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Revista

Nº 1 set / out 2013

MárcioMesquita serva

Para reitor da unimar,

qualidade é

o grande desafio do

ensino superior no

Brasil

dietas da Modaum perigo para saúde

saúde FísicaPraticar exercícios físicos sem orientação profissional podeser perigoso.

+ maiseconomia

direitosaúde

veterináriameio ambiente

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Editora Abril reconhece qualidade e Unimar recebe 45 estrelas no Guia do Estudante

É sabido que quem conclui o Ensino Superior em Instituições de qualidade possui mais chances de crescer profissionalmente, seja por conquistar novo emprego, por alcançar a promoção tão desejada ou ainda por tornar-se referên-cia no mercado. É este cenário que os formandos da Universidade de Marília (Unimar) estão encontrando após a colação de grau e não é a toa que a Universi-dade não para de receber boas avaliações do Ministério da Educação e outros órgãos de referência.

Nesta semana a Editora Abril publicou a mais nova versão do Guia do Estudante (GE) destinando 45 estrelas para a Unimar. A conquista vem ao encontro do ótimo desempenho de todos os cursos da Universidade nas avaliações do Minis-tério da Educação, comprovando a excelência na formação profissional dos acadêmicos.

Para o coordenador do curso de Fisioterapia Prof. Me. Mauro Audi, que recebeu 4 estrelas no Guia do Estudante, a quantidade de estrelas recebidas revela a qualidade do corpo docente e da estrutura do curso utilizada pelos alunos. “Todos sabem que o Guia do Estudante é uma avaliação de referência nacional e que inspira muitos jovens. Estamos muito felizes, principalmente por saber que os cursos de toda a Universidade estão bem avaliados”, comenta.

A mesma opinião é compartilhada pela coordenadora do curso de Educação Física, Profa. Ma. Rosalina Queiroz. “É um orgulho muito grande, temperado com a emoção do reconhecimento do trabalho em equipe. Contamos com o apoio da mantenedora e pró-reitorias para manter o nosso trabalho alicerçado nos pilares ensino, pesquisa e extensão”, finaliza.

Entre quatro e três estrelas, o Guia também apontou a qualidade dos cursos de Administração, Engenharia Agronômica, Biomedicina, Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem, Engenharia Civil, Farmácia, Medicina Veterinária, Nutrição, Psicologia e Publicidade e Propaganda.

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Índice

Expediente

Diretor Geral: Leonardo Marques

Redação: Rodrigo Viúdes e

Izabel Dias

Administração: Ademir Marques

Diretor de Arte: Leonardo Marques

Foto de Capa: Fausto Roim

Fotografia: Leonardo Marques,

Fausto Roim e divulgação

Revisão: Regina Serva

Fale Conosco

E-mail: [email protected]

Unimar

Fone: (14) 2105-4000

E-mail: [email protected]

04 ColunaEIRELI: Uma nova proposta empresarial

06 ColunaO Ensino Superiore a sua avaliação

07 EngEnhariaUnimar Investe em Tecnologia

08 PsiCologiaOrientação vocacional ajuda abrircaminho para carreira profissional

14 VEstibularUma multidão de sonhos para se construir

16 JustiçaCEJUSCCentro de conciliação garanteatendimento jurídico à população

18 nutriçãoDietas da modaUm perigo para saúde

20 MEio aMbiEntEArborização urbana Um desafio para as cidades

22 soCialUnimar é destaque noProjeto Rondon há 12 anos

26 saúdEAutomedicaçãoUm perigo ao alcance das mãos

28 saúdEAmpliação do Hospital Universitário vai criar mais200 leitos

30 saúdEMá postura é principal causa das dores nas costas

34 dirEitoJulgamento de cátedra Universitários analisam casos de grande repercussão e a influência da mídia

36 adMinistraçãoEconomia que não pesa noorçamento

38 VEtErinária A porta de entrada para as Agrárias

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CapaMárCio Mesquita Serva

24 SaúdeSaúde Físicapraticar exercícios físicos sem orientação de profissional pode ser perigoso.

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Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, também conhecida como Novo Código Civil Brasileiro, foi alterada pela Lei 12.441, de 11 de julho de 2011, para permitir a criação de um novo tipo empresarial chamado

EIRELI, que é Empresa Individual de Responsabilidade Limitada.

A nova lei passou a valer a partir de 08.01.2012 e, após a sua validade, ficou autorizada a constituição de empresa por uma única pessoa e com responsabi-lidade limitada, restringindo-se a responsabilidade do seu titular ao patrimônio empresarial, em proteção ao patrimônio da pessoa natural. Para sua constitui-ção, basta a pessoa ser capaz (18 anos ou ter adquirido a emancipação para fins de constituição de empresa, bem como estar em pleno gozo de suas faculdades mentais) que, após integralizar o capital da empresa à vista, não inferior a 100 salários mínimos vigentes no País, e efetivar o registro da empresa na Junta Co-mercial da respectiva cidade onde estiver locado o estabelecimento da empresa (sede), gozará de todos os direitos previstos na legislação vigente.

Para a formação do nome empresarial deverá ser utilizada firma (nomes dos sócios) ou denominação social (nome fantasia) acrescida, ao final, da expressão EIRELI. A nova lei restringiu a participação de uma mesma pessoa natural em mais de uma EIRELI.

A novidade maior veio com a autorização para que a sociedade (aquela que possui dois ou mais sócios) se transformasse em EIRELI, bastando concentrar todas as suas quotas num único sócio, sem qualquer justificativa ou motivação, e registrar o ato na junta comercial. Essa permissão favorece a mantença da empresa e a exclusão de sócio, no caso de venda de quotas ou até em decorrência de óbito.

Conforme visto, a EIRELI difere das demais sociedades em razão da ine-xistência de sócios, o que certamente facilita o emprego da gestão. O interes-sado em explorar a EIRELI passa a ter ao seu dispor um tipo empresarial que restringe, via de regra, a sua responsabilidade à integralização do capital social, protegendo seus bens pessoais das investidas de credores, que somente poderão buscar os bens empresariais para a satisfação do crédito decorrente da explora-ção da atividade. Com isso também afasta a figura indesejada do sócio que se vinculou à sociedade apenas para compor o mínimo exigido para a sua consti-tuição (duas pessoas).

Professor Jefferson luís Mazzini

Mestre e titular da cadeira de direito empresarial

uNiMar – universidade de Marília

Coluna

EirEliuma nova proposta empresarial

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O sistema institucionalizado de avaliação tem impulsio-nado mudanças significa-

tivas no funcionamento da educação superior, imposto às instituições de ensino superior que fazem parte do sistema federal de ensino. Anterior-mente não havia um direcionamento governamental que conseguisse uni-ficar o trabalho nos cursos de nível superior em busca de um padrão na-cional por curso, ou ainda, não havia critérios, tão claros como há hoje, a respeito do conceito de qualidade para instituições ou cursos superiores.

Em 2004, com a lei 10.861 (BRA-SIL, 2004) ficou instituído o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), implantando um processo nacional de avaliação de instituições, de cursos de graduação e de estudantes. A mesma lei instituiu também a CONAES, no âmbito do Ministério da Educação, vinculada ao Gabinete do Ministro de Estado (órgão colegiado de coordenação e su-pervisão do SINAES).

Assim, a partir da nova definição da avaliação da educação superior, os resultados obtidos passaram a servir de referencial para os processos de regulação e supervisão, tais como cre-denciamento e recredenciamento de instituições de educação superior e a autorização, o reconhecimento e a re-novação de reconhecimento de cursos de graduação.

A partir da implantação do SINA-ES houve intensificação das discus-sões a respeito da qualidade do ensino e dos cursos. Além disso, possibilitou à população acesso aos conceitos ob-tidos que, após publicação no Diário Oficial da União, ficam disponibiliza-dos em página eletrônica do Ministé-rio da Educação.

