Solaris Equipamentos e
Serviços S.A. e Controlada
Demonstrações Financeiras
Individuais e Consolidadas
Referentes ao Exercício Findo em
31 de Dezembro de 2015 e
Relatório dos Auditores Independentes
sobre as Demonstrações Financeiras
Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
REFERENTES AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015
ÍNDICE
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................ 1-2
BALANÇOS PATRIMONIAIS .......................................................................................................... 3
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ........................................................................................... 4
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE ............................................................... 5
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................................ 6
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA ............................................................................. 7
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
1. CONTEXTO OPERACIONAL ................................................................................................... 8
2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS NA PREPARAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS .......................... 8
2.1. Declaração de conformidade .............................................................................................. 8
2.2. Base de elaboração ............................................................................................................. 9
2.3. Base de consolidação ......................................................................................................... 9
2.4. Conversão de moeda estrangeira ...................................................................................... 10
2.5. Caixa e equivalentes de caixa .......................................................................................... 11
2.6. Ativos financeiros ............................................................................................................ 11
2.7. Contas a receber de clientes ............................................................................................. 13
2.8. Estoques ........................................................................................................................... 13
2.9. Imobilizado ...................................................................................................................... 14
2.10. Ativos intangíveis, exceto ágio ........................................................................................ 14
2.11. “Impairment” de ativos não financeiros ........................................................................... 14
2.12. Contas a pagar aos fornecedores ...................................................................................... 15
2.13. Empréstimos e financiamentos ........................................................................................ 15
2.14. Debêntures ....................................................................................................................... 15
2.15. Provisões para riscos trabalhistas e fiscais ....................................................................... 15
2.16. Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos ........................................ 16
3. PRINCIPAIS JULGAMENTOS CONTÁBEIS E FONTES DE INCERTEZA NAS
ESTIMATIVAS ......................................................................................................................... 20
3.1. Reconhecimento da receita .............................................................................................. 20
3.2. Imposto de renda, contribuição social e outros impostos ................................................ 20
3.3. Vida útil dos bens do imobilizado .................................................................................... 21
3.4. Realização dos estoques (obsolescência) ......................................................................... 21
3.5. Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................................................................ 21
3.6. Provisão para eventual premiação .................................................................................... 21
4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ................................................................................. 21
5. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES ................................................................................... 22
6. ESTOQUES ................................................................................................................................ 22
7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS .............................................................. 24
8. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS ..................................... 26
9. INVESTIMENTOS .................................................................................................................... 28
10. IMOBILIZADO ......................................................................................................................... 28
11. INTANGÍVEL ............................................................................................................................ 31
12. FORNECEDORES ..................................................................................................................... 32
13. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS ................................................................................ 33
14. DEBÊNTURES .......................................................................................................................... 37
15. IMPOSTOS A RECUPERAR E IMPOSTOS A RECOLHER .................................................. 38
16. SALÁRIOS E ENCARGOS SOCIAIS ...................................................................................... 38
17. PROVISÕES PARA RISCOS TRABALHISTAS E FISCAIS ................................................. 39
18. PATRIMÔNIO LÍQUIDO ......................................................................................................... 40
18.1. Capital social .................................................................................................................... 40
18.2. Destinação do lucro líquido do exercício ......................................................................... 40
18.3. Reserva de capital - ágio .................................................................................................. 41
19. RECEITA LÍQUIDA.................................................................................................................. 41
20. DESPESA POR NATUREZA ................................................................................................... 42
21. RESULTADO FINANCEIRO, LÍQUIDO ................................................................................ 42
22. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ........................................................... 43
23. PARTES RELACIONADAS ..................................................................................................... 43
23.1. Saldos ............................................................................................................................... 43
23.2. Transações comerciais e empréstimos ............................................................................. 44
23.3. Remuneração do pessoal-chave da Administração .......................................................... 44
24. INSTRUMENTOS FINANCEIROS .......................................................................................... 45
24.1. Fatores de risco financeiro ............................................................................................... 45
24.2. Categorias de instrumentos financeiros ........................................................................... 47
24.3. Gestão do risco de capital ................................................................................................ 47
25. SEGUROS .................................................................................................................................. 48
26. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DOS FLUXOS DE CAIXA ................................... 48
27. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E
CONSOLIDADAS ..................................................................................................................... 49
“Deloitte” refere-se à sociedade limitada estabelecida no Reino Unido “Deloitte Touche Tohmatsu Limited” e sua rede de firmas -membro, cada qual constituindo uma pessoa jurídica independente. Acesse www.deloitte.com/about para uma descrição detalhada da estrutura
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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Aos Administradores e Acionistas da
Solaris Equipamentos e Serviços S.A.
São Paulo - SP
Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Solaris Equipamentos e
Serviços S.A. (“Companhia”), identificadas como Controladora e Consolidado, respectivamente, que
compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do
resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o
exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas
explicativas.
Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras
A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas
demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas
no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (“International Financial Reporting
Standards - IFRSs”), emitidas pelo “International Accounting Standards Board - IASB”, assim como
pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de
demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base
em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.
Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja
planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações
financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a
respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos
selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção
relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa
avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada
apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de
auditoria que são apropriados às circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a
eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da
adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela
Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em
conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015
(Em milhares de reais - R$)
Nota Nota
ATIVO explicativa 2015 2014 2015 2014 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO explicativa 2015 2014 2015 2014
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 4 10.810 12.653 14.095 13.956 Fornecedores 12 5.066 15.268 5.884 15.827
Contas a receber de clientes 5 43.089 41.435 49.758 47.226 Empréstimos e financiamentos 13 29.531 30.729 33.881 30.915
Estoques 6 11.580 10.281 15.835 13.709 Debêntures 14 19.957 16.623 19.957 16.623
Partes relacionadas 23.1 17 39 17 12 Partes relacionadas 23.1 - - 1.295 1.225
Impostos a recuperar 15 4.030 2.215 5.527 2.664 Impostos a recolher 15 122 1.094 1.071 1.572
Outros ativos 1.386 1.397 1.756 1.527 Salários e encargos sociais 16 5.169 6.102 6.041 7.140
Total do ativo circulante 70.912 68.020 86.988 79.094 Dividendos a pagar 247 247 247 247
Outras obrigações 2.314 1.292 2.850 1.812
NÃO CIRCULANTE Total do passivo circulante 62.406 71.355 71.226 75.361
Estoques 6 850 647 2.124 1.916
Impostos a recuperar 15 9.363 - 9.495 - NÃO CIRCULANTE
Partes relacionadas 23.1 - 2.489 - - Empréstimos e financiamentos 13 35.500 24.305 40.999 24.305
Depósitos judiciais 17 15 153 748 1.018 Debêntures 14 44.083 63.673 44.083 63.673
Imposto de renda e contribuição social diferidos 8 82.419 61.752 83.016 62.127 Provisões para riscos trabalhistas e fiscais 17 1.424 762 1.539 791
Instrumentos financeiros derivativos 7 8.606 3.032 8.606 3.032 Impostos a recolher 15 3.964 3.677 3.964 3.676
Investimentos em controladas 9 23.224 22.521 - - Partes relacionadas 23.1 809 540 793 540
Imobilizado 10 287.933 309.879 307.539 326.234 Outras obrigações - - 744 863
Intangível 11 156 244 161 250 Total do passivo não circulante 85.780 92.957 92.122 93.848
Total do ativo não circulante 412.566 400.717 411.689 394.577
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social 18.1 203.468 196.221 203.468 196.221
Reserva de capital - ágio 18.3 69.337 69.337 69.337 69.337
Reserva legal 18.2 2.949 1.758 2.949 1.758
Reserva de lucros 18.2 59.538 37.109 59.538 37.109
Total do patrimônio líquido atribuível aos
acionistas da controladora 335.292 304.425 335.292 304.425
Participação dos não controladores - - 37 37
Total do patrimônio líquido 335.292 304.425 335.329 304.462
TOTAL DO ATIVO 483.478 468.737 498.677 473.671 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 483.478 468.737 498.677 473.671
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
3
SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015
(Em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa 2015 2014 2015 2014
RECEITA LÍQUIDA 19 192.080 211.804 215.833 241.861
Custo dos produtos vendidos e serviços prestados 20 (111.816) (115.355) (124.453) (131.992)
RESULTADO BRUTO 80.264 96.449 91.380 109.869
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS
Despesas com vendas 20 (25.431) (25.592) (31.434) (31.340)
Despesas gerais e administrativas 20 (33.464) (27.433) (36.350) (31.649)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 20 (608) 1.181 (641) 990
Equivalência patrimonial 9 703 1.383 - -
RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO
RESULTADO FINANCEIRO 21.464 45.988 22.955 47.870
RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras 21 9.463 6.940 9.381 6.460
Despesas financeiras 21 (19.325) (18.860) (19.914) (19.184)
Variações monetárias e cambiais, líquidas 21 (8.422) (2.173) (8.961) (2.334)
RESULTADO FINANCEIRO, LÍQUIDO (18.284) (14.093) (19.494) (15.058)
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 3.180 31.895 3.461 32.812
Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos 22 20.667 (9.859) 20.386 (10.774)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 23.847 22.036 23.847 22.038
ATRIBUÍVEL A
Acionistas da controladora 23.847 22.036
Participação dos não controladores - 2
23.847 22.038
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
4
SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015
(Em milhares de reais - R$)
2015 2014 2015 2014
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 23.847 22.036 23.847 22.038
Outros resultados abrangentes - - - -
RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO 23.847 22.036 23.847 22.038
ATRIBUÍVEL A
Acionistas da controladora 23.847 22.036
Participação dos não controladores - 2
23.847 22.038
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
5
SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015
(Em milhares de reais - R$)
Atribuível aos Participação Total do
Nota Capital Reserva Reserva de Reserva de capital Lucros acionistas dos não patrimônio
explicativa social legal capital - ágio para investimentos acumulados da controladora controladores líquido
SALDOS EM 1º DE JANEIRO DE 2014 196.221 657 - 16.166 - 213.044 35 213.079
Constituição de reserva de capital 18.3 - - 69.337 - - 69.337 - 69.337
Lucro líquido do exercício - - - - 22.036 22.036 2 22.038
Reserva de lucros - incorporação societária - - - 217 - 217 - 217
Destinação do lucro líquido do exercício:
Reserva legal 18.2 - 1.101 - - (1.101) - - -
Dividendo mínimo obrigatório 18.2 - - - - (209) (209) - (209)
Reserva de lucros 18.2 - - - 20.726 (20.726) - - -
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 196.221 1.758 69.337 37.109 - 304.425 37 304.462
Lucro líquido do exercício - - - - 23.847 23.847 - 23.847
Aumento de capital social 18.1 7.247 - - - - 7.247 - 7.247
Destinação do lucro líquido do exercício:
Reserva legal 18.2 - 1.191 - - (1.191) - - -
Dividendo mínimo obrigatório 18.2 - - - - (227) (227) - (227)
Reserva de lucros 18.2 - - - 22.429 (22.429) - - -
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 203.468 2.949 69.337 59.538 - 335.292 37 335.329
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
6
SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015
(Em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa 2015 2014 2015 2014
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido do exercício 23.847 22.036 23.847 22.038
Ajustes para reconciliar o lucro líquido do exercício com o caixa líquido
gerado pelas atividades operacionais:
Depreciação e amortização 10 e 11 50.609 44.854 53.937 47.863
Variação cambial sobre empréstimos, financiamentos e transações
entre partes relacionadas 8.129 12 8.129 (17)
Juros sobre empréstimos e financiamentos 21 17.963 17.196 18.424 17.347
Provisão (reversão da provisão) para créditos de liquidação duvidosa 5 (2.113) 4.743 (2.332) 5.033
Provisão (reversão da provisão) para obsolescência 6 (145) 56 (145) (304)
Provisão (reversão da provisão) para riscos trabalhistas e fiscais 17 1.369 (359) 1.484 (377)
Equivalência patrimonial 9 (703) (1.383) - -
Ganho na venda de ativo imobilizado (1.518) (8.482) (1.327) (7.526)
Ganho nas operações com instrumentos financeiros derivativos 21 (5.574) (2.475) (5.574) (2.475)
Imposto de renda e contribuição social diferidos 22 (20.667) 10.583 (20.889) 9.912
Redução (aumento) nos ativos operacionais:
Contas a receber de clientes 459 (9.406) (200) (9.425)
Estoques (1.357) (4.071) (2.189) 696
Impostos a recuperar (11.178) 502 (12.358) 2.973
Partes relacionadas 22 (39) (5) (12)
Outros ativos 149 4.592 41 5.347
Aumento (redução) nos passivos operacionais:
Fornecedores (10.202) 4.529 (9.943) 3.904
Partes relacionadas 269 4.622 253 1.977
Impostos a recolher (685) 1.327 (213) 2.072
Salários e encargos sociais (933) (764) (1.099) (588)
Pagamento de contingências (707) (18) (736) (18)
Partes relacionadas - - 70 -
Outras passivos 795 744 692 (797)
Caixa gerado pelas atividades operacionais, antes dos impostos e juros pagos 47.829 88.799 49.867 97.623
Juros pagos (17.179) (6.993) (17.407) (6.993)
Imposto de renda e contribuição social pagos 22 - (1.302) - (1.302)
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 30.650 80.504 32.460 89.328
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimento de empréstimos com partes relacionadas - principal 2.489 - - -
Aquisição de imobilizado e intangível 10, 11 e 26 (9.910) (100.436) (16.727) (103.118)
Recebimento pela venda de imobilizado 7.665 17.634 7.713 17.634
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de investimento 244 (82.802) (9.014) (85.484)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Captação de empréstimos 22.610 400 32.033 400
Captação de debêntures 14 - 80.000 - 80.000
Pagamento de empréstimos e financiamentos - principal (18.868) (29.546) (18.861) (30.260)
Pagamento de empréstimos com partes relacionadas - principal - (9.124) - (9.249)
Pagamento de obrigações por arrendamento - principal (36.479) (34.463) (36.479) (40.400)
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de financiamento (32.737) 7.267 (23.307) 491
AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (1.843) 4.969 139 4.335
Saldo de caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 12.653 7.684 13.956 9.621
Saldo de caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 10.810 12.653 14.095 13.956
AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (1.843) 4.969 139 4.335
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
7
8
SOLARIS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS S.A. E CONTROLADA
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015
(Em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Solaris Equipamentos e Serviços S.A. (“Companhia”) foi constituída em 5 de dezembro de
1996, com sua sede na Avenida Lourenço Belloli, 1.050, Parque Industrial Mazzei, na cidade de
Osasco, Estado de São Paulo, Brasil, e possui como objetivos: (a) comercialização, aluguel e
distribuição de plataformas aéreas de trabalho, manipuladores telescópicos, geradores,
equipamento de movimentação de terra, torre de iluminação, compressores de ar e outros
equipamentos, peças de reposição e componentes; e (b) prestação de serviços de assistência
técnica e manutenção.
