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FACULDADE PITÁGORAS – UNIDADE DIVINÓPOLIS
EDUARDO DE JESUS SOUZA
A Ineficiência do Sistema de Esgotamento Sanitário em municípios de pequeno porte: um
estudo de caso no Município de São Gonçalo do Pará-MG.
DIVINÓPOLIS
2015
EDUARDO DE JESUS SOUZA
A Ineficiência do Sistema de Esgotamento Sanitário em municípios de pequeno porte: um
estudo de caso no Município de São Gonçalo do Pará-MG.
Monografia apresentada ao Departamento de
Engenharia, da Faculdade Pitágoras –
Unidade Divinópolis, como requisito parcial
para obtenção do grau de bacharelado em
Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Érico de Bessa Ribeiro
DIVINÓPOLIS
2015
Monografia defendida e aprovada em 21 de julho de 2015, pela Banca Examinadora
constituída pelos professores:
_________________________________________Érico Ribeiro de Bessa
Prof.– Orientador
_________________________________________Hebert
Prof.– Avaliador 01
_________________________________________Marcelo Rios
Prof.– Avaliador 02
DIVINÓPOLIS
JULHO, 2015
DEDICATÓRIA (opcional)
A meus pais João e Edna, meu filho Eduardo Filho, minha esposa Luciana, aos meus
professores e aos colegas de classe.
AGRADECIMENTO (opcional)
Primeiramente agradeço a Deus, a meus pais, meu filho, minha esposa, irmãos,
professores e a todos que me ajudaram nessa caminhada.
EPÍGRAFE (opcional)
Citação de um pensamento que, de certa forma, embasou a gênese da obra. Pode
ocorrer também no início de cada capítulo ou de partes principais.
RESUMO
O destino não adequado do sistema de esgotamento sanitário, tem sido uma grande preocupação
para municípios de pequeno porte, pois como na maioria dos municípios não tem uma estação de
tratamento de esgoto sanitário, estes então passam a serem lançados de forma irregular, escoando
a céu aberto e acabam contaminando o solo, os cursos d’águas superficiais e subterrâneos, com
isso a qualidade de vida da população desses municípios tende a reduzir, sem o gerenciamento do
sistema de esgotamento sanitário, os cidadãos ficarão sujeitos ao aparecimento de doenças de
veiculação hídrica que pode causar graves danos a saúde humana e também causando um grande
impacto ao meio ambiente.
PALAVRAS-CHAVE: esgotamento sanitário, municípios, meio ambiente.
ABSTRACT
Trata-se da transcrição do resumo para uma segunda língua, mais especificamente para a Língua
Inglesa.
KEYWORDS: trata-se de passar as palavras-chave para o inglês.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS (se houver) – devem vir em ordem alfabética.
