FACULDADE SOCIAL DA BAHIA
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
EFEITO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO MILITAR SOBRE A APTDÃO MUSCULAR EM ALUNOS OFICIAIS DA
POLÍCIA MILITAR DA BAHIA
GUSTAVO BATISTA DE SOUZA
Salvador 2007
GUSTAVO BATISTA DE SOUZA
EFEITO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO MILITAR SOBRE A APTDÃO MUSCULAR EM ALUNOS OFICIAIS DA
POLÍCIA MILITAR DA BAHIA
Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade Social da Bahia como parte dos requisitos para obtenção de Grau em Educação Física.
Professor Orientador: Renato Lemos Sandes Júnior
Salvador 2007
Dedico esse trabalho, em especial, a todos os profissionais em Educação Física pertencentes à comunidade militar que, direta ou indiretamente, constroem todos os dias novos rumos para o crescimento e melhoria da performance no serviço, quer seja nas forças armadas quer seja nas forças auxiliares.
AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, a meus pais, irmãos e demais familiares, pelo amor e carinho incondicional, pelo apoio em situações adversas, por me propiciarem condições mínimas de educação, valores morais e, sobretudo, por nunca terem deixado de acreditar em meu potencial em qualquer que seja a circunstância. Aos meus amigos, por toda paciência e compreensão nos momentos mais delicados durante esse ciclo. A meus professores, por contribuírem de forma excepcional para a minha formação acadêmica e crescimento como ser humano. Agradeço ainda a todos os colegas e amigos que passaram durante o curso, aos que ficaram mesmo com dificuldades e conseguiram todos, contribuir com a minha formação profissional e pessoal.
A aptidão física não é apenas uma das mais importantes chaves para um corpo saudável; ela é a base de uma atividade intelectual dinâmica e criadora.
Mas nós devemos saber aquilo que os gregos sabiam: que a inteligência e a perícia somente podem funcionar ao máximo de suas capacidades quando o corpo é saudável e forte; que os espíritos intrépidos e mentes rijas usualmente habitam corpos sãos.
John F. Kennedy,1962
RESUMO Esse estudo teve como objetivos identificar o efeito de um programa de treinamento sobre a aptidão muscular de alunos oficiais da Polícia Militar da Bahia, discutir a importância de um programa de exercícios para os níveis de aptidão do aluno para o desempenho do trabalho, e também seus benefícios à saúde. No período de novembro/2005 a novembro/2006, foram avaliados 137 alunos, todos do sexo masculino, com idade entre 18 e 30 anos e integrantes do Curso de Formação de Oficiais. Os dados foram colhidos através de pesquisa de campo. O exercício escolhido foi o de barra dinâmica sendo este aplicado pela Sessão de Educação Física e Desporto da Academia de Polícia Militar da Bahia, conforme as Normas Especificas para Execução e Avaliação da Disciplina Educação Física da APM. Os resultados da análise de dados indicaram não haver uma evolução significativa quanto aos índices, por não haver sobrecarga durante o treinamento destes. Palavras-chave: Exercício físico, treinamento físico militar, aptidão muscular.
ABSTRACT This study had as objectives to identify the effect of a training program over the muscular aptitude of the officers-students from the Military Police of Bahia, to discuss the importance of an exercising program to the students aptitule levels for the work performance, and also their benefits to the health. In a perios from November/2005 to November/2006, 137 students, all of them male sex, among 18-30 years old, and members of the Officers Formation Course were evaluated. The data was collected throughout field research. The exercise chosen was the dynamic bars, being this applied by the Session of the Phisical Education and Sports Academy of Military Police of Bahia, according to the Specific Rules for the Execution and Evaluation of the Discipline Physical Education of the APM. The results of the data analisis indicate that the students did not have a significant evolution upon the indices, because they were not expose to the overload during the training period. Key-Words: Exercising, Military Physical Training, Muscular Aptitude.
SUMÁRIO Página
INTRODUÇÃO
9
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
13
MÉTODO
20
RESULTADOS
24
CONSIDERAÇÕES FINAIS
26
REFERÊNCIAS
29
ANEXOS
31
9
INTRODUÇÃO
Durante as atividades desenvolvidas diariamente, e, principalmente durante a
atividade fim, os policiais militares necessitam de especifica força e resistência
muscular. Diante disso, acaba por ser imprescindível que durante a formação
dos oficiais da Corporação, especificamente na Polícia Militar da Bahia, sejam
realizados exercícios para desenvolver a aptidão muscular dos alunos oficiais.
O aprimoramento e a manutenção da aptidão muscular permite que o policial
possa executar todas as atividades inerentes a sua função com o mínimo de
desgaste fisiológico possível aumentando desse modo, autonomia de trabalho
e retardando a fadiga muscular que aliados à aptidão técnico-operacional,
resultam num melhor serviço prestado a população.
O Treinamento Físico Militar - TFM visa o desenvolvimento e a manutenção
dos padrões de desempenho físico dos militares (IPCFEx,2002). Em virtude
disso, deve ser elaborado um programa de TFM para a aplicação de exercícios
diversos, entre eles exercícios que trabalhem a aptidão e resistência muscular.
Atualmente, a Academia de Polícia Militar da Bahia - APM, unidade de ensino
responsável pela formação de oficiais através do Curso de Formação de
Oficiais - CFO, possuí a Sessão de Educação Física e Desporto - SEFD, que
conta com militares formados ou graduandos em Educação Física e
profissionais civis formados na área, é responsável no âmbito dessa unidade
de ensino, entre outras missões, a de assessorar os escalões superiores
quanto à doutrina do TFM e promover sua interação com as atividades de
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ensino, pesquisa e desporto para desenvolver e aplicar trabalhos que possam
melhorar o condicionamento físico dos policiais em formação, bem como, em
alguns casos, realizar clinicas de reabilitação para os policiais formados e que
possuam doenças congênitas que, eventualmente, possam atrapalhar o
desenvolvimento de suas funções (PMBA, 2007).
