Download - trabalho 3g
FACULDADE ANHANGUERA – UNIDADE 3CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
ELÉTRICA
TELECOMUNICAÇÃO E TELEFONIA – TECNOLOGIA 3G
Disciplina: Comunicação e telefoniaCurso: Engenharia Elétrica (noturno) – 10o. SemestreProfa.: Thatiane Cristina Ribeiro dos Santos
Grupo: Ana Paula Emy Miyabara Zanini RA:0941484247Flávio João Pinto RA:0850175Getúlio Carlos Iamashita RA:3263583295José Eustáquio de Melo Junior RA:2400005145Leonardo Prado Maestre RA:6814003909Paulo Roberto Gonzaga Santos RA:1099586682Wellington Alves da Silva RA:3228540683
CAMPINAS2015
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................31.1. Evolução da tecnologia em telefonia celular - Contextualização.......................31.1.1. 1G – Primeira Geração...................................................................................31.1.2. 2G – Segunda Geração..................................................................................41.1.3. Tecnologias 2,5G............................................................................................63. 3G – Terceira Geração..........................................................................................73.1. CDMA-2000.......................................................................................................83.2. UMTS (W-CDMA)..............................................................................................93.3. HSPA (HSDPA/HSUPA)..................................................................................114. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................135. REFERÊNCIAS...................................................................................................14
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1. INTRODUÇÃO
1.1.Evolução da tecnologia em telefonia celular - Contextualização
A primeira forma de comunicação sem fio que surgiu foi por meio de
dispositivos que utilizavam comunicação via rádio, em que a configuração era half-
duplex ou unidirecional, ou seja, o envio e o recebimento de dados não eram
realizados simultaneamente. O primeiro sistema deste tipo surgiu em 1928 e foi
utilizado pela primeira vez pelo departamento de polícia de Detroit, Estados Unidos.
Em 1939 a polícia de Connecticut solicitou a Daniel Noble, engenheiro da Motorola,
um projeto de um sistema de rádio FM de duas vias para a polícia estatal. O sistema
foi instalado em 1940 em Hartford e foi a transição do AM para o FM.
Em 1947 a companhia AT&T demonstrou o funcionamento do primeiro sistema
de telefonia celular, realizando a comunicação entre um jato da United Airlines e um
trem em movimento e estações em solo. A mesma companhia desenvolveu o
conceito de telefonia celular na mesma época, porém não tinha a tecnologia
necessária para desenvolvê-la. Nas décadas subsequentes, houve esforços de
várias empresas para o desenvolvimento da comunicação por celular. Até que em
1973 foi realizada a primeira chamada de um telefone móvel para um telefone fixo,
demonstrado pela Motorola. Porém o primeiro modelo de celular comercial foi
liberado somente em 1983 nos Estados Unidos.
No início dos anos 90 surgiram aparelhos com tamanhos e pesos menores e
também novos padrões de comunicação. Nesta época surgiram as três principais
tecnologias: TDMA (Time Division Multiple Access), CDMA (Code Division Multiple
Access) e GSM (Global System for Mobile Communications).
1.1.1. 1G – Primeira Geração
A primeira geração de sistemas de telefonia celular foi concebido no final da
década de 70 e a maioria implementada no início da década de 80. A transmissão
era analógica com modulação FM (Frequency Modulation) e o padrão predominante
mente utilizado era o AMPS (Advanced Mobile Phone System). O AMPS foi adotado
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também pelo Brasil. Nele, a comunicação entre o terminal móvel e a estação rádio
base, ERB ou cell site, é feita na faixa de 800Mhz por meio de sinais analógicos em
canais de 30Khz e modulação FM. Outros exemplos de sistemas 1G são: TACS
(Total Access Communication System), NMT (Nord Mobile Telephone), Radicom
2000, RTM (Radio Telefono Mobile) e JTACS (Japan Total Access Communications
System). O 1G consistia apenas na transmissão de voz
A qualidade do som, curta duração da bateria, tamanho do telefone celular,
dificuldade de manuseio, a capacidade limitada do sistema, levaram ao
desenvolvimento de sistemas celulares 2G.
1.1.2. 2G – Segunda Geração
A segunda geração de tecnologia de celulares substituiu os sistemas
analógicos pelos digitais. A 2G é composta por tecnologias mais estáveis, com maior
área de cobertura e capacidade para suportar maior quantidade de usuários. Todas
as tecnologias a partir da 2G compreendem a comunicação de dados e de voz. As
tecnologias 2G mais usadas são TDMA (Time Division Multiple Access), CDMA
(Code Division Multiple Access) e o GSM.
