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SENGE INFORMA - NO 194 - 30/SETEMBRO/20111

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SENGE INFORMA - NO 194 - 30/SETEMBRO/20112

SINDICATO DE ENGENHEIROS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - Rua Araguari, 658 - Barro Preto- CEP 30190-110 - Belo Horizonte-MG - Tel.: (31) 3271.7355 - Fax: (31) 3546.5151 e-mail:[email protected] - site: www.sengemg.org.br - GESTÃO 2010/2013 - DIRETORIA EXE-

CUTIVA • Presidente: Raul Otávio da Silva Pereira; 1º Vice-Presidente: Krisdany Vinícius Santos de Magalhães Cavalcante; 2º Vice-presidente: Nilo Sérgio Gomes; 1º Tesoureiro: Antônio Iatesta; 2ª Tesoureira: Glauci Any Gonçalves Macedo; Secretário Geral:Rubens Martins Moreira; 1º Secretário: Fátima Regina Rêlo Costa DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS: Diretor de Aposentados:Wanderley Acosta Rodrigues; Diretor de Ciência e Tecnologia: Anderson Silva de Aguilar; Diretor de Assuntos Comunitários:Anderson Luiz de Figueiredo; Diretor de Imprensa: Tércio de Sales Morais; Diretor Administrativo: Cláudio Neto Fonseca; Diretorade Assuntos Jurídicos: Gabriele Rodrigues Cabral; Diretor Saúde e Segurança do Trabalhador: Gilmar Cortês Sálvio Santana; Diretorde Relações Intersindicais: José Flávio Gomes; Diretor Negociações Coletivas: Júlio César de Lima; Diretor de Interiorização:Pedrinho da Mata; Diretor Sócio-econômico: Sérgio Teixeira Soares; Diretor de Promoções Culturais: Antonio José Betel RibeiroGomes DIRETORIA REGIONAL NORTE NORDESTE: Diretor Administrativo: Antônio Carlos Souza; Diretores Regionais: AnildesLopes Evangelista, Guilherme Augusto Guimarães Oliveira, Jessé Joel de Lima, João Gilberto de Souza Ribeiro, Rômulo BuldriniFilogônio DIRETORIA REGIONAL SUL: Diretor Administrativo: Fernando de Barros Magalhães; Diretores Regionais: AntônioAzevedo, Arnaldo Rezende de Assis, Carlos José Rosa, Gladyston Rodrigues Carvalho, Nelson Gonçalves Filho, Nelson BeneditoFranco, Ney Lopes Procópio, Robson Monte Raso Braga DIRETORIA REGIONAL ZONA DA MATA: Diretor Administrativo: JoãoVieira de Queiroz Neto; Diretores Regionais: Silvio Rogério Fernandes, Carlos Alberto de Oliveira Joppert, Eduardo Barbosa

Monteiro de Castro, Francisco de Paula Lima Netto, Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu, Paulo César de Lima DIRETORIA REGIONALTRIÂNGULO: Diretor Administrativo: Élcio Barreto Borges; Diretores Regionais: Ismael Figueiredo Dias da Costa Cunha, Antônio BorgesResende, Jean Marcus Ribeiro, João Carlos Moreira Gomes, Marco Túlio Marques Machado, Luciano Lopes Veludo, Clóvis Scherner,Wilton Freitas Mendes, Norberto Carlos Nunes de Paula DIRETORIA REGIONAL VALE DO AÇO: Diretor Administrativo: José Couto FilhoDiretores Regionais: Alberto Carlos da Silva Junior, Daniel Linhares Carlesso, Ildon José Pinto, Cláudio Luiz Maciel Junqueira DIRE-TORIA REGIONAL CAMPO DAS VERTENTES: Diretor Administrativo: Wilson Antônio Siqueira; Diretores Regionais: Nélson HenriqueNunes de Sousa, Domingos Palmeira Neto DIRETORIA REGIONAL CENTRO: Diretor Administrativo: Dorivaldo Damacena DiretoresRegionais: Carlos Henrique Amaral Rossi, Cláudio Lúcio Fonseca, Francisco de Paula Mariano, Élder Gomes dos Reis, Éderson Busta-mante, Evaldo de Souza Lima, Iocanan Pinheiro de Araújo Moreira, Jairo Ferreira Fraga Barrioni, José Maurício Andrade Ferreira, JúniaMárcia Bueno Neves, Antônio Lombardo, Antônio Cury, Luiz Antônio Lobo de Abreu, Marcelo dos Reis Lopes, Marcelo de CamargosPereira, Marcelo Fernandes da Costa, Maria José Maciel Ribeiro, Mário Evaristo Borges, Maurício Fernandes da Costa, Orlando JoséGarcia Dangla, Paulo Roberto Magalhães, Teodomiro Matos Bicalho, Vicente de Paulo Alves Lopes Trindade, Adevaldo Rodrigues deSouza, Alfredo Marques Diniz, Arnaldo Alves de Oliveira, Clóvis Geraldo Barroso, Abelardo Ribeiro de Novaes Filho, Fernando AugustoVillaça Gomes, Hamilton Silva, Luiz Carlos Sperandio Nogueira, Waldyr Paulino Ribeiro Lima CONSELHO FISCAL: Augusto Cesar Santiagoe Silva Pirassinunga, Getúlio Soares de Almeida, Ruy Lopes Teixeira Filho, José Tarcísio Caixeta, Lúcio Fernando Borges• Edição: Miguel Ângelo Teixeira Redação: Miguel Ângelo Teixeira, Luiza Nunes e Marcelo Costa Arte final: Viveiros EditoraçãoImpressão: Imprimaset

OPINIÃO MOVIMENTO SINDICAL

De um total de 353 negociações salariais re-alizadas no primeiro semestre de 2011, 93%conquistaram reajustes iguais ou superiores àinflação medida pelo INPC-IBGE – Índice Nacio-nal de Preços ao Consumidor, calculado pelo IBGE.Este resultado é uma das conclusões da análisedos resultados salariais obtidos por um conjuntode categorias acompanhadas pelo Dieese. Trata-se do segundo melhor resultado registrado peloDieese desde 2008, quando o Departamento pas-sou a analisar os reajustes conquistados exclusi-vamente pelas unidades de negociação perten-centes a um painel controlado de categorias pro-fissionais. Apenas em 2010, o resultado supe-rou o apurado neste ano.