Incorporação da controladora
Em 19 de junho de 2014, foi aprovado pelos acionistas em Assembleia Geral Extraordinária o Protocolo e Justificação de Incorporação Reversa total da SCG IIIA Holding Ltda. (“SCG IIIA”), antiga controladora direta da Companhia no Brasil.
Essa incorporação resultou em aumento de impostos diferidos, no montante de R$69.337,
correspondentes ao crédito tributário sobre ágio na data-base 31 de maio de 2014 (R$203.933),
previstos para serem amortizados entre os anos 2018 e 2023, conforme laudo de avaliação de
acervo contábil emitido por avaliadores independentes, datado de 18 de junho de 2014.
2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS NA PREPARAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS
2.1. Declaração de conformidade
As demonstrações financeiras da Companhia compreendem as demonstrações financeiras
individuais e consolidadas preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (“International Financial
Reporting Standards - IFRSs”), emitidas pelo “International Accounting Standards Board
- IASB”.
As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação
societária brasileira e os pronunciamentos, as orientações e as interpretações técnicos
emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados pelo Conselho
Federal de Contabilidade - CFC e pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
9
2.2. Base de elaboração
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram elaboradas utilizando o
custo histórico como base de valor, exceto por determinados instrumentos financeiros
mensurados pelos seus valores justos, quando aplicável, conforme descrito nas práticas
contábeis a seguir. O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das
contraprestações pagas em troca de ativos.
A preparação de demonstrações financeiras individuais e consolidadas requer o uso de
certas estimativas críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração
da Companhia no processo de aplicação das práticas contábeis exigidas. Aquelas áreas que
requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas
nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras,
estão divulgadas na nota explicativa nº 3.
2.3. Base de consolidação
2.3.1. Demonstrações financeiras consolidadas
As seguintes práticas contábeis foram aplicadas na elaboração das demonstrações
financeiras consolidadas:
a) Estrutura
A Companhia possui investimento na controlada Sullair do Brasil Ltda. (“Sullair”), que representa 99,84% do capital votante e total dessa empresa em 31 de dezembro de 2015.
b) Controlada
Controlada é toda a entidade (incluindo as entidades de propósito específico,
quando aplicável) nas quais a controladora tem o poder de determinar as
políticas financeiras e operacionais, geralmente acompanhada de uma
participação de mais da metade dos direitos a voto (capital votante). A existência
e o efeito de possíveis direitos a voto atualmente exercíveis ou conversíveis são
considerados quando se avalia se a Companhia controla outra entidade. A
controlada é totalmente consolidada a partir da data em que o controle é
transferido para a controladora. A consolidação é interrompida a partir da data
em que o controle termina. Transações entre partes relacionadas, saldos e
ganhos não realizados em transações entre as partes relacionadas são
eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados, a menos que a
operação forneça evidências de uma perda (“impairment”) do ativo transferido.
As práticas contábeis da controlada são alteradas, quando necessário, para
assegurar a consistência com as práticas contábeis adotadas pela controladora.
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10
c) Transações e participação dos não controladores
A Companhia trata as transações com participação dos não controladores como
transações com proprietários de ativos. Para as compras de participação dos não
controladores, a diferença entre qualquer contraprestação paga e a parcela
adquirida do valor contábil dos ativos líquidos da controlada é registrada no
patrimônio líquido. Os ganhos ou as perdas sobre alienações para participação
dos não controladores também são registrados no patrimônio líquido.
Quando a Companhia perde o controle, qualquer participação retida nela é
remensurada ao seu valor justo, sendo a mudança no valor contábil reconhecida
no resultado. O valor justo é o valor contábil inicial para subsequente
contabilização da participação retida em uma coligada, uma “joint venture” ou
um ativo financeiro. Além disso, quaisquer valores previamente reconhecidos
em outros resultados abrangentes relativos àquela entidade são contabilizados
como se a Companhia tivesse alienado diretamente os ativos ou passivos
relacionados. Isso significa que os valores reconhecidos previamente em outros
resultados abrangentes são reclassificados no resultado.
2.3.2. Demonstrações financeiras individuais
Nas demonstrações financeiras individuais, a controlada é contabilizada pelo
método de equivalência patrimonial. Os mesmos ajustes são feitos tanto nas
demonstrações financeiras individuais quanto nas demonstrações financeiras
consolidadas para chegar ao mesmo resultado e patrimônio líquido atribuível aos
acionistas da controladora.
Em 23 de dezembro de 2014, foram emitidas alterações no pronunciamento técnico
CPC 35 - Demonstrações Separadas em virtude de alterações feitas na IAS 27 -
“Separate Financial Statements” pelo IASB, com a inclusão da possibilidade de
adoção do método de equivalência patrimonial em controlada nas demonstrações
separadas e consequentes alterações nos pronunciamentos técnicos CPC 37 -
Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade e CPC 18 -
Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em
Conjunto. Dessa forma, essas demonstrações financeiras individuais passaram a
estar em conformidade com as IFRSs a partir de 2014, em virtude de já adotarem o
método de equivalência patrimonial para valorização dos seus investimentos em
controlada, em coligadas e em empreendimentos controlados em conjunto.
2.4. Conversão de moeda estrangeira
2.4.1. Moeda funcional e de apresentação
Os itens incluídos nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas são
mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual a
Companhia atua (a moeda funcional). As demonstrações financeiras individuais e
consolidadas estão apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional da
Companhia e de sua controlada e, também, sua moeda de apresentação.
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11
2.4.2. Transações e saldos
As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional,
utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na
qual os ativos e passivos subjacentes são remensurados. Os ganhos e as perdas
cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de
câmbio no fim de cada exercício, referentes a ativos e passivos monetários em
moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado.
Os ganhos e as perdas cambiais relacionados com empréstimos e financiamentos,
arrendamento mercantil e caixa e equivalentes de caixa, quando aplicável, são
apresentados na demonstração do resultado como “Receitas financeiras” ou
“Despesas financeiras”, respectivamente.
2.5. Caixa e equivalentes de caixa
Incluem caixa e depósitos bancários de alta liquidez com vencimentos originais de até três
meses da data de sua contratação e com risco insignificante de mudança de valor.
2.6. Ativos financeiros
2.6.1. Classificação e mensuração
A Companhia classifica seus ativos financeiros basicamente sob a categoria de
empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os
ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de
seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.
Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com
pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São
incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior
a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos
não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem contas
a receber de clientes, partes relacionadas e caixa e equivalentes de caixa.
2.6.2. Compensação de instrumentos financeiros
Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no
balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os
valores reconhecidos e há a intenção de liquidá-los em uma base líquida, ou realizar
o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.
2.6.3. Redução ao valor recuperável (“impairment”) de ativos financeiros
As perdas por redução ao valor recuperável são reconhecidas se, e apenas se, houver
evidência objetiva da redução ao valor recuperável do ativo financeiro como
resultado de um ou mais eventos que tenham ocorrido após seu reconhecimento
inicial, com impacto nos fluxos de caixa futuros estimados desse ativo.
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Os principais critérios que a Companhia usa para determinar se há evidência
objetiva de uma perda por “impairment” incluem:
a) Dificuldade financeira relevante do emissor ou devedor.
b) Quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou
principal.
c) A Companhia, por razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade
financeira do tomador de empréstimo, garante ao tomador uma concessão que
o credor não consideraria.
d) Torna-se provável que o tomador declare falência ou proceda a outra
reorganização financeira.
e) O desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido às
dificuldades financeiras.
f) Dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos futuros
fluxos de caixa estimados a partir de uma carteira de ativos financeiros desde o
reconhecimento inicial daqueles ativos, embora a diminuição não possa ainda
ser identificada com os ativos financeiros individuais na carteira, incluindo:
Mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de empréstimo
na carteira.
Condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com as
inadimplências sobre os ativos na carteira.
A Companhia avalia, em primeiro lugar, se existe evidência objetiva de
“impairment”.
O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos
ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os
prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos). O valor contábil do ativo é
reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado.
Se um empréstimo/financiamento ou investimento mantido até o vencimento tiver
uma taxa de juros variável, a taxa de desconto para medir uma perda por
“impairment” é a taxa efetiva de juros determinada de acordo com o contrato. Como
um expediente prático, a Companhia pode mensurar o “impairment” com base no
valor justo de um instrumento, utilizando um preço de mercado observável.
Se, em um exercício subsequente, o valor da perda por “impairment” diminuir e a
diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após
o “impairment” ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do
devedor), a reversão da perda por “impairment” reconhecida anteriormente será
reconhecida na demonstração do resultado.
