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E X P E R I E N C Ew w w . t o t v s . c o m / e x p e r i e n c e
#2
ENTREVISTAO canadense Don Tapscott, criador doconceito Wikinomics, fala sobre inovação,transparência e como o país tem a
ganhar com criação colaborativa
MACROECONOMIA Assumi r postura proati va éa melhor atitude diante docenário econômico de 2014
VIVENDO NO
Num mundo em que a velocidade dastransformações é cada vez maior, cresce o desaf iodas empresas para manter evidência e relevância
T E S A R A C
PARCERIASUnimed Porto Alegre,Ribeirão Preto e São Josédos Campos mostramresultados vitoriosos
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Por você! Onde quer que você este ja .
W W W . b s p t u r . c o m . b r
v i a g e n s e t u r i s m oUma p a r ce i r a d a A la tu r J TB .
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Realização
PUBLISHER FLAVIO ROZEMBLATEDITORA CHEFE FLÁVIA DRATOVSKY
EDITORA DE INOVAÇÃOGABRIELA MAFORT
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EQUIPE DE REPORTAGEM CARLOS VASCONCELLOS / RODRIGO CARRO /
SUZANA LISKAUSKAS
COLABORADOR PAULO MUSSOIFOTÓGRAFOS ANA GRILLO (EUA) / ANNA
CAROLINA NEGRI
PRESIDENTE DA TOTVS LAÉRCIO COSENTINOEXECUTIVOS DA TOTVS RODRIGO CASERTA /
LÉLIO DE SOUZA / FLÁVIO BALESTRIN
Equipe de Marketing
DIANA RODRIGUES / CRISTIANO CUNHA / ALINE LUIZ
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Cardoso, 454, Itaim Bibi.
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#2
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42
12
26 Acesse www.totvs.com/experience
para ler a versão digital desta edição.
BOAS-VINDAS
É com prazer que convido você para a segunda edição da TOTVS Experience.
Nesta publicação, voltamos os nossos olhos ao momento de profunda mudança
pelo qual passa o mundo, quando antigos paradigmas estão em declínio e o
novo parece não se firmar. Estamos presenciando rupturas – na sociedade, na
ciência, na tecnologia, na economia, na cultura, na comunicação – tão rápidas,
abrangentes e intensas, que a forma de nos relacionarmos com o mundo tam-
bém está se transformando.
Temos diante de nós desaf ios dos novos co mportame ntos da soci edade, f ren-
te aos desafios das organizações. Em um mundo cada vez mais plural, conectado
em rede, onde a comunicação acontece de forma fluida e além das fronteiras de
espaço e tempo, a tecnologia é a grande protagonista, a mola propulsora queleva à inovação.
É ela que, mesmo em cenários adversos da economia, pode ajudar as empre-
sas a crescerem, por meio de ferramentas que alavancam o planejamento e a pro-
dutividade – duas palavras de ordem que serão essenciais às companhias neste
ano. E espero que as reportagens nas páginas a seguir possam inspirá-lo ainda
mais para tais desafios.
Também inspirados por esses novos comportamentos é que apresentamos e m
janeiro nossa nova marca. Representada graficamente pelo diálog o de telas, que são
a intermediação que a tecnologia proporciona às pessoas, e o encontro do qual nas-
cem novas ideias, integração e compartilhamento. Nasce a luz. Dessa forma, a TOTVS
convida para um mundo em que pensando junto, fazemos melhor.
A inovação resultante de colaboração é o caminho para nossos clientes e nós expe-
rimentarmos o futuro. Um futuro + Simples, + Ágil, + Conectado, + Cloud e + Essencial!
Tenha uma boa lei tura!
Laércio Cosentino , CEO da TOTVS
Estamos presenciandorupturas tão rápidas,
abrangentes e intensas,que a forma de nosrelacionarmos com omundo também está se
transformando”
Divulgação
06 MUNDOUm país singular, em que modernidade e tradição se combinam, Israelé referência mundial em tecnologia, inovação e incentivo ao empreen-dedorismo
12 ENTREVISTAO canadense Don Tapscott diz que empresas inteligentes estão cadavez mais porosas, usando o universo colaborativo para aproveitar co-nhecimento fora de suas fronteiras
18 CAPA Numa época em que a velocidade das transformações é impressionan-te, novos desafios se impõem e é preciso encontrar o equilíbrio entresolidez e capacidade de adaptação
26 OPINIÃO Segmento de saúde tem grandes ganhos de resultado ao aplicar solu-ções de tecnologia e softwares que se estendem para dia a dia médico
28 ESTRATÉGIAMigração para ‘cloud’ é forte tendência de mercado. Novos serviços ga-rantem performance, segurança e atualização constante
32 COMPETITIVIDADECenário econômico de 2014 apresenta desafios para as empresas,que devem assumir postura proativa para continuar crescendo
36 INFOGRÁFICOBig Data: como o grande volume de informação disponível hojepode ser usado para agilizar decisões, melhorar resultados e criar no-vas possibilidades de negócios
38 SOLUÇÕESInvestimento da TOTVS na empresa americana GoodData dá origema solução de Business Analytics em nuvem, com mais rapidez e me-
nos custo
42 ATUALIDADEComo a preparação para a Copa do Mundo de Futebol reflete ca-racterísticas de planejamento do país, com a falta de equilíbrio entreorganização e improviso
46 COMPORTAMENTO Tendência mundial, o mov imento Makers chega ao Brasil: baseadaem tecnologias como impressão 3D, a cultura do ‘Faça Você Mesmo’ já é chamada de Nova Re volução Indust rial
50 EM FOCO Sistema digital eSocial, previsto para começar em maio, unifica aces-so às informações trabalhistas e previdenciárias, com menos burocra-cia e mais transparência
54 SUSTENTABILIDADE Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social é peça-chave no setor de investimento social privado no país, organizandofundações e projetos
56 CASES DE SUCESSO Unimed Porto Alegre, Ribeirão Preto e São José dos Campos falam daduradoura parceira com a TOTVS e das melhores soluções para gestão
Í N D I C E
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No fim da década de 40, um pequeno país, localizado
no Oriente Médio, nascia para transformar a geopo-
lítica mundial. Poucos anos depois, uma região da
Califórnia, nos EUA, começava o desenvolvimento
tecnológico que impressionaria o mundo. Mas o que a criação
do Estado de Israel, em 1948, teria em comum com o Vale do
Silício, além da coincidência na origem cronológica? A resposta
está em uma área denominada Silicon Wadi, a versão israelense
do Silicon Valley.
Área de alta concentração de indústrias de tecnologia de
ponta localizada na costa mediterrânea de Israel, o Silicon Wadi
é o segundo maior polo de indústrias desse tipo do mundo,
atrás apenas do vale americano. O oásis da tecnologia de ponta
abrange a maior parte de Israel. Foi lá que nasceram empresas
como o Waze, um dos aplicativos mais utilizados no mundo e
comprado ano passado pelo Google.
No fim de 2013, uma pesquisa publicada pela Start up Ge-
nome, plataforma aberta para coleta e análise de dados sobre
start ups, empreendedores e investidores, classificou Tel Aviv
como a segunda melhor cidade do mundo para o desenvol-
vimento de start ups. Os números confirmam. A região de Tel
Aviv tem cerca de 5 mil empresas dessa natureza. Mais uma
vez, a concentração só é maior nos EUA, de acordo com os
levantamentos do Israel Venture Capital Research Centre. NaNasdaq, Israel fica em terceiro lugar em número de empresas,
atrás de China e EUA, países incomparavelmente maiores em
território e população.
