1
3.4. Atenção Domiciliar
A Atenção Domiciliar caracteriza-se por um conjunto de ações de promoção à saúde,
prevenção, tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de
continuidade de cuidado e integradas à Rede de Atenção à Saúde. Visa envolver as equipes
de Atenção Básica e as Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar e de Apoio (EMAD
e EMAP), dando suporte terapêutico domiciliar aos pacientes com maior dependência,
maior dificuldade de transporte e com maiores riscos de complicações, principalmente
aqueles vítimas de trauma ou portadores de sequelas neurológicas importantes.
A Atenção Domiciliar (AD) propõe o cuidado multidisciplinar e transversal com objetivo de
reorganizar o processo de trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar na atenção
básica, ambulatorial e hospitalar, com vistas à redução da demanda por atendimento
hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários internados, a humanização
da atenção, a desinstitucionalização e o resgate da autonomia dos usuários.
Compõem o arcabouço da AD, as Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar
(EMADs) compostas por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e auxiliares de enfermagem,
e Equipes Multidisciplinares de Apoio (EMAPs) compostas por no mínimo três profissionais
de nível superior, entre as seguintes categorias profissionais: assistente social,
fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e
farmacêutico. Atuam na lógica do trabalho centrado na família, no cuidador e no usuário,
como uma tríade de estreita relação para garantia de respostas concretas às necessidades
dos pacientes.
Avaliação Situacional
A Atenção Domiciliar no DF constitui-se atualmente de 16 Equipes Multiprofissionais de
Atenção Domiciliar – EMADs – e de 04 Equipes de Apoio – EMADs – que compõem os
Serviços de Atenção Domiciliar – SADs – ou Núcleos Regionais de Atenção Domiciliar –
NRADs, vinculadas tecnicamente à Gerência de Atenção Domiciliar/DIAE/SAPS.
A proposta de organização tem por diretrizes o PDR do DF e a Portaria MS Nº 2.527 de 27
de outubro de 2011, que redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do SUS.
No quadro abaixo, encontram-se a distribuição de SADs por Região de Saúde e área de
abrangência para 100% de cobertura populacional.
TABELA 4: Capacidade de EMADs e EMAPs por Região e População do DF.
2
Regiões de
Saúde NRADs - SADs
População*
2010 Capacidade de
EMADS Capacidade de
EMAPS
REGIÃO
CENTRO SUL
NRAD Asa Sul
453.909
2
NRAD Núcleo
Bandeirante 1
NRAD Guará 1 1
4 1
REGIÃO
CENTRO NORTE
NRAD Asa Norte 182.561 1
1
REGIÃO OESTE
NRAD Ceilândia 460.271
3 1
NRAD Brazlândia 1
4 1
REGIÃO
SUDOESTE
NRAD Taguatinga
683.215
3 1
NRAD Samambaia 2 1
NRAD Recanto das
Emas 1
6 2
REGIÃO NORTE
NRAD Sobradinho
330.658
2 1
NRAD Planaltina
1
3 1
REGIÃO LESTE
NRAD Paranoá
196.789
1
NRAD São
Sebastião 1
2
REGIÃO SUL NRAD Gama 254.505 1
3
NRAD Santa Maria 1
2
7 15 2.570.160 22 5
FONTE: *IBGE 2010 E GEAD/DIAE/SAPS/SES/DF
Das 16 EMADs e 4 EMAPs em funcionamento, apenas 02 EMADs e 01 EMAP (todas do
NRAD/SAD de Sobradinho) cumprem com os critérios mínimos de carga horária para
habilitação de acordo com a Portaria MS Nº 2.527; as demais 14 EMADs e as 03 EMAPs
aguardam ampliação de carga horária e contratação de servidores para habilitação.
Para o adequado atendimento à população do DF e as linhas de cuidado primordiais está
prevista a ampliação da AD para 22 EMADs e 5 EMAPs. O cronograma de implantação das
22 EMADs e 05 EMAPs está apresentado no quadro abaixo.
QUADRO 2: Cronograma de implantação de EMADs e EMAPs:
EMAPs Previsão de implantação
1. Sobradinho I Maio/2012
2. Sobradinho II Maio/2012
3. Samambaia I Junho/2012
4. Gama Junho/2012
5. São Sebastião Junho/2012
6. Núcleo Bandeirante Junho/2012
7. Ceilândia I Setembro/2012
8. Taguatinga I Setembro/2012
9. Planaltina Setembro/2012
10. Asa Norte Setembro/2012
11. Ceilândia II Março/2013
12. Guará Março/2013
4
13. Taguatinga II Março/2013
14. Asa Sul I Março/2013
15. Samambaia II Março/2013
16. Paranoá Junho/2013
17. Ceilândia III Junho/2013
18. Brazlândia Junho/2013
19. Recanto das Emas Junho/2013
20. Santa Maria Setembro/2013
21. Taguatinga III Setembro/2013
22. Asa Sul II Setembro/2013
EMAPs Previsão de implantação
2. Sobradinho Maio/2012
3. Samambaia Junho/2012
4. Ceilândia Setembro/2012
5. Taguatinga Março/2013
6. Guará Junho/2013
FONTE: GEAD/DIAE/SAPS/SES/DF
Atualmente 1019 pacientes encontram-se cadastrados nos NRADs/SADs, alguns na
modalidade AD1, em virtude de a Estratégia de Saúde da Família ter baixa cobertura
populacional no DF para absorver esses pacientes.
O fluxo de desospitalização encontra-se em fase final de elaboração, com a padronização
de formulários e encaminhamento à Comissão de Protocolos Clínicos da SES/DF para
consulta pública enquanto se aplica um projeto piloto para ao final, haver a
institucionalização do mesmo.
O Serviço de Atenção Domiciliar de Alta Complexidade – desospitalização de pacientes
crônicos das UTIs – SAD-AC – não está contemplado na Portaria MS Nº 2.527, tendo sido
estabelecido contrato de prestação de serviço com empresa do setor para prestação deste
e consequente desospitalização de pacientes crônicos de UTI.
5
TABELA 5: Cronograma de Implantação da Atenção Domiciliar - EMADs ATENÇÃO DOMICILAR
Município População Unidade/ instituição
AD2/AD3 EMAD CRONOGRAMA DE
IMPLANTAÇÃO
Nº
equipe
s
Valor custeio
R$ 2011 2012 2013 2014
Brasília 2.570.160 SAD Asa Sul 02 69.120, X
SAD Núcleo
Bandeirante 01 34.560, X
SAD Guará 01 34.560, X
SAD Asa Norte 01 34.560, X
SAD Ceilândia 03 103.680, X X
SAD Brazlândia 01 34.560, X
SAD Taguatinga 03 103.680, X X
SAD Samambaia 02 69.120, X X
SAD Recanto das
Emas 01 34.560, X
SAD Sobradinho 02 69.120, X
SAD Planaltina 01 34.560, X
SAD Paranoá 01 34.560, X
SAD São Sebastião 01 34.560, X
SAD Gama 01 34.560, X
SAD Santa Maria 01 34.560, X FONTE: GEAD/DIAE/SAPS/SES/DF
TABELA 6: Cronograma de Implantação da Atenção Domiciliar - EMAPs
ATENÇÃO DOMICILAR
Município População Unidade/ instituição
EMAP CRONOGRAMA DE
IMPLANTAÇÃO
Nº
equipe Valor
custeio 2011 2012 2013 2014
s
Brasília 2.570.160 SAD Sobradinho 01 4.000, X
6
SAD Samambaia 01 4.000, X
SAD Ceilândia 01 4.000, X
SAD Taguatinga 01 4.000, X
SAD Guará 01 4.000, X FONTE: GEAD/DIAE/SAPS/SES/DF
3.5. Atenção Básica
A Política Nacional de Atenção Básica ressalta que “a Atenção Básica caracteriza-se por
um conjunto de ações de saúde no âmbito individual e coletivo que abrangem a promoção
e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e
manutenção da saúde”. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e
sanitárias democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipe, dirigidas a
populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade
sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas
populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem
resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. É o
contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios
da universalidade, acessibilidade e coordenação, vínculo e continuidade, integralidade,
responsabilização, humanização, equidade e participação social.
A Atenção básica (AB) considera o sujeito em sua singularidade, complexidade,
integralidade e inserção sociocultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e
tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer
suas possibilidades de viver de modo saudável.
São fundamentos da AB segundo a PNAB:
• Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e
resolutivos, caracterizados como a porta de entrada preferencial do sistema de
saúde, com território adscrito a fim de permitir o planejamento e a programação
descentralizados, e em consonância com o princípio da equidade;
• Efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações
programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde,
prevenção de agravos, tratamento e reabilitação; trabalho de forma interdisciplinar e
em equipe e a coordenação do cuidado na rede de serviços;
7
• Desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população
adstrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do
cuidado;
• Valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e acompanhamento
constante de sua formação e capacitação;
• Realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados, como
parte do processo de planejamento e programação;
• Estimular a participação popular e o controle social.
Para o desenvolvimento de suas ações utiliza-se de Centros de Saúde (CS), Unidades
Básicas de Saúde (UBS), Postos de Saúde Urbanos (PSU) e Rurais (PSR) e Clinicas da
Família (CF), distribuídos pelas regiões de saúde. Estas unidades tem como princípios o
acolhimento, ampliação do acesso, qualidade, integralidade da atenção, implantação de
diretrizes clínicas, vinculação e identificação de risco. É a partir destes serviços que se
estrutura o atendimento e o acesso aos serviços especializados com efetivação de uma
porta de entrada preferencial.
Neste contexto são Funções da Atenção Básica na Rede de Atenção:
I - Ser a modalidade de atenção e de serviço à saúde com o mais elevado grau de
descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária
II - Ser resolutiva identificando riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando
e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma
clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e
sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos
indivíduos e grupos sociais.
III - Coordenar o cuidado, elaborando, acompanhando e gerindo projetos terapêuticos
singulares, bem como acompanhando e organizando o fluxo dos usuários entre os
pontos de atenção das redes de atenção.
IV - Ordenar as redes, reconhecendo as necessidades de saúde da população sob sua
responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros
pontos de atenção à saúde, contribuindo para a ordenação dos fluxos e resolução
adequada dos casos sob sua responsabilização.
Neste contexto a AB vem demonstrando ser um elemento-chave na constituição dos
sistemas de saúde, com capacidade de influir nos indicadores e com grande potencial
8
regulador da utilização dos recursos de alta densidade tecnológica, garantindo o acesso
universal aos serviços que tragam reais benefícios à saúde da população.
Análise Situacional
Atualmente o Distrito Federal conta com 182 equipes de Saúde da Família, proporcionando
uma cobertura de 23% da população. (Nº de Equipes de Saúde de Família - ESF no SCNES
x 3500 pessoas x 100). Além destas equipes, dispõe de 66 Centros de Saúde, oferecendo
uma cobertura populacional estimada de 25.000 habitantes cada um, 33 Unidades Básicas
de Saúde, 18 PSU e 19 PSR funcionando no modelo tradicional (ANEXO I-A). Nos Centros
de Saúde encontram-se presentes equipes de Agentes Comunitários, de forma a podermos
sinalizar uma possível conversão do modelo de atenção para um futuro próximo. Somando
a cobertura dos modelos coexistentes, chega-se uma cobertura estimada de 52% da
população. Estas estruturas encontram-se distribuídas pelas 7 Regiões de Saúde que
compõem a rede de Saúde do DF. Necessário se faz, contudo considerar as variações
locais, pois diversas regiões consideradas de alto risco socioeconômico possuem cobertura
inferior a 5%.
A expansão da Atenção Básica, em todos os seus modelos, mas especificamente no
modelo de Saúde da Família, é considerada prioridade, tendo em vista a necessidade de
maior cobertura populacional de forma a que a AB possa exercer seu papel fundamental
de organizadora das redes. Esta ampliação, contudo tem esbarrado em questões
burocráticas como as relacionadas à regularização de contratos de aluguel, destinação de
terrenos para a construção, e questões legais como a lei de responsabilidade fiscal, que no
momento praticamente impede novas contratações de Recursos Humanos.
A Atenção Básica na SES/DF encontra-se em fase de expansão e rediscussão de seus
processos de trabalho através de oficinas loco - regionais sobre Redes de Atenção à Saúde.
Ainda enfrenta fragilidades importantes como áreas de vazios assistenciais, que
representam 5% e falta de definição de fluxos assistenciais.
O modelo a ser fortalecido pela rede de atenção básica aponta para a ampliação do acesso
e responsabilização pelo paciente, contribuindo assim para a concretização da assistência
integral e responsável.
9
A Atenção Básica nas Linhas de Cuidado
No atendimento às principais linhas de cuidado (IAM, AVC e Trauma) a atenção básica
desempenha papel fundamental, principalmente no que tange às duas primeiras, onde a
identificação de fatores de risco, a prevenção, as medidas educacionais e o tratamento
adequado das patologias de base são de primordial importância.
No contexto das patologias vasculares, desempenham importante papel os fatores de risco
que quando não identificados e adequadamente tratados são a principal causa dos eventos
agudos que levam ao riso de vida e a sequelas incapacitantes. A AB desempenha aqui o
papel de educador, promovendo campanhas educacionais por exemplo contra o tabagismo
e através de programas bem definidos como o programa de combate à Diabetes e o
programa de Hipertensão que visam a promoção da saúde e do bem estar dos indivíduos
e desta forma diminuem consideravelmente as chances de eventos adversos agudos.
Ainda no contexto das linhas de cuidado é na atenção básica que se identificam os
indivíduos com maior risco potencial de desenvolverem eventos agudos sendo estes
sempre que necessário encaminhados para avaliações especializadas em níveis de
complexidade da atenção mais elevados, mantendo sempre o acompanhamento da AB
para identificação de complicações ou para orientação e acompanhamento nos cuidados
básicos. Após um evento agudo é ainda no retorno à atenção básica que os indivíduos
encontram o suporte necessário à continuidade de seu tratamento, envolvendo todas as
suas necessidades de cuidado como reabilitação, controle clinico, reinserção social, etc.
Na linha de Cuidado do trauma a AB atua principalmente após o evento agudo no
acompanhamento das sequelas, a reabilitação nos CER ou o acompanhamento de
situações clinicas que se desenvolvam após o episódio. Nestes casos a orientação
terapêutica, o acompanhamento social para reinserção e algumas vezes para readaptação
funcional é de extrema importância. Além disto é através da atenção básica que ocorre o
redirecionamento do paciente à atenção especializada em casos de necessidade.