Um policial militar pode necessitar de fazer uso de valências físicas adquiridas
ou aprimoradas durante sua formação em ocorrências as quais for solicitado
como, por exemplo, imobilização de indivíduos suspeitos, controle de tumultos
e distúrbios civis, controle de manifestações em grandes eventos festivos etc.
Para tanto, é necessário que exista um bom condicionamento físico
proporcionado através do treinamento neuromuscular executado na APM com
o Teste de Aptidão Física – TAF, sendo feita à aplicação do exercício de força
de membros superiores por barra dinâmica, para o sexo masculino e barra
dinâmica/ismoétrica para o sexo feminino.
Assim sendo, o TFM é a preparação da condição física total do policial militar,
sistematicamente organizado, por meio de atividades físicas e exercícios
físicos regulares e controladas, dentro de um processo pedagógico. A atividade
policial militar requer iminente preparo psicológico, técnico e físico, sendo que o
próprio policial deve ser responsável pela manutenção desses requisitos no
intuito de verificar o seu nível de preparo.
Embora haja uma bateria de exames médicos, clínicos, psicológicos e físicos
quando do ingresso à Corporação, estes não mais são realizados e tão pouco
requisitados dos policiais após sua formação, salvo quando estes participam de
11
alguns cursos que constem na publicação dos mesmos à avaliação médica e
física ou, em caso de promoções, onde esses exames são obrigatórios.
Exatamente por isso, criou-se a curiosidade de verificar a condição do
indicador de aptidão física muscular para membros superiores na formação dos
oficiais.
O presente trabalho teve como objetivo identificar o efeito de um programa de
treinamento sobre a aptidão muscular de alunos oficiais da Polícia Militar da
Bahia, bem como discutir a importância através dos dados coletados, de um
programa de exercícios para os níveis de aptidão do aluno para o desempenho
do trabalho e seus benefícios à saúde.
Na Introdução, foi abordada a necessidade e importância da prática de
exercícios relacionados a aptidão muscular através do Treinamento Físico
Militar e suas implicações para o serviço policial a ser executado pelos alunos
oficiais da Academia de Policia Militar da Bahia após o curso de formação.
A revisão bibliográfica discute sobre conceitos referentes a exercícios físicos,
força muscular, resistência muscular e suas variáveis de treinamento através
do TFM relacionadas diretamente a atividade policial, bem como a descrição
das atividades específicas realizadas pelo oficial de polícia após a conclusão
do Curso de Formação de Oficiais e as atividades exercidas pelo mesmo.
O Método analisa através de pesquisa de campo, a aplicação do exercício de
barra fixa durante 12 (doze) meses iniciais alusivos ao período do curso de
12
formação, relacionados a atividade que será exercida pelos policiais oficiais no
termino do curso.
Os resultados apresentam fundamentação sobre a prática desse exercício
comparando-o a outros estudos semelhantes realizado por autores em artigos
científicos e livros.
Nas Considerações Finais apresentam-se as observações acerca da aplicação
desse exercício quanto a aptidão muscular, formação dos oficiais e atividade
policial.
13
FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
Através de algumas definições relacionadas à especificidade da atividade
militar, o Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército - IPCFEx,
desenvolveu um manual o qual define com precisão, capacidades e
necessidades físicas inerentes ao bom condicionamento do militar. Nessa
perspectiva, com outras complementações relacionadas, se define:
Programas de Treinamento Físico Militar
São esquemas simplificados que orientam o TFM durante o ano de instrução
(C20-20, 2002 p. 4-1). Os programas são planejados e distribuidos com
métodos de treinamento previstos para todas as semanas do ano, exceto nos
períodos de recesso escolar, preparando os alunos oficias para a realização do
TAF. Através do programa anual, são elaborados programas semanais nos
quais serão realizados treinamentos especificos a cada valência física.
Logo, o TFM, que é realizado ao mesmo tempo com todos os alunos, pode ser
dividido por frações, por nível de aptidão física ou individualmente. O objetivo
do programa é de melhorar, aumentar ou manter o condicionamento físico
desses alunos.
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Aptidão Física
Consiste em vários componentes que podem ajudar na efetiva função do
individuo na sociedade sem excessiva fadiga e com reserva de energia para o
tempo livre (PITANGA, 2004);
O IPCFEx através do Manual de Campanha – Treinamento Físico Militar, do
Exército Brasileiro (2002, p. J-2) define Aptidão Física como sendo
Capacidade de trabalho; capacidade funcional total para executar algumas tarefas específicas que requerem esforço muscular, considerando o envolvimento individual, as tarefas a serem executadas, a qualidade e intensidade do esforço. É um aspecto da capacidade total; envolve desenvolvimento orgânico profundo, aptidão motora e capacidade de executar trabalho físico com eficiência biológica.
A aptidão física é associada com a capacidade que o individuo possui para
realizar atividades relacionadas ao cotidiano com energia e vigor demonstrando
traços de um baixo risco para o desenvolvimento de algumas doenças crônico-
degenerativas potenciais ou as qualidades inatas do homem, que são
expressas continuamente por meio da predisposição e do talento (exemplo: a
aptidão muscular, a aptidão de resistência cardiovascular máxima, flexibilidade
e velocidade máxima atingível).
Resistência Muscular
É a condição ou capacidade na qual o músculo se encontra para exercer
tensão durante período de tempo, que pode ser constante ou variável, tentando
15
manter o movimento por tempo prolongado ou fazendo muitas repetições sem
fadiga excessiva (CORBIN & LINDSEY, 1997 apud. BARROS, 2001).
Segundo o IPCFEx em seu Manual de Campanha – Treinamento Físico Militar
(2002, p. J-4), resistência é a capacidade muscular de resistir a fadiga,
executando pelo maior tempo possível uma atividade, sem afetar a qualidade
do desempenho.
Associada a atividade policial militar, a resistência muscular é determinante
desde o não desgaste do próprio serviço em ocorrências até a aplicação do
prolongamento da jornada de serviço.
Força Muscular
Definida como força máxima, em um esforço único podendo ser gerada por um
músculo ou por um grupo muscular contra uma resistência (TRITSCHER, 2000
apud BARROS, 2001).
