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9Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ
Qualidade
incêndio
noções básicas de primeiros socorros
Não faça da sua vida
um rascunho, pois você pode não ter tempo de passá-la
a limpoA. Ro s s A to
“
Qualidade, Meio ambiente, Segurança no Trabalho
e Higiene
NESSE CApíTULO vOCê ENCONTRANESSE CApíTULO vOCê ENCONTRA11
10Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
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Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS
Qualidade
Defi nição de qualidade total
A qualidade total pode ser defi nida como: um conjunto
de atitudes e técnicas que abordam toda a organização
para através da valorização das pessoas produzir, geren-
ciar e aperfeiçoar, de modo continuo, os processos de
trabalho a fi m de atender às necessidades e expectativas
dos clientes.
Dez princípios da qualidade total
11 Total satisfação dos clientes
22 Gerência participativa
33 Desenvolvimento dos recursos humanos
44 Constância de propósitos
55 Aperfeiçoamento contínuo
6 6 Gerência de processos
77 Delegação
88 Disseminação de informações
99 Garantia da Qualidade
1010 Não-aceitação de erros
Conceito de Desperdício
É todo e qualquer recurso que se gasta na execução de um
produto ou serviço além do estritamente necessário (ma-
téria-prima, materiais, tempo, dinheiro, energia etc.). Dis-
pêndio extra acrescentado aos custos normais do produ-
to / serviço, sem trazer qualquer melhoria ao cliente.
Programa 5S – ABC da qualidadeO Programa 5S teve sua origem no Japão, onde os pais en-
sinavam aos seus fi lhos bons hábitos para terem uma vi-
da melhor. Este programa é utilizado para melhorar a qua-
lidade do ambiente de trabalho, dos funcionários e da pro-
dução da empresa.
Agora que já sabemos o que é o desperdício (tudo que
gera custo extra) e como localizá-lo, podemos eliminá-lo
em 5 fases, ou seja, aplicando o Programa 5S.
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
Os focos de ação da qualidade total
Os Princípios da Qualidade são bordados
na Qualidade Total em focos de ação, os
quais chamamos de Focos da Qualidade.
Foco no cliente
Foco no processo
Foco nas pessoas
UMA LUZUMA LUZ
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Conheça o Programa 5S1ª FASE1ª FASE Descarte (SEIRI)
2ª FASE2ª FASE Ordem/Arrumação (SEITON)
3ª FASE3ª FASE Limpeza (SEISO)
4ª FASE4ª FASE Higiene (SEIKETSU)
5ª FASE5ª FASE Disciplina (SHITSUKE)
(SEITON)
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PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ
PDCA Como gerenciar para se atingir um ponto mais baixo
dos custos?
Ou um ponto de qualidade superior?
Ou um ponto de melhor prazo de entrega?
Existe um caminho para isso que todos na empresa po-
dem estudar e aprender, que é o método do ciclo PDCA
de controle.
O que é
O ciclo PDCA é um método gerencial que tem como ob-
jetivo exercer o controle de processo, que nada mais é que:
Estabelecer uma diretriz de controle fazendo um pla-
nejamento da qualidade.
Manter o nível de controle respeitando todos os padrões
que foram estabelecidos anteriormente.
Alterar a diretriz de controle sempre que necessário
para mantê-la atualizada com as necessidades do pú-
blico-alvo.
Esse método de gerenciamento é composto de quatro
fases básicas de controle:
Planejar
Desempenhar
Controlar
Agir corretivamente
Essas palavras são, respectivamente, a tradução dos sig-
nifi cados das siglas do ciclo PDCA que signifi cam: Plan,
Do, Check e Act.
Cada termo do ciclo PDCA exerce um papel importan-
te na organização do Programa de Qualidade adotado
em sua empresa. Só se atinge a Qualidade Total quando
você e o restante de sua equipe “giram” o ciclo. Quando
esse Ciclo “gira” em sua empresa, signifi ca que todos pla-
nejam, desempenham, controlam e agem corretivamen-
te. Logo, são responsáveis por aquilo que fazem.
Meio-ambienteO Fórum Global das ONGs, de 1992, elaborou quase qua-
tro dezenas de documentos e planos de ação, demons-
trando o grau de organização e de mobilização atingido
pelas ONGs na década fi nal do século XX.
Os documentos resultantes da Cúpula da Terra foram
os seguintes:
Declaração do Rio sobre Meio Ambiente
Desenvolvimento e a Agenda 21
Norma NBR ISO 14001 – ABNT Esta norma, ao defi nir o SGA como sistema de gestão glo-
bal, quer dizer que a gestão ambiental deve ser implemen-
tada de forma integrada, com o gerenciamento global da
empresa ou instituição.
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
Conheça o que signifi ca PDCA
PP Planejar
DD Desempenhar
CC Controlar
AA Agir corretivamente
LINHA
VENTO
LINHA LINHA LINHA LINHA
VENTOVENTOVENTOVENTO
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SENAI
Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS
A função do Sistema de Gestão Ambiental é organizar
todas as ações da empresa relativas às questões ambien-
tais de suas atividades, produtos e serviços. Ao estruturar
as ações ambientais de uma empresa, o SGA torna possí-
vel o maior atendimento às leis e regulamentos ambien-
tais, minimizando os riscos fi nanceiros decorrentes de
aplicações de multas e penalizações por parte das agên-
cias de controle ambiental.
O SGA também possibilita às organizações signifi cati-
va economia de tempo e ganho de competitividade, de-
corrente da melhoria de seus processos e da construção
de uma imagem “verde”.
BOLA NA REDEBOLA NA REDE
de uma imagem “verde”.
BOLA NA REDE
Economia por meio da conservação de matérias-primas
e insumos.
Satisfação das expectativas ambientais dos clientes;
Satisfação dos critérios para as linhas de fi nanciamentos.
Limitação dos aspectos de operações de risco.
Obtenção de seguros a custo mais baixo.
Manutenção das boas relações com as partes interessadas.
Entre as diversas vantagens propiciadas pela implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, citamos:
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
A Norma NBR ISO 14001 se aplica a todos os tipos e tamanhos de organizações que queiram:
Implementar um sistema de gestão ambiental.
Garantir que sua atuação esteja em conformidade com sua política ambiental.
Demonstrar essa conformidade para terceiros, sejam eles ONGs, agências de
controle ambiental, seguradoras, grupos de pressão etc.
Buscar certifi cação de seu Sistema de Gestão Ambiental, por meio de um organismo
externo, chamado de certifi cação de terceira parte.
Realizar uma autodeclaração de conformidade do SGA com a Norma ISO 14001.
As etapas para a implementação da Norma NBR ISO 14001 na empresa você pode
analisar no Quadro 1. Veja o que compreende cada uma delas.
A função do Sistema de Gestão Ambiental é organizar
todas as ações da empresa relativas às questões ambien-
tais de suas atividades, produtos e serviços. Ao estruturar
as ações ambientais de uma empresa, o SGA torna possí-
vel o maior atendimento às leis e regulamentos ambien-
tais, minimizando os riscos fi nanceiros decorrentes de
aplicações de multas e penalizações por parte das agên-
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
A Norma NBR ISO 14001 se aplica a todos os tipos e tamanhos de organizações que queiram:
QUADRO
Etapas para implementar a Norma NBR ISO 1400111PLANEJAMENTO IMPLEMENTAÇÃO E
OPERAÇÃOVERIFICAÇÃO E
AÇÃO CORRETIVAANÁLISE CRÍTICA PELA
ADMINISTRAÇÃO
Política ambiental
Aspectos ambientais
Requisitos legais e outros requisitos
Objetivos e metas
Programa de Gestão Ambiental
Estrutura e responsabilidade
Treinamento, conscientização e competência
Comunicação
Documentação do SGA
Controle de documentos
Controle operacional
Preparação e atendimento a emergências
Monitoramento e medição
Não-conformidade, ações corretivas e preventivas
Registros
Auditoria do SGA
Avaliação dos processos de auditoria
Acompanhamento e apoio das revisões do sistema
13Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
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CORES TIPO DE RESÍDUO
Azul
Vermelho
Verde
Amarelo
Preto
Branco
Laranja
Roxo
Marrom
Cinza
Papel e papelão
Plástico
Vidro
Metal
Madeira
Resíduos infectantes, ambulatoriais e de serviços de saúde
Resíduos perigosos
Resíduos radioativos
Resíduos orgânicos
Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação
ORIGEM DO RESÍDUO CLASSES RESPONSÁVEL
DomiciliarComercial
IndustrialPúblicoServiços de saúde
Portos, aeroportos e terminais ferroviáriosAgrícolaEntulho
III, II e IIII, II e I
III, II e IIII e II
III, II e I
III, II e I
III, II e IIII
PrefeituraPrefeitura e o próprio gerador do resíduo, quando ele é um grande geradorO próprio gerador do resíduoPrefeituraO gerador do resíduo. Em algumas cidades, a prefeitura assume a responsabilidadeGerador do resíduo
Gerador do resíduoGerador do resíduo
Gestão de Resíduos e de Reciclagem
A contaminação do solo é ocasionada, em grande parte,
pelos resíduos sólidos.
Mas o que é um resíduo sólido?
Para a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
lixo é defi nido como “restos das atividades humanas, con-
siderados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou
descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, se-
mi-sólido ou líquido, desde que não seja passível de tra-
tamento convencional”.
O lixo sólido e o semi-sólido constituem os resíduos
sólidos, cuja definição, de acordo com a Norma NBR
10004, da ABNT, é a seguinte: “resíduos nos estados sóli-
do e semi-sólido, que resultam de atividades da comuni-
dade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comer-
cial, agrícola, de serviços e de varrição”.
Classifi cação dos resíduos sólidos quanto aos riscos
Os resíduos sólidos são classifi cados de acordo com os
riscos potenciais que acarretam ao meio ambiente e à saú-
de pública. É na Norma NBR 10004, da ABNT, que esses
resíduos são classifi cados, de modo que possam ter ma-
nuseio e destinação adequados.
Classe I – Resíduos perigosos
Classe II – Resíduos não-inertes
Classe III – Resíduos inertes
QUADRO
QUADRO
Coleta de resíduos sólidosResponsabilidade
Código de cores dos resíduos
2
3
2
3
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
Veja, no
Quadro 2,
ao lado,
a quem
cabe a
responsabilidade pela coleta
dos resíduos sólidos
LINHA
VENTO
LINHA LINHA LINHA LINHA
VENTOVENTOVENTOVENTOQuadro 2,
Código de cores dos resíduos Por meio da Resolução nº 275, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), o governo brasileiro estabeleceu um código de cores para alguns tipos de resíduos sólidos a ser usado na identifi cação de coletores e transportadores, assim como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
Conheça o código de cores para diferentes tipos de resíduo que está relacionado no Quadro 3, ao lado.
CHOQUE DE ORDEM
Conheça o código
diferentes tipos de
Quadro 3, ao lado.
CHOQUE DE ORDEM
14Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS
Segurança no trabalho e higieneNa Lei nº 8.213, de 24/7/1991, do Ministério da Previdên-
cia Social, que dispõe sobre o plano de benefícios da pre-
vidência social, encontra-se a defi nição de acidente do
trabalho, nos artigos transcritos a seguir.
Além do conceito legal de acidente do trabalho, mais
direcionado para as lesões ocorridas no trabalhador, há
também o conceito prevencionista, mais amplo, volta-
do para a prevenção e que considera outros danos além
dos físicos.
De acordo com o conceito prevencionista, veja o que
é acidente do trabalho.
Art. 19. Acidente do Trabalho é
o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço da empresa
ou pelo exercício do trabalho
dos segurados especiais,
provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que
cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou
temporária, da capacidade
para o trabalho.
UMA LUZUMA LUZ
o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço da empresa
ou pelo exercício do trabalho
dos segurados especiais,
provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que
cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou
temporária, da capacidade
para o trabalho.
Veja o que é o acidente do trabalho. Em seguida você vai conhecer como previní-los.
ACIDENTEACIDENTE
É todo fato inesperado, não planejado, que interrompe ou
interfere num processo normal de trabalho, resultando em lesão
e/ou danos materiais ou, simplesmente, perda de tempo.
INCIDENTEINCIDENTE
É um acontecimento não desejado e inesperado que, em circunstâncias um pouco
diferentes, poderia ou não ter resultado em lesão, doença, danos ao patrimônio ou
interrupção do processo produtivo. Pode-se destacar que, a diferença entre acidente
e incidente é que, no incidente não há o contato com a fonte de energia.
ATO INSEGUROATO INSEGURO
É a maneira pela qual o indivíduo se expõe, consciente ou inconscientemente, a riscos
de acidentes. Muitas vezes se trata da violação de um procedimento de segurança
consagrado, violação essa responsável pelo acidente.
CONDIÇÕES INSEGURASCONDIÇÕES INSEGURAS
Condições inseguras em um local de trabalho são as falhas físicas que comprometem
a segurança do trabalhador; em outras palavras, as falhas, defeitos, irregularidades
técnicas, carência de dispositivos de segurança e outros, que põem em risco a
integridade física e/ou a saúde das pessoas, além da própria segurança das instalações
e dos equipamentos.
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
Em seguida você vai conhecer como previní-los.
interfere num processo normal de trabalho, resultando em lesão
Acidente de trabalho
15Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
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SENAI
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Agora você vai saber quais são os riscos ocupacionais. Eles podem ser representados por riscos:
FÍSICOSFÍSICOS
São múltiplos e existem em todos os locais de trabalho, contribuindo para causas de doenças profi ssionais. Incluem-se neste item: temperaturas extremas (calor e frio), umidade, ruídos e vibrações, pressões anormais, radiações etc.
QUÍMICOSQUÍMICOS
São substâncias ou produtos químicos empregados como matéria-prima, uso na manufatura de produtos etc. que podem contaminar um ambiente de trabalho. São os maiores causadores de doenças profi ssionais. Dos riscos químicos fazem parte: aerodispersóides (poeiras, fumos, pós), névoas, neblinas, gases, vapores.
BIOLÓGICOSBIOLÓGICOS
São representados por microrganismos, capazes de ocasionar doenças relacionadas ou não com uma atividade profi ssional. Exemplos: infecções causadas por bactérias (tuberculose, tétano, pneumonia), vírus (sarampo, gripe etc.) e fungos.
ERCONÔMICOSERGONÔMICOS
Caracterizam-se por determinadas condições adversas de trabalho e por atitudes e hábitos profi ssionais incorretos que podem ser transmitidos ao esqueleto e órgãos do corpo, criando deformações físicas, posturas viciosas, modifi cações da estrutura óssea e, principalmente, fadigas.
ACIDENTAISACIDENTAIS
Caracterizam-se pelas falhas ambientais (máquinas, ferramentas, equipamentos, projetos etc.) que possam provocar um acidente. Exemplos: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada e outros.
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
Caracterizam-se por determinadas condições adversas de trabalho e por atitudes e hábitos profi ssionais incorretos que podem ser transmitidos ao esqueleto e órgãos
Exemplos: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada e outros.
Riscos ocupacionais CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
A Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA) tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida
e a promoção da saúde do trabalhador.
Entre as atribuições da CIPA, destacamos:
Realização de reuniões ordinárias mensais, extraordinárias
emergenciais.
Identifi cação dos riscos do processo de trabalho e
elaboração do mapa de riscos, com a participação do
maior número de trabalhadores com assessoria do SESMT,
onde houver.
Elaboração do plano de trabalho que possibilite
a ação preventiva na solução de problemas de segurança e
saúde no trabalho.
Divulgação aos trabalhadores de informações relativas à
segurança e saúde no trabalho.
Colaboração no desenvolvimento e implementação do
PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à
segurança e saúde no trabalho.
Divulgação e promoção do cumprimento das
Normas Regulamentadoras, bem como de cláusulas de
acordos e convenções coletivas de trabalho relativas à
segurança e saúde no trabalho.
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
16Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS
Ergonomia no local de trabalhoA NR-17 estabelece parâmetros que permitem a adapta-
ção das condições de trabalho às características psicoló-
gicas e físicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
o máximo de conforto, segurança e desempenho efi cien-
te. Esses parâmetros podem ser chamados de fatores er-
gonômicos positivos, pois visam proporcionar situações
favoráveis de ocupação para o trabalhador.
No entanto, na maioria das vezes, em cada tipo de tra-
balho predominam os fatores ergonômicos negativos, que
trazem sérios riscos para a saúde do trabalhador
Dispositivos e instalação elétrica
Podemos dividir os trabalhos em instalações elétricas em:
Observe a seguir a descrição dos dois tipos.
Segurança em instalações elétricas desernegizadas
Somente serão consideradas desenergizadas as instala-
ções elétricas liberadas para trabalho mediante os proce-
dimentos apropriados, obedecida à sequência:
Seccionamento.
Impedimento de reenergização.
Constatação da ausência de tensão.
Instalação de “Aterramento Temporário”, com equipo-
tencialização dos condutores dos circuitos.
Proteção dos elementos energizados existentes na “Zo-
na Controlada”.
O estado de instalação desenergizada deve ser manti-
do até a autorização para reenergização, devendo respei-
tar a sequência de procedimentos a seguir:
Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos.
Retirada da zona controlada de todos os trabalhadores
não envolvidos no processo de reenergização.
Remoção do aterramento temporário, da equipotencia-
lização e das proteções adicionais.
Remoção da sinalização de impedimento de reenergi-
zação.
“Destravamento”, se houver, e religação dos dispositi-
vos de seccionamento.
Assim sendo, as instalações elétricas só serão conside-
radas desenergizadas e seguras para trabalhos após os
procedimentos de “Travamento e Sinalização”.
Segurança em instalações elétricas energizadas
Instalações elétricas energizadas são aquelas com tensão
superior à tensão de segurança (Extrabaixa Tensão – EBT),
ou seja: 50 VCA ou 120 Vcc (Vca – Volts em Corrente Al-
Energizadas Desernegizadas
Conheça como
proceder com segurança
em instalações
elétricas deserginizadas
e energizadas.
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE
DE ORDEM
17Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ
ternada; Vcc – Volts em Corrente Contínua). O trabalho
nessas condições só poderá ser realizado por profi ssio-
nais autorizados, como é descrito na NR-10.
Qualquer pessoa não treinada em eletricidade pode re-
alizar operações elementares de ligar ou desligar circui-
tos elétricos em baixa tensão (a baixa tensão vai de 50
Vca até 1.000 Vca ou 120 Vcc até 1.500 Vcc), desde que
se encontrem em perfeitas condições de operação.
Sempre que atividades forem executadas no interior da
zona controlada, procedimentos de segurança especí-
fi cos devem ser observados, respeitando-se as distân-
cias de segurança, isolamento de partes energizadas,
proteção por barreiras, indicação aos trabalhadores en-
volvidos quanto a pontos energizados, palestra inicial
de segurança, preenchimento de permissões de traba-
lho, utilização de listas de verifi cação etc.
Antes de qualquer nova atividade é necessária a identi-
fi cação dos riscos inerentes, e depende desses riscos a
utilização de um determinado procedimento, de tipos
diferenciados de EPIe EPC, de diferentes acessórios de
trabalho. A esse procedimento damos o nome de “Aná-
lise de Risco”. No entanto outros riscos não previstos
podem surgir, como inundações, tempestades, raios,
ou quaisquer outros cuja neutralização não seja possí-
vel. Nesse caso, o responsável pela atividade deve sus-
pender as atividades.
UMA LUZUMA LUZ
Riscos em máquinas e equipamentos
MÁQUINAMÁQUINA
Todo o equipamento, (inclusive acessórios e equipamentos
de segurança), com movimento, (engrenagens), e com
fonte de energia que não a humana.
SEGURANÇA DE MÁQUINASSEGURANÇA DE MÁQUINASO uso de máquinas e ferramentas deve sempre ser
seguido das determinações de operação e segurança de
cada equipamento e as normas da empresa.
REDUÇÃO DOS RISCOS DE ACIDENTEREDUÇÃO DOS RISCOS DE ACIDENTEOs acidentes são evitados com a aplicação de medidas
específi cas de segurança, selecionadas de forma a
estabelecer maior efi cácia na prevenção da segurança.
ELIMINAÇÃO DO RISCOELIMINAÇÃO DO RISCOSignifi ca torná-lo defi nitivamente inexistente. (exemplo: uma escada com piso
escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser eliminado
com um piso antiderrapante).
NEUTRALIZAÇÃO DO RISCONEUTRALIZAÇÃO DO RISCOO risco existe, mas está controlado. Esta opção é utilizada na impossibilidade
temporária ou defi nitiva da eliminação de um risco.
Exemplo disto são as partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens,
correias etc. devem ser neutralizadas com anteparos de proteção
SINALIZAÇÃO DO RISCOSINALIZAÇÃO DO RISCO
É a medida que deve ser tomada quando não for possível eliminar ou isolar
o risco. (exemplos: máquinas em manutenção devem ser sinalizadas com
placas de advertência).
UMA LUZUMA UMA UMA LUZLUZLUZLUZ
18Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS
BOLA NA REDEBOLA NA REDE CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
Os Requisitos de segurança seus acionamentos e comandos:
Tem de ser acionados ou desligados pelo
operador na sua posição de trabalho.
Não se localize na zona perigosa da máquina
ou equipamento e nem acarrete riscos adicionais.
Possa ser acionado ou desligado, em caso de emergência,
por outra pessoa que não seja o operador.
Não possa ser acionado ou desligado involuntariamente pelo
operador ou de qualquer outra forma acidental.
Devem estar devidamente identifi cados em português ou
então por símbolos.
COMANDO DE ARRANQUECOMANDO DE ARRANQUE
A máquina só entra em funcionamento quando se acionar este
comando, não devendo arrancar sozinho quando ligado a corrente;
COMANDO DE PARAGEMCOMANDO DE PARAGEM
Deve sempre sobrepor-se ao comando de arranque;
STOP DE EMERGÊNCIASTOP DE EMERGÊNCIA
Corta a energia, pode ter um aspecto de barra botão ou cabo.
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
Não se localize na zona perigosa da máquina
ou equipamento e nem acarrete riscos adicionais.
Proteção de partes móveis de máquinas
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃODISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
PROTETORES FIXOSPROTETORES FIXOS
Os mais vulgarmente utilizados são as guardas. São estruturas metálicas
aparafusadas à estrutura da máquina e devem impedir o acesso aos órgãos de
transmissão. O acesso só para ações de manutenção.
PROTETORES MÓVEISPROTETORES MÓVEIS
Neste caso as guardas são fi xadas à estrutura por dobradiças ou calhas o que as
torna amovíveis. A abertura da proteção deve levar à paragem automática do
“movimento perigoso”, (pode-se recorrer a um sistema de encravamento elétrico).
COMANDO BI-MANUALCOMANDO BI-MANUALPara uma determinada operação, em vez de uma só betoneira existem duas que
devem ser pressionadas em simultâneo. Isto obriga a que o trabalhador mantenha
as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).
BARREIRAS ÓPTICASBARREIRAS ÓPTICASDispositivo constituído por duas “colunas”, uma emissora e
a outra receptora, entre elas existe uma “cortina” de raios
infra-vermelhos. Quando alguém ou algum objeto atravessa
esta “cortina” surge uma interrupção de sinalo que leva
á paragem de movimentos mecânicos perigosos.
DISTÂNCIAS DE SEGURANÇASDISTÂNCIAS DE SEGURANÇASDefi ne-se distância de segurança, a distância necessária que
impeça que os membros superiores alcancem zonas perigosas
do equipamento.
as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas).
19Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ
UMA LUZUMA LUZ
As proteções e dispositivos de segurança são instalados nas
máquinas para evitar acidentes.
Nunca operar qualquer equipamento sem que as proteções estejam
no lugar e em bom estado, no caso de falta da proteção ou a mesma
ter sido retirada para reparos ou ajustes, comunicar a supervisão.
Familiarize-se com o manual e com as regras de segurança.
Quando julgar que alguma máquina esteja apresentando falha de
segurança, informar a supervisão imediatamente.
Sempre ter atenção para não deixar as mãos expostas nas áreas
perigosas ou através de abertura de proteção.
Antes de usar uma maquina rotativa, certifi que-se que a direção de
rotação está correta.
Só faça medições após a máquina parar todos os seus movimentos.
O uso de luvas é proibido nos trabalhos de usinagem.
Antes de iniciar qualquer trabalho, verifi car se todas as proteções
estão nos devidos lugares, e se não há ninguém nas proximidades
onde a máquina possa atingi-lo.
Nunca operar um equipamento se nele estiver presa a
etiqueta de bloqueio.
Não alterar, ajustar ou remover proteção alguma e se esta
interferir com a operação, comunicar a supervisão.
Não devem ser usados anéis nos dedos para operar máquinas
nas quais possa haver contato com partes móveis.
Riscos de partes móveis de máquinas
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
A seguir você vai conhecer,
sobre a utilização de
equipamentos de segurança.
Equipamento de Proteção Coletiva
Equipamento Proteção Individual
Equipamento de Proteção Coletiva
Não usar luvas com máquinas que tenham partes rotativas ou pontos
de agarramento.
Ajuste, troca de ferramentas, manutenções e outras intervenções
devem ser feitas Exclusivamente com a máquina parada.
Evitar / bloquear movimentos perigosos.
Utilizar recursos auxiliares adequados.
Os pontos de transmissão de força das máquinas e equipamentos
deverão estar devidamente protegidos.
Máquinas e equipamentos que propiciam a projeção de peças, deverão
estar protegidos.
A industria deverá implantar rotinas de manutenção preventiva,
além de fornecer treinamento para o uso de Equipamentos de
Proteção Individual.
Os cabos de alimentação devem estar dispostos de tal modo que
não sejam criados obstáculos para se tropeçar.Antes de iniciar qualquer trabalho, verifi car se todas as proteções
estão nos devidos lugares, e se não há ninguém nas proximidades
Não devem ser usados anéis nos dedos para operar máquinas
Os cabos de alimentação devem estar dispostos de tal modo que
não sejam criados obstáculos para se tropeçar.
20Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
Utilização do Equipamento de Proteção Coletiva e IndividualNo ambiente de trabalho, você e as pessoas que
ali se encontrem estão expostos a diversos riscos,
e portanto é necessário a instalação e o uso de
equipamentos, dispositivos e materiais que
proporcionem proteção.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCs)EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCs)
São os equipamentos instalados nos locais de trabalho para
dar proteção a todos que ali executam suas tarefas.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)
São equipamentos de uso pessoal, cuja fi nalidade é atenuar
ou evitar lesões no trabalhador. É dito individual porque
protege individualmente o trabalhador em relação a riscos
inerentes à sua atividade e/ou empresa.
O tipo de equipamento e o seu uso serão determinados pela
função ou atividade que promova a exposição ao(s) agente(s)
de risco específi co(s), passível de gerar um acidente com
lesão no trabalhador.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇASINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
A norma NR26 estabelece as cores que devem ser utilizadas
nos locais de trabalho para prevenção de acidentes. Identifi ca
os equipamentos de segurança, delimita áreas, identifi ca as
canalizações empregadas nas indústrias para a condução de
líquidos e gases e adverte contra riscos. Veja no quadro ao
lado, as cores adotadas pela NR-26.
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
VERMELHOVERMELHO
Distingui e indica equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Não deve ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em
comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que signifi ca alerta).
AZULAZUL
Indica Cuidado!, em avisos contra o uso e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço. Também é utilizado em canalizações de ar comprimido, prevenção contra movimentação acidental de qualquer equipamento em manutenção entre outros.
PÚRPURAPÚRPURA
Indica perigos de radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares. Também usada em portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou contaminados por radioatividade, sinais luminosos etc.
VERDEVERDE
Caracteriza segurança. Empregado para sinalizar canalizações de água, caixas de equipamento de primeiros socorros de urgência, chuveiros de segurança etc.
LILÁSLILÁS
Indica canalizações que contenham álcalis.
AMARELOAMARELO
Indica Cuidado!. Como fundo de letreiro e avisos de advertência, partes baixas de escadas portáteis, espelhos de degraus etc.
BRANCOBRANCO
Empregado em passarela e corredores de circulação, por meio de faixas, zonas de segurança, áreas de armazenagem, áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência etc.
PRETOPRETO
Empregado para indicar as canalizações de infl amáveis e combustíveis de alta viscosidade como óleo lubrifi cante, asfalto, piche etc.
LARANJALARANJA
Identifi ca canalizações contendo ácidos, partes móveis de máquinas, faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos etc.
CINZACINZA
Claro para identifi car canalizações de vácuo. Escuro na identifi cação de eletrodutos.