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2.6.4. Instrumentos financeiros derivativos
Os “swaps” de taxas de juros e os contratos de opção de compra de dólar norte-
-americano (US$) são mensurados pelo valor presente dos fluxos de caixa futuros
estimados e descontados com base nas curvas de rendimento aplicáveis, com base
na cotação das taxas de juros. Os valores justos desses derivativos são obtidos com
as instituições financeiras em que esses instrumentos foram contratados.
2.7. Contas a receber de clientes
Correspondem aos valores a receber de clientes pelo faturamento mensal relativo à locação
e manutenção de geradores de energia e máquinas e equipamentos comerciais e industriais
e à venda de produtos, incluindo peças e máquinas, no decurso normal das atividades da
Companhia. Se o prazo de recebimento for igual ou menor ao término do exercício social
seguinte (ou outro que atenda ao ciclo normal da Companhia), as contas a receber de
clientes são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, são apresentadas no ativo não
circulante.
As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e,
subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva
de juros menos a provisão para créditos de liquidação duvidosa. Na prática, são
normalmente reconhecidas ao valor faturado, ajustado pelo valor presente dos pagamentos
e pela provisão para créditos de liquidação duvidosa, se necessário.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é estabelecida quando existe uma
evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidos
de acordo com os prazos originais das contas a receber. Esse critério definido pela
Administração está descrito na nota explicativa nº 3.
2.8. Estoques
Representados por peças de reposição, peças e equipamentos para venda, apresentados
pelo menor valor entre o valor de custo e o valor líquido realizável. Os custos dos estoques
são determinados pelo método de custo médio. O valor líquido de realização é o preço de
venda estimado no curso normal dos negócios, menos os custos estimados de conclusão,
quando aplicável, e os custos estimados necessários para efetuar a venda.
Para a controladora, as peças com idade superior a 12 meses são registradas no ativo não
circulante, deduzidas de provisão para obsolescência das peças sem movimento superior a
24 meses, critério este definido pela Administração com base em dados históricos (nota
explicativa nº 3). Ao contrário da Companhia, a controlada Sullair é a representante da
marca “Sullair” no Brasil, o que leva à obrigação de serem mantidos em estoque peças e
acessórios que o mercado pode requerer para equipamentos que foram vendidos ou que
são alugados. Por esse motivo, nem a baixa rotação nem o movimento do estoque são
considerados na classificação de itens obsoletos, e a investida analisa cada peça e
acessório, por meio de uma revisão técnica, para determinar qual está em condições de uso.
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2.9. Imobilizado
Mensurado pelo seu custo histórico, deduzido de depreciação acumulada e provisão para
perdas por redução ao valor recuperável. O custo histórico inclui os gastos diretamente
atribuíveis à aquisição dos itens.
Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um
ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios
econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com
segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos, quando aplicável, é baixado.
Todos os custos de outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao
resultado do exercício, quando incorridos.
A depreciação é reconhecida com base na vida útil estimada de cada ativo pelo método
linear, de modo que o valor do custo menos o seu valor residual após sua vida útil seja
integralmente baixado. A vida útil estimada, os valores residuais e os métodos de
depreciação são revisados no fim de cada exercício, e o efeito de quaisquer mudanças nas
estimativas é contabilizado prospectivamente. Os ativos mantidos por meio de
arrendamento financeiro são depreciados pela vida útil esperada, da mesma forma que os
ativos próprios, ou por um período inferior, se aplicável, conforme termos do contrato de
arrendamento em questão.
Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, no
fim de cada exercício.
Um item do imobilizado é baixado após a alienação ou quando não há benefícios
econômicos futuros resultantes do uso contínuo do ativo. Quaisquer ganhos ou perdas na
venda ou baixa de um item do imobilizado são determinados pela diferença entre os valores
recebidos na venda e o valor contábil do ativo e são reconhecidos no resultado.
2.10. Ativos intangíveis, exceto ágio
Os ativos intangíveis com vida útil definida, adquiridos separadamente, são registrados ao
custo, deduzido da amortização e das perdas por redução ao valor recuperável acumuladas.
A amortização é reconhecida linearmente com base na vida útil estimada dos ativos. A
vida útil estimada e o método de amortização são revisados no fim de cada exercício, e o
efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. Ativos
intangíveis com vida útil indefinida, exceto ágio, adquiridos separadamente são registrados
ao custo, deduzido das perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável,
decorrentes de teste de “impairment”.
2.11. “Impairment” de ativos não financeiros
Os ativos que não estão sujeitos à amortização são revisados para a verificação de
“impairment” sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor
contábil pode não ser recuperável. Uma perda por “impairment” é reconhecida pelo valor
ao qual o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais
alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Para
fins de avaliação de “impairment”, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os
quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa
- UGCs). Os ativos não financeiros, que tenham sofrido “impairment”, são revisados
subsequentemente para a análise de possível reversão do “impairment” no fim de cada
exercício.
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2.12. Contas a pagar aos fornecedores
São obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no
curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivo circulante se o pagamento
for devido no período de até um ano (ou no ciclo operacional normal dos negócios, ainda
que mais longo). Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não
circulante.
Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas
pelo custo amortizado. Na prática, são normalmente reconhecidas pelo valor da fatura
correspondente.
2.13. Empréstimos e financiamentos
Reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e,
subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os
valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecida
no resultado do exercício, utilizando o método da taxa efetiva de juros.
As taxas pagas no estabelecimento dos empréstimos e financiamentos são reconhecidas
como custos da transação dos empréstimos e financiamentos, uma vez que seja provável
que uma parte ou todo o empréstimo e financiamento seja sacado. Nesse caso, a taxa é
diferida até que o saque ocorra. Quando não houver evidências da probabilidade de saque
de parte ou da totalidade do empréstimo, a taxa é capitalizada como um pagamento
antecipado de serviços de liquidez e amortizada durante o período do empréstimo ao qual
se relaciona.
2.14. Debêntures
São mensuradas pelo valor de custo amortizado utilizando o método da taxa efetiva de
juros. O método da taxa efetiva de juros é utilizado para calcular o custo amortizado de um
passivo financeiro e alocar sua despesa de juros pelo prazo total do instrumento. A taxa
efetiva de juros é a taxa que desconta exatamente os fluxos de caixa futuros estimados
(inclusive honorários e encargos pagos ou recebidos que constituem parte integrante da
taxa efetiva de juros, custos da transação e outros prêmios ou descontos) ao longo da vida
estimada do passivo financeiro ou, quando apropriado, por um período menor, para o
reconhecimento inicial do valor contábil líquido.
2.15. Provisões para riscos trabalhistas e fiscais
Reconhecidas para obrigações presentes (legal ou presumida) resultantes de eventos
passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja liquidação seja
provável. O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa das considerações
requeridas para liquidar a obrigação no fim de cada exercício, considerando-se os riscos e
as incertezas relativos à obrigação. Quando a provisão é mensurada com base nos fluxos
de caixa estimados para liquidar a obrigação, seu valor contábil corresponde ao valor
presente de seus fluxos de caixa (em que o efeito do valor temporal do dinheiro é
relevante). Quando se espera que alguns ou todos os benefícios econômicos requeridos
para a liquidação de uma provisão sejam recuperados de terceiros, um ativo é reconhecido
se, e somente se, o reembolso for virtualmente certo e o valor puder ser mensurado de
forma confiável.
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16
As provisões para ações judiciais (trabalhista, cível e tributária) são reconhecidas quando:
(a) a Companhia e sua controlada têm uma obrigação presente ou não formalizada como
resultado de eventos passados; (b) é provável que uma saída de recursos seja necessária
para liquidar a obrigação; e (c) o valor tiver sido estimado com segurança. As provisões
não são reconhecidas com relação às perdas operacionais futuras.
2.16. Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos
A despesa com imposto de renda e contribuição social representa a soma dos impostos
correntes e diferidos.
2.16.1. Imposto de renda e contribuição social - correntes
O encargo de imposto de renda e contribuição social correntes é calculado com
base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas, nas datas
dos balanços. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15%,
acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente aos limites fiscais
estabelecidos, conforme determina a legislação em vigor. A provisão para
contribuição social é constituída à alíquota de 9% sobre o lucro tributável, também
de acordo com a legislação vigente.
A Administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Companhia
e por sua controlada nas declarações de imposto de renda com relação às situações
em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações e estabelece
provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados das obrigações
adicionais identificadas.
2.16.2. Imposto de renda e contribuição social - diferidos
O imposto de renda e a contribuição social diferidos (“impostos diferidos”) são
reconhecidos sobre as diferenças temporárias no fim de cada exercício entre os
saldos de ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações financeiras e as bases
fiscais correspondentes usadas na apuração do lucro tributável, incluindo saldo de
prejuízos fiscais, quando aplicável. Os impostos diferidos passivos são
reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias tributáveis e os impostos
diferidos ativos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias dedutíveis,
apenas quando for provável que a Companhia e sua controlada apresentarão lucro
tributável futuro em montante suficiente para que tais diferenças temporárias
dedutíveis possam ser utilizadas.
A recuperação dos impostos diferidos ativos é revisada no fim de cada exercício
e, quando não for mais provável que lucros tributáveis futuros estarão disponíveis
para permitir a recuperação de todo o ativo, ou parte dele, o saldo do ativo é
ajustado pelo montante que se espera ser recuperado.
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17
A mensuração dos impostos diferidos ativos e passivos reflete as consequências
fiscais que resultariam da forma na qual a Companhia e sua controlada esperam,
no fim de cada exercício, recuperar ou liquidar o valor contábil desses ativos e
passivos.
2.17. Capital social
Os valores recebidos pelas ações representativas de capital dos acionistas são classificados
no patrimônio líquido, bem como os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão
de novas ações.
2.18. Reconhecimento da receita
A receita é reconhecida pelo período de competência, quando do aluguel de plataformas
aéreas de trabalho, geradores e equipamentos e da prestação de serviços. Esta compreende
o valor justo da contrapartida recebida ou a receber, deduzida de quaisquer estimativas de
devoluções, descontos comerciais e/ou bonificações concedidos ao comprador e outras
deduções similares. A Companhia e sua controlada reconhecem a receita quando o seu
valor puder ser mensurado com segurança, for provável que benefícios econômicos futuros
fluam para a Companhia e sua controlada e critérios específicos tenham sido atendidos
para cada uma das atividades da Companhia e de sua controlada. A receita de venda de
produtos é reconhecida quando os produtos são entregues e a titularidade legal é
transferida.
2.19. Arrendamentos financeiros
Os arrendamentos em que a Companhia e sua controlada figuram como arrendatárias e
detêm, substancialmente, todos os riscos e benefícios da propriedade são classificados
como arrendamentos financeiros. Estes são capitalizados no início do arrendamento pelo
menor valor entre o valor justo do bem arrendado e o valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento. A parcela paga do arrendamento contempla principal e juros.
As obrigações correspondentes, líquidas dos encargos financeiros, são incluídas em outros
passivos circulantes e não circulantes, dependendo dos seus vencimentos. Os encargos de
juros sobre as obrigações de arrendamento são reconhecidos no resultado pela competência
e no período de arrendamento para produzir uma taxa periódica constante de juros sobre o
saldo remanescente do passivo para cada período. O imobilizado adquirido por meio de
arrendamentos financeiros é depreciado durante a vida útil do ativo (nota explicativa
nº 2.9.).
2.20. Novas normas e pronunciamentos técnicos
Adoção de novos pronunciamentos, alterações e interpretações emitidos
pelo CPC e normas publicadas em 31 de dezembro de 2015
As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias
para os exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2015, as quais foram adotadas pela
Companhia e por sua controlada:
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Norma Descrição
Impacto nas
demonstrações financeiras
individuais e consolidadas
Alteração à IFRS 10,
IFRS 12 e
IAS 27/CPC 36 (R3) -
Demonstrações
Consolidadas, CPC 45 -
Divulgação de
Participações em Outras
Entidades e CPC 35 (R2) -
Demonstrações Separadas
A alteração define uma entidade de
investimento e requer que uma entidade
que atenda à definição de entidade de
investimento não consolide suas
subsidiárias, mas sim avalie suas
subsidiárias pelo seu valor justo com
reflexo no resultado do exercício em suas
demonstrações financeiras consolidadas e
separadas.