FGV – Fundação Getúlio Vargas
FIBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
MEC – Ministério da Educação
LISTA DE ILUSTRAÇÕES (se houver)
FIGURAS (desenhos, gravuras, mapas e fotografias)
Figura 1 – ............................................................ 22
Figura 2 – .............................................................. 23
Figura 3 – ............................................................. 24
Figura 4 – ............................................................. 25
Figura 5 – ........................................................... 27
Figura 6 – ........................................................... 28
LISTA DE GRÁFICOS (se houver)
Gráfico 1 – Evolução dos partidos políticos 1930-1945 ............................................ 27
Gráfico 2 – Evolução dos partidos políticos 1966-1980 ............................................ 78
Gráfico 3 – Evolução dos partidos políticos 1986-2007 ............................................ 98
LISTA DE TABELAS (se houver)
Tabela 1 – Evolução dos partidos políticos 1930-1945.............................................. 34
Tabela 2 – Evolução dos partidos políticos 1966-1980 ............................................ 78
Tabela 3 – Evolução dos partidos políticos 1986-2007 ............................................ 98
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................14
1.1 Tema...................................................................................................................................14
1.2 Pergunta-probelma............................................................................................................. 14
1.3 Objetivo geral......................................................................................................................15
1.3.1 Objetivos específicos........................................................................................................15
2 REVISÃO DA LITERATURA..................................................................................................16
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO.................................................................................29
3.1 Análise e discussão dos dados.............................................................................................. 22
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................22
5 REFERÊNCIAS.......................................................................................................................23
APÊNDICE.................................................................................................................................24
ANEXO......................................................................................................................................25
14
1 INTRODUÇÃO
Ao longo de muitos anos as cidades vêm crescendo sem planejamento e sem controle, levando a uma expansão habitacional bem maior do que o crescimento dos sistemas de coleta/tratamento de esgotos e drenagem urbana, o que vem a ocasionar em vários problemas a saúde pública e ao meio ambiente. Hoje, são várias as cidades brasileiras que já contam com estações de tratamento de esgotos, mas a grande maioria nem coleta e nem trata seus esgotos. Fatalmente terão de fazê-lo, sob pena de ficarem sem mananciais de água apropriada. (NUVOLARI, 2003, p. 05). O presente trabalho irá tratar da necessidade de uma ETE no Município de São Gonçalo do Pará-MG, devido ao lançamento de esgoto sanitário em corpos d’água sem o devido tratamento. O trabalho foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas e, realizadas em campo no Município de São Gonçalo do Pará-MG. Onde foram observados os pontos de lançamento do esgoto em corpos d’água e os benefícios que pode trazer para a população e ao meio ambiente com a implantação de um sistema de tratamento de esgoto. 1.1 Tema
A Ineficiência do Sistema de Esgotamento Sanitário em municípios de pequeno porte: um estudo de caso no Município de São Gonçalo do Pará-MG. 1.2 Pergunta-problema Quais são os problemas gerados à comunidade de São Gonçalo do Pará-MG a partir das irregularidades encontradas no gerenciamento do esgoto sanitário?
1.3 Justificativa e importância
15
A falta de gerenciamento do esgoto sanitário no município de São Gonçalo do Pará-
MG, é causadora de problemas relacionados ao meio ambiente, impactando-o, por
exemplo, pela contaminação dos cursos d’água, como lagos, rios e mananciais. A
mesma falta de gerenciamento é responsável pela má qualidade de vida da população,
por contribuir para o surgimento de várias doenças de veiculação hídrica e verminoses,
o surgimento de ratos, baratas, cobras e insetos, além de causar mal cheiro das águas
e ferir a estética paisagística do município.
1.4 Objetivo geral
Apresentar os problemas gerados pelo lançamento do esgoto sanitário diretamente nos
cursos de água sem nenhum tipo de tratamento no município de São Gonçalo do Pará.
1.4.1 Objetivos específicos
Realizar uma pesquisa de campo referente ao lançamento do esgoto sanitário em
cursos d'água no município de São Gonçalo do Pará-MG.
Analisar os problemas gerados no município de São Gonçalo do Pará-MG referente ao
esgoto sanitário.
Verificar os locais onde o esgoto sanitário no município de São Gonçalo do Pará é
lançado, o impacto que ele pode causar ao meio ambiente e os problemas quanto a
qualidade de vida da população.
16
2 REVISÃO DA LITERATURA
Este capítulo tratará da ineficiência do sistema de esgotamento sanitário, fazendo um
breve estudo de sua evolução no Brasil onde resultou na necessidade de se tratar o
esgoto sanitário, estudo de caso no Município de São Gonçalo do Pará-MG,
demonstrando e explicando os problemas que podem causar o lançamento do esgoto
não tratado em corpos d’agua.
Por fim fará uma abordagem dos locais onde são lançados o esgoto sanitário no
Município de São Gonçalo do Pará-MG demonstrando a necessidade e importância da
implantação de uma ETE no Município.
