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Subproduto 7.1: Reviso Final de Contedos e Consolidao dos Ajustes Recomendados ao Projeto Urbanstico Especfico e do Plano de Urbanizao de ZEIS - Contedo TcnicoNL_PUE_A3_T031_R00Outubro de 2012
PROJETO NOVA LUZ SO PAULO, BRASIL
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3Subproduto 7.1: Reviso Final de Contedos e Consolidao dos Ajustes Recomendados ao Projeto Urbanstico Especfico e do Plano de Urbanizao de ZEIS - Contedo Tcnico
SUMRIO EXECUTIVO
INTRODUOEste documento apresenta o Projeto Urbanstico Especfico da Nova Luz, apresentando as solues para o espao pblico e definindo as regras de ocupao para o espao privado. Trata-se de um plano de uso e ocupao do solo que tem como principais objetivos:
Preservao e recuperao do patrimnio histrico;
Incremento da rea destinada para o uso residencial, propiciando o aumento da densidade demogrfica com objetivo de permitir que mais cidados possam usufruir das vantagens locacionais deste setor da cidade;
Consolidao da rea destinada a habitao de interesse social e mercado popular, indicada como ZEIS 3 no Plano Diretor Estratgico, com a produo de mais de 2.100 unidades habitacionais, garantindo a produo de habitao de interesse social na rea central da cidade;
Criao de uma rede de espaos pblicos capazes de recepcionar melhor os usurios da regio assim como moradores e trabalhadores.
As intervenes para o espao pblico so apresentadas com a indicao de alternativas de acabamentos para pavimentao, iluminao, paisagismo e mobilirio urbano. Para o espao privado so propostos parmetros de ocupao dos novos lotes que somados s normas da legislao urbana determinam a volumetria final proposta pelo projeto, sendo apresentada a aplicao destas regras.
Este produto tambm indica solues para a infraestrutura local pautadas na integrao dos diversos sistemas (saneamento, drenagem, energia, lixo), tirando partido das sinergias possveis.
RESUMO EXECUTIVO Escopo do Subproduto
Este produto consolida as proposies resultantes do processo de licenciamento, define os imveis a serem objeto de aplicao da concesso urbanstica, assim como apresenta as intervenes previstas, tanto para o espao pblico como para o espao privado. So identificados tambm os empreendimentos propostos, os parmetros urbansticos aplicveis, considerando a populao fixa e flutuante previstas, bem como recursos, etapas e prazos necessrios implementao da interveno.
Partindo da compreenso da dinmica de uso e ocupao atual da rea, o Projeto Urbanstico Especfico aponta as transformaes necessrias consecuo dos objetivos previstos pela legislao urbanstica aplicvel alm daqueles estabelecidos no Termo de Referncia, para a elaborao do Projeto Urbanstico Especfico e Estudos Complementares, explicitando a viso da rea transformada a partir da proposio de:
Instrumentos de preservao das reas protegidas pelos rgos de preservao do patrimnio histrico, indicando quais imveis devero ser objeto de restauro e quais as regras para articulao entre as novas reas edificadas e os bens tombados e aqueles protegidos pelos rgos de preservao;
Padres de ocupao, definindo a localizao e os percentuais de distribuio de usos residenciais e no residenciais para as novas edificaes e para aquelas com interveno prevista, discriminando as interferncias programadas e o parcelamento do solo resultante;
Indicao das edificaes a renovar por substituio e as edificaes existentes a serem reabilitadas, com a finalidade de propiciar a implantao do projeto e a obteno de incremento do nmero de moradias e de postos de trabalho;
Parmetros de ocupao dos lotes e de composio das edificaes, disposies estas que se materializam nas volumetrias que exemplificam as possibilidades de projeto;
Intervenes em passeios e espaos pblicos incluindo dimenses, materiais, mobilirio urbano, iluminao pblica, arborizao urbana, drenagem, redes de infraestrutura propiciando condies adequadas de acessibilidade a portadores de mobilidade reduzida;
Alteraes virias e qualificao prioritria em vias de acesso s redes de transporte pblico coletivo com definio de plano de mobilidade para a rea, hierarquizando a circulao e os acessos de veculos e pedestres;
Estratgias para implantao, no tempo, do conjunto de intervenes previstas, para as reas e imveis que sero objeto de interveno, bem como as adequaes necessrias s redes de infraestrutura, incluindo equipamentos e espaos pblicos.
Objeto de Anlise
O Projeto Urbanstico Especfico contm as solues urbansticas previstas tanto para o espao pblico como para o espao privado, assim como define as estratgias para sua viabilizao. As propostas apresentadas consideram os ajustes e complementaes recomendados na etapa de licenciamento, definindo as solues tcnicas, de materiais, de parmetros urbansticos e as reas
edificadas e no edificadas a serem objeto de Concesso Urbanstica.
Descrio
O documento est estruturado em trs sees:
1. Projeto Urbanstico Especfico;
2. Plano de Urbanizao de ZEIS;
3. Estudo de Viabilidade Econmica;
Primeira Seo
Na primeira seo, o primeiro captulo aponta para a necessidade de entendimento do futuro da Regio Metropolitana de So Paulo, identificando os principais desafios dos prximos quinze anos. A falta de rea para expanso urbana e o desequilbrio entre nmero de empregos e moradores so as grandes questes a serem equacionadas nas intervenes urbanas.
O segundo captulo apresenta o partido urbanstico adotado com indicao das diretrizes gerais de projeto relativas a: sustentabilidade, criao de ncoras e conexes, estrutura urbana e uso do solo. ncoras so os setores, espaos livres e edifcios especficos, como por exemplo, a Sala So Paulo, que tem poder de atrao para moradores e visitantes. Conexes so elementos que os interligam, como os passeios, avenidas e ruas. Tambm indicada a estratgia de desenvolvimento urbano, e as justificativas para a definio das reas para renovao e manuteno.
O terceiro captulo est dedicado descrio dos espaos pblicos e tambm explicita a estratgia de mobilidade que orienta as decises de projeto relativas nova hierarquia viria, com ampliao das caladas e criao de um conjunto de
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4Subproduto 7.1: Reviso Final de Contedos e Consolidao dos Ajustes Recomendados ao Projeto Urbanstico Especfico e do Plano de Urbanizao de ZEIS - Contedo Tcnico
entre elementos dos padres de pavimentao, iluminao, vegetao e mobilirio urbano. Para o espao privado, foram definidas regras que orientam a ocupao do lote combinando principalmente as possibilidades trazidas pela criao de uma volumetria alinhada divisa do lote.
Concluses
O projeto aqui apresentado contm as solues urbansticas tanto para o espao pblico como para o espao privado, elevando e valorizando a qualidade do ambiente urbano na regio e ampliando o uso habitacional da regio. Define tambm as intervenes a serem realizadas pela concesso urbanstica, as contrapartidas ao poder pblico, os empreendimentos propostos, bem como recursos, etapas e prazos para sua implementao. Esta interveno pretende ampliar o nmero de habitantes na regio mantendo a populao que nela vive atualmente, criando um bairro heterogneo do ponto de vista da composio social com a produo de habitao para diferentes segmentos de renda. Busca ainda diversificar os tipos de emprego, dando condies de permanncia queles que hoje trabalham e possibilitando a criao de novos postos de trabalho.
tipologias para os espaos pblicos. A ambientao do espao pblico feita atravs da combinao de pavimentao, iluminao, vegetao e mobilirio urbano. Para cada um destes elementos proposta uma paleta de alternativas de acabamentos possibilita combinaes diferenciadas de acordo com a situao urbana encontrada.
O quarto captulo aborda a soluo para infraestrutura local e equipamentos sociais pblicos. O conceito de infraestutura verde tambm introduzido com a apresentao de solues construtivas principalmente para os denominadas cisternas verdes.
O quinto captulo apresenta as regras de ocupao para o novo parcelamento resultante. Estas regras so explicitadas na forma de detalhamento das diferentes situaes dos princpios geradores do desenho urbano.
O sexto captulo apresenta as formas propostas para tratamento da relao entre os imveis existentes protegidos e os novos empreendimentos propostos.
O stimo captulo descreve a dinmica de transformao da rea com destaque para as questes scio-econmicas e habitacionais, como o incremento populacional previsto e sua distribuio ao longo do tempo.
O ltimo captulo descreve a estratgia de implementao, identificando o cronograma de implantao proposto e apontando algumas consideraes sobre as caractersticas das reas a serem transformadas.
Seo Dois
A seo dois trata do Plano de Urbanizao da ZEIS 3 C016 (S) e a caracterizao da rea compreendida pelo permetro definido no Plano Regional Estratgico da Subprefeitura S - PRE-S (Lei 13.885/2004).
O Plano de Urbanizao da ZEIS 3 C016 (S) PUZEIS parte integrante do Projeto Urbanstico Especfico e compreende uma superfcie aproximada de 10 hectares, distribuda entre as ruas Andradas e Triunfo e as avenidas Duque de Caxias e Ipiranga e entrecortadas pelas ruas General Osrio, dos Gusmes, Vitria, Aurora e Timbiras.
A identidade da rea orienta a relao entre os volumes existentes e os novos cujos empreendimentos habitacionais de interesse social (EHIS) propostos configuram as possveis ocupaes por quadra e os espaos livres previstos no interior das mesmas. O estudo desenvolvido na escala urbana leva em considerao a diversidade tipolgica das unidades habitacionais em funo do perfil e da renda familiar (dimenses aproximadas de 37, 42, 50 e 65 m) e da ocupao no residencial dos pavimentos trreos e primeiros pavimentos de alguns empreendimentos.
A estimativa da populao futura e a escassez da oferta de equipamentos pblicos na rea orientam a proposta de um conjunto de unidades nos setores de educao, assistncia social, sade, cultura, lazer, recreao e convivncia, localizadas nas quadras 62, 67, 68, 75 e 76 e dimensionadas com o apoio das secretarias responsveis no Municpio de So Paulo.
Seo Trs
A seo trs destina-se a apresentar a compatibilizao final dos estudos de viabilidade econmica, mercadolgica e de situao fundiria, de modo a eliminar eventuais contradies e imperfeies em relao ao Projeto Urbanstico Especfico, Plano de Urbanizao da ZEIS e Estudo de Impacto Ambiental.
Metodologia
As demandas identificadas nas reunies realizadas ao longo do desenvolvimento do projeto foram utilizadas na formulao do modelo urbano proposto. A anlise das sugestes e o avano na elaborao do projeto permitem identificar algumas questes relevantes:
A necessidade de integrar as solues de infraestrutura considerando ainda a adoo de medidas que proporcionem a economia do consumo de recursos.;
Aumento da densidade demogrfica superando os 400 hab/ha;
A necessidade de criao de mecanismos que propiciem a manuteno na rea das famlias com renda inferior a 3 salrios mnimos, e o acesso destas s novas habitaes de interesse social.