Para a realização de avaliação ins-titucional passaram a ser considera-das também autoavaliações, que são realizadas pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) e também avaliações externas realizadas por meio de visi-tas “in loco”. Para o desenvolvimento de tais avaliações internas ou externas, foram estabelecidas pelo SINAES dez dimensões que abrangem: a missão e o plano de desenvolvimento institucio-nal; políticas para o ensino, pesquisa, pós-graduação, extensão e normas de operacionalização; responsabilidade social da instituição; comunicação com a sociedade; políticas de pessoal, de carreiras do corpo docente e téc-

nico-administrativo; organização e gestão da instituição; infraestrutura física; planejamento e avaliação, es-pecialmente os processos, resultados e eficácia da autoavaliação institucional; políticas de atendimento a estudantes egressos e, por fim, sustentabilidade financeira.

A avaliação do desempenho dos estudantes dos cursos de graduação, com a aplicação do Exame Nacio-nal de Desempenho dos Estudantes (ENADE), leva em consideração o perfil nacional do profissional de cada curso, assim como as competências e habilidades necessárias para o exercí-cio de cada profissão, apresentados nas Diretrizes Curriculares Nacionais.

Ao avaliar os estudantes de um cur-so, por meio do ENADE, implicita-mente se avaliam os docentes do mes-mo. Avalia-se o fazer pedagógico, que proporcionou ou não a aprendizagem necessária; avalia-se o conhecimen-to a respeito das diretrizes curricula-res nacionais do curso e a capacidade pedagógica do docente em preparar atividades que desenvolvam as com-petências e habilidades nelas descritas.

Assim, a avaliação realizada pelo SINAES pode e deve ser utilizada pelas instituições de ensino superior como um instrumento de estímulo ao desenvolvimento de ações que condu-zam à qualidade!

Coluna

o Ensino superiore a sua avaliação

Drª Andréia Cristina Fregate Baraldi LABEGALINI

coord. do curso de especialização em docência do ensino universitário

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A Universidade de Marília (Unimar) adquiriu recente-mente impressoras 3D que

deverão beneficiar direta e indireta-mente acadêmicos de todos os cursos.

De acordo com o coordenador dos cursos de Engenharia Elétrica e de Produção Mecânica, Prof. Me. Odair Laurindo Filho, o equipamento é res-ponsável pela impressão 3D também conhecida como prototipagem, tec-nologia de fabricação aditiva onde um modelo em três dimensões é criado por sucessivas camadas de material. “Estou orgulhoso pelo empenho da Universidade em inovar a estrutura de seus laboratórios. Essas impressoras irão revolucionar o processo de im-pressão através das prototipagens que serão criadas. Agora é possível proje-tar, calcular, desenhar a peça e impri-mir em três dimensões”, explica.

Segundo ele, a impressão 3D utili-za modelos de objetos virtuais que po-dem ser criados por programas de mo-delação ou scanners 3D. Os modelos

são computacionalmente divididos em camadas que serão impressas aditiva-mente umas em cima das outras para criar o objeto final. “Todos os projetos e trabalhos dos cursos de Tecnologias e Engenharias deverão ser feitos com a máquina, porém alunos de todas as áreas poderão utilizar. Os futuros den-tistas e médicos, por exemplo, poderão fazer protótipos de próteses, ossos e outras matérias”, acrescenta.

Impressionados com estrutura dos laboratórios, os calouros de Engenha-ria de Produção Mecânica, José Ro-berto Zambom Filho e Willen Araú-jo Corte, convidados para auxiliar na montagem, comentaram a aquisição do novo equipamento. “Não conhecia essa tecnologia e não acreditava que poderia ter contato ainda na gradua-ção. Estou ansioso para ver as impres-sões 3D”, comenta Zambom.

Ainda falando em tecnologia, estão disponíveis nos laboratórios das enge-nharias as unidades do Mindstorms NXT, módulos de automação da em-presa Lego. De acordo com a docente da disciplina Eletrônica de Potência, Daniela Gonzales Tinóis, o equipa-mento é a versão mais avançada com processador mais potente, software próprio e sensores de luz, toque e som, permitindo a criação, programação e montagem de robôs com noções de distância, capazes de reagir a movi-mentos, ruídos e cores e de executar movimentos com razoável grau de precisão. Os novos modelos permi-

tem que se criem não apenas estru-turas, mas também comportamentos, permitindo a construção de modelos interativos, com os quais se aprendem conceitos básicos de ciência e de en-genharia. São 431 peças entre bloco programável NXT, sensores, sof-tware de programação NXT e peças LEGO Technic como blocos, vigas, eixos, rodas, engrenagens e polias. O equipamento é, sem dúvida, de suma importância para o aprendizado em automação, controle, robótica, progra-mação e projetos”, explica a docente.

Manuseando os novos módulos, o acadêmico Marlon Antônio dos San-tos Miguel acredita que o investimen-to qualifique ainda mais o ensino prá-tico aos alunos. “Esses equipamentos da Lego, uma das principais fabrican-tes do mundo, são ótimos para apri-morar os conhecimentos robóticos e de programação dos estudantes, pois são avançados, contudo de fácil enten-dimento”, finaliza.

A área de engenharia e arquitetura da UNIMAR é destaque no cenário nacional do ensino superior, com no-tas positivas do Ministério da Educa-ção e do Guia do Estudante da Edi-tora Abril.

Para aqueles interessados em visitar as instalações das áreas de exatas da Universidade, agende uma visita até o Campus Universitário, pois será um prazer receber a comunidade de Ma-rília e região.

Engenharia

unimar investeem tecnologiaa unimar não para de investir em equipamentos que qualifiquemainda mais os laboratórios de seus cursos.

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A escolha de uma profissão, um curso técnico ou mesmo uma atividade voluntária pode gerar dúvi-das em diferentes momentos da vida. A Faculda-

de de Psicologia da Unimar oferece atendimento de orien-tação vocacional tanto para os estudantes da universidade como para população em geral.

Segundo a psicóloga Rosana Guilhen, supervisora de estágio em psicologia escolar, o objetivo da orientação vo-cacional é favorecer as escolhas conscientes e adequadas às circunstâncias de cada pessoa. Com a opção correta, é pos-sível evitar frustrações futuras e o abandono do curso. “A escolha adequada é vital para ter uma profissão de sucesso”, disse.

Vários fatores são levados em conta para ajudar o indiví-duo a escolher corretamente o rumo profissional. Caracte-rísticas de personalidade, disciplinas da grade curricular do curso, ambiente de trabalho, tipo de atividade que irá de-senvolver; tudo isso deve ser considerado no momento de escolher uma profissão. “Por exemplo, uma pessoa dinâmi-ca, extrovertida, proativa que vá trabalhar em um ambiente fechado, sem contato com o público, não vai se realizar. O contrário também, uma pessoa tímida pode se frustrar em uma profissão que exija desinibição”.

O trabalho de orientação vocacional é feito em várias sessões que incluem entrevistas, dinâmicas, levantamento de interesse. O primeiro passo é voltado a questões mais subjetivas como características de personalidade, gostos pessoais, afinidades. É preciso ainda analisar questões prá-ticas, como planejamento econômico para formação, loca-lização geográfica, uma visão ampla de responsabilidade no futuro. O processo de orientação vocacional leva em torno de dez sessões. “A vocação não nasce, faz-se. É resultado de todo um processo construído através da personalidade, cultura, experiências do ambiente”, disse.

A psicóloga Rosana Gui-lhen explica que a clínica atende universitários e tam-bém jovens do colegial que buscam informações para melhor escolha do curso su-perior. Porém a orientação vocacional pode ser feita em qualquer fase da vida. É indicada para escolha de um curso técnico e também para aposentados que bus-cam iniciar uma atividade voluntária. “Temos muita procura por parte de alunos do ensino médio. E também temos casos de alunos que iniciaram um curso superior e depois da orientação voca-cional mudaram de curso”.

