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2 ANAC/SRI/GAMI
MERCADO DE PASSAGEIROS
Os Estados Unidos representam o principal mercado
aéreo internacional do Brasil, tendo respondido por
25,7% do total do volume de passageiros
transportados com origem e destino no país em 2015.
Em segundo lugar, aparece a Argentina, com 14,7%
de participação.
O transporte aéreo de passageiros entre Brasil e EUA
cresceu 9,4% ao ano no período 2005-2015, tendo
mais que dobrado de tamanho no período (146% de
crescimento acumulado). No último ano, houve uma
pequena redução de 0,4% após vários anos de
expansão.
O número ofertado de voos para os EUA cresceu
88,6% entre 2005 e 2015. Em dezembro do último
ano, 280 voos de ida e volta foram ofertados por
semana entre os dois países. Destes voos, apenas
três não são operados por empresas brasileiras ou
americanas, mas por uma empresa de terceiro país,
a Korean Airlines1.
A empresa American aparece como líder em termos
de volume de operações, com 100 frequências
semanais, seguida pela TAM (75), United (35) e Delta
(33).
Fonte: ANAC
Fonte:ANAC
Fonte: ANAC – Hotrans de Dezembro
1 A Korean opera em 5ª liberdade nesse segmento, na rota São Paulo – Los Angeles – Seul.
Fonte: ANAC
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3 ANAC/SRI/GAMI
As empresas que possuem maior participação de
mercado são American e TAM, as quais encerraram
2015 com participações de mercado de 33,7% e
31,8%, respectivamente. A Delta aparece na 3ª
posição, tendo encerrado o ano com 12,8% do
mercado, seguida de United (12,5%) e Azul (7,2%).
Partindo-se para a análise das taxas de crescimento
registradas pelas principais empresas aéreas
atuantes nesse mercado2, em termos de variação do
volume de passageiros transportados no biênio
2014/2015, a TAM foi a única empresa com
crescimento positivo (2%). As quedas mais
acentuadas ocorreram nas operações da Gol (29%) e
da Korean (31%).
No tocante à participação de mercado por rota,
observa-se que a empresa brasileira TAM encerrou
2015 com significativas participações de mercado
nas 3 cidades americanas em que atua: Miami (43%),
Nova York (50%) e Orlando (58%).
Na rota de Orlando, operam, além da Delta (1%),
outras empresas brasileiras, a saber, Azul (33%) e
GOL (7%).
O principal destino no mercado americano, em 2015,
foi a cidade de Miami, com 40% de participação do
total, seguido de Nova York, com 16%.
Em 2015, 11 cidades americanas foram atendidas
por voos regulares a partir do Brasil, além de Miami e
NY: Atlanta, Charlotte, Chicago, Dallas, Detroit, Fort
Lauderdale, Houston, Los Angeles, Newark, Orlando
e Washington.
Fonte: ANAC
Fonte: ANAC
2 Não foi informada a taxa de crescimento da empresa Azul, pois a operação para os EUA teve início em dezembro de 2014.
Fonte: ANAC
Fonte: ANAC
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4 ANAC/SRI/GAMI
Dentre os destinos norte-americanos, apenas
Orlando teve um crescimento significativo (71%). As
reduções mais substanciais ocorreram em Atlanta
(11%) e New York (7%).
Analisando-se a conectividade em termos de
localidades brasileiras atendidas com voos regulares
para os EUA em 2015, registra-se que 12 cidades
nacionais foram contempladas com serviços aéreos
para aquele país: São Paulo, Rio de Janeiro,
Campinas, Brasília, Confins, Manaus, Recife,
Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Belém e Fortaleza.
Considerando-se a distribuição do tráfego entre os
aeroportos brasileiros no ano de 2015, Guarulhos
respondeu por 58% dos passageiros transportados.
O aeroporto do Galeão aparece em 2º lugar com
17%. Em seguida estão Campinas (9%), Brasília
(6%), Confins (3%), Manaus (2%); dentre outros.
Não obstante a importância do aeroporto
internacional de São Paulo, é possível observar a
progressiva desconcentração de voos para outras
cidades. A proporção de voos mistos entre o Brasil e
os EUA que tinham o aeroporto paulista como
primeiro ponto de chegada ou último ponto de partida
era de 88% em dezembro de 2005, caindo para 47%
em dezembro de 2015.
No comparativo de 2015 com o ano anterior, apenas
Brasília apresentou taxa positiva de crescimento
(11%) em termos de volume de passageiros
processados nas rotas Brasil – EUA. As maiores
diminuições foram observadas em Manaus (28%) e
Galeão (18%).
