- 1 -
SESC - SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO
Administração Regional no Estado do Espírito Santo
PROJETO CENTRO DE TURISMO
DOMINGOS MARTINS - HOTEL
MEMORIAL DESCRITIVO HIDROSANITÁRIO
PROJETO EXECUTIVO
Vitória – ES
Agosto de 2009
Revisão setembro de 2009
Revisão novembro de 2010
Revisão fevereiro de 2011
Revisão fevereiro de 2011
Revisão dezembro de 2011
Revisão janeiro de 2012
- 2 -
ÍNDICE
MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO HIDROSSANITÁRIO . 6
1. PROJETO SANITÁRIO ......................................... .............. 6
1.1. DENTIFICAÇÃO DA OBRA: ............................. ......................... 6
1.2. DESCRIÇÃO DA OBRA: ................................ ............................ 6
1.3. UNIDADE DE TRATAMENTO ............................. ....................... 6
1.4. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE
ESGOTO ............................................................................................... 16
1.4.1. CÁLCULO PARA FOSSA SÉPTICA DOS BLOCOS: 1, 2, 3
e 4 / Hotel: .......................................................................................... 17
1.4.2. CÁLCULO PARA FOSSA SÉPTICA DO BLOCO
CENTRAL/HOTEL: ............................................................................ 18
1.4.3. CÁLCULO PARA FOSSA SÉPTICA DO BLOCO DE
SERVIÇO/PISCINA/RESTAURANTE/LAVANDERIA: ....................... 19
1.4.4. CÁLCULO PARA FOSSA SÉPTICA DA GUARITA DO
PORTAL: 21
1.5. CÁLCULO PARA FILTRO ANAERÓBIO: .................... ............ 22
1.5.1. CÁLCULO DO FILTRO ANAERÓBIO DOS BLOCOS: 1, 2, 3
e 4/HOTEL: ........................................................................................ 23
1.5.2. CÁLCULO PARA FILTRO ANAERÓBIO DO BLOCO
CENTRAL: ......................................................................................... 23
1.5.3. CÁLCULO PARA FILTRO ANAERÓBIO DA PISCINA,
LAVANDERIA, VESTIÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS DO
RESTAURANTE E DO RESTAURANTE DO BLOCO DE SERVIÇO/
PISCINA/ RESTAURANTE/ LAVANDERIA: ...................................... 25
- 3 -
1.5.4. CÁLCULO PARA FILTRO ANAERÓBIO DA GUARITA DO
PORTAL: 26
1.6. CÁLCULO PARA CAIXA DE GORDURA: .................... ........... 27
1.6.1. CÁLCULO PARA CAIXA DE GORDURA DO
RESTAURANTE DO BLOCO SERVIÇO/ PISCINA/ RESTAURANTE/
LAVANDERIA: ................................................................................... 27
1.6.2. CÁLCULO PARA CAIXA DE GORDURA DO BAR DA
PISCINA DO BLOCO DE SERVIÇO/ PISCINA/ RESTAURANTE/
LAVANDERIA: ................................................................................... 28
1.7. CÁLCULO PARA OS TANQUES DE PLANTAS
EMERGENTES/PALUSTRES: ............................. ................................. 29
1.8. MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE
ESGOTO ............................................................................................... 32
1.8.1. MANUTENÇÃO DA FOSSA SÉPTICA ............................... 32
1.8.2. MANUTENÇÃO DO FILTRO ANAERÓBIO ........................ 33
1.8.3. MANUTENÇÃO DA CAIXA DE GORDURA: ...................... 33
1.8.4. MANUTENÇÃO DOS TANQUES DE PLANTAS
EMERGENTES/PALUSTRES: ........................................................... 34
1.8.5. AS CAIXAS DE INSPEÇÃO/PASSAGEM
SIFONADA/GORDURA/AREIA SIFONADA DEVERÃO TER: ........... 34
2. PROJETO DE ÁGUA POTÁVEL ....................................... 35
2.1. ABASTECIMENTO: .................................... .............................. 35
2.2. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO
DE ÁGUA POTÁVEL ................................... ......................................... 35
2.2.1. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DOS BLOCOS: 1, 2, 3
e 4/HOTEL: ........................................................................................ 36
- 4 -
2.2.2. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DO BLOCO
CENTRAL/HOTEL: ............................................................................ 38
2.2.3. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DO BLOCO DE
SERVIÇO/ PISCINA/ RESTAURANTE/ LAVANDERIA: .................... 40
2.2.4. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DA GUARITA: ........ 44
2.3. MANUTENÇÃO DO RESERVATÓRIO ........................ ............ 45
3. PROJETO DE ÁGUA PLUVIAL ........................................ 47
3.1. ABASTECIMENTO DE COLETA DE ÁGUA PLUVIAL: .......... 47
3.2. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE
ÁGUA PLUVIAL: ..................................... .............................................. 47
3.2.1. CÁLCULO DO POTENCIAL DE CAPTAÇÃO PLUVIAL
PARA OS RESERVATÓRIOS DOS BLOCOS: 01, 02, 03 e
04/HOTEL: ......................................................................................... 50
3.2.2. CÁLCULO DO POTENCIAL DE CAPTAÇÃO PLUVIAL
PARA OS RESERVATÓRIOS DO BLOCO CENTRAL: ..................... 52
3.2.3. CÁLCULO DO POTENCIAL DE CAPTAÇÃO PLUVIAL
PARA OS RESERVATÓRIOS DA PISCINA, LAVANDERIA, DOS
VESTIÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS DO RESTAURANTE DO
BLOCO DE SERVIÇO: ...................................................................... 53
3.3. CÁLCULOS PARA OS RESERVATÓRIOS DE ÁGUA
PLUVIAL SUPERIOR E INFERIOR ....................... ............................... 53
3.3.1. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS BLOCO 01: ............. 54
3.3.1. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS BLOCO 02: ............. 55
3.3.2. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS BLOCO 03 E 04: .... 56
3.3.3. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS BLOCO CENTRAL: 57
- 5 -
3.3.4. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DA PISCINA,
LAVANDERIA, DOS VESTIÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS DO
RESTAURANTE DO BLOCO DE SERVIÇO: .................................... 58
3.3.5. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIO DA GUARITA: ........... 63
3.4. MANUTENÇÃO DO RESERVATÓRIO ........................ ............ 64
3.5. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO
DE ÁGUA PLUVIAL PARA O RESERVATÓRIO SUPERIOR E
INFERIOR PARA USO EXCLUSIVO EM BACIA SANITÁRIA .... ......... 65
3.5.1. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DOS BLOCOS: 1, 2, 3
e 4/HOTEL: ........................................................................................ 66
3.5.2. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DO BLOCO
CENTRAL/HOTEL: ............................................................................ 67
3.5.3. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DA PISCINA,
LAVANDERIA, DOS VESTIÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS DO
RESTAURANTE DO BLOCO DE SERVIÇO: .................................... 68
3.5.4. 3.9.4 - CÁLCULO PARA RESERVATÓRIO DA GUARITA: 71
3.6. MANUTENÇÃO DO RESERVATÓRIO ........................ ............ 72
- 6 -
MEMORIAL DESCRITIVO DO PROJETO HIDROSSANITÁRIO
1. PROJETO SANITÁRIO
1.1. DENTIFICAÇÃO DA OBRA:
Proprietário: SESC-ES Serviço Social do Comércio
Obra: Centro de Turismo de Domingos Martins
Endereço: Soído, Domingos Martins, ES.
Resp. Técnico pelo Projeto: Eng.º Francisco de Assis dos Santos
CREA: ES 4860 D
1.2. DESCRIÇÃO DA OBRA:
O Centro de Turismo de Domingos Martins conta com 05 blocos de
hospedagem chamados Bloco 01/Hotel, Bloco 02/Hotel, Bloco 03/Hotel,
Bloco 04/Hotel, Bloco Central/Hotel, 01 de Bloco de
Serviço/Piscina/Restaurante/Lavanderia, 01 Portal, 01 Casa de Caldeiras, 01
Central de Gás, 01 Guarita, 01 Mirante, 01 Central Temporária de Resíduos
Sólidos.
1.3. UNIDADE DE TRATAMENTO
O esgotamento sanitário necessário para proporcionar a higiene, segurança,
economia e conforto do usuário, irá garantir o encaminhamento de todos os
efluentes gerados para os tanques de plantas emergente-palustres e depois
para a drenagem. Serão constituídos de instalações primárias e secundárias
com aparelhos sanitários, ralos, ramal de descarga, tubo de queda, tubo
ventilador, coletor predial, passagem sifonada e gordura dimensionada
- 7 -
conforme a NBR-7229/93 e 8160/98, e caixa de passagem constituída de
caixas de inspeção, fossas sépticas de câmaras únicas dimensionadas
conforme a NBR-7229/93, filtros anaeróbios, dimensionados conforme a
NBR-13969/97, preservando as respectivas fórmulas. Deverá ser feita
manutenção periódica de 6 em 6 meses nas fossas e filtros, ou antes, se
necessário. O tratamento de esgoto será feito em vários pontos do
complexo, próximos às edificações, diminuindo o custo de implantação de
um único sistema, que demandaria um grande espaço para implantação.
Os sistemas anaeróbios têm sido muito empregados no tratamento de
efluentes, principalmente através da utilização de reatores anaeróbios de
fluxo ascendente (UASB), que tem uma larga aceitação em razão da
comprovada eficiência na remoção de carga orgânica de diversos efluentes.
Entretanto, os sistemas anaeróbios não são eficientes na remoção de
nutrientes, e os efluentes tratados nestes sistemas normalmente necessitam
de tratamento complementar (WEF, 1994).