ALUMÍNIOALUMÍNIO
Utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, infl amáveis e combustíveis de baixa viscosidade.
MARROMMARROM
Pode ser adotado, a critério da empresa, para identifi car qualquer fl uido não identifi cável pelas demais cores.
21Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ
Incêndio
Algumas noções sobre o fogoO fogo é a consequência de uma rápida reação química
de oxidação, denominada combustão, que produz calor
ou calor e luz. Para que ocorra esta reação, devem existir,
no mínimo, dois reagentes que, a partir de uma situação
favorável, poderão se combinar. É o chamado, para fi ns
didáticos, triângulo do fogo, cujos elementos são:
Mais tarde, descobriu-se que a combustão se proces-
sa em cadeia, ou seja, após o início é mantida pelo calor
produzido pelas rupturas das moléculas do combustível
(pirólise) que resultam em produtos intermediários ins-
táveis (radicais) e os elétrons.
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
COMBURENTECOMBURENTE
É o oxigênio, isto é,
o que ativa e
intensifi ca o fogo.
COMBUSTÍVELCOMBUSTÍVEL
É o que alimenta a combustão e
permite a propagação do fogo,
ou seja, é o queimado.
CALORCALOR
É o que inicia a combustão e
incentiva a propagação do fogo.
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
É o oxigênio, isto é,
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
Os radicais reagem com as
moléculas do combustível e
os elétrons tornam o oxigênio
mais reativo, aumentando a
intensidade da oxidação.
As reações liberam calor, que
aumenta a intensidade da
combustão. Com esse fenômeno,
uma outra fi gura passou a ser
utilizada, o “quadrado do fogo”.
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
A reação em
cadeia
representa
o quarto
elemento
essencial.
A reação em
representa
elemento
essencial.
22Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS
BOLA NA REDEBOLA NA REDE
Métodos empregados para se interromper o fogoRESFRIAMENTORESFRIAMENTO
É o mais conhecido. Consiste em diminuir a temperatura do material em chamas até situá-la abaixo do ponto de combustão, quando não mais haverá o desprendimento de vapores, na quantidade necessária para sustentar a combustão.
ABAFAMENTOABAFAMENTO
Redução do oxigênio presente no ar, situado acima da superfície do combustível. Para corpos sólidos, abaixo de 13% de oxigênio a combustão ocorre lentamente, sem chamas, até que a concentração atinja 6%, quando a combustão não mais existirá.
INTERFERÊNCIA NA REAÇÃO EM CADEIAINTERFERÊNCIA NA REAÇÃO EM CADEIA
Conhecido como extinção química. O agente extintor reage com os produtos intermediários da combustão (radicais livres e elétrons), reduzindo a intensidade da combustão, até eliminá-la.
REMOÇÃO DO COMBUSTÍVELREMOÇÃO DO COMBUSTÍVEL
Não necessita de agente extintor. Consiste na retirada ou na interrupção do fl uxo do combustível que alimenta as chamas e daqueles ainda não atingidos pelo incêndio. Como exemplo pode ser citado o fechamento de válvulas.
DILUIÇÃODILUIÇÃO
Incêndio em líquido solúvel em água pode, em alguns casos, ser extinto por diluição. A proporção de água necessária à extinção varia em função do líquido.
EMULSIFICAÇÃOEMULSIFICAÇÃO
Quando dois líquidos não miscíveis são vigorosamente agitados há formação de emulsão, ou seja, dispersão e mistura das gotículas de ambos os líquidos. Esse fenômeno ocorre se a água na forma de jato for lançada na superfície de um líquido não miscível que possua baixa pressão de vapor, como é o caso dos óleos (minerais e vegetais). A emulsão, em geral, apresenta aspecto leitoso ou como espuma, que reduz a liberação de vapores do líquido aquecido.
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
diluição. A proporção de água necessária à extinção varia em função do líquido.
líquidos. Esse fenômeno ocorre se a água na forma de jato for lançada na superfície
dos óleos (minerais e vegetais). A emulsão, em geral, apresenta aspecto leitoso
BOLA NA REDE
Classes de Incêndio Os incêndios são divididos em quatro classes:
CLASSE ACLASSE A
São os que ocorrem em materiais combustíveis
comuns ( como tecidos, madeira, papel, fi bras, etc.), e
que têm a propriedade de queimar em sua superfície
e profundidade, e que deixam resíduos (cinzas).
CLASSE BCLASSE B
Ocorrem em líquidos e gases combustíveis e
infl amáveis, (óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina,
etc.), e que queimam somente em sua superfície, não
deixando resíduos.
CLASSE CCLASSE C
Ocorrem em equipamentos elétricos energizados,
(motores, transformadores, quadros de distribuição,
fi os, etc).
CLASSE DCLASSE D
Ocorrem em elementos pirofóricos (magnésio,
o zircônio, o titânio, lítio, etc.). Exigem, para sua
extinção, agentes extintores especiais que se fundem
em contato com o material combustível em chama,
formando uma capa que o isola do ar, interrompendo
a combustão.
23Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ
UMA LUZUMA LUZ
Os principais agentes de extinção são conhecidos como extintores de incêndio, em virtude da sua atuação sobre o fogo, conforme os métodos
expostos anteriormente, e são os seguintes substâncias:
ÁGUAÁGUA
Apresenta como característica principal a capacidade de diminuir a temperatura dos
materiais em combustão, agindo, portanto, por resfriamento, quando utilizada sob a
forma de jato. Pode também combinar uma ação de abafamento, se aspergida em
gotículas, isto é, sob a forma de neblina.
ESPUMAESPUMA
Pode ser química, quando resultante da mistura de duas substâncias (por exemplo,
bicarbonato de sódio e sulfato de alumínio, ambos em solução aquosa) ou mecânica
(extrato adicionado à água, com posterior agitação da solução para formação da
espuma). Sua ação principal é de abafamento, criando uma barreira entre o material
combustível e o oxigênio (comburente).
GÁS CARBÔNICOGÁS CARBÔNICO
Agente que atua por abafamento, reduzindo o oxigenio necessário a
combustão, também conhecido por dióxido de carbono ou CO2. É mais
pesado que o ar; no entanto, não é efi ciente em locais abertos eventilados.
PÓ QUÍMICOPÓ QUÍMICO
Seco comum (bicarbonato de sódio) atua por abafamento; é preferível
ao CO2 em locais abertos. Quando se trata de pós especiais, utilizados
na chamada “classe D”, eles se fundem em contato com o metal
pirofórico, formando uma “camada protetora” que isola o oxigênio,
interrompendo a combustão (existem pós químicos expecifi cos
para cada material).
Agentes extintores
. É mais
pesado que o ar; no entanto, não é efi ciente em locais abertos eventilados.
Seco comum (bicarbonato de sódio) atua por abafamento; é preferível
em locais abertos. Quando se trata de pós especiais, utilizados
OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Variante para CLASSE DCLASSE D
Utilizar o método de
abafamento por meio
de areia seca ou limalha
de ferro fundido.
CLASSE DE INCÊNDIO
TIPO DE EXTINTOR
ÁGUA ESPUMA CO2PÓ QUÍMICO
SECO
APapel Madeira Tecidos Fibras
Sim Sim Não Não
B
Óleo Gasolina Graxa Tinta GLP
Não Sim Sim Sim
CEquipamentos Elétricos Energizados
Não Não Sim Sim
DMagnésio Zircônio Titânio
Não Não Não Sim
Obs: um pó químico
especial
QUADRO
Utilização de extintores44
24Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS
Noções básicas de primeiros socorrosAcidentes acontecem e a todo o momento estamos ex-
postos a inúmeras situações de risco que poderiam ser
evitadas se, no momento do acidente, a primeira pessoa
a ter contato com o paciente soubesse proceder correta-
mente na aplicação dos primeiros socorros.
Muitas vezes esse socorro é decisivo para o futuro e a
sobrevivência da vítima.
Recomendações aos socorristas Procure sempre conhecer a história do acidente.
Peça ou mande pedir um resgate especializado enquan-
to você realiza os procedimentos básicos.
Sinalize e isole o local do acidente.
Durante o atendimento utilize, equipamentos que lhe
dêem proteção.
Sinalize o local para evitar outros acidentes e disperse
os curiosos.
QUADRO
Tipos de agentes extintores55
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
É preciso proteger e controlar o local do acidente:
Isolando-o e sinalizando-o
Iluminando-o, se for noite ou
se a região for pouco iluminada
Arejando-o, para que a vítima
receba ventilação
LINHA
VENTO
LINHA LINHA LINHA LINHA
VENTOVENTOVENTOVENTO
É preciso proteger e controlar
se a região for pouco iluminada
CLASSE COMBUSTÍVEL GÁS ÁGUA PRESSURIZADA
ESPUMA GÁS CARBÔNICO
PÓ QUÍMICO A PRESSURIZAR /
PRESSURIZADO
PÓ SECO ESPECIAL
A
B
C
D
Madeira Papel Tecido Papelão Algodão Fibras Lixo
Gasolina Óleo Querosene Tintas Graxas
Instalação elétrica energizada
Metais pirofóricos
Sim (ótimo)
Não (contra-
indicado): aumenta a área de incêndio
Não (perigoso):
conduz eletricidade
Não (provoca explosão)
Sim (ótimo)
Não (contra-
indicado): aumenta a área de incêndio
Não (perigoso):
conduz eletricidade
Não (provoca explosão)
Sim (regular)
Sim (ótimo)
Não (perigoso):
conduz eletricidade
Não (provoca explosão)
Sim (sem
grande efi ciência)
Sim (bom)
Sim (ótimo)
Não (inefi caz)
Sim (sem
grande efi ciência)
Sim (ótimo)
Sim (bom)
Não (inefi caz)
Sim (sem
grande efi ciência)
Sim (ótimo)
Sim (bom)
Não (inefi caz)
Sim (sem
grande efi ciência)
Sim (sem
grande efi ciência)
Sim (bom)
Sim (bom)
25Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS Senai-rJ
Avalie o estado geral da vítima e verifi que os sinais vitais:
Pulso
Respiração
Temperatura
Pupila
Nível de consciência
Sensibilidade do corpo, entre outros.
Efetue as técnicas de primeiros socorros de acordo com
cada caso.
Antes de adotar qualquer procedimento o socorrista
deve avaliar o estado geral da vítima e efetuar a técnica
específi ca para o caso dos primeiros socorros.
O controle das vias aéreas
Em algumas situações as vias aéreas podem fi car obstruídas
por sangue, vômitos, corpos estranhos (pedaços de dente,
próteses dentárias, terra) ou pela queda da língua para trás,
como acontece nos casos de convulsões e inconsciência.
O controle da ventilação
Restabelecer a respiração natural, caso esta tenha cessa-
do (parada respiratória) ou em caso de asfi xia.
O sinal indicativo da parada respiratória é a paralisa-
ção dos movimentos do diafragma (músculo que realiza
os movimentos do tórax e abdome).
Respiração boca-a-boca
Antes de aplicar a respiração boca-a-boca verifi que se há
obstrução das vias aéreas e proceda à desobstrução e apli-
que as manobras para facilitar a ventilação.
A restauração da circulação
Em algumas situações você poderá se deparar com casos
em que o coração da vítima deixou de pulsar, porém, com
possibilidade de restabelecimento, neste caso você deve
aplicar massagem cardiorespiratória.
Para tal, a forma mais correta de se diagnosticar a pa-
rada cardíaca será a verifi cação, cuidadosamente, do pul-
so da artéria carótida.
Os princípios básicos do atendimento de emergência
Rapidez no
atendimento
Reconhecimento
das lesões
Reparação das lesões
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE
DE ORDEM
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
Como agir em casos de emergência, algumas técnicas são válidas e podem ser aplicadas em todos os casos
Se a vítima sentir sede umedeça os lábios com gaze.
Não dê bebidas alcoólicas.
Mantenha-a deitada.
Mantenha a respiração.
Evite a perda de sangue.
Evite virá-la, empurrá-la ou puxá-la, para não agravar as
lesões ósseas.
Não retire do corpo objetos penetrantes, como vidros, etc.
Chame de imediato o atendimento especializado.
específi ca para o caso dos primeiros socorros.
26Qualidade, Meio aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Senai-rJ PrograMa de atualiZaçÃo teCnolÓgiCa de doCenteS
Transporte de acidentados
O transporte da vítima é de extrema importância e pode
ser decisivo para a sua sobrevivência.
Antes de transportá-la verifi que sempre:
Se está respirando
Se há hemorragia
Se há fraturas
Se existe traumatismo da coluna
Choque elétrico
Nunca toque na vítima até que ela seja separada da cor-
rente elétrica, ou que esta seja interrompida.
Se a corrente não puder ser desligada, coloque-se sobre
um pedaço de madeira e afaste a vítima com uma vara
de madeira ou bambu.
Queimaduras
São lesões decorrentes da ação do calor sobre o organismo.
Setenta por cento das queimaduras ocorrem no lar,
com crianças e pessoas idosas por descuido na manipu-
lação de líquidos superaquecidos.
Ferimentos
Os ferimentos acontecem com muita frequência em nos-
so cotidiano. No entanto, costumamos tratá-los de forma
incorreta. Muitas vezes damos prioridade ao uso de subs-
tâncias anti-sépticas em detrimento de adequada limpe-
za da ferida com água corrente e sabão comum.
Hemorragias
A hemorragia é a perda de sangue ocasionada pelo rom-
pimento dos vasos sanguíneos.
Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente.
Grandes perdas sanguíneas podem levar ao estado de cho-
que e à morte em poucos minutos.
Estado de choque
O estado de choque é uma situação
de risco que pode levar à morte e de-
corre, na maioria das vezes, de he-
morragias internas ou externas não
controladas adequadamente.
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
Consequências mais comuns nos casos de eletrocussão (Choque elétrico)
QUEIMADURASQUEIMADURAS
As queimaduras por corrente elétrica se propagam em
ondas, o que acarreta a continuidade das lesões, podendo
atingir planos mais profundos da pele mesmo após a
separação da vítima da corrente elétrica.
LINHA
VENTO
LINHA LINHA LINHA LINHA
VENTOVENTOVENTOVENTOOLHA AÍ!OLHA AÍ!
Agora você vai estudar O processo Mecânico de Usinagem. Boa sorte!
Agora você vai
Mecânico de
27ProPriedades mecânicas dos metais
ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
metais
características do ferro fundido
aços aço carbono
aços liga ou aços especiais
Propriedades dos aços ligas ou aços especiais
cobre
Latão
Bronze
alumínio
uma máquina pode fazer o trabalho de 50 pessoas
comuns. Nenhuma
máquina pode fazer o trabalho de uma pessoa extraordinária
El b E r t Hu bb a rd
“
Propriedades mecânicas dos metais
NESSE CAPíTULO vOCê ENCONTRANESSE CAPíTULO vOCê ENCONTRA22
28ProPriedades mecânicas dos metais
senai-rJ ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
MetaisOs metais são geralmente uma combinação de elemen-
tos metálicos e apresentam essas características:
São bons condutores de calor e eletricidade.
Não são transparentes à luz visível.
Têm aparência lustrosa quando polidos.
Geralmente são resistentes e deformáveis.
São muito utilizados para aplicações estruturais.
Qual o custo do produto acabado?
Um material pode reunir um conjunto ideal de pro-
priedades, porém com custo elevadíssimo.
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
Custo
É um dos
itens mais
importante
num produto
acabado.
BOLA NA REDEBOLA NA REDE
São muito utilizados para aplicações estruturais. São muito utilizados para aplicações estruturais.
Qualquer projeto requer, para a sua
viabilização, um vasto conhecimento das
características, propriedades e
comportamento dos materiais disponíveis.
Veja os critérios que se deve adotar para selecionar um
material entre muitos outros:
11 Conhecer as suas propriedades.
22 Condições de serviço (forças que atuam sobre ele).
33 Perda das proprieda des (tipo de degradação que o
material sofrerá em serviço)
44 O custo (consideração talvez mais convincente é
provavelmente a econômica).
VENTOVENTOVENTOVENTOVENTO
num produto
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE
DE ORDEM
Um exemplo para você guardar
Em elevadas
temperaturas e
ambientes corrosivos
diminuem
consideravelmente
a resistência
mecânica do material.
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
CLASSE PROPRIEDADES
Física
Química
Elétrica
Térmica
Ótica
Mecânica
Densidade Porosidade Teor de umidade
Alcalinidade Resistência à corrosão
Condutividade
Condutividade Expansão (Dilatação)
Cor Transmissão Refl exão de Luz
Resistência: Tração, compressão, cisalhamento e fl exão.
Elasticidade Plasticidade Ductilidade Dureza Tenacidade
cisalhamento e fl exão.
29ProPriedades mecânicas dos metais
ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
ElasticidadePropriedade do material
segundo a qual a deformação que ocorre em função da aplicação de tensão desaparece
quando a tensão é retirada.
Plasticidade Capacidade de o material
sofrer deformação permanente sem se romper.
Dureza Medida da resistência que um material apresenta ao ser pressionado por outro.
Tenacidade Refl ete a energia total
necessária para provocar a fratura do material ou a
capacidade que o material apresenta de absorver energia até a fratura.
Ductilidade Representa a medida do
grau de deformação suportada quando
da fratura do material.
Veja aqui os exemplos de resistência mecânica
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
Veja aqui os exemplos de resistência mecânica
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
A força ou a tensão de cisalhamento
tende a cortar o material.
Cisalhamento
Quando esta força provoca somente
uma deformação elástica no material,
dizemos que se trata de um esforço de fl exão.
Flexão
Consiste em submeter o material
a um esforço que tende a
alongá-lo até a ruptura.
Tração
É um esforço axial, que tende a
provocar um encurtamento do
corpo submetido a este esforço.
Compressão
EXEMPLOEXEMPLO
Viga bi apoiada com carregamento.
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
Confi ra algumas propriedades mecânicas dos metais
Tenacidade
LINHA
VENTO
LINHA LINHA LINHA LINHA
VENTOVENTOVENTOVENTOmecânicas dos metais
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Primeiros ensaios – Escala de Mohs
Habilidade de um material em riscar um outro mais macio.
Varia de 1 para o talco até 10 para o diamante. Plásticos são macios. Metais são duros. Cerâmicos possuem maior dureza.
Varia de 1 para o talco até 10 para o diamante.
30ProPriedades mecânicas dos metais
senai-rJ ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Características do ferro fundido
Ferro fundido cinzento
O carbono, neste tipo de ferro fundido, apresenta-se
quase todo em estado livre, sob a forma de palhetas pre-
tas e grafi ta.
Quando quebrado, a parte fraturada é escura, devido à
presença de grafi ta.
Apresenta elevadas porcentagens de carbono (3,5% a
5%) e de silício (2,5%).
Muito resistente à compressão. Não resiste bem à tração.
Fácil de ser trabalhado pelas ferramentas manuais e de
se usinado nas máquinas. Seu peso específi co é igual a
7,8 kg/dm3.
Funde-se a 1.200ºC, apresentando-se muito líquido, con-
dição que é a melhor para a boa moldagem de peças.
Pelas suas características, o ferro fundido cinzento
presta-se aos mais variados tipos de construção de peças
e de máquinas, sendo assim, é o mais importante sob o
ponto de vista da fabricação mecânica.
Para melhorar a resistência à tração é necessário adi-
cionar alguns elementos especiais, na sua composição
tais como o níquel, cromo, molibdênio, vanádio e titânio.
Estes ferros fundidos especiais tem uma resistência à tra-
ção superior a 50kg/mm2.
AçosOs aços podem ser divididos em duas grandes categorias:
Aços ao carbono Aços especiais
Aço carbono
Os aços carbono são ligas (Fe-C) que tem como elemen-
tos fundamentais o ferro e o carbono, apresentando pe-
quenas porcentagens de outros elementos, tais como si-
lício, manganês, fósforo, enxôfre, cobre, etc.
Aços liga ou aços especiais
São ligas de ferro mais carbono, além dos outros elementos
presentes nos aços carbono ( silício, manganês, enxofre, fós-
foro sobre as quais adicionamos elementos como o níquel
(Ni), cromo (Cr), tungstênio (W), vanádio (V), cobalto (Co),
molibdênio (Mo), com a fi nalidade de melhorar as proprie-
dades mecânicas e tecnológicas. Veja o quadro abaixo:
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETAPelas suas características, o ferro fundido cinzento
presta-se aos mais variados tipos de construção de peças
e de máquinas, sendo assim, é o mais importante sob o
Para melhorar a resistência à tração é necessário adi-
cionar alguns elementos especiais, na sua composição
tais como o níquel, cromo, molibdênio, vanádio e titânio.
Estes ferros fundidos especiais tem uma resistência à tra-
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
Propriedades dos aços ligas ou aços especiais
Resistência mecânica
Resistência ao calor
Resistência ao desgaste
Resistência de corte
Resistência à corrosão
Elétricas e magnéticas
Resiliência
Elasticidade
Temperabilidade
31ProPriedades mecânicas dos metais
ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
CobreA palavra cobre é derivada do cuprum (em latin), que sig-
nifi ca metal da ilha de Chipre, onde foi descoberto em seu
estado natural na antiguidade. Seu símbolo químico é Cu.
Atualmente, é obtido a partir de minérios, sendo mais
conhecidos os minérios sulfurados.
O cobre possui uma cor avermelhada é maleável, dúc-
til, bom condutor de calor e eletricidade.
LatãoÉ uma liga de cobre e zinco com a quantidade mínima de
50% de cobre. A sua cor é amarela e se aproxima bastan-
te da cor do cobre, quando na sua composição, a quanti-
dade de cobre aumenta.
QUADRO
Utilização geral do aço carbono11
35 a 45
45 a 55
55 a 65
65 a 75
75 a 100
0,05 a 0,15
0,15 a 0,30
0,05 a 0,15
0,40 a 0,60
0,60 a 1,50
Extra doce
Doce
Meio doce
Meio duro
Duro a extra duro
Negativa
Negativa
Má
Boa
Fácil
Grande
Regular
Difícil
Má
Péssima
Fácil
Regular
Difícil
Difi cílima
Negativa
Chapas, fi os, parafusos, tubos estirados, produtos de caldeiraria
Barras laminadas e perfi ladas, peças comuns de mecânica
Peças especiais de máquinas e motores, ferramentas para agricultura.
Peças de grande dureza, ferramentas de corte molas, trilhos
Peças de grande dureza e resistência, molas, cabos, cutelaria
_r kg/mm2 TEOR DE C (%) TIPO TEMPERABILIDADE MALEABILIDADE SOLDABILIDADE UTILIZAÇÃO
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
Conheça algumas propriedades do latão
Pode ser laminado ou trefi lado (em forma de fi o)
a frio e a quente, isto é, transforma-se em chapas,
fi os barras e perfi lados. Quando laminado ou trefi lado
a frio, aumenta em 1,8 a sua resistência e a sua dureza.
O latão pode ser fabricado em diversas durezas:
Macio Semiduro Duro
32ProPriedades mecânicas dos metais
senai-rJ ProGrama de atUaLiZaÇÃo tecnoLÓGica de docentes
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
BronzeÉ uma liga de cobre, estanho e outros metais como chum-
bo e zinco, sendo de 60% a quantidade mínima de cobre
na sua composição da liga.
PropriedadesPossuem segundo a composição da sua liga, boas carac-
terísticas de deslizamento e de condutibilidade elétrica.
São resistentes à corrosão e ao desgaste.
AlumínioÉ o metal não ferroso mais importante. Seu símbolo quí-
mico é Al. Depois do ferro é o metal de maior consumo.
As principais razões do grande emprego do alumínio são
a sua leveza e a sua resistência.
O alumínio quimicamente puro, além de não encon-
trar aplicações na construção de elementos de máquinas
ou de estruturas, é difícil de se obter. Considera-se tecni-
camente puro o metal com 99% a 99,5% de Al e o restan-
te de impurezas, entre as quais se destacam o ferro (Fe) e
o silício (Si).
Fazem parte do grupo de ligas de alumínio de grandes
aplicações, as ligas de Al-Mn (aluman) e Al-Mg (peralu-
man) que constituem uma numerosa série de ligas para
fundição, e para semi-acabados (laminados, trefi lados,
extrudidos, entre outras ligas) amplamente empregados
na indústria automobilística e aeronáutica.
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
A classifi cação do bronze é em função dos seus componentes que podem ser:
Bronze de estanho
Bronze de alumínio
Bronze de manganês
Bronze de chumbo
Bronze de zinco
Bronze fosforoso
Bronze de manganêsNA
LINHA DO
VENTO
NA LINHA
DO VENTO
Agora que você viu tudo
sobre Propriedades mecânicas
dos metais você está
preparado para estudar o
Processo mecânico de
usinagem (torneamento), que
é o nosso próximo capítulo.
NA LINHA
DO VENTO
NA NA NA NA LINHA LINHA LINHA LINHA
DO DO DO DO VENTOVENTOVENTOVENTO
sobre Propriedades mecânicas
usinagem (torneamento), que
é o nosso próximo capítulo.
33O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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A beleza de ser
um eterno aprendiz
Go n z a G u i n h a
“
O processo mecânico de usinagem: torneamento
A importância do torneamento no contexto dos processos mecânicos de usinagem
Movimentos principais
Tipos de tornos
Equipamentos e acessórios
Tipos de ferramentas para tornear
Materiais das ferramentas
Geometria de corte da ferramenta
NESSE CApíTULO vOCê ENCONTRANESSE CApíTULO vOCê ENCONTRA33
34O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
SENAI-RJ PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES
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a importância do torneamento no contexto dos processos mecânicos de usinagemQuando estudamos a história do homem, percebemos
que os princípios de todos os processos de fabricação são
muito antigos.
Eles são aplicados desde que o homem começou a fa-
bricar suas ferramentas e utensílios, por mais rudimen-
tares que eles fossem.
Um bom exemplo é o processo mecânico de usinagem
de torneamento. Ele se baseia em um dos princípios de
fabricação dos mais antigos, usado pelo homem desde a
mais remota antiguidade, quando servia para a fabrica-
ção de vasilhas de cerâmicas.
Esse princípio baseia-se na rotação da
peça sobre seu próprio eixo para a produ-
ção de superfícies cilíndricas ou cônicas.
Apesar de muito antigo, pode-se dizer
que este princípio só foi efetivamente
usado para o trabalho de metais no co-
meço do século passado. A partir de
então, tornou-se um dos processos
mais completos de fabricação mecânica, uma vez que per-
mite conseguir a maioria dos perfi s cilíndricos e cônicos
necessários aos produtos da indústria mecânica.
Então, vamos em frente.
O torneamento, como todos os demais trabalhos exe-
cutados com máquinas-ferramentas, acontece mediante
a retirada progressiva do cavaco da peça a ser trabalhada.
O cavaco é gerado por uma ferramenta de um só gume
cortante, que deve ter uma dureza superior à do material
a ser cortado.
Observe a Figura 1. A ferramenta penetra na peça que
possui somente um tipo de movimento: o rotativo, ou de
giro uniforme ao redor do eixo A que permite o corte con-
tínuo e regular do material. A força necessária para reti-
rar o cavaco é feita sobre a peça, enquanto a ferramenta,
fi rmemente presa ao porta-ferramenta, contrabalança à
reação dessa força.
figura
Movimentos do torneamento11
A norma NBR 6175:1971
classifi ca torneamento
como o processo
mecânico de usinagem
destinado à obtenção de
superfícies de revolução
com auxílio de uma ou
mais ferramentas
monocortantes. Para
tanto, a peça gira em
torno do eixo principal
de rotação da máquina e
a ferramenta se desloca
simultaneamente
segundo uma trajetória
coplanar com o
referido eixo.
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Esse princípio baseia-se na rotação da
peça sobre seu próprio eixo para a produ-
ção de superfícies cilíndricas ou cônicas.
Apesar de muito antigo, pode-se dizer
que este princípio só foi efetivamente
a ferramenta se desloca
simultaneamente
segundo uma trajetória
coplanar com o
referido eixo.
35O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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Cavaco
Material que
é removido
da peça pela
ferramenta,
quando ela está em ação.
Tem formatos e tamanhos
diferentes, conforme o
trabalho e o material
utilizado.
Máquina-ferramenta
É uma máquina que
utiliza ferramentas
para realizar o corte.
É comumente conhecida
como máquina operatriz.
Movimentos principaisAs formas que a peça recebe são provenientes dos movi-
mentos coordenados e relativos entre peças e ferramenta.
Movimento de corte (ou principal)O movimento de corte ou principal é realizado pela pró-
pria peça no processo de de torneamento, através de seu
movimento giratório.
