2010
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
Trabalho realizado em cumprimento agraves exigecircncias da disciplina Monografia ndash Instituto ldquoA vez do Mestrerdquo como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Grau no Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo e Supervisatildeo Escolar pela aluna Judite Ribeiro Henriques
Professora Orientadora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
RIO DE JAEIRO
2010
AGRADECIMETOS
Ao meu marido Helio por estar sempre presente nos momentos em que mais necessitei o meu MUITO OBRIGADO na realizaccedilatildeo desta nova etapa
A Deus incentivo de toda minha caminhada me proporcionando PAZ e SAUacuteDE para continuar a trajetoacuteria
DEDICATOacuteRIA
Dedico esse trabalho aos autores que com sua
colaboraccedilatildeo possibilitaram a viabilizaccedilatildeo e
realizaccedilatildeo do mesmo
E principalmente aos alunos com necessidades
educacionais especiais pela luta e dedicaccedilatildeo em
conquistar o seu espaccedilo
EPIacuteGRAFE
A inclusatildeo escolar comeccedila na alma do professor contagia seus sonhos e amplia seus ideais A utopia pode ter muitos defeitos mas pelo menos uma virtude tem ela nos faz caminhar
Eugecircnio Cunha
RESUMO
Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto
geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees
de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de
maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido
da inclusatildeo
Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as
mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos
educacionais exigidos pela sociedade atual
E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os
desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve
constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus
professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo
METODOLOGIA
A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores
atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as
colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as
duacutevidas e aumentando os conhecimentos
Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo
especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)
STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a
inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a
participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho
SUMAacuteRIO
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17
CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49
ITRODUCcedilAtildeO
As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo
presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso
sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade
pois somos todos seres humanos e como tais iguais
Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se
expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou
feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com
nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por
diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada
um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz
diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades
Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila
pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a
sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e
direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )
Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os
acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a
obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos
A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com
certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode
contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o
principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe
multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente
Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda
a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da
Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto
da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional
educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no
quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo
educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por
inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo
I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO
Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)
A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus
familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade
Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e
significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade
para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia
O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir
algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo
com a luta das minorias na defesa dos seus direitos
A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido
propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e
assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de
paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se
adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de
pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e
do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo
opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos
aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou
negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem
ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
Trabalho realizado em cumprimento agraves exigecircncias da disciplina Monografia ndash Instituto ldquoA vez do Mestrerdquo como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Grau no Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo e Supervisatildeo Escolar pela aluna Judite Ribeiro Henriques
Professora Orientadora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
RIO DE JAEIRO
2010
AGRADECIMETOS
Ao meu marido Helio por estar sempre presente nos momentos em que mais necessitei o meu MUITO OBRIGADO na realizaccedilatildeo desta nova etapa
A Deus incentivo de toda minha caminhada me proporcionando PAZ e SAUacuteDE para continuar a trajetoacuteria
DEDICATOacuteRIA
Dedico esse trabalho aos autores que com sua
colaboraccedilatildeo possibilitaram a viabilizaccedilatildeo e
realizaccedilatildeo do mesmo
E principalmente aos alunos com necessidades
educacionais especiais pela luta e dedicaccedilatildeo em
conquistar o seu espaccedilo
EPIacuteGRAFE
A inclusatildeo escolar comeccedila na alma do professor contagia seus sonhos e amplia seus ideais A utopia pode ter muitos defeitos mas pelo menos uma virtude tem ela nos faz caminhar
Eugecircnio Cunha
RESUMO
Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto
geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees
de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de
maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido
da inclusatildeo
Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as
mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos
educacionais exigidos pela sociedade atual
E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os
desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve
constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus
professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo
METODOLOGIA
A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores
atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as
colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as
duacutevidas e aumentando os conhecimentos
Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo
especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)
STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a
inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a
participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho
SUMAacuteRIO
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17
CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49
ITRODUCcedilAtildeO
As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo
presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso
sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade
pois somos todos seres humanos e como tais iguais
Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se
expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou
feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com
nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por
diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada
um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz
diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades
Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila
pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a
sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e
direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )
Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os
acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a
obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos
A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com
certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode
contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o
principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe
multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente
Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda
a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da
Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto
da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional
educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no
quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo
educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por
inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo
I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO
Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)
A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus
familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade
Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e
significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade
para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia
O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir
algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo
com a luta das minorias na defesa dos seus direitos
A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido
propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e
assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de
paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se
adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de
pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e
do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo
opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos
aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou
negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem
ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
AGRADECIMETOS
Ao meu marido Helio por estar sempre presente nos momentos em que mais necessitei o meu MUITO OBRIGADO na realizaccedilatildeo desta nova etapa
A Deus incentivo de toda minha caminhada me proporcionando PAZ e SAUacuteDE para continuar a trajetoacuteria
DEDICATOacuteRIA
Dedico esse trabalho aos autores que com sua
colaboraccedilatildeo possibilitaram a viabilizaccedilatildeo e
realizaccedilatildeo do mesmo
E principalmente aos alunos com necessidades
educacionais especiais pela luta e dedicaccedilatildeo em
conquistar o seu espaccedilo
EPIacuteGRAFE
A inclusatildeo escolar comeccedila na alma do professor contagia seus sonhos e amplia seus ideais A utopia pode ter muitos defeitos mas pelo menos uma virtude tem ela nos faz caminhar
Eugecircnio Cunha
RESUMO
Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto
geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees
de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de
maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido
da inclusatildeo
Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as
mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos
educacionais exigidos pela sociedade atual
E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os
desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve
constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus
professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo
METODOLOGIA
A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores
atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as
colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as
duacutevidas e aumentando os conhecimentos
Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo
especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)
STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a
inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a
participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho
SUMAacuteRIO
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17
CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49
ITRODUCcedilAtildeO
As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo
presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso
sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade
pois somos todos seres humanos e como tais iguais
Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se
expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou
feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com
nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por
diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada
um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz
diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades
Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila
pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a
sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e
direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )
Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os
acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a
obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos
A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com
certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode
contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o
principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe
multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente
Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda
a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da
Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto
da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional
educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no
quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo
educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por
inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo
I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO
Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)
A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus
familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade
Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e
significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade
para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia
O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir
algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo
com a luta das minorias na defesa dos seus direitos
A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido
propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e
assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de
paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se
adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de
pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e
do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo
opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos
aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou
negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem
ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
DEDICATOacuteRIA
Dedico esse trabalho aos autores que com sua
colaboraccedilatildeo possibilitaram a viabilizaccedilatildeo e
realizaccedilatildeo do mesmo
E principalmente aos alunos com necessidades
educacionais especiais pela luta e dedicaccedilatildeo em
conquistar o seu espaccedilo
EPIacuteGRAFE
A inclusatildeo escolar comeccedila na alma do professor contagia seus sonhos e amplia seus ideais A utopia pode ter muitos defeitos mas pelo menos uma virtude tem ela nos faz caminhar
Eugecircnio Cunha
RESUMO
Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto
geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees
de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de
maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido
da inclusatildeo
Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as
mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos
educacionais exigidos pela sociedade atual
E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os
desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve
constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus
professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo
METODOLOGIA
A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores
atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as
colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as
duacutevidas e aumentando os conhecimentos
Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo
especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)
STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a
inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a
participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho
SUMAacuteRIO
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17
CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49
ITRODUCcedilAtildeO
As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo
presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso
sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade
pois somos todos seres humanos e como tais iguais
Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se
expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou
feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com
nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por
diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada
um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz
diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades
Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila
pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a
sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e
direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )
Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os
acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a
obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos
A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com
certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode
contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o
principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe
multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente
Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda
a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da
Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto
da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional
educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no
quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo
educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por
inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo
I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO
Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)
A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus
familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade
Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e
significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade
para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia
O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir
algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo
com a luta das minorias na defesa dos seus direitos
A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido
propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e
assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de
paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se
adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de
pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e
do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo
opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos
aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou
negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem
ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
EPIacuteGRAFE
A inclusatildeo escolar comeccedila na alma do professor contagia seus sonhos e amplia seus ideais A utopia pode ter muitos defeitos mas pelo menos uma virtude tem ela nos faz caminhar
Eugecircnio Cunha
RESUMO
Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto
geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees
de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de
maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido
da inclusatildeo
Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as
mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos
educacionais exigidos pela sociedade atual
E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os
desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve
constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus
professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo
METODOLOGIA
A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores
atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as
colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as
duacutevidas e aumentando os conhecimentos
Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo
especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)
STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a
inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a
participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho
SUMAacuteRIO
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17
CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49
ITRODUCcedilAtildeO
As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo
presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso
sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade
pois somos todos seres humanos e como tais iguais
Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se
expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou
feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com
nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por
diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada
um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz
diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades
Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila
pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a
sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e
direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )
Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os
acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a
obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos
A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com
certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode
contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o
principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe
multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente
Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda
a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da
Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto
da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional
educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no
quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo
educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por
inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo
I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO
Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)
A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus
familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade
Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e
significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade
para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia
O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir
algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo
com a luta das minorias na defesa dos seus direitos
A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido
propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e
assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de
paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se
adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de
pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e
do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo
opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos
aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou
negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem
ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
BIBLIOGRAFIA
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
RESUMO
Esta monografia reflete sobre a funccedilatildeo do profissional supervisor num contexto
geral e principalmente na questatildeo da inclusatildeo escolar onde atraveacutes das contribuiccedilotildees
de diversos autores tornou-se possiacutevel abrir as mentes daqueles que necessitam de
maiores esclarecimentos para repassar aos alunos esforccedilados e seus familiares o sentido
da inclusatildeo
Pretende-se tambeacutem demonstrar a viabilidade da inclusatildeo conforme as
mudanccedilas realizadas nas escolas visando sempre atender os novos modelos
educacionais exigidos pela sociedade atual
E com isso averiguar o que realmente acontece na sociedade inclusiva com os
desafios tanto dos alunos como de toda a comunidade escolar onde o supervisor deve
constantemente acompanhar o processo e auxiliar no trabalho de formaccedilatildeo de seus
professores tornando-os aptos a aceitar com dedicaccedilatildeo essa implementaccedilatildeo
METODOLOGIA
A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores
atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as
colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as
duacutevidas e aumentando os conhecimentos
Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo
especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)
STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a
inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a
participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho
SUMAacuteRIO
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17
CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49
ITRODUCcedilAtildeO
As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo
presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso
sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade
pois somos todos seres humanos e como tais iguais
Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se
expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou
feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com
nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por
diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada
um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz
diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades
Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila
pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a
sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e
direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )
Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os
acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a
obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos
A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com
certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode
contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o
principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe
multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente
Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda
a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da
Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto
da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional
educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no
quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo
educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por
inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo
I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO
Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)
A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus
familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade
Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e
significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade
para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia
O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir
algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo
com a luta das minorias na defesa dos seus direitos
A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido
propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e
assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de
paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se
adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de
pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e
do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo
opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos
aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou
negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem
ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm
PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
METODOLOGIA
A pesquisa bibliograacutefica neste estudo consistiu na consulta de diversos autores
atraveacutes de livros revistas e arquivos obtidos na internet a fim de reforccedilar comprovar as
colocaccedilotildees e dados levantados durante este trabalho monograacutefico esclarecendo as
duacutevidas e aumentando os conhecimentos
Afirmo que o estudo foi excelente no sentido de aprender com a participaccedilatildeo
especial de diversos autores FREIRE (1996) MANTOAN (2003) SANCHEZ (2004)
STAINBACK (2005) CUNHA (2006) entre outros Com textos tanto sobre a
inclusatildeo escolar como a participaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo e sobretudo a
participaccedilatildeo do supervisor escolar enfoque principal deste trabalho
SUMAacuteRIO
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17
CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49
ITRODUCcedilAtildeO
As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo
presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso
sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade
pois somos todos seres humanos e como tais iguais
Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se
expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou
feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com
nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por
diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada
um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz
diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades
Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila
pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a
sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e
direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )
Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os
acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a
obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos
A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com
certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode
contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o
principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe
multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente
Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda
a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da
Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto
da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional
educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no
quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo
educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por
inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo
I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO
Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)
A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus
familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade
Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e
significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade
para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia
O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir
algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo
com a luta das minorias na defesa dos seus direitos
A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido
propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e
assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de
paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se
adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de
pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e
do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo
opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos
aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou
negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem
ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
SUMAacuteRIO
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I ndash O DESAFIO QUE Eacute A INCLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II ndash SOCIEDADE INCLUSIVA 17
CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
FOLHA DE AVALIACcedilAtildeO 49
ITRODUCcedilAtildeO
As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo
presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso
sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade
pois somos todos seres humanos e como tais iguais
Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se
expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou
feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com
nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por
diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada
um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz
diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades
Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila
pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a
sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e
direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )
Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os
acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a
obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos
A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com
certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode
contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o
principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe
multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente
Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda
a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da
Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto
da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional
educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no
quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo
educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por
inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo
I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO
Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)
A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus
familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade
Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e
significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade
para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia
O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir
algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo
com a luta das minorias na defesa dos seus direitos
A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido
propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e
assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de
paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se
adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de
pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e
do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo
opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos
aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou
negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem
ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
ITRODUCcedilAtildeO
As diferenccedilas culturais sociais eacutetnicas e religiosas jaacute faz algum tempo que estatildeo
presentes na nossa escola e com isso faz-se necessaacuteria uma transformaccedilatildeo em nosso
sistema educacional Todos noacutes temos o mesmo direito de ser diferentes na igualdade
pois somos todos seres humanos e como tais iguais
Contudo nunca antes se valorizou tanto o direito natural de cada um de noacutes se
expressar conforme suas proacuteprias caracteriacutesticas individuais O fato de ser bonito ou
feio magro ou gordo inteligente ou nem tanto ter duas matildeos ou natildeo poder andar com
nossas proacuteprias pernas ou com ajuda nossa audiccedilatildeo aqueacutem do esperado e assim por
diante nada disso nos faz diferentes continuamos iguais A diferenccedila estaacute em que cada
um de noacutes pode elevar a sua mais alta potecircncia suas particularidades O que nos faz
diferentes eacute se conseguimos ou natildeo sobressair ao explorar nossas particularidades
Este eacute o lado positivo da diferenccedila Poreacutem assim como a igualdade a diferenccedila
pode nos ajudar ou prejudicar Por isso temos o mesmo direito a sermos iguais e a
sermos diferentes ldquoTemos direito de ser iguais quando a diferenccedila natildeo inferioriza e
direito de ser diferentes quando a igualdade nos descaracterizardquo (Santos 2005 p2 )
Diante dessa realidade a escola natildeo pode mais continuar ignorando os
acontecimentos ela eacute um espelho da sociedade e se a sociedade muda ela tem a
obrigaccedilatildeo de mudar tambeacutem Se a sociedade somos todos a escola eacute para todos
A escola inclusiva deve ser aberta eficiente democraacutetica solidaacuteria e com
certeza sua praacutetica traz vaacuterios benefiacutecios E o profissional supervisor deve e pode
contribuir muito para essa organizaccedilatildeo da escola e do corpo docente visto que o
principal suporte estaacute centrado na filosofia da escola na existecircncia de uma equipe
multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente
Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda
a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da
Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto
da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional
educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no
quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo
educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por
inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo
I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO
Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)
A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus
familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade
Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e
significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade
para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia
O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir
algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo
com a luta das minorias na defesa dos seus direitos
A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido
propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e
assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de
paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se
adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de
pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e
do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo
opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos
aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou
negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem
ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
Segue aqui este trabalho concluiacutedo em quatro capiacutetulos onde o primeiro aborda
a questatildeo da inclusatildeo como um desafio no segundo capiacutetulo - A Integraccedilatildeo da
Sociedade Inclusiva - apresenta-se como eacute o trabalho de integrar esse aluno no contexto
da educaccedilatildeo para todos diante do preconceito e da pouca preparaccedilatildeo do profissional
educador no terceiro capiacutetulo o que eacute ser um Supervisor Escolar e finalmente no
quarto capiacutetulo o trabalho de dedicaccedilatildeo por parte de todos os profissionais da instituiccedilatildeo
educacional onde nota-se a necessidade de que toda a comunidade escolar esteja por
inteiro no envolvimento desse processo que eacute a inclusatildeo
I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO
Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)
A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus
familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade
Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e
significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade
para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia
O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir
algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo
com a luta das minorias na defesa dos seus direitos
A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido
propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e
assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de
paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se
adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de
pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e
do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo
opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos
aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou
negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem
ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO
Traccedilar um plano de inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo educacional Janilceacutelia de Faacutetima Nves (Diretora de escola da Rede Municipal de Ensino - SP)
A inclusatildeo eacute um movimento mundial de luta das pessoas com deficiecircncias e seus
familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade
Mas o que eacute de fato a inclusatildeo O que leva as pessoas a terem entendimentos e
significados tatildeo diferentes O adjetivo rdquoinclusivo eacute usado quando se busca qualidade
para todas as pessoas com ou sem deficiecircncia
O termo inclusatildeo jaacute traacutes impliacutecito a ideacuteia de exclusatildeo pois soacute eacute possiacutevel incluir
algueacutem que jaacute foi excluiacutedo A inclusatildeo estaacute respaldada na dialeacutetica inclusatildeo exclusatildeo
com a luta das minorias na defesa dos seus direitos
A discussatildeo sobre a inclusatildeo no ambiente escolar tem recentemente exigido
propostas poliacutetico pedagoacutegicas inovadoras que estimulem as diferenccedilas individuais e
assegurem oportunidades iguais aos alunos Sobretudo a resistecircncia agrave mudanccedila de
paradigma tem levado essa ambiecircncia a selecionar uma parcela da populaccedilatildeo que se
adapte bem agraves demandas que esse modelo educacional determina Somos milhotildees de
pessoas diferentes entre si na cor da pele e dos cabelos no formato dos olhos da boca e
do nariz Diferentes quanto agrave cultura de origem a classe social profissatildeo religiatildeo
opiniatildeo poliacutetica e ideoloacutegica e na forma de falar Somos cariocas paulistas baianos
aacuterabes judeus africanos portugueses espanhoacuteis japoneses iacutendios brancos mulatos ou
negroshellip Essa diversidade frequumlentemente provoca discriminaccedilatildeo Aquelas que fogem
ao padratildeo ideologicamente dominante satildeo consideradas inferiores Por exemplo uma
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
forma comum de discriminar estaacute na classificaccedilatildeo de traccedilos ouve-se muitas vezes que
existe o ldquocabelo bomrdquo que eacute o liso e o ldquocabelo ruimrdquo o cabelo crespo
Eacute possiacutevel considerar a diversidade cultural eacutetnica econocircmica e social sem
anular a possibilidade de formarmos uma naccedilatildeo firmando nossa diversidade cultural
como traccedilo fundamental de nossa identidade nacional e ao mesmo tempo procurando
compreender as causas da desigualdade social existente no Brasil desigualdade de
acesso agrave alimentaccedilatildeo agrave sauacutede agrave habitaccedilatildeo ao trabalho ao lazer e agrave educaccedilatildeo Os
sistemas educacionais muitas vezes favorecem e estimulam a discriminaccedilatildeo e a
exclusatildeo social Quando o Estado em nome da autonomia e da diversidade oferece um
ensino cada vez mais pobre com um curriacuteculo miacutenimo ldquocontextualizadordquo agrave ausecircncia de
informaccedilotildees agrave carecircncia de recursos econocircmicos e financeiros e tambeacutem de recursos
culturais os setores dirigentes estatildeo na verdade reforccedilando as desigualdades sociais
Tais poliacuteticas contribuem para que a exclusatildeo social e econocircmica se mantenha e se
aprofunde porque aos alunos natildeo eacute oferecida outra expectativa de futuro que natildeo seja
aquela que ele jaacute conhece
A exclusatildeo social das novas geraccedilotildees se reproduz quando o sistema educacional
oferece
bull Tempos reduzidos de educaccedilatildeo escolar para os alunos
principalmente para aqueles que se encontram em situaccedilotildees sociais precaacuterias e
que soacute dependem da escola para aprender o que a sociedade estaacute cada vez mais a
exigir para que possam vir a ser participar e intervir
bull Escolas em condiccedilotildees materiais inadequadas sujas sem
ventilaccedilatildeo mal conservadas com carteiras estragadas ou desajustadas aos
alunos que as utilizam
bull Escolas mal organizadas muitas vezes atendendo a alunos da
educaccedilatildeo infantil ao ensino meacutedio com uma estrutura organizacional vertical e
autoritaacuteria e com professores de diferentes regimes de trabalho sem
possibilidade de se reunir situaccedilotildees que inviabilizam a construccedilatildeo de uma
equipe docente atuante e responsaacutevel
bull Escolas onde atuam professores sem oportunidades de uma
formaccedilatildeo profissional contiacutenua em serviccedilo ou oferecida por instituiccedilotildees de
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
caraacuteter educacional eou cultural profissionais mal pagos sem possibilidade de
acesso aos bens culturais produzidos pela sociedade e que induzidos pelo
discurso dominante discriminatoacuterio e excludente consideram a crianccedila pobre
como uma crianccedila portadora de uma deficiecircncia congecircnita
bull Escolas onde a evasatildeo escolar eacute entendida como uma resposta agrave
necessidade de trabalho das crianccedilas e dos jovens reforccedilando a iniquumlidade do
uso de crianccedilas e de jovens em tarefas muitas vezes degradantes ou como uma
consequumlecircncia da pobreza do descaso da cor da pele da ignoracircncia dos pais ou
da ldquodesestruturaccedilatildeo familiarrdquo
bull Escolas onde a avaliaccedilatildeo do desempenho dasas alunosas eacute feita a
partir de um julgamento preacutevio que exclui com uma afericcedilatildeo do que eles natildeo
sabem numa sequumlecircncia de procedimentos estanques e desarticulados que natildeo
facultam agregar ao fazer docente nova reflexatildeo e accedilotildees e natildeo considera o
processo em que o conhecimento se constroacutei
bull Escolas que natildeo proporcionam uma formaccedilatildeo profissional
competente aoa professora onde o poder puacuteblico compromete o papel que a
escola e a educaccedilatildeo devem desempenhar na construccedilatildeo de uma naccedilatildeo digna
formada por cidadatildeos capazes de se organizarem na luta por uma escola
verdadeiramente democraacutetica
E a escola tem papel importantiacutessimo para a afirmaccedilatildeo do Brasil como uma
naccedilatildeo Para isso a Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional Lei Darcy Ribeiro
estabelece que em seu artigo 26 a existecircncia de um curriacuteculo nacional comum O fato
de existir um curriacuteculo nacional comum com referecircncias claras sobre o que eacute
fundamental ensinar e aprender nas diversas aacutereas do conhecimento significa que deve
haver paracircmetros para o que eacute oferecido em todas as escolas estejam no campo ou nas
cidades no litoral ou no interior de norte a sul do paiacutes Natildeo significa que todos os
professores devam ensinar da mesma forma em todos os cantos do paiacutes em todas as
escolas em todas as turmas a todos os alunos
Conforme nos assegura Stainback (20042005 p 20-24 ) ldquoum dos motivos da
escola natildeo efetuar com ecircxito o processo de inclusatildeo ocorre pelo fato da padronizaccedilatildeo
dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
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- EPIacuteGRAFE
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- RESUMO
- METODOLOGIA
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- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
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- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
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- WEBGRAFIA
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- IacuteNDICE
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- CONCLUSAtildeO39
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- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
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- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
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- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
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- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
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- Em 26022010
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- Avaliado por________________________________________
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dos programas de ensino da avaliaccedilatildeo e dos meacutetodos educacionais que segundo ela
ignoram a diversidade soacutecio- cultural dos alunosrdquo
Significa que os professores detecircm um eixo para gerenciar seu trabalho de
ensino-aprendizagem introduzindo e ajustando procedimentos buscando metodologias
que respondam agraves demandas culturais diferenciadas e aos conhecimentos preacutevios de
cada grupo de alunos
Mantoan (2003 p 63) salienta que existe ensino de qualidade quando as accedilotildees
educativas se pautam na solidariedade na colaboraccedilatildeo no compartilhamento do
processo educativo com todos os que estatildeo direta ou indiretamente nele envolvidos
Uma das necessidades que a escola regular atraveacutes de seus profissionais precisa
resolver se realmente valoriza e desenvolve a inclusatildeo de fato Haacute de se pensar que o
processo de inclusatildeo em alguns casos eacute abortado devido o fato do desconhecimento
em outros de praacuteticas revestidas de seleccedilatildeo e exclusatildeo que passam despercebidas no
tempo e no espaccedilo
ldquoQuando vivemos a autenticidade exigida pela praacutetica de ensinar-aprender participamos de uma experiecircncia total diretiva poliacutetica ideoloacutegica gnosioloacutegica pedagoacutegica esteacutetica e eacutetica em que a boniteza deve achar-se de matildeos dadas com a dececircncia e com a seriedade ldquo
(FREIRE 1996 p 26)
Portanto eacute preciso pensar que qualquer iniciativa de promover a inclusatildeo escolar
precisa estar embasada em soacutelido conhecimento teoacuterico e praacutetico Traccedilar um plano de
inclusatildeo eacute algo que precisa ser pensado e planejado bem como desenvolver poliacuteticas
claras de que demanda um processo complexo e sobretudo fundamental no espaccedilo
educacional
Eacute preciso repensar a estrutura educacional que trabalha numa perspectiva de
inclusatildeo Pois um trabalho inclusivo exige que o processo educacional ignore a
reproduccedilatildeo de culturas e conhecimentos que se encontram incompatiacuteveis com a
realidade soacutecio-cultural da atualidade Afirmar que uma escola eacute inclusiva porque nela
estuda uma crianccedila com deficiecircncia outorga uma ideacuteia esvaziada de conhecimento do
processo de inclusatildeo
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
Observa-se com frequumlecircncia a dificuldade dos professores a partir de suas falas
carregadas de preconceitos e estigmas frustraccedilotildees e medo natildeo sou capaz disso natildeo
sei por onde comeccedilar eacute preciso ter uma equipe teacutecnica na escola a direccedilatildeo natildeo
entende vai prejudicar os outros alunos natildeo vou beneficiar o aluno com
deficiecircncia a crianccedila com deficiecircncia sofre rejeiccedilatildeo dos outros alunos preciso de
assessoramento em sala de aula tanto para os com deficiecircncia quanto para os de altas
habilidades ficamos angustiados e sem accedilatildeo frente a esse aluno precisamos de
pessoal qualificado que nos ajude a amenizar a anguacutestia que temos ao trabalhar com
eles o professor encontra-se perdido quanto agrave inclusatildeo alunos e professores
despreparados para aceitaacute-los imposto pelo MEC as escolas tem que recebecirc-los
qual as metodologias mais raacutepidas eficientes e adequadas ao nosso aluno
