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Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Boa Noite. Eu não estou escutando. Tá sem retorno. Uma boa noite. Ah, agora

sim, todo mundo animado. Então, nós hoje estamos aqui reunidos para a

realização de uma Audiência Pública, desse pedido de licenciamento ambiental

da PETROBRAS para ampliação do Terminal de Cabiúnas, chamado Projeto

PLANSAL. Meu nome é Antônio Carlos Gusmão, eu sou da Comissão Estadual

de Controle Ambiental, a CECA, um Órgão da estrutura ambiental do Estado

de Rio de Janeiro e eu sou o Presidente dessa Audiência Pública que nós

estamos reunidos aqui em Macaé. Inicialmente, muito obrigado pela presença

de todos. Muito prazer rever algumas pessoas que eu já conhecia e informar

que a Audiência Pública, ela é uma etapa do procedimento de licenciamento

ambiental para aqueles empreendimentos com significativo impacto, um

impacto maior, como é o caso desse empreendimento aqui que nós estamos

conversando hoje. A empresa fez o pedido dessa ampliação no INEA e o INEA

analisou o processo, algumas observações foram feitas e hoje, esse estudo

ambiental é apresentado à sociedade aqui de Macaé. Então isso faz parte

dessa etapa inicial do licenciamento ambiental. A Audiência Pública, ela

consiste na apresentação pela PETROBRAS, do projeto que é a

empreendedora, em seguida uma empresa consultora que fez o estudo

ambiental vai apresentar aqui o estudo, seus aspectos, seus impactos, as

formas de controlar, as formas de minimizar, como é que são essas influências,

interferências no ambiente e depois, os colegas do INEA apresentam como é

que esse processo se desenvolveu no INEA desde a sua entrada até o dia de

hoje. Então, e depois dessa Audiência ainda há um prazo de dez dias pra

manifestações, pra contribuições das pessoas que aqui estiveram presentes e

que podem mandar suas sugestões para os endereços que constam aqui, do

folheto que vocês receberam. Vocês que tão participando da Audiência, vocês

podem fazer perguntas, essas perguntas são por escrito numa folhinha que tá

em anexo aqui no material que foi distribuído no na entrada ali. Todos vocês

assinaram um livro de presença. Todo esse material aqui faz parte do processo

administrativo que tá se desenrolando no INEA, que é o Órgão Estadual, vocês

escutam falar INEA, mas é a antiga FEEMA, né, que se transformou agora em

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INEA, Instituto Estadual do Ambiente. E, então eu vou convocar as pessoas

que vão participar aqui da da Audiência. Nessa nossa mesa aqui ficam as

pessoas da estrutura ambiental do Estado e na outra mesa, os colegas da

PETROBRAS e as consultora que que elaborou o estudo de impacto. Aqui na

mesa já estou eu, vocês tão me vendo aqui, não tem nem como me esconder.

Meu nome é Antônio Carlos Gusmão, meu colega José Alencar, ele é o

Coordenador do Grupo de Trabalho do INEA que está analisando este estudo.

Marco Antônio é meu colega que vai ser o Secretário da Audiência pela CECA

ajudado também pelo meu outro colega Iam Lindesey. E para compor a mesa

ali dos empreendedores nós vamos chamar o Senhor Rômulo Poço da

PETROBRAS, que vai apresentar o empreendimento. (aplausos) Obrigado

Rômulo. Também pela PETROBRAS o Senhor Maurício Cortes. Cadê o

Maurício? (aplausos) É Cortes, né, Maurício? É Cortes ou Cortez? Então

acertei. Nosso colega Eugênio Tourinho também da PETROBRAS, muito

obrigado, prazer. (aplausos) Obrigado. E o nosso colega também Paulo

Nolasco da PETROBRAS. (aplausos) Representando ainda, ou melhor,

representando a empresa que fez o Estudo Ambiental, o Analista Ricardo

Simonsen. (aplausos) E queria convidar pra compor a mesa também o nosso

colega Secretário Municipal de Meio Ambiente aqui de Macaé que tá

representando a Prefeitura, o nosso colega Maxwell Vaz. (aplausos) Que

sempre está presente nas Audiências e aqui em Macaé representando a a

Prefeitura. Maxwell, obrigado amigão. Bom, registrar, também tá a nossa colhe

a nossa colega Marina tá aqui também, não tá? Da Secretaria de Meio

Ambiente. Marina que é fiscal aqui, cadê a Marina? Marília, ah, desculpe. Cadê

a Marília? A Marília que é nossa fiscal aqui de Macaé. Bom, daqui a pouco a

Marília se apresenta. Queria registrar a presença também do nosso colega,

Doutor Flávio do Ministério Público Federal, valorizando a Audiência, muito

obrigado. Também os colegas Carlos Alexandre e Flávio, Flávio também, né,

seu nome ele? Fernando aqui do Instituto Chico Mendes. O Carlos, ele é Chefe

do Parque Nacional de Jurubatiba, Carlos Alexandre, muito obrigado pela

presença de vocês e assim que as pessoas forem chegando, também a nossa

amiga Maria de Lurdes do Amaral, Secretária de Meio Ambiente e Turismo de

Carapebus, Coordenadora do Meio Ambiente, onde é que está a Maria de

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Lurdes? Cadê a Maria de Lurdes? Brigado pela presença. E nós vamos então

agora executar o Hino Nacional e eu pediria que os nossos colegas da

produção aí providenciassem aqui no Hino.

EXECUÇÃO DO HINO NACIONAL BRASILEIRO

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Bem, então vocês já viram como é que, já entenderam a dinâmica como será.

Inicialmente a PETROBRAS vai explicar o projeto, seu representante, que vai

ser o Rômulo, depois o Ricardo vai apresentar o RIMA, o Zé Alencar apresenta

o procedimento administrativo no INEA até o momento. Vocês vão fazendo as

perguntas em função das dos entendimentos aí, as dúvidas que vocês vão

tendo porque hoje é o dia da apresentação do Estudo Ambiental aqui pra

sociedade e as perguntas vão sendo recolhidas e passadas aqui pra mesa, tá

certo? Agora eu eu convido o Senhor Bruno Lopes, que ele vai fazer um

briefing de segurança em relação ao ambiente que nós estamos aqui pra gente

ter exatamente as informações do ambiente. Cadê o Bruno? Brigado, Bruno.

BRUNO LOPES – Técnico de segurança

Boa noite a todos. Sejam todos bem vindos. Meu nome é Bruno, sou técnico de

segurança e brigadista. Por medida de segurança vou tá passando algumas

orientações de segurança aqui do local pra vocês, tá ok? É o o ginásio possui

duas saídas de emergência, nas laterais, na minha direita e na minha

esquerda. Vocês, qualquer situação de emergência, vocês vão se deslocar

seguindo as orientações do dos brigadistas até a parte da frente do do ginásio

que seria o ponto de encontro. O ginásio possui equipamentos de combate a

incêndio, hidrantes e extintores que somente poderão ser utilizados pela equipe

da Brigada. Contamos com a a presença da Brigada, né, que está

disponibilizada em em pontos estratégicos divididos aqui na no ginásio. É

contamos com a ajuda também da da equipe da segurança patrimonial também

que está prestando apoio pra gente aí. Contamos também com uma uma UTI

móvel com médico e enfermeiro que está localizado lá na frente do ginásio,

qualquer situação de emergência, tá ok? É caso de pânico aca acabando a

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energia, peço a todos que mantenham a calma e sigam as instruções da

Brigada, tá, pra se deslocar até o local externo da saída de emergência.

Banheiros do lado direito, masculino e feminino. Bebedouro e café do lado

esquerdo, tá ok? No mais, muito obrigado, um bom evento pra vocês, tá ok.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Bom, muito obrigado. Também queria registrar a presença do nosso amigo

Luís Mário de Azevedo, Gerente Regional do Sistema FIRJAN. Onde é que tá o

Luís Mário? Cadê o Luís Mário? Obrigado. Então, a palavra agora nós

passamos para o Rômulo que vai fazer a apresentação aí do projeto pela

empresa, pela PETROBRAS que requereu a licença.

RÔMULO POÇO VIANNA - PETROBRAS

Bom, boa noite a todos. Meu nome é Rômulo Poço. Eu sou engenheiro,

trabalho na PETROBRAS e to aqui hoje pra apresentar o Projeto de Ampliação

do Terminal de Cabiúnas, a ampliação do TECAB que faz parte do Projeto

Rota Cabiúnas do da do programa do PLANSAL. O que é esse programa do

PLANSAL? Esse programa, ele é um plano de desenvolvimento da

PETROBRAS, da produção de óleo e gás do Pré-Sal, tá? Esse projeto, ele

contempla, ele tá associado basicamente à produção de gás do Pré-Sal. Opa.

Bom, esse projeto, as unidades re-associadas a esse projeto vão ser

implantadas no Terminal de Cabiúnas que fica localizada em Macaé, no Estado

do Rio de Janeiro é o que é esse projeto, né? Esse projeto é a ampliação da

capacidade de processamento de gás e condensado do Terminal de Cabiúnas.

E o quê isso significa, né? O que significa o processamento, ele na verdade vai

utilizar o gás proveniente pro Pré-Sal pra produzir derivados desse gás que são

produzidos hoje no Terminal de Cabiúnas, tá. Atualmente no terminal de

Cabiúnas esse gás natural e o condensado de gás natural, que eu vou explicar

mais a frente o que é o condensado de gás natural, mas atualmente o Terminal

de Cabiúnas processa o gás e produz os seguintes produtos: O gás natural

especificado, que é o gás de cozinha, é o gás que é usado em automóveis, o

gás usado em termoelétricas e é o e indústrias, tá. O te Terminal de Cabiúnas

também produz líquido de gás natural, o que é isso? Esse líquido de gás

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natural, ele é enviado a ao Pólo Gasquímico do Rio de Janeiro e ele serve, é

utilizado como matéria prima na produção de polímeros. Os polímeros são

usados na produção de diversos tipos de plástico, como sacolas plásticas,

frascos pra cosméticos, garrafões de água. Esse é o líquido de gás natural. E o

gás liquefeito de petróleo, que todos nós conhecemos como GLP ou gás de

botijão, também é produzido no Terminal. Em resumo, o que a ampliação do

Terminal é vai realizar vai vai ... mexer nisso aqui? Nada. Basicamente será

aumentada só a oferta desses produtos, não vai ser gerado nenhum outro

produto diferente do que o Terminal produz hoje, tá. E a previsão é que essas

unidades, elas entrem em operação em agosto de 2014. Então estamos

falando de utilizar o gás do Pré-Sal pra aumentar a oferta de produtos que são

utilizados diariamente por todo Brasil. Aqui eu mostro um mapa em que a gente

observa a área pro Pré-Sal da Bacia de Santos que nós chamamos de Pólo

Pré-Sal da Bacia de Santos, ou seja, é aqui que vão estar localizadas diversas

plataformas pra produzir o óleo e o gás do Pré-Sal. O gás produzido nessa

região, parte dele, vai ser escoada até o Terminal de Cabiúnas e com isso o

processamento pode ser realizado. É nesse escoamento de gás, agora eu vou

explicar pra vocês o que é o condensado. Nesse escoamento de gás, devido a

variações de pressão e temperatura do gás é formado um líquido ao longo do

escoamento e o Terminal de Cabiúnas, ele não recebe somente gás, ele passa

a receber o gás e o condensado que vem junto com esse gás. Esse

condensado, ele não é, ele é utilizado também pra produção de diversos do de

desses daqueles produtos que eu mostrei no Terminal de Cabiúnas. Então

como é que é feito isso, dentro de Cabiúnas existem unidades que processam

gás e existem unidades que processam condensados de gás natural. É...

Vamos lá. Como vai ser essa ampliação do Terminal. Basicamente nós vamos

ampliar unidades que processam gás natural e unidades que processam

condensados de gás natural. Então, como eu falei, durante o escoamento até o

Terminal de Cabiúnas, é formado o condensado. O terminal de Cabiúnas

recebe pra e pra essa ampliação tá sendo prevista que ele receba treze

milhões de metros cúbicos por dia de gás natural e quatro mil e setecentos

metros cúbicos por dia de condensado de gás natural. Esses esse isso aqui

são as vazões que ele vai receber, vazão de gás e vazão de condensado.

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Como isso vai ser distribuído dentro do Terminal? Parte, grande parte desse

gás e grande parte desse condensado vão pra unidades de processo

existentes hoje já no Terminal, como a gente observa por esse desenho. Então

a ampliação do Terminal vai instalar unidades de processamento de gás pra

processar o restante do gás que não pode, não tem capacidade de ser

processado no Terminal. Então a gente observa, por exemplo, a gente recebe

treze e vai utilizar, vai processar oito milhões de metros cúbicos por dia em

unidades existentes hoje no Terminal. Vamos precisar de uma ampliação de

cinco milhões de metros cúbicos por dia. Em relação ao condensado do gás

natural vamos receber quatro mil e setecentos e em unidades existentes nós

vamos processar três mil e duzentos metros cúbicos por dia, bastando uma

ampliação de processamento de condensado de mil e quinhentos metros

cúbicos por dia. Aqui a gente já observa a grande vantagem de utilizar o

Terminal de Cabiúnas pra processar esse gás do Pré-Sal que é a possibilidade

de utilizar essa infraestrutura existente no Terminal hoje pra processar mais da

metade que vai ser recebida pelo terminal. Aqui, opa. Bom, e aí a pergunta: Por

que o Terminal de Cabiúnas? O principal motivo eu já falei, é utilizar as

unidades existentes hoje no Terminal. O segundo motivo é que o Terminal

dispõe de área pra a instalação dessas novas unidades e essas essa área, ela

ainda está próxima das unidades existentes, o que facilita ainda mais essa

integração de processamento em unidades novas e unidades existentes hoje,

tá. Hoje o Terminal de Cabiúnas envia é matéria prima para o Pólo Gasquímico

do Rio de Janeiro, a RIOPOL pra produção de polímeros, como eu falei. A

gente enviando o gás do Pré-Sal para o Terminal de Cabiúnas, nós vamos

continuar mantendo esse suprimento, o que contribui pra produção de

polímeros e consequentemente dos plásticos e garrafas e e muitas, itens que

são utilizados hoje no nosso dia a dia. Além disso, o Terminal de Cabiúnas, ele

tem uma localização geográfica muito favorável em relação ao escoamento de

produtos, o que isso significa? Todos os produtos, esse aumento de oferta no

Terminal de Cabiúnas desses produtos, ele pode ser escoado por malhas de

transportes de produtos existentes hoje, ou seja, a gente não precisa construir

novos gasodutos, novos oleodutos pra transportas esses essa oferta maior de

produto. A gente vai poder utilizar a malha de transporte existente hoje. Quais

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são essas unidades da ampliação do Terminal de Cabiúnas, dessa ampliação?

Bom, pra receber o gás e o condensado de gás natural é instalado um coletor

de condensado, ele, a função dele é justamente dividir essas duas correntes.

Ele separa o gás natural do condensado de gás natural, porque cada um deles

tem um processamento diferente. Como o gás do Pré-Sal, ele possui algumas

características diferentes em relação ao gás que é processado hoje no

Terminal de Cabiúnas, vão ser instaladas duas unidades. Uma unidade de

remoção de mercúrio e uma unidade de remoção de CO2 ou gás carbônico pra

tornar esse gás adequado ao processamento nas unidades existentes e na

nova unidade do Terminal de Cabiúnas. Essa nova unidade de processamento,

ela processa, no caso aqui, a UPGN, que é uma Unidade de Processamento

de Gás Natural, ela processa as frações do gás e produz o gás natural

especificado que é o gás de cozinha e o gás liquefeito de petróleo, o gás de

botijão. A UPCGN é justamente a unidade de processamento de condensado

de gás natural e ela faz basicamente a mesma coisa, ela processa as frações,

só que do condensado, produzindo gás residual e o gás liquefeito de petróleo,

que é o gás de botijão. Esse gás residual, ele é reprocessado dentro do

Terminal e se transforma em gás natural especificado também. Além disso, vai

ser instalada uma unidade de tratamento cáustico de GLP, tá. A função dessa

unidade é remover compostos sulfurados do GLP, isso significa o quê? O GLP

tem uma especificação que ele tem que seguir antes dele ser comercializado.

Essa unidade, ela justamente remove alguns compostos sulfurados pra

adequar o GLP a essa especificação. O GLP que vai ser tratado nessa unidade

é o GLP produzido na UPGN e na UPCGN, tá. Além disso, assim como nos

nossos prédios, nossos apartamentos, nós precisamos de energia elétrica, de

água, serão instaladas também algumas utilidades que é como nós chamamos

pra garantir a operação dessas unidades. Quais são essas utilidades? Vai ser

instalada uma nova estação subelétrica para distribuição de energia para estas

unidades, um vai ser o Centro Integrado de Controle, vai ser ampliado esse

centro, Nesse Centro Integrado de Controle é onde ficam os operadores do

Terminal e é de lá que todas a operação das unidades é realizada e se a as

demais utilidades vão ser adequadas, como sistemas de combates à incêndio,

ar comprimido e resfriamento de água. Ah... Bom, aqui é é uma foto do

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Terminal de Cabiúnas, uma foto recente do Terminal e aqui tá sendo mostrado

onde essas novas unidades dessa ampliação vão ser instaladas. Qual, por que

essa localização? As unidades existentes que vão processar o gás tão todas

aqui ao redor dessas novas unidades, isso é o que garante essa integração

entre unidades novas e unidades existentes. Então a gente pode observar que

elas estão bem próximas aqui. Além disso, aqui tá é re ressal, aqui a gente

pode ver a faixa de dutos existentes também e é por aqui que se passam os

oleodutos e gasodutos que levam os produtos do Terminal até os

consumidores. Bom, a obra, ela vai passar pelas seguintes etapas: A

montagem do canteiro de obras, terraplanagem, montagem das unidades,

construção e montagem, a pré-operação e enfim a operação das unidades. É a

duração prevista pra essa obra é de trinta e sete meses a partir do da

montagem do canteiro de obras. Em relação à geração de empregos, são

esperados cerca de quatro mil pessoas trabalhando no pico da construção e

montagem dessa obra é... E a empresa contratada, ela vai ser orientada pela

PETROBRAS a fim de utilizar mão de obra locral, local sempre que sempre

que possível, tá. Apesar dessa contratação não ser feita diretamente pela

PETROBRAS, a empresa vai vai vai existir uma cláusula contratual que vai

garantir que seja utilizada a mão de obra local sempre que possível. Ahn... Tá

di ô... Foi. Bom, como a gente pode ver aqui, o projeto de ampliação do

Terminal de Cabiúnas, que faz parte do Projeto PLANSAL Rota Cabiúnas, ele

atende à necessidade, a objetivo de processar o gás natural do Pré-Sal e

garantir o fone, fornecimento de produtos que são hoje consumidos

diariamente em todo Brasil e vão continuar a ser é... E pelo fato da gente tá

sempre utilizando muitas uti, muitas unidades existentes, o processamento

existente no Terminal de Cabiúnas, a gente pode dizer que esse projeto

também minimiza impactos ao meio ambiente. Muito obrigado a todos.

(aplausos)

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ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Bem, muito obrigado. O nosso amigo Rômulo da PETROBRAS que apresentou

o projeto aqui da Audiência de Ampliação do Terminal. E eu convido o Analista

Ricardo Simonsen da empresa consultora que elaborou o Estudo de Impacto

Ambiental e vai mostrar aqui esse relatório de impacto ambiental na Audiência.

