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TROPICALISMOMovimento artístico e cultural
(final da década de 60)
• O movimento foi lançado no Festival da Record de 1967, com as músicas “Alegria, alegria” de Caetano Veloso, e “Domingo no parque”, de Gilberto Gil, acompanhadas por guitarras elétricas, o que causou muita polêmica, já que na época a MPB era dominada pela estética da bossa nova.
• Liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil, que tentam, fazendo uso do deboche, da irreverência e da improvisação revolucionar a música popular brasileira e misturá-la à cultura de massa urbana, através da retomada das lições do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade.
• Além das músicas de Caetano e Gil, já citadas, o filme "Terra em Transe", de Glauber Rocha, teve papel fundamental no surgimento desta "revolução".
• Fruto da audácia de novos talentos, o movimento entra no âmbito das mais diversas atividades artísticas, como o teatro, artes plásticas, cinema e com maior destaque a música.
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MÚSICA• Um grande momento foi a estréia do show "Opinião", meses após o golpe militar de 64, que reuniu no palco diversos segmentos da música e da intelectualidade brasileira como forma de resistência ao regime político instalado.
• Foi nesse panorama politizado que Caetano Veloso e Gilberto Gil apresentaram, no festival da Record, em 1967, "Alegria, alegria" e "Domingo no parque", músicas que representavam uma saída para o impasse cultural do turbulento momento.
• Em agosto de 1968, com o lançamento do disco Tropicália ou panis et circencis fica evidente a presença de um movimento Tropicalista, em andamento, que não tardaria a ter todas as suas propostas organizadas num documento único.
- O disco resume todas as suas tendências: a estática brega do tango de Vicente Celestino (1849-1968) “Coração Moderno”, a presença da cultura urbana internacional marcada pela influência dos Beatles e do rock cantada por Os Mutantes. As letras expressam uma visão da realidade brasileira, o que faz com que Gil e Caetano sejam presos em suas casas e depois exilados em Londres.
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TEATROTEATRO
• Estas novas ideias se refletem nos mais diversos campos artísticos, como é o caso do cinema novo, de Glauber Rocha, que faz severas críticas à transformação ("redução") da obra de arte em instrumento político.
• Terra em Transe, exibido em 1967, demonstra a descrença na política, a busca de uma nova linguagem e a presença do misticismo, características que já apontam para o Tropicalismo.
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AntropofagiaAntropofagia e TropicalismoTropicalismo• Artistas que criaram um elo entre a Antropofagia, no
contexto do Modernismo brasileiro, e a ressignificação do movimento Tropicalista, nos anos 60.
- Portinari
- Vicente do Rego Monteiro (Semana de 22)
- Di Cavalcanti (Semana de 22)
- Tarsila do Amaral (Semana de 22)
- Lygia Clark
- Hélio Oiticica.
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PORTINARI (Brodósqui)
• MARCAS
- Corpos humanos sugerindo movimento.
- Pés enormes (relação com a terra)
- Tons avermelhados
• TEMAS
- Retirantes nordestinos / cangaceiros
- Infância em Brodósqui
- Históricos
• “Café” (prêmio na Europa)Café*Imagem cedida pelo Projeto Portinari
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Portinari
Mestiço
Retirantes
Colona
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“Candido Portinari nos engrandeceu com sua obra de pintor. Foi um dos homens mais importantes do nosso tempo, pois de suas mãos nasceram a cor e a poesia, o drama e a esperança de nossa gente. Com seus pincéis, ele tocou fundo em nossa realidade. A terra e o povo brasileiros - camponeses, retirantes, crianças, santos e artistas de circo, os animais e a paisagem - são a matéria com que trabalhou e construiu sua obra imorredoura.”
Jorge Amado
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LYGIA CLARK
• Elimina o limite entre o espaço de ficção e o espaço de realidade / abandona o pincel e a tela.
• (...) “Linhas absolutamente iguais, horizontais e verticais, produzem entre si uma tensão oblíqua distorcendo um quadrado perfeito: o espaço então se revela ali como um momento do espaço circundante. O espaço é na verdade o símbolo de nossa época.”