O TDMA é uma tecnologia em que um canal de comunicação é dividido em
slots, ou seja, em intervalos de tempo alternados. Cada chamada estabelecida é
destinada a dois slots usados nos sentidos telefone-base e base-telefone. Apesar de
usarem o mesmo canal, uma chamada não interfere na outra. O TDMA suporta até 3
vezes mais conexões que as tecnologias analógicas, pois os dados ocupam apenas
um terço da capacidade do canal. Em relação à tecnologia celular, o TDMA foi
usado em três sistemas também bastante utilizados: IS-54, também denominado D-
AMPS (Digital AMPS) com mesmo suporte a faixa de frequência do AMPS; IS-136,
considerado a evolução do IS 54, com controle de canal mais avançado em faixa de
frequência mais ampla (entre 800Mhz e 1900Mhz) e o GSM, tecnologia móvel mais
difundida, que também pode operar com FDMA (Frequency Division Multiple
Access). O GSM realiza transmissões baseadas em TDMA, porém utiliza até oito
slots em cada canal. Têm como característica também o uso do SIM (Subscriber
Identity Module), dispositivo que armazena informações referentes à linha telefônica
do usuário. A rede GSM opera em várias frequências, sendo as mais comuns
900Mhz, 1800Mhz e 1900Mhz.
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No CDMA, após a digitalização dos dados, os dados são disponibilizados para
a banda de frequência disponível. Chamadas múltiplas se sobrepõem no mesmo
canal, cada qual recebe um código de sequência distinto.
Os códigos de sequência são sinais pseudoaleatórios. Isso significa que
parecem ser aleatórios e utilizam uma ampla banda de frequência, mas são
conhecidos tanto pelo emissor quanto pelo receptor da mensagem. Os dados são
distribuídos entre diversas frequências discretas de acordo com o código,
juntamente com outros sinais ocupando o mesmo canal. No entanto, diferentes
códigos de sequência, são incorrelatos, assim cada mensagem pode ser
reconstruída separadamente no receptor.
Figura 1: Modulação por espalhamento espectral.
Fonte: How stuff works (2000).
A figura 2 mostra a analogia entre as tecnologias FDMA, TDMA e CDMA,
mostrando as diferenças de divisão por frequência, tempo e pacotes.
Figura 2 – Analogia entre as tecnologias FDMA, TDMA e CDMA.
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Fonte: Electronics gurukulam (2012).
Outra tecnologia que faz parte é o CDMAone, que oferece acesso à rede e
troca de dados entre celulares CDMA com taxas de até 115Kbps.
As tecnologias 2G apresentam algumas desvantagens: por exigirem sinais
digitais mais fortes para o funcionamento dos telefones celulares, se não há rede em
uma área específica, os sinais digitais tornam-se mais fracos nestas áreas. Em geral
os sistemas 2G não conseguem lidar com dados mais complexos, por exemplo,
vídeos.
1.1.3. Tecnologias 2,5G
A possibilidade de envio de mensagens curtas de texto, conhecidas como
SMS (Short Message Service), apareceu a partir da segunda geração. As
tecnologias 2,5G complementaram o 2G com recursos de comutação de pacotes de
dados, em que o canal permanece ocupado apenas quando os dados são
transferidos. Os telefones celulares com esta tecnologia podem fazer/receber
ligações, enviar/receber mensagens de texto, navegar na internet e podem ter
câmeras. As tecnologias que fazem parte do 2,5G são: GPRS (General Packet
Radio service), EDGE (Enhanced Data Rates for GSM Evolution) e HSCSD (High
Speed Circuit Switched Data). O termo 2,5G não foi adotado oficialmente, e por isso
é considerado como parte das tecnologias 2G.
O GPRS tem como base a tecnologia GSM e o foco é a transferência de
dados, particularmente na comunicação com a internet, pois tem compatibilidade
com o protocolo IP. Esse sistema pode usar de 1 a 8 slots e os pacotes de dados
permanecem ativos apenas quando ocorre o envio ou recebimento de dados. Devido
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a este fato, as maiorias das operadoras realizam a cobrança por quantidade de
transferência de dados. Teoricamente a velocidade de transferência de dados pode
chegar a até 171,2Kb/s, porém na prática não passa dos 80Kb/s.
