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SOCIEDADE CIVIL REFLEXÕES
Geancarlo Stein
Orientador: Rogério Portanova
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SOCIEDADE CIVIL 2
Sociedade Civil compreensão do que é sociedade civil ,
como se forma e qual seu papel no cenário jurídico-político.
os diferentes agentes e seus meios de atuação
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SOCIEDADE CIVIL 3
Governo Comum
o governo que se pode chamar de geral é a
junção do governo civil com o estatal
evoluções e acidentes de percurso: os
diferentes interesses em conflito dentro da
nação
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SOCIEDADE CIVIL 4
Sociedade Política
a união de todos não significa a comunhão
ou coincidência de objetivos
a soberania delegada pelo pacto se
multifaceta e retorna de forma
desequilibrada aos diversos contratantes
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SOCIEDADE CIVIL 5
Segundo os Jusnaturalistas o critério de propriedade :o homem em
estado de natureza nada possui senão aquilo
que consegue manter.
a sociedade nasce com o objetivo de
estabelecer um poder comum
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SOCIEDADE CIVIL 6
Segundo os Teólogos o termo Sociedade Civil é usado para
distinguir a esfera temporal da espiritual,
mantendo-se intocada a reserva de poder da
igreja
diferentes tipos de relações de poder,
viciados por interferências das diversas
castas
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SOCIEDADE CIVIL 7
Segundo Rousseau
o Estado somente se justifica enquanto
garantir o bem estar do indivíduo
“o homem nasce livre e em todo lugar
encontra-se a ferros, aquele que se crê
senhor dos demais é mais escravo do que
qualquer um”
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SOCIEDADE CIVIL 8
Segundo Rousseau
seus conceitos sobre sociedade civil foram
apropriados por regimes totalitários que os
utilizaram para interpretações dirigidas
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SOCIEDADE CIVIL 9
Segundo Hegel a família é uma sociedade natural e a partir
dela se constituem os núcleos base da sociedade
Sociedade Civil vs Estado : quando a vitória significa derrota para os dois lados
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SOCIEDADE CIVIL 10
Segundo Hegel
o Estado é mais que um pacto voluntário, é
o desenrolar natural da evolução social
a sociedade civil é preliminar ao Estado,
não é o Estado que a fundamenta, mas o
contrário
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SOCIEDADE CIVIL 11
Interpretação de Marx um sistema econômico engendrado para
favorecer e manter a hegemonia da classe dominante sobre a dominada
é o espaço onde têm lugar as relações
econômicas e onde a sociedade civil reflete
em diferentes graus os desajustes
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SOCIEDADE CIVIL 12
Interpretação de Marx o homem egoístico e o homem social: há
uma luta anterior à própria luta de classes
as relações econômicas predominam sobre
as razões políticas, resultando num
comprometimento de todo o sistema
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SOCIEDADE CIVIL 13
Gramsci Estado e sociedade civil formam as duas
superestruturas que se debatem cada um na
busca de fazer prevalecer a sua ideologia
a superestrutura estabelece padrões que
servirão de ponto de apoio para um novo
patamar
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SOCIEDADE CIVIL 14
Conceituação Atual a sociedade civil, em termos gerais,é
representada pelos espaços onde
ocorrem as relações de poder de fato
o Estado, por sua vez, abrange os
espaços das relações do poder legítimo
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SOCIEDADE CIVIL 15
Agentes da Sociedade Civil
instituições de diversos níveis e finalidades
estabelecem relações dentro de uma
civilização anacrônica
a disputa que se observa é para estabelecer de
quem será a ideologia e disciplina a que irão
predominar
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SOCIEDADE CIVIL 16
Governo poder legítimo (se não levarmos tão a sério
as diferenças de finalidades sociedade vs
Estado) capaz de levar a efeito diretrizes
o Governo transparece o exercício das ações
da classe ideológica temporariamente no
poder
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SOCIEDADE CIVIL 17
Governo a predominância de um grupo tende a
desencadear reações em cadeia e contraposição
dos demais elos da sociedade civil
o poder soberano é obrigado a abrir espaço para
outras esferas num jogo de equilíbrio constante
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SOCIEDADE CIVIL 18
Igreja ocupa espaço influente na sociedade mas e