Como a Companhia e suas
controladas não são entidades
de investimento, a aplicação
dos ajustes não trouxe impactos
nas demonstrações financeiras
individuais e consolidadas.
Alteração à IAS 32/
CPC 39 - Apresentação de
Instrumentos Financeiros
Ativos e Passivos Líquidos
A alteração à IAS 32/CPC 39 esclarece os
requerimentos relacionados à
compensação de ativos financeiros com
passivos financeiros. Especificamente, a
emenda clarifica o significado de “direito
legalmente executável para liquidar pelo
montante líquido” e “realizar o ativo e
liquidar o passivo simultaneamente”.
A Companhia avaliou se certos
ativos financeiros e passivos
financeiros qualificam-se para a
compensação com base nos
critérios das alterações da
norma e concluiu não existirem
impactos nas demonstrações
financeiras individuais e
consolidadas.
Alteração à
IAS 36/CPC 01 (R1) -
Divulgação de Valor
Recuperável de Ativos
Não Financeiros
A alteração à IAS 36/CPC 01 (R1) retira
os requerimentos de divulgar o montante
recuperável de uma unidade geradora de
caixa para a qual o ágio de expectativa de
rentabilidade futura (“goodwill”) ou outro
ativo intangível com vida útil indefinida
tenha sido alocado quando não tiver
ocorrido redução ao valor recuperável de
um ativo ou reversão de redução ao valor
recuperável relacionado a essa unidade
geradora de caixa.
A aplicação dessa interpretação
não trouxe impactos nas
demonstrações financeiras
individuais e consolidadas.
Alteração à
IAS 39/CPC 38 - Novação
de Derivativos e
Continuidade de
Contabilidade de “Hedge”
A alteração à IAS 39/CPC 38 retira a
obrigatoriedade de descontinuar a
contabilidade de “hedge” quando um
derivativo designado como instrumento
de “hedge” é renovado sob determinadas
circunstâncias.
Como a Companhia e suas
controladas não possuem
nenhum derivativo que tenha
sido submetido à novação, a
aplicação dessa alteração não
apresentou impactos nas
demonstrações financeiras
individuais e consolidadas.
IFRIC 21/ICPC 19 -
Tributos
A IFRIC 21 endereça o momento de
reconhecer um passivo decorrente da
obrigação de pagamento de tributos
impostos por um governo. A interpretação
define tributos e especifica que o fato
gerador da obrigação é a atividade que
resulta em pagamento do tributo,
conforme definido na legislação.
A aplicação dessa interpretação
não trouxe impactos nas
demonstrações financeiras
individuais e consolidadas.
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19
Adoção de novos pronunciamentos, alterações e interpretações
emitidos pelo CPC e normas publicadas e ainda não vigentes
A Administração também considerou o impacto das novas normas, interpretações e
emendas divulgadas pelo IASB, mas ainda não vigentes no Brasil. Exceto quando
informado, essas normas não são consideradas relevantes para a Companhia e sua
controlada a partir de 1º de janeiro de 2016.
Norma Requerimento
Impacto nas
demonstrações financeiras
individuais e consolidadas
IFRS 9 - Instrumentos
Financeiros
Tem o objetivo, em última instância, de
substituir a IAS 39 - Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento e
Mensuração. As principais mudanças
previstas são: (a) todos os ativos financeiros
devem ser, inicialmente, reconhecidos pelo
seu valor justo; (b) a norma divide todos os
ativos financeiros, que estão atualmente no
escopo da IAS 39, em duas classificações:
custo amortizado e valor justo; (c) as
categorias de disponíveis para venda e
mantidos até o vencimento da IAS 39 foram
eliminadas; e (d) o conceito de derivativos
embutidos da IAS 39 foi extinto pelos
conceitos dessa nova norma.
Vigência a partir de 1º de janeiro de 2018.
A Companhia e suas
controladas não esperam que a
IFRS 9 provoque impacto
relevante em suas
demonstrações financeiras
individuais e consolidadas.
IFRS 15 - Receitas de
Contratos com Clientes
A norma substituirá a IAS 11 - Contratos de
Construção e IAS 18 - Receitas e
Correspondentes Interpretações; os
principais objetivos são: (a) eliminar
inconsistências nos padrões de
reconhecimento de receita, fornecendo
princípios claros para o registro dos saldos
contábeis; (b) fornecer um modelo de
reconhecimento de receita único,
aprimorando a comparabilidade da
informação contábil-financeira; e
(c) simplificar o processo de elaboração das
demonstrações financeiras. Aplicar-se-á a
todos os contratos com clientes, exceto
locações, instrumentos financeiros e
contratos de seguro.
Vigência a partir de 1º de janeiro de 2017.
A Companhia e suas
controladas não esperam que a
IFRS 15 provoque impacto
relevante em suas
demonstrações financeiras
individuais e consolidadas.
IFRS 16 -“Leases” A norma requer um único modelo de
contabilização de “lease”, em que todos os
contratos são reconhecidos nos balanços das
arrendatárias.
Vigência a partir de 1º de janeiro de 2019.
A Companhia e suas
controladas não esperam que a
IFRS 16 provoque impacto
relevante em suas
demonstrações financeiras
individuais e consolidadas.
Alteração à IAS 16 e IAS 38 -
Métodos Aceitáveis de
Depreciação e Amortização/
CPC 27 - Ativo Imobilizado e
CPC 04 (R1) - Ativo
Intangível
O objetivo da publicação é estabelecer que
não é apropriado definir a base de
depreciação e amortização como sendo o
padrão esperado de consumo, por parte da
entidade, dos futuros benefícios econômicos
de um ativo.
Vigência a partir de 1º de janeiro de 2016.
A Companhia não espera que a
alteração à IAS 16 e IAS 18
provoque impacto relevante em
suas demonstrações
financeiras.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
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O CPC ainda não editou todos os respectivos pronunciamentos e modificações
correlacionados às normas novas e revisadas apresentadas anteriormente. Em decorrência
do compromisso de o CPC e o CFC manterem atualizado o conjunto de normas emitidas
com base nas atualizações feitas pelo IASB, é esperado que esses pronunciamentos e
modificações sejam editados pelo CPC e aprovados pela CMV até a data de aplicação
obrigatória.
3. PRINCIPAIS JULGAMENTOS CONTÁBEIS E FONTES DE INCERTEZA
NAS ESTIMATIVAS
Na aplicação das práticas contábeis pela Companhia e por sua controlada, descritas na nota
explicativa nº 2, a Administração deve elaborar estimativas a respeito dos valores contábeis dos
ativos e passivos, os quais não são facilmente obtidos de outras fontes. As estimativas e
respectivas premissas estão baseadas na experiência e em outros fatores considerados relevantes.
Os resultados efetivos podem diferir dessas estimativas.
As estimativas e premissas subjacentes são revisadas anualmente. Os efeitos decorrentes das
revisões feitas às estimativas contábeis são reconhecidos no exercício em que as estimativas são
revisadas ou também em exercícios posteriores, caso a revisão venha a afetar o exercício presente
e exercícios futuros.
3.1. Reconhecimento da receita
Do montante registrado como receita de locação pela Companhia (nota explicativa nº 19),
parte refere-se ao serviço prestado no mês de dezembro do ano corrente, cujo faturamento
efetivo ocorreu no mês de janeiro do ano subsequente. Em 31 de dezembro de 2015, esse
valor totaliza 7,60% da receita anual de locação da Companhia (4,62% em 31 de dezembro
de 2014). Essa receita reconhecida e ainda não faturada é registrada quando a Companhia
cumpre todos os requisitos para o devido reconhecimento da receita (nota explicativa
nº 2.18).
3.2. Imposto de renda, contribuição social e outros impostos
É necessário um julgamento significativo para determinar a provisão para impostos sobre
a renda. Em muitas operações, a determinação final do imposto é incerta. Diferenças entre
os resultados reais e os resultantes das premissas adotadas, ou futuras mudanças nessas
premissas, poderiam exigir ajustes futuros à receita e despesa de impostos já registrados.
A Companhia e sua controlada constituem provisões, com base em estimativas cabíveis,
para possíveis consequências de inspeções por parte das autoridades fiscais. O valor dessas
provisões baseia-se em vários fatores, como experiência de inspeções fiscais anteriores e
interpretações divergentes dos regulamentos tributários pela Administração e pela
autoridade fiscal responsável. Essas diferenças de interpretação podem surgir em uma
ampla variedade de assuntos, dependendo das condições vigentes no domicílio da
Companhia e de sua controlada. Impostos diferidos ativos e/ou passivos são reconhecidos
para todas as diferenças temporárias. Julgamento significativo da Administração é
requerido para determinar o valor do imposto diferido ativo que pode ser reconhecido, com
base em prazo provável e nível de lucros tributáveis futuros e/ou nas estratégias de
planejamento fiscal futuro.
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21
3.3. Vida útil dos bens do imobilizado
Conforme descrito na nota explicativa nº 2.9, a Companhia e sua controlada revisam a vida
útil estimada dos bens do imobilizado anualmente, no fim de cada exercício.
A Administração da Companhia revisa, anualmente, a composição dos bens do ativo
imobilizado e intangível e concluiu pela razoabilidade das atuais vidas úteis estimadas dos
bens, que são utilizadas para cálculo da depreciação nas demonstrações financeiras, não
tendo sido registrado nenhum efeito decorrente de mudanças na vida útil dos bens do ativo
imobilizado e intangível para as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2015.
3.4. Realização dos estoques (obsolescência)
A Companhia mantém a política de considerar a obsolescência de peças do estoque a partir
do 24º mês em que a peça não foi utilizada (nota explicativa nº 2.8). Essa estimativa é
determinada com base no giro histórico das peças de reposição do estoque, que se mantém
em menos de 12 meses. A Sullair mantém uma política diferente, a de considerar a
obsolescência de peças do estoque a partir da análise de cada peça e acessório, por meio
de uma revisão técnica, para determinar qual está em condições de uso (nota explicativa
nº 2.8).
3.5. Provisão para créditos de liquidação duvidosa
A Companhia e sua controlada registram provisão para as contas a receber que entendem
ter recebimento duvidoso. Essa provisão é calculada considerando uma análise dos títulos
vencidos, de toda a carteira de clientes, conforme os seguintes critérios: (a) títulos com
atrasos entre 180 e 360 dias (inclusive) - 50% de provisão; e (b) títulos com atrasos acima
de 360 dias - 100% de provisão.
3.6. Provisão para eventual premiação
A premiação eventual paga ao pessoal-chave tem como base métricas de desempenho e
indicadores de resultado e encontra-se dentro dos parâmetros de planejamento
orçamentário anual e seus resultados. Essa provisão é constituída mensalmente, sendo
recalculada no fim de cada exercício com base na melhor estimativa com relação ao
cumprimento das metas, conforme estabelecido no processo orçamentário anual.
4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Caixa e bancos 591 2.116 707 2.418
Aplicações financeiras 10.219 10.537 13.388 11.538
Total 10.810 12.653 14.095 13.956
As aplicações financeiras são de curto prazo e alta liquidez, prontamente conversíveis em
montante conhecido de caixa, e não estão sujeitas a significante risco de mudança de valor,
conforme práticas de mercado. Em 2015 e 2014, são representadas substancialmente por
operações compromissadas, registradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até as
datas dos balanços, e remuneradas a taxas que variam em 2015 e 2014 entre 75%% e 101,5% da
taxa média do Certificado de Depósito Interbancário - CDI, podendo ser resgatadas a qualquer
momento.