Como um país acossado por dificuldades políticas e naturais setransformou em potência tecnológicaque atrai talentos do mundo inteiro
por Suzana Liskauskas
MODERNA TRADIÇÃO
Vista de Jerusalém, cidade que simboliza aHistória milenar da região e também abriga startups modernas: incentivo à inovação é constante
S h u t t e r S t o c k
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Israel é um lugar onde seaprende a ser focado: é preciso
extrair o máximo do mínimo”, descreveo engenheiro brasileiro Roger Shein,que viveu 15 anos no país
CELEIRO DE CIENTISTAS E VISIONÁRIOSEsse polo de geração de conhecimento e tecnologia trans-
formou Israel em um celeiro de cientistas e visionários. Com os
projetos ligados a pesquisa, investigação e desenvolvimento de
ideias inovadoras, o país se transformou em ponto de convergên-
cia para empreendedores do mundo inteiro.
“Para quem vem de fora, o país impressiona porque, em
curtíssima distância, se passa da tradição milenar à moderni-
dade mais avançada. Quando se vive lá, outra característica
salta aos olhos: Israel é um lugar onde se aprende a ser foca-
do. O território é pequeno e árido, as relações políticas com
os vizinhos são difíceis, são muitas as adversidades históricas.
É preciso extrair o máximo do mínimo. Isso leva à criativida-
de, à inovação”, descreve o engenheiro brasileiro Roger Shein,
que viveu 15 anos em Israel e participou da criação de três
empresas hoje consolidadas lá. De fato, a inovação é uma po-
lítica de estado: o país gasta mais de 4% do PIB em fomento
à pesquisa e desenvolvimento de projetos, o mais alto índice
entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico).
Os autores do best-seller ‘Nação Empreendedora, Milagre
Econômico de Israel e o Que Ele Nos Ensina’, Dan Senor e Saul
Singer, também ressaltam a capacidade de lidar com desafios
e a persistência dos israelenses como fatores para o desenvol-
vimento do país. Para descrever o povo, usam uma expressão
prosaica: “chutzpa”, palavra de difícil tradução que se aproxima
de audácia, ousadia e “cara de pau”. O livro destaca também o
papel do exército no amadurecimento dos jovens. Para os au-
tores, as experiências impostas pela vivência no treinamento
militar, como a necessidade de tomar decisões em situaçõesde conflito, aumentam a responsabilidade e a capacidade de
trabalhar sob pressão.
BRASILEIROS EM INTERCÂMBIOAtenta à evolução das start ups em Israel, a organiza-
ção não-governamental Hillel, com sede no Rio de Janeiro
– que trabalha a integração de jovens judeus em ambien-
tes com oportunidades de desenvolvimento sociocultural e
profissional -, montou um intercâmbio que promove imer-
são nas áreas de empreendedorismo e finanças. No progra-
ma, durante dois meses, um grupo de empreendedores de
toda a América Latina participa de aulas na Universidade de
Tel Aviv, estág ios em star t ups de primei ra linha , a ções de
networking e visitas a empresas e fundos de investimentos
em start ups.
Foi este cenário que atraiu a brasileira Melina Guelman, de26 anos. Formada em Marketing no Rio de Janeiro, ela partici-
pou do Hillel Entrepreneurship Experience como criadora da
1. Edifício comercial do centro de Tel Aviv éexemplo da arquitetura voltada para grandesdimensões que marca a cidade. 2. Fábrica da
Intel em Kiryat, em pleno deserto. 3. AyalonFreeway, uma das principais vias de Tel Aviv
T E C H N I O N : P I O N E I R A
Ela completa 112 anos em 2014, mas tem as célulasmais produtivas de Israel. Primeira universidade dopaís, a Technion foi criada como símbolo da recons-trução de uma pátria judaica, deixando para trás opassado que afastou essa comunidade do caminhodo ensino.
Com 12.850 alunos e 80 programas de pós-graduaçãode excelência, a Technion é hoje um dos berços da pes-quisa científica no mundo. E pioneira global em áreascomo biotecnologia, células-tronco, espaço, ciência dacomputação, nanotecnologia e energia. No currículo,três professores vencedores de prêmios Nobel.
Mais de 70% dos fundadores e gestores de indústriasde alta tecnologia de Israel estudaram na Technion,maior celeiro de start ups de alta tecnologia fora do Vale do Silício. Além disso, 80% das empresas is-raelenses listadas na Nasdaq são lideradas por gra-duados Technion.
Fotos: ShutterStock
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D a v i d S h a n k b o n e / W i k i m e d i a C o m m o n s
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‘Easyeating’, uma plataforma multifuncional na web que permi-tirá a turistas visualizar cardápios de restaurantes em diversos
idiomas. “Levei meu business plan encaminhado para aprimo-
rar na Universidade de Tel Aviv. E já tenho planos para montar
uma ramificação da minha empresa em Israel, onde os incenti-
vos às start ups são inúmeros, do Governo à iniciativa privada.
Enquanto lá o investimento mínimo que se obtém é de US$ 600
mil, em média, no Brasil, se a ideia foi excepcional, se chega no
máximo à faixa de R$ 400 mil”, compara Melina.
Pesquisas feitas pela Technion, a universidade mais antiga
de Israel, mostram que a indústria de alta tecnologia representa
mais de 54% das exportações industriais do país; 135 em cada
10 mil trabalhadores em Israel são cientistas e/ou engenheiros,
enquanto que, nos EUA, há 85 cientistas e/ou engenheiros em
cada 10 mil trabalhadores. Outro dado levantado pela Tech-
nion mostra que nove em cada mil habitantes de Israel estão
envolvidos com I&D (Investigação e Desenvolvimento), o que
representa quase o dobro das estatísticas semelhantes nos
EUA e no Japão.
Não por acaso, Israel é a nação que mais produz publica-ções científicas per capita - 109 por cada mil pessoas. O país
ainda estrela a lista dos que apresentam mais patentes regis-
tradas per capita e ocupa o terceiro lugar no ranking mundial
nos investimentos com P&D (Pesquisa e Desenvolvimento).
Israel é o oitavo em aparelhamento tecnológico, de acordo
com gastos de suas companhias de pesquisa, comunidade
científica, número de computadores pessoais e o índice de
penetração na internet. Também ocupa o 11º lugar em inova-
ção, 16º lugar em exportações de alta tecnologia e o 17º em
lucros tecnológicos.
ESTILO DESPOJADO COMO O DO SILÍCIOA maioria das indústrias de TI em Israel está concentrada nos
arredores de Tel Aviv, que inclui as cidades de Ra’Anana, Herzli-
yz, Cesaréa, Haifa, a acadêmica Rehovot e Rishon Le Zion. Mais
recentemente, a área das indústrias de tecnologia ganhou um
reforço nos arredores de Jerusalém, com os parques de ciência
em Malha e Har Hotzvim.
A administradora de empresas Ingrid Vils Warshaws-ki, formada no Rio de Janeiro, também foi seduzida pela
promissora terra israelense. Ela mora com o marido e o
filho em Ra´Anana. A mudança foi motivada por um con-
vite para trabalhar na start up Snapkeys, desenvolvedora
de softwares para tecnologia móvel. “Vim dar um toque
brasileiro ao produto para lançar no mercado nacional”,
conta ela. Bem no espírito das start ups californianas, a
Snapkeys funciona em uma ampla casa, em que os fun-
cionários são motivados pelo ambiente descontraído,
que inclui a companhia diária de uma gata amarela de
olhos azuis.