Dieese aponta sucesso

nas negociações

Anuidade premiada

entrega terceiro iPadA Promoção Anuidade Social Premiada fez

o seu terceiro ganhador em setembro. O en-genheiro mecânico aposentado Danilo Rodri-gues Pereira foi sorteado no dia 1º de setem-bro, durante uma reunião da diretoria executi-va do Senge-MG e recebeu seu iPad das mãosdo diretor do Sindicato, Nilo Sérgio Gomes,no dia 14. O engenheiro recebeu um tabletcom 32GB de memória, tela Multi-Touch de9.7” e equipado com acesso a internet por Wi-Fi, dentre outros recursos. Ao todo, serão sor-teados seis iPads (de junho a novembro) e 1Macbook (em dezembro). Estão participandoda promoção todos os associados em dia coma Anuidade Social de 2011 e os sócios comdesconto em folha, em dia com as parcelas.

Oportunidades de trabalho é um serviço pres-tado pelo portal do Sindicato com o objetivo deajudar o profissional e o estudante de engenha-ria a encontrar novas possibilidades de trabalhoou estágio. Atualizado regularmente, o serviçoinforma as oportunidades de emprego, estági-os, vagas para trainees e concursos públicos li-gados à engenharia. Nossas fontes são as agên-cias de colocação de mão de obra, ofertas vei-culadas na mídia e solicitações de empresas einstituições. O Senge-MG mantém, ainda, umbanco de currículos de profissionais de engenha-ria e recebe demandas e encaminha os currícu-los, de acordo com a procura das empresas. En-tre no site e veja como participar.

Serviço traz informações

sobre empregos

O diretor do Senge-MG, Nilo Sérgio, entrega oiPad ao engº Danilo Rodrigues Pereira

Democracia e

transparência O Senge Jovem participou, entre os dias19 e 21 de setembro, do 8º Encontro Nacio-nal de Engenharia e Desenvolvimento Social(Eneds), realizado em Ouro Preto. O eventofoi divido em quatro mesas temáticas: “Tec-nologia, para quê desenvolvimento”; “Descons-truindo o papel da energia para o desenvolvi-mento”; “O desenvolvimento a partir da orga-nização do trabalho e dos trabalhadores” e“Novos olhares sobre a formação profissional”.O grupo de estudantes do Sindicato de Enge-nheiros ficou com a tarefa de trabalhar sobreos temas, desenvolvê-los, definir o posiciona-mento do Senge Jovem sobre eles e apresen-tar as conclusões para a diretoria do Senge-MG em oportunidade a ser definida.

Senge Jovem

participa do 8º Eneds

Em 8 de novembro de 2011, acontecemeleições para presidente do Confea,presidente do Crea e diretor administrativo ediretor geral da Caixa de Assistência dosProfissionais dos Creas (Mútua). O Sindicatode Engenheiros no Estado de Minas Geraisapóia a candidatura à Presidência do Crea-MG do seu diretor vice-presidente NiloSérgio Gomes. Este apoio é resultado de umamplo processo desenvolvido pela entidade,em que foram consultadas as diversasinstâncias de decisão, incluindo umaassembleia geral extraordinária que, porunanimidade, referendou o nome do EngºNilo Sérgio. Com o apoio a Nilo Sérgio, oSenge-MG reafirma o seu compromisso delutar para que o Conselho seja umainstituição democrática, plural etransparente. Nas páginas 4 e 5 estão oposicionamento do Sindicato e umaentrevista do candidato Nilo Sérgio.

A questão da mobilidade volta a sertratada com especial atenção. Nas páginas 6e 7, o Senge Informa traz uma amplareportagem sobre o Anel Rodoviário de BeloHorizonte, cujas obras de revitalizaçãocontinuam patinando. Graças aos escândalosque derrubaram o ministro dos Transportes ea cúpula do Dnit, as licitações foramsuspensas e não há previsão de início dasobras. Enquanto isso, continuam osengarrafamentos e os acidentes com vítimas.

Com relação às negociações coletivas, oSindicato concentra as suas forças, nestesegundo semestre, nas campanhas dosengenheiros que trabalham em empresas doSetor Metalúrgico, Construção Civil,Construção Pesada, Cemig e Gasmig, alémde continuar atento ao cumprimento dosacordos celebrados no primeiro semestre. Napágina 8 estão as informações sobre estascampanhas.

Por fim, na página 3, estão asinformações sobre o 9º Consenge que, alémde eleger a nova diretoria da Federação dosSindicatos de Engenheiros (Fisenge),reafirmou o compromisso dos engenheiroscom o desenvolvimento do País com justiçasocial. E, também, a conquista dosprofissionais de engenharia da Prefeitura deContagem que, agora, contam com umagratificação que torna mais digna a suaremuneração.

Stand do Senge Jovem no 8º Eneds,realizado em Ouro Preto

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SENGE INFORMA - NO 194 - 30/SETEMBRO/20113

9º CONSENGE

Engenheiros reafirmam

compromisso com a justiça socialLutar pela apropriação social da

energia e combater as privatizaçõesdo setor elétrico - que obrigam opovo brasileiro a pagar uma dastarifas de energia elétrica mais ca-ras do mundo - ou qualquer outroprocesso de privatização que venhaa ameaçar a soberania nacional e,além disso, conclamar publicamen-te a nação brasileira a reunir e so-mar forças na construção de umasociedade justa, democrática, éticae solidária, em um país soberano.Este foi o compromisso assumidona Carta de Rondônia, documentoproduzido ao final do 9º Congres-so Nacional de Sindicato de Enge-nheiros (Consenge), realizado en-tre os dias 7 e 10 de setembro, emPorto Velho, Rondônia, pela Fede-ração Interestadual de Sindicatos deEngenheiros (Fisenge).