necessitamos treinamento especiacutefico natildeo somos preparados para atuar em todas as
aacutereas como alfabetizar o deficiente como realizar prova diferente para o aluno
especial que atitude tomar com a crianccedila hiperativa se os outros alunos natildeo aceitam
o diferente o professor encontra-se perdido diante o aluno portador de necessidades
especiais como trabalhar esse aluno na parte psicoloacutegica os professores satildeo
despreparados para atender melhor o aluno especial
Segundo Figueira (1995)
palavras satildeo expressotildees verbais de imagens construiacutedas pela mente Agraves vezes o uso de certos termos muito difundido e aparentemente inocentes reforccedila preconceitos Aleacutem dessas falas temos observado o medo da mudanccedila com a certeza do fracasso e medo da diferenccedila onde se sentem ameaccedilados os que provocam afastamento o estigma e consequumlentemente o preconceito O professor desconhece quem eacute este sujeito suas possibilidades seu desejos suas dificuldades e limitaccedilotildees (P 21)
Fica evidente o desafio que a escola tem a enfrentar para poder ensinar com
igualdade a todos os alunos nas suas diferenccedilas individuais
A escola tem um papel fundamental para uma mudanccedila decisiva do ponto de
vista da inclusatildeo irrestrita Portanto para isso se efetivar de fato eacute necessaacuterio que seus
profissionais se reconheccedilam como agentes capazes de mudar a realidade da praacutetica
pedagoacutegica repetitiva do curriacuteculo mecacircnico e desinteressante da avaliaccedilatildeo
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
classificatoacuteria e excludente e da construccedilatildeo do projeto poliacutetico pedagoacutegico fora da
realidade da escola
Haacute tambeacutem que se lembrar que todos os alunos vecircm com conhecimentos de
realidade que natildeo pode ser desconsiderado pois faz parte de sua histoacuteria de vida
exigindo uma forma diferenciada no sistema de aprendizagem
Mas temos que pensar que para que a inclusatildeo se efetue natildeo basta estar
garantido na legislaccedilatildeo mas demanda modificaccedilotildees profundas e importantes no sistema
de ensino Essas mudanccedilas deveratildeo levar em conta o contexto soacutecioeconocircmico aleacutem de
serem gradativos planejadas e contiacutenuas para garantir uma educaccedilatildeo de oacutetima
qualidade (Bueno 1998)
Portanto a inclusatildeo depende de mudanccedila de valores da sociedade e a vivecircncia de
um novo paradigma que natildeo se faz com simples recomendaccedilotildees teacutecnicas como se
fossem receitas de bolo mas com reflexotildees dos professores direccedilotildees pais alunos e
comunidade Contudo essa questatildeo natildeo eacute tatildeo simples pois devemos levar em conta as
diferenccedilas Como colocar no mesmo espaccedilo demandas tatildeo diferentes e especiacuteficas se
muitas vezes nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma
adequada jaacute que laacute tambeacutem temos demandas diferentes
Kunc (1992) fala sobre inclusatildeo o principio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundo
Devemos como membros responsaacuteveis pelo bom andamento de uma unidade
escolar respeitar a capacidade de aprender de cada educando a promoccedilatildeo da
aprendizagem como centro das atividades escolares a elaboraccedilatildeo coletiva e
participativa do projeto poliacutetico pedagoacutegico a garantia de atendimento educacional
especializado preferiacutevel a valorizaccedilatildeo e atualizaccedilatildeo dos profissionais da educaccedilatildeo a
elaboraccedilatildeo de um curriacuteculo escolar dinacircmico e atraente que favoreccedila a interaccedilatildeo do
aluno com a realidade soacutecio-cultural atual
Temos que diferenciar a integraccedilatildeo da inclusatildeo na qual na primeira tudo
depende do aluno e ele eacute que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
ao passo que na inclusatildeo o social deveraacute modificar-se e preparar-se para receber o
aluno com deficiecircncia
A inclusatildeo tambeacutem passa por mudanccedilas na constituiccedilatildeo psiacutequica do homem
para o entendimento do que eacute a diversidade humana Tambeacutem eacute necessaacuterio considerar a
forma como nossa sociedade estaacute organizada onde o acesso aos serviccedilos eacute sempre
dificultado pelos mais variados motivos
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE o que
podem descobrir cria desenvolvendo seus talentos As relaccedilotildees entre alunos e
professores natildeo satildeo desprovidas de afetividadeA escola inclusiva aberta a todos que
desejam aprender certamente parece uma utopia Mas muito pelo contraacuterio os alunos
com que trabalhamos natildeo satildeo crianccedilas perfeitas ndash satildeo seres humanos singulares Assim
eacute tambeacutem a instituiccedilatildeo simplesmente uma escola de verdade que natildeo estaacute presa a
modelos criados por quem natildeo aceita a diversidade A atual tentativa de ensinar
somente alunos perfeitos eacute que eacute utoacutepica extremamente distante da realidadeOs
professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute
necessaacuterio que tenham uma rigorosa preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na
praacutetica dividindo experiecircncias muitas vezes eacute mais valioso
ldquoA sociedade deve portanto superar os paradigmas da mera afirmaccedilatildeo da igualdade de todos perante a lei [] e agir efetivamente para [] a igualdade substancial de participaccedilatildeo poliacutetica econocircmica e profissional [] estamos superando o vieacutes assistencialista e caridosamente excludente para possibilitar-lhes [agraves minorias] a inclusatildeo efetiva Fonseca (2005 p 2)
Jamais haveraacute inclusatildeo se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os
deficientes poderatildeo ser incluiacutedos Eacute preciso que as pessoas falem por si mesmas pois
sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadatildeo
Mas natildeo basta ouvi-los eacute necessaacuterio propor e desenvolver accedilotildees que venham modificar
e orientar as formas de se pensar na proacutepria inclusatildeo
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
II- SOCIEDADE ICLUSIVA
Ao se expor aqui sobre o tema Sociedade Inclusiva aborda-se um aspecto de
profunda polecircmica natildeo soacute na sociedade como um todo mas principalmente no
ambiente escolar E falando-se do objetivo da inclusatildeo escolar podemos dizer que o
princiacutepio fundamental eacute inserir o aluno considerado como excluiacutedo no contexto de uma
escola regular desde o iniacutecio da sua aprendizagem
Essa inclusatildeo resulta na mudanccedila da estrutura educacional vigente visto que
tem o alvo de atender natildeo soacute os alunos com problemas psicoloacutegicos ( percepccedilatildeo
atenccedilatildeo memoacuteria etc) mas tambeacutem os que apresentam problemas sociais ( famiacutelia
pobrezaetc) com a finalidade de resultados positivos na educaccedilatildeo sem distinccedilatildeo
Na educaccedilatildeo brasileira as metas de inclusatildeo estatildeo insertas no PDE em
consonacircncia com as Poliacuteticas Puacuteblicas a serem adotas para o setor educacional Eacute
necessaacuterio que haja modificaccedilatildeo nos sistemas de ensino ateacute agora adotados no que
tange agrave divisatildeo entre ensino especial e ensino regular Persistindo a divisatildeo natildeo haacute
inclusatildeo e sim exclusatildeo
ldquoEscolas regulares satildeo os meios mais capazes para combater atitudes discriminatoacuterias criando comunidades abertas e solidaacuterias Construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educaccedilatildeo para todos para aleacutem disso proporcionar uma educaccedilatildeo adequada agrave maioria das crianccedilas e promover a eficiecircncia numa relaccedilatildeo custo-qualidade de todo sistema educativordquo (UNESCO 1994 p2)
Adicione-se ainda a informaccedilatildeo de que haacute alunos que necessitam de assistecircncia e
apoio educacional durante parte de sua educaccedilatildeo escolar ou por toda ela Essa
necessidade resulta tanto de problemas fiacutesicos como de situaccedilotildees sociais desfavoraacuteveis
Conforme trabalho intitulado ldquoFuncionalidade da Relaccedilatildeo entre Habilidades
Sociais e Dificuldades de Aprendizagemrdquo de Renata Cristina Moreno Molina e Zilda
Aparecida Pereira Del Prette (Psico-UFSCar2006 p53) sabe-se que ateacute a deacutecada de
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
70 a ecircnfase do fracasso escolar era atribuiacuteda a fatores extra-escolares caracterizando
basicamente o aluno em relaccedilatildeo agrave sua famiacutelia Poreacutem a partir dos anos 70 mudou-se o
foco do fracasso escolar para a esfera bioloacutegica
Segundo Sanchez (2004) haacute autores que diferenciam alunos que fracassam
devido a causas extriacutensecas (ensino inadequado baixa motivaccedilatildeo e fatores econocircmicos)
dos que tecircm dificuldades de aprendizagem originadas por fatores intriacutensecos
(discrepacircncias significativas no desenvolvimento dos processos psicoloacutegicos
(percepccedilatildeo atenccedilatildeo e memoacuteria)
Entretanto haacute de se considerar que de acordo com a Constituiccedilatildeo de 88 para a
inclusatildeo se efetivar torna-se necessaacuteria a construccedilatildeo de uma sociedade livre justa e
solidaacuteria garantir o desenvolvimento nacional erradicar a pobreza e a marginalizaccedilatildeo
reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos sem
preconceitos de origem raccedila sexo cor idade e quaisquer outras formas de
discriminaccedilatildeo
A visatildeo fragmentada do ensino tambeacutem intensificou a oposiccedilatildeo entre educaccedilatildeo
regular e educaccedilatildeo especial Contrariando a concepccedilatildeo sistecircmica da transversalidade da
educaccedilatildeo especial nos diferentes niacuteveis etapas e modalidades de ensino a educaccedilatildeo natildeo
se estruturou na perspectiva da inclusatildeo e do atendimento agraves necessidades educacionais
especiais limitando o cumprimento do princiacutepio constitucional que prevecirc a igualdade
de condiccedilotildees para o acesso e a permanecircncia na escola e a continuidade nos niacuteveis mais
elevados do ensino ( PDE RazotildeesPrinciacutepios e Programa MEC p9)
Assim diz Claudia Werneck (2008) sobre inclusatildeo
ldquoO conceito de inclusatildeo nos ensina natildeo a tolerar respeitar ou entender a deficiecircncia mas sim a legitimaacute-la como condiccedilatildeo inerente ao lsquoconjunto humanidadersquo Uma sociedade inclusiva eacute aquela capaz de contemplar sempre todas as condiccedilotildees humanas encontrando meios para que cada cidadatildeo do mais privilegiado ao mais comprometido exerccedila o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comumrdquo(p1)
De acordo com a obra ldquoCaminhos para a Inclusatildeordquo Joseacute Pacheco Artmed
Editora 2007 podemos considerar os elementos citados a seguir como itens essenciais
agrave Educaccedilatildeo Inclusiva avaliando assim a especifica necessidade de cada um dentro do
contexto de uma instituiccedilatildeo
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
Preparaccedilatildeo das escolas nas partes pedagoacutegica e administrativa
Haacute necessidade de envolvimento natildeo apenas da parte pedagoacutegica mas tambeacutem
do serviccedilo de apoio para receber o aluno com necessidades especiais Trabalhar em
equipe com a colaboraccedilatildeo de funcionaacuterios incluindo-se nessas equipes o Diretor a
Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica a Supervisatildeo Escolar e outros com conhecimento e
habilidades relevantes no processo educativo para inclusatildeo natildeo omitindo-se desse
processo a colaboraccedilatildeo indispensaacutevel dos pais
Os pais precisam sentir-se como parte integrante no planejamento do processo
educacional dos alunos Eacute tatildeo essencial a colaboraccedilatildeo dos pais visto que se daacute aiacute ecircnfase
a um certo coacutedigo de igualdade e comunicaccedilatildeo entre o lar e a escola Essa comunicaccedilatildeo
eacute ainda essencial para uma educaccedilatildeo escolar progressista
O ensino em equipe eacute uma estrateacutegia central nas classes inclusivas Soacute haacute
inclusatildeo quando educadores e comunidade estiverem envolvidos e realmente
comprometidos com a educaccedilatildeo
Como diz Onofre(2008)
ldquoOs efeitos positivos da praacutetica da educaccedilatildeo inclusiva podem ser percebidos quando educadores familiares e toda a comunidade estiverem convencidos de que o objetivo da educaccedilatildeo inclusiva eacute garantir que todos os educandos com ou sem deficiecircncia participem ativamente das atividades propostas pela escola e na comunidaderdquo (p2)
Preparaccedilatildeo de professores para atender as necessidades de determinados alunos
Se faz de grande importacircncia a preparaccedilatildeo de professores para atender as
necessidades de determinados alunos Eles precisam adquirir conhecimentos e
habilidades suficientes por meio de treinamento interno na escola e de instituiccedilotildees de
aconselhamento e especialistas O treinamento interno na escola deve acontecer atraveacutes
da experiecircncia reflexatildeo compartilhamento e resoluccedilatildeo de problemas diaacuterios Quando
necessaacuteria a especializaccedilatildeo externa deve ser feita com consultas a especialistas
buscando esclarecimentos sobre condiccedilotildees processos e planos estruturais
Ainda de acordo com a LDB1996 e o PDE torna-se necessaacuterio que o sistema
de ensino promova a capacitaccedilatildeo dos professores no sentido de acompanhar e integrar
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
os alunos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino sem
preconceitos ou discriminaccedilatildeo
Aleacutem disso os professores necessitam de apoio e compreensatildeo elementos
indispensaacuteveis na evoluccedilatildeo das habilidades
Avaliaccedilatildeo e Preparaccedilatildeo
Ainda dentro das pesquisas no sentido da inclusatildeo podemos citar o item
Avaliaccedilatildeo Essa Avaliaccedilatildeo tem como meta principal uma reflexatildeo com o objetivo de
melhorar as praacuteticas educativas inclusivas Torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo dos
alunos nesse processo de reflexatildeo A Avaliaccedilatildeo contribui para a constante atualizaccedilatildeo
de modelos educacionais inclusivos Havendo uma verificaccedilatildeo constante de como anda
esse processo
Esta Avaliaccedilatildeo pode ter caraacuteter interno (na abordagem quanto ao trabalho de
professores e evoluccedilatildeo na aprendizagem dos alunos) e externo ( na interaccedilatildeo com outras
escolas)
Curriacuteculos de escolas inclusivas ndash caracterizaccedilatildeo
Os curriacuteculos das escolas inclusivas devem incorporar conteuacutedos que promovam
o desenvolvimento de habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Devem
promover atividades comuns a todos os alunos em sala de aula Eles satildeo de primordial
importacircncia visto que representam estrutura para os professores para os serviccedilos de
apoio e para as famiacutelias Os professores os serviccedilos de apoio e as famiacutelias necessitam
do curriacuteculo como forma conjunta no planejamento do processo educacional dos alunos
O curriacuteculo escolar eacute uma declaraccedilatildeo da poliacutetica da escola e descreve as
circunstacircncias necessaacuterias para atingir os objetivos traccedilados Eacute um documento escrito
destinado a dar orientaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo dos alunos Eacute ajustado de vaacuterios modos para
atender suas necessidades Eacute importante que as escolas criem uma poliacutetica global de
inclusatildeo e descrevam essa poliacutetica em seu curriacuteculo escolar
Naturalmente eacute sempre necessaacuterio o ajuste do curriacuteculo a fim de atender as
necessidades individualizadas dos alunos O material de estudo deixa de ser o fator
principal no processo educacional Ele se torna uma parte de um contexto que leva tanto
ao crescimento acadecircmico como pessoal
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
Como nos diz Ana Patricia Gadelha da Costa Silva
ldquoCurriacuteculos devem ser reformulados para atender a heterogeneidade respeitando e valorizando assim as capacidades as habilidades As ruas devem ter sinaleiras que avisem ao deficiente fiacutesico que ele pode passar Os shoppings cinemas preacutedios devem ter rampas para assim facilitar o acesso os livros em braile devem ser vendidos com baixo custo para que o deficiente visual possa ter acesso agrave leitura Enfim Sociedade Inclusiva natildeo eacute utopia Eacute realidade no mundo Precisamos entender e aceitar o outro na sua diversidade para que os proacuteximos seacuteculos natildeo sejam tatildeo discriminatoacuterios como os anterioresrdquo(p1)
Ambiente e organizaccedilatildeo em sala de aula
O ambiente e a organizaccedilatildeo em sala de aula com a finalidade de incluir o aluno
no contexto tambeacutem eacute um item importante no processo de Inclusatildeo Escolar Pois entra a
questatildeo do bem estar do sentir-se adequada as suas necessidades
Sobre esta questatildeo assim se pronuncia Joseacute Pacheco em seu livro Caminhos para
a Inclusatildeo
ldquo A participaccedilatildeo de todos os alunos na comunidade da sala de aula eacute vista como sendo de alta importacircncia Para evitar uma atitude passiva e falta de iniciativa de alguns alunos em interaccedilotildees sociais os professores devem tomar medidas baseadas na construccedilatildeo de planos formais para melhorar o crescimento social positivo de cada alunordquo (p44)
Esclareccedila-se a importacircncia de que a praacutetica inclusiva na sala de aula deve
reportar-se ao curriacuteculo As dificuldades surgidas satildeo sempre em termos curriculares e
natildeo em problemas inerentes ao aluno
Os relacionamentos a igualdade as expectativas no niacutevel social e emocional
advecircm do ambiente inclusivo na sala de aula
Ultimando este capiacutetulo que tem como finalidade a compreensatildeo do que se