O EDGE tem características similares ao GRPS, porém utiliza sistema de
modulação mais avançado (8-PSK) e novos tipos de codificação de canal,
permitindo que a taxa de transferência de dados seja maior. Em teoria a velocidade
chegaria a 473,6Kb/s, porém na prática não ultrapassa 384 Kb/s. A maior taxa de
transferência de dados permitiu o streaming, que é a transmissão contínua de
dados. Devido ao surgimento tardio do EDGE, muitos o consideram como 2,75G.
O HSCSD surgiu antes do GPRS e não foi muito difundido devido a sua baixa
velocidade, em torno de 57,6Kb/s e por utilizar a comutação por circuito, o que em
prática significa que a cobrança é realizada por tempo de uso e não por quantidade
de dados transmitidos.
A partir do próximo capítulo será abordado à tecnologia da terceira geração,
denominado 3G, objeto principal deste trabalho.
3. 3G – Terceira GeraçãoO termo terceira geração designa as tecnologias que integram redes de
celulares e serviços. O principal objetivo do 3G é que os usuários tenham acesso
móvel à internet com qualidade similar as conexões fixas de banda larga, a fim de
usufruir de recursos, tais como, streaming de vídeo, aplicações de áudio,
mensagens multimídia. As redes 3G levaram um longo tempo até serem
normatizadas. Após um longo período para elaboração de normas, desenvolvimento
de tecnologias e testes, as redes de terceira geração foram implementadas. O
resultado é o desenvolvimento de sistemas com visões e propósitos mais amplos,
disponibilizando com maior flexibilidade suporte ao acesso a qualquer serviço,
independentemente da localização. Estes serviços podem ser transmissão de voz,
vídeos ou dados e suas combinações, porém, conforme enfatizado, a ênfase está no
fornecimento do serviço em oposição à tecnologia disponibilizada. As motivações
para o desenvolvimento das tecnologias 3G foram diversas, dentre elas:
- Exigência do consumidor para outros serviços além de ligações e de
expansão de conteúdos para celulares;
- Necessidade do operador de telefonia celular de desenvolvimento de
tecnologias melhores a fim de aumentar as fontes de renda, pois os
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serviços de voz e a expansão das redes com as tecnologias até então
disponíveis, limitaram o escopo de desenvolvimento comercial das
operadoras;
- Exigência dos fabricantes de equipamentos em lançar novos produtos
para atender a nova demanda de consumo.
Na década de 90 surgiu uma série de esforços com objetivo de ampliar o
tráfego de dados para as redes de celulares. Destes esforços surgiu o projeto IMT-
2000 comandado pela ITU (international telecommunication Union), responsável por
padronizar normas na área de telecomunicações. A IMT-2000 definiu os requisitos
para um celular de terceira geração que deveria ter:
- Altas taxas de dados: 144 kbit/s em todos os ambientes e 2 Mbit/s em
ambientes "indoor" e de baixa mobilidade.
- Transmissão de dados simétrica e assimétrica.
- Serviços baseados em comutação de circuitos e comutação de pacotes.
- Qualidade de voz comparável à da telefonia fixa.
- Melhor eficiência espectral
- Vários serviços simultâneos para usuários finais, para serviços multimídia.
- Incorporação suave dos sistemas celulares de 2º geração.
- Roaming global.
- Arquitetura aberta para a rápida introdução de novos serviços e
tecnologias.
Fazem parte da rede 3G as tecnologias: CDMA-2000, WCDMA UMTS
(Wideband CDMA Universal Mobile Telecommunications Service) e HSPA (High
Speed Packet Access), baseado no HSDPA (High Speed Downlink Packet Access) e
no HSUPA (High Speed Uplink Packet Access).
3.1. CDMA-2000O CDMA-2000 é o padrão de terceira geração de sistemas celulares baseados
no IS-95. Foi padronizado pela 3GPP2 (third generation partnership project),
organização formada por cinco empresas do setor de telecomunicações de vários
países, para a especificação do sistema de telefonia móvel de terceira geração e
entidade responsável pelas suas especificações. O CDMA-2000 é considerado um
conjunto de padrões que foram escolhidos como sendo de terceira geração. Oferece
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acesso a internet e troca de dados com velocidades bem superiores ao 2G. É
composta por:
- CDMA-2000 1x, também conhecido como CDMA 1xRTT (1x Radio
Tansmission Technology), com base no padrão de comunicação CDMA e
considerado uma evolução do CDMAone. Permite o dobro de conexões de
voz em relação às primeiras versões do CDMA, com taxa de transferência
de dados, em teoria, até 307 Kb/s e até 144Kb/s na prática. O upload tem
quase o mesmo nível de velocidade, usando apenas uma onda de
radiofrequência (por onde trafegam as informações) de 1,25 Mhz.