Lembrando que vocês já estão aí fazendo as perguntas, é ou não é? Pra

depois as pessoas que estão aqui responderem. Vocês vão direcionando as

perguntas pra quem vocês acharem que devem responder. Então, muito

obrigado Ricardo, com você a palavra.

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

Senhoras e senhores presentes, boa noite. Senhores membros da mesa. Meu

nome é Ricardo, sou engenheiro, um dos técnicos que trabalhou desse Estudo

de Impacto Ambiental, o EIA, do Projeto de Ampliação do Terminal de

Cabiúnas. O objetivo da minha apresentação aqui hoje é trazer informações

sobre como esse empreendimento vai se relacionar com o meio ambiente, ou

seja, quais são as alterações que ele é capaz de causar no meio ambiente e

quais são as medidas previstas pra que essas alterações sejam

ambientalmente viáveis. É essa apresentação tá estruturada da seguinte forma:

Vamos falar um pouquinho do processo de licenciamento ambiental e o que é o

EIA e o RIMA, a gente fala tanto de EIA e RIMA, é bom conhecer um

pouquinho mais desses dois estudos. Algumas características do projeto. O

Rômulo já apresentou o projeto em detalhe, mas nós vamos lembrar alguma

coisa das características do projeto, que isso é muito importante pra avaliação

ambiental, pra gente saber como esse projeto vai se relacionar com o meio

ambiente, quais são os principais impactos causados por esse

empreendimento, as principais medidas de controle e as conclusões dos

estudos. Situando, é... No processo de licenciamento ambiental o momento

que nós estamos, empreendimento desse tipo, como essa ampliação do

TECAB, precisam de três tipos de licença pra começar a operar: A primeira

delas chamada Licença Prévia, que é uma licença que ela é concedida na fase

preliminar de planejamento do empreendimento. A gente conhece o

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empreendimento com seus principais equipamentos, principais consumos,

principais emissões. Essa licença aprova a localização e a concepção do

empreendimento, ela não autoriza a construção do empreendimento, é uma

licença prévia, ela traz condicionantes pras etapas seguintes do licenciamento

a até esta viabilidade ambiental do empreendimento. Depois são detalhados

alguns projetos dos estudos ambientais, detalhados os projetos do

empreendimento, então é obtida a Licença de Instalação. Essa sim autoriza o

início das obras e o início da construção. E uma vez ele construído conforme o

planejado e com as medidas de controle previstas nas outras etapas do

licenciamento, então é obtido a Licença de Operação que autoriza o início da

operação do empreendimento. Esse processo é conduzido pelo INEA, mas

outros Órgãos se manifestam, como exemplo, a Prefeitura de Macaé, o o

IPHAN, que controla o patrimônio arqueológico, o Instituto Chico Mendes, quer

dizer, são diversos Órgãos que cuidam do meio ambiente, que se manifestam

ao longo do processo de licenciamento ambiental de empreendimentos como

esses. E o que é o EIA/RIMA e como ele é elaborado? O EIA é um estudo que

procura entender de forma detalhada, abrangente, sem deixar escapar nada,

como esse empreendimento vai se relacionar com o meio ambiente. Ele é feito

de acordo com alguns dispositivos legais, tem resoluções do CONAMA que

dizem como esse EIA/RIMA deve ser feito, mas pra cada empreendimento, o

INEA emite uma instrução técnica que determina exatamente o quê e como

deve ser estudado pra cada empreendimento. Então esse EIA/RIMA seguiu as

diretrizes gerais de elaboração de EIA/RIMA e também a diretriz específica que

é a instrução técnica do INEA. E como ele é feito? Ele tem alguns blocos de

informações: O primeiro bloco, que é chamado de informações gerais traz

diversas informações como, por exemplo, qual é a legislação ambiental que se

aplica a esse empreendimento? E é muito importante conhecer a legislação

ambiental, que ela define o que o empreendimento pode ou não pode fazer em

termos de alteração no meio ambiente. Quais as características do efluente

líquido, das emissões atmosféricas, do nível de ruídos e assim por diante.

Também traz informações das justificativas desse empreendimento, por que o

empreendedor quer construir esse empreendimento, o que o está motivando a

fazer esse empreendimento e uma questão muito importante também é a

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questão de alternativas, aonde vai se localizar, qual a tecnologia que vai ser

adotada? Outro bloco de informação muito importante é conhecer o

empreendimento, saber exatamente quais ações do empreendimento podem

trazer alteração ao meio ambiente? Quanto ele vai consumir de água, de

energia elétrica, qual a força de trabalho que será necessária, vai ter supressão

de vegetação, não vai ter, é o que ele vai gerar de efluente, de ruído e assim

por diante. Também é importante conhecer o meio ambiente onde ele vai ser

implantado, então é feito um diagnóstico ambiental detalhado. A gente estuda a

qualidade do ar, o clima, é quantidade e qualidade da água superficial e

subterrânea, a geologia, o solo, a a morfologia, a vegetação, os animais, qual o

uso do solo que existe na região, a organização social do município aonde ele

vai ser implantado, como é que tá a economia, como é que estão as

infraestruturas, existe energia elétrica disponível, telecomunicações, vias de

acesso. Conhecendo esses dois grandes blocos, quais ações do

empreendimento que podem alterar o meio ambiente? E qual a capacidade de

suporte do meio ambiente? Como é que estão todos os componentes

ambientais que podem ser afetados por essas ações? Então a gente consegue

identificar e avaliar os impactos ambientais desse empreendimento. Esse aqui

é o coração do EIA. A gente consegue a é dimensionar, identificar, conhecer

com clareza cada ação do empreendimento que traz efeito no meio ambiente e

como é esse efeito. Conhecido isso então, são propostas, medidas associadas

que têm objetivo de garantir a viabilidade ambiental desse empreendimento.

São medidas que diminuem os impactos desse empreendimento, programas

ambientais, medidas de monitoramento que vão acompanhar quais alterações

do meio ambiente esse empreendimento tá fazendo, tanto na sua fase de

implantação quanto operação e por fim as conclusões. Alguns EIAs demandam

estudos especiais, nesse caso daqui, foi feito um levantamento arqueológico,

um estudo de análise de risco. Esse empreendimento processa, manuseia,

estoca produtos inflamáveis, então é importante a gente saber o risco disso e

um estudo de dispersão atmosférica porque pra geração de energia, ele

consome gás natural e tem emissão atmosférica. Opa. Esse tipo de estudo é

feito por uma equipe multidisciplinar, profissionais de diversas formações, é

necessário que seja assim é pra gente conhecer exatamente como ele vai

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alterar o meio ambiente. Aqui tá a equipe técnica que participou desse estudo.

É são engenheiros, biólogos, geógrafos, sociólogos, jornalistas, é, pessoas das

mais diversas formações, cada um trabalhando na sua especialidade é de

forma que a gente não deixe escapar nada, nenhuma alteração que esse

empreendimento possa causar ao meio ambiente. rememorando algumas

características do empreendimento, é toda vez que se trata de uma ampliação

de um empreendimento existente, a avaliação de impactos ambientais é

totalmente diferente da avaliação de impacto de um empreendimento novo, que

vai ser implantado numa área que ainda não é utilizada. O Terminal de

Cabiúnas tá em operação desde 1982, ele já processa gás, ele vai ser

ampliado, ele já processa vinte milhões de metros cúbicos de gás natural por

dia, quatro e meio milhões de condensado por dia, já abastece toda região

Sudeste, é então é importante a gente levar isso em conta na hora de fazer

avaliação de impacto ambiental, por quê? Diversos impactos típicos da

implantação de um empreendimento não vão ocorrer, não vai ser necessária

abertura de vias de acesso, as obras de terraplanagem são reduzidas porque

já existem uma série de utilidades que vão ser utilizadas por esse

empreendimento, não há alteração do uso do solo local e essa esse local onde

vai ser implantada a ampliação já é utilizado pelo Terminal de Cabiúnas pra

exercer atividades idênticas as que vão ser exercidas pela ampliação. Então

aqueles impactos de alteração da paisagem, de mudança de uso do solo, de

mudança da dinâmica da população no entorno do empreendimento não

acontecem, especificamente por que trata-se de uma ampliação de um

empreendimento já existente. Esse empreendimento tá localizado praticamente

no no limite do município de Macaé, próximo a Carapebus e Conceição de

Macabu. A localização das unidades, nós já vimos na apresentação do

Rômulo, aqui a gente vê ela num pouco mais de detalhe. Então aqui tão

instalações existentes do Terminal de Cabiúnas, instalações com as quais as

novas unidades vão ter um relacionamento direto, elas vão trocar produtos,

receber produtos e enviar produtos a essas unidades. E ai então, um daqueles

estudos típicos que a gente tem num EIA/RIMA, principalmente pra novos

empreendimentos, que é o estudo de alternativas locacionais, ou seja, aonde

por esse empreendimento, qual o melhor local pra por esse empreendimento.

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Quando se trata de uma ampliação dessa natureza, não tem sentido, por quê?

Esse empreendimento só tem sentido muito próximo dessas unidades

existentes, quer dizer, existe uma diminuição muito grande do impacto

ambiental, do investimento necessário, das alterações no uso do solo em

decorrência de ser uma ampliação e essa ampliação pra ocorrer tem que ser

próxima do empreendimento já existente. Então não é feito estudo de

alternativas locacionais, é feito, sim, um estudo de microlocalização, ou seja,

dentro do Terminal de Cabiúnas, qual o local mais adequado pra implantação

desse empreendimento. E essa definição do local é função da relação que as

novas unidades têm com as unidades já existentes. Pra gente poder estudar as

alterações desse empreendimento no meio ambiente é necessário a gente

definir que áreas, qual a abrangência da área que vai ser estudada. Então foi

definido o que a gente chama de Área de Influência Direta, ou seja, aquela

área que se espera alterações de ordens direta no meio ambiente. Ela foi

definida, tanto pro meio físico, água, ar, solo, quanto pros animais e vegetais,

quanto pra população, como raio de dois quilômetros centrado no

empreendimento. Levando em conta aí área de canteiro, áreas de estocagem e

assim por diante. Aqui nós temos representada essa área, a de influência

direta, ou seja, dentro dessa área a gente espera alterações causadas

diretamente pela implantação e operação do empreendimento. Foi definida

também uma Área de Influência Indireta, aonde se espera que haja efeitos

indiretos das ações do empreendimento e aí ela tem duas dimensões: Uma

dimensão pro meio natural, pro meio físico, água ar e solo e pro meio biótico,

vegetação e animais, que é um raio de cinco quilômetros, tendo como centro o

empreendimento. E uma outra área pro meio socioeconômico, que aí ela tem

uma abrangência maior porque pega toda a área dos municípios de Macaé,

aonde vai tá o empreendimento, Carapebus e Conceição de Macabu, que são

os municípios mais próximos do empreendimento. Macaé é um município que

tem maior população entre os municípios mais próximos do empreendimento. É

e elas então será naturalmente vai receber mais os impactos desse

empreendimento no meio socioeconômico. Mas dada a proximidade do

empreendimento com Carapebus e Conceição de Macabu, se achou prudente

estudar esses dois municípios também, porque de alguma forma eles vão

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acabar recebendo impactos indiretos do empreendimento. No meio físico foi

estudado o clima e as condições metereológicas, é muito importante porque

esse empreendimento tem emissões atmosféricas e é importante a gente

conhecer essas condições pra saber como essas emissões vão se dispersar no

meio ambiente. O nível de ruído atualmente existente, as características

geológicas da área, a geomorfologia, ou seja, como é a topografia, é uma área

de morros, não. Condições geotécnicas muito importante para processos

erosivos, o tipo de solo, a qualidade ambiental do solo, se já tem alguma

contaminação nesse solo. A qualidade do sedimento dos rios mais próximos ao

empreendimento, a qualidade das águas, a ocorrência de recursos minerais

que possam ser explorados e ter alguma interferência com esse

empreendimento e a possibilidade de ocorrência de terremoto. Então, nós

vamos trazer alguns ahn resultados desses estudos, só os que a gente

entende que é mais importante pra essa apresentação, como por exemplo, a

possibilidade de risco geotécnico na área de influência. A construção de um

mapa desses que traz o risco geotécnico leva em conta uma série daquelas

informações que eu apresentei que foram pro meio físico. Leva em conta qual é

a topografia, qual é o tipo de solo, qual é o uso do solo, se tem vegetação ou

se não tem, os recursos hídricos, possibilidade de inundação, declividade e

uma série de outras informações. E foram definidas três áreas é... A área

verde, que é a área que pega maior parte da área de influência, tem baixa

suscetibilidade e escorregamento e baixa moderada suscetibilidade a erosão,

que é justamente na área que tá localizado o empreendimento, ou seja,

levando em conta todas as características do meio físico, a localização em

relação ao risco geotécnico é a mais favorável possível. No meio biótico foi

estudado também a vegetação, é a fauna terrestre, os mamíferos, as aves, os

répteis, os anfíbios, os peixes, toda forma de vida aquática aqui em termos de

micro é vida é as a vegetação, micro animais que têm na na na água e também

a questão de áreas protegidas. Tem um Parque Nacional próximo, tem áreas

de preservação permanente nas margens dos rios estudados, quer dizer, todos

esses componentes ambientais foram estudados. Como é que é a vegetação

na área de influência direta na área do empreendimento, dentro daquele raio

de dois quilômetros? A área que vai ser implantado o empreendimento, ela tem

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vegetação é em estágio inicial de regeneração, ou seja, é uma área que em

algum momento pretérito, lá no passado foi desmatada e hoje a vegetação tá

se recuperando, diferente de algumas áreas mais próximas que já têm a

vegetação em estágio avançado ou médio de recuperação. Então, das áreas

próximas ao empreendimento que permitem a interligação com as unidades já

existentes, a vegetação que vai ter que ser suprimida, cerca de seis e meio

hectares é aquela que tá começando a se recuperar. Foi feito também uma

carta de sensibilidade ambiental, da mesma forma que a carta de risco

geotécnico, esta carta leva em consideração uma série de informações, como

vegetação, animais, topografia, áreas protegidas, uso e ocupação do solo e foi

defi... Foi foi dividida em quatro áreas: Uma área com baixa sensibilidade

ambiental, média, alta, até muito alta. Essa região daqui que é alta e muito alta

é a região do Parque Nacional de Jurubatiba, então todo o Parque tá como alta

sensibilidade e as áreas aonde há sobreposição do Parque com as margens

dos rios, ela é definida como muita alta sensibilidade. O local do

empreendimento foi definido como a área de média sensibilidade ambiental, ou

seja, da área existente é próximo ao empreendimento é uma área favorável à

implantação da ampliação do TECAB. Foi estudado o meio socioeconômico

também. A caracterização socioeconômica, tanto da Área de Influência

Indireta, pegando os três municípios, Conceição de Macabu, Carapebus e

Macaé, como na Área de Influência Direta, aí já mais é em detalhe, qual a

ocupação do solo, como é que tão estabelecidas as pessoas mais próximas ao

empreendimento. Foi feito um levantamento do patrimônio histórico, cultural e

arqueológico, nós vamos ver o levantamento arqueológico um pouco mais em

detalhe e estudadas as populações tradicionais existentes na área de

influência. Em termos de uso e ocupação do solo é a área que tá aqui

demarcada nessa cor é a área de uso industrial, em verde as áreas de

vegetação, aqui áreas de de interesse ambiental, incluindo a área do Parque

Nacional e áreas de campos antrópicos. E a área do empreendimento então da

ampliação tá próximo à área industrial do Terminal de Cabiúnas, pegando aí

uma parte de vegetação natural, que nós já vimos que é estágio inicial de

regeneração. Vamos falar um pouquinho dos impactos do empreendimento,

mas nós vamos abordar esses impactos em duas etapas: Primeiro os impactos

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na fase de implantação e depois na fase de operação. Essa divisão é

importante porque os impactos são muito diferentes nas duas fases, então é

interessante a gente dividir pra conseguir entender exatamente quais são

esses impactos. Então, na fase de implantação, quando vai ter lá as obras de

terraplanagem, vai ter mudança na morfologia do terreno. Os impactos que

podem ocorrer são: Alteração na qualidade do ar pela movimentação de

veículos por vias não pavimentadas, quer dizer, os pneus, ahn, os veículos

trafegando em estradas de terra, ressuspensão de material particulado altera a

qualidade do ar, pode ter alteração da qualidade da água, tanto decorrente da

supressão de vegetação, da exposição de solo à chuva, como também da

geração de efluentes líquidos pelos trabalhadores, de efluente sanitário pelos

trabalhadores da fase de obras e alteração do nível de ruído pelos

equipamentos que vão ser utilizados na fase de implantação. Existe um

consumo de água pelos trabalhadores, nós vimos na apresentação anterior que

vai ter um pico de quatro mil trabalhadores na fase aonde é que a obra vai

demandar maior quantidade de mão de obra, uma demanda média de dois mil

trabalhadores e esses trabalhadores consomem água, além de algumas

atividades da implantação consumirem água também. Geração de resíduos

são resíduos típicos de obra de construção, material inertes, sucatas e outros

tipos de resíduo e alteração da morfologia, com as obras de terraplanagem é

que pode expor a a área a processos erosivos, ou seja, é uma área que tá lá

estabilizada, coberta com vegetação, essa vegetação vai ser removida, vai

ficar, o solo vai ficar exposto à chuva, então pode ocorrer processos erosivos e

alguma coisa de risco geotécnico também. Nós vamos ver mais pra frente na

parte de medidas que existem medidas ambientais pra cada um desses

impactos de tal forma que embora eles possam ocorrer, não se espera que

ocorram e se ocorrerem, será de forma controlada, de forma não tirar a

viabilidade ambiental desse empreendimento. Serão gerados efluentes

líquidos, o principal deles é efluentes sanitários pelo trabalhadores, então vai

ter uma estação de tratamento de efluentes que vai gerar, que vai tratar esse

efluente antes de seu descarte. Quando possível, quando necessário molhar a

área da das obras de terraplanagem, esse efluente tratado será utilizado pra

modificação do solo. Nas frentes de obras mais afastadas, quando não for

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possível coletar esse efluente e levar pra estação de tratamento, será utilizado

então banheiros químicos. Tem uma água de teste hidrostático que vai ser

encaminhada ao sistema de combate a incêndio do TECAB, limpeza de

tubulação, efluente oleoso que vai ser tratado na estação de tratamento de

efluentes e algumas chapas de gamagrafia que são utilizadas pra inspeção de

soldas, pra garantir é que esse empreendimento tá sendo construído da forma

como deve ser, que tem, que é devolvido à empresa especializada pra

destinação adequada, empresa especializada e licenciada nos Órgãos

Ambientais competentes. São gerados resíduos é... Toda atividade humana

gera resíduos e esses resíduos se não forem é tratados adequadamente

trazem, impactos ao meio ambiente. Então é importante a implantação de um

programa de gerenciamento de resíduos sólidos. Existe toda uma

normatização Federal e Estadual de como isso deve ser feito que vai desde a

coleta, armazenamento, segregação, identificação e destinação final adequada

desses empreendimentos. Seguindo esses procedimentos, embora haja

geração de resíduos, não se espera impacto ambiental significativo do meio

ambiente. Foi feito o diagnóstico do nível de ruídos na região, a gente vê aqui a

área atual do TECAB, a área prevista pra ampliação e esses pontinhos pretos

aqui espalhados são pontos aonde foram feitas medições dos níveis de ruído,

então a equipe da Mineral, que fez o EIA, levou lá um equipamento que mede o

nível de ruído pra conhecer qual o nível de ruído que existe hoje na região. Daí

foi utilizado um programa de computador chamado CADNA A, um programa

alemão é utilizado mundialmente que te permite estimar qual vai ser o nível de

ruído em função de novas fontes de ruídos. Então foram feitas medições pra

mostrar como está o nível de ruído hoje e em função dos equipamentos,

veículos que vão ser utilizados na construção do empreendimento, foi feita uma

projeção dos níveis de ruídos durante a fase de implantação. E a gente vê que

aonde existem pessoas não haverá incômodo à essas pessoas em decorrência

do nível de ruídos das obras de implantação da ampliação do TECAB. Em

termos de meio é biótico de Vegetação e animais o principal impacto é

decorrente da supressão de seis e meio hectares de mata nativa que vai

significar uma perda de de área de abrigo e alimentação pros animais é que

também vão sofrer alguma perturbação decorrente do movimento de pessoas,

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máquinas e equipamentos. As medidas previstas pra esse impacto é um

programa voltado pra supressão de vegetação, que antes da vegetação ser

suprimida vai ser feito uma coleta de todo banco genético que existe, uma

coleta de germoplasma, de plântulas, pra que todo material que exista, que

tenha valor ecológico na região na nessa área que vai ser desmatada possa

ser plantado em outro local. A supressão de vegetação vai ser feita de tal forma

que a fauna possa se deslocar pra outros maciços de vegetação existente nas

proximidades e também vai haver o que se chama de afugentamento da fauna

antes da supressão de vegetação, justamente pra que esses animais possam

se deslocar pra regiões que lhe provenham abrigo e possibilidade de

alimentação. Em termos do meio socioeconômico esses impactos tão

relacionados na fase de implantação. A geração de expectativas da

comunidade, ou seja, a comunidade ouve falar que vai ter o empreendimento.