Estas questes, entre outras, foram abordadas pelos estudos realizados para embasar as discusses com os diferentes grupos, que, igualmente, orientaram os ajustes na proposta aqui apresentada.
Para a formulao do projeto dos espaos pblico e privado foram definidas regras para orientar a ambientao no primeiro caso e as formas de ocupao dos lotes no segundo. A ambientao do espao pblico se faz por meio da criao de tipologias urbansticas resultantes da combinao
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7. CARACTERSTICAS DA REA TRANSFORMADA 137CARACTERIZAO ECONMICA, SOCIAL E
HABITACIONAL DA REA A SER TRANSFORMADA ...........................................................................139
8. ESTRATGIA DE IMPLEMENTAO ..................................................147PLANO DE GERENCIAMENTO, ETAPAS E
CRONOGRAMA DE IMPLANTAO .......................................................................................................149
SEO 2 PLANO DE URBANIZAO DE ZEIS S-2
1. CARACTERIZAO DA REA 159DELIMITAO DO POLGONO DO PUZEIS...................................................................................................161
CARACTERIZAO DA POPULAO RESIDENTE...............................................................................162
2. PLANO DE URBANIZAO DE ZEIS 165IMVEIS OBJETO DE INTERVENO...........................................................................................................167
IDENTIFICAO DAS REAS DESTINADAS A EMPREENDIMENTOS HABITACIONAIS DE
INTERESSE SOCIAL........................................................................................................................................170
ESPAOS NO RESIDENCIAIS.......................................................................................................................184
PARMETROS URBANSTICOS ADOTADOS...............................................................................................185
IDENTIFICAO DA POPULAO MORADORA DA ZEIS 3 C016 (S) .................................................185
POSSVEIS SOLUES DE IMPLANTAO DE TIPOLOGIAS CONSTRUTIVAS..................................187
EQUIPAMENTOS PBLICOS..........................................................................................................................189
ETAPAS DE EXECUO E PRIORIDADE DE IMPLANTAO DOS EHIS...............................................197
3. REFERNCIAS 199
4. ANEXOS 203
SUMRIO GERAL
SEO 1 PROJETO URBANSTICO ESPECFICO S-1
1. NOVA LUZ : HOJE E FUTURO 11NOVA LUZ: HOJE .......................................................................................................................................13
NOVA LUZ: FUTURO ..................................................................................................................................15
2. PARTIDO URBANSTICO 19CONCEITUAO ........................................................................................................................................21
PLANO ILUSTRATIVO ............................................................................................................................... 22
ESTRATGIA DE SUSTENTABILIDADE ................................................................................................... 23
PARTIDO DE PROJETO ............................................................................................................................ 26
ESTRATGIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO ..................................................................................37
USO DO SOLO ............................................................................................................................................41
3. DIRETRIZES DO ESPAO PBLICO 47 MOBILIDADE ............................................................................................................................................. 49
ELEMENTOS DO ESPAO PBLICO ...................................................................................................... 55
TIPOLOGIAS DE ESPAOS PBLICOS .................................................................................................. 63
TIPOLOGIA DE ESPAOS LIVRES ............................................................................................................74
4. INFRAESTRUTURA E EQUIPAMENTOS PBLICOS 83INFRAESTRUTURA .................................................................................................................................. 85
EQUIPAMENTOS PBLICOS ................................................................................................................... 94
5. DESENVOLVIMENTO URBANO: RENOVAO 99ABORDAGEM ...........................................................................................................................................101
PARMETROS URBANSTICOS: LEGISLAO APLICVEL ...............................................................102
PARMETROS URBANSTICOS: DIRETRIZES PARA O ESPAO PRIVADO .....................................109
TABELA DE PARMETROS URBANSTICOS REFERENCIAIS DO MODELO VOLUMTRICO ..........124
QUADRO DE REAS DA CONCESSO URBANSTICA ........................................................................128
6. DESENVOLVIMENTO URBANO: PRESERVAO 129PRESERVAO DO PATRIMNIO HISTRICO E
RECONSTRUO DA MEMRIA URBANA ............................................................................................131
QUADRAS REFERENCIAIS .....................................................................................................................135
TIPOLOGIA DAS QUADRAS ....................................................................................................................136
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Subproduto 7.1: Reviso Final de Contedos e Consolidao dos Ajustes Recomendados ao Projeto Urbanstico Especfico e do Plano de Urbanizao de ZEIS - Contedo Tcnico
SEO 3 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONMICA S-3
INTRODUO 239
1. PANORAMA GERAL DAS CONDIES ECONMICO-FINANCEIRAS 243METODOLOGIA.................................................................................................................................................245
ESTIMATIVAS DOS VALORES DE IMVEIS A SEREM OFERECIDOS NA REGIO..............................247
2. REAS A ADQUIRIR 251CUSTOS DE AQUISIO..................................................................................................................................253
CUSTOS DE DEMOLIO E REMOO........................................................................................................254
3. INTERVENES A IMPLANTAR 257CUSTOS LIGADOS INFRAESTRUTURA E REAS VERDES.................................................................259
CUSTOS DE EQUIPAMENTOS PBLICOS...................................................................................................260
CUSTOS DE HABITAO SOCIAL..................................................................................................................261
CUSTOS DAS MEDIDAS MITIGADORAS E PROGRAMAS SOCIOAMBIENTAIS CONTIDAS NA
LICENA AMBIENTAL PRVIA........................................................................................................................263
4. ESTIMATIVAS DE RECEITAS 265ESTIMATIVA DO VALOR GERAL DE VENDAS (VGV).................................................................................267
ESTIMATIVA DOS CUSTOS DE CONSTRUO PARA EFEITO DE CLCULO DOS PREOS DOS
TERRENOS........................................................................................................................................................271
ESTIMATIVAS DOS CUSTOS DE INCORPORAO PARA EFEITO DE CLCULO DOS PREOS DOS
TERRENOS........................................................................................................................................................273
ESTIMATIVA DA RECEITA DE VENDA DE TERRENOS..............................................................................275
ESTIMATIVA DA RECEITA DECORRENTE DE IMPLANTAO DO PROJETO URBANSTICO...........278
ESTIMATIVA DA RECEITA DE VENDA DE IMVEIS NO RESIDENCIAIS
DO PROGRAMA RENOVA LUZ.......................................................................................................................282
5. DESPESAS GERAIS DE IMPLANTAO 283DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS...................................................................................................285
SEGUROS E GARANTIAS.................................................................................................................................286
TRIBUTOS FEDERAIS.......................................................................................................................................286
DESPESAS DE REGULARIZAO DE IMVEIS...........................................................................................287
IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO (IPTU)................................................................................287
6. CONDIES GERAIS PARA A IMPLANTAO DO PROJETO 289IMPLANTAO E VALOR DOS EMPREENDIMENTOS IMOBILIRIOS DO PUE E PU-ZEIS..................291
FLUXOS DE CAIXA DOS CENRIOS DE VALORIZAO IMOBILIRIA CONSIDERADOS...................295
FASEAMENTO DO PROJETO...........................................................................................................................304
CONSIDERAES FINAIS.................................................................................................................................305
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S-1
PROJETO URBANSTICO ESPECFICO
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Subproduto 7.1.1: PUE Nova Luz: Hoje e 2025 9
CONTEDO
6. DESENVOLVIMENTO URBANO: PRESERVAO 129PRESERVAO DO PATRIMNIO HISTRICO E
RECONSTRUO DA MEMRIA URBANA 131
QUADRAS REFERENCIAIS 135
TIPOLOGIA DAS QUADRAS 136
7. CARACTERSTICAS DA REA TRANSFORMADA 137CARACTERIZAO ECONMICA, SOCIAL E
HABITACIONAL DA REA A SER TRANSFORMADA 139
8. ESTRATGIA DE IMPLEMENTAO ..................................................147PLANO DE GERENCIAMENTO, ETAPAS E
CRONOGRAMA DE IMPLANTAO 149
SEO 1 PROJETO URBANSTICO ESPECFICO S-1
1. NOVA LUZ : HOJE E FUTURO 11NOVA LUZ: HOJE 13
NOVA LUZ: FUTURO 15
2. PARTIDO URBANSTICO 19CONCEITUAO 21
PLANO ILUSTRATIVO 22
ESTRATGIA DE SUSTENTABILIDADE 23
PARTIDO DE PROJETO 26
ESTRATGIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO 37
USO DO SOLO 41
3. DIRETRIZES DO ESPAO PBLICO 47 MOBILIDADE 49
ELEMENTOS DO ESPAO PBLICO 55
TIPOLOGIAS DE ESPAOS PBLICOS 63
TIPOLOGIA DE ESPAOS LIVRES 74
4. INFRAESTRUTURA E EQUIPAMENTOS PBLICOS 83INFRAESTRUTURA 85
EQUIPAMENTOS PBLICOS 94
5. DESENVOLVIMENTO URBANO: RENOVAO 99ABORDAGEM 101
PARMETROS URBANSTICOS: LEGISLAO APLICVEL 102
PARMETROS URBANSTICOS: DIRETRIZES PARA O ESPAO PRIVADO 109
TABELA DE PARMETROS URBANSTICOS REFERENCIAIS DO MODELO VOLUMTRICO 124
QUADRO DE REAS DA CONCESSO URBANSTICA 128
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1NOVA LUZ : HOJE E FUTURO
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Subproduto 7.1.1: PUE Nova Luz: Hoje e 2025 13
Projetos como o da Nova Luz so um exerccio de anteviso. Considerando o horizonte de implantao de 15 anos, de supor que, algumas das variveis que hoje pautam a organizao urbana possam sofrer alteraes ao longo do tempo.
Este captulo tem como objetivo apresentar os principais desafios existentes hoje na rea assim como aqueles imaginados para a metrpole nos prximos anos. So destacados aqueles vinculados com o padro de expanso urbana dispersa, onde a Nova Luz pode representar uma primeira iniciativa para a construo de uma nova forma de organizao espacial compacta e ambientalmente sustentvel.
