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Apresentao.........................................................................................4
Mdulo I ........................................................................................5 a 66
Mdulo II ....................................................................................67 a 109
Mdulo III .................................................................................111 a 138
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Caro aluno,
Nesta disciplina voc est dando continuidade aos seus estudos para a sua formao como
mecnico de manuteno de aeronaves na habilitao de Avinicos.
Ao final da disciplina, voc dever ser capaz de: identificar os diversos materiais, ferramentas
e equipamentos utilizados na manuteno dos sistemas eltricos e eletrnicos da aeronave.
Esta unidade currricular est dividida em 3 mdulos :
No mdulo I, sero apresentados os conceitos referentes a fios e cabos condutores, bem como a
manuteno de cablagens.
Enquanto que no mdulo II, iremos estudar sobre a proteo dos sistemas eltricos e os sistemas
de iluminao de aeronaves.
J no mdulo III, sero apresentados os tipos de baterias e smbolos grficos utilizados nos
diagramas eltricos de aeronaves.
importante destacar que essa disciplina requer uma boa organizao de estudos.
de fundamental importncia a leitura do roteiro de estudos da disciplina que contm todas as
orientaes sobre a mesma.
Portanto, sinta-se convidado(a) a acessar o primeiro mdulo do livro didtico e me coloco a
disposio para auxili-lo(a) nessa caminhada.
Sou o Prof. Thiago Ferreira Carvalho.
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aldoTypewritercARO ALUNO
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Fonte: christinenegroni.blogspot.com
MDULO I
CABLAGENS
INTRODUO
Caro aluno,
Neste mdulo iremos adquirir conhecimentos referentes a identificao dos fios
condutores utilizados na aviao. Ainda, nos depararemos com os critrios para a seleo
correta na instalao de qualquer equipamento pertencente aeronave.
O estudo de identificao de conectores tambm ser abordado nesse mdulo, bem
como, algumas tcnicas empregadas para fins de reparo de cablagens aeronuticas.
desta maneira que convido todos a estudar os materiais eltricos.
1.1 FIOS E CABOS CONDUTORES
O desempenho satisfatrio de qualquer avio moderno depende, em grande parte,
da confiana contnua nos sistemas e subsistemas eltricos. A instalao ou manuteno
incorreta ou descuidada da fiao pode ser fonte de perigo imediato e potencial.
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O funcionamento adequado e contnuo dos sistemas eltricos depende do
conhecimento e da tcnica do mecnico que instala, inspeciona e mantm os fios e cabos do
sistema eltrico.
OS PROCEDIMENTOS E PRTICAS APRESENTADOS NESTE MANUAL
SO RECOMENDAES GERAIS, E NO PRETENDEM SUBSTITUIR AS
INSTRUES E PRTICAS APROVADAS PELO FABRICANTE.
Para efeito deste manual, um fio apresentado como um condutor singelo e rgido
ou como um condutor retorcido, ambos revestidos com um material isolante. A figura 6-1
ilustra estas duas definies de um fio.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-1 Dois tipos de fio de avio
O termo cabo, como usado nas instalaes eltricas da aeronave inclui:
Dois ou mais condutores isolados separadamente e no mesmo invlucro (cabo
multicondutor);
Dois ou mais condutores isolados separadamente e torcidos juntos (par torcido);
Um ou mais condutores isolados, revestidos com uma blindagem tranada metlica
(cabo blindado);
Um condutor central singelo isolado, com um condutor externo de revestimento
metlico (cabo de radiofrequncia). A concentricidade do condutor central e do condutor externo
cuidadosamente controlada durante a fabricao para assegurar que eles sejam coaxiais (cabo coaxial).
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1.2 BITOLA DE FIO
O fio fabricado em bitola de acordo com o modelo padro especificado pelo AWG
(American Wire Gage).
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-2 Tabela da bitola AWG para o fio rgido
Como apresentado na figura 6-2, os dimetros do fio tornam-se menores medida
que os nmeros do calibre tornam-se maiores. A maior bitola do fio mostrado na figura 6-2
o nmero 0000, e a menor o nmero 40. As bitolas maiores e menores so fabricadas,
mas no so comumente usadas.
Um calibre de fio apresentado na figura 6-3. Este tipo de calibre medir os fios
variando em bitola do 0 at o nmero 36. O fio a ser medido colocado na fenda menor,
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que s medir o fio desencapado. O nmero do calibre correspondente fenda indica a bitola
do fio.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6- 3 Calibre para fio
A fenda possui lados paralelos e no deve ser confundida com a abertura semicircular
na extremidade interna. A abertura simplesmente permite o movimento livre do fio em
direo e atravs da fenda. Os nmeros do calibre so teis na comparao da bitola dos fios,
mas nem todos os tipos de fio ou cabo podem ser medidos precisamente com um calibre.
Os fios maiores so geralmente tranados para aumentar sua flexibilidade. Em tais
casos, a rea total pode ser determinada, multiplicando-se a rea de um fio tranado
(geralmente computado em milipolegadas circulares quando o dimetro ou nmero da bitola
conhecido) pelo nmero de fios no cabo tranado.
Fatores que Afetam a Seleo da Bitola do Fio
Diversos fatores devem ser considerados na seleo da bitola do fio para transmisso
e distribuio de fora eltrica.
O primeiro fator a perda da energia permitida (perda I2R) na linha. Esta perda
representa a energia eltrica transformada em calor. O uso de condutores maiores reduz a
resistncia e, portanto, a perda de I2R. Entretanto, os condutores maiores, em princpio, so
mais caros do que os menores. Eles so mais pesados e necessitam de suportes mais
substanciais. Um segundo fator a queda de voltagem permitida (queda IR) na linha. Se a
fonte mantiver uma voltagem constante na entrada para as linhas, qualquer variao na carga
da linha provocar uma variao na corrente e, consequentemente, uma variao de queda
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IR na linha. Uma variao extensa da queda IR na linha provoca uma regulagem deficiente
de voltagem na carga. A soluo bvia reduzir a corrente ou a resistncia.
Uma reduo na corrente de carga diminui a potncia de sada da energia que est
sendo transmitida, enquanto que, uma reduo na resistncia da linha aumenta o tamanho e
o peso dos condutores necessrios.
Geralmente alcanado um ponto de equilbrio, por meio do qual a variao de
voltagem na carga permanece dentro dos limites tolerveis, e o peso dos condutores na linha
no excessivo.
Um terceiro fator a capacidade do condutor para conduzir corrente. Quando a
corrente passa atravs do condutor h produo de calor. A temperatura do fio aumentar
at que o calor irradiado, ou dissipado, seja igual ao calor gerado pela passagem de corrente
atravs da linha. Se o condutor for isolado, o calor gerado no condutor no ser logo
removido. Dessa forma, para proteger o isolante de calor excessivo, a corrente atravs do
condutor deve ser mantida abaixo de certo valor. Quando os condutores eltricos acham-se
instalados em locais onde a temperatura ambiente relativamente alta, o calor pelas fontes
externas constitui uma parte aprecivel do aquecimento total do condutor. Uma
compensao pela influncia do aquecimento externo sobre a corrente permitida no
condutor deve ser feita, e cada caso possui suas prprias limitaes especficas.
A temperatura mxima de operao permitida nos condutores isolados varia com o
tipo de isolante que est sendo utilizado. Existem tabelas que relacionam os valores de
segurana de corrente para as vrias bitolas e tipos de condutores, revestidos com diversos
tipos de isolantes.
A figura 6-4 mostra a capacidade dos condutores singelos de cobre em conduzir
corrente em ampres, numa temperatura ambiente abaixo de 30 C. Este exemplo fornece
medidas somente para uma relao limitada de bitolas de fios.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-4 Capacidade do fio em conduzir corrente
Fatores que Influenciam na Seleo do Material Condutor
Embora a prata seja o melhor condutor, seu custo limita o uso a circuitos especiais,
onde necessrio um material com alta condutibilidade.
Os dois condutores mais comumente usados so o cobre e o alumnio. Cada um
possui caractersticas prprias que tornam seu uso vantajoso sob certas circunstncias.
Possuem tambm suas desvantagens. O cobre possui maior condutibilidade.
Ele mais dctil (pode ser estirado), possui relativamente alta resistncia trao e
pode ser facilmente soldado. Ele mais caro e pesado do que o alumnio.
Embora o alumnio possua apenas cerca de 60% da condutibilidade do cobre, ele
usado extensivamente. Sua leveza torna possvel vos extensos e, seu dimetro, relativamente
grande para uma dada condutibilidade, reduz a corona (a descarga de eletricidade do fio
quando ele possui um alto potencial). A descarga maior quando usado um fio de dimetro
menor ao invs de um fio de dimetro maior. Algumas barras de ligao so feitas de
alumnio ao invs de cobre onde existe uma superfcie de radiao maior para a mesma
condutncia. As caractersticas do cobre e do alumnio so comparadas na figura 6-5.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-5 Caractersticas do cobre e do alumnio
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Queda de Voltagem nos Fios e nos Cabos de um Avio
recomendado que a queda de voltagem dos cabos principais da fonte de fora de
gerao do avio ou a da bateria para a barra no deve exceder 2% da voltagem regulada,
quando o gerador estiver conduzindo uma corrente nominal ou a bateria estiver sendo
descarregada na razo de 5 minutos.
A tabela da figura 6-6 mostra a queda de voltagem mxima recomendada em circuitos
em carga entre a barra e o equipamento de utilizao.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-6 Queda de voltagem mxima recomendada nos circuitos de carga
A resistncia do circuito de retorno de corrente massa, atravs da estrutura da
aeronave, sempre considerada desprezvel.
Entretanto, isto se baseia na suposio de que tenham sido proporcionadas
adequadas ligaes estrutura ou ao circuito especial de retorno da corrente eltrica massa,
e que sejam capazes de conduzir a corrente eltrica necessria com uma queda mnima de
voltagem.