Aqui nós temos o gráfico da demanda de mão de obra nesse empreendimento,

com aquele pico de quase quatro mil trabalhadores aos longos dos trinta e sete

meses de implantação. Ouve falar que vai ter necessidade de mão de obra,

isso gera expectativa na população, expectativa de dois jeitos: Uma expectativa

positiva, com uma possibilidade de emprego, de dinamização da economia e

uma expectativa que causa preocupação de o que vai acontecer com o meio

ambiente, o que vai acontecer com meu dia a dia quando esse

empreendimento vier aqui. Então é importante que haja comunicação por parte

do empreendedor pra esclarecer à população quais alterações esse

empreendimento vai trazer, qual a necessidade de mão de obra, de onde virá

essa mão de obra e outras informações importantes. Na fase de implantação a

interferência no cotidiano da população é embora a contratação de

trabalhadores seja preferencialmente na região, virá algum contingente de

trabalhadores de fora, haverá movimento de veículos, de equipamentos, isso

acaba de certa forma aumentando o tráfego e interferindo no cotidiano da

população. Vai gerar empregos, receitas tributárias é a contratação de produtos

e serviços na região vai causar uma dinamização da economia com o aumento

da arrecadação de impostos. Em relação ao patrimônio arqueológico, existe a

possibilidade de ocorrência de vestígios arqueológicos no local onde será

implantado o empreendimento. Então foi feito um levantamento por

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arqueólogos conforme é estabelecido na Resolução 230 do IPHAN, que como

eu disse lá no começo, aquele Órgão Federal que cuida do patrimônio

arqueológico. Foi feita uma proposta de projeto de prospecção e resgate

arqueológico, caso sejam encontrados os vestígios e na fase de implantação

do empreendimento então haverá o acompanhamento de arqueólogos pra se

houver a ocorrência de algum vestígio com valor, com informação, que essa

seja preservada, os vestígios resgatados, estudados e expostos à população

pra que a população possa conhecer um pouquinho mais do nosso passado

dos habitantes que viveram aqui antes da gente. Vamos falar um pouco dos

impactos da operação, que são bastante diferentes. Talvez um dos principais

seja a emissão de efluentes atmosféricos. Esse empreendimento, pra executar

suas atividades, além de consumir energia elétrica, ele demanda de calor e

esse calor é gerado com a queima do próprio gás natural. É sempre bom a

gente lembrar que dos combustíveis fósseis que existem, o gás natural é o

melhor deles, é o menos poluente pra atmosfera. É o mais seguro por uma

série de características que ele tem, ele polui menos e tem menor risco, então

é sempre que existe esse combustível disponível é interessante utilizá-lo e

esse empreendimento então utiliza o próprio gás natural pra geração de calor

nos seus fornos. É o TECAB já utiliza, já tem emissões atmosféricas hoje em

dia e essas barras aqui mostram o aumento das emissões atmosféricas dos

principais poluentes decorrentes da ampliação do TECAB, a gente lá praquilo

que eu falei que a avaliação ambiental de um empreendimento da ampliação é

diferente de um novo empreendimento, então a gente sempre compara o

cenário que existe hoje em dia, ou seja, como é o meio ambiente que já leva

em conta a existência do TECAB porque ele já tá lá desde 82, quer dizer, o

meio ambiente hoje considera, ele é como ele é também por porque existe o

TECAB ali com suas operações, a gente compara com a situação que vai

existir depois da ampliação. Então vai haver um aumento de quarenta e dois

por cento nas emissões de óxido de nitrogênio, de trinta e cinco de óxido de

carbono, não haverá aumento nas emissões de óxido de enxofre e aumento de

vinte se ahn... Três por cento nas emissões de material particulado. Aqui a

gente tem as emissões só das fontes de ampliação que vão ocorrer. É... Mas é

importante a gente comparar as emissões desse empreendimento com o que a

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legislação entende razoável que aconteça. Essa barra vermelha representa o

limite da resolução CONAMA 382 de 2006 pras emissões de óxidos de

nitrogênio decorrente da queima de gás natural. Essa resolução traz limites só

pro óxido de nitrogênio porque é o poluente que traz preocupação quando se

trata de gás natural. O gás natural emite pouco material particulado, pouco

óxido de carbono, pouco óxido de enxofre, então não há preocupação na

Legislação Federal com a emissão desses poluentes quando se trata de gás

natural, a única preocupação é o óxido de nitrogênio. Em função de utilização

de queimadores com baixa emissão de óxido de nitrogênio, o que se chama de

queimador Lownox e da manutenção prevista pra esses é queimadores, pra

que eles operem adequadamente durante toda a vida do empreendimento,

quando a gente compara as emissões das fontes que vão ter na ampliação do

TECAB com o limite estabelecido na legislação, a gente vê que elas são

emissões muito baixas, ou seja, a legislação aceita que se emite um valor e por

conta da tecnologia adotada essas emissões serão muito menores, muito mais

aceitáveis, trarão muito menos efeito adverso pro meio ambiente. Mas não

basta olhar pra boca da chaminé, é importante saber o que acontece com o

meio ambiente. Tem a gente tem que saber o que vai acontecer com a

qualidade do ar na região onde o empreendimento vai ser implantado, então,

em decorrência da forma como esses poluentes vão sair lá na boca da

chaminé, com que velocidade, com que temperatura, com que concentração de

poluentes, em qual localização e das características do meio ambiente, aonde

estão as montanhas, em que direção sopra o vento é feito uma modelagem de

dispersão atmosférica que vai permitir a gente conhecer, estimar a

concentração desses poluentes ao nível do solo, que é o que de fato interessa,

como é que vai ficar a qualidade do ar que é respirado aqui na região. Então,

considerando os poluentes emitidos por esse tipo de empreendimento, nós

trouxemos aqui informação sobre o os monóxidos de carbono CO. Também em

vermelho aqui o limite estabelecido no na Legislação, na Resolução CONAMA

padrão primário de qualidade do ar, que é aquele padrão que diz que se a

qualidade do ar a respeitar esse padrão primário não é esperado efeito adverso

pra vegetação, os animais, a saúde da população e os materiais, então a gente

vê que em relação a óxido de carbono, tanto o padrão de curto prazo quanto o

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de mais longo prazo, em verdinho aqui a contribuição da concentração de

poluentes é que a gente vai ter, considerando a operação atual do TECAB mais

a operação da implantação, ou seja, não estamos olhando só pro pra

ampliação, estamos olhando, considerando o TECAB, tal qual ele é hoje, mais

a ampliação. A gente pode ver que as concentrações de óxido de carbono são

muito, de monóxido de carbono são muito pequenas, a mesma coisa de

material particulado e a mesma coisa pros óxidos de enxofre e é aquilo que a

gente falou, esses três poluentes não preocupam quando se trata de gás

natural. A maior preocupação é com os óxidos de nitrogênio que traz dois tipos

de limite na Legislação: Uma concentração de curto prazo pra médias de uma

hora e uma média anual. Essa média de uma hora é aquela que o modelo

calcula de forma muito conservativa, foram considerados mais de quarenta mil

conjuntos de dados horários de meteorologia pra essa modelagem e essa

concentração ocorre em alguns lugares é de forma muito pontual. Aquele que

traz maior preocupação, que é a média anual, a gente pode ver que tá muito

abaixo do padrão estabelecido na Legislação. E essa concentração de curto

prazo que ocorre em alguns momentos é que pode ocorrer em alguns

momentos, ela ocorre afastada das áreas habitadas e do Parque Nacional.

Aqui tá o empreendimento, aqui tá a área urbana de Macaé, as áreas

ocupadas e aqui tá o Parque Nacional. Aqui na cor salmão tão as áreas aonde

ocorrem concentrações acima de cento e noventa, que é praticamente metade

do padrão. Então a gente pode ver que elas ocorrem de forma pontual com

algumas ultrapassagens, com com algumas é concentrações mais elevadas

durante o ano sem nunca ultrapassar o padrão de qualidade estabelecido é

considerando tanto o TECAB como tá hoje quanto a ampliação. Então embora

haja uma emissão de óxido de nitrogênio, ela é ambientalmente aceitável.

Haverá o consumo de água, hoje o TECAB consome um pouco menos de 0,04

metros cúbicos por segundo. Haverá um aumento aí da ordem de 0,005 é não

haverá necessidade de aumentar a outorga que o TECAB já tem, ou seja, o

TECAB já tem uma autorização pra captar água, que chama outorga e essa

autorização que já existe hoje é suficiente pra que se abasteça o TECAB como

ele é hoje e mais o consumo que haverá decorrente da ampliação. Serão

gerados efluentes é a gente vê aí um aumento pequeno em relação à

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quantidade atual gerada, atualmente é gerado cerca de mil e quinhentos

metros cúbicos por dia, a ampliação vai gerar cerca de trezentos metros

cúbicos por dia. Cada tipo de efluente vai ter seu tratamento adequado é e

depois descartado no meio ambiente de forma a não trazer efeito adverso à

qualidade das águas, nem do solo. Da mesma forma como nós fizemos na

etapa de implantação, foi feito uma modelagem pra avaliar o impacto dos

ruídos na fase de operação e a conclusão foi a mesma: Não haverá incômodo

causado à população decorrente da do nível de ruído gerado na operação do

empreendimento. Da mesma forma como na fase de implantação, serão

gerados resíduos, mas agora resíduos de uma natureza diferente é... Têm

resíduos aí é da da operação do empreendimento que a cada, que tem uma

vida útil, que um determinado número de anos precisam ser trocados, esses

resíduos são devolvidos ao fabricantes dos catalisadores pra reprocessamento

é e há também todo um programa de gerenciamento de resíduos sólidos que

além de trazer aquelas operações naturais de coleta, segregação, manuseio

adequado, estocagem adequada e principalmente destinação final adequada,

também traz os conceitos de redução da quantidade gerada, reutilização,

reciclagem. Esse programa já existe hoje no TECAB e ele tem que ser então

adequado pra que ele possa acolher esses novos resíduos gerados pela

ampliação. É muito importante a gente lembrar que esses resíduos têm a

mesma natureza que os resíduos que são gerados atualmente, porque as

operações da operação são muito similares às operações que são exercidas ...

Praticadas hoje em dia no TECAB. Falar um pouquinho dos programas

ambientais, tanto pra fase de operação quanto implantação. Existe um sistema

de gestão ambiental chamado SGA que prevê aí uma série de estruturas pra

que esses programas possam ser implementados com uma coordenação da

PETROBRAS, uma equipe de supervisão ambiental das obras de apoio a

liberação da área, uma equipe de comunicação social e educação ambiental e

uma equipe de acompanhamento dos problemas ambientais. E esse sistema

de gestão ambiental acolhe todos os programas ambientais previstos pra que

eles sejam executados de formas organizadas e que possam gerar os

resultados necessários que possam ser documentados porque a

documentação da implantação, da eficiência e da eficácia desses programas

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têm que ser comprovada ao Órgão de Controle Ambiental. Então se eu tenho

Programa de Comunicação Social e Responsabilidade Social que têm que

levar informações pra comunidade, quantidade de empregos, impactos que vão

ocorrer é como é que vai ser a alteração do cotidiano dessas pessoas pelo

empreendimento, um Programa de Educação Ambiental fundamental, não

adianta a gente, quando faz o EIA, definir uma série de medidas e programas

ambientais se o trabalhador que tá lá na frente de obras não for treinado, não

for informado sobre essas medidas pra que possa aplicá-las também. Esse

Programa de Educação Ambiental também tem uma outra vertente voltada à

população mais próxima do empreendimento, aí trazendo informações sobre

como cuidar melhor do meio ambiente. Tem os programas de é liberação da

faixa, que é o Programa de Supressão de Vegetação, do patrimônio

arqueológico, de revegetação do entorno, todo um programa voltado ao

controle ambiental da implantação, o programa ambiental de construção, com

medidas de monitoramento de diminuição de emissão de material particulado,

de nível de ruído, de tratamento de efluentes e também um programa de

acompanhamento do empreendimento pra fase de implementação. Nós vamos

ver esses programas um pouquinho mais pra frente, o Programa de

Gerenciamento de Risco de Ação de Emergência e os Programas de

Monitoramento. Os Programas de Monitoramento previstos são pra vegetação,

pros animais, controle de ruídos, qualidade das águas e da vida aquática de

forma geral, das águas subterrâneas e dos poluentes atmosféricos. É

fundamental o monitoramento adequado por que o EIA é foi feito procurando

prever toda dimensão de impactos ambientais e o monitoramento é que vai

contar se aquilo que foi previsto no EIA foi previsto certo, se os impactos tão do

tamanho da forma como se previu e se não estiverem, o Sistema de Gestão

Ambiental vai definir medidas a serem tomadas pra que a via viabilidade

ambiental do empreendimento seja garantida. Foi feito também um estudo de

análise de risco, aí foi feito por uma outra empresa, pela Eidos e não pela

Mineral, esse empresa é especialista na elaboração de estudos de análise de

risco, esse estudo tem toda uma forma a ser elaborado, defino a pela

Legislação Estadual é que é... Então é estudado o empreendimento também as

características do empreendimento de uma forma diferente do que nós, que

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procuramos estudar a viabilidade ambiental estudamos. Agora é importante

conhecer as características dos produtos, as quantidades armazenadas,

pressão, temperatura, sistemas de controle, quanto tempo uma válvula abre,

fecha é... E é então definida todas as possibilidades de acidentes que podem

ter e feita a modelagem pra calcular até onde pode ir o risco, o efeito, a

consequência de um evento acidental não desejado. E as consequências todas

estão restritas a área industrial da PETROBRAS, ou seja, todas as hipóteses

de acidente identificadas e modeladas é indicam que não há risco pra

população externa às instalações industriais da PETROBRAS. E esses riscos

tão dentro dos limites é estabelecidos pelo Órgão de Controle Ambiental do

Estado do Rio de Janeiro. Por mais controladas que estejam as alterações do

meio ambiente é só é aceitável se esse empreendimento trouxer benefícios pra

comunidade, né. A gente quando dá partida no carro, acaba emitindo um

poluente pra atmosfera, mas a gente emite, é porque a gente sabe que vai ter o

benefício de podermos ser transportado até o local de trabalho e o local de

lazer pra podermos exercer nossas atividades diárias. Então é importante que

esse empreendimento, mesmo que esteja ambientalmente controlado, ele traga

benefícios pra sociedade. E ele tem uma característica muito interessante, ele

traz bastante benefícios pra sociedade é muito maiores do que os impactos

ambientais que ele traz. Ele contribui pra pra pra política de modificação da

matriz energética Brasileira, ou seja, trazer mais gás natural é importante pro

país, porque como eu disse no começo da apresentação, o gás natural é o

melhor dos combustíveis fósseis. É... Então sempre que possível utilizá-lo em

substituição a óleo diesel, óleo combustível, gasolina é bom é para o meio

ambiente. O aumento da oferta interna de gás natural nas regiões sul e

sudeste, a diminuição da dependência de gás natural importado, todos nós

lembramos aí que alguns anos nós tivemos um problema aí, um susto, vamos

dizer assim, com a interrupção ou diminuição do fornecimento de gás vindo da

Bolívia. Então é importante que a gente diminua a nossa dependência do gás

importado. Também traz geração de postos de trabalho, aumento da

arrecadação de impostos, dinamização da economia local e regional e muito

importante, uma diminuição dos impactos ambientais das emissões pelo uso de

outros poluentes de outros combustíveis fósseis, é aquele impacto que eu falei,

Transcrição da Audiência Pública

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que por ser o gás natural o melhor dos combustíveis fósseis, é importante a

gente levar isso em conta. Concluindo é a equipe fez o Estudo de Impacto

Ambiental, aquela equipe multidisciplinar, profissionais experientes, trabalham

com o meio ambiente há muito tempo, entendeu que esse empreendimento,

considerando os benefícios que ele vai trazer e considerando é as medidas e

programas ambientais previstos, assim como a tecnologia, a utilização de

combustor lowoix, o aproveitamento de utilidades, infraestrutura já existentes

do TECAB, a localização prevista que ele é ambientalmente viável. É muito

importante a gente lembrar que não é a empresa que fez o EIA/RIMA que

decide pela viabilidade ambiental ou não do empreendimento. Nós estudamos

o empreendimento é suas características, suas ações, o meio ambiente,

entendemos que ele é ambientalmente viável. Quem vai decidir pela viabilidade

ambiental ou não é o Órgão Licenciador do Estado do Rio de Janeiro é

composto pelo INEA e pela CECA, é essa Audiência Pública é importante

nesse processo e tem aí um longo caminho pra gente percorrer antes de ter

essa viabilidade ambiental assegurada. Era isso que eu queria apresentar. É

essa apresentação não esgota o assunto do EIA/RIMA, ele é muito extenso,

ele, ahn... Tá disponível pra consulta numa mesa ali na entrada do do ginásio

é... Tem dois ou três, duas ou três mil páginas, modelagens complicadas, então

a ideia não era trazer toda a informação do EIA/RIMA aqui, mas trazer as

principais informações porque agora vai ter uma sessão de perguntas e

respostas e a gente espera que essas informações fornecidas pelo Rômulo e

por mim sejam suficientes pra que a gente possa ter aí uma, um bate papo e

poder esclarecer vocês da melhor forma possível. Muito Obrigado e boa noite.

(aplausos)

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Muito obrigado ao Ricardo Simonsen da empresa consultora que fez o Estudo

de Impacto Ambiental e vocês ai já tão fazendo as perguntas de vocês, é ou

não? E a turma da mesa aqui tá ansiosa pra receber muitas perguntas, né, Né

Rômulo? Estão ansiosos aí com as perguntas. Então após a apresentação pela

PETROBRAS e pela empresa consultora, nós vamos continuar essa primeira

etapa da Audiência passando a palavra ao analista ambiental José Alencar, do

Transcrição da Audiência Pública

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INEA, que coordena o grupo de trabalho e vai apresentar a tramitação desse

processo no INEA desde a sua entrada. Muito obrigado.