Durante o evento, que tevecomo temática central Sociedade,Energia e Meio Ambiente, os repre-sentantes da Fisenge, os dirigentessindicais, engenheiros, engenheiras,

A gratificação de até 100% so-bre os vencimentos de engenheiros,arquitetos, geógrafos e biólogos quetrabalham na Prefeitura de Conta-gem já está regulamentada. A LeiComplementar 112/2011, sanciona-da pela prefeita de Contagem, Ma-rília Campos, no dia 20 de junho,foi regulamentada por meio do De-creto 1655 no dia 22 de agosto.

A Lei prevê que os profissionaisterão direito a uma Gratificação porAtividade Técnica (GAT) de até100% sobre o valor de R$ 2.350,00,que é o vencimento básico paraengenheiros e arquitetos da Prefei-tura de Contagem.

A cada 12 meses, contados apartir da regulamentação da Lei,10% da gratificação serão incorpo-rados aos vencimentos do servidorque conseguir uma produtividademédia anual igual ou superior a80%. Para uma produtividade iguala 50% e menor que 80%, será apli-cada uma média sobre o percentu-al de 10% ao ano. O servidor quenão atingir uma produtividade de50% não poderá incorporar percen-

estudantes e demais convidadosparticiparam das palestras e discuti-ram as teses produzidas para o Con-gresso, que foram: A Cidade Sus-tentável, escrita por Ermínia Mari-cato; Integração da América Latina,de autoria de Valter Pomar; e Ener-gia, Recursos Minerais e Desenvol-vimento, tese escrita por Ildo Sauer,Nilton Bispo Amado e Sonia Seger.Além disso, durante o evento hou-

ve a aprovação do novo estatuto daFisenge, cuja principal alteração foia formalização da Diretoria da Mu-lher. “A formalização da Diretoria daMulher é fruto de muita luta e avan-ços. O Coletivo de Mulheres pau-tou ações estratégicas pela defesados direitos das mulheres, realizouações, seminários e inúmeras discus-sões, que permitiram o acúmulo dedebate”, disse a coordenadora do

Coletivo de Mulheres da Fisenge,Márcia Nori.

O Congresso serviu, ainda, paraa realização das eleições que es-colheram a nova diretoria da Fi-senge. Um acontecimento impor-tante foi a eleição de mais de 30%de representação feminina. “Temostrês mulheres na composição dadiretoria executiva e uma na su-plência. Seguiremos juntos na lutapelos direitos dos profissionais epela construção de uma socieda-de justa e igualitária, pautada pelodesenvolvimento social sustentá-vel”, disse o presidente Carlos Ro-berto Bittencourt (Senge-PR), ree-leito para o triênio 2011/2014. Opresidente do Senge-MG, Raul Otá-vio da Silva Pereira, foi eleito vice-presidente da Federação. Já a dire-tora do Senge-MG Regional Nor-te/Nordeste, Anildes Lopes Evan-gelista foi eleita suplente e o dire-tor do Senge-MG Regional Sul,Nelson Benedito Franco foi eleitosuplente do Conselho Fiscal.

Gratificação de engenheiros de Contagem é regulamentadatual algum aos vencimentos.

A Prefeitura de Contagem em-prega, atualmente, 38 servidores efe-tivos entre arquitetos (20), engenhei-ros (17) e geógrafo (1). São 24 naSecretaria de Desenvolvimento Ur-bano, cinco na Secretaria de MeioAmbiente, cinco na Secretaria deObras e Serviços Urbanos, dois naConpark, um na Secretaria de Ad-ministração e um na Transcon.

A arquiteta Floriana Gaspar,

que participou da luta pelo paga-mento do Salário Mínimo Profis-sional (SMP) na Prefeitura de Con-tagem, considera a gratificaçãouma vitória. “Foram dois anos denegociação intensa, mas a brigaé desde 2006. Na verdade, a gen-te só conseguiu algum avançoefetivo quando o Senge entrou nabriga”, conta.

“Até janeiro, a gente não tinhaexpectativa nenhuma. O Plano de

Diretoria eleita da Fisenge tem a participação de 30% de mulheres

A mobilização dos funcionários foi fundamental para a conquista

Cargos, Carreira e Vencimentos(PCCV) até piorava a situação do ser-vidor”, diz o arquiteto Miguel La-molha, servidor há 18 anos da Pre-feitura de Contagem. “No últimoconcurso, foi difícil preencher asvagas e um ano depois, praticamen-te a metade tinha saído. Porque osalário praticado era muito ruim,não segurava ninguém”, explica.

A própria Prefeitura de Conta-gem reconhece o avanço trazidopela Lei nesse quesito. “Essa lei foimuito importante para a Prefeituraporque estávamos perdendo mui-tos profissionais. É uma forma deassegurar bons profissionais”, afir-ma o secretário-adjunto de Admi-nistração Luís Baku.

O Sindicato de Engenheiros con-sidera a lei um avanço, mas enten-de que a luta pelo respeito ao Salá-rio Mínimo Profissional deve conti-nuar. “O SMP deve ser o salário baseda categoria e um direito de todosos profissionais. Ele não deve estaratrelado a gratificações ou avaliaçõesde produtividade”, defende o presi-dente do Senge-MG, Raul Otávio.

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Sindicato comemora 64 anos

ELEIÇÕES CONFEA/CREAs

Senge apoia o Engº Nilo Sérgio

à presidência do Crea-MGEm um processo de escolha

democrático e plural, o 2º vice-presidente do Senge-MG, EngºNilo Sérgio Gomes, foi o esco-lhido do Sindicato para concor-rer à eleição à Presidência doCrea-MG em 2011. O nome deNilo Sérgio foi eleito por votaçãodireta dos associados do Senge-MG e referendado em AssembleiaGeral Extraordinária, o fórummáximo de decisão do Sindica-to, no dia 28 de julho.