A medida de resistncia de 0,005 ohm de um ponto massa do gerador ou da bateria,
at o terminal massa de qualquer componente eltrico, considerado satisfatrio.
Outro mtodo satisfatrio de determinar a resistncia do circuito o de verificar a
queda de voltagem atravs do circuito.
Se a queda de voltagem no exceder os limites estabelecidos pelo fabricante do
componente ou do avio, o valor da resistncia para o circuito ser considerado satisfatrio.
Quando se usa o mtodo de queda de voltagem para verificar um circuito, a voltagem
de entrada deve ser mantida num valor constante.
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Instrues para usar o Grfico de Fios Eltricos
Os grficos das figuras 6-7 e 6-8 aplicam-se a condutores de cobre conduzindo corrente
contnua. As curvas 1, 2 e 3 so traadas para mostrar a mxima amperagem nominal para o
condutor, especificado sob as condies apresentadas.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-7 Grfico de condutor fluxo contnuo (aplicvel aos condutores de cobre)
Para selecionar a bitola correta do condutor, dois requisitos principais devem ser
obedecidos:
1. A bitola do fio deve ser suficiente para evitar queda de voltagem excessiva,
enquanto estiver conduzindo a corrente devida na distncia necessria;
2. A bitola deve ser suficiente para evitar superaquecimento do cabo durante o
transporte da corrente devida.
3. Os grficos das figuras 6-7 e 6-8 podem simplificar essas determinaes. Para usar
estes grficos, a fim de selecionar a bitola apropriada do condutor, deve-se conhecer o
seguinte:
O comprimento do condutor em ps;
O nmero de ampres da corrente a ser conduzida;
O valor da queda de voltagem permitida;
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Se a corrente a ser conduzida intermitente ou contnua e, se contnua, se o condutor
singelo, ao ar livre, em condute ou em chicote.
Suponha-se que seja desejado instalar um condutor a 50 ps da barra do avio para o
equipamento, num sistema de 28 volts.
Para essa distncia, uma queda de 1 volt permitida para operao contnua.
Consultando-se o grfico da figura 6-7, pode-se determinar o nmero mximo de ps
que um condutor pode possuir, conduzindo uma corrente especfica com uma queda de 1
volt. Neste exemplo, escolhido o nmero 50. Suponha-se que a corrente requerida pelo
equipamento seja de 20 ampres.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-8 Grfico de condutor fluxo intermitente
A linha que indica o valor de 20 ampres deve ser selecionada pelas linhas diagonais.
Leva-se a linha diagonal para baixo at que ela intercepte a linha horizontal de n 50.
Deste ponto, passa-se direto para baixo do grfico, para achar que um condutor entre
as bitolas 8 e 10 seja necessrio e evite uma queda maior que 1 volt. Estando o valor indicado
entre dois nmeros, o de maior bitola, o n 8, deve ser selecionado. Esse o condutor de
menor bitola, que pode ser usado para evitar uma queda de voltagem excessiva. Determinar
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que bitola do condutor suficiente para evitar superaquecimento, basta desprezar ambos os
nmeros, ao longo do lado esquerdo do grfico e das linhas horizontais.
Suponha-se que o condutor seja um fio singelo exposto ao ar livre que conduz
corrente contnua.
Localiza-se um ponto alto do grfico na linha diagonal numerada de 20 ampres.
Segue-se esta linha at interceptar a linha diagonal marcada "curva 2". preciso
descer deste ponto diretamente at o fundo do grfico, este ponto est entre os nmeros 16
e 18. A bitola maior de nmero 16 deve ser a selecionada. Este o condutor de menor bitola,
aceitvel para conduzir uma corrente de 20 ampres num fio singelo ao ar livre, sem
superaquecimento.
Se a instalao se aplicar ao equipamento tendo apenas uma necessidade intermitente
(mximo de 2 minutos) de energia, o grfico da figura 6-8 ser usado da mesma maneira.
1.3 IDENTIFICAO DE CONDUTORES
Para facilidade de instalao e manuteno, os condutores eltricos so identificados
atravs de uma combinao, de algarismos e letras, neles impressa. A identificao
determinada na fase de projeto e inserida em todos os desenhos de esquemas eltricos.
Todos os condutores devem ser identificados conforme os seguintes tipos de identificao:
a) Identificao tipo "significante" ou
b) Identificao tipo "no significante"
Identificao tipo "Significante"
Este tipo de identificao indica a funo do circuito ao qual pertence o condutor.
Um exemplo de identificao deste tipo mostrado a seguir.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-9 Identificao tipo "significante"
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A seguir, a definio de cada item do cdigo combinado de letras e algarismos.
a) Nmero de unidade:
Este nmero utilizado quando na aeronave for usado mais de um equipamento
idntico. Por exemplo: se forem usados 2 VOR idnticos:
1RN 168A22 utilizado quando na aeronave for usado mais de um equipamento
idntico;
2RN 168A22 o fio correspondente mesma funo no outro sistema de VOR
(nmero 2).
Usa-se, normalmente, o nmero de ordem "1" para o lado esquerdo e "2" para o lado
direito, sendo que esta regra no se aplica a componentes duplicados de um mesmo sistema.
Quando o sistema nico dispensa-se o uso do "1".
b) Letra designativa da funo do circuito:
Esta letra indica que categoria de circuito o condutor usado. No exemplo
apresentado, a letra P indica ser um condutor do sistema de potncia eltrica CC.
A lista a seguir relaciona as letras e as funes dos respectivos circuitos.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
c) Nmero do condutor:
o nmero de cada condutor por ordem de sequncia no mesmo circuito e serve
para diferenci-lo dos outros. Nmeros diferentes sero atribudos a condutores que no
tiverem ponto de terminao ou conexo em comum.
d) Letra designativa do segmento do condutor:
Um segmento de um condutor um trecho do mesmo, compreendido entre dois
seccionamentos quaisquer da aeronave, por exemplo: conectores, caixas de juno, blocos
de terminais, etc.
As letras de segmento so usadas para diferenciar os fios em diferentes trechos de
seu seccionamento.
Quando possvel, os segmentos devem ser numerados em ordem alfabtica, sendo a
letra A reservada ao primeiro segmento a partir da fonte de alimentao.
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e) Bitola do condutor:
Esse nmero corresponde seco do condutor segundo a especificao AWG.
f) Letras de massa, fase ou termopar:
As letras A, B ou C identificam as fases de um sistema CA trifsico no qual o
condutor usado. A letra "N" indica que o condutor completa um circuito para a massa.
Pode-se ter ainda a letra "V" indicativa de fio no ligado massa e pertencente a um sistema
monofsico.
g) Sufixo:
Para condutores de termopares, os seguintes sufixos devem ser aplicados:
CHROM - Cromel
ALML - Alumel
IRON - Ferro
CONST - Constantan
COP - Cobre
Em condutores de alumnio a sigla "ALUM" deve ser acrescentada ao smbolo de
identificao.
Identificao tipo "No Significante" MIL-W5088-H
Este tipo de identificao no indica a funo do circuito ao qual pertence o
condutor. Cada cablagem identificada pela letra W, seguida por um nmero identificador
de, no mximo, quatro dgitos.
As cablagens do "Sistema Eltrico" so identificadas com nmeros pares e as do
"Sistema Eletrnico", com nmeros mpares.
Exemplo:
W002 cablagem eltrica
W003 cablagem eletrnica
Quando os fios passam por um conector, o nmero da cablagem modificado.
Para cada condutor, h uma nica identificao alfanumrica para distingui-lo de
todos os outros condutores da aeronave.
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Cada nmero do condutor inclui a identificao da cablagem a que pertence, um
nmero identificador, um nmero de sua bitola, cdigo especial de cor, condutores termopar
e blindagem.
Exemplo:
Onde:
(a) Letra classificatria de cablagem;
(b) Nmero que identifica a cablagem (at 4 dgitos);
(c) Nmero identificador do condutor (at 4 dgitos);
(d) Nmero da bitola do condutor;
(e) Cdigo especial;
(f) Separao (hfen).
(c) O nmero identificador do condutor distingue cada condutor de todos os outros,
dentro de uma mesma cablagem. Este nmero no deve exceder quatro dgitos. A numerao
dos condutores em ordem crescente, comeando pelo que sai da fonte de alimentao.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6- 10 Modificao do nmero na passagem por conector
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A numerao dos condutores reunidos por "Splices" deve ser sequencial sempre que
possvel. Exemplo:
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-11 Modificao aps "splices"
(d) Este nmero indica a bitola do referido condutor. Para cabo coaxial e condutores
termopar, este nmero pode ser omitido de sua identificao.
(e) Para condutores termopar, o seguinte cdigo de letras usado.
Cromel CR
Alumel AL
Ferro FE
Constantan CN
Cobre CU
Exemplo: W 102 - 645 - CR
Cdigo de Cores
Os condutores pertencentes a um mesmo cabo, codificados por meio de cores
atravs de listras, faixa ou inteiramente colorido, devem ser designados com o mesmo
nmero identificador. A cor de cada condutor deve ser indicada pelo uso de duas letras, logo
aps o nmero de sua bitola, de acordo com a tabela a seguir:
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-12 Cdigo de cores
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Para condutores de alumnio, o sufixo ALUM deve ser adicionado ao seu cdigo de
identificao.
Se o cdigo de identificao exceder a 15 dgitos, o sufixo ALUM deve ser substitudo
por AM.
1.4 ISOLAMENTO DO CONDUTOR
As duas propriedades fundamentais dos materiais isolantes (borracha, vidro, amianto
ou plstico, etc.) so: a resistncia do isolamento e a fora dieltrica. Essas so propriedades
inteiramente diferentes e distintas.
A resistncia do isolamento a resistncia da passagem da corrente, atravs e ao
longo da superfcie dos materiais isolantes.
