SustentabilidadeNA GESTÃO
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Presidente do Conselho Deliberativo NacionalRobson Braga de Andrade
Diretor-PresidenteGuilherme Afif Domingos
Diretora TécnicaHeloisa Regina Guimarães de Menezes
Diretor de Administração e Finanças Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Unidade de Administração e Suprimentos
GerenteJosé Ricardo Mendes Guedes
Gerente AdjuntaSuélia Pereira da Silva
ConteudistasSuélia Pereira da Silva – Sebrae NACatharina C. de Macedo – Spirale | Consultoria em SustentabilidadeAlexandre Luiz de Miranda Mac Dowell – Conethics Consultoria e Prestação de Serviços Ltda
Revisão OrtográficaDiscovery - Formação Profissional Ltda-ME
Projeto Gráfico e EditoraçãoIComunicação
SumárioMensagem da Diretoria .........................................................51. Apresentação ....................................................................72.Sustentabilidade na estratégia do Sebrae ..........................93.Sustentabilidade: um caminho sem volta ...........................124.Sustentabilidade na prática – os primeiros passos .............17
4.1. Desconhecimento ..........................................................................17
4.2. Cultura ...........................................................................................17
4.3. Complexidade ................................................................................18
4.4. Começando - sustentabilidade e o negócio ...................................18
4.5. Autoavaliação .................................................................................19
4.6. Engajamento de stakeholders ........................................................19
4.7. Aspectos legais – riscos e oportunidades ......................................20
4.8. Plano de ação – Transformando atitudes
em um processo organizacional ............................................................21
5. A responsabilidade socioambiental do Sebrae ..................245.1. Código de ética do Sebrae ............................................................25
5.2. Promoção da responsabilidade socioambiental .............................26
6. Comitê de Sustentabilidade ..............................................276.1. Constituição do comitê de sustentabilidade ...................................28
7. Política Ambiental ..............................................................307.1. Objetivo ..........................................................................................31
7.2. Dica de execução ..........................................................................31
7.3. Exemplo: Política Ambiental escopo de atuação do Sebrae NA ....31
8. Sistema de Gestão Ambiental ...........................................348.1. Exemplo: SGA do Sebrae NA ........................................................35
8.2. Diagnóstico de avaliação ambiental inicial ......................................36
8.3. Plano de melhoria de desempenho ambiental ..............................38
8.4. Capacitação e sensibilização .........................................................44
8.5. Comunicação ................................................................................47
8.6. Requisitos legais e outros ..............................................................47
8.7. Não conformidade, ação corretiva e preventiva .............................48
8.8. Auditorias internas..........................................................................49
9. Compras Sustentáveis ......................................................5010. Instalação Sustentável ....................................................5911. Indicadores de Sustentabilidade .....................................6812. Considerações finais ......................................................70Referências ...........................................................................72Glossário ...............................................................................74Regulamentações internas – Sebrae ............................. 79Anexo I ..................................................................................82Anexo II .................................................................................86Anexo III ................................................................................87
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Enquanto evoluímos como organização e nos aprofundamos na nossa vocação de fortalecer os pequenos negócios e impulsionar o empreendedorismo, o tema da sustentabilidade ganha força e se consolida nos debates sobre gestão empresarial.
Hoje, não restam dúvidas de que os conceitos de sustentabilidade e competitividade andam de mãos dadas. Há um crescente entendimento de que o retorno econômico precisa caminhar em consonância com a preservação ambiental e a inclusão social. Consequentemente, empresários, gestores e empreendedores já não podem prescindir de compreender e aplicar efetivamente esses novos conceitos e práticas, seja qual for a natureza, o segmento ou o porte de suas organizações.
Para o Sebrae NA, a questão é altamente relevante. A importância do trabalho que realizamos e a dimensão dos impactos da nossa atividade, com reflexo na economia e no desenvolvimento do país, requerem responsabilidades e atitudes condizentes com essas grandezas. Nesse sentido, há algum tempo a sustentabilidade foi incorporada na gestão interna da organização.
Nos últimos anos, uma série de políticas, normas, metodologias, ferramentas e ações foram desenvolvidas e aplicadas, refletindo o amadurecimento das práticas de gestão e governança. Para responder e superar as expectativas da sociedade, além de aplicar essa visão no cotidiano, difundimos esse conhecimento para o nosso público-alvo, e expandimos esses valores e essas expectativas para toda a cadeia de influência.
da DiretoriaMensagem
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Sebrae
Com o Direcionamento Estratégico 2015-2018, a organização amplia e fortalece seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. O conjunto da identidade institucional, declarado na Missão, na Visão e nos Valores, expressa destacadamente nossa intenção. Além disso, o desdobramento dos objetivos estratégicos e dos indicadores e metas refletem explicitamente o alinhamento da sustentabilidade com a estratégia da organização.
Com esse avanço, queremos comunicar, de forma ampla e transparente, os compromissos, e instrumentalizar os colaboradores para que possam contribuir com o alcance dos objetivos estratégicos com foco na sustentabilidade. Queremos ser reconhecidos pela excelência de nossas práticas, pela legitimidade de nossas ações e pelo exemplo de liderança.
Cabe agora avançar ainda mais nessa direção. Por isso, compartilhamos essa publicação como um valioso conjunto de conhecimentos aplicados pelo Sebrae. E convidamos você, colaborador, a se empenhar para adotar as práticas sustentáveis no cotidiano de suas atividades, imprimindo um novo padrão de conduta e gestão em todas as áreas do Sebrae.
Certamente o desafio é grande, mas as oportunidades também são muitas. A responsabilidade é de cada um de nós, mas os ganhos dessa mudança certamente serão de todos.
José Claudio dos Santos
Diretor de Administração e Finanças
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Gestão com Sustentabilidade
Perspectiva Institucional
Esta publicação consolida as ações relacionadas à temática da sustentabilidade aplicada à gestão interna que já estão em curso no Sebrae NA, com o objetivo de contribuir com a expansão do tema em toda a esfera de influência do sistema Sebrae. A expectativa é que os colaboradores e os parceiros do Sebrae incorporem essa visão compartilhada e contribuam para aperfeiçoar e expandir ainda mais essas iniciativas.
Seja intraempreendedor, gestor ou colaborador, nesta publicação você encontrará esclarecimentos, exemplos concretos e dicas de como aplicar a sustentabilidade na gestão empresarial. Alguns exemplos compartilhados são importantes marcos e refletem o histórico do amadurecimento da temática na organização.
O assunto está organizado nos seguintes temas:
» A sustentabilidade na estratégia do Sebrae – como se apresenta no Direcionamento Estratégico;
» Introdução aos conceitos da sustentabilidade e sua aplicação ao ambiente corporativo;
» Sustentabilidade na prática – os primeiros passos;
» Responsabilidade socioambiental do Sebrae;
» Comitê de sustentabilidade – qual a sua importância;
» Política ambiental, que visa incorporar à gestão do Sebrae os princípios de sustentabilidade;
1. Apresentação
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Sebrae
» Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – o exemplo do Sebrae NA;
» Compras sustentáveis – consideram critérios ambientais e sociais além dos fatores econômicos nas tomadas de decisões de compras;
» Gestão por indicadores – apoia o gestor a implementar e monitorar a performance da instituição;
» Arquitetura sustentável – o exemplo da construção da nova sede do Sebrae, com práticas ecoeficientes.
Uma boa leitura e mãos à obra!
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A incorporação da sustentabilidade na estratégia é um sinal do amadurecimento do tema no Sebrae. Essas formulações reforçam o tratamento do tema e o que está sendo feito e disseminado de maneira pública e transparente. O Sebrae expressa seu compromisso, destacando e associando o tema da sustentabilidade ao conceito de competividade, na declaração de Missão, Visão e Valores, destacados a seguir:.
» Missão:
• Promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios e fomentar o empreendedorismo para fortalecer a economia nacional.
» Visão:
• Ter excelência no desenvolvimento dos pequenos negócios, contribuindo para a construção de um país mais justo, competitivo e sustentável.
» Valores:
• Compromisso com o resultado, conhecimento, inovação, sustentabilidade, transparência e valorização humana.
A declaração de valores inclui literalmente a sustentabilidade, a transparência, a valorização humana e associa a inovação às necessidades de hoje e do futuro.
Essas formulações institucionais estão traduzidas em normas e políticas (como o Termo de Referência em Sustentabilidade, a Política Ambiental e o SGA), se desdobrando em diversas
2. Sustentabilidade na estratégia do Sebrae
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Sebrae
iniciativas realizadas no dia a dia da organização. Também expandem os limites da organização, como no caso das diretrizes para compras sustentáveis, que influenciam o comportamento da cadeia de valor. E, acima de tudo, são relacionadas a indicadores monitorados pela instituição.
Além dos instrumentos de gestão apontados, o Sebrae possui um Comitê de Sustentabilidade, que fortalece o sistema de governança e amplifica a disseminação do tema na instituição.
Outro ponto de destaque na abordagem do tema no Sebrae foi o próprio processo de construção do Direcionamento Estratégico pois, além de utilizar metodologias e ferramentas clássicas de planejamento, a organização expandiu o seu olhar, incorporando a visão de diferentes partes interessadas (stakeholders) do nosso negócio. Essa iniciativa, conhecida como engajamento das partes interessadas, é fundamental na prática da sustentabilidade.
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SustentabilidadeNA GESTÃO
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3. Sustentabilidade: um caminho sem voltaIntrodução ao contexto da sustentabilidadeO movimento da sustentabilidade cresce em importância no cenário nacional e internacional, com pouca probabilidade de retrocesso. Reflete o entendimento de que as consequências sociais, ambientais e econômicas geradas pelo atual modelo de desenvolvimento são insustentáveis e a insistência nessa direção aponta para perspectivas ainda piores.
O fato é que a população mundial consome mais do que o planeta consegue repor. Durante muito tempo, aspectos sociais e ambientais negativos do modelo de desenvolvimento em curso foram negligenciados. Agora, diversos serviços vitais oferecidos pela natureza, como água, equilíbrio climático e solos para produção de alimentos estão em declínio.
A criticidade do impacto das mudanças no clima, dos desequilíbrios ambientais, da poluição, das distorções sociais, da redução da qualidade de vida, entre várias outras questões, já é bem difundida nos meios de comunicação e amplamente conhecida. Esse entendimento há muito deixou de ser um alerta ativista ou apaixonado, ganhando validação científica, sendo, hoje, ratificado por lideranças em todas as partes do planeta.
Contudo, além das implicações óbvias à vida humana, o que nunca foi muito bem percebido é como essa situação impacta diretamente na economia. Existem custos decorrentes das externalidades negativas causadas pelo consumo de produtos sem preocupações ambientais, que oneram os cofres públicos e a sociedade.
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SustentabilidadeNA GESTÃO
Felizmente, com o surgimento do conceito de desenvolvimento sustentável no contexto mundial, observa-se um movimento que pode ajudar a reverter esse equívoco. Nesse sentido, há um consenso de que a mudança nos padrões de produção e consumo é central para o avanço do modelo de economia verde, eficiente e socialmente inclusiva.
A sociedade também está mais atenta ao tema da sustentabilidade. Consumidores e cidadãos estão mudando os hábitos de consumo, exigindo comportamentos mais responsáveis e transparentes das empresas. Aliadas a essa postura dos indivíduos estão as novas dinâmicas nos processos de comunicação e informação, principalmente com o advento das mídias sociais, que ajudam os cidadãos a terem uma postura mais participativa e direta na relação com as instituições. Nesse sentido, é necessário enfatizar:
Desenvolvimento sustentável: satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades. Significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais. (Relatório Brundtland, 1987).
Modelo de governança
Atentos a esse movimento, organizações públicas e privadas, de vários portes e segmentos, empenham-se para compreender e se adequar às novas demandas, revendo as práticas de negócios e ajustando modelos de governança, gestão e operação. Governos estão aprimorando o ambiente para essas mudanças, fortalecendo o marco legal e implementando procedimentos e práticas que induzam à adoção de novos comportamentos nas organizações e nos mercados.
A nova ordem é buscar práticas de produção e consumo que melhorem a eficiência no uso de produtos e recursos naturais,
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Sebrae
econômicos e humanos, que reduzam o impacto sobre o meio ambiente, que promovam a igualdade social e a redução da pobreza e que estimulem novos mercados e recompensem a inovação tecnológica.
Mas o que são esses impactos?
Existe uma infinidade de impactos sociais e ambientais que decorrem das atividades das organizações. Na maioria das vezes, quando falamos de sustentabilidade, o que vem à cabeça são os impactos ambientais que, certamente, são muitos, mas os sociais e econômicos também são fundamentais. Afinal, uma das formas de se referir ao tema é mencionando o tripé da sustentabilidade: econômico, ambiental e social.
O Termo de Referência para Atuação do Sistema Sebrae em Sustentabilidade diz que o “Triple Bottom Line (Tripé da Sustentabilidade) determina que a empresa deve gerir suas atividades em busca não só do resultado econômico, mas também dos resultados ambiental e social”.
