Tijolos ecológicos
Alunos: Carolina Julian
Dandara Ramos
Elelan Vitor Machado
Ingrid Fabiani
Talita Almeida
Presidente Prudente
2017
SUMÁRIO
MERCADO .............................................................................................................................................. 4
- HISTÓRICO ............................................................................................................................................ 4
- IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO ............................................................................................................... 5
- FORNECEDORES .................................................................................................................................... 7
CONCORRÊNCIA ..................................................................................................................................... 8
- TIJOLO COMUM ..................................................................................................................................... 8
- TIJOLO ECOLÓGICO ............................................................................................................................ 10
- CONSUMIDOR E CONSUMO .................................................................................................................. 11
- PREÇO DE COMERCIALIZAÇÃO ........................................................................................................... 12
LOCALIZAÇÃO ...................................................................................................................................... 15
- MACROLOCALIZAÇÃO ........................................................................................................................ 15
- MICROLOCALIZAÇÃO ......................................................................................................................... 15
- OUTORGA DA ÁGUA ............................................................................................................................. 15
Documentos necessários para a solicitação da outorga: ................................................................. 17
- LICENCIAMENTO AMBIENTAL ............................................................................................................ 17
- PLANO DIRETOR ................................................................................................................................. 18
- ESTRUTURA TRIBUTÁRIA .................................................................................................................... 20
- GEOGRAFIA FÍSICA.............................................................................................................................. 21
Solo .................................................................................................................................................... 21
Relevo e altitude ................................................................................................................................ 21
Clima, temperatura e pluviosidade ................................................................................................... 21
Hidrografia ....................................................................................................................................... 22
Vegetação .......................................................................................................................................... 22
- FORNECEDORES .................................................................................................................................. 22
- MÃO DE OBRA DISPONÍVEL ................................................................................................................. 23
- TERRENOS DISPONÍVEIS ..................................................................................................................... 24
-DISPONIBILIDADE DE ENERGIA, AGUA, TELEFONE E REDES DE ESGOTO ............................................ 25
- DISTÂNCIA DA FONTE DE COMBUSTÍVEL ............................................................................................ 25
- FACILIDADE DE TRANSPORTE ............................................................................................................. 26
- POTENCIAIS REVENDEDORAS ............................................................................................................. 26
TAMANHO ........................................................................................................................................... 27
ENGENHARIA ....................................................................................................................................... 28
- MEMORIAL DESCRITIVO ..................................................................................................................... 28
Descrição do processo produtivo ...................................................................................................... 28
luxograma ......................................................................................................................................... 30
Lay-out .............................................................................................................................................. 31
Equipamentos ................................................................................................................................... 31
- MEMORIAL DE CÁLCULOS .................................................................................................................. 35
Área de secagem do lodo da ETA ..................................................................................................... 35
Área de armazenagem RCC.............................................................................................................. 37
Planta baixa da área de secagem do lodo da ETA ........................................................................... 37
Área de trituração, mistura e prensagem ......................................................................................... 37
Planta baixa da área de trituração, mistura e prensagem ............................................................... 38
Área de cura ...................................................................................................................................... 39
Planta baixa da área de cura ............................................................................................................ 40
Área de armazenagem dos tijolos prontos ........................................................................................ 40
Planta baixa da área de armazenagem dos tijolos prontos .............................................................. 41
Área de administração ...................................................................................................................... 41
Planta baixa da área de administração ............................................................................................ 42
Planta baixa de todo empreendimento ............................................................................................. 43
CUSTOS ................................................................................................................................................ 44
- CUSTOS DE INVESTIMENTO ................................................................................................................. 44
- CUSTOS MENSAIS ................................................................................................................................. 45
- RETORNO DO INVESTIMENTO ............................................................................................................. 45
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................... 47
MERCADO
- Histórico
O tijolo solo-cimento ou tijolo ecológico é um produto oriundo da mistura intima
de solo, cimento e água, que quando compactados em umidade excelente e sob a máxima
massa específica seca, em proporções conhecidas, apresenta resistência e durabilidade
por meio das reações de hidratação do cimento (Associação Brasileira de Cimento
Portland - ABCP).
Segundo Pires (2004), o solo como material de construção tem sido utilizado há
pelo menos dez mil anos, sendo notáveis em culturas antigas, como a grega e a romana.
Assim, o uso de aglomerados como estabilizador de solo, para construção só se efetua
mais tarde, onde esse tipo de aglomerado foi descoberto apenas em meados de 1800.
Em 1929, o Proctor descobria a relação umidade e peso especifico aparente na
compactação de solos, o que possibilitou o início do desenvolvimento solo-cimento para
inúmeros tipos de construção (MIELI, 2009).
Os primeiros estudos do solo-cimento em vasta escala foram efetuados por
Moore-Fields e Mill, nos Estados Unidos em 1932. Um pouco mais adiante, em 1944 a
American Society fot Testing Marerials (ASTM) normalizaram os ensaios, sendo assim
acompanhada por outras entidades tais estas são: American Association of State Highway
Officials (AASHO) e a Portland Cement Association (PCA). Desse modo, tais estudos
foram ligeiramente estendidos para a Europa, principalmente a Alemanha, Inglaterra e
América do Sul (PIRES, 2009).
No Brasil, o interesse por este estudo teve um salto após a regulamentação do
material e aplicações do mesmo pela ABCP, e a sua primeira obra em solo-cimento foi
efetuada em 1945 na construção de uma casa de bombas, em um aeroporto de Santarém
– PA (MIELI, 2009).
Os métodos de construção adotando solo foram vastamente utilizados até meados
de 1845, pois neste período surge um novo material, o cimento Portland. A partir do
século XIX, o solo começou a ser visto como material de segunda categoria, onde seu uso
se manteve quase unicamente em áreas rurais (PIRES, 2004).
Foi então em 1978, quando o extinto Banco Nacional da Habitação (BNH),
ancorado por estudos feitos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São
Paulo (IPT) e pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPD), comprovaram o bom
desempenho do solo-cimento e a possibilidade de redução de custos, onde teve-se a
aprovação da técnica para a construção de habitações populares (MIELI, 2009).
Contudo, a experiência brasileira vem sendo bastante ampliada, pois o mesmo
requer em seu uso a adoção de novas técnicas construtivas, avanços na tecnologia dos
materiais por parte do fabricante, e o aprimoramento dos equipamentos de produção.
- Identificação do produto
Em tempos de sustentabilidade ambiental, o tijolo ecológico ou tijolo modular
destaca-se por apresentar uma menor agressão ao meio ambiente na sua fabricação. Os
tijolos ecológicos são assim chamados por permitirem o uso desde resíduos de construção
civil até o lodo de ETA que, através do emprego de cimento e água, geram peças
padronizadas com um material mais durável devido a uma menor permeabilidade.
Segundo Maciel e Machado (2015), o lodo produzido nas ETAs geralmente é
descartado nos corpos d’água causando impactando de forma negativa o meio ambiente.
Além disso, os resíduos de construção civil também são um grande problema, pois são
muito pesados, volumosos e representam parte significativa dos resíduos sólidos urbanos
e, quando não estão dispostos em locais ilegais, estão ocupando grande parte dos aterros
diminuindo o tempo da vida útil dos mesmos. Assim, a produção do tijolo ecológico a
partir desses resíduos poderia contribuir na diminuição desses problemas (IPEA, 2012).
Os tijolos ecológicos evitam também a utilização do processo de queima de
madeira e combustível, eliminando assim, o corte de árvores e emissão de monóxido de
carbono na atmosfera (MOTTA et al., 2014).
A viabilidade econômica é de suma importância com economia de custos em uma
edificação, já que grande influência na escolha de materiais e métodos a serem utilizados
em determinada construção, vem da esperada economia de custos ao se utilizar tal método
ou material. Diante desse cenário, o tijolo ecológico torna-se uma alternativa potencial,
pois este produto possui matéria-prima abundante em todo o planeta (PISANI, 2005).