“Foi um processo aberto etransparente, de acordo com astradições democráticas do Sen-ge”, diz o presidente do Sindica-to, Raul Otávio Pereira. Ele expli-cou que o processo de escolhapassou por apreciação e debatena Diretoria Executiva e tambémno Conselho Diretor, culminan-do com uma consulta direta aosassociados, referendada por As-sembleia. “As candidaturas foramapresentadas e todo o processoconvergiu naturalmente para aapresentação à assembleia deapenas um nome, que é o dovice-presidente Nilo Sérgio Go-mes. Ele, então, foi oficializadopor unanimidade como candida-

to do Senge à eleição para presi-dente do Crea”.

Inicialmente, cinco nomes seapresentaram: Ismael Figueiredo,Krisdany Cavalcante, Nilo SérgioGomes, Pedrinho da Mata e Tar-císio Caixeta. Após diversos de-bates internos, prevaleceu a pos-tulação do Engº Nilo Sérgio Go-mes, que reuniu as melhores con-dições para unir o Sindicato emtorno de uma candidatura querepresentasse as aspirações dacategoria.

É o que diz um dos pré-can-didatos, o diretor de Interiori-zação do Senge-MG, Pedrinhoda Mata. “Cheguei à conclusãode que ele era o candidato maisexperiente, mais capacitado”,afirma. Segundo ele, Nilo Sér-gio possui muita capacidade téc-nica e é quem está em melhorcondição de representar o Sen-ge na eleição à Presidência doCrea-MG. “Ele reúne essas con-dições e tem uma vontade mui-to grande de defender os pro-f i ss iona is , ass im como fezquando era presidente do Sen-ge”. E conclui: “O Nilo está pró-ximo dos profissionais e pode,

no Sistema (Confea/Creas), be-neficiá-los muito”.

Opinião parecida tem o dire-tor da Regional Triângulo, Isma-el Figueiredo, candidato à Presi-dência do Crea-MG em 2005. Is-mael Figueiredo conta que, de-pois de uma série de conversas,chegou-se a um consenso. Elediz que abriu mão de sua candi-datura por considerar Nilo Sér-gio o candidato de maior pesona disputa. “O Nilo foi um óti-mo presidente do Senge por seisanos, fez um trabalho muitobom. Além disso, tem conheci-mento do Sistema”.

EntrevistaO engenheiro e professor uni-

versitário Nilo Sérgio Gomes, ex-presidente do Sindicato, temcomo principais metas construirum “Crea forte, transparente, in-clusivo e participativo”. E garan-te: “Na nossa gestão, nenhumprofissional terá os seus dados vi-olados e utilizados politicamen-te”. Presidente do Senge-MG pordois mandatos (2005-2007 e2007-2010), quando ajudou a or-ganizar seminários e publicações

sobre Engenharia e ArquiteturaPúblicas, Saneamento Básico eImplantação da TV Digital no Bra-sil, Nilo Sérgio diz que o Crea per-deu seu peso político nas duasúltimas gestões.

Mestre em Engenharia Elétri-ca e professor da PUC-Minas há31 anos, Nilo Sérgio falou aoSenge Informa das suas expecta-tivas com relação à eleição e ex-pôs as suas ideias para a autar-quia. Veja na página 5 a íntegrada entrevista.

No dia 15 de setembro o Senge-MG rea-lizou a comemoração de seu aniversário de64 anos. O evento contou com a presençade diretores, membros de outras entidades,associados e funcionários do Sindicato. Naocasião, o presidente do Senge-MG, RaulOtávio Pereira, manifestou o apoio do Sindi-cato à candidatura do diretor Nilo SérgioGomes à Presidência do Crea-MG. “Na mi-nha gestão, o Crea-MG voltará para as mãosdos profissionais do Sistema”, disse Nilo Sér-gio, que foi presidente do Senge-MG por doismandatos seguidos. O Sindicato de Enge-nheiros completou 64 anos de dedicação ede luta pela defesa e pelos direitos dos en-genheiros e engenheiras de Minas Gerais nodia 25 de agosto. Os 64 anos do Senge-MGainda vão receber homenagem da CâmaraMunicipal de Belo Horizonte. Por solicita-ção da vereadora Neusinha Santos será reali-zada uma Reunião Especial no dia 6 de ou-tubro, às 19 horas, na Câmara Municipal –Avenida dos Andradas, nº 3.100.

Na comemoração dos 64 anos do Sindicato, o Engº Nilo Sérgio recebeu oapoio do presidente do Senge, Raul Otávio (E), e do Geólogo Pedro Garcia (D)

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Engº Nilo Sérgio, candidatoà presidência do Crea-MG

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O senhor é o candidato doSenge-MG à presidência doCrea-MG. Como foi o processoque levou a sua indicação peloSindicato de Engenheiros?

Foi um processo democrático,de muita conversa e participativo.Iniciamos este processo com cin-co pré-candidaturas e depois dequase 60 dias convergiu para anossa candidatura. Tivemos entãouma prévia e uma AGE que refe-rendaram o meu nome como can-didato do Senge-MG para disputara Presidência do Crea-MG.

Além do Senge-MG, quemmais está apoiando a sua candi-datura?

Ah, tem várias entidades e mui-ta gente. Posso aqui citar o Sindie-letro, o Sindágua, o Sinarq, o Sin-digasmig e o apoio majoritário dostrabalhadores de várias empresasde pequeno, médio e grande por-te. Vários diretores de grandes em-presas nos apóiam. Uma candida-tura patrocinada pelo Senge-MGagrega um conjunto muito grandede apoiadores, incluindo, é claro,os profissionais liberais.

Quais são suas principais pro-postas para presidir o Crea-MG?