A velocidade do movimento de corte ou principal cha-
ma-se velocidade de corte (Vc) e ela é dada ou medida no-
malmente em m/mim.
BOLA NA REDEBOLA NA REDE
Para executar o torneamento, são necessários três movimentos relativos (figura 2) entre a peça e a ferramenta. São eles:
MOVIMENTO DE CORTEMOVIMENTO DE CORTE
É o movimento principal que permite cortar o material.
O movimento é rotativo e realizado pela peça.
MOVIMENTO DE AVANÇOMOVIMENTO DE AVANÇO
É o movimento que desloca a ferramenta ao longo da super-
fície da peça.
MOVIMENTO DE PENETRAÇÃOMOVIMENTO DE PENETRAÇÃO
É o movi mento que determina a profun didade de corte ao se
empurrar a ferra menta em dire ção ao interior da peça e assim
regular a profundidade do passe e a espessura do cavaco.
figuraMovimentos empregados no torneamento22
Vamos, então, estudar melhor tais movimentos
Como dissemos antes, em toda máquina-ferramenta há três movimentos distintos:
Movimento de corte
(ou principal).
Movimento de avanço.
Movimento de
aproximação e
penetração.
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
O movimento é rotativo e realizado pela peça.O movimento é rotativo e realizado pela peça.
É o movimento que desloca a ferramenta ao longo da super-É o movimento que desloca a ferramenta ao longo da super-
fície da peça.fície da peça.
É o movi mento que determina a profun didade de corte ao se É o movi mento que determina a profun didade de corte ao se
empurrar a ferra menta em dire ção ao interior da peça e assim empurrar a ferra menta em dire ção ao interior da peça e assim
regular a profundidade do passe e a espessura do cavaco.regular a profundidade do passe e a espessura do cavaco.
36O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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Movimento de avançoNo processo de torneamento, esse tipo de movimento é
contínuo, mas também pode ser intermitente em sequên-
cia de cortes, como na operação de aplainar.
A espessura do cavaco depende do movimento de
avanço e a grandeza, basicamente, das características da
ferramenta, e, principalmente, da qualidade exigida da
superfície usinada. O movimento de avanço é feito pelo
operador, mas pode ser automática também.
Movimento de aproximação e penetraçãoO movimento de aproximação e penetração serve para
ajustar a profundidade (P) de corte, e, juntamente com o
movimento de avanço (A), para determinar a secção do
cavaco a ser retirado, como, no exemplo da Figura 3. Es-
se movimento pode ser realizado manual ou automatica-
mente e depende da potência da máquina, assim como
da qualidade exigida da superfície a ser usinada.
Veja, na Figura 3, uma representação desses três movi-
mentos, acompanhando o sentido das setas Vc (para indi-
car o movimento de corte), a (para indicar o movimento
de avanço) e p (para indicar o movimento de penetração).
São vários os fatores que infl uem na velocidade do corte:
Material da peça Material duro – baixa Vc
Material mole – alta Vc
Material da ferramenta Muito resistente – alta Vc
Pouco resistente – baixa Vc
Acabamento superfi cial desejado
Tempo de vida da ferramenta
Refrigeração
Condições da máquina e de fi xação
O ajuste da profundidade
de corte (P) normalmente
é medido por meio
de uma escala
graduada
conectada ao fuso
(anel graduado).
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
figuraRepresentação dos movimentos principais33
A = Avanço em (mm/rat.)
P = Profundidade em (mm)
Vc = Velocidade de corte em (m/min)
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
de corte (P) normalmente
é medido por meio
conectada ao fuso
(anel graduado).
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figura
figura
Secção de cavaco
Composição das forças
4
5
4
5
S = A . p em mm²S = Secção (área) do cavaco (mm²)
Em máquinas modernas, esses movimentos são hi-
dráulicos e/ou eletro-hidráulicos. Em máquinas com co-
mando numérico, todos esses movimentos são coman-
dados por elementos eletrônicos.
Agora que você conheceu os principais movimentos
no processo de torneamento, vamos melhor exemplificar
as forças neles envolvidas.
Secção do cavacoA secção (área) do cavaco (S) no processo de usinagem é
calculada em função da profundidade (P) e do avanço (A)
(Figura 4).
Composição das forças de corteDurante a formação de cavacos, forças geradas pelo cor-
te atuam tanto na ferramenta quanto na peça.
Tais forças devem ser equilibradas, em direção e sen-
tido, pela peça e pelos dispositivos de fixação da má-
quina. A Figura 5 ilustra a representação espacial des-
sas forças que podem ser aplicadas a outros processos
de usinagem.
a
p
Fp
FA
FC
FR
F
FR = FP + FA
F = FC + FR
LegendaLegenda
Fc = Força de corte
Depende do material e dos
ângulos da ferramenta
Fa = Força de avanço
Fp = Força causada pela penetração
Fr = Força resultante de Fp + Fa
F = Força total para cortar
É a resultante de Fc + Fr
Ela influi na fixação da peça
e da ferramenta
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A força de corte Fc é básica para cálculos de potência
e é calculada em função da secção do cavaco e do mate-
rial a ser utilizado, aplicando Ks, força específi ca, à fór-
mula. Os valores de Ks de cada material são determina-
dos e tabelados.
Como vimos até então, o processo de usinagem exige
um circuito fechado de força entre peça e ferramenta. Por
isso, para obter boas superfícies é preciso que este circui-
to seja o mais rígido possível.
A necessidade de movimentos relativos ferramenta-
peça (velocidade de corte, avanço e penetração) preconi-
za necessidade de máquinas-ferramenta de guiamento
robustas que garantam a trajetória desejada e dispositi-
vos de regulagem de folga dos deslocamentos durante a
usinagem, entre outros.
Mais a frente, estudaremos os principais parâmetros
de corte. Nesse momento, será detalhado o cálculo da sec-
ção de corte e as forças envolvidas no processo.
A origem da palavra torno é latina:
tornus. Este termo designava a
máquina para tornear marfi m,
madeira etc., originando o sentido
de “forma arredon dodada”,
“movimento circular”. É esta
a ideia presente em expressões
como: em torno de (ao redor de)
e letra bem torneada
(= bem feita).
A máquina-ferrramenta que estamos discutindo nes-
te material denomina-se torno. Daí falamos em processo
de torneamento
Fc = Força de corte (N)
S = Área da secção do cavaco (mm²)
Ks = Força específi ca de corte do material (N/mm²)
Fc = S . Ks
UMA LUZUMA LUZ
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
São vários os fatores que infl uem no acabamento superfi cial da peça. Veja alguns.
Processo de usinagem
Aspecto construtivo da máquina
Velocidade de corte
Ferramenta (material, ângulos, afi ação, etc.)
Refrigeração e suas propriedades (resfriar, lubrifi car,
transportar cavacos etc.)
NA LINHA
DO VENTO
NA NA NA NA LINHA LINHA LINHA LINHA
DO DO DO DO VENTOVENTOVENTOVENTO
acabamento superfi cial da peça. Veja alguns.
tornus. Este termo designava a
máquina para tornear marfi m,
madeira etc., originando o sentido
de “forma arredon dodada”,
“movimento circular”. É esta
a ideia presente em expressões
como: em torno de (ao redor de)
e letra bem torneada
(= bem feita).
LUZ
39O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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Tipos de torno e suas aplicaçõesDependendo da peça a ser usinada, das operações re-
queridas nesse processo e do tipo de peça, se específi -
ca ou seriada, escolhe-se o torno mais adequado. Apre-
sentamos, a seguir, os principais tipos de tornos e os
princípios a eles relacionados. Mostraremos, primeira-
mente, o torno universal, suas partes e seu funciona-
mento, que são básicos para a compreensâo dos demais
tipos de tornos.
Torno mecânico universalEmbora possua grande versatilidade, este tipo de torno
não oferece grandes possibilidades de fabricação em sé-
rie, devido à difi culdade que apresenta com as mudanças
ou troca de ferramentas. Ele pode executar operações que
normalmente são feitas por outras máquinas como a fu-
radeira, a fresadora e a retifi cadora, com adaptações rela-
tivamente simples.
O torno universal, con-
forme Figura 6, é o tipo
mais simples que existe.
Estudando seu funciona-
mento, é possível enten-
der o funcionamento de
todos os outros, por mais
sofi sticados que sejam.
Esse torno possui eixo e barramento horizontal e tem
capacidade de realizar todas as operações:
Faceamento
Torneamento de superfícies cilíndricas e cônicas (interna
e externa)
Abrir rosca (interna e externa)
Furação
Corte
Uma dicaTorno é uma máquina-ferramenta
no qual geralmente são usadas
ferramentas monocortantes.
figura
Torno universal66
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
O torno universal, con-
forme Figura 6, é o tipo
mais simples que existe.
Estudando seu funciona-
mento, é possível enten-
der o funcionamento de
todos os outros, por mais
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Assim, basicamente, todos os tornos, respeitadas suas
variações de dispositivos ou dimensões exigidas em cada
caso, apresentam as seguintes partes principais; no que
se deno mina corpo de máquina: barramento (Figura 7),
cabeçote fi xo ou árvore (Figura 8) e móvel, caixas de mu-
dança de velocidade.
As partes que compõem o corpo da máquina e as
que fazem parte do torno são as responsáveis pelo
desenvolvimento dos sistemas destacados abaixo:
figura
figura
figura
Barramento
Cabeçote fi xo ou árvore
Fixação de ferramentas
7
8
9
7
8
9
BOLA NA REDEBOLA NA REDE
Sistema de transmissão de movimento do eixo:
motor, polia, engrenagens, redutores.
Sistema de deslocamento da ferramenta e
de movimentação da peça em diferentes
velocidades: engrenagens, caixa de câmbio,
inversores de marcha, fusos, vara etc.
Sistema de fi xação da ferramenta (Figura 9):
torre, carro porta-ferramenta, carro transversal,
carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.carro principal ou longitudinal.
Sistema de fi xação da peça:
placas e cabeçote móvel.
Sistema de comandos
dos movimentos e
das velocidades:
manivelas e alavancas.
Sistema de frenagem
(Figura 10)
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Detalhando algumas partes do tornoA Figura 11 detalha as principais partes de
um torno mecânico hori zontal.
Placa universalServe para fixar as peças cilíndricas ou com
número de lados múltiplo de três.
O ajuste ou perfeito encaixe da peça na
placa universal é feito com uma chave en-
caixada no parafuso de aperto da placa
(Figura 12).
Placa universalPorta ferramenta
Carro transversalEspera (Carro superior)
Cabeçote móvel
Barramento
Carro longitudinal ou principal
Pé de torno (traseiro)
Pé de torno(dianteiro)
Cabeçotefixo
Bandeja
Castanhas
Chave
figura figura
figura
Sistema de frenagem Torno horizontal
placa universal
10 11
12
10 11
12Confira o detalhe do ajuste encaixe
42O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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As placas universais possuem dois tipos de castanhas.
Confi ra as diferenças delas na Figura 13.
figura
Tipos de castanhas1313
Para prender peças de grande diâmetro
Para prender peças de diâmetro menor
11As castanhas
são numeradas
e devem ser
montadas na
placa pela ordem
de numeração
correspondente
(Figura 14).
22Porta-ferramenta
É a parte na qual
onde se fi xa a
ferramenta de corte
(Figura 15).
figura
figura
Montagem da castanha
porta ferramenta
14
15
14
15CASTANHA INVERTIDACASTANHA INVERTIDA CASTANHA COMUMCASTANHA COMUM
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
CastanhaÉ a parte da placa
usada para fi xar
a peça a ser
trabalhada.
É a parte da placa
usada para fi xar
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE
DE ORDEM
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Cabeçote móvel
Esta parte serve para prender a contraponta, a broca de
haste cônica, os mandris etc. O cabeçote móvel deve
trabalhar alinhado com a placa. O alinhamento é feito
com um parafuso em sua base. Veja estes itens nas Fi-
guras 16 e 17.
Barramento
Suporta as partes principais do torno e está situado sobre
os pés da máquina-ferramenta. O carro longitudinal e o
cabeçote móvel se deslocam sobre ele. O barramento ser-
ve de referência para indicar os movimentos longitudinal
e transversal (Figura 18).
Transversal
Longitudinal
MangoteAlavanca de fi xação do mangote
Contraponte
Volante de avanço e recuo do Mangote
Parafuso de fi xação do cabeçote
Barramento
BarramentoParafuso de regulagem
figura figura
figura
Barramento Alinhamento do cabeçote móvel
Cabeçote móvel
18 17
16
18 17
16
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
As Figuras
16 e 17
mostram
o cabeçote
móvel
em dois
momentos
VENTOVENTOVENTOVENTOVENTOmostram
o cabeçote
em dois
momentos
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Cabeçote fi xoEsta parte possui, no seu interior, conjuntos de engrena-
gens que servem para a mudança de velocidade e o avan-
ço automático do carro longitudinal.
A mudança da velocidade é feita pelas alavancas ex-
ternas. O cabeçote fi xo recebe movimento de um motor
elétrico, através da transmissão do movimento, feito por
polias e correias.
Carro longitudinal Esta parte trabalha ao longo do barramento (Figura 20).
Seu movimento pode ser feito manualmente, por meio do
volante, ou automaticamente.
fuso
Tem por função controlar o movimento do carro longitu-
dinal. É usado para abertura de rosca.
figura figura
Cabeçote fi xo Carro longitudinal19 2019 20Movimento de espera
Movimento docarro transversal
Espera
Carro transversal
Manivela B
Carro longitudinal
Alavanca de partida (rotação)
Para baixo engate o carro transversal
Alavanca 1 de engate da vara
Para cima engata o carro longitudinal
Alavanca 2 de engate de fuso (para abrir rosca)
Volante do carro longitudinal
Movimento do carro longitudinal
Fuso
Vara
Manivela A
Porta ferramentas
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEA mudança de velocidade varia de acordo com o modelo da máquina
Esta parte possui, no seu interior, conjuntos de engrena-
gens que servem para a mudança de velocidade e o avan-
A mudança da velocidade é feita pelas alavancas ex-
ternas. O cabeçote fi xo recebe movimento de um motor
elétrico, através da transmissão do movimento, feito por
BATER DE FRENTEA mudança de velocidade varia de acordo com o modelo da máquina
45O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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Vara
Esta parte movimenta o carro longitudinal e transversal
para desbastar a peça (automático).
Carro transversal
Trabalha transversalmente ao barramento, sobre o carro
longitudinal. Seu movimento pode ser manual, por meio
de manivela A, ou automático, engatando-se a alavanca
1 (para baixo). Estas partes são visíveis na Figura 20.
É usado para dar profundidade de corte no torneamen-
to longitudinal ou para facear.
Espera
Trabalha sobre o carro transversal. Sobre ela está o porta-
ferramenta. Seu movimento é feito por meio da manive-
la B (ver Figura 20).
É usada para dar profundidade de corte, manualmen-
te, principalmente no faceamento de peças, ou para o tor-
neamento cônico de peças pequenas, através da inclina-
ção da espera.
Barramento
Recuo
Errado
CertoCerto
figura
figura
Suporte de ferramenta
Espera: o certo e o errado
22
21
22
21
UMA LUZUMA LUZ
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
Nas Figuras
21 e 22 você
vai ver
detalhes úteis
LINHA
VENTO
LINHA LINHA LINHA LINHA
VENTOVENTOVENTOVENTO
detalhes úteis
A espera não deverá ser recuada além do seu barramento. Observe na Figura 21 o certo e o errado.
Suporte de ferramenta
Esta parte é destinada
a prender ferramentas
de corte. Veja a
Figura 22 ao lado.
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Suporte de ferramenta
Esta parte é destinada
a prender ferramentas
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anel graduado
Esta parte tem como função controlar o movimento dos
carros. Para remover certa espessura de material, ou seja,
“dar um passe”, o torneiro necessita fazer avançar a ferra-
menta contra a peça, na medida determinada. A fi m de
que o trabalho se execute de modo preciso, a medida da
espessura a ser removida deve ser fi xada e garantida por
um mecanismo que, além de produzir o avanço, permita
o exato e cuidadoso controle desse avanço.
Os dois mecanismos 11 e 22 no quadro ao lado, possi-
bilitam o avanço de ferramenta por meio de um sistema
parafuso-porca. O parafuso gira entre buchas fi xas, pela
rotação de um volante ou de uma manivela. Com o giro
do parafuso, a porca (que é presa à base do carro) deslo-
ca-se e arrasta o carro, fanzendo-o avançar ou recuar, con-
forme o sentido do parafuso.
O controle dos avanços, em ambos os carros, se faz por
meio de graduações circulares existentes em torno de bu-
chas ou anéis cilíndricos, solidários com os eixos dos para-
fusos de movimento, e junto aos volantes ou às manivelas.
figura
Carro transversal2323
Espera
Carro transversal
Anel graduado do carro transversal
Anel graduado da esperaBOLA NA REDEBOLA NA REDE
o exato e cuidadoso controle desse avanço.
BOLA NA REDE
O torno mecânico possui, em dois lugares diferentes, mecanismos que atendem a tais condições:
11 No carro transversal, cujo deslocamento
é sempre perpendicular ao eixo da peça
ou à linha de centros do torno, como
pode ser visto na Figura 23.
22 Na espera, onde se situa o
porta-ferramenta; ela pode ser inclinada
a qualquer ângulo, pois sua base é
rotativa e dispõe de graduação angular.
Alguns
tornos
mecânicos
possuem
colares micrométricos
no volante do carro
longitudinal,
facilitando o controle
de deslocamento
longitudinal.
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
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figura
figura
Detalhes da torre revólver
Torno revólver
25
24
25
24Os anéis graduados, chamados “colares micrométri-
cos”, são os dispositivos circulares que determinam e con-
trolam as medidas em que se devem avançar os carros,
mesmo que os avanços tenham de ser muitos pequenos.
Agora que você conhece as principais partes do torno
mecânico universal, que são comuns a todos os tornos,
passaremos a novos tipos de tornos mecânicos, nos quais
o diferencial é a capacidade de produção (se é automáti-
co ou não); o tipo de comando (manual, hidráulico, ele-
trônico, por computador, entre outros). Nesse grupo se
enquadram os tornos revólver, copiadores, automáticos
ou por comando numérico computadorizado.
Torno revólverA característica fundamental do torno revólver é o emprego
de várias ferramentas, convenientemente dispostas e pre-
paradas, para executar as operações
de forma ordenada e sucessiva. Ve-
ja a Figura 24. Verifi que as legendas.
As ferramentas adicionais são
fi xadas em um dispositivo chama-
do torre revólver (Figura 25). Es-
sas ferramentas devem ser mon-
tadas da forma sequencial e racio-
nalizada para que se alcance o ob-
jetivo visado.
A B C
A – Torre anterior
B – Carro revólver
C – Torre revólver
LegendaLegenda
1. Facear
2. Tornear
3. Furar
4. Tornear interno
5. Formar
6. Chanfrar
7.Tornear externo
8. Tornear rosca
9. Formar
10. Cortar
LegendaLegenda
10 3 9 8 2 5 7
6
4
1
1
2
9
10
4 5
6
3
8
7
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
A torre normalmente
é hexagonal, podendo
receber até seis
ferramentas; porém,
se for necessário uma
variedade maior, a troca de
equipamentos se processa
de forma rápida.
paradas, para executar as operações
de forma ordenada e sucessiva. Ve-
ja a Figura 24. Verifi que as legendas.
As ferramentas adicionais são
fi xadas em um dispositivo chama-
do torre revólver (Figura 25). Es-
sas ferramentas devem ser mon-
48O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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TORNEARIA MECÂNICA
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Torno de placa ou platôO torno de placa ou platô é amplamente utilizado nas em-
presas que executam trabalhos de mecânica e caldeiraria
pesada. É adotada para torneamento de peças de grande
diâmetro, como polias, volantes, fl anges, entre outras pe-
ças. Veja a Figura 26.
Torno verticalPossui o eixo de rotação vertical e é empregado no torne-
amento de peças de grandes dimensões, como volantes,
polias, rodas dentadas, entre outras peças.
figura
figura
Torno de placa ou platô
Torno vertical
2627
2627
A
B
D
E
A – Cabeçote
B – Placa
C – Sela
D – Porta-ferramenta
E – Carros
A – Porta-ferramentas vertical
B – Porta-ferramentas horizontal
C – Placa
D – Travessão
E – Montante
F – Guia
E
C
B
A
D
F
No torno vertical
peças de grande
dimensões e devido
ao peso, podem ser
montadas mais
facilmente sobre uma
plataforma horizontal
do que sobre uma
plataforma vertical.
Ver Figura 27.
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE
DE ORDEM
49O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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Torno CNCOs tornos automáticos, muito utilizados na fabricação
de grandes séries de peças, são coman dados por meio
de cames, excêntricos e fi m de curso. O seu alto tem-
po de preparação e ajuste, para início de nova série de
peças, faz com que ele não seja viável para médios e
pequenos lotes, daí o surgimento das máquinas CNC
(comando numérico computadorizado). Ver Figura 29.
Torno copiadorNeste torno, os movimentos que defi nem a geometria da
peça são comandados por mecanismos que copiam o con-
torno de um modelo ou chapelona.
No copiador hidráulico, um apalpador, em contato
com o modelo, transmite o movimento através de um am-
plifi cador hidráulico que movimenta o carro porta-ferra-
mentas (Figura 28).
ABCD
GHFE
figura figura
Detalhe do torno copiador Torno CNC28 2928 29
Válvula direcional 4/2
Bomba ApalpadorChapelona
Carro porta-ferramenta
Avanço
60º
A – Placa
B – Cabeçote principal
C – Vídeo display
D – Programação
E – Painel de operação
F – Barramento
G – Cabeçote móvel
H – Torre porta-ferramenta
Cames excêntricos e fi m de curso, são peças que fazem parte do sistema de controle dos movimentos rotativos e retilíneos do torno CNC.
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
do sistema de controle
rotativos e retilíneos
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
O torno copiador
tem grande
aplicabilidade e
não deve ser
utilizado em
produções de
peças pequenas,
por ser
antieconômico.
50O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
SENAI-RJ PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES
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TORNEARIA MECÂNICA
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BOLA NA REDEBOLA NA REDE
Há uma série de equipamentos que são adotados pa-
ra uso com o torno. Vejamos alguns deles.
Equipamentos e acessórios Apresentaremos o detalhamento dos equipamentos e
acessórios que são considerados os principais.
Contraponto (fi xo) e ponto rotativoUtilizados nas operações de torneamento que requerem
fi xação entre pontos de torno (Figura 31). O ponto rotati-
vo é fi xado no cabeçote móvel, assim como o contrapon-
to. A diferença é que o contraponto fi xo é usado para tor-
neamento em baixas rotações e com lubrifi cantes.
A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados
tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como
tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).
figura
ponto rotativo3131
Torno CNC Multiplicfigura
2626
M Ó D U L OTORNEARIA MECÂNICAM Ó D U L OTORNEARIA MECÂNICAM Ó D U L O
A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados A tecnologia avança a passos largos. Atualmente, já são comercia lizados
tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como tornos CNC com múltiplas funções, que podem ser usados tanto como
tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).tornos convencionais ou como torno CNC tradicional (Figura 30).
figura
26262626
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Atualmente nos
trabalhos de
usinagem
é mais
usado o
ponto
rotativo.
trabalhos de
usinagem
rotativo.
51O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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Placa universalApesar de ser uma parte do torno, a placa universal é
um equipamento muito comum e importante nos tra-
balhos de torneamento, sendo a mais utilizada das pla-
cas. Daí, a elencarmos aqui entre os equipamentos.
Possui três castanhas que efetuam o aperto da peça si-
multaneamente e sua consequente centra lização. Po-
de efetuar fixação em diâmetros internos e externos
(Figura 32).
Placa de arrasteEste equipamento é usado no torneamento de peças fixa-
das entre pontas, em que se pretende manter a maior con-
centricidade no comprimento total torneado (Figura 33).
Placa de quatro castanhasUtilizada na fixação de peças de perfis irregulares, pois
suas castanhas de aperto podem ser acionadas separada-
mente, oferecendo condições de centragem da região que
se pretende usinar (Figura 34).
Placa planaUtilizada na fixação de peças irregulares com auxílio de
alguns dispositivos. Como vemos na Figura 35, a placa
plana amplia as possibilidades de fixação de peças de for-
mato irregular que necessitam ser torneadas.
Contra-peso
Placa
figura
figura
figura
figura
placa universal
placa de quatro castanhas
placa de arraste
placa plana
32
34
33
35
32
34
33
35
52O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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Luneta fixaTem grande utilidade quando pretende-
mos tornear eixos longos de pequenos diâ-
metros. Atua como mancal, e evita que a
peça saia de centro ou vibre com a ação da
ferramenta (Figura 36).
Luneta móvelÉ utilizada em eixos de pequenos diâme-
tros, os quais são sujeitos a flexões e vibra-
ções na usinagem (Figura 37).
Mandril pinçaEste acessório de fixação é amplamente utilizado quan-
do se pretende tornear eixos de diâmetros pequenos, por
oferecer grande precisão na concentricidade. Ele permi-
te rápidas trocas de peças e é comumente encontrado em
tornos automáticos (Figura 38).
figura figura
Luneta fixa Luneta móvel36 3736 37Parafuso de ajuste Força
figura
figura
Mandril pinça
Mandril expansivo
38
39
38
39
Funciona como mancal e deve ser mon-
tada junto da ferramenta, para evitar vi-
brações e flexões, pois tais movimentos
anulam as forças de penetração da fer-
ramenta.
Mandril expansivoÉ utilizado na fixação de peças que terão
seu diâmetro externo totalmente tornea-
do. Visa manter uniformidade na superfí-
cie (Figura 39).
53O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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Mandril paralelo de aperto com porcaÉ utilizado na fi xação de uma ou várias peças por vez. Ve-
ja dois esquemas na Figura 40.
Tipos de ferramentas para tornearAs ferramentas utilizadas no processo de torneamento
podem ser classifi cadas em dois grandes grupos: usadas
no torneamento externo e no torneamento interno.
Torneamento externoHá diversos tipos de ferramentas para tornear externa-
mente. As suas formas, os ângulos, os tipos de operações
que executam e o sentido de corte são os fatores que as
caracterizam e as diferenciam entre si.
Mandril porta-brocaÉ utilizado para fi xar brocas no trabalho de furação. Ele é
fi xado, geralmente, no cabeçote móvel.
figuraMandril paralelo de aperto com porca4040
Peças
MandrilArruela
Calça
Arruela ajustáveis
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
O sentido do corte é considerado sentido à direita
quando a ferramenta se deslocar em direção à
árvore (cabeçote fi xo). Observe a Figura 41.
Sentido de cortefigura
4141
À direita
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
Até este
ponto, você
teve contato
com os
diferentes
tipos de
torno e as
suas partes e
acessórios
principais. Passaremos a
outro tópico importante:
As ferramentas utilizadas
no torno para se efetuar
o torneamento.
VENTOVENTOVENTOVENTOVENTOteve contato
suas partes e
O sentido do corte é considerado sentido à direita
quando a ferramenta se deslocar em direção à
54O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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Tornear com hasteroscar
formarSangrar
alisar
Torneamento internoAs ferramentas utilizadas para tornear internamen-
te podem ser de corpo único, com pontas monta-
das ou com insertos. Podemos adotá-las nas ope-
rações de desbaste ou de acabamento, variando os
ângulos de corte e a forma da ponta. Elas recebem
o nome de bedame. Veja elas na Figura 43 ao lado.
figura
Ferramentas para torneamento externo4242
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1. Cortar
2. Cilindrar à direita
3. Sangrar
4. Alisar
5. Facear à direita
6. Sangrar
7. Desbastar à direita
8. Cilindrar e facear à esquerda
9. Formar
10. roscar
figuraFerramentas para torneamento interno4343
Desbastar
Sangrar
roscar
alisar
formar
Tornear com haste
Desbastar
Sangrar
roscar
alisar
formar
Tornear com haste
A Figura 42 acima ilustra
algumas ferramentas
para torneamento
externo, com setas
indicando o sentido
do movimento.
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
A Figura 42 acima ilustra
algumas ferramentas
OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!
55O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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Materiais das ferramentas Os materiais dos quais as ferramentas de corte são feitas
são os responsáveis pelo seu desempenho e conferem-
lhes características físicas e propriedades mecânicas.
Os materiais mais comuns são: aço-carbono, aço rápi-
do, metal duro, cerâmica.
aço-carbonoO aço-carbono possui teores que variam de 0,7 a 1,5%
de carbono e é usado em ferramentas para usinagens ma-
nuais ou em máquinas-ferramenta.