Além dos sistemas que sequem as normas vigentes acima mencionadas, os
afluentes derivados dos filtros, que possuem grandes concentrações de
fósforo, matéria-orgânica, nitrogênio, altas temperaturas e outros
contaminantes, terão tratamento posterior, lançados em tanques com
plantas emergente-palustres onde serão reduzidos os índices de DBO e
DQO antes de serem lançados à jusante mais próxima.
O sistema de plantas emergente-palustres apresenta características
semelhantes à de um banhado natural. O uso intencional de banhados
naturais para tratamento de efluentes não é permitido, pelos efeitos
deletérios que podem causar à flora e á fauna, sem um monitoramento,
impermeabilização e dimensionamento corretos (CALHEIROS et. al, 2007).
Os sistemas de tratamento de efluentes que utilizam as plantas aquáticas
emergentes ou wetlands apresentam um grande potencial para serem
utilizados em atividades industriais, domésticas e agrícolas, como pós
tratamento de efluentes de reatores anaeróbios ou mesmo para etapa única
de tratamento secundário. Estes sistemas visam geralmente à remoção de
- 8 -
cor, sólidos suspensos, matéria orgânica, nutrientes, metais, patogênicos,
entre outros parâmetros (WEF, 1990).
Estudos em escala real e de laboratório têm demonstrado que estes
sistemas possuem boa capacidade de remoção de DBO, sólidos suspensos,
nitrogênio, fósforo e metais. A redução dos teores destes parâmetros é
resultante da ação de diversos mecanismos de sedimentação, de
precipitação, de adsorção química e de interação microbiana. Na Tabela
abaixo estão apresentados alguns mecanismos de remoção para alguns
constituintes.
Constituintes e mecanismo de remoção do sistema de terras úmidas
Constituintes
_________________
Sólidos suspensos
_________________
Material orgânico solúvel
_________________
Nitrogênio
_______________________
Fósforo
Mecanismos de remoção
____________________________________
Sedimentação e filtração
_________________
Degradação aeróbia e anaeróbia
Amonificação, nitrificação e desnitrificação
(biológico)
_____________________________________
Utilização pela planta
Volatilização de amônia
_____________________________________
Adsorção
Utilização pela planta
Adsorção e troca de cátions
- 9 -
_________________
Metais
_________________
Patógenos
_____________________________________
Complexação, precipitação
Utilização pela planta
Oxidação redução (bioquímica)
Sedimentação
Filtração
_____________________________________
Predação
Morte Natural
Irradiação UV
Excreção de antibiótico proveniente das raízes das
macrófitas
Fonte: Adaptado de COOPER et al. (1996).
A eficiência da remoção está intimamente ligada às características do
efluente a ser tratado. A tabela abaixo apresenta o intervalo médio
observado em sistemas de tratamento existentes nos Estados Unidos e na
Europa.
Eficiência de remoção dos principais parâmetros de monitoramento:
Parâmetros
DQO
DBO5
Sólidos SuspensosTotais
Remoção (%)
80 – 98 %
80 – 98 %
90 – 98 %
- 10 -
Nitrogênio Total
Fósforo Total
Coliformes Totais
Coliformes Fecais
60 – 90 %
60 – 90 %
99,9 %
99,9 %
Fonte: WEF (1994)
Estes sistemas de purificação hídrica utilizam plantas que se desenvolvem
tendo o sistema radicular preso ao sedimento e o caule e as folhas
parcialmente submersas. A profunda penetração do sistema radicular
permite a exploração de um grande volume de sedimentos, dependendo da
espécie considerada. Todas as espécies são morfologicamente adaptadas
para se desenvolverem em sedimentos inundados em decorrência dos
grandes volumes de espaços internos capazes de transportar oxigênio para
o sistema radicular. Parte do oxigênio pode ainda sair do sistema radicular
para a área em torno da rizosfera criando assim condição para
decomposição de matéria orgânica, bem como para crescimento de
bactérias nitrificadoras.
Segundo Cooper (1993) e WEF (1994), o sistema de tratamento escolhido
para o referido projeto funciona da seguinte forma:
1) Sistema de Fluxo Sub-Superficial (FSS):
Neste sistema, o efluente circula através de uma matriz porosa de areia
grossa ou brita, na qual estão presentes as raízes das plantas aquáticas. As
perdas de água por evapotranspiração também são significativas.
2) Sistema de Fluxo Horizontal (SFH):
Este sistema é chamado desta forma porque o efluente percorre
vagarosamente todas as camadas do solo artificial e desloca-se no sentido
horizontal, desde a entrada até a saída do sistema.
Durante este percurso, o efluente passa por zonas aeróbias, anaeróbias e
anóxias (Figura 01). Na rizosfera, ao redor das raízes e dos rizomas das
- 11 -
plantas, é formada uma zona aeróbia. Nesta zona, existe uma intensa vida
microbiológica, favorecida pela capacidade de transporte do oxigênio
atmosférico pelas plantas emergentes, por suas folhas, caules e hastes, até
a zona de raízes. É nesta zona que ocorre a oxidação da matéria orgânica
pelas bactérias heterotróficas, a oxidação do nitrogênio amoniacal a nitrito e
a nitrato pelas bactérias autotróficas e a volatilização da amônia. Na zona
anóxica, ocorre à transformação do nitrato em nitrito e este a nitrogênio
gasoso, pelas bactérias heterotróficas e a oxidação da matéria orgânica,
utilizando o nitrato como receptor de elétrons. Na zona anaeróbia, os índices
de remoção de DBO são alcançados devido à alta capacidade de
decomposição das bactérias anaeróbias (DAVIES et. al, 2006).
Segundo o mesmo autor, os SFH são eficientes na remoção de matéria
orgânica, fósforo e sólidos suspensos totais (SST) como sistema secundário
de tratamento, mas tendem a ter uma limitação no fornecimento de oxigênio,
onde as plantas aquáticas podem não suprir a taxa de oxigênio requerida
pela carga do efluente. Portanto, não são eficientes para promover a
nitrificação em efluentes, devido a sua limitada capacidade de transferir
oxigênio atmosférico até a zona de raízes, tendo uma baixa capacidade de
transferência de oxigênio (CTO).
As características do SFH são:
• Os rizomas crescem vertical e horizontalmente, abrindo espaços nas
camadas do substrato, produzindo caminhos hidráulicos;
• Na área em torno dos rizomas, há grande proliferação de populações
bacterianas anaeróbias e aeróbias. O processo aeróbio acontece
próximo das raízes e rizomas, enquanto os processos anaeróbios e
anóxicos acontecem nas áreas distantes dos rizomas;
• Na superfície da camada suporte destes sistemas, aparecem
materiais como palhas, folhas e ramificações mortas, que são
aerobiamente degradadas, que podem aumentar a concentração de
sólidos suspensos no efluente final.
- 12 -
Figura 01: representação de um Sistema de Fluxo Horizontal típico.
3) Sistema de Fluxo Vertical (SFV):
Os princípios deste sistema são similares ao de um filtro biológico. O
efluente a ser tratado é distribuído intermitentemente sobre a superfície da
camada suporte, inundando-a uniformemente. Após, o efluente é drenado
gradualmente, atravessando todas as camadas do leito construído, no
sentido vertical. A vazão deve ser controlada de modo que garanta que o
efluente percorra todas as camadas antes de uma nova distribuição,
permitindo que os espaços vazios sejam novamente preenchidos pelo ar.
Este procedimento de inundação intermitente conduz a uma boa
transferência de oxigênio. As bactérias responsáveis pela remoção de DBO
e pela nitrificação estão presentes em todas as camadas do leito. As plantas
aquáticas, neste sistema apresentam maior taxa de transferência de
oxigênio para a rizosfera. Entretanto, este sistema não possui grande
capacidade de oxidação da matéria orgânica (MOLLE et al, 2006) (Figura
02).
As principais características do SFV são:
• A camada suporte, para as plantas, é constituída por sucessivas
camadas de areia, brita e pedras maiores.
- 13 -
• As pedras maiores são distribuídas, normalmente, no fundo do leito,
em torno do sistema de drenagem.
• O plantio das plantas aquáticas se dá na camada de areia grossa, que
compõe a superfície da camada suporte;
• O controle da vazão é fundamental para atingir as taxas de
transferência de oxigênio desejadas. A camada suporte nunca deve
estar saturada com efluentes.
Figura 02: representação de um Sistema de Fluxo Vertical típico.
Cooper (1998) descreve um terceiro tipo de sistema, o Combinado ou
Híbrido que consiste na utilização conjunta do SFH e do SFV, porém
construídos em células diferentes do mesmo sistema de tratamento. A
declividade do fundo deverá ser maior que 3% e menor que 7%, devido à
possível formação de poças do líquido e, conseqüentemente, à proliferação
de moscas.
4) Sistema Combinado ou Híbrido:
Este sistema foi idealizado para corrigir as deficiências da capacidade de
transferência de oxigênio ser limitada em SFH e pela pequena capacidade
de oxidação da matéria orgânica em SFV.
- 14 -
Desta forma um Sistema Híbrido é composto por várias células, onde,
normalmente, as primeiras células são de Fluxo Horizontal (SFH) para
receber a maior carga orgânica, as células intermediárias são de Fluxo
Vertical (SFV) para promover a nitrificação e, as últimas, são novamente
células de Fluxo Horizontal (SFH) para realizar a denitrificação. Em relação à
capacidade de transferência de oxigênio pelas plantas, os valores existentes
na literatura são bastante variados. A Tabela 1 apresenta os resultados de
experimentos de alguns autores citados por Platzer, 1996.