Nossas propostas passam, prio-ritariamente, pela construção deuma Crea-MG forte e transparen-te. Uma relação horizontal com oPlenário deste Conselho, com to-tal respeito aos princípios demo-cráticos respaldados pelo regimen-to interno do Crea-MG, resoluçõese leis. Reconstruir nas Câmaras odebate sobre políticas de fiscaliza-ção e as novas tendências tecno-lógicas nesta área, de forma a ga-rantir a aplicação desta atividade-fim do Crea-MG nas inspetorias.Modernizar a análise de processospelas Câmaras, agilizando a exe-cução dos mesmos. Tornar os Fó-runs, Colégios de Inspetores e Co-légio de Entidades espaços deamplo debate, de modo a utilizarou reorientar a nossa gestão. Arti-cular o Crea-MG e suas Inspetoriascom o Poder Público estadual emunicipal com o objetivo de valo-rizar o profissional do Sistema Con-fea/Creas. Em resumo, queremosum Crea forte e transparente, fun-

ELEIÇÕES CONFEA/CREAs

Nilo Sérgio quer Conselho forte,

transparente, inclusivo e participativodamentalmente inclusivo. Inclusi-vo no sentido amplo, um Crea-MGpara os engenheiros, para os agrô-nomos, para os geólogos e geó-grafos, para os agrimensores e me-teorologistas, tecnólogos e técni-cos. Enfim, tem um grande grupode profissionais, hoje, pensando oCrea do futuro.

O que o diferencia dos con-correntes?

Bem, acho que muita coisa...mas acredito que cada um tem suahistória. A minha passa pela PUC-Minas, pela Cemig, instituições emque atuo profissionalmente. Minhahistória passa por dois mandatoscomo presidente do Senge-MG ecomo Conselheiro na Câmara deEngenharia Elétrica do Crea-MG.Participei de todas as lutas pela re-construção da democracia brasilei-ra, principalmente a partir de 1974,quando tinha apenas 18 anos. Te-nho três filhos, três irmãos e mui-tos amigos, mas uma coisa é cer-ta: na nossa gestão, nenhum pro-fissional terá os seus dados viola-dos e utilizados politicamente... Issoeu garanto.

O senhor se refere ao fatode ter tido seus dados pessoaise profissionais violados por umdos candidatos à presidência doCrea-MG?

Sim, mas veja só, prefiro nãotocar mais nesse assunto. Minhacandidatura já foi considerada le-gal e confirmada pelo Confea —órgão máximo de regulamentaçãodos engenheiros no Brasil —, queconsiderou ilegais diversas deci-sões do Crea-MG e da ComissãoEleitoral Regional do Crea-MG. En-tão, agora é bola pra frente e dis-putar as eleições nas urnas, nãono tapetão.

O senhor é engenheiro. Asdemais profissões e entidadesque fazem parte do Crea-MG ge-ralmente se sentem colocadas delado...

Isto é importante. Sempre digoque precisamos construir parceriasproativas com outras entidades doSistema Confea/Creas. Existe umgrande leque de entidades de pro-fissionais do Sistema atuando no

estado de Minas Gerais. A maioriasobrevive da verba da ART e/ou deprojetos. Precisamos repensar o pa-pel destas entidades, sua relaçãocom Crea-MG e com os profissio-nais. Vamos ouvir os presidentesdestas entidades diretamente ouvia Colégio de Entidades e imple-mentar um plano de ação queamplie sua atuação e sempre evi-tando conflitos de interesses quepossam surgir devido à atuaçãodestas entidades.

Hoje, o Crea-MG está dis-tante das escolas. Como será arelação com as instituições deensino?

O que sei é que grandes insti-tuições de ensino estão sem re-presentação no Conselho. Isso éruim. Sou professor da PUC-Mi-nas há 31 anos, conheço muitobem o pensamento dos docen-tes e a visão dos mesmos sobreo Crea-MG. Todos podem estarcertos de que vamos fazer o con-traponto, o debate franco e aber-to com os docentes e efetivar oreencontro do Crea-MG com asinstituições de ensino.

Pretende investir no proces-so de interiorização do Crea?

Quando fui presidente do Sen-ge-MG, investimos demais na in-teriorização. Primeiramente, assu-mimos um compromisso políticocom a interiorização nas instânciasde decisão do Sindicato. Fizemoso planejamento estratégico parti-cipativo que norteou as ações pri-oritárias e as metas a serem cum-pridas. Eu acredito em planejamen-to estratégico, mas desde que sejainclusivo e participativo.

Tem alguma política específi-ca para as inspetorias?

Sempre considerei a Inspeto-ria o chão de fábrica do Crea-MG.Ou seja, é nesta instância que aatividade-fim do Crea-MG se con-cretiza. Assim sendo, devem es-tar equipadas com recursos huma-nos e materiais suficientementedimensionados para que a ativi-dade-fim do Crea-MG se desen-volva em harmonia com outrosprocessos importantes da autar-quia. Veja o que diz o artigo 44

da Lei 5194: cada Conselho Regi-onal terá inspetorias para fins defiscalização nas cidades ou zonasonde se fizerem necessárias. Esteé o princípio básico!

Há alguns anos, muitos fis-cais foram demitidos. Conte ra-pidamente como foi esse pro-cesso e o que pretende fazer emrelação a isso.

Em relação aos fiscais demiti-dos, digamos com clareza: foi umato de perseguição política. Pon-to. Dentro da lei, na nossa gestãoessa injustiça será reparada. Existeum compromisso político nossocom os fiscais demitidos por razõesmeramente políticas, fruto da Elei-ção Confea/Creas de 2008.

O Crea-MG é visto atualmen-te, por muitos profissionais,como uma entidade meramen-te arrecadadora, que se preo-cupa somente com punições.Que perfil pretende dar ao Crea-MG em sua gestão?

