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Direito Direito TributárioTributário

João Hélio Reale da CruzJoão Hélio Reale da CruzMestrando em Direito Público e Evolução Social - UNESAMestrando em Direito Público e Evolução Social - UNESA

Especialista em Processo Civil, Direito Público, Direito do Estado e Psicologia SocialEspecialista em Processo Civil, Direito Público, Direito do Estado e Psicologia SocialBacharel em Direito - UESCBacharel em Direito - UESC

Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE/BAAnalista Judiciário – Área Judiciária – TRE/BAProfessor da FG e UNEBProfessor da FG e UNEB

Prof. João Hélio Reale - Adm. - UNEB

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIAUNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIACampus Campus XII – Departamento de EducaçãoXII – Departamento de Educação

Colegiado do Curso de AdministraçãoColegiado do Curso de AdministraçãoGuanambi/BAGuanambi/BA

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EmentaEmenta

Estuda as normas constitucionais do direito tributário, desenvolvendo conhecimentos no campo da legislação tributária, abordando aspectos jurídico-tributários e financeiros, subsidiando o administrador em atividades que tratem sobre os institutos relacionados à matéria tributária.

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Conteúdo Conteúdo programáticoprogramático

UNIDADE I:

1 – Noções de Direito Financeiro2 – O Estado e o poder de tributar

UNIDADE II:3 – Relação jurídico-tributária4 – Impostos federais, estaduais e municipais

UNIDADE III:8 – Crédito tributário;9 – Administração Tributária.

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AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliações: Produção de textos; Provas e testes escritos e/ou orais Apresentação de trabalhos e seminários; Participação do aluno nas atividades em sala

de aula.

Na correção das atividades serão considerados: Adequação ao tema proposto ou solicitado; Qualidade da argumentação; Clareza, concisão e correção lingüística; Capacidade crítica; Adequação à forma pré-fixada, quando exigida.

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BibliografiaBibliografia

TORRES, Ricardo Lobo. TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Curso de Direito Financeiro e Tributário. Tributário. 8ª ed. RJ: Renovar, 2010.8ª ed. RJ: Renovar, 2010.

LEITE, Harrison. LEITE, Harrison. Manual de Direito FinanceiroManual de Direito Financeiro. Salvador: . Salvador: JusPodvim, 2012.JusPodvim, 2012.

MACHADO, Hugo de Brito.MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito TributárioCurso de Direito Tributário. São . São Paulo: Malheiros, 2012.Paulo: Malheiros, 2012.

ALEXANDRE, Ricardo. ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário esquematizadoDireito Tributário esquematizado. . São Paulo: Método, 2012.São Paulo: Método, 2012.

SABBAG. Eduardo de Moraes. SABBAG. Eduardo de Moraes. Manual de Direito Tributário. Manual de Direito Tributário. São Paulo: Saraiva, 2012São Paulo: Saraiva, 2012

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CalendárioCalendário

Disciplina: Direito Tributário

Dia de semana: Quarta-feira Março 12 19 26 Abril 02 09 16 23 30 Maio 07 14 21 28 Junho 04 11 18 25 Julho 02 09 16 23

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AvaliaçõesAvaliaçõesAvaliação – Unidade I: 02/04/2014– 18h50’ – 20h30’Avaliação – Unidade I: 02/04/2014– 18h50’ – 20h30’

Segunda Chamada: 09/04/2014Segunda Chamada: 09/04/2014

Avaliação – Unidade II: 07/05/2014– 18h50’ – 20h30’Avaliação – Unidade II: 07/05/2014– 18h50’ – 20h30’

Segunda Chamada: 14/05/2014Segunda Chamada: 14/05/2014

Avaliação – Unidade III: 04/06/2014– 18h50’ – 20h30’Avaliação – Unidade III: 04/06/2014– 18h50’ – 20h30’

Segunda Chamada: 07/07/2014Segunda Chamada: 07/07/2014

Prova Final: 09/07/2014Prova Final: 09/07/2014

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Noções de Direito Noções de Direito FinanceiroFinanceiro

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A Ciência das Finanças estuda a atividade fiscal, aquela desempenhada pelos poderes públicos na obtenção e aplicação dos recursos necessários

ao cumprimento de suas finalidades.

Direito financeiro: é o conjunto de normas sobre todas as instituições financeiras – receitas, despesas, orçamento, crédito e processo fiscal.

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Noções de Direito Noções de Direito FinanceiroFinanceiro

Atividade financeira do Estado

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Consiste em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras pessoas de direito público (BALEEIRO: 1997, p. 4)

Receita pública – É a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o seu vulto, como elemento novo e positivo.

Despesa pública – Aplicação de certa quantia, em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa, para execução de fim a cargo do governo.

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Noções de Direito Noções de Direito FinanceiroFinanceiro

Atividade financeira do Estado

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Orçamento público – Lei que autoriza os gastos que o governo pode realizar durante um período determinado de tempo (LEITE, p. 45), discriminando as obrigações e as fontes de custeio.

Crédito público – consiste em empréstimos captados no mercado financeiro interno ou externo, por meio de contratos ou oferecimento de títulos ao público em geral, concessão de garantias e avais.(TORRES, p. 217)

Lei Orçamentária

Anual

Lei de Diretrizes

Orçamentária

Plano Plurianual

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Direito TributárioDireito TributárioCONCEITO:É o ramo do direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie; é a disciplina jurídica dos tributos.

OBJETO:Regular as relações fisco-contribuinte; regular o poder de tributar do Estado.

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IntroduçãoIntrodução

DIREITOPÚBLICO

DIREITO

DIREITOPRIVADO

Processual

TributárioPenal

Administrativo

Constitucional Empresa

rial

Civil

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Fontes do Direito Fontes do Direito TributárioTributário

Fontes reais:

“se constituem dos suportes fáticos das imposições tributárias, sendo a subjacência sobre que incide a tributação [...]. As fontes reais ou materiais são também denominadas em doutrina ‘pressupostos de fato da incidência’ [...]”