TABELA 1 : taxa de transferência de O2 por plantas aquáticas emergentes
Transferência de Oxigênio
(g O2/m2d)
4-5
5-25
0.02
4.5-15
4.32
Referência
Hofmann, 1992
Kikuth, 1980
Brix & Schierup, 1990
Kramer, 1990
Lawson, 1985
Fonte: Platzer, 1996
Segundo Mannarino (2006) ressalta-se ainda o custo relativamente baixo de
implantação de tais sistemas e a pouca demanda técnica para sua
operação, bastante adequados às condições da maioria dos municípios
brasileiros, de forma geral carentes de recursos e de corpo técnico
especializado. Isso não significa que os wetlands podem ser construídos e
deixados à sua própria sorte, sem nenhum tipo de cuidado.
- 15 -
Para não descaracterizar a proposta do projeto urbanístico, os tanques de
plantas emergentes/palustres deverão ser vistos com um jardim ocultando
desta forma a real função. Para que isto seja implantado sugerimos algumas
espécies de vegetações macrófitas emergentes para compor os tanques
como: Typha latifólia ou Typha domingensis (taboa), canna glauca (caeté),
Juncus sellovianus (junco), Echinocloa cruz pavones (capim arroz),
Echinodorus (chapéu de couro), Zantedeschia aethiopica (copo-de-leite), em
conjunto com outras espécies, como o Cyperus papyrus (papiro) e Canna
edulis (biri) ou outras macrófitas de maior ocorrência que se adaptam melhor
ao clima da região.
Desta forma específica estamos duplicando o sistema de tratamento para se
obter uma qualidade próxima ao ótimo antes de lançarmos no corpo d’água
existente.
Parte desta água será reaproveitada no sistema de abastecimento das
caixas inferiores e superiores destinadas a atender as bacias sanitárias dos
blocos do complexo hoteleiro, em conjunto com a captação de água pluvial.
O sistema utilizado no Centro de Turismo de Domingos Martins é o Sistema
Combinado ou Híbrido, que é composto de 3 tanques de Plantas
emergentes/palustres. As figuras seguir ilustram o 1° tanque no Sistema
Horizontal, o 2° no Sistema Vertical e o 3° também no Sistema Horizontal.
1° tanque
- 16 -
2° tanque
3° tanque
1.4. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE
ESGOTO
IV - I - PARA FOSSA SÉPTICA
V = 1.000 + N (CT + Klf)
V = Volume em litros
N = Números de contribuintes
C = Contribuição em L/Pessoa x dia
T = Período de Detenção em dias
- 17 -
K = Acumulação de lodo digerido em dias
Lf= Contribuição de lodo fresco em L/Pessoas x dia
1.4.1. CÁLCULO PARA FOSSA SÉPTICA DOS BLOCOS: 1, 2, 3 E
4 / HOTEL:
Considerando o cálculo para uma unidade:
3 pessoas por quarto
5 andares com 13 quartos cada = 65 quartos
Total por bloco = 195 contribuintes (hospedes)
Consumo diário por hospede = 100L
V = 1.000 + 195 x (100 x 0,50 + 57 x 1)
V = 1.000 + 195 (107)
V = 21865 L = 21,86 m³
Volume da fossa séptica calculada = 21,86 m³
Volume da fossa séptica adotada = 24,00 m³
• Foi adotado um período de limpeza de um ano
Medidas adotadas:
Largura = 3,00m comprimento = 4,00m altura = 2,00m
4,00 x 3,00 x 2,00 = 24,00 m³
- 18 -
1.4.2. CÁLCULO PARA FOSSA SÉPTICA DO BLOCO
CENTRAL/HOTEL:
Considerando:
3 pessoas por quarto
3 andares com 13 quartos cada = 39 quartos
Total por bloco = 117 contribuintes (hospedes)
Consumo diário por hospede = 100L
3m² por funcionário e para uma área de escritório 381,83m², temos 81,5
funcionários =~82 func.
Consumo diário por funcionário = 50L
Consumo diário por hospede = 100L
Pavimentos administrativos:
V = 1.000 + 82 x (50 x 0,83 + 57 x 0,20)
V = 1.000 + 82 x 52,90
V = 5337,80 L = 5,34 m³
Pavimentos de quartos de hospedes
V = 1.000 + 117 x (100 x 0,50 + 57 x 1)
V = 1.000 + 117 x 107
V = 13519 L = 13,52 m³
Volume da fossa séptica calculada = 5,34 + 13,52 = 18,86 m³
- 19 -
Volume da fossa séptica adotada = 32,00 m³
• Foi adotado um período de limpeza de um ano
Medidas adotadas:
Largura = 3,20m comprimento = 5,00m altura = 2,00m
3,20 x 5,00 x 2,00 = 32,00 m³
NOTA: O volume adotado na fossa séptica levou em consideração a futura
ampliação do Centro de Turismo de Domingos Martins.
1.4.3. CÁLCULO PARA FOSSA SÉPTICA DO BLOCO DE
SERVIÇO/PISCINA/RESTAURANTE/LAVANDERIA:
Considerando:
Hospedes = 897
Freqüentadores da piscina = 269 *¹’¹
Funcionários da lavanderia = 40 *²
Funcionários do Restaurante = 34 *³
Funcionários do bar da piscina e piscina = 7 *¹’²
Total = 897 contribuintes com consumo diário por refeição = 25L
Total = 269 contribuintes com consumo diário = 6L
Total = 81 contribuintes com consumo diário = 50L
(*)
*1'1
Total de hospedes = 897
- 20 -
Considerando que 30% de hospedes são freqüentadores da piscina, temos
263 banhistas.
Função *3 *1'2 Função *2açogueiro 1 0 almoxarife 2
almoxarife 1 0 controle 1
copeiro 3 1 copeira 1
cortadeira 2 0 costureira 2
cozinhero 3 1 dep.de roupa limpa 3
depósito de bebidas 1 0 dobradeira 4
descascador 2 0 faxineira 2
faxineiro 4 3 lavadeira 5
garçon 4 2 lavadeira de hospedes 3
mestre 3 0 passadeira 6
montagem de prato 4 0 passadeira de hospedes 2
nutricionista 1 0 RH 2
peixeiro 1 0 secadora 3
saladeira 2 0 tecnico da calandraria 1
suco 2 0 triagem 3
total 34 7 total 40
V = 1.000 + 897 x (25 x 0,50 + 57 x 0,10)
V = 1.000 + 897 x (12,5 + 5,70)
V = 17.325,40 L = 17,33 m³
V = 1.000 + 269 x (6 x 0,92 + 57 x 0,10)
V = 1.000 + 269 x (5,52 + 5,70)
V = 4.018,18 L = 4,02 m³
V = 1.000 + 81 x (50 x 0,83 + 57 x 0,20)
V = 1.000 + 81 x (41,5 + 11,4)
V = 5284,9 L = 5,28 m ³
- 21 -
Vt = V1 + V2 + V3
Vt = 4,02 + 5,28 + 17,33
Vt = 26,63 m³
Volume da fossa séptica calculada = 26,63 m³
Volume da fossa séptica adotada = 28,00 m³
• Foi adotado um período de limpeza de um ano
Medidas adotadas:
Largura = 3,50m comprimento = 4,00m altura = 2,00m
3,50 x 4,00 x 2,00 = 28,00 m³
1.4.4. CÁLCULO PARA FOSSA SÉPTICA DA GUARITA DO
PORTAL:
Considerando:
Vigilante por guarita= 1
Consumo diário por guarita = 50L
V = 1.000 + 1 x (50 x 1 + 57 x 0,20)
V = 1.000 + 1 x (50 + 11,40)
V = 1061,4 L = 1,10 m³
Se for considerado:
- 22 -
Vigilante por guarita = 2
Consumo diário por guarita = 50L
V = 1.000 + 2 x (50 x 1 + 57 x 0,20)
V = 1.000 + 2 x (50 + 11,40)
V = 1122,8 L = 1,12 m³
Volume da fossa séptica calculada = 1,12 m³
Volume da fossa séptica adotada = 2,43 m³
• Foi adotado um período de limpeza de um ano
Medidas adotadas:
Largura = 0,90m comprimento = 1,80m altura = 1,50m
0,90 x 1,80 x 1,50 = 2,43 m³
1.5. CÁLCULO PARA FILTRO ANAERÓBIO:
V = 1,6 NCT
V = Volume em litros
N = Número de contribuintes
C = Cumprimento em L/ Pessoas x dia
T = Período de detenção
- 23 -
1.5.1. CÁLCULO DO FILTRO ANAERÓBIO DOS BLOCOS: 1, 2, 3
E 4/HOTEL:
Considerando o cálculo para uma unidade:
3 pessoas por quarto
5 andares com 13 quartos cada = 65 quartos
Total por bloco = 195 contribuintes (hospedes)
Consumo diário por hospede = 100L
V = 1,6 x 195 x 100 x 0,50
V = 15600L = 15,60 m³
Volume do filtro anaeróbio calculado = 15,60 m³
Volume do filtro anaeróbio adotado = 15,00 m³
• Foi adotado um período de limpeza de um ano
Medidas adotadas :
Largura = 3,00m comprimento = 4,00m altura = 2,00m
2 X (2,50 x 2,50 x 1,20) = 15,00 m³
1.5.2. CÁLCULO PARA FILTRO ANAERÓBIO DO BLOCO
CENTRAL:
Considerando:
3 pessoas por quarto
3 andares com 13 quartos cada = 39 quartos
- 24 -
Total por bloco = 117 contribuintes (hospedes)
Consumo diário por hospede = 100L
3m² por funcionário e para uma área de escritório 381,83m², temos 81,5
funcionários =~82 func.