Trata-se de um material utilizado para pequenas quan-
tidades de peças, não sendo adequado para altas produ-
ções. É pouco resistente a temperaturas de corte superio-
res à 250ºC, daí a desvantagem de usarmos baixas veloci-
dades de corte.
aço rápidoO aço rápido possui, além do carbono, outros elemen-
tos de liga, como: tungstênio, cobalto, cromo, vanádio,
molibdênio, boro entre outros elementos, que são os
responsáveis pela excelente propriedade de resistência
ao desgaste.
Os elementos desta liga, além de conferirem maior re-
sistência ao desgaste, aumentam a resistência de corte a
quente (550ºC) e possibilitam maior velocidade de corte.
Metal duro O metal duro é comumente chamado carboneto metáli-
co e compõe as ferramentas de corte mais utilizadas na
usinagem dos materiais na mecânica (Figura 44).
pastilhas de metal duro4444figura
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
Como exemplo
de ferramentas
feitas em aço
rápido, podemos
destacar brocas,
alargadores, ferramenta
de torno, fresas de topo,
fresas circulares, entre
outras ferramentas.
O aço rápido possui, além do carbono, outros elemen-
tos de liga, como: tungstênio, cobalto, cromo, vanádio,
molibdênio, boro entre outros elementos, que são os
responsáveis pela excelente propriedade de resistência
Como exemplo
de ferramentas
feitas em aço
rápido, podemos
destacar brocas,
alargadores, ferramenta
Comum 3%W, 1%Va
Superior6%W, 5%Mo, 2%Va
Extra-superior12%W, 4%Mo, 3%Va e Co até 10%
Extra-rápido18W2Cr, 2Va e 5%Co
Tipos de aço rápido
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O carboneto metálico possui grande resistência ao desgaste, e apresenta as seguintes vantagens:
Alta resistência ao corte a
quente, mantendo uma dureza
de 70HRC até 800ºC.
Alta velocidade de corte (±50 a 300m/min),
isto é, até 10 vezes mais que a velocidade do aço
rápido. Isso favorece um maior volume de
cavaco por usinagem.
Maior vida útil para a ferramenta, exigindo, porém,
máquinas e suportes mais robustos para evitar
vibrações, que são criticas para os metais duros.
As pastilhas de metal duro podem ser de dois tipos:
aquelas fi xadas com solda (Figura 45) e aquelas que
são intercambiáveis.
Os elementos mais importantes de sua composição
são o tungstênio, o tântalo, o titânio e o molibdênio, além
do cobalto e do níquel como aglutinantes. Uma dica
Aglutinante
É o material
ou elemento
que dá liga
em uma
mistura.
figura
Fixação de pastilhas4545
Suporte
Pastilha
Suportes com pastilhas intercabiáveisSuportes com pastilhas intercabiáveis
A intercambialidade elimina os tempos
de parada da máquina para afi ação.
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
resistência ao desgaste,
quente, mantendo uma dureza
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
Aglutinante
ou elemento
VENTOVENTOVENTOVENTOVENTO
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
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Há muitos tipos de modelos de suportes existentes no
mercado; também são vários os sistemas de fi xação da
pastilha no suporte. A escolha está vinculada à operação
e aos ângulos de corte desejados, pois estes são resultan-
tes da combinação entre os ângulos da pastilha e a incli-
nação de seu assento no suporte. Confi ra na Figura 46.
CerâmicaAs ferramentas de cerâmica são constituídas de pastilhas
sinterizadas com aproximadamente 98% a 100% de óxi-
do de alumínio. Possuem dureza maior que a de metal du-
ro, e possuem uma velocidade de corte de 5 a 10 vezes
maior (Figura 47).
O seu gume de corte pode resistir ao desgaste em uma
temperatura de até 1.200oC, o que favorece a aplicação na
usinagem de materiais como ferro fundido, ligas de aço,
entre outros elementos.
figura
Defi nição de ângulos de corte4646
Pastilha Parafuso de aperto
Placa de aperto
(< γ Negativa)
(< γ Positiva)
Pastilha Parafuso de aperto
Placa de aperto
ferramenta negativaferramenta negativa
ferramenta positivaferramenta positiva
figura
Escala de dureza4747
Diamante
Cerâmica
Carboneto
Aço rápido
HRC
100
82
80
6258
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
A escolha da pastilha
em função da aplicação
é feita por meio de
consulta a tabelas
específi cas.
Outra dica
58O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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ferramenta a direitaferramenta a esquerda
As pastilhas de cerâmica também podem ser intercam-
biáveis, porém, em função da sua alta dureza, possuem
pouca tenacidade e necessitam de suportes robustos que
evitem vibrações (Figura 48) e máquinas operatrizes que
ofereçam boas condições de rigidez.
O volume de cavaco por tempo é muito superior ao do
metal duro, em função de suas altas velocidades de corte.
geometria de corte da ferramentaO estudo das condições de formação de calor e sua trans-
missão, em função de diferentes fatores de corte, permi-
te que se determinem as dimensões e as formas mais con-
venientes das ferramentas, além de um melhor regime de
trabalho e durabilidade da aresta de corte da ferramenta.
No que se refere à geometria de corte da ferramenta, a de-
fi nição depende de onde se encontra a aresta de corte prin-
cipal: se está à esquerda ou à direita, conforme Figura 49.figura
figura
Suportes
Ferramenta esquerda e direita
4849
4849
Aresta de corte principal
Aresta de corte principal
ferramenta a esquerdaferramenta a esquerda ferramenta a direitaferramenta a direita
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
As pastilhas de cerâmica também podem ser intercam-
biáveis, porém, em função da sua alta dureza, possuem
pouca tenacidade e necessitam de suportes robustos que
evitem vibrações (Figura 48) e máquinas operatrizes que
O volume de cavaco por tempo é muito superior ao do
metal duro, em função de suas altas velocidades de corte.
Tenacidade É a qualidade
do material que
é tenaz, ou seja,
resiste à ruptura,
apresentando deformação
permanente, em virtude da
consistência do material
que compõe o seu interior.
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Aresta de corte principal
Próxima atraçãoNos tópicos que estão
a seguir vamos
avançar na questão
do corte e dos
ângulos das
ferramentas.
Você não
pode perder!
59O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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A geometria de corte da ferramenta é infl uenciada, na
usinagem, pelas variáveis a seguir:
Ângulo de corte
Forma da ferramenta
A segunda variável já foi vista ao longo do material até
aqui. Passemos, então, à primeira.
Ângulo da ferramenta de tornear Os ângulos e superfícies da geometria de corte das ferramen-
tas são de grande importância e constituem elementos fun-
damentais no rendimento e durabilidade dos equipamentos.
figura figura
Ângulos no espaço Ângulos no plano50 5150 51
Os ângulos da ferramenta de tornear são os seguintes:
Ângulo de incidência (α), compreendido
entre a peça e a ferramenta. Varia de 5º a 12º.
Ângulo de cunha (β) formado pelas faces de incidência e
de saída, deve ser determinado em função do material.
Materiais moles β = 40º a 50º (alumínio)
Materiais tenazes β = 55º a 75º (aço)
Materiais duros β = 75º a 85º
Ângulo de saída (γ) formado pelas faces de ataque e
pelo plano da superfície de saída, é determinado em
função do material.
Materiais moles γ = 15º a 40º
Materiais tenazes γ = 14º
Materiais duros γ = 0º a 8º
Ângulo de corte (δ), que varia em função do material da
peça, resultando: δ = α + β
Ângulo de ponta (ε) formado pelas arestas cortantes.
Conforme o avanço, temos:
Avanço até 1mm/volta ângulo de ε = 90º
Avanço maior que 1mm/volta ângulo ε > 90º
Ângulo de rendimento (χ) é formado pela aresta cortante e
a superfície da peça trabalhada. Ao se determinar o ângulo
χ de uma ferramenta de corte para tornear, deve-se levar
em consideração as forças de corte que dele dependem.
Vejamos como.
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
A Figura 50
apresenta
os ângulos
representados
espacialmente e a
Figura 51 apresenta
os ângulos no plano.
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
entre a peça e a ferramenta. Varia de 5º a 12º.
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
Ângulo de saída (γ)
Sentido do avanço
Ângulo de incidência lateral
Ângulo de rendimento (χ)
Ângulo de incidência (α)
Ângulo de inclinação (β)
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Ângulo χ >45º
Pequena parte da aresta cortante tem contato com
o material, resultando no seu rápido desgaste (Fi-
gura 52).
Esse ângulo é usado no torneamento de peças
compridas e de diâmetros pequenos, porque pro-
porciona pouco esforço radial (Fp).
Ângulo χ = 45º
A fixação ideal da ferramenta para cilindrar uma
peça é posicionar o corpo da ferramenta a 90º em
relação ao eixo de simetria da peça e com ângulo
de rendimento χ = 45º, salvo em casos especiais
(Figura 53).
Ângulo χ < 45º
Neste caso, a aresta de corte tem bastante contato
com o material (Figura 54). Por isso, o seu desgaste
é menor, mas ocasiona grande esforço radial (Fp).
Ângulo de inclinação de aresta constante (λ) tem
por finalidade controlar a direção de escoamento
do cavaco e o consumo de potência, além de pro-
teger a ponta das ferramentas de corte e aumen-
tar seu tempo de vida útil (Figura 55). O ângulo de
inclinação pode variar de λ = -10º a λ = +10º.
figura
figura
figura
figura
Ângulo χ > 45º
Ângulo χ = 45º
Ângulo χ < 45º
Ângulo de inclinação
52
54
53
55
52
54
53
55
61O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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Ângulo negativo
Quando a ponta de ferramenta for a parte mais baixa em
relação à aresta de corte. É usado nos trabalhos de des-
baste e em cortes interrompidos (peças quadradas, com
rasgos ou com ressaltos) em materiais duros (Figura 56).
Ângulo positivo
Dizemos que λ é positivo quando a ponta da ferramen-
ta em relação à aresta de corte for a parte mais alta. É
usada na usinagem de materiais macios, de baixa dure-
za (Figura 57).
Ângulo neutro
Dizemos que λ é neutro quando a ponta da ferramenta
está na mesma altura da aresta de corte. É usado na usi-
nagem de matérias duros e exige menor potencia do que
λ positivo ou negativo (Figura 58).
Ângulo em função do material O fenômeno de corte é realizado pelo ata-
que da cunha da ferramenta. Nele o rendi-
mento depende dos valores dos ângulos da
cunha, pois é esta que corrompe as forças de
coesão do material da peça. Experimental-
mente, determinaram-se os valores desses
ângulos para cada tipo de material da peça.
Ângulo de inclinaçãoEle pode ser:
Negativo
Positivo
Neutro
Confi ra os ângulos de inclinação
nas fi guras ao lado.
figura
figura
figura
Ângulo negativo
Ângulo positivo
Ângulo neutro52
54
5352
54
53UMA LUZUMA LUZ Ângulo de inclinação
Ele pode ser:
Confi ra os ângulos de inclinação
nas fi guras ao lado.
UMA LUZUMA UMA UMA LUZLUZLUZLUZ
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Na página seguinte veja o Quadro 1 que mostra os ângulos recomendamos em Função do material empregado.
62O PROCESSO MECÂNICO DE USINAGEM: TORNEAMENTO
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ÂNGULOS
Terminada esta unidade, você já tem
condições de conceber o tipo de trabalho
realizado na usinagem de torneamento e
os equipamentos envolvidos.
Vamos, a seguir, a outro ponto importante:
a questão da geração de calor no processo
de usinagem e como resolvê-la.
QuaDrO
Ângulos recomendados em função do material11
Aço 1020 até 45N/mm2
Aço 1045 até 70N/mm2
Aço 1060 acima de 70N/mm2
Aço ferramenta 0,9%C
Aço inox
FoFo brinell até 250HB
FoFo maleável ferrítico brinell até 150HB
FoFo maleável perlítico brinell 160HB a até 240HB
Cobre, latão, bronze (macio)
Latão e bronze (quebradiço)
Bronze para bucha
Alumínio
Duralumínio
Celeron, baquelite
Ebonite
Fibra
PVC
Acrílico
Tefl on
Nylon
α
8
8
8
6 a 8
8 a 10
8
8
8
8
8
8
10 a 12
8 a 10
10
15
10
10
10
8
12
β
55
62
68
72 a 78
62 a 68
76 a 82
64 a 68
72
55
79 a 82
75
30 a 35
35 a 45
80 a 90
75
55
75
80 a 90
82
75
γ
27
20
14
14 a 18
14 a 18
0 a 6
14 a 18
10
27
0 a 3
7
45 a 48
37 a 45
5
0
25
5
0
0
3
MATERIAL
DURAPLÁSTICO
χ
0 a –4
0 a –4
–4
–4
–4
0 a –4
0 a –4
0 a –4
+4
+4
0 a +4
+4
0 a +4
+4
+4
+4
+4
0
+4
+4
TERMOPLÁSTICOS
BOLA NA REDEBOLA NA REDE
TORNEARIA MECÂNICA
No Quadro 1, mostrada aí do lado nos fornece os valores para os materiais mais comuns.
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
condições de conceber o tipo de trabalho
Para saber mais sobre ferramentas
de corte para usinagem, consulte a
ABNT TB-388:1990.
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
63Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes senAi-rJ
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Longo é o caminho ensinado
pela teoria, curto e
eficaz, o do exemplo
Sê n e c a
“
Ação de lubrificação e refrigeração na usinagem
NESSE CApíTULO vOCê ENCONTRANESSE CApíTULO vOCê ENCONTRA44
A importância da refrigeração no processo de usinagem fluido de corte funções dos fluidos de corte Tipos de fluidos de corte
64Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes
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A importância da refrigeração no processo de usinagemA usinagem de um metal produz sempre calor, que resul-
ta do atrito entre ferramenta, cavaco e peça.
FIGURAFontes de calor na formação do cavaco11
O calor produzido apresenta dois inconvenientes:
Aumenta a temperatura
da parte da ferramenta,
o que pode alterar
suas propriedades.
Aumenta a temperatura
da peça, provocando
dilatação, erros de
medida, deformações,
entre outros
inconvenientes.
Para evitar esses
inconvenientes,
utilizam-se, nas ofi cinas
mecânicas, os fl uidos
de corte. Que você
vai acompanhar na
página ao lado.
CHOQUE DE ORDEM
Como as deformações e as forças de atrito se distri-
buem irregularmente, o calor produzido também se dis-
tribui de forma irregular, como representado na Figura 2.
AA Da formação plástica do cavaco na região de cisalhamento.
BB Do atrito do cavaco com a superfície de saída da ferramenta.
CC Do atrito da peça com a superfície de incidência da ferramenta.
Veja a Figura 1
Principais fontes de calor no processo de formação do cavaco (Figura 1):
Principais fontes de calor no processo de formação do cavaco (Figura 1):
CHOQUE DE ORDEM
A quantidade de calor produzida por essas fontes ener-
géticas é dissipada através do cavaco, da peça, da ferra-
menta e do ambiente.
FIGURARepresentação da distribuição do calor22
65Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
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Fluido de corteFluido de corte é um líquido composto por várias subs-
tâncias que têm a função de introduzir uma melhoria no
processo de usinagem dos metais.
A melhoria poderá ser de caráter funcional ou de ca-
ráter econômico.
Melhorias de caráter funcional são aquelas
que facilitam o processo de usinagem,
conferindo-lhe melhor desempenho
Redução do coefi ciente de atrito entre a ferramenta
e o cavaco.
Refrigeração da ferramenta.
Refrigeração da peça em usinagem.
Melhor acabamento superfi cial da peça em usinagem.
Refrigeração da máquina-ferramenta.
Melhorias de caráter econômico
são aquelas que levam a um
processo de usinagem mais econômico
Redução do consumo de energia de corte.
Redução do custo da ferramenta na operação
(maior vida útil).
Proteção contra a corrosão da peça em usinagem.
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
Função lubrifi canteDurante o corte, o óleo forma uma película entre a ferramenta e o material, impedindo quase que totalmente o contato direto entre eles (Figura 3).
Função refrigeranteComo o calor passa de uma substância mais quente para outra mais fria, ele é absorvido pelo fl uido. Por essa razão, o óleo deve fl uir constantemente sobre o corte (Figura 4).
Se o fl uido for usado na quantidade e velocidade adequadas, o calor será eliminado quase que imediatamente e as temperaturas da ferramenta e da peça serão mantidas em níveis razoáveis.
Função anti-soldante Algum contato, de metal com metal, sempre existe em áreas reduzidas. Em vista da alta temperatura nestas áreas, as partículas de metal podem soldar-se à peça ou ferramenta, prejudicando o seu corte.
Durante o corte, o óleo forma uma película entre a ferramenta e o material, impedindo quase
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
O uso dos fl uidos de corte na
usinagem dos metais concorre
para maior produção, melhor
acabamento e maior conservação
da ferramenta e da máquina.
Funções dos fl uidos de corteOs fl uidos de corte têm três funções es-
senciais num processo de usinagem.
Lubrifi cante
Refrigerante
Anti-soldante
acabamento e maior conservação
11
22
FIGURA
FIGURA
Ação lubrifi cante
Ação refrigerante
3
4
3
4
fl uido de corte
peça
ferramenta
fl uido de corte
peça
ferramenta
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETAAlgum contato, de metal com metal, sempre existe em áreas
as partículas de metal podem soldar-se à peça ou ferramenta,
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
Para evitar a solda, enxofre, cloro ou outros produtos químicos podem ser adicionados ao fl uido.
66Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
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FUNDIDOS
AÇOS
NÃO-FERROSOS
MATERIAIS DUREZA BRINELL FLUIDOS
Tipos de fl uidos de corteAs denominações dadas às funções de fl uido de cor-
te designam, também, os tipos de fl uido. Daí eles se-
rem classifi cados em fl uidos refrigerantes, fl uido lu-
brifi cante e fl uidos refrigerantes lubrifi cantes.
Como fl uidos refrigerantes empregam-se, de pre-
ferência:
Ar insufl ado ou ar comprimido, mais usado nos traba-
lhos de rebolos.
Água pura ou misturada com sabão comum, mais usa-
da na afi ação de ferramentas, nas esmerilhadoras.
Como fl uidos lubrifi cantes, os mais usados são os óleos.
São aplicados, geralmente, quando se deseja dar passes pe-
sados e profundos, em que a ação da ferramenta contra a
peça produz calor.
Como fl uido refrigerante lubrifi cante, o mais utilizado
é uma mistura de aspecto leitoso contendo água (como
refrigerante) e de 5 a 10% de óleo solúvel (como lubrifi -
cante). Esses fl uidos são, ao mesmo tempo, lubrifi cantes
e refrigerantes, agindo, porém, muito mais como refrige-
rantes, em vista de conterem grande proporção de água.
São usados de preferência em trabalhos leves.
O Quadro 1 contém os fl uidos de corte recomendados
de acordo com o trabalho a ser executado.
QUADRO
Fluidos de corte11
Vamos, na próxima unidade, aprofundar
questões relacionadas ao trabalho com
a peça, ou seja, ao processo de
torneamento, envolvendo diferentes
cálculos relacionados ao corte.
UMA LUZUMA LUZ Vamos, na próxima unidade, aprofundar
questões relacionadas ao trabalho com
a peça, ou seja, ao processo de
torneamento, envolvendo diferentes
cálculos relacionados ao corte.
LUZLUZLUZLUZLUZ
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
Duas dicasDuas dicas
11
22
Rebolo é uma
ferramenta usada no
processo de retifi cação.
Não é recomendável
o uso de água na função
de refrigerante nas
máquinas-ferramentas
por causa da
oxidação das peças.
Aço para cementaçãoAço para construção sem ligaAço para construção com ligaAço fundidoAço para ferramenta sem ligaAço para ferramenta com ligaAço para máquinas automáticasAço para molaAço inoxidável
Cobre com 1% de chumboLiga: cobre 70% + níquel 30%Latão para máquinas automáticasLatão comumBronze ao chumboBronze fosforosoBronze comumAlumínio puroSilumino (alumínio duro)DuralumínioOutras ligas de alumínioMagnésio e ligas
Ferro fundidoFerro nodular
100-140100-225220-265
250180-210220-240140-180
290150-200
125-290100-125
A seco ou óleo solúvel 2,5%Óleo de corte ou solúvel 5%
Óleo solúvel 5% ou óleo de corte
A seco ou óleo solúvel 2,5%
Óleo de corte com 50% de querosene
A seco
Óleo de corteÓleo de corte sulfurado
67Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
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Aprendi na vida que a
maioria dos problemas complexos
tem soluções simples
Al e i d e s TA p i A s
“
Parâmetros de corte
NESSE CAPíTULO vOCê ENCONTRANESSE CAPíTULO vOCê ENCONTRA55
Principais parâmetros de corte para o processo de torneamento Avanço (A)
Profundidade de corte (P)
Área de corte (s)
Tabela de tensão de ruptura (Tr)
Pressão específica de corte (Ks)
força de corte (fc)
Velocidade de corte (Vc)
Tempo de fabricação Tempo de corte (Tc)
cálculo do tempo de corte (Tc)
Torneamento longitudinal
Torneamento transversal
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Principais parâmetros de corte para o processo de torneamentoParâmetros de corte são grandezas numéricas que defi -
nem, na usinagem, os diferentes esforços, velocidades,
etc. a serem empregados. Eles nos auxiliam na obtenção
de uma perfeita usinabilidade dos materiais, com a utili-
zação racional dos recursos oferecidos por uma determi-
nada máquina-ferramenta.
No Quadro 1 estão os parâmetros de corte utilizados
para as operações de torneamento.
Vejamos, então, cada parâmetro de corte se-
paradamente e sua respectiva utilização nas ope-
rações de torneamento.
avanço (a)O avanço, por defi nição, é a velocidade de deslo-
camento de uma ferramenta em cada volta de
360° de uma peça (avanço em mm/rotação), con-
forme Figura 1, ou por unidade de tempo (avan-
ço em mm/minuto), conforme Figura 2.
quadro
Parâmetros de corte11parÂMetro sÍMBolo
avanço
profundidade de corte
área de corte
tensão de ruptura
pressão específi ca de corte
Força de corte
Velocidade de corte
potência de corte
a
p
s
tr
ks
Fc
Vc
pc
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
Na maioria das publicações que tratam do assunto Usinagem, o símbolo para a força de corte é Pc e para a potência de corte é Nc. Adotamos, porém, a simbologia que está no Quadro 1 para efeito didático.
Parâmetros de corte são grandezas numéricas que defi -
nem, na usinagem, os diferentes esforços, velocidades,
etc. a serem empregados. Eles nos auxiliam na obtenção
de uma perfeita usinabilidade dos materiais, com a utili-
zação racional dos recursos oferecidos por uma determi-
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
Na maioria das publicações que tratam do assunto Usinagem, o símbolo para a força de corte é para a potência de corte é a simbologia que está
FIGura
Avanço em mm/rotação1 Avanço em mm/min FIGura
22110
FerramentaFerramenta
3
a = 3mm/rot. (a cada volta de 360° da peça, a ferramenta se desloca 3mm)
a = 10mm/min. (a cada minuto de usinagem,
a ferramenta se desloca 10mm)
Fique ligado! Veja no CD em anexo
um vídeo sobre Ajustando o parâmetro de corte.
TEM FILME NO CDNÃO PERCA
TEM FILME NO CDNÃO PERCA
Ajustando o parâmetro de corte
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A escolha do avanço adequado deve ser feita levando-
se em consideração o material, a ferramenta e a operação
que será executada na usinagem. Os fabricantes de ferra-
mentas trazem em seus catálogos os avanços adequados,
já levando em consideração as variáveis acima citadas,
testadas em laboratório.
Ilustrativamente, apresentaremos alguns valores no
Quadro 2, que foi confeccionada em laboratório, após vá-
rios testes realizados, e leva em consideração o grau de
rugosidade em relação ao avanço e raio da ponta da fer-
ramenta, facilitando o estabelecimento do avanço ade-
quado nas operações de torneamento.
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
Quando tem-se a unidade
de avanço em mm/rot. e
se deseja passar para
mm/min. (ou vice e versa),
utiliza-se a seguinte
relação:
Avanço (mm/min.) = Rotação por minutos x Avanço (mm/rot.)Avanço (mm/min.) = Rotação por minutos x Avanço (mm/rot.)
quadro
22
Acabamento fi no CLASSES DE OPERAÇÕESSISTEMA DE LEITURA
Aparelho do Senai
Ra (CLA)
MIC
RO
NS
mm
FÓRMULAS
Rugosidade em µ m(H-R-Rt)
AVANÇOS EM mm / ROTAÇÃO
Rt
Rt
MIC
RO
NS-
INC
HE
S
R = S2
4 . r
Avanço em mm
S = 4R . r
r = Raio da ferramenta em mm
RA
IO D
A C
UR
VAT
UR
A
DA
PO
NTA
DA
FE
RR
AM
EN
TA(m
m)
Grau de rugosidade x avanço x raio da ponta da ferramenta
70Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
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Profundidade de corte (P)Trata-se da grandeza numérica que defi ne a penetra-
ção da ferramenta para a realização de uma determi-
nada operação, possibilitando a remoção de certa
quantidade de cavaco (Figura 3).
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
Estes são os dados da Figura 4:
P = mm
A = mm/rot.
Concluímos que a Área
de corte (S) é a relação
entre a Profundidade de
corte (P) e o Avanço (A).
FIGura
Profundidade de corte (P)33
Área de corte (S)Constitui a área calculada da secção do cavaco que será
retirada, defi nida como o produto da profundidade de
corte (P) com o avanço (A) (Figura 4).
FIGura
Área de corte (S)44
Tabela de tensão de ruptura (Tr)É a máxima tensão (força) aplicada em um determinado
material, antes do seu completo rompimento, tensão es-
ta que é medida em laboratório, com aparelhos especiais.
A unidade de tensão de ruptura é o kg/mm².
Apresentamos, na página ao lado, o Quadro 3 com os
principais materiais comumente utilizados em usinagem
e suas respectivas tensões de ruptura. Ela serve para con-
sultas constantes em nosso estudo.
S = P . A
71Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
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Pressão específica de corte (Ks) É, por definição, a força de corte para a unidade de área
da seção de corte (S). Também é uma variável medida em
laboratório, obtida mediante várias experiências, onde se
verificou que a pressão específica de corte depende dos
seguintes fatores:
Material em pregado (resistência)
Secção de corte
Geometria da ferramenta
Afiação da ferramenta
Velocidade de corte
Fluido de corte
Rigidez da ferramenta
Na prática, utilizam-se tabelas e diagramas que sim-
plificam o cálculo desse parâmetro de corte. Apresenta-
mos, a seguir, uma tabela, na Figura 5, para a obtenção
direta da pressão específica de corte (Ks), em função da
resistência (tensão de ruptura) dos principais materiais e
dos avanços empregados comumente nas operações de
torneamento, bem como para ângulo de posição da fer-
ramenta de 90°.
Para diferentes ângulos de posição da ferramenta, não
há necessidade de correção do valor de Ks, pois as dife-
renças não são significativas.
quadro
Tensão de ruptura (Tr)33Material que será usinado
alumínio-bronze (fundido)
alumínio
Bronze-manganês
Bronze-fósforo
inconel
Metal (Monel) (Fundido)
nicrome
Ferro Fundido especial
Ferro Maleável (Fundido)
aço sem liga
aço-liga fundido
aço-carbono:
sae 1010 (laminado ou forjado)
sae 1020 (laminado ou forjado)
sae 1030 (laminado ou forjado)
sae 1040 (laminado ou forjado)
sae 1060 (laminado ou forjado)
sae 1095 (laminado ou forjado)
aço-carbono de corte fácil:
sae 1112 (laminado ou forjado)
sae 1120 (laminado ou forjado)
aço-manganês:
sae 1315 (laminado ou forjado)
sae 1340 (laminado ou forjado)
sae 1350 (laminado ou forjado)
aço-níquel:
sae 2315 (laminado ou forjado)
sae 2330 (laminado ou forjado)
sae 2340 (laminado ou forjado)
sae 2350 (laminado ou forjado)
aço-cromo-níquel:
sae 3115 (laminado ou forjado)
sae 3135 (laminado ou forjado)
sae 3145 (laminado ou forjado)
sae 3240 (laminado ou forjado)
aço-molibdênio:
sae (laminado ou forjado)
sae 4140 (laminado ou forjado)
sae 4340 (laminado ou forjado)
sae 4615 (laminado ou forjado)
sae 4640 (laminado ou forjado)
aço-cromo:
sae 5120 (laminado ou forjado)
sae 5140 (laminado ou forjado)
sae 52100 (laminado ou forjado)
aço-cromo-vanádio:
sae 6115 (laminado ou forjado)
sae 6140 (laminado ou forjado)
aço-silício-manganês:
sae 9255 (laminado ou forjado)
aço inoxidável
Material que será usinadotensão de ruptura (kg/MM²)
46 a 56
42
42-49
35
42
53
46
28 a 46
39
49
63-41
40
46
53
60
74
102
50
49
51
77
84
60
67
77
92
53
74
81
102
54
92
194
58
84
70
81
106
58
93
94
84-159
tensão de ruptura (kg/MM²)
72Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
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BOLA NA REDEBOLA NA REDEFIGura
Diagrama de obtenção pressão específi ca de corte (Ks)55 Material
Tensão de ruptura em Kg/mm2 ou dureza
1. aço duro manganês2. aço liga 140-180 kg/mm2
aço Ferram. 150-180 kg/mm2
3. aço liga 100-140 kg/mm2
4. aço inoxidável 60-70 kg/mm2
5. aço Cr Mg 85-100 kg/mm2
6. aço Mn Cr ni 70-85 kg/mm2
7. aço 85-100 kg/mm2
8. aço 70-85 kg/mm2
9. aço 60-70 kg/mm2
10. aço 50-60 kg/mm2
11. aço fundido acima de to kg/mm2
12. aço até 50 kg/mm2
aço Fundido 50-70 kg/mm2
Fundição de concha 65-90 shore13. aço fundido 30-50 kg/mm2
Ferro fundido de liga 250-400 brinell14. Ferro fundido 200-250 brinell15. Ferro fundido maleável16. Ferro fundido até 200 brinell
Como utilizar a tabela
AA Defi nir o material que se quer usinar.