DINMICAS SOCIOECONMICASA rea denominada Nova Luz constitui uma localizao desafiadora Testemunha de diferentes perodos do desenvolvimento da cidade de So Paulo, sua estruturao urbana determinada por sete dinmicas concomitantes, a saber:
1 A dinmica socioeconmica associada s reas de entorno de estaes ferrovirias com grande circulao de pessoas e profuso de hotis Esta dinmica, presente no entorno das estaes ferrovirias da Luz e Jlio Prestes, ainda reforada pela chegada da estao rodoviria nos anos 1970 Este conjunto de equipamentos, que atraiu um pblico flutuante associado a estas atividades, tambm contribuiu ao processo de desvalorizao imobiliria da regio;
2 A dinmica econmica associada ao surgimento de um ncleo relacionado produo cinematogrfica acabou atraindo empresas especializadas na comercializao de equipamentos de som e vdeo, consolidando um aglomerado comercial e de servios especializados Nos anos 70, este comrcio ganhou nova feio, passando a comercializar tambm eletrnicos;
3 A dinmica instituda pelos investimentos feitos no complexo da Estao da Luz, com a integrao da estao da CPTM e do Metr, concentrando o maior investimento em transporte pblico paulistano, aumentando a acessibilidade do local e atraindo um pblico diverso proveniente dos diferentes setores da cidade;
4 A dinmica instituda pelos investimentos feitos no complexo cultural da Luz, com a criao de museus e teatros, atraindo um pblico variado para esta parte da rea central;
NOVA LUZ: HOJE1 5 A particular dinmica econmica criada por dois ncleos de comrcio do tipo de economias de aglomerao, localizados nas ruas Santa Ifignia e General Osrio, que fomentou um processo de valorizao pontual daqueles espaos destinados para o uso comercial e desestimulou a presena do uso residencial;
6 A dinmica imobiliria associada manuteno de grandes pores urbanas de baixa utilizao com quantidade expressiva de reas de estacionamentos Este tipo de servio, na verdade, acaba tambm por se beneficiar desta localizao, viabilizando sua expanso sobre os outros usos H tambm uma transformao de reas residenciais em depsitos, imveis protegidos pelos rgos de preservao em estacionamentos, demolio de edificaes para implementao de novos estacionamentos, expulsando a populao moradora e subaproveitando um setor da cidade com amplas vantagens locacionais para o uso residencial;
7 A dinmica imobiliria estabelecida pela legislao urbanstica de incentivo produo habitacional na rea central, associada s determinaes do Plano Diretor Estratgico e do Plano Regional Estratgico da Subprefeitura S, que definiram um permetro de ZEIS 3, consolida a possibilidade de produo de habitao de interesse social na rea central associado a um projeto de transformao urbana por meio da aplicao da Concesso Urbanstica, e fazendo uso dos incentivos existentes para o uso residencial e para a restaurao dos imveis tombados propiciados pela Operao Urbana Centro
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Subproduto 7.1.1: PUE Nova Luz: Hoje e 2025 14
Neste contexto importante destacar que a exausto de espao adequado para expanso urbana nesta ltima dcada, associada a um constante processo de congestionamento, provocado pela necessidade de longos deslocamentos dirios, aponta para a necessidade de utilizao de setores urbanos de baixa ocupao com capacidade de receber o futuro acrscimo populacional vegetativo Esta diretriz reforada pelas novas polticas de mitigao e adaptao s mudanas climticas, que se orientam segundo o paradigma da cidade compacta, com aumento das densidades demogrficas, intensificao do uso do solo e reduo dos deslocamentos dirios, aproximando a populao do seu local de trabalho
A experincia internacional mostra que estas situaes somente so revertidas quando orientadas por um projeto urbano com capacidade de recriar a localizao e quando lideradas por parcerias pblico-privadas num perodo especfico de tempo Vrios exemplos podem ser citados: Docklands em Londres, Kop Van Zuid em Rotterdam, Puerto Madero em Buenos Aires Todas estas experincias tm em comum a propriedade pblica da terra, representando uma vantagem no processo de mobilizao de recursos As experincias onde a terra no pblica requerem a utilizao de mecanismos que permitam a participao dos proprietrios ou de parceiros privados para viabilizar a transformao da rea, como por exemplo o instrumento de Concesso Urbanstica, proposto no Plano Diretor Estratgico de So Paulo
NOVA LUZ: HOJE
NOVA LUZ COMO NOVA FRENTE DE DESENVOLVIMENTO URBANO
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Subproduto 7.1.1: PUE Nova Luz: Hoje e 2025 15
EXPANSODAMANCHAURBANAPERODO2001-2008 PROJEODEEXPANSODAMANCHAURBANA2030
NOVA LUZ: FUTURO
De acordo com Marengo, Nobre et al (2010), na publicao Vulnerabilidade das Mega-cidades Brasileiras s Mudanas Climticas: Regio Metropolitana de So Paulo, projees indicam que, caso seja seguido o padro histrico de expanso urbana, a superfcie da Regio Metropolitana de So Paulo (RMSP) em 2030 ser o dobro da atual, avanando sobre reas que hoje contribuem de forma determinante para a qualidade ambiental da regio As figuras abaixo mostram esta realidade, indicando em amarelo as reas a serem ocupadas at 2030, consolidando os fragmentos de ocupao perifrica O comprometimento do
SO PAULO FUTURO saneamento ambiental da metrpole ser inevitvel, exigindo investimentos vultosos para viabilizar a produo de gua
Caso o padro de uso e ocupao do solo da RMSP se perpetue da mesma forma como vem acontecendo nas ltimas dcadas - com esvaziamento populacional em reas dotadas de infraestrutura e concentrao do crescimento populacional nas reas perifricas - a mancha urbana contnua se expandir conforme figura abaixo
Desta forma, iniciativas no sentido de impedir a expanso indefinida da mancha urbana incentivando o uso do territrio dotado de infraestrutura torna-se fundamental na perspectiva da economia de recursos e otimizao da produtividade urbana
Fonte: Anlise de Andrea Young/INPE in Nobre ET al, 2010, Vulnerabilidade das Megacidades Brasileiras s Mudanas Climticas:Regio Metropolitana de So Paulo
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Subproduto 7.1.1: PUE Nova Luz: Hoje e 2025 16
GF S
Santa Isabel
Aruj
Mogi dasCruzes
Itaquaquecetuba
Guarulhos
So Loureno da Serra
Cotia
So Paulo
So Bernardo do Campo
Itapecerica da Serra
Embu-Guau
Embu
Tabooda Serra
Itapevi
Santana de Parnaba
Piraprado BomJesus
Jandira Carapicuba
Barueri
Osasco
Cajamar
Ferraz de Vasconcelos
Mau
Franco da Rocha
Suzano
Po
SoCaetanodo Sul
Santo Andr
Ribeiro Pires
Rio Grandeda Serra
Francisco Morato
Diadema
Mairipor
Caieiras
30
5
10
15
20
25
FERN
AO
DIA
S
DUTR
A
CASTELO BRANCO
IMIG
RAN
TES
RAPO SO TAVAR
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REGIS BITTEN
COURT
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IETA
FE
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NTES
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BI TTE
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CASTELO BRANCO
RAPOSO TAVARES
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D
OANEL O
ESTE
RODO
ANEL
OEST
E
DUTRA
DUTRA
RODO
ANEL SUL
RO
DOANEL SUL
RODOANEL SUL
300.000 310.000 320.000 330.000 340.000 350.000 360.000
7.37
0.00
07.
380.
000
7.39
0.00
07.
400.
000
7.41
0.00
07.
420.
000
0 2 4 6 8
Km
Projeo UTM Datum SAD-69
PROJETO NOVA LUZ
(JN
Cidade de So Paulo e Entorno
Data: Folha: 01/0118 / 04 / 2011Fontes: - MDC, Mapa digital da Cidade, 2004 (adaptado)- INPE, satlite-TERRA-MODIS1, Imagem Orbital de 13/06/2010 - Composio R2G4B3
Jardim Paulista Liberdade
Barra Funda
Bela Vista
Belm
Bom Retiro
Brs
Cambuci
Casa Verde
Consolao
Ipiranga
Moema
Moca
Pari
Perdizes
Pinheiros
Repblica
Santa Ceclia
Santana
S
Vila Guilherme
Vila Mariana
1:250.000
PROJETO NOVA LUZ
Municpiode So Paulo
Poligono da Nova Luz
Municpios
Subprefeituras
Raios de Distncia 5-5 Km
Principais Rodovias
Uso Interno
NOVA LUZ E A REGIO METROPOLITANA
Polgono da Nova Luz
Raios de Distncia 5 Km
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Subproduto 7.1.1: PUE Nova Luz: Hoje e 2025 17
LOCALIZAODOSFUTUROSPARQUES-FONTE:SVMA
TRAADO DO RODOANEL
Analisando as polticas pblicas presentes na RMSP, podemos verificar algumas iniciativas no sentido de uma urbanizao adequada ao paradigma da cidade compacta A atual poltica de implantao de parques pblicos adotada pela Prefeitura de So Paulo, combinada com o traado do Rodoanel, pode funcionar como uma barreira fsica para a expanso da mancha
Trasporte coletivoCarro
CAPACIDADE DE MOBILIDADE NA PMSP Fonte: O DNA DA MOBILIDADE NAS CIDADES - Fabio Casiroli / Urban age
AS POLTICAS PBLICAS E O FUTURO DA METRPOLE
RELAO EMPREGO/HABITANTES: POTENCIAL FUTURO (2025) FONTE: PITU 2025
O Plano Integrado de Transporte Urbano (PITU) 2025, com estudos para a RMSP baseados em modelo integrado de uso do solo e transporte, destaca o desequilbrio existente na distribuio de empregos na cidade Verifica-se a existncia de reas onde sobram e onde faltam empregos Considerando que no perodo 20052025 a populao evoluir de 19,1 para 23,0 milhes de habitantes e sero gerados cerca de 2,1
NOVA LUZ: FUTURO
urbana, limitando o consumo de recursos naturais e a expanso de infraestrutura Neste contexto, as estratgias para abrigar o acrscimo demogrfico metropolitano devero estar focadas na procura de alternativas locacionais para o adensamento residencial nas reas interiores ao Rodoanel norteando as polticas urbanas dos prximos anos
milhes de novos empregos, de fundamental importncia planejar a localizao de moradias e postos de trabalho Os mesmos estudos apontam para um melhor desempenho da aglomerao urbana quando pensada uma aproximao da populao ao emprego, com reduo de 5% a 9% na extenso e de 26% a 34% no tempo total das viagens
Rodoanel Norte
Rodoanel Sul (implantado)
Rodoanel Leste
Principais Rodovias
Rodoanel Oeste (implantado)
Parques implantados - Estado
Futuros parques em planejamento
Parques implantados - Prefeitura
Futuros parques em desapropriao
EMPREGO/HABITANTES
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Subproduto 7.1.1: PUE Nova Luz: Hoje e 2025 18
