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Diário Oficial da Cidade de São Paulo terça-feira, 14 de abril de 2009II – São Paulo, 54 (69)

Prefeitura lança livreto que ensina como se relacionar com pessoas com defi ciência

Por ocasião da adesão da Prefeitura de São Paulo à campanha “Aces-

sibilidade. Siga essa idéia”, realizada no último dia 6 de abril, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) lançou o livreto “Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência”. Produzido em versão pocket (de bolso), com uma linguagem simples e rápida, o livreto contém algumas dicas de como pode-mos nos relacionar com as pessoas com deficiência física, intelectual, auditiva, visual, surdocegueira e múltipla.

A publicação apresenta também informações sobre a evolução das ter-minologias e alguns mitos e verdades sobre o tema. Por exemplo, em “Ter-minologias” o livreto elucida: “É im-portante combatermos expressões que tentem atenuar as diferenças, tais como ‘pessoas com capacidades especiais’, ‘pessoas com eficiências diferentes’, ‘pessoas com habilidades diferenciadas’, ‘dEficientes’ (com a letra “e” maiúscula propositadamente), ‘pessoas especiais’ e a mais famosa de todas, ‘pessoas com necessidades especiais’. As ‘diferenças’ têm de ser valorizadas, respeitando-se as ‘necessidades’ de cada pessoa”.

Ainda em “Terminologias” encontra-mos: “Termos como: ‘portador de defici-ência’, ‘pessoa portadora de deficiência’ ou ‘portador de necessidades especiais’ não são mais utilizados. A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa. A pessoa não porta uma deficiência, ela

Texto: Lincoln [email protected]

‘tem uma deficiência”. Tanto o verbo ‘portar’ como o substantivo ou o adjetivo ‘portadora’ não se aplicam a uma con-dição inata ou adquirida que faz parte da pessoa. Ou seja, a pessoa só porta algo que ela pode deixar de portar. Por exemplo, não dizemos que uma pessoa ‘é portadora de olhos verdes’, dizemos que ela ‘tem olhos verdes’.

Por fim, o livreto orienta sobre qual a forma correta usada atualmente: “Há uma associação negativa com a palavra ‘deficiente’, pois denota incapacidade ou inadequação à socie-dade. A pessoa não é deficiente, ela ‘tem uma deficiência’. Os movimentos mundiais de pessoas com deficiência, incluindo os do Brasil, já convencio-naram de que forma preferem ser chamados; PESSOA(S) COM DEFICI-ÊNCIA. Esse termo faz parte do texto aprovado pela Convenção Interna-cional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembléia Geral da ONU, em 2006, e ratificada no Brasil, em julho de 2008”.

Este material não tem a pretensão de ditar regras, mas, sim, compartilhar as experiências vividas pelos profissio-nais da secretaria nos últimos anos. Fo-ram produzidos 10 mil exemplares, que estão sendo distribuídos, inicialmente, nas subprefeituras e no Centro Cultural São Paulo (CCSP). O livreto “Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência” também esta disponível gratuitamente para download no site da SMPED:

<www.prefeitura.sp.gov.br/pessoa-comdeficiencia>.

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ação

A Secretaria de Controle Urbano in-terditou na última quarta-feira, dia 8, o estabelecimento onde funcionava a antiga boate Romanza, localizada na avenida Nove de Julho, 5.660, Jardim América. No local funcionava uma boate clandestina.

A ação contou com o apoio da Polí-cia Militar, Guarda Civil Metropolitana, Polícia Civil, por meio do Grupo de Ope-rações Especiais (GOE), e Subprefeitura Pinheiros. Toda a ação foi acompanhada pela Polícia Militar e pelo GOE e foi lavrado boletim de ocorrência.

No dia da vistoria havia uma placa em frente da boate em que se anuncia-va a atividade da casa como “Leilão de objetos de arte”, o que não refletia a realidade do local. Os agentes vistores encontraram resistência para entrar no estabelecimento e tiveram de chamar a força policial para realizar a vistoria.

Durante a vistoria foi constatada a presença de mais de 150 pessoas envolvidas em prática de atos libidi-nosos. Os técnicos constataram ainda que o imóvel não possuía licença de funcionamento ou qualquer outra autorização da Prefeitura; a saída de emergência estava trancada à chave,

Secretaria de Controle Urbano interdita boate sem alvaráTexto: Patrícia Gelmetti

[email protected]ão havia extintor nem brigada de combate ao incêndio, o sistema elé-trico estava irregular com vários fios desprotegidos e ligações irregulares. Diante de tantas irregularidades, o estabelecimento foi desocupado e interditado com blocos de concreto.

A interdição, porém, não foi suficien-te. Já no dia seguinte, os responsáveis pela boate violaram a interdição e retomaram as atividades. Questionados sobre motivo

da retirada dos blocos, os responsá-veis apresentaram uma limi-nar da Justiça que se referia

às atividades exercidas em 2007, portanto vencida.

O documento

não tinha nenhuma eficácia e não trazia nenhuma proteção ou permissão para a atividade e uso do imóvel. Sendo assim, os blocos de concreto foram recolocados e o estabelecimento está sob vigilância dos integrantes da GCM.

A Prefeitura está atenta, por meio da

Secretaria de Controle Urbano e das sub-prefeituras, aos imóveis que funcionam irregularmente, bem como às atividades irregulares e com o uso não autorizado pela Prefeitura. Até o mo-mento, a boate clandestina permanece interditada.

Estabelecimento desenvolvia atividades ilícitas sob a falsa fachada de “Leilão de objetos de arte”

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