O tijolo ecológico, não contribui apenas ao meio ambiente por evitar a emissão de
gases de efeito estufa, mas também irá contribuir maciçamente na economia do país,
tendo em vista o reaproveitamento de materiais descartáveis, pois é um produto que
possui as características de ser durável e resistente, além de baixo custo e alto potencial
de aplicabilidade na construção civil. (DOS SANTOS et al., 2014).
É válido mencionar que a cada milheiro de tijolos ecológicos, o equivalente a 2,5
m³ de resíduos de construção civil acabam sendo reaproveitados no processo produtivo
de fabricação de tijolos, o que remete a 150 m³ retirados de entulhos por mês.
(SANTANA et al., 2013).
Desse modo, os benefícios de se utilizar produtos reciclados na composição do
tijolo ecológico são os retornos referentes à aplicação na reciclagem, que podem ser
economia de custos e o produto da venda de materiais reciclados, o que inibe uma parcela
de resíduos que seriam descartados como entulho, ou até mesmo, em locais inapropriados
(PAIVA; RIBEIRO, 2011).
Segundo estudos realizados em todo o Brasil, o sistema construtivo dos tijolos
ecológicos traz para a obra, de 20 até 40% de economia com relação ao sistema
construtivo convencional. Um dos motivos é que não há desperdício, como neste último.
“Hoje em uma obra convencional cerca de 1/3 do material vai para o lixo” (OSCAR
NETO, 2010).
Este negócio pode explorar o mercado de várias formas diferentes, não só para a
construção de casas de alvenaria, mas também para várias outras aplicações, como a
construção de muros, calçadas, móveis, divisórias e outros.
Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em nota técnica
publicada em dezembro de 2013, o déficit habitacional no Brasil foi estimado em 6,49
milhões de domicílios, (equivalente a 12,1% dos domicílios brasileiros) tendo como base
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2010 e considerando
também as mudanças na metodologia que permitem aferir mais precisamente o
quantitativo do déficit habitacional (Ministério das Cidades, 2010).
Esse grande déficit habitacional que ainda é realidade no Brasil aponta o grande
potencial mercadológico para este tipo de produto. Em função das características
construtivas dos tijolos ecológicos, o tempo que se leva para construir uma casa popular
é reduzido, pois as peças padronizadas facilitam o seu processo de montagem.
Por não necessitar de grandes estruturas produtivas, a fabricação de tijolos
ecológicos pode ser viabilizada em praticamente todo o território nacional. E os fatores
que devem ser levados em conta se referem mais à obtenção da matéria-prima e ao
transporte dos produtos até seus clientes.
Vantagens do tijolo ecológico:
Seu modelo de produção é por meio da prensa hidráulica ou eco-manual, onde a
pressão exercida é de 6 toneladas, tornando-o regular, com faces lisas e que
proporcionam um encaixe perfeito, viabilizando assim uma maior precisão
também no cálculo de tijolos necessários na obra;
A utilização dos tijolos ecológicos evita a necessidade do uso de materiais como
arame, madeira, pregos e folhas de parede pronta para a instalação da rede elétrica,
hidráulica e etc.;
Possui isolamento acústico e térmico, o que possibilita tanto o aquecimento como
o resfriamento do ambiente de maneira natural;
Reduz a umidade nas paredes;
Além de aumentar a resistência da estrutura, facilita toda a construção, uma vez
que seu molde permite o encaixe fácil e rápido, sem a necessidade de utilização
de gesso ou azulejos;
Diferentemente dos tijolos tradicionais, os ecológicos necessitam de pequenas
quantidades de cimento, dentre outros;
Desvantagens do tijolo ecológico;
Requer pedreiro qualificado, com conhecimento da técnica de aplicação;
Apesar de funcionar perfeitamente bem em climas secos, os tijolos ecológicos,
quando aplicados em locais de climas úmidos ou de maior exposição à umidade,
ainda não é totalmente indicado.
- Fornecedores
A matéria-prima essencial para a fabricação dos tijolos serão os resíduos de
construção civil, o lodo de estação de tratamento de água (ETA) e o cimento. Para o lodo
os possíveis fornecedores seriam as próprias estações de tratamento de água, fazendo um
acordo com a concessionaria responsável. Para os resíduos de construção civil os
principais fornecedores seriam empresas de caçambas. Para o cimento os principais
fornecedores seriam as distribuidoras de cimento.
CONCORRÊNCIA
- Tijolo comum
As fábricas de tijolos comuns são grandes concorrentes das fábricas de tijolos
ecológicos, visto que a unidade deste este último possui um valor maior de venda e, ainda
que seja dito que com a utilização do tijolo ecológico é possível gerar uma economia de
até 50% ao final da obra, há uma desconfiança por parte dos clientes em adquirir este
produto. Dessa forma, para analisar os concorrentes de mercado de uma fábrica de tijolos
ecológicos, é imprescindível o estudo de mercado das fábricas de tijolos convencionais,
já que estes são mais vendidos.
De acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABD (2016
apud Rede APL Mineral, 2012), há 20 Arranjos Produtivos Locais (APLs) de cerâmica
vermelha distribuídos pelo território brasileiro (Figura 1).
Figura 1 – Mapa dos APLs de cerâmica vermelha
Fonte: ABD, 2016 apud Rede APL Mineral, 2012
A ABD ainda pondera que além destes 20 APLs, há vários polos cerâmicos no
Brasil com potencial para formação e desenvolvimento de novos APLs deste setor, assim
como é possível observar na Figura 2.
Figura 2 – Outros polos com potencial para formação de APLs
Fonte: ABD, 2016 apud Rede APL Mineral, 2012
Diante disso, percebe-se um grande potencial de crescimento desse tipo de
indústria no estado de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, além de boa parte do litoral
nordestino. É válido ressaltar também que, nos últimos anos, as regiões sul e sudeste
foram as que mais cresceram neste ramo por conta da maior densidade demográfica,
maior atividade industrial e agropecuária, melhor infraestrutura, melhor distribuição de
renda. (ABD, 2016 apud Rede APL Mineral, 2012; HORA; SOUZA et al, 2013 apud
ABC, 2011).
Assim, a partir desses dados, podem-se destacar algumas das principais empresas
produtoras de cerâmica vermelha de acordo com a região do Brasil:
NORDESTE – Cerâmica União, no Rio Grande do Norte; Cerâmica Bom
Jesus, em Pernambuco.
NORTE - Cemopar Cerâmica Moderna de Parintins, no Amazonas.
CENTRO OESTE - Volpini Indústria Cerâmica, No Mato Grosso do Sul.
SUDESTE – Cerâmica Colonial, no Rio de janeiro; Selecta Estrutural
Blocos e Telhas, em São Paulo; Cerâmica City, em São Paulo; Cerâmica
Jacarandá, em Minas Gerais.
SUL – Cerâmica São Pedro, no Paraná; Bela Vista tijolos, em Santa
Catarina.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia - MME (2015), a produção do
tijolo comum representa 75% da produção de cerâmica vermelha no Brasil e, em 2013,
foram produzidas aproximadamente 53,1x109 peças de tijolos no país.
Visto que o PIB do setor de construção civil reduziu em 3,8% de 2013 à 2015,
considera-se que, em 2016, foram produzidos aproximadamente 51,1x109 tijolos de
cerâmica vermelha (CBIC, 2016).
Com dados de 2008, a Anicer (2015), estimou a parcela nessa produção de cada
região do Brasil: Norte – 4,34%; Nordeste – 21,25%; Centro oeste – 8,69%; Sudeste –
44,38%; Sul – 21,34%. Dessa forma, nota-se uma contribuição maior da região Sudeste
e menor da região Norte.
- Tijolo ecológico
Com bases nesses aspectos mencionados anteriormente e por motivo de
organização desse mercado, tem-se a Associação Nacional da Industria do Tijolo
Ecológico (ANITECO), onde a mesma tem o propósito de promover debate e, propagar
as melhores práticas relacionadas na cadeia produtiva das industrias de tijolos ecológicos.