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22
5. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Contas a receber de clientes 35.813 40.355 40.785 44.657
Contas a receber de clientes não faturadas 12.694 8.611 14.808 10.736
48.507 48.966 55.593 55.393
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (5.418) (7.531) (5.835) (8.167)
Total 43.089 41.435 49.758 47.226
O prazo médio de recebimento das contas a receber de clientes é de 28 dias em 31 de dezembro
de 2015 e de 2014, tanto pela controladora quanto pela controlada.
Os vencimentos podem ser apresentados como segue:
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
A vencer 30.077 26.673 35.224 31.342
Vencidos:
Até 90 dias 7.708 8.730 8.651 9.629
De 91 a 179 dias 3.042 3.601 3.368 3.764
De 180 a 359 dias 4.525 4.381 5.029 4.500
Após 360 dias 3.155 5.581 3.321 6.158
Total 48.507 48.966 55.593 55.393
A movimentação do saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa é como segue:
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Saldo no início do exercício (7.531) (2.788) (8.167) (3.134)
Complemento da provisão (8.853) (6.917) (9.465) (7.508)
Reversão de provisão 10.966 2.174 11.797 2.475
Saldo no fim do exercício (5.418) (7.531) (5.835) (8.167)
6. ESTOQUES
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Máquinas para revenda 10 460 569 2.956
Partes e peças 14.654 12.557 19.976 15.043
Estoque em trânsito - - 8 75
Provisão para obsolescência (2.234) (2.089) (2.594) (2.449)
Total 12.430 10.928 17.959 15.625
Circulante 11.580 10.281 15.835 13.709
Não circulante 850 647 2.124 1.916
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A movimentação do saldo de provisão para obsolescência é como segue:
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Saldo no início do exercício (2.089) (2.145) (2.449) (2.145)
Complemento da provisão (277) (319) (277) (678)
Reversão de provisão 132 375 132 374
Saldo no fim do exercício (2.234) (2.089) (2.594) (2.449)
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7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
A Companhia contrata, em determinadas situações, instrumentos financeiros derivativos para administrar sua exposição ao risco relacionado à taxa
de câmbio e à taxa de juros Libor.
Controladora e Consolidado
Operação
Valor de
referência em
2015
Direito de a Companhia
receber (ponta ativa)
Obrigação da
Companhia
(ponta passiva) Vencimento
Ponta
ativa
Ponta
passiva
“Swap”
ativo em
2015
“Swap”
ativo em
2014
Santander - 590536 1.009 (Libor 6 meses + 1% a.a.) 235% da TJLP 29/06/2016 509 289 220 172
Santander - 645291 2.417 (Libor 6 meses + 1,9% a.a.) 253% da TJLP 24/11/2017 2.629 1.511 1.118 421
Santander - 620880 4.507 (Libor 6 meses + 2% a.a.) 254% da TJLP 27/03/2017 4.070 2.335 1.735 663
Santander - 653067 4.507 (Libor 6 meses + 1,9% a.a.) 255% da TJLP 13/03/2018 3.456 2.037 1.419 461
Santander - 656365 2.126 (Libor 6 meses + 1,9% a.a.) 255% da TJLP 23/04/2018 2.475 1.439 1.036 351
Santander - 656376 2.543 (Libor 6 meses + 1,9% a.a.) 255% da TJLP 23/04/2018 2.960 1.721 1.239 420
Santander - 667230 4.031 (Variação cambial + 4,89% a.a.) 282% da TJLP 01/02/2019 4.607 2.768 1.839 544
Total 21.140 20.706 12.100 8.606 3.032
TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo.
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26
8. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais e
as diferenças temporárias entre as bases fiscais de ativos e passivos e os correspondentes valores
contábeis.
Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro
tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação de diferenças temporárias e
prejuízos fiscais, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em
premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.
Controladora
2013
Reserva de
capital - ágio (*)
Reconhecido
no resultado 2014
Prejuízo fiscal e base negativa 12.136 - 725 12.861
Ágio - 69.337 (8.089) 61.248
Diferenças temporárias:
Arrendamento financeiro (22.148) - (1.079) (23.227)
Provisão para créditos de liquidação
duvidosa 948 - 1.613 2.561
Instrumentos financeiros derivativos - - 1.031 1.031
Provisão para obsolescência 729 - (19) 710
Provisão de gratificações 835 - (217) 618
Provisões para riscos trabalhistas e
fiscais 387 - (128) 259
Variação cambial diferida 3.271 - (2.463) 808
Outras diferenças temporárias 6.116 - (1.233) 4.883
(9.862) - (2.495) (12.357)
Imposto de renda diferido 2.274 69.337 (10.583) 61.752
Controladora
2014
Reconhecido
no resultado 2015
Prejuízo fiscal e base negativa 12.861 21.074 33.935
Ágio 61.248 (12.050) 49.198
Diferenças temporárias:
Arrendamento financeiro (23.227) 7.189 (16.038)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 2.561 (718) 1.843
Instrumentos financeiros derivativos 1.031 1.895 2.926
Provisão para obsolescência 710 50 760
Provisão de gratificações 618 (403) 215
Provisões para riscos trabalhistas e fiscais 259 225 484
Variação cambial diferida 808 2.059 2.867
Outras diferenças temporárias 4.883 1.346 6.229
(12.357) 11.643 (714)
Imposto de renda diferido 61.752 20.667 82.419
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Consolidado
2013
Reserva de
capital - ágio (*)
Reconhecido
no resultado 2014
Prejuízo fiscal e base negativa 12.855 - 345 13.200
Ágio - 69.337 (8.089) 61.248
Diferenças temporárias:
Arrendamento financeiro (20.670) - (3.569) (24.239)
Provisão para créditos de liquidação
duvidosa 1.066 - 1.711 2.777
Instrumentos financeiros derivativos - - 1.031 1.031
Provisão para obsolescência 729 - 104 833
Provisão de gratificações 861 - (96) 765
Provisões para riscos trabalhistas e
fiscais 397 - (128) 269
Variação cambial diferida 3.592 - (2.646) 946
Outras diferenças temporárias 3.874 - 1.425 5.297
(10.513) - (2.168) (12.321)
Imposto de renda diferido 2.702 69.337 (9.912) 62.127
Consolidado
2014
Reconhecido
no resultado 2015
Prejuízo fiscal e base negativa 13.200 21.074 34.274
Ágio 61.248 (12.050) 49.198
Diferenças temporárias:
Arrendamento financeiro passivo (24.239) 7.333 (16.906)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 2.777 (793) 1.984
Instrumentos financeiros derivativos 1.031 1.895 2.926
Provisão para obsolescência 833 49 882
Provisão de gratificações 765 (436) 329
Provisões para riscos trabalhistas e fiscais 269 254 523
Variação cambial diferida 946 2.367 3.313
Outras diferenças temporárias 5.297 1.194 6.493
(12.321) 11.865 (456)
Imposto de renda diferido 62.127 20.889 83.016
(*) Vide nota explicativa nº 18.
Com base na estimativa de geração de resultados tributáveis futuros da Companhia e de sua
controlada, a recuperação projetada do saldo dos impostos diferidos é a seguinte:
Controladora Consolidado
Exercício Realização Realização
2016 11.836 11.869
2017 17.836 17.868
2018 a 2023 52.747 52.279
Total 82.419 83.016
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9. INVESTIMENTOS
Participação e
capital votante detidos Nome País Negócio 2015 2014 Sullair do Brasil Ltda. Brasil Locação de máquinas e equipamentos 99,84% 99,84%
A movimentação do investimento na controlada, apresentado nas demonstrações financeiras, é
como segue:
Saldo em 1º de janeiro de 2014 21.138
Equivalência patrimonial 1.383
Saldo em 31 de dezembro de 2014 22.521
Equivalência patrimonial 703
Saldo em 31 de dezembro de 2015 23.224
Os dados dos investimentos e as informações financeiras para cálculo de equivalência
patrimonial da controlada são:
2015 2014
Ativos 38.435 39.422
Passivos 15.174 17.134
Patrimônio líquido 23.261 22.287
Receita líquida 23.753 29.834
Lucro líquido do exercício 703 1.385
10. IMOBILIZADO
Controladora
2015 2014
Taxa anual de Depreciação
depreciação - % Custo acumulada Líquido Líquido
Equipamento - locação (*) 10 212.285 (96.945) 115.340 112.935
Equipamento - locação 10 274.355 (109.099) 165.256 192.223
Benfeitorias em propriedades de
terceiros 10 6.392 (2.493) 3.899 2.081
Máquinas e equipamentos 10 3.129 (1.441) 1.688 1.333
Móveis e utensílios 10 2.653 (1.500) 1.153 881
Equipamento de processamento de
dados 20 1.953 (1.479) 474 324
Veículos 20 22 (13) 9 10
Bens de uso próprio a imobilizar - 114 - 114 92
Total 500.903 (212.970) 287.933 309.879
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29
Consolidado
2015 2014
Taxa anual de Depreciação
depreciação - % Custo acumulada Líquido Líquido
Equipamento - locação (*) 10 220.989 (98.664) 122.325 114.059
Equipamento - locação 10 304.362 (127.288) 177.074 206.949
Benfeitorias em propriedades de
terceiros 10 6.577 (2.648) 3.929 2.115
Máquinas e equipamentos 10 3.968 (1.682) 2.286 1.539
Móveis e utensílios 10 2.745 (1.577) 1.168 902
Equipamento de processamento de
dados 20 2.028 (1.542) 486 341
Veículos 20 433 (281) 152 237
Bens de uso próprio a imobilizar 10 119 - 119 92
Total 541.221 (233.682) 307.539 326.234
Os equipamentos de locação referem-se a plataformas aéreas de trabalho (JLG, Genie e Skyjack),
geradores de energia (Cummins), manipuladores telescópicos (Sky Trak e Haullote),
compressores de ar (Sullair) e torres de iluminação (Amida).
Conforme mencionado na nota explicativa nº 18, em janeiro de 2015, houve aumento de capital
na Companhia cuja integralização foi feita por meio da incorporação de equipamentos, sendo o
montante líquido de depreciação na data da transação de R$24.812, os quais estavam onerados
por contratos de leasing no valor de R$17.565, na data da transação. Dessa forma, o valor de
R$24.812 foi capitalizado em contrapartida à obrigação pelo leasing e ao capital social.
