Download - Sistemas Reprodutivos
...Um programa de melhoramento apropriado a
uma dada espécie é determinado basicamente
pelo sistema reprodutivo dessa espécies...
ESTRUTURA FLORAL
Partes da flor: sépalas, pétalas, estames e pistilo;
Partes funcionais na reprodução: estames e pistilo;
Estame: filete, antera, grãos de pólen;
Pistilo: ovário, estilete, estigma;
Óvulos fecundados: sementes.
CLASSIFICAÇÃO
Espécies que se reproduzem sexuadamente:
Autógamas;
Alógamas;
Intermediárias.
Espécies que se reproduzem assexuadamente.
REPRODUÇÃO SEXUAL
É baseado no processo meiótico de divisão celular;
A divisão meiótica é de fundamental importância para
a geração de variabilidade por meio da divisão
reducional e independente e dos crossings over.
ESPÉCIES AUTÓGAMAS
Espécies que se reproduzem por autopolinização mas
admitem até 5% de fecundação cruzada:
Alface, amendoim, arroz, aveia, batata, cevada,
crotália, ervilha, feijão, guar, lentilha, linho, mucuna,
nectarina, pêssego, soja, tomate, trigo.
ESPÉCIES AUTÓGAMAS
Fenômenos que favorecem a autopolinização:
Cleistogamia:
Estigma e estame envolvidos por estruturas florais:
ESPÉCIES AUTÓGAMAS
Fenômenos que favorecem a autopolinização:
Arroz: a flor abre por um curto período de tempo:
Tomate: anteras fundidas cobrindo o estigma:
ESPÉCIES AUTÓGAMAS
Estrutura genética:
As espécies autógamas são constituídas por uma mistura de linhas homozigotas;
Mesmo quando a fecundação cruzada ocorre na população, a heterozigose desaparece com as sucessivas autofecundações.
ESPÉCIES AUTÓGAMAS
Nas espécies autógamas os indivíduos são
independentes quanto à reprodução, não ocorrendo
troca de genes entre eles;
As plantas são homozigotas e são chamadas de linhas
puras, linhagens, linhagens endogâmicas;
ESPÉCIES AUTÓGAMAS
Uma população de espécie autógama é constituída
por uma mistura de genótipos homozigóticos;
A variabilidade genética é devida á presença de
diferentes genótipos homozigotos.
ESPÉCIES AUTÓGAMAS
O número de genótipos homozigotos é 2n em que n é o
número de pares de genes;
Os programas de melhoramento das espécies
autógamas são delineados para que no final do
processo a homozigose seja restaurada, produzindo
apenas plantas homozigotas.
ESPÉCIES AUTÓGAMAS
A taxa de fecundação cruzada numa cultura autógama varia de local para local e de ano para ano por ação dos seguintes fatos:
Número, espécie ou atividade de insetos polinizadores;
Genótipo plantado;
Condições climáticas: temperatura, umidade, chuva, velocidade e direção dos ventos.
ESPÉCIES ALÓGAMAS
Espécies que se reproduzem por fecundação cruzada
mas admitem até 5% de autofecundação:
Abacate, abóbora, alfafa, batata-doce, beterraba,
brócolis, cacau, cana-de-açúcar, cebola, cenoura,
centeio, eucalipto, goiaba, maçã, mamão, mamona,
mandioca, manga, milho, uva.
ESPÉCIES ALÓGAMAS
Fenômenos que favorecem a alogamia:
autoincompatibilidade:
Obstrução mecânica da autopolinização:
ESPÉCIES ALÓGAMAS
Estrutura genética:
As populações de espécies alógamas são caracterizadas pela grande heterogeneidade;
Cada indivíduo na população é distinto dos demais;
As alógamas são mais flexíveis que as autógamas;
Sofrem depressão por endogamia.
ESPÉCIES ALÓGAMAS
A variabilidade genética é devido à presença de genótipos homozigotos e heterozigotos;
Espécies alógamas apresentam:
Heterose;
Depressão por endogamia.
ESPÉCIES INTERMEDIÁRIAS
Apresentam a taxa natural de fecundação cruzada
intermediária em relação às das espécies
autógamas e alógamas:
Algodão, berinjela, canola, fava, quiabo, sorgo.
ESPÉCIES INTERMEDIÁRIAS
Estrutura genética:
Não sofrem depressão por endogamia;
Para fins de melhoramento, são tratadas como alógamas
ESPÉCIES INTERMEDIÁRIAS
ESPÉCIE TAXA DE ALOGAMIA (%)
Algodão 5 a 50
Berinjela 0 a 48
Canola 0 a 30
Fava Maior que 25
Quiabo 4 a 19
Sorgo 6
REPRODUÇÃO ASSEXUAL
Algumas espécies cultivadas são perpetuadas por
propagação vegetativa, pela:
Baixa produção de sementes ou
Manifestação da variabilidade genética
indesejável quando multiplicadas por sementes;
REPRODUÇÃO ASSEXUAL
Em outras espécies, as sementes são formadas
sem a sequência normal da gametogênese e
fecundação;
Alfafa, batata-doce, batata, cana-de-açúcar,
capim-napier, laranja, mandioca, morango;
REPRODUÇÃO ASSEXUAL
A reprodução assexual pode ocorrer por intermédio de
bulbos, ramas, tubérculos, rizomas, folhas, caules e
cultura de tecidos:
Estrutura genética:
Um grupo de plantas originárias de uma única planta, por
reprodução assexuada, constitui um clone;
Plantas do mesmo clone são idênticas entre si e à planta
que lhe deu origem;
Facilita o trabalho do melhorista.
CONTROLE DA POLINIZAÇÃO
Importância:
Evitar a polinização cruzada e os conseqüentes
híbridos indesejáveis:
ETAPAS PARA A DETERMINAÇÃO DO MODO DE
REPRODUÇÃO DE UMA ESPÉCIE AINDA NÃO
ESTUDADA
1) Exame da estrutura do botão floral:
Flor unissexual Flor hermafrodita
Alógama Autógama ou
Alógama
ETAPAS PARA A DETERMINAÇÃO DO MODO DE
REPRODUÇÃO DE UMA ESPÉCIE AINDA NÃO
ESTUDADA
2) Exame da polinização:
Presença de insetos Pólen antes da flor abrir
Alógama? Autógama?
ETAPAS PARA A DETERMINAÇÃO DO MODO DE
REPRODUÇÃO DE UMA ESPÉCIE AINDA NÃO
ESTUDADA
3) Verificar a produção de sementes de plantas
isoladas:
Sim Não
Autógama? Alógama
ETAPAS PARA A DETERMINAÇÃO DO MODO DE
REPRODUÇÃO DE UMA ESPÉCIE AINDA NÃO
ESTUDADA
4) Realizar a autofecundação artificial e observar
a descendência:
Descendência normal Redução do vigor
Autógama Alógama
...A importância do sistema reprodutivo das
espécies na definição do tipo de cultivar mais
apropriado para cada caso ou situação: para
autógamas, são linhas puras; para alógamas, os
híbridos e para espécies de reprodução
assexuada, os clones...
REFERÊNCIAS
BORÉM, A.; MIRANDA, G. Melhoramento
genético de plantas. Viçosa-MG, 2009. 529p.
Cap. 4.
BUENO, L. C. S.; MENDES, A. N. G.;
CARVALHO, S. P. Melhoramento genético de
plantas: princípios e procedimentos. Lavras,
2001, Cap. 7.