Profª. rosana guilhen Psicóloga

orientação vocacional ajuda abrircaminho para carreira profissional

Psicologia

DICAS PARA ESCOLHA DA PROFISSÃO

- Ter consciência de sua personalidade e quais características irão facilitar ou difi-cultar a escolha de determinadas áreas;

- Verificar os aspectos educacionais, eco-nômico (condições financeiras para custe-ar o curso) e afetivos (se está disposto a viver em outras cidades, longe dos fami-liares, se a profissão exigir);

- Conhecimento sobre a profissão no mer-cado de trabalho, tendências, jornada de trabalho, salários, dia-a-dia da profissão;

dicas+

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Para reitor da unimar, qualidade é o grande desafio do ensino superior no Brasil

Pioneiro na implementação do ensino superior privado em Marília, o reitor da Unimar,

Márcio Mesquita Serva, analisa as mudanças que o setor enfrentou nos últimos anos no Brasil. A Associação de Ensino de Marília iniciou em 1956 com o curso de ciências econômicas, o primeiro curso superior de Marí-lia. Pouco tempo depois passou a ser oferecido o curso de educação física, em local onde hoje funciona o Tenda Hotel. Com o passar dos anos, novos cursos foram surgindo e por volta de 1975 foi construído o campus uni-versitário. Chegavam estudantes de todas as regiões do Brasil e em 1988 a Faculdade se transformou em uni-versidade.

Hoje a Unimar é a universidade privada com o maior campus do Bra-sil. São 350 alqueires e 240 mil metros de área construída. Para o reitor, nos últimos anos o ensino superior priva-do sofreu mudanças com a abertura de novas faculdades em todo país. Se-gundo dados do MEC (Ministério da Educação), o número de instituições privadas dobrou nos últimos dez anos. Eram 1.004 em 2000 e passaram para 2.100 em 2010. Márcio Mesquita afir-ma que o Governo se preocupa mais com estatísticas e menos com quali-dade e defende maior investimento no ensino fundamental para fortalecer o nível do ensino superior.

MárCioMesquita serva

Capa

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“O Governo trabalhaem cima de estatísticas,enós em cima de qualidade”

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Revista U: Qual o maior desafio para o ensino superior no Brasil?Márcio Mesquita Serva: A grande verdade é que nossos governantes não priorizaram a qualidade do ensino, isso desde o ensino fundamental até os cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. O Brasil teria que investir nas escolas do ensino fundamental, principalmente nas públi-cas, para que os alunos tivessem base de qualidade no en-

sino fundamental e aí sim exigir do terceiro grau uma se-gurança maior para que comércio, indústria, funcionalismo público tivessem profissionais com a qualidade necessária para o país assumir um rumo de primeiro mundo. Exis-te muita promessa do governo de bolsa de estudo fora do Brasil, pós-graduação, mas o ensino básico, fundamental foi esquecido.

Revista U: Como o senhor vê programas do Governo como Prouni e Fies, que ampliaram o acesso dos jovens ao ensino superior?Márcio Mesquita Serva: Nesses últimos 20 anos, realmen-te o governo se interessou mais pela estatística no ensino de terceiro grau. E com isso criou inúmeros cursos superio-res, fazendo com que aumentasse o número de alunos no ensino superior público e também nas escolas particulares, com o Prouni e o Fies. O Prouni é uma troca de tributação de PIS e Cofins com as escolas particulares, dando 10% de seu número de vagas a alunos que não têm condições financeiras para custear seus cursos. O Fies é o financia-mento para que os alunos possam cursar, financiando com pagamento de longo prazo a juro barato. Isso tudo benefi-ciou muito tanto o ensino público, como o privado.

Revista U: A lei de cotas nas universidades o senhor vê como positiva ou negativa?Márcio Mesquita Serva: Hoje temos o sistema de cotas muito discutido nas escolas públicas federais, mas muitos dos reitores ainda não o aceitam plenamente. Vai benefi-ciar um lado da população em prejuízo de outro. Vai criar uma diferenciação de baixo e médio poder intelectual. Dificilmente os alunos de cotas acompanharão o nível de ensino de uma universidade pública federal se não houver um reforço para que haja uma suplementação do ensino fundamental. Para os cursos de engenharias, há uma ne-cessidade de ensino nivelador no início com as disciplinas de matemática, física e até português porque os alunos vêm com uma deficiência grande do ensino médio. Hoje vemos no Brasil uma suplementação do curso superior, que é o ensino a distância, que não está exigindo uma qualificação adequada e faz com que o próprio mercado de trabalho não aceite. A qualificação do ensino fundamental resolveria o problema no Brasil.

Revista U: O ensino a distância também teve crescimento nos últimos anos com o surgimento de novas instituições que oferecem essa modalidade de ensino .Como o senhor avalia isso?

“Nos últimos dez anosa Unimar investiu muito naárea de saúde, que é a área que o Governo menos investiu”

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Márcio Mesquita Serva: Entendemos que ensino a distân-cia, num país do tamanho do Brasil, é válido onde não haja condições do ensino presencial e para pessoas mais velhas, que já se qualificaram, já trabalharam e têm noção do que buscam. Agora um aluno jovem, de 18 a 20 anos que entra no ensino a distância sem o preparo e acompanhamento do professor, acredito que dificilmente terá uma qualificação desejada para profissionalização. Porque ninguém estuda sem ter a continuidade na vida profissional e dificilmente só com o ensino a distância sem a experiência de vida, de estudo, ele vai chegar no ponto que gostaríamos da edu-cação.

Revista U: Levantamento divulgado esse ano mostra que nas universidades públicas a procura pelos cursos de Enge-nharia superou Direito, que era o mais procurado. A Uni-mar também registrou esse aumento?Márcio Mesquita Serva:: Na Unimar aumentou 100% a procura nas áreas de engenharia. A grande verdade é que o crescimento econômico no Brasil e também em vários países do mundo, vem acompanhado das áreas de enge-nharia e também no setor imobiliário. E com a melhora nos salários das classes D e E, as pessoas passaram a ter oportunidade de ter sua moradia, favorecendo o mercado dos arquitetos e engenheiros. Com isso a indústria, mesmo com dificuldade de crescer, tem procurado incentivar seus técnicos e engenheiros para qualificar seu produto e com isso o aumento dos parques industriais, que vão necessitar desses profissionais.

Revista U: Para a universidade qual o desafio para oferecer bons profissionais para as áreas de engenharia?Márcio Mesquita Serva: Hoje temos cerca de 500 alunos na área de engenharia; é um setor que vai crescer muito e estamos investindo. Foi investido em equipamentos, bi-blioteca e professores. Estamos também procurando pro-fessores com mestrado e doutorado nesta área. Os enge-nheiros procuram mais ir para a área profissional e não à acadêmica e com isso é mais difícil contratar professores com títulos nessa área.

Revista U: Os cursos do setor de agrárias da Unimar sem-pre foram destaqueMárcio Mesquita Serva: Temos os cursos de veterinária, zootecnia e agronomia. Investimos bastante, principal-mente nas áreas de animais, hoje estamos entre as melho-res escolas de veterinária do país. Estamos inclusive traba-lhando com a mais alta tecnologia e produzindo clones, o

que faz com que o Brasil todo se interesse em saber o que acontece na Unimar na parte de ciências agrárias. A nossa faculdade de veterinária foi a primeira faculdade particular do Brasil, isso há mais de 35 anos. Esses alunos formados aqui foram espalhados pelo Brasil todo, atuando não só em fazendas, mas em centros de pesquisa e universidades.