Consumo diário por funcionário = 50L
Consumo diário por hospede = 100L
Pavimentos administrativos:
V = 1,6 x 82 x 50 x 0,83
V = 5444,8 L = 5,44 m³
Pavimentos de quartos de hospedes
V = 1,6 x 117 x 100 x 0,50
V = 9360 L = 9,36 m³
Volume do filtro anaeróbio calculado = 5,44 + 9,36 = 14,80 m³
Volume do filtro anaeróbio adotado = 21,60 m³
• Foi adotado um período de limpeza de um ano
Medidas adotadas :
Largura = 3,00m comprimento = 3,00m altura = 1,20m
2 x (3,00 x 3,00 x 1,20) = 21,60 m³
- 25 -
1.5.3. CÁLCULO PARA FILTRO ANAERÓBIO DA PISCINA,
LAVANDERIA, VESTIÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS DO
RESTAURANTE E DO RESTAURANTE DO BLOCO DE
SERVIÇO/ PISCINA/ RESTAURANTE/ LAVANDERIA:
Considerando:
Hospedes não congressista = 897
Freqüentadores da piscina = 269 *¹’¹
Funcionários da lavanderia = 40 *²
Funcionários do Restaurante = 34 *³
Funcionários do bar da piscina e piscina = 7 *¹’²
Total = 876 consumo diário por refeição = 25L
Total = 263 contribuintes com consumo diário = 6L
Total = 81 contribuintes com consumo diário = 50L
(*)
Considerando a memória do calculo da fossa séptica.
V1 = 1,6 x 897 x 25 x 0,50
V1 = 17940 L = 17,94 m³
V2 = 1,6 x 269 x 6 x 0,92
V2 = 2375,81 L = 2,38 m³
- 26 -
V3 = 1,6 x 81 x 50 x 0,83
V3 = 5378,4 L = 5,38 m³
Vt = V1 + V2 + V3
Vt = 17,94 + 2,38 + 5,38
Vt = 25,70 m³
Volume do filtro anaeróbio calculado = 25,70 m³
Volume do filtro anaeróbio adotado = 26,14 m³
• Foi adotado um período de limpeza de um ano
Medidas adotadas:
Largura = 3,30m comprimento = 3,30m altura = 1,20m
2 x (3,30 x 3,30 x 1,80) = 26,14 m³
1.5.4. CÁLCULO PARA FILTRO ANAERÓBIO DA GUARITA DO
PORTAL:
Considerando:
Vigilante da guarita= 1
Consumo diário da guarita = 50L
V = 1,6 x 1 x 50 x 1
V = 80 L = 0,08 m³
Se for considerado:
- 27 -
Vigilante da guarita = 2
Consumo diário da guarita = 50L
V = 1,6 x 2 x 50 x 1
V = 160 L = 0,16 m³
O volume útil mínimo do leito filtrante deve ser de 1000L conforme
NBR13969/97
Volume do filtro anaeróbio determinado = 1,00 m³
Volume do filtro anaeróbio adotado = 2,43 m³
• Foi adotado um período de limpeza de um ano
Medidas adotadas:
Largura = 0,90m comprimento = 1,80m altura = 1,50m
0,90 x 1,80 x 1,50 = 2,43 m³
1.6. CÁLCULO PARA CAIXA DE GORDURA:
V = 2N + 20
V = Volume em litros
N = Número de contribuintes servido pela cozinha
1.6.1. CÁLCULO PARA CAIXA DE GORDURA DO
RESTAURANTE DO BLOCO SERVIÇO/ PISCINA/
RESTAURANTE/ LAVANDERIA:
Considerando:
- 28 -
Hospedes = 897
Consumo diário por refeição = 25L
VCGE = 2 x 897 + 20
VCGE = 1814 litros = 1,81m³
CGE
SEÇÃO DA CÂMARA DE RETENÇÃO: 150 x 300 cm
ALTURA DO SÉPTO MOLHADO: 40cm
VOLUME DA CÂMARA DE RETENÇÃO: (150 x 300 x 40)cm = 1800 Lts
ALTURA DA PAREDE MOLHADA= 60 cm
SEÇÃO LIVRE DA CAIXA DE GORDURA: 150 x 335 cm
DISTÂNCIA ENTRE O SÉPTO E O TUBO DE SAÍDA=0,25m
DIÂMETRO DO TUBO DE SAÍDA=ø100mm
1.6.2. CÁLCULO PARA CAIXA DE GORDURA DO BAR DA
PISCINA DO BLOCO DE SERVIÇO/ PISCINA/ RESTAURANTE/
LAVANDERIA:
Considerando:
Hospedes = 897
Freqüentadores da piscina = 269
Total = 269 contribuintes com consumo diário = 6L
VCGE = 2 x 269 + 20
- 29 -
VCGE = 558 litros = 0,56m³
CGE
SEÇÃO DA CÂMARA DE RETENÇÃO: 100 x 150 cm
ALTURA DO SÉPTO MOLHADO: 40 cm
VOLUME DA CÂMARA DE RETENÇÃO: (100 x 150 x 40) cm = 600 Lts
ALTURA DA PAREDE MOLHADA= 60 cm
SEÇÃO LIVRE DA CAIXA DE GORDURA: 100 x 185 cm
DISTÂNCIA ENTRE O SÉPTO E O TUBO DE SAÍDA=0,25m
DIÂMETRO DO TUBO DE SAÍDA=ø100mm
OBS: Para as caixas de gordura especiais foram adotadas medidas
conforme NBR 8160/99, item 5.1.5.1.3.
Será utilizada inclinação para os tubos de PVC de 1,5% para ø100.
Para as caixas de gordura não foi necessário cálculo considerando total de
funcionários, pois elas atendem apenas os blocos mencionados na planta.
1.7. CÁLCULO PARA OS TANQUES DE PLANTAS
EMERGENTES/PALUSTRES:
O sistema adotado para o projeto foi o Combinado ou Híbrido, que consiste
na utilização conjunta do SFH e do SFV, porém construídos em células
distintas com diferentes técnicas no mesmo sistema de tratamento,
permitindo assim, à intensificação no desempenho do sistema.
Para os dimensionamentos dos tanques de plantas emergentes ou alagados
construídos, poderiam ser adotadas medidas conforme filtros anaeróbios,
dimensionados segundo a NBR-13969/97, pois o tanque funciona como um
filtro mais fino de areia. Embora venha a funcionar com um filtro de
- 30 -
tratamento terciário, o objetivo especifico deste sistema são: à boa
capacidade de remoção de DBO, remoção de cor, sólidos suspensos,
matéria orgânica, nutrientes, metais, patogênicos, nitrogênio, fósforo, entre
outros parâmetros onde não há especificações normativas para este calculo.
Como é fator importante a velocidade de fluxo do líquido, que deve ser
inferior a 8,6 m/dia para evitar a ruptura da estrutura meio/rizoma/raízes e
assegurar um tempo de contato suficiente entre o líquido e o biofilme para
tratamento, adotaremos a equação abaixo para determinamos a área do
tanque plantas aquática.
A = Q
Vs
A = Área em m²
Q = Vazão do efluente (m³ / h)
Vs = Velocidade (m/h)
Nota:
Por uma questão de padronização destes tanques que estarão sendo
incorporados à estética urbanística, o cálculo será baseado no Bloco de
Serviço/Piscina/Restaurante/Lavanderia, onde há um volume maior no
cálculo do tratamento primário e secundário.
Considerando:
Restaurante/ Bloco Serviço com atendimento de todos os hospedes do
Hotel, no total de 299 apartamentos para 3 pessoas = 897 hospedes;
Lavanderia para atendimento de todos apartamentos, considerando lavagem
de roupas de até 897 hospedes;
- 31 -
Piscina para uso de todos os hospedes do Hotel, no total de 299
apartamentos para 3 pessoas = 897 hospedes
Total = 2691 hospedes
Consumo diário por hospede = 25L/dia
Q = 25 x 2691
Q = 67275 l/dia
Q = 67,27 m³/dia
Q = 4,20 m³/h (considerando que o dia é de 16:00 horas de operação)
Vs ≤ 8,6 m/dia = 0,35 m/h
A = 4,20
0,35
A = 12,00 m²
Área do tanque de plantas emergentes/palustres calc ulada= 12,00 m²
Área do tanque de plantas emergentes/palustres adot ada= 15,00 m²
O sistema adotado para o projeto foi o Combinado ou Híbrido
Área total dos tanques de plantas emergentes/palust res adotada=
42,00m²
- 32 -
• Foi adotado um período de limpeza ou renovação dos vegetais de um
ano.
• Este período poderá ser reduzido com colheita para fins decorativos,
o que facilitara na renovação das raízes e conseqüentemente, num
melhor resultado final do sistema.
Medidas adotadas:
Para o primeiro SFH Largura = 3,00m comprimento = 5,00m
altura = 1,00m
Para o primeiro SFV Largura = 3,00m comprimento = 4,00m altura =
1,00m
Para o primeiro SFH Largura = 3,00m comprimento = 5,00m altura =
1,00m
1.8. MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO
1.8.1. MANUTENÇÃO DA FOSSA SÉPTICA
a) A remoção do lodo da fossa séptica deverá ser feita de forma rápida e
sem contato do operador com o mesmo;
b) O intervalo entre duas limpezas deverá ser no máximo de 365 dias;
c) Para execução dos serviços, escolha dia e hora em que os efluentes à
fossa possam ser diminuídos máximo;
d) Abra a chaminé de acesso à fossa com cuidado e deixe ventilar, pois o
gás que se acumula no interior da mesma é explosivo;
e) Esta limpeza deverá ser realizada em período de 06 (seis) em 06 (seis)
meses, para que haja garantia de condição de consumo;
- 33 -
f) Para execução dos serviços, escolha firma especializada e notoriamente
eficiente e licenciada ambientalmente.
1.8.2. MANUTENÇÃO DO FILTRO ANAERÓBIO
a) A limpeza do filtro deverá ser no mesmo período de limpeza da fossa;
b) A limpeza do filtro será feita interrompendo-se, por um determinado
tempo, o fluxo proveniente da fossa, e, em seguida injetando-se água sob
pressão no sentido contrário ao fluxo normal de funcionamento do mesmo.