Desse modo, essa associação está filiada com inúmeras indústrias neste setor, seja
ela no fornecimento de máquinas para a produção, ou ainda, empresas que só vendem o
produto para os devidos fornecedores. Referente as empresas que vendem esse
maquinário, não foi possível quantificar o número de implementos vendidos, e nem
contabilizam o número de tijolos que são produzidos no Brasil. Assim, será dado enfoque
agora apenas nas indústrias distribuidoras de tijolos ecológico, visto que estas serão
futuras concorrentes do empreendimento a ser implantado.
As grandes empresas distribuidoras associadas na ANITECO são:
CONSTRUECO pisos e tijolos ecológicos, CONSTRUIR mais, ECO PRODUÇÃO
tijolos ecológicos, GEOBRICK blocos-pisos-tijolos ecológicos, TIJOLÓGICO e
VERDESAINE design ecológico. Segue um esboço da localização das mesmas:
Figura 3 – Localização dos polos produtivos de tijolos ecológicos
Fonte: Google Earth 2016 – Adaptados pelos autores
Um ponto relevante que se deve salientar, é que a alta demanda por tijolos para a
composição das alvenarias feitas no cotidiano exige que uma grande quantidade de tijolos
seja produzida, o que torna um problema para os tijolos ecológicos, já que no Brasil o
maquinário produzido para a fabricação dos tijolos tem uma taxa de produção entre 500
a 2000 unidades por dia (PISANI, 2005).
Não foram encontrados dados de produção de tijolo ecológico das empresas
analisadas e do Brasil como um todo, porém com o aumento potencial do consumo desse
produto esse se torna um mercado promissor para instalação.
- Consumidor e consumo
Os tijolos convencionais e os ecológicos são comercializados para o consumidor
final a partir das distribuidoras. Logo, os tijolos ecológicos fabricados pela empresa serão
vendidos para as distribuidoras para elas venderem para os consumidores.
O consumo de tijolos ecológicos vem crescendo atualmente de acordo com
reportagens do setor, apesar de não existir uma pesquisa que quantifique esse
crescimento. Pelo histórico de crescimento de empresas fabricantes do mesmo, percebe-
se que esse é um ramo da construção civil em ascensão com um grande potencial de
sucesso (FLORES, 2012; MALDONADO, 2015).
O tijolo ecológico traz vários benefícios econômicos finais nas obras de
construção quando comparado às obras de alvenaria convencional, gerando de 20 a 50%
de economia nessa comparação (MALDONADO, 2015; TERRAMAX, 2016; VERDE
EQUIPAMENTOS, 2016)
Isso deveria atrair todos os consumidores, independentemente da renda, o que não
é visto atualmente. Hoje, nota-se um consumo maior por parte da população com maior
renda, devido aos valores do tijolo ecológico serem maiores que o comum, o que causa
desconfiança nessa economia, e a falta de informações sobre todo o processo e benefícios
do mesmo (MOTTA et al, 2014).
Assim, um dos desafios para a comercialização desse produto é a sua divulgação
adequada para o consumidor final.
- Preço de comercialização
Os preços dos milheiros de tijolos ecológicos são bastante variáveis entre as
empresas fabricantes. São colocados em reportagens e lojas que o seu preço pode variar
desde R$ 340 a R$ 1200, sendo que a maioria encontrada apresentava preços acima de
R$ 700, com dimensões de, principalmente, 30 x 15 x 7 cm ou 25 x 12,5 x 6,25 cm
(ECOTIJO, 2016; ENRICORIO, 2016; MONTAR UM NEGOCIO, 2016; TIJOLO
PONTO ECO, 2016; VERDE EQUIPAMENTOS, 2016).
O preço dos milheiros de tijolos cerâmicos comuns também são bastante variáveis,
os valores encontrados foram entre R$ 300 a R$ 500, representando cerca de 50% do
preço do tijolo ecológico, com dimensões de 24 x 14 x 11,5 cm.
Porém, a diminuição de custos com a utilização do tijolo ecológico é encontrada
no restante da obra. Motta et al (2014, p. 24) coloca a relação de custos de uma construção
de 16,20 m² feita com tijolos ecológicos e com alvenaria comum (Figura 1 e 2) e a partir
dela observa-se uma economia de 20% no valor total da obra.
Figura 4 - Relação de custos obra com tijolos de solo-cimento
Fonte: MOTTA et al, 2014, p. 24.
Figura 5 - Relação de custos obra de alvenaria convencional
Fonte: MOTTA et al, 2014, p. 24.
Logo, a comercialização do tijolo ecológico se torna promissora com o aumento
do interesse pelo produto, influenciados principalmente pela divulgação dessa economia
e de seus outros benefícios.
LOCALIZAÇÃO
- Macrolocalização
Como a região sul e sudeste foram as que mais se desenvolveram neste setor de
produção nos últimos anos, estas regiões e o estado do Mato Grosso do Sul, por sua
proximidade e facilidade de transporte, foram as áreas consideradas na macrolocalização
do empreendimento.
A concorrência das produtoras de tijolo convencional é muito relevante na
influência da venda de tijolo ecológico e, pelo mapa da Figura 1, é possível observar que
não há APLs nas seguintes regiões: norte do Paraná, oeste de São Paulo e leste do Mato
Grosso do Sul. Dessa forma, para obter certa distância desses concorrentes e por conta de
existirem vias que facilitam o transporte, tanto de matéria-prima como do produto, foi
escolhida uma cidade localizada em uma dessas regiões.
- Microlocalização
O município escolhido para implantação do empreendimento foi o de Terenos –
MS, o qual possui população de, aproximadamente, 17567 habitantes (IBGE, 2010). Este
município é pequeno e, dificilmente terá toda a matéria-prima necessária para a produção
de tijolos ecológicos do empreendimento, porém fica localizado à 32 km do centro da
capital Campo Grande – MS, facilitando o transporte de matéria-prima. Além disso, o
mesmo possui área industrial delimitada em seu zoneamento urbano e, uma estrutura
tributária com incentivos para implantação de empreendimentos.
- Outorga da água
A outorga de direito de uso de recursos hídricos é um dos instrumentos de gestão
estabelecidos na Política Estadual de Recursos Hídricos, Lei Estadual nº 2.406, de 29 de
janeiro de 2002 e regulamentada pelo Decreto Estadual nº 13990, de 02 de julho de 2014.
É uma autorização concedida pelo Estado, para usos da água utilizada diretamente de rios,
lagos e córregos de domínio estadual e das águas subterrâneas. Nos rios de domínio
federal a outorga é expedida pela Agência Nacional de Águas (ANA).
Para se obter a outorga e licença de uso da água, são necessários alguns passos,
são eles: requerimento e análise técnica para emissão do ato de outorga pelo Instituto de
Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). O poder público é o administrador e
regulador do bem público de uso coletivo e não o proprietário da água. O domínio dos
recursos hídricos pela União e pelos Estados significa a responsabilidade pela
preservação do bem, guarda e gerenciamento, objetivando a sua perenidade e uso
múltiplo.
A outorga será realizada em duas etapas distintas: Outorga Preventiva e Outorga
de Direito de Usos de Recursos Hídricos. A Outorga Preventiva se destina a reservar uma
vazão possibilitando efetuar o planejamento do empreendimento e a execução das obras
e será solicitada concomitante com a Licença Prévia do empreendimento. A Outorga
Preventiva não dá o direito de uso do recurso hídrico, mas sim a reserva por período
compatível com a instalação do empreendimento. A Outorga de Direito de Uso será
requerida depois que detivermos a outorga preventiva e estivermos na fase de Licença de
Operação.
Para a solicitação da Outorga, serão efetuadas a (s) declaração (ões) de uso (s) no
Cadastro Estadual de Usuários de Recursos Hídricos – CEURH, no Sistema Imasul de
Registro e Informações Estratégicas de Meio Ambiente (Siriema), disponível em:
http://siriema.imasul.ms.gov.br. Para realizar cada declaração é necessário identificar o
tipo de ponto de interferência do uso: Barramento, Captação Superficial, Captação
Subterrânea, Lançamentos de Efluente ou Outros Usos. Para cada ponto de interferência
deverá ser informada uma finalidade de uso. Após o envio do cadastro, o sistema
informará se o uso será sujeito ou não a outorga, conforme Resolução CERH N°025/2015.