Ruy Barbosa NogueiraProf. João Hélio Reale - Adm. -

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Fontes do Direito Fontes do Direito TributárioTributário

Fontes formais:

“são também chamadas de formas de expressão do direito, sendo os modos de exteriorização do direito, os atos normativos pelos quais o Direito cria corpo e nasce para o mundo jurídico”

Ruy Barbosa NogueiraProf. João Hélio Reale - Adm. -

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Fontes do Direito Fontes do Direito TributárioTributário

Fontes formais primárias:

Constituição; Emendas constitucionais;

Lei complementar; Lei ordinária;Lei delegada; Medida provisória;Decretos legislativos;

Resoluções;

Tratados e convenções internacionais;

DecretosProf. João Hélio Reale - Adm. -

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Fontes do Direito Fontes do Direito TributárioTributário

Fontes formais secundárias (art. 100, CTN):

Atos normativos;

Decisões com eficácia normativa;

Costumes;

Convênios.Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Competência TributáriaCompetência TributáriaAptidão atribuída pela Constituição Federal a uma pessoa jurídica de direito público para instituir e cobrar tributos (Hugo de Brito Machado).

Competência legislativa plena (art. 6.º, CTN)Características:Indelegável; Intransferível;Irrenunciável;Facultativa (ver art. 11, LRF)Competência X Capacidade tributária ativa

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Competência TributáriaCompetência TributáriaClassificação:Competência privativa;Competência comum;Competência cumulativa ou múltipla;Competência especial;Competência residual ou remanescente;Competência extraordinária.

Distribuição da competência tributária:União, Estados, DF e Municípios.

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Competência TributáriaCompetência TributáriaDistribuição da competência tributária:

• União: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, ISGF (art. 153, CR) / IResidual, IEG (art. 154, CR); Taxas (art. 145, I, CR); Contribuição de Melhoria (art. 145, II, CR); Empréstimos Compulsórios (art. 148, CR); Contribuições (art. 149, CR).

• Estados e DF: ITCMD, ICMS, IPVA (art. 155, CR) ; Taxas (art. 145, I, CR); Contribuição de Melhoria (art. 145, II, CR); Contribuição dos servidores para a seguridade social (art. 149, §1.º, CR).

• Municípios e DF: IPTU, ITBI, ISS (art. 156, CR); Taxas (art. 145, I, CR); Contribuição de Melhoria (art. 145, II, CR); Contribuição dos servidores para a seguridade social (art. 149, §1.º, CR); Contribuição sobre Serviço de Iluminação Pública – CIP ou COSIP (art. 149-A, CR).

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Limitações Constitucionais ao Poder Limitações Constitucionais ao Poder de Tributarde Tributar

Princípios:“[...] todo axioma jurídico derivado da

cultura jurídica universal. Compreendem, pois, os fundamentos

da Ciência Jurídica, onde se firmam as normas originárias ou as leis científicas

do Direito, que traçam as noções em que se estrutura o próprio Direito.”

De Plácido e Silva (Vocabulário Jurídico)

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Princípios Constitucionais Princípios Constitucionais Tributários (limitações Tributários (limitações

constitucionais ao poder de constitucionais ao poder de tributar)tributar)

Princípio da Legalidade (art. 150, I, CF)Exceções: tributos extrafiscais (função regulatória) (art. 153,§1.º, CF)

O poder executivo pode majorar ou reduzir as alíquotas por decreto dos seguintes tributos:

II – Imposto sobre importação; IE – Imposto sobre exportação; IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados; IOF – Imposto sobre Operações Financeiras (crédito, câmbio e seguros); CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico; ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – Combustíveis.Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Princípios Constitucionais Princípios Constitucionais TributáriosTributários

Princípio da Anterioridade (art. 150, III, b, c, CF)Anual/Nonagesimal/Especial-(Art. 195, §6.º, CF – Contribuições Sociais)

Exceções (Art. 150, §1.º, CF)

Anterioridade anual•II,•IE, •IPI, •IOF, •Imposto Extraordinário de Guerra,•Empréstimo Compulsório para calamidade pública ou para guerra externa,•CIDE – Combustíveis (art. 177, §4.º, CF),

•ICMS – Combustíveis (art. 155,

§4.º, IV, c, CF).

Anterioridade nonagesimal•II, •IE, •Imposto de Renda, •IOF, •Imposto Extraordinário de Guerra, •Empréstimo Compulsório para calamidade pública ou para guerra externa, •Alteração da base de cálculo IPVA, IPTU.

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Princípios Constitucionais Princípios Constitucionais TributáriosTributários

Princípio da Irretroatividade (art. 150, III, a, CF)Exceções:

a) Lei que institui novos critérios de apuração ou processos de fiscalização;

b) Lei que amplie os poderes de investigação das autoridades administrativas;

c) Lei que outorgue ao crédito maiores privilégios ou garantias;

d) Lei que determina a ocorrência do fato gerador dos tributos com fatos geradores periódicos ou lançados por certo período de tempo. (IPTU, IPVA, ITR, IR...)

e) Lei interpretativa (salvo quanto à aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados);

f) Lei mais benéfica, quanto às infrações.

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Princípios Constitucionais Princípios Constitucionais TributáriosTributários

Princípio da Igualdade/Isonomia (Art. 150, II, CF)(Art. 5.º, CF)

Subprincípios:

Princípio da interpretação objetiva do fato gerador (cláusula non olet) (art. 118, CTN).

Princípio da capacidade contributiva (art. 145, §1.º, CF) (art. 195, §9.º, CF) (% proporcionalidade, progressividade)

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Princípios Constitucionais Princípios Constitucionais TributáriosTributários

Proporcionalidade (%)Progressividade(corolários da capacidade contributiva)

Ex.: Tabela do IR 2014

Base de Cálculo (R$) Alíquota (%)

Até 1.787,77 0

De 1.787,78 até 2.679,29

7,5

De 2.679,30 até 3.572,43

15

De 3.572,44 até 4.463,81

22,5

Acima de 4.463,81 27,5Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Princípios Constitucionais Princípios Constitucionais TributáriosTributários

Princípio da Vedação ao Confisco (art. 150, IV, CF)

• Veda-se utilizar tributo como forma de confisco

• (STF – ADI 551/RJ - Multas)

Exceções: tributos extrafiscais

(ex.: IPI – essencialidade do bem. Produtos supérfluos, alíquotas elevadas).