Benefícios que podem ser percebidos pelas empresas
Na perspectiva dos negócios existe uma série de argumentos para as organizações se lançarem nessa direção, com vantagens que podem ser verificadas em várias dimensões:
» Atendimento a demandas atuais e futuras de clientes e parceiros de negócio: o mercado está atento e vem pressionando seus parceiros estratégicos a se alinharem aos valores e princípios da sustentabilidade. Atender ou se antecipar a essas demandas é uma questão de competitividade cada vez mais decisiva de permanência no mercado;
» Fidelização – maior aproximação com o consumidor e aumento no volume de negócios: existe uma parcela de consumidores atentos à temática que valoriza e recompensa economicamente as iniciativas sustentáveis;
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SustentabilidadeNA GESTÃO
» Ajuste ou antecipação à regulação e conduta: toda evolução recente do marco regulatório brasileiro relacionado ao tema da sustentabilidade indica que o cerco ao tema vai aumentar. Novas leis, decretos e resoluções estão surgindo. Estar preparado para este novo cenário é, no mínimo, estratégico;
» Geração de impacto positivo por meio da redução de custos e desperdícios: apesar dos benefícios econômicos óbvios, muito ainda pode ser feito no campo da eficiência ao se reduzir o custo e consumo de insumos materiais, energia e transporte e, ainda, diminuindo os impactos ambientais negativos (água, energia, materiais etc.);
» Impulsionar a produtividade: eficiência gerada pela melhoria de processos ou incorporação de novas tecnologias mais modernas e menos impactantes;
» Promoção da inovação: diretrizes sustentáveis podem estimular o desenvolvimento de ecossistemas de inovação de processos e produtos com foco em sustentabilidade, induzindo os mercados a mudarem mais rapidamente para tecnologias mais limpas e novas linhas de produtos e serviços (econegócios), em benefícios ambientais e melhorias sociais;
» Estímulo a competitividade: as novas exigências das compras sustentáveis são uma maneira de tirar os fornecedores da zona de conforto, estimulando a inovação de processos e produtos com foco em sustentabilidade. Em última instância, ampliando a ofertas desses produtos e serviços e reduzindo o custo/preço devido à economia de escala;
» Gestão de riscos: minimizar interrupções nos negócios por conta de impactos ambientais, sociais e econômicos. O não cumprimento dos direitos sociais do trabalho, por exemplo, podem impactar na continuidade dos serviços ou produtos oferecidos. O processo de compras sustentáveis deve ajudar a empresa a garantir que essas condições sejam observadas, minimizando esses riscos;
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» Abertura de novos mercados: mercado internacional, governos e empresas mais amadurecidos com o tema;
» Redução de custos: eliminação de desperdícios, diminuição de absenteísmo, redução de contas de energia, água, entre outros, podem ser alcançados com práticas sustentáveis;
» Aumento da lucratividade: redução de custos, aumento da produtividade, novos produtos/serviços sustentáveis e destinação de resíduos são possibilidades de aumentar a lucratividade da empresa;
» Atração e retenção de talentos: o cuidado com os colaboradores, o atendimento à legislação trabalhista e a identificação das pessoas com os valores da organização são fatores que impactam positivamente na gestão das pessoas, resultando na retenção e na atração de talentos;
» Maior e melhor acesso ao capital: existem novas linhas de crédito e fontes de financiamento destinadas a empresas que tenham boas práticas ou para aquelas que queiram melhorar o desempenho sustentável de seus negócios, inclusive com custos melhores, pois o mercado tem uma melhor percepção de risco dessas empresas;
» Valor da marca e reputação: indicadores de mercado comprovam que o desempenho financeiro dessas empresas tende a ser superior. Além disso, empresas com viés da sustentabilidade têm menor propensão a danos causados por problemas relacionados a questões sociais e ambientais que podem afetar a credibilidade da empresa;
» Melhoria no relacionamento da empresa com suas partes interessadas (stakeholders): grupos de interesse que influenciam ou são impactados pelas atividades da empresa (comunidades do entorno, sociedade em geral, clientes, agentes financiadores, entre outros) também valorizam e apoiam empresas sustentáveis. Isso contribui para a redução de incidência de conflitos, reclamações, multas.
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Para se lançar nessa trilha e até se destacar no assunto, obviamente, é preciso começar!
Apesar do conjunto de argumentos favoráveis à incorporação da sustentabilidade nos negócios, nem sempre a evolução dos conceitos de gestão acontecem no ritmo que gostaríamos. Algumas barreiras dificultam a incorporação do tema e são exemplificadas a seguir:
4.1. DesconhecimentoPara que possamos amadurecer na temática é preciso, antes de tudo, entender o tema da sustentabilidade. É preciso entender e nivelar os conceitos, se atualizar no tema, analisar as tendências. Falamos isso porque o desconhecimento às vezes paralisa.
» Conceitos equivocados ou abordagens superficiais atrapalham a adesão;
» A ideia de que é difícil implementar a sustentabilidade nos negócios paralisa a organização;
» Investimentos em iniciativas sustentáveis desassociadas da gestão empresarial não permite enxergar o potencial de retorno da sustentabilidade.
4.2. CulturaMuitas vezes, o “tema” não é considerado prioritário na organização e, portanto, não é incentivado, ou não está na
4. Sustentabilidade na prática – os primeiros passos
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estratégia, ou, ainda, compete com outras iniciativas e diretrizes contrárias às diretrizes da sustentabilidade. Sugestão: muitas vezes, o “tema” não é considerado prioritário na organização, não fazendo parte dos valores e diretrizes institucionais, e portanto, não é incentivado.
Para esses casos, vale lembrar que, quanto mais rápido as organizações se adequarem ou inovarem em práticas sustentáveis, mais competitivas serão, pois estarão em condições de concorrer no novo cenário que se apresenta. Neste contexto, sustentabilidade significa a adoção de práticas empresariais de ordem social e/ou ambiental exigidas pelo mercado, pois, como já apontamos, não há muita escapatória: ou as organizações se lançam nessa trilha, ou aos poucos o mercado as colocará para fora do jogo.
4.3. ComplexidadeDependendo do porte da instituição, do segmento ou do nível de maturidade, efetivamente há uma complexidade envolvida. Existem novos temas, novos públicos estratégicos/stakeholders identificados e, com eles, novas demandas. Para isso existem, também, as ferramentas de gestão, relatórios e indicadores que estão à disposição, mas que também precisam ser compreendidos e incorporados. Esses, porém, não podem ser argumentos para a não ação.
É preciso sair da inércia, tendo em mente que teremos desafios pela frente, mas que seremos beneficiados se persistirmos nessa busca. Além disso, a sustentabilidade nos negócios é um processo em evolução, que estimula a busca permanente de melhorias no jeito de fazer negócios.
4.4. Começando - sustentabilidade e o negócio
Como já foi dito, a sustentabilidade não deve ser considerada uma atividade à parte, um projeto ou uma iniciativa isolada. Ela é inerente ao negócio da empresa, é um processo. Nesse sentido,
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a primeira coisa que uma organização precisa fazer é conhecer os impactos do seu negócio.
Identificar e mensurar os impactos das atividades da organização são a chave para o amadurecimento de um negócio sustentável. Só assim poderemos fazer uma ação estruturada e continuada, cujo resultado poderá ser avaliado efetivamente.
A título de exemplo, elencamos alguns tipos de impactos:
» Impactos econômicos: custos de produtos e serviços durante todo o ciclo de vida como aquisição, manutenção, operação, disposição final, entre outros;
» Impactos ambientais: contaminação do solo, da água e do ar, aquecimento global, perda da biodiversidade, geração de resíduos, uso de recursos naturais, escassez de água, entre outros;
» Impactos sociais: problemas com a saúde, baixa qualidade de vida, baixo nível de desenvolvimento humano e social, distúrbios na comunidade, condições de trabalho (segurança ocupacional, higiene, limpeza, ambiente), equidade, direitos humanos, trabalho infantil, trabalho análogo ao escravo, entre outros.
4.5. AutoavaliaçãoExiste um conjunto de ferramentas disponíveis no mercado – cada um com características e finalidades diferentes, por exemplo: Indicadores Ethos de Responsabilidade Social; Pacto Global; Relatório Integrado de Sustentabilidade (RIS) – que está associado aos processos de controle e de aprendizagem, como: autodiagnósticos ou autoavaliação; prestação de contas; incorporação de princípios; etc. A organização precisa entender em que estágio está e escolher a ferramenta apropriada.
4.6. Engajamento de stakeholdersStakeholder é qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado pelas ações de uma organização. É aquele que tem
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interesse e que pode impactar, influenciar ou contribuir para as atividades de uma organização, direta ou indiretamente.
Essa é uma ampliação da visão do marketing, que colocava o cliente no centro da estratégia do negócio. Hoje em dia, as organizações percebem que, para o sucesso de seus empreendimentos, não basta apenas o atendimento das expectativas desse público, mas que existem outros tão importantes que podem determinar os rumos de um negócio.
Um diálogo com stakeholders bem desenhado e planejado ajuda a definir e priorizar questões e permite maior entendimento entre stakeholders. Além disso, assegura um envolvimento direto entre grupos diferentes e ajuda a formar alianças, estimulando o desenvolvimento de sinergias e, consequentemente, novas ideias.
Alguns argumentos para o engajamento de stakeholders:
» Identificar demandas de públicos importantes;
» Antecipar e gerenciar conflitos;
» Melhorar a compreensão de impactos, riscos e oportunidades, levando em consideração opiniões de pessoas externas à empresa;
» Construir consensos a partir de diferentes pontos de vista;
» Obter informações que ajudam a melhorar processos internos e de tomada de decisão;
» Construir laços de confiança entre o público engajado e a organização;
» Aumentar o conhecimento dos stakeholders sobre as ações e os resultados da empresa.
4.7. Aspectos legais – riscos e oportunidadesApesar de trivial, esse é um ponto fundamental que ainda é negligenciado ou não recebe a devida atenção. As empresas devem estar em conformidade com aspectos da
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SustentabilidadeNA GESTÃO
sustentabilidade presentes na legislação. Além de gerenciar riscos básicos relacionados à legalidade, é uma oportunidade de aproveitar as oportunidades oferecidas por políticas de governo que incentivam a adoção de práticas sustentáveis em todo o processo produtivo.
4.8. Plano de ação – Transformando atitudes em um processo organizacional
Uma vez que a organização decidiu se aprofundar no tema, mapeou seus impactos e identificou seus stakeholders, é preciso definir e traçar um plano de ação. Apontamos alguns passos básicos para sair da inércia. São eles:
» Identificar os pontos mais relevantes e críticos para a organização;
» Fortalecer aspectos positivos;
» Transformar ameaças em oportunidades;
» Priorizar as mudanças (risco, relevância, viabilidade);
» Definir e planejar as ações;
» Monitorar;
» Disseminar, reconhecer e divulgar seus resultados;
» Avaliar e incorporar melhorias.
Resumindo: um retrato da sustentabilidade
O diagrama a seguir representa alguns aspectos fundamentais para a incorporação da sustentabilidade na estratégica, levando em conta a perspectiva de geração de valor para a empresa.
Nele fica claro que a sustentabilidade, representada pelo tripé econômico-social-ambiental, é uma questão estratégica e deriva das formulações básicas da empresa, mas precisa ser desdobrada em políticas, diretrizes e planos.
Dele também extraímos que é preciso permear todas as instâncias da organização, mobilizando os colaboradores e aplicando em
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todos os processos da empresa. E, para consolidar esse olhar, o engajamento dos stakeholders é crítico.
Por último são indicados exemplos de ferramentas de gestão, normas e aspectos legais que são os balizadores que a organização precisa incorporar para garantir o sucesso da estratégia.
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O Sebrae se propõe a incorporar os princípios do desenvolvimento sustentável no planejamento e na execução de suas atividades, negócios e práticas administrativas, envolvendo seus públicos de relacionamento, pois tem a crença de que esses princípios são de fundamental importância para o alcance dos objetivos institucionais, que envolvem o desafio de promover a busca da excelência dos pequenos negócios para o alcance de uma sociedade mais próspera e justa.
Assim, o Sebrae está empenhado em:
» Estimular, difundir e implementar as práticas de desenvolvimento sustentável como investimento permanente e necessário para o futuro da humanidade;
» Promover a visão da responsabilidade socioambiental continuamente para o fortalecimento da sociedade e a melhoria da qualidade de vida;
» Atuar na defesa dos direitos humanos e do trabalho, no bem-estar dos colaboradores, na promoção da diversidade, na inclusão social, nos investimentos na comunidade, na preservação ambiental;
» Estabelecer e difundir boas práticas de governança corporativa;
» Viabilizar o desenvolvimento de negócios social e ecologicamente sustentáveis;
» Enxergar clientes e potenciais clientes dentro do conceito de cidadania empresarial;
5. A responsabilidade socioambiental do Sebrae
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» Ter transparência, ética e respeito como balizadores das práticas administrativas e negociais da empresa;
» Contribuir para que o potencial intelectual, profissional e ético dos colaboradores possa ser aproveitado pela sociedade.
5.1. Código de ética do SebraeO Sebrae executa suas ações tendo a ética como compromisso e o respeito como atitude nas relações com os clientes, colaboradores, fornecedores, parceiros, entidades representativas, comunidade, governo e meio ambiente.
