Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo,
jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na
cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário
mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria
Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor
do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela
madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o
matricula na escola pública, única que frequentará o autodidata Machado
de Assis.
No ano de 1881, publicou-se um livro extremamente original , pouco
convencional para o estilo da época: Memórias Póstumas de Brás Cubas -
- que foi considerado, juntamente com O Mulato, de Aluísio de Azevedo, o
marco do realismo na literatura brasileira.
Primeira Pessoa – A história é narrada na primeira pessoa, do ponto de
vista de um autor que se auto define como um defunto-autor, ou seja,
alguém que, após sua morte, decide relatar suas lembranças do passado.
TempoO livro tem como suporte duas temporalidades. Uma é o tempo
psicológico, no qual o narrador retrata o que viveu do ponto de vista de
alguém que está em outra dimensão, além da morte. Assim, ele pode
retratar sua história como quiser, sem atentar a qualquer sequência
cronológica.
Cenário
Rio de Janeiro: Terra natal do protagonista.
Coimbra: O protagonista é enviado a essa cidade de Portugal para se
curar de uma desilusão amorosa e aí se gradua em Direito.
Gamboa: Bairro da região central do Rio de Janeiro; lugar do encontro
entre Brás Cubas e sua amante Virgília.
.
Personagens
Brás Cubas: Ele é o narrador-protagonista, ou o “defunto autor”, como se
define; um morto que decide retratar suas memórias de uma forma irônica.
É dessa posição que ele julga a vida humana.
Virgília: Mulher do político Lobo Neves e amante do protagonista. Ela teve
a oportunidade de se casar com Brás Cubas, mas optou por se tornar
esposa de um homem influente e, ao mesmo tempo, manter um
relacionamento clandestino com o antigo namorado.
Quincas Borba: Amigo de Brás Cubas, ele cria a filosofia do
humanitismo.
Eugênia: Garota claudicante beijada pelo protagonista e depois
desprezada por ele.
.
Marcela: Garota de programa com quem Brás teve um caso quando era
jovem.
Cotrim: Marido de Sabina, irmã de Brás Cubas. Ele é um sujeito grosseiro
na forma de lidar com os escravos.
Nhã Loló: Ela é da família de Cotrim. Sabina faz de tudo para seu irmão
se casar com ela, mas a jovem morre antes da cerimônia.
Dona Plácida: Ex-serviçal de Virgília, ela encobre o relacionamento
marginalizado entre o protagonista e Virgília.
Prudêncio: Antigo escravo de Brás Cubas. Após a conquista da alforria
ele se torna proprietário de um escravo. Nesse serviçal ele revida todas as
crueldades sofridas na sua infância.
Brás Cubas é um homem rico e solteiro que, depois de morto, resolve se
dedicar à tarefa de narrar sua própria vida. Dessa perspectiva, emite
opiniões sem se preocupar com o julgamento que os vivos podem fazer
dele. De sua infância, registra apenas o contato com um colega de escola,
Quincas Borba, e o comportamento de menino endiabrado, que o fazia
maltratar o escravo Prudêncio e atrapalhar os amores adúlteros de uma
amiga da família, D. Eusébia. Da juventude, resgata o envolvimento com
uma prostituta de luxo, Marcela.
Depois de retornar de uma temporada de estudos na Europa, vive uma
existência de moço rico, despreocupado e fútil. Conhece a filha de D.
Eusébia, Eugênia, e a despreza por ser manca. Envolve-se com Virgília,
uma namorada da juventude, agora casada com o político Lobo Neves. O
adultério dura muitos anos e se desfaz de maneira fria. Brás ainda se
aproxima de Nhã Loló, parenta de seu cunhado Cotrim, mas a morte da
moça interrompe o projeto de casamento.
Desse ponto até o fim da vida, Brás se dedica à carreira política, que
exerce sem talento, e a ações beneficentes, que pratica sem nenhuma
paixão. O balanço final, tão melancólico quanto a própria existência,
arremata a narrativa de forma pessimista: “Não tive filhos, não transmiti a
nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
https://www.youtube.com/watch?v=TDXNlcOoS6I
https://www.youtube.com/watch?v=pf3rBK8Bl7o
https://www.youtube.com/watch?v=_ZMRXIaHJyk
http://www.infoescola.com/livros/memorias-postumas-de-bras-cubas/
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/memorias-postumas-
bras-cubas-resumo-obra-machado-assis-700293.shtml
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/memorias-postumas-
bras-cubas-analise-obra-machado-assis-700294.shtml
http://www.releituras.com/machadodeassis_bio.asp