Download - Trabalhos Complementares Libras 2012
FACESPI - FACULDADE CORPORATIVA CESPI
Pós-graduação em LIBRAS
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Pólo Sorocaba/SP2012
FACULDADE CORPORATIVA CESPI – FACESPI
Credenciada pela Portaria Ministerial n° 2852 de 13/09/2004 (D.O.U. de 16/09/2004)
Mantida pela União de Ensino Superior de Piraju S/C Ltda - UNICESPI
Trabalhos complementares para o Curso de Pós-graduação em LIBRAS realizado pela aluna Vânia Baptista Cepellos Clementino, RG 23.162.451-7
SUMÁRIO
Capítulo 1 – Análise da importância do desenvolvimento educacional da pessoa
surda através dos tempos e sua relevância para os dias atuais............................ 02
Capítulo 2 - Por que a pessoa com deficiência tem direito a frequentar a escola
comum? Por que ela tem direito a apreender? Quais são os fundamentos filosóficos,
psicológicos e legais dos que defendem a inclusão escolar das pessoas com
deficiências?........................................................................................................... 11
Capítulo 3 – Liste três frases em Língua Portuguesa, transcreva-as em LIBRAS e
identifique a linguagem corporal e ou facial utilizada para a comunicação eficaz... 17
Capítulo 4 – Escolha um campo semântico e liste dez palavras do vocabulário
básico descrevendo os cinco parâmetros da língua de sinais para cada palavra.....22
Capítulo 5 – Elaborar diálogo com o vocabulário estudado, escrever usando o
sistema de notação em palavras e apresentar obedecendo a estrutura frasal........27
Capítulo 6 – Leia o texto disponível no site da FENEIS e a partir dos conhecimentos
adquiridos ao longo do curso, elabore a sua opinião a respeito do assunto LIBRAS
em: função comunicativa e função pedagógica.........................................................35
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UNIDADE 1
Direito Constitucional
A) Qual a fundamentação constitucional da liberdade acadêmica do
artigo 206, sua relação com o artigo 5º da Constituição Federal e há limites
para exercê-la?
O conceito de liberdade acadêmica é um dos pilares do ensino, sendo
disposto na Constituição Federal de 1988 em seu artigo 206, parágrafos II e III:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
Estes princípios têm como objetivo orientar o ensino, nas variadas esferas do
sistema educacional, inclusive nas questões referentes à elaboração e execução da
legislação referende a educação.
A nossa Constituição Federal vigente também trata a questão da liberdade de
pesquisa, tendo o Estado o dever de promover e incentivar o desenvolvimento
científico, a pesquisa científica e a capacitação tecnológica, no que o deverá dar
prioridade à pesquisa científica básica. (CF 88, art. 218, § 1º), tendo em vista o bem
público e o progresso das ciências, devendo ainda apoiar e estimular investimentos
privados em pesquisa (CF 88, art. 218, § 4º).
Ainda no artigo 5º da Constituição Federal inciso IX, diz ser livre a expressão
da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente
de censura ou licença, estabelecendo assim uma relação com o artigo 206 inciso II.
Todos estes princípios educacionais são considerados parâmetros que devem
construir a base de qualquer planejamento, visando à concretização das finalidades
da educação.
De acordo com José Afonso da Silva (2000, p.814):
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“A consecução prática dos objetivos da educação consoante o art. 205 – pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho – só se realizará num sistema educacional democrático, em que a organização da educação formal (via escola) concretize o direito ao ensino, informados por princípios com eles coerentes, que realmente foram acolhidos pela constituição”.
Segundo Elias de Oliveira Motta 19997, p.172):
“Ao definir a liberdade de ensino como princípio constitucional, os elaboradores da Constituição garantiram sua conseqüência lógica, a autonomia da escola e dos profissionais (liberdade de cátedra) e a livre atuação na área da educacional para as instituições privadas.”
O inciso III do artigo 206 da Constituição Federal que se refere ao princípio do
pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, vem reforçar o princípio da
liberdade e ensinar e aprender.
Portanto, essa liberdade necessita responsabilidade, não permitindo que os
ensinamentos estejam em lados opostos à ordem jurídica vigente. Sendo assim, a
liberdade de ensino encontra limites com relação aos próprios princípios
constitucionais, que necessita de atenção, ficando proibido o uso do ensino para
realizar apologias político-partidárias, para servir de opressão ou dominação do
povo, pois se trata de uma responsabilidade social.
É de relevante importância que a liberdade esteja de acordo com a
responsabilidade, devendo esta liberdade de ensino ser certamente reconhecido
com todas as suas conseqüências, como todas as liberdades, ela deve ser
regulamentada pelo estado, que pode este e deve opor-lhe certas restrições, que
terão os mesmos fundamentos e os limites das outras restrições opostas a outras
liberdades. Esta restrição poderá acontecer, porém na medida em que isto seja
necessário para proteger os direitos individuais de todos, uma vez que o estado não
venha interditar nem opor na escola, o ensino de qualquer doutrina.
CONCLUSÃO
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A ação educativa supõe a presença de educadores e educandos, que
interagem nas mais diversas situações do cotidiano escolar, influenciando uns aos
outros. O ato de aprender pressupõe a relação com outra pessoa - a que ensina-, e
esta, ao ensinar, aprende com o aluno.
No processo ensino-aprendizagem, as relações que se estabelecem entre
professores e alunos podem ser ou não facilitadoras para o aprender, uma vez que
este processo implica em não só ensinar algo para alguém, mas também reconhecer
a importância dos vínculos afetivos; da forma como são apresentados os conteúdos
e como são assimilados e construídos pelos alunos; da liberdade, tanto por parte
dos professores como dos alunos, de pensar, expressar, perguntar, escolher, tomar
decisões e agir no contexto escolar e em outros espaços sociais.
Diante deste contexto o educador deve ser mediador e desafiador da
aprendizagem, trabalhando com as diferenças, reconhecendo as potencialidades
dos alunos e valorizando suas atitudes de questionar, sugerir, fazer descobertas,
construir e reconstruir conhecimentos de forma dialógica e reflexiva.
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B) Dissertação sobre a Eficácia Institucional dos Dispositivos
Constitucionais Educacionais
Para abordarmos a Eficácia Institucional dos Dispositivos Constitucional é
necessário que se tenha conhecimento sobre a Eficácia Operacional.
A Eficácia Operacional diz respeito ao objeto sendo que as condições
atenientes, resumem-se ao fato, a materialidade, como exemplo se o cidadão tem
direito a saúde, assegurado por lei, então é necessário fazer valer este direito,
dando a ele serviço a saúde, dentro dos limites estabelecidos pelo Estado.
Com relação à Eficácia Operacional de dispositivos constitucionais, ou seja,
seu estado objetivo resta muito a ser consolidado. As dificuldades muitas vezes
recaem sobre os direitos sociais, com isso o Estado passa a ter grandes obrigações
investimentos.