Para nortear seus relacionamentos e a conduta individual das pessoas do Sebrae, foi elaborado um Código de Ética, plenamente difundido, que deve ser conhecido e firmado por todos que trabalham no Sebrae ou pelo Sebrae.
O código se propõe a fortalecer o compromisso do Sebrae com condutas e ações que observem princípios da ética e da moralidade, mandamentos constitucionais e legais, como transparência, austeridade, eficiência, consciência social e comprometimento. É instrumento de trabalho que define a melhor maneira de se atuar em nome do Sebrae, e suas disposições se aplicam a conselheiros, diretores, empregados e demais colaboradores do Sebrae.
O documento explicita as responsabilidades que se devem ter uns para com os outros, perante parceiros, fornecedores, clientes, governo e sociedade, resume os valores e os princípios da instituição para auxiliar a condução dos projetos e das atividades realizadas pelo Sebrae e firma os compromissos listados abaixo:
» Promover condições de trabalho que propiciem o equilíbrio entre a vida profissional, pessoal e familiar de todos os empregados;
» Desenvolver o intercâmbio e a disseminação de conhecimentos, promovendo a capacitação contínua de seus empregados;
» Garantir segurança e saúde no trabalho;
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Sebrae
» Disponibilizar canais para recepção, encaminhamento e processamento de sugestões, críticas, reclamações e denúncias sobre transgressões éticas;
» Contribuir para o desenvolvimento econômico, tecnológico, ambiental, social, político e cultural nas localidades em que atua;
» Contribuir para o Poder Público na elaboração e na execução das políticas públicas e dos programas e dos projetos de desenvolvimento sustentável;
» Reconhecer e respeitar as particularidades legais, sociais e culturais dos diversos ambientes e das regiões em que atua.
5.2. Promoção da responsabilidade socioambiental
O Sebrae é um grande apoiador do tema da responsabilidade socioambiental, atuando ativamente por meio da participação em fóruns de sustentabilidade, eventos ou ações de inclusão social, acordos e convênios celebrados pelo Sebrae relacionados ao tema.
A título de exemplo, elencamos algumas iniciativas:
» O Sebrae foi patrocinador da Rio+20 e esteve presente apresentando sua atuação em sustentabiliddade junto aos pequenos negócios;
» É parceiro do Instituto Ethos e patrocinador das Conferências Internacionais de Responsabilidade Social;
» Participa na promoção de medidas de integridade e contra a corrupção para empresas de pequeno porte;
» Promoveu o Fórum Sebrae de Sustentabilidade – com o tema central “Negócios que transformam realidades” –, e tem como objetivo estimular as boas práticas de sustentabilidade, conscientizar e influenciar as ações dos pequenos negócios, contando com lideranças nacionais, internacionais e empresários de todos os setores.
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6. Comitê de SustentabilidadeUm Comitê de Sustentabilidade é uma instância de governança, que legitima e fortalece a incorporação do tema na estratégia, ampliando a capilaridade para a difusão dos compromissos e diretrizes institucionais. Permite a participação de representantes de diversos níveis e unidades da organização.
» Objetivos
O Comitê tem como objetivo contribuir para a inclusão dos temas associados à sustentabilidade na gestão interna, visando fortalecer estrategicamente a visão, a missão e os valores do Sebrae, em que a sustentabilidade é enfatizada.
» Compete ao Comitê de Sustentabilidade
• Propor e avaliar as estratégias e recomendações em longo prazo sobre sustentabilidade;
• Acompanhar os compromissos e atividades institucionais relacionadas aos aspectos socioambientais;
• Definir e acompanhar os indicadores sociais, ambientais e econômicos;
• Avaliar periodicamente os resultados dos projetos socioambientais;
• Monitorar e incrementar a qualidade do relacionamento e reputação com os parceiros e as partes interessadas (stakeholder);
• Participar da elaboração dos relatórios de sustentabilidade, que demonstrem o desempenho socioambiental da instituição;
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Sebrae
• Reportar regularmente a Diretoria Executiva, dados relacionados ao desempenho socioambiental do Sebrae;
• Assessorar a Diretoria Executiva nas análises e recomendações relacionadas à sustentabilidade.
6.1. Constituição do comitê de sustentabilidadeO Comitê de Sustentabilidade deverá ser constituído por portaria da Presidência, estabelecendo os compromissos, objetivo, composição, atribuições, responsabilidades e limites de competência do Comitê, bem como a sistemática das reuniões.
Deve contar com a participação de várias Unidades Organizacionais, representa por seu Gerente ou Adjunto. Cada unidade possui sua atribuição específica, como indica a tabela 1.
Tabela 1 – Formação do Comitê de Sustentabilidade
Unidade Responsabilidade
1. Diretoria de Administração e Finanças
Coordenação do Comitê
2. Unidade de Administração e Suprimentos
Responsável pelo investimento, planejamento, implantação, monitoramento, produção de relatórios de sustentabilidade e melhoria contínua.
3. Unidade de Assessoria Jurídica
Responsável pela atualização e controle dos aspectos e requisitos legais.
4. Unidade de Auditoria Responsável pela programação de auditorias internas e externas.
5. Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia
Corresponsável pelo planejamento e avaliação.
6. Unidade de Marketing Responsável pela disseminação.
7. Universidade Coorporativa
Responsável pela capacitação e treinamento.
8. Unidade de Gestão Esratégica
Alinhamento das diretrizes e estratégias de sustentabilidade
9. Unidades de Conhecimento e Articulação
Representante com notória especialização em sustentabilidade
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SustentabilidadeNA GESTÃO
Outras definições:
» A coordenação do Comitê poderá ser exercida por qualquer outro membro, se a diretoria assim definir;
» Posteriormente, outros representantes de diferentes unidades do Sebrae poderão ser nomeados, caso sua participação venha a ser considerada relevante pelo comitê;
» Outros profissionais poderão ser convidados a participar das reuniões do comitê, a critério da coordenação;
» As reuniões do comitê deverão ser realizadas pelo menos uma vez por mês, em sessão convocada pelo coordenador.
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O Sebrae possui política, normas e enunciados que expressam os compromissos da entidade em relação aos aspectos socioambientais, que enfatizam:
» O compromisso de indução ao desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios;
» A busca pela excelência no desenvolvimento dos pequenos negócios, contribuindo para um país mais sustentável;
» A atuação como catalisador de iniciativas para elevar a competitividade e a sustentabilidade dos pequenos negócios;
» A orientação e a disseminação de conceitos e práticas da sustentabilidade para as empresas de pequeno porte.
O estabelecimento da Política Ambiental do Sebrae foi um marco importante para aplicação dos critérios ambientais às suas operações, minimizando externalidades negativas e gerando benefícios socioambientais. Esta política, portanto, estabelece os princípios sociais, econômicos e ambientais da organização, demonstra a todos os colaboradores e parceiros o seu comprometimento e norteia as principais diretrizes de atuação, tais como:
» Incorporar os princípios de responsabilidade socioambiental na prática administrativa e no discurso institucional;
» Implementar a visão articulada e integradora de responsabilidade socioambiental;
» Disseminar os princípios e criar a cultura de responsabilidade socioambiental na comunidade Sebrae. Por comunidade Sebrae entende-se colaboradores, entidades representativas, parceiros etc.
7. Política Ambiental
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SustentabilidadeNA GESTÃO
Assim, a instituição deve assumir o compromisso com as definições e requisitos aplicados em sua Política Ambiental e, com isso, apoiar e incentivar ações para o gerenciamento de seus aspectos ambientais, realizando, assim, o monitoramento e controle das atividades potencialmente impactantes destacadas nesta política.
7.1. ObjetivoIncorporar à gestão do Sebrae princípios de sustentabilidade para a conservação do meio ambiente, com intuito de reduzir continuamente os impactos negativos dos processos, produtos e serviços, em consonância com o Termo de Referência para Atuação em Sustentabilidade.
7.2. Dica de execuçãoA política deve citar as definições, os novos princípios e as diretrizes ambientais a serem documentados, implementados, monitorados, verificados e atualizados, com vistas à sistematização da gestão ambiental e sua melhoria contínua.
7.3. Exemplo: Política Ambiental escopo de atuação do Sebrae NA
» Princípio 1
Aplicar os princípios da sustentabilidade corporativa, priorizando a adoção de ações economicamente viáveis, socialmente justas e ecologicamente corretas, integradas aos processos internos do Sebrae.
Diretriz/ação: incorporar a gestão ambiental nos processos internos do Sebrae NA.
• Implantar e utilizar as metodologias sugeridas pelo manual de gestão ambiental do Sebrae, bem como as orientações e legislações pertinentes no SGA da organização;
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Sebrae
• Integrar a gestão ambiental aos processos internos e demais sistemas de gestão do Sebrae;
• Inserir a questão ambiental como critério na tomada de decisão;
• Incorporar a Política Ambiental aos contratos e parcerias firmados.
» Princípio 2
Atender às políticas públicas, à legislação e às normas ambientais aplicáveis, em especial àquelas relativas ao meio ambiente, recursos hídricos, resíduos sólidos e consumo energético.
Diretriz/ação: manutenção do SGA do Sebrae NA.
• Definir responsabilidades e designar competências;
• Controlar os resultados e criar indicadores de sustentabilidade do processo de gestão;
• Documentar, manter e atualizar os registros do monitoramento e controle ambiental dos aspectos destacados do SGA;
• Agir em razão do desempenho ambiental do Sebrae NA e, assim, adotar as práticas sustentáveis de gestão de maneira continuada e periodicamente revisada;
• Planejar antes de executar e verificar para corrigir e melhorar, atuando sempre nos termos da melhoria contínua.
» Princípio 3
Orientar o tratamento das questões ambientais no Sistema Sebrae ao potencializar as oportunidades de desenvolvimento sustentável local, apoiar o desenvolvimento de ferramentas de gestão ambiental e compartilhar responsabilidades.
Diretriz/ação: sensibilizar, orientar e apoiar o tratamento das questões ambientais em todo o Sistema Sebrae.
• Apoiar a aplicação de metodologias, ferramentas e programas ambientais com transversalidade no Sebrae, podendo ser extensivo ao Sistema Sebrae no que couber, considerando as especificidades locais na implantação das ações;
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SustentabilidadeNA GESTÃO
• Compartilhar as responsabilidades institucionais com o Sebrae de outras localidades e parceiros;
• Formular estratégias para captura de ideias e pontos de vista ecologicamente corretos de dirigentes e profissionais do Sebrae de todo o país;
• Sensibilizar colaboradores, parceiros e fornecedores no que se refere às suas responsabilidades com o meio ambiente;
• Realizar treinamentos para a qualificação profissional, bem como apoiar e estimular os mecanismos de conscientização ambiental, tais como: informativos, ciclos de seminários e palestras.
» Princípio 4
Disseminar as práticas ambientais entre os colaboradores, fornecedores e parceiros.
Diretriz/ação: disseminar as práticas ambientais propostas.
• Divulgar a Política Ambiental aos funcionários internos e parceiros locais;
• Apoiar ações de redução de impactos ambientais nas áreas de influência do Sebrae NA em conjunto com os órgãos locais competentes;
• Abrir um canal de diálogo, por meio de processo participativo e inclusivo com o Sistema Sebrae, com representantes dos empreendedores dos pequenos negócios, governo, universidades, entre outros.
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A implementação do SGA requer esforço, determinação e recursos, inclusive financeiros. Esses investimentos são necessários e retornarão como benefícios de várias formas: imagem da organização, redução do desperdício, aumento da produtividade e motivação dos colaboradores. Também compatibiliza a organização com os requisitos legais da comunidade em que está inserta.
A organização deverá desenvolver os mecanismos de apoio necessários para efetivar a implantação de seu SGA de acordo com suas características e as particularidades, no cumprimento de seus objetivos e metas empresariais.
É preciso criar um clima propício à implantação para diminuir as resistências e disponibilizar espaço para a criatividade das pessoas. Essa implantação deve sempre ser vista como uma oportunidade de mudanças positivas e, muitas vezes, significativas na cultura organizacional.
Os benefícios ao meio ambiente poderão ser expressivos se as pessoas de todos os níveis participarem de seu desenvolvimento e implementação, pois serão multiplicadores dos conceitos e práticas em suas casas e vizinhanças.
A direção deve dar total apoio ao processo de implantação; caso contrário, ele tende a fracassar. Entre os muitos benefícios da implantação de um SGA está o estabelecimento de diretrizes que levam em consideração os requisitos legais e informações sobre a importância dos impactos ambientais que ela pode provocar e sobre os quais precisa ter controle.
8. Sistema de Gestão Ambiental
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SustentabilidadeNA GESTÃO
8.1. Exemplo: SGA do Sebrae NA » Definição
Estrutura organizacional que visa avaliar e monitorar os impactos ambientais das atividades institucionais.
» Objetivo
O SGA tem como objetivo identificar e controlar aspectos/impactos, bem como definir e documentar tarefas, responsabilidades, autoridades, não esquecendo de identificar, monitorar e cumprir requisitos legais que abrangem todos os processos internos, além de envolver a diretoria, gerências e todos os colaboradores.
» Metodologia
Tem como base a Metodologia Sebrae para Implementação de Gestão Ambiental, baseada nas orientações da série ISO 14000 e no Manual do SGA. Para incorporar em sua gestão os princípios da sustentabilidade e compatibilizar as atividades da instituição com a conservação do meio ambiente, com intuito de reduzir, continuamente, os impactos negativos dos processos, produtos e serviços no meio.