necessita basicamente para construir uma Educaccedilatildeo Inclusiva citamos o que diz a Profordf
Maria Tereza Egleacuter Mantoan (2006)
ldquoA reorganizaccedilatildeo das escolas depende de um encadeamento de accedilotildees que estatildeo centradas no projeto poliacutetico-pedagoacutegico Esse projeto que foi chamado de ldquoplano de cursordquo e outros nomes parecidos eacute uma ferramenta de vital importacircncia para que as diretrizes gerais da escola sejam traccediladas com realismo e responsabilidade
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
Os curriacuteculos a formaccedilatildeo das turmas as praacuteticas de ensino e a avaliaccedilatildeo satildeo aspectos da organizaccedilatildeo pedagoacutegica das escolas e seratildeo revistos e modificados com base no que for definido pelo projeto poliacutetico-pedagoacutegico de cada escolardquo (p46)
E neste contexto o trabalho da equipe teacutecnico-pedagoacutegica eacute de suma
importacircncia para que todo o projeto institucional se torne possiacutevel e tenha um bom
seguimento sendo acompanhado por todos Onde o entrosamento e uniatildeo sejam uma
constante entre os participantes desse processo inclusivo
Enfim soacute assim pode-se falar e pensar em uma sociedade verdadeiramente
inclusiva onde os direitos sociais e individuais das minorias natildeo satildeo garantidos
simplesmente pela obrigatoriedade impostas pela sociedade e sim por amor e vontade
de ensinar e preparar nossos jovens para um futuro promissor de conquistas
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
III - SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute
No sistema administrativo escolar atual estaacute cada vez mais inserido o serviccedilo
de supervisatildeo escolar como parte da Coordenaccedilatildeo Pedagoacutegica da escola que
juntamente com a orientaccedilatildeo educacional participa no planejamento na gestatildeo na
avaliaccedilatildeo da educaccedilatildeo e do ensino Esta atuaccedilatildeo da Supervisatildeo Escolar tem como
objetivo primordial assegurar os princiacutepios e as finalidades da educaccedilatildeo Como
podemos avaliar a funccedilatildeo do supervisor dentro do ambiente escolar torna-se
imprescindiacutevel
Esse profissional deve atuar no sentido de planejar constantemente o fazer
pedagoacutegico para que forme uma equipe pronta a servir em prol da educaccedilatildeo e com
base nas condiccedilotildees concretas dadas promover necessaacuterias articulaccedilotildees para construir
alternativas que ponham a educaccedilatildeo a serviccedilo do desenvolvimento de relaccedilotildees
verdadeiramente democraacuteticas
Constituem conteuacutedos da funccedilatildeo profissional do Supervisor o comprometimento
com a Lei de Diretrizes e Bases (939496) que tem como princiacutepios participar do
processo de elaboraccedilatildeo de planos de accedilatildeo atuar na execuccedilatildeo do plano
acadecircmicoeducacional e estar inserido na avaliaccedilatildeo ou seja na anaacutelise ou julgamento
da praacutetica educativa Como jaacute explicado no capiacutetulo anterior este profissional aleacutem de
tudo deve ser o ldquobraccedilo direitordquo do professor em sala de aula auxiliando e preparando
para enfrentar todos os obstaacuteculos
Cunha (2006) diz o seguinte ldquoEacute imperioso que o profissional da educaccedilatildeo
contribua decisiva e decididamente para melhor fluir os projetos propostos para a
resoluccedilatildeo de problemas e enfrentamentos de desafios na escolardquo (p271)
Ou seja este profissional deve atuar juntamente com a equipe para o constante
aprimoramento do ensino visando uma melhor formaccedilatildeo do educando tendo sempre
como prioridade o acompanhamento a avaliaccedilatildeo e reorganizaccedilatildeo do processo
educacional modificando se necessaacuterio em prol de melhorias e promovendo accedilatildeo de
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
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FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702
FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm
PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm
SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx
SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
caraacuteter cooperativo estimulando a interaccedilatildeo o intercacircmbio e o envolvimento de todos
os elementos no processo educacional
Deve ainda avaliar constantemente junto ao professor da turma as causas do
baixo rendimento dos alunos propondo atividades de recuperaccedilatildeo zelando para que as
determinaccedilotildees legais do Regimento Escolar sejam observadas Tudo isso eacute uma grande
tarefa a ser executada pelo supervisor escolar e que quando bem realizada deve com
certeza aprimorar o andamento do processo educacional da instituiccedilatildeo por ele
supervisionada Este eacute o papel do supervisor escolar atual que deve ser encarado com
muita dedicaccedilatildeo ao compromisso para que seja realizado com sucesso
Ao ser ler sobre os conceitos de Silva Juacutenior e Rangel (1997) vemos que a accedilatildeo
supervisora implica ter-se uma visatildeo ampla a respeito
- Da escola como instituiccedilatildeo social fincada numa sociedade que tem sua base no
sistema capitalista
- Do sentido que tecircm a educaccedilatildeo e o ensino
- Da posiccedilatildeo que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais
- Da posiccedilatildeo que o proacuteprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educaccedilatildeo
- Do objeto especiacutefico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano para atraveacutes dele transformar sua accedilatildeo
E diante de todas essas responsabilidades mudanccedilas satildeo necessaacuterias na
formaccedilatildeo e tambeacutem na postura do supervisor escolar Como nos cita FERREIRA
(2003 p75) rdquoRessignificar e revalorizar a supervisatildeo reconceitua-se de modo a
compreendecirc-la na sua accedilatildeo de natureza educativa e portanto sociopedagoacutegica no
campo didaacutetico e curricular do seu trabalho no seu encaminhamento de coordenadorrdquo
Esse profissional deve estar preparado para tomar todas as decisotildees necessaacuterias
que direcionem sempre o alunado aacute grande preparaccedilatildeo para o seu futuro lembrando
sempre que cada um tem suas caracteriacutesticas proacuteprias de aprendizagem e necessidades
diferentes sabendo assim lidar com a diversidade
De acordo com Gadotti e Romatildeo apud Oliveira (2003 p330)
ldquoTodos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento da
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
escola conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham intensificar
seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educaccedilatildeo ali oferecidardquo
Seja supervisor administrador eou orientador todos devem ser liacutederes e
trabalhadores fortes onde a recompensa final seja sempre a formaccedilatildeo moral e social de
vidas transformadas onde as palavras e accedilotildees podem construir ou destruir dependendo
da forma que satildeo utilizadas questatildeo essa que deve ser sempre bem ministrada para
obter bons resultados
Como em muitos cargos esse tambeacutem eacute formado de recompensas e frustraccedilotildees
pois a supervisatildeo escolar eacute um exerciacutecio de amor e abnegaccedilatildeo a todos que rodeiam o
ambiente escolar Egrave sem duacutevida uma forte jornada nesta caminhada em prol da
formaccedilatildeo preparaccedilatildeo e evoluccedilatildeo de seres humanos Natildeo basta apenas ser formado em
supervisatildeo administraccedilatildeo orientaccedilatildeo etc para trabalhar com a formaccedilatildeo de pessoas eacute
necessaacuterio ter dom e disposiccedilatildeo sempre para evoluir aprendendo na praacutetica
Segundo Hunter (2004 p95) ldquoentatildeo por definiccedilatildeo quando vocecirc exerce
autoridade deveraacute doar-se amar servir e ateacute sacrificar-se pelos outrosrdquo
O Supervisor deve fazer com que todos do contexto escolar se libertem de
sistemas padronizados e trabalhem mais as necessidades da comunidade atraveacutes de
projetos idealizando um futuro melhor realizando cada vez mais atividades que
aproximem famiacutelia e escola
Que possa essa escola como espaccedilo social e puacuteblico ter esta caracteriacutestica de
servir a todos os que a procuram o supervisor escolar deve ser o elo entre todos os
componentes deste processo social possibilitando um maior conhecimento entre os
seres desta aventura que eacute a formaccedilatildeo de pessoas para a sociedade totalmente
globalizada
Voltando-se para opiniatildeo de alguns autores com relaccedilatildeo agrave funccedilatildeo do profissional
da supervisatildeo escolar pode-se citar Pinzan e Maccarni(2003) que nos diz
ldquoa Supervisatildeo Escolar comprometida com o trabalho coletivo contribui na formaccedilatildeo do professor na medida em que Natildeo se limita ao controle ou ao repasse de teacutecnicas aos professores mas no sentido de oferecer-lhes assessoramento teoacuterico-metodoloacutegico diante dos problemas educacionais cotidianos cria momentos de reflexatildeo teoacuterico-praacutetica e com o respaldo da fundamentaccedilatildeo teoacuterica e
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
uma visatildeo do ato de ensinar e de aprender como algo articulado coordena tais discussotildees ldquo (p21)
E ainda Segundo Vasconcellos (2002 p79) ldquo eacute necessaacuterio para a accedilatildeo
supervisora ter sensibilidade o que envolve a capacidade de abertura a percepccedilatildeo do
outro reconhecendo suas demandas suas lacunas bem como seu potencialrdquo
Fica evidente que o profissional da supervisatildeo deve ser bem consciente de seu
papel perante a sociedade escolar refletindo constantemente sobre o que deva ser o seu
maior objetivo a qualificaccedilatildeo da accedilatildeo educativa Poreacutem esse trabalho deve ser
construiacutedo em conjunto traccedilando metas comuns na construccedilatildeo diaacuteria relacionando
pedagoacutegico e administrativo dentro da instituiccedilatildeo escolar
Esse profissional deve ser tambeacutem bem reconhecido e valorizado alcanccedilando
um niacutevel de condiccedilatildeo para que possa dar continuidade aos seus esforccedilos estudando e
melhorando o seu aperfeiccediloamento Sentindo realmente capaz valorizado e uacutetil dentro
do ambiente escolar
Segundo Ferreira (2003 p 74)
rdquo[] desempenha-se o supervisor competente entendendo-se que a competecircncia eacute em si um compromisso puacuteblico com o social e portanto com o poliacutetico com a sua etimologia na polis cidade coletividade E o interesse coletivo opotildee-se ao interesse individualizado na educaccedilatildeo e no seu serviccedilo de supervisor Os sinais de descaso estatildeo por toda agrave parte A falta de interesse de nossos governantes falta de recursos nas escolas baixos salaacuterios falta de um projeto serio de escolarizaccedilatildeo e poliacuteticas puacuteblicas em todos os niacuteveis pois o que temos hoje eacute um paliativo que natildeo atende a demanda crescente de nosso povordquo
Destaca-se constantemente por ser de suma importacircncia que esses profissionais
precisam ser bem preparados atualizados dinacircmicos e preocupados com o destino dos
alunos e com as responsabilidades da escola para com a comunidade como jaacute dito
anteriormente
Nesse aspecto nos diz a nova LDB que a formaccedilatildeo do profissional da educaccedilatildeo
que iraacute trabalhar com a supervisatildeo poderaacute ser feita em cursos de graduaccedilatildeo em
pedagogia ou em niacutevel de poacutes-graduaccedilatildeo a criteacuterio da instituiccedilatildeo de ensino desde que
seja garantida nessa formaccedilatildeo a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
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- IacuteNDICE
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- CONCLUSAtildeO39
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- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
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exigecircncias do mundo do trabalho e das relaccedilotildees sociais jaacute mencionadas (aluno escola
comunidade)
Haacute muito a se mudar para que esse profissional possa alcanccedilar essa proposta de
entrosamento e capacitaccedilatildeo de todo o ambiente escolar
ldquoEncarando-se a supervisatildeo como um trabalho de assessoramento dos professores e agrave equipe escolar tendo em vista o desenvolvimento de um projeto coletivo que propotildee mudanccedilas natildeo soacute nas praticas usuais mas tambeacutem nas concepccedilotildees que as embasa esse trabalho teraacute que ser encarado como uma interaccedilatildeo entre iguais onde natildeo existem diferenccedilas de posiccedilotildees entre os membros do grupo mas uma relaccedilatildeo de colaboraccedilatildeo Esta parece ser a uacutenica forma de alterar a pratica existente garantindo avanccedilos significativos no desenvolvimento dos professoresrdquo (ALONSO 2003 p 46)
Eacute indispensaacutevel atualmente que o supervisor da escola se expresse como
educador e especialista Pois como podemos ler em PASSERINO (1996)
ldquoo trabalho do supervisor educacional deve ser orientado pela concepccedilatildeo libertadora de educaccedilatildeo exige um compromisso muito amplo natildeo somente com a comunidade na qual se estaacute trabalhando mas consigo mesmordquo Trata-se de um compromisso poliacutetico que induz a competecircncia profissional e acaba por refletir na accedilatildeo do educador em sala de aula as mudanccedilas almejadas Todavia a tarefa do supervisor eacute muito difiacutecil de ser realizada exige participaccedilatildeo para a integraccedilatildeo em sua complexidade (p40)
Sabe-se que natildeo eacute nada faacutecil chegar a essa plenitude no dever a ser cumprido
Assim descreve Gandin (1983)
ldquoesta accedilatildeo natildeo eacute faacutecil porque
bull Exige compromisso pessoal de todos
bull Exige abertura de espaccedilos para a participaccedilatildeo
bull Haacute necessidade de crer de ter feacute nas pessoas e nas suas
capacidades
bull Requer globalidade (natildeo eacute participaccedilatildeo em alguns momentos
isolados mas eacute constante)
bull Distribuiccedilatildeo de autoridade
bull Igualdade de oportunidades em tomada de decisotildees
bull Democratizaccedilatildeo do saber ldquo (p89)
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
Para que a escola possa cumprir com este papel se faz necessaacuterio trabalhar as
mudanccedilas de seus profissionais tendo em mente a valorizaccedilatildeo e a cultura de seus
alunos tornando sem duacutevida muito importante a presenccedila do supervisor escolar que
deve ser o mais preparado para as mudanccedilas e contradiccedilotildees do ambiente escolar
Ressaltando que a LDB no seu capiacutetulo IX afirma ldquoquando se fala em uma
nova abordagem pedagoacutegica () e avaliaccedilatildeo contiacutenua do aluno tudo isto exige um novo
tipo de formaccedilatildeo e treinamento ou retreinamento de professoresrdquo
Essas citadas mudanccedilas se fazem muito necessaacuterias no contexto atual da
educaccedilatildeo preparando realmente para os avanccedilos que recebemos de todos os lados do
mundo
Medina (1997) aduz que
ldquoo supervisor tomando como objeto de seu trabalho a produccedilatildeo do professor afasta-se da atuaccedilatildeo hierarquizada e burocraacutetica - que sendo questionada por educadores e passa a contribuir para um desempenho docente mais qualificado Assim torna-se desafio do professor a busca do conhecimento para poder encaminhar e articular o trabalho nas diferentes aacutereas reflexotildees permanentes sobre os princiacutepios que fundamentam os valores objetivando a construccedilatildeo da cidadania no espaccedilo escolarrdquo (p64)
O plano de accedilatildeo do supervisor eacute acompanhar os professores desde o
planejamento ateacute a accedilatildeo em sala de aula por isso eacute de grande importacircncia o
envolvimento da supervisatildeo nos conselhos de classe nas reuniotildees de pais e no
entrosamento com a equipe pedagoacutegica Sendo assim a supervisatildeo escolar tem o
compromisso de fazer acontecer agrave integraccedilatildeo entre diferentes segmentos e setores
assessorando o trabalho para a efetivaccedilatildeo do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico da Escola
Destaca-se aqui novamente que natildeo eacute nada faacutecil conquistar essas metas
principalmente com as dificuldades enfrentadas pela maioria dos profissionais da
educaccedilatildeo natildeo encontrando por vezes o apoio necessaacuterio para seguir com os propostos
na realizaccedilatildeo do bom projeto restando-lhes apenas a capacidade e o amor agrave profissatildeo
escolhida e abraccedilada
ldquoTambeacutem a praacutetica da supervisatildeo exige de parte do supervisor uma constante avaliaccedilatildeo criacutetica do seu proacuteprio desempenho e um esforccedilo continuado de aperfeiccediloamento como teacutecnico e como pessoa Soacute dessa forma conseguiraacute a mobilizaccedilatildeo das energias dos professores no
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
sentido dos objetivos educacionais perseguidosrdquo (VILLAS BOAS 2003 p 26)
Pode-se concluir que a tarefa do Supervisor eacute bastante aacuterdua poreacutem de grande
prazer e dedicaccedilatildeo como veremos no proacuteximo capiacutetulo Encerrando este capitulo fica
evidente que atualmente a importacircncia deste profissional tem sido cada vez maior
onde o Serviccedilo de Supervisatildeo Escolar tem como meta o crescimento pessoal e
profissional dos educandos e docentes num processo dinamizador cujas funccedilotildees satildeo de
assessorar coordenar acompanhar e avaliar as atividades de caraacuteter teacutecnico-pedagoacutegico
do processo ensino- aprendizagem
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
IV - DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL
Orientar e trabalhar as diferenccedilas na educaccedilatildeo inclusiva implica na mudanccedila do
paradigma educacional e na evoluccedilatildeo dos meacutetodos aplicados visto que atinge natildeo soacute os
alunos com deficiecircncia os que tecircm dificuldades no aprendizado mas todos os demais