A água será retirada com sucção da bomba através da entrada do filtro;
c) A limpeza do filtro será feita concomitante com a da fossa, aproveitando-
se desta facilidade e comodidade operacional;
d) Após a limpeza, caso se constate que o leito filtrante esteja
demasiadamente sujo, causando uma sensível diminuição no tempo de
filtragem, este deverá ser substituído por outro novo e limpo.
1.8.3. MANUTENÇÃO DA CAIXA DE GORDURA:
A manutenção das caixas de gordura deverá ser feita a cada período de 30
(trinta) dias, ou sempre que se verificar anormalidades em seu
funcionamento. Os detritos devem ser retirados, com uso de ferramentas e
equipamentos adequados (pás, enxadas e luvas de segurança), embalados
em sacos plásticos invioláveis, e entregues ao caminhão do lixo no ato da
coleta.
Obs.: Os dejetos serão depositados em locais definidos pelo SEAMA.
- 34 -
1.8.4. MANUTENÇÃO DOS TANQUES DE PLANTAS
EMERGENTES/PALUSTRES:
A operação de manutenção com plantas emergentes/palustres consiste
basicamente no mesmo tratamento de jardinagem.
Nos meses de inverno, as partes aéreas das plantas morrem, mantendo-se
ativas as porções abaixo do substrato e as raízes e os rizomas produzem
energia para o novo desenvolvimento na primavera.
A manutenção do sistema, através de podas anuais ou semestrais, bem
como limpezas periódicas, aumenta significativamente a remoção de
nitrogênio e fósforo, pois evitam que os nutrientes retidos sejam
reintroduzidos no efluente. Para que a remoção de nutrientes seja
satisfatória, a escolha de plantas diferentes e adaptadas às condições é
fundamental (Reddy et al. citado em WEF, 1990).
1.8.5. AS CAIXAS DE INSPEÇÃO/PASSAGEM
SIFONADA/GORDURA/AREIA SIFONADA DEVERÃO TER:
• Construção de acordo com detalhes de projeto, em alvenaria de tijolos
maciços de barro ou blocos de concreto com espessura mínima de 10
cm.
• Profundidade mínima de 20 cm, para as caixas.
• Profundidade máxima de 100 cm, para as caixas.
• Tampas facilmente removível e permitindo perfeita vedação.
• Fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento.
• Os cantos entre paredes e entre paredes e fundos deverão ser
arredondados para evitar formação de depósitos.
- 35 -
2. PROJETO DE ÁGUA POTÁVEL
2.1. ABASTECIMENTO:
Será fornecido pelo reservatório de tratamento de água de fonte natural por
um ramal de 50 mm.
No caso do Centro de Turismo de Domingos Martins foi determinado que os
sub-ramais serão derivados do ramal de abastecimento geral em vários
pontos do empreendimento, próximos aos blocos e com um hidrômetro para
cada um, onde será possível diagnosticar o consumo de cada unidade de
acordo com o uso, auxiliando também a detectar eventuais vazamentos no
sistema de abastecimento.
Cada bloco terá reservatório inferior conjugado com sistema de bombas de
recalque que abastecerá os reservatórios superiores e reserva de incêndio.
Os reservatórios superiores reservarão água suficiente para três dias
interrupto de consumo de acordo com NBR 5626.
2.2. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA POTÁVEL
V = N X CD X T
V = Volume em litros
N = Números de usuários
CD = Consumo diário em L/Pessoa x dia
T = Período de Detenção em dias
- 36 -
2.2.1. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DOS BLOCOS: 1, 2, 3
E 4/HOTEL:
Considerando o cálculo para uma unidade:
BLOCO 01:
3 pessoas por quarto (período de alta temporada)
5 andares com 13 quartos cada = 65 quartos
Total por bloco = 195 usuários (hospedes)
Consumo diário por hospede = 100L
V = 195 x 100 x 3
V = 19500 x 3
V = 585000 L = 58,50 m³
Volume do reservatório superior calculado = 39,00 m³
Volume do reservatório superior adotado = 40,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 19,50 m³
Volume do reservatório inferior adotado = 30,00 m³
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 10.000 L sendo : superior = 4 unidades
Caixa d’água de 15.000 L sendo : inferior = 2 unidades
- 37 -
BLOCO 02:
3 pessoas por quarto (período de alta temporada)
5 andares com 13 quartos cada = 65 quartos
Total por bloco = 195 usuários (hospedes)
Consumo diário por hospede = 100L
V = 195 x 100 x 3
V = 19500 x 3
V = 585000 L = 58,50 m³
Volume do reservatório superior calculado = 39,00 m³
Volume do reservatório superior adotado = 40,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 19,50 m³
Volume do reservatório inferior adotado = 60,00 m³
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 10.000 L sendo : superior = 4 unidades
Caixa d’água de 15.000 L sendo : inferior = 4 unidades
BLOCO 03 = 04:
3 pessoas por quarto (período de alta temporada)
5 andares com 13 quartos cada = 65 quartos
- 38 -
Total por bloco = 195 usuários (hospedes)
Consumo diário por hospede = 100L
V = 195 x 100 x 3
V = 19500 x 3
V = 585000 L = 58,50 m³
Volume do reservatório superior calculado = 39,00 m³
Volume do reservatório superior adotado = 40,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 19,50 m³
Volume do reservatório inferior adotado = 75,00 m³
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 10.000 L sendo : superior = 4 unidades
Caixa d’água de 15.000 L sendo : inferior = 5 unidades
2.2.2. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DO BLOCO
CENTRAL/HOTEL:
Considerando:
3 pessoas por quarto (período de alta temporada)
3 andares com 13 quartos cada = 39 quartos
Total por bloco = 117 usuários (hospedes)
- 39 -
Consumo diário por hospede = 100L
3m² por funcionário e para uma área de escritório 381,83m², temos 81,5
funcionários =~82 func.
Consumo diário por funcionário = 50L
Consumo diário por hospede = 100L
Pavimentos administrativos:
Vf = 82 x 50 x 3
Vf = 4100 x 3
Vf = 12300 L = 12,30 m³
Pavimentos de quartos de hospedes
Vh = 117 x 100 x 3
Vh = 11700 x 3
Vh = 35100 L = 35,10 m³
Vt = Vh + Vf
Vt = 35,10 + 12,30
Vt = 47,40 m³
Volume do reservatório superior calculado = 15,80 m³
Volume do reservatório superior adotado = 20,00 m³
- 40 -
Volume do reservatório inferior calculado = 31,60 m³
Volume do reservatório inferior adotado = 40,00 m³
Medidas adotadas:
As Caixas d’água inferiores e superiores deste bloco estarão servindo
ao próprio Bloco Central e ao Bloco de Serviço/ Piscina/ Restaurante/
Lavanderia.
2.2.3. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DO BLOCO DE
SERVIÇO/ PISCINA/ RESTAURANTE/ LAVANDERIA:
Considerando:
Hospedes= 897
Frequentadores da piscina = 269 *¹’¹
Funcionários da lavanderia = 40 *²
Funcionários do Restaurante = 34 *³
Funcionários do bar da piscina e piscina = 7 *¹’²
Lavanderia = 4 Kg de roupa/leito
Total = 897 com consumo diário por refeição = 25L
Total = 269 usuários com consumo diário = 6L
Total = 81 usuários com consumo diário = 50L
Total = 897 leitos com consumo diário = 30L/Kg de roupa
- 41 -
*1'1
Total de hospedes = 897
Considerando que 30% de hospedes são freqüentadores da piscina, temos 269 banhistas.