2.1 A ineficiência do sistema de esgotamento sanitário
Os sistemas de esgotamento sanitário no Brasil, encontra-se numa situação bem
desagradável. O Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (BRASIL, 2007)
revela que apenas 42% dos domicílios brasileiros estão ligados à rede de coletas de
esgoto. Em relação à área urbana, 49,1% estão conectados.
Conforme Tonetti (2008).
A problemática do saneamento básico no Brasil pode ser medida pelo número de municípios existentes no país sem nenhum tipo de serviço de esgotamento sanitário. Segundo o IBGE (2000), das 5.507 cidades brasileiras 52,2% estavam nesta situação calamitosa. Este quatro também é marcado por desigualdades regionais, sendo que o nível mais baixo está na Região Norte, onde apenas 2,4% dos domicílios são atendidos por rede coletora, seguida pelas Regiões Nordeste (14,7%), Centro-Oeste (28,1%) e Sul (22,5%). (TONETTI, 2008, p. 05).
Ao se falar em tratamento de esgoto, muitas pessoas não sabem exatamente em
que e qual finalidade consiste esse serviço. O tratamento de esgoto é o conjunto de
medidas que visam preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a
finalidade enorme de prevenir doenças e promover a saúde (FUNASA, 2003).
17
2.2 Finalidade do tratamento do esgoto sanitário
O processo de tratamento de esgoto tem por finalidade separar a fase líquida da
fase sólida, remover todas as impurezas físicas, químicas e biológicas tratando-se
separadamente e de forma adequada cada uma das fases do processo, com o objetivo
de reduzir o máximo da carga poluidora. Ao final de todo o processo, tanto a fase
líquida quanto a sólida devem estar aptas, segundo legislações específicas –
Resolução nº 357, de 17 de março de 2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), Ministério do Meio Ambiente, bem como artigos 18 e 11 do regulamento da
Lei Estadual n° 997/76, aprovado pelo Decreto n° 8.468/76, e suas alterações, – a
serem descartadas nos corpos hídricos receptores (fase líquida), aterro sanitário ou
outra aplicação específica (fase sólida), sem prejuízo ao meio ambiente.
Felizmente já são conhecidas várias opções para o tratamento de esgoto, assim a
facilidade da escolha de uma opção mais adequada para cada caso, existindo opções
adaptadas tanto para pequenas comunidades quanto para grandes centros urbanos. A
escolha entre as diversas alternativas disponíveis é ampla e depende de vários fatores.
Dentre elas estão: a área disponível para a implantação da ETE, a topografia dos
possíveis locais de implantação e das bacias de drenagem e esgotamento sanitário, os
volumes diários a serem tratados e variações horárias e sazonais da vazão de esgotos,
as características do corpo receptor de esgotos tratados, a disponibilidade e o grau de
instrução da equipe operacional responsável pelo sistema; a disponibilidade e custos
operacionais de consumo de energia elétrica, o clima e variações de temperatura da
região, a eficiência e confiabilidade do sistema, a vida útil e a disponibilidade de locais
e/ou sistemas de reaproveitamento e/ou disposição adequada dos resíduos gerados
pela ETE, o investimento de capital, a expectativa da comunidade afetada e o
atendimento a requisitos legais (RAMOS, 2004)
Oliveira (2004) cita,
Várias formas de tratamento de águas residuárias foram desenvolvidas, partindo do princípio da autodepuração, ou seja, empregando a ação de microrganismos para a
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remoção da matéria orgânica presente nos esgotos. Esse tipo de tratamento é Denominado tratamento biológico. É importante ressaltar que, nas ETE’s, procura-se otimizar esses processos, a fim de reduzir custos e incrementar a eficiência de degradação, para se atingir o menor tempo de tratamento no menor espaço possível. (CAMPOS, 1994 apud OLIVEIRA, 2004, p. 15).