Revista U: Quais as últimas novidades da Unimar no setor de bovinos ?Márcio Mesquita Serva: Temos investido muito no setor de bovinos e equinos de qualidade e isso para o Brasil ain-da é um setor novo. Nós daqui para frente teremos novas tecnologias, na área de criação, confinamento e na distri-buição da carne de bovinos e também de ovinos. É uma área que tem tudo para crescer e fazer com que o Brasil seja um grande exportador.

Revista U: Hoje a Unimar está mais focada na qualidade de cursos?Márcio Mesquita Serva: Nos últimos dez anos a Unimar tem investido muito na área de saúde, que é a área que o Governo menos investiu porque é muita cara, requer hos-pitais, laboratório, clínicas específicas. Nossos cursos da área de saúde como medicina, nutrição, enfermagem, fi-sioterapia, psicologia, biomedicina, educação física, farmá-cia, odontologia fizeram com que a universidade investisse muito porque há menor concorrência. Agora estão sendo criadas escolas no norte, nordeste e centro oeste, mas antes os alunos vinham para o estado de São Paulo. Hoje esta-mos perdendo parte desses alunos porque foram criadas novas escolas. O governo trabalha em cima de estatística e nós em cima de qualidade.

Revista U: Os cursos da área de saúde continuam sendo destaque na UnimarMárcio Mesquita Serva: Sim. Nossos cursos trabalham com critérios absolutamente para cumprir a meta de qua-lidade, fazendo com que nossos alunos tenham residência e pós-graduação na própria escola. Marília é muito bem atendida na área de saúde e não só a Unimar mas tam-bém na Famema há cursos de qualidade. Tivemos a última fiscalização do Ministério da Educação e tivemos a nota 4 (de 0 a 5). Estamos trabalhando na faculdade de medi-cina, com hospital próprio, passando por uma revisão dos hospitais para que possamos galgar a posição de hospital de ensino e isso representa maior número de residências, cursos de mestrado e doutorado nas áreas de saúde.

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As placas dos consultórios ga-nharão em breve a menção de novos doutores, outros

professores se assentarão nas acade-mias e milhares de jovens e adultos poderão agregar ao nome uma profis-são que nasceu de um sonho, algum tempo atrás.

É justamente neste momento de decisão que milhares de calouros, jo-vens ou idosos, começam a encami-nhar os seus sonhos cravando suas inscrições na nova ‘temporada’ de ves-tibulares que acaba de começar no en-sino superior de Marília.

Referência por sua diversidade de opções, a Unimar (Universidade de Marília) promete atrair uma nova multidão para seus cursos de bacha-relado e tecnologia. As provas acon-tecem nos dias 6 de outubro para a Medicina e 10 de novembro para os outros cursos.

As taxas de adesão são de R$ 350 e R$ 50, respectivamente. Os aprovados têm a opção de custearem parte ou a integralidade das mensalidades pelo Fies (Fundo de Financiamento Estu-dantil) ou ProUni (Programa Univer-sidade Para Todos).

reabertura da temporada de vestibulares renova esperança de estudos e carreiras para futuros calouros

uma multidão de sonhos para se construir

Vestibular

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Os sonhadores, ainda indecisos sobre qual formação de-vem buscar, puderam conhecer melhor a estrutura da insti-tuição em mais uma edição do programa “Unimar Aberta”. O evento contou com uma feira de profissões e “tours” pelas dependências dos cursos.

“Marília tem uma universidade que atende plenamente toda a nossa região”, enfatiza a Pró-reitora de Ação Co-munitária da Unimar, Fernanda Mesquita Serva – filha do fundador e reitor da instituição, Márcio Mesquita Serva.

Ela apontou os cursos de Direito e Medicina como os que, por certa tradição, seguem como os que mais inspiram futuros vestibulandos na Unimar. “A estrutura e as parce-rias oferecidas nestas duas áreas são um atrativo especial para quem deseja exercer essas duas profissões”. Ao mesmo tempo enaltece todos os cursos que a Unimar oferece por ter a certeza da excelência na qualidade.

De todo o contingente que, anualmente, procura a uni-versidade para tornar realidade antigos sonhos, pelo menos, 70% são da própria cidade e ocupam, em sua maioria, os cursos noturnos. “É gente determinada que vem para cá com o objetivo de vencer”, conclui.

“Marília tem uma universidade que atende plenamente toda a nossa

região”

Fernanda Mesquita Serva Pró-reitora de ação

comunitária da unimar

CUrSoS

área i - Ciências Humanas e Comunicação Social

AdministraçãoCiências Contábeis DireitoJornalismoLetras – Português/InglêsPedagogiaPublicidade e PropagandaServiço Social

área ii – Ciências exatas

Arquitetura e UrbanismoEngenharia CivilEngenharia ElétricaEngenharia de Produção Mecânica

área iii – Ciências Biológicas e da Saúde

BiomedicinaEducação FísicaEnfermagemFarmáciaFisioterapiaMedicinaNutriçãoOdontologiaPsicologia

área iV – Ciências agrárias

Engenharia AgronômicaMedicina VeterináriaZootecnia

área V – Superior de Tecnologia

Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de SistemasSuperior de Tecnologia em Recursos HumanosSuperior de Tecnologia emManutenção Industrial

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Parceria entre o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Unimar e algumas empresas privadas trouxe para dentro do campus da Unimar, o Cejusc (Cen-

tro Jurídico de Solução de Conflitos, Mediação e Cidada-nia). O órgão do Poder Judiciário atende gratuitamente a comunidade de Marília e contribui para formação acadê-mica dos alunos do curso de Direito da Unimar.

O Cejusc é administrado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e destinado à solução de conflitos de forma rápida e eficaz nas áreas de família, direito do con-sumidor, patrimonial, além de assuntos como acidente de trânsito, locação e cobranças. Segundo a chefe do Cejusc, Glória Regina Dall Evedove, o objetivo é a pacificação social com uma nova linha de pensamento da Justiça. “O intuito é agilizar a solução através da conciliação das partes envolvidas”. O serviço é oferecido tanto para pessoa física como jurídica.

O centro tem grande procura na área de família, em casos de separação, divórcio, pensão alimentícia e reco-nhecimento de paternidade. Nas ações de identificação de paternidade, o Cejusc acompanha todo processo, desde o exame de DNA até a fixação de pensão e acerto das visitas. Tudo é feito para agilizar a solução do conflito atendendo as necessidades dos envolvidos. Parceria firmada com um laboratório da cidade permite que o exame de DNA seja feito com preço abaixo do custo e pagamento parcelado.

As sessões de conciliação são realizadas por profissionais conciliadores e mediadores que foram treinados, capacita-

dos e habilitados pelo Tribunal de Justiça. São realizadas, em média, doze audiências pela manhã e doze à tarde. Se-gundo a chefe do Cejusc, 30 dias após a audiência, a pessoa já tem um primeiro resultado.

Glória Dall Evedove afirma que a parceria da Unimar no Cejusc é de grande importância. A Unimar cedeu o espaço, os equipamentos tecnológicos e também seis es-tagiários da Faculdade de Direito. Alunos estagiários do curso de psicologia também dão suporte principalmente nos atendimentos na área de família. Eles fazem uma tria-gem e se houver necessidade a pessoa é encaminhada para a Clínica de Psicologia da Unimar.

De acordo com o Tribunal de Justiça, até janeiro de 2013, foram instalados 51 Cejusc de primeira instância em todo Estado de São Paulo. Com a criação desses centros, vão ficar para a Justiça os processos que realmente são mais complicados e demandam maior estudo por parte do Judi-ciário. O Cejusc ajuda a solucionar questões mais simples de forma mais rápida e através da conciliação entre as par-tes.