Função *3 *1'2 Função *2açogueiro 1 0 almoxarife 2
almoxarife 1 0 controle 1
copeiro 3 1 copeira 1
cortadeira 2 0 costureira 2
cozinhero 3 1 dep.de roupa limpa 3
depósito de bebidas 1 0 dobradeira 4
descascador 2 0 faxineira 2
faxineiro 4 3 lavadeira 5
garçon 4 2 lavadeira de hospedes 3
mestre 3 0 passadeira 6
montagem de prato 4 0 passadeira de hospedes 2
nutricionista 1 0 RH 2
peixeiro 1 0 secadora 3
saladeira 2 0 tecnico da calandraria 1
suco 2 0 triagem 3
total 34 7 total 40
Vh = 897 x 25 x 3
Vh = 22425 x 3
Vh = 67275 L = 67,27 m³
Vp = 269 x 6 x 3
Vp = 1614 x 3
Vp = 4842 L = 4,84 m³
Vf = 81 x 50 x 3
- 42 -
Vf = 4050 x 3
Vf = 12150 L = 12,15 m³
Vl = 897 x 30 x 4 x 2 (considerando uma reserva de dois dias para a
lavanderia)
Vl = 107640 x 2
Vl = 215280 L = 215,28 m³
Vt = Vh + Vp + Vf + (Vl/2) + (Vl/2)
Vt = 67,27 + 4,84 + 12,15 + 107,64 + [ 107,64 ]
Vt = 191,90 m³ + [ Vl = 107,64m³(*²) ]
Volume do reservatório superior calculado = 60,00 m³
Volume do reservatório superior adotado = 62,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 131,90 m³(*¹)
Volume do reservatório inferior adotado = 135,00 m³ (*¹)
Volume do reservatório inferior calculado para lavanderia = 107,64 m³(*²)
Volume do reservatório inferior adotado para lavand eria = 105,00 m³(*²)
Para o volume total do bloco central/hotel deverá s er somado o volume
do reservatório calculado dos itens (I) e (II) = 47 ,40 + 191,90
Volume total do bloco central = 239,30 m³
- 43 -
(I)
Volume do reservatório superior calculado = 15,80 m³
Volume do reservatório superior adotado = 20,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 31,60 m³(*¹)
Volume do reservatório inferior adotado = 40,00 m³( *¹)
(II)
Volume do reservatório superior calculado = 60,00 m³
Volume do reservatório superior adotado = 62,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 131,90 m³(*¹)
Volume do reservatório inferior adotado = 135,00 m³ (*¹)
Volume do reservatório inferior calculado para lavanderia = 107,64 m³(*²)
Volume do reservatório inferior adotado para lavand eria = 105,00 m³(*²)
(I) + (II)
Volume do reservatório superior calculado = 75,80 m³
Volume do reservatório superior adotado = 82,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 163,50 m³(*¹)
Volume do reservatório inferior adotado = 210,00 m³ (*¹)
Volume do reservatório inferior calculado para lavanderia = 107,64 m³(*²)
Volume do reservatório inferior adotado para lavand eria = 105,00 m³(*²)
- 44 -
(*¹) Reservatórios da cisterna sob o bloco central/hotel situada na cota +
721,45m
(*²) Reservatórios da cisterna sob o deck da piscina situada na cota +
727,60m
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 10.000 L sendo : superior = 7 unidades
Caixa d’água de 6.000 L sendo : superior = 2 unidades
Caixa d’água de 15.000 L sendo : inferior = 14 unidades(*¹)
Caixa d’água de 15.000 L sendo : inferior = 7 unidades (*²)
* O RESERVATÓRIO SUPERIOR SERÁ O MESMO DO BLOCO
CENTRAL/HOTEL
2.2.4. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DA GUARITA:
Considerando:
Vigilante por guarita= 1
Consumo diário por guarita = 50L
V = 1 x 50 x 3
V = 50 x 3
V = 150 L = 0,15 m³
- 45 -
Se for considerado:
Vigilante por guarita = 2
Consumo diário por guarita = 50L
V = 2 x 50 x 3
V = 100 x 3
V = 300 L = 0,30 m³
Volume do reservatório superior calculado = 0,30 m³
Volume do reservatório superior adotado = 0,50 m³
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 500 L sendo : superior = 1 unidade
2.3. MANUTENÇÃO DO RESERVATÓRIO
Os reservatórios devem ser limpos no mínimo a cada seis meses.
Orientamos a limpeza da caixa d’água de forma correta, seguindo estes
procedimentos:
• Fechar os registros de abastecimento ou a bóia, até esgotar ao
máximo a água reservada;
• Após o uso, feche o registro do barrilete;
• Abrir o registro de limpeza;
• Esvaziar totalmente a caixa;
- 46 -
• Esfregar muito bem as paredes e o fundo do reservatório somente
com escova; não usar sabão, detergente ou outro produto que faça
espuma;
• Enxaguar com água limpa para escoar toda a sujeira;
• Colocar um cálice de cloro em um balde com capacidade para 5 litros;
• Encher o balde com água e jogar nas paredes e no fundo do
reservatório, fazendo uma desinfecção;
• Após meia hora, abrir o registro e deixar a água escoar até que não
haja mais cheiro ou gosto de cloro;
• Em seguida, deixar a caixa ser preenchida normalmente.
Esta limpeza deverá ser realizada em período de 06 (seis) em 06 (seis)
meses, para que haja garantia de condição de consumo. Para execução dos
serviços, escolha firma especializada e notoriamente eficiente e licenciada
ambientalmente.
Cloro de residual livre de pelo menos 0,5 mg/L.
- 47 -
3. PROJETO DE ÁGUA PLUVIAL
3.1. ABASTECIMENTO DE COLETA DE ÁGUA PLUVIAL:
Além do sistema que seque as normas vigentes para abastecimento de água
potável, será implantado um sistema de coleta e armazenamento de água
pluvial proveniente dos telhados, alem do reuso de água descartada da
lavanderia.
Os efluentes derivados dos telhados terão tratamento com filtros que são
instalados no ponto de união da tubulação que drena a água de chuva de
diversos condutores verticais. Estes utilizam um princípio original de
filtragem que garante grande eficiência, separando a água de chuva de
impurezas como folhas, galhos, insetos e musgo, com mínima perda de
água e exigência de manutenção mínima.
Para a água efluente da lavanderia será implantado caixa de surfactantes,
onde serão extraídos por meio eletromagnético, os resíduos químicos da
descarga das máquinas de lavar roupas, onde posteriormente o excedente
se juntará à lagoa artificial.
Parte desta água será reaproveitada no sistema de abastecimento das
caixas inferiores e superiores destinadas a atender as bacias sanitárias dos
blocos, em conjunto com a captação de água pluvial.
3.2. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA
PLUVIAL:
Adotaremos o filtro Vortex (ou similar) design consagrado nos países que
mais se destacam no reaproveitamento de água de chuva - Alemanha e
Austrália - com o sistema de colheita de água de chuva da linha Oceania,
mais simples, que utiliza filtros de descida e caixas d'água acima do nível do
solo.
- 48 -
Previsão de consumo
A água de chuva serve principalmente para usos não potáveis, pois para
assegurar sua portabilidade, é recomendável um tratamento mais complexo,
sendo uma alternativa viável apenas onde não há a alternativa de
abastecimento com água tratada.
Residencial
Em uma residência padrão, a água de chuva pode substituir a água tratada
(e potável) da rede pública em diversas aplicações, tais como vasos
sanitários, máquinas de lavar, irrigação de jardins, lavagens de carro,
limpeza de pisos e piscinas, representando em média 50% do consumo
físico, como indica tabela abaixo.
Comercial e Industrial
O uso de água para fins não potáveis em estabelecimentos comerciais
como: escolas, prédios públicos e mesmo em indústrias - onde pode ser
utilizada no processo produtivo - pode responder por mais de 50% do
consumo. É necessária uma inspeção cuidadosa no local para uma
avaliação precisa.
Potencial de Captação
- 49 -
São quatro as variáveis básicas para se calcular esse potencial.
I) Precipitação (x)
A quantidade de chuva que cai do céu é o primeiro fator determinante do
potencial de captação. O índice anual de chuva do local ou índice
pluviométrico mede quantos milímetros chove por ano em um m². Em
Domingos Martins chove entre 1.750 mm/m² e 2.000mm/m², sendo a média
por ano de 1.875mm/m², que equivalem a 1.875 litros ou 1.88m³ por metro
por ano.
II) A área de Captação (y)
É a superfície do telhado (superfície impermeável) em que a água será
captada para ser armazenada. Mede-se esta área em m² calculando-se sua
superfície projetada (y).
III) Eficiência do telhado (w)
O material de que é feito o telhado, a porosidade, a inclinação, e mesmo o
estado de conservação afetam a eficiência da drenagem do telhado. Para
simplificar o cálculo, vamos assumir que sejam perdidos 15% da água que
caiu no telhado.
IV) Eficiência na filtragem (z)
Um filtro de boa qualidade e em bom estado de conservação, normalmente,
não deixa seguir com a sujeira mais do que 10% da água, ou seja, cerca de
90% de água "limpa" segue para o reservatório.
- 50 -
3.2.1. CÁLCULO DO POTENCIAL DE CAPTAÇÃO PLUVIAL
PARA OS RESERVATÓRIOS DOS BLOCOS: 01, 02, 03 E
04/HOTEL:
BLOCO 01:
O Potencial de captação de cada bloco será de:
X (chuva anual) = 1.875mm ou 1.88m
Y (área do telhado) = 270,29m²
W(eficiência do telhado) = 85%
Z (eficiência do filtro) = 90%
Potencial = 1,88 x 270,29 x 0,85 x 0,90
Potencial = 388,73m³/ano ou 388.730 litros por ano ou ~=32.394 litros por
mês.
Aproveitamento efetivo desse potencial depende da capacidade de
armazenagem.
BLOCO 02:
O Potencial de captação de cada bloco será de:
X (chuva anual) = 1.875mm ou 1.88m
Y (área do telhado) = 141,46m²
W(eficiência do telhado) = 85%
Z (eficiência do filtro) = 90%
Potencial = 1,88 x 141,46 x 0,85 x 0,90
Potencial = 203,44m³/ano ou 203.440 litros por ano ou ~=16,953 litros por
mês.
- 51 -
Aproveitamento efetivo desse potencial depende da capacidade de
armazenagem.
BLOCO 03:
O Potencial de captação de cada bloco será de:
X (chuva anual) = 1.875mm ou 1.88m
Y (área do telhado) = 347,41m²
W(eficiência do telhado) = 85%
Z (eficiência do filtro) = 90%
Potencial = 1,88 x 347,41 x 0,85 x 0,90
Potencial = 499,64m³/ano ou 499.640 litros por ano ou ~=41,636 litros por
mês.
Aproveitamento efetivo desse potencial depende da capacidade de
armazenagem.
BLOCO 04:
O Potencial de captação de cada bloco será de:
X (chuva anual) = 1.875mm ou 1.88m
Y (área do telhado) = 347,41m²
W(eficiência do telhado) = 85%
Z (eficiência do filtro) = 90%
Potencial = 1,88 x 347,41 x 0,85 x 0,90
- 52 -
Potencial = 499,64m³/ano ou 499.640 litros por ano ou ~=41,636 litros por
mês.
Aproveitamento efetivo desse potencial depende da capacidade de
armazenagem.
3.2.2. CÁLCULO DO POTENCIAL DE CAPTAÇÃO PLUVIAL
PARA OS RESERVATÓRIOS DO BLOCO CENTRAL:
O Potencial de captação de cada bloco será de:
X (chuva anual) = 1.875mm ou 1.88m
Y (área do telhado) = 557,20m²
W(eficiência do telhado) = 85%
Z (eficiência do filtro) = 90%
Potencial = 1,88 x 557,20 x 0,85 x 0,90
Potencial = 801,36m³/ano ou 801.360 litros por ano ou ~=66,780 litros por
mês.