O uso e ocupao do solo urbano deve tambm espelhar a transio para um novo modelo de desenvolvimento, com adoo de padres eficientes de consumo do solo urbano que permitam reduzir as necessidades de deslocamentos motorizados e com densidades passveis de alocar a totalidade da populao nas reas dotadas de infraestrutura Vrios autores como David Rudlin, Richard Rogers e Mike Jenks, entre os britnicos, tm escrito artigos e livros sobre os benefcios da cidade compacta Porm o mais amplo suporte vem da sua utilizao como poltica por vrios governos europeus Na Inglaterra, a poltica nacional recomenda que, a partir de 2008, 60% das novas edificaes sejam produzidas em reas de loteamentos existentes ou a partir da reabilitao de edificaes antigas Os argumentos favorveis a esta poltica esto pautados nos seguintes fatores:
Diminuio do nmero de viagens motorizadas;
Facilitao das viagens a p ou de bicicleta;
Uso eficiente do solo urbano;
Diminuio da emisso dos gases de efeito estufa;
Acesso equitativo infraestrututra urbana;
Diminuio do avano da mancha urbana sobre as reas prestadoras de servios ambientais;
Aumento das densidades demogrficas otimizando investimentos em infraestrutura
Por outro lado, analisando a questo do ponto de vista do aumento da produtividade urbana, h necessidade de reduzir as deseconomias causadas pelos congestionamentos Segundo dados de 2008 da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, o trnsito da Regio Metropolitana de So Paulo gera um custo de R$ 4,1 bilhes por ano, o que significa aproximadamente 5% do PIB
estadual A constatao tem como base estudos da Fundao Instituto de Administrao da Universidade de So Paulo (FIA/USP), do Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA), e da Federal Highway Administration (FHWA), que convertem em dinheiro o tempo gasto pelas pessoas nos seus deslocamentos (R$ 3,6 bilhes/ano), alm do prejuzo causado pela poluio atmosfrica (R$ 112 milhes/ano) e com os acidentes de trnsito (R$ 312 milhes/ano) Iniciativas para reverter este processo esto focadas em duas linhas: a primeira, na criao de restries ao uso do transporte individual, com a cobrana de taxas pautadas no conceito poluidor/pagador (embora esta restrio ainda no seja aplicada no Brasil) e a segunda, na intensificao do uso do solo nas reas centrais da cidade
As novas Operaes Urbanas Consorciadas localizadas ao longo dos trilhos do trem constituem uma importante frente de expanso urbana O Projeto Urbanstico Especfico para a Nova Luz deve ser encarado como uma tentativa de consolidar um novo padro de expanso urbana Tendo como preceitos bsicos a melhor utilizao de um setor da cidade com amplas vantagens locacionais associadas infraestrutura de transporte, define-se como diretriz inicial o aumento da densidade
demogrfica a partir da especificao de um patamar mnimo de 350 hab/ha
Hoje a regio apresenta aproximadamente 2 empregos por habitante e concentra uma populao residente com densidade demogrfica bruta equivalente a 220 hab/ha O projeto a ser apresentado pretende duplicar o nmero de habitantes, propiciando que os atuais moradores permaneam na regio e permitindo a entrada de novos moradores, criando uma regio com perfis socioeconmicos variados a partir da produo de habitao para diferentes segmentos de renda Este aumento de densidades pode representar uma diminuio da necessidade de deslocamentos dirios aproximando a populao do seu local de trabalho Pretende-se tambm diversificar os empregos, criando espao para alocar diferentes atividades no residenciais permitindo a instalao de empresas de porte variado com a atrao de aproximadamente 20 mil novos postos de trabalho Neste sentido, importante que a anlise do projeto seja contextualizada no mbito do novo cenrio de mudanas climticas, sendo este compreendido como um fator propulsor para a reduo gradual do uso do carro, para a aproximao do local de moradia ao emprego e para favorecer a insero social
A CIDADE COMPACTA
INVENTRIODOSGASESDOEFEITOESTUFA/SOPAULO2005
FONTE:SVMA
76%Uso direto de energia 11,986 Gg CO2eq
23%Disposio de
resduos slidos 3.696 Gg CO2eq
1%Setor
agropecurio
88%Uso direto de combustveis fsseis 10.562 Gg CO2eq
12%Consumo de
energia eltrica 1.334 Gg CO2eq
A Lei n 14933 de 05 de junho de 2009, ao estabelecer a poltica municipal de mudana do clima, ratifica esta viso Com meta de reduo de 30% das emisses de gases de efeito estufa, aponta uma srie de diretrizes embasadas no inventrio destes gases Este estudo aponta que, 88% dos gases produzidos pelo uso direto de energia, so resultantes da queima de gasolina e diesel, conforme figuras abaixo Isto significa que qualquer iniciativa que pretenda reduzir a emisso destes gases deve passar pela
NOVA LUZ: FUTURO
reduo no uso direto de combustveis fsseis, e neste sentido, a poltica de mudanas climticas aponta para uma necessidade de alterao do padro de deslocamento na cidade de So Paulo, recomendando a aproximao da populao do seu local de trabalho e indicando estratgias de estmulo ao uso de meios de transporte com menor potencial poluidor, programas e incentivos para carona solidria e transporte compartilhado, assim como estmulo ao uso da bicicleta e deslocamentos a p
USO DIRETO DE ENERGIA
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2PARTIDO URBANSTICO
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2Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 21
A interveno proposta pretende resgatar a regio do Projeto Nova Luz como ncleo residencial da rea central da cidade de So Paulo. A incorporao de novos usos, o aumento da populao residente, a ampliao e dinamizao dos usos existentes e a adoo de conceitos urbanos sustentveis serviro de suporte para a requalificao desta rea da cidade.
A metodologia de planejamento para o Projeto Nova Luz est baseada nos seguintes objetivos:
Criao de uma interveno inclusiva com oportunidades para todos os grupos socio-econmicos;
Mistura de usos residenciais, comerciais, de servios, culturais e de lazer;
Ligao com bairros adjacentes para criar um setor urbano de uso misto;
Promoo de padres de desenvolvimento sustentvel;
Atrao de uma ampla gama de faixas etrias e estilos de vida na regio central da cidade;
Facilitao das viagens a p ou de bicicleta;
Uso eficiente do solo urbano;
Resgate do patrimnio histrico;
Aumento das reas verdes.
METODOLOGIAHouve uma ampla anlise e pesquisa para determinar as principais restries e oportunidades encontradas na rea, levando em conta estudos urbanos j realizados.
D-se especial nfase ao carter arquitetnico, distribuio do uso do solo, s reas livres e pblicas e avaliao das principais rotas de circulao (pedestres e veculos).
Por meio dessa abordagem analtica, a estrutura de planejamento prope uma soluo que , a um s tempo, desafiadora e dinmica, capaz de proporcionar mudanas profundas para a regio do Projeto Nova Luz.
CONCEITUAOA regio do Projeto Nova Luz uma rea com aproximadamente 50 hectares, localizada no corao da cidade de So Paulo, caracterizada pela presena de muitos exemplares histricos. O patrimnio histrico materializado na Estao da Luz, na Estao Jlio Prestes e no conjunto de edifcios tombados, alm da vitalidade das reas adjacentes (Repblica, Bom Retiro e S), moldaram o tecido urbano e social desta regio ao longo dos anos e continuam a representar papis cruciais na evoluo e na transformao da rea.
Entretanto, influncias adversas como o padro perifrico de expanso urbana e o declnio do uso residencial no centro criaram um legado de complexos problemas sociais e econmicos que vem contribuindo para agravar a percepo negativa da regio por parte da populao de So Paulo.
No obstante, a rea tem elevado potencial de requalificao devido a sua localizao estratgica e dotao de infraestrutura. O Projeto Nova Luz poder representar um importante precedente urbanstico para o Pas.
Este captulo explicita o partido urbanstico desenvolvido para o projeto, sintetizando os conceitos adotados para a formulao dos espaos pblicos e tambm para os espaos privados.
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 22
PLANO ILUSTRATIVO
Vista area ilustrativa do permetro denominado Nova Luz.
Novo sistema de reas verdes que se relacionam com a rea construda e entorno em diferentes escalas.
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 23
A estratgia de sustentabilidade para a Nova Luz foi desenvolvida em resposta s necessidades e requisitos da sociedade e do Poder Pblico. As principais questes ambientais consideradas so: intensidade do trfego de veculos, qualidade do ar, resduos slidos, oferta de reas verdes e equipamentos sociais pblicos. O conjunto de intervenes urbanas estabelecido para a Nova Luz tem por objetivo lidar com esses problemas e atingir um conjunto de metas que consolidam a estratgia de sustentabilidade.
POLTICAS PBLICASAbaixo apontamos as principais polticas pblicas que referenciam esta proposta.
Mudanas Climticas
Em 2005, a Cidade de So Paulo reconheceu formalmente a mudana climtica como o mais grave problema econmico, social e ambiental que o mundo enfrenta e deu incio ao planejamento de medidas para orientar o enfrentamento da mudana climtica global no nvel local. A Poltica Municipal de Mudanas Climticas em So Paulo (Lei n14.933) foi aprovada em 2009 e traz objetivos e estratgias especficos com relao a:
Reduzir as emisses de carbono;
Intensificar o uso do solo nas reas dotadas de infraestrutura;
Melhorar o transporte pblico;
Incentivar a eficincia energtica;
Usar energia renovvel e prticas sustentveis de projeto e construo;
Preservar reas verdes;
Promover a cultura da sustentabilidade entre os cidados.
A estratgia de sustentabilidade para a Nova Luz uma resposta direta aos objetivos e estratgias dessa Poltica. O projeto representa uma oportunidade singular de indicar ferramentas e tcnicas para a realizao das grandes ambies desta poltica e contribuir para a consolio do Plano Nacional Brasileiro para Mudanas Climticas de 2008.
Agenda 2012
A Agenda 2012, formulada pelo Municpio de So Paulo, tambm foi considerada como referncia de projeto. Essa iniciativa inter-secretarial estabelece uma viso para So Paulo ao longo dos seguintes eixos: uma Cidade de Direitos, uma Cidade Sustentvel, uma Cidade Criativa, Uma Cidade de Oportunidades, uma Cidade Eficiente e uma Cidade Inclusiva. O projeto da Nova Luz consolida parte destas estratgias que sero explicitadas a seguir:
Gesto da mobilidade;
Fomento ao uso da bicicleta;
Aumento das reas verdes;
Aumento das reas residenciais, propiciando a proximidade das mesmas aos locais de trabalho.
Processos de Certificao e Etiquetagem Ambiental
O Brasil deu incio ao sistema Procel-Edifica, que exige para todos os edifcios, a partir de 2012, a sua classificao em termos de eficincia energtica.