JOSÉ ALENCAR SOARES SAMPAIO - INEA

É, boa noite a todos. Meu nome é José Alencar Soares Sampaio, sou técnico

do INEA, coordenador do grupo de trabalho que elaborou a instrução técnica é

para apresentação desse estudo de impacto. Bom, eu vou falar já a alguma

coisa já foi dita pelo Ricardo sobre as licenças, mas a minha apresentação

restringe-se à parte administrativa do licenciamento ambiental. Então, a licença

ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o INEA estabelece as

condições, restrições e medidas de controle ambiental que devem ser

obedecidas na localização, instalação, ampliação e operação de

empreendimentos utilizadores de recursos ambientais conse, considerados

efetiva ou potencialmente poluidores, ou aqueles capazes sob qualquer forma

de causar degradação ambiental. Nesse caso o empreendimento em questão,

ele apresenta esse significativo potencial e por isso op foi objeto desse estudo

de impacto. No caso, a licença prévia, que é a primeira licença a ser

apresentada é a fase preliminar que consiste da análise do projeto do

empreendimento a ser licenciado quando a sua localização, concepção e

viabilidade ambiental. Resumidamente as três fases do licenciamento em

questão. A licença prévia onde atesta-se a viabilidade ambiental do

empreendimento. O INEA autoriza a localização e a sua concepção. A licença

de instalação, quando são observados os planos, programas e projetos

aprovados e aí o INEA autoriza a implantação e/ou ampliação. Nesse caso, nós

estamos nu numa fase de no no empreendimento onde o ocorrerá ampliação

do TECAB. A licença de operação, que seria a terceira e última licença, onde

se observa o cumprimento efetivo das restrições das licenças anteriores e ai o

INEA autoriza o seu funcionamento. A fase do licenciamento do

empreendimento, a licença prévia é... Análise do requerimento, no caso,

empreendimento é passível do EIA/RIMA, com isso o is o Instituto é cria o seu

grupo de trabalho pra elaborar essa instrução técnica, após a análise do

EIA/RIMA, o grupo de trabalho emite parecer favorável ou não, né. Nós vamos

aguardar manifestações dessas dessa Audiência e aí sim ao concluirmos, após

Transcrição da Audiência Pública

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essa Audiência concluí-se pela liberação ou não da licença. O histórico do

processo desde a do seu da sua entrada no INEA, é esse aí: dia dezenove do

sete de 2010, PETROBRAS requereu a licença prévia no Órgão Ambiental; dia

dez do oito foi criado o grupo de trabalho do INEA; dia vinte do nove, emitida a

notificação do Órgão Ambiental com a entrega da instrução técnica; esse ano,

sete de abril, notificação do Órgão Ambiental dando acinte do EIA/RIMA para

fins de análise; em trinta e um de maio foi é... Emitida deliberação CECA, esse

número que autoriza a convocação de Audiência Pública; em sete de junho,

definida a data para realização desta Audiência Pública, na qual estamos aqui

vivendo. Considerações então finais a respeito da nossa primeira etapa,

primeira fase de avaliação do estudo. Análise do EIA/RIMA do presente

empreendimento encontra-se em andamento pelo grupo de trabalho do INEA.

Para elaboração do parecer final do INEA serão consideradas as

manifestações apresentadas nessa fase de debates e outras que possam

ocorrer nos próximos dez dias a contar desta data e as mesmas deverão ser

encaminhadas ao INEA e/ou a CECA. Quer dizer, as manifestações que vocês

queiram fazer deverão ser enca encaminhadas tanto para o INEA quanto pra

CECA. Esse aí é o grupo de trabalho, são onze técnicos de diversas formações

profissionais e aí o endereço do INEA pra enviar essas manifestações. E muito

obrigado a todos. (aplausos)

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Bem, então, essa primeira etapa da nossa Audiência de hoje, ela foi cumprida

com apresentação aí dos dos colegas da PETROBRAS, da consultora, agora

do grupo de INEA e as perguntas que vocês estão fazendo agora serão

recolhidas, entregues aqui na mesa e nós vamos selecionando para as

perguntas serem respondidas aí em função da chegada das perguntas. Então

nós vamos agora fazer um intervalo de dez minutos, de dez a quinze minutos e

vai ser servido um lanche pras pessoas presentes aqui, não é? Ali naquele

espaço à direita de vocês. Então estamos aguardando a chegada das

perguntas, em quinze minutos retornamos e as perguntas vão ser separadas

em blocos e feitas e transmitidas aí aos analistas. Então muito obrigado e

voltamos em quinze minutos.

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

Pág 28

INTERVALO

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Então vamos retornar aqui as nossas, as nossas atividades para nós compor,

recompor a mesa aqui pras pessoas terem respondidas. Obrigado aí pela

presença de todos. A Audiência Pública tem então essa, esse objetivo de

apresentar o projeto, de as pessoas aqui da sociedade de Macaé tirarem suas

dúvidas, as suas ansiedades, as suas curiosidades em relação ao projeto que

(microfone falha) E aí nós vamos agora selecionando as perguntas, vocês já

estão retornando aí aos lugares. Depois da Audiência então nós temos um

prazo de dez dias ainda para recebimento de sugestões, de comentários das

pessoas presentes aqui, outras pessoas que que quiserem mandar suas

contribuições. É feito uma ata sucinta aqui da nossa reunião e em seguida é

feita a transcrição de toda a Audiência, isso tudo faz parte do processo

administrativo no INEA. Esse prazo pro recebimento de de novas contribuições

são de dez dias a partir da Audiência e dez dias, então o INEA continua a sua

avaliação em relação ao pedido do licenciamento. Vocês viram que outros

Órgãos também são, apresentam as suas opiniões, as suas anuências que a

Prefeitura, o IPHAN, o Instituto Chico Mendes que tá aqui representado pelo

chefe do do Parque, enfim, essa turma toda tem que se manifestar e o INEA

está ainda analisando esse pedido de licença. Após isso tudo reunido, ocorre

um parecer técnico do grupo no qual Alencar é o coordenador. Depois um

parecer jurídico da Procuradoria do INEA e em seguida essa o processo é

encaminhado para comissão estadual de controle ambiental que vai decidir

pela emissão ou não da licença inicial, que é a licença prévia. Então em

relação às perguntas aqui que nós recebemos, que foram muitas perguntas, a

turma tá participando. Nós vamos começar aqui com uma pergunta as nossa

amiga Maria de Lurdes, Secretária de Meio Ambiente de Carapebus. A

pergunta é: Esse licenciamento prevê um diálogo com o Instituto Chico Mendes

lá em Jurubatiba? E como o INEA vai monitorar as informações da

PETROBRAS? Então, é como nós já comentamos aqui e o próprio José

Alencar conversou com os colegas do do Parque Nacional de Jurubatiba, com

Carlos Alexandre que é o responsável, que é o chefe do Parque, i INEA está

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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encaminhando um pedido no sentido da anuência ou não da turma do Instituto

Chico Mendes. Carlos está presente aqui, já teve acesso aos ao EIA, ao RIMA,

tá fazendo as suas análises, as suas apreciações e então esse documento

será enviado para o INEA com a conclusão do Instituto Chico Mendes. Então é

necessária a anuência do responsável pelo Parque pra prosseguimento do

licenciamento, sem essa anuência a licença prévia não não é emitida. Algum

comentário ô... Carlos que você quer fazer alguma coisa? É... Maria de Lurdes,

você tá atendida em relação a essa a essa sua primeira pergunta? E nossa

Secretária também, Maria de Lurdes, ela, desculpa da Secretaria de Meio

Ambiente, mas eu já to promovendo a Maria de Lurdes pro né, pra pela sua

participação tava na Secretaria hoje o dia todo, merece até... Serão trinta e

sete meses de obras com utilização de banheiros químicos, essa pergunta é

dirigida à PETROBRAS, qual será o destino desses resíduos? Trinta e sete

meses de obras, não é isso? E com a utilização de banheiros químicos. Então

a pergunta da nossa colega é: Qual será a destinação desse material?

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

É, a maior parte dos efluentes sanitários vai ser tratada numa estação de

tratamento de efluentes. A utilização de banheiros químicos é ocorrerá

naqueles locais mais afastados do centro das obras, aonde não há

possibilidade de coleta do do esgoto sanitário, principalmente é em decorrência

da pouca quantidade gerada, ou seja, nos locais onde há maior quantidade de

geração, esse vão ser conduzidos pra estação de tratamento. Os locais aonde,

mais afastados, com pouca quantidade de geração será utilizado banheiro

químico. É atualmente existem empresas especializadas que fornecem o

banheiro químico e elas são responsáveis pela limpeza é e destinação final dos

resíduos, quer dizer, a a responsabilidade, aí da empreiteira e da PETROBRAS

será a contratação de uma empresa legalmente estabelecida e legalmente

licenciada para exercer essa atividade de é limpeza e destinação final dos

resíduos do banheiro químico.

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

Pág 30

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO – INEA

Maria de Lurdes, tá satisfeita com a resposta, quer mais algum comentário?

Então, aqui não tem mais ou menos. Pode fazer uso da palavra se você quiser.

Mas tem que ser no microfone pra porque é gravado.

MARIA DE LURDES - Secretaria de Meio Ambiente de Carapebus

É... Eu disse mais ou menos, desculpe, é é só que como se trata de um

banheiro químico e nós estamos do lado do Parque Nacional e eu sou eu sou

parte do Conselho também, eu sou membro do Conselho, a gente tem essa

preocupação constante, entendeu, então a gente gostaria que a questão fosse

um pouco mais bem esclarecida. Obrigada.

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

É, no momento, a informação que se tem é essa, quer dizer, é nessa fase de

planejamento do empreendimento não é possível identificar qual empresa será

contratada pra esse fim. Isso aí vai ocorrer é mais próximo da do início das

obras. É todo o detalhamento do empreendimento é feito mais próximo do

início das obras. Antes da obtenção da licença de instalação, aquela que

autoriza de fato o início das obras, é é apresentado ao INEA o detalhamento

dos programas ambientais previstos no EIA. Então nessa fase de de EIA e

RIMA, esse programas ambientais são conceituados numa forma que dê

segurança a ne ao INEA e aos Órgãos Licenciadores de que a conceituação

desses programas é é ambientalmente adequada e o detalhamento deles é

feito pra obtenção da licença de instalação. Então aí sim nessa fase, deve ser

feito maior detalhamento, mas a decisão da empresa que será contratada

mesmo, isso é só no início das obras, o importante é que essa empresa seja

licenciada ambientalmente pra esse tipo de operação.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

É obrigado pela resposta. E nós temos aqui algumas perguntas interessantes

dos colegas é SINDIPETRO. O Jedson, cadê o Jedson? Obrigado pela

presença. E também do Wilson de Oliveira. Wilson tá aí? Cadê o Wilson?

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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Então olha, as perguntas que eles, que os colegas fazem: O SINDIPETRO

deseja saber maiores informações a respeito do capítulo específico sobre as

alternativas de tecnologias mais limpas na saúde trabalhador e no meio

ambiente, incluindo poluição térmica, sonora e emissões nocivas aos sistemas

respiratórios. Então nessa primeira pergunta, os colega do SINDIPETRO estão

preocupados em relação à utilização de alternativa de tecnologias mais limpas

na saúde do trabalhador e no meio ambiente, incluindo poluição térmica,

sonora e emissões nocivas ao sistema respiratório de acordo com a portaria

conjunta número 259 de agosto de 2009. Então obrigado aí pela participação

dos colegas do SINDIPETRO e essa pergunta é repassada aí pros colega da

PETROBRAS.

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

Essa questão do da exposição dos trabalhadores ahn... Ela é é referendada e

controlada pelas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho. Elas que

definem em função do nível de radiação térmica, de nível de ruído é e de

emissões atmosféricas quais são os sistemas de proteção individual, sistemas

de proteção coletiva e qual o tempo de exposição que cada trabalhador pode

ficar a esse tipo de de agentes, então é as NRs é como são apelidadas as

Normas Regulamentadoras são bastante específicas e definem com bastante

rigor o que pode e o que não pode ser feito em termos de saúde e segurança

do trabalhador e todas as NRs serão seguidas assim como demais é medidas

dos programas ambientais é voltados pra saúde e segurança do trabalhador

praticados pelo TECAB.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Jedson, você quer fazer algum comentário? Então vem, por favor. Eles também

perguntam, Jedson eu vou fazendo a segunda pergunta que é bem parecida.

Na ocasião da Ampliação de Cabiúnas, os trabalhadores que operam soldas

elétricas estão sujeitos ao fumo. Que política terá a empresa para minimizar a

contaminação desses trabalhadores? É do colega dele, Wilson também do

SINDIPETRO. Então vocês, vamos fazer esse momento aqui, esse bloco pras

ansiedade e perguntas de vocês. Boa noite, obrigado pela participação.

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

Pág 32

JEDSON - SINDIPETRO

Tá, obrigado. Boa noite a todos. É a pergunta que nós fizemos em relação a

essa portaria é porque ela deixa bem claro que tem que existir um capítulo

específico, né dentro da discussão e da elaboração do EIA/RIMA, né, que trata

da questão da saúde e da segurança dos trabalhadores, né. Levando em

conta, né, que hoje no Terminal já existe, né, dados da empresa que

demonstram que existem níveis de ruídos e níveis de exposição ao benzeno

que possam, pode vir a causar é danos à saúde daqueles trabalhadores e com

a ampliação do Terminal, né, como foi colocado aqui por vocês, são unidades

semelhantes e sistemas semelhantes aos que já existe, isso vai, tende a

aumentar. Então é exatamente isso que a gente quer colocar, quer colocar

quer colocar aqui em debate e quer saber se existe, né, se foi feito pela

PETROBRAS esse capítulo específico no qual, né, trata a portaria 259 do

conjunto do Ministério do Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA. É isso.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Obrigado.

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

É o o EIA foi feito de acordo com a instrução técnica emitida pelo INEA e esse

tema não foi solicitado que fosse abordado. É o que no nosso ponto de vista

não constitui numa falha maior justamente porque são questões relativas ahn...

Às normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho. O EIA foi feito de

acordo com a instrução técnica é específica e emitida pelo INEA pra este

empreendimento e pra este estudo.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Os colega do SINDIPETRO, eles ahn... Se vocês quiserem se manifestar mais

alguma, mais algum comentário, agora, o que eu to entendendo da da resposta

da do do do da empresa é que essas normas todas, claro que tem que ser

obedecidas, elas têm que ser vistas, têm que ser cumpridas e muitas delas se

referem também à segurança do trabalho, né, normas específicas pra isso. A

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

Pág 33

turma do INEA aqui tá anotando isso e esses padrões, tanto de emissões

atmosféricas como de pra que possa influir na saúde dos trabalhadores é claro

que isso tem que ser anotado, é uma questão de legalidade, não há dúvida em

relação a isso, mas pode completar. Colega quer algum comentário também?

Você quer complementar?

JEDSON - SINDIPETRO

Eu não, não sente totalmente contemplado com a resposta, né, porque é essa

questão do somente dos equipamentos de proteção individuais, né, não são

suficientes, né, tem que se tratar também da questão de equipamento de

proteção coletiva, né, coisa que a gente tá percebendo que não ta sendo

previsto no projeto, né. Isso é um exemplo. E ai existe as várias fases do pro

do... de toda a obra, né, a fase de licença prévia, de instalação, de operação. E

isso, né, eu volto a insistir, né a portaria é bem clara, né, isso tem que constar

um capítulo específico que trata desses assuntos, né, da questão da exposição

dos agentes nocivos à saúde do trabalhador, né, e isso não tá sendo feito.

Então a gente não se sente contemplado e a gente vai continuar questionando,

né. A gente tem aí dez dias, né, pra como foi dito, pra elaborar um documento

e a gente vai protocolar isso de forma oficial à PETROBRAS, ao INEA e todos

os órgãos que cabíveis.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Jadson, permanece aqui, por favor. Vô a turma do SINDIPETRO também tá

questionando o seguinte: O programa básico ambiental, o PBA exigido pelo

INEA não foi enviado à Central Única dos Trabalhadores que representa o

SINDIPETRO. SINDIPETRO, desculpe o NF é o quê? Eu não não...

JEDSON - SINDIPETRO

É Norte Fluminense.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Ah, tá certo. SINDIPETRO Norte Fluminense. Que representa ahn... Os

trabalhadores petroleiros. Por que menciona a mesma Portaria? Jedson, esse

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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programa básico ambiental, esse momento do licenciamento que nós tamos

discutindo agora é da emissão ou não da licença prévia. Todos aqueles

programas que nós vimos, programa de obra, de educação ambiental, o

programa básico ambiental, todos esses programas que foram mencionados,

eles serão objeto de restrição pra entrega na fase da análise da LI, então esses

programas não foram ainda entregues a vocês porque eles ainda não existem

e vão ser objetos de exigência da LP pra fase, pra próxima fase que é a

Licença de Instalação. E aí, com certeza, esses ... serão entregues e

distribuídos pra todos que tiverem interesse nisso. Nesse momento, o que foi

distribuído pra todos foi o EIA e foi o RIMA que são os estudos exigidos antes

da Licença Prévia, então essa licença não saiu ainda. A empresa e o consultor

não fizeram esses esses estudos porque ainda não chegou nessa fase. Agora,

quando chegar essa fase, esses projetos serão entregues pra vocês. O que

não elimina a sua contribuição nesses dez dias praquilo que você falou antes,

entendeu? E a outra coisa que eu queria aproveitar a oportunidade, a

oportunidade de comunicar pra vocês é que nós na Secretaria de Estado de

Meio Ambiente, nós temos a CECA e temos o CONEMA que é o Conselho

Estadual de Meio Ambiente que tem a competência do CONAMA a nível

estadual. E no CONEMA nós temos um representante da CUT, que ele é muito

atuante, o Munhoz, não sei se você conhece o colega muito atuante, participa

de reuniões todas. E na semana passa... Semana retrasada e, o Secretário

junto com a Superintendência de Articulação Institucional da Secretaria, já está

fechando com a CUT cursos específicos de meio ambiente pros trabalhadores

no sentido de tratar uma que trabalha nas empresas, inicialmente naquelas

empresas mais ligadas às atividades industriais. Cursos específicos para

conhecimento de toda tramitação da legislação ambiental. Eu não sei se vocês

já tiveram essa informação, mas isso é uma informação boa no sentido dos

trabalhadores do Órgão Ambiental terem essa formação. Mas em relação a

essa tua questionamento aqui do plano você concorda em, entendeu com isso

aqui?

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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JEDSON - SINDIPETRO

Não não, tudo bem, entendi. É então ahn... Nossa grande preocupação nessa

questão é no sentido da prevenção, né, porque o que a Portaria trata é

exatamente isso. É que nessas fases é prévias de instalação, né, é que seja

dado o devido tratamento pra que, né, quando tiver lá na fase já de instalação,

de operação, não comece a apresentar problemas, né, como por exemplo, que

já existe lá no Terminal, ou seje, só tá aumentando o problema e nunca tendo

solução. Então o que acontece é... Eu queria só fazer uma última, um último

esclarecimento, é o seguinte: Tá tendo ato, né, da da Audiência, né, e tudo que

tá sendo dito aqui vai ser constado em ata, né, perfeito?

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Tudo aqui é gravado, por isso que tá falando no microfone. Existe uma ata

sucinta que nós fazemos aqui nos próximos, na próxima semana. Resumindo o

que aconteceu, mas tudo o que é falado é transcrito no papel e anexado ao

processo.