Os usos considerados insignificantes devidamente registrados no CEURH/MS, somente
após a validação farão jus ao Certificado da Declaração de Uso de Recurso Hídrico
Insignificante. No presente empreendimento irá ser feita a captação subterrânea e
lançamento de efluente. Na etapa de cura dos tijolos, será realizada uma recirculação da
água, com o reaproveitamento do que escorrer dos tijolos.
Para os usos sujeitos a outorga deverá ser acessado o Módulo de Outorga, via
Siriema. No nosso caso, deverá ser solicitada uma Autorização para Perfuração de Poço.
Os cadastros deverão ser feitos independentemente para cada uso e serão vinculados em
totalidade no processo de solicitação de Outorga. Ao solicitar a Outorga de Direito de
Uso o usuário tem que relacionar as Declarações de Uso dos Recursos Hídricos que ele
associou na Preventiva, assim o sistema fará o vínculo entre as duas.
Será considerado um processo formalizado, aquele que cumprir todas as
exigências formais, sendo estas:
1. O CEURH;
2. A solicitação da outorga;
3. Anexo de todos os documentos solicitados, contendo as informações necessárias para
a análise do pleito, e;
4. O pagamento dos emolumentos.
A primeira análise a ser realizada é a verificação da documentação, onde será
analisado se os documentos enviados estão em conformidade com o solicitado. Caso haja
ausência de documentação ou erros nos anexos, será gerada uma pendência. A
continuidade da análise do processo de outorga só se dará quando for sanada a pendência
de documentação. A análise técnica dos processos consistirá em duas etapas: Análise de
Disponibilidade Hídrica e Análise do Empreendimento.
Por fim, após as análises técnicas pelas equipes responsáveis, serão
disponibilizados os pareceres técnicos. Nos casos de parecer favorável, ocorrerá o
deferimento e publicação da resolução de outorga no Diário Oficial do Estado (DOE) e a
divulgação no site do Imasul. Nos casos de parecer desfavorável, ocorrerá a comunicação,
por meio de Portaria, do indeferimento do pedido de outorga. O usuário terá um prazo de
60 dias para recorrer ao parecer, e posteriormente a este prazo ocorrerá o arquivamento
do processo.
Documentos necessários para a solicitação da outorga:
1. Carta de anuência do proprietário do imóvel para a captação e/ou lançamento (quando
o requerente não for o proprietário do imóvel);
2. Tratando-se de representação através de procurador, deverá ser juntada a procuração
com firma reconhecida específica autenticada em Cartório;
3. Croqui de acesso ao empreendimento indicando pontos de referências e respectivas
distâncias;
4. Cópia da Licença ou Autorização Ambiental, nos casos em que o usuário já estiver
licenciado;
5. Formulário específico preenchido, disponível no Siriema para download, conforme a
atividade requerida e projeto quando for o caso;
6. Cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), requerida por profissionais
legalmente habilitados, com registro no respectivo conselho de classe.
- Licenciamento Ambiental
No presente empreendimento será realizado o licenciamento ambiental
simplificado, que é o procedimento de licenciamento ambiental realizado por intermédio
de Comunicado de Atividade, pelo qual o órgão ambiental competente autoriza,
concomitantemente, a localização, instalação e operação de determinadas atividades
dentre aquelas consideradas utilizadoras de recursos ambientais e/ou efetivas ou
potenciais causadores de pequeno impacto ambiental.
No âmbito do Imasul, o empreendimento se enquadra na categoria I segundo a
Resolução SEMADE n. 9, de 13 de maio de 2015, onde é descrita como atividade
considerada efetiva ou potencial causadora de pequeno impacto ambiental. Para o Imasul
tomar a decisão de disponibilizar a licença prévia ou licença de instalação e operação ou
autorização ambiental são necessários: O comunicado de atividade e a proposta técnica
ambiental.
O comunicado de atividade é feito por meio de um sistema eletrônico, sendo
apresentada a documentação via digital. Como a área escolhida para o empreendimento
não está inserida em áreas sob restrição de uso, como unidade de conservação, zona de
amortecimento de unidade de conservação, ou em área definida como terra indígena, pode
se seguir com o requerimento da licença. Assim, será feito o relatório SISLA contendo as
coordenadas ou polígono da atividade, bem como a identificação (nome, CPF e
assinatura) do responsável pela geração do relatório SISLA, que será impresso e constará
dentre os documentos de apresentação obrigatória junto com o requerimento de licença
ou de autorização ambiental.
Os formulários de requerimento padrão, carta consulta, comunicado de atividade,
bem como os termos de referência, dentre outros de uso no licenciamento ambiental,
estarão disponíveis no endereço eletrônico do IMASUL.
- Plano Diretor
Analisando o Plano Diretor do município (Lei Complementar nº 002, de 17 de
maio de 2005), temos que a área escolhida para implantação do empreendimento em
questão está inserida, segundo seu Mapa de Zoneamento Urbano de Terenos (Art. 67,
item c), figura 10, na Zona Industrial (ZI) que, segundo seu Art. 41, “esta zona é uma
porção do território destinada a implantação de atividades industriais, de pequeno, médio
e grande porte”.
Figura 10 – Mapa de Zoneamento Urbano de Terenos (MS).
Fonte: Plano Diretor de Terenos (MS).
Ainda segundo o Plano Diretor, no seu Art. 31 são colocadas as considerações
para o desenvolvimento econômico do município, sendo que no inciso III é colocado:
Estimular a instalação de empreendimentos geradores de
empregos, sendo concedidos benefícios e/ou incentivos fiscais,
em conformidade o que dita a Lei Municipal nº 826, de 25 de
setembro de 2001, que institui o Programa de Incentivo para o
Desenvolvimento Econômico e Social de Terenos – PRODESTE
e dá outras providencias, regulamentada pelo Decreto 1.512 de
03 de janeiro de 2002. (TERENOS, Lei Complementar nº 002,
art. 31, inciso III)
Utilizando agora a Lei Municipal nº 826/2001, tem-se que o PRODESTE está
autorizado a doar terreno para construção de obras necessárias ao funcionamento de
empresa interessada, executar serviços de infraestrutura necessários à edificação de obras
civis e de vias de acesso, conceder redução ou isenção de Taxas e do Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza -ISSQN decorrentes de obras de construção e ampliação
e também no caso de a empresa incentivar turismo receptivo como com congressos,
simpósios, encontros, etc., bem como do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU
incidente sobre o imóvel onde funcionar a empresa, desde que seguidos os critérios e
procedimentos adequados.
Assim, percebe-se um grande incentivo por parte do poder público a implantação
de empresas no município, oferecendo diversos incentivos para isso, tornando-se um
atrativo quando se considera esse critério para instalação.
- Estrutura tributária
Segundo a Lei Complementar nº 004 de 13 de dezembro de 2005, que altera o
Código Tributário Municipal de Terenos (Lei nº 761/1997), em seu Art. 4º coloca que as
alíquotas referentes ao ISSQN constantes na Tabela 1 ficam com os seguintes valores,
vigentes até atualmente.
Assim, nota-se que a percentagem do imposto mensal sobre o movimento
tributável que seria aplicado no caso seria o do item 12, por não constar em nenhum dos
outros, e teria um valor de 5%.
Porém, como é uma empresa nova, pelo menos no período inicial da operação,
pela sua iniciativa de incentivos a geração de empregos (Lei Municipal nº 826/2001), a
empresa provavelmente conseguiria esse incentivo e não necessitaria contribuir com esse
imposto, sendo uma coisa importante para o início de operação.
- Geografia física
Solo
A região Leste do município é ocupada dominantemente por Latossolo de textura
argilosa e baixa fertilidade natural, já nas regiões Oeste e Norte, ocorrem solos mais
arenoso, representados por Latossolo Vermelho-Escuro de textura média e Neossolos,
ambas com baixa fertilidade natural. No município ainda são encontrados Gleissolos.