Movimentação do custo - Controladora
Saldo em Saldo em
2014 Adições Baixas 2015
Equipamento - locação (*) 192.125 26.226 (6.066) 212.285
Equipamento - locação 277.953 3.795 (7.393) 274.355
Benfeitorias em propriedades de terceiros 3.947 2.445 - 6.392
Máquinas e equipamentos 2.523 606 - 3.129
Móveis e utensílios 2.159 495 (1) 2.653
Equipamento de processamento de dados 1.652 301 - 1.953
Veículos 116 6 (100) 22
Bens de uso próprio a imobilizar 92 830 (808) 114
Total 480.567 34.704 (14.368) 500.903
Saldo em Saldo em
2013 Adições Baixas 2014
Equipamento - locação (*) 199.706 - (7.581) 192.125
Equipamento - locação 193.071 98.993 (14.111) 277.953
Benfeitorias em propriedades de terceiros 3.123 824 - 3.947
Máquinas e equipamentos 2.413 237 (127) 2.523
Móveis e utensílios 2.078 81 - 2.159
Equipamento de processamento de dados 1.529 154 (31) 1.652
Veículos 158 3 (45) 116
Bens de uso próprio a imobilizar - 92 - 92
Total 402.078 100.384 (21.895) 480.567
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
30
Movimentação da depreciação acumulada - Controladora
Saldo em Saldo em
2014 Adições Baixas Transferência 2015
Equipamento - locação (*) (79.190) (20.955) 3.200 - (96.945)
Equipamento - locação (85.730) (28.294) 4.925 - (109.099)
Benfeitorias em propriedades de terceiros (1.866) (627) - - (2.493)
Máquinas e equipamentos (1.190) (251) - - (1.441)
Móveis e utensílios (1.278) (223) 1 - (1.500)
Equipamento de processamento de dados (1.328) (151) - - (1.479)
Veículos (106) (2) 95 - (13)
Total (170.688) (50.503) 8.221 - (212.970)
Saldo em Saldo em
2013 Adições Baixas Transferência 2014
Equipamento - locação (*) (64.620) (19.820) 5.250 - (79.190)
Equipamento - locação (69.139) (23.994) 7.403 - (85.730)
Benfeitorias em propriedades de terceiros (1.544) (322) - - (1.866)
Máquinas e equipamentos (1.006) (235) 51 - (1.190)
Móveis e utensílios (1.073) (205) - - (1.278)
Equipamento de processamento de dados (1.178) (154) - 4 (1.328)
Veículos (129) (12) 35 - (106)
Total (138.689) (44.742) 12.739 4 (170.688)
Líquido em 31 de dezembro de 2014 309.879
Líquido em 31 de dezembro de 2015 287.933
Movimentação do custo - Consolidado
Saldo em Saldo em
2014 Adições Baixas 2015
Equipamento - locação (*) 194.695 32.546 (6.252) 220.989
Equipamento - locação 307.959 3.796 (7.393) 304.362
Benfeitorias em propriedades de terceiros 4.132 2.477 (32) 6.577
Máquinas e equipamentos 2.938 1.031 - 3.968
Móveis e utensílios 2.251 495 (1) 2.745
Equipamento de processamento de dados 1.724 303 - 2.028
Veículos 554 38 (159) 433
Bens de uso próprio a imobilizar 92 835 (808) 119
Total 514.345 41.521 (14.645) 541.221
Saldo em Saldo em
2013 Adições Baixas 2014
Equipamento - locação (*) 202.384 - (7.689) 194.695
Equipamento - locação 222.142 101.575 (15.758) 307.959
Benfeitorias em propriedades de terceiros 3.273 859 - 4.132
Máquinas e equipamentos 2.775 290 (127) 2.938
Móveis e utensílios 2.170 81 - 2.251
Equipamento de processamento de dados 1.626 160 (31) 1.724
Veículos 626 3 (75) 554
Bens de uso próprio a imobilizar - 92 - 92
Total 434.996 103.060 (23.680) 514.345
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
31
Movimentação da depreciação acumulada - Consolidado
Saldo em Saldo em
2014 Adições Baixas Transferência 2015
Equipamento - locação (*) (80.636) (21.212) 3.200 (16) (98.664)
Equipamento - locação (101.010) (31.203) 4.925 - (127.288)
Benfeitorias em propriedades de terceiros (2.017) (630) - (1) (2.648)
Máquinas e equipamentos (1.399) (283) - - (1.682)
Móveis e utensílios (1.349) (229) 1 - (1.577)
Equipamento de processamento de dados (1.384) (158) - - (1.542)
Veículos (319) (116) 152 2 (281)
Total (188.114) (53.830) 8.272 (15) (233.681)
Saldo em Saldo em
2013 Adições Baixas Transferência 2014
Equipamento - locação (*) (65.885) (20.099) 5.348 - (80.636)
Equipamento - locação (82.917) (26.606) 8.513 - (101.010)
Benfeitorias em propriedades de terceiros (1.694) (323) - - (2.017)
Máquinas e equipamentos (1.186) (264) 51 - (1.399)
Móveis e utensílios (1.138) (211) - - (1.349)
Equipamento de processamento de dados (1.255) (164) 31 4 (1.384)
Veículos (302) (82) 65 - (319)
Total (154.377) (47.749) 14.008 4 (188.114)
Líquido em 31 de dezembro de 2014 326.234
Líquido em 31 de dezembro de 2015 307.539
(*) Equipamentos de locação adquiridos por arrendamento financeiro.
Informações adicionais sobre o ativo imobilizado
A Companhia possui bens cedidos em garantia, cujo montante é de R$26.799 (R$32.428 em
2014), que corresponde ao saldo devedor desses bens alienados na operação de financiamento
da compra do próprio ativo. A Companhia e sua controlada não possuem bens cedidos nem
arrolados em defesa de processos judiciais.
11. INTANGÍVEL
Controladora
2015 2014
Taxa anual de Amortização
amortização - % Custo acumulada Líquido Líquido
Softwares 20 1.113 (957) 156 244
Consolidado
2015 2014
Taxa anual de Amortização
amortização - % Custo acumulada Líquido Líquido
Softwares 20 1.152 (991) 161 250
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
32
Movimentação do custo - Controladora
Saldo em Saldo em Saldo em
2015 Adições 2014 Adições 2013
Softwares 1.113 18 1.095 52 1.043
Movimentação da amortização acumulada - Controladora
Saldo em Saldo em Saldo em
2015 Adições 2014 Adições 2013
Softwares (957) (106) (851) (112) (739)
Movimentação do custo - Consolidado
Saldo em Saldo em Saldo em
2015 Adições 2014 Adições 2013
Softwares 1.152 18 1.134 58 1.076
Movimentação da amortização acumulada - Consolidado
Saldo em Saldo em Saldo em 2015 Adições 2014 Adições 2013
Softwares (991) (107) (884) (114) (770)
12. FORNECEDORES
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Fornecedores nacionais 5.066 15.267 5.844 15.826
Fornecedores estrangeiros - 1 - 1
Total 5.066 15.268 5.884 15.827
O prazo médio de pagamento das compras das mercadorias em 31 de dezembro de 2015 e de
2014 é de 30 dias na controladora e no consolidado.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
33
13. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Empréstimos e financiamentos bancários e contas
garantidas (a) 25.560 2.453 35.409 2.540
Financiamentos com terceiros (não bancos) (b) 19.474 20.153 19.474 20.154
Arrendamento mercantil financeiro (c) 19.997 32.428 19.997 32.526
Total 65.031 55.034 74.880 55.220
Circulante 29.531 30.729 33.881 30.915
Não circulante 35.500 24.305 40.999 24.305
(a) Empréstimos e financiamentos bancários e contas garantidas
Controladora
2015 2014
Moeda nacional (empréstimos - capital de giro e FINAME) 25.560 2.453
Circulante 11.497 1.883
Não circulante 14.063 570
Referem-se a empréstimos e financiamentos de capital de giro com juros remuneratórios
correspondentes à variação de 100% do CDI, acrescido de uma taxa prefixada e vencimentos
variados, sendo o último em 2019.
Composição dos empréstimos e financiamentos bancários por vencimento
Controladora
Até
30 dias
De 31 a
60 dias
De 61 a
90 dias
De 91 a
180 dias
De 181 a
360 dias
Acima de
360 dias Total
Total 1.161 1.169 1.323 3.244 4.600 14.063 25.560
(b) Financiamentos com terceiros (não bancos)
Controladora
2015 2014
Moeda nacional - 546
Dólares norte-americanos (US$) (convertidos para moeda local) 19.474 19.607
Total 19.474 20.153
Circulante 9.927 7.301
Não circulante 9.547 12.852
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
34
Os financiamentos com terceiros (não bancos) referem-se a obrigações contratadas
diretamente com alguns dos principais fornecedores da Companhia e possuem taxa média
anual de 2,85% em 31 de dezembro de 2015 (2,85% ao ano em 31 de dezembro de 2014).
Os financiamentos possuem vencimentos variados, sendo o último em 2019. Esses
financiamentos são garantidos por meio de alienação fiduciária dos bens arrendados e de
notas promissórias emitidas pela Companhia.
Composição dos financiamentos com terceiros por vencimento
Controladora
Até
30 dias
De 31 a
60 dias
De 61 a
90 dias
De 91 a
180 dias
De 181 a
360 dias
Acima de
360 dias Total
Moeda estrangeira - 1.786 1.730 2.201 4.210 9.547 19.474
(c) Obrigações de arrendamento mercantil financeiro
São garantidas por meio de alienação fiduciária dos bens arrendados. A taxa média aplicada
para arrendamento mercantil financeiro é de aproximadamente 1,23% ao mês.
Controladora
2015 2014
Obrigações brutas de arrendamento financeiro e pagamentos mínimos
de arrendamento:
Menos de um ano 8.288 21.545
Mais de um ano e menos de cinco anos 16.900 19.314
Total 25.188 40.859
Encargos de financiamentos futuros sobre os arrendamentos
financeiros (5.191) (8.431)
Valor presente das obrigações de arrendamento mercantil financeiro 19.997 32.428
Valor presente das obrigações de arrendamento mercantil financeiro:
Menos de um ano 8.107 21.545
Mais de um ano e menos de cinco anos 11.882 10.883
Total 19.997 32.428
Abertura entre um ano e menos de cinco anos (parcela não circulante):
De um a dois anos 10.277 9.385
De dois a três anos 1.603 1.498
Total 11.882 10.883
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
35
Consolidado
a) Empréstimos e financiamentos bancários e contas garantidas
Consolidado
2015 2014
Moeda nacional (empréstimos - capital de giro e FINAME) 35.409 2.540
Circulante 15.847 1.970
Não circulante 19.562 570
Referem-se a empréstimos e financiamentos de capital de giro com juros remuneratórios
correspondentes à variação de 100% do CDI, acrescido de uma taxa de “spread” e
vencimentos variados, sendo o último em 2019.
Composição dos empréstimos e financiamentos bancários por vencimento
Consolidado
Até
30 dias
De 31 a
60 dias
De 61 a
90 dias
De 91 a
180 dias
De 181 a
360 dias
Acima de
360 dias Total
Total 1.161 1.169 1.639 4.832 7.046 19.562 35.409
b) Financiamentos com terceiros (não bancos)
Consolidado
2015 2014
Moeda nacional - 547
Dólares norte-americanos (US$) (convertidos para moeda local) 19.474 19.607
Total 19.474 20.154
Circulante 9.927 7.302
Não circulante 9.547 12.852
Os financiamentos com terceiros (não bancos) referem-se a obrigações contratadas
diretamente com alguns dos principais fornecedores da Companhia e possuem taxa média
anual de 2,85% em 31 de dezembro de 2015 (2,85% ao ano em 31 de dezembro de 2014).
Os financiamentos possuem vencimentos variados, sendo o último em 2019. Esses
financiamentos são garantidos por meio de alienação fiduciária dos bens arrendados e de
notas promissórias emitidas pela Companhia.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
36
Composição dos financiamentos com terceiros por vencimento
Consolidado
Até
30 dias
De 31 a
60 dias
De 61 a
90 dias
De 91 a
180 dias
De 181 a
360 dias
Acima de
360 dias Total
Moeda estrangeira - 1.786 1.730 2.201 4.210 9.547 19.474
c) Obrigações de arrendamento mercantil financeiro
São garantidas por meio de alienação fiduciária dos bens arrendados. A taxa média aplicada
para arrendamento mercantil financeiro é de aproximadamente 1,23% ao mês em 2015 e
2014.
Consolidado
2015 2014
Obrigações brutas de arrendamento financeiro e pagamentos mínimos
de arrendamento:
Menos de um ano 8.288 21.643
Mais de um ano e menos de cinco anos 16.900 19.340
Total 25.188 40.983
Encargos de financiamentos futuros sobre os arrendamentos financeiros (5.191) (8.457)
Valor presente das obrigações de arrendamento mercantil financeiro 19.997 32.526
Valor presente das obrigações de arrendamento mercantil financeiro:
Menos de um ano 8.107 21.643
Mais de um ano e menos de cinco anos 11.882 10.883
Total 19.997 32.526
Abertura entre um ano e menos de cinco anos (parcela não circulante):
De um a dois anos 10.277 9.385
De dois a três anos 1.603 1.498
Total 11.882 10.883
Os contratos de empréstimos e financiamentos da Companhia e de sua controlada não
possuem cláusulas restritivas com base em indicadores financeiros.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
37
14. DEBÊNTURES
Em 20 de março de 2014, foi aprovada a primeira emissão pela Companhia para o fiduciário
Pentágono S.A., de um total de 8.000 debêntures simples, não conversíveis em ações,
nominativas, em série única da espécie quirografária no valor de R$80.000, e valor nominal
unitário de R$10,00. As debêntures têm vencimento final em 20 de março de 2019 e remuneração
de fator DI x fator “spread”, com pagamentos mensais de juros e amortização em 49 parcelas
mensais e contínuas, sendo o primeiro vencimento em 20 de março de 2015.