Como parte integrante do processo evolutivo da inclusatildeo fazem-se necessaacuterios o
conhecimento e a habilidade dos professores que iratildeo trabalhar em classes inclusivas
ldquoEacute a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e assim ter o privileacutegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de noacutes A educaccedilatildeo inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceccedilatildeo Eacute para o estudante com deficiecircncia fiacutesica para os que tecircm comprometimento mental para os superdotados para todas as minorias e para a crianccedila que eacute discriminada por qualquer outro motivo Costumo dizer que estar junto eacute se aglomerar no cinema no ocircnibus e ateacute na sala de aula com pessoas que natildeo conhecemos Jaacute inclusatildeo eacute estar com eacute interagir com o outrordquo (MANTOAN 2005 p1)
Atualmente haacute uma grande conscientizaccedilatildeo de todos os membros da sociedade
de que as crianccedilas com necessidades especiais educacionais precisam ter contato com as
turmas regulares e que existe tambeacutem todo um trabalho fora da sala de aula Contudo
sabe-se que para isso vaacuterios procedimentos e metodologias devem ser utilizados para
poder trabalhar com essa questatildeo da inclusatildeo conforme nos afirma a professora Leila
Blanco (diretora do IHA- Instituto Municipal Helena Antipoff)
ldquocada um tem uma histoacuteria de vida que pesa muito na hora de escolher o caminho do ensino Deve-se observar caso a caso onde estaacute a dificuldade do aluno e que possibilidades pedagoacutegicas satildeo permitidas no espaccedilo escolar ldquoEacute importante que o professor desenvolva adaptaccedilotildees Curriculares atendendo assim agraves diferentes necessidades educacionais de seus alunosrdquo (Blanco 2008 p29)
O avanccedilo desses alunos ocorre por um processo evolutivo tendo a escola o
compromisso de incorporar conteuacutedos que contribuam no desenvolvimento de
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
habilidades sociais aleacutem do conteuacutedo acadecircmico Conforme defendia Lev Vigotsky
(1896 ndash 1934) natildeo haacute um desenvolvimento pronto dentro de noacutes na medida em que se
atualiza com a passagem do tempo
VIGOTSKY (1987) nos diz que
ldquoA experiecircncia praacutetica mostra que o ensino de conceitos eacute impossiacutevel Um professor que tentar fazer isto incorreraacute num verbalismo vazio uma repeticcedilatildeo de palavras pela crianccedila semelhante a um papagaio que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes mas que na realidade oculta um vaacutecuordquo (p 22)
A cada dia a sociedade vecirc a importacircncia de se adaptar a educaccedilatildeo especial como
parte integrante da educaccedilatildeo em geral E como jaacute estudado anteriormente para que a
inclusatildeo seja satisfatoacuteria se faz necessaacuterio o envolvimento total da comunidade - a
famiacutelia dos alunos e toda a escola inclusive os funcionaacuterios administrativos
Nessa realidade de inclusatildeo escolar natildeo se deve pensar em modificar os
ensinamentos dos demais alunos pelo fato de haver a presenccedila de um aluno com
deficiecircncia mas que esses ensinamentos sejam flexiacuteveis atendendo a todos os alunos de
forma a que se faccedila a devida INCLUSAtildeO
De acordo com Sassaki (1997)
ldquoa inclusatildeo pauta-se em princiacutepios ateacute entatildeo considerados incomuns como Aceitaccedilatildeo e celebraccedilatildeo das diferenccedilas individuais Valorizaccedilatildeo de cada pessoa ndash direito de pertencer Convivecircncia dentro da diversidade humana representada por origem nacional crenccedila religiosa gecircnero idade raccedila e deficiecircncia Aprendizagem atraveacutes da cooperaccedilatildeo ndash solidariedade humanitaacuteria Cidadania com qualidade de vidardquo (p 17)
O contato de todos os alunos entre si reforccedila atitudes positivas auxiliando-os a
serem sensiacuteveis a respeitar e a crescer convivendo com as diferenccedilas e as semelhanccedilas
individuais entre seus pares Os alunos com deficiecircncia em especial quando em
ambientes inclusivos podem apresentar melhor desempenho no acircmbito educacional
social e ocupacional Eles aprendem como atuar e interagir com seus colegas de turma
no mundo real Do mesmo modo o benefiacutecio maior para os professores eacute a co-
participaccedilatildeo na transformaccedilatildeo da escola por meio do apoio cooperativo e
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
aprimoramento das habilidades profissionais onde as vantagens e os benefiacutecios desse
trabalho de inserccedilatildeo podem ser observados mediante o enriquecimento e o
desenvolvimento do ambiente escolar e de todos que dele fazem parte Ou seja na
medida em que as praacuteticas educacionais que excluiacuteam no passado natildeo muito distante
vatildeo dando espaccedilo e oportunidade agraves transformaccedilotildees na educaccedilatildeo caminhamos em
direccedilatildeo a uma reforma educacional mais ampla em que todos os alunos comeccedilam a ter
suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educaccedilatildeo regular
Pode-se citar aqui o trabalho realizado pelo Rompendo Barreiras criado em
1988 por alunos e professores da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
que garante o acesso ao espaccedilo fiacutesico da Universidade a pessoas com deficiecircncias
fiacutesicas e intelectuais e viabiliza recursos pedagoacutegicos de apoio ao professor com
deficiecircncia encaminhando tambeacutem propostas que possam levar a accedilotildees que motivem
poliacuteticas puacuteblicas na aacuterea da deficiecircncia
Este grupo conduz um projeto que soacute se realiza atraveacutes de dedicaccedilatildeo
incondicional organizando e praticando os objetivos propostos E neste contexto a
inclusatildeo natildeo eacute vista como integraccedilatildeo que significa uma toleracircncia agrave pessoa com
deficiecircncia e sim pelo respeito agrave diversidade e valorizaccedilatildeo do deficiente
De acordo com Lima (apud ARAUJO et al 2008 p30) ldquoa inclusatildeo escolar natildeo
deve apenas ficar nas palavras mas ir muito muito aleacutem passando a ser atitudes
pensamentos que visem aceitar valorizar o educando com suas diferenccedilas e
diversidadesrdquo
Os limites natildeo estatildeo nos alunos com alguma deficiecircncia mas na sociedade que
os exclui como se fossem incapazes de alcanccedilar seus objetivos que constroacutei barreiras e
diferenccedilas que muitas vezes natildeo existem Poreacutem natildeo podemos esquecer que haacute a
competecircncia de muitos profissionais dispostos a todas as mudanccedilas para exercer com
magnitude a funccedilatildeo que lhe eacute atribuiacuteda atraveacutes de sua escolha de trabalhar com a
diversidade
Sassaki (2005) ensina que
ldquoA inclusatildeo escolar impotildee a abertura de novas frentes de trabalho especializado mas soacute conseguem percebecirc-las e encontraacute-las os que conseguem se desvencilhar das amarras do passado e vislumbrar o
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
futuro como tempo de novos desafios conquistas mudanccedilas de toda ordemrdquo (p28)
Hoje haacute muitos profissionais capazes de aceitar o novo acreditando que o
processo de inclusatildeo eacute possiacutevel e se tornam liacutederes dessa realidade que se espalha por
toda a comunidade escolar Eles precisam apenas da participaccedilatildeo dos dirigentes
educacionais auxiliando nas transformaccedilotildees necessaacuterias no ambiente escolar conforme
jaacute citados nos capiacutetulos anteriores
Natildeo devemos esquecer um fator tambeacutem importante que eacute a relaccedilatildeo que deve
existir entre a escola e a famiacutelia daquele determinado educando com troca constante de
informaccedilotildees Cabe ao professor com a ajuda da equipe ( orientador educacional
coordenador supervisor e direccedilatildeo) orientar os pais quando necessaacuterio saber ouvir
marcando reuniotildees perioacutedicas e aproveitando o que eles podem trazer de novo para
enriquecer a relaccedilatildeo da crianccedilaadolescente com a instituiccedilatildeo e seus integrantes
Atraveacutes deste contato se tornaraacute possiacutevel saber como este age fora da escola pois toda
sua vivecircncia diaacuteria tem influecircncia direta em seu desenvolvimento
Com esse trabalho maravilhoso realizado por todo o corpo docente da escola a
adaptaccedilatildeo com as outras crianccedilas acontece geralmente de forma raacutepida e sem nenhuma
dificuldade pois estaacute pautada numa organizaccedilatildeo e no apoio incondicional
A Escola e a Sociedade devem reconhecer que a Inclusatildeo Escolar depende
prioritariamente da necessidade de se educarem para lidar com a diferenccedila antes de
criarem teacutecnicas estrateacutegias ou meacutetodos Eacute a transformaccedilatildeo Assim nos diz PARO
(2003 p10) ldquose queremos uma escola transformadora precisamos transformar a escola
que temosrdquo
A educaccedilatildeo contemporacircnea tem como principal objetivo nos fazer aprender a
viver juntos jaacute que supotildee participar e cooperar com os demais em todas as atividades
humanas Essa educaccedilatildeo requer sem duacutevida o desenvolvimento da compreensatildeo ante
o outro e a percepccedilatildeo de formas de interdependecircncia respeitando os valores a
compreensatildeo muacutetua e a paz
Assim trava-se uma luta contra a exclusatildeo por meio de traccedilados que favorecem
o contato e a comunicaccedilatildeo entre os membros de grupos diferentes em contextos de
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
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- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
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- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
igualdade por meio do descobrimento gradual do outro e do desenvolvimento de
projetos de trabalho em comum
Para melhorar as condiccedilotildees pelas quais o ensino eacute ministrado nas escolas
permitindo o acesso ou seja a inclusatildeo de todos incondicionalmente e democratizando
a educaccedilatildeo o melhor a fazer eacute estimular as escolas para que elaborem com autonomia e
de forma participativa o seu Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico diagnosticando a demanda
detectando as matriculas realizadas ou natildeo
O educador deve ter a preocupaccedilatildeo de uma constante reeducaccedilatildeo uma vez que
a nossa sociedade ainda traz as teorias da homogeneidade para as realizaccedilotildees humanas
Deve ter como missatildeo de amar conviver e acima de tudo ser feliz com as diferenccedilas
pois eacute nelas em que se encontram as semelhanccedilas existentes em nosso interior histoacuterico
Aprender a ser consiste em dotar cada pessoa de meios de referecircncias
intelectuais permanentes que lhe permitam compreender o mundo que a cerca e a
comportar-se como um elemento responsaacutevel e justo atraveacutes de liberdade de
pensamento de juiacutezo de sentimentos e de imaginaccedilatildeo para desenvolver-se em
plenitude
Conforme retirado de um artigo (Portal MEC)
ldquoO desenvolvimento tem por objetivo o desapego completo do homem em toda sua riqueza e na complexidade de suas expressotildees e de seus compromissos como indiviacuteduo membro de uma famiacutelia e de uma coletividade cidadatildeo e produto inventor de teacutecnicas e criador de sonhosrdquo (UNESCO 198716)
Outro lado importante eacute deixar claro que a inclusatildeo natildeo implica em que se
desenvolva um ensino individualizado para os alunos que apresentam deacuteficits
intelectuais problemas de aprendizagem e outros relacionados ao desempenho escolar
Os alunos aprendem ateacute o limite em que conseguem chegar Na visatildeo inclusiva natildeo haacute
a subdivisatildeo dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular
O professor e sua equipe educacional natildeo podem prever as dificuldades que possam
encontrar nas atividades propostas tambeacutem natildeo devem estabelecer regras especiacuteficas
para planejar e avaliar curriacuteculos atividades e aprendizagem de alunos com deficiecircncia
e necessidades educacionais especiais A escola tem a responsabilidade de ajustar seu
trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
BIBLIOGRAFIA
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
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- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
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trabalho para atender agraves necessidades do aluno em relaccedilatildeo aos aspectos cognitivos e
sociais
Pelo exposto chegamos agrave conclusatildeo de que as escolas devem contribuir na
construccedilatildeo de personalidades autocircnomas e criacuteticas Prevalece o que os alunos satildeo
capazes de absorver estimulando suas potencialidades O objetivo eacute de que a aceitaccedilatildeo
do conteuacutedo seja receptiva por todas as crianccedilas pois as escolas modernas devem estar
aptas a formar as novas geraccedilotildees ldquoEis aiacute um grande desafio a ser enfrentado pelas
escolas regulares tradicionais cujo paradigma eacute condutista e baseado na transmissatildeo
dos conhecimentosrdquo (MANTOAN 1988 p23)
O trabalho coletivo nas escolas eacute compatiacutevel com a vocaccedilatildeo de formar as
geraccedilotildees Eacute no ambiente escolar que aprendemos a viver entre os nossos colegas a
dividir as responsabilidades repartir as tarefas realizando obrigaccedilotildees O exerciacutecio
dessas accedilotildees desenvolve a cooperaccedilatildeo o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o
reconhecimento da diversidade dos talentos humanos O apoio a um colega com
dificuldade auxiliando-o a cumprir uma determinada tarefa eacute uma atitude
extremamente uacutetil e humana no que diz respeito agrave aprendizagem enquanto indiviacuteduos
que natildeo agem de formas competitivas e despreocupadas com a construccedilatildeo de valores e
de atitudes morais
Conforme MANTOAN (2005)
ldquoO grande ganho para todos eacute viver a experiecircncia da diferenccedila Se os estudantes natildeo passam por isso na infacircncia mais tarde teratildeo muita dificuldade de vencer os preconceitos A inclusatildeo possibilita aos que satildeo discriminados pela deficiecircncia pela classe social ou pela cor que por direito ocupem o seu espaccedilo na sociedade Se isso natildeo ocorrer essas pessoas seratildeo sempre dependentes e teratildeo uma vida cidadatilde pela metade Vocecirc natildeo pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro valorizando o que ele eacute e o que ele pode serrdquo (p1)
A escola para muitos eacute o uacutenico lugar que vai lhes proporcionar condiccedilotildees de se
desenvolver e de se tornar um cidadatildeo algueacutem com identidade e cultura Melhorar
essa realidade escolar eacute estar trabalhando para formar geraccedilotildees mais preparadas para a
vida livremente sem preconceitos sem barreiras Eacute neste ponto que se trabalha e
questiona essa questatildeo da inclusatildeo preparando o futuro pois com certeza se desde jaacute
uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
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- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
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- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
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- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
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- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
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- Em 26022010
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- Avaliado por________________________________________
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uma crianccedila aprende a conviver e a valorizar a diversidade nas suas salas de aula seraacute
um adulto bem diferente de noacutes com uma formaccedilatildeo e uma visatildeo aberta para as
diferenccedilas
Ou seja a diferenccedila eacute saudaacutevel e faz parte da vida Ningueacutem eacute perfeito mas
tambeacutem ningueacutem eacute totalmente imperfeito No ambiente escolar as crianccedilas podem ser
orientadas para esta visatildeo e postura ante a vida a fim de se tornarem adultos tolerantes e
flexiacuteveis tanto com os outros como consigo mesmas afastando determinadas duacutevidas e
dificuldades enfrentadas muitas vezes por nossa sociedade ainda em formaccedilatildeo
Isto supotildee criar a educaccedilatildeo para aleacutem de uma visatildeo puramente instrumental
utilizada para conseguir determinados resultados buscando a sua funccedilatildeo em toda sua
plenitude o que propotildee a plena realizaccedilatildeo da pessoa ou dito de outra forma que toda
pessoa aprenda a ldquoserrdquo crescendo a cada dia atraveacutes dos conhecimentos orientados por
esses profissionais da educaccedilatildeo
Na diversidade as pessoas valorizam suas diferenccedilas unindo as potencialidades
de cada uma Em um grupo haacute seres de todos os tipos alguns extrovertidos e outros
introvertidos mas suas caracteriacutesticas podem ser aproveitadas Eacute na convivecircncia com o
diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaccedilados pelo outro eacute na
convivecircncia com o outro que passamos a assimilar as suas caracteriacutesticas que mais nos
chamam agrave atenccedilatildeo Isto tudo ocorre de modo natural fruto da convivecircncia e da troca de
experiecircncias
A escola de qualidade valoriza o que os alunos podem aprender HOJE
desenvolvendo seus talentos caminhando passo a passo adquirindo experiecircncias e
construindo aos poucos o AMANHAtilde onde as relaccedilotildees entre alunos e professores natildeo
satildeo desprovidas de afetividade
Nesta escola a proposta pedagoacutegica natildeo deve ser exclusiva da equipe teacutecnico-
pedagoacutegica Cabe tambeacutem ao seu professor participar do processo de elaboraccedilatildeo ateacute
mesmo para definir os grandes objetivos da instituiccedilatildeo para com os educandos O
professor que natildeo participa se sente perdido em suas aulas sem condiccedilatildeo para repassar
