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Socialismo UtópicoWikipédia, a enciclopédia livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo_ut%C3%B3pico

Apresentação

O pensamento socialista foi primeiramente formulado por Saint-Simon (1760-1825), Charles Fourier (1772-1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771-1858).[1]

Embora seja tecnicamente possível para qualquer conjunto de ideias, ou qualquer pessoa que viva em qualquer momento da história possa ser um socialista utópico, o termo é mais frequentemente aplicado aos socialistas que viveram no início de século XIX, aos quais foi atribuído o rótulo de "utópico" como um termo negativo por seus opositores marxistas (os quais, por oposição, se autodenominavam socialistas "científicos"), a fim de implicar ingenuidade e destituir suas ideias como fantasiosas ou irrealistas.[2]

Esta distinção é clara na obra de Engels, Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, editada em 1892. Os socialistas utópicos foram vistos como querendo expandir os princípios da Revolução Francesa, a fim de criar uma sociedade e sistema econômico mais racional, e apesar de ser rotulados como utópico pelos socialistas posteriores, seus objetivos não eram sempre utópicos, e seus valores incluíam frequentemente suporte científico e a criação de uma sociedade baseada em tais princípios.[3]

Os socialistas utópicos acreditavam que a implantação do sistema socialista ocorreria de forma lenta e gradual, estruturada no pacifismo, inclusive na boa vontade da própria burguesia.[4]

Terminologia

O nome vem da obra Utopia de Thomas More (1478 - 1535), a derivação

utópico pode ser entendida como lugar que não existe, imaginário. Os

primeiros socialistas que propuseram a construção de uma sociedade

igualitária foram posteriormente definidos como utópicos.

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“Muito se tem comentado sobre UTOPIA, livro publicado em 1516, 24anos depois do descobrimento da América, pelo escritor inglês ThomasMore (1478-1535), que aos 57 anos seria decapitado por ordem deHenrique VIII. Mas não conheço trabalho que se tenha detido sobre asrelações externas da ilha imaginária da Utopia, termo que, em grego,significa "lugar nenhum". Há muito em UTOPIA de Thomas More a serrefletido sobre esse tema. Juntamente com a justiça, a paz não apenasinterna, mas também entre os povos, é o bem supremo que norteia aexposição do autor inglês.”

Fonte do livro: http://funag.gov.br/loja/download/260-Utopia.pdf

Histórico

Desde o século XVI, autores como Thomas More e Tommaso Campanella (1568 - 1639)

imaginavam uma sociedade de iguais perante a lei. Na França do século XVIII], o

revolucionário Gracchus Babeuf (1760 -1797]]) escreve o Manifesto dos Iguais que coloca

o abismo que separa a igualdade formal da tríade “liberdade, igualdade, fraternidade” e

a desigualdade real.

No século XIX, com as condições econômicas e o capitalismo se desenvolvendo desde a

revolução industrial, as cidades incham de proletários com baixos salários.

As novas teorias exigem então a igualdade real e não apenas a ideal. Em 1864, foi

fundada em Londres a Associação Internacional dos Trabalhadores, mais tarde

conhecida como Primeira Internacional (face à segunda, terceira e quarta, constituídas

posteriormente), visando a luta para emancipação do proletariado. Esta união de grupos

operários de vários países europeus teve em Karl Marx seu principal inspirador e porta-voz,

tendo este lhe dedicado boa parte do seu tempo. Na França, o pensamento socialista

teve como porta-vozes Saint-Simon, Fourier e Proudhon.

Histórico

Os diversos teóricos do socialismo têm ideias diferentes e propõem soluções diversas, mas é possível reconhecer traços comuns:

Tentam reformar a sociedade (reformismo) através da boa vontade e participação de todos.

Todas as tentativas não vão além de uma tendência fortemente filantrópica e paternalista: melhoria de

alojamentos e higiene, construção de escolas, aumento de salários, redução de horas de trabalho.