Capacidade de um músculo ou grupamentos musculares de se contraírem,
superando as resistências que lhe forem opostas (IPCFEx, 2002 p. J-4).
Condicionamento Físico
É o processo que está associado a capacidade de um indivíduo suportar
atividades cada vez mais intensas (IPCFEx, 2002 p. J-2).
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O condicionamento físico relacionado à saúde refere-se a capacidade que seu
corpo têm de resistir às tarefas diárias e ocasionais, assim como a desafios
físicos inesperados, com um mínimo de cansaço e desconforto. Em outras
palavras, é a posse de reservas de energia para fazer tudo que se deseja
(POWERS & HOWLEY, 2000).
Segundo Foss e Keteyian (2000), é o aumento da capacidade energética dos
músculos por meio de um programa de exercícios físicos, não se preocupando
de forma prioritária com a perícia no desempenho, como ocorrido no
treinamento.
Um bom condicionamento físico poderá auxiliar os alunos a obterem bons
desempenhos no TAF e nas atividades físicas e mentais diárias.
Princípios do Treinamento Desportivo
Como sendo indispensável para a obtenção de um rendimento físico voltado a
prática da atividade policial militar, o treinamento deste baseia-se, sobretudo,
em princípios fundamentados com base no treinamento desportivo (TUBINO,
1984). Dos princípios existentes, apenas recebem atenção dois destes que
são, o principio da individualidade biológica e o principio da continuidade. Tal
atenção é justificada por não se tratar da prática de exercícios físicos
direcionada a formação de atletas, e sim de policiais militares.
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Princípio da Individualidade Biológica
Conforme Tubino (1984), apenas alguns indivíduos favorecidos pela
hereditariedade no que concerne a dons atléticos pode chegar a performances
excepcionais. Porém, possuindo essas características hereditárias individuais
com sendo variável independente de performances desportivas, permite afirmar
que quando um treinamento é desenvolvido e forma cientifica, poderá levar
esses indivíduos a progressivas adaptações fisiológicas permitindo resultados
inesperados.
Portanto, o princípio da individualidade biológica explica a variabilidade entre
elementos da mesma espécie, fazendo que não existam pessoas iguais entre
si, possuindo cada um desses um único perfil físico e psicológico (Ibidem,
idem; IPCFEx, p. J-3).
Princípio da Continuidade
Compreende o treinamento em curso através da sistematização do trabalho
realizado não permitindo uma quebra de continuidade. Considerando um tempo
maior, é a diretriz que não permite interrupções durante o período efetivo de
treinamento (ibidem, idem).
O IPCFEx (2002, p. 3-2), trata desse princípio como um verificador no inter-
relacionamento das sessões durante um período anual de instrução para que
os efeitos do TFM sejam alcançados, não devendo haver a interrupção deste
por período maior que 48h considerando após este período, ocorrer uma
diminuição no condicionamento. Salientando que, a prática regular do TFM é
18
fundamental para que o principio possa promover a manutenção preventiva da
saúde e para que se obtenha normalmente os padrões de desempenho físico.
Princípio da Sobrecarga
É a aplicação de estresse ou demanda maior do que o normal sobre o sistema
fisiológico ou sobre um órgão, resultando num aumento da força ou função dos
mesmos. Segundo Hegedus (apud. TUBINO, 1984), os diferentes estímulos
produzem desgastes diferenciados repostos após o termino do trabalho
reconhecendo a primeira ação de adaptação em virtude da auto restituição
energética do organismo promovida pelo desgaste destas, preparando-se para
uma carga de trabalho mais forte, denominando-se o fenômeno de assimilação
compensatória.
Através de uma definição direcionada ao Treinamento Físico Militar (IPCFEx, p.
3-1), concluí-se que o princípio da sobrecarga,
(1)É a aplicação coerente da carga de TFM, de modo que haja uma progressão controlada e metódica. O organismo humano, após ser submetido a um esforço de médio para forte, adaptar-se-á a essa nova situação aumentando a sua capacidade.
(2) Segundo o princípio da sobrecarga, após a adaptação a um esforço (carga), o próximo esforço deve ser mais intenso ou de maior duração que o anterior, para que atinja a faixa de adaptação.
(3) A aplicação sistemática de uma nova carga de treinamento, progressivamente aumentada, caracteriza o princípio da sobrecarga.
19
Teste de Barra Fixa
No artigo cientifico publicado pela Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício
– Volume 2, Antropométria Relativa de Membros Superiores (SILVA et al., 2003
p. 29-38), afirma que a puxada na barra é um teste de válida confiabilidade
para medir a força muscular relativa para membros superiores, além de possuir
custo econômico baixo e ser utilizado por instituições militares dentro do
programa de treinamento físico militar.
As Necessidades Físicas do Oficial da PMBA
Após a conclusão do Curso de Formação de Oficiais, o policial ocupará o posto
de Aspirante PM que, pode desempenhar funções as quais venham requerer
deste, capacidades físicas possivelmente adquiridas ou aprimoradas durante o
curso de formação. Podem estar submetidos a funções de coordenadores de
policiamento motorizado e a pé, estando sujeitos a atenderem ocorrências que
exijam destes um bom preparo físico em incursões, perseguições a pé, controle
de multidões, policiamento em festas populares etc, como também, podem
desenvolver atividades restritamente administrativas que não lhes exigiria tais
capacidades físicas.
20
MÉTODO Tipos de Pesquisa
Foram utilizados dois tipos de pesquisas. A pesquisa de campo que segundo
Santos (1999), procura o aprofundamento de uma realidade específica
captando as explicações e as interpretações que ocorrem naquela realidade, e
a pesquisa bibliográfica, desenvolvida através de material já elaborado,
constituída principalmente de livros e artigos científicos, permitindo a cobertura
da gama de fatos com maior amplitude (GIL, 1996).
As fontes utilizadas para a pesquisa, foram artigos e bibliografias relacionadas
ao tema, enfatizando a prática de exercícios físicos bem como sua prática
realizada por alunos da APM.