O projeto Nova Luz recomenda que todos os edifcios da Nova Luz atinjam a categoria B do Procel-Edifica. Dado o volume de construo programado para a Nova Luz, haver excelentes oportunidades para concretizar economias significativas de energia por meio de edifcios (tanto residenciais quanto comerciais) de alto desempenho energtico.
Resultados obtidos
Grandes redues das emisses de carbono foram obtidas pela municipalidade por meio da captura do gs metano em dois dos seus principais aterros sanitrios para converso em energia. Ainda so necessrias outras estratgias para incentivar os moradores a caminhar e usar bicicletas ou o transporte pblico ao invs de automveis particulares, a fim de reduzir realmente as emisses em toda a cidade, melhorar a qualidade do ar e tornar os bairros centrais mais atraentes como ambientes residenciais e de trabalho. A Nova Luz aborda estas questes, principalmente atravs de suas estratgias de mobilidade e reas pblicas.
O plano geral incorpora as boas prticas de projeto e planejamento do espao pblico e privado.
ESTRATGIA DE SUSTENTABILIDADE
ABORDAGEM METODOLOGIA
A estratgia de sustentabilidade fundamental na orientao do projeto, equilibrando medidas econmicas, sociais e ambientais e abrange sete categorias: energia nos edifcios, transporte, gua, sade ambiental e social, edifcios verdes, resduos slidos e construo. As metas, os alvos e os objetivos de sustentabilidade encontram-se resumidos na tabela a seguir, estando as estratgias a eles associadas detalhadas na medida do necessrio no restante do documento.
Muitas dessas metas recomendadas provavelmente sero implementadas gradualmente medida em que amadurea o mercado brasileiro para edifcios verdes, iluminao eficiente, tecnologias de energia renovvel, etc. Estas estratgias devero ser atualizadas com o passar do tempo, de acordo com novas leis e regras ou alteraes das leis e regras vigentes (como cdigos de construo, metas de reduo de
gases do efeito estufa ou metas de desempenho energtico dos edifcios).
As estratgias de sustentabilidade consolidam princpios de projeto, como a melhoria do espao pblico, criao de praas, largos e infraestrutura para a disseminao do uso da ciclovia. Cada empreendimento a ser produzido na rea da Nova Luz, no mbito da Concesso Urbanstica, ter obrigao de apresentar atestao ou certificao, tais como Procel Edifica, Aqua, Selo Casa Azul, dentre outras, fornecidas por instituies nacionais idneas e reconhecidas no meio tcnico, de aumento de eficincia do projeto do edifcio, no mnimo, dos seguintes sistemas: recursos hdricos e energticos, materiais e processos construtivos. Esta estratgia de sustentabilidade possibilitar que o projeto atenda s metas estabelecidas na lei de mudanas climticas.
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 24
SUSTENTABILIDADE: SETORES, METAS, OBJETIVOS E DIRETRIZES
SETOR METAS OBJETIVOS DIRETRIZES
Energia nos Edifcios
Melhora da eficincia energtica dos edifcios, reduo das emisses de carbono decorrentes do uso de combustveis fsseis e maximizao da oportunidade de uso de fontes de energia renovvel na regio.
Reduzir o uso geral de energia em relao s atuais exigncias, exigir classificao B Procel-Edifica e fornecer parte da demanda energtica da regio por meio de energia renovvel gerada no local.
Reduzir a demanda energtica de edifcios novos e significativamente reformados na regio para ajudar a atingir a classificao B do Procel-Edificia;
Sugerir adoo de sistemas energeticamente eficientes de aquecimento, ventilao e condicionamento de ar (HVAC) para ajudar a atingir a classificao B Procel-Edifica.
Fornecer parte das necessidades energticas dos edifcios por meio de gerao local;
Reduzir as demandas energticas de espaos pblicos;
Reduzir a exausto de oznio atmosfrico.
TransportesReduo do uso de automveis para viagens dirias, especialmente com um s ocupante, reduzindo, assim, as emisses de carbono e os impactos sobre a qualidade do ar.
Aumentar as participaes do transporte pblico, da circulao de bicicletas e de pedestres, com progressiva reduo da participao do automvel na distribuio modal de viagens dirias.
Facilitar a locomoo a p atravs da melhoria das caladas;
Facilitar a locomoo interna por bicicleta na Nova Luz; Reduzir o uso de veculos movidos a combustveis fsseis;
Reduzir o uso de caminhes pesados em toda a rea.
guaReduo do uso de gua (especialmente potvel). Melhora da gesto de gua de chuva e gua usada e eliminao de alagamentos localizados.
Reduzir o uso interno de gua potvel e gerenciar localmente at 100% das guas pluviais durante precipitaes normais.
Reduzir o uso de gua potvel;
Aumentar o uso de guas pluviais para usos no-potveis.
Reduzir desperdcios de gua e ineficincias do sistema;
Reduzir o volume de guas pluviais (preveno contra alagamentos) e melhorar sua qualidade.
Sade Social e Ambiental
Consolidao da Nova Luz como uma regio que sirva como exemplo para o resto da cidade por seus elevados nveis de qualidade ambiental, urbanstica, paisagstica refletidos na qualidade de vida local.
Aumentar a cobertura verde na regio e ampliar o senso de comunidade, garantindo que todas as residncias e empresas estejam a 5-10 minutos de caminhada de servios e instalaes pblicas (parques, reas livres, escolas, espaos cvicos, unidades de sade, etc).
Ampliar as reas livres pblicas, mantendo um padro de referncia de 1 m2 por morador;
Melhorar a qualidade do ar e reduzir os efeitos das ilhas de calor sobre a sade pblica;
Aumentar a biodiversidade e o nmero de espcies existentes no distrito;
Distribuir equitativamente instalaes pblicas e servios da mais alta qualidade;
Facilitar a locomoo dos pedestres nos deslocamentos internos;
Fornecer um mix adequado e flexvel de tipos de moradia para acomodar uma gama de faixas etrias, de renda e composies familiares.
Instalar obras de arte pblicas no bairro;
Promover a interao e integrao (planejada e espontnea) da comunidade;
Promover ligaes no-motorizadas com instalaes culturais e recreativas internas e prximas;
Melhorar a sade da comunidade em todas as faixas etrias.
Aumentar a segurana.
Prdios e Materiais Verdes
Estabelecimento de elevado padro de desempenho ambiental para os prdios (de baixo impacto e de baixa manuteno).
Implantar edifcios que busquem atender s mais elevadas exigncias dos requisitos de materiais e qualidade dos processos de certificao como AQUA ou LEED.
Melhorar a qualidade do ar no interior dos edifcios;
Reduzir as emisses de carbono associadas produo e ao transporte de materiais;
Conservar os recursos naturais.
Exigir separao e armazenagem para reciclagem em todos os edifcios novos e significativamente reformados;
Melhorar o ciclo de vida dos edifcios.
Resduos Slidos
Integrao de sistemas bem concebidos de armazenagem, separao, coleta e reciclagem de todos os resduos no-perigosos, mantendo limpo o espao pblico.
Eliminar o lixo em todas as reas pblicas (ruas, parques, praas, etc.), reduzir o envio do lixo gerado a aterros, ampliar a reciclagem (papel, vidro, alumnio e plstico) e a compostagem (resduos alimentares e verdes).
Reduzir o encaminhamento de lixo alimentar e orgnico a aterros;
Minimizar o lanamento de lixo nas ruas.
Desenvolver sistemas especiais de disposio e coleta de resduos slidos para resduos de grande porte, perigosos e eletrnicos.
ConstruoMinimizao do impacto da demolio e construo de edifcios e reas pblicas sobre o ambiente natural e humano.
Reduzir o envio a aterros dos resduos de construo, por meio de reuso e reciclagem.
Minimizar o encaminhamento de resduos de construo para aterros. Minimizar os resduos e a poluio do ar nos canteiros de obras.
As metas, os objetivos e as diretrizes constituem indicadores para orientar os rgos de certificao ambiental.
ESTRATGIA DE SUSTENTABILIDADE
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 25
VISO: RUA DE BAIRRO
PLANTA
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 26
Para estabelecer e alcanar um projeto urbano estruturado e coerente, alguns princpios foram estabelecidos de forma a incorporar no desenho solues relacionadas s potencialidades e oportunidades na rea.
Os princpios abaixo so a base das ideias desenvolvidas no projeto urbano com relao conectividade, espaos abertos e definio do programa de usos para cada edificao.
Valorizar a Malha Urbana
A malha urbana na forma de quadrcula uma das principais caractersticas do bairro que deve ser preservada. Os bulevares que circundam e cortam a rea proporcionam acessibilidade e conectividade com o entorno. Prope-se um mini-anel virio que garanta acessibilidade ao interior da rea da Nova Luz sem comprometer a qualidade urbana em seu interior (ver Captulo 3 - Mobilidade). Essa estratgia permite que a rede remanescente possibilite formas mais sustentveis de locomoo, como caminhadas, ciclismo e transporte pblico.
Definir Portais
Reconhecer e acentuar os pontos de entrada para a Nova Luz. Os pontos fundamentais de acesso so destacados atravs da criao de referncias urbanas que funcionam como portais. Estes so definidos em pontos estratgicos para reforar a transio para entrada na Nova Luz. Em algumas reas, o projeto vai melhorar e fortalecer essas passagens urbanas, enfatizando edifcios e valorizando os espaos pblicos.
Conectividade
Promover conexes francas com o entorno, melhorando a acessibilidade e deslocamentos entre os setores, fomentando caminhadas nas reas comerciais e de lazer.
Rede de espaos livres
Criar um sistema de espaos pblicos de diferentes escalas associados aos existentes, criando uma ampla gama de funes e atividades para incentivar o uso das reas pblicas e os investimentos na regio.
Prope-se uma rede de novas praas, espaos livres de uso pblico, ptios, jardins de chuva, jardins elevados e ruas arborizadas com o objetivo de proporcionar um ambiente de qualidade que juntamente aos novos empreendimentos criam um senso de lugar e identidade. Esses espaos e rotas reforam o padro da malha urbana.
Acessibilidade s Conexes da Cidade
Potencializar acessibilidade aos principais pontos de conexo da cidade, proporcionada pelo sistema de transporte pblico local.
Definio de Setores e ncoras
O projeto est estruturado atravs da definio de quatro setores com usos mistos e do estabelecimento de ncoras urbanas. Para ajudar a construo de senso de vizinhana, escala, orientao e legibilidade, estas ncoras esto estrategicamente localizadas e so capazes de atrair pblico para atividades de lazer, culturais e comerciais. So inseridas no projeto para reforar as ligaes entre os bairros e destinos, destacando visuais e aumentando a identidade do lugar.