» Marco teórico
A base legal aplicada ao SGA considera, no que couber, as resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), incluindo normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Com o intuito de garantir sua qualidade ambiental na execução de seus processos internos, foi destacada uma série de diretrizes legais e procedimentos padrões. A padronização das atividades com maior impacto ambiental supõe a adequação das atividades segundo os critérios previstos nas diretrizes legais, apoiando-se em padrões técnico-operacionais reconhecidos, como forma legítima de cumprimento das melhores práticas em seu sistema.
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Sebrae
Um sistema de gestão inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos.
• Meta ambiental: requisito de desempenho detalhado, aplicável à organização ou à parte dela, resultante dos objetivos ambientais e que necessita ser estabelecido e atendido para que tais objetivos sejam atingidos;
• Desempenho ambiental: resultados mensuráveis da gestão de uma organização;
• Melhoria contínua: processo recorrente de aprimoramento do Sistema de Gestão, visando atingir melhorias no desempenho global de acordo com a política da organização;
• Parte interessada: indivíduo ou grupo interessado ou afetado pelo desempenho ambiental de uma organização;
• Auditoria interna: processo sistemático, independente e documentado para obter evidência e avaliá-la objetivamente para determinar a extensão, na qual os critérios de auditoria do SGA estabelecidos pela organização são atendidos;
• Não conformidade: não atendimento de um requisito;
• Ação preventiva: ação para eliminar a causa de uma potencial não conformidade;
• Ação corretiva: ação para eliminar a causa de uma não conformidade identificada.
8.2. Diagnóstico de avaliação ambiental inicial » Definição e objetivo
Diagnóstico com as descrições dos aspectos e impactos ambientais, gerados pelas atividades internas do Sebrae, objetivando a priorização das ações e o foco de atuação do SGA.
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SustentabilidadeNA GESTÃO
» Dica de execução
O ponto de partida é o levantamento dos dados com relação à estrutura física da edificação, bem como dados do seu entorno, implantação e infraestrutura básica disponível no local. Também devem ser considerados os requisitos legais e outros subscritos.
A primeira atividade da pessoa responsável é a realização de visita a todos os setores da empresa, para levantamento de dados:
• Processos realizados na edificação;
• Consumo e verificação de desperdício de água;
• Consumo e verificação de desperdício de energia;
• Consumo e verificação de desperdício de materiais;
• Geração de resíduos;
• Geração de efluentes;
• Emissões.
Após esse levantamento, deve ser elaborado o relatório com caracterização dos aspectos ambientais priorizados, tais como:
• Gerenciamento de resíduos comuns:
- Papel;
- Plástico, entre outros.
• Gerenciamento de resíduos perigosos:
- Pilhas;
- Lâmpadas;
- Cartuchos de tinta e toners;
- Resíduos eletrônicos;
- Agrotóxicos para o jardim;
- Produtos de limpeza, entre outros.
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Sebrae
• Gerenciamento do consumo energético;
• Gerenciamento dos usos da água;
• Entre outros.
Vide o anexo I para conhecer, detalhadamente, como elaborar o diagnóstico dos aspectos e impactos mais significativos do SGA.
8.3. Plano de melhoria de desempenho ambiental
» Definição e objetivo
Documento contendo a construção dos programas ambientais, embasada no diagnóstico de avaliação ambiental inicial, que citamos no capítulo anterior, com objetivos, metas, plano de ação, prazos e responsáveis.
» Dica de execução
A correta execução do SGA decorre do planejamento e da realização de programas de gestão, que devem estar expostos no plano de melhoria de desempenho ambiental. Os aspectos envolvidos neste escopo devem ser estudados, normalizados e gerenciados para alcançar os objetivos e as metas da organização, seu desempenho e sua responsabilidade ambiental. A imagem a seguir indica um caminho para a construção de um plano de melhoria de desempenho ambiental.
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SustentabilidadeNA GESTÃO
Definição dos programas ambientais
Defina os programas ambientais, embasados nos aspectos ambientais priorizados no Diagnóstico de Avaliação Ambiental Inicial, tais como:
- Programa de gerenciamento de resíduos comuns;
- Programa de gerenciamento de resíduos perigosos;
- Programa de gerenciamento do consumo energético;
- Programa de gerenciamento dos usos da água, entre outros.
Definição dos objetivos
Defina os objetivos de cada programa ambiental para minimização dos impactos socioambientais diagnosticados, como por exemplo:
- Aprimorar o gerenciamento dos resíduos comuns e perigosos;
- Minimizar o desperdício de água nas atividades de limpeza e irrigação;
- Redução do consumo de energia elétrica, entre outros.
Definição das metas
Realize uma pesquisa visando identificar índices de desempenho e indicadores que possam servir referência para definição das metas a serem estabelecidas.
Plano de ação
Liste as ações para alcançar os objetivos e metas estabelecidos, indicando a data de execução e o responsável.
» Principais ações ambientais do SGA
• Gerenciamento de resíduos
Os resíduos sólidos das atividades desenvolvidas na empresa são entendidos como um produto final do processo produtivo da empresa, portanto, o seu correto tratamento é fundamental para o funcionamento de seu sistema de gestão.
A segregação do resíduo define a eficiência do processo. Quanto mais os colaboradores se atentarem e adotarem o hábito para a destinação final separada de seus resíduos, maior será a
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Sebrae
eficiência do gerenciamento. Paralelamente, o acondicionamento desses resíduos é realizado em conformidade com os padrões de qualidade existentes e seu armazenamento é dotado de contenções contra vazamento e material resistente à corrosão.
A tabela 2 apresenta as ações para o tratamento dos resíduos comuns e perigos.
Tabela 2 – Resíduos comuns e perigosos
Objetivo: Aprimorar o gerenciamento dos resíduos comuns (papel, plástico e metal) e perigosos (lâmpadas, pilhas e baterias).
Meta 1: Coleta, segregação, armazenamento (interno) X% e destinação de X% dos resíduos comuns e perigosos para reciclagem.
No Ações Data Responsável
1Aprovação e formalização do procedimento padrão para o gerenciamento dos resíduos comuns e perigosos.
2Aquisição e instalação do coletor adequado ao armazenamento para destinação das lâmpadas fluorescentes usadas.
3Aquisição e instalação dos coletores adequados ao armazenamento para destinação das pilhas e baterias usadas.
4Contratação da empresa e da cooperativa para coleta dos resíduos.
5Monitoramento e avaliação por meio de indicadores.
Meta 2: Redução de x% do consumo de papel e utilização de x% de papel reciclado.
No Ações Data Responsável
1Aprovação e formalização do procedimento padrão para compra e uso de papel.
2Monitoramento e avaliação por meio de indicadores.
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SustentabilidadeNA GESTÃO
• Eficiência dos usos da água
A gestão da água tem um papel importante no gerenciamento dos aspectos ambientais; seus procedimentos englobam termos básicos de conservação da água relativos à redução do consumo e da quantidade de água extraída das fontes de suprimento, assim como à maximização da eficiência de uso, reciclagem e reutilização de água. A tabela 3 exemplifica as ações de eficiência do uso da água.
Tabela 3 - Eficiência do uso da água.
Objetivo: Aperfeiçoar os usos múltiplos da água
Meta 1: Minimizar o desperdício de água nas atividades de limpeza e irrigação.
No Ações Data Responsável
1Utilização de sistemas economizadores de água - equipamentos eficientes nas áreas molhadas.
2Aprovação e formalização do procedimento de limpeza e irrigação e jardinagem.
3Outorga para captação e uso da água proveniente de poço artesiano.
4Manutenção preventiva e corretiva dos sistemas hidráulico, sanitário e de combate a incêndio do edifício.
5Monitoramento e avaliação por meio de indicadores.
• Eficiência energética
O consumo de energia é fundamental para a realização das atividades empresariais, todavia merece ser otimizado com vistas ao seu desempenho ambiental e redução de custos. Para isso, é preciso conhecer a distribuição do consumo, em seus processos e maquinários. A tabela 4 exemplifica as ações de eficiência energética.
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Sebrae
Tabela 4 - Eficiência Energética.
Objetivo: Otimização energética
Meta 1: Redução do consumo de energia elétrica.
No Ações Data Responsável
1
Utilização de estratégias eficientes energeticamente:
» Iluminação e ventilação natural em parte da edificação;
» Luz e ventilação natural.
» Isolamento e inércia térmica.
» Sistema de ar-condicionado eficiente.
» Iluminação de tarefas
2Manutenção preventiva e corretiva do sistema elétrico do edifício.
3Monitoramento e avaliação por meio de indicadores.
• Comunicação e capacitação
Essas ações fomentam a eficiência da divulgação das informações relativas ao SGA, com vistas a contribuir para a difusão dos procedimentos e conscientização da força de trabalho, em que a sua prerrogativa baseia-se na capacitação de elementos-chave do sistema, de forma em que estes sejam difusores das ações e procedimentos a serem adotados pelos demais, segundo o conjunto de normas e os padrões internos da organização. A tabela 5 exemplifica as ações de comunicação e capacitação.
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SustentabilidadeNA GESTÃO
Tabela 5 - Comunicação e Capacitação.
Objetivo: : Divulgar as informações relativas ao SGA
Meta 1: Difusão das informações do SGA
No Ações Data Responsável
1 Plano de Comunicação do SGA.
2Organização de eventos e/ou estratégias de sensibilização em datas comemorativas relacionadas ao meio Ambiente.
Meta 2 : Educação e Capacitação Ambiental para XX% dos colaboradores
1Realização de Oficinas visando a sensibilização e a capacitação de colaboradores.
2
Sugestão de cursos “online” gratuitos que podem ser assistidos pelos colaboradores. Exemplo: cursos da FGV sobre sustentabilidade:
» Sustentabilidade no dia a dia: orientações para o cidadão – 12h.
» Sustentabilidade aplicada aos negócios: orientações para gestores – 10h.
• Controle de requisitos legais aplicáveis
Cabe à alta administração o interesse em manter e atualizar o seu SGA. Dessa forma, o reconhecimento das atualizações ocorridas nas diretrizes legais torna-se obrigação da organização.
Para manter sua conformidade legal, cada nova atualização, ocorrida nos requisitos legais aplicáveis aos aspectos ambientais definidos na Política Ambiental, é seguida e documentada, como forma de evidenciar o conhecimento legal, bem como seu procedimento atualizado. A tabela 6 exemplifica o controle dos requisitos legais aplicáveis.
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Sebrae
Tabela 6 - Controle do SGA e dos requisitos legais aplicáveis.
Objetivo: Controlar os requisitos legais aplicáveis
Meta 1: Manter e atualizar o Sistema de Gestão Ambiental
No Ações Data Responsável
1Organizar e sistematizar os documentos elaborados, aprovados e implementados.
2Sistematizar os dados medidos e atualizar os indicadores propostos.
3 Realização de Auditoria Ambiental.
8.4. Capacitação e sensibilização » Definição
Ações de treinamento e sensibilização do SGA, com identificação periódica da demanda, para que os colaboradores estejam conscientes sobre os requisitos do SGA e o desempenho ambiental da organização.
» Dica de execução
Todo o processo de capacitação dos colaboradores do Sebrae é gerido pela Universidade Corporativa. As necessidades de treinamento devem ser identificadas anualmente para o planejamento das atividades (palestra, oficinas e treinamentos). No caso especifico das ações do SGA e quando necessário e pertinente, essas ações podem ser estendidas a terceiros e comunidade, para que os mesmos estejam conscientes sobre:
• A Política Ambiental;
• Os impactos ambientais mais significativos das atividades do Sebrae;
• Os benefícios resultantes da melhoria do desempenho pessoal e organizacional;
• Programas, objetivos, metas, procedimentos, requisitos e indicadores do Sistema da Gestão Ambiental do Sebrae;
• Funções e responsabilidades relacionados aos requisitos do SGA.
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SustentabilidadeNA GESTÃO
» Trilha Sustentabilidade
• Definição e objetivo
A Universidade coorporativa (UCSebrae), em parceria com a UAF (Gestão do SGA), UAIT (Gestão de soluções de Sustentabilidade para as MPEs) e o Centro Sebrae de Sustentabilidade desenvolveram uma solução educacional online denominada Trilha Sustentabilidade.
Esta solução tem como objetivo o conhecimento dos aspectos conceituais legais e instrumentais com vistas à difusão de práticas ambientalmente corretas, socialmente justas e economicamente viáveis e está sendo oferecida aos colaboradores, possui três níveis de complexidade:
• Básico
Objetivo: conhecimento dos principais conceitos de sustentabilidade e seus vínculos ambientais, sociais e econômicos. Estabelecer uma base de informações que permita o reconhecimento de processos insustentáveis do ponto de vista de gestão de materiais, energia e recursos humanos. Entendimento do SGA do Sebrae e do que é a Política Nacional de Resíduos Sólidos e suas principais metas.
• Intermediário
Objetivo: interpretação da eficiência dos processos produtivos, otimização do uso de recursos naturais e ferramentas de gestão responsável, objetivando analisar a insustentabilidade e o seu desempenho no Sistema da Gestão.