JEDSON - SINDIPETRO

E o acesso a essa ata antes da aprovação a gente tem?

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Desculpe, essa eu não enten... Eu não ouvi.

JEDSON - SINDIPETRO

Nós teríamos a o acesso a essa ata antes da aprovação.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Claro, isso é tudo documentado. Isso é tudo documento público, é.

JEDSON - SINDIPETRO

Ok.

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Então o importante é notícia pra você, mas você entendeu essa história de que

esses planos, eles nessa fase da licença, do pedido da licença prévia esses

planos não existem ainda por que eles não sabem nem se essa licença vai ser

concedida ou não. O Alencar no grupo de trabalho, ele tá avaliando isso, aí

depois isso tudo que foi mostrado é materializado já como exigência pra

emissão da licença de instalação. Claro que vocês que são trabalhadores têm

absoluta necessidade, é absolutamente compreensível que vocês querem

saber com o aumento da produção essas emissões como é que vão ser

controladas. E isso que é essa informação que vai ser passada a vocês.

JEDSON - SINDIPETRO

Aí é... Só pra finalizar, o acesso a ata então vai ser enviado via e-mail pra

gente é... como é que, é disponibilizado, né.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Ela é um documento, é um documento público e o RIMA, por exemplo, está à

disposição na página do INEA hoje, já tá há algum tempo disponível. A ata fica

disponível também, mas você chegando na CECA ou no INEA pedir que você

recebe cópia disse sem problema nenhum.

JEDSON - SINDIPETRO

Tá ok. Obrigado.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

É documento público, há uma legis, uma Lei Federal que estabelece que toda

documentação dos processos ambientais são documentos públicos. Tá certo?

Tá satisfeito com as colocações?

JEDSON - SINDIPETRO

Sim sim.

Transcrição da Audiência Pública

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ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Então tá legal. E obrigado...

JEDSON - SINDIPETRO

É, a gente, é o que eu disse, a gente só vai tá é cobrando o...

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Lógico.

JEDSON - SINDIPETRO

Protocolando o que a gente ainda não se sentiu contemplado.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Agora importante é essa mensagem que eu trouxe pra vocês, desculpe que

não tenha nada a ver com a Audiência, mas é dos cursos de que a Secretaria

vai fazer em conjunto com a Central dos Trabalhadores por categoria, trazendo

essas informações pra vocês. E você tá convidado aí pra participar do grupo de

discussão lá, você e seus colegas petroleiros, tá bom? Muito obrigado. Uma

um outro bloco interessante de perguntas é em relação é em relação à

transportes. Aqui o Marcelo Tavares, Puerto Tavares, Cadê o Marcelo?

Obrigado Marcelo, boa noite. Pergunta: No folheto existem impactos negativos

sem respectiva medida mitigadora. O aumento do “tráfico” de veículos é um

exemplo. Por que não estabelecer a construção de ciclovias e parcerias com o

Poder Público no investimento em transportes coletivos de massa como forma

de mitigar esse impacto? No sentido de falta mitigação do impacto negativo

decorrente do transporte de veículos. Então a pergunta do nosso colega

Marcelo, que é o do Conselho de Meio Ambiente, é justamente isso, esse

aumento de “tráfico” de veículos não está contemplado, por que não

estabelecer uma parceria pra construção de ciclovias em parcerias com o

Poder Público? Eu acho que esse momento seria um momento perfeito pra

essa pra esse questionamento do do Marcelo prosperar porque nós estamos

com o empreendedor, representante da Prefeitura, que eu acho que tudo que

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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queria era uma ciclovia aí, é ou não é? Então vamos atender aí o ansiedade do

nosso colega do Conselho do Meio Ambiente, o Marcelo.

MAXWELL SOUTO VAZ – Secretário de Meio Ambiente de Macaé

Bom, a Prefeitura tem total interesse em parcerias que venham contribuir com

a qualidade de vida da população e a... Acho que a proposta é bastante

interessante. O empreendimento vai causar, de fato, um transtorno, vai

aumentar, né, o aumento de tráfego de veículos e se havendo possibilidade é...

A Prefeitura está totalmente interessada em discutir um projeto de melhoria do

sistema viário.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

E isso pode também ser objeto de uma compensação ambiental desse projeto,

entendeu, Marcelo? Então isso é uma coisa possível que vai beneficiar a

população. Existem também as perguntas que vieram aqui de compensações

ambientais, isso pode ser uma compensação. O Alencar tá anotando aqui,

agora importante você, como o Jedson, encaminhar alguma documentação pro

INEA no sentido de trazer, você até como representante do Conselho de Meio

Ambiente. Tá certo? Tá satisfeito? Obrigado. Também o também Cleudimar

Raposo, quem é Cleudimar? Cleudimar, obrigado pela presença. Como fica o

trânsito em Macaé principalmente na Avenida Amaral Peixoto com o aumento

da circulação de caminhões, carretas transportando material e equipamentos,

ônibus transportando passageiros, trabalhadores, sendo que o transporte em

Macaé já é um problema antigo. Também a preocupação do Cleudimar aqui

em relação ao transporte. Quer dizer, a sociedade tá vendo que aumento na...

Fase da implantação de obra, de trabalhadores, não é isso? Movimentação de

caminhões, de material, a preocupação de vocês é em relação ao trânsito. Isso

tudo fica dentro dessas compensações, dessas melhorias que podem ser feitas

com o empreendimento. O Alencar tá anotando isso tudo aqui e isso tudo pode

ser restrição da licença prévia, enfim, o objetivo da Audiência Pública é trazer

de vocês, moradores, as ansiedades e as possibilidades de contribuição que

esse projeto pode trazer. Da importância de vocês estarem presentes do Órgão

Ambiental, da Prefeitura através da Secretaria de Meio Ambiente do Município,

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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não é, como a colega Maria de Lurdes já falou - e os banheiros químicos, onde

é que vão os resíduos, é ou não é? Essas contribuições fazem parte aqui,

porque vocês viram que o Estudo de Impacto Ambiental, ele foi preparado em

cima de uma instrução técnica, em cima de um Termo de Referência feito pelo

INEA, mas essas contribuições que vão agregando benefícios pra sociedade.

Quando a turma fala em compensações, Cleudimar, você quer algum

comentário vo... Em relação às compensações ambientais, por exemplo, essa

outra pergunta aqui, da Associação de Moradores é ... Lagomar, de Lagomar,

não é? Lagomar. É Waltila. Waltila? Hein? Mais Cleiton, é isso? Vou Chamar

Cleiton que tá, obrigado, Cleiton. Olha só, em relação à qualidade de vida. O

que esse empreendimento vai priorizar e valorizar o Bairro Lagomar? Que por

sua vez a comunidade vizinha mais próxima ao Terminal de Cabiúnas com

uma população de 45 mil habitantes, de 45 mil pessoas, um contingente maior

que Carapebus e Conceição, essa ampliação, quer dizer, a a conclusão do

Cleiton, essa ampliação vai beneficiar o Brasil, e Lagomar tem direito de ser

recompensado. Cleiton, essa mesma tua pergunta, tá na linha da pergunta do

Jorge Alves que diz: Quais os impactos e compensações são previstos em

relação ao bairro Lagomar? Cadê o Jorge Alves? São vizinhos? A turma de

Lagomar, presente aqui, pro que se refere à poluição do ar, sonora, térmica,

aumento do “tráfico” de veículos, além das agressões a natureza no entorno do

bairro. Quais os riscos a saúde dos moradores? E quais os prejuízos sobre sua

qualidade de vida? Então, tanto a pergunta do Jorge Alves em relação ao

Cleiton, são de compensações ambientais, e essas compensações, estão

previstas em lei. Aqui no Estado do Rio de Janeiro a compensação ambiental

de projetos que fazem estudos de impacto, elas variam de meio por cento a um

vírgula um por cento, essas compensações ambientais vão de meio a um

vírgula um por cento previsto numa legislação federal. E essas compensações

são aplicadas na área de influência do empreendimento que seria aqui no

município de Macaé. Existe na Secretaria de Estado uma Câmara de

Compensação Ambiental, e essa Câmara de Compensação Ambiental vai fixar

o percentual de compensação deste empreendimento. A lei estabelece entre

meio a um vírgula um por cento. O custo desse empreendimento, segundo está

aqui no folheto, é na ordem de dois milhões de reais, não é isso? Confere

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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Rômulo? Dois milhões de reais, então, essa compensação, Jorge e Cleiton, ela

vai variar na faixa de até vinte e dois milhões em projetos que serão aprovados

pela Câmara de Compensação pra beneficiar a sociedade. Essa compensação

ambiental não ter nada a ver com royalties, é uma outra situação, uma

legislação estadual, só que o Secretário ainda entende, o Secretário de Estado,

Carlos Minc, que outro percentual de até um por cento, ele está estabelecendo

pra obras de saneamento, de biodiversidade, ou de apoio a alguma outra

atividade que vocês tiverem idéias e trouxerem para o empreendimento, ou

melhor, pro órgão ambiental. Então são esses os benefícios e mais ou menos

os valores que vocês têm que... se situar, entenderam? Então compensação

ambiental é estabelecido por regra por legislação e os empreendimentos que

fazem estudo ambiental mais detalhado como o EIA RIMA que tem Audiência

Pública, eles tem que ter medidas de compensação. E cada estado brasileiro

criou a sua regra, porque uma legislação federal remeteu isso pros estados.

Então o importante é saber saneamento, biodiversidade, melhoria de “tráfico”,

enfim, quais as prioridades que essas compensações podem ser aplicadas. E

Câmara de Compensação é um colegiado também é formado por

representantes da sociedade de Organizações Não Governamentais de

universidades, né? Da própria FIRJAN, dos órgãos ambientais, então isso,

tudo, esse percentual é cravado agora na fase da LP, da Licença Prévia e

depois as compensações são materializadas na fase seguinte da Licença de

Instalação. Vocês querem algum comentário sobre isso?C é... o colega Jorge,

Jorge Alves? Então obrigado pela porque essa legislação ambiental as

pessoas as vezes, né? Não tem conhecimento, por isso que é importante a

gente estar levando na Secretaria de Estado do ambiente essa informação pra

todos os segmentos da sociedade no que sentido que todos saibam

exatamente o que que a gente pode lutar, porque um bom projeto as vezes

com uma compensação dessa natureza ele se materializa. Também, o

Marcelo, Marcelo faz outra pergunta também: Qual será o impacto sobre o

Parque de Jurubatiba? Quanto o empreendimento avançará sobre a área do

parque? Quais os impactos diretos e indiretos? Que compensações estão

sendo previstas e que podem nos dar a certeza que o empreendimento vale a

pena? E que os benefícios mensuráveis possam superar os danos geralmente

Transcrição da Audiência Pública

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mensuráveis? E quanto a resolução da mata atlântica, alguma medida

compensatória? Essa resposta nós vamos deixar pros colegas da Petrobras, o

que a gente pode adiantar como órgão ambiental, que a análise, apreciação de

um projeto de estudo de impacto ambiental, você, o que você chama de

impactos benefícios mensuráveis e imensuráveis é o que nós chamamos de

aspectos e impactos no sentido de que um bom empreendimento é aquele que

tem impactos positivos interessantes e impactos negativos que possam ser

controlados que possam ser mitigados que possam ser neutralizados e esse é

o objetivo do licenciamento, se você pega um empreendimento e se sobressai

os impactos negativos e esses não podem ser mitigados, esse é um

empreendimento ruim, não é a sociedade não quer, então, justamente aqui é

no sentido da gente definir o que que pode ser feito, que que pode ser

mitigado, e tem que vencer o bem, isto é, os impactos positivos e aqueles

negativos serem controlados. Agora a pergunta pra vocês que fica é qual será

o impacto sobre o Parque de Jurubatiba, quanto o empreendimento avançará

sobre a área do Parque e quais esses impactos diretos e indiretos? E as

compensações previstas, ele eles não têm, a PETROBRAS não tem poder de

dizer quais são as compensações, né, as compensações são em função da

Câmara de Compensação Ambiental que é gerenciada, administrada pela

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e os projetos que vão fazer parte

disso, tá certo? Agora em relação a isso, qual será o impacto sobre o Parque e

quanto avançará sobre a área do Parque e os impactos diretos e indiretos que

era interessante vocês esclarecerem ao Marcelo, por favor.

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

É não haverá avanço nenhum da do empreendimento sobre a área do Parque.

É o empreendimento vai ser implantado em área já é apropriada pela

PETROBRAS, vocês viram aí nas fotos muito próximas às unidades já

existentes. Os estudos de dispersão atmosférica mostram que as emissões

atmosféricas que a alteração na qualidade do ar se dará principalmente é em

sentido oposto ao do Parque e e da área urbana de Macaé. Alteração dos

níveis de ruído também não chegará ao Parque, ou seja, não é esperado

nenhum efeito adverso sobre a área do Parque. É nem direto nem indireto. É a

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questão aí da Mata Atlântica é abordada é que trata ai do do plantio

compensatório pela supressão vegetal, ela define aí as normas e os critérios

pra esse plantio compensatório em função do tipo de vegetação a ser

suprimida, né, e define que deve ser feito um plantio na mesmo micro bacia aí

mesmo ecossistema e tudo mais. É esse essas diretrizes obviamente serão

cumpridas, elas estão previstas em Legislação Federal é e é então prevista aí é

que seja atendida esse princípio de de preservação da Mata Atlântica.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Marcelo, quer algum comentário? Satisfeito? Pois não. Nosso colega do

Parque. O Parque não vai ser invadido, hein?!

MARCELO TAVARES – Conselho de Meio Ambiente

É, boa noite. Só eu ia fazer essa pergunta, mas já que foi tocado no assunto. É

que você falou que não vai ter impacto indireto. O EIA/RIMA fala dos impactos

diretos, mas não fala dos impactos indiretos, mas, por exemplo, tem um

impacto indireto que a gente não viu discutido no EIA/RIMA que é a questão,

você falou em determinado momento que vai ter de duas mil a quatro mil

pessoas trabalhando, né. A gente sabe que muita dessas pessoas vão vir de

fora, mesmo que você privilegie a a mão de obra local, muita dessas pessoas

vão tá vindo de fora pra trabalhar. A gente sabe que grande parte desse

contingente de de pessoas que vêm trabalhar em Macaé, ele vai pro Lagomar

que é o bairro que mais cresce na cidade, ou seja, então a gente tem uma

pressão de pessoas que vão trabalhar na cidade, que moram ao lado do

Parque Nacional e que vão visitar o Parque Nacional, ou seja, ah... Noventa

porcento das pessoas que visitam o Parque em Macaé moram no Lagomar, no

Engenho da Praia, naquela região, ou seja então você tem uma pressão muito

forte que aumenta sempre por conta desses empreendimentos aqui em Macaé.

Ou seja, então você tem é... A questão da recreação na Lagoa de Jurubatiba

que é próxima ao empreendimento, você essas essas pessoas que vêm, as

vezes têm os hábitos culturais de criar passarinho, então elas vão no Parque

pra pe pra tentar pegar passarinho, ou seja, todo uma pressão muito forte que

o Parque vai ter que tomar conta junto com apoio da Guarda Ambiental, da

Transcrição da Audiência Pública

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Secretaria de Meio Ambiente de Macaé, que sempre ajuda a gente, mas existe

esse impacto e isso não foi discutido no EIA/RIMA, ou seja, esses impactos é é

indiretos que um empreendimento dessa desse porte pode trazer pra cidade e

pro Parque, isso não foi, eu não não encontrei no EIA/RIMA essa discussão, ou

seja, eu vi a questão dos impactos relação a tráfego, com relação a expectativa

de emprego e tudo, mas esses impactos indiretos que ocorrem realmente

porque a gente tem é é uma visitação, a visitação no Parque em Macaé ela

aumenta a medida que a cidade cresce, ou seja, a medida que o Lagomar vai

crescendo. Porque o Lagomar tá do lado do Parque e as Lagoas do Parque

são muito boas, ou seja, o mar de Macaé é um mar muito violento, a lagoa é

muito tranquila, então então você tem um local, principalmente no verão, um

local de recreação ali. Então quando mais duas mil pessoas, mais quatro mil

pessoas e digamos que essas pessoas fiquem, vão ter alojamentos e etc, mas

provavelmente vão ficar é é no Lagomar, então tem esse impacto. Então eu

queria é... Colocar isso, porque que a gente não viu mais essa discussão é

desses impactos indiretos que o empreendimento vai ocasionar ao Parque

Nacional, tá. É mais ou menos por aí.

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

A demanda média de mão de obra é da ordem de duas mil pessoas, quatro mil

pessoas é o pico da mão de obra e da forma como tá prevista a a contratação,

embora seja feita por empreiteiras e não pela PETROBRAS é que ela priorize a

contratação local, ou seja, a maior demanda de mão de obra na fase de de

construção civil é e é uma mão de obra que é a região tem condições de

oferecer. Então a maior parte, espera-se que grande parte da mão de obra

contratada seja no mercado local, então não trará pessoas de fora. O pessoal

que vier de fora, que obviamente uma parte do contingente virá, ele vai ser

alocado é e isso tá é tá apresentado no EIA de forma a não se concentrar em

um determinado bairro. Então é... Obviamente algumas pessoas ficarão no

Lagomar, mas não é a intenção que haja concentração desse contingente que

vier de fora em nenhum dos bairros é do município de Macaé, justamente pra

não ocorrer esse tipo de impacto é de uma pressão pra que não haja

acumulação dessas pessoas muito próxima ao Parque. É... É essa a medida

Transcrição da Audiência Pública

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que tá prevista no EIA pra evitar, não só impacto indireto no Parque, como todo

impacto indireto sobre de pressão, sobre equipamentos urbanos, via de

transporte é e outras é ofertas que a área urbana de Macaé terá que suprir pra

implantação desse empreendimento.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Carlos Tá satisfeito com a resposta dele quer um? É objeto da discussão, né?

Dentro do processo, é. Tá certo. É... Em relação a esse aspecto social, o Jair

de Souza, o Jair de Souza. Obrigado. O Jair de Souza é Técnico Ambiental,

né? Tá estudando pra... Muito obrigado. De acordo com o número de

contratação, complementando aqui a pergunta anterior, pode-se chegar a

quatro mil trabalhadores. Quais medidas poderão ser tomadas para a

organização social desses trabalhadores? E quais garantias serão dadas pelos

Órgãos competentes que é essas organizações serão monitoradas

efetivamente? Então como é que seria a organização desses ... no pico de obra

que você mencionou, de quatro mil trabalhadores e que medidas serão

tomadas para organização social desses trabalhadores e que garantias serão

dadas pelos Órgãos competentes que essas organizações serão monitoradas

efetivamente, entenderam a pergunta?

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

Ahn... No capítulo que trata do dos impactos ambientais desse

empreendimento, quando a gente aborda especificamente a questão da mão

de obra tem uma série de medidas conceituadas lá pra evitar esse tipo de

impacto. E tá lá a a primeira delas, e talvez a mais mais importante, a

priorização a contratação de mão de obra local sempre que possível, sempre

que houver a mão de obra com a qualificação necessária. É e uma série de

outras medidas no sentido de plano de conduta pros trabalhadores, de como

eles devem se relacionar com a comunidade local. É o programa de educação

ambiental dos trabalhadores, questão de doenças sexualmente transmissíveis

e uma série de outras questão estão todas conceituadas na avaliação do

impacto ambiental é no no que tange a demanda de mão de obra. O Plano

Básico Ambiental, que será entregue futuramente, ele vai trazer o

Transcrição da Audiência Pública

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detalhamento dessas medidas a nível de execução, ou seja, exatamente

quando serão implementadas, como serão implementadas, o dimensionamento

da equipe que vai cuidar da implantação desses programas. É... E eu u uma

vez esse programa detalhado e apresentado ao INEA pra obtenção da licença

de operação é necessário que haja a comprovação pelo empreendedor da

implementação desses programas. É nesse aspecto o sistema de

licenciamento ambiental, ele é bastante interessante e bastante eficiente, que

dizer, você conceitua o programa numa etapa, uma vez definido o que que

conceituação é adequada, você detalha este programa e aí você obtém

autorização da sua implementação no empreendimento e você só vai obter a

autorização de outra operação desse empreendimento uma vez que você

comprove que a implementação desses programas foi de forma adequada,

eficaz e eficiente.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Jair. Pode.