A resistncia do isolamento pode ser medida com um medidor (MEGGER) sem
danificar o isolamento, de modo que a informao obtida sirva como guia para determinar
as condies gerais. Entretanto, a informao, obtida desta maneira, no ser um retrato fiel
da condio do isolamento. Isolamento limpo e seco contendo fendas ou defeitos pode
mostrar um alto valor de resistncia de isolamento, mas no adequado para uso.
A fora dieltrica a propriedade que o isolante possui de suportar a diferena de
potencial e , geralmente, expressa em termos de voltagem, na qual o isolamento no
funciona devido tenso eletrosttica. A fora dieltrica mxima pode ser medida,
aumentando-se a voltagem de uma amostra de teste at que o isolamento seja rompido.
Devido ao custo do isolamento e seu efeito de endurecimento junto a grande
variedade de condies fsicas e eltricas, sob as quais os condutores so operados, somente
o isolamento mnimo necessrio aplicado para qualquer tipo especfico de cabo destinado
a desempenhar uma determinada tarefa.
O tipo de material de isolamento do condutor varia com o tipo de instalao. Tais
tipos de isolantes como a borracha, seda e papel no so mais usados nos sistemas do avio.
Os mais comuns hoje em dia so: o vinil, o algodo, o nilon, o teflon e o amianto mineral.
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1.5 INSTALAO DE FIAO ELTRICA
Os seguintes procedimentos recomendados para a instalao da fiao eltrica nos
avies so tpicos daqueles usados na maioria. Para melhor finalidade desta descrio, as
seguintes definies so aplicveis:
1) Fiao descoberta - qualquer fio, grupo de fios ou chicote no envolvido por
condute;
2) Grupo de fios - dois ou mais fios indo para o mesmo local amarrados juntos para
reter a identificao do grupo;
3) Chicote ou cablagem - dois ou mais grupos de fios amarrados juntos, porque eles
esto indo na mesma direo para um ponto onde a amarrao est localizada;
4) Fiao protegida eletricamente - fios que incluem (no circuito) proteo contra
sobrecarga tais como fusveis, disjuntores ou outros dispositivos de limitao;
5) Fiao sem proteo eltrica - fios (geralmente dos geradores at os pontos de
distribuio da barra principal) que no possuem proteo tais como fusveis, disjuntores ou
outros dispositivos limitadores de corrente.
Grupos de Fios e Chicotes (cablagens)
Deve-se evitar a formao de chicote ou grupos com certos fios, tais como fiao de
fora eltrica e fiao para duplicao de equipamento vital quando eletricamente
desprotegidas. Os chicotes geralmente devem ser constitudos em menos de 75 fios, ou ter
de 1 a 2 polegadas de dimetro, onde possvel. Quando diversos fios estiverem agrupados
em caixas de juno, barras de terminais, painis, etc, a identidade do grupo de fios no chicote
(figura 6-13) pode ser mantida.
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Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-13 Amarraes de grupo de fios e chicotes
Amarrao da Cablagem (chicote)
Os fios e cabos so enfeixados com a finalidade de facilitar a instalao, a manuteno
e a inspeo.
Deve-se usar nas amarraes um barbante chato (sempre que possvel). Barbante
circular tambm poder ser usado, porm seu uso no o preferido pois sua tendncia
cortar o isolante do fio. Pode-se usar barbante de algodo, linho, nylon ou fibra de vidro, de
acordo com as limitaes de temperatura.
O barbante dever ser pr-tratado para proteg-lo da umidade e do ataque de fungos.
Em feixes que contenham cabos coaxiais utilizar somente barbante de nylon.
A braadeira plstica (tirap) dever ser usada em temperatura abaixo de 350F
(aproximadamente 176C).
Cuidados na Amarrao
Amarrar o feixe suficientemente apertado para no permitir escorregamento,
porm ficar atento para no deformar ou cortar o isolante;
Cuidados especiais devem ser tomados quando se amarram cabos coaxiais
devido ao fato deles possurem um isolante (macio) entre os condutores;
Nunca usar ns em cablagens protegidas por conduites;
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Possuam conectores, evitar amarraes prximas a eles a fim de impedir a
divergncia de contatos;
Em cablagens de espessura maior do que 1 polegada (2,54cm) usar barbante
duplo;
Quando a amarrao for feita em painis, observe os seguintes cuidados:
Em cablagens que
A - Mantenha os fios em paralelos;
B - Quando o feixe for muito comprido, amarre-os a cada 5 cm (aproximadamente);
C - Cada fio ao ser incorporado cablagem dever ser mantido na externa do feixe;
D - Amarrar o feixe toda vez que sair um fio.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-14 Cuidados na amarrao em painis
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Amarrao com n Simples
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-15 Amarrao com n simples
1) Siga os passos descritos abaixo:
A. Com barbante apropriado, d uma volta ao redor do feixe;
B. Forme um volta dupla;
C. Puxe as extremidades livres do barbante at que a volta dupla seja apertada contra
os fios;
D. D dois "ns cegos" para encerrar.
2) Corte os extremos do barbante deixando 3/8" (aproximadamente 1cm) no
mnimo.
Observaes:
a) O espaamento entre cada n, neste tipo de amarrao, de
aproximadamente 5 cm;
b) Este n s dever ser aplicado em feixes com dimetro menor do que 1.
Amarrao com N de Laada
O n de laada feito da seguinte maneira:
A. Dobrar um barbante de aproximadamente 30 centmetros e formar uma volta
dupla de extremidade presa;
B. Colocar a extremidade livre do barbante em volta da cablagem de fios e atravs da
volta dupla;
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C. Depois de certificar-se de que todos os fios e cabos dentro da cablagem esto em
paralelo, puxe as extremidades livres do barbante at que a volta dupla seja apertada contra
os fios;
D. Apertar bem o n de laada contra a cablagem separando as duas pontas livres e
puxando-as em direes opostas;
E. Dar um n cego e apertar o n de laada;
F. Cortar o excesso de barbante a 1 cm do n.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-16 Amarrao com n de laada
Se em algum caso, no for aconselhvel o uso somente de n simples ou do n de
laada, pode-se iniciar a amarrao com estes ns e continuar usando meios laos para,
finalmente, terminar com um n simples ou duplo.
1) Amarrao contnua iniciada com n simples (ver a figura 6-17 a, b, c, d).
a) Iniciar com n simples (sem o n cego). Cortar a ponta deixando no mnimo 1 cm;
b) Apertar o n no comeo. Fazer o meio lao sendo que o barbante deve cruzar
sempre por baixo da ala;
c) Encerrar a amarrao com o mesmo n simples;
d) Ao final da amarrao deve ser dado um reforo, como mostrado na figura 6-17
d.
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Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-17 Amarrao contnua iniciada com n simples
2) Amarrao contnua iniciada com n de laada:
a) Iniciar com n de laada (sem o n cego);
b) Fazer o meio lao;
c) Encerrar a armao com cruzamento dos barbantes e n cego.
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Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-18 Amarrao contnua iniciada com n de laada
Fios Tranados
Quando especificados em desenhos de engenharia ou quando realizados como uma
prtica local, os fios paralelos devem, s vezes, ser tranados.
Os exemplos que se seguem so os mais comuns:
1) Fiao nas vizinhanas de bssola magntica ou da vlvula de fluxo;
2) Fiao de distribuio trifsica;
3) Certos fios (geralmente na fiao para o sistema rdio) como especificados nos
desenhos de engenharia.
Tranam-se os fios de modo que eles se acomodem entre si, formando
aproximadamente o nmero de voltas por ps como mostra a figura 6-19.
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Verifica-se sempre se o isolamento dos fios ficou danificado depois de tranados. Se
o isolamento estiver rompido ou com desgaste, o fio substitudo.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-19 Nmero de torcidas recomendadas por p
Emendas nos Chicotes (cablagens)
As emendas em grupos de fios devem ser localizadas de modo que elas possam ser
inspecionadas facilmente.
As emendas devem ser afastadas uma das outras (figura 6-20), de modo que o chicote
no se torne excessivamente grosso. Todas as emendas no isoladas devem ser revestidas
com plstico e presas firmemente nas duas extremidades.
Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-20 Emendas afastadas em um chicote
Frouxido nos Chicotes (cablagens)
Os fios singelos ou chicotes no devem ser instalados com frouxido excessiva. A
frouxido entre os suportes no deve, normalmente, exceder uma deflexo mxima de 1/2
polegada com presso manual (figura 6-21). Entretanto, ela pode ser excedida se o chicote
for fino e as braadeiras estiverem muito separadas.
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29
Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-21 Frouxido no chicote, entre os suportes
Para que o chicote possa roar contra qualquer superfcie, a frouxido no precisa ser
muito grande. Uma quantidade suficiente de frouxido deve ser permitida prximo a cada
extremidade de um chicote para;
1) Permitir fcil manuteno;
2) Permitir a substituio dos terminais;
3) Evitar a fadiga mecnica nos fios, junes dos fios e suportes;
4) Permitir livre movimento do equipamento montado contra choque e vibrao;
5) Permitir a remoo do equipamento para fins de manuteno.
Raios de Curvatura
As curvaturas nos grupos de fios no devem ser inferiores a 10 vezes o dimetro
externo dos grupos.
Entretanto, nas barras de terminais, onde o fio est adequadamente suportado em
cada extremidade da curvatura, o dimetro externo do grupo de fios ou do chicote, igual a 3
vezes o dimetro externo normalmente aceitvel.
Existem, claro, excees a essas orientaes. o caso de certos tipos de cabo, como
por exemplo, o cabo coaxial, que nunca pode ser curvado num raio inferior a 10 vezes o
dimetro externo.
1.6 ENCAMINHAMENTO DA FIAO ELTRICA
Toda fiao deve ser instalada de modo que ela seja firme e de boa aparncia. Sempre
que possvel, os fios e os chicotes devem correr paralelos ou em ngulos retos com as
nervuras ou longarinas da rea envolvida. Como exceo desta regra, temos o cabo coaxial,
que orientado to diretamente quanto possvel.