• Avançado
Objetivo: avaliar a conformidade dos processos e identificar oportunidades para coibir a insustentabilidade e criar novas soluções.
» Dica de Execução
Incentivar a participação do colaborador, uma vez que a Trilha Sustentabilidade auxilia a focar o olhar na sustentabilidade empresarial e na caminhada rumo à aplicação prática dos seus conceitos.
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Sebrae
• Estruturação de capacitações e sensibilizações do SGA
Os registros de treinamento, qualificação e experiência são mantidos sob a responsabilidade da Universidade Corporativa.
Tabela 7 – Matriz de treinamento
Aspecto Ambiental e Gestão do
SGA
Público Alvo Treinamento Reciclagem
Resíduos comuns
Equipe de limpeza –
terceirizada.
» Instruções para o manuseio dos resíduos comuns;
» Não conformidades e oportunidades de melhoria.
Anual
Resíduos Perigosos
Manutenção
Cuidados e riscos quanto ao manuseio de resíduos sólidos perigosos.
Anual
Consumo de água, energia,
matérias-primas e
geração de resíduos e emissões
Colaboradores
Informações sobre a Política e o escopo do SGA, com seus programas, objetivos e metas.
Anual
Situações de emergência
ColaboradoresCombate a Incêndio.
Anual
Conforto Ambiental
ColaboradoresSaúde e segurança do trabalho. Anual
Requisitos do SGA
Comitê de Sustentabilidade
e Comitê Ambiental
Funções e responsabilidades relacionadas aos requisitos do Sistema de Gestão Ambiental.
Anual
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SustentabilidadeNA GESTÃO
8.5. Comunicação » Definição
Forma de comunicação interna para difusão dos aspectos relevantes do SGA e conscientização da força de trabalho.
» Dica de execução
A gestão do SGA deve comunicar aos colaboradores internos a política ambiental, suas responsabilidades, requisitos, procedimentos e resultados do SGA.
No Sebrae NA seus colaboradores utilizam diversos canais de comunicação interna para prestar e receber informações, e comunicar os aspectos relevantes do SGA, tais como: correios eletrônicos, reuniões de trabalho, intranet, jornal interno, painéis digitais, boletins internos, entre outros.
8.6. Requisitos legais e outros » Definição
Avaliação realizada pelo Departamento Jurídico, com representante no Comitê Ambiental, responsável pela identificação e acesso as obrigações legais e outros requisitos.
» Dica de execução
Inserir no Programa Ambiental de Requisitos Legais Aplicáveis a execução das seguintes ações para monitoramento e garantia da atualização dos requisitos:
• Atualizar e avaliar a conformidade do SGA de acordo com a legislação ambiental vigente anualmente. Onde se fizer necessário, devem ser estabelecidas ações corretivas ou preventivas cabíveis;
• Realizar auditoria ambiental interna e posteriormente externa;
• Manter os registros dos resultados das avaliações periódicas dos requisitos legais e outros.
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Sebrae
8.7. Não conformidade, ação corretiva e preventiva
» Definição
Procedimentos para identificar e tratar as não conformidades reais e potenciais, bem como executar ações corretivas e preventivas. Uma não conformidade é caracterizada quando alguma atividade apresentar resultado final ou parcial diferente do planejado, quando os resultados do monitoramento dos indicadores ambientais apresentarem valores não esperados, ou qualquer outra situação não desejada que possa afetar o desempenho ambiental da organização. Detectadas as não conformidades, é desejável que sejam realizadas as ações preventivas para eliminação das prováveis causas, evitando que elas causem algum impacto negativo ao meio ambiente.
» Dica de execução
Dever ser definidos procedimentos para:
• Investigar não conformidades, determinando suas causas e executar ações para evitar sua repetição;
• Registrar os resultados e analisar a eficácia das ações corretivas e preventivas executadas.
São várias as possibilidades de detecção de não conformidades:
• Constatações de problemas por qualquer pessoa de dentro ou de fora da organização;
• Reclamações;
• Vistorias, conclusões e recomendações de órgãos regulamentadores;
• Auditorias ambientais realizadas por seus próprios auditores ambientais ou por organismo de 3ª parte;
• Análises críticas do SGA;
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SustentabilidadeNA GESTÃO
• Monitoramento e medições de atividades significativas ao meio ambiente; e
• Avaliações do desempenho ambiental da organização.
Tendo em vista que a conformidade do SGA traz benefícios econômicos à organização e, ainda, entre seus clientes, na construção de boas relações, no fortalecimento da imagem e na participação no mercado, é essencial que haja a análise das práticas e procedimentos existentes visando ao seu aprimoramento.
8.8. Auditorias internas » Definição
Processo sistemático, independente e documentado para obter evidência e avaliar o SGA, com objetivo de:
• Avaliar se o SGA está em conformidade com as disposições planejadas para a gestão ambiental e efetivamente implementado.
• Fornecer informações sobre a implantação e manutenção do SGA.
» Dica de execução
As auditorias do SGA, inicialmente internas e posteriormente externas, devem ser realizadas anualmente, conduzidas por profissionais devidamente qualificados, que sejam independentes da função auditada, de modo a assegurar imparcialidade e objetividade de julgamento.
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Compras sustentáveis são aquelas que consideram critérios ambientais e sociais além dos fatores econômicos nas tomadas de decisões de compras. A busca pelo melhor valor deve resultar da combinação ótima de fatores como preço, prazo e qualidade adequados, associados à análise completa do ciclo de vida dos produtos.
Esse conceito vem ganhando força no movimento da sustentabilidade desde a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) em Joanesburgo, em 2002, destacando-se ainda mais durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+20, que aconteceu no Brasil em 2012. Na direção das compras sustentáveis, tanto o poder público quanto as empresas privadas, principalmente as de maior porte, têm papel fundamental. Esses atores desempenham uma função importante no estímulo à adoção de comportamentos mais saudáveis em termos sociais e ambientais e também na indução ao cumprimento de leis, ajudando a difundir as práticas de negócios sustentáveis junto às suas cadeias de suprimentos.
Reduzir Impactos à saúde humana, ao meio ambiente
e aos direitos humanos
Oferecendo o
maior número de benefícios para o ambiente e a
sociedade
Gerar gastos
extras significativosSEM
9. Compras Sustentáveis
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SustentabilidadeNA GESTÃO
» Objetivo das compras sustentáveis
Permitir o atendimento das necessidades específicas dos consumidores finais, por meio da compra do produto que oferece o maior número de benefícios para o ambiente e a sociedade. Também conhecida como “compras públicas sustentáveis”, “ecoaquisição”, “compras verdes”, “compra ambientalmente amigável” e “licitação positiva”.
Na prática, significa que as organizações começam a fazer exigência para seleção de seus fornecedores e a estabelecer critérios de especificações de produtos e serviços que estejam em linha com as novas demandas da sustentabilidade.
Um elemento importante nas compras sustentáveis é a possibilidade de induzir o mercado a produzir de forma mais eficiente e com preocupações sociais e ambientais. Governos ajustam o seu poder de compras a essa nova abordagem para atingir objetivos estratégicos, obtendo, com isso, ganhos econômicos, ambientais e sociais. E empresas usam esses argumentos para gerenciar os riscos do negócio e para se diferenciar e inovar.
» Compras sustentáveis significa o aumento de custos?
Primeiramente há um equívoco na percepção de que a preferência por produtos sustentáveis restrinja a competição ou o sejam necessariamente mais caros que os convencionais.
Na verdade, compras sustentáveis significa exercer uma nova compreensão do que é a “melhor compra”. Se nosso foco estiver em pagar o menor preço possível, sem a preocupação com os impactos ambientais, sociais e econômicos envolvidos nessa opção, o pensamento competitivo padrão das empresas tende a oferta de condições cada vez piores de proteção da saúde, danos ambientais e qualidade do produto.
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Por outro lado, se a demanda for centrada na qualidade e desempenho de produtos e serviços, levando-se em consideração as circunstâncias sociais e ambientais nas quais ele foi produzido, o cenário muda positivamente. A competição, então, se dará com base na sustentabilidade, incluindo, evidentemente, o fator preço.
Impacto
social positivo
Melhor valor R$
Competitividade garantida
Menor impacto ambiental
O desafio é chegar a interseção dos fatores: melhor valor (preço), incluindo impacto social positivo e menor impacto social sem prejudicar a competitividade
Naturalmente existem custos envolvidos nessas escolhas. No entanto, diferente do que é percebido pelo senso comum, esses custos já existiam, mas não eram contabilizados. Afinal, quem paga a descontaminação das águas, os tratamentos das doenças respiratórias causadas pela poluição do ar, a recuperação da infraestrutura abalada pelos descompassos climáticos e todas as outras consequências sociais e ambientais que bem conhecemos? O governo paga, logo, a sociedade também paga.
O novo entendimento, mesmo que o preço custe mais inicialmente, com a escolha de itens mais eficientes, traz maior economia a médio e longo prazo, além de garantir um menor impacto ambiental e social. A partir de uma análise mais ampla, a condição mais vantajosa para a instituição parte não mais da comparação estrita do preço de aquisição, mas de uma avaliação mais completa da economicidade do ciclo de vida daquele produto ou equipamento.
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Perspectiva do ciclo de vida: é preciso que todos os impactos e custos de um produto durante todo seu ciclo de vida (produção, distribuição, uso e disposição) sejam levados em conta quando se tomam decisões de compras. A oferta economicamente mais vantajosa deve ser determinada com base nos custos econômicos e ambientais totais causados pelo produto durante toda sua vida.Guia de Compras Públicas SustentáveisUso do poder de compra do governo para a promoçãodo desenvolvimento sustentável (1)
Nessa abordagem, levam-se em conta todos os custos envolvidos desde a aquisição até o descarte, com suas consequências ambientais. Assim, a opção por produtos sustentáveis conduz a ganhos financeiros, pois os custos totais associados a esses produtos são reduzidos em função da poupança de recursos economizados.
» Como trilhar o caminho das compras sustentáveis
Elencamos a seguir alguns destaques a serem observados para as práticas de compras sustentáveis:
a. Consciência na decisão de compra – avaliar a real necessidade dos produtos ou serviços a serem adquiridos, considerando seus impactos e alternativas ao consumo;
b. Prezar pelos princípios da não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e resíduos;
c. Preferência para bens, serviços e obras em linha com os atributos da sustentabilidade;
d. Atenção às condições de trabalho e ao atendimento à legislação trabalhista das empresas e serviços contratados;
e. Preferência por produtos e equipamentos de baixo impacto ambiental, que sejam duráveis, reparáveis e que possam ser aperfeiçoados. Sempre que possível, optar pelos reciclados e recicláveis;
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f. Racionalidade e sistemática nos processos de aquisição;
g. Buscar o equilíbrio dos fatores: melhor valor (preço), incluindo impacto social positivo e menor impacto social, sem prejudicar, a competitividade.
» A perspectiva do público interno
Na prática, uma compra sustentável se baseia na escolha e adoção de critérios de sustentabilidade para se realizar a aquisição. No entanto, esse processo começa bem antes, no momento da decisão da compra pelo consumidor interno.
É preciso facilitar o processo de compras sustentáveis, criando um ambiente no qual a atividade de consumo se torne menos impactante, sem a necessidade de adição de esforço ou custo considerável para os compradores. Assim, parte do sucesso dessa iniciativa depende do envolvimento dos consumidores internos, munindo-os de informações e sensibilizando-os para que façam escolhas mais conscientes.
Portanto os princípios das compras sustentáveis fazendo parte do dia a dia do consumidor ajuda a atividade do comprador.
» Consciência e responsabilidade
Existem algumas questões orientadoras que precisam ser internalizadas pelo demandante da compra na hora de escolher um produto ou serviço.
a. Essa compra é realmente necessária? Podemos evitá-la ou reduzi-la?
b. É possível mudar os hábitos desse consumo – reduzir, reutilizar, reciclar, ou alugar?
c. Que impactos ambientais são associados com a fabricação do produto?
d. Quais matérias-primas têm sido usadas para fazer o produto e sua embalagem?
e. Será que elas têm impactos ambientais na fase de uso?
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f. As normas trabalhistas foram cumpridas durante a extração de matérias-primas e do processo de fabricação?
g. Quais são os impactos relacionados ao transporte?
h. Como o item será eliminado quando atingir o fim da sua vida útil?
Exemplos de critérios ambientais e sociais
A título de exemplo, seguem alguns critérios ambientais e sociais.
Critérios ambientais
Eficiência energética, biodegradabilidade, reciclabilidade, matéria-prima de origem renovável, rastreabilidade, racionalização, ausência de componentes nocivos ao meio ambiente e à saúde humana, emissão de radiação, consumo de água e energia, geração de resíduos, emissões de gases de efeito estufa (GEE), segurança no transporte de cargas, disponibilidade de peças de reposição, peso e espaço, opção por embalagens menores, otimização de empacotamento, programa de devolução do produto, certificações ambientais como a ISO 14.001, aplicação de metodologias de ecoeficiência como a produção mais limpa, entre outros.
Critérios sociais
Respeito às leis trabalhistas, não utilização de mão de obra infantil ou análoga à escrava, diversidade étnica e de gênero, segurança no trabalho, direitos humanos, compras locais e de pequenas empresas, acessibilidade, comportamento ético, prática anticorrupção, transparência, relacionamento com a comunidade.