estiacutemulo aos seus alunos
A filosofia da inclusatildeo defende uma educaccedilatildeo eficaz para todos sustentada em
que as escolas enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
BIBLIOGRAFIA
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
todos os alunos sejam quais forem as suas caracteriacutesticas pessoais psicoloacutegicas ou
sociais independentemente de terem ou natildeo deficiecircncias caminhando para a real
inclusatildeo de todos os estudantes onde estes devem viver juntos baseado na crenccedila de
que cada indiviacuteduo eacute valorizado e pertence ao grupo
Uma escola inclusiva seraacute aquela em que todos os alunos sintam-se ldquoincluiacutedosrdquo
como nos cita (Patterson 1995 p V) ldquoEacute uma atitude um sistema de valores de
crenccedilas natildeo uma accedilatildeo nem um conjunto de accedilotildeesrdquo
As escolas iratildeo aprendendo conforme seus avanccedilos com relaccedilatildeo agrave inclusatildeo e
teratildeo a compreensatildeo clara de que os alunos aprendem das mais diferentes maneiras e
nos mais diferentes tempos E que ensinar natildeo eacute submeter o aluno a um conhecimento
pronto mas como jaacute dito por diversos autores eacute prover meios pelos quais com
liberdade e determinaccedilatildeo ele possa construir novos saberes ampliar significados na
medida de seus interesses e capacidades Envolve necessariamente libertar o aluno do
que o impede de fazer o seu proacuteprio caminho pelas trilhas do conhecimento e de
valorizar todo o seu esforccedilo para aprender
A globalizaccedilatildeo para o professor comeccedila quando este se sente parte ativa nas
decisotildees da escola da organizaccedilatildeo administrativa e pedagoacutegica Observa-se que numa
sociedade mais cooperativa haacute diminuiccedilatildeo das desigualdades econocircmicas e sociais
pois aprende-se a valorizar todas as pessoas vivenciando a igualdade entre elas E
quando fazemos parte da educaccedilatildeo de uma crianccedila temos nas matildeos a chance de educaacute-la
para a diversidade e toleracircncia preparando-a para a vida Neste exato momento a
uniatildeo e a parceria dos professores com a supervisatildeo escolar entram em cena atraveacutes dos
planos e projetos elaborados com o propoacutesito de um crescimento e evoluccedilatildeo de sua
clientela na formaccedilatildeo de seres preparados para seguir todos os caminhos que os
conduzam agrave vitoacuteria A isto sim podemos denominar DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL
(MANTOAN 2003 p2) nos diz que ldquoOs professores devem ser formados para
lidar com todos os tipos de alunos mas natildeo eacute necessaacuterio que tenham uma rigorosa
preparaccedilatildeo teoacuterica e cientiacutefica O que aprendem na praacutetica dividindo experiecircncias
muitas vezes eacute mais valiosordquo
Tambeacutem nos afirma Maria Elisa Caputo Ferreira professora da Universidade
Federal de Juiz de Fora em sua tese de mestrado
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
BIBLIOGRAFIA
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professores Satildeo Paulo Escrituras 1998
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PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996
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FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
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ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
ldquotrabalhar inovar e ousar implementar a inclusatildeo numa perspectiva inclusiva natildeo eacute missatildeo impossiacutevel Eacute isto sim desafio superaacutevel Eacute uma questatildeo de pensar e de querer Querer pensar e encarar o aacuterduo e de certa forma tortuoso caminho para mudar Querer pensar e fazer uma escola que inspire a troca entre os alunos que confronte formas desiguais de pensamento que busque metodologias interativas que faccedila do reconhecimento da diversidade estrateacutegias para uma nova aprendizagem que conceba o aluno inteiro e respeite a dignidade de todo e qualquer indiviacuteduordquo (p8)
Finalizando este capitulo deixo aqui exposto que soacute com muita participaccedilatildeo e
uniatildeo esses profissionais da educaccedilatildeo Supervisor e Professor realizando um trabalho
de dedicaccedilatildeo diaacuteria poderatildeo construir a cada palavra um universo de conhecimento
formando cidadatildeos prontos a questionamentos e a acreditar em seus sonhos cada qual
em suas condiccedilotildees pois a verdadeira dedicaccedilatildeo eacute estar voltado para o objetivo de
forma intensa e completa vivenciando cada passo e absorvendo os retornos que estes
proporcionam
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
BIBLIOGRAFIA
ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182
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professores Satildeo Paulo Escrituras 1998
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HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95
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MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988
__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006
__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15
MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997
Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997
PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre
PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003
PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996
REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008
REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000
SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004
SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997
__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais
SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997
STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24
UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994
VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002
VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987
VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003
WEBGRAFIA
ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702
FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm
PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm
SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx
SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml
Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009
WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
COCLUSAtildeO
Apoacutes longo estudo sobre a inclusatildeo no seu sentido amplo com ecircnfase na
inclusatildeo escolar conclui-se que para que ela aconteccedila integralmente haacute a primordial
necessidade de mudanccedila no sistema de ensino Essa mudanccedila deveraacute ter a caracteriacutestica
de se especializar em todos os alunos e natildeo apenas naqueles nomeados como
deficientes Haacute de se considerar tambeacutem a necessaacuteria prioridade para a potencialidade
do aluno deixando como parte secundaacuteria as suas deficiecircncias e limitaccedilotildees
Para que essas mudanccedilas de fato se concretizem haacute necessidade do esforccedilo e
colaboraccedilatildeo de todos no processo inclusivo considerando-se aiacute a grande tarefa do
supervisor educacional no contexto do projeto poliacutetico-pedagoacutegico da escola
contribuindo para que todos os alunos tenham oportunidades adequadas ao seu
desenvolvimento e potencialidade
Esta grande e necessaacuteria evoluccedilatildeo no processo para alcance da inclusatildeo como
realidade exige mudanccedila de postura principalmente do professor atuante em sala de
aula E para que essa tarefa se concretize o professor deve contar tambeacutem com a
colaboraccedilatildeo do supervisor educacional trabalhando em equipe com toda a comunidade
escolar Deve haver habilidade e compreensatildeo a fim de que haja evoluccedilatildeo na
comunicaccedilatildeo e nas relaccedilotildees sociais
Kunc (1992 p2) fala sobre inclusatildeo ldquoo princiacutepio fundamental da educaccedilatildeo
inclusiva eacute a valorizaccedilatildeo da diversidade e da comunidade humana Quando a educaccedilatildeo
inclusiva eacute totalmente abraccedilada noacutes abandonamos a ideacuteia de que as crianccedilas devem se
tornar normais para contribuir para o mundordquo
Nesta visatildeo este profissional supervisor deve aleacutem de assessorar focar tambeacutem
constantemente na formaccedilatildeo dos professores o que eacute relevante para aprofundar as
discussotildees teoacutericas e praacuteticas Ressalte-se que isto implementado resultaraacute na
capacitaccedilatildeo para melhoria do processo ensino aprendizagem Deve-se tambeacutem
utilizar curriacuteculos e metodologias flexiacuteveis levando em conta a singularidade de cada
aluno respeitando seus interesses suas ideacuteias e desafios para novas situaccedilotildees
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
BIBLIOGRAFIA
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professores Satildeo Paulo Escrituras 1998
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__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006
__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15
MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997
Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997
PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre
PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003
PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996
REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008
REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000
SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004
SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997
__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais
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STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24
UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994
VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002
VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987
VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003
WEBGRAFIA
ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702
FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm
PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm
SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx
SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml
Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009
WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
investindo cada vez mais na proposta de diversificaccedilatildeo de conteuacutedos e praacuteticas que
possam melhorar as relaccedilotildees entre professor alunos e demais membros da equipe
educacional conseguindo assim constituir uma classe de alunos preparados e incluiacutedos
em toda a sociedade
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
BIBLIOGRAFIA
ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182
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BLANCO Leila Dedicaccedilatildeo Incondicional Revista Noacutes da Escola Ano 6 nordm 63 2008 p29
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professores Satildeo Paulo Escrituras 1998
BRASIL Lei de Diretrizes e Bases da educaccedilatildeo acional Lei nordm 939496 Satildeo Paulo Editora do Brasil 1996
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FONSECA R T M A Sociedade Inclusiva e a Cidadania das Pessoas com Deficiecircncia Curitiba Procuradoria Regional do Trabalho da 9ordf Regiatildeo 2005
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MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988
__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006
__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15
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Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997
PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre
PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003
PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996
REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008
REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000
SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004
SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997
__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais
SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997
STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24
UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994
VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002
VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987
VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003
WEBGRAFIA
ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702
FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm
PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm
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SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml
Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009
WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
A E X O 1
(Celso Antunes)
Um erro que educador algum pode cometer eacute acreditar que trabalhar a inclusatildeo seja tarefa faacutecil
ou se resuma na adoccedilatildeo de uma ou de outra situaccedilatildeo de aprendizagem Essa questatildeo eacute
extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estatildeo arraigados em nossa cultura
e introjetados em nossa mente um trabalho verdadeiramente seacuterio implica em projeto de
estruturaccedilatildeo progressiva e mudanccedila significativa Eacute por essa razatildeo que o que nesta crocircnica se
procura natildeo eacute resolver os arraigados princiacutepios que delimitam a inclusatildeo antes propiciar um
momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluiacutemos Sabemos
que esta contribuiccedilatildeo eacute quase nada mas tambeacutem natildeo ignoramos que natildeo se constroem viadutos
sem a participaccedilatildeo singela de pequeninos tijolos
Justificada a intenccedilatildeo vamos agrave accedilatildeo Ao entrar em sala de aula avise os alunos que vai
desenvolver estrateacutegia diferente sem especificar que objetivos procura alcanccedilar E deixando
alguma curiosidade no ar distribua a cada aluno uma folha de papel tamanho ofiacutecio solicitando
que com letra de forma escrevam seu nome ao alto Tarefa concluiacuteda avise-os que vai marcar
dois minutos e que nesse espaccedilo de tempo deveratildeo deixar seus lugares e colher autoacutegrafos isto
eacute devem obter em sua folha o nome dos colegas e deixar na folha dos mesmos o seu nome
Desnecessaacuterio dizer que eacute esse um momento de extrema agitaccedilatildeo Ainda que natildeo se tenha dito
que importa colher muitos autoacutegrafos os alunos compreendendo os limites do tempo disponiacutevel
buscam afoitos cumprir a tarefa Passado os dois minutos avisa-se que essa etapa da atividade
estaacute concluiacuteda
Agora com os alunos sentados em ciacuterculo solicita-lhes que examinem suas folhas contando
quantos autoacutegrafos (legiacuteveis) foram coletados Simule uma competiccedilatildeo destacando quem mais e
quem menos autoacutegrafos obteve Apoacutes esse breve debate interrogue-os buscando saber quantos
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
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MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988
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Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997
PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre
PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003
PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996
REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008
REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000
SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004
SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997
__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais
SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997
STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24
UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994
VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002
VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987
VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003
WEBGRAFIA
ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702
FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm
PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm
SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx
SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml
Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009
WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
autoacutegrafos acreditam ter assinado Os alunos constaratildeo com alguma surpresa que natildeo sabem
responder a essa questatildeo Percebem quantos autoacutegrafos colheram mas fazem vaga ideacuteia de
quantos atribuiacuteram
Essa situaccedilatildeo enseja uma oportunidade para debates com o professor interrogando Por que eacute
assim Porque valorizamos mais a conquista que a entrega Porque fazemos da colheita e natildeo da
oferta agrave razatildeo de nossas accedilotildees Seraacute que ao colher autoacutegrafos natildeo valorizamos mais o eu que
o ele Eacute evidente que o objetivo dessas questotildees natildeo satildeo as respostas certas ou erradas Estas
inexistem o que as perguntas visam eacute a reflexatildeo a internalizaccedilatildeo da fala a conversa interior que
tem o aluno consigo mesmo e com seus colegas buscando explicar o que agrave primeira vista parece
natildeo compreender
A provocaccedilatildeo desse desafio na classe abre perspectiva para se indagar se essa visatildeo egocecircntrica
que temos natildeo pode ser mudada O que sugerem para melhor se perceba o outro Em que
medida essa preocupaccedilatildeo em se colher natildeo macula a grandeza do proporcionar Na atividade
buscou-se colher autoacutegrafos mas a coleta era impossiacutevel sem a oferta Seraacute que na vida isso natildeo
ocorre Se transpusermos a obtenccedilatildeo de autoacutegrafos que a estrateacutegia propiciou para nossas accedilotildees