Saint-Simon pensava em uma sociedade industrial dirigida por produtores (classe operária, empresários, sábios, artistas e banqueiros). Fourier tentava organizar os falanstérios (pequena unidade social abrangendo entre 1.200 e 2.000 pessoas vivendo em comunidade). Proudhon teve plena consciência do antagonismo entre as classes, afirmava que a propriedade privadasignificava uma espoliação do trabalho. Ele preconizava a igualdade e a liberdade, que para ele era sinônimo de solidariedade, pois o homem mais livre é aquele que encontra no outro uma relação de semelhantes. Robert Owen chegou a pôr em prática seu ideal socialista. Na sua fábrica de New Lamarck, reduziu a jornada de trabalho, aumentou os salários e mandou construir casas paras as famílias operárias.

Fonte

http://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo_ut%C3%B3pico

Associação Internacional dos

TrabalhadoresTambém conhecida como Primeira Internacional ou simplesmente

Internacional

Apresentação

A Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), também conhecida

como Primeira Internacional ou simplesmente Internacional, foi uma

organização internacional fundada em setembro de 1864 e foi a primeira

organização operária a superar fronteiras nacionais, reunindo membros de

todos os países da Europa e também dos Estados Unidos. A organização

abrigou em seu seio trabalhadores das mais diversas correntes ideológicas

de esquerda, de comunistas marxistas até anarquistas bakuninistas e

proudhonianos, além de sindicalistas, reformistas, blanquistas, owenistas,

lassalianos, republicanos e democratas radicais e cooperativistas.

Apresentação

Ao longo de sua existência, a Internacional ajudou o desenvolvimento do movimento

operário europeu, apoiando greves, sindicatos e sociedades de resistência, além de ter

declarado oposição à Guerra Franco-Prussiana e ter prestado apoio à Comuna de Paris,

da qual muitos de seus membros participaram. A organização também declarou apoio à

União na Guerra de Secessão e ao movimento feniano na Irlanda.

A Internacional realizou, entre 1866 e 1872, cinco congressos gerais, onde foram discutidos

questões de interesse da classe trabalhadora como as condições de trabalho do

proletariado da época, as relações de trabalho, a função e importância dos sindicatos, a

coletivização da terra e dos meios de produção, entre outros. Nesses congressos, foram

aprovadas diversas resoluções, como a promoção da solidariedade e colaboração entre

os operários de toda a Europa em suas lutas, a promoção do trabalho cooperativo, a

redução da jornada de trabalho para oito horas e melhores condições de trabalho,

sobretudo para mulheres e crianças. É estimado que em seu período de maior afirmação,

entre 1870 e 1872, o número de adesões à Internacional tenha superado os 150 mil

membros.

Apresentação

A Internacional originalmente funcionava sobre uma base federativa, na

qual era concedida grande autonomia às federações e seções locais. A

organização era dirigida por um Conselho Geral, que tinha Karl Marx como

um de seus dirigentes, e era composto por membros de diversos países e

constituía um órgão de síntese política das diversas tendências internas da

organização, e além do tratamento de assuntos internos, como questões

financeiras e correspondência, funcionava como uma agência

internacional entre os diferentes grupos nacionais e locais da associação,

para manter os operários de um país constantemente informados dos

movimentos da sua classe em todos os outros países, também intervindo

em eventuais conflitos internos. O Conselho Geral também discutia

questões a serem abordadas nos congressos gerais e se ocupava da

elaboração dos documentos da Internacional.

Apresentação

A organização veio a dividir-se em 1872, após a realização do congresso

de Haia, que estabeleceu a conquista do poder político como uma meta

a ser alcançada pelo movimento operário e conferiu poderes mais amplos

ao Conselho Geral, que expulsou Bakunin e seus seguidores da

organização, que então formaram a Internacional de Saint-Imier, que

reuniu além dos anarquistas, todos os demais opositores da linha política

do Conselho Geral. Após a cisão, o Conselho Geral foi transferido para

Nova York e a organização foi dissolvida em 1876, em uma conferência de

delegados na Filadélfia, enquanto a Internacional de Saint-Imier realizou

seu último congresso em 1877, em Verviers.