Foi realizado trabalho de campo no qual foram colhidos os dados da aplicação
realizada pelo SEFD durante o TAF para o exercício de barra dinâmica em 137
(cento e trinta e sete) individuos, exigidos através das Normas Específicas para
Execução e Avaliação da Disciplina de Educação Física na Academia de
Polícia Militar (JÚNIOR, 2005) (anexo I), aos alunos no CFO na APM, do 1º
ano todos do sexo masculino, com idade entre 18 e 30 anos, com aplicação no
período de três semestres compreendendo os meses de novembro de 2005 a
novembro de 2006 em verificações correntes e verificações finais semestrais,
totalizando 06 (seis) verificações com o objetivo de coletar índices quanto à
realização de exercícios físicos desses alunos e seu desempenho durante
21
estas, identificando se houve ou não, uma possível melhoria no desempenho
destes.
Os índices a serem alcançados são diferentes durante dois períodos da coleta
já que, o protocolo prevê um aumento de repetições no teste de barra
dinâmica.
A primeira coleta foi realizada nos dias 25, 26 e 27 de outubro e 01 de
novembro e a segunda coleta, nos dias 06, 07 e 09 de dezembro no período de
2005, fechando o ciclo semestral. No ciclo seguinte, os dados foram coletados
nos dias 18 e 25 de abril e de 30 de maio a 07 de junho, findando o segundo
ciclo semestral. A terceira e última coleta foi realizada nos dias 26 e 28 de
setembro, e de 20 a 24 de novembro do ano de 2006, concluindo então o ciclo.
O treinamento para execução do exercício ocorreu durante as aulas de
Educação Física Militar, de duas a três vezes por semana. Foram utilizadas
nas aulas durante o treinamento, apenas a carga do corpo de cada um dos
alunos, ou seja, o próprio peso corporal.
Fica estabelecido para a execução dos exercícios (JÚNIOR, 2006):
Partindo da posição estendida na barra, sem contato com o solo, empunhadura em pronação e distância bi-acromial, o(a) discente deverá flexionar os braços elevando o corpo, até que o queixo ultrapasse o nível da barra, com as pernas estendidas (podem ser cruzadas); voltar à posição inicial com os braços completamente estendidos. Não é permitido impulsionar o corpo com as pernas ou balançar o corpo para executar as flexões, bem como realizar interrupções entre as execuções. Não há tempo determinado para a execução dos movimentos. As mãos do(a) avaliado(a) devem permanecer em contato direto com a barra durante a realização do teste, não sendo permitido portanto, a utilização de luvas ou outro
22
material qualquer. O número de execuções corretas será convertido em pontos, conforme tabela anexa.
O exercício foi escolhido em virtude do mesmo poder proporcionar força e
resistência muscular nos membros superiores devido a mecânica em sua
execução (anexo I) e o período de 12 (doze) meses foi determinado para que
houvesse um maior controle na manipulação dos dados obtidos em virtude de
recessos e férias dos alunos.
Amostra
A amostra, não probabilística, foi constituída por conveniência. Dessa forma,
constituíram a amostra 137 alunos oficiais da PMBA, todos do sexo masculino,
cujas características principais se encontram resumidas na tabela 1.
Tabela 1. Características da amostra. n = 137. Amostra total Variáveis Média±DP Máximo Mínimo
Massa Corporal (kg) 78±7 102 62 Estatura (m) 1,7±0,1 1,9 1,6 Idade 24±6 30 18
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Análise de Dados
A presente análise foi realizada através de dados estatísticos que conforme Gil
(1996), consiste na diferença entre médias. Foi confeccionada uma tabela de
dados coletados (anexo II) contendo índice de massa corporal total, estatura e
os índices de repetição dispostos por períodos iniciais dos exercícios com
intervalos de 1, 5, 7, 10 e 12 meses da primeira coleta por cada aluno.
Foram utilizados para descrição dos resultados a média, o desvio padrão e os
valores máximos e mínimos. Antes das análises foram realizados testes
(simetria e curtose) para identificação da normalidade dos dados e testagem
dos pressupostos do método estatístico e, uma vez confirmada esta
normalidade, para a comparação das médias dos testes na barra entre o início
e os meses 1, 5, 7, 10 e 12 pós programa efetuou-se ANOVA com medidas
repetidas, com nível de significância de 5% (VINCENT, 1999).
Todas as análises foram realizadas no pacote estatístico SPSS (Statistical
Package for the Social Sciences) versão 13.0.
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RESULTADOS Aita el. al., (2005), compararam o método de séries múltiplas com o método
piramidal decrescente de treinamento neuromuscular, específicos para flexão
em barra fixa em 58 (cinqüenta e oito) militares do Centro de Preparação de
Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro - CPOR-RJ, fisicamente ativos do sexo
masculino realizando pré-teste de repetições máximas de flexão de braços em
barra fixa com toda a amostra. Com base na performance, os indivíduos foram
divididos em dois grupos. A partir desse estudo, concluíram que, houve uma
melhora na performance da flexão de braços em barra fixa de 66% com apenas
sete semanas de treinamento tanto para o grupo que realizou o trabalho com
séries múltiplas quanto para o grupo que realizou série piramidal decrescente.
Já Silva et. Al. (2003), realizaram um estudo no qual verificaram a associação
entre variáveis antropométricas – massa corporal (kg), estatura (cm),
circunferências (cm) do antebraço relaxado, coxa e perna e as dobras cutâneas
(mm) da coxa e perna - e a força muscular relativa de membros superiores em
72 (setenta e dois) soldados voluntários, não atletas, do sexo masculino com
idades entre 18 (dezoito) e 19 (dezenove) anos sendo destes, 12 (doze) deles
selecionados aleatoriamente para validação cruzada. Tiveram como conclusão,
que as variáveis antropométricas estudadas foram pouco confiáveis para
predição de força relativa de membros superiores através do teste de barra
fixa, não podendo ser utilizada como critérios para seleção de jovens mais
fortes para o serviço militar inicial.