- CDMA-2000 1xEV (Evolution data): possui duas classificações:
o CDMA-2000 1xEV-DO (Data Only), que implementa apenas canais
de dados;
o CDMA-2000 1xEV-DV (Data and Voice), que permite o uso de
canais tanto para voz quanto para dados.
o CDMA-2000 3x (CDMA 3xRTT): utiliza três ondas de
radiofrequências de 1,25Mhz.
As duas primeiras versões do CDMA-2000 1xEV são consideradas as mais
próximas do 3G, pois oferecem taxa de transmissão de dados de até 3,1Mb/s e
taxas de upload de até 1,8Mb/s. Já na última a velocidade de transferência pode
chegar a 2Mb/s. As tecnologias CDMA-2000 trabalham com diversas faixas de
frequência, como, 450Mhz, 850Mhz, 1,9Ghz e 2,1Ghz.
3.2. UMTS (W-CDMA)O UMTS é considerado a evolução do GSM e uma tecnologia de fato da
terceira geração. Foi desenvolvido por empresas ligadas ao 3GPP (third generation
partnership project). Esta tecnologia tem como principal característica a
implementação com base no padrão W-CDMA e foi desenvolvida para ser uma
solução integrada para transmissão de voz e dados na telefonia 3G, fazendo uso
efetivo da banda larga móvel.
O padrão UMTS também considera o tráfego de diferentes mídias sobre um
mesmo canal, usando bandas de mesma capacidade para upload e download. Isso
faz com que o UMTS seja mais adequado para realização de serviços tais como,
conversas em tempo real com vídeo, telefone, etc.
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Como interface de rádio, o UMTS usa a tecnologia W-CDMA, pois necessita
neste caso de uma banda larga com alta capacidade. O W-CDMA é um padrão para
uso de radiofrequência baseado nos mesmos conceitos de comunicação do CDMA.
Ele possui dois modos de funcionamento:
- o TDD (Time Division Duplex): em que as atividades de download e upload
compartilham a mesma portadora, mas em slots diferentes;
- FDD (Frequency Division Duplex): que utiliza portadoras diferentes para as
atividades de download e upload, havendo uma faixa de frequência de
190Mhz entre elas.
O TDD e o FDD possibilitam que a transmissão seja realizada de forma
otimizada, ou seja, que o uso deles seja feito de acordo com o que é mais
apropriado a situação. Um exemplo é o uso da internet, em que a quantidade de
dados recebidos geralmente é diferente dos dados enviados. No W-CDMA os vários
terminais compartilham uma mesma banda de frequência, mas utilizando códigos
diferentes de espalhamento espectral, característica do DS-CDMA (CDMA de
sequência direta).
Assim, o UMTS utiliza um canal de rádio portador de 5Mhz e otimiza a
utilização desta banda, alcançando taxas de até 2Mb/s para download e upload para
usuários com mobilidade reduzida e até 144Kb/s em situações de alta mobilidade. O
W-CDMA apresenta menor custo por bit transmitido para taxas de bits elevadas,
sendo então a melhor opção para transmissão de volumes de dados grandes e
grande números de usuários.
De forma simplificada a estrutura do UMTS pode ser representada conforme a
figura 3.
Figura 3 – Arquitetura do UMTS
Fonte: Teleco (2015).
Uu e Iu representam as interfaces entre as entidades. Os protocolos de
comunicação entre elas procuram manter a compatibilidade com os protocolos
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estabelecidos para o GSM, principalmente em relação ao usuário. UE (user
equipment) representa o equipamento do usuário, possuindo um equivalente do SIM
card dos terminais GSM denominado USIM. UTRAN é o UMTS Terrestrial Radio
Access Network. A interface de rádio Uu entre terminal e usuário e sua rede UTRAN
é baseada no W-CDMA. CN ou Core Network, é o núcleo da rede que suporta
serviços baseados em comutação de circuitos e comutação de pacotes.