JAIR DE SOUZA

Boa Noite a todos. É... A preocupação maior é com a restinga de Jurubatiba

que evidentemente tá bem mais próxima do do da implementação do projeto,

certo? O Lagomar já é um bairro que de problema, né, um bairro que veio com

a habitação inadequada, cresceu e vem crescendo. Quando falamos da da

Licença Prévia é o Órgão consultor, ele já deu uma explanada até a Licença de

Operação com a relevante informação do pico de número de trabalhadores.

Ocorre que já os meios de comunicação nos diz que Macaé é precária em mão

de obra, né. Então evidentemente grande parte desses trabalhadores que vão

estar efetuando aí a força de trabalho vai vir de fora. Quando falamos em

quatro mil trabalhadores, evidentemente, vamos supor que dois mil, a metade

seja daqui e dois mil de fora. Essa esses trabalhadores, essa demanda que vai

vir de fora vai vir com famílias, né, parentes. Então é é é muito amplo isso. É a

a questão também é voltada pra Prefeitura, o que a Prefeitura é em termos de

organização social, efetivos pra monitoramento é o que ela vai fazer, né, em

relação a isso, essa demanda, não apenas de trabalhadores e sim de

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familiares, parentes, que isso pode vir a acontecer. Não só é... Ligado à

implementação do Parque e sim outras obras que vão estar em crescimento,

né, como as que você devem saber e algumas ampliações em alguns setores

aí da indústria petrolífera. Essa é minha pergunta.

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

É interessante a gente acompanhar um pouquinho como que a a nossa

sociedade evolui, né. Antigamente toda obra de de certo vulto que demandava

uma grande quantidade de trabalhadores deixava suas cicatrizes na

comunidade onde era ela era implementada e a gente tem exemplo disso

espalhados por várias cidades do País de mão de obra que acabou se fixando

de forma inadequada em volta dos locais de obras. E daí então que

começaram a surgir os programas é ambientais previstos para evitar que isso

acontecesse. Priorização da contratação, eu sempre martelo nessa tecla, mas

ela é bastante importante. A capacitação do trabalhador e o treinamento deles

e a forma como eles vão ser acomodados, por se tratar uma obra de curta

duração é embora a gente fale trinta e sete meses do período de obras. Aí

você tem etapas de planejamento, de de detalhamento, de aquisição de

materiais e tudo mais, quer dizer, o contingente mais significativo de

trabalhadores ocorre por alguns meses é a grande tendência e principalmente

como eles serão acomodados em alojamentos, repúblicas é sem concentração

em nenhum bairro em particular é que não haja é a uma grande quantidade de

trabalhadores que tragam suas famílias. Por dois motivos: Pra evitar a pressão

sobre os equipamentos e serviços urbanos e também pra garantir que esses

trabalhadores, ao término das obras, voltem aos seus locais de origem é não

assim sobrecarregando umas uma região que pode ou não querer que esses

trabalhadores se fixem aqui. Então um impacto que ocorria muito é

antigamente, que era essa fixação indevida, hoje em dia não ocorre mais por

conta das medidas e dos programas ambientais. É abordando um pouco sua

suas considerações também, assim como é do Órgão gestor do Parque sobre

a pressão sobre o Parque. É aí a gente mostra o que é importante esse

processo da Audiência Pública também. É previsto entre os programas

ambientais, o programa de comunicação social e o programa de educação

Transcrição da Audiência Pública

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ambiental e depois dessas ahn... Dessas ahn... Ponderações que vocês

fizeram sobre a pressão sobre o Parque, com certeza medidas específicas

nesses programas, tanto de comunicação social como de educação ambiental,

terão que ser incorporadas na fase de detalhamento dos projetos ambientais,

na fase do PDA. Então as considerações feitas aqui, uma vez concedida,

obtida a licença prévia e que tenha continuidade o processo de licenciamento é

essas ponderações, essas contribuições feitas serão incorporadas aos

programas é previstos no para aumentar a viabilidade ambiental do

empreendimento.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Jair, tá satisfeito? Jair, todos esses questionamentos, essas ansiedades, essas

preocupações que as pessoas têm e aqui vocês tão diante das, né, da

empresa. Elas também se refletem na questão dos moradores e a expectativa

de uma melhoria de vida aí. Isso é absolutamente compreensível e vocês

sabem disso. O Cleiton lá o nosso colega de Lagomar e o Carlos André. Cadê

Carlos Andre? Obrigado Carlos André. As perguntas são mais ou menos nessa

linha do Jair. A Associação de Moradores do Balneário de Lagomar, AMBL,

merece uma parceria nas questões de empregos, de empregar trabalhadores

que moram próximo ao Terminal de Cabiúnas. Uma forma de valorizar e levar

dignidade a todas essas pessoas que respiram a fumaça do progresso do

Brasil é expelido pelo queimadores do TECAB. Essa é a afirmação do Cleiton.

E a do Carlos André é que saúde, meio ambiente, segurança e qualidade para

a população vizinha ao bairro Lagomar o maior expen... Expansão e

contingente populo populacional. Qual integração social do Terminal com os

moradores para uma boa relação e resolução desta ampliação do Terminal

Cabiúnas de objetivo nacional. Então tanto o André como, o Carlos André,

como o Cleiton estão procurando ahn... Uma boa relação do Terminal com a

população do entorno e também como é que poderia uma mão de obra que

privilegiasse aí esses moradores vizinhos. Não é isso que vocês tão

colocando? Obrigado aí pela participação. Vocês são vizinhos? Então tá tudo

certo. Lagomar. Aí qual é a posição que vocês podem colocar pros nossos

amigos ali?

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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MAURÍCIO CORTES - PETROBRAS

Ok. Obrigado. Bem, como já foi falado, né, eu vou reiterar, né, que a

priorização será contratar trabalhadores da região, né. E nós vamos divulgar,

né, isso vai ser um dos ítens do programa de comunicação e responsabilidade

social que a empresa terá que implantar e como a... O Ricardo disse, isso será

monitorado e será objeto de fiscalização pelo Órgãos competentes se esse

programa está sendo efetivo ou não. Nós vamos contratar empre... Pessoas do

local. Quando não houver a qualificação necessária, né, é nós vamos também

procurar os Órgãos da região, tipo SENAI, SESI e e algum programa que a

Prefeitura tenha pra qualificar esses trabalhadores. Então, na época, o que a

gente pode garantir é que haverá uma divulgação dessas vagas e isso vai ser,

é interessante pra empresa contratar trabalhadores local, pra pra ela é mais

barato do que trazer gente de fora. Então realmente gente de fora vai ser

quando o mercado não puder atender. Mas esse tipo de obra de construção

civil, de montagem, Macaé tem essa mão de obra, tá, e a gente vai buscar

essa mão de obra onde ela estiver aqui em Macaé.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Então é o momento depois de haver o entendimento entre a a Associação de

Moradores, né, AMBL e vocês no sentido de divulgar essas, esses contatos,

esses planos, essa intenção de contratação de mão de obra e de vocês de ter

oportunidade essas essas vagas. Temos aqui uma pergunta em relação ao

detalhamento do plano de proteção ambiental que é feito pelo Leonardo,

Leonardo Silva que é aqui do PSOL de Macaé. Cadê o Leonardo? Boa noite,

brigado pela presença. A pergunta dele é técnica e interessante também, como

todas foram até agora. Com relação à prevenção a derrames ou escapes de

hidrocarbonetos, quais são as medidas de contingência? Isso é uma parte da

pergunta. Então vamos dividir a tua pergunta pra, quer dizer, em relação a a

um derrame acidental, um vazamento, quer dizer, vocês também já devem ter

previsto um plano de emergência, planos de contingência no sentido de uma

situação acidental envolvendo hidrocarbonetos. Então a preocupação deles, do

Transcrição da Audiência Pública

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do nosso colega Leonardo é em relação e esse planejamento de uma situação

adversa envolvendo um derrame acidental de hidrocarbonetos.

MAURÍCIO CORTES - PETROBRAS

Bem é o... Hoje o Terminal já opera instalações de processamento e

armazenagem e transferência de óleo, né. E nosso Terminal, ele é dotado de

um plano de resposta a emergência e inclusive em conjunto com as empresas

que estão no nosso entorno. De forma que tanto as nossas instalações estão

preparadas pra detectar essas ocorrências em tempo mínimo e o as nossas

instalações também prevê, possui um intertravamento automático de forma que

existe o bloqueio é bastante ágil para que esse derrame seja pequeno e

contornado imediatamente, tá. Aqui por favor.

EUGÊNIO TOURINHO RODRIGUES - TRANSPETRO

Tá, complementando a resposta é... Tem uma norma, a PETROBRAS, a

chamada N38 que todos os hidrocarbonetos oleosos, as plantas, todos os

equipamentos que operam é é criado uma área de contenção. Então qualquer

vazamento é contido dentro do Terminal. Então isso faz parte da dos padrões

PETROBRAS e sempre lembrando que isso são unidades de gás, vai

processar gás, não vai, não é processamento de petróleo. Então é... Os os os

óleos que tão presentes são muito poucos mais ligados à ó óleo lubrificantes

das máquinas que têm sua caixa de contenção, que não deixa isso vazar

externo ao Terminal.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Essa primeira parte da da sua pergunta, você se sente contemplado, ô

Leonardo, nessa primeira parte? Primeira parte tá legal? Há previsão da

instalação de uma estação de tratamento de esgoto e de uma unidade de

tratamento de resíduos, em caso positivo, qual a previsão orçamentária? O que

será feito dos resíduos e qual investimento reservado do projeto em percentual

para redução de danos ambientais? Algum programa para a área de proteção

ambiental vizinha. Então e vem. Há previsão de uma instalação de uma

estação de tratamento de esgoto e uma unidade para tratamento de resíduos?

Transcrição da Audiência Pública

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Em caso positivo, qual a previsão orçamentária? E o que será feito com os

resíduos?

MAURÍCIO CORTES - PETROBRAS

É... Atualmente todo resíduo de esgoto sanitário nosso, ele, nós não temos um

sistema central. Isso tá previsto no nosso sistema de obras, mas todo ele é

feito através de fossas sépticas e recolhido por empresas é habilitadas

legalmente, né, credenciadas pra dar destino a esses resíduos. Sendo que na

nossa carteira de obras, independente desse dessa obra que nós estamos

apresentando aqui que é o ampliação do PLANSAL, a gente já tem previsto um

sistema de tratamento de esgoto sanitário na nossa carteira, mas isso

independe desse do que nós tamos vendo aqui, que ele já irá acontecer

independentemente dessa ampliação, tá.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

E, além disso, ele pergunta o que será feito dos resíduos e o qual investimento

reservado no projeto para redução dos danos ambientais.

MAURÍCIO CORTES - PETROBRAS

É todo, todos os nossos resíduos, eles são controlados, né. Todos os resíduos

que são gerados no Terminal quer sejam os críticos que têm capacidade de de

afetar meio ambiente quanto sendo resíduo orgânico, esse tipo de coisa. Então

nós fazemos todo esse tipo de separação e destino, da mesma forma que

todos os resíduos são destinados de maneira a a serem armazenados ou

destinados para que você tenha isso é tratado, sem dano ambiental nenhum,

tá. Isso já é um programa instituído dentro do nosso Terminal hoje e

evidentemente que isso aí, com a ampliação, isso será estendido para a a a as

novas unidades industriais que serão instaladas.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

E ainda pergunta se há algum programa para área de proteção vizinha.

Transcrição da Audiência Pública

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RICARDO SIMONSEN - MINERAL

Programa específico pra área de proteção não foi, ela a a área de proteção

vizinha está contemplada de forma é difusa em todos os programas ambientais

previstos, principalmente aqueles de educação ambiental pra trabalhadores e

pra comunidade e o de comunicação social, além dos todos os sistemas de

controle de poluição do empreendimento que fazem com que a área vizinha

não seja diretamente afetada pelo empreendimento.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Leonardo pergunta ainda: Quais são as garantias do confinamento desses

resíduos aquosos e oleosos no subsolo? E quais contaminantes serão

injetados e qual será o monitoramento e previsão de uso deste deste solo bem

como a capacidade de injeção? Quer dizer poço, né, ô re... Desculpa, tá meio...

É melhor você formular, Brigado. Brigado, Fala o que você...

LEONARDO SILVA – PSOL Macaé

Alô. Boa noite a todos e a todas. Meu nome é Leonardo do PSOL de Macaé.

Não, com relação à última pergunta, é é com relação ao ao poço injetor de

Barra do Furado, correto? Que foi colocado no no, no é... No relatório que parte

do resíduo aquoso oleoso será injetado, aí eu faço perguntas mais nessa área

específica. Qual a previsão de tra de funcionamento desse desse poço injetor,

qual a garantia do confinamento desse resíduo do subsolo, essa é uma e uma

parte da pergunta de pois eu queria fazer um comentário no final.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Permanece aqui Leonardo, por favor. Fica aí.

MAURÍCIO CORTES - PETROBRAS

Leonardo, o o programa de injeção de descarte de água de Barra do Furado

também é algo que vai acontecer independente dessa ampliação que tem aqui.

Ele é previsto pra começar a injeção agora nesse ano, nesse nesse segundo

semestre. Então é algo que vai ser é é acontecer independente dessa

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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ampliação. E o destino dessa água é é nós temos produto de petróleo que nós

recebemos, ele vem com uma quantidade, né, de água salgada, né, produzidos

nos poços de petróleo, então a o efluente pra esse poço de petróleo,

basicamente a maior parte dele é advinda da produção de petróleo, tá.

Evidentemente que alguns, nós temos alguns resíduos oleosos também, né,

que da da nossa operação normal, como foi falado aqui, as máquinas, alguma

coisa, isso aí eventualmente é canalizado pra esse sistema que igualmente

será direciona para esse para esse para esse poço. Essa injeção vai ocorrer

em uma em uma uma uma profundidade é bastante grande, né, não tem nada

a ver com nosso com os com a parte mais superficial da da da camada aí

terrestre, inclusive o próprio programa, ele nos obrigou a que nós fizéssemos

outro poço adjacente pra que a gente possa controlar é possíveis, né é...

Contaminações com o lençol freático que abastece toda área aqui. Então além

de haver é é pe é é uma uma interdependência desse aquífero com a área de

injeção da própria natureza, nós ainda temos ainda um acompanhamento de

um outro poço observador de forma que nos garante aí tranqüilidade nessa

nessa injeção.

LEONARDO SILVA – PSOL Macaé

Obrigado aí pela pela resposta e... Bem é... Eu trabalhei no projeto, eu trabalho

na PETROBRAS, trabalhei no projeto específico, por isso que é bom a gente

fazer a pergunta pra deixar registrado é... Até pra pra população ter

conhecimento, né, dos riscos que estão envolvidos no no na ampliação dessa

planta, né, porque é óbvio que “sobre” o ponto de vista da empresa há um

interesse de aprovar esse projeto e convencer a sociedade de que só haverá

bônus, né, pra sociedade. Porém, o ônus, né, ele é real, todo projeto de

expansão é de qualquer planta de processo, ele cria impactos ambientais, o co

o colega que colocou aqui a questão da da pressão social no avanço do

Parque, assim, o que foi comentado aqui não há garantias concretas de deter

esse avanço, porque você não pode obrigar a pessoa a não trazer sua família,

você não pode obrigar a pessoa a deixar de de morar num bairro ou num outro.

E com relação à questão do do da preocupação nossa enquanto militante

também do movimento sindical, é que já ocorreram acidentes no Terminal de

Transcrição da Audiência Pública

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Cabiúnas com escape de gás, o que já foi noticiado até pelo pelo sindicato aqui

presente. E a população que reside lá no no entorno do do do é... De do

TECAB, às vezes se preocupa com a questão do do emprego, como isso pode

se trazer benefício à população, agora saibam que é também um aumento de

risco, você vai aumentar o volume de de gás processado, eventualmente você

tem gás que possa, que pode escapar pra atmosfera, já ocorreram acidentes

industriais que que afetou diretamente, inclusive causando morte à população

lo é... Do entorno. E é bom a gente deixar registrado na Audiência Pública, né,

deixa... Não nesse caso em Macaé, mas em outras atividades. Em Cubatão,

por exemplo, é um exemplo disso, né, que afetou decididamente a vida das

pessoas no entorno. Então é bom a gente deixar registrado isso pra que a

empresa também se obrigue a ter, por isso que eu fiz a pergunta dos

orçamentos, qual a previsão orçamentária do plano, pra que a empresa

também se obrigue a gastar dinheiro e usar a maior, a melhor, a maior e a

melhor tecnologia conhecida da humanidade pra evitar esse problema, mas o

risco, ele vai trazer, tá. Então qual é o ônus, né, quais são os prejuízos pra

sociedade com relação à criação da ampliação desse, enfim, pra não falar

muito aqui vou vou encerrar. A nossa posição, do PSOL é que a o problema do

desemprego, ele não é um problema da falta de preparo da população local, o

problema do desemprego, um problema estrutural do tipo de sociedade que a

gente vive e não achamos que a a a saída pra nossa sociedade é uma visão

simplesmente desenvolvimentista, ou seja, vai desenvolver e toda população

desenvolve junto, a gente sabe que a história da humanidade não não se não

decorreu dessa maneira. Então só deixar isso registrado. Obrigado aí pela

paciência.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Bem, muito obrigado Leonardo. Agora é importante também deixar é claro e

gravado aqui que a função do Órgão Ambiental ao exigir esses estudos, ao

exigir na análise de risco é que esses planos de emergência, todas essas

ferramentas de controle ambiental, esses riscos que você sabe que existem,

não é, o histórico mundial aí mostra situações de vazamentos, que isso seja

controlado ao máximo possível de acordo com a tecnologia que existe. Então

Transcrição da Audiência Pública

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essa é a função do licenciamento do Órgão Ambiental no sentido de exigir as

tecnologias mais modernas, os planos, os controles, né, e se havia hoje

auditorias, análise de risco, planos de emergência, modos de você ter uma, um

combate mais rápido possível numa situação dessas. Importante é ter uma

tecnologia de ponta e ações de combate eficientes. Mas tá registrado o seu o

seu depoimento e obrigado pela sua participação. O Senhor Henrique da

ABLIN, cadê o Senhor Henrique, Henrique Eney. Senhor Henrique? Ele

pergunta: Já na fase operacional, o beneficiamento vai gerar emissões de CO2

e mercúrio. Como seria feito o tratamento e o volume desses dessas

emissões? Tratamento pra mercúrio e as emissões de CO2. Acho que o

Rômulo mencionou isso na fala dele.