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Princípio da Não-Limitação ao Tráfego de Pessoas e Bens (Art. 150, V, CF)

Princípios Constitucionais Princípios Constitucionais TributáriosTributários

(Liberdade de locomoção art. 5.°, LXVIII)

Atenuações: •Cobrança de pedágio (conservação de rodovias).•ICMS (circulação de mercadorias e serviços)

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Princípio da Uniformidade Geográfica/Tributária

O tributo deve ser uniforme em todo o território nacional, não pode estabelecer-se preferências

entre os entes federativos.

(corolário do princípio do federalismo de equilíbrio) (art. 151, I, CF c/c art. 19, III, CF)

Princípios Constitucionais Princípios Constitucionais TributáriosTributários

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Conceito - é o óbice constitucional à incidência da tributação.

Classificação:

Imunidades recíprocas;Imunidade religiosa;Imunidade condicionada;Imunidade de imprensa.Imunidade musical

Imunidades (limitações Imunidades (limitações constitucionais ao poder de constitucionais ao poder de

tributar)tributar)•Partidos políticos;

•Sindicatos;

•Instituições de educação;

•Entidades de assistência social•Livros;

•Jornal;

•Periódico;

•PapelProf. João Hélio Reale - Adm. - UNEB

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Imunidade recíproca (Art. 150, VI, a, §§2.º e 3.º, CF)

(Cláusula pétrea. Regra protetora do pacto federativo – ADI 939 – STF).Quanto aos entes da federação, veda-se a instituição de impostos sobre:

PatrimônioRendasServiçosAbrange pessoas jurídicas de direito públicoO STF (RE407.099-RS) estendeu essa imunidade aos Correios e (Ação Cautelar 1.550-2); a Companhia de Água e Esgoto de Rondônia S/A (pessoas jurídicas de direito privado) e a INFRAERO (RE 363,412).

ImunidadesImunidades

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Imunidade religiosa (Art. 150, VI, b, §4.º, CF)

É a que impede a instituição de impostos sobre templos de qualquer culto.

Liberdade de culto (art. 5.º, VI, CF)

Abrangência: patrimônio, rendas e serviços

Interpretação teleológica (RE 325.822 – STF).

ImunidadesImunidades

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Imunidade condicionada (Art. 150, VI, c, §4.º, CF) É a que impede a instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou

serviços das seguintes entidades:

Partidos políticos e suas fundações;Entidades sindicais dos trabalhadores;Instituições de educação sem fins lucrativos;Instituições de assistência social sem fins lucrativos.

Condições legais: Art. 14, CTNArt. 12, Lei 9.532/97 X ADI 1802

Aluguéis (Súmula 724 – STF)

Entidades fechadas de previdência social sem participação dos beneficiários (Súmula 730 – STF)

ImunidadesImunidades

• Não distribuir patrimônio ou rendas

• Vincular recursos aos objetivos no País

• Escriturar receitas e despesas

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Imunidade de imprensa(Art. 150, VI, d, CF) É a que impede a instituição de impostos sobre livros, jornais,

periódicos e o papel destinado à sua impressão.(Livre manifestação do pensamento – Art. 5.º, VI, CF)

Jornais e periódicos na internet?!

Livro em meio magnético (Lei 10.753/03)

Filmes e papéis fotográficos utilizados na impressão (Súmula 657 – STF)Imunidade de fonograma e vídeofonograma (art. 150, VI, e, CF)

ImunidadesImunidades

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Imunidade musicalImunidade musical

Vedado instituir impostos sobre: fonogramas e videofonogramas musicais

produzidos no Brasil; obras musicais ou literomusicais; autores brasileiros e/ou obras em geral

interpretadas por artistas brasileiros; suportes materiais ou arquivos digitais que os

contenham.Obs.: a imunidade não abrange a etapa de replicação

industrial de mídias ópticas de leitura a laser.Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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TributosTributos

Conceito:

“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor

nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,

instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente

vinculada.”(Art. 3.º, CTN)

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TributoTributo

Classificações:

1. Bipartida;2. Tripartida;3. Quadripartida;4. Pentapartida;

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TributoTributo

Espécies (classificação pentapartida):

1. Impostos;2. Taxas;3. Contribuições de Melhoria;4. Empréstimos Compulsórios; 5. Contribuições.

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Page 38: Slides - Direito Tributário

TributoTributoImpostoTributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica.

Não vinculado à atividade estatal.Atrelado a atividade particular.Despesas públicas gerais ou universais (ut universi)Previsão taxativa na ConstituiçãoProf. João Hélio Reale - Adm. -

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Page 39: Slides - Direito Tributário

TributoTributoImposto

Impostos da União: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, ISGF (art. 153, CR) / Impostos Residuais, IEG (art. 154, CR);Impostos dos Estados e DF: ITCMD, ICMS, IPVA (art. 155, CR);Impostos dos Municípios e DF: IPTU, ITBI, ISS (art. 156, CR).

Classificação dos impostos:Direto; Indireto; Pessoal; Real; Fiscal; Extrafiscal (...)Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Page 40: Slides - Direito Tributário

TributoTributoTaxaTributo imediatamente vinculado à ação estatal.Fato Gerador – Atividade estatal específica relativa ao contribuinte (art. 145, II e §2º, CF e arts. 77/80 CTN) Base de cálculo: Taxa ≠ Imposto (Art. 77, CTN) (Súmula Vinculante do STF nº 29)

Custo da atividade estatal

respectiva

Custo da atividade estatal

respectiva

Valor do bem, serviço, renda...Valor do bem,

serviço, renda...

SÚMULA 595 – STF: “É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas e rodagens, cuja base de cálculo

seja idêntica à do imposto territorial rural”.Prof. João Hélio Reale - Adm. - UNEB

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TributoTributoTaxa de Polícia ou de Fiscalização.