Os esgotos sanitários contêm aproximadamente 99,9% de água, e apenas 0,1% de
sólidos. É devido a esse percentual de 0,1% de sólidos que ocorrem os problemas de
poluição das águas, trazendo a necessidade de se tratar os esgotos. Conforme Von
Sperling (2005), a matéria orgânica presente nos corpos d’água e nos esgotos é uma
característica de primordial importância, sendo a causadora do principal problema de
poluição das águas: o consumo de oxigênio dissolvido pelos microrganismos nos seus
processos de utilização e estabilização da matéria orgânica.
Sabendo que o volume de esgoto depende do consumo de água, Von Sperling (1996),
cita que:
De maneira geral, a produção de esgotos corresponde aproximadamente ao consumo de água. No entanto, a fração de esgotos que adentra a rede de coleta pode variar, devido ao fato de que parte da água consumida pode ser incorporada à rede pluvial (ex: rego de jardins e parques). A fração da água fornecida que adentra a rede de coleta na forma de esgoto é denominada coeficiente de retorno (R: vazão de esgoto/vazão de água). Os valores típicos de R variam de 60% a 100%, sendo que um valor usualmente adotado tem sido de 80% (R=0,8). (VON SPERLING, 1996, p.55).
Conforme Jordão e Pessôa (2011) o termo esgoto, atualmente é usado quase que
apenas para caracterizar os despejos provenientes das diversas modalidades do uso e
da origem das águas, tais como as de uso doméstico, comercial, industrial, as de
utilidade públicas, de áreas agrícolas, de superfície de infiltração, pluviais, e outros
efluentes sanitários.
Nuvolari (2003) diz que:
Hoje, apesar de várias cidades brasileiras já contarem com estações de tratamento de esgotos, a grande maioria nem coleta e nem trata seus esgotos. Fatalmente terão de fazê-lo, sob pena de ficarem sem mananciais de água apropriada para o abastecimento público e amargarem sérios problemas de saúde pública. (NUVOLARI, 2003, p. 05).
19
2.3 A importância de uma ETE para tratar o esgoto sanitário
Diante dos fatos apresentados, é de grande importância à implantação de uma
Estação de Tratamento de Esgoto no município de São Gonçalo do Pará MG, assim iria
abranger todos os bairros do município num primeiro momento, e o lançamento do
esgoto deixaria de ser feita de forma inadequada. Esse interesse se justifica no fato
que iria resolver problemas de interesse da sociedade, pela aplicação eficiente de
projetos benéficos tanto na área social quanto na área ambiental. Uma importante
razão para realização deste trabalho, é que no planejamento de um sistema de esgoto,
são dois objetivos fundamentais: a saúde pública e a preservação do Meio Ambiente.
Quanto à saúde pública, o esgoto não tratado quando disposto ao meio ambiente,
gera doenças de veiculação hídrica como epidemias de febre tifóide, cólera e inúmeros
casos de verminoses, que são responsáveis pelos elevados índices de mortalidade em
países do terceiro mundo. O esgoto é, portanto, uma fonte potencial de transmissão de
organismos patogênicos ao homem.
Segundo Di Bernardo (2003, p1), pode se entender o saneamento como um conjunto
de medidas e controle ambiental que tem por objetivo proteger a saúde humana. Os
investimentos em saneamento têm um efeito direto na redução dos gastos públicos com
serviços de saúde, segundo a (FUNASA, 1999). Para cada R$ 1,00 (um real) investido
no setor de saneamento economiza-se R$ 4,00 (quatro reais) na área de medicina
curativa.
Já quanto da preservação do Meio Ambiente, o esgoto não tratado exerce ação
desagradável nos corpos d'água onde a matéria orgânica pode ocasionar a exaustão do
oxigênio dissolvido, causando mortes de peixes e outros organismos aquáticos,
escurecimento da água e aparecimento de maus odores, bem como os desequilíbrios
ambientais, com agressões e contaminações aos ecossistemas existentes.