PRINCPIOS NORTEADORES
VALORIZAR A MALHA URBANA DEFINIR PORTAIS
ESTABELECER NCORAS URBANASCONECTAR S OUTRAS REGIES DA CIDADE
FORTALECER AS CONEXES REDE DE ESPAOS LIVRES
PARTIDO DE PROJETO
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 27
Um claro entendimento dos aspectos climticos locais assegura que o projeto potencialize aspectos de conforto ambiental no desenvolvimento dos espaos pblicos. Um ambiente agradvel que propicie caminhadas e melhore as condies de ilhas de calor viabilizado atravs da interpretao do microclima local.
A largura estreita de muitas ruas favorece o sombreamento natural, indicando aquelas adequadas para o uso do pedestre.
A estratgia de microclima foi utilizada como premissa fundamental para orientar as decises de projeto, permitindo que a Nova Luz seja uma regio reconhecida como sustentvel e com baixo consumo energtico.
Princpios de Desenho Proporcionar o sombreamento de ruas por meio de elementos que funcionam como filtros, como rvores e toldos;
Recomenda-se adoo de elementos como brise-soleil, arcadas, sacadas e toldos para facilitar o sombreamento nas fachadas com maior incidncia de luz solar possibilitando sombreamento de fachadas a fim de minimizar o uso de energia para resfriamento de edifcios;
Arborizao deve estar concentrada nas fachadas noroeste e nordeste, principalmente nas avenidas mais largas;
A implantao dos edifcios deve propiciar a instalao de painis de energia solar na cobertura;
Considerar o uso de coberturas verdes como artifcio para melhorar o conforto ambiental da edificao;
PARTIDO DE PROJETO
Dimensionar ptios para fornecer sombreamento natural durante os horrios mais quentes do dia;
As fachadas maiores dos edifcios mais altos devem ser orientadas para permitir melhor gesto da incidncia solar.
ESTRATGIA DE MICROCLIMA
ESTRATGIA DE MICRO CLIMA
Ventos predominantes
Deslocamento solar
Proteger da incidncia solar
Aproveitar a incidncia solar
Rotas de pedestres sombreadas
Vias sombreadas ao longo do mini anel
Espaos Livres
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 28
O Projeto Urbanstico Especfico est estruturado a partir da criao de um sistema de ncoras e conexes, criando diferentes tipologias urbansticas com variao de escala, privacidade e ambientao. As ncoras propiciam a criao de uma hierarquia de espaos pblicos que permitem receber diferentes tipos de usos, atraindo usurios variados. As conexes privilegiam a interligao entre as principais ncoras atravs da criao de bulevares e ruas. A combinao entre ncoras e conexes permite a criao de um grande nmero de possibilidades para a recriao do espao pblico.
NCORAS E CONEXES
NCORAS E CONEXES
PARTIDO DE PROJETO
ncoras
So criadas quatro ncoras:
Dois setores residenciais;
Centro de Entretenimento (Quadra 19);
Plo de comrcio e servios.
As ncoras criadas complementam as existentes tais como Sala So Paulo, Parque da Luz, Praa da Repblica, Largo do Arouche, Praa Princesa Isabel e Largo Paissand.
Conexes
As conexes so os elementos que interligam as ncoras. Ser criada uma rede hierarquizada de conexes, sendo a Rua Vitria a principal conexo. A Avenida Rio Branco a principal conexo com outras regies da cidade.
Espao livre existente
Equipamento cultural existente
Conexo com outras regies da cidade
Conexo de pedestre
Conexo exclusiva de pedestre
Cultura e entretenimento
CONEXES
NCORAS
Corredores comerciais
rea residencial
Plo de comrcio e servios
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 29
ESPAOS LIVRESA principal diretriz para o projeto dos espaos livres a criao de um ambiente agradvel para o pedestre, que responda ao clima e ao contexto local por meio de uma sequncia bem instalada e cuidadosa de espaos livres. Esta rede estruturada em funo da criao de ncoras e conexes apresentando reas para novas praas, e espaos livres de uso pblico. Hoje a rea apresenta menos de 0,5 ha de reas livres, representando cerca de 0,3 m2 por residente. Especial ateno tem sido dada para ampliar esta proporo, distribuindo a rede de espaos livres por toda a rea.
Uma hierarquia de espaos livres que variam em escala e funo, agem como ncoras e conexes no local, funcionando como pontos de destino com diversos tipos de atividades distribudos pela malha urbana. Estes espaos so distribudos ao longo da regio, e se dividem em duas categorias (local e de bairro) com base em sua escala e no grau de atividade potencial que elas podem gerar.
Conforme mostrado no diagrama, algumas ncoras propostas so inteiramente novas para o local, enquanto outras so construdas aproveitando os espaos existentes. Como exemplo, a quadra de entretenimento representa uma ncora criada pela interveno proposta para a quadra, enquanto o cruzamento da Av. Rio Branco com a Rua Vitria assume relevncia a partir da ampliao de caladas propostas e integrao com a Rua Vitria que passa a assumir nova posio como eixo de circulao para pedestres. Todas as conexes so construdas aproveitando a rede de ruas existentes.
Princpios para os Espaos Livres Promoo de conexes francas com o entorno;
Criao de ncoras;
Requalificao dos espaos pblicos existentes;
Criao de uma praa junto a cada setor residencial;
Criao de reas de estar ao longo da Rua Vitria;
Criao de ruas de pedestres que sirvam como espaos de acolhimento do pblico frequentador da regio.
PARTIDO DE PROJETO
ESPAOS LIVRES
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 30
VISO: LARGO GENERAL OSRIO
PLANTA
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 31
VISO: PASSEIO DA RUA VITRIA
PLANTA
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 32
A estrutura urbana desenvolvida para o Projeto Nova Luz responde s especificidades do local com relao aos fatores climticos, patrimnio histrico, uso do solo e densidade (existente e proposta), articulao com o entorno e infraestrutura existente, considerando os investimentos pblicos j realizados na regio, objetivando criar identidade e senso de lugar para esta regio.
ESTRUTURA URBANA
ESTRUTURA URBANA
Princpios para a Estrutura Urbana
Malha Urbana Respeitar a malha urbana da regio;
Concentrar a localizao dos maiores empreendimentos de escritrios ao longo das avenidas Duque de Caxias, Rio Branco e Csper Libero.
Eixos, Vistas e Acessos Reconhecer a Avenida Rio Branco como principal eixo de acesso rea;
Concentrar a organizao do complexo de escritrios propostos ao longo da Avenida Rio Branco. Os prdios localizados neste setor esto limitados a 60m de altura, atendendo as diretrizes estabelecidas pelo CONDEPHAAT;
A Rua Vitria o principal eixo de ligao de pedestres, conectando a parte sudoeste parte nordeste do projeto, do Largo do Arouche Estao da Luz. Suas entradas tornam-se importantes portais de acesso rea;
Paralela Avenida Rio Branco est a Rua Santa Ifignia, outro eixo com prioridade ao pedestre que conecta o centro antigo da cidade aos grandes equipamentos culturais da rea.
Fachadas Contnuas Criao de fachadas contnuas atravs da construo de edificaes sem recuos ao nvel do trreo;
Criao de fachadas ativas - trreos com atividades comerciais voltadas para o espao pblico - voltadas para as ruas e para os ptios internos, gerando permeabilidade visual e senso de continuidade espacial;
Localizao das fachadas ativas ao longo dos eixos comerciais, conforme diagrama ao lado.
Edifcios cones e Marcantes O Projeto Urbano identifica e recomenda locais para implantao de prdios que configurem e criem visadas estratgicas e referenciais para quem est dentro e fora da rea de interveno. Os edifcio cones criam referncias reconhecveis desde fora da rea da Nova Luz, e os edifcios marcantes criam referncias para quem circula internamente rea. Esta estratgia facilita o andar pela rea e fortalece a identidade local.
Vistas Privilegiar as principais vistas, maximizando as perspectivas dos principais monumentos existentes como marcos de orientao e de identidade urbana.
PARTIDO DE PROJETO
Torres
Fachadas externasFachadas internas [quadras permeveis]
Visadas estratgicas externas rea
Visadas estratgicas internas rea
Portais principais
Portais locais
Edifcios marcantes existentes
Edifcios cones
Edifcios marcantes
Espaos Livres
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 33
VISO: AVENIDA RIO BRANCO
PLANTA
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 34
A proposta urbanstica est estruturada em torno de quatro setores, interligados entre si, para os quais se objetiva potencializar suas caractersticas, ampliando o senso de pertencimento nos atuais e novos usurios e moradores da regio. Os setores so apresentados e caracterizados a seguir:
SETORES: IDENTIDADE
SETORES
habitaes atendem a perfis variados de renda, com enfoque em Habitao de Interesse Social e Mercado Popular. Alm disto, a rea receber um conjunto de equipamentos sociais pblicos voltados a assistncia social, cultura, educao e sade. A Rua dos Andradas representa a estrutura principal dentro da vizinhana, reforando a conexo entre a ETEC e o Teatro da Dana proposto pelo Governo do Estado de So Paulo, junto avenida Duque de Caxias.
Nbias
Est localizado na parte sudeste da rea do Projeto Nova Luz. Nele sero produzidos empreendimentos mistos residenciais e no residenciais com ptios internos de acesso restrito, em uma rea com distintos tipos de comrcio, voltado ao atendimento de necessidades cotidianas, e o comrcio especializado, contando ainda com espaos para atividades recreativas, tornando o setor atrativo para profissionais e famlias jovens. Na praa proposta entre as ruas Conselheiro Nbias e Baro de Limeira (Praa Nbias) ser produzido um conjunto de apartamentos residenciais ao seu redor, possibilitando a instalao de restaurantes e cafs voltados para a praa. A Praa Jlio Mesquita, localizada ao final da Rua Vitria, ser restaurada e interligada, atravs de tratamento de piso, praa Nbias, reforando o ncleo de atividades comerciais j existentes neste trecho.
Mau
A Avenida Duque de Caxias, no seu trecho de confluncia com a Rua Mau, funcionar como uma via com espaos de apoio para os usurios dos equipamentos culturais. O novo paisagismo proporcionar melhor configurao urbana para as edificaes histricas e um melhor ambiente para permanncia do pblico em geral. As caladas requalificadas propiciam acesso com maior conforto desde a Estao da Luz, aos futuros empreendimentos do Teatro da Dana e ao centro de entretenimento na quadra 19, um conjunto de teatros, cafs e restaurantes adjacentes nova estao de metr.
O grande ptio interno localizado no centro de entretenimento proporciona suporte para a realizao de diversos eventos e atividades, tais como feiras locais, pequenos concertos, teatro ao ar livre, entre outros.