Poder de polícia“é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado” MEIRELLES: 2004, 129)

Exercício regular do poder de polícia (Art. 78, CTN)?!STF: Policiamento efetivo, concreto ou real (RE216207)Existência de órgão estruturado e em funcionamento (RE416601)

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TributoTributoTaxa de Serviço ou de Utilização.Cobrada em razão da utilização de um serviço público específico e divisível (prestado ou posto à disposição)Serviço público: Atividade estatal para satisfação de necessidades coletivas.Específico (ut singuli) – destacável em unidades autônomasDivisível – suscetível de utilização individual, permite-se identificar o sujeito passivo.Utilização do serviço: Efetiva – fruição do serviçoPotencial – disponibilidade do serviço (serviço de utilização obrigatória)Questões?! – Segurança, Limpeza, Iluminação??? (Súmula 670 – STF)

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Page 43: Slides - Direito Tributário

TributoTributoContribuição de MelhoriaTributo cobrado pela valorização de imóvel em razão de obra publica. (arts. 145, III, CF/ 81 e 82, CTN)

Pressupõe obra publica;Deve ser proporcional ao benefício

decorrente da obra;Sujeito passivo: proprietário do imóvel

Fato gerador: Valorização do bem imóvel;Base de cálculo: Montante da valorização do imóvel

Limites (art. 81, CTN):GlobalIndividual

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Page 44: Slides - Direito Tributário

TributoTributoContribuição de MelhoriaRequisitos (DL 195/67)a) Publicação prévia do editalb) Fixação de prazo não inferior a 30 dias para impugnação do edital

O edital deve conter:Memorial descritivo do projetoOrçamento do custo da obraDeterminação da parcela financiada pelo contribuinteDelimitação da zona beneficiadaFator de absorção do benefício da valorização

DL 195/67, art. 2.º - Rol de obras públicas – taxativo ou exemplificativo?

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Page 45: Slides - Direito Tributário

1º prova at aqui1º prova at aqui

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Page 46: Slides - Direito Tributário

TributoTributoEmpréstimos CompulsóriosTributo instituído pela União nos casos de despesas extraordinárias e investimento público urgente e de relevante interesse nacional.

Empréstimo Compulsório Extraordinário (art. 148, I, CR);Calamidade pública, Guerra externa ou sua iminência

Empréstimo Compulsório Especial (art. 148, II, CR).Investimento público urgente Relevante interesse nacional

Tributo ou contrato?Tributo finalístico (desvio?!)

Fato gerador?!

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Page 47: Slides - Direito Tributário

TributoTributoContribuiçõesTributos destinados ao financiamento de gastos específicos decorrentes da intervenção do Estado no campo social e econômico.Competência da União

Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas – Contribuição-anuidade - financiar os entes para fiscais – controle e fiscalização das profissões (OAB? – ADI 3.026 – STF)Contribuição sindical – visa a fortalecer os sindicatos (Arts. 579/580, CLT)Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Page 48: Slides - Direito Tributário

TributoTributoContribuições

Contribuições de intervenção no domínio econômico;Visa a regulação da economia por meio da atuação do Estado (extrafiscal)Aplicação dos recursosCompetência da UniãoEx.:CIDE – Combustíveis (Lei 10.336/2001)CIDE – Royalties (Lei 10.161/2000)

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Page 49: Slides - Direito Tributário

TributosTributosContribuiçõesContribuições sociais - Tem por objetivo instrumentar a atuação do Estado na ordem social.Contribuições diretas (previdenciárias) art. 195, I, a e II, CF (empregadores, empregados, autônomos, servidores públicos)Contribuições indiretas (saúde, assistência e previdência social) – art. 195, I, b e c, III, IV e art. 239, CF (receita e faturamento – PIS/Pasep e Cofins), (sobre o lucro – CSLL), (sobre a receita de concurso de prognósticos), (importação de bens ou serviços – COFINS-Importação)Contribuições indiretas de competência residual da União – art. 195, §4.º c/c art. 154, I, CF (FGTS – LC 110/01)Contribuições para a Educação e Cultura (Salário-educação – art. 212, §§5.º e 6.º, CF / Sistema S – Senai, Sesi, Senac, Sebrae – art. 240, CF)

Competência?

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Page 50: Slides - Direito Tributário

TributoTributoContribuições

Contribuição de iluminação pública (art. 149-A, CF)EC 39/2002 - Visa ao custeio do serviço de iluminação pública

Competência: Municípios e DFReserva de leiCobrança na fatura de consumo de energia elétrica(Súmula 670 – STF)

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Page 51: Slides - Direito Tributário

Relação Jurídico-TributáriaRelação Jurídico-TributáriaHipótese de Incidência

Fato Gerador

Obrigação Tributária

Crédito TributárioCapacidade TributáriaDomicílio Tributário (art. 127, CTN)

•Espécies de obrigação:

Principal e acessória.

•Sujeito ativo;

•Sujeito passivo.

•Espécies de obrigação:

Principal e acessória.

•Sujeito ativo;

•Sujeito passivo.

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Relação Jurídico-TributáriaRelação Jurídico-Tributária

É a relação que surge entre o fisco e o contribuinte, quando um fato previsto

na legislação tributária ocorre, fazendo nascer a obrigação tributária

Hipótese de Incidência (Regra-Matriz de incidência) Descrição que a lei faz de um fato tributário que, quando ocorrer, fará nascer a obrigação tributária (CASSONE: 2000, p. 143)

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Page 53: Slides - Direito Tributário

Relação Jurídico-TributáriaRelação Jurídico-TributáriaFato Gerador – É a materialização da hipótese de incidência.