Aproveitamento efetivo desse potencial depende da capacidade de
armazenagem.
OBS: Os cálculos acima feitos individualmente para cada BLOCO se fez
somente com base em determinadas áreas do telhado, á qual absorvera um
determinado quantitativo de chuva que será destinado aos pontos de queda
com suas CAIXAS RALO que destinará a cisterna.
- 53 -
3.2.3. CÁLCULO DO POTENCIAL DE CAPTAÇÃO PLUVIAL
PARA OS RESERVATÓRIOS DA PISCINA, LAVANDERIA, DOS
VESTIÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS DO RESTAURANTE DO
BLOCO DE SERVIÇO:
O Potencial de captação do bloco será de:
X (chuva anual) = 1.875mm ou 1.88m
Y (área do telhado) = 710,27m²
W(eficiência do telhado) = 85%
Z (eficiência do filtro) = 90%
Potencial = 1,88 x 731,51 x 0,85 x 0,90
Potencial = 1.052,06m³/ano ou 1.052.060 litros por ano ou ~=87.672 litros
por mês
Aproveitamento efetivo desse potencial depende da capacidade de
armazenagem.
3.3. CÁLCULOS PARA OS RESERVATÓRIOS DE ÁGUA PLUVIAL
SUPERIOR E INFERIOR
V = N X CD X T
V = Volume em litros
N = Números de usuários
CD = Consumo diário em L/Pessoa x dia
T = Período de Detenção em dias
- 54 -
3.3.1. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS BLOCO 01:
Considerando o cálculo para uma unidade:
3 pessoas por quarto (período de alta temporada)
5 andares com 13 quartos cada = 65 quartos
Total por bloco = 195 usuários (hospedes)
Consumo diário por hospede = 48L
Considerando sanitários com caixa acoplada com capacidade de 12 L e com
uso diário de quatro descarga por hospede, teremos um consumo de
48L/hospede/dia
V = 195 x 48 x 14
V = 9360 x 14
V = 131040 L = 131,04 m³
Volume do reservatório superior calculado = 90,70 m³
Volume do reservatório superior adotado = 94,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 40,34 m³
Volume do reservatório inferior adotado = 30,00 m³
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 6.000 l sendo: superior = 4 unidades
Caixa d’água de 10.000 l sendo: superior = 7 unidades
- 55 -
Caixa d’água de 15.000 l sendo: inferior = 2 unidades
3.3.1. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS BLOCO 02:
Considerando o cálculo para uma unidade:
3 pessoas por quarto (período de alta temporada)
5 andares com 13 quartos cada = 65 quartos
Total por bloco = 195 usuários (hospedes)
Consumo diário por hospede = 48L
Considerando sanitários com caixa acoplada com capacidade de 12 L e com
uso diário de quatro descarga por hospede, teremos um consumo de
48L/hospede/dia
V = 195 x 48 x 14
V = 9360 x 14
V = 131040 L = 131,04 m³
Volume do reservatório superior calculado = 90,70 m³
Volume do reservatório superior adotado = 94,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 40,34 m³
Volume do reservatório inferior adotado = 75,00 m³
- 56 -
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 6.000 L sendo : superior = 4 unidades
Caixa d’água de 10.000 L sendo : superior = 7 unidades
Caixa d’água de 15.000 L sendo : inferior = 5 unidades
3.3.2. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS BLOCO 03 E 04:
Considerando o cálculo para uma unidade:
3 pessoas por quarto (período de alta temporada)
5 andares com 13 quartos cada = 65 quartos
Total por bloco = 195 usuários (hospedes)
Consumo diário por hospede = 48L
Considerando sanitários com caixa acoplada com capacidade de 12 L e com
uso diário de quatro descarga por hospede, teremos um consumo de
48L/hospede/dia
V = 195 x 48 x 14
V = 9360 x 14
V = 131040 L = 131,04 m³
Volume do reservatório superior calculado = 90,70 m³
Volume do reservatório superior adotado = 94,00 m³
- 57 -
Volume do reservatório inferior calculado = 40,34 m³
Volume do reservatório inferior adotado = 255,00 m³
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 6.000 L sendo : superior = 4 unidades
Caixa d’água de 10.000 L sendo : superior = 7 unidades
Caixa d’água de 15.000 L sendo : inferior = 17 unidades
3.3.3. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS BLOCO CENTRAL:
Considerando:
3 pessoas por quarto (período de alta temporada)
3 andares com 13 quartos cada = 39 quartos
Total do bloco = 117 usuários (hospedes)
Consumo diário por hospede = 48L
3m² por funcionário e para uma área de escritório 381,83m², temos 81,5
funcionários =~82 func.
Consumo diário por funcionário = 48L
Pavimentos administrativos:
Vf = 82 x 48 x 14
Vf = 3936 x 14
Vf = 55104 L = 55,10 m³ p/ 8 dias 31,49 m³
- 58 -
Pavimentos de quartos de hospedes
Vh = 117 x 48 x 14
Vh = 5616 x 14
Vh = 78624 L = 78,62 m³ p/ 8 dias 59,90 m³
Vt = Vh + Vf
Vt = 55,10 + 78,62
Vt = 133,72 m³
Volume do reservatório superior calculado = 40,00 m³
Volume do reservatório superior adotado = 62,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 93,72 m³
Volume do reservatório inferior adotado = 105,00 m³
Medidas adotadas:
As Caixas d’água inferiores e superiores deste bloco estarão servindo a
piscina, a lavanderia, restaurante do bloco de serviço e ao próprio bloco
central/hotel.
3.3.4. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DA PISCINA,
LAVANDERIA, DOS VESTIÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS DO
RESTAURANTE DO BLOCO DE SERVIÇO:
Considerando:
- 59 -
Hospedes = 897
Freqüentadores da piscina = 269 *¹’¹
Funcionários da lavanderia = 40 *²
Funcionários do Restaurante = 34 *³
Funcionários do bar da piscina e piscina = 7 *¹’²
Lavanderia = 4 Kg de roupa/leito
Total = 10% de 897 hospedes com consumo diário por refeição = 25L
Total = 5% de 269 usuários com consumo diário = 6L
Total = 81 usuários com consumo diário = 24L
Considerando sanitários com caixa acoplada com capacidade de 12 L e com
uso diário de duas descarga por funcionário, teremos um consumo de
24L/funcionário/dia
Total = 15% de 897 leitos com consumo diário = 30L/Kg de roupa
(*)
*1'1
Total de hospedes = 897
Considerando que 30% de hospedes são freqüentadores da piscina, temos
269 banhistas.
- 60 -
Função *3 *1'2 Função *2açogueiro 1 0 almoxarife 2
almoxarife 1 0 controle 1
copeiro 3 1 copeira 1
cortadeira 2 0 costureira 2
cozinhero 3 1 dep.de roupa limpa 3
depósito de bebidas 1 0 dobradeira 4
descascador 2 0 faxineira 2
faxineiro 4 3 lavadeira 5
garçon 4 2 lavadeira de hospedes 3
mestre 3 0 passadeira 6
montagem de prato 4 0 passadeira de hospedes 2
nutricionista 1 0 RH 2
peixeiro 1 0 secadora 3
saladeira 2 0 tecnico da calandraria 1
suco 2 0 triagem 3
total 34 7 total 40
Reserva para 8 (oito) dias.
Vh = 897 x 25 x 8
Vh = 22425 x 8
Vh = 179400 L = 179,40 m³
Considerando um total de 10% para usuários não hospedes temos:
Vh = 179400 L x 10% = 17,94 m³
Vp = 269 x 6 x 8
Vp = 1614 x 8
Vp = 12912 L = 12,91 m³
Considerando um total de 5% para usuários da piscina temos:
Vh = 12912 L x 5% = 0,65 m³
Vf = 81 x 24 x 8
- 61 -
Vf = 1944 x 8
Vf = 15552 L = 15,55 m³
Vl = 897 x 30 x 4 x 8
Vl = 107640 x 8
Vl = 861120 L = 861,12 m³
Considerando um total de 7% para lavanderia temos:
Vl = 861120 L x 7% = 60,28 m³
Vt = Vh + Vp + Vf + Vl
Vt = 17,94 + 0,65 + 15,55
Vt = 34,14 m³ + Vl = 60,28 m³ (*²)
Volume do reservatório superior calculado = 11,23 m³
Volume do reservatório superior adotado = 12,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 22,91 m³(*¹)
Volume do reservatório inferior adotado = 30,00 m³( *¹)
Volume do reservatório inferior calculado para lavanderia = 60,28 m³(*²)
Volume do reservatório inferior adotado para lavand eria = 60,00 m³(*²)
- 62 -
Para o volume total do bloco central deverá ser som ado o volume do
reservatório calculado dos itens (III) e (IV) 159,9 3 + 33,70
Volume total do bloco central = 193.63 m³
(III)
Volume do reservatório superior calculado = 53,31 m³
Volume do reservatório superior adotado = 62,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 106,62 m³(*¹)
Volume do reservatório inferior adotado = 105,00 m³ (*¹)
(IV)
Volume do reservatório superior calculado = 11,23 m³
Volume do reservatório superior adotado = 12,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 22,47 m³(*¹)
Volume do reservatório inferior adotado = 30,00 m³( *¹)
Volume do reservatório inferior calculado para lavanderia = 58,87 m³(*²)
Volume do reservatório inferior adotado para lavand eria = 60,00 m³(*²)
(III) + (IV)
Volume do reservatório superior calculado = 64,54 m³
Volume do reservatório superior adotado = 74,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 129,09 m³(*¹)
- 63 -
Volume do reservatório inferior adotado = 135,00 m³ (*¹)
Volume do reservatório inferior calculado para lavanderia = 58,87 m³(*²)
Volume do reservatório inferior adotado para lavand eria = 60,00 m³(*²)
(*¹) Reservatórios da cisterna sob o bloco central situada na cota + 721,45m
(*²) Reservatórios da cisterna sob o deck da piscina situada na cota +
727,60m
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 10.000 L sendo : superior = 3 unidades
Caixa d’água de 6.000 L sendo : superior = 2 unidades
Caixa d’água de 15.000 L sendo : inferior = 17 unidades(*¹)
Caixa d’água de 15.000 L sendo : inferior = 6 unidades (*²)
* O RESERVATÓRIO SUPERIOR SERÁ O MESMO DO BLOCO
CENTRAL/HOTEL
3.3.5. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIO DA GUARITA:
Considerando:
Vigilante por guarita= 1
Consumo diário por guarita = 50L
V = 1 x 50 x 3
V = 50 x 3
- 64 -
V = 150 L = 0,15 m³
Se for considerado:
Vigilante por guarita = 2
Consumo diário por guarita = 50L
V = 2 x 50 x 3
V = 100 x 3
V = 300 L = 0,30 m³
Volume do reservatório superior calculado = 0,30 m³
Volume do reservatório superior adotado = 0,50 m³
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 500 L sendo : superior = 1 unidades
3.4. MANUTENÇÃO DO RESERVATÓRIO
Os reservatórios devem ser limpos no mínimo a cada seis meses.