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30
A fiao deve ser fixada adequadamente em toda a sua extenso. Um nmero
suficiente de suportes deve ser instalado para evitar vibrao indevida dos trechos sem
sustentaes. Todos os fios e grupos de fios devem ser relacionados e instalados para
proteg-los de:
1) Frico ou roamento;
2) Alta temperatura;
3) Ser usado como alas ou como suporte de pertences pessoais e equipamento;
4) Danos pela movimentao de pessoal no interior do avio;
5) Danos por armazenamento ou movimentao da carga;
6) Danos por vapores, borrifos ou salpicos de cido da bateria;
7) Danos por solventes ou fluidos.
Proteo contra Frico
Os fios e os grupos de fios devem ser protegidos contra frico ou roamento nos
locais onde o contato com superfcies pontiagudas, ou outros fios, danificariam o isolamento.
Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-22 Braadeira de cabo no orifcio do anteparo
Os danos ao isolamento podem provocar curto-circuito, mau funcionamento ou
operao indevida do equipamento.
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31
As braadeiras de cabo devem ser usadas para sustentar os chicotes em cada orifcio
atravs de um anteparo (figura 6-22). Se os fios se aproximarem mais de de polegada da
borda do orifcio, usa-se um gromete adequado como mostra a figura 6-23.
s vezes necessrio cortar o gromete de nilon, ou borracha, para facilitar a
instalao. Nestas circunstncias, depois de colocado, o gromete pode ser mantido no lugar
com cola de uso geral. O corte dever ser na parte superior do orifcio, e feito num ngulo
de 45 com o eixo do orifcio do chicote.
Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-23 Braadeira de cabo com gromete ilhs
Proteo Contra Alta Temperatura
Para evitar deteriorao do isolamento, os fios devem ser mantidos afastados de
equipamentos de alta temperatura, tais como resistores, tubos de descarga ou dutos de
aquecimento. A distncia de separao normalmente especificada pelos desenhos de
engenharia. Alguns fios devem invariavelmente passar atravs de reas quentes. Esses fios
devem ser isolados com material de alta temperatura tal como amianto, fibra de vidro ou
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32
teflon. Uma proteo adicional , tambm, frequentemente necessria sob a forma de
condute. Um fio com isolamento de baixa temperatura no deve nunca ser usado para
substituir um fio com isolamento de alta temperatura.
Muitos cabos coaxiais possuem isolamento de plstico mole tal como polietileno, o
qual est especialmente sujeito a deformaes e deteriorao a temperaturas elevadas. Todas
as reas de temperatura elevada devem ser evitadas ao se instalar esses cabos isolados com
plstico ou polietileno.
Uma proteo adicional contra frico deve ser fornecida aos fios de amianto
includos no condute. Pode ser usado um condute com revestimento de borracha de alta
temperatura ou os fios de amianto podem ser envolvidos, individualmente, em tubos
plsticos de alta temperatura, antes de serem instalados no condute.
Proteo Contra Solventes e Fluidos
Os fios no devem ser instalados em reas onde fiquem sujeitos a estragos por
fluidos, a menos de 4 polegadas da parte mais baixa da fuselagem do avio, com exceo
daqueles que devem atingir aquela rea.
Se houver possibilidade do fio ser molhado com fluidos, dever ser usada uma
tubulao plstica para proteg-lo. Essa tubulao deve estender-se atravs da rea em ambos
os sentidos, e deve ser amarrada em cada extremidade.
Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-24 Orifcio de dreno no ponto mais baixo da tubulao
Se o fio possuir um ponto baixo entre as extremidades da tubulao, feito um
orifcio de dreno de 1/8 de polegada, como mostra a figura 6-24. Esse orifcio deve ser
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33
perfurado na tubulao aps completar a instalao e o ponto baixo, definitivamente
estabelecido, pelo uso do perfurador para cortar um meio crculo.
Toma-se o cuidado para no danificar qualquer um dos fios no interior da tubulao
quando se usar o perfurador.
O fio nunca deve passar por baixo da bateria do avio. Todos os fios nas
proximidades da bateria devem ser inspecionados frequentemente, e os fios descoloridos
pelos gases prejudiciais da bateria devem ser substitudos.
Proteo dos Fios na rea do Alojamento das Rodas
Os fios localizados nos alojamentos das rodas esto sujeitos a diversos problemas
adicionais em servio, tais como: exposio a fluidos, apertos e acentuada flexibilidade.
Todos os chicotes devem ser protegidos por luvas de tubulao flexvel, presas firmemente
em cada extremidade e no deve existir nenhum movimento relativo nos pontos onde a
tubulao flexvel estiver segura. Esses fios e a tubulao isolante devem ser inspecionados
cuidadosamente a intervalos frequentes, e tanto os fios como a tubulao devem ser
substitudos ao primeiro sinal de desgaste.
No deve haver nenhum esforo nas fixaes quando as partes estiverem
completamente estendidas, mas a frouxido no dever ser excessiva.
Precaues na Instalao
Quando a fiao tiver que ser instalada paralelamente a linhas de fluidos,
combustveis ou de oxignio em curtas distncias, a separao fixa dever ser mantida tanto
quanto possvel. Os fios devem estar nivelados com ou acima das tubulaes. As braadeiras
devem ser espaadas, de modo que, se um fio for quebrado em uma braadeira ele no
entrar em contato com a linha.
Onde no for possvel uma separao de 6 polegadas, o chicote e a tubulao podem
ser fixados na mesma estrutura para impedir qualquer movimento relativo. Se a separao
for menor do que 2 polegadas, porm maior do que polegada, uma luva de polietileno
pode ser usada sobre o chicote para proporcionar maior proteo. Alm disso, duas
braadeiras de cabo, costas com costas, como mostrado na figura 6-25, podem ser usadas
somente para manter uma separao rgida, e no para suportar o chicote.
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Nenhum fio pode ser direcionado de modo que fique localizado mais prximo do
que polegada de uma tubulao. Nem mesmo um fio ou um chicote pode ser sustentado
por tubulao que conduza fluidos inflamveis ou oxignio.
Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-25 Separao entre a fiao e a tubulao
A fiao deve ser instalada para manter uma folga mnima de pelo menos 3 polegadas
dos cabos de controle. Se isso no puder ser observado, guardas mecnicas devero ser
instaladas para evitar o contato entre a fiao e os cabos de controle.
Instalao das Braadeiras de Cabos
As braadeiras de cabos devem ser instaladas considerando-se o ngulo adequado,
como mostrado na figura 6-26. O parafuso de montagem deve estar acima do chicote.
tambm conveniente que a parte traseira da braadeira de cabo se apoie contra um
membro estrutural, onde e quando for prtico.
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Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-26 ngulos de montagem adequados para braadeiras de cabo
Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-27 Ferragens tpicas de montagem para braadeiras de cabo
A figura 6-27 mostra algumas ferragens tpicas de montagens usadas na instalao
das braadeiras de cabo.
Deve-se ter ateno para que os fios no fiquem comprimidos nas braadeiras de
cabo. Onde possvel, instala-se os cabos diretamente nos membros estruturais, como
mostrado na figura 6-28.
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Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-28 Montagem da braadeira de cabo na estrutura
1.7 CONECTORES
Os conectores (PLUGS e receptculos) facilitam a manuteno quando for necessria
uma desconexo frequente. Visto que o cabo est soldado aos pinos inseridos no conector,
as ligaes devem ser instaladas individualmente, e o chicote firmemente suportado para
evitar danos devido a vibrao.
No passado, os conectores foram particularmente vulnerveis corroso devido a
condensao dentro do invlucro.
Conectores especiais com caractersticas prova de gua tm sido desenvolvidos para
que possam substituir PLUGS que no so prova d'gua nas reas onde a umidade constitui
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um problema. Um conector do mesmo tipo bsico e modelo deve ser usado quando
substituir outro.
Os conectores suscetveis corroso podem ser tratados com uma gelatina prova
d'gua quimicamente inerte. Quando substituir os conjuntos de conector, o tampo do tipo
soquete deve ser usado na metade que est "viva" ou "quente", depois da desconexo do
conector, para evitar uma ligao massa no intencional.
Tipos de Conectores
Os conectores so identificados pelos nmeros NA, e so divididos em classes com
variaes do fabricante para cada classe. As variaes do fabricante so diferentes em
aparncia e em mtodo, para se seguir uma especificao. Alguns conectores mais usados
encontram-se na figura 6-29. H 5 (cinco) classes bsicas de conectores NA usados na
maioria dos avies. Cada classe de conector se diferencia ligeiramente da outra em sua
caracterstica de construo. As classes A, B, C e D so feitas de alumnio, e a classe K feita
de ao.
1 - CLASSE A - Conector slido, de invlucro traseiro inteirio com finalidade geral;
2 - CLASSE B - O invlucro traseiro do conector separa-se em duas partes
longitudinalmente. Usado principalmente onde for importante que os conectores soldados
sejam prontamente acessveis. O revestimento traseiro mantido junto por um anel roscado
ou por parafusos;
3 - CLASSE C - Um conector pressurizado com pinos inseridos no removveis.
Semelhante ao conector classe A na aparncia, mas a disposio do selante interno , s vezes,
diferente. Ele usado nos anteparos do equipamento pressurizado;
4 - CLASSE D - Conector resistente vibrao e umidade, que possui um ilhs
selante de borracha no invlucro traseiro. Os fios so passados atravs dos orifcios
apertados de borracha selante no ilhs e, dessa forma selados contra a umidade;
5 - CLASSE K - Um conector prova de fogo usado em reas onde vital que a
corrente eltrica no seja interrompida, mesmo quando o conector estiver exposto a uma
chama aberta contnua. Os fios so estampados aos pinos ou contatos do soquete, e os
invlucros so feitos de ao. Essa classe de conector geralmente maior do que as outras.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6 -29 Conectores AN
Identificao de Conectores
As letras e os nmeros do cdigo so marcados no anel de acoplamento ou no
invlucro para identificar o conector. O cdigo (figura 6-30) proporciona toda informao
necessria para se obter uma substituio correta da pea defeituosa ou avariada.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-30 Codificao do conector AN
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Muitos conectores com finalidades especiais tm sido construdos para o uso em
aeronaves.