Aspecto temporal (art. 116, CTN):Situação de fato: momento em que se verificarem as condições materiais necessárias para que produzam efeitos (instantâneo);Situação de direito: quando definitivamente constituída (periódico).Interpretação objetiva (art. 118, CTN)/Condicional (art. 117, CTN)

Aspecto espacial – Local de sua ocorrência, domicílio do contribuinte (reserva legal)

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Relação Jurídico-TributáriaRelação Jurídico-TributáriaBase de Cálculo É a expressão econômica do fato gerador do tributo (MACHADO: 2010, p. 142).Grandeza sobre a qual incide a alíquota indicada na lei (TORRES: 2010, p. 255)

AlíquotaÉ um elemento de quantificação da dívida tributária, a incidir sobre a base de cálculo.Podem ser específicas ou ad valoremEspecíficas – expressam-se em dinheiro;Ad valorem – expressam-se em percentagem (progressiva, regressiva, proporcional, seletiva, zero)

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Relação Jurídico-TributáriaRelação Jurídico-TributáriaObrigação TributáriaÉ aquela que resulta da ocorrência do fato gerador ou da estipulação legal quanto aos deveres instrumentais do contribuinte, subdividindo-se em principal e acessória.

Obrigação tributária principalDecorre do fato gerador, a partir da hipótese de incidência, ou da infração à legislação tributária, tendo por objeto uma prestação pecuniária, pagamento do tributo ou da multa (art. 113, §1.º, CTN).

Obrigação tributária acessóriaCompreende os deveres instrumentais do contribuinte, tendo por objeto uma prestação positiva ou negativa, que denota atos de fazer ou não fazer (Ex.: emitir notas fiscais, não impedir a fiscalização, escrituração de livros, declarações...)

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Relação Jurídico-TributáriaRelação Jurídico-TributáriaObrigação Tributária

Obrigação acessória sem obrigação principal?!Como nasce a obrigação principal?

Sujeito Ativo – credor na relação intersubjetiva tributária•Direto – ente tributante (competência)•Indireto – ente parafiscal (capacidade ativa)

Sujeito Passivo – devedor na relação intersubjetiva tributária•Contribuinte(direto) – tem relação direta com o fato gerador•Responsável(contribuinte indireto) – a obrigação decorre de lei.Obrigação acessória (art. 122, CTN)Capacidade passiva (art. 126, CTN)

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Domicílio Tributário (art. 127, CTN)

Lugar do exercício dos direitos e cumprimento das obrigações.Regra

sPessoas naturais Pessoas jurídicas de

direito privado/firmas individuais

Pessoas jurídicas de direito público

1.º Eleição Eleição Eleição

2.º Residência habitual Lugar da sede ou em relação a origem da obrigação o lugar de cada estabelecimento,

Qualquer repartição no território do ente tributante

3.º Centro habitual de suas atividades

Lugar dos bens, atos ou fatos que originaram a obrigação

Lugar dos bens, atos ou fatos que originaram a obrigação

4.º Lugar dos bens, atos ou fatos que originaram a obrigação

-- --

NOTA: Conforme o §2.º do art. 127, CTN, o domicílio de eleição pode ser recusado se dificultar ou impossibilitar a arrecadação ou fiscalização, aplicando-se a regra do art. 127, §1.º, CTN

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Responsabilidade Responsabilidade TributáriaTributária

Responsabilidade (Stricto sensu) - Submissão, por força de lei, ao direito do fisco de exigir a prestação, no caso em que a pessoa não seja contribuinte, mas vincula-se ao fato gerador

•Pessoal – atribui-se a terceiro, afastando completamente o contribuinte.

•Subsidiária – exclui-se o contribuinte parcialmente. O terceiro poderá responder em parte ou totalmente pela obrigação.

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Responsabilidade Responsabilidade TributáriaTributária

Responsabilidade por substituiçãoRegressivaProgressiva

Responsabilidade por transferênciaDevedores solidárioDevedores sucessoresTerceiros devedores

Responsabilidade por infraçõesDenúncia espontâneaProf. João Hélio Reale - Adm. -

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Responsabilidade Responsabilidade TributáriaTributária

Responsabilidade por substituição (originária ou de 1.º grau) – o responsável já é determinado pela lei antes da ocorrência do fato gerador.

•Substituição regressiva (antecedente ou para trás) – adia-se o momento de recolher-se o tributo – o fato gerador já ocorreu.

•Substituição progressiva (subsequente ou para frente) – antecipa-se o momento do recolhimento do tributo – o fato gerador ainda não ocorreu (art. 150, §7, CF).

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Responsabilidade Responsabilidade TributáriaTributária

Responsabilidade por transferência (derivada ou de 2.º grau) a sujeição passiva da obrigação tributária é transferida para terceiro por força de lei, em virtude de fato posterior ao nascimento obrigação.

Devedores solidários – cada devedor responde totalmente pela obrigação. (arts. 124/125, CTN)Solidariedade natural – interesses comuns em situação que constitua o fato gerador da obrigação.Solidariedade legal – a lei designa as pessoas que deverão responder solidariamente.

Lei 8.620/93, art. 13 – Débitos com seguridade social. Sócios. Responsabilidade solidária.

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Responsabilidade Responsabilidade TributáriaTributária Devedores sucessores – A

obrigação transfere-se para outrem em virtude do desaparecimento do devedor original. (arts. 129/133, CTN)

Transferência causa mortis (art. 131, II e

III, CTN). Transferência inter vivos: Transmissão de imóveis (art. 130,

CTN) Transmissão de móveis (art. 131, I,

CTN) Transmissão por fusão,

incorporação, transformação (art. 132, CTN), cisão (REsp. 242.721 – Lei 6.404/76) ou extinção (art. 132, parágrafo único, CTN)

Transmissão comercial, industrial ou profissional (art. 133, CTN)

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Responsabilidade Responsabilidade TributáriaTributária

Terceiros devedores – A obrigação transfere-se a terceiro que tenha o dever de zelo, legal ou contratual, quanto a patrimônio do contribuinte. (arts. 134/135, CTN)

Terceiro com atuação regular – respondem “solidariamente” (sic) (subsidiariamente). (art. 134, CTN)

Terceiro com atuação irregular – excesso de poder, infração à lei, contrato social ou estatuto. (art. 135, CTN)

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Responsabilidade Responsabilidade TributáriaTributária

Responsabilidade por infrações – responsabilidade pelas penalidades aplicáveis numa relação jurídico-tributária (arts. 136/137, CTN).