Relevo e altitude
Está a uma altitude de 437 m. Áreas suavemente onduladas caracterizam a
topografia do município, é entremeada a sudoeste, por áreas planas resultantes de
acumulação fluvial. A leste, encontra-se uma frente de cuesta que torna o terreno
acidentado. O município de Terenos divide-se em duas Regiões Geoambientais:
Região dos Planaltos Arenítico-Basálticos Interiores, com a unidade Planalto de
Dourados
Região dos Planaltos da Borda Ocidental da Bacia do Paraná com as unidades:
Terceiro Patamar da Borda Ocidental, Segundo Patamar da Borda Ocidental e
Depressão Interpatamares.
Apresenta relevo plano geralmente elaborado por várias fases de retomada
erosiva, relevos elaborados pela ação fluvial e áreas planas resultante de acumulação
fluvial sujeita a inundações periódicas.
Clima, temperatura e pluviosidade
Está sob influência do clima tropical (AW). O clima predominante é o úmido a
sub-úmido, os meses mais secos são junho, julho e agosto e os mais chuvosos, novembro,
dezembro e janeiro. A precipitação pluviométrica varia de 1.500 a 1.750mm anuais e são
regulares, com período seco, inferiores a quatro meses, correspondendo a deficiência
hídrica de 350 a 500mm. O excedente hídrico anual é de 800 a 1.200mm durante cinco a
seis meses.
Seu clima se apresenta comum à região de Campo-Grande, sendo a Leste e Sul do
município as temperaturas médias do mês mais frio são menores que 20 °C e maiores que
18 °C.
Hidrografia
Está sob influência da Bacia do Rio da Prata, Bacia do Paraguai, sub-Bacia do Rio
Miranda e Aquidauana. Rios do município:
Rio Aquidauana: principal acidente geográfico do município, é afluente pela margem
direita do rio Miranda, com 620 km de extensão. Navegável da foz até a cidade de
Aquidauana. Nasce na serra de Maracaju, acima e ao oeste de São Gabriel do Oeste
e percorre o vale entre as serras da Boa Sentença e Maracaju. Divisa entre os
municípios de Terenos e Aquidauana e Terenos e Corguinho.
Rio Cachoeirão: rio formado pela confluência dos córregos Canastrão e Buriti, sendo
afluente pela margem esquerda do rio Aquidauana, e limite entre os municípios de
Terenos, ao leste, e Dois Irmãos do Buriti, ao oeste.
Rio Varadouro: afluente pela margem direita do rio Cachoeirão, no município de
Terenos.
O município é cortado por córregos e ribeirões, contendo três importantes
nascentes: os córregos Salobra e o Piraputanga. Apresenta também, o Córrego Ceroula,
que faz divisa com os municípios de Rochedo e Campo Grande e o Córrego Canastrão,
que faz divisa com o município de Sidrolândia.
Constata-se ainda a presença de outros córregos de menor porte como: Cabeceira
Limpa, Cabeceira Poção, Ribeirão Cachoeirinha e os córregos Barreiro, Barreirinho,
Belchior, Cacimba, Cabeceira Comprida, Corredeira, Estiva, Fundo, Indaiá, Lajeadinho,
Piraputanga, Porteira, Seco, Sucuri, Varjão e Vertente Comprida.
Vegetação
Localiza-se na região de influência do Cerrado. Predominando e bem distribuídos
encontram-se pastagem plantada e Cerrado. No restante da área a cobertura se distribui
em reflorestamento e várzea. Pode-se observar que a vegetação nativa foi eliminada no
processo de abertura das fazendas.
- Fornecedores
Visto que o município de Terenos – MS é pequeno para fornecer a matéria-prima
para a produção de tijolos ecológicos, tanto os resíduos de construção civil quanto o lodo
da estação de tratamento de água serão transportados de Campo Grande – MS até o
empreendimento.
De acordo com SBT MS (2016), em dezembro deste ano, o juiz da 2ª Vara de
Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Comarca de Campo Grande,
ordenou o encerramento do lixão de entulho do município de Campo Grande – MS, dessa
forma, as empresas de caçambas não estão mais autorizadas a descartarem os resíduos de
construção civil no local. Diante disso, observam-se essas empresas como possíveis
fornecedores de matéria-prima para o empreendimento.
Algumas das principais empresas de caçamba são (Figura 6): Caçamba Pantanal,
Remove Entulho, Agiliza Caçambas, AF Caçambas, entre outras.
Figura 6 – Empresas de caçamba em Campo Grande - MS
Fonte: Google Maps, 2016
Em relação ao lodo, este será recolhido na estação de tratamento de água de
Campos Grande – MS, a Águas Guariroba. De acordo com o site da empresa, ela destina
o lodo gerado no tratamento à estação de tratamento de esgoto Los Angeles. Assim, teria
que ser feito um acordo com a empresa para pegar parte desse lodo.
Para a compra do cimento, a empresa escolhida foi Votorantim Cimentos, pois é
uma empresa de grande porte quando comparada com as outras vendedoras de cimento e,
além disso, possui os tipos de cimento utilizados na fabricação de tijolo ecológico
(VOTORANTIM CIMENTOS, 2016).
- Mão de obra disponível
A mão de obra para este empreendimento não necessitará de experiência ou
conhecimento prévio na área. Como o maquinário é específico, será fornecido um curso
de capacitação para a operação das máquinas e equipamentos. Desta forma não será um
problema conseguir funcionários e as vagas serão preenchidas rapidamente.
- Terrenos Disponíveis
Em Terenos – MS existe uma disponibilidade na zona industrial onde se
concentram os empreendimentos na cidade. Na primeira imagem está delimitada toda a
zona, já na segunda o local para o negócio.
Figura7: Zona Industrial Terenos-MS
Fonte: Google Earth 2016 – Adaptado pelos autores
Figura 8: Local do Empreendimento Terenos-MS
Fonte: Google Earth, 2016 – Adaptado pelos autores
-Disponibilidade de energia, agua, telefone e redes de esgoto
Na área escolhida, a qual está a 250 metros de um conjunto habitacional, há a
passagem de rede elétrica e de telefones por meio de cabos de fibra ótica. Por ser próximo
à área povoada e próxima a rodovia BR-262, a área provavelmente possui rede de esgoto
e rede de água. Porém, a disponibilidade hídrica fica limitada à rede de água e esgoto pois
pelo Google Earth não há nenhum curso d’água próximo ao terreno.
- Distância da fonte de combustível
A cidade de Terenos – MS têm dois postos de combustíveis em seu território,
sendo estes: Posto Pantaneiro Taurus e o Posto Varzea Alegre. O primeiro posto se situa
na BR-262 no km 359, já o segundo está na BR-262 e no km 397.
Dessa forma, o posto de combustível que será referência é o Posto Pantaneiro,
onde sua distância até o empreendimento é de 900m. Segue um esboço da área do
empreendimento (em vermelho) e o caminho do posto até o mesmo (em azul).
Imagem 9 – Caminho da fonte combustível
Fonte: Google Earth 2016 – Adaptado pelos autores
- Facilidade de transporte
As rodovias de acesso até o empreendimento são a BR-262, acesso principal e, a
MS- 352.
O anel viário de Campo Grande – MS, alega que a BR -262 é uma pista de
rolamento, que se apresenta em boas condições, bem sinalizada e com acostamento bem
conservados (DNIT, 2006). Já a MS- 352, é uma estrada não pavimentada e que não se
encontra em boas condições de rodagem, pois apresenta muitos buracos e pedregulhos
em sua extensão (ALMS, 2016).
- Potenciais Revendedoras
Os tijolos ecológicos necessitam de distribuidoras para serem revendidos. Em um
raio de 40 Km de Terenos, Mato Grosso do Sul, temos as seguintes revendedoras: a
Distribuidora Lopes, a ACOSTA, Loja Terenese de materiais para construção, Mécari,
Cisabella, Tibero, Depósito Real, entre outros. O transporte poderá ser realizado através
da Rodovia Transbrasiliana BR-262.
