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  • 7/30/2019 Trabalho Da Fabiana(Assedio Moral)

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    Assdio moral

    toda e qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, escritos,comportamento, atitude, etc.) que, intencional e freqentemente, fira adignidade e a integridade fsica ou psquica de uma pessoa, ameaando seuemprego ou degradando o clima de trabalho.

    quando uma pessoa domina a outra, essa pessoa que humilhada vivesituaes repetitivas e prolongadas, ela fica doente, sofre.

    Principais caractersticas

    Dar instrues confusas e imprecisas ao trabalhador (a);Dificultar o trabalho;Atribuir erros imaginrios ao trabalhador (a);Exigir, sem necessidade, trabalhos urgentes;Sobrecarga de tarefas;Ignorar a presena do (a) trabalhador (a), ou no cumpriment-lo ou, ainda,

    no lhe dirigir a palavra na frente dos outros;Fazer crticas ou brincadeiras de mau gosto ao trabalhador (a) em pblico;Impor horrios injustificados;Retirar-lhe, injustificadamente, os instrumentos de trabalho;Agresso fsica ou verbal, quando esto ss o assediador e a vtima;Revista vexatria;Restrio ao uso de sanitrios;Ameaas;

    Insultos;Isolamento.

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    Assediador

    Na maioria dos casos a pessoa que esta a frente da empresa como, chefe,gerente, presidente, encarregados. Mas tambm pode ser de um colega paraoutro colega.

    Esse assdio acontece quando essa liderana quer se vingar dessesfuncionrios, ou algum que questiona muito, ou que incomoda pelo fatode ter mais conhecimentos, ser mais criativo, consequentementeameaando-o pode ser tambm quando a pessoa volta de um acidente ouuma mulher ps-parto. Ou a pessoa faz esse assdio pelo puro prazer, para

    de alguma maneira se sentir bem ou superior. Acontece na maioria doscasos com pessoas humildes que tem medo de perde o emprego, ai ela seomitem, permitindo o assdio ou tambm pessoas que tem o psicolgicofraco, abalado.

    A aproximao do assediador

    Ele identifica a vitima, adota comportamento de assdio moral, primeiroele cria conflito com a vtima que depois comea a apresentar sinais de ter

    sido atingida. Assediador persiste no assdio moral, a vtima apresentaprejuzos na sade e nas funes.

    A psicloga Margarida Barreto, mestre em Psicologia Social pela PUC deSo Paulo, caracterizou alguns tipos de agressores.

    Veja alguns tipos de chefes

    Profeta: v como um desgnio quase que divino enxugar a empresa.Trata as demisses como uma misso que tem que cumprir e se orgulha

    desta realizao.Pit-bull: ataca, violento e maligno. Tem prazer em humilhar e revela

    uma frieza prxima ao sadismo ao demitir as pessoas.Troglodita: spero, indelicado, rude. precipitado nas suas decises,

    implanta normas e todos devem se submeter ao que impe.Tigro: encobre sua insegurana, sua incompetncia, agredindo as

    pessoas. Necessita fazer exibies do seu poder para se sentir respeitado.Mala-babo: promovem-se bajulando os seus superiores. controlador e

    delator dos outros. uma espcie de capataz moderno.

    Big Brother: Torna-se confidente dos seus colegas e usa destavulnerabilidade para expor as pessoas, rebaix-las ou at demiti-las.

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    Garganta: no enxerga a sua incompetncia e tem necessidade de se auto-afirmar o tempo todo. No admite que subordinados saibam mais do queele.Tasea (t se achando): esconde seu desconhecimento com ordens

    contraditrias. Se algum projeto tem sucesso, ele o responsvel; sefracassa a culpa dos funcionrios, que so incompetentes.

    O assediado

    Trabalhadores com mais de 35 anos;Os que atingem salrios muito altos, no se curvam ao autoritarismo nemse deixam subjugar e so mais competentes que o agressor;Saudveis, escrupulosos e honestos, perfeccionistas, no hesitam em

    trabalhar nos finais de semana, ficam at mais tarde e no faltam aotrabalho mesmo quando doentes;Pessoas que tm senso de culpa muito desenvolvido e aqueles que vivemss;Pessoas que esto perdendo a cada dia a resistncia fsica e psicolgica

    para suportar humilhaes;Portadores de algum tipo de deficincia ou problemas de sade;

    Os que tm crena religiosa ou orientao sexual diferente daquele queassedia;Os que tm limitao de oportunidades por serem especialistas;Homens em um grupo de mulheres e mulheres em um grupo de homens;Com relao s mulheres, acrescentam-se ainda:As casadas, grvidas ou as que tm filhos pequenos;

    Consequncias

    Perdas para a Empresa: As perdas para o empregador podem serresumidas em: Queda da produtividade e menor eficincia; imagemnegativa da empresa perante os consumidores e mercado de trabalho;alterao na qualidade do servio/produto e baixo ndice de criatividade;doenas profissionais, acidentes de trabalho e danos aos equipamentos;troca constante de empregados, ocasionando despesas com rescises,seleo e treinamento de pessoal; aumento de aes trabalhistas, inclusivecom pedidos de reparao por danos morais.