Conforme a CETESB (1988),
Outra importante razão para tratar os esgotos é a preservação do meio ambiente. As substâncias presentes nos esgotos exercem ação deletéria nos corpos de água:
20
a matéria orgânica pode ocasionar a exaustão do oxigênio dissolvido com mortes de peixes e outros organismos aquáticos, escurecimento da água e aparecimento de maus odores; é possível que os detergentes presentes nos esgotos provoquem a formação de espumas em pontos de agitação da massa líquida; defensivos agrícolas determinam a morte de peixes e outros animais. (CETESB, 1988, p. 03).
Desde os anos de 1970, a prioridade dos governos foi levar água de qualidade
para as pessoas, mas houve um descaso generalizado com o esgoto. Algumas regiões,
como o Sudeste se desenvolveram mais rapidamente e estão mais avançadas, mas
regiões como o Norte e Nordeste são as que mais sofrem com este descaso histórico,
enfatiza Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil.
A partir dos anos 70, com a criação do Plano Nacional de Saneamento (Planasa), cuja principal fonte de recursos era o Fundo de Garantia por tempo de serviço (FGTS)38, essa situação se inverteu. Os municípios foram incentivados a concederem os serviços a companhias estaduais de saneamento, pois esses eram os únicos que tinham acesso aos empréstimos do Planasa. (PAIVA, 2008,p. 93).
Ao longo de muitos anos as cidades vêm crescendo sem planejamento e sem
controle, levando a uma expansão habitacional muito superior ao crescimento de
sistemas de coleta/tratamento de esgotos e drenagem urbana.
Assim, rios, lagoas e mares sofrem com o lançamento de esgotos sem nenhum
tratamento e de águas servidas que não são coletadas por sistemas públicos de
esgotamento sanitário ou, muitas vezes, são lançadas em redes de drenagem de forma
clandestina ou até intencional. Segundo Menezes da Costa, problemas na gestão dos
serviços provocam o transbordo de esgoto em áreas públicas, o que acaba chegando
aos corpos d’água e se infiltrando no solo.
Conforme Revista CREA-RJ (2010) para investimento no setor, há recursos disponíveis
através de programas como o PAC. Mas, existe lacunas que não permitem tais verbas
chegarem ao seu destino em tempo hábil
Segundo especialistas, a solução para os problemas de saneamento básico no país pode estar no investimento eficiente em projetos, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Saneamento. Mas, na maioria das vezes, os recursos não chegam ao seu destino com rapidez necessária. Um balanço do Ministério das
21
Cidades mostra que, de 2007 até hoje, o governo federal só conseguiu executar 11% dos R$ 12,6 bilhões reservados para programas de saneamento básico urbano e rural no Orçamento da União. Dos mais de R$ 8 bilhões do FGTS alocados para financiar esse tipo de obra, desde 2003, apenas 35% foram usados. Segundo o ministério, o governo triplicou os recursos no segundo mandato de Lula, chegando, em 2008, a R$ 12,20 bilhões para repasses e financiamentos. Mas efetivamente, apenas R$ 5,7 bilhões foram usados. (Revista CREA-RJ, 2010, p.18).
O Município de São Gonçalo do Pará/MG sofre com o descaso dos governantes a
partir do esgotamento sanitário em corpos d’agua sem devido tratamento. Com o
passar dos anos, houve um crescimento populacional superior a demanda por um
sistema de coleta de esgoto, causando assim problemas para a própria população e
atingindo o meio ambiente.
Em seu início, formado por um pequeno povoado que receberia o nome de Paragem
do Pará em 07 de setembro de 1735. Em 1750, o povoado passou a se chamar São
Gonçalo do Pará. O Município de São Gonçalo do Pará/MG possui uma área de 266
km2, população 10.398 (censo 2010) densidade demográfica de 39,13 habitantes por
km2, altitude média: 735 m Altitude máxima: 970 m na cabeceira do córrego Tamanduá
Altitude mínima: 736 m na Foz do Córrego da Conquista.