Já Oliveira (2006), verificou através de revisão literária, as semelhanças e
diferenças do TAF utilizado pelo Exército Brasileiro com testes realizados em
exércitos de outros 9 (nove) países e verificou a capacidade desse teste em
25
fornecer dados precisos sobre a aptidão física dos militares brasileiros. Através
dessa pesquisa, concluiu que, os testes de barra fixa, apresentam correlação
de moderada para alta, tanto com a força quanto para a resistência muscular,
mostrando instrumentos validos para a validação de ambas sendo esse teste
também, utilizado com freqüência em outros exércitos.
A partir da análise obtida através do estudo e com base nos resultados de
outros estudos, ficou caracterizado que o treinamento promoveu alteração
estatisticamente significante da aptidão muscular (p<0.05) conforme mostra a
figura 1. Entretanto, observando os resultados em termos práticos o
treinamento não resultou em melhora porque o que acrescentou foi muito
pouco para 12 (doze) meses.
0,00
5,00
10,00
15,00
1 2 3 4 5 6
Início 1 mês 5 meses 7 meses 10 meses 12 meses
Figura 1. Comparação do teste de barra. Valores em número máximo de repetições. * p< 0,05 em relação ao início.
26
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização do programa de exercícios através do treinamento físico militar
traz diversos benefícios fisiológicos à saúde como no sistema cardiopulmonar,
onde ocorre aumento das cavidades e da espessura do músculo cardíaco com
conseqüente lançamento no organismo de maior quantidade de sangue após
cada contração (volume de ejeção), diminuição da freqüência cardíaca,
permitindo ao coração trabalhar menos, porém, mantendo a mesma eficiência,
devido ao aumento do volume de ejeção, aumento da capacidade de transporte
de oxigênio pela hemoglobina, desempenhando função importante na utilização
do oxigênio pelos músculos, diminuição da pressão arterial devido à menor
resistência dos vasos à passagem do sangue, aumento da capacidade de
consumir oxigênio tornando o músculo mais resistente à fadiga. Incide também
de forma direta no sistema neuromuscular com o aumento da massa muscular,
tornando o músculo capaz de produzir mais força, aumento das amplitudes
articulares, em conseqüência do treinamento de flexibilidade, acarretando
maior extensibilidade dos músculos, dos tendões e dos ligamentos,
proporciona o fortalecimento dos ossos e tendões, capacitando o organismo a
suportar maiores esforços com menor possibilidade de ruptura destes tecidos
alem de também causar efeitos na composição corporal com a redução da
gordura corporal, quando associada a uma dieta adequada e no aumento da
massa corporal magra.
A prática de exercícios físicos durante o curso de formação, está enfatizada tão
somente na obtenção de nota para classificação dos alunos sendo que, após a
27
conclusão do curso, muitos desses alunos não darão continuidade à prática de
exercícios.
É importante que exista um treinamento físico destinado a melhoria na
execução do serviço policial militar, em função de suas atividade diárias e
promoção da saúde. Contudo, é evidente que o programa realizado através da
execução do teste de barra fixa, não prioriza esse objetivo. Não é dada a
devida atenção a essa necessidade fundamental para execução do serviço e
os resultados ratificam o não sucesso do programa como índice relativo a
ganho de força e resistência muscular em vista de existir uma nota de corte.
Os alunos poderiam ser avaliados nesse teste pela quantidade total de barras
que executadas, não havendo um limite máximo ao invés de existir um número
irrisório de repetições máximas que não atende a um possível ganho dessas
valências físicas. O teste teria melhor qualidade tanto na execução do exercício
quanto nos resultados futuros obtidos no período do curso.
Diante das atividades exercidas pós-formação, inicialmente, os futuros
Aspirantes desempenharão serviço operacional envolvendo-se em ocorrências
que podem exigir maior aptidão e condicionamento físico como, por exemplo,
imobilização de suspeitos resistentes que contara com o uso de força e
resistência muscular dos membros superiores e corridas curtas ou de média
distância em perseguição a pé que exigirá uma boa capacidade aeróbia. Além
de capacitação física, a importância da prática de exercícios físicos durante a
formação desses alunos, propiciará a estes, benefícios a saúde como melhoria
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da circulação sanguínea, controle da taxa de colesterol, controle de açúcar no
sangue e maior disposição física e mental.
Pode-se observar através dos dados coletados, que o os alunos não obtiveram
grande melhoria em seus índices no exercício de barra dinâmica e
desenvolveram até um resultado inferior a outros obtidos anteriormente o que
caracterizaria um nível de destreino. Esses índices podem também estar
relacionados ao princípio da individualidade biológica já que, todos os alunos
avaliados realizam o mesmo treinamento de duas a três vezes por semana
durante o mesmo período de tempo.
A partir desse resultado foi concluído que, por não utilizarem nos princípios da
sobrecarga e da continuidade durante o treinamento, quando os índices não
permanecem próximos, não sofrem aumento prático significativo mantendo
basicamente o mesmo condicionamento durante o ano inteiro isso, quando os
índices finais não são inferiores aos iniciais.
Seria necessária a modificação do treinamento para a condição qualitativa ao
invés de quantitativa o que, proporcionaria durante a formação, um maior
ganho no condicionamento físico e capacidades físicas específicas inerentes
ao exercício da função. Seria necessária também, a mudança nos índices a
serem alcançados na avaliação de força dos membros superiores através de
barra dinâmica em vista do número máximo a ser alcançado ser relativamente
baixo. Além disso, seria também necessária a continuidade da prática de
exercícios visando a manutenção desse condicionamento pós-formação,
ratificando o principio da continuidade.