Concordo com isso, principal-mente após essas duas gestões,nos últimos seis anos. A nossaideia é fazer um Crea forte, trans-parente, inclusivo e participativo.Para isso, é preciso que haja mo-bilização e participação dos pro-fissionais autônomos, celetistas eestatutários dos setores privadoe público. E também nas decisõese reuniões plenárias, para queeles entendam a importância doSistema para os profissionais dasáreas representadas. O Crea nãopode ser um órgão somente ar-recadador, cartorial, tem que terrepresentação política forte nocenário político mineiro. Paraisso, precisamos potencializar to-das as forças de caráter democrá-tico que tenham a visão de umCrea voltado para os profissionaise para a sociedade. A prioridadeé colocar o Crea como um órgãoaglutinador, favorecendo o deba-te, as idéias — mesmo que nocampo do contraditório —, bus-cando o consenso na direção deuma construção inclusiva e parti-cipativa. E quando falamos em in-clusiva, estamos falando de to-dos os profissionais do SistemaConfea/Creas.

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ANEL RODOVIÁRIO DE BH

Escândalos adiam as obras demodernização e revitalização

Quando forem liberados os pro-cessos de licitação, Alexandre deOliveira explica que, no caso do AnelRodoviário, o projeto executivo queserá licitado terá como objetivo de-talhar o projeto básico que foi doa-do pela Federação das Indústrias doEstado de Minas Gerais (Fiemg) àPrefeitura de Belo Horizonte. Nestedetalhamento, pretende-se corrigirfalhas e deficiências que levaram àimpugnação do projeto original peloTribunal de Contas da União (TCU).

Tal projeto prevê intervenções em

Projeto deve corrigir falhas apontadas pelo TCU17 pontos dando prioridade a aces-sos, como os entroncamentos comas avenidas Amazonas e Pedro II. Eleinclui, ainda, intervenções como apavimentação com concreto Por-tland, ou seja, pavimento rígido, de31,6 quilômetros de via, o que pre-tende reduzir a demanda por manu-tenção contínua na pista, o alarga-mento dos viadutos existentes, a im-plantação de viadutos ligando os doislados do Anel, melhorias nas vias mar-ginais, barreiras de segurança (sepa-radores de pistas) e nova sinalização.

A intervenção também inclui a cons-trução de 11 trincheiras de acesso,seis viadutos, ampliação de obrasexistentes, recuperação das ruas late-rais, implantação de complexos viá-rios e instalação de oito passarelas.

O engenheiro do Dnit fala, ain-da, dos empecilhos para que as obrasdo Anel Rodoviário sejam realizadas.“Descartando-se os entraves admi-nistrativos e judiciais que poderão serimpostos ao processo licitatório dasobras e a remoção de famílias queocupam irregularmente a área de

domínio da rodovia, acreditamosque o maior desafio para a realiza-ção do empreendimento será a co-locação, em prática, de um planode execução de obras que cause omenor impacto no trânsito da Capi-tal, de forma que o mesmo não in-terfira na execução das obras”, diz.Pela impossibilidade de estabelecerum prazo para o início das obras,Alexandre de Oliveira também nãofoi capaz de prever uma data paraque os problemas do Anel Rodoviá-rio sejam sanados.

Nem a declaração de estado decalamidade pública em 2009, nemo crescente número de mortos eacidentes e nem a iminente Copa doMundo de 2014, que está sendoutilizada como pretexto para acele-ração de diversos empreendimentosnas cidades sedes, como é o casode Belo Horizonte, foram suficien-tes para garantir as obras de moder-nização e revitalização de que tantonecessita o Anel Rodoviário da capi-tal mineira. Com verba prevista noorçamento do Programa de Acelera-ção do Crescimento (PAC) do gover-no federal de mais de R$ 1 bilhão, oinício das obras no Anel ainda é in-certo, uma vez que todos os pro-cessos de licitação foram suspensospelo novo Ministro dos Transportes,Paulo Sérgio Passos, após o escân-dalo que derrubou seu antecessor,Alfredo Nascimento.

O Anel rodoviário, cuja exten-são é de 26,5 quilômetros, foi cons-truído na década de 1950 para li-gar a BR-381 à BR-040 e permitirque veículos pesados passassemfora do centro de Belo Horizonte.No entanto, com o decorrer dosanos, o Anel se transformou emuma via de longa distância inseri-da dentro do contexto da ocupa-ção urbana. Segundo Alexandre deOliveira, engenheiro supervisor daUnidade Local de Contagem doDepartamento Nacional de Infraes-trutura e Transporte (Dnit) e res-ponsável pelo Anel Rodoviário, “emfunção do elevado crescimento dotráfego nos últimos anos, associa-do à crescente expansão e ocupa-ção urbana, tornam-se evidentes os

problemas do Anel”.De forma técnica, Alexandre cita

como problemas do Anel Rodoviá-rio a “não adequação de suas carac-terísticas físicas em termos de nú-mero de faixas de tráfego, principal-mente nos viadutos; interseções comcaracterísticas incompatíveis com asdemandas de fluxo direcional; des-continuidade das vias marginais econexões não funcionais nos aces-sos aos bairros lindeiros e ao pró-prio Anel; deficiência nos dispositi-vos de proteção aos veículos e pe-destres e insuficiência do sistema dedrenagem da rodovia”.

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SENGE INFORMA - NO 194 - 30/SETEMBRO/20117

ANEL RODOVIÁRIO DE BH

Especialista aponta para anecessidade de um segundo anel

As intervenções no Anel Rodovi-ário de Belo Horizonte ainda nãotêm data definida para começar emuito menos para acabar, mas já háquem diga que não serão suficien-tes para resolver o problema de se-gurança e de tráfego do Anel. Este éo caso do engenheiro Paulo Resen-de, doutor em Planejamento deTransporte e Logística, mestre emPlanejamento e Engenharia de Trans-portes, Especialista em Planejamen-to Urbano e pesquisador da Funda-ção Dom Cabral.