Controladora e Consolidado
Captação
Provisão
de juros
Pagamento
de juros 2014
Provisão
de juros
Pagamento
de juros
Pagamento
principal 2015
80.000 7.290 (6.994) 80.296 10.914 (10.844) (16.326) 64.040
Circulante 16.623 19.957
Não circulante 63.673 44.083
O presente contrato tem a seguinte cláusula restritiva:
“O descumprimento pela Emissora (Companhia) da manutenção do índice financeiro no limite
abaixo estabelecido nas datas de sua respectiva apuração anual, observado que a primeira
verificação será feita com base nas demonstrações financeiras consolidadas referentes ao
exercício social a se encerrar em 31 de dezembro de 2015 (“Índice Financeiro”):
O índice obtido da divisão da Dívida Líquida pelo EBITDA não deverá ser maior ou igual a 2,5
(dois inteiros e cinco décimos).”
O descumprimento da cláusula restritiva acarretará a antecipação do vencimento, tornando este
imediato.
Em 2015, a dívida líquida da Companhia totalizou R$124.825 (R$121.560 em 2014), sendo o
total de “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization - EBITDA” de
R$76.892 (R$95.733 em 2014), gerando um índice financeiro de 1,62 (1,27 em 2014) e, por
consequência, menor que o índice máximo de 2,5 permitido.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
38
15. IMPOSTOS A RECUPERAR E IMPOSTOS A RECOLHER
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Impostos a recuperar:
Imposto de renda a compensar 1.874 1.489 2.213 1.780
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL a
compensar 415 402 415 437
Programa de Integração Social - PIS e Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social -
COFINS a recuperar 10.719 - 10.851 -
Outros 385 324 1.543 447
Total 13.393 2.215 15.022 2.664
Circulante 4.030 2.215 5.527 2.664
Não circulante 9.363 - 9.495 -
Impostos a recolher:
PIS e COFINS - 216 265 478
PIS e COFINS diferidos 3.964 3.677 3.964 3.676
Outros 122 878 806 1.094
Total 4,086 4.771 5.035 5.248
Circulante 122 1.094 1.071 1.572
Não circulante 3.964 3.677 3.964 3.676
A Companhia adquire máquinas e equipamentos para sua operação por meio de arrendamento
financeiro (nota explicativa nº 10). Nesse contexto, a Companhia obtém crédito de PIS e
COFINS quando realiza o pagamento das parcelas dos arrendamentos financeiros. Até 2014 os
créditos eram reconhecidos de acordo com a depreciação incorrida no mês, considerando a vida
útil dos ativos de dez anos. Em 2015, a apropriação dos créditos passou a ser calculada no prazo
de quatro anos sobre o valor correspondente a 1/48 mensais do valor do bem.
16. SALÁRIOS E ENCARGOS SOCIAIS
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Provisão de férias 2.537 2.760 2.917 3.198
Provisão de gratificações 632 1.819 969 2.251
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS a recolher 1.140 1.069 1.257 1.199
Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF sobre salários 460 428 495 467
Outros 400 26 403 25
Total 5.169 6.102 6.041 7.140
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
39
17. PROVISÕES PARA RISCOS TRABALHISTAS E FISCAIS
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Trabalhistas (a) 1.424 395 1.539 404
Fiscais (b) - 367 - 387
Total 1.424 762 1.539 791
(a) Referem-se, basicamente, a ações ingressadas por ex-funcionários relativas a pagamento de
direitos trabalhistas (verbas rescisórias, desvio de função, horas extras, multa de FGTS e
adicionais de periculosidade e insalubridade), equiparação salarial, danos morais e materiais,
indenizações e responsabilidade subsidiária, assim como a recolhimentos por impacto das
diferenças de acordos coletivos.
(b) Referem-se à anulação de auto de infração de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços - ICMS, lavrado em julho de 2006, pela Secretaria da Fazenda do Estado de Minas
Gerais, por irregularidades no transporte de equipamento em retorno de locação.
Movimentação durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015
Controladora
Reversões/
2014 Constituições pagamentos 2015
Trabalhistas 395 1.369 (340) 1.424
Fiscais 367 - (367) -
Total 762 1.369 (707) 1.424
Consolidado
Reversões/
2014 Constituições pagamentos 2015
Trabalhistas 404 1.484 (349) 1.539
Fiscais 387 - (387) -
Total 791 1.484 (736) 1.539
Processos com prognóstico de perda possível
Os processos considerados como perda possível pela Administração da Companhia e de sua
controlada, consubstanciados pelos assessores jurídicos internos e externos, não são
provisionados nas demonstrações financeiras e têm a seguinte composição:
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Trabalhistas (a) 2.056 773 2.106 790
Fiscais (b) 2.724 6.020 3.610 9.847
Cíveis 10 317 10 317
Total 4.790 7.110 5.726 10.954
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
40
(a) Referem-se, basicamente, a outras ações propostas por aviso prévio, 13º salário, férias,
adicionais de periculosidade e insalubridade, FGTS, reintegração, indenização por danos
materiais, morais e estéticos e anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS.
(b) Referem-se, basicamente, a embargos opostos à execução fiscal, ajuizada pela União, para
a cobrança de diferenças de COFINS e de créditos tributários decorrentes do aumento da
alíquota de 1% para 3% da COFINS.
Existem depósitos judiciais trabalhistas registrados no ativo não circulante nos montantes de
R$15 na controladora e R$748 no consolidado em 31 de dezembro de 2015 (R$153 na
controladora e R$1.018 no consolidado em 31 de dezembro de 2014), os quais estão vinculados
às provisões constituídas nesses exercícios.
18. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
18.1. Capital social
Em 31 de dezembro de 2015, o capital social subscrito e integralizado era de R$203.468
(R$196.221 em 2014), dividido em 138.986.537 ações ordinárias (134.108.110 ações em
2014), sem valor nominal.
2015 2014
Acionista Capital
Ações
(000) % Capital
Ações
(000) %
SCG III Holding S.A. 137.355 93.876 67,54 137.355 93.876 70,00
Sullair Argentina S.A. (*) 58.866 40.232 28,95 58.866 40.232 30,00
Ricardo Vantini 7.247 4.878 3,51 - - -
Total 203.468 138.986 100,00 196.221 134.108 100,00
(*) Entidade domiciliada no exterior na cidade de Buenos Aires, Argentina, e com capital
estrangeiro registrado no Banco Central do Brasil - BACEN.
Em 31 de janeiro de 2015, a Companhia aprovou em Assembleia Geral de Acionistas o
ingresso de um novo acionista, o Sr. Ricardo Vantini. O aumento de capital, no montante
de R$7.247, ocorreu por meio da incorporação de equipamentos, cujo montante líquido
de depreciação na data da transação era de R$24.812, os quais estavam onerados por
contratos de leasing pelo valor de R$17.565, na data da transação.
18.2. Destinação do lucro líquido do exercício
O estatuto social da Companhia prevê o pagamento de dividendos mínimos de 1%
calculados sobre o lucro líquido do exercício ajustado na forma da Lei das Sociedades por
Ações.
A reserva de lucros para investimentos é constituída com base nos lucros remanescentes
após as destinações de reserva legal e de dividendos mínimos obrigatórios e é submetida
à aprovação em Assembleia Geral a ocorrer em exercício subsequente à emissão das
demonstrações financeiras.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
41
Destinação do lucro líquido atribuível aos acionistas da controladora
2015 2014
Lucro líquido do exercício atribuível aos acionistas da controladora 23.847 22.036
Constituição de reserva legal (5%) (1.191) (1.101)
Dividendos mínimos obrigatórios (1%) (227) (209)
Reserva de lucros 22.429 20.726
18.3. Reserva de capital - ágio
Conforme mencionado na nota explicativa nº 1, em 19 de junho de 2014, a Companhia
realizou a incorporação reversa da sua então controladora SCG IIIA, que resultou no
registro de impostos diferidos, no montante de R$69.337, naquela data. Por tratar-se de
uma transação decorrente da incorporação de controladora com os acionistas existentes
naquela data, em contrapartida ao registro do imposto de renda diferido, também foi
registrada reserva de capital no patrimônio líquido.
19. RECEITA LÍQUIDA
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Aluguel de equipamentos 200.989 208.218 220.203 232.488
Vendas de peças 10.686 15.983 20.061 26.993
Vendas de usados 7.526 18.135 7.526 18.258
Serviços 6.432 4.971 7.357 6.026
225.633 247.307 255.147 283.765
Impostos sobre receitas
COFINS (7.746) (13.192) (9.623) (15.512)
PIS (1.718) (2.865) (2.124) (3.368)
ICMS (1.038) (1.785) (1.925) (2.871)
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI e
Imposto Sobre Serviços - ISS (239) (180) (595) (496)
(10.741) (18.022) (13.077) (22.247)
Descontos e abatimentos (22.812) (17.481) (25.047) (19.657)
Receita líquida 192.080 211.804 215.833 241.861
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
42
20. DESPESA POR NATUREZA
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Peças e equipamentos (5.061) (9.443) (8.819) (14.700)
Baixa de ativo destinado à locação (3.170) (8.620) (3.182) (9.166)
Depreciação e amortização (notas explicativas nº 10 e
nº 11) (50.609) (44.854) (53.937) (47.863)
Aluguel de equipamentos e ferramentas e
manutenção e reparo (11.714) (10.648) (13.732) (13.358)
Salários e benefícios a empregados (46.503) (45.738) (51.691) (52.223)
Fretes e carretos (8.391) (7.084) (9.098) (8.265)
Serviços de terceiros (6.265) (6.032) (6.935) (7.415)
Material de consumo (21.403) (22.016) (24.676) (25.375)
Viagens e representações (4.075) (3.888) (5.005) (4.916)
Outras (14.128) (8.876) (15.803) (10.710)
Total (171.319) (167.199) (192.878) (193.911)
Classificadas como:
Custo dos produtos vendidos e serviços prestados (111.816) (115.355) (124.453) (131.992)
Despesas com vendas (25.431) (25.592) (31.434) (31.340)
Despesas gerais e administrativas (33.464) (27.433) (36.350) (31.649) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (608) 1.181 (641) 990
Total (171.319) (167.199) (192.878) (193.911)
21. RESULTADO FINANCEIRO, LÍQUIDO
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Despesas financeiras:
Juros sobre empréstimos e financiamentos (17.963) (17.196) (18.424) (17.347)
Outras despesas financeiras (1.362) (1.664) (1.490) (1.837)
(19.325) (18.860) (19.914) (19.184)
Receitas financeiras:
Receitas de juros 2.114 4.232 1.970 3.745
Ganho nas operações com instrumentos financeiros
derivativos 5.574 2.475 5.574 2.475
Outras receitas financeiras 1.775 233 1.837 240
9.463 6.940 9.381 6.460
Variações monetárias e cambiais, líquidas:
Variação monetária ativa 9 202 9 231
Despesa de variação cambial (11.141) (5.367) (11.804) (5.835)
Receita de variação cambial 2.710 2.992 2.834 3.270
(8.422) (2.173) (8.961) (2.334)
_____ _____ _____ _____
Total (18.284) (14.093) (19.494) (15.058)
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43
22. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Conciliação de imposto de renda e contribuição social
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Resultado antes do imposto de renda e da contribuição
social 3.180 31.895 3.461 32.812
Alíquota nominal - % 34 34 34 34
Imposto de renda e contribuição social à alíquota
nominal (1.081) (10.844) (1.177) (11.156)
Participação nos lucros de controlada 249 470 - -
Crédito fiscal constituído sobre prejuízo fiscal e base
negativa 21.074 - 21.074 -
Outras adições (exclusões), líquidas 425 515 489 382
Imposto de renda e contribuição social do exercício 20.667 (9.859) 20.386 (10.774)
Correntes - 724 (503) (862)
Diferidos 20.667 (10.583) 20.889 (9.912)
Total 20.667 (9.859) 20.386 (10.774)
De acordo com a legislação fiscal vigente, os registros contábeis e fiscais do imposto de renda e
da contribuição social dos últimos cinco exercícios encontram-se abertos para eventual fiscalização
por parte das autoridades fiscais. Outros impostos e contribuições sociais permanecem sujeitos à
revisão e aprovação pelos órgãos competentes por períodos variáveis de tempo.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, não houve pagamentos de imposto de
renda e contribuição social (pagamentos de R$1.302 na controladora e consolidado em 2014).