Com sede em Jerusalém, a Snapkeys é exemplo da
Babel em que se transformou o país: fundada por um
iraniano e um francês, a empresa tem ainda na equipe
profissionais vindos dos Estados Unidos, Suíça, Rússia e
Alemanha. “Israel é um lugar que tem muito a ensinar.
Todo empreen dedor que passa uma tempor ada no país
volta melhor”, resume o engenheiro Shein.
Fundada por uma comunidade judaica em 1909, nosarredores da antiga cidade portuária de Jaffa, Tel Avivé um celeiro de inovação. Da arquitetura à tecnologia:a cidade apresenta, por exemplo, a maior concentraçãodo mundo de edifícios estilo Bauhaus.
Em 1965 foi inaugurado em Tel Aviv o prédio mais altode Israel, a Torre Shalom Meir. Primeiro arranha-céudo país, manteve-se como o prédio mais alto do paísaté 1999. A ousadia da arquitetura combina com asmentes arrojadas de seus cientistas. Sede da Bolsa de Valores de Isr ael, Tel Aviv também concent ra os maio-res centros de pesquisa e desenvolvimento do mundo.
Um desses oásis é a Universidade de Tel Aviv, que, emconjunto com a Universidade Bar-Ilan na vizinha RamatGan, tem mais de 50 mil estudantes, grande parte delesde fora de Israel. Fundada em 1953, é a maior universi-dade de Israel, internacionalmente reconhecida no ensi-no e investigação nas áreas da física, ciência da compu-
tação, informática, química e linguística. “É uma cidadede jovens, de praia, de modernidade entre tanta tradiçãode Israel. Jerusalém, ao contrário, é pura História”, defi-ne a brasileira radicada em Israel Sabrina Grimberg.
Chamada de Cidade Branca, Tel Aviv concentraa maioria das indústrias de Tecnologia da Informação
T E L A V I V : A R R O J A D A
ShutterStock
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Ele foi eleito cinco vezes um dos 50 pensad ores mais influentes do planeta pelo Thinkers50,o Oscar dos negócios – ao lado de nomes como Jack Welch, Peter Senge e Jeff Bezos –, por
traduzir com maestria o impacto brutal da internet, principalmente na vida das empresas, em
textos considerados “iluminação pura”. Seu livro “Wikinomics” se tornou um best-seller tradu-
zido em 25 países, e o mais recente título, ”Macro-wikinomics, novas soluções para um planeta
conectado”, foi definido como um “manual para consertar um mundo quebrado”.
Em entrevista exclusiva à TOTVS Experience, direto de São Francisco, o canadense
Don Tapscott, CEO do Tapscott Group, conceitua o que considera a Era da Inteligência
em Rede, sugerindo que as empresas brasileiras adotem uma nova mentalidade para
responder à natureza colaborativa do país e, desta forma, assumam importante papel de
liderança em tempos digitais. Na entrevista, ele diz acreditar que a inovação aberta é a
chave de entrada de empresas e governos para o século XXI. E defende que a queles que
se abrirem para a co-criação, ou seja, a participação efetiva de colaboradores e fornece-
dores na geração de produtos e serviços, terão melhores resultados.
Ao longo dos últimos 20 anos, Tapscott vem apresentando conceitos inovadores, que se
tornaram parte do conhecimento contemporâneo sobre o impacto avassalador da internet no
mundo. Já em 1992, no livro “Mudança de Paradigma, A nova Premissa da Tecnologia da Infor-
mação”, ele vislumbrava o impacto da tecnologia da informação no mundo empresarial. Três
anos depois, mudou a maneira de pensar sobre a internet em “Economia Digital” e, em 1997,
definiu o comportamento da Geração internet no aclamado “A Hora da Geração Digital ”, mos-
trando como os hábitos da geração nascida digital mudariam as relações, o trabalho, as empre-
sas. No início dos anos 2000, “Capital Digital” antecipou ideias como a internet dos Negócios. E,
depois de fazer história com a série “Wikinomics”, no e-book “Abertura Radical, quatro princípios
inesperados para o sucesso”, Tapscott elenca a transparência, a colaboração, a abertura para ino-
var e a liberdade de informação como as novas regras de sobrevivência pós-revolução digital.
Um dos 50 pensadores mais influentes do mundo, ocanadense Don Tapscott fala à TOTVS Experience comexclusividade e defende que empresas abertas à colaboraçãoinovam de maneira mais rápida, barata e eficaz
por Gabriela Mafort fotos Ana Grillo/São Francisco
CRIAR
JUNTONOME: Don Tapscott
DE: Ontario, CanadáCURRÍCULO: Escritor e consultor especializado em estratégiacorporativa e t ransformação organizacionalBEST-SELLERS: Wikinomics: Como a Colaboração em MassaPode Mudar o seu Negócio e A Hora da Geração Digital
R E T R A T O F A L A D O
Don Tapscott na MarketStreet, centro financeiro deSão Francisco
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avaliar o valor de produtos e serviços em níveis que
não eram possíveis antes. Funcionários hoje em dia
compartilham informações anteriormente secretas
sobre estratégia empresarial, gestão e desafios. Para
colaborar de forma eficaz, as empresas e seus parceiros
de negócios não têm escolha, precisam compartilhar
conhecimento interno. Investidores institucionais
poderosos estão desenvolvendo visão de raio-x.E em um mundo de comunicações instantâneas,
informantes, mídia questionadora, e as facilidades das
pesquisas no Google, os cidadãos e as comunidades
O senhor foi um dos primeiros autores no mundo
a prever a importância da inovação aberta para o
século XXI. Por que o senhor acha que essa é uma
estratégia importante para as empresas na Era
Digital? As empresas mais tradicionais são um pouco
receosas com o que algumas delas consideram um
“passo radical”.A internet nos dá acesso não apenas à informação e ao
conhecimento, mas também à inteligência contida no
cérebro de outras pessoas e isso de maneira global.
Na minha concepção, esta não é a Era da Informação
e, sim, a Era da Inteligência em Rede. Já se nota há
tempos que as empresas tradicionais verticalmente
integradas são uma espécie de brutamontes paradoxal.
itãs capitalistas como Henry Ford tinham tudo para
serem verdadeiros líderes e aproveitar as virtudes
do mercado nos dias de hoje, mas suas empresas
funcionam como economias planejadas. Durante
décadas estas fortalezas corporativas triunfaram sobre
os concorrentes, mas não mais. A empresa monolítica,
verticalmente integrada es tá começando a vacilar em
relação aos concorrentes mais ágeis.
Como reagir?
As empresas inteligentes estão fazendo suas paredes
cada vez mais porosas. Elas usam a internet para abrir
e aproveitar o conhecimento, recursos e capacidades de
fora de suas fronteiras. Elas estabelecem um contexto
para a inovação e, em seguida, convidam seus clientes,
parceiros e outros terceiros para co-criar seus produtos
e serviços. O resultado disso é que as empresas
abertas podem inovar mais rapidamente, de forma
mais barata e mais eficaz, melhorando a qualidade da
expertise interna, o que da forma t radicional, fechada,
não seria possível fazer. Por exemplo, a colaboração
externa na Procter & Gamble, através do programa
“Conectar e Desenvolver”, permitiu à empresa aumentar
dramaticamente o conjunto de ideias de novos produtos,
com cerca de 60% vindo de fora. Com isso, a taxa de
sucesso de inovação foi uma economia de mais de US$ 1
bilhão em custos de Pesquisa e Desenvolvimento.