Podemos dizer que a Eficácia Operacional é a conjunção perfeita entre o
comando constitucional e seus efeitos.
Quanto a Eficácia Institucional, é compreendido na doutrina jurídica que a
discussão objetiva sobre a eficácia de dispositivos constitucionais, devido também
ás inegáveis car6encias de infra-estrutura em toda a nação, por anos tem inibindo a
problemática subjetiva, fazendo secundária a verificação da sua aderência na esfera
social.
A ação estatal, no que consiste em utilizar sistemas normativos na formação,
é sem dúvida um instrumento de mudança social, ainda que esta mudança se dê em
forma de manutenção do paradigma tido historicamente como ideal pela sociedade,
isto é, uma mudança social ratificadora.
Assim sendo, a Eficácia Institucional de dispositivos constitucionais possibilita
uma perspectiva reativa social de menor impacto, transmigrando novas mudanças
sociais através do "filtro institucional" já estabelecido. De forma prática, este
mecanismo poderia significar a aceitação ou não pela sociedade de um novo poder
constituinte, o que dependeria não somente de suas propostas formais, mas
principalmente da Eficácia Institucional obtida pela ordem jurídica.
A busca pela Eficácia Institucional de dispositivos constitucionais é na
verdade ação promotora de segurança jurídica e institucional. Estes dispositivos
estão sendo solidificados no Estado Democrático de Direito, de forma que
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possibilitem sua invocação a qualquer tempo. Neste sentido, reflete-se também no
campo constitucional o paternalismo do Estado enquanto entidade "provedora" de
direitos e deveres, em prejuízo do processo de estabelecimento da auto-imagem
constitucional, isto é, a assunção da titularidade de direitos e obrigações por parte
dos cidadãos.
Se entendermos que o reconhecimento dos dispositivos constitucionais é
pressuposto para a aplicação da estrutura normativa inferior, é lícito o entendimento
que a aderência destes dispositivos, isto é, sua Eficácia Institucional, constitua fator
primordial para a continuidade de determinada ordem jurídica.
A Eficácia Institucional de dispositivos constitucionais também é produção de
efeitos, não no campo fático, mas na esfera ideológica, desencadeando a
observação espontânea dos dispositivos pelo reconhecimento geral pelos atores do
Estado de Direito. Sua substância constitui especial instrumento de consolidação
das vontades sociais positivadas na Constituição, servindo de lastro para as
diversas ações do Estado.
Consiste também a busca pela Eficácia Institucional na aderência de
elementos formadores da própria Constituição.
O Estado Democrático de Direito age visando à eficácia operacional de
dispositivos constitucionais, mas também age em sistemas formadores visando sua
continuidade. Estes sistemas formadores e fixadores da base doutrinária de um
paradigma podem entender, também, como parte indissociável do processo de
Educação.
A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao
reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos
raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações
Unidas para a manutenção da paz.
Aos pais pertence à prioridade do direito de escolher o gênero de educação a
dar aos filhos.
A busca pela plena aplicabilidade das normas constitucionais, vinculando o
legislador, tem sido outra vertente de defesa do cidadão para o cumprimento da
vontade constituinte soberana.
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Eficácia Institucional dos Dispositivos Constitucionais Educacionais pode ter
dimensão individual do Estado mais um instrumento de defesa dos direitos
historicamente requeridos pela sociedade, e que pode levar, não à eficácia
operacional dos preceitos constitucionais, mas a solidificação destes no consciente
coletivo, a ponto de conservar direitos e garantias mesmo havendo inovação do
ordenamento jurídico maior. Este é o sentido da Eficácia Institucional.
Sendo que as Cláusulas Pétreas, consideradas como última barreira entre o
Estado Democrático de Direito e os modelos baseados no arbítrio, não são outros
senão dispositivos de segurança construídos pelo poder constituinte, para assegurar
proteção aos titulares dele enquanto este Poder perdurar. Assim, é licito que a
Eficácia Institucional de dispositivos constitucionais seja a base indelével do direito,
posto que advenha do reconhecimento de institutos muito acima de qualquer poder
que visasse reformas desconstituir os direitos.
É de relevante importância destacar o veículo da Eficácia Institucional é a
educação, exigível enquanto responsabilidade do Estado, que cumpre na forma de
ensino. A educação é, portanto, não somente um direito positivado, mas o mais
poderoso instrumento de proteção do homem livre.
Do enfoque de sua prestação pelo estado, a educação também pode ser vista
em números, com vista a materializar seu desenvolvimento e assim mensurar o
próprio Estado.
De acordo com dados do IBGE (SIS, 2003), a população na faixa etária de 25
ou mais, isto é, historicamente a população com maior incidência de pais e mães,
era de 99 milhões de pessoas. Destas, 85 milhões enquadravam-se no
analfabetismo.
A estes pais desprivilegiados da educação devemos agregar,
proporcionalmente, outras 75 milhões de pessoas com idade entre 0 e 24 anos, que
seriam os filhos, formando então 43 milhões de famílias de pais analfabetos
funcionais.
Do universo de 75 milhões de filhos, somente 44 milhões freqüentam escolas
(37 milhões delas no ensino público). Neste sentido, é licito calcular que de cada
dois filhos destes pais apenas um é estudante.
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Assim, os dados mostram que 80% das famílias brasileiras são formadas por
pais analfabetos funcionais cujos filhos freqüentam escola. Destes jovens
estudantes, 50% está em situação de distanciamento, posto que comporta jovens
que trabalham durante o dia e estudam a noite (18 a 24 anos), e crianças em
creches ou pré-escolas (0 a 6 anos). A outra metade dos filhos estudantes das 43
milhões de famílias educacionalmente desfavorecidas é composta pela faixa etária
entre 7 e 17 anos, isto é, no ensino fundamental (7 a 14 anos), e ensino médio (15 a
17 anos).
Conforme disposto no artigo 205 da Constituição Federal: “A educação, direito
de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Em relação às estatísticas, apontam para o cumprimento por parte do Estado
de não mais que 20% desta responsabilidade. Quase a totalidade, isto é, 80%,
recaem sobre a sociedade que a divide com ações não governamentais, mídia, e a
própria interação social.
Na realidade a Eficácia Institucional de dispositivos constitucionais sempre
existiu. Contudo, nossa doutrina jurídica, com poucas exceções, a vê apenas como
educação em si mesma, juntamente com ressalvas dialéticas que impedem seu
desenvolvimento na construção de uma sociedade mais justa.
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CONCLUSÃO
A ineficácia de dispositivos constitucionais não é novidade na história
brasileira.
O Brasil é um país que possui dispositivos constitucionais assegurando
direitos e deveres na educação, mais ainda possui problemas com relação ao ensino
e aprendizagem.