No intuito de exercer sua função como ordenadora da rede proporcionando atendimento de
qualidade e com resolutividade à população e promovendo um aumento na acessibilidade
é que a SES/DF tem estimulado grandemente o desenvolvimento das ações de saúde e
dos programas voltados à atenção básica.
No ANEXO I-B encontra-se demonstrada a necessidade mais imediata de adequação da
10
AB para atendimento à rede de atenção ás urgências e emergências o objetivo final até
2014 será de oferecer uma cobertura de 68 % da AB para a população do DF.
3.6. Prevenção, Promoção e Vigilância em Saúde.
O Programa de Ações de Vigilância em Saúde (PAVS) está organizado pelos seguintes
eixos: notificação de doenças e agravos; investigação epidemiológica; diagnóstico
laboratorial de agravos de saúde pública; vigilância ambiental; vigilância de doenças
transmitidas por vetores e antropozoonoses; controle de doenças; imunizações;
monitoramento de agravos de relevância epidemiológica; divulgação de informações
epidemiológicas; alimentação e manutenção de sistemas de informação; monitoramento
das ações de vigilância em saúde; e vigilância sanitária.
Além dos Planos e Planejamentos gerais que norteiam o desenvolvimento das ações de
Vigilância em Saúde, as áreas técnicas desenvolvem seus planos de ação para os agravos
ou temáticas específicas, em conformidade com as diretrizes técnicas dos Programas
Nacionais, coordenados pelo Ministério da Saúde, por exemplo o Plano Distrital de
preparação para uma Pandemia de Influenza, Plano Distrital para enfrentamento de uma
possível Epidemia de Dengue, Plano Distrital de Promoção à Saúde, entre outros.
As atividades finalísticas da vigilância compreendem: (1) Realização de atividades de
vigilância e prevenção de doenças crônicas, transmissíveis e não transmissíveis, bem como
a prevenção de agravos por causas externas; (2) Realização de ensaios e exames
laboratoriais de interesse da saúde pública; (3) Realização de Auditorias em
estabelecimentos públicos e privados que fornecem produtos e/ou serviços que possam
promover riscos à integridade da saúde do cidadão brasiliense, bem como atuação na
qualidade do ambiente de uso coletivo da população; (4) Realização de ações de prevenção
e controle de vetores, reservatórios, hospedeiros e animais peçonhentos, bem como da
qualidade da água para consumo humano, ar, solo, contaminantes ambientais, desastres
naturais e acidentes com produtos perigosos; (5) Realização de notificações dos agravos
em saúde do trabalhador e seu atendimento na perspectiva da integralidade, por meio de
ações de promoção, prevenção, vigilância e, complementarmente, assistência em saúde.
As ações sistemáticas realizadas pela Vigilância em Saúde contribuem para a análise da
situação de saúde da população, bem como estruturam e coordenam as ações de
promoção à saúde buscando eliminar ou reduzir os riscos e controlar os agravos e seus
fatores determinantes.
11
A missão das vigilâncias em saúde é de analisar permanentemente a situação de saúde da
população, prevenir os agravos e controlar os seus determinantes, visando subsidiar as
políticas públicas, promover e proteger a saúde e contribuir para a melhoria da qualidade
de vida.
A vigilância em saúde utiliza-se do perfil epidemiológico da população segundo
características de tempo, espaço e pessoa como fundamental estratégia para a análise e
avaliação da situação de saúde. Este conhecimento visa:
a) compreender a evolução do quadro epidemiológico e identificar os determinantes
mais relevantes;
b) Estabelecer uma hierarquia de fatores de risco e vulnerabilidades aos agravos mais
relevantes;
c) Identificar as populações mais vulneráveis e as situações de risco sanitário a serem
priorizadas.
Compõem a estrutura da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS) a Diretoria de
Vigilância Epidemiológica (DIVEP), a Diretoria de Vigilância Sanitária (DIVISA), a Diretoria
de Vigilância Ambiental (DIVAL) e o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN).
O desenvolvimento de ações de vigilância em saúde tem como objetivo atuar nos fatores
desencadeantes, determinantes e condicionantes de doenças e agravos, com a finalidade
de conhecer, detectar, prevenir, controlar, reduzir e eliminar riscos e danos à saúde
individual ou coletiva, bem como acidentes e agravos relacionados ao trabalho.
Compreendem atividades de Vigilância Ambiental, Epidemiológica, Sanitária, Laboratório
Central de saúde Pública do Distrito Federal, Saúde do Trabalhador e Ações Integradas de
Vigilância à Saúde.
A coordenação dos serviços de controle de infecção hospitalar foi incorporada no âmbito
da SVS como Gerência de Investigação e Prevenção de Infecção e Eventos Adversos em
Serviços de Saúde (GEPEAS). Os Núcleos de Controle de Infecção Hospitalar (NCIH),
estrutura correspondente nas Regionais de Saúde e que lhe são subordinados
tecnicamente, permaneceram, entretanto, na estrutura da SAS. Também permanecem na
estrutura da SAS os Núcleos de Vigilância Epidemiológica e Imunização (NUVEI), embora
estejam subordinados tecnicamente à Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP).
O Centro de Informação Toxicológica (CIT), também componente da Vigilância em Saúde
tem por objetivo promover a saúde por meio de assessoria e orientação frente a acidentes
12
tóxicos, em caráter de emergência e em regime de plantão permanente, para profissionais
de saúde que viabilizem a otimização ao atendimento de pacientes vitimados por
exposições a agentes tóxicos. O CIT atua também na prevenção, com outras áreas da
saúde, orientando para o cuidado no armazenamento de produtos ou substâncias que
podem levar a intoxicações, Realiza atendimento ambulatorial aos trabalhadores que
entram em contato com agentes tóxicos e faz acompanhamento clínico e educativo a
trabalhadores rurais e da Vigilância Ambiental, juntamente com o LACEN, CEREST e
EMATER.
O desenvolvimento das ações de vigilância sanitária no DF abrange as atividades de
Vigilância Sanitária, tais como licenciamento de estabelecimentos, vistorias, interdições,
entre outros. As atividades normativas, de fiscalização e educação realizadas pela
Vigilância Sanitária, em consonância com o SUS, visam eliminar, reduzir ou prevenir riscos
à saúde da população do DF e têm como público alvo a pessoa física ou jurídica que
compra, vende, consome, presta serviços ou requer produtos e serviços de interesse direto
ou indireto da saúde. As inspeções realizadas abrangem estabelecimentos nas áreas de
saúde, medicamentos, alimentos, outros produtos e prestação de serviços.
Linhas de Atuação da Nova Vigilância em Saúde
• Ações integradas, atendendo a diversas áreas da Vigilância à Saúde, principalmente
as que não detêm fonte específica de financiamento,
• Atividades de vigilância e prevenção de doenças crônicas transmissíveis e não
transmissíveis, doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, bem como a prevenção
de agravos por causas externas, por meio da implementação de diversos programas,
entre eles o de Vigilância Epidemiológica, de Imunização, de Vigilância dos Agravos
de Transmissão Hídrica e Alimentar, de controle das DST/HIV/AIDS/Hepatites Virais
e Transmissão Vertical, de controle de endemias, de controle da tuberculose, de
controle da hanseníase, de implantação da Política Distrital de Promoção à Saúde,
de vigilância de óbitos e outros agravos, e de emergências em saúde pública. O
público alvo beneficiado é a população do DF e entorno.
• Ações de prevenção e combate a DST/HIV, AIDS e hepatites virais e às doenças
transmissíveis, por meio de: profilaxia contra a raiva humana; imunização de
crianças menores de um ano; controle e investigação das doenças que se
apresentam em forma de surto; controle e investigação de epidemias de doenças
inusitadas e o acompanhamento do incremento do número de casos devido à
13
sazonalidade destes no Distrito Federal. Também são relevantes as doenças
abrangidas nos compromissos internacionais resultante do Regulamento Sanitário
Internacional/OMS, que incluem os seguintes agravos: Tuberculose, Hanseníase,
Dengue, Hantavirose, Febre Amarela, Malária, Chagas Agudo e Febre Hemorrágica.
• Executar políticas públicas destinadas à saúde dos trabalhadores do DF mediante
ações de promoção e prevenção dos acidentes de trabalho e das doenças
relacionadas ao trabalho, bem como, ações de assistência e reabilitação dos
trabalhadores vítimas de agravos ocupacionais. Inclui ações de vigilância em saúde,
em conjunto com as Vigilâncias Epidemiológica, Ambiental e Sanitária.
• Prevenção e Controle em Vigilância Ambiental que realiza atividades de redução do
risco de transmissão de raiva e outras zoonoses; de vigilância e controle de
triatomíneos para prevenção da Doença de Chagas; de identificação e eliminação
de focos/criadouros de Aedes aegypti (mosquito transmissor da Dengue). Também
fazem parte desta ação atividades de educação em saúde e de mobilização social e
atividades educativas com o objetivo geral de promover o acesso à informação
acerca de ações preventivas e de controle de vetores e reservatórios transmissores
de zoonoses.
Resposta as Emergências de Saúde Pública
A organização e articulação com os demais serviços de saúde do SUS, baseado na
prevenção de doenças, na proteção de grupos populacionais mais vulneráveis e na
melhoria da capacidade de respostas aos eventos de saúde pública devem receber
prioridade na agenda dos gestores do SUS.
No DF, o Centro de Informações Estratégicas e Respostas de Vigilância em Saúde
(CIEVS/DF) que coordena as ações dos serviços de vigilância em saúde, em eventos de
saúde pública foi instituído em junho de 2007 por portaria especifica. Outro ponto importante
é a discussão para elaboração de um plano de contingência para ataques e suspeitas de
bioterrorismo – “armas biológicas, químicas e nucleares” – no DF iniciado em 2008.
A Vigilância nas Linhas de Cuidado
Projeções para as próximas décadas apontam para um crescimento epidêmico das
Doenças não Transmissíveis (DANT) na maioria dos países em desenvolvimento,
especialmente em relação às doenças cardiovasculares, neoplasias e diabetes tipo 2
(BRASIL, 2008). Estas têm levado a um elevado número de mortes prematuras, perda da
14
qualidade de vida com alto grau de limitações nas atividades de trabalho e lazer
consequentes a sequelas graves, além do impacto econômico para as famílias,
comunidade e a sociedade em geral.
As doenças e agravos não transmissíveis respondem pelas maiores taxas de
morbimortalidade e por cerca de mais 70% dos gastos assistenciais com a saúde no Brasil,
com uma tendência crescente (BRASIL, 2008).
Apesar do seu rápido crescimento, o impacto das DANT pode ser revertido por meio de
intervenções amplas e efetivas de promoção da saúde para a redução de seus fatores de
risco, além da melhoria da atenção à saúde, detecção precoce e tratamento oportuno.
No Brasil, a Instrução Normativa Nº. 1 de 05 de setembro de 2002, do Ministério da Saúde,
estabeleceu o Subsistema Nacional de Vigilância das Doenças e Agravos não
Transmissíveis, que foi de fundamental importância para a implementação de políticas
públicas voltadas para a promoção da saúde, a prevenção e o controle dessas doenças.
A mortalidade por doenças e agravos não transmissíveis apresenta uma tendência
crescente. No DF, entre 2003 e 2009, os principais grupos de causas de mortalidade foram
os das doenças do aparelho circulatório, neoplasias e as causas externas, conforme os
registros no Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM do DATASUS.
No Distrito Federal, em 2012, ocorreram 918 internações por doenças coronarianas agudas,
de um total de 117.693 internações clínicas, correspondendo a 0,77% do total das
internações. Sendo que 108 destes evoluíram a óbito correspondendo a 11,76% dos
pacientes acometidos pela patologia; ocorreram 1990 internações por doenças
cerebrovasculares, de um total de 117.693 internações clínicas, correspondendo a 1,69%
do total das internações. Sendo que 338 destes evoluíram a óbito correspondendo a
16,98% dos pacientes acometidos pela patologia; ocorreram 126 internações por
politrauma, de um total de 66.226 internações cirúrgicas, correspondendo a 0,19% do total
das internações. Sendo que 13 destes evoluíram a óbito correspondendo a 10,31% dos
pacientes acometidos pela patologia, segundo os dados coletados na
DICOAS/SUPRAC/SES.
15
4. Componentes Transversais da RUE
São considerados componentes transversais todos aqueles que encontram-se presentes
em todos os componentes e níveis de atenção da Rede de Urgências e Emergências,
exercendo papel importante na organização dos fluxos e processos de trabalho.
4.1. Acolhimento e Classificação de Risco
A classificação de risco é um dispositivo da Política Nacional de Humanização que tem por
objetivo a priorização do atendimento médico ao paciente conforme situação de gravidade
com que este se apresenta ao serviço de saúde.
No âmbito federal, o Acolhimento e a Classificação de Risco na Rede de Atenção às
Urgências (RAU) são reconhecidos como dispositivos de implantação essencial,
organizativos que visam melhorar a qualidade e a resolutividade nos diversos pontos de
atenção. (Portarias nº 1600 e a 1601, de 07 de julho de 2011 e a Portaria nº 2395, de 11 de
outubro de 2011).
Na rede de saúde do Distrito Federal, assim como em outros estados há um crescente
aumento na demanda por atendimento nos serviços de urgências e emergência
ocasionando a superlotação destes, esta se caracteriza por: todos os leitos do serviço
ocupados; pacientes acamados nos corredores; tempo de espera para atendimento médico
acima do indicado; alta tensão na equipe assistencial e grande pressão para novos
atendimentos.
Diante deste cenário, a classificação de risco mostra-se como uma importante ferramenta
na organização do fluxo do paciente, tendo como objetivo estabelecer a prioridade clínica
para atendimento aos pacientes, identificando rapidamente àqueles que apresentam maior
risco imediato de morte e/ou de perda de função de um órgão ou membro, substituindo
assim o modelo de entrada do paciente, na maioria das vezes por ordem de chegada ou
por seleção realizada por profissional não capacitado.
A implantação desta diretriz do Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) nas portas
das emergências das Unidades da SES/DF a partir de 2011 de forma coordenada teve o
intuito de ordenar o acesso, adequar a estrutura física e de recursos humanos, bem como
qualificar os fluxos assistenciais intra e entre os pontos de atenção.