Certificações e selos verdes
Selos e certificações apoiam o processo de compras sustentáveis ajudando na tomada de decisão, pois indicam ou comprovam os critérios e especificações ambientais e sociais utilizados na produção de determinados produtos. Podem ser utilizados com referência nos critérios de seleção ou na especificação da compra. A lista desses instrumentos é longa, o Guia de compras
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públicas para a administração federal, publicado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), apresenta um apanhado bastante completo desses instrumentos, com definições e escopo.
Contudo, alguns pontos importantes precisam ser apontados para a melhor utilização desses instrumentos:
i. Atenção com os selos. É fundamental conhecer os selos e verificar a sua credibilidade. Em alguns casos são auto declarações, sem verificação por parte independente. Ou seja, os próprios produtores podem declarar-se como sustentáveis, anunciando eventualmente vantagens injustificadas sobre a concorrência.
ii. Algumas certificações não necessariamente atestam que os produtos são ecológicos, mas que a empresa está empenhada na busca de soluções adequadas para sua gestão ambiental.
iii. Importante destacar a posição do Tribunal de Contas da União quanto à impossibilidade de se exigir critérios nas licitações que frustrem a competitividade do certame. Assim, para se respeitar o princípio de isonomia e não discriminação com relação aos fornecedores, não se deve exigir deles que seus produtos possuam os selos, mas que cumpram com as especificações técnicas que esses selos representam ou que a autoridade pública deseja exigir no produto.
Os selos verdes (ou rotulagem ambiental, ecorrotulagem, rótulo ecológico) identificam produtos ou serviços que são menos agressivos ambientalmente, em comparação com seus similares.
Certificações atestam determinadas características de um produto ou de um processo produtivo.
Adaptado do Guia de Compras Públicas Sustentáveis para a Administração Federal (2)
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Sugestão de roteiro das compras sustentáveisA seguir resumimos um roteiro básico de etapas que um processo estruturado de compras sustentáveis pode seguir e que pode ser alinhado aos processos de compras já em curso na instituição. Não pretende ser exclusivo nem definitivo, mas uma inspiração para o fortalecimento da sustentabilidade nas práticas do Sebrae.
» Verificar se há a necessidade de aquisição dos bens ou serviços.
» Compreender os potenciais impactos e riscos ambientais e sociais.
» Considerar alternativas à compra (reutilização, reciclagem, aluguel dos bens/serviços).
» Realizar uma avaliação de risco para a organização com base nos impactos ambientais e sociais da aquisição.
» Pesquisar alternativas que possam oferecer redução de impactos ambientais e sociais.
» Definir os aspectos de sustentabilidade da aquisição.
» Plano para a inclusão de especificações de sustentabilidade na gestão de contratos e processo de comunicação.
Identificação das necessidades do negócio
Avaliação de risco
Busca de soluções alternativas
» Convidar os potenciais fornecedores para fornecer respostas.
» Determinar critérios de avaliação e comparação das especificações de sustentabilidade.
Avaliação de soluções alternativas
» Solicitar documentação para comprovar os atributos de sustentabilidade dos produtos/serviços prestados.
» Incluir relatórios para garantir que as especificações ambientais e sociais sejam entregues.
» Fornecer devolutiva aos participantes.
Adjudicação do contrato
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» Acompanhar o desempenho ambiental e social.
» Identificar aspectos de melhoria contínua.
Gerenciamento contínuo de contrato
» Determinar como os bens serão eliminados de forma ambientalmente adequada.
Descarte
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Aplicar o pensamento da sustentabilidade nas construções e nas reformas de edificação, bem como no planejamento de seus ambientes é mais uma forma de implementar a estratégia e o posicionamento do negócio. Não podemos esquecer do impacto que esse projeto poderá trazer para o entorno (meio ambiente, sociedade civil, comunidade e governo).
Os conceitos de desenvolvimento sustentável, naturalmente abrem um espaço privilegiado para uma nova ramificação na arquitetura, que prega uma interação do homem com o meio, utilizando os elementos e recursos naturais disponíveis, baseado nas soluções socialmente justas, economicamente viáveis e ecologicamente corretas.
Abaixo indicamos algumas diretrizes básicas para se pensar esse tipo de construção. E indicações de como pensar o uso/escolha dos materiais.
Três pontos fundamentais para se aplicar os conceitos: Reduzir, reutilizar e reciclar. Construções sustentáveis não necessariamente são mais caras. Se alguns aspectos forem, provavelmente a diferença não é tão alta e pode ser recuperado em pouco tempo de uso do espaço. Além disso, a sustentabilidade valoriza o negócio no presente e inspira as gerações futuras.
Algumas diretrizes a considerar para uma construção sustentável.
1. Pensar em longo prazo o planejamento da obra;
2. Utilizar estratégias bioclimáticas adequadas ao clima local;
3. Eficiência energética;
10. Instalação Sustentável
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4. Uso adequado da água e reaproveitamento;
5. Uso de técnicas passivas das condições e dos recursos naturais;
6. Uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas;
7. Gestão dos resíduos sólidos. Reciclar, reutilizar e reduzir;
8. Conforto e qualidade interna dos ambientes;
9. Permeabilidade do solo;
10. Integrar transporte de massa e ou alternativos ao contexto do projeto.
Uma construção sustentável prevê que os materiais usados:
1. Dêem preferência para os que venham de locais próximos;
2. Sejam sintéticos, naturais e ou transformados, devem ser produzidos para ser usados até o fim da vida útil. Adequados para a reciclagem, reuso e reutilização;
3. Sejam compostos de substâncias não tóxicas, não nocivas e benéficas na decomposição;
4. Tenham sido feitos sem agredir o meio e ou deturpar as ordens sócias e culturais e sejam economicamente vantajosos ao lugar e região no qual é produzido;
5. Sejam de ordens naturais, porém renováveis, etilizados e mantidos para o uso das sociedades que ainda estão por vir;
6. Criem condições para novos padrões sustentáveis de consumo e sejam eficientes;
7. Não poluam o meio no qual é utilizado;
8. Se bem usados, colaborem para o fim das devastações ambientais.
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Os produtos e equipamentos utilizados nesses tipos de edificação devem conter os mesmos conceitos dos materiais acima, sejam eles industrializados, artesanais ou manufaturados. Ou seja, devem:
1. Propiciar o reuso de suas partes;
2. Gerar sua própria energia sem produzir resíduos ou funcionar, por meio de alguma fonte de energia sustentável;
3. Aliar suas funções eficientemente com as condições naturais do lugar na qual é usado.
As informações citadas foram retiradas do site: http://ambiente.hsw.uol.com.br/construcoes-ecologicas.htm O qual recomendamos a leitura completa (rápida, fácil e prazerosa).
Além do resultado final da construção. O desenvolvimento é essencial
1. Escolha de fornecedores;
2. Qualidade e segurança para os trabalhadores da obra;
3. Atenção à legislação;
4. Oportunidades de reuso e cuidado com os descartes.
A sede do Sebrae Nacional em Brasília – referência nacional
A título de ilustração, usaremos como exemplo a sede do Sebrae Nacional em Brasília. A edificação possui ênfase na espacialidade interna para a integração dos usuários com as paisagens construídas e naturais. Além disso, prioriza a flexibilidade organizacional dos escritórios e preocupação com o bom desempenho ambiental.
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Maquete da sede do Sebrae Nacional. Fonte: Imagem apresentada no concurso pela Equipe de Álvaro Puntoni.
Orientação e formaAs superfícies da edificação expostas à maior insolação minimizam os ganhos solares diretos por meio de cores reflexivas, isolamento e/ou sombreamento. Também foram utilizados ambientes não habitados, como banheiros e depósitos, voltados para orientações desfavoráveis, funcionando dessa forma como barreiras térmicas.
Uso de pátio internoO grande protagonista da edificação é o pátio, pois todo o conjunto se desenvolve a partir dessa espacialidade interior, ver figura a seguir.
Maquete da Sede do Sebrae Nacional – com a vista do pátio interno. Fonte: Imagem apresentada nas pranchas do concurso pela Equipe de Álvaro Puntoni.
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O pátio interno possui piso elevado de concreto sem rejunte e com ralos. Este tipo de solução minimiza problemas com drenagem e manutenção, uma vez que são apenas encaixadas e podem ser removidas com facilidade. Além disso, gera um colchão de ar que reduz os ganhos térmicos do andar inferior.
Ventilação natural
A implantação do edifício no terreno permite que ele receba sempre ventilação sobre duas fachadas simultaneamente conforme a época do ano, em função dos ventos predominantes na região. O arranjo urbano do local favorece a incidência da ventilação externa, que poderá participar na remoção do calor consequente da insolação, facilitando o resfriamento das fachadas e amenizando, portanto, as condições térmicas internas, ver figura a seguir.
Corte indicando a passagem do vento pelos ambientes internos. Fonte: Imagem apresentada nas pranchas do concurso pela Equipe de Álvaro Puntoni.
Uso de vegetação
O projeto de paisagismo é o componente que faz a relação entre o ambiente construído e o natural. Prevê a utilização de vegetação alta e média que promove o sombreamento do solo, o que colabora para o controle das temperaturas dos pisos, amenizando assim o efeito térmico proporcionado pela da intensa radiação solar local.
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Paisagismo implantado.Fonte: Acervo projeto de Gestão Ambiental e Sustentabilidade
Aproveitamento da inércia térmica
A inércia térmica da cobertura verde do auditório auxilia no controle dos ganhos térmicos. A utilização da inércia, em locais que apresentam elevadas amplitudes térmicas, como é o caso de Brasília, auxilia no controle dos ganhos térmicos, alterando as amplitudes térmicas internas em relação à externa.
Imagem ilustrando a cobertura verde.Fonte: Imagem apresentada nas pranchas do concurso pela Equipe de Álvaro Puntoni.
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Isolamento térmicoFoi utilizado isolamento térmico na cobertura dos blocos principais, onde funcionam as unidades do Sebrae, ou seja, os locais de maior permanência. Devido à grande quantidade de radiação solar característica de Brasília, a aplicação do isolamento térmico é bastante recomendada, principalmente na cobertura.
Resfriamento evaporativoOs espelhos d’água do prédio exercem papel de amenizar os efeitos do calor e do tempo seco, tão característico de determinados períodos em Brasília.
Imagem ilustrando os espelhos d’água da edificação.Fonte: Acervo projeto de Gestão Ambiental e Sustentabilidade.
SombreamentoAs partes mais ensolaradas da sede são as mais protegidas, impondo o controle dos ganhos térmicos e luminosos. Os brises implantados são compostos por chapas metálicas perfuradas móveis, de cor clara e implantados de forma destacada dos vidros das fachadas permitindo a remoção do calor por convecção e minimizando o ofuscamento nos postos de trabalho.
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Imagem ilustrando os brises.Fonte: Imagem apresentada nas pranchas do concurso pela Equipe de Álvaro Puntoni.
Uso de reflexão
O uso de cores externas claras ocasiona a redução da temperatura das superfícies, que passa a ser mais baixa do que a temperatura do ambiente externo.
Iluminação natural
As amplas janelas protegidas da radiação solar direta permitem a entrada de luz difusa, minimizando a utilização da iluminação artificial sem prejuízo dos níveis de iluminação internos.
Ar-condicionado e ventilação forçada
Foi proposto um sistema de condicionamento de ar para verão, com controle de temperatura para conforto. Foram adotados condicionadores do tipo split-system convencional e do tipo multi-split, com múltiplas unidades internas alimentadas por uma unidade condensadora.
Automação e controle
O monitoramento, operação e o controle acontecem por meio de unidade independente de controle autônoma (UAC), onde são programados os controle de iluminação e condicionamento de ar.
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Iluminação artificial
Foram propostos sistemas de iluminação artificial com lâmpadas eficientes e luminárias pendentes rebaixadas controladas pelo sistema de automação.
Coleta seletiva e gestão de resíduos
Existe um local específico, no segundo subsolo, para a guarda temporária dos resíduos sólidos gerados na unidade.
Sistema de água fria
O sistema de água adotada é dividido em dois (assim como o sistema de esgotamento sanitário), sendo um potável e outro não potável para reaproveitamento futuro das águas pluviais e reuso dos esgotos de água cinza. Nos banheiros foram utilizadas torneiras com controle de vazão e sensores visando aperfeiçoar o consumo de água.
Considerações sobre a implantação
A construtora que executou a obra atende as normas do PBQPH - Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). Este programa possui um conjunto de ações desenvolvidas pelo Ministério das Cidades, através da Secretaria Nacional de Habitação, que tem como principal propósito, organizar o setor de construção civil em torno de duas questões principais, ligadas à melhoria da qualidade do habitat e à modernização produtiva, o que naturalmente favorece a redução do desperdício de materiais no canteiro de obra e consequente redução de impactos ambientais.
Além disso, o tipo de estrutura utilizada, estrutura metálica, por ser pré-fabricada, é montada no canteiro de obras, reduzindo a quantidade de resíduos gerados no local.
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Os indicadores aplicados ao tema da sustentabilidade devem estar diretamente relacionados a algum aspecto de desenvolvimento ambiental, social ou econômico. Em sua grande maioria proporcionam às organizações a mensuração da geração de valor, que necessariamente não precisam estar relacionados com o lucro propriamente dito.