Objetiva – independe da intenção do agente, salvo disposição em contrário.Subjetiva – infrações que coincidam com crimes ou contravenções, infrações que decorram direta e exclusivamente do dolo específico (art. 137, III, CTN) ou naquelas em que o dolo específico seja elementar.

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Responsabilidade Responsabilidade TributáriaTributária

Denúncia espontânea – permite ao devedor comparecer voluntariamente à repartição fiscal, com vistas a noticiar a ocorrência da infração e recolher tributos em atraso, caso existam (art. 138, CTN).

Deve ocorrer antes de qualquer ato fiscalizatório (art. 138, parágrafo único, c/c art. 196, CTN).Afasta a multa, mas mantém-se a cobrança pelos juros e correção monetária.Exige-se o efetivo pagamento (Súmula 360 – STJ / Súmula 208 – TFR)

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Crédito TributárioCrédito Tributário

É a obrigação tributária tornada líquida e certa pelo lançamento (Arts. 139 c/c 142, CTN)

Lançamento:

Procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito

passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível..

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Finalidades:

Verificar a ocorrência do fato gerador;Determinar a matéria tributável;Calcular o montante do tributo devido;Identificar o sujeito passivo;Propor, se for o caso, a aplicação da penalidade cabível.Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Crédito TributárioCrédito TributárioCaracterísticas:

Natureza jurídica: mista ou dúplice:Declara a obrigação (declaratória)Constitui o crédito (constitutiva)Autoridade competente para lançar (lei)Atividade administrativa plenamente vinculada (não é autoexecutório)Legislação aplicável (art. 144, CTN)Conversão de valores em moeda estrangeira (art. 143, CTN)

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Crédito TributárioCrédito TributárioRevisão do Lançamento

Antes da notificação (possível)

Após a notificação (irreversível, em regra)Exceções:Impugnação pelo sujeito passivo;Recurso de ofício;Iniciativa de ofício, nos termos do art. 149, CTN Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Crédito TributárioCrédito TributárioCiclo do lançamento

Hipótese de incidência (regra-matriz)Fato geradorObrigação tributáriaLançamento > (finalidades) > expedição de notificação com prazo de 30 dias.Comportamentos do sujeito passivo: pagar, impugnar, não se manifestar.Constituição definitiva do crédito

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Crédito TributárioCrédito TributárioModalidades de lançamento:Direto ou de ofício (art. 149, CTN);Misto ou por declaração (art. 147, CTN);Por homologação ou autolançamento (art. 150, CTN). Expressa/Tácita (art. 150, §4.º, CTN)

Arbitramento (técnica – art. 148, CTN):O art. 148 do CTN somente pode ser invocado para a determinação da base de cálculo do tributo quando o valor ou preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos registrados pelo contribuinte não mereçam fé, ficando a Fazenda Pública, nesse caso, autorizada a proceder ao arbitramento mediante processo administrativo-fiscal regular, assegurados o contraditório e a ampla defesa (STJ- RMS nº 19.026/MT)

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Suspensão do Crédito Tributário (art. 151, CTN)

Situações em que se suspendem as medidas de cobrança.Impedem a execução fiscal.Atingem apenas à obrigação principal.Somente podem ser estabelecidas por lei. Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Suspensão do Crédito Tributário

I – Moratória (arts. 152-155, CTN)Dilatação legal do prazo para pagamento do tributo. Origina-se da dificuldade de pagamento

Constitui-se num acordo celebrado entre o credor e o devedor.

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Crédito TributárioCrédito Tributário

I – Moratória (arts. 152-155, CTN)Classificação:Individual ou específica:Instituída por lei.Beneficiário preencha os requisitos.Depende de despacho da autoridade administrativa

Geral: Instituída por lei.Atinge a todos os sujeitos passivos.Independe de despacho.Autônoma(art. 152, I, a) Heterônoma(art. 152, I, b)Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Crédito TributárioCrédito TributárioII – Depósito do montante integral

Corresponde ao depósito do valor do tributo, juros e multas.Visa a evitar a fluência de juros de mora, enquanto se discute judicialmente o débito fiscalLevantamento do depósito.Conversão do depósito em renda.Súmula 112 – STJ (depósito em dinheiro)

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Crédito TributárioCrédito Tributário

III – Reclamações e Recursos Administrativos.ImpugnaçõesDefesasRecursos (Súmula Vinculante n.º 21)

IV – Concessão de liminar em mandado de segurança e antecipação de tutela em outras ações.

V – Parcelamento (art. 155-A)Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

Situações que extinguem o crédito tributário, seja pela satisfação do crédito ou por outros motivos previstos em lei. (Cabe à Lei Complementar Federal estabelecer as hipóteses de extinção do crédito tributário – ADI 1917/DF)

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

I – Pagamento (art. 157, CTN)Realizado em pecúnia.Prazo: 30 dias da notificação do lançamento.Local: domicílio do sujeito passivo.Restituição: 5 anos (art. 168..., CTN)

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

II – Compensação (art. 368, CC, arts. 170 e 170-A, CTN)

Dois sujeitos são credores e devedores.Duas obrigações extinguem-se até onde se compensaremAutorização legal (REsp. 320.415)Crédito e débito de mesma espécie (art. 66, Lei 8.383/91 e art. 39, Lei 9.250/95 – União)

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

III – Transação (art. 171, CTN)Concessões recíprocas que põem fim ao litígio.Autorização legal.

IV – Remissão (art. 172, CTN)Perdão da dívida pelo credor.Autorização legal.