BB Defi nir o avanço em mm/rot para
a usinagem.
CC Defi nir Tensão de ruptura (Tr) do
material a ser usinado, utilizando
tabela específi ca (Quadro 3).
DD Aplicar o valor da tensão de ruptura
achado, na relação de material na
tabela da pressão especifi ca de
corte (Ks) (Figura 5), determinado-se
assim uma das 16 retas do gráfi co.
EE Procurar o avanço empregado em
mm/rot. no eixo das abscissas.
FF Traçar uma linha até interceptar a
reta determinada no item DD e passar
uma perpendicular até o eixo das
ordenadas, determinado-se assim o
Ks em Kg/mm².
BOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDE
Como utilizar a tabelaComo utilizar a tabelaComo utilizar a tabelaComo utilizar a tabelaComo utilizar a tabelaComo utilizar a tabelaComo utilizar a tabela
AAAAA Defi nir o material que se quer usinar. Defi nir o material que se quer usinar. Defi nir o material que se quer usinar.
BBBBB Defi nir o avanço em mm/rot para Defi nir o avanço em mm/rot para Defi nir o avanço em mm/rot para
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Finalmente aplicamos esses valores na Figura 5 (na pá-
gina ao lado) de Ks. A partir da abscissa (eixo denomina-
do Avanço – mm/rotação) traçamos uma reta vertical até
atingirmos a reta diagonal com número 12 (obtido ante-
riormente). Nesse ponto de intersecção, seguir com uma
reta horizontal e paralela ao eixo das abscissas até tocar
um ponto no eixo das coordenadas (Pressão específi ca de
corte). A reta tocou no valor 250, o que signifi ca que te-
mos um Ks = 250 kg/mm².
Força de corte (Fc)A força de corte Fc (também conhecida por força princi-
pal de corte) é, por defi nição, a projeção da força de usi-
nagem sobre a direção de corte, conforme a Figura 6.
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Então, para aços
até 50 kg/mm²,
temos a reta
número 12.
O avanço
já foi dado =
0,2mm/rot.
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
ExemploUsinar uma peça cujo material é aço SAE 1020, forjado, com um avanço de 0,2 mm/rot. Vamos até à tabela da tensão de ruptura e localizamos o
material e sua respectiva Tr.
Aço-carbono:
SAE 1010 (laminado ou forjado)
SAE 1020 (laminado ou forjado)
SAE 1030 (laminado ou forjado)
SAE 1040 (laminado ou forjado)
SAE 1060 (laminado ou forjado)
SAE 1095 (laminado ou forjado)
Para aços SAE 1020, forjado Tr = 46 kg/mm²
Com o valor de Tr = 46 kg/mm² (resistência),
vamos até a tabela de Ks e determinamos a reta
do material empregado.
Para isso, devemos verifi car na legenda do
quadro o número da reta indicada para o material
com Tr = 46kg/mm2.
40
46
53
60
74
102
de ruptura e localizamos o
material e sua respectiva Tr.
FIGura
Força de corte66
Força de usinagem
até 50 kg/mm²,
temos a reta
número 12.
O avanço
já foi dado =
0,2mm/rot.
74Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Esse parâmetro resulta do produto da pressão especi-
fi ca de corte (Ks) com a área de corte (S). A unidade é da-
da em kgf. Então:
Velocidade de corte (Vc) Por defi nição, a velocidade de corte (Vc) é a velocidade
circunferencial ou de rotação da peça. Em cada rotação
da peça a ser torneada, o seu perímetro passa uma vez pe-
la aresta cortante da ferramenta, conforme a Figura 7.
A velocidade de corte é importantíssima no estabele-
cimento de uma boa usinabilidade do material (quebra
de cavaco, grau de rugosidade e vida útil da ferramenta)
e varia conforme o tipo de material; classe do inserto; a
ferramenta e a operação de usinagem. É uma grandeza
numérica diretamente proporcional ao diâmetro da pe-
ça e à rotação do eixo-árvore, é dada pela fórmula que es-
tá no quadro Para calcular ou velocidade de corte.
FIGuraRepresentação do movimento circunferencial77
A maioria dos fabricantes de ferramenta informa,
em tabela, a Vc em função do material e da classe
do inserto utilizado. Nesse caso, calcula-se a rotação
do eixo-árvore pela fórmula destacada abaixo.
UMA LUZUMA LUZ
Vc = Velocidade de corte (metros/minuto)
π = Constante = 3,1416
D = diâmetro (mm)
N = rotação do eixo-árvore (rpm)
π . D . N1.000
Vc =
Para calcular a velocidade de corte
Vc . 1.000π . D
N =
pois
lembrando: P = profundidade de corte (mm)
A = avanço (mm/rot.)
Fc = Ks . S
S = P . A
Fc = Ks . P . Aou
75Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
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BOLA NA REDEBOLA NA REDE
Tabelas de velocidades de corte destinadas à usinagem
seriada de grandes lotes são tabelas completas que levam
em conta todos os fatores que permitem trabalhar com
parâmetros muito perto dos valores ideais. Podemos con-
tar também com tabelas que levam em conta apenas o fa-
tor mais representativo, ou o mais crítico, possibilitando
a determinação dos valores de usinagem de maneira mais
simples e rápida (Quadro 4).
BOLA NA REDE
ExemploUtilizando-se uma Vc = 160m/min, qual é a rotação do eixo-árvore para a usinagem de uma peça de 60mm
de diâmetro?
Aplique a fórmula
160 . 1.000π . 60
N = N ≅ 849 rpm
Vc . 1.000π . D
N =
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
Visando facilitar o trabalho, costuma-se utilizar tabelas relacionando velocidade de corte e diâmetro de material, para a determinação da rotação ideal.
Vejamos um tipo de tabela no Quadro 5, na página a seguir.no Quadro 5, na página a seguir.
quadro velocidades de corte (vc) para torno (em metros por minuto)44
Materiais
aço 0,35%C
aço 0,45%C
aço extraduro
Ferro fundido maleável
Ferro fundido gris
Ferro fundido duro
Bronze
latão e cobre
alumínio
Fibra e ebonite
FerraMentas de aÇo rápido
desBaste
25
15
12
20
15
10
30
40
60
25
aCaBaMento
30
20
16
25
20
15
40
50
90
40
rosCarreCartilHar
10
8
6
8
8
6
10-25
10-25
15-35
10-20
FerraMentas de CarBoneto-MetáliCo
desBaste
200
120
40
70
65
30
300
350
500
120
aCaBaMento
300
160
60
85
95
50
380
400
700
150
76Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Para determinar a N (rpm) necessária para usinar um
cilindro de aço 1020, com uma ferramenta de aço rápido,
conforme desenho da Figura 8, onde o valor de Ø100,
“maior”, é para desbaste, enquanto o de Ø95, “menor”, é
para acabamento.
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
Vamos a um exemplo prático, considerando desbaste e acabamento, tomando os Quadros 4 e 5 e as fórmulas já apresentadas.
LINHA
VENTO
LINHA LINHA LINHA LINHA
VENTOVENTOVENTOVENTOdesbaste e acabamento, tomando os Quadros 4 e 5
quadro
Rotações por minuto (rpm)55V
M/Min 6318477636794
1 1081 1141 2721 4831 5881 9082 1202 3822 6502 8603 1763 4404 6004 4756 35212 900
6912151921242830364045505460657285120243
10191287382477605669764892954
1 1461 272 1 4311 5901 7201 9081 0702 2922 7103 8167 750
2096144191238303335382446477573636716795860954
1 0351 1461 3551 9083 875
306496127159202223255297318382424477530573636690764903
1 2722 583
40487296119152168191223238286318358398430477518573679945
1 938
5038577696121134152178190230254286318344382414458542764
1 550
6032486480101112128149159191212239265287318345382452636
1 292
70274154688695109127136164182205227245272296327386544
1 105
8024364860768496112119143159179199215239259287339477969
902132425367748599106127141159177191212230255301424861
10192938486067768995115127143159172191207229271382775
12016243240505664758096106120133144159173191226318646
diÂMetro do Material eM MilÍMetros
FIGura
Desgaste e acabamento88
Ø95
Ø10
0
OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Na página ao lado você
encontra os dados e
a solução para debaste.
Confi ra e acompanhe.
77Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes senAi-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Potência de corte (Pc)
Potência de corte é a grandeza despen-
dida no eixo-árvore para a realização de
uma determinada usinagem. É um pa-
râmetro de corte que nos auxilia a esta-
belecer o quanto podemos exigir de
uma máquina-ferramenta para um má-
ximo rendimento, sem prejuízo dos
componentes dessa máquina, obtendo-
se assim uma perfeita usinabilidade.
É diretamente proporcional à velocidade de cor-
te (Vc) e à força de corte (Fc). Reúnem-se todos os dados necessários
Para desbaste
Para acabamento
A velocidade de corte obtém-se no Quadro 3.
Monta-se a fórmula e substituem-se os valores.
Ø de desbaste
Vc de desbaste
Ø de acabamento
Vc de acabamento
UMA LUZUMA LUZ
Vc . 1.000π . D
25 . 1.000 mmπ mm . min . 100
1mm
N = = = 80
Vc . 1.000π . D
N =
30 . 1.000 mm95 . π mm . min
1mm
N = = 100
N ≅ 80 rpm
Valor obtido na Figura 8
Valor obtido na Tabela 3
D = 100 mm
mmin
Vc = 25Para materiais de aço 0,35%C o desbaste com ferramentas de aço rápido indica Vc = 25
Valor obtido na Figura 8
D = 95 mm
N ≅ 100 rpm
mmin
Vc = 30
Valor obtido na Tabela 3
LUZLUZLUZLUZLUZ
Vc . 1.000
Valor obtido na Figura 8
Valor obtido na Tabela 3
D = 100 mm
Vc = 25
Solução para desbaste Solução para acabamento onde: Ks = pressão específi ca de corte (kg/mm²)P = profundidade de corte (mm)A = avanço (mm/rot.)Vc = Velocidade de corte (m/min)� = rendimento da máquina (%)Pc = potência de corte (CV)
Fc . Vc� . 60 . 75
Pc =
Ks . P . A . Vc� . 4.500
Pc =
Fc = Ks . P . A
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
Pc (potência de corte) é
dada em CV (cavalo-vapor),
utilizando-se corretamente os
parâmetros em suas unidades
mencionadas acima.
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
78Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
A fórmula apresentada, na prática, é a mais utilizada,
pois sempre é fornecida a potência nominal da máquina.
Quando se deseja obter a potência de corte (Pc) em kw
(quilowatt), basta transformar a unidade (da Pc que é CV)
pela relação:
1 CV = 0,736 kw
Na prática, também é fornecida a potência do motor
principal da máquina-ferramenta. Então, no lugar de cal-
cularmos a Pc (potência de corte) e compararmos o re-
sultado com a potência do motor, aplicamos a fórmula
para o cálculo da profundidade de corte (P) permitida de
acordo com a potência fornecida pela máquina.
Pc . � . 4.500Ks . A . Vc
P =
Visando consolidar o entendimento, vamos a um
exemplo para cálculo da profundidade de corte (P).
dados:
potência da máquina: 35kw
Ks = 230 kg/mm²
A = 0,3 mm/rot.
Vc = 180 m/min.
� = 0,8 (máquina nova)
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Duas dicas
O rendimento (�)Geralmente, em
máquinas novas, tem-se
um rendimento entre
70% e 80% (0,7 a 0,8).
Em máquinas usadas,
um rendimento entre
50% e 60% (0,5 a 0,6).
O rendimento é uma
grandeza que leva em
consideração as perdas
de potência da máquina
por atrito, transmissão,
entre outras.
O HP é também
uma unidade de
potência,
e podemos
considerar que
11
22
1 HP = 1 CV
O HP é também
uma unidade de
considerar que
= 1 CV
Observe que não é dado o valor da potência de corte
(Pc), mas já foi indicado que Pc pode ser dada em cava-
lo-vapor (CV) que, por sua vez, pode ser transformada em
kw e vice-versa.
Então, primeiramente, vamos obter Pc a partir de kw.
Agora, aplicamos todos os valores à fórmula.
Logo, a máxima profundidade de corte (P) permitida
nas condições acima, para uma potência do motor prin-
cipal da máquina de 35 kw (47,55 CV), é de 13mm.
Pc . � . 4.500Ks . A . Vc
P =
A fórmula apresentada, na
prática, é a mais utilizada, pois
sempre é fornecida a potência
nominal da máquina.
1 CVX
0,736 kw35 kw
350,736
X = X = 47,55 CV
47,55 . 0,8 . 4.500230 . 0,3 . 180
P =
P = 13 mm
79Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes senAi-rJ
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Tempo de fabricaçãoO tempo de fabricação abarca desde o começo até a en-
trega do produto de uma tarefa que não tenha sofrido in-
terrupção anormal em nenhuma de suas etapas.
O tempo de fabricação engloba tempos de caracterís-
ticas diferentes, dentre os quais consta o tempo de usina-
gem propriamente dito, tecnicamente chamado tempo
de corte (Tc).
Senão, vejamos: preparar e desmontar a máquina se
faz uma única vez por tarefa; já o corte se repete tantas
vezes quantas forem as peças.
Fixar, medir, posicionar resultam em tempo de mano-
bra, operações necessárias, mas sem dar progresso na
conformação da peça. Também podemos ter desperdícios
de tempo ocasionados por quebra de ferramentas, falta
de energia etc.
Tempo de corte (Tc)Também chamado tempo principal, é aquele em que a
peça se transforma tanto por conformação (tirar mate-
rial) como por deformação.
Nesta unidade só trataremos do cálculo do tempo de
corte (Tc) em que a unidade usual e adequada é o segun-
do ou o minuto.
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
Cálculo do tempo de corte (Tc)
Inicialmente, antes de
vermos o tempo de corte
propriamente dito, vamos
recordar como se processa o
cálculo do tempo em física.
O tempo (t) necessário para que um objeto realize
um movimento é o quociente de uma distância S
(comprimento) por uma velocidade V. Se pensarmos
no nosso trabalho, especifi camente, o tempo para
que a ferramenta execute um movimento está
representando na equação
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
recordar como se processa o
cálculo do tempo em física.
Tc = [s; min]
Vamos
então, ao
estudo de
uma variável
importante
para a determinação do
tempo de fabricação:
Tempo de Corte (Tc).
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEO tempo de fabricação abarca desde o começo até a en-
trega do produto de uma tarefa que não tenha sofrido in-
O tempo de fabricação engloba tempos de caracterís-
ticas diferentes, dentre os quais consta o tempo de usina-
gem propriamente dito, tecnicamente chamado tempo
BATER DE FRENTEBATER DE BATER DE BATER DE BATER DE FRENTEFRENTEFRENTEFRENTE
S (comprimento)V (avanço)
OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!OLHA AÍ!
A seguir vamos
apresentar um
exemplo prático.
80Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
BOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDE
ExemploUm comprimento de 60mm deve ser percorrido por uma ferramenta com a velocidade (avanço) de 20 mm/min.
Qual o tempo necessário para percorrer essa distância?
SoluçãoFórmula geral
Vejamos agora, a fórmula do Tc, considerando tais re-
lações entre comprimento e velocidade.
O avanço (a) é caracterizado por milímetros de deslo-
camento por volta. Através da fórmula do tempo, vemos
que velocidade de avanço (Va) pode ser determinada pe-
lo produto do avanço (mm) e da rotação (rpm).
Portanto, a fórmula para o cálculo do tempo de corte
pode ser:
60mm . min20mm
t =SV
t =
1min
Va = a . n mm .
Sa . n
Tc = [ min ]
L . ia . N
Tc = [ min ]
Conforme o desenho e a notação da Figura 9, e levan-
do em conta o número de passes (i), podemos ter a fór-
mula completa:
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
Veja na página ao lado um exemplo
de aplicação desta fórmula em um
processo de torneamento longitudinal.
Observe a Figura 9.
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
Veja na página ao lado um exemplo
de aplicação desta fórmula em um
processo de torneamento longitudinal.
Observe a Figura 9.
onde: L = eixo de comprimento
i = nº de passes (movimentos)
a = avanço
N = rotação por minuto
81Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes senAi-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Torneamento longitudinal
Torneamento transversal O cálculo de Tc neste tipo de torneamento é o mesmo que
para o torneamento longitudinal, sendo que o comprimen-
to L é calculado em função do diâmetro da peça (Figura 10).
FIGura
Torneamento longitudinal99L
a
n
BOLA NA REDEBOLA NA REDE
Calcular N = rpm
Calcular o Tempo de corte
AA
AA
ExemploUm eixo de comprimento L = 1.350 mm; Vc = 14m/min; diâmetro Ø = 95mm; avanço a = 2mm, deve ser torneado longitudinalmente com 3 passes.
Rotações da máquina:24 – 33,5 – 48 – 67 – 96 – 132/min
Calcule
AA rpm
BB Tempo de corte Tc
Veja a solução do exemplo no
quadro ao lado.
1º PASSO1º PASSO
2º PASSO2º PASSO
Solução
14 . 1.00095mm . πmm
46,93min
N = =
1.350mm . 32mm . 48 min
Tc = = 42min
N = 48
Vc . 1.000d . π
N =
L . ia . n
Tc =
82Ação de lubrificAção e refrigerAção nA usinAgem
senAi-rJ ProgrAmA de ATuAliZAção TecnolÓgicA de docenTes
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
FIGura
Torneamento transversal1010ANOTE E GUARDE
d d
D
d2
L = D – d2
L =
BOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDE
Agora que terminamos a
apresentação dos diversos elementos
e procedimentos envolvidos no
torneamento, vamos à prática.
Aproveite o espaço ao lado para
suas anotações.
ANOTE E GUARDE
83Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Penso 99 vezes e
nada descubro. Deixo de pensar,
mergulho no silêncio, e a verdade me é
revelada.Al b e r t ei n s te i m
“
Delineamento e aplicação prática
NESSE CApíTULO vOCê ENCONTRANESSE CApíTULO vOCê ENCONTRA66
caso prático
entendendo o esquema de sequência lógica
84Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
caso práticoChegou a hora de colocar a “mão na massa”, com a práti-
ca em ofi cina. Para tanto, vamos ao desafi o: tornear o con-
junto apresentado na Figura 1, o desenho de conjunto
197-operador, que se apresenta de forma mais detalhada
na Figura 2.
O conjunto é formado por duas peças:
A prática envolverá diversas operações de torneamen-
to, destacando:
Fixação de peça na placa Universal
Faceamento
Furo de centro
Fixação de peça entre placa e ponta
Fixação de peça entre pontas
Torneamento de canal
Tornear superfi cie
cônica externa
Abrir rosca externa
Furação
Broqueamento
Calibrar furo com
alargador
Tornear peça presa
em mandril
figuRADesenho de conjunto (prática de ofi cina – Tornearia)11
BOLA NA REDEBOLA NA REDE
Analisando as peças, conclui-se que elas serão
montadas com ajustes determinados. Assim
sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01
eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02
no momento de sua usinagem. Logo, poderemos
testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.
Torneamento de canal
Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão Analisando as peças, conclui-se que elas serão
montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim montadas com ajustes determinados. Assim
sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01 sugerimos que se inicie a usinagem pela peça nº 01
eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02 eixo, visando facilitar o ajuste do furo da peça nº 02
no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos no momento de sua usinagem. Logo, poderemos
testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.testar o ajuste, ainda com a luva montada no torno.
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
As operações
estão
desenvolvidas
em sequências
lógicas:
15 sequências lógicas
para o torneamento do
eixo e 9 para o da luva.
Tais sequências são um
delineamento detalhado,
desenvolvido para cada
peça do conjunto
(eixo e luva).
Interprete os
desenhos
técnicos
mecânicos nas
fi guras 1 e 2 e
vamos em
frente.
desenvolvido para cada
peça do conjunto
(eixo e luva).
Interprete os
mecânicos nas
fi guras 1 e 2 e
Eixo Luva
85Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
figuRADesenho de detalhamento (prática de ofi cina – Tornearia)22
ANOTE AQUIANOTE AQUI
86Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
entendendo o esquema de sequência lógicaO que denominamos sequência lógica constitui a repre-
sentação das informações, sob forma de esquemas e fi -
guras, referentes a um momento preciso do processo de
torneamento de uma peça. Assim, nesse esquema, cada
etapa de trabalho leva esse nome – sequência lógica – por
entendermos que essa ordem é a mais adequada e gera
um trabalho produtivo. Logo, cada sequência lógica é a
descrição de uma etapa do processo de usinagem e seu
ordenamento obedece a uma “lógica”.
Nesse sentido, você vai perceber que, ao lado do ter-
mo sequência lógica, vem um número, que indica a orde-
nação no encadeamento das sequências, e, logo depois,
um texto explicando a ação que será realizada naquela se-
quência que está sendo apresentada.
Em seguida, há um outro campo, denominado Repre-
sentação esquemática da sequência, onde teremos a re-
presentação do status da peça naquele momento de tra-
balho descrito na sequência lógica.
Em Ferramentas e Instrumentos, elencamos os equipa-
mentos que você vai utilizar naquele momento. Em algu-
mas etapas, também estarão aí relacionados alguns aces-
sórios do torno.
No campo Parâmetros de Corte, nós indicamos a velo-
cidade de corte, a rotação por minuto e o avanço neces-
sários ao trabalho com a peça. Quando não houver essa
indicação, haverá um (–). Tais valores aparecerão somen-
te quando houver trabalho de torneamento em si, sendo
que o parâmetro de avanço é característico de torneamen-
to em automático.
O Tempo de Execução estimado funciona para indicar
o tempo que se tem como base para o desenvolvimento
da ação indicada na etapa descrita. Ele será importante
para se calcular o tempo de fabricação e para avaliação
do tempo de trabalho.
Finalmente, no campo Pontos Críticos (chave), nós
descrevemos alguns procedimentos considerados impor-
tantes para aquela etapa em foco. Não se trata de um pas-
so a passo, mas de uma indicação do que você deve ob-
servar com atenção e, na maioria das vezes, vem acom-
panhada de fi guras esquemáticas.
Agora, já tendo interpretado
os desenhos e se
familiarizado com os itens
da sequência lógica
dê início à parte prática.
Vamos ao próximo capítulo.
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
panhada de fi guras esquemáticas.
Agora, já tendo interpretado
os desenhos e se
familiarizado com os itens
da sequência lógica
dê início à parte prática.
Vamos ao próximo capítulo.
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
87Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Realizar conferência das
dimensões dos materias
Tornear superfície cilíndrica (32)
com peça presa entre
placa e ponta
Tornear chanfros no Ø20 e nas
2 (duas) arestas do Ø30
Eliminar rebarbas
Fixar peça na placa universal,
facear e efetuar furo de centro
Tornear Ø20g6 no
comprimento de 30
Prender a peça na placa universal para faceamento
Prender peça entre pontas
e tornear diâmetro de
30 ± 0,05
Tornear Ø24 no
comprimento de 35
Facear uma das
extremidades
Tornear canal de medida
Ø20x15
Tornear Ø20g6 no
comprimento de 30
Efetuar furo de centro
Tornear Ø20g6 no
comprimento de 30
Eliminar rebarbas e realizar
conferência final das dimensões
lineares, angulares e geométricas
11 22 33 44 55
66
1111
77
1212 1313
88 99
1414
1010
1515
SEqUêNCIA LÓgICApARA
USINAgEM DO EIXO
SEqUêNCIA LÓgICApARA
USINAgEM DO EIXO
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
88Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
– – – 2 min
Pelo fato de o material estar bruto, aconselha-se utilizar a régua graduada para a verificação das medidas de comprimento e de diâmetro, evitando o uso de instrumento de maior precisão sem necessidade.
Realize conferência das medidas dos materiais da peça 01 (eixo), baseando-se pelas dimensões indicadas na legenda do desenho técnico. (Figuras 1 e 2)
Obs.: O material deve ter dimensões suficientes para ser usinado, isto é, obter as dimensões de ∅ 30 x 120mm
Régua graduada
Paquímetro quadrimensional
Uso do paquímetro
Uso da régua graduada
125
1 1/2’’
Realizar conferência das
dimensões dos materias
11
figuRA 1
figuRA 2
ferramentas e instrumentos
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
89Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
– – – 5 min
Importante fixar peça em uma morsa, para que a ação de limar seja realizada com mais firmeza.
Cuidado com as rebarbas para não se machucar.
A eliminação das rebarbas, além de evitar a condição insegura de corte, poderá evitar acidentes com o desprendimento da peça da placa e facilitará a ação de torneamento, principalmente no momento do início do corte.
Obs.: Provavelmente você só encontrará rebarbas nas arestas dos cortes da secção do material, proveniente do corte por serra.
Caso o corte tenha ocorrido por método com elevada geração de calor, sugere-se o uso do equipamento moto-esmeril.
Lima paralela bastarda picado cruzado (Figura 3)
Eliminar rebarbas
22
figuRA 3
ferramentas e instrumentos
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
90Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
– – – 15 min
Com o auxílio da chave de aperto, abra as castanhas até uma medida um pouco maior do que o diâmetro do material (Figura 4).
Deixar para fora da placa o mínimo de material possível, somente o sufi ciente para realizar a sequência de faceamento, sem choque com a ferramenta e seu suporte. Assim, o ideal é que a parte para fora da placa, seja no máximo a medida do diâmetro do material.(Figura 5).
O material deverá estar centrado, isto é, ao girar não deve oscilar. Caso não fi que centrado, mude de posição, girando sobre si, até fi car centrado e bem apoiado na pega das três castanhas da placa.(Figura 6).
Aperte com as duas mãos e retire a chave da placa. (Figura 7).
Obs.: Ligar a máquina com a chave de aperto na placa é super-perigoso, logo, sempre que concluir o aperto da peça, retire-a da placa.
Paquímetro
Chave de aperto da placa universal
Prender a peça na placa universal para faceamento
33
figuRA 4 figuRA 5
figuRA 6
figuRA 7
ferramentas e instrumentos
Veja o vídeo Processos de tornearia:
modo de fi xação da peça
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
modo de fi xação da peça
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
91Delineamento e aplicação prática
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M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 210 0,10 10 min
Prenda a contraponta no cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução.
Prenda a ferramenta de facear à direita no suporte, deixando para fora o mínimo possível (Figura 8).
Prenda o suporte no porta-ferramenta do torno, considerando uma posição de maior apoio possível (Figura 9).
Alinhe a ponta da ferramenta na altura do eixo do torno, fazendo coincidir a ponta da ferramenta com a ponta do contraponto (Figura 10).
Posicione a aresta de corte da ferramenta, formando o menor ângulo possível com a face do material e prenda o porta-ferramenta (Figura 11).
Certifi que-se de que a chave da placa não esteja na placa, a ferramenta e seu suporte estejam bem presos, as alavancas do automático do torno estejam em posição neutra.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.
Aproxime a ferramenta da face até tocar e fi xe o carro longitudinal.