São objetivos do Acolhimento com Classificação de Risco:
16
• Avaliar o paciente logo na sua chegada à unidade, identificando prontamente
urgências e emergências - condições de risco de vida;
• Classificar, mediante protocolo, as queixas dos usuários que demandam os serviços
de urgência/emergência dos hospitais, visando identificar os que necessitam de
atendimento médico mediato ou imediato, diminuindo assim o risco de morte
evitável;
• Determinar prioridade para atendimento médico, hierarquizando-o conforme a
gravidade: quem deve ser atendido antes e quem pode aguardar atendimento com
segurança;
• Organizar processo de trabalho e espaço físico (ambiência) do Setor de Emergência;
• Diminuir a ocorrência de superlotação;
• Informar a pacientes e familiares a expectativa de atendimento e tempo de espera;
Esclarecer à comunidade a forma de atendimento em urgências e emergências.
• Fomentar a rede de atenção de saúde, articulando os diversos setores de atenção à
saúde.
De forma e aprimorar a gestão participativa e ampliar e facilitar as discussões sobre
implantação, reorganização e fortalecimento dos dispositivos da Política Nacional de
Humanização (PNH), bem como provocar o protagonismo e a responsabilização dos
sujeitos, foi criado o Colegiado da Coordenação Central de Humanização na SES/DF
(Portaria nº 227 de 22 de novembro de 2011).
Nessa fase foi adotado como protocolo de classificação de risco (CR) padrão a ser utilizado
em todos os pontos de atenção a urgência e emergências da SES/DF o Protocolo de
Campinas com adequações discutidas e pactuadas regionalmente.
Como estratégia de ampliar e facilitar as discussões sobre humanização e implantação dos
dispositivos de ACCR nas regionais de saúde, foram designadas Coordenações Regionais
de Humanização coordenados pelo Colegiado da Coordenação Central de Humanização
na SES/DF. A partir de então, desenvolveram-se ações e oficinas nas Unidades Regionais
com intuito de alcançar a meta de reorganização e/ou implantação do Acolhimento e
Classificação de Risco (ACR) em todas as portas de entrada das unidades de atendimento
às Urgências e Emergências da SES/DF.
17
No âmbito distrital destacamos ainda as Portarias nº 29, de 26 de fevereiro de 2010 e
Portaria nº 26, de 14 de março de 2011 que estabelecem diretrizes quanto à estruturação
do Acolhimento com Classificação de Risco na SES/DF.
Com foco na organização dos fluxos intra e/ou inter hospitalares dos serviços hospitalares
de emergência, observou-se a necessidade da utilização de um protocolo de classificação
de risco que trouxesse a perspectiva de uma linguagem única e validada internacionalmente
para melhor condução da assistência prestada nas portas de urgência e emergência.
Com a escolha do Hospital de Base do Distrito Federal para compor o projeto “SOS
Emergência” pelo Ministério da Saúde, no âmbito nacional. E consequente indicação da
implantação do Sistema Manchester de Classificação de Risco nas portas de urgência e
emergência de todos os hospitais parte deste projeto como ferramenta de organização de
fluxos de porta; a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) entendendo
como de extrema relevância o uso de uma linguagem única e internacionalmente validada
optou pela implantação do Sistema Manchester de Classificação de Risco como protocolo
único na sua rede de urgência e emergência.
Para tanto, no início de 2013, estabeleceu contrato com o Grupo Brasileiro de Classificação
de Risco de forma a capacitar e formar multiplicadores no Sistema Manchester de
Classificação de Risco e assim implantar este método em todas as portas de entrada das
emergências. Como meta estabeleceu-se então a implantação em toda rede de urgência e
emergência até agosto de 2013.
Foto 14: Sala de Espera de Atendimento do ACCR no HBDF
18
Foto 15: Recepção do ACCR do HBDF
Foto 16: Paciente em atendimento na Classificação de Risco do HBDF
19
Foto 17: Posto de Triagem TRIUS – Solução de Classificação de Risco – Sala ACCR HBDF
Foto 18: Paciente recebendo pulseira da Classificação de Risco - HBDF
20
Ressalta-se ainda que, o Protocolo de Manchester constitui uma opção válida para a
classificação de risco à medida que:
1. Garante uniformidade consistente de critérios ao longo do tempo e com diversas
equipes;
2. Acaba com a classificação de risco sem fundamento científico, permitindo que a
decisão seja tomada por profissional capacitado e de acordo com as boas práticas
de urgência e emergência;
3. Garante o controle médico do sistema;
4. Garante a segurança do paciente, que deverá ter o atendimento médico segundo a
gravidade da sua situação clínica;
5. Prevê a classificação de cada cliente em situações rotineiras, bem como em
situações de catástrofe e/ou com múltiplas vítimas;
6. Possibilita que cada classificação de risco seja realizada em média de um a três
minutos;
7. Prevê a auditoria interna e externa, que permite análise e comparação de dados
entre diversas instituições na busca da qualidade;
8. É utilizado e validado por diversos países.
21
Foto 19: Livro Sistema Manchester Classificação de Risco
Com intuito de continuar a implantar e executar melhorias na atenção ao paciente nos
pontos de atenção de urgência e emergência, bem como melhorar as condições de trabalho
dos profissionais deste setor, a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal adquiriu,
também no início de 2013, uma Solução de Classificação de Risco que otimiza e qualifica
a atenção e a gestão da classificação de risco. A meta é a implantação desta solução em
toda rede de urgência e emergência até agosto de 2013.
Foto 20: TRIUS – Solução de Classificação de Risco
Constituem-se indicadores básicos para o acompanhamento deste processo: o percentual
de usuários classificados segundo situação de gravidade; o tempo de espera do usuário
para atendimento médico após classificação de Risco, segundo situação de gravidade e
percentual de implantação do Acolhimento e Classificação de Risco nas Unidades de
Urgência e Emergência da rede de saúde do Distrito Federal, mesmo que por amostragem.
Estes indicadores são monitorados e discutidos com os gestores locais e centrais com o
intuito de identificar os problemas e avaliar soluções no intuito de promover a melhoria
constante do atendimento nas portas de entrada de urgência e emergência podendo ser
22
estas nas unidades da atenção básica, nas unidades de pronto atendimento ou nas
unidades hospitalares, sendo utilizados também para avaliação dos fluxos assistenciais.
Após implantado em todos os pontos de urgência e emergência da rede de saúde, o
protocolo deve ser levado ao conhecimento das unidades de atenção básica possibilitando
assim a efetiva construção da rede de atenção às urgências e emergências.
Quadro 3: Ponto de Atenção a Urgência e Emergência X Competência de Atenção frente
ao Acolhimento e Classificação de Risco
Pontos de
Atenção
Competência de Atenção frente ao Acolhimento e
Classificação de Risco
Domicílio • Identifica sinais de alerta
• Adota ações de prevenção
• Aciona SAMU/Bombeiro, se necessário
Unidade Básica
de Saúde Acolhe com escuta qualificada
Estabiliza, se situação de risco maior (vermelho e/ou
amarelo), aciona transporte sanitário (referência para
atendimento conforme regionalização do atendimento)
Atende as urgências menores e as não urgências
(Verdes e/ou Azuis), conforme pactuação de abrangência
Unidade Mista
UPA
Acolhe e Classifica o Risco
Atende e estabiliza, se situação de risco maior (vermelho
e/ou amarelo), aciona transporte sanitário (referência
para atendimento conforme regionalização do
atendimento)
Atende as urgências menores (Verdes) e as não
urgências (Azuis)
Hospitais
Regionais
Acolhe e Classifica o Risco
Atende as situações de risco maior (vermelho e/ou
amarelo), aciona transporte sanitário, se necessário
(referência para atendimento conforme regionalização do
atendimento)
Atende as urgências menores (Verdes)
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Atende as não urgências (Azuis), contra-referenciando
para atendimento na UBS de sua referencia
Hospitais
Referencia de
Acolhe e Classifica o Risco
Atende as situações de risco maior (vermelho e/ou
amarelo)
Atende as urgências menores (Verdes)*
Atende as não urgências (Azuis), contra-referenciando
para atendimento na UBS de sua referencia
Ainda existem desafios a serem vencidos, principalmente no que tange a ampliação do
número de salas de Acolhimento e Classificação de Risco (ACCR) nas unidades
hospitalares e do período de funcionamento para 24 horas em todos os pontos de urgência
e emergência da rede de saúde, bem como a consolidação dos fluxos assistenciais.
Contudo tais desafios fazem parte integrante do plano da SES/DF de melhoria continua do
atendimento nas unidades de urgência e emergência da RUE/DF, através de medidas que
estão sendo continuamente adotadas, como a reforma física das unidades, a contratação
por concurso de novos servidores, o estabelecimento de fluxos e protocolos bem definidos
e a aquisição de equipamentos, além de outras medidas a serem avaliadas conforme os
indicadores de monitorização do processo possam vir a indicar.
4.2. Gestão de Leitos
A gestão de leitos constitui-se em uma intervenção cujo objetivo é monitorar e avaliar o
desempenho clínico nas unidades de urgência e emergência onde os pacientes
permanecem em observação ou internados de forma a poder atuar na sua organização e
resolutividade. Consideram-se como parâmetros de maior eficiência organizacional, a
redução da média de tempo de permanência e a otimização da capacidade instalada, por
meio da agilização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos e da oferta da tecnologia
apropriada no menor tempo possível.
A gestão de vagas por sua vez propicia o encontro entre a oferta e a demanda por leitos,
estabelecendo prioridades de internação, as quais estão baseadas em protocolos
elaborados entre as unidades hospitalares, possibilitando assim maior agilidade na
internação ou transferência dos pacientes de maior risco clínico. A gestão de leitos e vagas
leva em consideração as seguintes iniciativas e responsabilidades:
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a) centraliza a oferta de vagas de leitos internos e externos e faz a interface com as
unidades demandantes de leitos (PS adulto e infantil, SRPA e outras).
b) define critérios de risco e autoriza a ocupação das vagas: O perfil assistencial dos
hospitais de urgência e emergência exige a aplicação constante do critério de risco clínico
para o cuidado em geral e para a ocupação das vagas internas em particular. Ademais, a
sala de recuperação pós - anestésica tem prioridade na ocupação de leitos internos, para
permitir a continuidade do cuidado e evitar a estagnação das atividades no centro cirúrgico,
unidade nevrálgica em um hospital de atenção ao trauma. Os pacientes das unidades de
emergência que encontram-se em tratamento clínico podem ser transferidos com mais
facilidade para vagas externas após a estabilização de seu quadro clínico e mediante
cuidados adequados.
c) organiza o processo de transferência entre as unidades hospitalares, a qual ocorre
com base em protocolos clínicos tanto de saída como de entrada nas unidades de
internação e de Urgência/emergência.
d) auxilia no desenvolvimento da gestão da clínica, consistindo na visita das equipes
responsáveis pela assistência aos pacientes nas unidades de emergência e nas
enfermarias, junto com os gerentes destas unidades, de forma a proporcionar sinergia nas
decisões clínicas acerca dos critérios de risco, perfil assistencial do serviço mais apropriado
para assistir cada indivíduo e contribuir para aumentar a eficácia clínica no uso dos leitos.
e) monitorização da oferta e demanda de vagas por enfermaria e do tempo médio de
permanência (TMP) nos leitos internos.
A Gestão de Leitos na Secretaria de Estado de Saúde do Governo do Distrito Federal
foi iniciada com a Portaria nº 16 SES/DF de 13/02/2012, publicada no DODF de 14/02/2012
na página 17, onde foi criado o Escritório de Projetos Estratégicos, com subordinação direta
ao Gabinete do Secretário de Saúde. Este Escritório possui três coordenações distintas:
- Coordenação Central da Política de Humanização do DF; -
Coordenação Técnica de Articulação de Redes
Assistenciais;
- Coordenação Técnica de Gestão de Leitos do DF.
Logo após a sua criação, a Coordenação Técnica de Gestão de Leitos passou a
providenciar todos os requisitos necessários à sua implantação:
25
- Contatar os 13 Hospitais da SES que possuem PS;
- Solicitar aos Diretores de Atenção à Saúde (DAS) dos Hospitais da SES a indicação
de nomes para serem Autoridades Gestoras de Leitos Hospitalares (AGL);
- Providenciar a nomeação das 13 AGL;
- Estabelecer Sistema de Informação de Gestão de Leitos com a coleta de informações
sobre Taxa de Ocupação Hospitalar no PS, Taxa de Ocupação Hospitalar na
Internação, Tempo Médio de Permanência no PS e Tempo Médio de Permanência na
Internação nos 13 Hospitais da SES, discussão e análise das informações coletadas,
discussão do diagnóstico situacional, discussão do Plano de Ação, discussão das
metas a serem atingidas;
- Reunir, semanalmente, com todas as AGL para discussão dos indicadores descritos
acima;
As AGL são vinculadas ao DAS/Coordenador Regional de Saúde e são responsáveis pelo
censo diário de vagas pelo KANBAN – ferramenta de hierarquização dos entraves clínicos-
operacionais para a alta hospitalar do paciente pela distribuição de leitos clínicos e
cirúrgicos e pelo bloqueio de leitos.
O objetivo da criação da Gestão de Leitos no âmbito dos 13 Hospitais da SES/DF foi
criar um fluxo de saída dos pacientes das Emergências, regulando a ocupação dos leitos
hospitalares baseado em critérios institucionais, levando em conta o risco clínico dos
pacientes e a distribuição dos leitos hospitalares, segundo a característica clínica ou
cirúrgica.
Para tanto, foram usados 3 métodos de informação para a avaliação, regulação e
controle:
- Kanbam
-Censo diário
- Indicadores de gestão
O Kanbam é realizado, diariamente, nas enfermarias e nos leitos de internação das
Emergências, obedecendo o seguinte critério:
KAMBAN ENFERMARIA KAMBAN EMERGÊNCIA
- de 0 a 4 dias – VERDE - de 0 a 12 horas – VERDE
- de 5 a 6 dias – AMARELO - de 12 a 24 horas – AMARELO
26
- > de 7 dias – VERMELHO - > 24 horas - VERMELHO
O censo diário é realizado, diariamente, as 10:00 horas e as 16:00 horas e avalia a
demanda de leitos x oferta de leitos (PS e Internação), sendo encaminhado para o
Coordenador Técnico da Gestão de Leitos que, após minuciosa análise, encaminha para o
Sr. Secretário de Saúde, Sr. Secretário-Adjunto de Saúde, Sr. Subsecretário de Assistência
à Saúde, Sr. Subsecretário de Planejamento em Saúde e Sr. Subsecretário de Tecnologia
e Informação em Saúde.