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

V – Decadência e Prescrição (arts. 173 e 174, CTN)

Decadência: forma extintiva do direito subjetivo (facutas agendi), constante de uma relação de direito material.Perda do direito de lançarPrazo: 5 anos (art. 173, caput, e art. 150, §4.º, CTN)

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

Decadência – início da contagem do prazo.

a) 1.º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (art. 173, I)Ex.: FG > 06/04/2011 > Lançamento > 06/04/2011... > Prazo decadencial > 1.º/01/2012 > 31/12/2016

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

Decadência – início da contagem do prazo.

b) Da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento. (art. 173, II)Ex.: Fato gerador > 06/04/2011 > Lançamento > 05/02/2012 > Decisão definitiva anulatória do lançamento por vício formal > 22/06/2012 Prazo decadencial > 23/06/2012 > 22/06/2017

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

Decadência – início da contagem do prazo.

c) Da data em que tenha sido o sujeito passivo intimado de medida preparatória indispensável ao lançamento. (art. 173, parágrafo único)*Ex.: Fato gerador > 06/04/2011 > Lançamento > 08/05/2011 > Intimação do sujeito passivo > 20/05/2011 > Prazo decadencial > 21/05/2011 > 20/05/2016* Essa hipótese não se aplica no caso em que já esteja em curso prazo decadencial

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

Decadência – início da contagem do prazo.

d) Da data da ocorrência do fato gerador. (art. 150, §4.º)Lançamento por homologação com pagamento (REsp. 279.473) Ex.: Fato gerador > 06/04/2011 > Lançamento > 08/05/2011 > Prazo decadencial > 07/04/2011 > 06/04/2016.

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Crédito TributárioCrédito Tributário

Extinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

V – Decadência e Prescrição (arts. 173 e 174, CTN)(Súmula Vinculante STF nº 8: São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei nº1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário).

Prescrição: forma extintiva do direito subjetivo (facutas agendi), constante de uma relação de direito processual.Perda do direito de persecução do crédito por execução fiscal.Prazo: 5 anos (art. 174, CTN)

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Crédito TributárioCrédito TributárioExtinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

Prescrição (art. 174, CTN) – início da contagem do prazo: da constituição definitiva do crédito tributário.

Entende-se por constituído definitivamente o crédito:a) Notificação do lançamento, caso não haja impugnaçãob) Notificação da decisão definitiva.c) Entrega da declaração, no lançamento por homologação com valor correto e pagamento não efetuado (REsp. 389.089).

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Crédito TributárioCrédito TributárioExtinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

Interrupção da prescrição (art. 174, p. único, CTN)

a) Despacho do juiz que ordena a citação em execução fiscal.b) Protesto judicial (art. 867, CPC).c) Ato judicial que constitua o devedor em mora (notificação ao devedor é imprescindível – REsp 666.743/PR)d) Reconhecimento de débito pelo devedor.

SÚMULA 248 – TFR: “O prazo de prescrição interrompido pela confissão e parcelamento da dívida fiscal recomeça a

fluir no dia que o devedor deixa de cumprir o acordo celebrado”.

SÚMULA 248 – TFR: “O prazo de prescrição interrompido pela confissão e parcelamento da dívida fiscal recomeça a

fluir no dia que o devedor deixa de cumprir o acordo celebrado”.

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Crédito TributárioCrédito TributárioExtinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

VI – Conversão do depósito em rendaDecisão favorável ao fisco, em processos que tenha o sujeito passivo feito o depósito integralVII – Pagamento antecipado e homologação do lançamentoHomologação expressa ou tácitaVIII – Consignação em pagamento julgada procedenteDireito de pagar. Recusa do credor. Dúvida quanto ao credor.

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Crédito TributárioCrédito TributárioExtinção do Crédito Tributário (art. 156, CTN)

IX – Decisão administrativa irreformávelFavorável ao contribuinte.X – Decisão judicial passada em julgadoFavorável ao contribuinte.XI – Dação em pagamento (art. 356, CC)Dar algo diferente de pecúnia.Bens imóveis.Autorização legislativa.

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Crédito TributárioCrédito TributárioExclusão do Crédito Tributário (art. 175, CTN)

São situações em que, mesmo ocorrendo o fato gerador e a obrigação tributária, não haverá lançamento e consequentemente não se constituirá o crédito.

HI > FG > OT (isenção ou anistia) > Lançamento > CT > DA > EF

Espécies: IsençãoAnistia

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Crédito TributárioCrédito TributárioExclusão do Crédito Tributário (art. 175, CTN)

IsençãoÉ a dispensa legal do pagamento do tributo.Não é privilégio de classe ou de pessoas, mas uma política de aplicação da regra da capacidade contributiva ou de incentivos de determinadas atividades, que o Estado visa a incrementar pela conveniência política. (Aliomar Baleeiro)

Exceção ao princípio da uniformidade geográfica (Art. 43, CF, 170, VII, CF)

Pode abranger uma região dentro do território do ente tributanteDepende de lei (art. 176, CTN)Não abrange tributos instituídos em dada posterior à lei, nem as obrigações acessórias.

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Crédito TributárioCrédito TributárioExclusão do Crédito Tributário (art. 175, CTN)

Isenção - Classificação:Isenção geral:Beneficia todos os sujeitos passivosIndepende de comprovação ou de despacho.Isenção individual:Beneficia ao sujeito passivo que atenda aos requisitos.Deve haver comprovação.Depende de despacho da autoridade administrativa (art. 179, CTN)

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Crédito TributárioCrédito TributárioExclusão do Crédito Tributário (art. 175, CTN)

Espécies de isenção:

Simples – quando não impõe condições, podendo ser revogada a qualquer tempo.

Onerosa – quando estabelecida com prazo certo e sob condições determinadas, sendo irrevogável (art. 178, CTN e art. 41, §2.º, ADCT).

Vedação de isenções heterônomas (art. 151, III, CF), salvo no caso do ISS-exportações – art. 156, §3.º, II, CF.

SÚMULA 544 – STF: “Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente

suprimidas”.

SÚMULA 544 – STF: “Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente

suprimidas”.

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Page 95: Slides - Direito Tributário

Crédito TributárioCrédito TributárioExclusão do Crédito Tributário (arts. 175-182, CTN)

Anistia (art. 180, CTN)É uma causa de exclusão do crédito tributário, consistente no perdão legal das penalidades pecuniárias antes da ocorrência do lançamento da multa.Deve ser concedida por leiNão elimina a antijuridicidade do ato (Luciano Amaro)Não alcança os fatos qualificados como crimes, contravenções, ou praticados com dolo, fraude ou simulação, nem as obrigações acessórias.Abrange às infrações cometidas antes da lei que a concede.