O primeiro ponto a ser observado, na cidade de São Gonçalo do Pará/MG, é uma
das paisagens que sofre com a falta do tratamento do esgoto sanitário, que é a lagoa
da bagagem, que recebe efluentes de sitiantes ao seu arredor. O esgoto é lançado
diretamente na lagoa sem qualquer tratamento e os sitiantes que possuem fossas
comuns, o esgoto é recebido diretamente no solo contaminando-o. Em soluções
individuais, como fossa-sumidouro, o usuário deve seguir as normas estabelecidas para
a limpeza, de modo que não prejudique a eficiência do sistema e, conseqüentemente,
cause danos ao meio ambiente (pela poluição dos solos e lençol freático) e à sua
saúde.
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Foto 1: Lagoa da Bagagem
Fonte: Eduardo (2015)
Mas o que recebe a maioria do esgoto do Município de São Gonçalo do Pará/MG é o
córrego do pinto, devido ao lançamento de afluentes de esgoto sem tratamento, com
elevada carga de poluição nos recursos hídricos e suas proximidades, é o que mostra a
figura abaixo de uma emissão de uma rede de esgoto debaixo de uma travessia do
centro da cidade para o bairro bela vista. Ao todo na cidade são cerca de 15 emissários
de esgoto direto no córrego, fora os emissários clandestinos.
23
Foto 2: Emissário de esgoto (Avenida Tancredo Neves)
Fonte: Eduardo (2015)
Mesmo onde os esgotos são tratados, os sistemas utilizados, muitas vezes, removem
os sólidos e a matéria orgânica presente, permanecendo elevadas concentrações de
organismos patogênicos nos afluentes lançados nos corpos d’água. A inexistência de
sistemas adequados para a destinação dos dejetos pode resultar no contato do homem
com os mesmos, ocasionando a transmissão de várias doenças. Muitos
microrganismos patogênicos estão presentes nas fezes humanas e podem alcançar
outras pessoas por diversas maneiras, causando-lhes doenças.
O início da elaboração do Plano pode ser um momento estratégico para instalar no município um fórum permanente de discussão sobre as questões de Saneamento Básico, podendo se configurar no embrião de Conselho da Cidade ou de Conselho Municipal de Saneamento Básico ou equivalente, caso não exista. (BRASIL, MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2009, p. 43).
No ano de 1994, o prefeito daquela época havia iniciado uma obra de canalização do
córrego do pinto, através de uma galeria, sua intenção era de canalizar o córrego, e
instalar interceptores de esgoto, mas como era uma obra que requeria vários
24
investimentos e havia pouca verba, foram construídos em apenas uma pequena
extensão do córrego, como mostra a figura a seguir.
Foto 3: Galeria (córrego do Pinto)
Fonte: Eduardo (2015)
25
O esgoto lançado no córrego do pinto no Município de São Gonçalo do Pará MG
poderia ser resolvido, se instalassem interceptores para receber o esgoto que é lançado
diretamente no córrego, era a intensão do prefeito em exercício na década de 90,
construir interceptores de um lado e do outro da galeria para receber o esgoto da
cidade, mas essa seria apenas a primeira etapa de uma alternativa para tirar a emissão
direta do esgoto no córrego do pinto e sim depois, a implantação de uma ETE no
município. Os interceptores e emissários, bem como em alguns casos os coletores-
tronco, condutos que recebem as contribuições em pontos determinados, devem ter
avaliação de suas vazões e o consequente dimensionamento, tratados de forma
diferente dos condutos da rede coletora. A norma vigente NBR 12207/89 (NB 568)
estabelece essas condições.
Foto 4: Córrego da Siderúrgica (Ponte para Lagoinha)
Fonte: Eduardo (2015)
Interceptor é a canalização, no sistema separador de esgotos cuja função precípua
é receber e transportar o esgoto sanitário coletado, caracterizada pela defasagem das
contribuições, da qual resulta o amortecimento das vazões máximas. A figura acima
mostra a emissão de uma rede de esgoto direto no córrego sem o devido tratamento ao
lado de uma ponte que liga um bairro a outro.