São consideradas unidades intra-hospitalares demandantes:
Emergência
Centro Cirúrgico
Ambulatório
UTI (alta comunicada pela CRIH)
Como indicadores de gestão usamos:
Taxa de Ocupação Hospitalar no PS = Nº pacientes / Nº leitos x 100
Tempo Médio de Internação Hospitalar no PS= Soma todos os dias de internação / Nº
pacientes internados
No início do ano de 2012 foi detectado superlotação nos serviços de Emergências dos
Hospitais da SES/DF. A Taxa de Ocupação Hospitalar no PS variava de 130% a 378% e o
Tempo Médio de Internação Hospitalar no PS chegava, em alguns serviços, a 15 dias e na
Internação até a 45 dias.
Diversos estudos concluíram que o aumento do tempo de permanência no serviço de
Emergência é o principal marcador para a superlotação; a falta de leitos para a internação
a principal causa; e o atraso no diagnóstico e tratamento, a principal consequência, levando
ao aumento da mortalidade.
Foram realizadas diversas visitas aos vários Hospitais da SES/DF, para avaliação da
situação “in loco”, discussão de estratégias com os DAS, AGL e chefias de diversas
Clínicas, com o intuito de sensibilizar as equipes para um novo modelo de gestão,
quebrando paradigmas, e com isso, comprometendo o profissional com as mudanças
organizacionais, ajustando o contexto que o profissional atua com a inovação a ser
implementada, que resultaria em um melhor atendimento ao paciente.
27
Ao final do ano de 2012, graças ao empenho, a dedicação, o enorme senso de
profissionalismo, um trabalho ininterrupto das AGL dos 13 Hospitais da rede da SES/DF,
aliados a um grande espírito de equipe, conquistamos o objetivo traçado: a redução geral
da Taxa de Ocupação nas Emergências entre todos os 13 Hospitais no ano de 2012 foi de
40,80%.
Abaixo, gráficos representativos da evolução da Taxa de Ocupação Hospitalar nos serviços
de Emergência de Hospitais da SES/DF, durante o ano de 2012:
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30
31
Para o ano de 2013 a meta a ser atingida nos serviços de Emergência dos diversos
Hospitais da SES/DF é uma Taxa de Ocupação de 80%, principalmente nas clínicas
32
com alta demanda como Clínica Médica e Ortopedia, visando a Copa das
Confederações e, em 2014, a Copa do Mundo de Futebol.
Para tanto, a Coordenação Técnica de Gestão de Leitos e as AGL continuarão com o
mesmo trabalho diário, coleta de dados, uso do Kanbam nas enfermarias e no PS, visitas
aos Hospitais para verificação “in loco” e tomando iniciativas para retirar o paciente do
serviço de Emergência, de forma eficiente, no mais breve tempo possível.
4.3. Regulação
Em sentido geral, regulação é o conjunto de técnicas ou ações que, ao serem aplicadas a
um processo, dispositivo, organização ou sistema, permitem alcançar a estabilidade de, ou
a conformidade continuada a, um comportamento previamente definido.
Com relação à logistica, a regulação refere-se a técnicas que pemitem organizar de
maneira ótima os fluxos, conforme um plano previamente estabelecido. Aproxima-se,
portanto, da definição industrial do termo: identificar as não conformidades e trazer a
situação de volta ao normal, conforme planejado, o mais rápido e com o mínimo de
consequências possíveis.
Em saúde a Regulação é definida como a ordenação do acesso aos serviços de assistência
à saúde. Esta ordenação atua pelo lado da oferta, buscando otimizar os recursos
assistenciais disponíveis, e pelo lado da demanda, buscando garantir a melhor alternativa
assistencial face às necessidades de atenção e assistência à saúde da população.
No contexto da Rede de Urgências e Emergências a Regulação foi dividida em Regulação
assistencial, responsável pela regulação de leitos e procedimentos diagnósticos e
terapêuticos e consultas e a Central de Regulação de Urgências responsável pela
ordenação dos fluxos de atendimento nas portas de entrada dos serviços de urgência e
emergências. Ambas têm seus processos regulatórios baseados em protocolos clínicos e
de regulação.
Regulação Assistencial
A Regulação do Acesso à Assistência no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde do
Distrito Federal - SES/DF foi iniciada no ano de 2004, com a publicação da Portaria Nº 101,
de 11 de julho de 2004. Contudo somente em 2009 foi institucionalizado o Complexo
Regulador do Distrito Federal, por meio da Portaria Nº 189, de 07 de outubro de 2009.
33
Atualmente as ações de regulação encontram-se estruturadas em uma Diretoria de
Regulação – DIREG, vinculada a Subsecretaria de Planejamento, Regulação, Avaliação e
Controle – SUPRAC, e conta com quatro gerências, que são:
• Gerência de Regulação da Atenção Ambulatorial, que contém o Núcleo de
Regulação de Consultas Ambulatoriais e o Núcleo de Regulação de Exames,
compondo a Central de Regulação de Consultas e Exames – CMCE;
• Gerência de Regulação da Internação Hospitalar, que contém o Núcleo de
Regulação da Internação Clínica e Cirúrgica e o Núcleo de Regulação da Internação
em UTI, compondo a Central de Regulação de Internação Hospitalar – CRIH;
• Gerência de Regulação da Alta Complexidade Interestadual, que contém o Núcleo
de Regulação do Tratamento Fora de Domicílio e o Núcleo de Regulação da Alta
Complexidade Interestadual, onde está inserida a Central Estadual de Regulação da
Alta Complexidade – CERAC;
• Gerência de Acompanhamento e Contratualização, encarregada de acompanhar os
contratos entre a Secretaria de Saúde e a rede privada de serviços de saúde, quando
os serviços prestados estão sob a ação regulatória.
A regulação ambulatorial encontra-se atualmente já efetivada para consultas e
procedimentos nas áreas de Dermatologia, Oftalmologia e Cardiologia, incluídos os
serviços de Hemodinâmica, Exame Eletrofisiológico, Ecocardiografia, Teste Ergométrico,
MAPA, Holter e Tilt-Test, consultas em Oncologia Clínica e Radioterapia, consultas em
Cirurgia Vascular, além das consultas especializadas pediátricas e dos exames radiológicos
como a Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, Mamografia e
Densitometria Óssea.
A regulação de acesso aos procedimentos de consultas e exames, no âmbito da Secretaria
de Estado da Saúde do Distrito Federal, encontra-se ancorada na utilização de um sistema
informacional do Ministério da Saúde, o Sistema Nacional de Regulação – SISREG, que
apresenta como característica ser um software livre, aplicado em âmbito nacional.
O referido sistema informacional apresenta como elementos integrantes, as unidades de
saúde solicitantes (todas as unidades da Rede SES) e as unidades de saúde executantes
(todas as unidades executantes de procedimentos, de natureza própria, conveniada ou
contratada), além do complexo regulador, que faz a intermediação entre a demanda e a
oferta, buscando qualificar os fluxos de pacientes na Rede.
34
Já a regulação hospitalar está presente nas internações em leitos de terapia intensiva
adulto, pediátrico e neonatal, independente do perfil do paciente – geral, trauma,
cardiologia e diálise – e, em fase de implantação encontra-se a regulação das internações
em leitos de cuidados intermediários neonatal.
A regulação dos leitos de terapia intensiva utiliza o Sistema Integrado de Saúde – SIS, que
é um sistema da própria Secretaria de Saúde, integrado ao prontuário eletrônico, permitindo
que todos pacientes inseridos na fila de espera por leitos de UTI tenham seu quadro clínico
disponibilizado em tempo real de forma a auxiliar na tomada de decisão pelo médico
regulador.
O processo regulatório dos leitos de terapia intensiva possui algumas características
especiais que influenciam diretamente na qualidade das suas ações.
Inicialmente observou-se no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal
um aumento significativo na “judicialização” do acesso a este perfil de leitos, uma vez que
a recorrente superlotação da capacidade instalada existente, e a consequente espera
imposta aos pacientes, tornam este processo extremamente suscetível à ação judicial.
Nesse contexto a Diretoria de Regulação construiu uma relação bastante transparente com
o poder judiciário, procurando disponibilizar de forma oportuna informações sobre
solicitações de internação em leito de terapia intensiva que tramitam nas varas e plantões
judiciais. Essa ação simples e informativa tem trazido resultados significativos,
especialmente na compreensão do poder judiciário de que a regulação atua num contexto
de escassez de recursos e utiliza instrumentos técnicos para garantir a equidade no acesso
baseada em critérios clínicos.
Outra característica importante diz respeito à necessidade de controle da alta do paciente,
pois a rotatividade do leito depende sobremaneira da agilidade na garantia do leito de
retaguarda clínico ou cirúrgico. Neste contexto atualmente faz-se presente a Gestão de
Leitos com intuito de garantir o retorno rápido do paciente a um leito de retaguarda nas
unidades hospitalares.
A estrutura de supervisão, realiza visita medica a todos os pacientes internados em leito de
UTI da rede privada, e que solicitam transferência para um leito de UTI da rede pública.
Essa ação visa confirmar a indicação de internação em leito de terapia intensiva e garantir
a qualidade e equidade do acesso na fila única regulada.
35
Até que a ampliação dos serviços de regulação de leitos, exames e procedimentos seja
efetivada a adequação dos fluxos de regulação para atendimento à Rede de Urgência e
Emergência e consequentemente para atendimento às linhas de cuidado prioritárias, será
efetivada da seguinte forma: a CRIH que atualmente regula apenas os leitos de UTI está
coberta por uma estrutura de trabalho em tempo integral, de forma que este processo
deverá permanecer em suas atividades normais apenas seguindo os protocolos clínicos
das linhas de cuidado prioritárias e ampliando sua atuação conforme seja ampliado o
número de leitos de UTI na rede SES. A CMCE, contudo, atua somente no horário de 7h
às 19h, de segunda a sábado, e por este motivo foi pactuado junto ao Comitê Gestor da
Rede de Urgência e Emergência, no âmbito da SES/DF, que os pacientes que necessitarem
de procedimentos ambulatoriais regulados, em caráter de urgência, dentro das linhas de
cuidado do IAM, AVC e trauma, terão seus dados coletados pela unidade hospitalar
responsável pelo paciente, e estes serão encaminhados às unidades executantes conforme
escala informada previamente pela Gerência de Regulação Ambulatorial, da Diretoria de
Regulação. As informações do atendimento serão encaminhadas no primeiro dia útil para
a Gerência, de forma a formalizar o registro do procedimento realizado no sistema de
regulação.
No contexto geral a Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal conta com uma
estrutura de regulação fortalecida e com uma equipe técnica e reguladora qualificada e
comprometida, além de um conjunto significativo de protocolos clínicos e de regulação que
são absorvidos pelo processo regulatório, estando em fase de construção e pactuação os
protocolos que ainda faltam para qualificar e orientar adequadamente novos processos de
trabalho.
No que tange a expansão das ações regulatórias, à medida que os protocolos forem sendo
implantados, as equipes reguladoras conformadas e os sistemas de informação da
regulação qualificados, esta será efetivada gradativamente com intuito de abranger toda a
rede de assistência de média e alta complexidade. Para o biênio 2013/2014 está prevista a
implantação de ações em consonância com as redes de atenção prioritárias, especialmente
a Rede Cegonha e a Rede de Urgência e Emergência, como por exemplo, a regulação dos
leitos obstétricos, pediátricos e leitos gerais, a regulação das internações de urgência e de
cirurgias eletivas, bem como do conjunto de consultas e principais exames de cada
especialidade.
36
Regulação de Urgências
A Regulação Médica das Urgências, baseada na implantação de sua Central de Regulação,
é o elemento ordenador e orientador dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência.
As Centrais organizam a relação entre os vários serviços, qualificando o fluxo dos pacientes
no Sistema.
Conforme definida na Portaria GM/MS 2657/04, a Regulação Médica das Urgências,
operacionalizada através das Centrais de Regulação Médica de Urgências, é um processo
de trabalho através do qual se garante escuta permanente pelo Médico Regulador, com
acolhimento de todos os pedidos de socorro que acorrem à central e o estabelecimento de
uma estimativa inicial do grau da urgência de cada caso, desencadeando a resposta mais
adequada e equânime a cada solicitação, monitorando continuamente a estimativa inicial
do grau de urgência até a finalização do caso e assegurando a disponibilidade dos meios
necessários para a efetivação da resposta definitiva, de acordo com grades de serviços
previamente pactuadas, pautadas nos preceitos de regionalização e hierarquização do
sistema.
É importante lembrar que, a fim de garantir resposta efetiva às especificidades das
demandas de urgência, as grades de referência devem ser suficientemente detalhadas,
levando em conta quantidades, tipos e horários dos procedimentos ofertados, bem como a
especialidade de cada serviço, com este todo organizado em redes e linhas de cuidado,
com a devida hierarquização, para que se estabeleça uma relação entre as necessidades
dos pacientes atendidos pelo SAMU-192 e a oferta da atenção necessária em cada
contexto. As grades de atenção deverão mostrar, a cada instante, a condição de
capacidade instalada do sistema regionalizado e suas circunstâncias momentâneas.
As Centrais deverão garantir o acesso às porta de entrada dos serviços de urgência e
emergência e para seu adequado funcionamento necessita, de “portas de saída”
qualificadas e organizadas, que também devem estar pactuadas e acessíveis, por meio das
demais centrais do complexo regulador da atenção, garantindo acesso à rede básica de
saúde, à rede de serviços especializados (consultas médicas, exames subsidiários e
procedimentos terapêuticos), à rede hospitalar (internações em leitos gerais,
especializados, de terapia intensiva e outros), assistência e transporte social e outras que
se façam necessárias.
Vale salientar que, nos casos em que a solicitação seja oriunda de um serviço de saúde
que não possuiu a hierarquia técnica requerida pelo caso, ainda que o paciente já tenha
37
recebido um atendimento inicial, considera-se que este paciente ainda se encontre em
situação de urgência e desta forma deverá ser adequadamente acolhido e priorizado pela
Central de Regulação de Urgências, como se fosse um atendimento em domicílio ou em
via pública.
A SES/DF através da Portaria nº 9, de 22 de janeiro de 2013 Instituiu a Central de
Regulação Médica de Urgências do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal (SUS/DF).