O Cejusc de Marília fica dentro do campus da Unimar, no bloco VI (ao lado da Biblioteca)

CEJusCcentro de conciliação garante atendimento jurídico à população

info+O atendimento é de segunda a sexta

das 9h às 12h e das 13h às 17h Fone (14) 2105.4018

Justiça

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dietas

Modaum perigo para saúde

da

Nutrição

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da

Quando o assunto é perder peso, inúmeras receitas, alimentos e dietas são oferecidos no mercado. O sonho de emagrecer de forma rápida parece fa-

zer parte do objetivo da maioria das mulheres brasileiras. Mas o perigo de optar por dietas sem antes consultar um profissional pode desencadear sérios problemas de saúde e principalmente grande frustração.

A clínica de nutrição da Unimar oferece atendi-mento para pessoas de todas as idades, voltado para reedu-cação alimentar tanto para quem pretende apenas perder peso, como para pacientes que tratam de doenças que ne-cessitam de dietas específicas.

Segundo a professora Mara Silvia Foratto Mar-conato, coordenadora do curso de Nutrição, existe uma exploração muito grande, por parte da mídia, de dietas de diferentes tipos que na verdade prejudicam a saúde das pessoas. Ela explica que muitas dietas podem gerar carên-cias nutricionais graves de vitaminas e minerais, que po-dem acarretar sérios problemas de saúde.

Muitas pessoas que optam por dietas muito res-tritivas de calorias, na verdade também estão deixando de ingerir proteínas e minerais importantes para saúde. “Às vezes a pessoa reduz o número de refeições, reduz o volume mas não melhora a qualidade nutricional. Com isso ela não perde gordura e sim massa magra”, explica. A associação da dieta adequada e prática de atividade física é o que facilita

o processo de composição corporal.

Mara Marconato explica que as pessoas que buscam perder peso devem ter em mente principal-mente a manutenção da saúde, daí a importância de se procurar um profissional nutricionista que seja espe-cialista nesse tipo de aten-dimento. É preciso ter uma

alimentação balanceada; não há proibição de alimentos, somente em casos de pessoas com doenças específicas. “O nutricionista pode avaliar o indivíduo bioquimicamente, investigar clinicamente em relação ao excesso ou deficiên-cia de nutrientes”.

A principal dica é evitar alimentos industrializa-dos na dieta, já que eles contêm alto teor de sódio. A ali-mentação diária deve ser colorida, variada, com todos os grupos da pirâmide alimentar. A base deve ter carboidratos complexos, como grãos, tubérculos e raízes. A nutricionista explica que a orientação nutricional é elaborada a partir do perfil da pessoa e sua rotina diária, para que o cardápio seja adaptado às suas condições.

Alimentar-se corretamente também é condição essencial para pessoas que sofrem de algumas doenças, como diabetes e hipertensão. A clínica de nutrição da Uni-mar atende crianças e adultos de todas as faixas etárias e também pacientes encaminhados pelos serviços de saúde. Na clínica é avaliado o IMC (Índice de Massa Corpórea) e identificado o percentual de massa gorda. No teste de bioimpedância é possível identificar a composição corpo-ral, além dos percentuais de gordura, massa magra e hidra-tação.

Profª. Mara silvia MarconatoNutricionista

DICAS PARA UMA BOA ALIMENTAÇÃO

- Procurar um profissional nutricionista para obter orientação

- Manter alimentação variada, com muitas frutas, legumes e grãos

- Ingerir água ao longo do dia

- Evitar alimentos industrializados

- Não há alimentos proibidos e sim os que devem ser consumidos com moderação

- Associar a dieta com uma atividade física

- Alimentar-se corretamente deve ser um hábito e fazer parte da rotina

dicas+

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arborização urbana um desafio para as cidades

A arborização urbana é essencial para qualidade de vida dos moradores das cidades, contribuindo para o equilíbrio da fauna, qualidade do ar, além

de manter a beleza da paisagem. Mas se realizada de forma inadequada e sem planejamento, pode se tornar um trans-torno para população e para o poder público.

A escolha das espécies de árvores adequadas para o es-paço urbano é um desafio, diante do crescimento das cida-des e da necessidade de manter o asfalto e as áreas verdes em harmonia. O engenheiro agrônomo Ronan Gualberto, da Faculdade de Agronomia da Unimar, explica que a ar-borização urbana é fundamental para garantir o conforto e bem-estar de quem vive na cidade. As árvores funcionam como um filtro ambiental, reduzindo a poluição, ameni-zando o calor e abafando os ruídos. As árvores contribuem ainda no combate à erosão e servem de abrigo e alimento para as aves.

O agrônomo explica que em Marília há muitas árvores de espécies inadequadas plantadas na área urbana. O que se percebe é que não houve planejamento para arborização da cidade e com isso muitas árvores plantadas em avenidas e calçadas tiveram de ser retiradas por danificarem calçadas e rede de esgoto das residências.

Ele explica que na ar-borização urbana é preciso analisar vários aspectos para que a escolha da espécie seja benéfica. É preciso verificar o tamanho da raiz, largura da calçada, pontos de ôni-bus no local, fiação elétrica, porte da árvore, e se o plan-tio será feito em avenidas públicas, praças, jardins ou locais privados.

O agrônomo afirma que a Manguba, espécie plantada em grande quantidade em Marília, não é ideal pois tem fruto grande que ao cair pode danificar veículos. É preciso conhecer as características de cada árvore antes de optar por determinada espécie na área urbana. Deve ser uma es-pécie resistente a pragas e doenças, não deve produzir fru-tos grandes, os troncos e ramos devem ter lenho resistente, para evitar queda na via pública; o sistema de raiz deve ser profundo, evitando-se árvores com sistema radicular superficial, que pode prejudicar as calçadas e fundações de prédios e muros.

Entre as espécies que não são indicadas para plantio em calçadas e canteiros centrais podemos citar a Mangueira, Figueiras, Pinheiros, Grevilha, Flamboyant gigante, Euca-lipto, Chorão, Araucária e Palmeiras em geral.

Ronan Gualberto cita o Oiti como uma boa espécie para área urbana, que pode ter a copa moldada e o siste-ma de raiz não oferece problemas para as calçadas. O Ipê também é indicado e as flores dão um colorido especial à cidade. A principal orientação para população é que sem-pre ao plantar uma árvore na frente de casa, busque antes informações sobre a espécie escolhida, suas características, floração, porte e raiz.

Prof.ronan gualbertoengenheiro agrônomo

Meio Ambiente

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Social

Alunos de vários cursos da Unimar têm a oportu-nidade de participar do Projeto Rondon, um dos maiores projetos sociais e educacionais do país.

Há doze anos a Unimar encaminha anualmente equipe formada por alunos e professores para diferentes pontos do país, proporcionando uma experiência única de aprendiza-do.

Esse ano o grupo foi para o Pará, onde permaneceu por 20 dias no mês de julho. Os alunos foram acompanhados de professores e ficaram alojados em escolas nas cidades que receberam o projeto. Segundo o professor Vitor José Miranda das Neves, coordenador do grupo que seguiu para o Pará, durante o período em que permanecem na cidade, os alunos são inseridos na comunidade e oferecem atendi-

mentos que possam melhorar a qualidade de vida dos mo-radores em todas as áreas.

Participam do Projeto Rondon alunos que já completa-ram pelo menos 50% do curso ou que estejam cursando o último ano. Esse ano, o grupo da Unimar atuou junto com o grupo da Universidade Fumec, de Belo Horizonte (MG).

A Unimar enviou alunos dos cursos de Pedagogia, Agro-nomia, Biomedicina, Farmácia, Medicina, Educação Física e Tecnologia de Alimentos. O aluno Leandro Marzola, do curso de Farmácia, ficou em um navio-hospital da Mari-nha, que desceu o rio Amazonas com profissionais de saúde prestando atendimento às comunidades ribeirinhas.