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

É o mercúrio vai ser retirado do do gás em leitos catalisadores. Eles têm uma

vida útil de alguns anos. Cada vez que estiverem saturados esses é... Leitos

são devolvidos ao fabricante que então recupera esse mercúrio e dá uma

destinação ambientalmente adequada pra ele, quer dizer, a função é dessa

unidade de remoção de mercúrio do empreendimento é justamente pra evitar

com que esse mercúrio, que é natural do do do que que que é o constituinte

desse gás natural que vem é... do PRÉ-SAL, seja lançado ao meio ambiente,

seja espalhado de forma diluída ao meio ambiente. Então ele é retido nesses

leitos e dada uma destinação ambientalmente correta pra ele. A emissão do

CO2 ocorre decorrente da queima do gás natural. É ela não é controlada, é

importante a gente sempre levar em conta que é... Embora haja uma emissão

de CO2 nesses fornos, como a finalidade desse projeto é disponibilizar uma

quantidade maior de gás natural pra consumo pela sociedade é que vai

substituir outros combustíveis fósseis, então essa emissão de CO2 que ocorre

nos fornos, ela acaba sendo compensada pela redução da emissão de CO2

pela utilização de combustíveis fósseis. É... O gás natural, quando queimado, é

o combustível que libera é entre os combustíveis fósseis, a menor quantidade

de CO2 pra cada quantidade de energia produzida. Então é... A o a emissão de

CO2 na planta pra oferta de maior quantidade de gás natural acaba sendo

neutralizada, compensada pela remoção, pela redução da emissão do CO2

Transcrição da Audiência Pública

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com a utilização do gás natural em substituição a outros combustíveis que têm

uma quantidade maior de carbono em sua composição.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Tá atendida a pergunta? Senhora Margareth da Silva Ramos. Brigado Dona

Margareth. É da COMPARNA é a? COMPARNA é? Conselho. Conselho.

Moradora de Bela Vista. A unidade de separação para adequação do gás do no

no no do novo gás que vem do PRÉ-SAL, não é isso? Nos moldes do que o

TECAB processa hoje, do mercúrio prevê o descarte em que local e de que

forma? Ela se refere ao mercúrio e a compostos sulfurosos, não é isso? A

unidade de separação dos gases para adequação do gás nos moldes que o

TECAB processa.

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

É é o... É é aquilo que eu respondi na pergunta anterior, né. O Mercúrio fica

fixado junto aos leitos do dos catalisadores e é devolvido quando exaurido,

quando sua vida útil se esgota, ao fabricante pra reprocessamento, né, então

esse mercúrio é removido do do catalisador e essa operação dos fabricantes

dos catalisadores, por sua vez é uma operação licenciada aonde a destinação

do mercúrio é adequada. A função dessa unidade é justamente remover o

mercúrio é evitar que haja a possibilidade desse mercúrio ser espalhado ao

meio ambiente.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Pode falar, Dona Margareth.

MARGARETH SILVA RAMOS

Bom. Não to satisfeita porque eu fiz a pergunta de onde, de de onde estariam é

depositados esse mercúrio e a aí tem, por exemplo, risco de acidente, de

vazamento. Onde que vai ser isso? A separação é feita ao chegar ao Terminal,

né, pra que porque o Terminal, como foi dito no início, hoje o Terminal

processa o gás de uma forma é diferente do que vem agora do do PRÉ-SAL e

aí vai é... Tem uma unidade de separação prevista pra pra essa ampliação e aí

Transcrição da Audiência Pública

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pra retirar o mercúrio e os compostos sulfurosos. Onde que isso vai ser

guardado? Macaé, no Terminal, aonde que vai ser guardado? E essa bacia de

contenção ou, sei lá, câmera que vai ser guardada qual o nível de segurança

pra população?

EUGÊNIO TOURINHO RODRIGUES - TRANSPETRO

Tudo bem, o... A unidade de remoção de mercúrio funciona, imagine um um

vaso, não é, de pressão, como se fosse um filtro, né, o mercúrio ele é retido

nesse vaso e o gás segue sem o mercúrio. Nós fizemos o projeto que esse

vaso, é o mercúrio fica confinado dentro do vaso. A cada seis anos, que esse

vaso vai ser trocado, mesmo assim porque é exigido pela NR13, que é uma

Norma do Ministério do Trabalho que é é necessário fazer uma inspeção

interna do vaso, senão o vaso podia durar até uns dez anos. Então nessa toca

de seis anos, o for, não, isso vai ser enviado para o fornecedor, será contido,

né, tere, ahn... O fornecedor vai dar todo uma instrução técnica pra conter, pra

vai ser removido esse filtro e o fornecedor vai fazer reuso do mercúrio. O

mercúrio, algumas indústrias utilizam o mercúrio, então isso vai pro fornecedor

do leito, tá. Agora você falou sobre, se tiver algum vazamento, não é isso, do

mer desse vaso, né? Então aí vai vem esses planos de resposta e emergência

que o Nolasco falou, os operadores de Cabiúnas são treinados pra isso, a área

tem contenção, não tem como o esse leito de mercúrio, se ele vazar, ir pra o

solo o o si ahn... É todo cimentado a área com cimento, tá, o piso não é de não

é o piso original, então não tem como esse mercúrio ir pro solo, tá. E... Existe

um plano de resposta e emergência também como ele falou.

MARGARETH SILVA RAMOS

O nível de segurança então é cem por cento?

EUGÊNIO TOURINHO RODRIGUES - TRANSPETRO

Não. Nada na vida é cem por cento, né. Toda a unidade, toda unidade

industrial tem risco, né. Eu diria, em relação ao mercúrio, ele é bem próximo de

cem por cento porque vai ficar contido dentro do vaso, tá, ai pode falar que é

Transcrição da Audiência Pública

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bem próximo de cem por cento, mas nada industrial tem garantia de cem por

cento, tá.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Então muito obrigado, Dona Margareth pela sua participação. E Senhor Stênio.

Senhor Stênio. Cadê o Seu Stênio? A pergunta do Seu Stênio é na mesma

linha da pergunta do Senhor Cícero. Onde é que está o Senhor Cícero? Como?

Tá, mas a pergunta é interessante: Qual, cadê? Cícero, brigado Cícero.

Considerando a contaminação das águas superficiais e as subterrâneas,

pergunta-se se terá a plena publicidade, se serão consultados os comitês das

bacias hidrográficas do Rio Macaé e da e de e das Ostras, o que compreende

a área em questão que é a região hidrográfica oito. Senhor Cícero é da

Organização Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável. Muito obrigado,

Seu Cícero. Você quer complementar alguma coisa na sua pergunta?

CÍCERO - Organização Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável

A pergunta é pertinente porque nós trabalhamos no Comitê de Bacia

Hidrográficas que abrange essa área, né, e nós temos a preocupação e como

comitê, né, de policiar, proteger, né a produção de água na região que ela é

muito importante, principalmente pro empreendimento, como pra população

não só das três áreas de cidades é... Envolvida, como também Rio das Ostra,

Araruama, até Cabo Frio, ok?

MAURÍCIO CORTES - PETROBRAS

Ô... Bom, não sei se eu entendi perfeitamente, mas a nossa atividade, ele tem

uma legislação específica que nos obriga a comunicar todo tipo de vazamento

que nós temos. Então isso tudo tá em lei, previsto em lei, né, e e quais são as

ocorrências que nós tínhamos que comunicar os Órgãos Ambientais, tá. Então

o hoje nós já temos operação no Terminal e nosso dia a dia é esse, né, sempre

que existe algum tipo de derrame no meio hídrico ou algum tipo de poluição

que esteja determinado em lei que a gente tenha que comunicar, isso é

comunicado e quando é o caso inclusive, nós recebemos a visita de Órgãos

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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Ambientais para verificar se houve, de fato, algum tipo de deterioração do meio

ambiente ou do corpo hídrico, né, especificamente.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Seu Cícero, em relação a participação dos Comitês de Bacia que o Senhor

tinha perguntado, não é isso?

CÍCERO - Organização Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável

Então, quando falou em publicidade, é que pouca informação e da desses

estudos e programas que o empreendimento finalizou, a gente não recebe no

Comitê. E a gente depende muito também da integração do INEA, né, com

muitos programas que a gente tá conseguindo ultimamente, né, é desenvolver

e as vezes até com muito custo implemental, ok?

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Que os Comitês hoje se reúnem inclusive no INEA, não é, Seu Cícero? E, eu já

vi o Senhor participando lá do Comitê aí da... obrigado. O nosso companheiro

do Instituto Chico Mendes, Marcos César. Cadê o Marcos? Marcos, sua

pergunta é melhor você fazer oralmente aqui. Pode usar o uso da palavra que

você perguntou muitas coisas. O Marcos pergunta: Na página 67, capítulo

quatro, capítulo desculpa, capítulo 5.4, eu acho que é o inciso 5.4 ahn... Meio

biótico é afirmado que parte da captação da água para o TECAB localiza-se no

interior do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. Haverá ampliação

dessa captação no interior da unidade de conservação? Qual percentual de

aumento previsto em relação à captação atual referente à ampliação, não é

isso?

MARCOS CÉSAR – Instituto Chico Mendes

Perfeito. Perfeito.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Então a pergunta dele, a primeira parte é: Na página 67 do capítulo 5.4

referente ao meio biótico, é afirmado que parte da captação de água para o

Transcrição da Audiência Pública

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TECAB localiza-se no interior do Parque. Haverá ampliação dessa captação no

interior do Parque? Qual o percentual de aumento previsto em relação à

ampliação a captação atual?

MAURÍCIO CORTES - PETROBRAS

Não não não é previsto essa essa essa captação no Parque é... para uso de

água de incêndio e não é prevista a ampliação.

MARCOS CÉSAR – Instituto Chico Mendes

Perfeito. Perfeito.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Tá esclarecido? A outra pergunta: Impermeabilização do solo. No item sobre a

contaminação das águas subterrâneas, página 92, não se discute os efeitos

resultantes do empreendimento sobre a recarga dos aquíferos. Esse item

consta em outra parte do EIA/RIMA. Não não, aí vem a pergunta: Esse item

consta em outra parte do EIA/RIMA?

RICARDO SIMONSEN - MINERAL

Não. Não consta porque é a área a ser ocupada é não é suficiente pra ter

capacidade de alterar a recarga dos aquíferos. É uma área muito pequena a

ser impermeabilizada que não vai trazer é... Alteração nesse componente

ambiental e se não há essa alteração, não foi contemplado no no EIA/RIMA.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Continuando. Na página 125 do RIMA, programa de monitoramento da flora

consta que o empreendedor que o empreendedor dará continuidade aos

estudos pretéritos realizados pelo empreendedor. O citado estudo é um

monitoramento, aí vem a pergunta: O citado estudo é um monitoramento da

biota do TECAB? Esse monitoramento terá continuidade?

Transcrição da Audiência Pública

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RICARDO SIMONSEN - MINERAL

Pre é prevista a a a continuidade dos programas de monitoramento durante

toda a vida do empreendimento, inclusive programas de monitoramento de

flora e da fauna. É tanto na área interna do TECAB quanto nas áreas

adjacentes.

MARCOS CÉSAR – Instituto Chico Mendes

É minha pergunta é porque já existe, quando foi feita a primeira ampliação do

Terminal de Cabiúnas, a UFRJ começou a fazer um projeto de monitoramento

da biota tanto de flora, quanto de fauna. E eles continuam fazer esse proje

esse esse monitoramento. A minha dúvida é se esse monitoramento vai ter

continuidade agora com a ampliação do Terminal de Cabiúnas ou se ele vai

cessar nesse momento.

MAURÍCIO CORTES - PETROBRAS

Esse programa, ele tem continuidade, né. Não tem, não tenha dúvida, a

ampliação é mais um item de ampliação mais industrial, mas o impacto do

nosso empreendimento industrial continua sendo o mesmo. Então ele é

previsto.

MARCOS CÉSAR – Instituto Chico Mendes

Correto, mas a minha dúvida é como vai haver ampliação do Terminal de

Cabiúnas se vai haver alguma forma de ampliação desse monitoramento ou se

ele permanece nas mesmas, nas mesmas proporções anteriormente.

MAURÍCIO CORTES - PETROBRAS

Bom, eu não sou especialista no assunto, mas certamente ele vai ser

compatibilizado com o empreendimento, com a atualização do

empreendimento, tá.

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Você quer saber se proporcionalmente a ampliação o estudo vai ter essa

amplitude também, não é isso?

MARCOS CÉSAR – Instituto Chico Mendes

Correto. Satisfeito.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Você tá contemplado?

MARCOS CÉSAR – Instituto Chico Mendes

Contemplado.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Muito obrigado aí, parabéns pelas perguntas. Você leu o RIMA todo, hein?! Tá

bom. Em relação à participação das universidades e pegando aí uma

continuação da pergunta do nosso colega do do do Instituto Chico Mendes. A

Maria de Lurdes, nossa se, nossa atuante da secre, “futura” Secretária de Meio

Ambiente lá de Carapebus, ela conecta isso com a supressão de vegetação.

Trinta e sete meses de obras, 6,5 hectares de supressão de vegetação. A

supressão da vegetação poderá ser feita com acompanhamento das

universidades e das Prefeituras envolvidas como co-responsáveis pela pela

área do Parque, não é isso? Interessante a colocação dela. Se a supressão de

vegetação poderá ser feita em acompanhamento com as universidades e as

Prefeituras.

MAURÍCIO CORTES - PETROBRAS

Olha, o... O acompanhamento disso aí, eu acho que é algo que pode ser

negociado, né. A PETROBRAS tem uma política de transparência, o sistema

PETROBRAS, portanto o no momento não vejo nada que impeça isso.

Entretanto eu acho que se poderia ser encaminhado para a empresa, né, e e a

gente negociar isso posteriormente, né.

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Eu acho que é um encaminhamento, Maria de Lurdes, você pode fazer e

anexado aqui ao processo...

MAURÍCIO CORTES - PETROBRAS

Lembrando que a supressão se dará dentro do da área industrial já existente

do Terminal, né, ok? Só pra reduzir a preocupação de vocês aí.

MARIA DE LURDES - Secretaria de Meio Ambiente de Carapebus

Eu só achei interessante re reforçar, mesmo sabendo que já é já é numa área

trabalhada porque você sabe que o ser vivo, ele se locomove então no os

nossos animais do Parque, eles é... Eles eles têm esse direito dessa

locomoção, então a gente gostaria de preservar a vida. Porque a a muitas

vezes, alguns desses animais são pó podem ser até animais endêmicos o ou

animais de difícil é procriação. Então a gente acha que é muito importante esse

acompanhamento e até avaliação, quantos animais teriam é ... Passado pro é é

saído um pouco da área do Parque, da área de proteção, não é? De que forma

eles tariam aparecendo e até a parte de flora também. A gente acha que é

muito importante aproveitar tudo que a gente puder.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Muito Obrigado. O Senhor Guilherme Simas. Senhor Guilherme Simas. Senhor

é... Desculpa. Paulo Roberto Bonfim. Obrigado Seu Paulo Roberto. Seu Paulo

Roberto faz uma pergunta interessante, como todas foram interessantes até

agora, mas sempre a próxima é mais interessante que a anterior, é ou não é?

O atendimento hospitalar. Secretário. Qual o estudo realizado quanto ao

atendimento médico hospitalar para o aumento da população? Principalmente

no período das obras. Macaé está preparado pra esta demanda? O Paulo

Roberto é médico do trabalho. Morador de Imbetiba, Macaé. Então a

preocupação dele é se há uma previsão de um atendimento médico hospitalar

principalmente no período das obras. E Macaé está preparado para esta

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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demanda? Acho que já podia responder e fazer um comentário seu aí em

relação ao que você anotou tudo. Vai vai.

MAXWELL SOUTO VAZ – Secretário de Meio Ambiente de Macaé

Posso fazer tudo agora?

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Vai. Não. Pode fazer, pode fazer e o Paulo Roberto fica monitorando a

resposta aí, tá certo? Vai lá, Secretário.

MAXWELL SOUTO VAZ – Secretário de Meio Ambiente de Macaé

Tá certo. Então eu vou aproveitar essa oportunidade pra cumprimentar a todos

presentes até esse momento da Audiência Pública. Fazer uma referência

especial ao ao Gusmão que preside essa Audiência Pública e também

cumprimentando o Nolasco, eu cumprimento os empreendedores. Eu gostaria,

nessa oportunidade, abordar quatro temas que eu anotei durante a exposição e

também na leitura do folder. É... Imaginando aqui que será ampliado, né, pra

mais cinco milhões de metros cúbicos dia de gás e esse gás será queimado em

algum local e nós sabemos do compromisso, inclusive do Brasil e compromisso

internacional com a redução de carbono, eu estou sugerindo que seja incluído

na carteira de programas um programa de neutralização de carbono. Também

é... Nesse mesmo tema de de programas, eu faço uma outra sugestão, que é

um programa de gerenciamento de resíduos de construção civil, que eu

também não encontrei é... Nessa fase da obra e que considero de relevante

importância. Sobre as medidas mitigadoras, aí vai uma preocupação especial

que muitas pessoas, a professora Lurdes também colocou que é em relação

com a supressão vegetal. Então se que... Pudéssemos nessa medida miti,

nessa mitigadora, com reflorestamento priorizar as áreas de preservação

permanentes, especialmente as áreas de preservação permanente que estão

ao redor do empreendimento, destaco aqui o assentamento Celso Daniel que

tem o... Uma malha é hídrica que pode ser combinado com os assentados,

evidentemente, fazer uma uma FMP, recuperar as FMPs e até antes mesmo de

começar a fazer supressão vegetal porque haverá migração do dos animais

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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daquele fragmento florestal. Mas o que me preocupa assim de especialmente é

a questão social. E foi apontada aqui de alguma forma. Quando um

empreendimento vai trazer que, vamos considerar os dois mil trabalhadores,

né, que no pico serão quatro mil, mas vamos consi, fazer as considerações em

torno de dois mil trabalhadores. E nesse período, né, claro que alguns deles,

não tem porteira na cidade, nem pode ter, alguns deles poderão trazer suas

famílias. Digamos que mil desses trabalhadores, porque eu estou fazendo

ainda outra consideração, na que praticamente os dois mil trabalhadores serão

é importados. Que ahn... Nós não temos mão de obra disponível pra atender

essa demanda, hajas vista as pequenas construtoras que já estão com sérios

problemas, nós temos vários empreendimentos “minha casa, minha vida” e a tá

muito aquecida a demanda de construção civil e possivelmente será necessário

trazer esse trabalhador de fora e considerando assim, mil famílias a mais em

Macaé, a gente pode ter em mente, pelo menos, mais umas duas escolas a

gente vai ter que criar. Tai umas mil famílias, provavelmente vão contribuir aí

com umas duas mil crianças. Nada disse que está sendo comentado sugere

o... Impedimento ou crítica ao empreendimento e sim comentários que poderão

trazer o a abertura do diálogo com o empreendedor e Prefeitura pra que essas

questões sociais sejam é discutidas e feito um planejamento, um

gerenciamento dessas demandas. Nós vamos precisar de escola, de hospital,

de moradia, transporte urbano e suprimento de água. Então será uma média aí

de quatrocentos mil litros de água por dia a mais. E o resíduo, aí já dá até pra

fa o resíduo doméstico vai aumentar também. Mas isso é... Essencialmente

nós temos que preparar a demanda hospitalar, escolas, moradia e transporte

urbano. E ainda, eu gostaria de, oportunamente aqui, ousar e fazer um

requerimento verbal ao Presidente dessa Audiência Pública, o Doutor Gusmão,

pra requerer que a a... A medida compensatória seja exclusivamente aplicada

no município de Macaé. Porque o município de Macaé, ele orgulha muitos

Brasileiros. Orgulha cada um de nós e eu paro aqui pra fazer uma uma

observação de um um um noticiário que teve no no jornal em que o na disputa

dos candidatos a Presidente dos Estados Unidos, um deles falou assim: Se a

China e o Brasil podem crescer cinco por cento ao ano, os Estados Unidos

também pode. Então isso me encheu de orgulho e eu sei e os nossos

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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Brasileiros e os Macaenses sabem que parte desse é desenvolvimento do

Brasil é é o trabalho da PETROBRAS. Essa PETROBRAS que enche os

Brasileiros de orgulho, que está numa escalada de investimento que dá essa

estabilidade econômica e esse crescimento pro Brasil. Então, eu convido aqui

em nome do do Prefeito, que está favorável, ao a implantação do

empreendimento dessa desse ahn... Dessa ampliação e dizer que da vontade

da Prefeitura em discutir as questões ambientais, mas também as questões

sociais pra que a gente possa garantir o desenvolvimento sustentável pra

nossa região. Muito obrigado. (aplausos)

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

É ahn... A fala do do Secretário, Doutor Paulo Roberto, tá entendido? A fala do

Secretário no sentido da, né, da importância de Macaé e do empreendimento

é... Eu assim, não. O seu pedido está registrado, tá na ata e tá aqui, mas eu

tenho certeza que o Secretário Minc é sensível a isso e ele também dentro da

câmara de compensação, essas compensações vão ser objeto de melhoria

tanto na parte de biodiversidade e saneamento e outras e outros aspectos

ambientais que vocês entenderem que devem ser objetos dessas

compensações. É... A Senhora Ingrid tá presente? Ingrid, pois não. Pois não.