São atribuições da regulação de urgência:
Atribuições Gerais:
I - ser instância operacional onde se processa a função reguladora, em casos de urgências
clínicas, pediátricas, cirúrgicas, traumáticas, obstétricas e psiquiátricas;
II - ser polivalente na utilização dos recursos;
III - ser capaz de refletir a relação entre a oferta disponível e as necessidades demandadas;
IV - subsidiar o planejamento das correções necessárias para adequar a relação acima
mencionada, sempre que se observar deficiência de oferta no exercício cotidiano da
regulação médica das urgências;
V - articular ações harmonizadoras e ordenadoras buscando a resposta mais equitativa
possível frente às necessidades expressas e devidamente hierarquizadas;
VI - estar articulada com os Serviços de Controle, Avaliação, Auditoria e Vigilância em
Saúde, permitindo a utilização dos recursos do sistema de forma harmônica, de acordo
com uma hierarquia de necessidades;
VII - nortear-se por pactos estabelecidos entre as instâncias gestoras do Sistema e
demais atores envolvidos no processo assistencial;
VIII - facilitar a execução de programas e projetos estratégicos e prioritários de atenção
à saúde, formulados junto a instituições parceiras ou com missões semelhantes e
aprovados pelo respectivo Comitê Gestor de Atenção às Urgências;
IX - identificar e divulgar os fatores condicionantes das situações e agravos de urgência
atendidos, notificando os diferentes setores envolvidos por intermédio do Comitê Gestor;
X - pactuar ações conjuntas com outros atores envolvidos na atenção integral às urgências,
como a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Policia Militar, a Polícia Rodoviária, os
Departamentos de Trânsito, as Concessionárias de Rodovias, as Empresas Privadas de
Transporte e Atendimento de Urgência, entre outros;
38
XI - avaliar permanentemente o desempenho das parcerias com os demais atores e notificar
o Comitê Gestor de Urgências, fornecendo elementos para a implementação e
otimização das ações conjuntas;
XII - participar da formulação dos Planos de Saúde, de Atenção Integral às Urgências e
de Atenção a Eventos com Múltiplas Vítimas e Desastres, do município ou região de sua
área de abrangência, fornecendo dados epidemiológicos, contextualizando os agravos
atendidos e identificando os fatores facilitadores e de estrangulamento das ações.
Atribuições específicas:
I - manter escuta médica permanente e qualificada para este fim, nas 24 horas do dia,
todos os dias da semana, pelo número gratuito nacional das urgências médicas: 192;
II - identificar necessidades, por meio da utilização de metodologia adequada, e classificar
os pedidos de socorro oriundos da população em geral, a partir de seus domicílios ou de
vias e lugares públicos;
III - identificar, qualificar e classificar os pedidos de socorro oriundos de unidades de saúde,
julgar sua pertinência e exercer a telemedicina sempre que necessário. Discernir sobre
a urgência, a gravidade e o risco de todas as solicitações;
IV - hierarquizar necessidades;
V - decidir sobre a resposta mais adequada para cada demanda;
VI - garantir os meios necessários para a operacionalização de todas as respostas
necessárias;
VII - monitorar e orientar o atendimento feito pelas equipes de Suporte Básico e Suporte
Avançado de Vida;
VIII - providenciar os recursos auxiliares de diferentes naturezas necessários para
complementar a assistência, sempre que necessário;
IX - notificar as unidades que irão receber pacientes, informando às equipes médicas
receptoras as condições clínicas dos pacientes e possíveis recursos necessários;
X - permear o ato médico de regular por um conceito ampliado de urgência, acolhendo a
necessidade expressa por cada cidadão, definindo para cada um a melhor resposta, não
se limitando apenas a conceitos médicos pré-estabelecidos ou protocolos disponíveis;
XI - constituir-se em “observatório privilegiado da saúde e do sistema”, com capacidade de
monitorar de forma dinâmica, sistematizada, e em tempo real, todo o seu funcionamento;
39
XII - respeitar os preceitos constitucionais do País, a legislação do SUS, as leis do exercício
profissional médico, o Código de Ética Médica, bem como toda a legislação correlata
existente.
Com a publicação desta portaria passa a Central de Regulação Medica de Urgências,
vinculada à Central de Regulação do SAMU-192 a ser a ordenadora do fluxo de urgências
e emergências na Rede de Atenção às Urgências e Emergências do DF, incluído os fluxos
pactuados para as linhas de cuidado prioritárias.
4.4. Qualificação Profissional
Os serviços de urgência no Brasil demonstram insuficiente qualificação profissional, baixa
capacidade pedagógica e ausência de espaços tecnologicamente equipados para a
formação (BRASIL, 2006). A capacitação e educação permanente devem ser empregadas
pelos gestores a fim de proporcionar uma melhor qualificação dos profissionais e,
consequentemente, da assistência. Cabe então, ressaltar a necessidade de maior
investimento na capacitação dos profissionais através da educação continuada e educação
permanente em saúde como estratégia da gestão para qualificar a assistência prestada nos
serviços de urgência e emergência.
A Secretaria de Estado de Saúde do DF, por meio da Diretoria de Urgências e Emergências
- DIURE e do Núcleo de Estudos em Urgências, vinculado e a esta diretoria e ao serviço
móvel de urgências organizou proposta de cursos destinados aos profissionais da área de
saúde sejam: Médicos, Enfermeiros, e técnicos e/ou auxiliares de enfermagem
pertencentes ao quadro de servidores da SES/DF e também às equipes de serviços
auxiliares como motoristas e padioleiros. Estes cursos tem por objetivo fornecer e ampliar,
qualificar e manter atualizados os conhecimentos das equipes para o atendimento às
urgências e emergências tanto a nível pré-hospitalar quanto hospitalar, além de
proporcionar conhecimentos referentes as diretrizes em emergência para o atendimento
prioritariamente as Linhas de Cuidado do trauma, do AVC e do IAM.
Os cursos apresentam programações diferenciadas voltados ao atendimento em
emergências cardiológicas, traumáticas e pediátricas, com observância ao atendimento
especifico a cada uma das categorias profissionais, além de capacitação para atendimento
em Eventos em Massa e Desastres com simulados específicos para este tipo de
atendimento.
40
Critérios de Seleção
Em virtude de experiências anteriores não tão exitosas, para esta capacitação foram
elaborados alguns critérios de seleção classificatórios, a fim de distribuir os servidores no
cronograma dos cursos, são eles:
a) Carga horária desenvolvida na unidade de emergência – serão priorizados os
servidores que cumprem maior carga horária nas unidades de Emergência.
b) Comprometimento com o ensino – serão priorizados os servidores
comprovadamente envolvidos com o ensino (preceptores de residência medica ou
de enfermagem, professores de cursos de graduação e pós graduação)
c) Local de atuação – inicialmente serão priorizados os servidores lotados nas
Unidades de Emergência fixa.
d) Formação previa em Urgência e Emergência – tendo em vista que alguns servidores
da SES foram previamente capacitados, serão priorizados aqueles que ainda não
tiveram esta oportunidade.
Metodologia e Conteúdo proposto
A carga horária prevista será de 16 horas de atividades teórico-práticas para os Cursos de
Suporte Avançado, sendo este ao Trauma (SAT), a Cardiologia (SAV) e a Pediatria (SAP)
reservados a dois dias, e de 8 horas para os Cursos de Suporte Básico, também na
modalidades: Trauma(SBT), a Pediatria(SBP) e suporte básico à vida (SBV), estes
realizados em um único dia.
4.5. Informação
A informação e a divulgação desta por todos os pontos de atenção de forma a que possam
trabalhar em sintonia são essenciais para que os sistemas de saúde funcionem
efetivamente como rede, oferecendo aos usuários o tratamento adequado, em tempo hábil
e com a maior economia possível de recursos.
Neste contexto dividimos a informação em grupos de informações necessárias para a
completa estruturação dos serviços como uma rede de atendimento às urgências e
emergências.
Num primeiro grupo encontram-se informações sobre fluxos e processos de trabalhos que
devem ser conhecidas por todos, em todos os pontos de atenção e em todos os níveis de
complexidade e pactuadas em reuniões colegiadas dos diversos setores. Estes fluxos e
41
processos de trabalho devem ser divulgados por meio físico, ou seja, através de
publicações institucionais e/ ou por meio eletrônico, estando disponíveis a todos os
componentes das Redes de Atenção à Saúde do DF. No DF estas informações são
disponibilizadas em meio físico a todos os componentes da rede após as pactuações e
temse a proposta de juntamente com outras áreas da SES efetivar sua disponibilização em
meio eletrônico.
Em outro grupo encontram-se informações referentes a protocolos clinico diagnósticos e
terapêuticos que são elaborados pelas sociedades de Especialidades e/ou por comissões
de protocolos pré-estabelecidas e que são divulgadas para conhecimento e utilização por
parte das equipes clinicas assistenciais. Estes devem também estar disponibilizados em
meio físico ou eletrônico para consulta das equipes técnicas. NA SES/DF estes protocolos
podem ser encontrados no site da secretaria podendo ser impressos e disponibilizados em
meio físico caso se faça necessário.
O terceiro grupo de informações diz respeito às informações clinicas dos pacientes, aquelas
referentes ao seu atendimento e história clinica atual e pregressa, ou seja, o prontuário
médico. Este deve estar acessível sempre quando de um atendimento clinico com
necessidade de informações sobre o histórico do paciente ou quando da necessidade de
transferência do paciente para outra unidade de saúde, para realização de exames,
continuidade de tratamento ou realização de procedimentos. Estas informações são
também de extrema necessidade para efetivação dos processos regulatórios. No sentido
de facilitar a disponibilização destas informações a SES/DF através da sua Subsecretaria
da Tecnologia da Informação (SUTIS) vem desenvolvendo o programa de informatização
da rede de saúde do DF com a instituição do prontuário eletrônico.
42
5. Outros Componentes da RUE
Outras estruturas se fazem necessárias para a total estruturação da Rede de Urgência e
Emergência. Algumas destas estão listadas abaixo.
5.1. Transporte Sanitário
O transporte sanitário visa à transferência de pacientes entre os diversos níveis de
assistência além da transferência inter-hospitalar de pacientes clinicamente estáveis. Estas
transferências podem ser necessária em função da realização de exames, pareceres ou
consultas especializadas ou mesmo para mudança no nível de complexidade do tratamento
por necessidade clínica de maior especificidade de assistência. Uma outra função desta
estrutura poderá ser o referenciamento do paciente à sua região de saúde.
Atualmente este transporte é realizado pelo serviço de transporte dos próprios Hospitais
Regionais que possuem em sua infraestrutura os Núcleos de Remoção e Transporte ou é
solicitado ao SAMU. Quando solicitado ao SAMU ele concorre com os atendimentos de
urgência e emergência e com o transporte de pacientes críticos.
Com intuito de otimizar este fluxo de pacientes estão sendo avaliadas as propostas abaixo
que já se encontram em andamento na Secretaria de Saúde do DF.
• Aumentar em mais 5 ambulâncias as ambulâncias do SAMU para que estas fiquem
direcionadas para este tipo de atendimento. Esta proposta visa também manter um
número de reserva de ambulâncias que poderiam ser deslocadas em caso de
desastres ou catástrofes.
• Contratação de serviço terceirizado de ambulâncias básicas e avançadas com esta
finalidade. Este projeto encontra-se em tramitação na SES/DF com solicitação de
contratação de 5 ambulâncias avançadas (USA) e 13 ambulâncias básicas (USB),
de forma a se disponibilizar uma ambulância por Hospital Regional e manter as 5
USAs sob regulação da Central de Regulação de Urgências para transportes de
pacientes graves e transferências de pacientes para as Unidades de Terapia
Intensiva.
• Ampliação e estruturação dos Núcleos de Transporte Hospitalares com formação de
equipes próprias que seriam treinadas para a realização destes transportes,
permanecendo a cargo do SAMU apenas o transporte inter-hospitalar de pacientes
graves.
43
5.2. Reabilitação
Funcionalidade é um termo que indica os aspectos positivos da interação entre um indivíduo
(condição de saúde) e seus fatores contextuais (ambientais e pessoais). De maneira similar,
a incapacidade refere-se a um termo genérico para deficiências, limitações de atividades e
restrições de participação, indica, portanto, os aspectos negativos da interação de um
indivíduo (com uma condição de saúde) e seus fatores contextuais, ambientais e pessoais.
Deficiência e atividade norteiam o processo de reabilitação, enquanto a primeira trata de
uma anormalidade de uma estrutura do corpo ou função fisiológica, a segunda mostra o
contexto da tarefa ou ação de um indivíduo, ou seja, a perspectiva individual da
funcionalidade.
O olhar da reabilitação no contexto da funcionalidade amplia os horizontes e contextualiza
o indivíduo, a família e a comunidade em uma perspectiva mais social, privilegiando
aspectos relacionados à inclusão social, ao desempenho das atividades e à participação
do indivíduo em seus contextos de família, comunidade e sociedade.
A Reabilitação encontra-se sob esta perspectiva constituída por uma série de atividades
que trabalham em conjunto para a recuperação da função e/ou para a adaptação do
indivíduo a sua nova condição. São estas atividades compostas pelos diversos setores da
fisioterapia, motora, respiratória, cardiovascular; pela Terapia Ocupacional (TO) e pela a
fonoaudiologia; entre outras.
Os pontos de atenção do componente de Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva,
Física, Intelectual, Visual, Ostomia e em Múltiplas Deficiências devem produzir, em conjunto
com o usuário, seus familiares e acompanhantes, e de forma matricial nas Redes de
Atenção à Saúde, um Projeto Terapêutico Singular (PTS), baseado em avaliações
multidisciplinares das necessidades e capacidades das pessoas com deficiência, incluindo
dispositivos e tecnologias assistivas, e com foco na produção da autonomia e o máximo de
independência para sua atuação nas diferentes situações de vida.
Segundo instrutivo de deficiência física referido na Portaria Nº 793 de 24 de abril de 2012 e
Portaria Nº 835 de 25 de abril de 2012 entende-se por deficiência física a alteração completa
ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento
da função física, neurológica e/ou sensorial, podendo apresentar-se sob a forma de
paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,
triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia
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cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzem dificuldade para o desempenho de funções.