Rio Branco
A Avenida Rio Branco um dos principais acessos rea. O projeto prope a reduo do nmero de faixas de rolamento para aumento de caladas e arborizao alm da melhoria na iluminao pblica, transformando o eixo existente em um endereo atrativo para circulao e permanncia de pedestres.
A Avenida Rio Branco concentrar um conjunto imobilirio de alto valor, predominando a localizao de escritrios comerciais com lajes de, no mnimo, 500m2. Este setor engloba ainda trechos voltados s avenidas com maior circulao de veculos que definem o permetro da rea, como as avenidas Duque de Caxias e Ipiranga, aptos a receber edifcios destinados a atividades de servios.
Triunfo
Neste setor predominar o uso residencial nos pavimentos superiores das edificaes. uma rea com forte presena de imveis histricos protegidos pelos rgos de preservao do patrimnio histrico. As
PARTIDO DE PROJETO
EXEMPLOS DE EDIFICAES PARA SETOR RIO BRANCO
EXEMPLO DE UTILIZAO DE ESPAO PBLICO
EXEMPLOS DE EDIFICAES PARA SETOR RIO BRANCO (FOTO 1) E SETORES RESIDENCIAIS
FOTO 1
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 35
VISO: MAU CENTRO DE ENTRETENIMENTO
PLANTA
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 36
VISO: CENTRO DO SETOR NBIAS
PLANTA
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 37
ESTRATGIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
A Nova Luz agrega um conjunto de 45 quadras que perfazem 352.417m2 de rea de terreno, com 1.216.056m2 de rea construda existente. O projeto prev a demolio de 270.609m2 e a construo total de 1.167.112m2, sendo 705.906m computveis. Os imveis indicados para interveno por meio da aplicao da Concesso Urbanstica se distribuem por diversas quadras, tendo sido identificados a partir de critrios que consideram as diretrizes da Lei 14.917/09 e da Lei 14.918/09. Estes critrios indicaram a permanncia de 77,7% da rea construda existente.
A anlise realizada em relao ao estoque construdo foi realizada de forma multidimensional considerando aspectos referentes a:
Imveis protegidos por legislao de preservao do patrimnio histrico e os que complementam a percepo do conjunto arquitetnico-urbanstico j protegido;
Imveis com coeficiente de aproveitamento prximo ou superior ao mximo permitido em cada zona de uso ou rea construda superior a 2.000m;
Imveis com nmero de unidades habitacionais significativo.
CRITRIOS DE ANLISE PARA RENOVAOAdicionalmente a estes critrios, foi verificada ainda a relao entre as edificaes existentes e as diretrizes propostas pelo partido urbanstico, em especial quanto aos espaos livres, na busca de uma interveno com insero harmnica dos novos empreendimentos junto aos imveis existentes. Foi considerado ainda o potencial de transformao dos imveis que, como no caso de diversos imveis localizados ao longo da Rua Santa Ifignia, possuem restries em relao altura das novas edificaes que no viabilizam esta transformao. Adicionalmente os imveis indicados transformao consideram demandas
IMVEIS PROTEGIDOS: TOMBADOS OU EM PROCESSO DE TOMBAMENTO IMVEIS A MANTER COM NO DE UH SIGNIFICANTE
apresentadas pela sociedade civil ao longo do processo de desenvolvimento do projeto.
Destacando-se a aplicao dos diversos critrios empregados para a definio da manuteno ou renovao de imveis na Nova Luz tem-se, em sntese, um conjunto de 532 imveis a renovar, de um total de 932 imveis existentes na rea objeto de estudo, segundo levantamento PMSP.
Os imveis a manter na Nova Luz somam 400, dos quais 83 se localizam em ZEIS.
Do total de 203 imveis classificados pelo critrio de rea construda maior que 2.000 m ou coeficiente de aproveitamento maior
que 4, apenas 22 esto localizados em ZEIS, rea caracterizada pela horizontalidade da arquitetura que o configura. [Mapa a seguir]
Em todo o polgono da Nova Luz foram localizados 95 imveis residenciais com um nmero importante de unidades habitacionais, dos quais, oito se localizam em ZEIS. [Mapa abaixo]
Do total de 96 imveis, sobre os quais incide legislao de preservao do patrimnio histrico, existentes na rea do projeto, 18 se localizam em ZEIS. [Mapa a seguir]
Imveis protegidos (ZEPEC; CONPRESP; CONDEPHAAT; IPHAN)
Imveis residenciais com 20 ou mais unidades habitacionais
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 38
IMVEIS A MANTER COM CA MAIOR OU IGUAL AO MAXIMO DA ZONA DE USOIMVEIS COM CARACTERSTICAS QUE COMPLEMENTAM A PERCEPO DO CONJUNTO ARQUITETNICO-URBANSTICO J PROTEGIDO
ESTRATGIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
Imveis com CA maior ou igual ao mximo da zona de uso
Alm deste conjunto protegido, foram identificados 13 edificaes, cujas caractersticas complementam a percepo do conjunto arquitetnico-urbanstico j protegido, e que no sero objeto de interveno. [Mapa abaixo]
Estes imveis dividem-se em duas categorias:
Edificaes que possuem caractersticas construtivas e formais similares aos imveis que j se encontram tombados, representativos do Ecletismo em arquitetura, que se caracterizava pela combinao de diferentes estilos histricos na mesma obra, e que predominou no Brasil entre o final do
sculo XIX e a as primeiras dcadas do sculo XX. No permetro da Nova Luz, o repertrio ecltico foi utilizado tanto em prdios, quanto em edificaes trreas ou assobradadas, para usos comerciais, residenciais e de servios.
Edificaes representativas de outros momentos de ocupao do bairro, cujas caractersticas construtivas e formais seguiram tendncias de arquitetura vigentes em seu momento e que se vinculavam vertente racionalista do modernismo, enquanto busca da renovao da linguagem arquitetnica, afastando-se dos chamados estilos histricos, em resposta s novas tcnicas e demandas da sociedade
industrial. Na Nova Luz, ainda encontramos exemplares que utilizaram os seguintes vocabulrios:
a. Art Dco - manifestao alternativa ao ecletismo e ao modernismo do incio do sculo XX, caracterizou-se, sobretudo entre os anos 1930-60, no Brasil, pelo predomnio de linhas retas ou circulares estilizadas, mesmo na ornamentao. Na Nova Luz, manifestou-se, prinicpalmente, em sobrados e edifcios altos residenciais com comrcio no trreo.
b. Proto-racionalismo - utilizao racional dos recursos que se traduziu em formas simples e geomtricas, sem ornamentao.
Na Nova Luz, os exemplos proto-racionalistas so, em sua maioria, dos anos 1950-60, e consistem, principalmente, em edifcios baixos, entre 3 e 5 pavimentos, residenciais com varandas retas e cantos arredondados, e comrcio no trreo.
c. Moderno - utilizao racional dos recursos materiais com formas simples e geomtricas, sem ornamentao, que se manifestam, no permetro da Nova Luz, em sua maioria, em edifcios baixos, entre 3 e 4 pavimentos, com estrutura de concreto armado aparente e independente da vedao de vidro (andares superiores). Consiste, principalmente, em tipologia
industrial dos anos 1950-70, utilizado para uso industrial e/ou armazenagem.
Imveis a manter com caractersticas de complemento
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 39
Imveis indicados Concesso Urbanstica
ESTRATGIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
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ESTRATGIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 41
DEFINIO DO USO DO SOLO
USO DO SOLO
Segundo dados do IBGE, a rea da Nova Luz j teve uma populao de aproximadamente 40.000 residentes nos anos 1970. Atualmente, sua populao de aproximadamente 12.000 pessoas. Esta diminuio na populao torna a regio menos dinmica durante a noite. Um fator contrastante o nmero de empregos no local, que um aspecto positivo e que deve ser mantido e ampliado ao longo do processo de requalificao urbana.
O Projeto Nova Luz prope usos mistos com grande oferta de empreendimentos habitacionais. A rea construda computvel indicada pelo projeto considera os coeficientes mximos de acordo com a legislao vigente (6 para uso residencial e 2,5 ou 4 para uso no residencial) e outros parmetros urbansticos aplicveis taxa de ocupao, taxa de permeabilidade e restries de gabarito , viabilizando a densidade recomendada para o permetro.
As edificaes com usos comerciais no pavimento trreo continuaro disseminadas pela rea, em especial ao longo da Rua General Osrio e Rua Santa Ifignia, incorporando os usos existentes. As vias prioritrias para pedestres podero abrigar usos comerciais associados ao uso residencial. Os usos destinados para entretenimento e lazer so agrupados juntamente Av. Duque de Caxias e Rua Mau e o Centro de Entretenimento na quadra junto Avenida Csper Lbero. As reas recomendadas para uso de servios esto concentradas ao longo da Avenida Rio Branco.
Apresentam-se a seguir os princpios de uso do solo propostos para a Nova Luz.
PRINCPIOS DE USO DO SOLO
Servios As reas destinadas ao uso de servios concentram-se nas vias que definem o permetro do Projeto Nova Luz e ao longo da Av. Rio Branco. Essas reas possuem situaes e caractersticas adequadas implantao de edifcios de escritrios junto a vias de acesso a transporte pblico;
Uma possvel localizao para sedes de empresas encontra-se ao longo da Avenida Rio Branco com a Rua dos Timbiras. A alta visibilidade e a oportunidade para edifcios de maior porte e a proximidade ao transporte pblico so adequados a este fim. O uso para escritrios tambm se acomoda nos nveis superiores da Rua General Osrio, como complemento ao uso predominantemente comercial.
Usos mistos - comercial e residencial
Usos institucionais
Eixo comercial principal
Usos comerciais na Rua Sta. Ifignia e Gal. Osrio
Eixo comercial secundrio, via quadras permeveis
Espaos livres
Eixo de pedestre
rea de entretenimento e cultura
Usos mistos - comerciais e de servios na Av. Rio Branco
Usos mistos - comerciais e de servios
ncora comercial
ncora pedestre
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 42
VISO: PTIO INTERIOR COMERCIAL
PLANTA
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 43
Edifcios mantidos
Institucional
Comercial
Patrimnio histrico
Residencial
USO DO SOLO: PAVIMENTO TRREO
Residencial O uso residencial est concentrado em dois setores: Triunfo e Nbias. Estas reas residenciais esto situadas no centro de cada setor, circundadas por ruas prioritrias aos pedestres, o que garante uma ambincia mais amena. O setor Triunfo ser uma rea residencial destinada predominantemente Habitao de Interesse Social, enquanto o setor Nbias ser uma rea voltada para a produo de novas unidades residenciais para faixas de renda e padres variados.