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    Perdas para o Assediado: Dependendo do perfil psicolgico do assediadoe de sua condio social, sabe-se que sua capacidade de se rebelar contra oassdio moral no ambiente de trabalho limitada, justamente por ser oempregado a parte mais fraca da relao. Surgem, ento, empregados

    desprovidos de motivao, de criatividade, de capacidade de liderana, deesprito de equipe e com poucas chances de se manterem empregveis.

    Como evitar

    Aes preventivas da Empresa:

    Os problemas de relacionamento dentro do ambiente de trabalho e osprejuzos da resultantes sero tanto maiores, quanto mais desorganizada

    for empresa e maior for o grau de tolerncia do empregador, em relaos praticas de assdio moral. Por isso, importante estabelecer o dilogosobre os mtodos de organizao do trabalho, como fator de preveno ereflexo. Para conscientizar os trabalhadores importante a realizao deseminrios, palestras e outras atividades voltadas discusso do problema.A empresa deve, tambm, criar um cdigo de tica que proba todas asformas de discriminao e de assdio moral, que promova a dignidade ecidadania do trabalhador. A fim de tornar efetivas as disposies desse

    cdigo de tica, devem ser criados na empresa espaos de confiana,representados, por exemplo, por ouvidores, que recebero eencaminharo as queixas sobre assdio.

    Aes preventivas do assediado:

    s vezes o assediado no tem conscincia que est sofrendo assdio moral,e isso ocorre pela falta de informao, e se a pessoa percebe de algumamaneira que est sendo assediada uma maneira dessa pessoa evitar e se

    prevenir, procurar se informar, no se omitir, (mediante ao assedio)buscar conhecimento atravs de livros, internet e etc.

    Assdios por meios Eletrnicos

    Na maioria das vezes os assdios podem ocorrer tambm por meioeletrnicos atravs dos meios de comunicao como: internet, telefone efax, e-mails vexatrios.

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    Legislao

    No Brasil no existe lei em mbito nacional. Quando acontece o assediomoral ele julgado como dano moral. A NR-17 (norma regulamentadora -

    que fala sobre Ergonomia) uma norma que especifica no seu anexo 2quais so as condies mnimas de conforto fsico e mental que umaempresa de telemakerting deve oferecer para no prejudicar a sade dotele-operador. O governo se viu obrigado a criar esse anexo na NR-17 medida que os casos cada vez mais absurdos de abusos e assdio aooperador de telemarketing vinham tona na sociedade. Como estes postosde trabalho precarizados so usados pelo governo como campanha degerao de empregos, a NR-17 foi uma tentativa do governo de dizer

    sociedade que algo estava sendo feito.E para cri-la foi formada a comisso pelo governo, empresas, sindicatos,empregados chamada tripartite.

    Conhea alguns pontos importantes da NR-17:

    AnexoI

    Operadores de Checkout5 Os aspectos psicossociais do trabalho5.1. Todo trabalhador envolvido com o trabalho em checkout deve portarum dispositivo de identificao visvel, com nome e/ou sobrenome,escolhido(s) pelo prprio trabalhador.5.2. vedado obrigar o trabalhador ao uso, permanente ou temporrio, devestimentas ou propagandas ou maquilagem temtica, que causemconstrangimento ou firam sua dignidade pessoal.

    AnexoII

    Operadores de Telemarketing5 Organizao do trabalho5.2. O contingente de operadores deve ser dimensionado s demandas da

    produo no sentido de no gerar sobrecarga habitual ao trabalhador.5.13. vedada a utilizao de mtodos que causem assdio moral, medo ouconstrangimento, tais como:a) estmulo abusivo competio entre trabalhadores ou grupos/equipes de

    trabalho;

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    b) exigncia de que os trabalhadores usem, de forma permanente outemporria, adereos, acessrios, fantasias e vestimentas com o objetivo de

    punio, promoo e propaganda;c) exposio pblica das avaliaes de desempenho dos operadores.

    5.14. Com a finalidade de reduzir o estresse dos operadores, devem serminimizados os conflitos e ambigidades de papis nas tarefas a executar,estabelecendo-se claramente as diretrizes quanto a ordens e instrues dediversos nveis hierrquicos, autonomia para resoluo de problemas,autorizao para transferncia de chamadas e consultas necessrias acolegas e supervisores, (art. 846 da CLT).

    Medo da Denncia

    Medo de perde o emprego, medo da arbitrariedade por partes dosempregadores, medo de ficar mal visto na empresa.

    Curiosidades/complemento

    Heinz Leymann, mdico alemo e pesquisador na rea de psicologia no

    trabalho, que em 1984 efetuou o primeiro estudo sobre o assunto, quando

    identificou o fenmeno e o nominou mobbing, o descreve da seguintemaneira:

    assdio moral a deliberada degradao das condies de trabalhoatravs do estabelecimento de comunicaes no ticas

    No Brasil a primeira lei a tratar do assunto de Iracenpolis/SP e foiregulamentada em 2001. H diversos outros projetos em tramitao noslegislativos municipais, estaduais e federal.

    Alguns municpios j possuem legislao especificas So Paulo,Guarulhos, Cascavel, Natal. As Estatsticas mostram que a cada 10 pessoasque sofrem assdio moral, sete so mulheres, os homens que vivem issosofrem muito mais, sentem humilhados no seu orgulho prprio, comomachos/homens, estatstica mostram que 100% dos homens que sofreroassdio pensaram em suicdio, e 18% realmente tentaram o suicdio.


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