26
Para melhor caracterizar esses condutos, outras finalidades devem ser
acrescidas àquela definida pela norma, são elas:
a) quanto à finalidade – canalização que recebe contribuição de coletores,
coletores-tronco e outros interceptores em pontos determinados providos de poços de
visita (PV) e não recebe contribuição ao longo do comprimento de seus trechos.
b) Quanto à localização - canalização situada nas partes mais baixas das bacias de
esgotamento geralmente às margens de cursos d´água, lagos e mares, evitando as
descargas diretas do esgoto nessas águas.
O emissário é definido pela norma brasileira NBR 9649 (ABNT 1986), como a
tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante.
O último trecho de um interceptor, aquele que precede e contribui para uma
elevatória, uma ETE, ou mesmo para descarga na disposição final no corpo receptor, é
o caso mais comum de emissário.
Isso ressalta a necessidade da adoção de sistemas adequados para destinação dos
resíduos líquidos, especialmente a execução de serviços coletivos de coleta, tratamento
e destinação final de esgotos domésticos. O destino adequado dos dejetos humanos do
ponto de vista sanitário visa, fundamentalmente, a evitar a poluição do solo e dos
mananciais e o contato de moscas e baratas (vetores) com as fezes, controlando e
prevenindo as doenças a eles relacionadas. Do ponto de vista econômico, condições
adequadas de saneamento propiciam uma diminuição das despesas com o tratamento
de doenças evitáveis, redução do custo do tratamento da água de abastecimento, pela
prevenção da poluição dos mananciais e o controle da poluição das praias e dos locais
de recreação, com o objetivo de promover o turismo e a preservação da fauna aquática
(FUNASA, 2006).
Após a coleta e o transporte, o esgoto sanitário deve ser encaminhado para
tratamento, onde se objetiva que este adquira características que permitam o seu
lançamento em corpos hídricos, atendendo aos padrões de lançamento de efluente,
vigentes nas legislações.
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente capítulo descreverá o tipo de pesquisa utilizada para o desenvolvimento do
trabalho, bem como os métodos de abordagens seguidos e o tipo de material colhido
para realização do estudo. Apresentará as informações sobre o local onde ocorreram
as observações sobre o tema proposto no trabalho, esclarecimento da pergunta
problema.
3.1 Tipo de pesquisa
Com intuito de visualizar os problemas gerados pela ineficiência do sistema de
esgotamento sanitário no Município de São Gonçalo do Pará-MG, realizou se um
estudo de caso onde foram utilizados os conhecimentos teóricos sobre o tema, bem
como uma exploração detalhada em campo analizando os pontos de lançamento do
esgoto.
O estudo de caso é um tipo de trabalho acadêmico, em que são explorados e
pesquisados casos reais para comprovação de teorias. Segundo Heerdt (2007, p. 82) é
“um estudo exaustivo, profundo e extenso de uma ou de poucas unidades,
empiricamente verificáveis, de maneira que permita seu conhecimento amplo e
detalhado”. O estudo de caso é um complemento aos conhecimentos científicos
estudados, através da investigação empírica onde se conhece “como?” e o “porquê” de
um determinado fato (YIN2, 1994 apud ARAÚJO et al, 2008 p. 3).
3.2 Tipo de abordagem
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O estudo utilizou a abordagem qualitativa, utilizada para descrição dos fenômenos
observados.
3.3 Material de coleta de dados
Para realização do estudo de caso, foram levantados dados através da observação
dos locais onde ocorrem o lançamento de efluentes de esgoto sanitário, bem como
analisados e demonstrados para atender aos objetivos do presente trabalho.