Fonte

http://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_Internacional_dos_T

rabalhadores

Segunda InternacionalA Segunda Internacional (1889-1916) ou Internacional Socialista ou ainda

Internacional Operária

Segunda Internacional(ou Internacional Socialista ou ainda Internacional Operária)

A Segunda Internacional (1889-1916) ou Internacional Socialista ou ainda Internacional Operária foi uma organização dos partidos socialistas e trabalhistas criada principalmente por iniciativa de Friedrich Engels, por ocasião do Congresso Internacional de Paris, em 14 de julho de 1889. Do congresso participaram delegações de vinte países.[1]

Embora sem a participação do ainda poderoso movimento anarco-sindicalista e dos sindicatos, a Segunda Internacional representou a continuidade do trabalho da extinta Primeira Internacional, dissolvida nos anos 1870, e existiu até 1916.

No período que se seguiu ao colapso da Primeira Internacional, os movimentos trabalhista e socialista cresceram de maneira praticamente independente em cada país, mantendo apenas uma tênue ligação. Entre 1876 e 1889 não houve qualquer vínculo estável. Eventualmente havia conferências internacionais de trabalhadores, convocadas ad hoc por diferentes entidades: 1876, em Berna; 1877, em Ghent; 1881, em Chur; 1883 e 1886, em Paris; 1888, em Londres.

Em 1889 houve um avanço, quando o Congresso Internacional de Paris decidiu promover a realização de congressos internacionais periodicamente. O Congresso de Paris de fato consistiu de duas conferências, convocadas separadamente - uma sendo marxista e a outra possibilista ou moderada. Alguns anarquistas que estiveram presentes ao congresso, defenderam a concentração da luta dos trabalhadores essencialmente no terreno econômico, rejeitando a divisão política, mas eles foram excluídos do congresso, em razão das claras divergências táticas.

Posteriormente foram realizados congressos unificados em Bruxelas (1891), em Zurique (1893) e em Londres (1896). De todo modo, em geral, o ano de 1889 é considerado como o ponto de partida da Segunda ou "Nova Internacional", embora somente em 1900, durante o Congresso de Paris daquele ano, tenha sido adotada uma constituição definitiva para a Nova Internacional. Foi então criado o Bureau Socialista Internacional, integrado por representantes de cada seção nacional filiada, com um executivo, um secretário remunerado e um escritório central. Os membros do Bureau se reuniam pelo menos uma vez por ano. O escritório central foi instalado em Bruxelas. O presidente, o secretário e o executivo, encarregados das atividades permanentes da Internacional, eram membros da seção belga. Émile Vandervelde e Camille Huysmans do Partido Trabalhista Belga foram o seu presidente e secretário, respectivamente. Vladimir Ilyich Leninfoi membro desde 1905.

Entre as ações da Segunda Internacional incluem-se a declaração, em 1889, do 1º de maio como Dia Internacional dos Trabalhadores e, em 1910, a declaração do 8 de março como Dia Internacional da Mulher. Além disso, a Segunda Internacional iniciou a campanha internacional pela jornada de trabalho de oito horas .[2]

Baseada, tal como a Primeira Internacional, no conceito de luta de classes, a Segunda Internacional orientou-se, até o início do século XX, pelo marxismo. Mas algumas correntes se desenvolvem à direita da Internacional, pregando o abandono do princípio segundo o qual "a emancipação dos trabalhadores deve ser obra dos próprios trabalhadores" - um princípio revolucionário da Primeira Internacional - e recomendando privilegiar o parlamentarismo e o reformismo. Mas em 1904, o congresso segue a posição do revolucionário Jules Guesde contra o reformista Jean Jaurès, escolha oposta ao resultado das eleições, que deram 31 deputados a Jaurès e 12 a Guesde.

Fonte

http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Internacional

Terceira InternacionalComintern ou Komintern (do alemão Kommunistische Internationale) é o termo com que se designa a Terceira Internacional ou Internacional Comunista

Comintern ou Komintern

Comintern ou Komintern (do alemão Kommunistische Internationale[1] ) é o termo com que se designa a Terceira Internacional ou Internacional Comunista (1919-1943), isto é, a organização internacional fundada por Vladimir Lenin e pelo PCUS (bolchevique), em março de 1919, para reunir os partidos comunistas de diferentes países.