(Decreto Nº 596 de 2004)
Pessoas portadoras de deficiências físicas, tem acesso ao sistema de saúde do DF através
da atenção básica e dos ambulatórios de especialidades, principalmente: neurologia,
neurocirurgia e fisiatria de onde são encaminhados para as unidades de fisioterapia
ambulatoriais dos hospitais HRT, HRGU, HRG, HSM, HRS, HBDF, HRSam, HRPa, HRPl,
HRC, HRAN, HRBz. Os hospitais, de Samambaia e Brazlândia não possuem unidades de
fisioterapia ambulatorial e os hospitais de Base, Paranoá, Planaltina possuem serviços de
fisioterapia ambulatorial que atendem a demandas especificas. No HRAN existe serviço
especifico para atendimento as doenças neuromusculares, sendo esta uma unidade de
fisioterapia ambulatorial que possui equipe multiprofissional composta por médico
(neurologista), fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga e psicólogo.
O Hospital de Apoio (HAB) possui 36 leitos destinados à reabilitação de pacientes
portadores de sequelas graves como, por exemplo, pacientes portadores de sequela de
AVC ou de trauma craniano ou raquimedular. Este hospital possui duas unidades de
internação sendo uma destinada à internação para tratamento de reabilitação e outra para
cuidados paliativos. A unidade de reabilitação destina-se à atenção integral ao paciente
portador de deficiência física sendo composta por equipe multiprofissional formada por
fisiatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, fonoaudióloga e assistente social.
Nesta unidade é realizada a reabilitação física funcional, e cognitiva dos pacientes de
acordo com o quadro clínico e o impacto da deficiência sobre sua funcionalidade, treinos
de atividades de vida diária desenvolvendo a autonomia pessoal e facilitando nos processos
de inclusão social e retorno ao trabalho com ou sem adaptações, além da orientação para
adaptações no domicílio, prescrição de órteses e auxílio locomoção quando necessário e
reuniões periódicas com a equipe para reavaliação do processo de reabilitação e revisão
de metas.
As unidades de fisioterapia destinadas à fisioterapia infantil são as do Hospital da criança,
Hospital Regional de Santa Maria, Hospital Regional de Sobradinho, Hospital Regional do
Gama e a Unidade Mista de Taguatinga.
A SES possui ainda uma oficina ortopédica para a protetização, para onde são
encaminhados os pacientes amputados. Os serviços desta oficina compreendem a entrega
através de produção própria ou aquisição de próteses para membros inferiores e superiores
e órteses tais como palmilhas, compensações, calçados especiais, coletes, colar cervical,
45
cadeira de rodas, andadores, bengalas e aparelho de compressão torácica através de
empresas terceirizadas. Atende ainda a programas específicos da SES/DF como:
Programa salvando o pé diabético, Programa de Hanseníase e atendimento junto ao núcleo
de medicina física e reabilitação do Hospital de Base para a confecção de aparelho para
deformidade torácica.
Na assistência aos pacientes nas três linhas de cuidado primordiais, a reabilitação mostrase
parte importante a ser integrada ao tratamento multidisciplinar o mais brevemente possível
dentro da cronologia de instituição do tratamento. Neste contexto possui o intuito de
prevenir complicações advindas do quadro inicial, como por exemplo tromboses periféricas
e dor, ou ainda de deformidades e imobilidades que possam posteriormente implicar na
qualidade de vida do indivíduo. Após a alta hospitalar estes pacientes devem manter
tratamento de reabilitação individualizado a depender do quadro clinico, visando a
recuperação da função ou sua adaptação a sua nova condição e ainda à sua reintegração
à sociedade e à família.
No intuito de ampliar o atendimento com qualidade e efetividade às três linhas de cuidado
a SES/DF tem como objetivo a ampliação dos serviços de reabilitação intra-hospitalar
visando iniciar precocemente a reabilitação dos pacientes com quadros agudos, com a
instituição de Centros Especializados de Reabilitação (CER) para manutenção do processo
de reabilitação após a alta hospitalar. Para a constituição destes centros existe projeto
inicial de ampliação dos serviços já existentes nos hospitais regionais e a construção de
dois CER tipo IV, capacitado para atendimento de deficiências múltiplas.
6. Interface com as demais redes prioritárias
O objetivo das Redes de Atenção à Saúde - RAS é promover a integração sistêmica, de
ações e serviços de saúde com provisão de atenção contínua, integral, de qualidade,
responsável e humanizada, bem como incrementar o desempenho do sistema, em termos
de acesso, equidade, eficácia clínica e sanitária; e eficiência econômica.
As Redes de Atenção organizam–se a partir de um processo de gestão da clínica associado
ao uso de critérios de eficiência microeconômica na aplicação de recursos, mediante
planejamento, gestão e financiamento intergovernamentais cooperativos, voltados para o
desenvolvimento de soluções integradas de políticas de saúde.
É preciso ampliar o objeto de trabalho da clínica para além das doenças visando
compreender os problemas de saúde, ou seja, entender as situações que ampliam o risco
ou a vulnerabilidade das pessoas.
46
A transição entre o ideário das RAS e a sua concretização ocorre através de um processo
contínuo e perpassa o uso de estratégias de integração que permitam desenvolver
sistematicamente o conjunto de atributos que caracterizam um sistema de saúde
organizado em rede.
Nessa perspectiva, as RAS na Secretaria de Saúde do Distrito Federal estão sendo
organizadas de forma a garantir o acesso da população a serviços de qualidade, com
integralidade, equidade, responsabilização sanitária e garantia de atenção nos diferentes
níveis de complexidade do sistema.
Assim, ressaltamos o papel da Rede de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado
de Saúde do Distrito Federal quanto à garantia da integralidade da assistência, no que
tange a continuidade do cuidado, adequado, seguro e humanizado, em situações de
urgência e emergência seguindo os fluxos e arranjos organizativos pactuados que permitam
integrar todos os componentes para melhor assistência ao paciente, seja da Rede
Cegonha, da Rede de Pessoas com Necessidades Especiais e/ou da Rede de Saúde
Mental, e Rede de Atenção ao Paciente Oncológico.
Estas outras redes estão sendo pactuadas no sentido de oferecer a grupos específicos de
pacientes, tratamento adequado, integral e humanizado. Na continuidade desta atenção
está se depara com situações de urgência e emergência em que estes pacientes devem
ser atendidos em unidades referenciadas para esta finalidade e ter seu atendimento
regulado pela Central de Regulação de Urgências seguindo fluxos e protocolos próprios.
No caso da Rede Cegonha apresentam-se duas situações distintas, a saber: complicações
clinicas em pacientes gestantes e nestes casos as mesmas devem ser encaminhadas para
o setor de referência mais indicado ao caso conforme a necessidade clínica e a
complexidade do caso; e complicações relativas à gestação quando então deverão ser
encaminhadas ao hospital no qual realizam seu pré-natal ou a hospital de referência em
ginecologia/obstetrícia também a depender da avaliação do médico regulados em cada
caso.
Da mesma forma no caso da Rede de Atenção ao paciente portador de deficiência este
deverá ter seu quadro clinico avaliado e a depender da situação que se apresente ser
encaminhado à unidade de atendimento mais indicada para o dar o atendimento adequado
e resolutivo ao caso.
Uma pequena diferença observa-se quando do atendimento de urgência e emergência à
pacientes da Rede de Saúde Mental. Nestes casos duas situações podem ser definidas,
47
aquelas em que o paciente apresenta uma agudização ou primeiro episódio de um quadro
psiquiátrico em que seu atendimento deverá ser direcionado ao Hospital São Vicente de
Paula (HSVP), e casos de situações clinicas agudas em pacientes psiquiátricos, quando
então estes deverão ser encaminhados para tratamento clinico nas unidades da rede de
atenção às urgências conforme o caso, podendo após a resolução do quadro clinico ser
encaminhados ao HSVP ou ainda deverão ser encaminhados ao HBDF onde realizarão
tratamento clinico com a interface do acompanhamento e orientação psiquiátrica.
Observamos assim que outras redes de atenção podem ser estruturadas, e possuírem
interfaces com a RUE necessitando apenas pequenas pactuações de fluxos específicos,
sem contudo gerar grande impacto nos fluxos pré-estabelecidos para o atendimento às
urgências e emergências.
1. ESTRATÉGIAS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
A estratégia de monitoramento e avaliação da Rede de Urgência e Emergência ocorrerá
seguindo o acompanhamento das ações elencadas abaixo pelo GCRUE/SES:
• Execução das ações indicadas no quadro de metas estratégicas;
• Implantação e implementação dos fluxos pactuados das linhas de cuidado do IAM,
AVC e TRAUMA;
• Avaliação do indicadores de mortalidade com interface nas linhas de cuidado
prioritárias
• Fomento a criação e implementação do Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar –
NAQH em todos os Hospitais Regionais e de Referência da SES/DF
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7. Ações Sustentáveis Relacionadas a Copa do Mundo de 2014
Considerando a responsabilidade do DF como uma das sedes da Copa das Confederações
em 2013 e da Copa do mundo em 2014, a reorganização e reestruturação do Sistema de
Urgência e Emergência, foi definida como área prioritária de intervenção setorial no período
de 2011 a 2014.
Esta reestruturação proporciona a possibilidade de adequação das estruturas e pontos de
atenção da rede de urgências e emergências para o atendimento integral, humanizado e
qualificado as situações de urgência e emergência e a situações de eventos de grandes
proporções e de desastres, quando a demanda por serviços de saúde podem ser superiores
à capacidade instalada, necessitando, portanto de protocolos definidos e fluxos bem
determinados e específicos.
A organização de grandes eventos como a Copa das Confederações em junho de 2013 e
Copa do Mundo FIFA em 2014, além de outros megaeventos que ocorrem anualmente em
Brasília, descortinam-se como grande oportunidade para o desenvolvimento da
infraestrutura física e tecnológica do Sistema Público de Saúde do Distrito Federal,
ofertando serviços para tratamentos adequados e garantindo um legado social eficiente
para a população.
Ações Oportunizadas pela Copadas Confederações e Copa do Mundo:
• Estruturação da Rede de Atenção a Urgência e Emergência do Distrito Federal, com
a ampliação e qualificação (reformas das áreas físicas, aquisição de novos
equipamentos destinados ao atendimento especifico de pacientes em situação de
urgência e emergência), das principais Portas de entrada das Urgências, desde os
serviços de atenção primaria, passando pelas unidades de pronto atendimento e
pelas emergências hospitalares.
• Organização dos serviços na Atenção Básica, para servirem com contra referência
às unidade de emergência e como pontos de organização da rede.
• Reorganização do Sistema de Atendimento Pré-Hospitalar de Urgência, com a
criação e operacionalização da Central de Regulação de Urgências e a integração
das ações de atendimento pré-hospitalar realizadas pelo SAMU 192 e pelo Corpo de
Bombeiros Militar do Distrito Federal.
• Qualificação do SAMU 192 com efetivação de seu quadro próprio possibilitando a
operacionalização de toda sua frota composta por 7 USA e 30 UBS e possibilitando
49
ainda a aquisição e operacionalização de novas ambulâncias ampliando a
capacidade de suporte do SAMU;
• Ampliação de leitos de UTI geral e de cuidados específicos em neurotrauma,
coronária e de leitos de leitos de retaguarda clínica e de longa permanência nos
Hospitais da Rede SES/DF;
• Organização e efetivação das linhas de cuidados prioritárias – IAM, AVC, Trauma;
• Operacionalização do Centro de Trauma no HBDF, para atendimento ao paciente
Politraumatizado, servindo de suporte de alta complexidade em trauma para os
demais Hospitais da Rede Pública de Saúde;
• Implantação e operacionalização do Centro de Cuidado Avançado em Doença
Neurocardiovascular (atendimento ás linhas de cuidado do IAM e AVC) no HBDF,
também servido de referência de alta complexidade nesta linhas de cuidado;
• Elaboração conjunta da assistência e vigilância de planos de emergência para
contenção de epidemias e preparação de campanhas preventivas sobre possíveis
surtos e epidemias na cidade;
• Intensificação de ações da vigilância em estabelecimentos e infraestruturas de
interesse sanitário;
• Criação de nova estrutura para o ambulatório de saúde do viajante;
• Qualificação do plano de atendimento a desastres envolvendo múltiplas vítimas, com
todos os atores envolvidos na organização e segurança do evento;
• Integração, articulação e coordenação dos diversos setores e atores envolvidos na
organização e segurança da Copa 2014;
• Realização de cursos de capacitação e treinamento para servidores, dotando-os de
melhor capacidade técnica, para o atendimento em situações de urgência e
emergência.
• Elaboração do plano de assistência em eventos e em situações de múltiplas vítimas,
envolvendo todos os pontos de atenção.
• Adequação na infraestrutura hospitalar, organização, operacionalização e
capacitação do Sistema de Saúde;
• Elaboração de plano de operação para atendimento de emergência durante a Copa
e eventos de massa e plano de ações preventivas e contingenciais de saúde pública;
50
8. Bibliografia
1. Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 83, Suplemento IV, Setembro 2004
2. Bittencourt, Roberto José – A Superlotação dos Serviços de Emergência Hospitalar
como Evidência de Baixo Desempenho Organizacional. Rio de Janeiro: s.n., 2010.