(Lygia Clark, 1958) In: Clark. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1958.
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Máscaras sensoriais, 1967. Tecidos.
Referência: Lygia Clark. Barcelona: Fundació Antoni Tàpies, 1997. P. 221
Desenhe com o dedo, 1966. Saco plástico (20 x 30 cm) e água.Referência: Lygia Clark. Barcelona: Fundació Antoni Tàpies, 1997. P. 207
Trepantes (Obra mole), 1964. Borracha.Referência: Lygia Clark. Barcelona: Fundació Antoni Tàpies, 1997. P. 172
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Planos em superfície modulada nº 5, 1957.Tinta industrial s/ madeira, 80,0 x 70,0 cm.
Maquete para interior nº 1, 1955. Madeira e tinta industrial.
Composição, 1953. Oleo s/ tela, 100 x 65 cm.
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Planos em superfície modulada nº 1, 1957. Tinta industrial s/ madeira, 87,0 x 60,0 cm.
Composição no 5. Série: Quebra da Moldura, 1954. Óleo s/ tela e madeira, 107 x 91 cm.
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ARTES PLÁSTICAS
Hélio Oiticica
• Ele se considera um anarquista e gozador; em sua arte utilizou diversos tipos de materiais, como a madeira, a terra crua e o carvão, que veio a resultar no que ele denominou de "antiarte".
• O artista plástico Hélio Oiticica batiza o Movimento Tropicalista através e sua escultura penetrável que expõe no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro.
• Em sua obra "Tropicália", apresentada em abril de 67 no MAM, produziu uma síntese de várias tendências para uma cultura brasileira, onde esta devia voltar-se sobre si mesma e procurar seu sentido próprio.
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"Eu é que inventei. Depois o Caetano, que eu nem conhecia, fez a música e o nome ficou conhecido. De modo que eu inventei a
Tropicália e eles inventaram o Tropicalismo."Hélio Oiticica |
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• Um dos fundadores do Neoconcretismo.
• Suas obras lutam contra a atitude contemplativa do espectador.
• 1959 – seus primeiros RELEVOS TRIDIMENSIONAIS.
• Pinta uma série de quadros em ambas as faces e os distribuiu no espaço(uma visão dinâmica e espacial da cor).
• Sua obra propõe relações sensórias e corpóreas.
• Parangolés(1964)
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Parangoles são capas, estandartes, bandeiras para serem vestidas ou carregadas pelo participante de um happening. As capas são feitas com panos coloridos (que
podem levar reproduções de palavras e fotos) interligados, revelados apenas quando a pessoa se movimenta. A cor ganha um dinamismo no espaço através da associação com a dança e a música. A obra só existe plenamente, portanto, quando da participação corporal: a estrutura depende da ação. A cor assume, desse modo, um caráter literal de vivência, reunindo sensação visual, tátil e
rítmica. O participante vira obra ao vesti-lo, ultrapassando a distância entre eles, superando o próprio conceito de arte.
Nildo da Mangueira, com Parangolé, 1964
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Parangolés (1964)
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O fim do movimento
• Com vida curta, o tropicalismo acaba com a AI-5 em dezembro de 1968. Em 1997, quando se comemoram os 30 anos do Tropicalismo, são lançados dois livros com a história do movimento: “Verdade Tropical”, de Caetano Veloso, e “Tropicália- A História de uma Revolução Musical”, do jornalista Carlos Calado.
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Aula elaborada pelo arte-educador Wagner Bôa Morte, colégio CEUB, Brasília-DF.
E-mail – [email protected]
http://www.pucampinas.edu.br/centros/clc/jornalismo/projetosweb/2003/Semanade22/artes.htm
http://www.facom.ufba.br/com024/tropicalia/artmusic.html
A arte é o espelho da pátria.O país que não preserva os seus valores
culturaisJamais verá a imagem de sua própria alma.
Chopin