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Crédito TributárioCrédito TributárioExclusão do Crédito Tributário (arts. 175-182, CTN)

Anistia (art. 180, CTN)

Classificação:Anistia geral: Não condicionada.Independe de despacho da autoridade administrativaAutorização legal.Anistia limitada:Condicionada (provar o implemento da condição)Depende de despacho da autoridade administrativaRefere-se a infração de determinado tributo, valor ou região.Autorização legal

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Crédito TributárioCrédito TributárioGarantias do Crédito Tributário (arts. 183 a 185, CTN)

Meios jurídicos assecuratórios que cercam o direito subjetivo do Estado de receber a prestação do tributo

Todos os bens e rendas visam assegurar o CT (183, CTN)

Exceções:Bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis Bens impenhoráveis (art. 649, CPC)Bem de família (Lei n.º 8.009/90, salvo disposto no art. 3.º, IV)

Indisponibilidade dos bens e direitos (art. 185-A, CTN)

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Page 98: Slides - Direito Tributário

Crédito TributárioCrédito TributárioPrivilégios do Crédito Tributário (arts. 186 a 193, CTN)

Posição de superioridade de que desfruta o crédito tributário, com relação aos demais

Ordinariamente o crédito tributário prefere a todos os demais, ressalvados os trabalhistas e os de acidente de trabalho (art. 186, CTN) Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Crédito TributárioCrédito TributárioPrivilégios do Crédito Tributário Privilégios do Crédito Tributário (arts. 186 a 193, CTN)(arts. 186 a 193, CTN)Ordem de preferência na falência: Ordem de preferência na falência: (arts. 83 e 84, Lei 11.101/05, arts. 186 e 188, CTN)(arts. 83 e 84, Lei 11.101/05, arts. 186 e 188, CTN)Créditos extraconcursais Créditos extraconcursais (art. 84, Lei 11.101/05 – art. (art. 84, Lei 11.101/05 – art. 188, CTN)188, CTN)Créditos trabalhistas Créditos trabalhistas (até 150 salários-mínimos por (até 150 salários-mínimos por credor)credor)Créditos decorrentes de acidentes do trabalhoCréditos decorrentes de acidentes do trabalhoImportâncias restituíveis Importâncias restituíveis (art. 186, p. único, I, CTN)(art. 186, p. único, I, CTN)Créditos com garantia realCréditos com garantia realCrédito tributário, exceto multasCrédito tributário, exceto multas..........Multas tributárias Multas tributárias ((art. 186, p. único, IIIart. 186, p. único, III))Créditos subordinados Créditos subordinados (lei, contrato, sócios e (lei, contrato, sócios e administradores sem vínculo empregatício)administradores sem vínculo empregatício)

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Crédito TributárioCrédito TributárioPrivilégios do Crédito Tributário (arts. 186 a 193, CTN)

Cobrança judicial do CT não se sujeita ao concurso de credores.

Concurso de preferência do crédito (art. 187, p. único, CTN) – pessoas jurídicas de direito públicoUnião;Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;Municípios, conjuntamente e pró rata.

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Administração TributáriaAdministração Tributária

É a atividade do poder público, voltada para a fiscalização e arrecadação tributária.

Procedimento que visa ao cumprimento das obrigações tributárias, praticando, quando for o caso, os atos tendentes a deflagrar a cobrança coativa e expedir as certidões comprobatórias da situação fiscal do sujeito passivo

FiscalizaçãoDívida ativaCertidões Prof. João Hélio Reale - Adm. -

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Administração TributáriaAdministração Tributária

Fiscalização

É o ato de empreender exame e verificação, de controlar a execução ou funcionamento, com vistas ao fiel atendimento das obrigações tributárias a cargo do contribuinteVerificar o cumprimento da obrigação tributáriaSujeitos passivos: todas as pessoas, inclusive as imunes e isentas.Objeto: livros comerciais, recibos, declarações...Havendo recusa é cabível o arbitramento, além da multa (art. 148, CTN)Na fiscalização devem ser observados os princípios da administração pública.

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Administração TributáriaAdministração Tributária

Fiscalização

Sigilo fiscal (198, CTN)Exceções:Requisição de autoridade judiciária;Solicitação de autoridade administrativa (PA instaurado - infrações);Assistência mútua para fiscalização (entes federados) – lei ou convênio (art. 199, CTN)União e estados estrangeiros (tratados, acordos ou convênios)Não são protegidos pelo sigilo: representações fiscais para fins penais, inscrições em dívida ativa, parcelamento ou moratória. (art. 198, §3.º, CTN)

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Administração TributáriaAdministração Tributária

Dívida Ativa

Constitui o crédito público, compreendendo todos os valores que o fisco tem a receber.Dívida ativa tributária – crédito decorrente de tributos e/ou multas relacionadas ao não pagamento deste.Dívida ativa não tributária – demais créditos da fazenda (multas criminais, eleitorais, ambientais...)Crédito não pago no prazo legal pode ser inscrito na dívida ativaDA = CT + inscrição

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Dívida Ativa

Termo de inscrição da dívida ativa - TIDA (requisitos art. 202, CTN)Nome do devedor (co-responsáveis, domicílio);Quantia devida e fórmula de calcular os juros;Origem e natureza do crédito;Data da inscrição;Número do processo administrativo, se for o caso

Certidão da Dívida Ativa – CDA – título executivo extrajudicial (art. 585, CPC) – deve conter os requisitos do art. 202 + livro e fl.

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Administração TributáriaAdministração TributáriaCertidão Negativa

Documento apto a comprovar a inexistência de débitos de determinado contribuinte, relativos a tributos ou ao período (art. 205, CTN)Exigível quando houver previsão legal (arts. 130, 191, 191-A, 192, 193, CTN) Prazo para fornecimento: 10 dias (art. 205, p. único, CTN)Dispensa: prática de atos indispensáveis para evitar perda de um direito – urgência – art. 207, CTNDolo ou fraude na certidão: responsabilidade pessoal do servidor (art. 208, CTN)Certidão positiva com efeito de negativa: créditos não vencidos, créditos com exigibilidade suspensa, penhora em execução fiscal.

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