Esses incluem conectores de invlucro subminiatura e retangulares, e conectores
com invlucro de corpo pequeno ou de construo de invlucro bipartido.
Instalao de Conectores
Os procedimentos seguintes descrevem um mtodo recomendado de instalao dos
conectores com os receptculos:
1. Localizar a posio adequada do PLUG em relao ao receptculo, alinhando
a chaveta de uma pea com a ranhura da outra pea;
2. Colocar o PLUG no receptculo com uma leve presso para frente, e encaixar
as roscas do anel de acoplamento e do receptculo;
3. Alternadamente, empurrar o PLUG para dentro, e apertar o anel de
acoplamento at que o PLUG esteja completamente assentado;
4. Se o espao ao redor do conector for muito pequeno para segurar firmemente
o conector, usar alicates de conectores para apertar os anis de acoplamento 1/16 at 1/18
de volta alm do aperto manual;
5. Nunca usar fora para unir os conectores aos receptculos. No usar martelo
para introduzir um PLUG em seu receptculo, e nunca usar uma chave de torque ou alicate
para frenar os anis de acoplamento. Um PLUG geralmente desmontado de um
receptculo da seguinte maneira:
- Usar alicates de conectores para afrouxar os anis de acoplamento que estejam
apertados demais para serem afrouxados manualmente;
- Alternadamente, puxar o PLUG e desapertar o anel de acoplamento at que o
PLUG esteja solto;
- Proteger os PLUGS e os receptculos desconectados com tampes ou sacos
plsticos, para evitar a entrada de materiais estranhos que possam acarretar falhas;
- No usar fora excessiva, e no puxar os fios instalados.
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1.8 CONDUTES
O condute usado nas instalaes do avio para a proteo mecnica dos fios e dos
chicotes. Ele encontrado em materiais metlicos e no metlicos, nas formas rgida e
flexvel.
Quando selecionado um dimetro do condute para a aplicao em um chicote (
prtica comum para facilitar a manuteno, no caso de uma possvel expanso futura)
especifica-se o dimetro interno do condute em torno de 25% maior do que o dimetro
mximo do chicote.
O dimetro nominal de um condute metlico rgido o dimetro externo. Portanto,
para se obter o dimetro interno, subtramos duas vezes a espessura da parede do tubo.
Do ponto de vista da abraso, o condutor vulnervel nas extremidades do condute.
Adaptaes apropriadas so afixadas s extremidades do condute, de maneira que uma
superfcie lisa entre em contato com o condutor dentro do condute.
Quando as conexes no forem usadas, a extremidade do condute deve ser flangeada
para evitar estragos no isolamento do fio.
O condute sustentado por braadeiras ao longo de seu percurso.
Muitos dos problemas comuns de instalao de condute podem ser evitados,
prestando-se ateno aos seguintes detalhes:
1 - No instalar o condute onde ele possa ser usado como apoio das mos ou dos
ps.
2 - Instalar orifcios de dreno nos pontos mais baixos ao longo do condute. As
rebarbas devem ser cuidadosamente retiradas dos orifcios de dreno.
3 - Apoiar o condute para evitar atrito na estrutura, e ainda evitar esforo nas
adaptaes em suas extremidades.
As partes danificadas do condute devem ser consertadas para evitar danos aos fios
ou aos chicotes.
O raio de curvatura mnimo permitido para um condute rgido, deve ser o descrito
nas instrues do fabricante. As curvaturas torcidas ou enrugadas num condute rgido no
so aceitveis.
O condute de alumnio flexvel encontrado comumente em dois tipos: (1) condute
flexvel desencapado; e (2) revestido com borracha.
O condute de lato flexvel normalmente usado no lugar do condute de alumnio
flexvel, onde for necessrio para minimizar a interferncia no rdio.
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Condutes para Proteo de Fogo
Em cada rea sujeita a escapes de vapores de fluidos inflamveis, h meios de
minimizar a probabilidade de ignio desses vapores de fluidos e os danos resultantes, caso
ocorra tal ignio.
Esta proteo normalmente encontrada nos seguintes locais: asa, empenagem,
nariz, compartimento hidrulico, nacele do trem de pouso, etc, onde todas as cablagens so
protegidas por condutes.
A proteo compreende condutes e um conjunto de fixao que, ligados aos
condutes, formam um envelope protetor selado, para as cablagens eltricas.
A proteo composta de:
a) Condutes - so basicamente, tubos de fluorocarbono, preparados para serem
usados numa faixa de temperatura entre - 95F (-70C) a + 500F (+ 260C). So tubos
quimicamente inertes que no so afetados por solventes ou qualquer espcie de leo. Como
esses fluidos no so absorvidos pelos condutes, estes no sofrem aumento de peso ou
volume.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-31 Condute transparente
b) Transies ou derivaes - todas as derivaes encontradas no avio so feitas de
nquel especial e recebem um tratamento de anodizao. H dois tipos bsicos que so
usados, veja a figura 6-32.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-32 Derivaes tipo "Y" e duplo "Y"
c) Conjunto de adaptadores, O material usado nos adaptadores nquel e cdmio,
com um tratamento especial. Alguns tipos de adaptadores so apresentados na figura 6-33.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-33 Diversos tipos de adaptadores
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-34 Jaqueta de fluorocarbono
Em zonas onde os condutes podem ser danificados por pedras, como no
compartimento do trem de pouso, eles so encapsulados, ou seja, recebem jaqueta especial,
de fluorocarbono.
Em caso de um fio ser danificado, uma porca base pode ser facilmente desacoplada
do respectivo condutor, possibilitando o acesso ao fio, pela parte posterior desse conector,
a fim de que seja procedido seu reparo.
Para substituir um condutor, o extremo do conjunto, pode ser tambm desacoplado,
de modo a permitir a execuo do trabalho.
Desse modo, no necessrio o uso de ferramentas especiais e os reparos podem ser
efetuados com a remoo da cablagem.
Fonte: networlddirectory.com
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1.9 MANUTENO DE CABLAGENS
Ferramentas para Manuteno Eltrica
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-35 Diversas ferramentas para manuteno eltrica
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-36 Ferramentas para instalao de braadeiras em cablagens
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-37 Proteo de emendas com espaguete
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-38 Ferramentas para instalao de terminais e emendas
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-39 Ferramentas para instalao de luvas termorestringentes
1.10 ESTAMPAGEM DE TERMINAIS
Existem ferramentas portteis manuais e eltricas, bem como mquinas eltricas de
bancada para estampagem dos terminais.
Essas ferramentas prendem o cilindro do terminal ao condutor e, simultaneamente,
prendem a garra isolante ao isolante do fio. Todas as ferramentas de estampagem manual
possuem uma catraca autofrenante que evita a abertura de ferramenta at que a estampagem
esteja ponta.
Algumas ferramentas de estampagem manual so equipadas com um jogo de diversas
estampas para adaptar os tamanhos diferentes de terminais. Outras so usadas com um
tamanho nico de terminal. Todos os tipos de ferramentas de estampagem manual so
verificados pelos calibradores para ajuste adequado nas mandbulas de aperto.
A figura 6-40 mostra um terminal sendo introduzido numa ferramenta manual. Os
itens abaixo descrevem o procedimento durante a estampagem:
1. Desencapar o fio na extenso adequada;
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2. Introduzir o terminal, comeando pela ala, nas mandbulas de aperto da
ferramenta, at que a ala do terminal encoste-se ao batente da ferramenta;
3. Instalar o fio desencapado no cilindro do terminal at que o isolamento do
fio encoste-se extremidade do cilindro;
4. Apertar os punhos da ferramenta at que a catraca seja liberada;
5. Retirar o conjunto completo, e examin-lo quanto estampagem adequada.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-40 Colocao do terminal na ferramenta manual
Alguns tipos de terminais no isolados so isolados aps a instalao num fio, por
meio de tubos flexveis transparentes, denominados luvas. A luva proporciona proteo
eltrica e mecnica conexo.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-41 Luva isolante
Quando o tamanho da luva usada for de tal forma que ela se ajuste firmemente sobre
o cilindro do terminal, a luva no precisa de aperto, caso contrrio, ela deve ser laada com
um cordo de enlace, como ilustrado na figura 6-41.
Terminais de Fio de Alumnio
O uso do fio de alumnio no sistema de avio est aumentando devido a vantagem
de seu peso sobre o cobre.
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47
Entretanto, a dobradura frequente do alumnio provocar fadiga do metal tornando-
o quebradio. Isso resulta em falha ou rompimento das pernas dos fios, mais cedo do que
num caso semelhante com fio de cobre.
O alumnio tambm forma uma pelcula de xido altamente resistente assim que
exposto ao ar. Para compensar essas desvantagens, importante que sejam usados os mais
seguros procedimentos de instalao.
Somente as alas de terminal de alumnio so usadas para acabamento dos fios de
alumnio. Elas so geralmente encontradas em 3 (trs) tipos: (1) Retos; (2) ngulo Reto e (3)
Bandeira. Todos os terminais de alumnio possuem um furo de inspeo (figura 6-36) que
permite verificar a profundidade de insero do fio.
O cilindro do terminal de alumnio contm um composto de p de petrolato de
zinco.
Esse composto retira a camada muito fina de xido de alumnio atravs do processo
de abraso durante a operao de estampagem.
Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-42 Introduo de fio de alumnio em terminal de alumnio
O composto tambm diminuir mais tarde a oxidao da conexo, pela eliminao
da umidade do ar. O composto retido na parte interna do cilindro do terminal por um
plstico ou um selante de alumnio na sua extremidade.