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REFERÊNCIAS
ACSM - American College of Sports Medicine - Roitman, Jeffrey L. (editor). Diretrizes do ACSM para os Testes de Esforço e sua Prescrição. 6. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. AITA, Edson. et al. Comparação de dois métodos de treinamento neuromusculares, específicos para flexão em barra fixa. Revista de Educação Física, no 130. Rio de Janeiro: Escola de Educação Física do Exército, 2005 pág. 7-14. GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército (IPCFEx), Ministério da Defesa, Exército Brasileiro, Estado-Maior do Exército. Manual de Campanha C20-20 Treinamento Físico Militar. 3. ed. Distrito Federal: Exército Brasileiro, 2002. JÚNIOR, Rivas Queiroz de Souza. Normas específicas para execução e avaliação da disciplina Educação Física. Salvador: Polícia Militar da Bahia - Academia de Polícia Militar – Sessão de Educação Física, 2006. OLIVEIRA, Eduardo de Almeida Magalhães. Validade do teste de aptidão física do exército brasileiro como instrumento das valências necessárias ao militar. Revista de Educação Física, no 131. Rio de Janeiro: Escola de Educação Física do Exército, 2005, pág. 30-37. PITANGA, Francisco José Gondim. Epidemiologia da atividade física, exercício físico e saúde. 2. ed. – São Paulo: Phorte, 2004. p. 12-17. PMBA - POLÍCIA MILITAR DA BAHIA. Academia de Polícia Militar, Salvador. 2007. Disponível em: < http://www.pm.ba.gov.br/apm.htm>. Acesso em: 01 abr. 2007. POWERS, S. K., HOWLEY, E. T. - Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. São Paulo: Manole, 2000.
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RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência dos estudos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002. SANTOS, Alexandre dos; NETO, Arthur Paiva; PERES, Fabiano Pinheiro - Influência do Treinamento Combinado de Força e Endurance nas Respostas do TAF de Militares do 14º GAC. Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.5, n. 6, pág. 163-175, jan./jun. 2005. ISSN 1679-8678. SANTOS, Antonio Raimundo. Metodologia cientifica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A, 1999. SILVA, Elirez Bezerra da ; TEIXEIRA, Mauro ; GOMES, P. S. C. . Antropometria e força muscular de membros superiores. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p. 29-38, 2003. SOEIRO, Renato Souza Pinto. Histórico da EsEFEx. Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: < http://www.esefex.ensino.eb.br/html/historico.htm>. Acesso em: 02 abr. 2007. THOMAS, Jerry R. Métodos de Pesquisa em Atividade Física. Jerry R. Thomas e Jack K. Nelson; Tradução de Ricardo Petersen. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. TUBINO, Manuel José Gomes. Metodologia científica do treinamento desportivo. 3. ed. – São Paulo: IBRASA, 1984. p. 100-110. VERDE-OLIVA, Revista. Ano XXX, nº.174, Jan/Fev/Mar 2002. Disponível em: <http://www.exercito.gov.br/VO/174/tfm.htm>. Acesso em: 24 abr. 2007. VINCENT, W. J. Statistics in Kinesiology (2nd ed.). Champaign, IL: Human Kinetics, 1999.
31
ANEXOS
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Anexo I
POLÍCIA MILITAR DA BAHIA ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
Autorizo, ____/____/____, _____________ Diretor da APM
NORMAS ESPECÍFICAS PARA EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
EDUCAÇÃO FÍSICA
CFO – Ano 2006
Com o objetivo de avaliar a disciplina Educação Física, fica estabelecido
o Teste de Aptidão Física (TAF) para o CFO PM, composto de provas capazes de aferir
qualidades físicas e habilidades motoras inerentes e necessárias ao exercício da função
policial militar.
1. Das provas que compõem o TAF:
a. Flexão Abdominal;
b. Força de Membros Superiores: Barra Dinâmica - Masculino, e
Barra Dinâmica ou Isométrica - Feminino;
c. Corrida de Velocidade (50m e 100m);
d. Potência Aeróbica: Corrida 2.400m;
e. Natação (25m e 50m).
2. Da avaliação.
A avaliação será efetuada transformando-se os índices obtidos nas
provas, em valor numérico, conforme tabelas pré-elaboradas pela Seção de Educação
33
Física e Desporto (SEFD) da APM. Os índices apresentarão variações conforme ano em
curso e sexo dos avaliados.
3. Da distribuição das provas.
a. Grupo A – Barra, Corrida de Velocidade e Abdominal;
b. Grupo B – Corrida 2.400m e Natação.
4. Da realização.
O TAF será realizado em dois dias, sendo um dia para cada Grupo.
Extraordinariamente, poder-se-á utilizar mais um dia, em virtude do número elevado de
avaliados, sendo as provas redistribuídas conforme planejamento da SEFD.
5. Das notas:
a. A nota da Verificação Corrente (VC) será encontrada por meio da
média ponderada obtida dos pontos alcançados nas provas de Corrida de 2400m e
Barra, conforme tabelas em anexo, atribuindo-se os seguintes pesos:
Provas Peso Barra 4 Potência Aeróbica: Corrida 2.400m 6
b. A nota da Verificação Final (VF) será encontrada por meio da
média ponderada obtida das notas do TAF - VF e da Prova Teórica, atribuindo-se os
seguintes pesos:
Provas Peso TAF - VF 8 Prova Teórica 2
c. A nota do TAF - VF será encontrada por meio da média
aritmética dos pontos alcançados em cada prova (Flexão Abdominal, Barra, Corrida de
100m, Corrida 2.400m e Natação 50m), conforme tabela em anexos.
d. Da Verificação de Recuperação (VR).
34
• Quando em situação de Recuperação, o discente cumprirá
programa de treinamento físico diário, sob orientação da SEFD, até a realização da
verificação;
• A VR será composta apenas de provas práticas;
• As provas do TAF - VR serão as mesmas aplicadas no TAF -
VF da fase em curso, sendo que a sua nota será encontrada por meio da média
ponderada obtida dos pontos alcançados em cada prova, conforme tabelas em anexo,
atribuindo-se os seguintes pesos:
Provas Peso Abdominal 1 Barra 2 Corrida de Velocidade 1 Potência Aeróbica: Corrida 2.400m 2 Natação 1
7. Do impedimento de realizar Verificações.
a. O discente que apresentar problemas de saúde que o impeça de
cumprir alguma prova do TAF, no momento em que for chamado a realizá-la, deverá
apresentar documentação comprobatória da sua impossibilidade.
b. O discente que estiver impossibilitado de realizar mais da metade
das provas do TAF, deverá solicitar 2ª Chamada do TAF por completo, e aguardar a
marcação da nova data;
8. Considerações:
a. A aplicação do TAF é restrita ao Corpo de Instrutores de
Educação Física da APM, com auxílio dos respectivos Monitores.
b. Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante da APM,
através do Conselho de Ensino e assessoria técnica da SEFD.