No livro ‘Abertura Radical’, o senhor defende que
o antídoto para a crise da inovação é justamente essa
inovação aberta, voltada para a participação do cliente.
Mas como equilibrar transparência e compartilhamento
de informações sobre projetos internos com as
informações estratégicas da empresa?
Muitos se esquecem que, antes da chegada da internet,
a maioria das instituições era opaca e operava
secretamente. Isso já não é viável. Pessoas em todos os
lugares têm em suas mãos a ferramenta mais poderosa
que nunca para descobrir o que realmente está
acontecendo e informar os outros. Os clientes podem
As empresas inteligentesestão fazendo suas paredes
cada vez mais porosas. Elasestabelecem um contexto parainovação e convidam clientese parceiros para co-criar seus
produtos e serviços”
Tapscott defende que esta éa Era da Inteligência em rede:“A empresa monolítica estácomeçando a vacilar”
Agradecim ento Pal ace Hotel / São Fr ancisco
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rotineiramente colocam as empresas sob o microscópio.
Então, para mim, faz todo o sentido abraçar a causa
da abertura e da transparência, não apenas porque
é inevitável, mas porque é bom para a empresa.
Companhias abertas têm melhor desempenho. Elas têm
maior confiança e são capazes de construir melhores
redes. Isso ajuda a criar valores positivos – e numa época
em que a criação de valor é valorizada como nunca antes.
Dito isso, todas as organizações têm o direito, claro, a
alguma confidencialidade. As empresas têm segredos
comerciais legítimos. É claro que os funcionários
não devem violar acordos confidenciais ou a lei.
ransparência deve referir-se à liberação ou à e xposição
de informações pertinentes - informações que podem
ajudar os interessados quando eles as acessam ou
prejudicá-los se eles não têm acesso a elas. Mas ao invés
de pender para a opacidade, como foi feito no passado,
para a maioria das empresas cada vez mais faz sentido
optar pela abertura.
Como vê o papel dos governos no estímulo à
inovação, na promoção deste ecossistema?A primeira onda de estratégias de “e-governo”
gerou alguns benefícios importantes. Fez com que
informações e serviços do governo se tornassem
mais acessíveis aos cidadãos, criando eficiência
administrativa e operacional. Mas muitas dessas
iniciativas focaram simplesmente em automação
de processos existentes, que apenas deslocaram os
serviços governamentais existentes para o mundo
online. A próxima onda de inovação apresenta
uma oportunidade histórica de redesenhar como o
governo opera, como e o que o setor público oferece
e, finalmente, como os governos interagem e se
envolvem com os seus cidadãos.
Por quê?
Conhecimento, informação, talento e energia estão
sendo movidos, formatados e canalizados de uma
forma completamente nova, dentro, através e fora
dos limites do governo. Um número crescente de
governos entende a necessidade de distribuir o
poder de forma ampla e de alavancar a inovação, o
conhecimento e gerar valor a partir da sociedade civil
e do setor privado. Há um novo tipo de organização
do setor público emergindo: um governo aberto. Este
é o governo que co-inova com todos, especialmente
os cidadãos; compartilha recursos que antes eram
guardados a sete chaves; aproveita o poder da
colaboração em massa e se comporta não como um
departamento isolado ou jurisdição, mas como algo
novo: uma organização verdadeiramente integrada.
Hoje, essa é uma noção radical, mas talvez seja apenas
tão fantástica como a versão atual do governo, que
mais parece um príncipe feudal da Idade Média nos
visitando em pleno século XX I.
Vamos falar agora sobre a América Latina e o Brasil.
Como você vê o papel da região na mudança para uma
nova mentalidade, a mentalidade colaborativa? Michel
Bauwens, pesquisador de iniciativas P2P (peer to peer),
disse que o Brasil é o país mais colaborativo do mundo.
Somos um dos primeiros países da lista de usuários
ativos de redes sociais. Mas, por outro lado, as empresas
brasileiras não estão se lançando tanto em iniciativas de
inovação aberta ainda. Como o senhor vê esse cenário?
As empresas brasileiras precisam de uma nova
mentalidade para responder à natureza colaborativa
do país. Podemos ver ao redor do mundo que os
clientes adoram colaborar. Eles colaboram com
empresas para ajudar a co-inovar tudo, desde
camisetas Treadless até anúncios de Doritos
no Superbowl. Eles compram bens e serviços
coletivamente no Groupon. Eles ajudam a encontrar
os melhores hotéis, compartilhando conhecimento
no rip Advisor e os melhores restaurantes através
do Restaurant.com. Eles emprestam dinheiro uns
aos outros por meio de bancos peer-to-peer , como a
comunidade Lend. As empresas que não adotarem
este novo comportamento vão definitivamente ficar
para trás.
Em seu livro ‘Wikinomics’, o senhor descreve
um novo modelo econômico no qual as empresas e
pessoas comuns estão se unindo em novas maneiras
de conduzir a inovação e o sucesso empresarial. Em
sua opinião, como será a empresa do futuro?
Em tempos de dificuldades econômicas, empresas
que são ágeis e flexíveis têm uma chance muito maior
de sobrevivência e até mesmo crescimento. Empresastradicionais enfrentam cada vez mais concorrência
de novas empresas, uma vez que é mais barato do que
nunca criar um negócio. Um estudo descobriu que a
disponibilidade de recursos, tais como a computação
em nuvem e o surgimento de infra-estrutura de
escritório virtual, tem impulsionado o custo de
lançamento de um empreendimento de internet de
cinco milhões de dólares em 1997 para menos de 50
mil dólares hoje em dia.
As pequenas start ups têm acesso a muitos dos
mesmos recursos que as grandes empresas, sem
as principais obrigações – burocracia, culturas,
sistemas, legados e antigas formas de trabalho, tudo
o que pode impedir a inovação. A inovação aberta,
onde o talento não tem que estar dentro dos limites
corporativos, beneficia todas as organizações, e
os maiores beneficiários podem ser inclusive as
pequenas empresas.
Faz sentido abraçar a transparência, não
apenas porque é inevitável, mas porque é bom para as empresas.Elas têm melhor desempenhoe mais confiança”
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FLUXOI N F I N I T O
Conta–se que, certa vez, quando lecionava no Instituto de Estudos Avançados de
Princeton, nos Estados Unidos, Albert Einstein aplicava uma prova para seus es-
tudantes quando foi alertado por um deles: “Professor, este teste está compro-
metido. Algumas questões são idênticas às formuladas no ano passado”. Einstein não se
abalou. “Não há problema”, respondeu calmamente. “As questões são as mesmas, mas
este ano as respostas são diferentes”. Verídico ou não, o episódio ilustra com perfeiçãoum conceito que define o momento por que passa o mundo hoje: o Tesarac.
O mundo passa por um momento de profundamudança, em que antigos paradigmas são
derrubados e o novo ainda está por vir por Rodrigo Carro
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Cunhado pelo poeta americano Shel Silverstain a partir de
experiências traumáticas (a morte da mulher e da filha), o termo
Tesarac de fine um período histórico d e mudanç as drást icas na
sociedade. Os paradigmas vigentes são destruídos antes que
existam outros modelos capazes de substituí-los completa-
mente, em todas as suas dimensões. A humanidade atravessa
atualmente seu terceiro Tesarac. O primeiro ocorreu na passa-
gem da Idade Média para o Renascimento, quando a ruptura
com os valores feudais foi tão ampla que englobou, ao mesmo
tempo, avanços nos campos das artes (Da Vinci, Michelangelo),
na filosofia (humanismo) e na anatomia (com a popularização
da dissecação para estudo dos corpos humanos).