encontra-se dividida entre suas diferentes correntes, dividindo assim a própria força
a espiritualidade (com sua força de juízo de
valor) trabalha como coercitivo moral e
anteparo à certos tipos de crises
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SOCIEDADE CIVIL 19
Igreja a maturidade das religiões evangélicas
forçaram uma reinterpretação das regras de
influência as mudanças de costumes como fator de
preocupação para a igreja Católica e como oportunidade para as correntes menos ortodoxas
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SOCIEDADE CIVIL 20
Partidos Políticos
mecanismo por excelência da
representatividade da sociedade civil
é a instituição com a definição mais ética do
ponto de vista social: assume como seu
objetivo a conquista do poder
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SOCIEDADE CIVIL 21
Partidos Políticos
o modelo brasileiro deverá necessariamente
passar por adaptações e depurações
diretrizes e segmentos: programa a seguir
ou adequação à realidade? O conflito entre
ideologia e prática
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SOCIEDADE CIVIL 22
Sindicalismo
força transformadora da sociedade e
instrumento do corporativismo de classe
possuidor das mesmas mazelas típicas dos
partidos políticos, onde grupos menores
travam uma batalha surda entre si
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SOCIEDADE CIVIL 23
Comunidade Universitária
modelo reprodutor de comportamentos que
refletem o macrocosmo quando deveria
sugerir novos caminhos
a universidade é a seara onde se confrontam
e germinam ideologias
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SOCIEDADE CIVIL 24
Comunidade Universitária
um modelo nem sempre democrático, mas
de fundamental importância para o
desenvolvimento social e o aprimoramento
dos debates
enter suas virtudes está a prerrogativa de
estabelecer laboratórios a serviço da pólis
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SOCIEDADE CIVIL 25
Mídia com seu poder disseminador ocupa função
determinante para a politização do grupo social
através do acesso aos meios de comunicação seleciona-se a mensagem, a forma de transmiti-la e quem irá alcançá-la
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SOCIEDADE CIVIL 26
Mídia
comportando-se como verdadeiro quarto
poder tem-se na mídia ao mesmo tempo um
aliado e um adversário
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SOCIEDADE CIVIL 27
Classe Hegemônica na disputa pelo poder é comum a
constituição de barreiras como forma de preservar sua posição
essa manutenção de posições ocasiona
movimentos interessantes de não
interferência: a nova moeda de troca grupo
social fechado
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SOCIEDADE CIVIL 28
Classe Hegemônica
as inter-relações dão-se entre os diversos agentes de acordo com os interesses em jogo
a manutenção do status quo pode ser moeda de troca entre grupos com interesses específicos
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SOCIEDADE CIVIL 29
Povo dono do maior poder potencial mas sem os
instrumentos de validação de suas demandas
a sua moeda de troca mais forte é legitimação de outros grupos como forma de alcançar parcela de poder
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SOCIEDADE CIVIL 30
Povo a transformação de indivíduo para cidadão é
feita por um processo de conhecimento, adaptação e recepção
“toda canção de liberdade vem do cárcere...” (Graciliano Ramos)
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SOCIEDADE CIVIL 31
Organização Criminosa
alcançou status de Estado civil alternativo, com sua normatização ora rivalizando ora interagindo com os demais agentes
papel de exército sublevado,diferenciando-se de guerrilha pela falta de unidade e de ideologia
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SOCIEDADE CIVIL 32
Organização Criminosa os modelos sociais que se reproduzem
dentro da comunidade criminosa a sociedade primeiro exclui para depois
punir: a criminalização fabrica uma nova (sub)classe
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SOCIEDADE CIVIL 33
Sociedade Civil Hoje
amálgama de diferentes e contraditórias correntes.
A Sociedade Civil brasileira requer uma reflexão crua sobre seu papel e sua orientação
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SOCIEDADE CIVIL 34
Bibliografia BOBBIO, Norberto. O conceito de sociedade civil.
Rio de Janeiro: Edit. Graal, 1987.
BOBBIO, Norberto. Dicionário de política. Brasília:
Edit. UnB, 1983.
JAPIASSU, Hilton. MARCONDES, Danilo.
Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Edit.
Jorge Zahar, 1990.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Disciplina:
INFORMÁTICA JURÍDICA
Professor Aires José Rover
Florianópolis, Julho de 2000