Paquímetro
Suporte para ferramenta
Ferramenta de facear à direita
Chave de aperto do suporte e ferramenta
Contraponta
Bucha cônica de redução
Facear uma das extremidades
(Continua)
44Chave de aperto
Parte esmerilhada
Porca
Lâmina de açoferramentas e instrumentos
figuRA 10
figuRA 9
figuRA 8
Veja o vídeo Processos de tornearia:
modo de fi xação da ferramenta
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
ferramenta
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
92Delineamento e aplicação prática
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 210 0,10 10 min
Facear uma das extremidades
(Continuação)
44
ferramentas e instrumentos
Afaste a ferramenta para fora da peça, dê profundidade com a ajuda do anel graduado do carro porta-ferramenta e avance manualmente até ao centro do material.
Não ultrapasse o centro do material, pois certamente danificará a ferramenta.
Dê profundidade e faceie até a regularização completa da face da peça. (Figura 12).
Agora que você já tem a sensibilidade da ação de corte em um faceamento, dê um último passo utilizando o movimento automático transversal.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Avanço de 0,5mm
Corte
figuRA 11
figuRA 12
Paquímetro
Suporte para ferramenta
Ferramenta de facear à direita
Chave de aperto do suporte e ferramenta
Contraponta
Bucha cônica de redução
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
93Delineamento e aplicação prática
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25 995 – 10 min
Prenda o mandril porta-brocas no magote do cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução (Figura 13).
Prenda a broca de centrar no mandril com auxílio da chave de aperto do mandril.
Aproxime a broca da face da peça a ser furada, por meio do deslocamento do cabeçote móvel e fixe-o quando a broca estiver aproximadamente à 10 mm da face (Figura 14).
Obs.: O cabeçote deverá estar alinhado como eixo do material, se necessário, efetuar regulagem (Figura 15).
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada que o torno permita.
Efetuar furo de centro(Continua)
55
Deslocador
Volante
B
Parafuso de regulagem
Porca da base
Paquímetro
Mandril porta-brocas
Broca de centrar
Chave de aperto do mandril porta-broca
Chave de aperto do cabeçote móvel
ferramentas e instrumentos
figuRA 13
figuRA 14
figuRA 15
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
94Delineamento e aplicação prática
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25 995 – 10 min
Efetuar furo de centro
(Continuação)
55
ferramentas e instrumentos Através do volante do cabeçote móvel,
aproxime a broca e efetue o furo de centro (Figura 16).
Obs.: Utilize refrigeração.
Afaste a broca para fora da peça permitindo a limpeza dos cavacos.
Obs.: Utilize pincel.
Desligue o torno e quando o eixo parar totalmente, efetue a medição.
Através da repetição dos últimos 4 (quatro) passos efetue a furação obtendo a medida desejada (Figura 17).
Obs.: Toda ação de corte deve ser feita com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas
figuRA 16
figuRA 17
Paquímetro
Mandril porta-brocas
Broca de centrar
Chave de aperto do mandril porta-broca
Chave de aperto do cabeçote móvel
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
95Delineamento e aplicação prática
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 248 0,10 15 min
Prenda a contraponta no cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução.
Prenda a peça. Nesse caso, você irá trazer a peça mais para fora da placa, deixando-a aproximadamente à 100mm para fora da placa.
Aproxime a contraponta, através do cabeçote móvel, e fi xe-o no barramento.
Obs.: O cabeçote deverá estar alinhado como eixo do material e o mangote deverá fi car para fora do cabeçote no máximo duas vezes o seu diâmetro.
Através do volante do cabeçote móvel, aproxime a contraponta do furo de centro e ajuste-o (Figura 18).
Obs.: Utilize lubrifi cante no furo, caso a contraponta seja fi xa.
Verifi que a centricidade do material (o mais próximo possível da placa) com o auxílio do graminho.
Tornear superfície cilíndrica (32)
com peça presa entre
placa e ponta(Continua)
66
Paquímetro
Suporte para ferramenta
Ferramenta de desbastar à direita
Chave de aperto do suporte de ferramenta
Contraponta
Bucha cônica de redução
Graminho
ferramentas e instrumentos
figuRA 18
Veja o vídeo Torneamento
cilíndrico externo e torneamento
cilíndrico externo com placa de
três castanhas e ponto rotativo
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
96Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 248 0,10 15 min
Prenda a ferramenta de desbastar à direita no suporte, deixando para fora o mínimo possível.
Prenda o suporte no porta-ferramenta do torno, considerando uma posição de maior apoio possível.
Alinhe a ponta da ferramenta na altura do eixo do torno, fazendo coincidir a ponta da ferramenta com a ponta da contraponta.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno e verifique o paralelismo (Figura 19).
Obs.: Efetue um pequeno rebaixo na extremidade da peça, tomando como referência a profundidade marcada no anel; recue a ferramenta e efetue um segundo rebaixo o mais próximo possível da placa; efetue medição dos rebaixos. Caso os diâmetros não sejam iguais, desloque o cabeçote móvel.
Torneie na medida de 32.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Tornear superfície cilíndrica (32)
com peça presa entre
placa e ponta(Continuação)
66
Paquímetro
Suporte para ferramenta
Ferramenta de desbastar à direita
Chave de aperto do suporte de ferramenta
Contraponta
Bucha cônica de redução
Graminho
ferramentas e instrumentos figuRA 19
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
97Delineamento e aplicação prática
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M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 995/248 0,10 15 min
Fixar peça
Prenda a peça na placa universal pela parte torneada, deixando para fora a parte ainda não torneada.
Facear na medida de 120mm
Prenda a contraponta no cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução.
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de facear à direita.
Certifique-se de que a chave da placa não esteja na placa, a ferramenta e seu suporte estejam bem presos, as alavancas do automático do torno estejam em posição neutra.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.
Aproxime a ferramenta da face até tocá-la e fixe o carro longitudinal.
Afaste a ferramenta para fora da peça, dê profundidade com a ajuda do anel graduado do carro porta-ferramenta e avance manualmente até ao centro do material.
Faceie até obter a medida de 120mm.
Furo de centrar
Prenda o mandril porta-brocas no mangote do cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução.
Fixar peça na placa universal, facear e efetuar furo de centro
77
Paquímetro
Mandril porta-brocas
Broca de centrar
Chave de aperto do mandril porta-broca
Chave de aperto do cabeçote móvel
Suporte para ferramenta
Ferramenta de facear à direita
Chave de aperto do suporte e ferramenta
Contraponta
Bucha cônica de redução
ferramentas e instrumentos
Prenda a broca de centrar no mandril com auxílio da chave de aperto do mandril.
Aproxime a broca da face da peça a ser furada, por meio do deslocamento do cabeçote móvel e fixe-o quando a broca estiver aproximadamente à 10mm da face.
Obs.: O cabeçote deverá estar alinhado como eixo do material.
Ligue a máquina, na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada, permitida pelo torno.
Através do volante do cabeçote móvel, aproxime a broca e efetue o furo de centro.
Obs.: Utilize refrigeração.
Afaste a broca para fora da peça permitindo a limpeza dos cavacos.
Desligue o torno e quando o eixo parar totalmente, efetue a medição.
Através da repetição dos últimos 4 (quatro) passos efetue a furação até obter a medida desejada.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
98Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
Comprimento da peça
25 265 0,10 30 min
Fixar peça entre pontas
Monte a placa arrastadora do torno.
Obs.: Limpe bem os cones e a rosca, afim de evitar acidentes e fixação descentralizada.
Verifique a centragem e o alinhamento das pontas, corrigindo se necessário (Figura 20).
Prenda o cabeçote móvel no barramento, de tal forma que a distância entre pontas seja o comprimento da peça (Figura 21).
Prender peça entre pontas e
tornear diâmetro de 30 ± 0,05
(Continua)
88
Paquímetro
Micrômetro externo com capacidade de 25mm a 50mm
Suporte para ferramenta
Ferramenta de desbastar à direita
Ferramenta de alisar
Chave de aperto do suporte e ferramenta
Contraponta
Bucha cônica de redução
Placa arrastadora
Arrastador
ferramentas e instrumentos figuRA 20
figuRA 21
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
99Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 265 0,10 30 min
Monte o arrastador na peça sem fixá-lo. Coloque a peça entre pontas e fixe o mangote, posicione e fixe o arrastador (Figura 22).
Obs.: Verifique se a ponta do arrastador está posicionada de tal forma que ao ligar o torno, o mesmo arraste a peça.
Tornear medida final de 30 ± 0,05
Prenda a ferramenta de desbastar à direita, no suporte, deixando para fora o mínimo possível.
Prenda o suporte no porta-ferramenta do torno, considerando uma posição de maior apoio possível.
Alinhe a ponta da ferramenta na altura do eixo do torno, fazendo coincidir a ponta da ferramenta com a ponta da contraponta.
Obs.: Posicione a ferramenta e verifique se a mesma poderá percorrer todo percurso sem bater na contraponta, placa e arrastador.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo trono e verifique o paralelismo, corrigindo se necessário.
Torneie na medida de 30, considerando a tolerância e o acabamento superficial indicados no desenho mecânico. Para tanto, poderá ser utilizada a ferramenta de alisar.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Prender peça entre pontas e
tornear diâmetro de 30 ± 0,05(Continuação)
88
Paquímetro
Micrômetro externo com capacidade de 25mm a 50mm
Suporte para ferramenta
Ferramenta de desbastar à direita
Ferramenta de alisar
Chave de aperto do suporte e ferramenta
Contraponta
Bucha cônica de redução
Placa arrastadora
Arrastador
ferramentas e instrumentos
figuRA 22
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
100Delineamento e aplicação prática
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SENAI
25 150 – 20 min
Prenda a ferramenta para abertura do canal em seu suporte, que poderá ser flexível, deixando para fora o mínimo possível, suficiente para atingir a dimensão de 20, sem a peça tocar no suporte (Figura 23).
Prenda o suporte no porta-ferramenta do torno, considerando uma posição de maior apoio possível e que a ferramenta se posicione a 90º do eixo da peça (Figura 24).
Marque o local do canal, podendo a marcação ser feita diretamente com a ferramenta. Para tanto, ligue a rotação do torno e efetue duas marcas limitando o canal (Figura 25).
Localize a ferramenta entre as marcas; trave o carro longitudinal; avance até tocar de leve no material, tome referência no anel graduado do carro transversal para controlar a profundidade (Figura 26).
Avance a ferramenta até próximo da profundidade, deixando material para o acabamento.
Com o carro transversal, afaste a ferramenta da peça.
Tornear canal de medida
Ø20x15(Continua)
99
Paquímetro
Suporte para ferramenta bedame
Ferramenta para abertura do canal (bedame)
Chave de aperto do suporte e ferramenta
ferramentas e instrumentos
figuRA 24
figuRA 23
figuRA 25
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
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SEqUêNCIA LÓgICA
101Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
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SENAI
Referência fixa
Anel graduado
Porca de aperto
25 150 – 20 min
Utilizando o carro superior, desloque para o lado de referência, isto é, o risco mais próximo da extremidade do cabeçote móvel.
Cuidado: Não usinar sobre o risco, pois existe medida a ser conferida (Figura 27).
Penetre transversalmente e confira a medida de 50 (30 +20). Caso esteja maior, deve-se deslocar o faltante com ajuda do anel graduado do carro superior e penetrar novamente até o indicado no anel graduado do carro transversal.
Com a medida de 50 garantida, efetue o mesmo processo para o outro lado e garanta a medida de 15 (Figura 28).
• Resta garantir a medida de ∅20, que poderá ser obtida com movimento de profundidade e deslocamento para ambos os lados conforme Figura 29.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Tornear canal de medida
Ø20x15(Continuação)
99
Paquímetro
Suporte para ferramenta bedame
Ferramenta para abertura do canal (bedame)
Chave de aperto do suporte e ferramenta
ferramentas e instrumentos
figuRA 26
figuRA 29figuRA 28figuRA 27
Representação esquemática da sequência
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Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
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102Delineamento e aplicação prática
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SENAI
Avançar pelo volante de carro longitudinal
25 400 0,10 20 min
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.
Obs.: Posicione a ferramenta e verifique se a mesma poderá percorrer todo percurso sem bater na contraponta, placa e arrastador.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.
Efetue o risco, limitando o comprimento de 30mm para o ∅20g6 (Figura 30).
Torneie na medida de 21, sem atingir o risco que limita o comprimento da área a ser torneada, sendo importante a usinagem de um pequeno rebaixo no início do torneamento (Figura 31) e seu controle pelo anel graduado (Figura 32).
Substitua a ferramenta e posicione-a de tal forma que permita efetuar o canto reto (faceamento) no final do corpo de 20g6, limitando à medida de 30 .
Torneie na medida de 20g6 e 30 . Considerando a tolerância e o acabamento superficial indicados no desenho mecânico.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Tornear Ø20g6 no
comprimento de 30
1010
Paquímetro
Micrômetro externo com capacidade de 0 a 25mm
Suporte para ferramenta
Ferramenta de desbastar à direita
Ferramenta de alisar
Chave de aperto do suporte e ferramenta
ferramentas e instrumentos
figuRA 31
figuRA 30
figuRA 32
0-0,1
0-0,1
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
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SEqUêNCIA LÓgICA
103Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
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TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 400 – 10 min
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.
Solte os parafusos da base do carro superior e gire o carro no ângulo de 45º (Figura 35).
Aperte os parafusos.
Posicione a ferramenta em área de corte e fixe o carro principal (Figura 34).
Ligue o torno e inicie o torneamento pelo extremo mais perto do eixo e, com passos finos, gire a manivela de carro superior tocando de mão, de modo que não interrompa o corte (Figura 35).
Verifique o ângulo do chanfro e a medida e complete a usinagem do chanfro.
Repita a usinagem nos demais chanfros, observando que a medida é de 1,5 em três chanfros e de 1 no chanfro posterior ao canal.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Tornear chanfros 1x45º no Ø20
e nas duas arestas do Ø30
1111
Paquímetro
Transferidor simples
Suporte para ferramenta
Ferramenta de desbastar à direita
Chave de aperto do suporte e ferramenta
ferramentas e instrumentos
figuRA 33
figuRA 34
figuRA 35
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
104Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
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SENAI
10 106 – 30 min
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de abertura de rosca triangular externa, deixando para fora o mínimo possível (Figura 38).
Prepare o torno. Dispondo da caixa de avanço coloque em posição que corresponda ao passo de 1,5.
Retire folga do carro superior, isto é, gire no sentido de avanço e zere-o.
Selecione rotação para roscar e ligue o torno.
Desloque a ferramenta pelo carro transversal até que ela toque na superfície da peça a ser usinada e zere o anel graduado do carro transversal.
Afaste a ferramenta até a posição inicial de abertura da rosca, dê uma profundidade de 0,2 e engate o carro principal.
Quando a ferramenta concluir o percurso a ser roscado, deve-se desligar a rotação do torno e afastar a ferramenta transversamente.
Com o pente de rosca, verifi que o passo da rosca (Figura 39).
Ligar rotação no sentido invertido e retornar ao ponto de entrada da rosca.
Atenção: Para não perder a posição da ferramenta em relação ao passo da rosca, deve-se utilizar apenas a alavanca da vara do torno, isto é, apenas o acionador de ligar e desligar a rotação.
Abrir rosca de 30x1,5(Continua)
1212
Paquímetro
Suporte para ferramenta
Ferramenta para abertura de rosca triangular externa por penetração perpendicular
Chave de aperto do suporte e ferramenta
Calibrador de rosca externa M30 x 1,5
Escantilhão
Verifi cador de asso de rosca
ferramentas e instrumentos
figuRA 36
figuRA 37
Veja o vídeo Processos de tornearia:
Abertura de rosca externa
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
105Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
10 106 – 30 min
Dê a profundidade de corte recomendada e ligue o torno. Chegando ao final do passe desligue a rotação, afaste a ferramenta e retorne ao ponto de partida através da inversão do sentido de rotação.
Antes de cada passe, sugere-se deslocar longitudinalmente a ferramenta, conforme Figura 38, efetuando em cada passe a inversão do sentido do deslocamento longitudinal (Figura 39).
Deve-se efetuar os últimos dois procedimentos até chegar próximo da profundidade final da rosca.
Termine a rosca, verificando com calibrador apropriado, devendo o calibrador entrar justo, porém não forçado (Figura 40).
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Abrir rosca de 30x1,5
(Continuação)
1212
Paquímetro
Suporte para ferramenta
Ferramenta para abertura de rosca triangular externa por penetração perpendicular
Chave de aperto do suporte e ferramenta
Calibrador de rosca externa M30 x 1,5
Escantilhão
Verificador de passo de rosca
ferramentas e instrumentos
figuRA 39
figuRA 38
figuRA 40
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
106Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 332 0,10 15 min
Tornear Ø24 no
comprimento de 35
1313
Paquímetro
Suporte para ferramenta
Ferramenta de desbastar à direita
Ferramenta de alisar
Chave de aperto do suporte e ferramenta
ferramentas e instrumentos
Fixar peça entre pontas pela extremidade usinada
Utilize proteção sobre o ∅20 g6 da peça que está sendo trabalhada; monte o arrastador na peça sem fixá-lo; coloque a peça entre pontas e fixe o mangote, posicione e fixe o arrastador.
Obs.: Verifique se a ponta do arrastador está posicionada de tal forma que ao ligar o torno, o mesmo arraste a peça.
Tornear ∅24 no comprimento de 25
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.
Obs.: Posicione a ferramenta e verifique se a mesma poderá percorrer todo percurso sem bater na contraponta, placa e arrastador.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.
Efetue o risco, limitando o comprimento de 25mm para o ∅24.
Torneie na medida de 25, sem atingir o risco que limita o comprimento da área a ser torneada.
Substitua a ferramenta e posicione-a de tal forma que permita efetuar o canto reto (faceamento) no final do corpo de 24, limitando à medida de 25.
Torneie o ∅24 e o comprimento de 25 considerando a tolerância e o acabamento superficial indicada no desenho mecânico.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
107Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 265 – 20 min
Tornear superfície
angular 10º(Continua)
1414
Paquímetro
Transferidor simples
Suporte para ferramenta
Ferramenta de desbastar à direita
Chave de aperto do suporte e ferramenta
ferramentas e instrumentos
figuRA 42
Tornear superfície ângular de 10º
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.
Solte os parafusos da base do carro superior e gire o carro no ângulo de 10º (Figura 41).
Aperte os parafusos.
Posicione a ferramenta na área de corte e fi xe o carro principal.
Ligue o torno e inicie o torneamento pelo extremo mais perto do eixo, e com passos fi nos, gire a manivela de carro superior tocando de mão, de modo que não interrompa o corte (Figura 42).
Verifi que o ângulo do chanfro e a medida e complete a usinagem do chanfro.
Tornear chanfro 1 x 45º
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.
Solte os parafusos da base do carro superior e gire o carro no ângulo de 45º.
Aperte os parafusos.
Posicione a ferramenta na área de corte e fi xe o carro principal.
figuRA 41
Veja o vídeo Processos de
tornearia:Inclinação da esfera para
torneamento cônico
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
torneamento cônico
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
108Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 265 – 20 min
Tornear superfície
angular 10º(Continuação)
1414
Paquímetro
Transferidor simples
Suporte para ferramenta
Ferramenta de desbastar à direita
Chave de aperto do suporte e ferramenta
ferramentas e instrumentos
Ligue o torno e inicie o torneamento pelo extremo mais perto do eixo, e com passos finos, gire a manivela de carro superior tocando de mão, de modo que não interrompa o corte.
Verifique o ângulo do chanfro e a medida e complete a usinagem do chanfro.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
109Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
– – – 5 min
Eliminar rebarbas e
realizar conferência
final das dimensões
lineares, angulares e geométricas
1515
Paquímetro
Micrômetro
Transferidor simples
Lima mursa
Calibre de rosca
ferramentas e instrumentos
Eliminar rebarbas
Retirar rebarbas com a peça ainda presa no torno, para que a ação seja realizada com mais firmeza e menor risco de pancadas e queda da peça.
Cuidado com as rebarbas para não se machucar.
Conferência final das dimensões lineares, angulares e geométricas.
Execute conferência de todas as medidas indicadas no desenho mecânico, caso alguma não atenda ao indicado no desenho, deve-se efetuar a correção.
Efetue a completa limpeza da peça e efetue a entrega.
110Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
ANOTE AQUIANOTE AQUI
111Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
SEqUêNCIA LÓgICApARA
USINAgEM DA LUvA
SEqUêNCIA LÓgICApARA
USINAgEM DA LUvA
Realizar conferência das dimensões dos materiais
Eliminar rebarbas e realizar conferência
final das dimensões lineares, angulares e geométricas
Prender a peça na placa universal e facear e tornear
externamente no Ø42
1 2 31 2 3
Efetuar furo de 3/4” passante
Broquear furo para 19,80mm e calibrar furo com alargador Ø20H7
Tornear chanfros Ø20
4 5 64 5 6
Virar a peça prendendo-a pelo Ø42 usinado,
facear no comprimento final e tornear
chanfros no Ø20
Tornear Ø40 utilizando mandril
Eliminar rebarbas e realizar conferência
final das dimensões lineares, angulares e geométricas
7 8 97 8 9
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
112Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
– – – 2 min
Realizar conferência
das dimensões dos materiais
11
Régua graduada
Paquímetro quadrimensional
ferramentas e instrumentos
Pelo fato de o material estar bruto, aconselha-se utilizar a régua graduada para a verificação das medidas de comprimento e de diâmetro, evitando o uso de instrumento de maior precisão sem necessidade.
Realize conferência das medidas dos materiais, baseando-se nas dimensões indicadas na legenda do desenho técnico (Figuras 1 e 2).
Obs.: O matrial deve ter dimensões suficientes para ser usinado, isto é, obter as dimensões de ∅40 x 30mm
Uso da régua graduada
Uso do paquímetro
1 3/4’’
35
figuRA 1
figuRA 2
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
113Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
– – – 5 min
Eliminar rebarbas e
realizar conferência
final das dimensões
lineares, angulares e geométricas
22
Lima paralela bastarda picado cruzado (Figura 3)
ferramentas e instrumentos LimafiguRA 3
Importante fixar peça em uma morsa, para que a ação de limar seja realizada com mais firmeza.
Cuidado com as rebarbas para não se machucar.
A eliminação das rebarbas, além de evitar condição insegura de corte, poderá evitar acidentes com o desprendimento da peça da placa e facilitará a ação de torneamento, principalmente no momento do início do corte.
Obs.: Provavelmente você só encontrará rebarbas nas arestas dos cortes da secção do material, proveniente do corte por serra.
Caso o corte tenha ocorrido por método com elevada geração de calor, sugere-se o uso do equipamento moto-esmeril.
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
114Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 177 0,10 15 min
Prender a peça na placa
universal e facear e tornear
externamente no Ø42
33
Paquímetro
Chave de aperto da placa universal
Suporte para ferramenta
Ferramenta de facear à direita
Chave de aperto do suporte e ferramenta
Contraponta
Bucha cônica de redução
Graminho
ferramentas e instrumentos
Prender peça na placa universal
Deixar para fora da placa o comprimento de 20mm, suficiente para realizar a sequência de faceamento.
O material deverá estar centrado, isto é, ao girar não deve oscilar. Caso não fique centrado, mude de posição, girando sobre si, até ficar centrado e bem apoiado na pega das três castanhas da placa.
Verifique a centricidade do material com o auxílio do graminho.
Facear
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de facear à direita.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.
Aproxime a ferramenta da face até tocá-la e fixe o carro longitudinal.
Afaste a ferramenta para fora da peça, dê profundidade com a ajuda do anel graduado do carro porta-ferramenta e avance manualmente até o centro do material.
Não ultrapasse o centro do material, pois certamente danificará a ferramenta.
Dê profundidade e faceie até a regularização completa da face da peça.
Agora que você já tem a sensibilidade da ação de corte em um faceamento, dê um último passo utilizando o movimento automático transversal.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Tornear ∅42
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita.
Desloque a ferramenta ao máximo na direção da placa universal, ligue o torno e efetue um risco com a ponta da ferramenta, limitando assim o ponto de chegada do corte.
Torneie na medida de 42.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
115Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 995/420 – 20 min
Efetuar furo de 3/4”
passante(Continua)
44
Paquímetro
Mandril porta-brocas
Broca de centrar
Broca helicoidal de 5/16” e 3/4”
Chave de aperto do mandril porta-broca
Chave de aperto do cabeçote móvel
ferramentas e instrumentos
figuRA 4
figuRA 5
Furo de centrar
Montar broca de centrar e prender broca e cabeçote móvel.
Obs.: O cabeçote deverá estar alinhado com o eixo do material.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno e efetue a furação obtendo a medida desejada.
Furar passante em 3/4”
Verifique o diâmetro da broca com o paquímetro, medido sobre as guias, sem girá-la (Figura 4).
Em razão de o furo ser maior que 1/2” mm, se faz necessário uma furação inicial: optamos por ela ser de 5/16”.
Prenda o mandril porta-brocas no mangote do cabeçote móvel, com auxílio da bucha de redução.
Prenda a broca helicoidal de 5/16” no mandril com auxílio da chave de aperto do mandril.
Aproxime a broca da face da peça a ser furada, por meio do deslocamento do cabeçote móvel e fixe-o quando a broca estiver à aproximadamente 10 mm da face (Figura 5).
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
116Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 995/420 – 20 min
Efetuar furo de 3/4”
passante(Continuação)
44
Paquímetro
Mandril porta-brocas
Broca de centrar
Broca helicoidal de 5/16” e 3/4”
Chave de aperto do mandril porta-broca
Chave de aperto do cabeçote móvel
ferramentas e instrumentos
Obs.: O cabeçote deverá estar alinhado como eixo do material.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.
Através do volante do cabeçote móvel, aproxime a broca e efetue o furo passante (Figura 6).
Obs.: Utilize refrigeração.
Eventualmente afaste a broca para fora da peça permitindo a limpeza dos cavacos.
Desligue o torno e quando o eixo parar totalmente, efetue a medição.
Substitua a broca helicoidal de 5/16” pela broca helicoidal de 3/4”, regule a rotação do torno e efetue furação final.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
figuRA 6
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
117Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 400/120 0,10 30 min
Broquear furo para
19,80mm e calibrar furo
com alargador Ø20H7
(Continua)
55
Paquímetro
Micrômetro interno com capacidade para 20mm
Calibrador passa não passa de 20H7
Alargador para máquina 20H7
Ferramenta de broquear ∅19
Porta alargador auto centrante.
Bucha cônica de redução
ferramentas e instrumentos
figuRA 7
figuRA 8
figuRA 9
Broquear furo para 19,80mm
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de broquear (Figura 7).
Teste o percurso da ferramenta, garantindo que a passagem pelo furo esteja livre de choque.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.
Aproxime a ferramenta da face até toca-la e fixe o carro longitudinal.
Afaste a ferramenta para fora da peça, dê profundidade com a ajuda do anel graduado do carro transversal.
Obs.: A penetração da profundidade é o inverso do torneamento interno.
Manualmente efetue pequeno rebaixo na entrada do furo.
Desligue o torno, afaste a ferramenta para fora, efetue medição, corrija a profundidade do passe e ligue o torno.
Agora que você já tem a sensibilidade da ação de corte em um broqueamento, dê um último passo utilizando o movimento automático longitudinal.
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
118Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 400/120 0,10 30 min
Broquear furo para
19,80mm e calibrar furo
com alargador Ø20H7
(Continua)
55
Paquímetro
Micrômetro interno com capacidade para 20mm
Calibrador passa não passa de 20H7
Alargador para máquina 20H7
Ferramenta de broquear ∅19
Porta alargador auto centrante.
Bucha cônica de redução
ferramentas e instrumentos
figuRA 10
figuRA 11
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Calibrar furo com alargador ∅20H7
Monte e posicione o porta-alargador autocentrante (Figura 8). Na sua ausência prenda o alargador diretamente no cabeçote ou com auxílio da bucha cônica (Figura 9).
Ligue o torno e introduza o alargador com giro uniforme do volante do cabeçote móvel.
Após passar todo alargador pelo furo, recue o alargador girando o material para o mesmo sentido da usinagem.
Desligue o torno efetue limpeza do furo e verifique a medida, com micrômetro interno (Figura 10) ou calibrador do tipo passa não passa (Figura 11).
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
119Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 400 – 10 min
Tornear chanfros Ø20
66
Paquímetro
Transferidor simples
Suporte para ferramenta
Ferramenta de broquear
Chave de aperto do suporte e ferramenta
ferramentas e instrumentos
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de broquear, deixando para fora o mínimo possível.
Solte os parafusos da base do carro superior e gire o carro no ângulo de 45º.