O segundo Tesarac emergiu durante a Revolução Industrial.
Os artesãos já não podiam competir com a indústria nascente,
mas as empresas que surgiam quebravam diante da instabili-
dade da demanda. Só bem mais adiante surgiria a publicidade
para informar ao consumidor quem vendia o quê. E se a era di-
gital é considerada uma nova Revolução Industrial, é necessário
esclarecer: já estamos numa era pós-digital. “Tecnologia é tudo
aquilo que nasceu depois da gente. O que nasceu antes já não
é mais tecnologia”, resume o publicitário Walter Longo, men-
tor de Estratégia e Inovação do Grupo Newcomm e presidenteda agência Grey Brasil. “O mundo digital era caracterizado por
um imenso choque, em que tudo era novo, inédito. As pessoas
estavam maravilhadas e fascinadas por essa tecnologia”. Tal
qual os índios brasileiros diante dos espelhinhos trazidos pe-
los descobridores portugueses, compara Longo, nós nos ma-
ravilhamos com o advento do celular, por exemplo, trazendo a
possibilidade de falar com qualquer pessoa em qualquer lugar.
Essa fase está acabando. Num mundo em que o total de linhas
móveis habilitadas é quase igual ao de habitantes – eram 6,8
bilhões de linhas no fim de 2013 –, as empresas que querem se
manter relevantes precisam constantemente se reinventar, ao
mesmo tempo em que aliam inovação e consistência.
MUDANÇA NA RELAÇÃO COM O MUNDOEm nenhum outro período da História, as rupturas – so-
ciais, culturais e econômicas – foram tão rápidas, abrangen-
tes e profundas. Na indústria cultural, a transformação gerada
pela transmissão de música na internet via streaming mos-
trou ser algo que ia muito além da evolução tecnológica:
trouxe uma profunda mudança de como nos relacionamos
com o mundo. “Estamos vivendo uma passagem da cultura
da posse para a do acesso”, define o produtor musical Ticia-
no Paludo, professor da Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul (PUC-RS). Um dos primeiros modelos de
negócio a ruir sob o peso das trocas de arquivos digitais pela
Internet, ainda nos anos 90, o faturamento da indústria fono-
gráfica voltou a crescer em 2012, depois de 13 anos, apesar
de o aumento ter sido de apenas 0,2% em relação ao ano
Não é o maior nem o mais poderoso que vence, mas o maisadaptado”, defende o engenheiroGermán Quiroga, presidente da NovaPontocom. Para ele, flexibilidade ecapacidade de adaptação começam pela escolha de pessoas certas, capazesde criar uma cultura da inovação
anterior. Ainda é cedo para dizer se o novo modelo é viável.
“No caso do streaming, por exemplo, o artista ganha centa-
vos cada vez que a música é tocada. Poucos ganham alguma
coisa e muitos ganham nada”, diz Paludo.
Mesmo empresas habituadas a se reinventar foram atingidas
pelo terremoto em curso, e o atual Tesarac provocou algumasbaixas. A experiência de ter migrado da fabricação de botas de
borracha, nos anos 60, para a liderança do mercado mundial de
celulares, posto que ocupou durante 14 anos a partir da década
de 90, não foi suficiente para a finlandesa Nokia manter a mesma
energia nos novos tempos. Sua trajetória é uma lição de que
antecipar a próxima tendência é exercício constante. Em 2007,
quando a Apple lançou o iPhone, o principal modelo da Nokia
era o N95, lembra Carlos Alberto Teixeira, o CAT, jornalista espe-
cializado que há 22 anos cobre a área de tecnologia. “Era um
aparelho melhor que o primeiro iPhone, mas o celular da Apple
tinha o teclado sensível ao toque, uma interface revolucionária”,
recorda. Foi o suficiente para derrubar o gigante finlandês. A
companhia tinha perdido sua visão de futuro e acabou engolida
pela Microsoft.
O desfecho dessa história e de outras similares traz à tona
os desafios para as companhias se planejarem num ambiente
instável, de mudanças tão velozes quanto intensas. A respos-
ta pode estar nos conceitos do naturalista britânico Charles
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40% dos jovens norte-americanos entre 16e 25 anos não têm e não querem ter carro.Isso seria inimaginável cinco anos atrás”
E C O L O G I A TAMBÉM EM TESERAC
Embora tenha um papel inquestionável no Tesarac em curso, atecnologia é apenas uma das forças a alterar o equilíbrio global.No século XXI, os custos crescentes decorrentes das mudançasclimáticas ameaçam as bases da economia mundial, assentadasna queima de combustíveis fósseis. Os níveis atuais de gases doefeito estufa na atmosfera já são sucientes para aumentar a tem-peratura média global em 2°C até o m deste século, adverte Ser-gio Besserman Vianna, presidente da Câmara Técnica de Desen-volvimento Sustentável da Prefeitura do Rio de Janeiro. Além do
custo em termos de vidas humanas, as catástrofes climáticas vãobagunçar a estrutura de preços relativos da economia planetária.
“Tudo que emite gases do efeito estufa vai car mais caro, no
contexto de um acordo climático para evitar o pior cenário”, ava-lia Besserman, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geograa
e Estatística (IBGE). Na falta de um acordo global sobre emissõesaté 2020, o resultado será um aumento da temperatura médiaem 4°C ou mais. Apesar dos sinais tímidos de algumas mudan -ças, como a popularização dos carros elétricos e das usinas degeração eólica, a luz no m do túnel pode estar mais próxima
do que se imagina. “Há pouco tempo li no ‘New York Times’ que40% dos jovens norte-americanos entre 16 e 25 anos não têm enão querem ter carro. Isso seria inimaginável cinco anos atrás”,comemora Besserman.
Sergio Besserman adverte que,com níveis atuais de emissão de
gases, temperatura global podesubir em 2ºC até o fim do século
Darwin. “Não é o maior nem o mais poderoso que
vence, mas o mais adaptado”, afirma o engenheiro
Germán Quiroga, presidente da empresa de comércio
eletrônico Nova Pontocom e integrante do Conselho
de Administração da TOTVS, lembrando que Google e
WhatsApp não foram pioneiras em seus segmentos,
mas prevaleceram sobre a concorrência. Flexibilidade
e capacidade de adaptação, na visão dele, começam
pela escolha das pessoas certas, capazes de criar uma
cultura da inovação. A lista de ingredientes inclui ain-
da um ambiente propício, um desafio claro e um sis-
tema de meritocracia. Estar preparado é ter o produto
certo, na hora certa, como fizeram Microsoft (com o
sistema operacional MS-DOS) e a Apple (com a má-
quina pioneira Apple I).
À medida que se sofistica, a tecnologia vai desa-
parecendo da nossa percepção, integrada aos pro-
dutos do cotidiano, como os dispositivos “vestíveis”,
objetos – como óculos e relógios de pulso – compu-
tadorizados e conectados à internet. O mesmo vale
para a área de software. “Cada vez mais a tecnologia
é transparente”, diz Marilia Rocca, vice-presidente de
Plataformas e Cloud da TOTVS. Com a penetração de
computadores e aplicativos no nosso dia a dia, mes-mo softwares corporativos precisaram se render ao
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“Uma empresa centenária como a IBM, por exemplo, poderia ter
morrido 20 vezes, se não soubesse inovar de forma consistente.