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Emenda de Fios de Cobre Usando Emendas Pr-isoladas
As emendas de cobre permanente pr-isoladas unem fios pequenos de bitola 22 at
10. Cada tamanho de emenda pode ser usada para mais de uma bitola de fio. As emendas
so isoladas com plstico branco, elas tambm so usadas para reduzir as bitolas dos fios
(figura 6-43).
Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-43 Reduo da bitola do fio com uma emenda permanente
As ferramentas de estampagem so usadas para realizar esse tipo de emenda. Os
procedimentos de estampagem so semelhantes aos usados para os terminais, excetuando-
se que o aperto deve ser feito duas vezes, uma para cada extremidade da emenda.
1.11 EMENDAS DE EMERGNCIA
Os fios quebrados podem ser consertados atravs de emendas de estampagem,
usando-se um terminal do qual a ala foi cortada, ou soldando-se juntas as pernas quebradas,
e aplicando-se o composto condutor antioxidante. Esses consertos so aplicveis ao fio de
cobre.
O fio de alumnio danificado no deve ser emendado temporariamente. Esses
consertos so para uso somente de emergncia temporria e devem ser substitudos, logo
que seja possvel, por consertos permanentes.
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Conexo de Terminais a Blocos Terminais
Os terminais devem ser instalados sobre os blocos terminais de modo que eles sejam
presos contra o movimento no sentido de afrouxamento (figura 6-44).
Fonte: Matrias Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA
Figura 6-44 Conexo de terminais a blocos de terminais
Os blocos terminais so geralmente equipados com estojos retidos por uma arruela
lisa, uma arruela-freno e uma porca.
Ao se conectar os terminais, a prtica recomendada colocar a ala dos terminais de
cobre diretamente sobre a porca, seguida por uma arruela lisa e uma porca autofrenante, ou
uma arruela lisa, arruela-freno de ao e uma porca comum. Os terminais de alumnio devem
ser instalados sobre arruelas lisas com banho de lato, seguida por outra arruela igual, uma
arruela-freno de ao e uma porca comum ou autofrenante.
1.12 PRENSAGEM DE PINOS DE CONTATO
Procedimentos de prensagem de pinos de contato com o alicate de prensar.
1. Com o alicate pr-ajustado para o tipo de contato a ser prensado, introduz-se o
tipo de contato pelo lado mostrado na figura 6-45-1. A extremidade deste pino deve facear
com o alicate;
2. Introduz-se o fio decapado na extremidade do contato inserido no alicate e
fecham-se as hastes da ferramenta at o seu limite. Feito isso, o pino estar prensado. As
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hastes do alicate somente se abrem quando o ciclo de prensagem for completo. Remover o
contato prensado do alicate conforme mostrado na figura 6-45(2);
3. Um condutor corretamente prensado deve permitir a sua inspeo, conforme
demonstrado na figura 6-45(3).
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-45 Prensagem de pinos de contato
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-46 Instalao de pinos de contato prensados
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51
1. Desmontar conforme mostrado na figura 1;
2. Usar o inseridor juntamente com o contato a ser inserido atravs da parte
traseira do conector (figura 2);
3. Inserir o contato at que se perceba um estalo, isto significar que a insero
est completa (3);
NOTA: Se o passo do item 4 no for constatado, refazer os itens 2, 3 e 4.
4. Observar se todos os contatos esto inseridos corretamente, olhando o
conector pela parte dianteira (5).
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-47 Remoo de pinos de contato
1. Para extrair o pino de contato, deslizar a ferramenta com o lado extrator voltado
para o conector, ao longo do fio na direo do furo do inserido at encontrar com o batente
do contato, continuando at perceber uma resistncia. Neste momento o clip retentor do
contato estar na posio destravado;
2. Pressionar o fio contra a ranhura da ferramenta plstica e puxe ambos para fora
do conector;
3. Ferramentas para remoo de pinos.
-
52
1.13 NORMAS DE SEGURANA PARA MANUTENO ELTRICA
Utilizao e Conservao
Os acidentes envolvendo ferramentas manuais so, normalmente, resultados de mau
uso. Muitas pessoas tm a impresso, de que as ferramentas manuais so simples
instrumentos, que podem ser usados por qualquer pessoa com pouco ou nenhum
treinamento. Esta ideia no poderia ser mais irreal.
A segurana o primeiro fator a ser observado quando exigido o uso de ferramentas
manuais, que devem ser de boa qualidade e adequadas ao trabalho a ser executado.
Todas as ferramentas devem ser mantidas em locais seguros e sero afiadas (se for o
caso) e conservadas por pessoal qualificado.
Na oficina de manuteno dever existir, gavetas estantes ou quadros para guardar as
ferramentas que no estiverem sendo usadas.
Inspeo e Cuidados
As ferramentas devem ser inspecionadas periodicamente e, todas as que
apresentarem defeitos, devem ser retiradas do servio para reparos ou reposies.
Quando o cabo dos martelos ou ferramentas similares estiver rachado, quebrado ou
lascado, ele deve ser substitudo. Os cabos das ferramentas devem ser bem ajustados e presos
com segurana por meio de cunha ou artifcio aceitvel.
Os cabos das ferramentas devem permanecer livres de graxa ou qualquer outra
substncia escorregadia.
Extenses de cabos improvisados, tais como canos ou barras, no devem ser usados
em ferramentas manuais.
Talhadeiras, punes, ou pinos e outras ferramentas que tm tendncia a se
achatarem devem ser desbastadas, quando comearem a esgarar a cabea.
Ao desbastar tais ferramentas, elas devem ser chanfradas ao redor da cabea, isto
ajudar a evitar que elas se achatem novamente.
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53
Procedimentos com Chaves
Muitos tipos de chaves esto diariamente em uso nas oficinas de manuteno, chaves
de boca, chaves ajustveis, chaves de tubo e soquetes so os tipos mais comuns encontradas
em quase todas as oficinas. Todo pessoal deve tomar cuidado em usar as chaves apropriadas
para cada trabalho.
As chaves de tipos e tamanhos prprios devero ser selecionadas para fazer somente
os trabalhos para os quais foram designadas.
Deve-se encaixar uma chave em uma porca ou parafuso, de modo que a fora tenda
a empurrar as castanhas ou mordentes, para evitar que a chave escorregue.
Deve-se tomar cuidado para no tensionar demais uma chave pequena, e nenhuma
chave dever sofrer tenso maior do que elas podem suportar.
Nunca usar calos para fazer uma chave maior encaixar numa porca ou parafuso
menor.
Nunca usar uma chave como martelo.
As chaves de fenda so as ferramentas mais usadas e abusadas. Elas s devem ser
usadas com uma finalidade: soltar e apertar parafusos.
A falta de conhecimento, do uso com segurana das chaves de fenda, o principal
motivo pelo qual elas so mal usadas e provocam acidentes.
O uso de chave de tamanho incorreto o responsvel por muitos ferimentos
causados por chave de fenda. Deve-se tomar cuidado ao escolher o tamanho da chave de
fenda, que encaixe no rasgo do parafuso.
As chaves de fenda no devero ser usadas como puno, talhadeira ou alavanca.
Este procedimento no somente perigoso, como danifica a ferramenta.
Limas e Raspadores
Limas e raspadores nunca devem ser usados sem cabo de madeira.
As pontas espigadas podero ferir a mo, se a ferramenta chocar-se contra algum
obstculo.
Selecionar as limas ou raspadores mais adequados ao trabalho a ser feito.
A pea que estiver sendo limada dever ser presa em um torno de bancada para
proteger a mo do trabalhador e evitar que a pea se mova.
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54
A superfcie da pea a ser limada dever ser protegida, colocando-se um material
macio entre os mordentes e a pea.
As limas ou raspadores devero ser seguros pelo cabo em uma das mos, enquanto
que o polegar e o indicador da outra mo so usados para guiar a ponta da ferramenta.
Nunca usar uma lima como escova de ao.
Alicates
Deve-se ter um extremo cuidado ao usar alicates em eletricidade.
Ao cortar pontas de fios ou arame, segurar o alicate, de tal modo que sua extremidade
cortante fique voltada para baixo.
Segurar o alicate pela extremidade do cabo. Perto das juntas h risco de prender os
dedos.
Ferro de Soldar
Um equipamento de grande utilidade para o eletricista, o ferro de soldar.
Existe um nmero enorme de tipos de tamanhos e potncias de ferro de soldar.
Deve-se como precauo manusear, um ferro de soldar como se ele estivesse quente.
Nunca peg-lo pelas partes metlicas.
Os ferros de soldar devem ser guardados em prateleiras de ao em reas de segurana.
Usar preferivelmente ferros de soldar com luz de alerta, que acende quando o ferro est
ligado na tomada.
1.14 DECAPAGEM DE CONDUTORES
Antes dos condutores poderem ser montados nos conectores, terminais e emendas,
etc, a isolao do condutor dever ser retirada da extremidade de conexo para expor o
condutor.
Para montagem em conectores, a ligao decapada o suficiente, de tal modo que o
condutor atinja o fundo do copo de solda e deixe um pequeno intervalo entre a parte superior
do copo de solda e a extremidade cortada da isolao.
As dimenses para decapagem de condutores para uso com conectores, so dadas
nos procedimentos para montagem de cada conector especfico.
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Os condutores podero ser decapados de inmeros modos, dependendo de sua bitola
e do tipo de isolao.
A tabela abaixo deve ser consultada para a escolha do tipo apropriado.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-48 Tipos de decapadores
Notas: S explicaremos aqui os tipos de decapagem por alicate manual e por faca.
Aps a decapagem necessrio verificar a existncia de danos.
Cortar e fazer nova decapagem (enquanto o comprimento for suficiente), ou rejeitar
e substituir qualquer condutor que apresentar maior nmero de fios quebrados, do que
aqueles especificados na figura 6-49.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-49 Limites de fios quebrados
Instrues para Decapagem usando Decapadores Manuais tipo Alicate
A) Inserir o condutor exatamente no centro da fenda cortante, adequada para a bitola
do condutor a ser decapado. Cada fenda marcada com a bitola do condutor. Veja a figura
6-50.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-50 Ferramentas para decapagem
B) Apertar as manoplas do alicate, juntando-as tanto quanto elas possam;
C) Soltar as manoplas, deixando os fixadores do condutor retornarem para a posio
aberta;
D) Remover o condutor decapado.