3.3. HSPA (HSDPA/HSUPA)O padrão HSPA também é usada no UMTS e permite velocidades maiores de
transferência de dados e suportam uma quantidade maior de usuários. O HSPA é
considerado a evolução do W-CDMA e baseia-se em dois protocolos:
- HSDPA: utiliza portadoras de 5Mhz e se direciona para o download.
Oferece taxas de transferência de dados de até 14,4Mb/s;
- HSUPA: utiliza portadoras de 5Mhz e é direcionado tanto para download.
quanto para o upload. A velocidade máxima é de 5,76 Mb/s.
Estes níveis altos são devidos, principalmente, a redução do TTI (Transmission
time interval) que varia entre 1 e 3 milissegundos, enquanto que em outros padrões
fica em torno de 10 milissegundos. O HSPA também é considerado como 3,5G, por
ser mais recente.
Ainda existe o HSPA+, também denominado evolved HSPA e considerado
como 3,75G. Esta tecnologia trabalha com taxas de até 168Mb/s para download e
22Mb/s para upload. Na prática, essa taxa de transmissão não é alcançada. Por
exemplo, a operadora Vivo oferece esta tecnologia desde 2012, porém a mesma fica
limitada em 6Mb/s. Outras vantagens do HSPA+ são o menor tempo para
estabelecimento de chamadas, capacidade de uso de voz ampliada pelo VOIP,
melhor suporte a comunicações que demandem maior volume de informações e o
uso da estrutura do HSPA.
As velocidades maiores alcançadas com o HSPA+ também se devem ao uso
de MIMO (Multiple Input Multiple Output), uma técnica que utiliza mais de uma
antena para transmissão no mesmo canal, mantendo o uso de portadoras de 5Mhz,
e o uso da modulação 64-QAM (Quadrature Amplitude Modulation) para download e
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16-QAM para upload, que permitem taxas de transferência maiores, principalmente
aos dispositivos moveis que estão fisicamente mais perto da base.
O QAM refere-se à combinação da modulação de amplitude e deslocamento de
fase e pode ser usado tanto para sinais analógicos quanto para digitais. No caso do
digital, utiliza o esquema de modulação digital de amplitude de duas ondas
portadoras (ASK - Amplitude Shift Keying) e no analógico a modulação analógica
(AM – amplitude modulation). As duas ondas portadoras, geralmente senoidais
estão defasadas entre si em 90 graus e por isso são chamadas de quadrature
carriers ou componentes em quadratura. No QAM símbolos representando bits são
mapeados em um diagrama de fase e quadratura e cada símbolo do diagrama tem
uma distância específica em relação à origem do diagrama, que representa a
amplitude.
No caso do 16 QAM a constelação ou diagrama apresenta 16 símbolos, 4 em
cada quadrante do diagrama, representando 4 bits. No 64 QAM, apresentam 64
símbolos, cada um deles representando 6 bits. A figura 4 demonstra os diagramas
para os dois QAMs.
Figura 4 – Diagramas de modulação QAM.
Fonte: Teleco (2015).
As ondas moduladas são somadas e a forma de onda final é a combinação do
deslocamento de fase (PSK – Phase shift keying) e mudança de amplitude (ASK) o
no caso de sinal analógico a modulação de fase (PM – phase modulation) e
modulação de amplitude (AM). QAMs são amplamente usados em sistemas de
telecomunicações digitais
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observou-se que com o tempo, as tecnologias que foram desenvolvidas
permitiram a expansão da capacidade de conexão entre pessoas e o acesso dos
usuários a serviços não somente de voz, mas também de mensagens e acesso à
internet.
As tecnologias 3G foram às primeiras redes rápidas suficientes a tornarem
viáveis o uso dos smartphones. Antes do 3G, as tecnologias eram muito lentas,
limitando o uso de recursos disponíveis nos dispositivos como, por exemplo, fazer
download de músicas ou navegar na internet. As redes 3G desempenham um papel
fundamental na expansão do acesso a comunicação (voz) e no aumento da
disponibilidade de informações e serviços (dados). Em países desenvolvidos, o uso
do 3G tornou-se praticamente obsoleto devido à difusão da tecnologia de quarta
geração ou 4G, porém nos países emergentes como o Brasil, desempenha papel
fundamental devido à proliferação da informação, permitindo aos usuários que
tenham acesso a serviços essenciais de comunicação de forma mais eficiente.
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5. REFERÊNCIAS
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