“Para os alunos é uma experiência de vida, já que estarão

unimar é destaque noProjeto rondon há 12 anos

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em contato com culturas regionais diferentes, locais de ex-trema miséria e muito diferentes da realidade do local onde vivem”, disse o professor Vitor das Neves.

Durante o período em que permanecem na cidade, os alunos buscam desenvolver projetos e atividades em sua área de estudo, que possam ser aplicados pelas comunida-des.

Entre as várias ações propostas pelos alunos da Unimar estão educação inclusiva, uso de medicamentos fitoterá-picos, orientação sobre higiene e DSTs (Doenças Sexu-almente Transmissíveis), cultivo de hortaliças e utilização correta de defensivos agrícolas, aproveitamento de frutas e legumes, incentivo à prática de atividade física e outras.

o que É o ProJeto roNdoN

o Projeto rondon é uma ação do Gover-no Federal, coordenada pelo Ministério da defesa, com a participação de outros ministérios e apoio das Forças armadas.

Proporciona aos universitários de todas as regiões brasileiras a oportunidade de conhecer o Brasil, ao mesmo tempo em que realizam ações em proveito das co-munidades que os recebem e qualificam seu saber acadêmico.

o decreto de criação do Projeto rondon estabelece que as regiões prioritárias de atuação são aquelas de maiores índices de pobreza e exclusão social, bem como áreas isoladas do território nacional que necessitem de maior aporte de bens e serviços.

info+

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O profissional de educação física é preparado para mi-nistrar exercícios físicos para pessoas de todas as idades, in-clusive idosos e gestantes.

O Curso de Educação Física da Unimar forma profis-sionais desde 1971 e atualmente oferece as áreas de ba-charelado para que o profissional atue com promoção em saúde nos clubes, academias, spas, hotéis e como personal trainner; e há ainda o curso de licenciatura para habilitar a atuação em escolas das redes pública e particular. O curso tem quatro anos de duração e toda estrutura como piscinas, academia, equipamentos de ginástica e laboratórios. O La-fipe (Laboratório de Avaliação Física e Prática Esportiva) é um campo de estágio para os alunos, pois oferece exercícios

saúdeFísica

Praticar exercícios físicos sem orientação de profissional pode ser perigoso.

Decidir praticar uma atividade física para melhorar a qualidade de vida, perder peso ou por orienta-ção médica requer muita atenção.

Hoje a prática de atividade física é diretamente associada a saúde e bem-estar, mas é preciso procurar um profissional da área para evitar frustrações e até lesões físicas graves.

Segundo a coordenadora do curso de Educação Física da Unimar, Rosalina Queiróz, quem pretende iniciar uma atividade deve primeiro procurar um profissional de edu-cação física, para que possa receber orientações de forma correta, de acordo com seu objetivo.

“É preciso pensar que a atividade física é um investi-mento em saúde e por isso deve-se procurar um profissio-nal que vai dizer o que é melhor, de acordo com o biotipo da pessoa, os objetivos, quanto tempo será utilizado”, disse.

A professora afirma que a atividade física deve ser reali-zada com prazer e por isso o profissional é capaz de analisar o perfil de cada um, que tipos de atividade gostam e de que forma a regularidade da atividade pode ser mantida para se obter o melhor resultado. “A atividade física não pode ser um fardo, deve ter prazer. O exercício físico é orientado, sistematizado e com objetivo definido e isso encontramos com o profissional de educação física”.

Saúde

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físicos para funcionários, alunos e a comunidade. O Lafipe oferece avaliação física, musculação, fitness, natação, hidrogi-nástica, artes marciais. Os alunos ainda desenvolvem pesqui-sas juntamente com outros cursos da universidade.

A matriz curricular é completa e oferece disciplinas como bioquímica, nutrição, anatomia, fisiologia, atividade física adaptada, ginástica rítmica, e também voltada à orientação específica para grupos de risco como obesos e diabéticos. A Unimar mantém alunos de educação física no Sest/Senat e secretarias de esportes de cidades da região. Na área de pes-quisa, alunos atuam também em escolas públicas.

“a atividade física não pode ser um fardo, deve ter prazer.”

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Tomar medicamentos sem consultar um especialis-ta é hábito entre grande parte dos brasileiros mas representa um grande perigo à saúde. A autome-

dicação e principalmente a interação medicamentosa po-dem agravar problemas de saúde e até levar à morte.

A coordenadora dos cursos de Farmácia e Biomedicina da Unimar, Lara Casadei Ubeda, afirma que automedica-ção é comum em pessoas de todas as idades, principalmen-te entre os mais idosos. “Temos uma cultura de um vizinho indicar um remédio para o outro e a pessoa tomar sem qualquer informação. Isso é muito sério”, disse.

Nos idosos, que geralmente sofrem de problemas como hipertensão e diabetes, a automedicação pode agravar ain-da mais o quadro das doenças já existentes e provocar no-vas enfermidades como úlcera, comprometimento renal e até ataque cardíaco.

Lara Ubeda fala sobre alguns medicamentos aparente-mente inofensivos dos quais a população faz uso diário e que podem acarretar problemas de saúde. No caso do pa-racetamol, se a pessoa que utiliza estiver com deficiência nutricional, quando o medicamento é metabolizado pelo organismo, pode levar a uma hepatite. O jovem que costu-ma ingerir álcool e toma paracetamol pode ter uma hepa-tite alcoólica.

A aspirina, se ingerida por uma pessoa que tem úlcera e ainda não sabe, pode agravar ainda mais o quadro pois a aspirina é um ácido. Quem já tem problemas renais deve

ficar atento com o uso de anti-inflamatórios pois pode ter insuficiência renal.

A professora afirma que em relação ao uso de antibió-ticos é realmente necessário que a venda seja rigidamen-te controlada. “Há pessoas com inflamação na garganta e toma antibiótico mas muitas vezes não se trata de infecção. É preciso identificar o microrganismo para prescrever o antibiótico ideal para o caso”.

Outro ponto importante no uso de medicamentos é quanto a prescrição dada pelo médico que deve ser seguida corretamente. Se foi indicado para ser tomado pela manhã, deve ser tomado nesse período, caso contrário o organismo não irá metabolizar o remédio de forma eficiente. Os me-dicamentos de uso contínuo devem ser tomados sempre no mesmo horário. A boa nutrição do paciente também é determinante para eficácia dos remédios prescritos.

Observar a data de validade dos medicamentos e guar-dá-los em local ideal é de suma importância. “Quando o medicamento venceu, não deve ser consumido. Os remé-dios também não devem ser guardados em lugares úmidos como o armário da pia e do banheiro”, explica a professora.

A automedicação pode representar um perigo se a pes-soa já faz uso de outros medicamentos. “Cada pessoa é úni-ca. Temos que pensar que um remédio que serviu para uma pessoa pode não servir para outra. Podem ocorrer reações adversas, efeitos colaterais e desenvolver outras doenças”.

Saúde

autoMEdiCação um perigo ao alcance das mãos

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Com previsão de entrega para o final de 2013, as obras de ampliação do Hospital Universitário da Unimar irão melhorar toda estrutura de atendi-

mento e otimizar o acesso dos pacientes a todos os serviços.

São 15 mil metros de área construída, dobrando o tama-nho atual do HU e aumentando sua capacidade. Segundo Márcia Mesquita Serva Reis, diretora da Associação Bene-ficente Hospital Universitário, o hospital passará a contar com mais 200 leitos e os laboratórios de análises clínicas será remanejado para o novo prédio facilitando o atendi-mento e ampliando seu parque tecnológico.