Comercial Complementar ao uso predominantemente comercial ao longo da Rua General Osrio e da Rua Santa Ifignia, o circuito se completa ao longo da Avenida Rio Branco, criando um ncleo comercial consolidado no corao do setor. proposta a instalao, nas quadras 55 e 73 de centros comerciais voltados ao comrcio de auto e moto peas e eletro-eletrnicos respectivamente.
Cria-se um circuito comercial secundrio paralelo Rua General Osrio e Av. Rio Branco por meio de uma srie de passeios e ptios internos s quadras. Isso representa uma oportunidade para diversificao da oferta voltada para o comrcio misto, com nfase em lojas de varejo, cafs e restaurantes.
Eixo de Entretenimento e Cultura O ncleo do Setor Mau localiza-se na Quadra 19, adjacente estao de trem e metr. Os elevados nveis de acessibilidade transformam esta rea numa ncora por excelncia. Os usos previstos incluem cinema, teatro, lojas e escritrios, configurando destino-ncora por excelncia que sustenta o eixo cultural. A Av. Duque de Caxias em conjunto com a Rua Mau funcionam como rea de recepo aos usurios frequentadores da Sala So Paulo e Estao Pinacoteca.
USO DO SOLO
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Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 44
USO DO SOLO: PAVIMENTOS SUPERIORES
PAVIMENTO TRREO
PAVIMENTOS SUPERIORES
PLANO ILUSTRATIVO
Edifcios mantidos
Institucional
Entretenimento
Estacionamento
Comercial
Servios
Patrimnio histrico
Residencial
USO DO SOLO
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Praa Princesa Isabel
Estao Pinacoteca
Estao da Luz
Praa Nbias
Praa Jlio MesquitaLargo do Arouche
Poupa Tempo
Existente Manter Renovar Proposto* Cenrio Futuro
uso AC(m2) AC(m2) AC(m2) AC(m2) AC(m2)
Residencial 533.735 499.567 34.168 322.606 822.173
No residencial 682.321 445.880 236.441 383.300 829.180
Total 1.216.056 945.447 270.609 705.906 1.651.353
USO DO SOLO
PLANO ILUSTRATIVO - VISTA AREA
REA CONSTRUDA COMPUTVEL
Subproduto 7.1.1: PUE Partido Urbanstico 45
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3DIRETRIZES DO ESPAO PBLICO
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3 Criao de um minianel virio conformado pelas Ruas General Osrio, Triunfo, Timbiras e Conselheiro Nbias, permitindo o acesso regio e evitando, ao mesmo tempo, o trnsito indiscriminado de automveis no interior das reas residenciais (Nbias e Triunfo);
Ampliao dos passeios da Avenida Rio Branco, com caladas que podero acomodar um amplo leque de usos associados ao pedestre como bares, restaurantes, livrarias, cafs, entre outros;
Coordenao do estacionamento de veculos e acesso de servios a partir da rede de acesso principal e o minianel virio;
Criao de ciclovias e ciclofaixas, incentivando o uso de bicicletas;
Utilizao das avenidas que formam o limite do permetro como rede de distribuio primria de veculos;
Localizao das novas atividades comerciais com maior atrao de pblico (consumidores oriundos de outras regies da cidade) ao longo do minianel virio.
Para atingir as metas acima so definidos os seguintes princpios:
Reduo do trfego de passagem de veculos dentro da rea de projeto;
Aumento das condies de conectividade, facilitando as caminhadas e percursos de bicicleta;
Ampliao das caladas, incentivando a circulao de pedestres, com diminuio do leito carrovel;
Reorganizao da hierarquia viria com a identificao de reas destinadas exclusivamente para pedestres e bicicletas.
Utilizao de redutores de velocidade para facilitar o convvio entre pedestres e veculos.
Na regio do Projeto Nova Luz, um somatrio de espaos pblicos persistem no tempo, desconectados e desarticulados entre si e com a rea como um todo, como indicadores dos diferentes perodos de urbanizao da regio. Dar um novo significado a estes espaos, possibilitando o seu uso pleno, um dos objetivos do redesenho do espao pblico, pautado pelo novo cenrio de mudanas climticas.
Se considerarmos o inventrio dos gases de efeito estufa do Municpio de So Paulo, verificamos que 70% dos gases so resultantes da queima de gasolina e diesel. Qualquer iniciativa de adaptao ao cenrio de mudanas climticas deve passar pela alterao do padro de deslocamento da cidade de So Paulo. Neste contexto, o projeto da Nova Luz constitui uma oportunidade de formular alternativas urbanas para incentivar a circulao de pedestres e o uso de bicicletas.
Este captulo apresenta:
Apropostadecirculaoviriadeacordocomosusoseatividadespretendidos pelo Projeto;
Asprincipaisdiretrizesparaodesenhodosespaospblicos,considerando as principais questes de mobilidade envolvidas no redesenho dos espaos pblicos;
Ospadrespropostosparapavimentao,iluminao,paisagismoemobilirio urbano;
Astipologiasurbansticasresultantesdacombinaodasalternativaspropostas para pavimentao, iluminao, paisagismo e mobilirio urbano.
PRINCPIOS
MOBILIDADE
METASAs metas que orientam a estratgia de mobilidade do Projeto Nova Luz tem como referncia os seguintes objetivos:
Reduo do uso de automveis para viagens dirias;
Reduo das emisses de carbono;
Aumento das viagens feitas a p e de bicicleta sobre o total de viagens geradas na regio;
ESTRATGIAS
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Subproduto 7.1.1: PUE Diretrizes do Espao Pblico 50
Sobre Trilhos:
Esta uma rea de grande acessibilidade da Regio Metropolitana de So Paulo por meio do transporte pblico sobre trilhos, com a presena de duas grandes estaes ferrovirias a Estao Jlio Prestes e a Estao da Luz. Esta ltima est integrada ainda rede do sistema metrovirio paulistano.
A CPTM possui quatro linhas de trem que atendem diretamente a rea: Linha 7 Rubi com destino a Jundia, Linha 8 Diamante com destino a Itapevi, Linha 10 Turquesa com destino a Rio Grande da Serra e Linha 11 Coral com destino a Estudantes. Soma-se a isso mais trs linhas de Metr: Linha 1 Azul, Linha 3 Vermelha e Linha 4 Amarela.
Rtula e Contra-Rtula:
A rea denominada Nova Luz est delimitada por trechos de vias que integram dois importantes anis virios denominados rtula e contra-rtula.
Viria:
As vias que delimitam o permetro denominado Nova Luz, com exceo da Rua Mau entre a Rua Gal. Couto de Magalhes e a Av. Casper Lbero, e da Av. Casper Lbero entre a Rua Mau e a Rua Washington Luis, integram a Sistema Virio Estrutural do Municpio de So Paulo.
A Avenida Rio Branco, no trecho que atravessa a rea de projeto, tambm integra o Sistema Virio Estrutural.
Pedestres:
Os deslocamentos a p so os mais utilizados para viagens de curta distncia, at mesmo por usurios dos modos motorizados de transporte. Assim, verifica-se no local em estudo que as vias com maior quantidade de pedestres so as mais atendidas pelo transporte pblico. Tambm se destaca a Rua Santa Ifignia, que apresenta intensa movimentao em funo da atividade comercial.
Sobre Pneus:
A regio atendida por uma grande quantidade e variedade de linhas de transporte pblico por nibus. Circulam pela regio 115 linhas de nibus municipais, principalmente pelos corredores de nibus das Avenidas Rio Branco, So Joo e Ipiranga.
MOBILIDADE
RTULA E CONTRA-RTULAINFRAESTRUTURA EXISTENTE
Permetro Nova Luz
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Uma das principais diretrizes do projeto a intensificao do uso do solo, aproximando residentes do seu local de trabalho com reduo gradual do uso de automveis particulares, incentivando a realizao de percursos a p ou de bicicleta, por meio de:
1. Ampliao da largura das caladas;
2. Pedestrianizao da Rua Vitria;
3. Reorganizao do sistema de circulao viria na regio;
4. Proposio de vias para trfego local, com circulao compartilhada de veculos automotores e bicicletas.
5. Implantao de ciclovias e ciclofaixas;
NOVA HIERARQUIA VIRIAVirio Estrutural
As vias pertencentes ao sistema virio estrutural possuem circulao compartilhada de nibus e automveis, com exceo das Avenidas Rio Branco, So Joo e Ipiranga, que possuem corredores de nibus. Nessas vias no ser permitido estacionamento no meio fio.
Minianel Virio
A criao de um anel interno de circulao possibilita o acesso de veculos rea de forma racional evitando a circulao de passagem pelas ruas internas. O minianel virio recebe todas as linhas de nibus que j circulam na rea, tornando as ruas internas mais seguras e menos poludas. Recomenda-se que no sejam adicionadas linhas de nibus no anel virio alm das existentes.
PROPOSTAS
MOBILIDADE
Virio Secundrio
As vias secundrias daro suporte ao sistema principal, auxiliando nas ligaes virias externas ao sistema interno da Nova Luz.
Virio Prioritrio para Pedestre
So vias que constituem as ligaes internas e no devero receber relevante fluxo de veculos, sendo acessadas principalmente por moradores e usurios dos equipamentos locais. As caladas sero ampliadas, o nmero de vagas nas ruas ser reduzido com sentido nico de circulao.
Virio Exclusivo para Pedestre
Nestas vias, leito carrovel e passeios, esto no mesmo nvel, permitindo a circulao de pedestres por toda a largura da via.Sero exclusivas para pedestres interligando as diferentes reas da regio, potencializando a utilizao das reas pblicas de lazer, cultura e entretenimento, proporcionando condies seguras e confortveis para circulao de pedestres.
NOVA HIERARQUIA VIRIA
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Subproduto 7.1.1: PUE Diretrizes do Espao Pblico 52
CIRCULAO DE PEDESTRES
Principais Recomendaes Aumento do espao pblico destinado circulao de pedestres;
Criao de fachadas ativas de modo a aumentar o controle visual no espao pblico;
Uso criterioso de vegetao, iluminao e pavimentao para criar uma melhor ambientao urbana que estimule a caminhada.
O adensamento proposto com a duplicao do nmero de habitantes promover o aumento dos deslocamentos a p, de bicicleta, transporte pblico coletivo e individual. O projeto dever facilitar a mobilidade na rea, proporcionando a criao de rotas seguras e confortveis e, ao mesmo tempo, minimizando o uso de automveis no interior da rea do projeto.
As ruas Vitria e Santa Ifignia so as principais vias de circulao de pedestres que conectam a regio ao entorno (os bairros da Repblica, S, Bom Retiro e Luz):
A Rua Vitria o principal eixo de ligao entre os setores identificados no projeto. Bem sombreada e iluminada, integra uma srie de pequenos espaos, esquinas e cruzame