Quem é a Senhora Ingrid?

MARIA DE LURDES - Secretaria de Meio Ambiente de Carapebus

Com todo respeito é... Nosso Secretário de Meio Ambiente sabe é... Quanto a

gente é simpático ao trabalho que ele realiza na Prefeitura de Macaé, tá de

parabéns, mas a gente tem uma, uma consideração que a gente não pode

deixar de lado. Representando aqui a Secretaria de Meio Ambiente de

Carapebus, nós sabemos que Carapebus já está passando por um processo

de transformação violento nos últimos meses e que várias pessoas estão indo

morar na nossa nas nossas áreas, áreas que já estão é... Atravessadas por

dutos, aquedutos e e e que compensação nós temos tido? Doutor Gusmão

sabe que nós não temos tido compensação. Então nós precisamos também

pensar como vai ficar a cidade de Carapebus daqui pra frente? Nós temos

apenas trezentos e seis quilômetros quadrados que estão atravessados por

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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dutos. E vamos hospedar muito mais pessoas porque o o o o valor da das das

propriedades é um valor mais baixo, vocês sabem. O valor mais baixo vai levar

o morador pra lá. E como vamos nos virar? Como vai ficar a saúde? Como vai

ficar a educação? É a acho a a gente precisa repensar aí.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

É, essa é a função é da câmara de compensação ambiental. A gente, a câmara

de compensação ambiental existe justamente pra isso. Pra direcionar, para

examinar projetos, as áreas de influência e importante é esse entendimento

dentro da câmara e os valores das compensações são aqueles que eu falei no

início aí da da Audiência. Pode falar... É o... Cleidson, né?

ÁTILA CLEITON - Pres. Ass. Moradores do Lagomar

Boa noite, Senhoras e Senhores.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Cleidson, né?

ÁTILA CLEITON - Pres. Ass. Moradores do Lagomar

Boa noite a todos os presentes. É só pra consertar, é o Átila Cleiton, mas sou

mais conhecido como Tilinho, a comunidade toda me conhece como Tilinho.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Tininho. É o Átila, é Átila Átila.

ÁTILA CLEITON - Pres. Ass. Moradores do Lagomar

É. Boa noite a todos, quero cumprimentar a todos, é... Eu sou Presidente da

Associação de Moradores do Balneário Lagomar e a nossa comunidade hoje,

geograficamente, é a maior comunidade de Macaé, populosamente também,

creio eu. E nós somos ali circunvizinhos ao Terminal de Cabiúnas. Então

quando se tá falando em impacto ambiental, pude observar no gráfico, que a

circunferência pega exatamente ao contorno da nossa comunidade. Então é...

Eu queria, é... Nós somos a favor da evolução, nós somos autossuficientes

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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hoje em petróleo, então tem que ver a expansão é da área que explora essa

riqueza, que nós temos, mas eu queria pediu um, a atenção de vocês voltada à

área de de compensação ao Lagomar porque nós vamos conviver diariamente

com o progresso, que vai beneficiar todo um Brasil, mas quem sofrerão as

consequências negativas, entre aspas, é a comunidade mais próxima ao

Terminal. Então nós tamos de de comum acordo em que a expansão é venha

acontecer, mas fica aqui o meu, o meu pedido de uma parceria com a

comunidade, com a Associação de Moradores do Lagomar, eu, a pessoa, o

Maxwell ali que que nós tamos muito bem representados quanto ao meio

ambiente. Posteriormente, a gente vai tá se reunindo com ele, pra que ele nos

informam de forma mais clara e transparente, até que ponto e o que nós

“sofreramos” a favor, sofreremos contra e também é... Vamos obter de

valorização a vida da nossa comunidade ali que está bem próxima à ao

Terminal de Cabiúnas. Meu muito obrigado.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Muito obrigado, Seu Átila. Sua participação e seu interesse na defesa aí que é

o seu papel mesmo. Aqui é o licenciamento ambiental, ele é uma balança, né,

da da das dos impactos, das medidas de controle, mitigadoras, de

compensatórias. Então a legislação ambiental, ela tem essa, cada vez ela vai

evoluindo mais. Se nós estivéssemos reunidos aqui há cinco anos atrás,

ninguém tava falando em câmara de compensação, em nas compensações,

então isso tudo foi evoluindo nos últimos anos e as pessoas sabem que esses

empreendimentos, esse é... O progresso hoje, ele é necessário a ao, né,

geração de mão de emprego, de prosperidade, mas também, dentro do

princípio da sustentabilidade, então nossa missão como Órgão Ambiental é

pesar isso numa balança e ver como é que isso, como é que os impactos

negativos, eles são controlados e os impactos positivos podem ser

aproveitados. Em relação à Senhora Ingrid, a Senhora Ingrid fala sobre energia

limpa. Obrigado, Dona Ingrid, pela sua participação. A Senhora quer fazer uso

da palavra? A Senhora tá dizendo: Qual a perspectiva de geração de energia a

partir de fontes limpas, em escalas significativa, em termos de produção, que

atenda gradualmente a substituição do modelo da matriz energética? Ressalta-

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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se que o potencial é eólico regional em muitas áreas do Brasil, é excelente

para esse tipo de geração de energia. Quer dizer, o a... Sua afirmação aqui é

absolutamente perfeita, correta, no sentido da geração de energia mais limpa,

aproveitando fontes, como por exemplo, a energia eólica. Há um Decreto

Estadual, Senhora Ingrid, que é o Decreto 41.318 que dispõe sobre o

mecanismo de compensação energética, de combustíveis fósseis a serem

instalados no Estado do Rio de Janeiro. É um percentual para geração de

energia mais limpa, ge de energia solar, energia eólica. Aqui o nosso objetivo

aqui da Audiência Pública de hoje é a discussão do projeto que foi

apresentado. Em relação a fontes alternativas de energia, como a senhora

mencionou, é absolutamente correto, mas não é o o objetivo aqui da nossa

Audiência. Então, o que eu posso lhe informar é da existência desse decreto

que já propõe, melhor, que dispõe sobre mecanismos de compensações

energéticas no sentido do incentivo da criação de energia solar, energia eólica

que são que seriam fontes mais limpas assim como a senhora mencionou. Se

a senhora quiser fazer alguma intervenção aqui, será bem vinda sua

contribuição. Uma boa noite, obrigado pela sua presença.

INGRID

Boa noite. É... Participando de Audiências Públicas há muito tempo de

licenciamentos da empresa, eu ... nós temos reiterado sobre a a evolução da

empresa de energia PETROBRAS nesse campo de energia limpa e a gente

não tem visto reconhecimento, a gente não reconhece que há alguma coisa é...

Substan... Substancial nesse sentido, por isso que a gente aproveita esses

momentos, embora possa parecer impertinente, para tocar nesse assunto

porque eu acho que nós que alavancamos o projeto, infelizmente a sociedade,

às vezes é necessária fazer esse tipo de é... é... Questionamento afinal, né. A

aparentemente inoportuno. Mas de qualquer forma eu gostaria de deixar

registrado aqui que nós viemos há muito tempo fazendo esse tipo de

recomendação, solicitação de de dessa desse direcionamento da empresa de

energia PETROBRAS. Muito obrigada.

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Obrigado a senhora, mas esse seu esse seu questionamento não é inoportuno,

tanto não é que eu fiz questão de, independente de estar ou não ligado ao

projeto, de dimensionar, porque cada vez que a gente fala isso, né, numa

Audiência ou numa Reunião, a gente cada vez mais enaltece a necessidade de

alternativas mais limpas pra geração de energia. Seu Guilherme Simas, tá

aqui? Alguém mais quer fazer uma consideração, um comentário? Alguém tem

alguma preocupação ou se lembrou de alguma coisa que não perguntou na

hora, enfim. Alguém mais quer fazer alguma colocação em relação, meu aluno

nota dez quer fazer alguma pergunta? Pois não. Leonardo.

LEONARDO SILVA – PSOL Macaé

É... Não, só gostaria de deixar registrado também nessa Audiência a

participação da do público aqui presente que tá tendo o interesse de vim

questionar, mas é importante a gente manter o acompanhamento do

atendimento dessas, desses planos, né. E... Com certeza é... São visões... A

gente não vai fazer aqui um debate filosófico sobre a necessidade do avanço,

né, do da industrialização. A gente acha que é outras medidas podem ser

adotadas pra garantir o emprego, pra garantir o uso de energias limpas, pra

minimizar o uso do petróleo, né, que é um... Que a gente queima setenta por

cento do petróleo que é produzido no mundo é usado como fonte de matéria

prima e queimada e e esses resíduos queimadas e jogados na no na natureza,

o que acaba, né, provocando ao lado da do avanço, do desenvolvimento,

gastos, inclusive considerados até pelos países de primeiro mundo com

relação a aos impactos ambientais. Os problemas, por exemplo, da ocupação

desordenada que a industrialização traz. O problema, por exemplo, das

chuvas, da mudança climática que que pra nós é uma realidade na afinal

morreram pessoas por conta é desse problema. Acho que isso tem que ser

registrado nessa Audiência. Nós vamos tá aí acompanhando a implantação do

projeto é... Vamos tá dentro de toda assessoria que que nosso partido tem é

fiscalizando o o a aplicação das da dos planos e o detalhamento também fica

oportuno aí o registro e também do pedido da sociedade pro detalhamento e o

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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esclarecimento à sociedade dos problemas que vão trazer à nossa cidade, os

riscos que vão também trazer à comunidade, né? Foi dito aqui que não há

derrame de de óleo porque a gente vai tá ampliando a produção de gás, mas

isso é incorreto por que? Porque pra viabilizar, né, a ampliação da produção de

petróleo e toda região da Bacia vai vai ter essa ampliação por conta da

exploração do PRÉ-SAL, indiretamente o projeto viabiliza é é maiores

extrações de óleo e se não for aqui no Terminal de Cabiúnas, são nas

unidades marítimas, nos gasodutos, nos oleodutos que o que têm por aí. Tá

bom, pessoal? Obrigado aí.

CARLOS ALEXANDRE - Chefe do Parque Nacional de Jurubatiba

Esqueci de...

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Ô Carlos, a Senhora Margareth tinha feito uma solicitação primeiro, desculpa.

Até, né, cavalheirismo nosso aqui... Pois não, Dona Margareth.

MARGARETH DA SILVA RAMOS - Cons. Parque Nacional de Jurubatiba

Não, eu queria deixar registrado, é... Inclusive eu registrei na própria folha de

avaliação da Audiência Pública que achei o tempo com conforme o mesmo foi

detalhado aí pelo pelo INEA, o tempo de marcação dessa Audiência foi muito

curto pra que a população ou as Instituições interessadas pudessem é analisar

o EIA/RIMA com atenção e a semana também, a data não foi uma data

oportuna porque a cidade ta envolvida com uma feira offshore. E o

esvaziamento dessa Audiência, eu acho que traz um prejuízo muito grande pra

sociedade Macaense e e vizinhos. Eu deixo registrado que eu acho que eu já

acompanhei várias Audiências e inclusive com o IBAMA, Audiências maiores e

às vezes é necessário que se faça, talvez uma nova Audiência pra que a gente

tenha ma melhor possibilidade de recurso, de discussão que eu acredito que

tenha, eu não sei se toda a o restante, mas pelo menos eu ima, eu percebi e

deixei isso registrado na avaliação da Audiência também.

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Em relação à sua colocação, todos os prazos que a legislação determina foram

cumpridos. Principio da publicidade, o principio da participação, os pro o

processo administrativo tá aqui, as publicidades foram feitas em todas as

épocas que deveriam ser feitas, os estudos ficaram à disposição da sociedade.

Isso, se por acaso, o Órgão Ambiental não cumprir, o procedimento de

licenciamento não prospera, não evolui. A sua colocação de que há um outro

evento, não é isso? Similar aqui na região, isso também foi marcado com uma

antecedência, então a sua solicitação está registrada, mas todos os prazos

foram respeitados, todos os procedimentos administrativos, as publicações e

se por acaso alguma dessas desses prazos, dessas regulamentações não

tiverem sido adotadas, o procedimento de licenciamento não evolui, como não

evolui se não houver anuência do Instituto Chico Mendes. A participação da

sociedade aqui, nós acabamos de receber uma um livro de presença com

cento e cinquenta pessoas que assinaram o livro, com participação de Central

de Trabalhadores, de Associação de Moradores, universidades, representantes

de Órgãos Municipais de outros municípios, a sua presença, então eu acho que

houve uma participação da sociedade e uma divulgação, tudo dentro dos

procedimentos. Inclusive eu queria avisar que as pessoas que vão para

Lagomar e para o Centro, assim que acabar a Audiência, os ônibus estão à

disposição para transportar essas pessoas.

CARLOS ALEXANDRE - Chefe do Parque Nacional de Jurubatiba

É... Uma pergunta só que me ocorreu agora: A gente também tá é com um

processo de licenciamento é... Também é vinculado à Rota Cabiúnas do

gasoduto que vai trazer esse gás pra ser trabalhado no TECAB. Só que esse

empreendimento, ele tá sendo li licenciado em separado do da da ampliação,

ou seja, um vai ser pelo IBAMA, outro pelo INEA. Por que que o

empreendimento, ele foi separado se pra gente é praticamente o mesmo

empreendimento, ou seja, o gás que que vem de de Campos e vai ser

trabalhado aqui, mas ele foi separado, um vai ser pelo IBAMA e o outro pelo

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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INEA. E o que o INEA acha ahn... A PETROBRAS dizer e por que que o INEA

acha dessa separação de empreendimento.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

O gasoduto que você tá se referindo é o que vem lá de, é o que nós tamos

fazendo a Audiência essa semana? É outro? Esse é licenciamento do IBAMA.

É, esse licenciamento desse gasoduto que você tá se referindo é de

competência do IBAMA porque ele vem da Bacia e é uma instalação de apoio

da plataforma, não é? Então, pela legislação, pela repartição de competências,

esse licenciamento é competência do IBAMA. Não há nenhuma estratégia, do

Órgão Ambiental no sentido de fazer licenciamento separados, repartidos. E é

competência desse licenciamento aqui, objeto de hoje é do Órgão Estadual.

CARLOS ALEXANDRE - Chefe do Parque Nacional de Jurubatiba

Não, tá. Eu entendi. Não não é estratégico. Eu digo, é porque pra gente

enquanto analisa, a gente analisa um empreendimento só. A gente vai ter fazer

duas câmaras técnicas pra analisar ampliação e o gasoduto, quando é prati é

pra nós é é enquanto Parque é o mesmo empreendimento, que vai passar na

frente do Parque o Gasoduto e vai pro TECAB, entendeu? Então porque esses

empreendimentos, eles foram é é a PETROBRAS preferiu separar se a

legislação assim é pede é é, entendeu? Porque pra gente é um

empreendimento só.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Nessa repartição de competências, né, administrativas, esse gasoduto quando

vem da plataforma, é competência IBAMA e essa base fixa no no, em terra é

licenciamento INEA. Então por isso que há essa diversidade aí nessas

competências e a nossa legislação ambiental, né, não é isso? E vocês, por

serem do Instituto Chico Mendes, vocês têm essa competência também de

opinar em relação aos impactos no Parque que você é o chefe, o responsável

lá. Tá esclarecido? Então, se é positivo, obrigado. Mais alguma pergunta,

alguma consideração? Pois não. Doutor Roberto? Brigado.

Transcrição da Audiência Pública

Ampliação Terminal de Cabiúnas – Projeto PLANSAL – Rota Cabiúnas _______________________________________________________________

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DR. PAULO ROBERTO - FOCUS

Boa noite a todos. Eu sou Paulo Roberto, sou eu que fiz a o comentário sobre

a parte de saúde, né, que foi pouco explorado aqui, mas também não é a

finalidade aqui da da Audiência Pública no momento, mas é... A título de

sugestão, como médico do trabalho e preocupado aí com a saúde dos

trabalhadores, eu gostaria de sugerir uma possibilidade de alguma

participação, atitude de compensação de da PETROBRAS, né, no caso o o

Terminal de Cabiúnas na no intuito de apoiar a Prefeitura é na parte de saúde,

uma parceria, vamos dizer assim, à título de compensação de do uso da verba

destinada para compensação que pudesse ser utilizado dentro da área de

saúde, como por exemplo, ampliação de UPAs se fosse necessário, aumento

da expansão do HPM, como Órgão responsável aí do atendimento,

principalmente no caso das emergências relacionadas à acidente de trabalho.

Seria mais a título de sugestão, né, de uma intervenção na utilização das

verbas para compensação de efetivamente ser usadas dentro da área de

saúde e de parceria junto com a Prefeitura pra ajudá-la na melhoria da saúde

pra nossa, não só em relação a a população, mas também em relação ao

próprio trabalho que tá sendo feito lá em Cabiúnas. Brigado, boa noite.

ANTÔNIO CARLOS GUSMÃO - INEA

Doutor Roberto, essa questão das compensações, isso a câmara de

compensação, ela trabalha todas essas possibilidades e além do contato com a

empresa, também o Secretário é interlocutor nosso lá no na câmara de

compensação ambiental da Secretaria. Então pode ter um percentual destinado

á saúde, isso não é definido nesse momento ainda. A única coisa que a gente

define nessa fase inicial são os percentuais, os percentuais de compensação.

E e um bom projeto com certeza vai ser acolhido pela câmara de

compensação. Tá certo? Então são dez horas, não, meu relógio tá no horário

de verão ainda, são vinte e três horas e vinte minutos. Eu agradeço a

participação de todos, tive muito prazer em participar com vocês. Vocês tão de

parabéns por uma participação de forma democrática (voz falha) da cidadania,

da democracia. Agradeço a presença dos colegas, da população, das pessoas

Transcrição da Audiência Pública

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que vieram representando as suas categorias e interesses e declaro encerrada

a Audiência Pública e desejo um feliz retorno de todos para suas casas. E os

ônibus para o Centro e o Lagomar estão esperando as pessoas. Muito

obrigado, brigado Secretário e uma boa noite para todos.

(aplausos)


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