Tinha como propósito, conforme seus primeiros estatutos, lutar pela superação do capitalismo, o estabelecimento da ditadura do proletariado e da República Internacional dos Sovietes, a completa abolição das classes e a realização do socialismo, como uma transição para a sociedade comunista, com a completa abolição do Estado e para isso se utilizando de todos os meios disponíveis, inclusive armados, para derrubar a burguesia internacional.

Sua fundação representou, originalmente, uma cisão da extrema esquerda da Segunda internacionalem reação ao apoio que os partidos socialistas europeus deram à votação de créditos de guerra, mobilizações, etc. por parte de seus governos burgueses nacionais, quando da eclosão da Primeira Guerra Mundial, considerada pela ala esquerda do movimento socialista como uma guerra civil entre burguesias nacionais e como uma guerra de pilhagem imperialista.

A Comintern teve sete congressos mundiais, o primeiro deles em março de 1919. Enquanto Lenin viveu, os congressos eram anuais e foram realizados cinco deles, de 1919 a 1923. Após a morte de Lenin, este princípio da anualidade foi abandonado por Stalin, que desconfiava do Comintern e desejava transformá-lo em um mero instrumento da política externa soviética. Assim, sob Stalin, o Comintern teria apenas dois congressos: o sexto, em 1928, e o sétimo e último, em 1935, antes de ser dissolvido em 1943.

Fonte

http://pt.wikipedia.org/wiki/Comintern

Quarta InternacionalOrganização comunista internacional composta por seguidores de Leon

Trótski

Quarta Internacional

A Quarta Internacional (QI) é uma organização comunista internacional composta por seguidores de Leon Trótski(trotskistas), com o objetivo declarado de ajudar a classe trabalhadora a alcançar o socialismo. Historicamente, a Quarta Internacional foi fundada na França em 1938, onde Trotsky e seus seguidores, após terem sido expulsos da União Soviética, consideraram a Comintern ou Terceira Internacional como "perdida para o stalinismo" e incapaz de levar a classe trabalhadora internacional ao poder político.[1] Assim sendo, os trotskistas fundaram sua própria Internacional Comunista.

A Quarta Internacional sofreu várias cisões ao longo de sua história: a primeira em 1940, que ocorreu somente na França, e a mais importante, que se deu no plano internacional, em 1953. Apesar de uma reunificação em 1963, vários reagrupamentos internacionais reivindicam a Quarta Internacional e a herança trotskista.

Durante parte importante de sua existência, a Quarta Internacional foi perseguida por agentes da polícia secreta soviética, reprimida por países capitalistas, como a França e os Estados Unidos, e rejeitada como ilegítima pelos seguidores da União Soviética e, posteriormente, do maoísmo – uma posição ainda mantida por estes comunistas nos dias de hoje. Durante a Segunda Guerra Mundial, sob estas condições de ilegalidade e hostilidade em grande parte do mundo, ela encontrou dificuldade para manter contato entre seus membros. Quando revoltas dos trabalhadores ocorreram, eram geralmente sob a influência de grupos de inspiração soviética, de maoístas, social-democratas, anarquistas, ou de grupos de militantes nacionalistas, levando a novas derrotas para a QI e os trotskistas, que nunca conseguiram apoio semelhante.[2] Mesmo após o repúdio do Estado soviético a Stalin e o processo de desestalinização do país, o trotskismo, apesar de sua crítica à burocratização, não viveu um processo de ampliação de sua influência. A crise vivida pelo ideário socialista, de todos os matizes, também enfraqueceu a alternativa trotskista. Ideologicamente, maoístas, comunistas de esquerda e anarquistas consideram o trotskismo – e, portanto, também a Quarta Internacional – ideologicamente falido e impotente. Apesar disso, muitas partes da América Latina e da Europa continuam a abrigar grandes grupos trotskistas, com seguidores jovens e velhos, que são atraídos pelo "anti-stalinismo" e pela retórica a favor do movimento operário internacional. Alguns desses grupos carregam o rótulo de "membro da Quarta Internacional", quer no nome de sua organização, em seus manifestos, ou em ambos.