Em alguns estados este problema está longe de serem adequados.
A contextualização na educação quando não efetuada com lastro institucional,
não possibilita aos educandos terem uma visão do Estado como um todo. Sendo
assim, o Estado acaba se omitindo, como se não existisse nada além das fronteiras
da capital.
A Constituição Federal como lei fundamental e suprema e de maior
característica coletiva benéfica, é um instrumento de fundamental importância no
estabelecimento definitivo do modelo democrático, portanto deve reforçar aos
educandos os laços de transmissão de direitos e modelos, uma espécie de herança
social a ser acolhida e protegida.
Sendo assim, a função social do educador é conhecer, participar e executar
de forma correta os fundamentos legais, inserindo todos os cidadãos e
proporcionando meios para que estes possam de maneira crítica e dialógica estar
participando efetivamente de situações oriundas do nosso cotidiano, visando uma
educação democrática e abrangente, onde todos se insiram de forma igualitária,
almejando sempre o sucesso educacional.
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BIBLIOGRAFIA
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: Promulgada em 5 de outubro de 1988.
AZEVEDO, José Carlos. Por uma nova política para o Ensino Superior no Brasil. Disponível em: < http://www.schwartzman.org.br > Acessado em: 09 outubro 2010.
ROCHA, Heliton Santos. Eficácia Institucional de Dispositivos Constitucionais. Disponível em: < http: // jus.uol.com.br > Acessado em: 10 outubro 2010.
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UNIDADE 2
Direito do Consumidor
Dissertação: “A educação como bem de consumo”
A sociedade em que vivemos recebe grande influência da globalização e do
neoliberalismo.
As conseqüências da globalização e da política neoliberal foram
gradativamente absorvidas de tal modo que passaram a ser vistas de maneira tida
como normal. Esta suposta normalidade é justamente um dos fatores que
influenciaram o silêncio e o abandono do diálogo crítico sobre a realidade.
Atualmente no Brasil e no mundo o contexto é marcado pela abertura política
e principalmente econômica. Crescem as corporações, as mega-fusões entre as
indústrias nos mais variados setores em busca de “sobrevivência”, pois, do contrário,
o destino é a bancarrota. Progressivamente, os países estão perdendo a autonomia
econômica e, junto com ela, sua autonomia política.
Essas transformações exercem influência tanto sobre a cultura como sobre a
educação. Portanto não tem como pensar em educação isolada do próprio contexto
sócio-político e econômico.
A globalização é uma tendência internacional do capitalismo que, juntamente com o projeto neoliberal, impõe aos países periféricos a economia de mercado global sem restrições, a competição ilimitada e a minimização do Estado na área econômica social. (Libâneo e Oliveira 1998, p. 606).
Em conseqüências disso alguns fatores aparecem como: a exclusão social, o
desemprego e o aumento da miséria.
Os principais problemas sociais referentes à globalização neoliberal estão
relacionados com a concentração do capital e a crescente diferença entre ricos e
pobres e o aumento do desemprego.
O avanço científico e tecnológico propiciou ao individuo a oportunidade de
romper fronteiras, entre os países, entre os continentes, e também, entre os
planetas. Com certeza isto trouxe inúmeros benefícios aos indivíduos, mas também
muitos prejuízos. Por um lado nunca se produziu tanto, mas também nunca se teve
tanta gente desempregada, pois muitas atividades produtivas deixaram de serem
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realizadas pelos seres humanos e foram substituídas por máquinas, computadores e
robôs.
Com o crescimento da distância entre os países pobres e os países ricos,
aumentou também a dependência daqueles em relação a estes. Esta dependência
pode ser considerada além de uma deliberação econômica, mas também
principalmente política.
Diante disto, as políticas educacionais são realizadas e executadas conforme
as exigências da produção e do mercado, com influência dos países ricos, isto é
daqueles que exercem domínio com relação à economia. Um exemplo a ser
destacado na educação são as políticas dos órgãos internacionais, como o Fundo
Monetário Internacional e o Banco Mundial, onde os investimentos e benefícios são
calculados como acontecem uma empresa.
Diante deste contexto, o mercado exige pessoas flexíveis, com uma visão do
todo, conhecimentos técnicos e domínio na informática, que se apropriem de vários
idiomas, que possuam múltiplas habilidades, portanto, aquele que não estiver
preparado para enfrentar as exigências do mercado de trabalho será excluído, o que
acarretará no desemprego, miséria, fome, doenças ou mesmo a morte.
Nesta sociedade marcada pela revolução tecnológico-científica, a
centralidade do processo produtivo está no conhecimento e, portanto também na
educação.
Em nosso país as políticas sociais, econômicas e educacionais continuam se
delineando de acordo as propostas do mercado mundial.
Atualmente a educação é oferecida, como uma mercadoria e a escola passou
a ser tornar uma empresa à qual se paga para receber determinado serviço.
Para amparar e proteger o consumidor o Código de Defesa do Consumidor
entrou em vigor no dia 11 de março de 1990. Este dispositivo legal serve para
garantir os direitos dos consumidores frente à possibilidade de abusos praticados
por empresas e instituições financeiras na prestação de seus serviços.
Tem como objetivo proteger não somente os bens do Consumidor, como
também sua integridade física e moral. O Código de Defesa do Consumidor compõe
o processo de decisão do consumidor milhares de elementos táticos que afetam as
decisões, tais como: atitudes, mensagens publicitárias, preços competitivos, equipe
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de vendas entre outras que ainda pesquisam com os consumidores atraídos
pesquisa com o objetivo de saber por que ele optou por determinado produto ou
empresa e por que ele fez o que se torna indispensável para atingir bons resultados
de venda.
De acordo com Libâneo e Oliveira (1998, p. 604) alguns aspectos são
apontados para demonstrar a transformação da escola em mais um negócio que se
rege pela lógica do mercado, sendo eles:
● A doção de mecanismos de flexibilização e diversificação dos sistemas de
ensino nas escolas;
● Atenção à eficiência, à qualidade, ao desempenho e às necessidades
básicas de aprendizagem;
● Avaliação constante dos resultados/desempenho obtidos pelos alunos que
comprovam a atuação eficaz e de qualidade do trabalho desenvolvida na escola;
● O estabelecimento de rankings dos sistemas de ensino e das escolas
públicas ou privadas que são classificadas ou desclassificadas;
● Criação de condições para que se possa aumentar a competição entre as
escolas e encorajar os pais a participarem da vida escolar e fazer escolha entre
escolas;
● Ênfase na gestão e na organização escolar mediante a adoção de
programas gerenciais de qualidade total;
● Valorização de algumas disciplinas: matemática e ciências naturais, devido
à competitividade tecnológica mundial que tende a privilegiar tais disciplinas;
● Estabelecimento de formas “inovadoras” de treinamento de professores
como, por exemplo, educação à distância;
● Descentralização administrativa e do financiamento, bem como do repasse
de recursos em conformidade com a avaliação do desempenho;
● Valorização da iniciativa privada e do estabelecimento de parcerias com o
empresariado;
● O repasse de funções do Estado para a comunidade (pais) e para as
empresas.