Aperte os parafusos.
Posicione a ferramenta em área de corte e fixe o carro principal.
Ligue o torno e inicie o torneamento pelo extremo mais perto do eixo, e, com passos finos, gire a manivela de carro superior tocando de mão, de modo que não interrompa o corte.
Verifique o ângulo do chanfro e a medida, em seguida, complete a usinagem do chanfro.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
120Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 177/400 0,10 20 min
Virar a peça prendendo-a
pelo Ø42 usinado, facear no
comprimento final e tornear
chanfros no Ø20
77
Paquímetro
Mandril porta-brocas
Broca de centrar
Chave de aperto do mandril porta-broca
Chave de aperto do cabeçote móvel
Suporte para ferramenta
Ferramenta de facear à direita
Chave de aperto do suporte e ferramenta
Contraponta
Bucha cônica de redução
Graminho
ferramentas e instrumentos
Virar a peça prendendo-a pelo ∅42 usinado
Prenda a peça na placa universal pela parte torneada, deixando para fora a parte ainda não torneada.
Verifique a centricidade do material com o auxílio do graminho.
Facear na medida de 30 mm
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de facear à direita.
Certifique-se de que chave da placa não esteja na placa, a ferramenta e seu suporte estejam bem presos, as alavancas do automático do torno estejam em posição neutra.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.
Aproxime a ferramenta da face até tocar e fixe o carro longitudinal.
Afaste a ferramenta para fora da peça, dê profundidade com a ajuda do anel graduado do carro porta-ferramenta e avance manualmente até ao centro do material.
Faceie até obter a medida de 30 mm.
Tornear chanfros no ∅20
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de broquear, deixando para fora o mínimo possível.
Solte os parafusos da base do carro superior e gire o carro no ângulo de 45º.
Aperte os parafusos.
Posicione a ferramenta em área de corte e fixe o carro principal.
Ligue o torno e inicie o torneamento pelo extremo mais perto do eixo, e com passos finos, gire a manivela de carro superior tocando de mão, de modo que não interrompa o corte.
Verifique o ângulo do chanfro e a medida e complete a usinagem do chanfro.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
+0,100
+0,100
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
121Delineamento e aplicação prática
proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS Senai-rJ
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
25 200 0,10 30 min
Tornear Ø40
utilizando mandril
88
Paquímetro
Suporte para ferramenta
Ferramenta de desbastar à direita
Ferramenta de alisar
Chave de aperto do suporte e ferramenta
Mandril e chave de aperto
ferramentas e instrumentos
Fixar peça em mandril
Monte a peça no mandril, na medida justa, isto é, sem folga excessiva.
Monte a placa arrastadora do torno.
Obs.: Limpe bem cones e rosca, afim de evitar acidentes e fixação descentralizada.
Verifique a centragem e o alinhamento das pontas, corrigindo se necessário.
Prenda o cabeçote móvel no barramento, de tal forma que a distância entre pontas seja o comprimento da peça.
Monte o arrastador no mandril sem fixá-lo. Coloque a peça entre as pontas e fixe o mangote; posicione e fixe o arrastador.
Obs.: Verifique se a ponta do arrastador está posicionada de tal forma que ao ligar o torno, o mesmo arraste o mandril.
Tornear medida final de 40
Prenda, alinhe e posicione a ferramenta de desbastar à direita, deixando para fora o mínimo possível.
Obs.: Posicione a ferramenta e verifique se a mesma poderá percorrer todo percurso sem bater na contraponta, placa e arrastador.
Ligue a máquina na RPM calculada ou a mais próxima abaixo da calculada permitida pelo torno.
Torneie na medida de 40, considerando a tolerância e o acabamento superficial indicada no desenho mecânico.
Obs.: Toda ação de corte deve ser acompanhada com o uso de refrigeração e uso de EPI (equipamento de proteção individual) exigido para o uso de máquinas-ferramentas.
Representação esquemática da sequência
PARâmetRos de coRte
Pontos críticos (chave)
tempo de execução estimado (min)Velocidade de corte - (m/min) Avanço (mm/min)Rotação por minutos (RPm)
SEqUêNCIA LÓgICA
SEqUêNCIA LÓgICA
122Delineamento e aplicação prática
Senai-rJ proGrama De atUaliZação tecnolÓGica De DocenteS
M Ó D U L OMETALMECÂNICA
TORNEARIA MECÂNICA
SENAI
– – – 5 min
Eliminar rebarbas e
realizar conferência
final das dimensões
lineares, angulares e geométricas
99
Paquímetro
Micrômetro
Transferidor simples
Lima mursa
Calibre de rosca
ferramentas e instrumentos
Eliminar rebarbas
Retirar rebarbas com a peça ainda presa no torno, para que a ação seja realizada com mais firmeza e menor risco de pancadas e queda da peça.
Cuidado com as rebarbas para não se machucar.
Conferência final das dimensões lineares, angulares e geométricas.
Execute conferência de todas as medidas indicadas no desenho mecânico, caso alguma não atenda ao indicado no desenho, deve-se efetuar a correção.
Efetue a completa limpeza da peça e efetue a entrega.
123Metrologia
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TORNEARIA MECÂNICA
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Metrologia
rugosidade superficial
tolerância geométrica
Máquina de medição por coordenadas (MMC)
Oque se aprende
profundamente jamais se esqueceA. Ro s s A to
“
Metrologia
NESSE CApíTULO vOCê ENCONTRANESSE CApíTULO vOCê ENCONTRA77
124Metrologia
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MetrologiaA metrologia garante a qualidade do produto fi nal favo-
recendo as negociações pela confi ança do cliente, sendo
um diferenciador tecnológico e comercial para as empre-
sas. Reduz o consumo e o desperdício de matéria-prima
pela calibração de componentes e equipamentos, aumen-
tando a produtividade.
E ainda reduz a possibilidade de rejeição do produto,
resguarda os princípios éticos e morais da empresa no
atendimento das necessidades da sociedade em que está
inserida, evita desgastes que podem comprometer sua
imagem no mercado.
A seguir, são apresentadas três áreas (medição de ru-
gosidade –parâmetro Ra, tolerância geométrica e máqui-
na de medição por coordenadas) que são intimamente li-
gadas à metrologia; ou seja, a prática dessas áreas requer
um conhecimento mínimo da ciência metrologia.
rugosidade superfi cialÉ o conjunto de irregularidades, isto é,
pequenas saliências e reentrâncias que
caracterizam uma superfície. Essas irregularidades po-
dem ser avaliadas com aparelhos eletrônicos, a exemplo
do medidor de rugosidade, mais conhecido como rugo-
símetro. A rugosidade desempenha um papel importan-
te no comportamento dos componentes mecânicos.
defi niçõesA seguir estão defi nidas superfícies, perfi s de peças:
A rugosidade superfi cial tem infl uência nos seguintes itens:
Qualidade de
deslizamento
Resistência ao desgaste
Transferência de calor
Qualidade de superfícies
de padrões e
componentes ópticos
Possibilidade de ajuste
do acoplamento forçado
Resistência oferecida
pela superfície ao
escoamento de fl uidos
e lubrifi cantes
Qualidade de aderência
que a estrutura oferece
às camadas protetoras
Resistência à corrosão
e à fadiga
Vedação
Aparência
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEA metrologia garante a qualidade do produto fi nal favo-
recendo as negociações pela confi ança do cliente, sendo
um diferenciador tecnológico e comercial para as empre-
sas. Reduz o consumo e o desperdício de matéria-prima
pela calibração de componentes e equipamentos, aumen-
SUPERFÍCIE GEOMéTRICA
SUPERFÍCIE REAL
Por defi nição sem erros
Da própria peça
SUPERFÍCIE EFETIVA
Captada pelo rugosímetro
PERFIL GEOMéTRICO
Por defi nição sem erros
Veja o vídeo de Rugosidade.
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
125Metrologia
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PERFIL REAL PERFIL COMPOSTO
PERFIL EFETIVO
PERFIL DE RUGOSIDADE
LInhA MéDIA
Gerado pelo corte perpendicular Rugosidade + ondulação
Gerado pelo sistema de medição
Já filtrado
Posicionada de tal forma que a soma das áreas acima seja igual à soma das áreas abaixo
Ys
Linha média
Yi
126Metrologia
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Componentes de rugosidade
a importância da rugosidade
Aumento da resistência ao desgaste
Ajuste de rolamentos em eixos
Manutenção de fi lme lubrifi cante em mancais
Resistência ao lascamento da aresta de corte
Resistência à corrosão de cilindros hidráulicos
Infl uência na capacidade relativa de carga
Infl uência na transmissão de calor
Qualidade de imagem de componentes ópticos
Aspecto estético
figura
Componentes de rugosidade11
figuraRugosidade x ondulação x erro de forma22
figura
Filtragem da ondulação33
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Veja aqui a legenda da Figura 2 (A) rugosidade
Textura primária (herança do meio
de ataque)
(B) Ondulação
Textura secundária
(derivada da usinagem,
tratamento térmico etc.)
(C) Erro de forma
Geometria (retilinidade,
conicidade etc.)
figura
(derivada da usinagem,
tratamento térmico etc.)
Geometria (retilinidade,
onde: le1 = comprimento idealH1 = Profundidade da rugosidadele2 = comprimento que ainda incorpora ondulaçãoH2 = Profundidade que incorpora ondulação
AA rugosidade = textura primária (herança do meio de ataque)bb ondulação = textura secundária (derivada da usinagem,
tratamento térmico etc.)CC erro de forma = geometria (retilinidade, conicidade etc.)
amplitude da ondulação
comprimento da rugosidade
orientação dos sulcos
amplitude da ondulação amplitude da ondulação
4
2
51
3
127Metrologia
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distância entre suLcos cutoff
> 0,01mm a 0,032mm
> 0,032mm a 0,1mm
> 0,1mm a 0,32mm
> 0,32mm a 1mm
> 1mm a 3,2mm
0,08mm
0,25mm
0,8 m
2,5mm
8mm
rugosidade ra cutoff rugosidade rz cutoff
Conceito de filtragem quadro quadro quadro
perfil periódico perfil periódico perfil periódico1 2 31 2 3
figura
Gráfico do valor de cutoff66
figura
figura
Uma linha média para cada perfil dentro do cutoff
Todas as linhas médias são alinhadas
4
5
4
5
Valor de cutoffAcabamentos com ferramentas conformadas, usando ve-
locidade e avanço constante. Veja o Quadro 1.
Os acabamentos com rebolo, ataque químico, entre
outros estão nos Quadros 2 e 3.
< 0,1µm
> 0,1µm a 2µm
> 2µm a 10µm
> 10µm
< 0,5µm
> 0,5µm a 10µm
> 10µm a 50µm
> 50µm
0,25mm
0,8mm
2,5mm
8mm
0,25mm
0,8mm
2,5mm
8mm
Linha média
128Metrologia
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BOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDE
Filtros
Confi ra. Nesta página você tem um conjunto de três fi guras.
A Figura 7 mostra o Processamento da
fi ltragem elétrica.
A Filtragem mecânica com patim
está na Figura 8 e a Filtragem mecânica
sem patim, na Figura 9.
figura
processamento da fi ltragem elétrica77
figura figura
Filtragem mecânica com patim Filtragem mecânica sem patim8 98 9
direção de medição
direção de medição
Patim
129Metrologia
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figura
Obtenção do parâmetro de rugosidade1010
Classifi cação de parâmetrosOs parâmetros de rugosidade podem ser classifi cados em
três categorias:
Amplitude Espaçamento Híbridos
Parâmetro ra
O parâmetro de rugosidade mais utilizado baseia-se nas
medidas de profundidade da rugosidade. Matematica-
mente, Ra é média aritmética dos valores absolutos das
ordenadas do perfi l efetivo em relação à linha média num
comprimento de amostragem. Um meio de visualizar co-
mo o Ra é obtido é o seguinte:
O parâmetro Ra, também, conhecido no passado, co-
mo Linha Média Central (CLA) ou no EUA, Média Aritmé-
tica (AA). Onde Ra é a média aritmética dos valores abso-
lutos das ordenadas do perfi l efetivo em relação à linha
média num comprimento de amostragem.
Pode ser calculado da seguinte forma:
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
A Figura 10 estruturada nas normasRaMédia aritmética dos valores absolutos das ordenadas do perfi l efetivo em relação à linha média num comprimento de amostragem
CLALinha Média Central
AAMédia aritmética
amostragem
Linha Média
onde: A = Média da soma das áreas acima e abaixo da linha média
Lc = comprimento analisado para a obtenção de a.
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
GRÁFICO AGRÁFICO A A linha média X-X é ajustada aos dados de medição
GRÁFICO bGRÁFICO b As parcelas do perfi l dentro do comprimento de amostragem “l” e abaixo da linha média são invertidos e colocados acima da linha
GRÁFICO CGRÁFICO C Ra é a altura média do perfi l acima da linha média original
A linha média X-X é ajustada aos dados de medição
As parcelas do perfi l dentro do comprimento de amostragem “l” e abaixo da linha média são invertidos e colocados acima da linha
Ra é a altura média do perfi l acima da linha média original
ouALc
Ra =1L
Ra = . y . dxL
O
.
NormasRa – ISO 4287:1997CLA – BSI 1134:1961AA – ASA – B46.1:1955
130Metrologia
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Emprego do ra
O parâmetro Ra pode ser empregado nas situações:
Controle da rugosidade continuamente nas linhas de
produção, devido à sua facilidade de obtenção
Superfícies onde o acabamento apresenta os sulcos de
usinagem bem orientados (torneamento, fresagem etc.)
Superfícies de pouca responsabilidade (ex.: acabamen-
tos para fi ns apenas estéticos)
Causas dos desvios de formaOs desvios de forma que afetam as dimensões nominais
das peças podem ser ocasionados por diversos fatores, sen-
do os principais (conhecidos por 6M) destacados abaixo:
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
MATERIAL DA PEÇAMATERIAL DA PEÇA
Usinabilidade, conformabilidade ou dureza.
MEIO DE MEDIÇÃOMEIO DE MEDIÇÃO
Incerteza de medição, adequação do instrumento ao
mensurando.
MÁQUInA-FERRAMEnTAMÁQUInA-FERRAMEnTA
Ferramenta de corte, defeitos nas guias, erros de
posicionamento.
MÃO DE ObRAMÃO DE ObRA
Erros de interpretação, falta de treinamento.
MEIO AMbIEnTEMEIO AMbIEnTE
Variação de temperatura, limpeza do local de
trabalho.
MéTODOMéTODO
Processo de fabricação para obtenção da peça,
parâmetros de corte.
Usinabilidade, conformabilidade ou dureza.BOLA NA REDEBOLA NA REDE
tos para fi ns apenas estéticos)
VAnTAGEM DO RaVAnTAGEM DO Ra
O parâmetro Ra tem as seguintes vantagens:
É o mais utilizado em todo o mundo.
É aplicável à maioria dos processos de fabricação.
Devido a sua grande utilização, quase a totalidade dos
equipamentos o apresentam.
Os riscos superfi ciais inerentes ao processo, não alteram
substancialmente o seu valor.
DESVAnTAGEM DO RaDESVAnTAGEM DO Ra
O parâmetro Ra tem as seguintes desvantagens:
Não sofrerá grande alteração se aparecer um pico ou vale
não típico da superfície, ocultando tal defeito.
Não defi ne a forma das irregularidades do perfi l. poderemos
ter um mesmo valor de Ra para processos de usinagem
diferentes, veja Figura 11.
figura Diversas formas com mesmo valor de Ra1111
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Tolerância geométricaOs desvios geométricos permissíveis para a peça são pre-
viamente indicados, aplicando-se tolerâncias geométricas
que são os limites dentro dos quais as dimensões e formas
geométricas possam variar sem que haja comprometimen-
to do funcionamento e intercambiabilidade das peças.
Tais desvios podem ser macrogeométricos, sendo des-
vios macroscópicos como retilineidade, planeza, dimen-
sões nominais e desvios microgeométricos, sendo desvios
superficiais microscópicos como rugosidade e aspereza.
A Figura 1 a seguir apresenta os tipos de tolerâncias que
compõem as tolerâncias geométricas.
figura
Quadro geral das tolerâncias geométricas1212
a importância da tolerância geométricaA execução da peça dentro da tolerância dimensional não
garante, por si só, um funcionamento adequado. Veja um
exemplo na Figura 13.
figura
Desenho técnico de um pino1313
A Figura 13 AA mostra o desenho técnico de um pino,
com indicação das tolerâncias dimensionais. A Figura 13 bb
mostra como ficou a peça depois de executada, com a in-
dicação das dimensões efetivas.
Note que, embora as dimensões efetivas do pino este-
jam de acordo com a tolerância dimensional especifica-
da no desenho técnico, a peça real não é exatamente igual
à peça projetada. Pela ilustração você percebe que o pino
está deformado.
AA bb
132Metrologia
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Não é sufi ciente que as dimensões da peça estejam den-
tro das tolerâncias dimensionais previstas. E necessário
que as peças estejam dentro das formas previstas para po-
derem ser montadas adequadamente e para que funcio-
nem sem problemas. Do mesmo modo que é praticamen-
te impossível obter uma peça real com as dimensões no-
minais exatas, também é muito difícil obter urna peça re-
al com formas rigorosamente idênticas às da peça proje-
tada. Assim, desvios de formas dentro de certos limites não
chegam a prejudicar o bom funcionamento das peças.
Quando dois ou mais elementos de uma peça estão as-
sociados, outro fator deve ser considerado: a posição re-
lativa desses elementos entre si.
As variações aceitáveis das formas e das posições dos
elementos na execução da peça constituem as tolerâncias
geométricas.
Interpretar desenhos
técnicos com indicações de
tolerâncias geométricas.
Como se trata de um
assunto muito complexo,
será dada apenas uma visão
geral, sem a pretensão de
esgotar o tema. O
aprofundamento virá com
muito estudo e com a
prática profi ssional.
UMA LUZUMA LUZLUZLUZLUZLUZLUZ
Tolerâncias de forma
As tolerâncias de forma são os desvios que um elemento
pode apresentar em relação à sua forma geométrica ideal.
As tolerâncias de forma vêm indicadas no desenho técni-
co para elementos isolados, como por exemplo, uma su-
perfície ou uma linha. Acompanhe um exemplo, para en-
tender melhor.
Analise das vistas frontal e lateral esquerda do mode-
lo prismático a seguir caracterizado.
Note que a superfície S, projetada no desenho, é uma
superfície geométrica ideal plana.
figura
Modelo prismático1414
S
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Após a execução, a superfície real da peça S’ pode não
fi car tão plana como a superfície ideal S. Entre os desvios
de planeza, os tipos mais comuns são a concavidade e a
convexidade.
figura
figura
Forma real côncava
Forma real convexa
15
16
15
figura
Forma real côncava1717
16
A tolerância de planeza corresponde à distância t en-
tre dois planos ideais imaginários, entre os quais deve en-
contrar-se a superfície real da peça.
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
Observe que na Figura 17,
acima, o espaço situado
entre os dois planos paralelos
é o campo de tolerância.
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
Observe que na Figura 17,
acima, o espaço situado
entre os dois planos paralelos
é o campo de tolerância.
S
S
S
S
134Metrologia
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Tolerâncias de orientação
Quando dois ou mais elementos são associados pode ser
necessário determinar a orientação precisa de um em re-
lação ao outro para assegurar o bom funcionamento do
conjunto. Veja um exemplo.
A Figura 18 AA mostra que o eixo deve ser perpendicu-
lar ao furo. Observe, na Figura 18 bb , como um erro de per-
pendicularidade na execução do furo afeta de modo ina-
ceitável a funcionalidade do conjunto. Daí a necessidade
de se determinarem, em alguns casos, as tolerâncias de
orientação. Na determinação das tolerâncias de orienta-
ção geralmente um elemento é escolhido como referên-
cia para indicação das tolerâncias dos demais elementos.
O elemento como referência pode ser uma linha, como
por exemplo, o eixo de uma peça. Pode ser, ainda, um pla-
figura
figura
Tolerância de orientação1818
Tolerância de paralelismo1919
AA bb
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
As tolerâncias de orientação podem ser de:
Paralelismo
Perpendicularidade
Inclinação
A seguir, você vai aprender a
identifi car cada um desses
tipos de tolerâncias.
As tolerâncias de orientação
A seguir, você vai aprender a
no, como por exemplo, uma determinada face da peça. E
pode ser até mesmo um ponto de referência, como por
exemplo, o centro de um furo. O elemento tolerado tam-
bém pode ser uma linha, uma superfície ou um ponto.
As tolerâncias de orientação podem ser de: paralelis-
mo, perpendicularidade e inclinação. A seguir, você vai
aprender a identifi car cada um desses tipos de tolerâncias.
Tolerância de paralelismo
Observe a Figura 19. Nesta peça, o eixo do furo superior de-
ve fi car paralelo ao eixo do furo inferior, tomado como re-
ferência. O eixo do furo superior deve estar compreendido
dentro de uma zona cilíndrica de diâmetro t, paralela ao
eixo do furo inferior, que constitui a reta de referência.
135Metrologia
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Nesta peça (Figura 20), o eixo do furo vertical B deve
fi car perpendicular ao eixo do furo horizontal C. Portan-
to, é necessário determinar a tolerância de perpendicu-
landade de um eixo em relação ao outro.
Tomando como reta de referência o eixo do furo C, o
campo de tolerância do eixo do furo B fi ca limitado por
dois planos paralelos, distantes entre si uma distância t e
perpendiculares à reta de referência.
figuraTolerância de perpendicularidade2020
figura
Campo de tolerância do eixo2121
Na peça mostrada na Figura 19, na página ao lado, do
exemplo anterior, o elemento tolerado foi uma linha re-
ta: o eixo do furo superior.
O elemento tomado como referência também é uma
linha, o eixo do furo inferior.
Mas, há casos em que a tolerância de paralelismo de
um eixo é determinada tomando-se como referência uma
superfície plana.
Qualquer que seja o elemento
tolerado e o elemento de
referência, a indicação de
tolerância de paralelismo, nos
desenhos técnicos, vem sempre
precedida do símbolo //.
UMA LUZUMA LUZLUZLUZLUZLUZLUZ
Dependendo da forma da peça, pode ser mais conve-
niente indicar a tolerância de perpendicularidade de uma
linha em relação a um plano de referência.
reta de referência
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Tolerância de inclinação
O furo da peça representada na Figura 22 a seguir deve fi -
car inclinado em relação à base.
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Nos desenhos técnicos,
a indicação das
tolerâncias de
perpendicularidade
vem precedida do
símbolo: ⊥
Nos desenhos
técnicos,
a indicação de
tolerância de
inclinação vem
precedida do
símbolo: ∠
figura
Furo da peça2222
Para que o furo apresente a inclinação correta é neces-
sário determinar a tolerância de inclinação do eixo do fu-
ro. O elemento de referência para determinação da tole-
rância, neste caso, é o plano da base da peça.
O campo de tolerância é limitado por duas retas para-
lelas, distantes entre si uma distância t, que formam com
a base o ângulo de inclinação especifi cado α.
Em vez de uma linha, como no exemplo ilustrado na
Figura 22, o elemento tolerado pode ser uma superfície.
figura
Tolerância de inclinação2323
Tolerância de posição
Quando tomamos como referência à posição, três tipos
de tolerância devem ser considerados:
Localização
Concentricidade
Simetria
Saiba como identifi car cada um desses tipos de tolerân-
cia acompanhando com atenção as próximas explicações.
a indicação de
tolerância de
inclinação vem
precedida do
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Tolerância de localização
Quando a localização exata de um elemento, como por
exemplo: uma linha, um eixo ou uma superfície é essen-
cial para o funcionamento da peça, sua tolerância de lo-
calização deve ser determinada. Observe na Figura 24, a
placa com furo.
figura
placa com furo2424
Como a localização do furo é importante, o eixo do fu-
ro deve ser tolerado. O campo de tolerância do eixo do fu-
ro é limitado por um cilindro de diâmetro t. O centro des-
te cilindro coincide com a localização ideal do eixo do ele-
mento tolerado. Observe a Figura 25 ao lado.
Tolerância de concentricidade ou coaxialidade
Quando duas ou mais fi guras geométricas planas regula-
res têm o mesmo centro, dizemos que elas são concêntri-
cas. Quando dois ou mais sólidos de revolução têm o ei-
xo comum, dizemos que eles são coaxiais. Em diversas
peças, a concentricidade ou a coaxialidade de partes ou
de elementos, é condição necessária para seu funciona-
mento adequado. Mas, determinados desvios, dentro de
limites estabelecidos, não chegam a prejudicar a funcio-
nalidade da peça. Daí a necessidade de serem indicadas
as tolerâncias de concentricidade ou de coaxialidade.
Veja a Figura 26 que mostra o desenho da peça.
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
A indicação da
tolerância de
localização,
nos desenhos
técnicos, é
antecedida pelo
símbolo: ⊕
A tolerância de
concentricidade
é identifi cada,
nos desenhos técnicos,
pelo símbolo:
VENTOVENTOVENTOVENTOVENTO
antecedida pelo
A tolerância de
concentricidade
é identifi cada,
nos desenhos técnicos,
figura
Tolerância de concentricidade2626figura
Eixo do furo2525
138Metrologia
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A peça da Figura 26 é composta por duas partes de di-
âmetros diferentes. Mas, os dois cilindros que formam a
peça são coaxiais, pois têm o mesmo eixo. O campo de to-
lerância de coaxialidade dos eixos da peça fi ca determi-
nado por um cilindro de diâmetro t cujo eixo coincide
com o eixo ideal da peça projetada.
Tolerância de simetria
Em peças simétricas é necessário especifi car a tolerância
de simetria. Observe a peça a seguir, representada em
perspectiva e em vista única na Figura 27.
figura
Tolerância de simetria2727
BATER DE FRENTEBATER DE FRENTE
Nos desenhos
técnicos, a
indicação de
tolerância de
simetria vem
precedida pelo
símbolo:
A peça da Figura 26 é composta por duas partes de di-
âmetros diferentes. Mas, os dois cilindros que formam a
peça são coaxiais, pois têm o mesmo eixo. O campo de to-
lerância de coaxialidade dos eixos da peça fi ca determi-
nado por um cilindro de diâmetro t cujo eixo coincide
BATER DE FRENTE
técnicos, a
tolerância de
simetria vem
Preste atenção ao plano que divide a peça em duas par-
tes simétricas (Figura 27). Na vista frontal, a simetria vem
indicada pela linha de simetria que coincide com o eixo
da peça. Para determinar a tolerância de simetria, toma-
mos como elemento de referência o plano médio ou eixo
da peça. O campo de tolerância é limitado por dois pla-
nos paralelos, equidistantes do plano médio de referên-
cia, e que guardam entre si uma distância t. É o que mos-
tra a próxima Figura 28.
Há ainda um outro tipo de tolerância que você preci-
sa conhecer para adquirir uma visão geral deste assunto:
tolerância de batimento.
figura
Campo de tolerância2828
139Metrologia
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Tolerância de batimento
Quando um elemento dá uma volta completa em torno
de seu eixo de rotação, ele pode sofrer oscilação, isto é,
deslocamentos em relação ao eixo. Dependendo da fun-
ção do elemento, esta oscilação tem de ser controlada pa-
ra não comprometer a funcionalidade da peça. Por isso,
é necessário que sejam determinadas as tolerâncias de
batimento, que delimitam a oscilação aceitável do ele-
mento. As tolerâncias de batimento podem ser de dois ti-
pos: axial e radial.
Axial, você já sabe, refere-se a eixo. Batimento axial
quer dizer balanço no sentido do eixo. O campo de tole-
rância, no batimento axial, fi ca delimitado por dois pla-
nos paralelos entre si, a uma distância te que são perpen-
diculares ao eixo de rotação.
O batimento radial, por outro lado, é verifi cado em re-
lação ao raio do elemento, quando o eixo der uma volta
completa. O campo de tolerância, no batimento radial é
delimitado por um plano perpendicular ao eixo de giro
que defi ne dois círculos concêntricos, de raios diferentes.
A diferença t dos raios corresponde à tolerância radial.
figura
figura
Batimento axial
Batimento radial
29
30
29
30
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
As tolerâncias
de balanço
são indicadas,
nos desenhos
técnicos,
precedidas
do símbolo:
são indicadas,
Cabe ressaltar que a execução de peças com indicação
de tolerâncias geométricas é tarefa que requer grande ex-
periência e habilidade.
A interpretação completa deste tipo de tolerância exige conhecimentos muito mais aprofundados, que escapam ao objetivo deste curso.