Fonte: ANAC
Fonte: ANAC
Fonte: ANAC
Fonte: ANAC
.
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5 ANAC/SRI/GAMI
MERCADO DE CARGA
A América do Norte3 é o principal parceiro do Brasil
no mercado de carga aérea, tendo respondido por
40,2% do total de toneladas transportadas com o país
em 2015.
Os Estados Unidos são o principal parceiro
econômico do Brasil nesse segmento, com 37,3% de
participação no cômputo global do transporte
internacional cargueiro do país. Em segundo lugar
está a Alemanha, com 8,5% de participação.
O transporte aéreo de cargas entre o Brasil e os
Estados Unidos cresceu a uma taxa média de 3,0%
ao ano nos últimos dez anos. Em 2015, foram
transportadas 239,5 mil toneladas entre os dois
países.
Após as retrações de 2008 e 2009, ocasionadas
primordialmente pela crise mundial, os anos de
20104, 2011 e 2012 foram de recuperação. No último
biênio, houve retração de 11,2%.
Considerando o perfil das operações, tem-se que
51% do tráfego internacional de cargas entre o Brasil
e os EUA foram realizados por empresas
exclusivamente cargueiras em 2015. Os 49%
remanescentes foram escoados, portanto, no porão
de aeronaves mistas.
A participação das empresas cargueiras diminuiu de
55%, em 2014, para 51%, em 2015.
Em relação à distribuição de mercado entre as
empresas atuantes nesse segmento, em 2015, as
principais empresas foram Atlas (19,9%), TAM
(18,3%) e American (17,5%).
Fonte: ANAC
3 A distribuição da carga transportada entre o Brasil e os países da América do Norte exibe a seguinte proporção: Estados Unidos (92,7%), México (5,2%) e Canadá (2,1%).
Fonte: ANAC
4 A TAM passou a fornecer dados de carga internacional apenas em setembro de 2010.
Fonte: ANAC
Fonte: ANAC
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6 ANAC/SRI/GAMI
Considerando as operações tipicamente cargueiras,
tem-se que a Atlas liderou 2015 com 39,2% de
participação, seguida pela Fedex (14,8%), ABSA
(12,8%) e TAMPA (8,6%); dentre outras.
As empresas não regulares5 representaram 6,7% do
mercado cargueiro entre Brasil e EUA. Entre essas
empresas, destacaram-se a Skylease Cargo, com
5,2%, a Florida West, com 0,8%, e a Centurion, com
0,6%.
As empresas americanas lideram no segmento
exclusivamente cargueiro com 68% do mercado.
Entre as brasileiras, somente a ABSA opera nesse
mercado, com 13% de participação.
Um ponto a se destacar no segmento exclusivamente
cargueiro é a expressiva participação de empresas de
terceiros países que atuam em 5ª liberdade nesse
mercado. Em 2015, tais companhias foram
responsáveis por 20% da carga transportada entre o
Brasil e os EUA. Destacaram-se as empresas
colombianas – Lan Colombia Cargo e TAMPA – e
chilena – Lan Cargo.
A análise do desempenho das principais empresas
atuantes nesse segmento, no biênio 2014-2015,
revela que apenas American e ABSA tiveram
resultado positivo de 7% e 3%, respectivamente. As
maiores reduções foram observadas na Tampa
(32%), TAM (17%) e Fedex (11%).
TURISMO*
A América do Norte representa a terceira região mais
importante para o Brasil em termos de emissão de
turistas para o país, tendo respondido por 18% dos
turistas internacionais que chegaram ao Brasil por via
aérea.
Fonte: ANAC
* Por demais países entende-se: Colômbia (13,3%); Chile
(6,2%) e Rússia (0,1%).
Fonte: ANAC
Fonte: ANAC
* O Anuário Estatístico do Ministério do Turismo referente ao ano de
2015 não havia sido divulgado até o momento da publicação deste Boletim, motivo pelo qual as informações contidas nesta seção se referem ao ano de 2014.
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7 ANAC/SRI/GAMI
Apenas os Estados Unidos foram responsáveis por
14% do total de turistas que chegaram ao Brasil por
meio de transporte aéreo6. Levando-se em conta o
turismo recebido por todos os modais, o percentual
de turistas americanos passa para 10%, o que coloca
os EUA na segunda colocação no ranking dos
principais países emissores de turistas para o Brasil7.
Analisando-se o fluxo turístico entre os dois países no
período 2005-2014, observam-se movimentos
distintos no comportamento evolutivo da emissão de
turistas entre os dois países.