23. PARTES RELACIONADAS
23.1. Saldos
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
ATIVO
Circulante-
Operações comerciais:
Sullair Argentina S.A. 17 12 17 12
Sullair do Brasil Ltda. - 27 - -
17 39 17 12
Não circulante-
Operações de mútuo (a)-
Sullair do Brasil Ltda. - 2.489 - -
Total do ativo 17 2.528 17 12
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44
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
PASSIVO
Circulante-
Operações comerciais:
Sullair Argentina S.A. - - - 64
Sullair Corporation - - 1.295 1.161
- - 1.295 1.225
Não circulante-
Empréstimos (b):
Sullair do Brasil Ltda. 15 - - -
Kerilar Company S.A. 794 540 793 540
809 540 793 540
Total do passivo 809 540 2.088 1.765
(a) As operações de mútuo realizadas com a Sullair do Brasil Ltda. referem-se a empréstimos
para atender às necessidades temporárias de caixa sem data de vencimento e com taxa de
juros de 12% ao ano.
(b) Os empréstimos existentes com a Kerilar Company S.A. tinham até então a necessidade
de suprir capital de giro da Companhia, antes da entrada do novo sócio majoritário, com
juros de 9% ao ano, além de estarem expostos à variação cambial do dólar norte-
-americano, e têm prazo de vencimento médio de 740 dias após a data da operação.
23.2. Transações comerciais e empréstimos
Controladora
Custos e
despesas Receita de
“intercompany”
2015 2014 2015 2014 Kerilar Company S.A. 253 - - - Sullair do Brasil Ltda. - - 365 737 Total 253 - 365 737
Consolidado
Custos e
despesas Receita de
“intercompany”
2015 2014 2015 2014 Kerilar Company S.A. 253 - - - Total 253 - - -
23.3. Remuneração do pessoal-chave da Administração
A remuneração paga ao pessoal-chave da Administração inclui salários e bonificações,
totalizando R$3.853 na controladora e no consolidado em 31 de dezembro de 2015
(R$8.515 na controladora e R$8.804 no consolidado em 31 de dezembro de 2014).
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45
24. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
24.1. Fatores de risco financeiro
As atividades da Companhia e de sua controlada as expõem a diversos riscos financeiros,
incluindo risco de moeda, risco de taxa de juros, risco de crédito e risco de liquidez. A
Administração concentra-se na busca por instrumentos de gestão para minimizar
potenciais efeitos adversos no seu desempenho financeiro. A gestão de risco é realizada
segundo as políticas aprovadas por seus acionistas. A Companhia e sua controlada usam
instrumentos financeiros derivativos para proteger suas exposições a certos riscos
expostos.
a) Risco cambial
A Companhia e sua controlada estão expostas ao risco cambial decorrente de
exposições ao dólar norte-americano (US$). O risco cambial decorre basicamente de
passivos para aquisição de seu imobilizado, líquidos dos efeitos de variação cambial.
Cenário provável
Controladora Consolidado
Taxa de conversão reais/dólar norte-americano (R$/US$) 3,9048 3,9048
Saldos totais indexados em dólar norte-americano (US$):
Empréstimos e financiamentos 19.474 19.474
Partes relacionadas 809 2.088
20.283 21.562
Taxa de conversão estimada reais/dólar norte-americano
(R$/US$) em 2016 (*) 4,30 4,30
Efeito no resultado e patrimônio líquido em 2016 -
variação estimada no resultado financeiro em reais (R$) 2.053 2.182
(*) Taxa anual estimada obtida do Banco Central do Brasil - BACEN.
b) Risco de taxa de juros
A Companhia e sua controlada têm passivos significativos em que incidem juros
substancialmente atrelados a taxas prefixadas. O risco de taxa de juros decorre de
empréstimos e arrendamentos mercantis financeiros de longo prazo. A Companhia e
sua controlada analisam sua exposição à taxa de juros com base na simulação de
cenários, levando em consideração, principalmente, mudanças das taxas praticadas. A
simulação é feita quando há necessidade de um novo empréstimo ou arrendamento
mercantil financeiro.
Foi simulada a exposição de taxas de juros para a carteira de aplicações financeiras e
empréstimos e financiamentos expostos à variação de taxas de juros - CDI para 31 de
dezembro de 2015 conforme segue:
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46
Cenário provável - CDI
Controladora Consolidado
Aplicações financeiras:
Taxa efetiva em 31 de dezembro de 2015 14,14% 14,14%
Saldo de aplicações financeiras indexadas em CDI 10.219 13.388
Taxa anual estimada da taxa CDI em
31 de dezembro de 2016 (*) 14,25% 14,25%
Efeito no resultado e patrimônio líquido em 2016 -
variação estimada no resultado financeiro 11 15
Empréstimos e financiamentos:
Taxa efetiva em 31 de dezembro de 2015 14,14% 14,14%
Saldo de empréstimos e financiamentos indexados
em CDI 22.264 32.133
Taxa anual estimada da taxa CDI em
31 de dezembro de 2016 (*) 14,25% 14,25%
Efeito no resultado e patrimônio líquido em 2016 -
variação estimada no resultado financeiro 24 25
(*) Taxa anual estimada obtida do BACEN.
c) Risco de crédito
O risco de crédito ao qual a Companhia e sua controlada estão sujeitas divide-se em
dois grupos: (i) crédito bancário; e (ii) crédito a clientes.
No que concerne ao risco de crédito bancário, com base nas sobras de caixa, a
Administração determina os limites de crédito de aplicação para cada banco, mantendo
aplicações somente nos bancos considerados pela Administração de primeira linha,
nacionais ou estrangeiros.
Em relação ao risco de clientes, a Companhia e sua controlada, por meio de controles
internos, monitoram permanentemente o nível das contas a receber, o que mitiga o
risco de contas inadimplentes. Adicionalmente, antes da aceitação de cada cliente, é
efetuada uma análise de risco, com base no relacionamento histórico e em seus
demonstrativos financeiros.
d) Risco de liquidez
É o risco em que a Companhia e sua controlada irão encontrar dificuldades em cumprir
com as obrigações associadas aos seus passivos financeiros que são liquidados com
pagamentos à vista ou com outro ativo financeiro. A Companhia e sua controlada
procuram sempre garantir ao máximo a liquidez suficiente para cumprir com suas
obrigações, sob condições normais e de estresse, sem causar perdas inaceitáveis ou
com risco de prejudicar suas reputações.
O Departamento de Tesouraria da Companhia e de sua controlada monitora as
previsões contínuas das exigências de liquidez da Companhia e de sua controlada para
assegurar que tenha caixa suficiente para atender às necessidades operacionais.
Também mantém espaço suficiente em suas linhas de crédito compromissadas
disponíveis a qualquer momento.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
47
A tabela a seguir analisa os principais passivos financeiros por faixas de vencimento,
correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até o vencimento
contratual, quando a Companhia e sua controlada esperam realizar sua liquidação.
Controladora
Menos de
um 1 ano
Entre 1
e 2 anos
Entre 2
e 5 anos Total
Em 31 de dezembro de 2015:
Debêntures 19.957 19.592 24.491 64.040
Partes relacionadas - 809 - 809
Empréstimos e financiamentos:
Bancários, contas garantidas e
financiamentos com terceiros 21.424 23.610 - 45.034
Arrendamento mercantil financeiro 8.107 10.277 1.613 19.997
Fornecedores 5.066 - - 5.066
Outros passivos 2.314 - - 2.314
Total 56.868 54.288 26.104 137.260
Consolidado
Menos de
um 1 ano
Entre 1
e 2 anos
Entre 2
e 5 anos Total
Em 31 de dezembro de 2015:
Debêntures 19.957 19.592 24.491 64.040
Partes relacionadas 1.295 793 - 2.088
Empréstimos e financiamentos:
Bancários, contas garantidas e
financiamentos com terceiros 25.774 29.109 - 54.883
Arrendamento mercantil financeiro 8.107 10.277 1.613 19.997
Fornecedores 5.884 - - 5.884
Outros passivos 2.850 - - 2.850
Total 63.867 59.771 26.104 149.742
24.2. Categorias de instrumentos financeiros
A Administração da Companhia e de sua controlada acredita que os valores contábeis dos
instrumentos financeiros não são significativamente diferentes dos seus respectivos
valores justos, considerando-se que as taxas de juros desses instrumentos não são
significativamente diferentes das taxas de mercado.
Adicionalmente, os montantes de contas a receber de clientes e fornecedores destas
demonstrações financeiras não diferem significativamente dos respectivos valores justos
devido ao fato de o giro dessas contas ser de curto prazo.
24.3. Gestão do risco de capital
O objetivo da Companhia e de sua controlada ao administrarem seu capital é o de
salvaguardar a capacidade de sua continuidade. Para manter ou ajustar a estrutura do
capital, a Companhia e sua controlada podem adotar determinadas práticas operacionais,
como vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento.
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
48
A Companhia e sua controlada monitoram o capital com base no índice de alavancagem
financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total. A dívida
líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos e financiamentos, subtraído do
montante de caixa e equivalentes de caixa. O capital total é apurado por meio da soma do
patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço patrimonial, com a dívida líquida.
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Debêntures 64.040 80.296 64.040 80.296
Empréstimos e financiamentos 65.031 55.034 74.880 55.220
Caixa e equivalentes de caixa (10.810) (12.653) (14.095) (13.956)
Dívida líquida 118.261 122.677 124.825 121.560
Patrimônio líquido 335.292 304.425 335.329 304.462
Índice de alavancagem financeira 26,07% 28,72% 27,13% 28,53%
A Companhia ainda monitora o capital com base no índice de capital circulante líquido,
que corresponde à capacidade que a Companhia possui de honrar com suas dívidas no
curto prazo subtraindo-se o passivo circulante do ativo circulante:
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Capital circulante líquido
(capital circulante negativo) 8.506 (3.335) 15.762 3.733
25. SEGUROS
Importância
Ramo segurada Vigência
Frota 200 Junho de 2015 a junho de 2016
Equipamentos móveis - riscos diversos 4.000 Junho de 2015 a junho de 2016
Responsabilidade civil geral 10.000 Junho de 2015 a junho de 2016
Multirriscos 1.000 Junho de 2015 a junho de 2016
26. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DOS FLUXOS DE CAIXA
As movimentações patrimoniais que não afetaram os fluxos de caixa da Companhia e de sua
controlada são como segue:
Controladora Consolidado
2015 2014 2015 2014
Aquisição de imobilizado sem efeito de caixa em
decorrência de aumento de capital 24.812 - 24.812 -
Solaris Equipamentos e Serviços S.A. e Controlada
49
2015-3205
27. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS
Em 18 de março de 2016, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram
aprovadas e autorizadas para emissão pela Diretoria da Companhia e consideram os eventos
subsequentes ocorridos até essa data que pudessem ter efeitos relevantes sobre elas.