3. Causes of death 2008 summary tables. May 2011.Health statistics and informatics
Department, World Health Organization, Geneva, Switzerland. Em:
http://www.who.int/evidence/bod
4. Constituição Federal de 1988
5. Decreto da Presidência da República Nº 7508 de 28 de junho de 2011
6. Decreto Nº 2.710, de 04 de agosto de 1998
7. Decreto Nº 3.445, de 04 de maio de 2000
8. Decreto Nº 596 de 2004
9. III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre tratamento do infarto agudo
do miocárdio. Arq. Bras. Cardiol. 2004; 83 Suppl 4:1-86
10. Instrução Normativa Nº 1 de 05 de setembro de 2002
11. Lei Complementar Nº 94 de 19 de fevereiro de 1988
12. Lei Nº 8080, de 19 de setembro de 1990
13. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Sistema de Informação sobre
Mortalidade http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/ext10uf.def>>
14. Ministério das Cidades, DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito,
RENAVAMRegistro Nacional de Veículos Automotores. Em:
http://www.viasseguras.com/content/download/2596/13649/file/Frota%20Regi%C3
%B5es%20Tipo%2 0UF%20Dez2010.xls
15. Linha_de_Cuidado_AVC_Rede_Urg_Emer, em http://portal.saude.gov.br
16. Portaria Conjunta Nº 4 de 20 de agosto de 2008
17. Portaria Ministerial Nº 1600 de 07 de julho de 2011
18. Portaria Ministerial Nº 2395 de 11 de outubro de 2011
19. Portaria Ministerial Nº 664 de 12 de outubro de 2012
20. Portaria MS/GM Nº 2048 de 05 de novembro de 2002
51
21. Portaria MS Nº 2.527 de 27 de outubro de 2011
22. Portaria MS Nº 2.994 de 13 de dezembro de 2011
23. Portaria MS Nº 665, de 12 de abril de 2012
24. Portaria MS/GM N° 4.279 de 30 de dezembro de 2010
25. Portaria MS/GM Nº 2048 de 05 de novembro de 2002
26. Portaria Nº 144 de 09 de dezembro de 2003
27. Portaria Nº 189 de 07 de outubro de 2009
28. Portaria Nº 227 de 22 de novembro de 2011
29. Portaria Nº 26 de 14 de março de 2011
30. Portaria Nº 793 de 24 de abril de 2012
31. Portaria Nº 835 de 25 de abril de 2012
32. Portaria Nº 9 de 22 de Janeiro de 2013
33. Portaria SES/DF Nº 68 de 26 de abril de 2012
34. Portarias Nº 29 de 26 de fevereiro de 2010
35. Rotinas no AVC Pré-Hospitalar e Hospitalar, Ministério da Saúde, sem data
52
ANEXO I - TABELA I-A: Situação Atual dos Componentes por Região de Saúde
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
I. Região Centro Sul
CGS Asa Sul Asa Sul (RA1) 106.998 + 21.400 =
128.398
2 CS 1 EMAD* HBDF -LEITOS 594
-UTI 54 SALA VERMELHA TRAUMA SALA VERMELHA CARDIO HMIB -LEITOS 177 -UTI 83
HBDF (AVC / IAM / TRAUMA)
1 NAPH 3 USB 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 1 HELICÓPTERO CONVENIADO PRF AEROPORTO SALA VERMELHA TRAUMA HBDF SALA VERMELHA CARDIO HBDF
Núcleo de Vigilância Epidemiológica HMIB CRIE HMIB SVO HBDF Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
Lago Sul (RA16) 29.537 + 5.908
= 35.445 1 CS
CGS Núcleo
Bandeirante Riacho Fundo I
(RA17) 31.729 + 6.346
= 38.075 1 PSU 1 CS
1 EMAD* 1 USB Núcleo de Vigilância
Epidemiológica NBCRFPW Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
Riacho Fundo II
(RA21) 40.125 + 8.025
= 48.150 2 PSU 1 UBS 1 CS
Candangolândia
(RA19) 15.924 + 3.185
= 19.109 1 CS
Núcleo Bandeirante
(RA8) 23.676 + 4.736
= 28.412 1 CS 1 UPA
Tipo III
Park Way (RA24) 20.089 + 4.018
= 24.107 1 PSR
53
CGS Guará Guará (RA10) 124.245 + 24.849 =
149.094
1 PSU 3 CS
1 EMAD* HRGu -LEITOS 39 SALA
VERMELHA 1 NAPH
1 USB 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS
Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRGu Rede de Frio Central SIA Núcleo
regional de vigilância ambiental
S.I.A. (RA29) 2.345 + 469 = 2.814
1 CENTRAL Núcleo de inspeção sanitária
SCIA (Estrut.)
(RA25) 16.242 + 3.249
= 19.491 1 UBS 1 CS
1 USB
TOTAL 410.911 +
82.184 =
493.095
4 PSU 2 UBS 11 CS 1 PSR
3 EMAD* 1 UPA Tipo III
LEITOS 810 UTI 137 3 SALAS VERMELHAS
AVC (HBDF) IAM (HBDF) TRAUMA (HBDF)
2 NAPH 6 USB 2 SUPORTES 4 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 1 HELICÓPTERO CONVENIADO 1 CENTRAL
3 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 1 Rede de Frio Central 1 SVO 3 Núcleos regionais de vigilância ambiental 3 Núcleos de inspeção sanitária
54
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
II. Região Centro Norte
CGS Asa Norte Asa Norte (RA1) 102.857 + 20.572 =
123.429
4 CS 1 EMAD* HRAN -LEITOS 259
-UTI 25 1 USA
1 SUPORTE 1 HELICOPTERO CONVENIADO CBMDF
Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRAN Serviço de vigilância de Saúde do Viajante HRAN CRIE HRAN LACEN DF ASA NORTE 1. Elaboração de POPs de supervisão dos laboratórios Público/ privados 2.Transporte de material biológico na rede de saúde CTA DST AIDS Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
Lago Norte (RA 18) 33.077 + 6.616
= 39.693 1 CS 1 UBS
Cruzeiro (RA11) 37.815 + 7.563
= 45.378 2 CS
Varjão (RA23) 8.550 + 1.710 =
10.260 1 CS
Sudoeste/Octogonal
(RA22) 43.260 + 8.652
= 51.912
TOTAL 225.559 +
45.113 =
270.672
1 UBS 8 CS
1 EMAD* LEITOS 259
UTI 25 1 USA
1 SUPORTE 1 HELICÓPTERO CONVENIADO
1 Núcleo de Vigilância Epidemiológica 1 Serviço de Vigilância de Saúde do Viajante 1 CRIE 1 LACEN DF 1 CTA DST AIDS 1 Núcleo regional de vigilância ambiental 1 Núcleo de inspeção sanitária
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
55
III. Região Oeste
CGS Ceilândia Ceilândia (RA9) 402.729 + 80.546 =
483.275
11 CS 1 PSR 1 PSU
1 EMAD* HRC -LEITOS 187
-UTI 38 SALA VERMELHA
HRC (TRAUMA)
1 NAPH 3 USB 1 USA 2 MOTOLÂNCIAS 1 SUPORTE
Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRC CRIE HRC Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
privado CGS Brazlândia Brazlândia (RA4) 57.542 + 11.509
= 69.051 2 UBS 2 PSR 1 PSU 2 CS
1 EMAD* HRBz -LEITOS 86
1 USB Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRBz Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
TOTAL 460.271 +
92.055 =
552.326
2 PSU 2 UBS 13 CS 3 PSR
2 EMAD* LEITOS 273
UTI 38 1 SALA VERMELHA
TRAUMA (HRC)
1 NAPH 4 USB 1 USA 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS
2 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
IV. Região
Sudoeste CGS Taguatinga Taguatinga (RA3) 185.285 +
37.057 =
222.342
8 CS 1 EMAD* HRT -LEITOS 303
-UTI 35 HRT (AVC /
IAM) 1 NAPH 3 USB 1 USA 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS
Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRT CRIE HRT Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Taguatinga norte e sul
Águas Claras / Arniqueiras (RA20)
113.118 + 22.624 =
135.742
1 PSU
Vicente Pires
(RA30) 62.660 + 12.532
= 75.192
CGS Samambaia Samambaia (RA12) 200.874 + 40.175 =
241.049
2 CF 2 UBS 1 PSU 4 CS
1 EMAD* 1 UPA Tipo III
HRSam -LEITOS 94 -UTI 10
1 NAPH 2 USB 2 MOTOLÂNCIAS 1 SUPORTE
Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRSam CRIE HRSam Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
56
CGS Recanto das
Emas Recanto das Emas
(RA15) 121.278 + 24.256 =
145.534
2 UBS 1 PSU 2 CS
1 EMAD* 1 UPA Tipo III
2 USB Núcleo de Vigilância Epidemiológica RE Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
TOTAL 683.215 +
136.644 =
819.859
3 PSU 4 UBS 14 CS 2 CF
3 EMAD* 2 UPA
Tipo III LEITOS 397
UTI 45 AVC ( HRT)
IAM (HRT) 2 NAPH 7 USB 1 USA 2 SUPORTES 4 MOTOLÂNCIAS
3 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 2 CRIEs 3 Núcleos regionais de vigilância ambiental 3 Núcleos de inspeção sanitária
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
V. Região
Norte CGS Sobradinho Sobradinho I (RA5) 71.806 + 14.362
= 86.168 2 CS 5 UBS 1 PSR
1 EMAD* 1EMAD 1 EMAP
HRS -LEITOS 188 -UTI 10
HRS (AVC / IAM / TRAUMA)
1 NAPH 1 USB 1 USA 2 MOTOLÂNCIAS 1 SUPORTE
Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRS CRIE HRS Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
Sobradinho II (RA26) 84.125 + 16.825
= 100.950 1 CS 3 UBS
CGS Planaltina Planaltina (RA6) 171.303 + 34.261 =
205.564
5 CS 3 PSU 6 PSR 4UBS
1 EMAD* HRPl -LEITOS 111
- UTI 12 2 USB
2 MOTOLÂNCIAS
Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRPl Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
TOTAL 327.234 +
65.448 =
392.682
3 PSU 8 UBS 8 CS 7 PSR
2 EMAD* 1 EMAD 1 EMAP
LEITOS 299
UTI 22 AVC (HRS) IAM (HRS) TRAUMA (HRS)
1 NAPH 3 USB 1 USA 1 SUPORTES 4 MOTOLÂNCIAS
2 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
57
AB AD
VI. Região
Leste CGS Paranoá Paranoá (RA 7) 53.618 + 10.724
= 64.342 4 PSR 1 UBS 1 CS
1 EMAD* HRPa -LEITOS 181
-UTI 24 1 USB Núcleo de Vigilância
Epidemiológica HRPa CRIE HRPa Núcleo regional de vigilância
ambiental Núcleo de inspeção
sanitária
Itapoã (RA28) 54.188 + 10.838
= 65.026 1 PSU 1 CS
CGS São
Sebastião São Sebastião
(RA14) 78.855 + 15.771
= 94.626 1 PSR 1 CS 8 UBS 2 PSU
1 EMAD* 1 UPA Tipo III
1 USB Núcleo de Vigilância Epidemiológica SS Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
Jd. Botânico (RA27) 21.804 + 4.361
= 26.165
TOTAL 208.465 +
41.693 =
250.159
3 PSU 9 UBS 3 CS 4 PSR
2 EMAD* 1 UPA
Tipo III LEITOS 181
UTI 24 2 USB 2 Núcleos de Vigilância
Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
VII. Região
Sul CGS Gama Gama (RA2) 135.723 +
27.145 =
162.868
7 CS 2 UBS 3 PSR
1 EMAD* HRG -LEITOS 205
-UTI 36 HRG (AVC / IAM / TRAUMA)
1 NAPH 1 USB 1 USA 1 SUPORTE
Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRG CRIE HRG Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
CGS Santa Maria Santa Maria (RA13) 118.782 + 23.757 =
142.539
2 CS 3 PSU 1 UBS
1 EMAD* HRSM -LEITOS 204
-UTI 108 2 USB 1
SUPORTE Núcleo de Vigilância Epidemiológica HRSM Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
58
TOTAL 254.505 +
50.901 =
305.407
3 PSU 3 UBS 9 CS 3 PSR
2 EMAD* LEITOS 409
UTI 144 AVC (HRG) IAM (HRG) TRAUMA (HRG)
1 NAPH 3 USB 1 USA 2 SUPORTES
2 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária
TOTAL DF
2.570.160 + 514.032 =
3.084.192
18 PSU 33 UBS 66 CS 19 PSR 2 CF
15 EMAD* 1 EMAD 1 EMAP
4 UPA
Tipo III LEITOS 2.628 UTI 435 4 SALAS VERMELHAS
AVC ( HBDF / HRG / HRS / HRT) IAM (HBDF / HRG / HRS / HRT) TRAUMA (HBDF / HRC / HRG / HRS)
7 NAPH 25 USB 5 USA 9 SUPORTES 14 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 2 HELICÓPTERO S CONVENIADOS 1 CENTRAL
15 Núcleos de Vigilância Epidemiológica 1 Serviço de Vigilância de Saúde do Viajante 8 CRIEs 1 Rede de Frio Central 1 LACEN DF 1 CTA DST AIDS 1 SVO 15 Núcleos regionais de vigilância ambiental 15 Núcleos de inspeção sanitária
EMAD* - Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar incompleta EMAD – Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar completa EMAP – Equipe Multiprofissional de Apoio completa CS – Centro de Saúde PSU – Posto de Saúde Urbano PSR – Posto de Saúde Rural CF – Clínica da Família UBS – Unidade Básica de Saúde NAPH – Núcleo de Apoio Hospitalar USB – Unidade Suporte Básico USA – Unidade Suporte Avançado CRIE – Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais SVO – Serviço de Verificação de Óbito
CTA – Centro de Tratamento Ambulatorial
59
Unidades Operacionais
Unidades que deveriam estar Operacionais
TABELA I-B: Metas dos Componentes por Região de Saúde para Atendimento às Linhas de
Cuidado
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010)+ 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
I. Região Centro Sul
CGS Asa Sul Asa Sul (RA1) 106.998 + 21.400 =
128.398
2 CS 2 EMADs 2 EMAPs
HBDF -LEITOS 594 -UTI 54 172 SALA VERMELHA TRAUMA SALA VERMELHA CARDIO HMIB -LEITOS 177 -UTI 83 8
HBDF (AVC / IAM / TRAUMA)
1 NAPH 3 USB 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 1 HELICÓPTERO CONVENIADO PRF AEROPORTO
Centro de Vigilância Epidemiológica HMIB CRIE HMIB SVO HBDF Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional
Lago Sul (RA16) 29.537 + 5.908
= 35.445 1 CS
CGS Núcleo
Bandeirante Riacho Fundo I
(RA17) 31.729 + 6.346
= 38.075 1 PSU 1 CS
1 EMAD 1 EMAP
1 USB Centro de Vigilância Epidemiológica NBCRFPW Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional
Riacho Fundo II
(RA21) 40.125 + 8.025
= 48.150 2 PSU 1 CS 1 UBS
Candangolândia
(RA19) 15.924 + 3.185
= 19.109 1 CS
1 USB
Núcleo Bandeirante
(RA8) 23.676 + 4.736
= 28.412 1 CS 1 UPA
Tipo III
60
Park Way (RA24) 20.089 + 4.018
= 24.107 1 PSR
CGS Guará Guará (RA10) 124.245 + 24.849 =
149.094
1 PSU 3 CS
1 EMAD 1 EMAP
HRGu –LEITOS 39 SALA
VERMELHA 1 NAPH
1 USA 1 VIM 1 USB 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS
Centro de Vigilância Epidemiológica HRGu CRIE HRGu Rede de Frio Central SIA Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária
S.I.A. (RA29) 2.345 + 469 = 2.814
1 UPA Tipo III
1 CENTRAL 1 USB
SCIA (Estrut.)