De um lado, o número de brasileiros visitando os EUA
cresceu a uma taxa média anual de 19% no período.
Em 2014, o montante de turistas nacionais naquele
país foi mais de três vezes superior ao verificado em
2005.
Por outro lado, observou-se uma diminuição de 17%
no número de turistas americanos no Brasil entre
2005 e 2014.
Por fim, dados relativos ao gasto médio diário dos
turistas no Brasil, em 2014, classificados por
nacionalidade, revelam que os americanos foram o
quinto colocado em valores desembolsados no país
(US$ 73,12/dia). Os mexicanos foram os que mais
gastaram (US$ 107,7/dia), seguidos pelos chilenos
(US$ 92,3/dia); dentre outros.
RELAÇÕES COMERCIAIS
Nos últimos dez anos, a corrente de comércio entre o
Brasil e os Estados Unidos apresentou crescimento
médio de 3,7% ao ano. As importações cresceram de
forma mais acelerada, apresentando um crescimento
anual de 7,6%, contra apenas 0,7% das exportações.
As relações comerciais entre os dois países
representaram, em 2015, 13,9% do total das transações
brasileiras.
Fonte: Ministério do Turismo – Mtur. Brasil.
6 O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking dos principais emissores de
turistas para os Estados Unidos, com 2,3 milhões de pessoas em 2014. O total representa um crescimento de 10% sobre o ano anterior. Dados do International Trade Administration mostram que, em 2014, 3,0% dos visitantes recebidos pelos EUA eram brasileiros. 7 O primeiro colocado foi a Argentina (27%) e o terceiro, a Alemanha
(5%).
Fonte: International Trade Administration (Brasileiros nos EUA) e
Ministério do Turismo (Americanos no Brasil).
Fonte: Ministério do Turismo – Mtur. Brasil.
Fonte: MDIC, Aliceweb.
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8 ANAC/SRI/GAMI
No último ano, o Brasil exportou US$ 24,1 bilhões para
os Estados Unidos e importou US$ 26,5 bilhões,
ocupando a 12ª posição no ranking de principais
parceiros comerciais daquele país8.
De acordo com dados do Ministério de
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior –
MDIC, os EUA perderam para a China o posto de
principal parceiro comercial do Brasil recentemente. Em
2015, os EUA apareceram em 2º lugar no ranking de
maiores exportações e importações brasileiras,
respondendo por (12,6%) e (15,4%), respectivamente,
do total.
23,9% das transações comerciais entre os dois países
foram por via aérea. Já quando se computa a corrente
de comércio em toneladas, esse percentual cai para
0,2%.
Esse fato é explicado pelo alto valor agregado das
mercadorias transportadas por via aérea. Esse valor
médio em 2015 foi de US$ 131,60 / kg, enquanto o valor
médio para os outros modais foi de US$ 0,73 /kg.
Entre os produtos de alto valor agregado transportados
por via aérea, destacam-se produtos de origem animal
(US$ 4.355 / kg), objetos de arte, de coleção e
antiguidades (US$ 3.293 / kg), pérolas e pedras
preciosas (US$ 2.321 / kg) e aeronaves e aparelhos
espaciais (US$ 1.636 / kg); dentre outros.
Considerando-se a representatividade dos produtos
pelo valor total comercializado, destacam-se os
seguintes: caldeiras e máquinas (US$ 5.415 milhões),
instrumentos de óptica e fotografia (US$ 1.484
milhões), máquinas e material elétrico (US$ 1.314
milhões), e produtos farmacêuticos (US$ 1.165
milhões); dentre outros.
8 U.S. Census Bureau – U.S. Bureau of Economic Analysis:
https://www.census.gov/foreign-trade/statistics/highlights/toppartners.html
Fonte: MDIC, Aliceweb.
Fonte: MDIC, Aliceweb.
Fonte: MDIC, Aliceweb.
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RESUMO
Os Estados Unidos são o principal mercado aéreo de
passageiros do Brasil, respondendo por 25,7% de
todo o mercado internacional do país. Da mesma
forma, detêm a primeira posição no transporte de
carga, com 37,3% do mercado.
No último ano, o volume de passageiros
transportados entre os dois países teve redução de
0,4% no comparativo com a 2014. Analisando por
empresa, apenas a brasileira TAM teve evolução
positiva no período. A companhia Azul começou suas
operações para os Estados Unidos em dezembro de
2014.
No volume de carga, houve redução de 11,2%.
Apesar dessa retração, duas empresas tiveram
aumento: a American e a brasileira ABSA.
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