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Page 1: São Luís, 24 de abril de 2017. Segunda-feira 11 ... · “Carrinhos” atuam no centro de São Luís disputando passageiros com o sistema de transporte coletivo que atua na área

DPE realizaencontroentre aWTorres e comunidadeA Defensoria Pública do Estado (DPE),através do Núcleo de Moradia e De-fesa Fundiária, promoveu encontroentre representante da empresaWTorres e vários moradores da co-munidade tradicional do Cajueiro, si-tuada na região da Vila Maranhão, emSão Luís, com o intuito de discutir atentativa de implantação de um ter-minal portuário no local.

A reunião foi conduzida pelo de-fensor público titular do Núcleo deMoradia, Alberto Guilherme Tavares,com a participação da assistente so-cial Elizabeth Diniz, da Consult Mo-dal, contratada para atuar na área deProjetos de Intervenção Social daWTorres, que apresentou proposta deconciliação entre as partes. “A empre-sa mudou a posição dela e tem a in-tenção de abrir diálogo com a comu-nidade para conhecer as expectativasdas famílias. Nós já temos alguns pro-jetos sociais no local e o meu papel éverificar as demandas da comunida-de e de que forma podemos atendê-las. Já temos vários portos em São Luíse todos tiveram esses mesmos pro-blemas e foram sanados”, ressaltouElizabeth, afirmando que a discussãopermeia a esfera social, não envol-vendo o campo jurídico no embate.

O defensor público Alberto Tava-res explicou a situação à represen-tante, ressaltando que, desde o anode 2014, a empresa WPR São Luís,que representa a WTorres na capital,por várias vezes, utilizou expedien-tes ilegais e arbitrários para desocu-pação da área. “A relação sempre foiconflituosa, a chegada da WPR foitraumática e com o tempo essa rela-ção foi ficando cada vez mais violen-ta, sobretudo após ameaças, intimi-dações, por meio da atuação de ja-gunços na área e agora através deempresa de segurança, e demoliçõesabusivas de algumas casas. A comu-nidade se encontra irredutível da de-cisão de permanecer em suas pos-ses", enfatizou Alberto. �

O Estado do Maranhão São Luís, 24 de abril de 2017. Segunda-feira 11GERAL

ACooperativa de Táxi eTransporte Área Itaqui-Bacanga (Coopettaíb) es-tá solicitando dos órgãos

competentes de São Luís a legali-zação do serviço de transporte po-pularmente chamada de " carri-nhos". Segundo a entidade, a au-torização para a circulação dos veí-culos existe desde 1996, por meioda Lei nº3.430, que dispõe sobre oserviço público de transporte deSão Luís.

Por meio de nota a O Estado, aCoopettaíb diz que a atividade“exerce um papel social importan-tíssimo nas comunidades”. Afirmaque apesar da necessidade apa-rente de autorização do serviço, o“poder público não trata os carri-nhos como uma categoria e coo-perativa de transporte”. E acres-centa: “o Poder Executivo Munici-pal vem apreendendo os veículosde forma arbitrária e grosseira”.

A Cooperativa afirma ainda quehá descumprimento – com a faltade legalização do serviço – do Có-digo de Trânsito Brasileiro (CTB),que prevê autorização específicade autoridade competente (nestecaso, a Prefeitura de São Luís) pa-ra o transporte remunerado.

A Coopettaíba sugere que os ór-gãos competentes devem “apro-veitar a mão de obra”, neste caso,os motoristas dos táxis-lotação dacidade, para oportunizar emprego

e incrementar a arrecadação tri-butária. Segundo a entidade, combase em dados fornecidos pelo Sin-dicato das Empresas de Transpor-te de Passageiros de São Luís, a ca-pital maranhense possui atual-

mente 700 mil usuários de ônibus.

Sem fiscalizaçãoEnquanto a legalização não é feita,os “carrinhos” aproveitam a faltade rigor na fiscalização da Secreta-

ria Municipal de Trânsito e Trans-portes (SMTT) e circulam livre-mente na região central da cidade.Para driblar os agentes, motoristasestão estacionando veículos emfrente ao Liceu Maranhense.

Na tarde de quinta-feira, 20, OEstado flagrou pelo menos cincoveículos aguardando passageirosno local. Segundo informações, noperíodo da manhã, a quantidadede “carrinhos” na área do Liceu émaior. Segundo motoristas de ôni-bus, os “carrinhos” disputam agres-sivamente os passageiros. Em umadas paradas de ônibus da cidade,por volta das 16h de quinta-feira,um coletivo foi obrigado a aguar-dar, por alguns minutos, um “car-rinho” que embarcava passageiros.

ProtestoNa quarta-feira, 19, motoristas dos“carrinhos” interromperam por vá-rias horas o fluxo de veículos naAvenida dos Portugueses. Eles pro-testavam contra a falta de legaliza-ção do serviço. No dia 29 de mar-ço, os motoristas dos táxis-lotaçãopromoveram uma manifestaçãoem frente à Câmara Municipal deSão Luís.

Sobre a operação dos “carrinhos”,O Estado entrou em contato com aPrefeitura de São Luís, que não semanifestou sobre o assunto até o fe-chamento desta edição. �

A Coopettaíb, que representa os motoristas desse meio de transporte na área do Itaqui/Bacanga, afirma que o PoderExecutivo vem apreendendo veículos de forma arbitrária, uma vez que a autorização para a circulação existe desde 1996

Cooperativa dos “carrinhos”quer a legalização do serviço

“Carrinhos” atuam no centro de São Luís disputando passageiros com o sistema de transporte coletivo que atua na área Itaqui/Bacanga

Cooperativa sugereaproveitamento de mão de obra

Motoristas dos“carrinhos”

fizeram protesto

De Jesus

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