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Instrues para Decapagem Usando uma Faca Afiada
A) Fazer um corte em torno do condutor, no comprimento de decapagem
desejado. No cortar completamente a isolao para no atingir os fios. Veja as operaes A,
B e C da figura 6-51;
B) Fazer um segundo corte, longitudinalmente, ao longo de todo o
comportamento de decapagem. Neste caso tambm, no cortar completamente a isolao.
Nota: Quando um condutor tiver duas ou mais camadas de isolao, cortar atravs
da camada exterior, e somente sulcar a segunda camada de isolao;
C) Retirar a camada de isolao, seguindo a orientao de enrolamento dos
condutores.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-51 Decapagem utilizando faca afiada
1.15 ESTANHAGEM DE CONDUTORES
Aps a decapagem da extremidade do fio ou cabo eltrico no comprimento
necessrio, faz-se a estanhagem. Os seguintes cuidados devem ser observados:
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58
- Limpar a poro decapada do fio ou cabo eltrico, eliminando leo, graxa, gordura
etc, utilizando um pano umedecido em solvente. Se o fio ou cabo eltrico apresentar
corroso, retir-la utilizando uma lixa fina ou rasp-la cuidadosamente com uma faca.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-52 Potncia do ferro de soldar
- Selecionar um ferro de soldar na potncia requerida, de acordo com a bitola do fio
ou cabo eltrico a ser estanhado, conforme especificado na figura 6-52.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-53 Tipos de ferro de soldar
- A ponta de ferro de soldar deve estar limpa e bem estanhada. Selecionar o tipo, o
formato de sua ponta e a potncia do ferro de soldar, de acordo com a soldagem a ser
realizada e bitola do fio ou cabo eltrico.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-54 Formatos de pontas de ferro de soldar
- Selecionar o tipo de solda que deve ser utilizada na estanhagem, de acordo com o
acabamento do fio ou cabo eltrico.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-55 Estanhagem com ferro de soldar
- Encostar a solda e a ponta do ferro de soldar na extremidade decapada do fio ou
cabo eltrico, at a solda comear a fluir. Ver figura 6-55.
- Movimentar a ponta do ferro de soldar, estanhando metade da extremidade
decapada do fio ou cabo eltrico.
Preparar o ferro de soldar, antes da soldagem, da seguinte forma:
a) Limpar cada uma das superfcies da ponta de cobre at que fiquem
completamente lisas e com uma colorao acentuada. Veja a figura 6-56.
Nota: um ferro de soldar cuja ponta de cobre possui uma cobertura de ferro puro,
no deve ser limada. Sua limpeza deve ser de acordo com as instrues do fabricante.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-56 Limpeza da ponta do ferro de soldar
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b) Remover as partculas provenientes da limadura, utilizando uma lixa fina;
c) Aps estar devidamente aquecida, estanhar cada uma de suas superfcies,
utilizando solda. Veja a figura 6-57;
Nota: A estanhagem deve iniciar-se antes que a ponta de cobre atinja sua temperatura
mxima.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-57 Estanhagem da ponta do ferro de soldar
d) Retirar o excesso de solda passando um pano ou esponja mida, com movimentos
de rotao.
Nota: no sacudir ou bater o ferro de soldar para remoo do excesso de solda.
- Passar um pano ou esponja umedecida em solvente na extremidade estanhada do
fio ou cabo eltrico, a fim de remover graxa, leo, gordura, etc, que possam existir.
- Encostar a ponta do ferro de soldar no ponto de soldagem e aplicar solda sobre os
elementos que devero ser soldados, e no sobre o ferro de soldar. Veja a figura 6-58.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-58 Aplicao de solda
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Notas:
1. A soldagem deve ser de acordo com o acabamento do fio ou cabo eltrico,
conforme especificado na figura 6-58.
2. Durante a soldagem no aplicar calor mais tempo do que o necessrio.
3. No deixar acumular solda ao redor ou sobre os elementos que esto sendo
soldados.
4. Deixar a solda resfriar naturalmente.
5. Se, aps a soldagem, existir um excesso de fluxo sobre o ponto soldado,
remov-lo utilizando um pano ou esponja umedecidos em solvente, evitando o contato com
a capa do fio ou cabo eltrico.
6. A solda deve apresentar uma colorao prateada brilhante e uma superfcie
lisa e uniforme. Veja a figura 6-59.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-59 Apresentao de uma solda perfeita
7. Quando o ferro de soldar no estiver sendo utilizado, coloc-lo em seu
suporte e deslig-lo, para evitar superaquecimento. Veja a figura 6-60.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-60 Suporte para ferro de soldar
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1.16 SOLDAGEM DE CONDUTORES
A soldagem utilizando um ferro de soldar aquecido eletricamente o procedimento
mais comumente usado.
As operaes de soldagem seguem a sequncia dada a seguir:
a) Os contatos grandes devero ser retirados dos insertos e fixados em um bloco
no metlico e soldados, aquecendo-se primeiramente o copo de solda do contato com uma
ponta especial, como mostrado na figura 6-61;
b) Enquanto o calor estiver sendo aplicado, introduzir lentamente o condutor
pr-estanhado no copo de solda do contato, at atingir o fundo;
c) Uma quantidade extra de solda 60/40, com ncleo de resina, poder ser
adicionada ao copo de solda, se necessrio;
d) Segurar o ferro de soldar aquecido e mant-lo nessa condio, encostado no
copo de solda, at que a solda tenha fundido totalmente, formando uma pelcula lisa;
e) Deixar esfriar sem movimento;
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-61 Procedimento de soldagem de grandes contatos
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-62 Soldagem de acordo com o tamanho dos contatos
f) Os contatos que no foram retirados do inserto, devero ser soldados
seguindo-se o procedimento ilustrado na figura 6-62;
g) A solda ser fundida colocando-se o ferro de soldar encostado ao longo do
lado do copo de solda no momento em que o condutor comea a ser introduzido nele;
h) Contatos de tamanho mdio, tais como nmero 8 e 12 sero soldados mais
facilmente se o ferro de soldar for encostado no ponto onde o condutor toca o chanfro
existente no copo de solda, como ilustrado na figura 6-62;
i) Adicionando-se uma pequena quantidade de solda nesse ponto, ajudar-se-
na transmisso de calor para o interior da conexo.
Ateno: No deixar a solda escorrer para o lado de fora do copo de solda. Isso
reduzir a distncia do arco e poder representar a perda do conector.
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Fixao dos Conectores para Soldagem
Para facilitar a soldagem de condutores aos contatos que no foram retirados dos
conectores, de bastante utilidade fixar o conector em uma posio adequada para soldagem.
Utilizar um suporte de ao dobrado com 60 a 75 de ngulo, como mostrado na
figura 6-63.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-63 Suporte para soldagem de plugues de conectores
Para prender um plugue, usar uma concha vazia de um receptculo.
Para prender um receptculo, usar dois parafusos de modo que o receptculo seja
montado como a poro rosqueada inserida no furo do suporte. Isso localizar os copos de
solda em uma posio de fcil soldagem.
Sequncia de Soldagem
A soldagem dos conectores dever seguir uma sequncia rgida, para evitar erros na
cablagem e tambm evitar queimadura da isolao dos condutores j soldados.
Duas sequncias usuais de soldagem so ilustradas na figura 6-64.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-64 Sequncia para a soldagem de pinos
a) A sequncia ilustrada na figura 6-64(a) ser iniciada da direita ou da esquerda,
dependendo se o equipamento de montagem direita ou esquerda, e seguindo a fila de
baixo, de lado a lado.
A fila de cima ser a prxima a ser soldada, seguindo o mesmo princpio usado para
soldar a fila de baixo.
Isso permitir que o inserto se esfrie durante as operaes de soldagem.
As operaes acima descritas devero ser repetidas para cada fila em sequncia, at
que todos os contatos tenham sido soldados.
Nota: se os condutores comearem a ser soldados em um conector com um grande
nmero de contatos, planejar o trabalho, de modo a permitir um perodo de esfriamento
aps cada srie de 20 contatos, para evitar aquecimento excessivo do inserto;
b) A sequncia ilustrada na figura 6-64(b) tambm ser iniciada na fila de baixo,
da direita ou da esquerda. O prximo passo ser soldar os contatos do centro, e depois os
das pontas.
A operao final ser soldar os condutores aos contatos da fila de cima.
As sequncias de soldagem apresentadas anteriormente no so obrigatrias, mas seu
uso ser um procedimento adequado para execuo de um bom trabalho de soldagem.
recomendvel, porm, a adoo de uma sequncia de soldagem para ser sempre
usada, com o objetivo de otimizar o tempo de execuo das soldagens em conectores
eltricos.
Limpeza das Conexes Soldadas
Aps todas as conexes terem sido soldadas, examinar o conector quanto aos
excessos de solda, solda fria e resduos de fluxo.
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Tomar as seguintes medidas corretivas se qualquer uma das deficincias citadas forem
encontradas:
a) Remoo do excesso de solda usando um ferro de soldar, o qual tenha sido
cuidadosamente escovado e limpo com um pano limpo e seco;
b) Desfazer todas as soldas frias. Retirar toda solda sacudindo o conector e
efetuar nova soldagem;
c) Remover os resduos de fluxo com lcool etlico desnaturado, usando um
pincel de cerdas moles;
d) Secar o conector com um jato de ar comprimido.
BRASIL. IAC Instituto de Aviao Civil. Diviso de Instruo Profissional Matrias
Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA (Airframe & Powerplant Mechanics-General
Handbook). Edio Revisada 2002.
No prximo mdulo veremos os cuidados a serem adotados na metalizao e os sistemas de
iluminao de aeronaves.