O Hospital Universitário passa a oferecer serviços de oncologia e também será ampliado o centro cirúrgico. Atu-almente são sete salas e após a ampliação serão dez salas para cirurgia. A diretora Márcia Serva Reis afirmou ain-da que a obra vai permitir uma reorganização dos serviços para facilitar o acesso dos pacientes a todos os setores do hospital. Mais um aparelho de ultrassonografia e de raio-X serão instalados no térreo do novo prédio.

Os 200 novos leitos serão oferecidos para atender ao SUS (Sistema Único de Saúde) e em conjunto com a Se-cretaria Municipal de Saúde o hospital vai atender as áreas de maior necessidade do município.

ampliação do hospital universitário vai criar mais 200 leitos

Saúde

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Márcia Mesquita serva reisdiretora do aBHu

(associação Beneficente Hospital universitário)

Atualmente o Hospital Universitá-rio da Unimar está credenciado pelo SUS para atendimento de média com-plexidade, procedimentos clínicos e ci-rúrgicos, UTI adulto e UTI neonatal.

O hospital também realiza exames laboratoriais e de análises clínicas e de diagnóstico por imagem para o muni-cípio de Marília, sendo pioneiro nos exames de ressonância magnética.

Oitenta por cento das cirurgias eletivas de média complexidade re-alizadas pelo SUS em Marília estão ocorrendo no HU, além de inúmeras internações clínicas. Com o novo pré-dio, o objetivo é ampliar o número de atendimento em todos os setores e in-tensificar a busca pelo credenciamento de alta complexidade do SUS, já que o hospital está totalmente equipado e capacitado para esse fim.

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Má postura é principal causa das dores nas costas

Saúde

As atividades do dia-a-dia, o trabalho excessivo, o tempo curto para realizar as tarefas acabam provocando dores pelo corpo causadas, na maioria das vezes, pela postura incorreta. Desde

o momento em que levantamos da cama após uma noite de sono até o final da jornada de trabalho, nosso corpo está exposto a uma série

de movimentos que, se não forem realizados da forma correta, podem acarretar sérios problemas.

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Segundo a professora Andrea Maria Abud Priedols, da área de ergonomia, reabilitação motora e saúde do Curso de Fisioterapia da Unimar, a postura errada é responsável por grande parte das dores no corpo que as pessoas sofrem. O simples ato de varrer a casa ou pegar uma caixa do chão podem causar lesões se não forem executados adequadamente.

Em todo tipo de tarefa estamos sujeitos a ganhar dores pelo corpo. Quem usa a moto para trabalhar por muito tempo deixa a coluna na mesma posição e pode sofrer lesões. No escritório muito tempo sen-tado, usando o computador por horas seguidas e sem cumprir as pausas adequadas, pode-se sofrer com as LER (Lesões por Esforços Repetitivos).

Andrea Priedols explica que na área de ergonomia, a clínica de fisioterapia da Unimar realiza um trabalho de ginástica laboral em empresas, escritórios e tam-bém no hospital. A ginástica laboral tem a função de prevenção das lesões por esforços repetitivos e doen-ças osteomusculares relacionadas ao trabalho. Tam-bém traz benefício ao funcionário no sentido de evitar o estresse e melhorar o ambiente de trabalho. Para a empresa representa menos afastamentos e faltas no trabalho por doença.

São realizados três tipos de ginástica: aque-cimento de 10 a 15 minutos e alongamen-to das articulações; pausa que dura cinco minutos e é dada durante o turno de trabalho, principalmente para quem trabalha sentado no computador ou que tem muita carga; e o relaxamento que deve ser feito no final do turno. É incentivado que o trabalhador dê continui-dade em casa, com caminhadas, alongamento associado a relaxamento.

A clínica de fisioterapia da Unimar tem também o setor de reabilitação motora. O objetivo é trabalhar em grupo com pacientes encaminhados pelos médi-cos. A partir de levantamento com os pacientes, são montados grupos para trabalhar com a dor, fortaleci-mento, alongamento e também orientações domici-

liares de como agachar, sentar, dormir. Tudo isso para que o paciente possa dar continuidade, em casa, do trabalho que é realizado na clínica.

O Curso de Fisioterapia da Unimar é integral com duração de quatro anos. A partir do primeiro ano, os alunos já fazem estágio de observação. A clínica tem estrutura completa e atende as áreas de ortopedia, neurologia, saúde da criança, saúde da mulher, hidro-terapia e reabilitação motora. Os alunos têm ainda estágios externos no Hospital Universitário e Núcleo de Apoio à Saúde da Família nas zonas norte e sul da cidade. A clínica de fisioterapia atende pelo SUS (Sistema Único de Saúde) através de convênio com a Secretaria Municipal de Saúde. São realizados cerca de mil atendimentos por mês.

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Lajes protendidas agregam segu-rança, economia e tecnologia para alinhar qualquer projeto no rumo

certo.Terminada a construção das paredes,

chega a hora de se instalar a laje, seja como teto ou mesmo base para um piso superior. É nesse momento que o respon-sável pela obra põe em prática o modelo que julgou necessário ou mesmo viável para seguir o projeto.

A opção mais comum, utilizada em obras residenciais, é pelo sistema já convencional, com a instalação de trilhos, lajes e escoras de madeira para sustentar todo peso que virá depois com a con-cretagem – cujo processo de maturação costuma levar um mês.

Mas há quem siga outros trilhos e escolha o caminho das lajes protendidas. Além de dispor de vãos livres de até 3,20 metros – e manter o espaço de circulação – esta solução agrega segurança, econo-mia e tecnologia para que a obra siga no rumo certo.

MADE IN MARÍLIAOs atributos do produto estão dire-

tamente ligados aos processos utilizados para fabricação – uma liga entre mão de obra capacitada com automação – que, em Marília, encontra na Lajes Tamoyo uma das principais referências do merca-do nacional.

“Atendemos hoje um raio de mais de 700 quilômetros de mercado. Alcan-çamos Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, entre outras localidades dentro e fora do estado”, aponta o gerente comercial Rogério Panes de Souza.

Ele explica que a relação custo-bene-fício permite que o produto chegue para revenda com valor competitivo em outras cidades. “Essa condição tem atraído grandes construtoras que atuam pelo programa ‘Minha Casa Minha Vida’, do governo federal”, cita.

TONELADASTamanha demanda exige ritmo e re-

gularidade de produção na Tamoyo. Sob um barracão de 150 metros de compri-mento, funcionários e máquinas se reve-zam, de segunda a sábado, na fabricação de trilhos de 135 metros de comprimento e 1,20 de largura.

A usina de concretagem que abastece a produção é totalmente automatizada.

“A máquina tem um sensor de umida-de que garante um teor único para toda a massa”, explica o engenheiro Victor Hen-rique Raimundo, formado na Unimar (Universidade de Marília).

Diariamente o equipamento consome pelo menos 20 toneladas de cimento de alta resistência inicial. Os fios de ferro (2

a 7, por trilho) têm a quantidade de car-bono necessária para suportar as pressões de produção e uso.

Finalizadas, as peças são fatiadas em conjunto de 12 metros de comprimento e liberadas para o estoque. Dali, seguem para as revendas e os canteiros de obra que, beneficiados com as lajes proten-didas, mantêm a construção civil nos trilhos do desenvolvimento do Brasil.

laJEs taMoYoNos trilhos da construção civillajes protendidas agregam segurança, economia e tecnologia para alinhar qualquer projeto no rumo certo

Victor henrique raimundoEngenheiro

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Os resultados dos primeiros laudos ainda não ha-viam sido divulgados quando, em meados de agosto, o estudante do 5º ano de Direito da Uni-

mar (Universidade de Marília), Nilton Alves, 31 anos, já desconfiava dos rumos da investigação do assassinato da família Pesseghini, ocorrido no dia 5 do mesmo mês, em São Paulo.