TAMANHO
Considerando uma produção de 9.000 tijolos/dia em um ano seriam produzidos
3.240.000 tijolos, com base na produção brasileira anual de tijolos comuns que é de
51,1x109, a nossa produção representaria 0,006% do mercado nacional
ENGENHARIA
- Memorial descritivo
Descrição do processo produtivo
O primeiro passo da produção dos tijolos é a aquisição da matéria prima. O lodo
será buscado na ETA de Campo Grande – MS e, para esse transporte será contratada um
serviço terceirizado. Os resíduos de construção civil chegarão à empresa por meio de
empresa (s) caçambeira (s) e o cimento será encomendado na empresa Votorantim
Cimentos.
Após sua chegada, a matéria-prima será armazenada. Os resíduos de construção
civil (RCC) e o cimento serão armazenados no mesmo galpão de onde ficará o triturador.
E o lodo da ETA será armazenado no leito de secagem, onde ficará durante uma semana,
para então ser levado por uma pá carregadeira para o galpão, juntamente com o RCC,
para ser triturado.
Depois da armazenagem, o lodo da ETA e o RCC serão triturados em trituradores
diferentes. O RCC passará por dois trituradores, um triturador de resíduos, deixando o
resíduo na forma de brita, e um triturador de composto para poderem virar pó, vale dizer
que o transporte dos materiais de um triturador para outro será feito por meio de esteiras.
Já o lodo da ETA passará somente por um triturador fino para ficar na forma de pó,
desfazendo as massas geradas com a secagem. Os materiais triturados e o cimento cairão
em baias, onde se acumularão. Assim, um funcionário (um para cada baia) pegará o
material da baia e o colocará em um bag (com boca larga na parte superior e uma válvula
da parte inferior). Cada bag (um para cada matéria-prima) estará pendurado em uma
balança suspensa, para possibilitar a aquisição dos materiais nas proporções certas. É
válido ressaltar que as balanças terão um cabo de aço como suporte e, por meio de uma
talha elétrica poderão ser direcionadas, juntamente com os bags, para cima e para baixo
e para o lado, permitindo o material cair no local correto. Quando o peso requerido for
atingido, as válvulas dos bags serão abertas e os materiais, já nas proporções corretas,
cairão dentro da pá de um mini dumper e serão levados para as esteiras que levam os
materiais para os misturadores.
No misturador, o lodo da ETA, o RCC e o cimento serão misturados com água,
assim, através de uma esteira, essa mistura será direcionada à prensa, onde o tijolo será
formado. Em seguida, um funcionário organizará os tijolos em milheiros, tendo um pallet
como suporte, para então, com o uso de uma empilhadeira, o milheiro será levado para o
galpão de cura, onde ficará por 7 dias. Neste galpão, os milheiros ficarão dispostos em
prateleiras, onde cada prateleira terá esguichos para molhar todos os milheiros.
Finalizado o processo de cura, os milheiros serão levados para o local de
armazenagem de tijolos prontos. Assim, conforme os pedidos dos clientes, os tijolos serão
organizados em caminhões e entregues às distribuidoras de tijolos.
Fluxograma
Chegada do lodo
da ETA
Chegada dos resíduos
de construção civil (RCC)
Secagem do lodo em
leito de secagem
Armazenamento
Trituração Trituração
Armazenamento
lodo triturado
Armazenamento
RCC triturado
Transporte da mistura
Colocação da mistura na esteira do misturador
Obtenção da massa no misturador
Prensagem da massa; obtenção do tijolo
Arrumação na forma de pilhas
Transporte das pilhas para área de cura
Cura (durante 7 dias)
Transporte para armazenagem
Armazenagem
Transportar para a distribuidora
Pegar as proporções adequadas
destes e de cimento
Lay-out
O lay-out geral da empresa está contido na Figura 10. Seguindo o processo de
produção do tijolo ecológico o lay-out foi elaborado com o intuito facilitar e aumentar a
eficiência do processo.
Equipamentos
1 Pá carregadeira Wacker Neuson WL 37:
o Capacidade da pá balde padrão 0,6 m³
o Comprimento total 4,7 m,
o Largura total 1,56 m,
o Altura 2,310 m,
o Nível sonoro 101 dB,
o Altura máxima de elevação da pá 3,240 m
1 Pá carregadeira Wacker Neuson WL 30:
o Capacidade da pá balde padrão 0,45 m³,
o Comprimento total 4,56 m,
o Largura total 1,35 m;
o Altura 2,251 m,
o Nível sonoro 101 dB,
o Altura máxima de elevação da pá 3,209 m;
1 Mini niveladora Wacker Neuson SW 28:
o Capacidade nominal de operação 1270 Kg
o Comprimento total 3,7 m,
o Largura 1,9 m,
o Altura 3,435 m
1 Trituradores de resíduos
Ecomáquinas Eco Brita
3000
2 Trituradores Multifuncional NOWO Máquinas:
o Personalizado conforme a necessidade da
empresa,
o Diâmetro da partícula: 0,5 mm;
2 Peneira rotativa Ecomáquinas Eco Per:
o Produção de 3 m³/h,
o Comprimento é 1,78 m,
o Largura 0,80 m,
o Altura 1,55 m,
o Granulometria 5mm,
o Voltagem 220/380 V,
o Peso líquido 167 Kg (embalado 240 Kg)
2 Esteira transportadora Ecomáquinas Eco Tes de
4 m:
o Comprimento 4,0 m,
o Largura 0,4 m,
o Voltagem 220/380 V;
2 Esteira transportadora Ecomáquinas Eco Tes
de 7 m:
o Comprimento 7,0 m
o Largura 0,4 m,
o Voltagem 220/380 V,
o Peso líquido 138 Kg (emabalado 150 Kg);
1 Mini Dumper Sino 1,5 CBM 4x4:
o Comprimento total 2,57 m,
o Largura total 1,64 m,
o Capacidade de tonelagem 2000 Kg,
o Capacidade 1m³,
o Peso 1540 Kg;
1 Empilhadeira elétrica STILL RX 50:
o Capacidade de força de levantamento
1,0 a 1,6 t,
o Comprimento 2,582 m,
o Largura 0,993 m,
o Elevação máxima 6,070 m,
o Nível máximo de ruído 63,9 dB,
o Combustível energia elétrica
o Consumo de energia 4,9 KWh/h
900 Pallets de plástico Plasbox PB 410
vazado:
o Comprimento 1,2 m,
o Largura 1,0 m,
o Altura 0,0150 m
o Material polipropileno (PP) e polietileno de alta densidade (PEAD)
3 Talha Elétrica ECO-Sansei cabo de aço com Trolley:
o Capacidade de 1000 Kg,
o Comprimento 1 m,
o Largura 0,53 m,
o Altura 0,53 m,
o Voltagem 220/380 (trifásico),
o Altura de elevação 9 m,
o Potência motor de elevação 1,5 KW,
o Potência motor de translação 0,2 KW;
3 Balanças de gancho suspensa Digi-Tron
500 Kg ULD-500:
o Altura da caixa 0,155 m,
o Altura do gancho inferior 0,105 m,
o Altura do gancho inferior 0,090 m,
o Altura total 0,350 m,
o Capacidade 100g a 500 Kg,
o Peso 15 Kg;
1000 Big bags Big Plast com boca de carga e
válvula:
o Comprimento 0,90 m,
o Largura 0,90 m,
o Altura 1,5 m,
o Tecido confeccionado polipropileno (PP) de
alta resistência
Combo de máquinas e equipamentos
3 Misturador Ecomáquinas Eco Mix Force 800:
o Comprimento 3,55 m,
o Largura 2,38 m,
o Altura 3,615 m,
o Produção de até 69 bateladas diárias,
o Peso máximo por batelada 400 Kg,
o Voltagem 220/380 V,
o Peso líquido 500 Kg (embalado 600 Kg);
3 Esteira transportadora Ecomáquinas Eco Tes
de 4 m:
3 Esteira transportadora Ecomáquinas Eco Tes de 7 m:
3 Prensas Ecomáquinas Eco Premium CF1
Automática:
o Comprimento 2,52 m,
o Largura 1,18 m,
o Altura 2,4 m,
o Produção até 3000 unidades diárias (8
horas),
o Prensagem até 9 toneladas por ciclo,
o Peso líquido 550 Kg (embalado 620 Kg);
- Memorial de cálculos
Área de secagem do lodo da ETA
Os tijolos serão compostos de 60% de RCC, 20% de lodo e 20% de cimento. Dessa
forma, sabendo que para cada tijolo serão utilizados, aproximadamente, 4 kg de matéria-
prima, calcula-se que serão necessários 0,8 kg de lodo de ETA e 0,8 kg de RCC cimento
para a produção de cada tijolo (BISOGENIN; IDE; IMOLENE, 1999).