É uma organização que dá exemplo para o mundo todo”, elogia
Carlos Alberto Teixeira.
WIKI-TESARAC, A ERA DA COLABORAÇÃOO novo momento de ruptura é também marcado pela de-
mocratização da comunicação, com tal amplitude que põe em
xeque o próprio conceito de jornalismo. Hoje a informação é
estruturada e editada pelo próprio usuário e a notícia deixa de
vir dos meios tradicionais. É o ‘wiki-tesarac’, como define o juiz
e professor de Direito José Enzweiler. Autor do artigo “Reflexões
acerca do sistema eleitoral brasileiro: a ‘tragédia democrática’ e
o wiki-tesarac”, em que explora a defasagem do sistema eleito-
ral brasileiro, Enzweiler usa o exemplo de pintores pré-renas-
centistas para ilustrar como a ruptura com a ordem vigente não
está restrita a questões técnicas. “Será que faltava técnica aos
pintores antes do Renascimento para retratar uma cena em três
dimensões? Na verdade, a terceira dimensão era a do infinito,
estava reservada a Deus. A estrutura mental deles é que não
permitia usar a perspectiva”, analisa o magistrado.
Ao contrário dos outros dois grandes momentos de trans-
formação porque passou a sociedade, desta vez a troca deinformação se dá instantaneamente e praticamente sem fron-
teiras geográficas. As conexões globais aumentaram vertigino-
samente a velocidade das relações e das decisões. “A socie-
dade atual está sofrendo de ansiedade crônica e generalizada
por não conseguir lidar com a quantidade de opções e estí-
mulos. Fomos acostumados a trabalhar com isso ou aquilo. E
agora é isso mais aquilo”, sintetiza Ticiano Paludo, da PUC-RS.
Na era dos zettabytes, unidade equivalente a um sextilhão(10 ²¹) de bytes, as soluções definitivas se tornam rarefeitas. Não
por falta de mentes brilhantes, mas porque o mundo está fi-
cando mais plural.
padrão estabelecido no mercado doméstico, adotando uma
interface amigável e visualmente caprichada. “Hoje a tecnolo-
gia é fluida, permeia todas as atividades do indivíduo na com-
panhia”, acrescenta Marilia.
Numa época em que ascensão, apogeu e declínio de uma
companhia podem se resumir a um período de um ou dois
anos, qual o valor da experiência num mercado em constantemudança? O fato de uma empresa ser jovem tem pouco a ver
com sua capacidade de inovação. Migrar de uma plataforma de
negócios para outra implica questionar tudo aquilo que uma
empresa sabe fazer de melhor, inclusive a forma como ganha
dinheiro. É nessa hora que um sólido histórico de inovação
pode fazer a diferença, garantindo produtos e serviços alinha-
dos com as novíssimas necessidades dos clientes.
Ao longo do século passado, a arte também foi varrida por
sucessivas ondas de choque. A ausência de regras se cristalizou
como regra, a ponto de o filósofo e escritor inglês Roger Scruton
se perguntar por que expulsamos a beleza da poesia, da músi-
ca e da arte. No documentário “Why beauty matters” (Porque a
beleza importa), escrito por ele para a BBC escocesa, Scrutton
mostra como a originalidade passou a desempenhar um papel
central na arte moderna, mais preocupada em quebrar tabus
morais do que com a estética. Também na evolução da tecnolo-gia, a originalidade é central, mas não encerra todas as respostas.
A sociedade sofre de ansiedadecrônica e generalizada por não
conseguir lidar com tantas opções eestilos. Fomos acostumados a trabalharcom isso ou aquilo. Agora é isso maisaquilo”, diz o professor Ticiano Paludo
Hoje a tecnologia é fluida, permeiatodas as atividades do indivíduo”,
explica Marilia Rocca, vice-presidentede Plataformas e Cloud da TOTVS
Dispositivo vestível, como Google Glass, é tendência: tecnologia vai se tornando invisível
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A ANATOMIA DASAUDENOBRASILSoluções inovadoras levam Tecnologia daInformação para o dia a dia dos médicos erevolucionam gestão e clínica
O segmento de saúde tem,
ainda hoje, a menor taxa de
informatização do mundo. É
também o setor com maior
fragmentação na sua cadeia de valor. Por
isso, acreditamos ser um setor com um
longo caminho a ser percorrido e um ter-
reno muito fértil a ser explorado, no qual
o uso da Tecnologia da Informação traráimenso ganho para as organizações.
Para muitas indústrias, ‘IT doesn’t mat-
ter’, como avaliou o célebre artigo de Ni-
cholas Carr, publicado em maio de 2003
na ‘Harvard Business Review’. A TI não
faz mais diferença, ou seja, informatizar a
empresa não dá a ela mais performance,
porque a tecnologia já está disseminada
em sua forma de operar. No caso do setor
de saúde, o cenário é o oposto: a impor-
tância da informatização é enorme e traz
retorno significativo para as organizações,
tornando-as mais competitivas. São várias
as razões para que, no nosso entendimen-
to, o segmento mereça grande atenção.
Primeiramente, por ser um setor ainda
muito baseado em papel, a adoção de so-
luções de back office (com ERP, BI e folha
de pagamento) gera resultados impor-
tantes em redução de custos, controle de
estoques e diminuição de desperdício; me-
lhora o dia a dia dessas organizações e traz
expressivo ganho de performance. Devido
ao imenso volume de dados com o qual
operam, temos observado inclusive um
aumento no faturamento dessas empresas
a partir do momento em que passam a ter
todas as informações na ponta dos dedos.
Em seguida, é importante ressaltar
que o segmento de saúde tem um dos
maiores volumes de leis e regulamenta-ções. Por isso, além de se desdobrar para
buscar eficácia operacional e dar atenção
O segmento de saúdeé um mercado com
horizonte muito positivo,em que há margem parabastante inovação”
Nelson Berny Pires é diretor do segmen-
to de saúde da TOTVS
identificamos a necessidade de criar uma
nova geração de sistemas para armazena-
mento das informações clínicas, inclusive
com novas interfaces com os profissionais
de saúde. Criamos uma equipe composta
por vários perfis de profissionais, alguns
de TI da TOTVS e outros da área de saú-
de, em especial do Hospital do Coração.
O HCor, localizado em SP e reconhecidodentro e fora do Brasil pelo seu padrão de
excelência, é muito mais que um clien-
te, é um parceiro que muito vem contri-
buindo para a evolução das soluções de
saúde da TOTVS, com a participação ativa
A Intel disponibilizou tablets para se-
rem usados dentro do hospital. A Micro-
soft fez um investimento no projeto para
colocar o software na nuvem e SQL Server,
de forma que os sistemas estejam à dispo-
sição dos profissionais de saúde dentro e
fora do hospital. A consultoria do Hospital
Albert Einstein, por sua vez, orientou sobre
a melhor forma de transpor para o sistemaa rotina dos médicos. E a TOTVS evoluiu o
software hospitalar e de prontuário eletrô-
nico para encaixar essas peças, tanto no
uso em nuvem quanto em tablets de últi-
ma geração, com reconhecimento de voz
e de escrita, atendendo aos processos su-
geridos pelo hospital Albert Einstein. Ain-
da em 2014, o HCor estará em pleno uso
desta ferramenta com as novas funcionali-
dades definidas de forma colaborativa.