3.4 Amostra
A seleção de dados para mensuração dos fenômenos, foi realizada com base na data,
onde os mais recentes foram selecionados para demonstração, e em outros casos
foram selecionados aqueles que apresentaram variação nos resultados para
demonstração.
31
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo apresentar os problemas gerados para o
município de São Gonçalo do Pará-MG e a população quanto ao lançamento de esgoto
sanitário em corpos d’água sem o devido tratamento, apresentar alguns locais de
lançamento e descrever os benefícios que se pode alcançar com o tratamento de
esgoto.
Diante dos resultados encontrados, torna se evidente a necessidade de uma ETE, no
Município de São Gonçalo do Pará-MG.
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REFERÊNCIAS
VON SPERLING,M. Introdução à qualidade de águas e ao tratamento de esgotos –
2ª Ed. Departamento de Engenharia Sanitária e ambiental. UFMG. 1996.
RAMOS, A. G. (2004). Sistema de gestão ambiental em estações de tratamento de
esgoto. O caso da ETE Remédios (Salesópolis-SP). Dissertação Mestrado.
Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. São Carlos - SP.
33
BRASIL. Conselho Nacional de Meio ambiente. Resolução CONAMA nº. 357 de
18 de Março de 2003. Brasília: CONAMA, 2003.
VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de
esgotos, Belo Horizonte, UFMG, 2005.
FUNASA. Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento. Ministério
da Saúde, Brasília, 2004.
JORDÂO, E.P. e PESSÔA, C.A. Tratamento de Esgotos Domésticos. 6ª Edição. ABES, Rio
de Janeiro, 2011. 969 p.
http://www.ecodebate.com.br/2013/12/18/despejo-de-esgoto-sem-tratamento-nos-rios-lagos-
e-mares-problema-ambiental-social-e-de-saude-publica/
www.feis.unesp.br/Home/departamentos/.../funasa-manual-saneamento.pdf
SANEAMENTO desafia Brasil: Universalização dos serviços de coleta de esgoto tem papel
chave para o desenvolvimento social e econômico do país. Revista do CREA-RJ, Rio de Janeiro,
n.81, p. 16-18, fevereiro / março. 2010.
TONETTI, Adriano Luiz. Tratamento de esgotos pelo sistema combinado filtro anaeróbio
e filtros de areia. 2008. 187 f. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 2008.
NUVOLARI, Ariovaldo (coord.). Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reúso
agrícola. São Paulo: Edgard Blucher, 2003. 520 p.
CAMPOS, José Roberto (coord.). Tratamento de esgotos sanitários por processos
anaeróbios e disposição controlada no solo. São Carlos: [s.n.], 2000. 348 p.
PAIVA, Gisele Barbosa. Mecanismo de desenvolvimento limpo, tratamento de esgoto e
desenvolvimento sustentável: um estudo econômico. 2008. 134 f. Dissertação (Mestrado em
Economia) - Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2008.
CETESB. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Opções para tratamento de
34
esgotos de pequenas comunidades. São Paulo: CETESB, 1988. 36 p.
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Educação Área de Especialização em Tecnologia Educativa na Universidade do Minho,
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http://www.unipacvaledoaco.com.br/ArquivosDiversos/processos_de_tratamento_e_reuso_de_es
gotos_parte1.pdf
http://licenciadorambiental.com.br/wp-content/uploads/2015/01/NBR-9.649-Projeto-de-Redes-
de-Esgoto.pdf
http://www.finep.gov.br/prosab/livros/DiBernardo.pdf
GLOSSÁRIO (se houver)
35
Lista alfabética de palavras pouco conhecidas, estrangeiras, termos ou expressões técnicas
acompanhadas de definições ou traduções.
36
APÊNDICE A (se houver)
Documentos complementares e/ou comprobatórios do texto elaborados pelo próprio
autor da monografia. Podem trazer informações esclarecedoras, tabelas, dados colocados à parte,
evitando-se quebrar a seqüência lógica da exposição.