Se, de um lado, trazem o desafio de manter uma educação atualizada e de
qualidade, de outro, podem contribuir para a segregação e exclusão social, pois,
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afinal de contas, trata-se de um produto e nem todos conseguem arcar com os seus
custos.
No Brasil, as políticas educacionais ainda demonstram sua centralidade na
hegemonia das idéias liberais sobre a sociedade. Por outro lado, a crise do
capitalismo revela, cada vez mais, as contradições e limites da estrutura dominante.
A estratégia liberal continua a mesma: colocar a educação como prioridade,
apresentando-a como alternativa de “ascensão social” e de “democratização das
oportunidades”. E também, a escola continua sendo um espaço com grande
potencial de reflexão crítica da realidade, com incidência sobre a cultura das
pessoas.
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CONCLUSÃO
A tarefa de educar, em nosso tempo, implica em conseguir pensar e agir
localmente e globalmente, o que carece da interação coletiva dos educadores.
Para que haja condições efetivas de construir uma escola transformadora,
numa sociedade transformadora é de relevante importância a reflexão dos
educadores também sobre a transformação da ação educativa.
A educação não deve ficar de fora do contexto sócio-político, mas também
não pode ser determinada por ele, pois deve, antes de tudo interagir com a
realidade, transformando-a.
Para alcançar uma educação de qualidade é fundamental que esta promova a
cidadania, visando à superação das desigualdades sociais e a democracia real por
parte do Estado.
Cabe a escola proporcionar meios para a formação de cidadãos críticos,
autônomos e reflexivos, que conheçam seus direitos e deveres e possam vir a
escolher sua própria forma de ascensão não só social, mas ter condições
adequadas a enfrentar o mercado de trabalho buscando salários dignos, estando
preparados a enfrentar e solucionar os problemas oriundos da sociedade a qual
estão inseridos.
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BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Código de Defesa do Consumidor (1990). Lei nº 8.078 de 11 de setembro de 1990.
NETO, Júlio Gomes Duarte. O Código de Defesa co Consumidor e a responsabilidade do gestor na prestação de serviços educacionais. Disponível em: < http://www.ambitojuridico.com.br > Acessado em: 13 outubro 2010.
OLIVEIRA, J.F., LIBÂNEO, J.C. A Educação Escolar: Sociedade Contemporânea. In: Revista Fragmentos de Cultura, v. 8, n.3, p.597-612, Goiânia: IFITEG, 1998.
SANTOS, Robinson dos; ANDRIOLLI. Antônio Inácio. Educação, Globalização e Neoliberalismo: O debate precisa continuar. Disponível em: < http://www.rieoei.org.com.br>. Acessado em: 13 outubro 2010.
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UNIDADE 3
Introdução ao Direito do Trabalho
Fundamente uma síntese sobre quais expectativas que um país tem de
todo educador para aprimorar continuamente as normas que compõem um
Sistema Educacional, que reflitam anseios de uma comunidade e cumpra a sua
razão de existir, que é a transformação da sociedade em sintonia com o mundo
globalizado.
Os países estão sofrendo constantes transformações em decorrência da
globalização e com isto surgem novos desafios a serem enfrentados, inclusive para
a educação. Estabelecendo diversas tarefas a serem cumpridas, sendo necessários
atender as exigências do mercado globalizado e também a formação humana.
Neste contexto aparece a escola que deve buscar meios para atingir, da
melhor forma possível esses desafios, em parceria com todos os membros
envolvidos no sistema educacional, onde os educandos, educadores e comunidades
devem caminhar juntos, para que a educação possa ocorrer de maneira efetiva.
Para um melhor entendimento da formação de professores para o exercício
do magistério, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional 9394/96, em seu
artigo 61, estabelece:
“Art. 61 - A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos:
I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;
II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades”.
Conforme o Plano Nacional de Educação, a melhoria da qualidade de ensino
é um de seus objetivos centrais e incluem a valorização do magistério, com
melhoria da formação inicial, dos salários, condições de trabalho, carreira e
formação continuada.
Espera-se através de uma formação profissional de qualidade que o professor
tenha competências para ensinar, formando cidadãos críticos autônomos e
reflexivos.
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Cabe ao educador também adotar diferentes posturas, estratégias de acordo
com o Projeto Político Pedagógico da Unidade Escolar a qual se insere. Sendo a
escola é um espaço propício a um mundo de possibilidades que se alargam,
potencializando conhecimento e sistematizando descobertas em formulações
teóricas novas. Dessa forma, temos como desafio uma Educação de qualidade, que
busque contribuir na transformação da realidade do país promovendo o bem
comum, em nossa sociedade em que as principais características são o
conhecimento.
De acordo com Hugo Assman:
“A escola não deve ser concebida como simples agência repassadora de
conhecimentos prontos”, como foi no passado, mas sim como contexto e
clima organizacional propício à iniciação em vivências personalizadas do
aprender a aprender. A escola tem que ser flexível estar em sintonia com a
época em que vivemos. O educador tem que estar apto à flexibilidade, pois,
é um aspecto cada vez mais imprescindível de um conhecimento
personalizado e de uma ética social democrática”.
Diante disto a gestão educacional deve ser tratada com certos cuidados e
competência, colocando em prática as diretrizes, bem como interpretando e
subsidiando as políticas públicas, nas relações sociais globais, políticas,
econômicas.
Neste contexto, atribui-se à educação uma tarefa de extrema importância,
como destaca Coraggio (2000 apud Gerhardt, 2006, p.38): “a qualidade da
educação é condição para a eficiência econômica e social, e a reforma social, uma
precondição para o desenvolvimento”.
Assim sendo, o educador necessita ampliar seu trabalho, como profissional
da educação, e comprometer-se com essa importante causa, buscando capacitar-se
para a pesquisa, pois nos encontramos frente a situações instáveis na atual
sociedade globalizada, que interferem diretamente na escola.
Atualmente as escolas têm maior poder de decisão e maior autonomia. Elas
não podem mais produzir desigualdades nas aprendizagens, pois já foi vista como
um indispensável meio de ascensão no nível cultural.