Segundo Paulo, realizar as inter-venções projetadas para o Anel jáexistente não é uma solução para lon-go prazo e nem solução para as via-gens de longa distância. “A RegiãoMetropolitana de Belo Horizonte temhoje, no seu Anel, uma avenida detrânsito local e também de uso paraviagens de longa distância. Essacombinação de fluxos com diferen-tes propósitos de viagens e uma va-riedade muito grande de veículos (in-clusive com grande fluxo de motos)é perigosíssima, levando o Anel Ro-doviário à condição de uma das viasmais perigosas do País. Portanto, in-tervenções para melhorar o Anel e

não restringir o tráfego de determi-nados veículos somente provocarámais acidentes, mesmo com a ins-talação de radares”, observa.

Para o pesquisador da FundaçãoDom Cabral, a saída é a construçãode um segundo Anel. “Ele permitiráa retirada de cerca de 70% do trânsi-to pesado que hoje passa pelo atualAnel e que tem o propósito único decruzar a região metropolitana comdestino a outros estados. Esse tráfe-go não interessa ao atual Anel e deveser transferido para um segundo anel,mais afastado das regiões de muitadensidade residencial e comercial, nãoficando, portanto, sujeito ao tráfegourbano”, explica Paulo.

Assim, além de acelerar o pro-cesso de construção do segundoanel, permitindo que o atual se trans-forme em via de contorno da regiãometropolitana, Resende acredita queseja necessário fazer um “um trata-mento no atual Anel de via de con-torno, com controle de entradas esaídas de veículos, além de cuida-dos com as laterais da via, criandoáreas de escape para redução donúmero de colisões laterais e trasei-ras. A partir desse tratamento, um

sistema de sinalização que permitaum fluxo de maior velocidade, mascom segurança absoluta. Além dis-so, muita fiscalização para que otrânsito de longa distância não con-tinue usando o atual Anel, uma vezque o outro estiver pronto”, conclui.

Obra já previstaA construção de um segundo

Anel viário para a Região Metropoli-tana de Belo Horizonte já fez partedos planos do Departamento Nacio-nal de Infraestrutura e Transporte(Dnit), segundo o engenheiro do ór-gão federal Carlos Rogério Caldeirade Lima, responsável pelo licencia-mento ambiental do projeto. Ele con-ta que o estudo do Anel Viário Nor-te, que faria a ligação entre a BR-381Norte e a BR-381 Sul, interligando emseu trajeto, também, a BR-040 emdireção à Brasília foi iniciado em1999. “Em 2007, foi feito o licencia-mento prévio do projeto após longoe tumultuado processo de discussãocom o órgão ambiental de MinasGerais (Feam) e com as entidades am-bientalistas locais”, conta.

No entanto, segundo Carlos Ro-gério, “após a obtenção da licença,

por falta de vontade política, o Dnitdeixou de elaborar o projeto execu-tivo para a implementação da obra,permitindo que a licença ambientalexpirasse no mês de junho de 2011”.Para o engenheiro, “tal falha acarre-tou o fato de que um empreendi-mento essencial ao planejamento dainterferência do tráfego de longa dis-tância na Região Metropolitana deBelo Horizonte voltasse à estacazero”, finaliza.

Após o acidente que matou cin-co pessoas, entre elas uma criança,no dia 28 de janeiro deste ano, noAnel Rodoviário, o DepartamentoNacional de Infraestrutura e Trans-porte (Dnit), a Prefeitura de BeloHorizonte (PBH), a Polícia Rodoviá-ria Federal e Polícia Rodoviária Mi-litar se reuniram e montaram umplano de ação emergencial para ten-tar melhorar a segurança no AnelRodoviário. Ficaram acertadas me-didas como a ampliação do núme-ro de redutores eletrônicos de velo-cidade; a revitalização e adequaçãoda sinalização horizontal e vertical,com ênfase à orientação do trânsi-to de veículos pesados pela direita,bem como alertando aos usuários

Medidas emergenciais são insuficientesque constante”, afirma. A preocupa-ção de Ribeiro é justificada, uma vezque a maior parte dos acidentes gra-ves no Anel acontece justamente naaltura do bairro Betânia.

Como solução para o proble-ma do Anel Rodoviário já existen-te, José Aparecido sugere uma sa-ída pouco ortodoxa. “A soluçãodefinitiva, penso eu, e alguns mechamarão de maluco, é a sua du-plicação para os lados, ou paracima, transformando as suas seispistas em doze pistas. O que oqualificaria para ser o que ele é defato, mas não é de direito: umaauto pista de auto fluxo e veloci-dade compatível com a de uma deRodovia Federal”, conclui.

da rodovia, especialmente no tre-cho da BR-356/040 que antecede adescida do Bairro Olhos D’Água,sobre a necessidade de redução develocidade, entre outras.

Para o especialista em trânsito eassuntos urbanos e criador da Orga-nização Não-Governamental (ONG)SOS Rodovias Federais, José Apare-cido Ribeiro, o problema do AnelRodoviário não é apenas o da velo-cidade, “mas sim a sua estrutura queé ultrapassada e as suas três pistasapenas, que já não comportam maiso volume de carros por dia”.

José Aparecido considera o Aneluma via completamente saturada e,ainda com alguns agravantes. “Oprimeiro e mais sério são os 11 es-

treitamentos súbitos de pista, semsinalização adequada, que provo-cam engavetamentos. Estes estran-gulamentos deveriam ser sinaliza-dos com pelo menos 1000 metrosde antecedência alertando os mo-toristas de que há possibilidade deengarrafamentos e trânsito lento”,considera.