INDÚSTRIA QUE GIRA BILHÕESA indústria de saúde é uma das maio-
res do mundo sob o ponto de vista eco-
nômico. Uma indústria que gira bilhões de
dólares por ano e, ainda pouco informati-
zada, tem um grande percurso sob o pon-
to de gestão – na utilização de processos,
aumento da produtividade, eficiência dos
resultados clínicos. É uma das indústrias
com maior investimento em pesquisa
nos próximos anos: uma vida mais longa
e com melhor qualidade é uma busca
incessante do ser humano. Em nossa opi-
nião, é um mercado com um horizonte
muito positivo, tanto sob o ponto de vista
de cadeia de valor, quanto na melhoria de
performance. Há margem ainda para mui-
ta inovação e espaço para profissionais
que auxiliam na evolução desse segmen-
to. Os desafios são bem-vindos.
de profissionais altamente qualificados e
processos de excelência mundial em ges-
tão e operação hospitalar.
Depois de muita pesquisa e estudo
em conjunto, chegamos ao desenho de
uma nova ferramenta para os profissio-
nais de saúde. Em 2013, a TOTVS assinou a
Aliança Estratégica em Saúde, a união de
quatro grandes empresas com o obj etivo
de desenvolver soluções para o segmen-
to de saúde, cada uma com sua compe-tência. As empresas são TOTVS, Hospital
Albert Einstein, Microsoft e Intel.
constante à necessidade de inovação e
renovação das empresas, os responsáveis
por organizações de saúde ainda pre-
cisam abrir espaço em sua agenda para
a gestão de compliance. Para o setor de
saúde, esse tornou-se um fator crítico de
sucesso, já que normas e procedimentos
mudam mensalmente.
RESULTADO CLÍNICOO terceiro ponto é uma questão que
viemos amadurecendo há alguns anos.
As organizações de saúde têm sucesso
quando conseguem oferecer ao público–
alvo um real resultado clínico na sua ope-
ração. Para um hospital, por exemplo, um
bom resultado clínico significa diminuir o
tempo de permanência do paciente na
unidade. A rápida recuperação diminui o
risco de infecção hospitalar, deixa o leito
livre para outra internação e aumenta a
satisfação do paciente.
Traduzindo esses aspectos em soft-
ware e serviço, a TOTVS tem hoje um
conjunto de soluções que fica, a cada dia,
mais clínico, seja para reduzir o tempo de
permanência no hospital ou para auxiliar
na análise do perfil epidemiológico de
um grupo de pacientes de um plano de
saúde. Isso garante ações preventivas que
impactam diretamente nos custos destas
instituições. Dessa forma, nossas soluções
têm abordagem cada vez mais médica,
incorporando ao sistema aspectos deci-
sórios do médico e da equipe assistencial.
Elas ganharam características de conhe-
cimento clínico-assistencial, para que o
software dê suporte às decisões clínicas e
ajude nas tomadas de decisões.
O grande exemplo da segmentaçãopossível das soluções de TI é o prontuá-
rio de segunda geração. Há alguns anos
C o m p o s i ç ã o s o b r e S h u t t e r S t o c k
por Nelson Berny Pires
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INOVAÇÃO
EMNUVEM por Suzana Liskauskas
Operações ‘cloud’ são a grande tendência do mercadoatual e a TOTVS reforça equipe especializada,
oferecendo mais agilidade de atualização, serviços deIaaS e migração mais simples
Aentrada de empresas de grande porte na nuvem é uma das mais
fortes tendências do mercado de tecnologia deste ano. Em apenas
seis meses, a TOTVS registrou um aumento de 50% do volume de
clientes interessados em migrar para cloud com gerenciamento da empre-
sa. A escolha é acertada: com alternativas eficientes e boa performance, omercado hoje está mais maduro para a entrada de grandes organizações.
“Já faz algum tempo que, se a empresa fizer as contas na ponta do lá-
pis, conclui ser mais interessante migrar para cloud ”, conta Marilia Rocca,
vice-presidente de Plataformas e Cloud . Anos atrás, porém, havia uma preo-
cupação forte de que isso representasse uma perda de performance ou
de segurança. Hoje, as operações cloud têm evoluído muito rapidamente,
com novas tecnologias e abordagens, possibilitando inclusive que alguns
modelos de alta disponibilidade, flexibilidade e escalabilidade sejam per-
mitidos com um custo acessível e de uma maneira muito rápida, fazendo
com que questões como essas sejam totalmente superadas. Além disso,
observa a vice-presidente, em nuvem os clientes também aferem ganhos
no TCO (Total Cost of Ownership), já que passam a compartilhar mais re-
cursos físicos e de software.
Paralelamente, para atender à demanda crescente, a TOTVS está criando
uma célula especial para atendimento de contas mais sofisticadas, dirigida
a grandes empresas. “Estamos segmentando os clientes e oferecendo no-
vas ofertas de serviços, que permitem uma customização maior, por exem-
plo, de acordo com as necessidades de governança, de TI e de
segurança das organizações”, explica Marilia. Com isso gerentes
ou analistas podem ficar inteiramente dedicados à conta.
CONJUNTO DE SERVIÇOS DE IAASAs empresas de maior porte também têm necessidades
específicas que serão atendidas por essas equipes. Ao tomar a
decisão de colocar na nuvem algo tão de missão crítica quan-
to o ERP, também passa a ser interessante à organização con-
tratar serviços de IaaS, infraestrutura como serviço na nuvem.
Se o cliente opta por colocar o sistema transacional na nuvem,
não há motivo para manter serviços de colaboração como, por
exemplo, o e-mail ou os servidores de suporte a infraestrutu-
ra, tais como os servidores de diretório. “Não é preciso manter
equipe especializada dentro da empresa, o time de TI local pode
focar na atividade core de seu negócio”, avalia a vice-presidente.
Hoje, a TOTVS já consegue oferecer um conjunto de ofertas sa-
télites, ao redor do ERP, para que o cliente possa tomar a decisão
de ir para nuvem, tendo como benefícios a redução dos custos
operacionais e de manutenção, a diminuição de investimentos
com CAPEX e a exclusão da preocupação com depreciação e
garantias, para que o ganho tecnológico permita maior flexibili-
Com a migração para nuvem,o time de TI local fica livre
para focar na atividade core”
dade para crescer de acordo com a necessidade. “A TOTVS estru-
turou-se para cuidar de todas as necessidades do cliente nessa
decisão de ir para cloud , não só na questão do ERP”, diz Marilia.
MIGRAÇÃO MAIS FLUIDA Outra preocupação da empresa é estruturar seu stack tecno-
lógico – bloco de componentes tecnológicos de um ecossiste-
ma de TI – de forma que seja cada vez mais simples para o clien-
te que ainda mantém seu ERP migrar para a nuvem da TOTVS.
As atualizações regulares vão permitir que a tomada de decisão
de ir para a nuvem seja cada vez mais fluida e transparente, não
uma operação de risco e disruptiva.
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Por tudo isso, a convicção da TOTVS é que - seja através de
uma célula específica de atendimento com ofertas especializadas,
expansão da equipe de pesquisa e desenvolvimento e sustenta-
ção da sua camada cloud - está preparada para os novos tempos.
TENDÊNCIA PARA OS PRÓXIMOS 10 ANOSPesquisas do Gartner Group no Brasil, desde 2013, confirmam
a evolução observada pela TOTVS. Segundo o estudo, o uso de
data centers em cloud desponta como a grande tendência dos
próximos dez anos.