de todo dia natildeo serviraacute agrave mesma como liccedilatildeo O essencial natildeo eacute que o professor fale mas que
saiba ouvir Suas perguntas natildeo pretendem dar liccedilatildeo de moral antes propiciar a reflexatildeo e o
diaacutelogo a conversa entre eles e a conversa interior de cada um deles
A aula termina e natildeo se falou da inclusatildeo mas a ideacuteia reflexiva do egocentrismo sofreu
questionamento A pensar em si o aluno em outros pensou Um primeiro passo na aceitaccedilatildeo do
estranho foi dado uma pequenina pedra no caminho da inclusatildeo pode ser finalmente
removida
(Celso Antunes)
Fonte httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
BIBLIOGRAFIA
ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182
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professores Satildeo Paulo Escrituras 1998
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FIGUEIRA E A Imagem do Portador de Deficiecircncia Mental na Sociedade e nos Meios de Comunicaccedilatildeo - Ministeacuterio da Educaccedilatildeo - Secretaria de Educaccedilatildeo Especial 1995
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GANDIN Danilo Planejamento como praacutetica educativa Satildeo Paulo Loyola 1983
HUNTER James C O Monge e o Executivo Satildeo Paulo Sextante 2004 p 94-95
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__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006
__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15
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Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997
PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre
PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003
PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996
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REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000
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SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997
__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais
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STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24
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ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em
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WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
A N E X O 2
O Avesso da Inclusatildeo
O tema inclusatildeo estaacute em moda
Lamentavelmente eacute assim A expressatildeo da cultura educacional por estes lados do mundo exalta
determinados modismos assuntos da vez temas emergentes e natildeo raramente importantes mas que
por algum periacuteodo satildeo falados escritos e discutidos por todos em toda parte mas que natildeo escapam
de um certo ciclo vital que os relega para o esquecimento tempos depois como moda passageira Foi
assim com o construtivismo logo depois com o construtivismo interacionista depois com as
inteligecircncias muacuteltiplas apareceram os tempos das competecircncias e agora parece ser chegada a
hora da inclusatildeo O assunto aparece com destaque em toda reuniatildeo pedagoacutegica as poucas revistas
pedagoacutegicas abrem-lhes ediccedilatildeo especial congressos e seminaacuterios satildeo repetitivamente organizados
para apresentaacute-los Algum tempo depois o tema da moda eacute por outro substituiacutedo e seus fundamentos
prosseguem apenas para alguns poucos refletidos neste ou naquele lugar Agora o tema da moda eacute a
inclusatildeo
A inclusatildeo abrindo direito agrave educaccedilatildeo para todo aluno seja qual for sua dificuldade ou deficiecircncia
em seu sentido mais amplo parece ser ideacuteia que natildeo admite contestaccedilatildeo Todo ser humano por mais
severas que sejam suas limitaccedilotildees eacute educaacutevel e a escola verdadeira eacute toda aquela que a todos se abre
e a todos oferece igual possibilidade de progresso ainda que trabalhando de forma profissional e
responsaacutevel as diferenccedilas sejam elas quais forem Mas nem por isso a questatildeo inclusiva escapa de
uma anaacutelise criacutetica onde eacute possiacutevel aplaudir seu lado direito mas criticar com rigor seus excessos
protestar contra seus desvios Eacute esta a finalidade criacutetica deste artigo
O lado direito da inclusatildeo eacute aquele que fala de oportunidades para todos e que identifica a
diversidade como forma de riqueza jamais castigo Esse mesmo lado enfatiza que todos somos
essencialmente diferentes e que natildeo satildeo aceitas foacutermulas para estabelecer a normalidade e a
anormalidade Anormal eacute crer que a diferenccedila deve ser elemento de discriminaccedilatildeo e assim a falsa
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
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aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
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O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
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ALONSO Myrtes A Supervisatildeo e o desenvolvimento profissional do professor In FERREIRA Naura Carapeto (org) Supervisatildeo Educacional para uma escola de qualidade 4 ed Satildeo Paulo Cortez 2003 p 167-182
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CUNHA Aldeneia S da Oliveira Ana Ceciacutelia de Arauacutejo Leina A (Org) A Supervisatildeo no contexto escolar Reflexotildees Pedagoacutegicas Manaus UNINORTE 2006
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KUNC N - The Need of belong Rediscovering Maslows Hierarchy of Needs in Villa J S Thousand W Stainback E S Satinback - Reestructuring For Caring And Effective Education a Administrators Guide To Creating Heterogeneous Schools Baltimore Paul H Brookes 1992 p 1-39
LEVY Maria IC O processo de ensino aprendizagem Rio Grande Momento v 1 1999
MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988
__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006
__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15
MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997
Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997
PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre
PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003
PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996
REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008
REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000
SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004
SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997
__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais
SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997
STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24
UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994
VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002
VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987
VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003
WEBGRAFIA
ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702
FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm
PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm
SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx
SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml
Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009
WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
escola elege quem acolhe como plausiacutevel e discrimina e afasta todos quantos se distanciam dos
padrotildees de um criteacuterio grotesco perverso e exclusivista
O triste avesso da inclusatildeo eacute a tolice de se crer que como natildeo existe a anormalidade eacute essencial que
todos se nivelem e dessa forma bons e ruins satildeo semelhantes esforccedilados e negligentes satildeo iguais
De maneira sutil mas persistente comeccedila se instituir como verdadeiro valor da escola nos tempos de
agora a crenccedila absurda de que exaltar o bom implica em denegrir o fraco aplaudir o esforccedilo eacute
extremamente perverso e segregacionista para quem eacute indolente
Essa tolice afasta a educaccedilatildeo brasileira das melhores do mundo e gera falsos argumentos para
defender indolentes Temos uma educaccedilatildeo entre as piores do mundo Paciecircncia Eacute mais importante
ser feliz que ser saacutebio como se pudesse existir felicidade autecircntica sem sabedoria demonstramos
redundante fracasso esportivo nas Olimpiacuteadas de Pequim Paciecircncia Deus natildeo quis que nossos
atletas alcanccedilassem o poacutedio Ao refletir sobre a arrogacircncia da exclusatildeo resolvemos incluir a todos
para que o ecircxito de alguns natildeo magoassem o esforccedilo dos demais e com essa mentalidade olhamos
nossos fracassos natildeo mais como alerta para providecircncias mas como contingecircncia de que acolhemos
heroacuteis e vagabundos com igual distinccedilatildeo Fracassar errar tropeccedilar e abandonar-se ao lazer deixou
de ser prova de fraqueza e medida de acomodaccedilatildeo covarde para se transformar em valor digno de
aplauso tatildeo expressivo quanto se dedicar com afinco buscar o sucesso sempre planejar caminhos
viaacuteveis para conquistas sempre maiores
O avesso da inclusatildeo eacute se acreditar que fraqueza insucesso e covardia satildeo destino natildeo indiferenccedila
preguiccedila ou omissatildeo
(Celso Antunes)
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
BIBLIOGRAFIA
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PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre
PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003
PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996
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REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000
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Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009
WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
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BIBLIOGRAFIA
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REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000
SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004
SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997
__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais
SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997
STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24
UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994
VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002
VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987
VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003
WEBGRAFIA
ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702
FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm
PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm
SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx
SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml
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IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
MANTOAN Maria Tereza Egleacuter e colaboradores Integraccedilatildeo de pessoas com deficiecircncia - Editora Memnon ediccedilotildees cientiacuteficas Itda 1988
__________ Inclusatildeo Escolar O que eacute Por quecirc Como fazer Satildeo Paulo Moderna 2003 Nova ediccedilatildeo-2006
__________ O direito agrave diferenccedila na escola Paacutetio - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 12-15
MEDINA A S ovos olhares sobre a supervisatildeo Supervisor Escolar parceiro poliacutetico-pedagoacutegico do professor Campinas SP Papirus 1997
Ministeacuterio da Justiccedila - Declaraccedilatildeo De Salamanca E Linha De Accedilatildeo Sobre ecessidades Educativas Especiais - Brasiacutelia corde 1997
PACHECO Joseacute Caminhos para a Inclusatildeo Artmed 2007 Porto Alegre
PARO V H Gestatildeo democraacutetica da escola puacuteblica Satildeo Paulo Aacutetica 2003
PASSERINO L R l M O Supervisor educacional agrave luz da concepccedilatildeo libertadora Revista Acadecircmica PUC - PR 1996
REVISTA NOacuteS DA ESCOLA Dedicaccedilatildeo Incondicional Ao 6 nordm 63 2008
REVISTA NOVA ESCOLA A Revista do Professor v 15 n 138 dez 2000
SANCHEZ P A A educaccedilatildeo inclusiva um meio de construir escolas para todos no seacuteculo XXI Revista Inclusatildeo Brasiacutelia v1 n1 out2004
SASSAKI Romeu Inclusatildeo construindo uma sociedade para todos Rio de Janeiro WVA 1997
__________ Inclusatildeo implica em transformaccedilatildeo Entrevista ao Jornal da entidade Amigos dos Metroviaacuterios Excepcionais
SILVA JUacuteNIOR C RANGEL M ove olhares sobre supervisatildeo 7 ed Satildeo Paulo Papirus 1997
STAINBACK Susan Bray Entrevista - revista pedagoacutegica Ano VII nordm 32 nov2004-jan 2005 Porto Alegre Artmed 2004 p 20-24
UNESCO Arquivo aberto sobre a educaccedilatildeo inclusiva Paris 1994
VASCONCELLOS Celso dos S Coordenaccedilatildeo do Trabalho Pedagoacutegico do Projeto Poliacutetico Pedagoacutegico ao cotidiano da sala de aula Satildeo Paulo Libertad 2002
VIGOTSKY Lve A Formaccedilatildeo Social da Mente Satildeo Paulo Martins Fontes 1987
VILLAS BOAS M V A praacutetica da supervisatildeo In Educaccedilatildeo e Supervisatildeo 10 ed Satildeo Paulo Cortez 2003
WEBGRAFIA
ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702
FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm
PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm
SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx
SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml
Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009
WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
WEBGRAFIA
ANTUNES Celso A Inclusatildeo da Sala de Aula Disponiacutevel em httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=45
________________ O Avesso da Inclusatildeo Disponiacutevel em
httpwwwcelsoantunescombrpttextos_exibirphptipo=TEXTOSampid=61
FERREIRA Maria Elisa Caputo O enigma da inclusatildeo das intenccedilotildees agraves praacuteticas pedagoacutegicas Educ Pesqui [online] 2007 vol33 n3 pp 543-560 ISSN 1517-9702
FERREIRA Naura Syria Carapeto Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
GADOTTI M Romatildeo J E Supervisatildeo Escolar ovos Desafios E Propostas Disponiacutevel em httpwwwwebartigoscomarticles23772Supervisatildeo-Escolar--Novos-Desafios-E-Propostaspagina2html
ONOFRE Joelson Alves Educar para uma sociedade inclusiva Disponiacutevel em httpwwwmeuartigobrasilescolacomeducacaoeducar-para-uma-sociedade-nclusivahtm
PEREIRA Mariluacute Mouratildeo Inclusatildeo Escolar Um desafio entre o Ideal e o real Disponiacutevel em wwwprofalacomarteducesp53htm
SILVA Ana Patriacutecia G da Costa Sociedade Inclusiva e Inclusatildeo Escolar Artigo do Jornal de Arte ndash Tinta Fresca Disponiacutevel em wwwtintafrescanetnewsnewdetailaspx
SANTOS B S Entrevista com o professor Boaventura de Souza Santos Disponiacutevel em httpwwwdhnetorgbrdireitosmilitantesboaventuraboaventura_ehtml
Centro de Referecircncia Educacional ndash Consultoria e Assessoria em Educaccedilatildeo Disponiacutevel em wwwcentrorefeducacionalcombrgestaohtm Consulta em outubro de 2009
WERNECK Claudia Inclusatildeo social Disponiacutevel em ltptwikipediaorgwikiinclusatildeo_socialgt Acesso em 11 de novembro de 2009
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
-
- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
-
- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
-
- Em 26022010
-
- Avaliado por________________________________________
-
IacuteDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMETOS 02
DEDICATOacuteRIA 03
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMAacuteRIO 07
ITRODUCcedilAtildeO 08
CAPIacuteTULO I - O DESAFIO QUE Eacute A ICLUSAtildeO 10
CAPIacuteTULO II - SOCIEDADE ICLUSIVA 17
CAPIacuteTULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute 23
CAPIacuteTULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO ICODICIOAL 30
COCLUSAtildeO 39
AEXOS 41
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
IacuteDICE 48
F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
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- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
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-
- Judite Ribeiro Henriques
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- ORIENTADORA
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- RIO DE JANEIRO
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- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
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- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
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F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
UIVERSIDADE CADIDO MEDES
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SESUrdquo
ISTITUTO A VEZ DO MESTRE
O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
ALUA Judite Ribeiro Henriques
ORIETADORA Professora Maria Esther de Arauacutejo Oliveira
Em 26022010
Avaliado por ________________________________________
Conceito _______________________
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
-
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- CURSO
-
- ADMINISTRACcedilAtildeO E SUPERVISAtildeO ESCOLAR
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
- Por
-
- Judite Ribeiro Henriques
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- ORIENTADORA
-
- RIO DE JANEIRO
- 2010
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
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- AGRADECIMENTOS
- DEDICATOacuteRIA
-
- EPIacuteGRAFE
-
- RESUMO
- METODOLOGIA
-
- CAPITULO III ndash SUPERVISAtildeO ESCOLAR O QUE Eacute23
- CAPITULO IV ndash DEDICACcedilAtildeO INCONDICIONAL30
- CONCLUSAtildeO 39
-
- A N E X O 2
- O Avesso da Inclusatildeo
-
- WEBGRAFIA
-
- IacuteNDICE
-
- CONCLUSAtildeO39
-
- F O L H A D E A V A L I A Ccedil Atilde O
-
- UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
- POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo
- INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
-
- O Supervisor Trabalhando a Questatildeo da Inclusatildeo Escolar
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- ALUNA Judite Ribeiro Henriques
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