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Para atender as expectativas que o país tem de todo educador para
aperfeiçoar continuamente as normas que compõem o Sistema Educacional,
algumas competências lhes são necessárias:
● Contextualizar os conteúdos e articulá-los nas diferentes disciplinas;
● Diversificar as atividades, utilizando novas metodologias, estratégias e
materiais de apoio;
● Dominar tecnologias que facilitem a aprendizagem dos alunos;
● Acolher e respeitar a diversidade, utilizando-a pra enriquecer sua aula;
● Gerir a classe e saber lidar com o imprevisto;
● Administrar seu desenvolvimento profissional criando planos de estudo e
trabalho;
● Envolver-se nas questões da escola, desempenhando outras funções alem
das tradicionais da sala de aula;
● Desenvolver projetos com a sua turma, tendo como ponto de partida a
realidade local;
● Trabalhar em equipe com os outros professores;
● Estabelecer uma parceria constante com os pais e a comunidade.
A educação deve ser voltada para a realidade e para as necessidades dos
alunos. É preciso, então educar para a compreensão dessa complexidade, para o
diálogo, para a superação de dificuldades, para a criatividade, para a vida.
Nas políticas educacionais, nos currículos, nas formas de avaliação, nas
propostas de reformular a formação docente, nas investigações, devem existir
procedimentos, objetivos e características comuns que nos levem a um mesmo
lugar: a educação por eficiência em sintonia com o mundo globalizado.
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CONCLUSÃO
A sociedade atual encontra-se em profunda transformação diante da
globalização, na qual somos remetidos a repensar nossos valores e atitudes e
estarmos preparados para superar as expectativas e acima de tudo ter condições
para acompanhar essa evolução.
Diante deste contexto para atender as expectativas que o país tem
de todo educador para aprimorar as normas que compõe o Sistema
Educacional, se espera de um professor que ele seja um educador
suficientemente preparado para, por um lado, ensinar e proporcionar aos seus
alunos as aprendizagens fundamentais previstas em cada etapa da vida escolar e,
por outro, ser um exemplo em relação aos valores universais da modernidade
O educador deve ainda incorporar à sua ação, o sentido de que a
relação construtiva com um aluno para gerar conhecimentos, afetos e
valores com ele em uma Instituição Escolar, é algo que supõe o
desenvolvimento e a evolução de determinadas virtudes morais e éticas.
Visando melhoria educacional é dever da escola estar aberta e com um
clima favorável a mudança necessária a eficiência do trabalho escolar e disposta a
aceitar novos paradigmas educacionais.
Em suma, é de relevante importância a participação de todos os envolvidos
no processo de educação, o que se torna indispensável para o sucesso a parceria
entre educador, educando e comunidade, só assim a educação conseguirá de fato
alcançar o seu objetivo que deve ser formar cidadãos críticos, autônomos e
reflexivos preparados a enfrentar os desafios da sociedade em constante
transformação.
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BIBLIOGRAFIA
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL, MEC (2001). Plano Nacional da Educação. (PNE). 9 janeiro 2010.
ASSMAN, Hugo. Metáforas Novas para Reencantar a Educação Epistemológica. Didática. Piracicaba: UNIMEP, 2001.
ARENHARDT, Simone; GERHARDT. Márcia Lenir; CARGNIN. Elisane Scapin. A escola e os constantes desafios da sociedade. Disponível em: <http:www.unifra.br> Acessado: 16 outubro 2010.
MARCHESI, Álvaro. Valores e Competências do Educador. Disponível em: <http://www.oei.org.br>. Acessado em: 16 outubro 2010.
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UNIDADE 4
Direito Educacional Brasileiro
Fundamente uma síntese sobre os principais pontos de convergência
entre os artigos 227º da CF/88, artigos 1º e 2º da LBD, artigos 4º e 53º do ECA.
A síntese deve exprimir anseios do Educador.
A família é o primeiro contato social do indivíduo é com ela que a criança
passa a maior parte do seu tempo. Por isso, é de relevante importância a sintonia
entre família e escola. A participação dos pais no acompanhamento da vida escolar
dos filhos é fundamental e traz muitos benefícios, além de um melhor
desenvolvimento e desempenho na vida acadêmica deles.
Conforme disposto na Constituição Federal 1988, em seu artigo 227:
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
9394/96, em seus artigos 1º e 2º determina:
Artigo 1º “A educação abrange os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações
da sociedade civil e nas manifestações culturais.”
Artigo 2º “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
A lei 8069/90 que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente em
seus artigos 4º e 53º vem complementar o dever da família como asseguradora dos
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direitos da criança e do adolescente sendo também direito seu de participar da vida
escolar dos filhos.
Art. 4º “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. Art. 53. “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II - direito de ser respeitado por seus educadores;III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência”. Parágrafo único. “É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais”.
Conforme o Estatuto da Criança e o Adolescente, a família deve levar em
consideração e estar sempre preocupada com o desenvolvimento pleno e a
formação do indivíduo, objetivando oportunidades para que a formação se realize de
maneira efetiva.
Esses direitos fundamentais não devem ser delegados somente a família.
Cabe a escola em parceria estar provendo meios para a realização deste, porém
muitas famílias, só estão preocupadas com os materiais que são oferecidos às
crianças; outras não possuem recursos financeiros para estar garantindo esses
direitos. Portanto, deve o poder público estar ajudando tanto a família como a escola
o cumprimento dos seus deveres com a criança.
A escola deve ser sempre a complementação da ação da família e os
educadores devendo preparar o indivíduo nos seus mais variados aspectos levando
em consideração o desenvolvimento cognitivo, físico, emocional, cultural e político.
Para que esses aspectos de desenvolvimento realmente se efetivem é imprencídivel
a parceria com a família, conhecendo um pouco sobre sua realidade, com o objetivo
de estar compreendendo os comportamentos e atitudes dos alunos.
De acordo com Libâneo (2000):
“Educação é o conjunto de ações, processos, influências, estruturas que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupo na relação ativa com o ambiente natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais (p.22)”.
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Conforme esse conceito de educação é necessário realizar uma análise sobre
contexto familiar, para entender o que realmente os pais pensam sobre seu papel no
âmbito escolar, pois não será necessário estabelecer uma relação escola e família
se não conhecer de fato, o que os pais pensam e qual a importância atribuem ao
processo de aprendizado dos filhos.
É necessário a escola estar sensibilizando aos pais a importância da
participação no processo educacional dos filhos, já que esta participação ajuda a
prática pedagógica, devendo família-escola estarem assumindo em conjunto uma
responsabilidade, para que sejam alcançados os objetivos primordiais da educação,
tornando o aluno capaz de enfrentar e acompanhar as mudanças sociais,
econômicas e tecnológicas existentes em nossa sociedade.
CONCLUSÃO
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A formação da criança se dá tanto no seio da família como na escola, onde
ambas preparam o aluno para um desempenho no futuro. Sendo assim, são de
relevante importância que a escola e a família sejam parceiras em prol da educação.