Quarta Internacional (pós-

reunificação)

A Quarta Internacional (pós-reunificação) é a organização surgida na reunificação da Quarta Internacional no Congresso Mundial de 1963. A cisão ocorrera em 1953, em torno da tática apropriada para o período pós Segunda Guerra. No Congresso de 1951, a maioria dos delegados aprovou a proposta defendida por um de seus principais dirigentes, Michel Pablo, segundo a qual as sessões da IV Internacional deveriam realizar entrismo nos partidos Comunistas, Social-democratas e Nacionalistas-anti-imperialistas. Essa tática, que ficou conhecida como Entrismo sui generis foi defendida como uma forma de aproximar as sessões da IV, ao movimento real de massas, além de um prognóstico de que os chamados Estados Operários burocratizados (URSS e Leste Europeu, etc) e o stalinismo, iriam "inevitávelmente" a uma guerra contra o imperialismo norte-americano, retomando assim o caráter revolucionário que haviam perdido a partir da política do "socialismo em um só país".

Em 1953, um número considerável de dirigentes (como James Patrick Cannon, Pierre Lambert e Moreno) abandonam a Internacional, apoiados pela maioria das sessões australianas, inglesas, chinesas, francesas (PCI), neo-zelandesas, suiças, americanas (SWP) e argentina (PST, que depois se tornaria o Movimiento al Socialismo - MAS). Formam então o Comitê Internacional da Quarta Internacional (CI).

A maioria da IV Internacional mantém o Secretariado Internacional (SI), enquanto instância de direção da Internacional, que se unificará em 1963 ao Comitê Internacional (CI) para formar o Secretariado Unificado da Quarta Internacional (SU ou SU-QI).

Durante os dez anos seguintes a divisão de 1953 da Quarta Internacional, a maioria dos dois setores desenvolveram posições semelhantes para os principais problemas internacionais: oposição ao Stalinismo durante as crises de 1956 na Polônia e Hungria, o apoio à Guerra de Independência Argelina e a Revolução Cubana de 1959. Ao mesmo tempo, partes do Secretariado Internacional (SI) rejeitaram a orientação de Pablo sobre os Partidos Comunistas. Em 1960, sessões da CI-QI e SI-QI se reunificam no Chile, Índia e Japão. Em 1962, a convergência Política entre as maiorias dos dois setores era suficientemente forte para que o SI-QI e CI-QI estabelecessem um Comitê Paritário para preparar um Congresso Mundial conjunto. Esse congresso almejava a reunificação da Quarta Internacional.

No entanto, alguns grupos dos dois setores não apoiaram a movimentação em direção a reunificação. No processo do Congresso de 1961 os apoiadores do argentino Juan Posadas, a liderança do Secretariado Latino Americano, entraram em desacordo com os apoiadores de Michel Pablo sobre a ênfase da Revolução anticolonial: a maioria do SI-QI enfatizava o desenvolvimento das atividades na Europa. Além de Posadas e Pablo desenvolveram diferentes reações nas disputas no Stalinismo: Posadas tendeu para o lado de Mao, enquanto Pablo se aproximava de Khrushchev e Tito.

Um processo semelhante ocorreu no CI-QI. Em 1961 se dividiu politicamente, o Partido Comunista Internacionalista (PCI) na França e a Social Labour League (SLL) na Inglaterra argumentaram que um Estado Operário não havia sido criado em Cuba, o que os colocava em oposição ao SWP Americano e outras organizações no CI-QI. Em 1963, a divisão era também organizativa. Cada lado realizou um congresso que se reivindicou ser a maioria do CI-QI. Por um lado, as sessões Australianas, Chinesas e Neo Zelandezas (incluindo Nahuel Moreno) participaram do Congresso com o SWP e aprovaram a participação no Congresso de Reunificação. Por outro lado, O PCI de Pierre Lambert e o SLL de Gerry Healy convocaram uma “Conferencia Internacional dos Trotskistas” para continuarem o trabalho do CI-QI sob sua própria liderança.

Fonte

http://pt.wikipedia.org/wiki/Quarta_Internacional

http://pt.wikipedia.org/wiki/Quarta_Internacional_(p%C3%B3s-

reunifica%C3%A7%C3%A3o)


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