Quartel a VPMB, 04 de março de 2006.
RIVAS QUEIROZ DE SOUZA JUNIOR – Cap PM Chefe da SEFD
35
DESCRIÇÃO DAS PROVAS DO TESTE DE APTIDÃO FÍSICA
[...]
Barra – Flexão
Partindo da posição estendida na barra, sem contato com o solo, empunhadura em
pronação e distância bi-acromial, o(a) discente deverá flexionar os braços elevando o
corpo, até que o queixo ultrapasse o nível da barra, com as pernas estendidas (podem ser
cruzadas); voltar à posição inicial com os braços completamente estendidos. Não é
permitido impulsionar o corpo com as pernas ou balançar o corpo para executar as
flexões, bem como realizar interrupções entre as execuções. Não há tempo determinado
para a execução dos movimentos. As mãos do(a) avaliado(a) devem permanecer em
contato direto com a barra durante a realização do teste, não sendo permitido portanto, a
utilização de luvas ou outro material qualquer. O número de execuções corretas será
convertido em pontos, conforme tabela anexa.
[...]
RIVAS QUEIROZ DE SOUZA JUNIOR – Cap PM Chefe da SEFD
36
TABELA DE CONVERSÃO EM PONTOS – FORÇA DE MEMBROS
SUPERIORES
BARRA Masculino Feminino
1º Ano 2º Ano 3º Ano Pts 1º Ano 2º Ano 3º Ano 12 14 16 10,00 36,00 / 4 bar 5 bar 6 bar
15 9,75 35,00 13 14 9,50 34,00 4 bar 5 bar 9,25 33,00
11 12 13 9,00 32,00 / 3 bar 38,00 4 bar 8,75 31,00 36,90
10 11 12 8,50 30,00 35,80 / 3 bar 40,00 8,25 29,00 34,70 38,80
9 10 11 8,00 28,00 33,60 37,60 / 3 bar 7,75 27,00 32,50 36,40
8 9 10 7,50 26,00 31,40 35,20 7,25 25,00 30,30 34,00
7 8 9 7,00 24,00 / 2 bar 29,20 32,80 6,75 23,00 28,10 31,60 6,50 22,00 27,00 30,40 6,25 21,00 25,90 29,20
6 7 8 6,00 20,00 24,80 / 2 bar 28,00 5,75 19,00 23,70 26,80 5,50 18,00 22,60 25,60 5,25 17,00 21,50 24,40
5 6 7 5,00 16,00 20,40 23,20 / 2 bar 4,75 15,00 19,30 22,00 4,50 14,00 18,20 20,80 4,25 13,00 17,10 19,60
4 5 6 4,00 12,00 / 1 bar 16,00 18,40 3,75 11,00 14,90 / 1 bar 17,20 3,50 10,00 13,80 16,00 / 1 bar 3,25 9,00 12,70 14,80
3 4 5 3,00 8,00 11,60 13,60 2,75 7,00 10,50 12,40 2,50 6,00 9,40 11,20 2,25 5,00 8,30 10,00
2 3 4 2,00 4,00 7,20 8,80 1,75 X X X 1,50 X X X 1,25 X X X
1 2 3 1,00 X X X 0,75 X X X 1 2 0,50 X X X 1 0,25 X X X
0 0 0 0,00 x x X
RIVAS QUEIROZ DE SOUZA JUNIOR – Cap PM Chefe da SEFD
37
Anexo II
Tabela de Coleta de Dados ID MCT ESTAT. Barra I Barra1 Barra5 Barra7 Barra10 Barra12
Nº No Rep. No Rep. No Rep. No Rep. No Rep. No Rep. 1 26 78 1,74 6 8 8 6 8 7 2 22 82 1,79 10 9 11 11 12 12 3 18 90 1,86 6 8 11 12 11 14 4 19 88 1,79 12 11 14 13 13 15 5 25 70 1,82 12 10 9 10 8 10 6 24 69 1,77 13 12 14 12 15 15 7 24 84 1,89 9 10 12 12 13 13 8 22 86 1,81 12 12 12 12 12 14 9 21 72 1,72 12 10 9 10 8 9
10 20 73 1,76 14 14 15 13 16 16 11 26 71 1,78 10 10 15 11 13 12 12 30 77 1,84 12 12 11 15 17 17 13 27 83 1,82 10 10 14 12 12 11 14 22 80 1,77 4 5 5 5 7 8 15 20 87 1,79 9 9 8 8 11 11 16 19 81 1,76 8 10 7 9 8 10 17 24 74 1,66 15 15 12 14 17 19 18 29 72 1,68 9 8 12 12 13 12 19 26 75 1,78 9 10 12 12 13 11 20 21 86 1,88 4 7 5 7 8 6 21 21 74 1,65 9 11 12 13 14 15 22 18 81 1,89 12 13 12 12 13 13 23 18 71 1,72 12 12 12 13 14 13 24 19 80 1,76 11 11 11 12 14 13 25 18 87 1,78 8 10 8 9 10 10 26 19 81 1,84 4 6 4 6 5 5 27 18 84 1,82 12 12 12 12 13 14 28 18 74 1,77 6 6 7 5 7 7 29 18 75 1,76 6 6 6 5 5 10 30 18 86 1,75 12 11 10 12 11 11 31 19 74 1,63 12 13 14 14 15 14 32 18 73 1,69 12 12 12 12 14 14 33 18 82 1,80 6 6 8 7 9 8 34 20 78 1,76 16 18 15 16 15 14 35 21 90 1,70 10 11 10 11 11 12 36 22 88 1,89 3 5 6 7 3 4 37 29 70 1,76 10 10 12 12 13 14 38 19 69 1,71 7 7 8 9 12 13 39 30 84 1,78 0 1 3 3 2 3 40 21 86 1,68 4 5 6 6 5 3 41 18 72 1,74 0 0 1 4 3 2 42 18 70 1,80 12 13 13 15 15 15 43 19 62 1,75 10 12 12 11 14 12 44 23 71 1,79 12 12 12 12 13 13 45 24 77 1,66 4 6 3 7 6 5 46 24 83 1,74 18 12 14 14 14 16 47 21 71 1,68 12 12 12 12 14 16 48 23 95 1,82 6 8 6 9 5 4 49 20 70 1,75 11 12 12 12 14 14 50 22 73 1,63 12 12 12 12 14 14