Para que esta parceria realmente se efetive é necessário a escola estar
apresentando variadas formas para que esta integração ocorra, elencando meios
eficazes para tornar a comunidade cada vez mais participativa e assim
desempenhar um trabalho realmente conjunto.
Pois, a relação escola-família é fundamental para o sucesso do processo
ensino-aprendizagem. A família tem juntamente com a escola o papel de
proporcionar aos educandos, o desenvolvimento social, afetivo, assim como o seu
bem estar físico, de forma a auxiliar na construção dos conhecimentos para a
formação de indivíduos críticos, reflexivos e autônomos.
BIBLIOGRAFIA
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BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: Promulgada em 5 de outubro de 1988.
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, Para quê? 3 ed. São
Paulo: Cortez, 2000.
HÜLSENDEGER, MARGARETE J. V. C. A importância da família no processo de educar. Disponível em: < www.espacoacdemico.com.br > Acessado em: 11 outubro 2010.SILVA, Sônia das Graças Oliveira. Educação, escola e família. Disponível em: < www.artigonal.com > Acessado em: 11 outubro 2010.
UNIDADE 5
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Direito do Menor
A) Dissertação, tema: “O problema do menor abandonado está
justamente no maior abandonante”.
Em nosso país existem milhares de crianças que vivem em instituições e
recém-nascidos são abandonados em lugares públicos.
Em 13 de julho de 1990, foi promulgada a Lei 806. Esta lei dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente. O Brasil foi um dos primeiros países a
estabelecer uma lei própria para tratar de questões referentes à criança e o
adolescente.
Somente recentemente a criança foi reconhecida como um ser com
particularidades próprias e não como um adulto imperfeito e, ainda mais
recentemente, como um sujeito de direitos. Sendo, o abandono de crianças
permitido e tolerado desde tempos imemoriais.
No Brasil a questão do menor abandonado é muito grave, mesmo com a
existência da legislação que trata da Criança e do Adolescente o ECA e com os
esforços do governo, o problema parece estar muito distante de ser solucionado. Os
principais fatores para este crescimento estão relacionados com a falta de cuidados,
a falta de informação e a pobreza.
É com relação à pobreza, apresentado por parte da população brasileira que
encontramos a maioria dos casos de abandono de crianças: o abandono pela
negligência, ou o abandono nas ruas, nos lixos, nas maternidades e em instituições.
As mães "abandonantes" são, em sua maioria absoluta, mães excluídas. Elas
abandonam porque estão abandonadas pela sociedade. Elas fazem parte de um
enorme contingente de uma população que não tem acesso aos bens sócio-culturais
e nem aos meios de produção necessários a sua sobrevivência. Ela abandona
porque não encontram alternativas viáveis, porque não acreditam nos poderes
constituídos, porque não tiveram educação, porque não tem esperança.
Pode-se atribuir o problema do menor abandonado a alguns fatores
responsáveis como: a crise do sistema educacional, à crise de autoridade e ao
desrespeito às regras e normas legais, outro fator também a ser levado em
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consideração é a questão da desagregação da família, provocada pela
impossibilidade da família de mantê-la devido ao desemprego ou a baixa renda.
As crianças e a adolescentes menores abandonadas que vivem na rua, não
possui mais laços familiares, o que é indispensável para a formação de qualquer
indivíduo. A família é a primeira instituição apta a fazer e a satisfazer as
necessidades básicas de todo cidadão. É no relacionamento com a família que se
fortalece a relação de afeto, amor, respeito e carinho.
Em busca da sobrevivência nas ruas, muitos destes menores chegam até a
cometerem alguns delitos. E grande parte deles possui família, porém, trata-se de
uma família composta de vários membros, desestruturada, com baixa renda,
condições sociais desfavoráveis são estes fatores que muitas vezes acabam sendo
decisivos para a inclusão do adolescente na prática de atos infracionais, ou seja,
acabam entrando para o mundo do crime. Quando isto acontece já não adianta mais
retirar estes jovens da rua, pois em grande maioria eles acabam voltando, pois
muitos já estão dependentes químicos. E os pais não conseguem mais exercer sua
autoridade e nem estabelecer limites, o que dificulta na tarefa de tentar ajudar os
filhos. E quando os pais perdem de fato o controle dos filhos estes se rendem a
marginalidade.
E a família diante desta situação acaba por se sentir culpada, impotentes, não
sabendo como agir.
Portanto para solucionar este problema é de relevante importância a
educação e também a conscientização da população, pois a cultura vivenciada pelo
menor abandonado nas ruas precisam ser eliminadas, através do recolhimento,
acolhimento, assistência médica e de uma educação de qualidade voltada para a
formação de indivíduos em todos os seus aspectos de desenvolvimento e que
promovam posteriormente condições para que consigam estar preparados a exercer
uma profissão digna e honrada.
Cabendo ao Estado desempenhar um papel fundamental em relação ao
menor abandonante, recolhendo-o em instituições assistenciais adequadas, para
ampará-los e prepará-los para viver em sociedade de forma digna, visando um
futuro melhor.
CONCLUSÃO
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O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a estabelecer uma lei própria
para a criança e o adolescente, o ECA, sendo por sua vez, considerada uma das
mais avançadas em todo o mundo, mas mesmo com tudo isto, ainda existe um
longo caminho a ser trilhado, repleto de muitos obstáculos, para que a justiça
ultrapasse o papel e chegue à vida real.
Muitas vezes os direitos que são conferidos às crianças e os adolescentes
acabam sendo infringidos tanto com relação às garantias de convivência familiar e
comunitária: a saúde, à educação, à cultura, esporte e lazer, quanto à aplicação de
medidas de proteção e sócio-educativas.
Quando a família ou qualquer cidadão não cumpre com os seus deveres, por
ação, omissão ou insuficiência de recursos, o Estado ou a sociedade deveria
garantir o interesse da criança e do adolescente, e isto não ocorre na prática. O
Estado somente toma providências para se resguardar ou punir o menor, deixando
de lado, os seus direitos garantidos, no que se refere a sua formação.
Cabe ao Estado estar proporcionando meios para que a família possa cuidar
bem dos filhos, para isto o governo necessita criar mais mecanismos através de
programas, incentivos, educação e projetos geradores de renda e emprego para o
fortalecimento da família que é essencial para o desenvolvimento do ser humano.
B) Dissertação do tema: “Comentários sobre o artigo 54 da Lei 8069/90”.
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A educação é direito público subjetivo de todo cidadão. O Estatuto da Criança
e do Adolescente, de acordo com a Constituição de 1988, dispondo sobre a
proteção integral à criança e ao adolescente, estabelece o direito à educação,
assegurado pelo Estado.
Conforme disposto na lei 8069/90 do Estatuto da criança e do adolescente em
seu artigo 54:
“É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador; VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde”.Parágrafo 1º: “O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”. Parágrafo 2º: “O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade competente”.Parágrafo 3º: “Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela freqüência à escola”.