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
A interpretação completa deste tipo de tolerância exige conhecimentos muito mais aprofundados, que escapam ao objetivo deste curso.
LIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETALIGAÇÃO DIRETA
140Metrologia
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Máquina de medição por coordenadas (MMC)Ao longo de alguns anos ocorreu intensivo desenvolvi-
mento tecnológico nos processos de usinagem das peças,
destacando-se o surgimento dos centros de usinagem com
comando numérico. Paralelamente, refi naram-se as exi-
gências quanto à conformidade geométrica dos compo-
nentes de sistemas mecânicos resultando em especifi ca-
ções mais severas de projeto, de modo a garantir um ele-
vado desempenho funcional dos mesmos. Pelo não de-
senvolvimento da tecnologia de medição no mesmo rit-
mo, criou-se uma defasagem tecnológica a tal ponto, que
o controle de certas peças tornava-se extremamente difí-
cil e economicamente inviável.
Por intermédio de uma máquina de medição por co-
ordenadas determina-se, de forma universal, com um mí-
nimo de dispositivos e instrumentos específi cos, as coor-
denadas de certos pontos sobre as peças a controlar. Tais
pontos convenientemente processados pelo computador
associado resultam os parâmetros geométricos da peça.
O desenvolvimento das MMC foi favorecido ainda pe-
la evolução dos sistemas de medição de deslocamento
eletrônicos, que permitem elevar a sua qualidade e viabi-
lizaram a sua integração com sistemas automatizados de
fabricação. As MMC têm em comum com tais sistemas a
característica de grande fl exibilidade.
A aplicação racional da tecnologia de medição por
coordenadas tornou-se viável com o desenvolvimento
dos computadores que passaram a ter:
Enormes potencialidades matemáticas
Flexibilidade de comunicação e conexão com um processo
Resistência a ambientes industriais
Pequeno porte e baixo custo
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
Flexibilidade de comunicação e conexão com um processo
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
A seguir, na páginaao lado, você vai estudar
Sistema de Coordenadas.
Fique ligado!
Você vai se interessar muito por esse tema.
Veja o vídeo Apresentação da máquina
tridimensional
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
tridimensional
141Metrologia
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SENAI
o que é um sistema de coordenadasA idéia de localizar posições utilizando-se números vem
de longe e é usada em muitas situações da nossa vida:
11 Quando vamos ao teatro e temos um bilhete marcado
g-7, sabemos que devemos nos dirigir á fi leira (linha)
g, cadeira (coluna) número 7 e que em algum lugar es-
tá a cadeira a-1.
22 Também quando localizamos uma cidade no mapa
usamos a linha do equador (horizontal) e o meridia-
no de greenwich (vertical) para informar onde está es-
ta cidade, e em alguns casos também vemos a altitu-
de em relação à esfera global.
figura
Nosso planeta: Latitudes e Meridianos3131
O Sistema de Coordenadas é uma forma de demons-
trar posições de qualquer coisa no espaço, tendo como
referência uma origem (um ponto zero).
O Sistema de Coordenadas é como uma planta (Ma-
pa), onde a combinação de uma letra ao longo de uma
borda no mapa, um número ao longo de outra borda e o
ponto de elevação (Altura, por exemplo: o andar), descre-
ve cada localização no mapa. Esta combinação (letra / nú-
mero/elevação) pode ser chamada coordenada de um pla-
no cartesiano.
Estamos acostumados a encontrar endereços em guias
de ruas, ou localizar uma cota no desenho pelos núme-
ros e letras nas laterais, tudo isto são formas de sistema
de coordenadas, um endereço, uma localização.
A partir de agora
vamos chamar estas
coordenadas de
X, Y e Z.
UMA LUZUMA LUZLUZLUZLUZLUZLUZ
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Uma dicaO Sistema de
Coordenadas foi
inventado pelo famoso
fi lósofo e matemático
francês René
Descartes
em 1619.
francês René
Descartes
em 1619.
MeridianosLatitudes
50ºn
40ºW20ºW
20ºe
0º
25ºn
0ºn
25ºs
Meridianos de greenwich ou dos Zero graus de longitude
a escala das longitudes é traçada sobre a linha do equador
equador
Paralelos
equador
Y
X
Z
142Metrologia
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Nós também usamos o Sistema de Coordenadas para
descrever as posições de características de uma peça, e
também os movimentos de uma máquina de medição
por coordenadas.
A máquina possui o seu próprio sistema de coordena-
das como pode ser observado na Figura 32.
figuraSistema de coordenadas da peça3232
Sistema de coordenadas de uma peçaO Sistema de Coordenadas da peça é importante desde a
sua usinagem, onde referenciamos a peça e zeramos a fer-
ramenta antes de usiná-la, como uma preparação para
que consigamos fazer aquilo que está determinado no de-
senho: nivelar e alinhar a peça, zerar a ferramenta refe-
renciando na face da peça e zerar os anéis graduados ou
contador da máquina de usinagem.
Para o controle dimensional nós também precisamos
desta “preparação”, pois a máquina tridimensional não
sabe onde é o zero (a referência) da sua peça.
Essas Coordenadas (XYZ), sempre partem de uma ori-
gem e de um alinhamento, o que chamamos de referên-
cia. Quando vamos medir uma Peça em uma máquina tri-
dimensional, precisamos antes Construir o Sistema de
Coordenadas, defi nindo a referência da peça conforme o
desenho, e localizar o seu ponto Zero (Origem).
NA LINHA
DO VENTO
NA LINHA
DO VENTO
Para construir um sistema de coordenadas
em uma peça, é necessário primeiro defi nir
os elementos que serão medidos e
usados como referência, e o primeiro
passo é defi nir o nivelamento, pois será
o plano de projeção onde serão criados
os demais elementos que forem medidos.
NA LINHA
DO VENTO
NA NA NA NA LINHA LINHA LINHA LINHA
DO DO DO DO VENTOVENTOVENTOVENTO
Para construir um sistema de coordenadas
em uma peça, é necessário primeiro defi nir
passo é defi nir o nivelamento, pois será
o plano de projeção onde serão criados
os demais elementos que forem medidos.
143Metrologia
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Observe a Figura 33 abaixo confi ra a legenda e veja o
que acontece quando medimos um elemento antes de de-
fi nirmos o plano de referência.
Para evitar esta projeção errada, devemos sempre de-
fi nir o plano de projeção correto no inicio da medição de
uma peça em uma máquina tridimensional
figura
plano de referência3333
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE DE ORDEM
Os pontos tocados são projetados
no plano da máquina, criando o
elemento com projeção errada
e resultados equivocados.
Quanto maior a inclinação
da peça, maior o erro
de projeção.
elemento com projeção errada
Como fazer um sistema de coordenadas simples
PARA BOTAR NA MOLDURAPARA BOTAR NA MOLDURA
144Metrologia
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NivelamentoPrecisamos medir primeiro o elemento de referência, que
pode ser um plano (com no mínimo três pontos), cone ou
cilindro (com no mínimo 6 pontos) conforme o desenho,
que será o chamado plano de referência, plano de nive-
lamento ou o plano de projeção.
Após a medição ir ao menu: Sist. De Coord. / Nivela pla-
no ou clicar no ícone Nivela Plano.
Abrirá a janela para selecionar o elemento medido e em
que face você irá trabalhar: XY, YZ ou ZX.
Também é nesta janela que defi nimos o zero do eixo de
referência (a normal do plano –> o vetor a 90º do plano
medido) se quisermos no plano de referência.
alinhamentoPara um alinhamento paralelo ao eixo precisamos ter
um elemento como linha, cone ou cilindro que esteja
paralelo a um dos eixos do sistema de coordenadas do
plano (escolha o elemento a ser usado conforme o de-
senho da peça).
Vamos imaginar que o elemento a ser utilizado será a
linha, então primeiro medimos o elemento linha (com no
mínimo 2 pontos) com o cuidado de sempre medir no
sentido positivo do eixo (X – positivo para a direita / Y –
positivo para trás / Z – positivo para cima).
Após a medição ir ao menu:
Sistema de Coord/ Alinhamento Paralelo ao Eixo ou cli-
car no ícone Alinhamento Paralelo ao Eixo (ao lado de
Nivela Plano).
Abrirá uma janela para selecionar o elemento que será
usado no alinhamento e também devemos selecionar qual
o eixo que está paralelo ao eixo do elemento medido.
Podemos também defi nir como zero (origem) do eixo
perpendicular ao alinhamento nesta janela.
origemO último passo de um sistema de coordenadas é defi nir a
Origem de uma peça, o ponto zero da peça, a partir de on-
de serão puxadas às coordenadas dos demais elementos.
Meça um elemento com ponto determinado para colo-
car a origem, como o circulo, ponto, elipse ou esfera,
pois assim fi cará defi nido exatamente onde estão os ze-
ros dos 3 eixos.
Podemos medir então um circulo (com no mínimo 3
pontos) e depois ir ao menu: Sistema de Coordenadas /
Origem, ou clicar no ícone Origem.
Abrirá uma janela onde seleciona-
remos o elemento que será usado
para determinar a origem e quais
os eixos que serão zerados neste
ponto (X, Y, e Z).
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Veja as fi guras que mostram:
Nivelamento
Alinhamento
Origem
Veja as fi guras que mostram:
Nivelamento
Alinhamento
nIVELAMEnTOnIVELAMEnTO
ALInhAMEnTOALInhAMEnTO
ORIGEMORIGEM
Veja o vídeo Medição
automática da peça
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
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informações sobre sistema de coordenadas
Sem projeção
Podemos medir um elemento círculo ou elipse sem pro-
jeção (ícone dentro do elemento – seta valor do eixo co-
mo zero), quando o ícone não está clicado a projeção es-
tá desligada, ou seja, os pontos medidos não serão proje-
tados no plano de referência e o elemento será criado na
altura em que foi medido.
Nivelamento com outros elementos além do plano
Todo plano tem uma normal (vetor) perpendicular a ele,
a Normal do Plano é igual a vetor e igual a um eixo do ele-
mento (Figura 1).
Quando usamos um plano para o nivelamento, na ver-
dade o software está usando esta normal do plano para
zerar o eixo de referência (no caso de um plano XY o eixo
de referência ou normal do plano é Z).
Então se na verdade usamos a normal do plano para o
nivelamento, podemos usar também outros elementos
com eixo para fazer o nivelamento, como o cilindro, o co-
ne ou linha.
figuraFiguras com projeção e sem projeção3434
BOLA NA REDEBOLA NA REDEBOLA NA REDE
Resumindo sistema de coordenadas simples:
nIVELAMEnTOnIVELAMEnTO
Medir plano, cone ou cilindro e nivelar.
ALInhAMEnTOALInhAMEnTO
Medir linha e alinhar paralelo ao eixo.
ORIGEMORIGEM
Medir círculo e determinar como origem.
COM PROJEÇÃOCOM PROJEÇÃO
SEM PROJEÇÃOSEM PROJEÇÃO
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O plano de projeção (referência) estará sempre per-
pendicular ao eixo no caso do cilindro e cone.
Observe a Figura 35 abaixo onde temos primeiro al-
guns elementos e seus eixos ou normal (no caso do pla-
no), temos também um “cubo” mostrando que todo eixo
possui um plano perpendicular a ele.
Por último vemos como o software enxerga os planos
de projeção a partir do sistema de coordenadas definido.
figura
Sistema de coordenadas definido3535
alinhamento
Temos que ter cuidado ao usar linhas e eixos para alinhar
uma peça, pois se a peça for alinhada por uma linha que
foi medida ao contrário (X negativo), o sistema inteiro se-
rá rotacionado e inverterá o sentido dos eixos conforme
o exemplo mostrado abaixo.
Para verificar se o sistema de coordenadas está corre-
to, podemos verificá-lo em relação ao da máquina indo
no Menu: Janela/Mostrar eixos.
Se acontecer de alinharmos a peça por um eixo medi-
do para o sentido negativo do eixo máquina, podemos
corrigir o sistema de coordenadas rotacionando os eixos:
Menu Sistema de Coordenadas/Move e Rotaciona Sis-
tema de coordenadas, veja mais informações sobre isto
nos próximos tópicos.
SISTEMA CORRETOSISTEMA CORRETO SISTEMA ROTACIOnADO (ALInh. ERRADO)
SISTEMA ROTACIOnADO (ALInh. ERRADO)
Y+
X+
Y+X+
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Temos outros tipos de alinhamento, onde precisamos
alinhar a peça a partir de um ponto (ponto, circulo, elip-
se ou esfera), para isto temos duas formas:
alinhamento eixo com ponto (1 eixo)
Esta função faz o alinhamento usando uma origem e a po-
sição de outro elemento, para isto é necessário sempre
primeiro nivelar a peça e determinar a origem, para de-
pois medir o elemento que será usado no alinhamento.
O desenho deve informar se o elemento está simétri-
co à origem ou se tem um valor de referência determina-
do, conforme pode ser visto na Figura 36.
Para usar a função é só entrar no Menu:
Sist. Coord. / Alinhamento eixo com ponto ou clicar no
ícone (ao lado do alinhamento paralelo ao eixo).
Abrirá uma janela para escolher o elemento que será
usado para o alinhamento, se o elemento estiver simé-
trico a origem conforme a Figura 36 AA é só selecionar
o eixo que ele está simétrico, que será o eixo alinhado.
Já no caso da Figura 36 bb , é só selecionar o elemento,
clicar em Alinhamento Offset e inserir neste campo o va-
lor dado em desenho, neste caso devemos sempre esco-
lher o eixo de alinhamento verificando qual é o eixo que
temos o valor, se temos um valor em X, o eixo que será ali-
nhado será o Y, e vice e versa.
figura
Alinhamento eixo com ponto3636
alinhamento offset
Esta função faz o alinhamento por um ponto, porém via
teclado, ou seja, o desenho deve me informar qual as co-
tas de referencia do desenho, para que após eu medir o
elemento eu informe via teclado onde se localiza este ele-
mento. Veja Figura 37 abaixo.
figura
Alinhamento Offset3737
AA bb
20
20
50
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Para usar esta função é só selecioná-la no Menu:
Sist.de Coordenadas/alinhamento eixo com offset, es-
ta função não possui um ícone.
Abrirá uma janela solicitando a seleção do elemento
que será utilizado no alinhamento e em qual plano vo-
cê está trabalhando. Ao escolher o plano irá aparecer
o campo para inserir os valores de referência dados no
desenho.
Caso exista algum erro de posição na peça, este erro se-
rá dividido entre os dois valores de offset dados.
alinhamento rPS (Sist. por Ponto de referência)
Este tipo de sistema de coordenadas se encontra no Menu:
Sist. Coord./Alinhamento RPS, e não possui um ícone.
É usado para determinar o sistema de coordenadas da pe-
ça conforme sua montagem, levando em consideração os
pontos de referencias dados pelo desenho.
O princípio é de usar pontos para prender os seis graus
de liberdade, levando em consideração que precisamos
prender os movimentos e rotações dos eixos do sistema de
coordenadas. São usados de 3 a 6 pontos de referencia, sen-
do que estes pontos devem ser defi nidos pelo desenho que
dará as coordenadas (XYZ) de cada um deles, e também o
peso de cada um, ou seja, em um ponto qual é a coordena-
da mais importante para o sistema de coordenadas.
OLHA AÍ!OLHA AÍ!
Alinhamento RPS é um
tipo de sistema é muito
utilizado em industrias
automobilísticas,
que usam o mesmo
sistema de
coordenadas
desde a fundição
da peça até sua
montagem.
que usam o mesmo
desde a fundição
da peça até sua
Chegamos ao fi nal
do nosso curso.
É muito importante
você rever e aplicar
os conceitos aqui
explicados e discutidos.
Boa sorte!
CHOQUE DE ORDEMCHOQUE
DE ORDEM
Fique ligado!
Veja na prática tudo
que você aprendeu aqui.
TEM FILME NO DVDNÃO PERCA
TEM FILME NO DVDNÃO PERCANÃO PERCANÃO PERCANÃO PERCANÃO PERCA
ANOTE AQUIANOTE AQUIANOTE AQUIANOTE AQUIANOTE AQUIANOTE AQUIANOTE AQUI
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referências bibliográficas
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tro em desenho técnico: 12288. Rio de Janeiro,
1991.
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gem: TB-388, Rio de Janeiro,1990.
. Processos mecânicos de usinagem:
6371. Rio de Janeiro. 1970.
. Tornos paralelos – Ensaio para acei-
tação: 9436. Rio de Janeiro, 1986.
CHIAVERINI, Vicente. Processos de fabricação
e tratamento (Curso de Tecnologia Mecânica).
2. ed. São Paulo: Editora McGraw-Hill, 1986.
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SENAI-(RJ). Ajustagem básica. Rio de Janeiro,
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SENAI-(RJ). SMO: torneiro mecânico. Rio de Ja-
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10. ed. revisada e ampliada. Porto Alegre: CFP
SENAI Artes Gráficas Henrique d`Ávila Bertuso,
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SENAI-(SP). Tecnologia e Ensaios dos Materiais.
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ANOTE E GUARDEANOTE E GUARDE
Roscas
Diâmetro do furo da porca para abrir rosca com macho-rosca
Whitworth.
Fórmulas:
D1= d – p ↔p= 25,4 ÷ n
Convenções:
D1 = Diâmetro menor da porca (furo);
d= Diâmetro nominal da rosca
(diâmetro maior do parafuso);
P= passo da rosca (dado em mm);
n= Numero de fios por polegada.
Exercícios:
1-Calcule o diâmetro menor (furo) de uma porca de rosca Whitworth de3/8” de diâmetro, 16 fios por polegada, para se abrir rosca com macho.
2- Calcule o diâmetro menor de uma porca de rosca Whitworth de ¾” de diâmetro, 10 fios por polegada, para se abrir rosca com macho.
Diâmetro menor da porca-Rosca triangular métrica
Fórmulas:
D1= D – 2h1 ↔ h1= p x 0,6945
Convenções:
D1 = Diâmetro menor da porca (furo);
D= Diâmetro maior da porca;
P= passo da rosca (dado em mm);
h1= Altura do filete.
Exercícios:
1-Calcule o diâmetro menor (furo) de uma porca de rosca triangularmétrica,onde o diâmetro maior da porcaé 32 mm de diâmetro, passo da rosca de três mm.
2- Calcule o diâmetro menor de uma porca de rosca triangular métrica
sendo que o diâmetro maior da porca é de 78 mm e o passo da rosca 6 mm.
Diâmetro menor da porca-Rosca triangular métrica
Formulas:
D1= d – 2H1 ↔ H1= p x 0,5412 P= 1” ÷n
Convenções:
D1 = Diâmetro do furo da porca;
d= Diâmetro nominal da rosca (diâmetro maior do parafuso);
P= passo da rosca (dado em mm);
H1= Altura do filete;
n= Número de fios da rosca
0,5412= Constante.
Exercícios:
1-Calcule o diâmetro do furo de uma porca de rosca triangular americanaonde o diâmetro nominal da rosca é ½”, n= 20 fios.
2- Calcule o diâmetro do furo de uma porca de rosca triangular
Americana onde o diâmetro nominal da rosca é 1/4”, n= 28 fios.
Diâmetro do furo da porca-Rosca triangular Whitworth normal
Formulas:
D1= d – P ↔ P= 25,4 ÷ n
Convenções:
D1 = Diâmetro menor da rosca interna (porca);
d= Diâmetro nominal do macho;
P= passo da rosca;
H1= Altura do filete;
n= Numero de filetes por polegada;
25,4 = Medida em milímetros equivalente a uma polegada.
Exercícios:
1-Calcule o diâmetro do furo, em milímetros, que deverá ser feito em
uma peçapara roscar com macho de 3/8” Whitworth, 16 filetes por
polegada.
2- Calcule o diâmetro do furo em milímetros que deverá ser feito em
uma peçapara se roscar com macho ¾” Whitworth 10 filetes por
polegada.
Diâmetro do furo da porca - Rosca quadrada
Fórmulas:
D1= D – 2h1 ↔ h1= p ÷ 2 + f ↔ f= p x 0,02
Convenções:
D1 = Diâmetro menor da porca (furo);
D= Diâmetro maior da porca;
P= passo da rosca;
h1= Altura do filete da porca;
n= Número de fios da rosca;
f= Folga radial (folga no diâmetro).
Exercícios:
1-Calcule o diâmetro menor (furo) de uma porca de rosca quadrada onde o diâmetro maior da porca tenha 40 mm e um passo de 6 mm.
2- Calcule o diâmetro menor (furo) de uma porca de rosca quadrada onde odiâmetro maior da porca tenha 70 mm e um passo de 8mm.
Diâmetro maior da porca -Rosca quadrada- passo em mm
Fórmulas:
D= d + 2F ↔ F= p x 0,02
Convenções:
D= Diâmetro maior da porca;
P= passo da rosca;
d= Diâmetro maior do parafuso;
f= folga radial (folga no diâmetro).
0,02= Constante;
Exercícios:
1-Determine o diâmetro maior de uma porca de rosca quadrada, para ser utilizada em um parafuso, onde d=30 mm e p=5 mm.
2-Calcule o diâmetro maior de uma porca de rosca quadrada, para ser utilizada em
umparafuso que tem 50 mm de diâmetro maior, sendo passo da rosca de 8mm.
Altura e Largura do filete-Rosca quadrada
Fórmulas:
hc = P ÷ 2 ↔ L = hc
Convenções:
L= largura do filete do parafuso;
hc = Altura do filete do parafuso;
P = passo da rosca.
Exercícios:
1- Calcular a altura e a largura do filete de um parafuso de rosca quadrada que apresenta um passo de 6 milímetros.
Diâmetro menor do parafuso - Rosca triangular métrica
Fórmulas:
d1= d – 2hc ↔ hc= p x 0,6945
Convenções:
d1 = Diâmetro menor do parafuso;
d= diâmetro maiordo parafuso (nominal);
P= passo da rosca (dado em mm);
hc= Altura do filete do parafuso;
0,6945= Constante.
Exercícios:
1-Calcule o diâmetro menor de um parafuso de rosca triangular métrica, com os seguintesdados: 26 mm, P= 3 mm.
2-Qual será então, o diâmetro menor de um parafuso de rosca triangular métrica cujodiâmetro maior mede 40 mm e o passo da rosca é de 5mm.
Diâmetro truncado – rosca Whitworth com folga nos vértices
Fórmulas:
d3= d – 2t1 ↔ t1= p x 0,074↔ P= 1” ÷ n
Convenções:
d3 = Diâmetro truncado do parafuso;
d= diâmetro nominal da rosca;
t1= Truncamento do filete;
P= Passo da rosca;
n= Número de fios da rosca;
0,074= Constante.
Exercícios:
1-Calcule o diâmetro truncado para uma rosca Whitworth de 5/8” de diâmetro nominal de 11 Fios por polegada.
2-Calcule o diâmetro truncado para uma rosca Whitworth de 7/8” de diâmetro nominal de 9Fios por polegada.
Altura do filete do parafuso – Rosca triangular métrica
Fórmulas:
h= P x 0,6945
Convenções:
h = Altura do filete;
P= passo da rosca;
0,6945= Constante.
Exercícios:
1-Calcule a altura do filete para um parafuso de rosca triangular métrica de 5 mm de passo.
2-Calcule a altura do filete para um parafuso de rosca triangular métrica de 3,5 mm de passo.
Altura do filete – Rosca trapezoidal métrica.
Fórmulas:
hc= (P ÷ 2) + f
Convenções:
h = Altura do filete do parafuso;
P= Passo da rosca;
F= folga radial ( consulta tabela, geralmente usado o valor 0,25)
d= diâmetro maiordo parafuso.
Exercício:
1-Calcule a altura do filete de um parafusode rosca trapezoidal métrica, sabendo-
se que o diâmetro maior tem 32 mm, e o passo, 4 mm.
2-Calcule a altura do filete de um parafuso de rosca trapezoidal métrica, sabendo-se que odiâmetro maiormede 40 mm e o passo é de 5 mm.
Altura do filete– Rosca Whitworth com folga nos vértices
Fórmulas:
h= P x 0,566↔ P(mm)= 1” ÷ n
Convenções:
h = Altura do filete;
P= Passo da rosca;
0,566= Constante.
n= numero de fios da rosca;
Exercícios:
1-Calcule a altura do filete para uma rosca Whitworth de 11 fios por polegada
( WHITWORTH COM FOLGA NOS VERTICES).
2-Calcule a altura do filete para uma rosca Whitworth de 9 fios por polegada.
Altura do filete – Rosca Whitworth normal
Fórmulas:
hc= P x 0,64 ↔P(mm)= 1” ÷ n
Convenções:
Hc = Altura do filete da rosca externa (parafuso);
P= Passo da rosca;
0,64= Constante.
n= numero de fios da rosca.
1-Calcule a altura do filete para uma rosca Whitworth normal de 11 fios por polegada ( resposta emmilímetro).
2-Calcule a altura do filete para uma rosca Whitworth normal de 16 fios por polegada.
Diâmetro menor do parafuso e altura do filete Rosca sem-
fim
Fórmulas:
d1= d – 2hc ↔hc= M x 2,166
Convenções:
d1 = Diâmetro menor do parafuso;
d= diâmetro maiordo parafuso (nominal);
M= Módulo;
hc= Altura do filete do parafuso;
2,166= Constante.
Exercício:
1-Calcule o diâmetro menor e a altura do filete de um parafuso sem-fim, com os seguintesdados: d= 60 mm; M= 4.
2-Calcule o diâmetro menor e a altura do filete de um parafuso sem-fim, com os seguintes dados: d= 46 mm; M= 3.
Cálculo do passo e do avanço Rosca sem-fim
Fórmulas:
P= M x ↔ A= M xx ne ou P x ne
Convenções:
P = Passo da rosca ( distancia entre dois perfis adjacentes);
A= Avanço (passo da hélice);
M= Módulo;
ne= Número de entradas;
= 3,1416
P = Passo da rosca ( distancia entre dois perfis adjacentes);
A= Avanço (passo da hélice);
M= Módulo;
ne= Número de entradas;
Exercício:
1-Determine o passo e o avanço, para uma rosca sem-fim, modulo 4, com duas entradas.
2-Determine o passo e o avanço, para uma rosca sem-fim, modulo 2, com duas entradas.
Cálculo de ferramentas para rosqueamento
Ângulo de folga lateral
Fórmulas:
a= 5 + (P x 18,2) ÷ d b= 5 – (P x 18,2) ÷ d
Convenções:
a= Ângulo de folga lateral, do lado do avanço da ferramenta;
b= Ângulo de folga lateral do lado oposto ao avanço da ferramenta;
P= passo da rosca;
d= Diâmetro nominal da rosca;
5 e 18,2= Constantes.
Exemplo:
Calcule: Dados: Pedidos:
P = 3 mm; a = ?
d= 30 mm. b = ?
Substituindo, nas formulas, os valores literais pelos valores numéricos dados,teremos:
a = 5 + ( 3 x 18,2) ÷30 Conversão de fração de grau em minutos.
a= 5 + 1,82 (a) 0,82° = 82° ÷ 100
a= 6, 82º aproximadamente 6º 49’ (82 x 60) ÷ 100=49,2
b= 5 – (3 x 18,2) ÷ 30 (b) (18 x 60) ÷ 100 = 10,8
b= 5 – 1,82
b= 3,18° aproximadamente 3°10’
Respostas: a=6°49’ b=3°10’
Exercício:
1-Calcule os ângulos de folga laterais para ferramenta de abrir rosca sendo dados o passo da roscaigual a 5 mm e o diâmetro nominal da rosca igual a 50 mm.
Cálculo da largura da ferramenta – rosca trapezoidal métrica
Fórmulas:
L= (P x 0,365) ÷ Ne - 0135
Convenções:
L= Largura da ponta da ferramenta;
P= passo da rosca;
Ne= Número de entradas da rosca;
0,365 e 0,135= Constantes.
Exercícios:
1-Calcule a largura da ponta da ferramenta para abrir uma rosca trapezoidal métrica(DIN-103), com um passo de 6 mm e 2 entradas.
2-Calcule a largura da ponta da ferramenta para abrir uma rosca trapezoidal métrica, com um passo de 6 mm e apenas uma entrada.
Cálculo da largura da ferramenta – rosca sem-fim (módulo)
Fórmulas:
L= M x 0,941
Convenções:
L= Largura da ponta da ferramenta;
M= Módulo;
0,941= Constantes.
Exercícios:
1-Calcule a ponta da ferramenta, para abrir uma rosca sem-fim, modulo 4.
2-Calcule a ponta da ferramenta, para abrir uma rosca sem-fim, modulo 3.