38
ID MCT ESTAT. Barra I Barra1 Barra5 Barra7 Barra10 Barra12 Nº No Rep. No Rep. No Rep. No Rep. No Rep. No Rep. 51 26 71 1,69 9 10 7 9 10 8 52 22 87 1,89 2 4 4 4 8 6 53 22 73 1,71 12 12 12 12 14 14 54 20 82 1,78 10 10 10 12 13 14 55 19 78 1,68 12 12 12 11 13 13 56 24 90 1,74 8 9 9 8 8 8 57 29 88 1,80 12 12 11 11 14 13 58 26 70 1,86 16 15 12 12 14 15 59 21 69 1,79 12 12 12 12 14 14 60 21 65 1,68 12 12 12 12 14 14 61 18 86 1,68 11 12 12 12 14 12 62 18 74 1,77 10 7 9 8 14 9 63 19 66 1,74 12 13 12 12 14 14 64 22 86 1,80 12 12 13 12 14 14 65 20 82 1,78 9 8 10 9 10 10 66 19 62 1,74 14 14 12 16 16 16 67 24 71 1,72 10 11 11 11 12 11 68 29 77 1,75 12 12 12 12 15 14 69 26 83 1,88 6 8 7 7 8 9 70 21 71 1,72 4 3 5 5 5 5 71 21 95 1,79 10 8 11 8 8 9 72 18 74 1,64 8 8 12 12 13 12 73 18 82 1,72 6 5 6 8 7 7 74 19 82 1,75 6 7 6 7 4 7 75 18 71 1,73 9 10 11 12 11 12 76 19 77 1,79 15 13 13 12 14 14 77 18 67 1,70 9 8 7 8 11 9 78 18 80 1,88 10 11 12 11 14 14 79 18 87 1,70 10 8 11 11 11 9 80 18 102 1,93 5 6 7 5 6 8 81 23 72 1,84 7 7 6 7 7 8 82 23 70 1,82 12 12 11 12 10 12 83 23 73 1,77 10 10 10 10 10 10 84 21 77 1,76 7 6 7 8 10 7 85 25 83 1,75 12 12 12 12 16 16 86 25 80 1,63 8 7 7 7 6 6 87 26 87 1,69 10 11 12 12 14 16 88 24 74 1,80 6 9 8 6 9 9 89 25 73 1,76 7 7 8 9 9 7 90 22 82 1,89 12 11 12 12 13 14 91 21 75 1,71 9 9 9 11 12 12 92 19 86 1,78 6 6 7 6 5 6 93 18 74 1,79 13 12 14 17 15 15 94 20 81 1,74 12 12 12 12 13 12 95 22 84 1,78 8 8 8 8 10 10 96 24 74 1,71 12 12 12 13 14 14 97 30 72 1,67 9 9 9 8 8 8 98 22 75 1,83 14 14 12 14 15 14 99 21 86 1,84 12 12 12 12 14 14
100 18 74 1,66 8 10 12 9 10 10
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ID MCT ESTAT. Barra I Barra1 Barra5 Barra7 Barra10 Barra12 Nº No Rep. No Rep. No Rep. No Rep. No Rep. No Rep. 101 22 73 1,80 12 12 12 12 13 12 102 21 82 1,72 9 10 11 12 12 12 103 20 78 1,88 4 6 8 7 9 10 104 20 90 1,84 5 6 5 5 4 4 105 21 88 1,77 11 11 11 11 13 13 106 19 70 1,76 8 10 8 6 8 9 107 19 88 1,78 6 8 8 7 6 7 108 18 73 1,72 12 12 12 15 14 15 109 14 77 1,71 7 9 9 9 9 8 110 26 87 1,81 6 8 10 5 8 8 111 19 81 1,77 11 12 10 11 11 10 112 21 74 1,76 12 12 11 12 14 12 113 20 76 1,82 10 12 12 12 14 14 114 20 80 1,81 7 8 7 10 8 9 115 25 82 1,72 7 7 7 7 10 9 116 28 69 1,74 12 12 12 12 14 14 117 22 75 1,76 9 9 9 11 11 9 118 28 86 1,78 11 11 10 9 10 10 119 21 74 1,84 8 8 7 5 7 6 120 20 73 1,82 13 12 12 12 14 13 121 29 82 1,77 12 12 12 13 19 15 122 26 78 1,79 8 10 11 11 11 10 123 23 90 1,76 8 10 7 7 9 11 124 22 70 1,63 11 12 12 12 13 12 125 21 86 1,76 10 10 10 9 10 11 126 19 77 1,70 14 12 14 15 16 15 127 18 83 1,89 9 9 8 8 10 11 128 19 87 1,71 8 9 7 8 7 8 129 29 74 1,78 8 12 9 9 9 8 130 19 73 1,68 10 10 9 9 12 12 131 21 82 1,74 4 5 2 2 3 2 132 27 78 1,80 6 7 6 6 5 6 133 23 88 1,79 1 1 1 2 2 3 134 22 70 1,68 12 12 13 12 14 14 135 23 73 1,68 12 12 12 10 13 12 136 21 85 1,77 9 12 10 9 9 7 137 25 77 1,74 12 13 12 12 10 10