De forma cartesiana, trata-se de uma informação quantitativa ou qualitativa, que representa o desempenho de um processo. O acompanhamento do consumo de energia, água, papel, resíduos sólidos ou secos, são alguns exemplos mais simples de mensuração, deve-se considerar para mensuração desses indicadores os critérios de suficiência, eficiência, equidade e qualidade de vida.
Os indicadores de sustentabilidade têm foco na medição da qualidade de vida e no bem estar para todos, na eficiência dos usos dos recursos naturais, traduzidos também em bem estar e no uso sustentável dos recursos.
Estabelecimento e monitoramento dos indicadores
O estabelecimento dos indicadores é uma das principais tarefas, pois neste momento deverão ser selecionados pontos críticos que impactam diretamente nos objetivos e resultados.
O indicador deve ser importante para o negócio em questão e integrado à estratégia da organização. A criação de um indicador inexpressivo gera ineficácia, retrabalho e não fornecem benefícios à tomada de decisões.
11. Indicadores de Sustentabilidade
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Para auxiliar na identificação e seleção dos indicadores seguem abaixo algumas questões que devem ser consideradas:
» Definição de objetivos – Você tem claramente definido os objetivos a serem atingidos e uma lista de todos os indicadores que poderão levar você até eles?
» Procedimentos – Você definiu procedimentos de trabalho relacionados à implantação do indicador escolhido?
» Viabilidade – fácil mensuração e monitoramento.
Após a elaboração dos indicadores e com o início das medições das informações que o compõem, passa-se a uma etapa vital de todo o processo que é o monitoramento dos indicadores.
Monitorar não é apenas alimentar os dados e gerar os resultados, é o exercício da análise crítica daqueles resultados, é o estabelecimento das tendências, é a proposição de ações para a correção dos desvios e aperfeiçoamento dos processos, é em geral a promoção de ações para a garantia da obtenção dos resultados propostos. Veja no anexo III os exemplos de como elaborar e monitorar os indicadores de sustentabilidade.
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A busca pela sustentabilidade é um caminho sem volta e o Sebrae está empenhado para contribuir e se destacar nesse movimento. Nesse sentido, a incorporação e a disseminação de forma integrada dos elementos da sustentabilidade (econômico, social e ambiental) às práticas gerenciais são inciativas estratégicas, que refletem uma compreensão do contexto planetário, dos anseios da sociedade e é respaldada por um arcabouço legal favorável.
Há uma série de motivações institucionais para o Sebrae apostar na direção da gestão sustentável. Existe uma tendência internacional, um contexto nacional e aspectos institucionais que nos impulsionam para esse caminho. Relembramos de uma forma sintética alguns argumentos que impulsionam o movimento:
I. O tema da sustentabilidade cresce em importância e é tendência no cenário nacional e internacional;
II. Empresas trilham esse caminho com argumentos pragmáticos: gerenciar e minimizar os riscos dos seus próprios negócios e aproveitar e desenvolver oportunidades de negócio;
III. Sustentabilidade está associada à competividade. Além de ser um fator determinante para a permanência no mercado, é uma alternativa para diferenciação e inovação;
IV. A sociedade vem aumentando a cobrança pela postura sustentável das empresas e organizações;
V. As exigências legais relacionadas ao tema tendem a se intensificar e a se tornar mais rigorosas;
12. Considerações finais
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VI. As grandes empresas, influenciadoras da cadeia de valor em que se encontram grande parte das empresas de pequeno porte, estão cada vez mais atentas a essa questão.
Além disso, o tema já está incorporado na estratégia da organização, explicitado em vários documentos formais. Para se obter sucesso nessa iniciativa, contudo, é fundamental a participação de todos. É necessário fortalecer a consciência do consumo, ajustar os processos de gestão interna aos atributos e princípios da sustentabilidade e, assim, contribuir com o fortalecimento do mercado sustentável.
O tema da sustentabilidade é atual, estimulante e as oportunidades nessa direção são imensas. Portanto não há mais justificativa para não aderir e nos aperfeiçoar nesse caminho.
Esse material é um passo inicial que o Sebrae institucionalmente dá, mas a expansão de sua aplicação e o aperfeiçoamento do seu conteúdo é desejado e esperado. Portanto, os colaboradores são bem vindos e estimulados a contribuírem com a melhoria contínua das práticas da nossa organização.
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ReferênciasASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. ABNT NBR ISO 14001:2004. Dispõe sobre os requisitos para o Sistema de Gestão Ambiental com orientações para uso. Disponível em: <www.abntcatalogo.com.br/>. Acesso em: 2 set. 2011a.
______. ABNT NBR ISO 14004:2004, dispõe sobre as Diretrizes Gerais sobre Princípios, Sistemas e Técnicas de apoio ao SGA. Disponível em:<www.abntcatalogo.com.br/>. Acesso em: 2 set. 2011.
AUSTRÁLIA. Australian Government, Department of Sustainability, environment and Water, Population and Communities. (Adaptado do Sustainable Procurement Guide).
BIDERMAN, R.; BETIOL, L., MACEDO, L.; MONZONI, M., MAZON, R. (orgs.) ICLEI. Guia de compras públicas sustentáveis. Uso do poder de compra do governo para a promoção do desenvolvimento sustentável. 2. Edição. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 – Política Nacional de Meio Ambiente. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/sitio/>. Acesso em: 31 ago. 2011a.
FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE – FNQ. Sistema de Indicadores.
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MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO – MP. SANTANNA DOS SANTOS, R.; FRACASSO FORESTI, L.; VIEIRA DOS SANTOS NETO, A. M. Guia de Compras Públicas Sustentáveis para a Administração Federal. Disponível em: <http://cpsustentaveis.planejamento.gov.br/wp-content/uploads/2010/06/Cartilha.pdf>.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE. Metodologia Sebrae para implementação de gestão ambiental em micro e pequenas empresas. Brasília: Sebrae, 2004. 113 p.
______. Manual do Curso de Gestão de Contratos. Sebrae Nacional. Universidade Corporativa Sebrae. Maio de 2012.
______. Sistema de Gestão Ambiental. Sebrae Nacional. Novembro de 2011.
VALLE, C. E. Qualidade ambiental: ISO 14001. Câmara Brasileira do Livro. São Paulo: Editora Senac, 2002.
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Avaliação do ciclo de vida (ACV): é uma ferramenta que ajuda a identificar todos os impactos ambientais que são causados por um produto (bens e serviços) ao longo da sua vida. Método de avaliação e quantificação dos impactos ambientais causados por um produto durante toda sua vida, desde os recursos naturais e matérias-primas utilizados até sua disposição final. (NBR ISO 14001: 2004).
Ação preventiva: ação para eliminar a causa de uma potencial não-conformidade (NBR ISO 14001: 2004).
Ação corretiva: ação para eliminar a causa de uma não-conformidade identifica (NBR ISO 14001: 2004).
Aspecto ambiental: elemento das atividades ou produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente (NBR ISO 14001: 2004).
Cadeia de suprimentos: abrange todas as atividades associadas ao fluxo e transformação de bens desde o estágio de matéria-prima (extração), passando para o usuário final, bem como os fluxos de informações associados.
Cadeia de valor: conjunto de atividades criadoras de valor, desde as fontes de matérias-primas básicas, passando por fornecedores de componentes, entrega ao consumidor final até a fase pós-consumo. O relacionamento e o engajamento da companhia com os seus diversos públicos também podem criar valor.
Ciclo de vida: a visão do ciclo de vida completa é conhecida como “do berço ao túmulo”, pois avalia o produto desde a primeira fase de produção ou extração da matéria-prima (berço) até o seu descarte final (túmulo). Em geral, os consumidores só se preocupam com o produto no ato da aquisição e não
Glossário
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consideram os custos sociais e ambientais antes e depois desse momento. A inclusão da sustentabilidade nessa variável modificou o conceito para “do berço ao berço”, já que nessa nova concepção o destino final do produto é a reutilização ou a reciclagem de todos ou de alguns de seus componentes, obtendo-se daí um novo produto.
Compras sustentáveis: ou licitação sustentável é uma solução para integrar considerações ambientais e sociais em todos os estágios do processo de compra e contratação com o objetivo de reduzir impactos à saúde humana, ao meio ambiente e aos direitos humanos. Permite o atendimento das necessidades específicas dos consumidores finais por meio da compra do produto que oferece o maior número de benefícios para o ambiente e a sociedade. Também conhecida como “compras públicas sustentáveis”, “ecoaquisição”, “compras verdes”, “compra ambientalmente amigável” e “licitação positiva”.
Consumismo: é o ato de consumir produtos de forma exagerada. Os consumistas adquirem produtos (roupas, produtos eletrônicos, joias, carros, imóveis) sem ter a necessidade desses.
Consumo: ato ou efeito de consumir, gasto, extração de mercadoria, aplicação das riquezas na satisfação das necessidades econômicas do ser humano.
Desenvolvimento sustentável: desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Fonte: http://www.wwf.org.br
Desempenho ambiental: Resultados mensuráveis da gestão de uma organização.
Ecoeficiência: a ecoeficiência é alcançada mediante o fornecimento de bens e serviços, a preços competitivos, que
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satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida, ao mesmo tempo em que se reduz progressivamente o impacto ambiental e o consumo de recursos, ao longo do ciclo de vida, a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada da Terra. Fonte: http://www.cebds.org.br (conceito elaborado pelo world business council for sustainable development – WBCSD, em 1992).
Economia de baixo carbono: é parte da estratégia operacional para uma economia verde e inclusiva, com a proposta de ser um modelo que reduza as emissões de gases do efeito estufa.
Economia verde e inclusiva: é aquela que resulta em melhoria do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica.
Governança corportiva: é o sistema que assegura aos sócios-proprietários o governo estratégico da empresa e a efetiva monitoração da diretoria executiva. A relação entre propriedade e gestão se dá por meio do conselho de administração, a auditoria independente e o conselho fiscal, instrumentos fundamentais para o exercício do controle. A boa governança corporativa garante equidade aos sócios, transparência e responsabilidade pelos resultados (accountability).
Impacto ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que, direta ou indiretamente, afetem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais. Fonte: http://www.mma.gov. br/port/conama/legiabre.cFm?codlegi=23
Meio ambiente: circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. Neste contexto, circunvizinhança estende-se do interior de uma organização para o sistema global.
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Melhoria contínua: Processo recorrente de aprimoramento do Sistema de Gestão, visando atingir melhorias no desempenho global de acordo com a Política da organização (NBR ISO 14001: 2004).
Meta ambiental: requisito de desempenho detalhado, aplicável à organização ou a parte dela, resultante dos objetivos ambientais e que necessita ser estabelecido e atendido para que tais objetivos sejam atingidos.
Não-conformidade: não atendimento de um requisito (NBR ISO 14001: 2004).
Pegada ecológica: é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. Expressada em hectares globais (gha), permite comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade ecológica do planeta.
Procedimento: forma específica de executar uma atividade ou um processo (NBR ISO 14001: 2004).
Produção mais limpa (P+L): aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada a processos, produtos e serviços, para aumentar a eficiência global e reduzir riscos para a saúde humana e o meio ambiente. A P+L pode ser aplicada a processos usados em qualquer indústria, a produtos em si e a vários serviços providos à sociedade. Fonte: United Nations Environmental Programme, http://www.unep.org
Relatório de sustentabilidade: focaliza os processos pelos quais a empresa mede, comunica e desenvolve seus valores, processos, objetivos e metas. O relatório é uma ferramenta para a promoção desses objetivos, na medida em que se torna uma referência como indicador da gestão empresarial com enfoque social e ambiental. Fonte: http://www.cebds.org.br
Stakeholders: (em português, público de relacionamento) é um termo usado para designar pessoas, empresas, instituições e comunidades que influenciam ou são influenciadas pelos resultados
78
Sebrae
de uma organização: acionistas, funcionários, fornecedores, credores, clientes, governo e sociedade, entre outros. Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br
Sustentabilidade empresarial ou corporativa: para o setor empresarial, o conceito de sustentabilidade promove inclusão social, reduz – ou otimiza – o uso de recursos naturais e o impacto sobre o meio ambiente, preservando a integridade do planeta para as futuras gerações, sem desprezar a rentabilidade econômico-financeira da empresa. Essa abordagem cria valor ao acionista e proporciona maior probabilidade de continuidade do negócio no longo prazo, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento sustentável de toda a sociedade neste planeta. Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br
Sustentabilidade: princípio segundo o qual o uso atual dos recursos naturais não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras.
Triple bottom line:conceito que resume o tripé da sustentabilidade, segundo o qual, para ser bem-sucedida no longo prazo, a empresa deve buscar equilíbrio e harmonia nos desempenhos econômico, social e ambiental. Fonte: http://www.ecodeSenvolvimento.org.br
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Regulamentações internas – SebraeNo âmbito do Sebrae a questão é tratada no artigo 5º do Estatuto Social.