Este artigo vem assegurar à criança e ao adolescente o que é dever do
Estado no que é pertinente à educação. Este dispositivo tem sete incisos e três
parágrafos que serão comentados a seguir:
Inciso I – traz a garantia do ensino fundamental obrigatório e gratuito,
inclusive para aqueles que não tiveram acesso na idade própria, o que é excelente,
pois deixa de discriminar aqueles que estavam fora da faixa etária.
Inciso II – trata da extensão, progressivamente da obrigatoriedade e
gratuidade ao ensino médio, é considerado um dos maiores alcance social, pois
possibilita o adolescente o ingresso e a permanência em um novo nível de ensino,
além de dar continuidade aos seus saberes adquiridos durante o ensino
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fundamental, além de preparar os indivíduos para novas oportunidades de saberes,
cidadania e trabalho.
Inciso III – aos portadores de deficiência é assegurado o atendimento
educacional especializado que deve ocorrer preferencialmente na rede regular de
ensino, para evitar qualquer tipo de discriminação que possa existir com relação aos
indivíduos que sejam portadores de algum tipo de deficiência, além de possibilitar a
convivência social com todos os alunos. É importante também este convívio para
estabelecer aos educandos a questão das diferenças para que os alunos aprendam
a lidar e respeitar todos independente de suas limitações.
Inciso IV – diz ser também dever do Estado assegurar creche e pré-escola às
crianças de zero a seis anos de idade, passando este inciso a ser revogado e a
educação infantil, passa a atender as crianças de zero a cinco anos de idade. O
acerto dessas garantias dispensa maiores comentários, por sabermos o valor e a
necessidade da educação infantil na vida da criança.
Inciso V – refere-se aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da
criação artística que depende da capacidade de cada um. Este dispositivo contribui
também para a descoberta de talentos e capacidades artística.
Inciso VI - trata da oferta de "ensino noturno regular", "adequado às condições
do adolescente trabalhador". Este dispositivo repete, em parte, o disposto no inc. VI
do art. 208 da CF, também complementa o inciso I, promovendo a oportunidade de
ensino a todos.
O ensino noturno regular deve ser revisto e repensado, pois muitas vezes a
sua prática não está adequada, com a realidade, criando alguns problemas ao
trabalhador estudante.
Ainda com relação ao artigo 54, apresenta-se três parágrafos:
O parágrafo 1º estabelece a educação como direito público subjetivo, ou seja,
se uma criança ou adolescente se ver impedido do direito à educação poderá
acionar individualmente a justiça, visando assegurar a garantia desse direito. Para
tanto, os pais ou responsáveis deverão acionar o Conselho Tutelar, que requisitará o
serviço. Caso a requisição não seja atendida, o Conselho peticionará ao Ministério
Público, que ingressará na Justiça com uma ação civil pública.
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O parágrafo 2º vem a complementar o 1º, pois o não oferecimento do ensino
obrigatório ou sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade
competente.. No que se refere à oferta irregular (não cumprimento do calendário, da
carga horária ou condições inaceitáveis de ensino) cabe comunicação ao Conselho
Tutelar, petição ao Ministério Público e ingresso com ação civil pública.
Já o parágrafo 3º estabelece que o poder público não pode, em relação ao
direito à educação, limitar-se à oferta de vagas na rede escolar. Cumpre-lhe
recensear os educandos, fazer-lhes a chamada e zelar (empenhar-se pela
divulgação) junto aos pais ou responsáveis pela freqüência das crianças e
adolescentes à escola.
Todos estes incisos e parágrafos compreendidos neste artigo, estão de
acordo com o que a Constituição Federal rege, ampliando assim o seu significado,
sem infringir os princípios que são ditados por esta. Pois a Constituição é a lei
fundamental e suprema e de maior característica coletiva benéfica.
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A educação é direito público subjetivo de todo cidadão, sendo dever do
Estado, é também dever da família e da sociedade.
O acesso a escola precisa ser para todos. A permanência na escola constitui-
se no maior desafio da educação escolar brasileira, porque os indicativos de
exclusão ainda ilustram de forma constrangedora as resenhas estatísticas. O Direito
à Educação não é mais tão-só o direito à vaga, mas é o direito ao ingresso, à
permanência e ao sucesso.
A escola deve possibilitar a integração e a interação social de todos. E a
busca pelo sucesso do processo educacional deve ser entendida como uma
construção social, onde a qualidade e democratização se completam na construção
da cidadania.
BIBLIOGRAFIA
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34
ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990.
COSTA, Israel Alexandria Costa. A Questão do Menor: Reflexões sobre a prática político-pedagógica em relação às crianças do Brasil. Disponível em: < http://ialexandria.sites.uol.com.br > Acessado em: 16 outubro 2010.
CURY, Munir. Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado: Comentários Jurídicos e Sociais. 9. ed. Atualização de Maria Júlia Kaial Cury. São Paulo: Malheiros, 2008.
ELIAS, João Roberto. Direitos Fundamentais da Criança e do Adolescente. São Paulo: Saraiva, 2005.
SOEJIMA, Carlos Santos; WEBER. Lídia Natália Dobrianskyj. O que leva uma mãe abandonar um filho. Disponível em: < www. nac.ufpr.br >. Acessado em: 16 outubro 2010.
WEBER, Lídia Natália Dobrianskyj. Os filhos de ninguém, abandono e institucionalização de crianças no Brasil. Disponível em: < http://lidiaw.sites.uol.com.br >. Acessado em: 16 outubro 2010.
UNIDADE 6
Legislação Educacional Brasileira
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A) Análise Crítica: “Uma escola confessional resolve proibir o ensino da
teoria da evolução das espécies na matéria de ciências e ao mesmo tempo,
incentivar a difusão da teoria criacionista bíblica através da aula de religião.”
O ato de abolição de uma teoria científica não é admissível por parte da
Unidade Escolar.
Conforme disposto no artigo 206 da Constituição Federal, inciso II e III e no
artigo 3º da LDB 9394/96:
“O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar, a arte e o saber.“III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituição públicas e privadas de ensino”
E também conforme artigo 215 da Constituição Federal:
“O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”.
De acordo com a legislação o aluno tem direito de conhecer e aprender
diversas teorias para que possa de maneira critica e reflexiva construir seu próprio
conhecimento. Cabendo ao educador proporcionar meios para levar ao aluno a esta
reflexão construtivista.
A teoria criacionista bíblica pode ser abordada nas aulas de religião, já que é
estabelecido por lei, conforme artigos 210, parágrafo 1º da Constituição Federal e o
artigo 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 que estabelecem:
“O ensino religioso de matricula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina nos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”.