Por meio das três prensas serão produzidos 9000 tijolos por dia, assim, serão
necessários 7200 kg/dia de lodo e 7200 kg/dia de cimento. Considerando os sete dias da
semana, serão utilizados 50400 kg/semana de lodo e 50400 kg/semana de cimento, o que
contabiliza 1008 sacos de 50 kg por semana.
Assim como já foi dito, os sacos de cimento serão armazenados no galpão onde
ficarão as prensas, enquanto que o lodo ficará por 7 dias no leito de secagem antes de ir
para o triturador.
Para o dimensionamento do leito de secagem, primeiramente foi calculada a
quantidade aproximada de lodo que é gerada no tratamento de água da cidade de Campo
Grande – MS. Segundo Silva (2013), em um tratamento de água convencional é gerado,
aproximadamente, 0,9 kg de lodo por m³ de água tratada e, de acordo com a pesquisa
nacional de saneamento básico do IBGE (2008), a ETA de Campo Grande – MS trata em
torno de 131783 m³/dia de água por meio de tratamento convencional. Diante disso,
estima-se que o município gera no mínimo 11860,47 kg de lodo por dia, o que é mais do
que suficiente para a produção de 9000 tijolos/dia.
Assim como já foi dito, serão utilizados, aproximadamente, 50400 kg/semana de
lodo, então para calcular o volume dessa quantidade de lodo é preciso saber a densidade
do mesmo.
Quanto mais seco o lodo estiver, menos tempo o mesmo terá que ficar no leito.
Diante disso, o lodo será coletado da ETA já desaguado, com teor aproximado de sólidos
suspensos totais (SST) de 30%. Além disso, temos que a densidade de um lodo desaguado
é de, aproximadamente, 1300 kg/m³ (DI BERNARDO; DANTAS; VOLTAN, 2012).
Com os valores da massa e da densidade do lodo, é possível calcular o volume
usando a seguinte fórmula:
𝜌 =𝑚
𝑉
Onde ρ é a densidade em kg/m³, m é a massa em kg e V é o volume em m³. Assim,
o volume a ser ocupado por 50400 kg de lodo será de, aproximadamente, 39 m³.
Todavia, para possibilitar a entrada das máquinas (niveladora, pá carregadeira e
caminhão basculante) dentro leito, serão construídas duas rampas conectadas a uma das
paredes do leito, uma do lado de fora e outra do lado de dentro. As duas rampas terão as
mesmas dimensões, as quais são: 0,9 m de altura (mesma altura das paredes do leito), 3,4
m de comprimento, 3,0 m de largura, 3,5 m da parte inclinada e 15º de inclinação. A
rampa que ficará dentro do leito ocupará 4,6 m³ do seu volume, portanto, esse volume
será acrescido ao volume que o lodo ocupará, o que resulta em um valor aproximado de
44 m³.
Um fator muito importante no processo de secagem do lodo é a espessura que a
camada de lodo terá ao ficar disposta no leito. No experimento de Bisogenin, Ide e
Imolene (1999), a umidade do lodo diminuiu em menos tempo com uma espessura de 20
cm. Contudo, Achon et al. (2003 DI BERNARDO, 2012) concluiu que um leito de
secagem com uma manta geotêxtil (bidim) sobre a camada de brita, aumenta
significativamente a eficiência e a velocidade de secagem do lodo, sendo que o tempo
médio de secagem do lodo é de 7 dias, enquanto que, segundo Vandermeyden et al. (1998
DI BERNARDO, 2012), em um leito de secagem comum, o lodo pode demorar até 30
dias para secar. Além disso, no experimento de Fontana et al. (2004 DI BERNARDO,
2012), com a utilização de uma manta geotêxtil, o lodo atingiu teor de SST maior que
99,9%.
Dessa forma, para aumentar a eficiência de secagem do lodo, o leito terá uma
manta geotêxtil (bidim) e, para diminuir a área necessária a ser ocupada, o lodo ficará
disposto com uma espessura de 40 cm e as paredes do leito serão 30 cm mais altas do que
o lodo para diminuir a influência de intempéries. É válido ressaltar que, o leito de secagem
terá uma cobertura transparente, para que o lodo não seja atingido pela chuva, mas receba
a radiação solar.
Um leito de secagem comum, normalmente utiliza de 20 cm a 50 cm de brita.
Assim, a manta a ser utilizada, ficará disposta sobre uma camada de 20 cm de brita nº 2
e deverá ter 11 m de comprimento e 10 m de largura para poder comportar toda a camada
de lodo. Além disso, embaixo da camada de brita terá um tubo perfurado para drenagem
do líquido que sairá do lodo, o qual irá para a rede de esgotos. (DI BERNARDO;
DANTAS; VOLTAN, 2012).
Segundo Cabral, Viana e Bastos (2016), para dimensionar a área do leito utiliza-
se a seguinte fórmula:
𝐴 = 𝑉
ℎ
Onde A é a área do leito, V é o volume de lodo e h é a altura do lodo no leito.
Logo, a área do leito será de 110 m², sendo 10 m de largura e 11 m de comprimento. Além
disso, suas paredes terão 90 cm de altura.
A cobertura do leito terá 12 m de comprimento e 11 m de largura e ficará a uma
altura de 3 m das paredes do mesmo.
Área de armazenagem RCC
Considerando que a massa média dos tijolos são de 4 Kg e que 60% desse valor
corresponde a RCC, cada tijolo utilizando 2,4 Kg de RCC, totalizando 21600 Kg/dia e
172800 Kg/semana. Considerando a massa específica do RCC é de 1235 Kg/m³
(DALTRO FILHO et al, 2006), temos que será necessário 140 m³/semana de RCC.
Portanto, para a armazenagem de RCC bruto será impermeabilizada uma área de
15 x 13 metros.
Planta baixa da área de secagem do lodo da ETA
Fonte: Autores, 2017
Área de trituração, mistura e prensagem
Considerando as dimensões dos equipamentos obteve-se um dimensionamento da
área de trituração de 33,78 x 20 m, área de armazenamento de RCC triturado de 10 x
10,63 m, do lodo é de 10 x 9,38 m e o armazém do cimento 10 x 11 m. Como tudo isso
será feito em um único barracão resulta em um barracão de 78,67 m de comprimento, 20
m de largura e 4,5 m de altura.
Planta baixa da área de trituração, mistura e prensagem
Fonte: Autores, 2017
Área de cura
As dimensões dos itens a seguir foram feitas considerando que a dimensão dos
tijolos serão de 30 x 15 x 7 cm.
Figura 11 – Dimensões tijolo ecológico de 30 cm.
Fonte:
http://www.tijolo.eco.br/static/media/uploads/fabrica/.thumbnails/desenho_tecnico_tijolo_ecologico.jpg/d
esenho_tecnico_tijolo_ecologico-559x728.jpg
As pilhas de tijolos serão colocadas em pallets de 1 x 1,2 m. No lado de 1,2 m
serão colocados 4 tijolos com o lado de 30 cm e no lado de 1 m 6 tijolos com o lado de
15 cm, dando 24 tijolos por fileira, sendo que cada pilha terá 15 fileiras, totalizando 360
tijolos por pilha e altura de 1,05 m.