O criador da ONG alerta, tam-bém, para a necessidade de pistasseparadas no trecho entre os bairrosOlhos D’Água e Betânia. “As pistasdevem ser separadas neste trechopara carros e caminhões, com bar-reiras definidas e de preferência in-transponíveis. A possibilidade de per-da de freios em caminhões naquelesoito quilômetros é iminente e quase

Paulo Resende defende a construçãode um segundo anel em BH

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SENGE INFORMA - NO 194 - 30/SETEMBRO/20118

Veja aqui como anda a negociação de sua categoria

Engenheiros e engenheiras que traba-lham no Sistema Eletrobrás aprovaram apauta nacional e o Acordo Coletivo de Tra-balho (ACT) 2011/2012 em AssembleiaGeral Extraordinária (AGE) realizada no dia22 de agosto. A Eletrobrás ofereceu rea-juste salarial e das demais cláusulas do ACTpassado de 6,51%, correspondente aoIPCA e também melhorias e ajustes nas clá-usulas 4ª a 14ª do termo de compromissoe o acréscimo das cláusulas 15ª, 16ª e 17ª.Já a pauta específica e o ACT específico deFurnas Centrais Elétricas 2011/2012 tam-bém foram aprovados em AGE, realizadano dia 29 de agosto, pelos engenheiros,encerrando o processo.

Metalúrgicos querem

INPC mais 5%As 66 cláusulas da pauta social da Convenção

Coletiva de Trabalho dos metalúrgicos já foramaprovadas. As negociações giram, agora, em tor-no das cláusulas econômicas. A reivindicação ini-cial de reajuste dos metalúrgicos foi de reposiçãodo INPC mais aumento real de 10%. A contrapro-posta da Fiemg, apresentada no dia 20 de setem-bro, ofereceu reajustes entre 7,5% e 8% e aumen-tos com valores fixos, dependendo do tamanho daempresa e dos salários dos trabalhadores. Alémdisso, propôs abono fixo de R$ 432,00, que pode-rá ser pago em até duas parcelas. A Comissão deNegociação dos trabalhadores não aceitou e fezoutra contraproposta: INPC mais aumento real de5% e abono equivalente a um salário nominal cor-rigido pelo índice de reajuste reivindicado.

Assembleia aprova

acordo com Furnas

Os engenheiros das empresas de Cons-trução Pesada e de Construção Civil de Mi-nas Gerai levantaram os pontos que vão fa-zer parte de suas pautas de reivindicaçõesem Assembleias Gerais Extraordinárias(AGEs) realizadas pelo Senge-MG nos dias21 e 22 de setembro, respectivamente. Estefoi o primeiro passo das campanhas salari-ais, dando início aos processos de negocia-ção coletiva com o Sicepot-MG e o Sindus-con-MG, sindicatos patronais. As pautas ofi-cias estão em processo de construção e embreve serão divulgadas pelo Senge, junta-mente com a data de entrega para as enti-dades patronais.

Setor de construção

inicia negociação

PCCS da Urbel

continua indefinido

Os trabalhadores da Urbel iniciaram, no dia 12de setembro, mobilização pela implantação donovo Plano de Cargos, Carreiras e Salários que, se-gundo o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2011/2013, fechado este ano, deve ser feita pela direçãoda empresa e pela Prefeitura de Belo Horizonte atéo dia 30 de setembro. Os trabalhadores, por meiodo Senge-MG, enviaram ofício ao prefeito MárcioLacerda para lembrá-lo da questão do PCCS e, nodia 19 de setembro, se reuniram na porta da em-presa, onde decidiram esperar pela resposta da ad-ministração municipal, antes de tomar novas pro-vidências. Até a primeira reunião de discussão doPCCS, no dia 12, a PBH não tinha apresentadonenhuma resposta oficial aos trabalhadores.

Sindicato apoia

servidores do SisemaO Senge-MG está apoiando a campanha sa-

larial dos servidores do Sistema Estadual doMeio Ambiente (Sisema). A categoria está pe-dindo melhores condições de trabalho e me-lhores salários – eles reivindicam reajuste sala-rial de 180%, tendo como base a tabela salari-al do Ibama e a revogação imediata do artigo10 do Decreto 44.775/2008, que dispõe so-bre a GEDAMA, retroativa a data de criaçãoda mesma, entre outros pontos. Desde o dia 9de setembro, os servidores estão realizandooperação padrão, ou seja, suspenderam asemissões de quaisquer atos administrativos (li-cenciamentos, outorgas e emissões de DAIA’s);retardaram todas as atividades executadas naCidade Administrativa e fecharam todas asUnidades de Conservação abertas à visitação.No dia 21 de setembro a categoria realizoumanifestação pacífica na Praça da Liberdade.

NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

Engenheiros da Cemig querem10,5% de aumento real

A pauta de reivindicações dos engenhei-ros da Cemig foi entregue à empresa no dia26 de setembro pelo presidente do Senge-MG,Raul Otávio da Silva Pereira. A pauta foi le-vantada na primeira Assembleia Geral Extra-ordinária (AGE), realizada pelo Senge-MG nodia 20 de setembro. Com número de presen-tes na AGE superando as expectativas, os pro-fissionais reivindicaram reajuste salarial e dasdemais cláusulas econômicas corresponden-te ao INPC de 6,58% (IBGE) mais um aumen-to real de 10,5%. Além disso, pediram que otíquete alimentação seja corrigido pelo mes-mo índice da inflação da alimentação acu-mulado nos últimos cinco anos e que a Ce-mig se comprometa a distribuir 12% do ROCcomo PLR, sendo 50% de forma linear e 50%de forma proporcional. Durante a Assembleia

Geral, os engenheiros votaram pela unifica-ção da campanha com o Sindieletro e demaissindicatos.

Consta na pauta, também, a reivindica-ção de que a Cemig pague o salário admissi-onal base da carreira de engenharia igual aopiso definido pela Lei 4950A/66 e que as de-mais faixas salariais dos níveis funcionais Pro-fissional, Proficiente, Sênior I e Sênior II de-verão ser reajustadas a partir do piso, man-tendo-se as diferenças percentuais existentesentre os níveis. Os engenheiros reivindicam,ainda, a manutenção do cargo e salário doengenheiro Máster, ampliando o número decontemplados e definição de critérios objeti-vos para a concessão, e a reavaliação do ho-rário flexível, permitindo contabilização de ho-ras a partir das 7h e saída a partir das 16h30.

O presidente do Senge, Raul Otávio, entregaa Pauta de Reivindicações dos engenheiros


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