» Art. 5º – O Sebrae tem por objetivo fomentar o desenvolvimento sustentável, a competitividade e o aperfeiçoamento técnico das microempresas e das empresas de pequeno porte industriais, comerciais, agrícolas e de serviços, notadamente nos campos da economia, administração, finanças e legislação; da facilitação do acesso ao crédito; da capitalização e fortalecimento do mercado secundário de títulos de capitalização daquelas empresas; da ciência, tecnologia e meio ambiente; da capacitação gerencial e da assistência social, em consonância com as políticas nacionais de desenvolvimento.
» Referências também aparecem na declaração de Missão, Valores e Objetivos, no Direcionamento estratégico, além da Política Ambiental citada. Outro exemplo de observância desse movimento é o Termo de Referência em Sustentabilidade, que orienta a disseminação de conceitos e práticas da sustentabilidade para as empresas de pequeno porte atendidas pelo Sebrae.
Há também um ambiente favorável na legislação brasileira para a implementação das compras sustentáveis no que tange a aspectos sociais e ambientais. Inclusive, já existe, hoje, todo um arcabouço legal que respalda e mesmo incentiva essas iniciativas, amparado pela Constituição Federal de 1988, e na legislação ambiental vigente.
80
Sebrae
Da Constituição Brasileira, a título de exemplo, destacamos os artigos 170 e 225, que valorizam e destacam a sustentabilidade.
» Segundo o art. 170: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:” Dos quais destacamos os princípios: “IV – livre concorrência; V – defesa do consumidor; VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII – redução das desigualdades regionais e sociais; VIII – busca do pleno emprego; IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País”.
» E o art. 225 diz: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Outros exemplos de leis favoráveis à sustentabilidade
Existe um conjunto grande de leis, decretos e normas que fazem referência à sustentabilidade. Elencamos algumas significativas a título de ilustração.
» Lei 9.795 – Política Nacional de Educação Ambiental, de 1999: Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental.
» Lei 10.295, de 2001: Trata da Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia e visa à alocação eficiente de recursos energéticos e a preservação do meio ambiente.
» Lei 123 – Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, de 2006: Estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive quanto à preferência nas aquisições
81
SustentabilidadeNA GESTÃO
de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão, democratizado o acesso às licitações públicas.
» Lei 12.187 – Política Nacional de Mudança do Clima, de 2009: estimula e apoia a manutenção e a promoção de padrões sustentáveis de produção e consumo. E prevê a adoção de critérios de preferência nas licitações e concorrências públicas considerando economia de energia, água e outros recursos naturais e redução da emissão de gases de efeito estufa e de resíduos.
» Lei 12.349, de 2010, sobre a Lei 8.666/1993: Acrescenta a promoção do desenvolvimento nacional sustentável aos objetivos da licitação pública.
» Lei 12.305 – Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010: Estabelece como objetivos a prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para produtos reciclados e recicláveis e para bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis. E institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos.
82
Anexo I
Aspectos e impactos ambientais mais significativos do SGA do SebraeOs aspectos ambientais trabalhados no SGA são geralmente propostos segundo o seu grau de impacto ambiental e de acordo com o interesse estratégico da organização. Os quais abrangem os aspectos de gerenciamento de resíduos perigosos e comuns, gerenciamento do consumo energético, bem como gestão do uso e reuso da água. Tais aspectos podem causar impactos ecológicos que podem influenciar:
» Meio Físico (F) (ar, solo, oceanos etc.), poluição da atmosfera, recuperação do solo, contaminação por derramamento de óleo etc.;
» Meio Biótico (B) (fauna/flora), extinção de espécies, contaminação de ecossistema, comprometimento da biodiversidade etc.;
» Meio Antrópico (A) (segurança e saúde, social, cultural, econômico e estético), lesões/ contaminações coletivas, epidemias, vandalismo, valorização da cidadania, criação/manutenção de pólos culturais, geração de emprego, desemprego/perda de renda, recuperação de paisagens etc.;
Os aspectos também foram avaliados quanto sua condição, como:
» Normal (N), quando o aspecto encontra-se em conformidade com as normas.
» Pode Melhorar (PM), quando aspecto pode sofrer melhorias em seus processos.
83
SustentabilidadeNA GESTÃO
» Ausente (A), quando o aspecto é inexistente e deve ser instituído.
A tabela 8 apresenta os aspectos ambientais e sua influência nos meios físico, biótico e antrópico, bem como a legislação aplicada.
Tabela 8 – Aspectos ambientais
Sebrae NA Aspectos Ambientais
NO AspectosMeio afetado
Condição Legislação AplicávelF B A
1Gerenciamento de Resíduos Comuns
x x x N PNRS
2Gerenciamento de Resíduos Perigosos
x x x PM PNRS
3Gerenciamento do Consumo Energético
x x PM PROCEL
4Gerenciamento dos Usos da Água
x x N PNRH
5Gestão do Reuso da Água
x A CONAMA
Os impactos ambientais avaliados no inicio do planejamento do SGA são classificados como positivos ou negativos, como também quanto ao grau de risco de cada impacto:
» Gravidade do Impacto (G), valor atribuído ao impacto em função da magnitude de sua influência no meio ambiente.
» Ocorrência do Impacto (O), valor atribuído ao impacto em função da sua probabilidade de ocorrência ou de sua frequência.
» Retenção do impacto (R), valor atribuído ao impacto devido a dificuldade de impedir seus efeitos.
Os impactos também foram avaliados quanto à parte interessada e legislação aplicável. A tabela 9 apresenta os aspectos ambientais e sua influência.
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85
SustentabilidadeNA GESTÃO
Como conclusão a tabela 10 apresenta o prognóstico, com um plano primeiro plano de ação, para minimização dos desperdícios e impactos ambientais negativos detectados, com objetivos e metas.
Tabela 10 - Exemplo de tabela com objetivos e metas
NO Objetivo Ação / Meta Responsável Data
1
Aprimorar o gerenciamento dos resíduos
comuns
Coleta, segregação e armazenamento (interno) de x% dos resíduos comuns.
Reciclagem de x% dos resíduos comuns segregados.
Implementação de reuso de x% de papel.
Utilização de x% de papel reciclado.
Educação e Capacitação Ambiental para os funcionários.
2
Implementar gerenciamento
de resíduos perigoso
Coleta, segregação e armazenamento (interno) de x% dos resíduos perigosos.
Tratamento de x% dos resíduos perigosos.
Eliminar o uso de pilhas para sensores da torneira.
Educação e Capacitação Ambiental para os funcionários.
3Otimizar o consumo
energético
Alcançar x% de suprimento energético a base de energia fotovoltaica.
Incrementar o uso de luz natural na garagem.
Controlar x% dos sistemas de automação de iluminação e ar condicionado.
Educação e Capacitação Ambiental para os funcionários.
4Aperfeiçoar os usos múltiplos
da água
Tratamento de x% dos efluentes domésticos gerados.
Substituição de % das descargas convencionais por caixas acopladas.
Coletar água da água da chuva.
Reduzir em x% consumo de água nas atividades de limpeza.
Monitorar o consumo de água advinda do poço artesiano.
Educação e Capacitação Ambiental para os funcionários.
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LEGENDA X Responsabilidade principal pela implementação do requisito. X Corresponsabilidade no atendimento do requisito. X Conhecimento.
Matriz de ResponsabilidadesAnualmente são identificadas e registradas as demandas na Matriz de Responsabilidades.
SGA.
Política Ambiental.
Requisitos legais e outros requisitos.
Aspectos e impactos ambientais.
Programas, Objetivos e Metas Ambientais.
Recursos, funções, responsabilidade e autoridades.
Competência, treinamento e conscientização.
Comunicação.
Documentação.
Controle operacional.
Preparação e Resposta à Emergência.
Monitoramento e Medição.
Avaliação do Atendimento a Requisitos Legais.
Não conformidade, ação corretiva e preventiva.
Controle de registros.
Auditorias internas.
Análise crítica pela alta administração.
Responsabilidade da Unidade
Requisitos do SGA
Anexo II
87
Anexo IIIMonitoramento por IndicadoresPara exemplificar o estabelecimento e monitoramento dos indicadores seguem abaixo os indicadores vinculados ao Sistema de Gestão Ambiental do Sebrae Nacional, que são monitorados mensalmente e analisados no âmbito do Comitê de Gestão Ambiental:
Nome do Indicador Índice de consumo de energia elétrica
Definição
É a medição do consumo médio de energia elétrica necessária para suprir a demanda das instalações prediais do Sebrae Nacional, durante o período de um ano, comparada à área das instalações prediais
Unidade de Medida Kwh/m2
Forma de CálculoRazão da média do consumo de energia elétrica pela área das instalações prediais do Sebrae Nacional
Fonte Unidade de Administração e Suprimentos
Polaridade Menor é melhor
Periodicidade Anual
Responsável
ValoresAno 1 Ano 2 Ano 3
88
Sebrae
Nome do Indicador Índice de consumo de água
Definição
É a medição do consumo médio de água necessária para suprir a demanda das instalações prediais do Sebrae Nacional, durante o período de um ano, comparada à área das instalações prediais
Unidade de Medida L/m2
Forma de CálculoRazão da média do consumo de água pela área das instalações prediais do Sebrae Nacional
Fonte Unidade de Administração e Suprimentos
Polaridade Menor é melhor
Periodicidade Anual
Responsável
ValoresAno 1 Ano 2 Ano 3
Nome do IndicadorGrau de conformidade do relatório de auditoria ambiental
DefiniçãoÉ a quantidade de elementos em conformidade no relatório de Auditoria Ambiental em relação ao número total de elementos.
Unidade de Medida Percentual
Forma de CálculoRazão entre a quantidade de elementos em conformidade no relatório de Auditoria ambiental pelo número total de elementos avaliados
Fonte Unidade de Administração e Suprimentos
Polaridade Maior é Melhor
Periodicidade Anual
Responsável
ValoresAno 1 Ano 2 Ano 3
89
SustentabilidadeNA GESTÃO
Nome do Indicador Índice de consumo de papel
DefiniçãoÉ a medição do consumo médio de papel necessário para suprir a demanda do Sebrae Nacional, durante o período de um ano
Unidade de Medida Tonelada/ano
Forma de CálculoRazão entre o consumo de papel pelo período de um ano
Fonte Unidade de Administração e Suprimentos
Polaridade Menor é Melhor
Periodicidade Anual
Responsável
ValoresAno 1 Ano 2 Ano 3
Nome do Indicador Taxa de coleta e destinação de resíduo comum
DefiniçãoÉ a medição da quantidade anual de resíduos comuns (metal, papel e plástico) coletados no Sebrae e destinados à cooperativa contratada.
Unidade de Medida Percentual
Forma de CálculoRazão entre o a quantidade anual de resíduos comuns coletados e a quantidade de resíduos comuns destinados à cooperativa no período de um ano
Fonte Unidade de Administração e Suprimentos
Polaridade Manutenção é Melhor
Periodicidade Anual
Responsável
ValoresAno 1 Ano 2 Ano 3
90
Sebrae
Nome do Indicador Taxa de coleta e destinação de resíduo perigoso
DefiniçãoÉ a medição da quantidade anual de resíduos perigosos (lâmpadas, pilhas e baterias) coletados no Sebrae e destinados às empresas contratadas.
Unidade de Medida Percentual
Forma de Cálculo
Razão entre o a quantidade anual de resíduos periódicos coletados e a quantidade de resíduos periódicos destinados às empresas contratadas no período de um ano
Fonte Unidade de Administração e Suprimentos
Polaridade Manutenção é Melhor
Periodicidade Anual
Responsável
ValoresAno 1 Ano 2 Ano 3
Nome do IndicadorTaxa de colaboradores participantes das oficinas de sustentabilidade
DefiniçãoÉ a medição da quantidade de colaboradores capacitados nas oficinas de sustentabilidade
Unidade de Medida Percentual
Forma de Cálculo
Razão entre o a quantidade de colaboradores capacitados nas oficinas de sustentabilidade em relação ao número total de colaboradores no período de um ano (cumulativo)
Fonte Unidade de Administração e Suprimentos
Polaridade Maior é Melhor
Periodicidade Anual
Responsável
ValoresAno 1 Ano 2 Ano 3
91
SustentabilidadeNA GESTÃO
Nome do IndicadorTaxa de prestadores de serviços terceirizados participantes das orientações de sustentabilidade
Definição
É a medição da quantidade de prestadores de serviços terceirizados orientados em sustentabilidade em relação ao número total de prestadores de serviços
Unidade de Medida Percentual
Forma de Cálculo
Razão entre o a quantidade de prestadores de serviços terceirizados participantes das orientações de sustentabilidade em relação ao número total de prestadores de serviços terceirizados (cumulativo)
Fonte Unidade de Administração e Suprimentos
Polaridade Maior é Melhor
Periodicidade Anual
Responsável
ValoresAno 1 Ano 2 Ano 3
Nome do Indicador Taxa de utilização de papel reciclado
DefiniçãoÉ a medição da quantidade anual de papel reciclado utilizado no Sebrae Nacional
Unidade de Medida Percentual
Forma de CálculoRazão entre o a quantidade de papel reciclado utilizado no Sebrae Nacional em relação a quantidade total de papel utilizado (reciclado e comum)
Fonte Unidade de Administração e Suprimentos
Polaridade Maior é Melhor
Periodicidade Anual
Responsável
ValoresAno 1 Ano 2 Ano 3