(RA25) 16.242 + 3.249
= 19.491 1 UBS 1 CS
1 USB
TOTAL 410.911 +
82.184 =
493.095
4 PSU 2 UBS 11 CS 1 PSR
4 EMADs 4 EMAPs
1 UPA Tipo III 1 UPA Tipo III
LEITOS 810 UTI 137 180 3 SALAS VERMELHAS
AVC (HBDF) IAM (HBDF) TRAUMA (HBDF)
2 NAPH 6 USB 2 USB 1 USA 1 VIM 2 SUPORTES 4 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 1 HELICÓPTERO CONVENIADO 1 CENTRAL
3 Centros de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 1CRIE 1 Rede de Frio Central 2 Redes de Frio Regionais 1 SVO 3 Núcleos regionais de vigilância ambiental 3 Núcleos de inspeção sanitária
61
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
II. Região Centro Norte
CGS Asa Norte Asa Norte (RA1) 102.857 + 20.572 =
123.429
4 CS 1 EMAD 1 EMAP
1 UPA Tipo III
HRAN -LEITOS 259 -UTI 25 30
1 USA 1 VIM 1 USB 2 MOTOLÂNCIAs 1 SUPORTE 1 HELICOPTERO CONVENIADO CBMDF
Centro de Vigilância Epidemiológica HRAN Núcleo de vigilância de Saúde do Viajante HRAN CRIE HRAN LACEN DF 1. Elaboração de POPs de supervisão dos laboratórios Público/ privados 2.Transporte de material biológico na rede de saúde (Implantação dos laboratórios de Biologia Molecular; Métodos diagnósticos para surtos, epidemias e pandemias; Método analítico de controle de Água e alimentos e Materiais Pesados; Sistema TI Integrado em Rede) ASA NORTE Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária SVO SAAN Rede de Frio Regional
Lago Norte (RA 18) 33.077 + 6.616
= 39.693 1 CS 1 UBS
Cruzeiro (RA11) 37.815 + 7.563
= 45.378 2 CS
Varjão (RA23) 8.550 + 1.710 =
10.260 1 CS
Sudoeste/Octogonal
(RA22) 43.260 + 8.652
= 51.912
TOTAL 225.559 +
45.113 =
270.672
1 UBS 8 CS
1 EMAD 1 EMAP
1 UPA Tipo III
LEITOS 259 UTI 25 30
1 USB 1 USA 1 VIM 2 MOTOLÂNCIAs 1 SUPORTE 1 HELICÓPTERO CONVENIADO
1 Centro de Vigilância Epidemiológica 1 Núcleo de Vigilância de Saúde do Viajante 1 CRIE 1 Rede de Frio Regional 1 LACEN 1 SVO 1 Núcleo regional de vigilância ambiental 1 Núcleo de inspeção sanitária
62
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
III. Região Oeste
CGS Ceilândia Ceilândia (RA9) 402.729 + 80.546 =
483.275
11 CS 1 PSR 1 PSU
3 EMADs 3 EMAPs
2 UPA Tipo III
HRC -LEITOS 187 -UTI 38 4 SALA VERMELHA HRC
HRC (TRAUMA)
1 NAPH 3 USB 1 USB 1 USA 1 VIM 2 MOTOLÂNCIAS 1 SUPORTE
Centro de Vigilância Epidemiológica HRC CRIE HRC Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional
CGS Brazlândia Brazlândia (RA4) 57.542 + 11.509
= 69.051 2 UBS 2 PSR 1 PSU 2 CS
1 EMAD 1 EMAP
1 UPA
Tipo III HRBz -LEITOS 86
1 USB Centro de Vigilância Epidemiológica HRBz Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária CRIE HRBz Rede de Frio Regional
TOTAL 460.271 +
92.055 =
552.326
2 PSU 2 UBS 13 CS 3 PSR
4 EMADs 4 EMAPs
3 UPA Tipo III
LEITOS 273 UTI 38 4 1 SALA VERMELHA
TRAUMA (HRC)
1 NAPH 4 USB 1 USB 1 USA 1 VIM 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS
2 Centros de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 1 Núcleo regional de vigilância ambiental 1 Núcleo de inspeção sanitária 1 CRIE 2 Redes de Frio Regional
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
IV. Região
Sudoeste CGS Taguatinga Taguatinga (RA3) 185.285 +
37.057 =
222.342
8 CS 1 CF
3 EMADs 3 EMAPs
1 UPA Tipo III
HRT -LEITOS 303 -UTI 35 60 SALA VERMELHA
HRT (AVC /
IAM) 1 NAPH 3 USB 1 USB 1 USA 1 VIM 1 SUPORTE 2
Centro de Vigilância Epidemiológica HRT CRIE HRT Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional
Águas Claras / Arniqueiras (RA20)
113.118 + 22.624 =
135.742
1 PSU
63
Vicente Pires
(RA30) 62.660 + 12.532
= 75.192 MOTOLÂNCIAS
CGS Samambaia Samambaia (RA12) 200.874 + 40.175 =
241.049
2 CF 2 UBS 1 PSU 4 CS 3 CF
2 EMADs 2 EMAPs
1 UPA
Tipo III HRSam -LEITOS 94
-UTI 10 1 NAPH
2 USB 2 MOTOLÂNCIAS 1 SUPORTE 1 USA 1 VIM
Centro de Vigilância Epidemiológica HRSam CRIE HRSam Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional
CGS Recanto das
Emas Recanto das Emas
(RA15) 121.278 +
24.256 =
145.534
2 UBS 1 PSU 2 CS 2 CF
1 EMAD 1 EMAP
1 UPA Tipo III
2 USB Centro de Vigilância Epidemiológica RE Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional
TOTAL 683.215 +
136.644 =
819.859
3 PSU 4 UBS 14 CS 2 CF 6 CF
6 EMADs 6 EMAPs
2 UPA Tipo III 1 UPA Tipo III
LEITOS 397 UTI 45 60 1 SALA VERMELHA
AVC (HRT)
IAM (HRT) 2 NAPH 7 USB 1 USB 1 USA 1 USA 2 VIM 2 SUPORTES 4 MOTOLÂNCIAS
3 Centros de Vigilância Epidemiológica 2 CRIEs 3 Núcleos regionais de vigilância ambiental 3 Núcleo de inspeção sanitária 3 Redes de Frio Regional
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
V. Região
Norte CGS Sobradinho Sobradinho I (RA5) 71.806 + 14.362
= 86.168 2 CS 5 UBS 1 PSR 2 CF
2 EMADs 2 EMAPs
1 UPA Tipo III
HRS -LEITOS 188 -UTI 10 22 SALA VERMELHA
HRS (AVC / IAM / TRAUMA)
1 NAPH 1 USB 1 USA 1 VIM 2 MOTOLÂNCIAS 2 MOTOLÂNCIAs 1 SUPORTE
Centro de Vigilância Epidemiológica HRS CRIE HRS Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional
Sobradinho II (RA26) 84.125 + 16.825
= 100.950 1 CS 3 UBS 1 CF
64
CGS Planaltina Planaltina (RA6) 171.303 + 34.261 =
205.564
5 CS 3 PSU 6 PSR 4 UBS
1 EMAD 1 EMAP
1 UPA Tipo III
HRPl -LEITOS 111 - UTI 12
2 USB 2 MOTOLÂNCIAS
Centro de Vigilância Epidemiológica HRPl CRIE HRPl Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional
TOTAL 327.234 +
65.448 =
392.682
3 PSU 12 UBS 8 CS 7 PSR 3 CF
3 EMADs 3 EMAPs
2 UPA Tipo III
LEITOS 299 UTI 22 22 1 SALA VERMELHA
AVC (HRS) IAM (HRS) TRAUMA (HRS)
1 NAPH 3 USB 1 USA 1 VIM 1 SUPORTE 4 MOTOLÂNCIAS 2 MOTOLÂNCIAs
2 Centros de Vigilância Epidemiológica 2 CRIEs 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária 2 Redes de Frio Regional
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
VI. Região
Leste CGS Paranoá Paranoá (RA 7) 53.618 + 10.724
= 64.342 4 PSR 1 UBS 1 CS
1 EMAD 1 EMAP
HRPa -LEITOS 181 -UTI 24
1 USB 2 MOTOLÂNCIAs
Centro de Vigilância Epidemiológica HRPa CRIE HRPa Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional
Itapoã (RA28) 54.188 + 10.838
= 65.026 1 CS 1 PSU
1 UPA Tipo III
CGS São
Sebastião São Sebastião
(RA14) 78.855 + 15.771
= 94.626 1 PSR 1 CS 2 PSU 8 UBS
1 EMAD 1 EMAP
1 UPA Tipo III
1 USB Centro de Vigilância Epidemiológica SS Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional Jd. Botânico (RA27) 21.804 + 4.361
= 26.165
TOTAL 208.465 +
41.693 =
250.159
3 PSU 9 UBS 3 CS 5 PSR
2 EMADs 2 EMAPs
1 UPA Tipo III 1 UPA Tipo III
LEITOS 181 UTI 24
2 USB 2 MOTOLÂNCIAs
2 Centros de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária 2 Redes de Frio Regional
65
Região de
Saúde Coordenações
Gerais de Saúde Região Administrativa
População (IBGE 2010) + 20 % (RIDE) = TOTAL
Atenção Básica UPA Componente Hospitalar Linhas de
Cuidado SAMU SVS
AB AD
VII. Região
Sul CGS Gama Gama (RA2) 135.723 +
27.145 =
162.868
7 CS 2 UBS 3 PSR
1 EMAD 1 EMAP
1 UPA Tipo III
HRG -LEITOS 205 -UTI 36 10 SALA VERMELHA
HRG (AVC / IAM / TRAUMA)
1 NAPH 1 USB 1 USB 1 USA 1 VIM 1 SUPORTE 2 MOTOLÂNCIAS
Centro de Vigilância Epidemiológica HRG CRIE HRG Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária Rede de Frio Regional
CGS Santa Maria Santa Maria (RA13) 118.782 + 23.757 =
142.539
2 CS 3 PSU 1 UBS
1 EMAD 1 EMAP
HRSM -LEITOS 204 -UTI 108 62 SALA VERMELHA
2 USB 1
SUPORTE Centro de Vigilância Epidemiológica HRSM Núcleo regional de vigilância ambiental Núcleo de inspeção sanitária CRIE HRSM Rede de Frio Regional
TOTAL 254.505 +
50.901 =
305.407
3 PSU 3 UBS 9 CS 3 PSR
2 EMADs 2 EMAPs
1 UPA Tipo III
LEITOS 409 UTI 144 72 2 SALAS VERMELHAS
AVC (HRG) IAM (HRG) TRAUMA (HRG)
1 NAPH 3 USB 1 USB 1 USA 1 VIM 2 SUPORTES 2 MOTOLÂNCIAS
2 Centros de Vigilância Epidemiológica 1 CRIE 2 Núcleos regionais de vigilância ambiental 2 Núcleos de inspeção sanitária 1 CRIE 2 Redes de Frio Regional
66
TOTAL DF 2.570.160 +
514.032 =
3.084.192
18 PSU 33 UBS 66 CS 19 PSR 2 CF 8 CF
22 EMADs 22 EMAPs
4 UPA Tipo III 10 UPA Tipo III
LEITOS 2.628 2.844 (TOTAL GERAL 5.730) UTI 435 368 (TOTAL GERAL 573) 4 SALAS VERMELHAS 4 SALAS VERMELHAS
AVC ( HBDF / HRG / HRS / HRT) IAM (HBDF / HRG / HRS / HRT) TRAUMA (HBDF / HRC / HRG / HRS)
7 NAPH 25 USB 6 USB 5 USA 2 USA 7 VIM 9 SUPORTES 14 MOTOLÂNCIAS 8 MOTOLÂNCIAS 2 BIKELÂNCIAS 1 USA NEO 2 HELICÓPTERO S CONVENIADOS 1 CENTRAL
15 Centros de Vigilância Epidemiológica 1 Núcleo de Vigilância de Saúde do Viajante 9 CRIEs 3 CRIEs 1 Rede de Frio Central 14 Redes de Frio Regional 1 LACEN 1 CTA DST AIDS 1 SVO 15 Núcleos regionais de vigilância ambiental 15 Núcleos de inspeção sanitária 1 SVO
EMAD – Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar completa EMAP – Equipe Multiprofissional de Apoio completa CS – Centro de Saúde PSU – Posto de Saúde Urbano PSR – Posto de Saúde Rural CF – Clínica da Família UBS – Unidade Básica de Saúde NAPH – Núcleo de Apoio Hospitalar USB – Unidade Suporte Básico USA – Unidade Suporte Avançado VIM – Veículo de Intervenção Médica CRIE – Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais SVO – Serviço de Verificação de Óbito
CTA – Centro de Tratamento Ambulatorial
67
Unidades Operacionais
Unidades Previstas
Unidades Factíveis
Unidades Necessárias
68
Anexo II – Fluxo da Linha de Cuidado do IAM
69
Anexo III – Fluxo da Linha de Cuidado do IAM
70
Anexo IV – Fluxo da Linha de Cuidado do IAM
Alta Hospitalar
Definição da Continuidade do Tratamento
Acompanhamento apenas na Atenção
Primária Ambulatório de Especialidades
Ambulatório de Especialidades
HRAS HRC HRG
HRGu HRP
HRPa HRSam HRSM HRS HRT
Reabilitação * Acompanhamento Multiprofissional
Risco Social
HBDF ICDF
R E G U L A Ç Ã O
A M B U L A T O R I A L
Internação Domiciliar
Atenção Primaria
71
Anexo V – Fluxo da Linha de Cuidado do AVC
72
Anexos VI – Fluxo da Linha de Cuidado do AVC
73
Anexos VII – Fluxo da Linha de Cuidado do AVC
Alta Hospitalar
Definição da Continuidade do Tratamento
Acompanhamento apenas na Atenção
Primária Ambulatório de Especialidades
Ambulatório de Especialidades
HRT
HRG
HRS
HRAN
Reabilitação * Acompanhamento Multiprofissional
Risco Social
HBDF
R E G U L A Ç Ã O
A M B U L A T O R I A L
Internação Domiciliar
Atenção Primaria