“Ainda há muita coisa para ser esclarecida. O que se sabe até o momento é insuficiente”, analisou o futuro advogado, referindo-se às evidências que até então incriminavam o garoto Marcelo Pesseghini, 13, pela própria morte, a dos pais PMs, da avó e tia-avó.

Seja a distância ou pela proximidade que a mídia propõe aos fatos – o que também confere uma abordagem à parte – estudantes de Direito da Unimar têm se debruçado na análise de casos de grande repercussão sob o ângulo privi-legiado da academia.

“O atual procurador criminal do estado de São Paulo Nadir de Campos Júnior esteve aqui para partilhar conos-co sobre a participação da promotoria no caso Richtofen”, recordou a coordenadora do curso de Direito, Francis Ma-rília Pádua Fernandes.

Além de acompanhar júris reais no Fórum de Marília, os universitários também reproduzem julgamentos no tri-bunal da própria universidade. “Os veredictos costumam ser diferentes daqueles proferidos pelos juízes”, destaca a coordenadora.

Não raro, os pontos de vista também divergem daque-les que pautam as coberturas jornalísticas de casos de todo gênero. As recentes manifestações que povoaram as ruas do país de cidadania – mas também vandalismo – dividem opiniões na academia.

“Informaram que a polícia não estava usando de for-ça moderada para conter algumas passeatas. Mas eram de baderneiros!”, indignou-se Hugo Bertoncini, 22, incomo-dado como a defesa do patrimônio público e da ordem foi retratada na tevê.

Além do natural debate provocado por professores e alunos em sala de aula, também estão previstas para este segundo semestre novas palestras para uma análise mais profunda em relação à violência que se acompanha dia-riamente pela mídia – mas agora sob a cátedra do Direito.

Direito

Julgamento de cátedraespectadores privilegiados do direito, universitários analisam casos de grande repercussão e a influência da mídia

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Além dos gastos comuns para um universitário – co-mida, transporte e, claro, algumas baladas – uma sub-tração aparece mensalmente no orçamento de Daniel

Prado, 18 anos: um terço de seu salário como funcionário de uma empresa de limpeza fica “retido” para pagar a faculdade.

É a partir dessa aritmética com o orçamento pessoal que o estudante iniciou seu curso de Administração na Unimar (Universidade de Marília), orientado inclusive na sala de aula a começar em casa o que pretende exercer futuramente como profissional da área.

“Não se pratica mais conduzir a aprendizagem direciona-da apenas para empresas ou negócios, mas a partir de si mes-mo”, destaca a professora coordenadora do curso, Marisa Lívia Brançan de Freitas. “É importante saber se colocar ‘no azul’”.

É justamente essa a lição que muita gente ainda não con-seguiu aprender, apesar de uma ligeira redução de 3,5% entre julho e junho verificada no mercado brasileiro pela Serasan Experian. Apesar do esforço pela renegociação de dívidas, o saldo ainda é negativo no país.

Em Marília, a inadimplência já havia abocanhado R$ 5,4 milhões da economia local, apenas no primeiro semestre deste ano, segundo dados divulgados pelo SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) da Acim (Associação Comercial e In-dustrial de Marília).

Um panorama vermelho da economia que o estudante Ma-theus Villar, 20, já trabalha para que fique restrito apenas à vista da plantação de pimentas do pai, cuja administração ele já herdou e pretende aprimorar à medida que colher novos conhecimentos na Unimar.

Economia que não pesa no orçamentoorganização da gestão pessoal é o primeiro passo paraquem pretende administrar empresas – e a própria carreira

Administração

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“Posso também abrir a minha própria franquia”, pondera o estudante. Ele compõe um contingente que, segundo a coorde-nação do curso, já milita no mercado de trabalho, seja na área ou não. “Cerca de 90% dos nossos alunos já estão trabalhando”, diz Freitas.

Atualmente, além do viés tradicional da administração em-presarial os futuros bacharéis podem encaminhar suas forma-ções para áreas de atuação como as de logística e planejamento estratégico, ou mesmo as carreiras oferecidas em concursos pú-blicos.

SAIBA COMO ORGANIZAR SEU ORÇAMENTO

1) Anote a renda familiar numa coluna da tabela, inclua os rendimentos de todas as pessoas que contribuem para a casa.

2) Liste todas as despesas fixas, como escola das crianças, aluguel/condomínio (inclua o IPTU), contas de luz, água, telefone, internet, financiamento do carro, gastos com carro (inclua o seguro anual e o IPVA na conta), valores médios de compras parceladas, seguro de saúde, natação, etc.

3) Gastos esporádicos, como restaurantes, cinema, saques em dinheiro. Use a fatura do cartão de crédito, canhoto do talão de cheque e extratos bancários para fazer uma média.

4) Liste as despesas com filhos, como presentes, passeios, previdência, celular, computador.

5) Analise os gastos anteriores e veja se dá para reduzi-los, como trocar o plano atual do celular ou da TV por assinatu-ra por algo mais em conta, por exemplo.

6) Separe um valor mensal para gastos extras, como dentis-ta ou médico sem planejamento, material escolar, vazamen-to na casa ou a revisão do carro.

7) Pegue a renda familiar e subtraia de todos os gastos enu-merados dos números 2 a 6. Se a conta for positiva, você está no caminho certo para começar a poupar e investir. Se o resultado for negativo, refaça suas contas, reduza gastos e procure buscar uma solução em curto prazo.

Fonte: Caixa Econômica Federal

Marisa lívia brançan de Freitas

coordenadora do curso de administração da unimar

“Hoje, não se pensa apenas em Administração de empresas, mas a partir de si mesmo”

(Marisa Lívia Brançan de Freitas )

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O oeste paulista ganhava as aten-ções das instituições superiores de ensino pelo progresso de suas

cidades quando, no final dos anos 1980, a Unimar (Universidade de Marília) tam-bém se lançou ao desbravamento de novos campos de atuação – literalmente.

À beira das rochas que sustentam o es-pigão, a universidade fincou as suas insta-lações em busca do sonho dourado de ofe-recer a riqueza da capacitação que forma gente para cuidar da terra, da fauna, da flo-ra e da comunidade. Assim nasceu o curso de Medicina Veterinária.

Desta mina de oportunidades surgiram ao longo de 26 anos mais de dois mil mé-dicos veterinários que se espalharam pelo Brasil afora e até no exterior – Angola, Inglaterra, México, entre outras nações –, segundo registros da instituição.

“Estamos na segunda geração de profis-sionais. Hoje já temos até filhos de egressos estudando aqui”, destaca o coordenador de Medicina e Zootecnia, Fábio Manhoso, membro da turma de médicos veterinários

de 1987, a primeira da instituição.Ele aponta o corpo docente como um

diferencial para que a Unimar pudesse contribuir ao mercado e aos ambientes acadêmicos com tantos profissionais. “O envolvimento dos professores com o aluno é fundamental, até porque substituem a fa-mília de muitos jovens aqui”.

A história é promissora e faz do Curso de Medicina Veterinária um destaque na-cional, inclusive criando seu Programa de Residência em 2001 que já capacitou mais de 100 profissionais, alcançando o creden-ciamento do Conselho Federal de Medi-cina Veterinária para essa modalidade de pós-graduação lato sensu.

Enfim, qualidade de ensino atestada pelos índices alcançados junto às avalia-ções do MEC (conceito 4 na última edição ENADE), estrelas junto ao Guia do Estu-dante da Editora Abril, mas principalmen-te o histórico de sucesso de seus egressos fazem do curso um elo de responsabilidade na formação de uma Medicina Veterinária cada vez mais preparada visando um país melhor.

Mais de dois mil já desbravaram os campos da unimar em busca do sonho dourado da profissionalização

a porta de entrada para aMedicina Veterinária

Veterinária

Hospital veterinário(14) 2105-4065

HOSPITALVE T E R I N Á R I O

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