Sabendo que a produção diária será de 9.000 tijolos, que são necessárias três pilhas
de tijolos para cada mil tijolos e que são necessários 7 dias para cura dos tijolos, é
necessária área para no mínimo 189 pilhas de tijolos. Colocando uma margem de
segurança, a área foi dimensionada para comportar aproximadamente 810 pilhas de
tijolos.
Assim, o barracão para cura tem dimensões de 48,5 m de comprimento, 24 m de
largura e 5 m de altura, contendo oito fileiras de prateleiras para colocação das pilhas,
com quatro corredores de 3 m entre cada fileira de prateleiras, sendo que as prateleiras
terão dimensões de 352 m de comprimento, 1,3 m de largura e 4,8 m de altura,
considerando cada prateleira com 1,5 m de altura e uma altura do chão de 0,30 m.
Planta baixa da área de cura
Fonte: Autores, 2017
Área de armazenagem dos tijolos prontos
Considerando um armazenamento de aproximadamente 650 pilhas de tijolos, nos
pallets de 1 x 1,2 m, será destinado uma área de 48,48 m de comprimento e 24,3 m de
largura.
Planta baixa da área de armazenagem dos tijolos prontos
Fonte: Autores, 2017
Área de administração
A área administrativa será destinada para áreas de administração no geral e área
de apoio aos funcionários, contendo uma recepção (6 x 6 m), um escritório junto com
espaço para arquivamento de documentos (12,5 x 6 m), uma sala de reuniões (5,7 x 5,5
m), banheiros (7 x 4 m), uma cozinha (5,7 x 5,7 m) e refeitório (7 x 4 m), resultando em
um prédio com comprimento de 20,6 m e largura de 18,1 m.
Planta baixa da área de administração
Fonte: Autores, 2017
Planta baixa de todo empreendimento
Fonte: Autores, 2017
CUSTOS
- Custos de investimento
Os custos de investimento considerados foram os referentes a compra de
equipamentos, referentes aos listados na engenharia, e construção de estruturas,
discriminados na Tabela 2 abaixo.
Vários custos foram estimados ou não foram possíveis de estimar, e devido a isso
o custo de investimento foram aumentados em 10% para melhor confiabilidade nos
resultados.
Tabela 2 – Custos de investimentos gerais
CUSTOS INVESTIMENTO
EQUIPAMENTOS PREÇO (R$)
1 Pá carregadeira 102.000,00
1 Mini niveladora 86.500,00
1 Pá carregadeira 98.000,00
2 Esteira de 4 m 19.725,92
1 Trituradores grosso 96.305,00
2 Trituradores fino 210.000,00
2 Peneira rotativa 31.676,40
2 Esteira de 7 m 24001,46
1 Dumper 7.500,00
3 Talha elétrica 19.881,30
3 Balança suspensa 8.566,11
1000 Big bag descarga 19.900,00
3 COMBOS 381.564,81
3 Esteira 4 m (3x127.188,27)
3 Misturador
3 Esteira 7 m
3 Prensas
2 Empilhadeira elétrica 170.000,00
900 Pallets de Plástico 63.000,00
2 CAMINHÕES 923.522,00
ESTRUTURA 1.912.682,22
TOTAL 4.592.307,74
Fonte: autores, 2017
Os custos com a estrutura foram também discriminados de acordo com a área que
seria construída ou material utilizado em mais de um local, estando contidos na Tabela 3.
Tabela 3 – Custos de investimentos em estrutura
ESTRUTURA PREÇO (R$)
Brita para leito 2.298,74
Galpão de trituração 100.000,00
Concreto 87.626,48
Galpão de cura 1.270.600,00
Secretaria 372.860,00
Banheiros 51.000,00
Caixa d'água 8.000,00
Poço 20.000,00
Manta leito secagem 297,00
TOTAL 1.912.682,22
Fonte: autores, 2017
- Custos mensais
Os custos mensais para funcionamento da fábrica foram também estimados com
os itens principais necessários (Tabela 4). Não foi possível estimar os custos de energia
com base nas especificações dos equipamentos, essa informação não se encontrava
disponível, assim, o valor encontrado foi obtido colocando que este correspondia a 15%
do restante dos custos estimados, sendo essa informação baseada em reportagens
encontradas referentes a esse custo em diversas empresas.
Tabela 4 – Custos mensais da fábrica estimados
CUSTOS MENSAIS
FUNCIONÁRIOS PREÇO (R$)
1 Secretaria 1.114,36
1 Porteiro 1.084,77
10 Fábrica 13802,1
1 Gerente Adm 4.588,09
1 Gerente Operação 5.759,43
1 Segurança 1.595,96
1 Limpeza 964,36
OPERAÇÃO
Água 1.096,80
Energia 5.365,64
Recolhimento Lodo 5.765,04
TOTAL 41.136,55
Fonte: autores, 2017
- Retorno do investimento
Para verificar o retorno do investimento e sua viabilidade financeira foram
calculados o Valor Presente Líquido (VPL) para 10 anos, a Taxa Interna de Retorno (TIR)
e o Payback descontado.
Os valores utilizados para o cálculo do VPL e da TIR estão colocados na Tabela
5, sendo utilizado o valor de Taxa Mínima de Atratividade (TMA) e Taxa de Juros de
10%.
Tabela 5 – Cálculo do VPL e da TIR para 10 anos
Fonte: autores, 2017
Assim, pela Tabela 5, o valor de VPL em 10 anos é de R$ 2.207.033,29 e o da
TIR é de 20%, mostrando valores atrativos para o investimento.
Tabela 6 – Cálculo do Payback descontado para 10 anos
Fonte: autores, 2017
Logo, pela Tabela 6, o Payback do investimento se dá em 5 anos e 8 meses,
apresentando um valor normal para a maior parte dos investimentos.
Ano 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Invetimentos 4.592.307,74 493.638,56 493.638,56 493.638,56 493.638,56 493.638,56 493.638,56 493.638,56 493.638,56 493.638,56 493.638,56
Retornos 0,00 1.600.200,00 1.600.200,00 1.600.200,00 1.600.200,00 1.600.200,00 1.600.200,00 1.600.200,00 1.600.200,00 1.600.200,00 1.600.200,00
Fluxo de Caixa -4.592.307,74 1.106.561,44 1.106.561,44 1.106.561,44 1.106.561,44 1.106.561,44 1.106.561,44 1.106.561,44 1.106.561,44 1.106.561,44 1.106.561,44
Fluxo de Caixa Acumulado -4.592.307,74 -3.485.746,30 -2.379.184,86 -1.272.623,42 -166.061,97 940.499,47 2.047.060,91 3.153.622,35 4.260.183,79 5.366.745,24 6.473.306,68
Fluxo de Caixa Descontado -4.592.307,74 1.005.964,95 914.513,59 831.375,99 755.796,35 687.087,59 624.625,09 567.840,99 516.219,08 469.290,07 426.627,34
Fluxo de Caixa Descontado Acumulado -4.592.307,74 -3.586.342,79 -2.671.829,21 -1.840.453,22 -1.084.656,86 -397.569,27 227.055,82 794.896,81 1.311.115,88 1.780.405,96 2.207.033,29
Fluxo de Caixa Descontado -4.592.307,74 1.005.964,95 914.513,59 831.375,99 755.796,35 687.087,59 624.625,09 567.840,99 516.219,08 469.290,07 426.627,34
Fluxo de Caixa Descontado Acumulado -4.592.307,74 -3.586.342,79 -2.671.829,21 -1.840.453,22 -1.084.656,86 -397.569,27 227.055,82 794.896,81 1.311.115,88 1.780.405,96 2.207.033,29
% Retorno 22% 20% 18% 16% 15% 14% 12% 11% 10% 9%
% Retorno Acumulado 22% 42% 60% 76% 91% 105% 117% 129% 139% 148%
Mês de Retorno 8
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