A Lei de Diretrizes e Básicas da Educação Nacional (LDB) 9.394/96 também
traz em seu artigo 35, I, III que o ensino médio tem entre suas finalidades habilitar o
educando a ser capaz de continuar aprendendo, a ter autonomia intelectual e
pensamento crítico.
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Os PCNs do Ensino Médio, nas suas Diretrizes Curriculares Nacionais
(Competências e Habilidades das Ciências Naturais) afirmam que o currículo deve
permitir ao educando “compreender as ciências como construções humanas,
entendendo que elas se desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de
paradigmas...” e que “a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma
de suas características a possibilidade de ser questionada e de se transformar”.
Segundo Morin, o avanço da ciência no século XX e no começo do século XXI
tem trazido muitas certezas e incertezas. O movimento rumo às práticas
educacionais baseadas em evidências científicas e nas investigações que abordem
as certezas e incertezas científicas é tão importante quanto polêmico, mas preenche
as proposições dos PCNs e da LDB 9394/96.
O professor poderá ensinar a teoria criacionista simultaneamente à versão
evolucionista nas aulas, e ressaltar que uma teoria é fundamentada na fé, enquanto
a outra tem por base os dados empíricos (fósseis, analises, molecular, etc.). Assim o
aluno poderá construir a partir das informações transmitidas pelo professor seu
próprio conhecimento.
CONCLUSÃO
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A Constituição Federal atribui ao Estado o dever de assegurar as crianças e
adolescentes o direito à educação, colocando-os a salvo de toda forma de
negligência e discriminação. Além de inconstitucional, seria negligência do poder
público permitir às escolas desenvolver conteúdos a bel-prazer, levando a
tratamento discriminatório entre estudantes quanto ao acesso à ciência, direito de
todos.
É de relevante importância o professor estar mostrando a todo o momento
diversas teorias, para estar despertando a curiosidade dos educandos e o desejo de
aprender.
Através das diversas formas de aprendizagem apresentadas pelo professor e
trazidas pelos alunos que o professor conseguirá de fato alcançar o seu objetivo que
deve ser sempre a aprendizagem significativa dos alunos, incentivando sempre sua
reflexão e criticidade.
B) Comente três dispositivos da LDB, relacionando os dispositivos com
fatos práticos da vivência de cada aluno.
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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96 estabelece em
seu artigo 3º:
“Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;VII - valorização do profissional da educação escolar;VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;IX - garantia de padrão de qualidade;X - valorização da experiência extra-escolar;XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”.
Serão comentados três dispositivos deste artigo:
“I - igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola.”
É assegurado o direito de todos ao acesso à educação, visando atender a
todos sem discriminação e diferenças quanto à classe social pertencente.
Diante disto é necessário que o Estado garanta também a permanência na
escola, visando sempre à melhoria e a qualidade de ensino.
Segundo Brandão (2007, p. 22):
“Para uma efetiva democratização do ensino público, a criação de condições que garantam aos indivíduos a “permanência na escola” é tão importante quanto à garantia da “igualdade de condições para o acesso”, a qual só é concretizada pela existência de vagas nas escolas públicas para todos que desejarem lá estudar. A garantia dessas duas condições (igualdade no acesso e permanência na escola), somada à garantia da qualidade de ensino, é que pode fazer com que o indivíduo usufrua integralmente do direito à Educação.”
“II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber.”
Quando se diz que há a liberdade de aprender pressupõe-se que o
aluno tem em si, as potencialidades para que a aprendizagem ocorra. Mas
é necessária também a atuação do professor como mediador neste
processo. Professor este que também tem a liberdade de ensinar, cabendo
a ele selecionar os métodos e
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estratégias adequadas e necessárias para que o aluno aprenda. Mas tal
escolha não se fará de modo aleatório e sim baseado em concepções
pedagógicas, no projeto político pedagógico escolar e, principalmente,
considerando as características específicas de cada pessoa envolvida no
processo de ensino-aprendizagem, o que já aprendeu e o que deseja
aprender, como aprendeu e suas expectativas.
De acordo com Brandão (2007, p. 23):
“Esse princípio é fundamental, na medida em que, se a Educação não pudesse ser pautada pela ‘liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber’, não seria verdadeiramente Educação”.
“X - valorização da experiência extra-escolar.”
É preciso reconhecer e valorizar os conhecimentos, habilidades e
competências adquiridas pelo aluno fora do ambiente escolar. Valorizar a
“bagagem” cultural que o aluno traz.
Segundo Paulo Freire:
“Educação é uma relação entre pessoas, sobretudo uma relação entre gerações. É uma troca. Não há ninguém que saiba tudo, assim como não há ninguém que não saiba nada. O povo tem saberes, ele não é tábua rasa. O educador tem que crescer como sujeito (ninguém educa se não é educado) e a educação é uma empreitada a pelo menos dois. A conduta é reconhecer que o povo é sujeito e tem saberes”.
A LDB permite a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a
primeira do ensino fundamental, independentemente de escolarização
anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina seu nível de
experiência e habilidades do aluno e faça assim sua matrícula na série ou
ciclo adequado, de acordo com regulamentação própria do sistema de
ensino.
“Esse princípio é importante, desde que essa ‘experiência extra-escolar’ não seja mais valorizada do que, por exemplo, a transmissão sistematizada dos conteúdos historicamente acumulados pela humanidade, pois ambos são igualmente importantes. (BRANDÂO, 2007, p. 26)
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Para que a educação seja alcançada com sucesso é necessário levar em
consideração todas as situações vividas pelo aluno dentro e fora da escola, seu
cotidiano, suas relações sociais, as experiências de vida acumuladas ao longo de
sua existência, as quais contribuem para a formação de uma perspectiva
construcionista educacional.
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CONCLUSÃO
A Educação é um direito fundamental, universal e inalienável de todos os
cidadãos, cabendo ao Estado implantar políticas públicas que permitam o acesso a
ela. Mais do que isso, a permanência na escola e que todos os alunos que lá
estejam aprendam e desenvolvam suas potencialidades.
Cabe a escola e todos os membros envolvidos no processo educacional em
parceria, valorizar o respeito, a liberdade de ensinar e aprender, levando em
consideração a democracia, a pluralidade cultural, a valorização das experiências
dos alunos para que a aprendizagem se efetive de forma significativa.
Sendo a educação fundamental para o desenvolvimento e formação do
cidadão para viver em sociedade, buscando sempre uma nação mais justa e
igualitária.
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BIBLIOGRAFIA
BRANDÃO, Carlos da Fonseca. LDB passo a passo. São Paulo: Editora Avercamp, 2007.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: Promulgada em 5 de outubro de 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
FREIRE, Paulo. Vida e Obra. 1ª edição. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2008.
MORIN, Edgard. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 10ª edição. São Paulo: Editora Cortez, 2005.
PCN. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio: parte III – Ciência da Natureza. MEC, 2000.
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