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67
Fonte: www.pista73.com
MDULO II
METALIZAO E ILUMINAO DAS AERONAVES
INTRODUO
Prezados,
Neste mdulo veremos os cuidados envolvidos na metalizao de aeronaves. Ainda,
enunciaremos os circuitos de iluminao interna e externa das aeronaves e as prticas de
manutenes que envolvem esses circuitos.
2.1 METALIZAO
Definies
a. Metalizao Eltrica ("Bonding")
o estabelecimento de um caminho eletricamente condutivo, entre duas ou mais
partes metlicas, de forma a assegurar o mesmo potencial entre as partes.
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Os materiais utilizados na metalizao so:
1. Tinta laca azul (E9100039) - TT-L32;
2. Primer cromato de zinco - TT-P-1757;
3. Selante PR1436G-B2 (E9124158) - MIL-S-81733;
4. Primer epoxy (E9116236) - MIL-P23377;
5. Selante PR1422A (E9110587) - MILS-27725.
b. Estrutura
Para efeito de norma as estruturas metlicas das aeronaves so divididas em dois tipos
como segue:
Tipo 1 (primria): constituda da estrutura principal da fuselagem, asa e
empenagens.
Tipo 2 (secundria): constituda das diversas partes metlicas que se agregam
estrutura tipo 1, tais como suportes, naceles, armrios, consoles, painis, superfcies de
comando etc.
c. Ponte de Ligao
Condutor construdo atravs de malha chata, cordoalha ou fio e terminais eltricos,
destinada a interligar partes metlicas para proporcionar a metalizao eltrica.
d. Retorno de Corrente
o caminho da corrente eltrica, estabelecido entre o ponto de aterramento dos
equipamentos eltricos/eletrnicos e a estrutura.
Finalidades
A metalizao eltrica tem as seguintes finalidades:
a) Evitar acidentes pessoais e danos aeronave provocados por tenses
excessivas, induzidas por descargas atmosfricas, radiofrequncia ou curto-circuito interno
de equipamentos;
b) Proporcionar caminhos eletricamente condutivos entre as estruturas da
aeronave, para as seguintes condies:
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Retorno de corrente;
Dissipao de carga esttica;
Dissipao de descarga atmosfrica;
Curto-circuito em geral;
c) Otimizar a recepo e transmisso de rdio;
d) Obter diagrama de irradiao satisfatrio das antenas;
e) Evitar um mau funcionamento e/ou danos aos equipamentos eltricos e
eletrnicos;
f) Proporcionar aterramento adequado para a RF.
Cuidados na Metalizao
Estruturas
As estruturas devem ser metalizadas para se obter uma unidade equipotencial
homognea, o que requer que todos os seus membros sejam interligados com conexes ou
juntas de baixa resistncia e baixa impedncia de radiofrequncia.
A metalizao deve ser projetada e instalada de modo que a continuidade eltrica
(resistncia) no seja afetada pela vibrao, expanso e contrao, movimento de toro ou
outros movimentos relativos, inerentes ao uso em servio normal da aeronave.
Os tanques de combustvel por estarem em regies sujeitas corrente de raio, devem
ter as conexes de metalizao internas seladas, a fim de evitar centelha (fasca), conforme
as normas definidas para cada tipo de aeronave.
Nota: as conexes de metalizao tambm devem ser seladas, quando localizadas em
regies de atmosfera explosiva.
Retorno de Corrente
Para esta classe de metalizao, observar os seguintes cuidados:
a) A metalizao deve ser feita sempre estrutura tipo II;
b) Os pontos de metalizao devem ser segregados, quando as fontes de
alimentao dos equipamentos eltricos/eletrnicos forem diferentes (CA ou CC);
c) proibida a metalizao em peas de liga de magnsio.
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Peas de Liga de Titnio
No devem ser ligadas diretamente estrutura de alumnio. Sua metalizao deve ser
feita atravs de pontes de ligao ou com os prprios parafusos de fixao.
Peas No Metlicas
As peas no metlicas externas aeronave (sujeitas a raios) devem ser protegidas
contra descargas de raios. Devem incorporar uma tela metlica fina na camada mais externa
livre de resina, a fim de propiciar a sua metalizao.
As peas que no so sujeitas a raios, devem ser pintadas com tinta antiesttica, a fim
de propiciar a dissipao de carga esttica.
Nota: as reas sujeitas a raio so definidas durante o desenvolvimento do projeto de
cada aeronave. A ligao com a aeronave das peas no metlicas metalizadas deve ser a mais
perfeita possvel, uma vez que atravs dela que deve ser compensada a resistncia da tela.
2.2 REAS SUJEITAS EXPLOSO OU FOGO
Equipamentos eltricos instalados em locais sujeitos exploso ou fogo devem ter o
valor de resistncia de metalizao, conforme indicado no grfico RESISTNCIA DE
METALIZAO (miliohms) x CORRENTE DE CURTO (Ampres). Ver a figura 6-65.
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Corrente de curto definida como a corrente mxima capaz de ser fornecida
pela fonte eltrica, quando de um curto-circuito.
So utilizados para metalizar os seguintes mtodos:
Mtodo 1 - Soldagem;
Mtodo 2 - Rebite "Hi-Lok"ou "Hi-Lite";
Mtodo 3 - Parafusos (pinos) e porcas;
Mtodo 4 - Lminas metlicas;
Mtodo 5 - Rebites;
Mtodo 6 - Braadeiras metlicas;
Mtodo 7 - Pontes de ligao;
Mtodo 8 - Descarregadores estticos;
Mtodo 9 - Mdulos de aterramento;
Mtodo 10 - Perfil de metalizao (para superfcies metlicas separadas por material
isolante);
Mtodo 11 - Malha tubular;
Mtodo 12 - Contato da base da antena com o revestimento.
Nota: todos estes mtodos so explicados na NE 80-008, que ser consultada em
aula prtica.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-65 Grfico de Resistncia de metalizao X Corrente de curto
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2.3 PROTEES CONTRA OS EFEITOS DE RAIOS
Descargas Eltricas Ramificadas
So trajetrias ionizadas com ramificaes que ocorrem na presena de impacto
direto de um raio ou em descargas prximas aeronaves.
Ponto de Impacto
a regio em que o ramo principal de uma descarga eltrica atinge a superfcie da
aeronave.
Efeitos Diretos
So efeitos causados por impactos de raios diretamente na superfcie da aeronave.
So caracterizados, geralmente, por danos fsicos aeronave.
Estes defeitos esto diretamente ligados ao tempo em que o raio estabelece contato
com a aeronave.
Efeitos Indiretos
So efeitos causados por descargas eltricas nas proximidades da aeronave, ou os
danos induzidos por uma descarga direta.
Ocorrem com mais frequncia que os efeitos diretos embora ambos os efeitos sejam
causados por uma energia de mesma origem, suas consequncias so totalmente distintas.
Os efeitos so relacionados a um possvel mau funcionamento de componentes eltricos e
eletrnicos da aeronave.
Classificao das Zonas de Impacto em Aeronaves
Zona 1: superfcie do avio onde existe grande probabilidade de ocorrncia
de impacto direto. Esta zona subdividida em:
Zona 1A - partes da aeronave nas quais um raio aps o impacto tende a no
permanecer, deslocando-se para outras reas.
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Zona 1B - partes da aeronave nas quais um raio aps o impacto tende a
permanecer incidindo durante um lapso de tempo. Nessas partes, os danos
sofridos so proporcionais ao tempo de permanncia.
Normalmente as seguintes reas so consideradas como zona 1:
Todas as projees e protuberncias, tais como, naceles de motores, spinners,
disco da hlice, tanques de combustvel de ponta de asa, radome, etc.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-66 Designao tpica das zonas sujeitas a descargas eltricas atmosfricas
Superfcies de ponta da asa compreendidas entre o extremo metlico da asa e
uma linha paralela ao eixo longitudinal do avio e deslocada da ponta para o interior da asa
de 46 cm (18 pol).
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Uma faixa compreendida entre o bordo de ataque de asa e uma linha paralela
direo do bordo de ataque deslocada com enflexamento igual ou superior a 450.
Na cauda do avio, em uma rea com largura de 46 cm (18 pol) contada das
extremidades metlicas para o interior das pontas dos estabilizadores vertical e horizontal,
bordo de fuga do estabilizador horizontal, bordo de fuga do estabilizador horizontal, cone
de cauda e qualquer outra protuberncia.
Zona 2: reas, na aeronave, adjacentes zona 1 e para onde deslocariam os
raios ali incidentes.
Zona 2A - partes da zona 2 onde o raio tende a no permanecer deslocando-
se para outras partes.
Zona 2b - partes da zona 2 onde o raio tende a permanecer incidindo. Nessas
partes, os danos sofridos so proporcionais ao tempo de permanncia.
Zona 3 - reas da aeronave onde a probabilidade de incidncia direta de raios
ou a ocorrncia de deslocamento com intensidade para estas regies remota.
Mtodos Usuais de Possveis Protees Contra Efeitos de Raios nas Aeronaves
Os mtodos usuais de proteo de uma aeronave contra os efeitos de raios devem
ser observados durante o projeto, prevendo uma metalizao que assegure um escoamento
livre e rpido das correntes diretas ou induzidas por raios para pontos de sada na aeronave.
As reas que exigem maior considerao so:
As sadas dos suspiros de combustvel e so classificadas de acordo com o ponto de
descarga na atmosfera, exigindo diferentes tipos de proteo contra raios conforme a classe
do suspiro.
Assim temos:
Classe 1:
Descarga de vapor dentro do turbilho de ar causado pela camada limite. Ver a figura
6-67 abaixo.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 6-67 Sada do suspiro de combustvel - Classe 1
Classe 2:
Descarga de vapor dentro da corrente de ar livre.
Ver a figura 6-68.
Obs.: O tipo scoop pertence a esta classe, desde que a parte externa no seja de
grandes dimenses.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profission