Orientamos a limpeza da caixa d’água de forma correta, seguindo estes
procedimentos:
• Fechar os registros de abastecimento ou a bóia, até esgotar ao
máximo a água reservada;
• Após o uso, feche o registro do barrilete;
• Abrir o registro de limpeza;
- 65 -
• Esvaziar totalmente a caixa;
• Esfregar muito bem as paredes e o fundo do reservatório somente
com escova; não usar sabão, detergente ou outro produto que faça
espuma;
• Enxaguar com água limpa para escoar toda a sujeira;
• Colocar um cálice de cloro em um balde com capacidade para 5 litros;
• Encher o balde com água e jogar nas paredes e no fundo do
reservatório, fazendo uma desinfecção;
• Após meia hora, abrir o registro e deixar a água escoar até que não
haja mais cheiro ou gosto de cloro;
• Em seguida, deixar a caixa ser preenchida normalmente.
Esta limpeza deverá ser realizada em período de 06 (seis) em 06 (seis)
meses, para que haja garantia de condição de consumo;
Para execução dos serviços, escolha firma especializada e notoriamente
eficiente e licenciada ambientalmente.
Cloro de residual livre de pelo menos 0,5 mg/L.
3.5. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA PLUVIAL PARA O RESERVATÓRIO SUPERIOR E
INFERIOR PARA USO EXCLUSIVO EM BACIA SANITÁRIA
V = N X CD X T
V = Volume em litros
N = Números de usuários
CD = Consumo diário em L/Pessoa x dia
- 66 -
T = Período de Detenção em dias
3.5.1. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DOS BLOCOS: 1, 2, 3
E 4/HOTEL:
Considerando o cálculo para uma unidade:
3 pessoas por quarto (período de alta temporada)
5 andares com 13 quartos cada = 65 quartos
Total por bloco = 195 usuários (hospedes)
Consumo diário por hospede = 50L
Considerando vaso acoplado com um volume de 12L por sanitário e
utilização de quatro vezes diária por hospede, teremos um consumo de 48L /
hospede.
V = 195 x 48 x 14
V = 9.360 x 14
V = 131.040 L = 131,04 m³
Volume do reservatório superior calculado = 87,35 m³
Volume do reservatório superior adotado = 92,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 43,69 m³
Volume do reservatório inferior adotado = 30,00 m³
- 67 -
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 6.000 L sendo : superior = 2 unidades
Caixa d’água de 10.000 L sendo : superior = 8 unidades
inferior = 4 unidades
3.5.2. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DO BLOCO
CENTRAL/HOTEL:
Considerando:
3 pessoas por quarto (período de alta temporada)
3 andares com 13 quartos cada = 39 quartos
Total por bloco = 117 usuários (hospedes)
Consumo diário por hospede = 100L
3m² por funcionário e para uma área de escritório 381,83m², temos 81,5
funcionários =~82 func.
Consumo diário por funcionário = 50L
Consumo diário por hospede = 100L
Pavimentos administrativos:
Vf = 82 x 50 x 3
Vf = 4100 x 3
Vf = 12300 L = 12,30 m³
Pavimentos de quartos de hospedes
- 68 -
Vh = 117 x 100 x 3
Vh = 11700 x 3
Vh = 35100 L = 35,10 m³
Vt = Vh + Vf
Vt = 35,10 + 12,30
Vt = 47,40 m³
Volume do reservatório superior calculado = 31,60 m³
Volume do reservatório superior adotado = 40,00 m³
Volume do reservatório inferior calculado = 15,80 m³
Volume do reservatório inferior adotado = 20,00 m³
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 10.000 L sendo : superior = 4 unidades
inferior = 2 unidades
3.5.3. CÁLCULO PARA RESERVATÓRIOS DA PISCINA,
LAVANDERIA, DOS VESTIÁRIOS DOS FUNCIONÁRIOS DO
RESTAURANTE DO BLOCO DE SERVIÇO:
Considerando:
Hospedes= 897
Frequentadores da piscina = 269 *¹’¹
- 69 -
Funcionários da lavanderia = 40 *²
Funcionários do Restaurante = 34 *³
Funcionários do bar da piscina e piscina = 7 *¹’²
Lavanderia = 4 Kg de roupa/leito
Total = 876 com consumo diário por refeição = 25L
Total = 263 usuários com consumo diário = 6L
Total = 81 usuários com consumo diário = 24L
Total = 897 leitos com consumo diário = 30L/Kg de roupa
(*)
*1'1
Total de hospedes = 897
Considerando que 30% de hospedes são freqüentadores da piscina, temos
269 banhistas.
Função *3 *1'2 Função *2açogueiro 1 0 almoxarife 2
almoxarife 1 0 controle 1
copeiro 3 1 copeira 1
cortadeira 2 0 costureira 2
cozinhero 3 1 dep.de roupa limpa 3
depósito de bebidas 1 0 dobradeira 4
descascador 2 0 faxineira 2
faxineiro 4 3 lavadeira 5
garçon 4 2 lavadeira de hospedes 3
mestre 3 0 passadeira 6
montagem de prato 4 0 passadeira de hospedes 2
nutricionista 1 0 RH 2
peixeiro 1 0 secadora 3
saladeira 2 0 tecnico da calandraria 1
suco 2 0 triagem 3
total 34 7 total 40
- 70 -
Vh = 897 x 25 x 3
Vh = 22425 x 3
Vh = 67275 L = 67,27 m³
Vp = 269 x 6 x 3
Vp = 1614 x 3
Vp = 4842 L = 4,84 m³
Vf = 81 x 50 x 3
Vf = 4050 x 3
Vf = 12150 L = 12,15 m³
Vl = 897 x 30 x 4 x 3
Vl = 107640 x 3
Vl = 322920 L = 322,92 m³
Vt = Vh + Vp + Vf + Vl
Vt = 67,27 + 4,84 + 12,15 + 322,92
Vt = 407,18 m³
Volume do reservatório superior calculado = 101,80 m³
Volume do reservatório superior adotado = 100,00 m³
- 71 -
Volume do reservatório inferior calculado = 305,38 m³
Volume do reservatório inferior adotado = 345,00 m³
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 15.000 L sendo : superior = 7 unidades
inferior = 23 unidades
3.5.4. 3.9.4 - CÁLCULO PARA RESERVATÓRIO DA GUARITA:
Considerando:
Vigilante = 1
Consumo diário por guarita = 50L
V = 1 x 50 x 3
V = 50 x 3
V = 150 L = 0,15 m³
Se for considerado:
Vigilante por guarita = 2
Consumo diário por guarita = 50L
V = 2 x 50 x 3
V = 100 x 3
V = 300 L = 0,30 m³
- 72 -
Volume do reservatório superior calculado = 0,30 m³
Volume do reservatório superior adotado = 0,50 m³
Medidas adotadas:
Caixa d’água de 500 L sendo : superior = 1 unidades
3.6. MANUTENÇÃO DO RESERVATÓRIO
Os reservatórios devem ser limpos no mínimo a cada seis meses.
Orientamos a limpeza da caixa d’água de forma correta, seguindo estes
procedimentos:
• Fechar os registros de abastecimento ou a bóia, até esgotar ao
máximo a água reservada;
• Após o uso, feche o registro do barrilete;
• Abrir o registro de limpeza;
• Esvaziar totalmente a caixa;
• Esfregar muito bem as paredes e o fundo do reservatório somente
com escova; não usar sabão, detergente ou outro produto que faça
espuma;
• Enxaguar com água limpa para escoar toda a sujeira;
• Colocar um cálice de cloro em um balde com capacidade para 5 litros;
• Encher o balde com água e jogar nas paredes e no fundo do
reservatório, fazendo uma desinfecção;
• Após meia hora, abrir o registro e deixar a água escoar até que não
haja mais cheiro ou gosto de cloro;
- 73 -
• Em seguida, deixar a caixa ser preenchida normalmente.
Esta limpeza deverá ser realizada em período de 06 (seis) em 06 (seis)
meses, para que haja garantia de condição de consumo;
Para execução dos serviços, escolha firma especializada e notoriamente
eficiente e licenciada ambientalmente.
Cloro de residual livre de pelo menos 0,5 mg/L.
________________________________________________________
Responsável Técnico pelo projeto: Eng.º Francisco de Assis dos Santos
CREA – ES 4860 D