A tecnologia de cloud vem chamando a atenção do mercado
desde 2006. O termo, porém, foi criado há quase 20 anos, num
documento interno da empresa Compaq. Se a tendência entre
empresas de grande porte é recente, a computação em nuvem
já tinha se d esenhado como uma alternativa para pequenas e
médias empresas usufruírem dos benefícios da TI sem precisar
investir em infraestrutura pesada. Além da redução de custos, a
adoção do cloud computing – em nuvem pública, privada ou, no
futuro, um misto das duas - traz uma série de benefícios, como es-calabilidade, segurança, implantação ágil e a facilidade de liberar
a empresa para focar no core business.
O uso de data centers emcloud desponta como a grande
tendência dos próximos dez anos”
Agilidade: com a cloud computing , o tempo paraprovisionar um servidor caiu de meses para minutos.
Self-service: servidores podem ser provisiona-dos pelos próprios desenvolvedores, sem neces-sidade de profissional de infraestrutura de TI.
Simplicidade: computação em nuvem diminui acomplexidade necessária para cuidar de TI.
Elasticidade: um dos destaques da cloud com-
puting é a possibilidade de aumentar ou diminuira capacidade computacional (número de servi-dores, por exemplo) de acordo com o serviço.
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Multi-tenância: os recursos providos pelo fornece-dor de computação em nuvem são compartilhadosentre diferentes softwares, internos ou externos.
Custo adequado: como recursos compartilhadospara vários consumidores do serviço, o custo ficamais acessível.
Consumo: não é preciso comprar licença ou hard-ware. Paga-se conforme o consumo.
Segurança: cloud computing é extremamente se-guro, com muitos milhões investidos para protegeras informações armazenadas na nuvem.
CARACTERÍSTICAS DA NUVEM
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Ocenário econômico nacional traz grandes desafios em
2014. A projeção de crescimento do PIB é próxima à
performance de 2013. A expectativa para as eleições e
a suspensão de atividades para a Copa do Mundo também po-
dem dar um freio nas iniciativas. Algumas empresas se mostram
mais preocupadas em se manter à tona das dificuldades do que
em, efetivamente, crescer no ano de 2014. A atitude, no entanto,
dizem os especialistas, deve ser a inversa: é hora de ser proativo
e aproveitar as oportunidades que surgem no horizonte.
No cenário atual, a projeção para o crescimento do PIB gi-
raria em torno de 2% a 2,2%, aponta Alexandre Espírito Santo,
economista da Simplific Pavarini e professor do IBMEC-RJ. Se-
gundo ele, o consumo das famílias, que representa cerca de
60% do PIB, continua crescendo, ainda que num ritmo mais
lento. A alta do dólar, por sua vez, vai reduzir a perda do PIB
com importações. “Em 2013, essa perda foi de 0,7 ponto per-
centual, mas este ano deve ficar entre zero e 0,2 ponto”, diz oeconomista. Indústria e varejo registraram dados positivos nos
primeiros meses do ano, apesar de o Brasil ainda crescer abai-
xo do seu potencial. Gestora de recursos da Coinvalores, Tatia-
ne Cruz projeta um crescimento de 2%, mantidas as atuais
condições da economia, mas, assim como Espírito Santo, não
descarta a possibilidade de deterioração das expectativas
econômicas ao longo do período.
Pesando tudo isso na balança, como as empresas podem
se preparar para se defender neste cenário? Para o CFO da
TOTVS, Alexandre Mafra, o mome nto exi ge qu e as empresas
invistam mais do que nunca em produtividade. “Precisamos
lembrar que a economia é cíclica e que o cenário não é feito
apenas de problemas, mas também de oportunidades”, avalia.
Mafra dá como exemplo a estratégia da própria TOTVS, que
vem explorando 10 novos segmentos de negócios, com dife-
rentes características de mercado. Desse modo, aproveitam-
se todas as oportunidades de crescimento, defende o CFO,
AT I T U D E EPROATIVIDADECenário econômico em 2014 traz desafios para as empresas, que precisam redobraresforços de produtividade e aproveitar oportunidades para continuar crescendo
por Carlos Vasconcellos ilustração Kiko
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que destaca também a atuação do segmento de pequenas e
médias empresas, com crescimento superior ao PIB.
Para Mafra, as organizações devem evitar uma postura
simplesmente defensiva e o hábito de investir somente quan-
do a economia passa por um bom momento. “É hora de olhar
para dentro, e não apenas para o cenário econômico”, defen-
de. “Os empresários não podem se limitar a reagir. É preciso
agir proativamente, investindo em melhorias que permitam
entregar produtos superiores e serviços mais adequados aseus clientes”, argumenta. Esse investimento, explica, precisa
ser direcionado a ferramentas que permitam alavancar a pro-
dutividade. “Isso pode fazer toda a diferença entre sucumbir
ou sobreviver mais tempo debaixo da linha d’água, quando a
economia passa por maus momentos”, destaca.
OPORTUNIDADE NA ADVERSIDADESe “produtividade não é tudo, mas no longo prazo é qua-
se tudo”, como defende o prêmio Nobel de Economia Paul
Krugman, uma conjuntura econômica desfavorável pode até
mesmo trazer oportunidades, ao contrário de impor limites.
Para empresas bem preparadas, com estratégia e planejamen-
to, momentos de crise podem gerar chances de se destacar
da média do mercado. “Uma economia favorável leva todas
as empresas para frente, diminuindo a diferença de resultados
entre elas. Num momento de crise, ao contrário, só os mais
sólidos sobrevivem e passam a ocupar os espaços deixados
vagos”, pondera a economista e professora Melissa Wiemer,
que também defende uma postura positiva das organizações
no atual cenário nacional. “Há espaço para crescer”, defende.
Esperar passivamente a melhora do cenário ou a solução
das limitações logísticas, fiscais, trabalhistas ou de qualificação
de mão de obra do país não é a melhor solução. O desafio é
urgente. Não há, no entanto, uma fórmula única para enfren-
tar o cenário de crise ou baixo crescimento. Cada segmento
enfrenta desafios específicos de produtividade. “Porém, inde-
pendentemente do setor, do negócio ou do tamanho da em-
presa, é preciso abordar o problema da produtividade de for-
ma coordenada, em todas as suas vertentes: administrativa,
econômica, de engenharia e de marketing”, diz o especialista
em administração e gestão de empresas Luiz Carlos Cimatti.Com 35 anos de experiência em consultoria, ele observa que
é preciso uma visão holística da produtividade. O que isso
significa? “Que se a empresa tem um problema no setor de
engenharia, não basta adotar uma solução criada pela enge-
nharia com foco exclusivamente no setor. Com isso, ela até
adota medidas racionais, mas dificilmente enxerga a produti-
vidade do negócio como um todo”, explica.
META DA INFLAÇÃOOutro fator importante para o cenário econômico é a
persistência da inflação acima do ideal, o que tem levado o
governo a elevar novamente os juros. Na reunião do Comitê
de Política Monetária (Copom) em março, o Banco Central
elevou a taxa básica de juros da economia (Selic) para 10,75%
e deu sinais de que o ciclo de alta ainda não se esgotou. “Há
possibilidade de novas altas de 0,25 ponto nas próximas reu-
niões”, alerta Tatiane Cruz. A elevação dos juros, por sua vez,
torna mais difícil a condição de crédito no varejo, que impul-
sionava o consumo, principal motor do PIB nos últimos anos,
numa tendência que inibe o investimento.
A reação das empresas americanas à crise de 2008, objeto
de estudo do professor de Gestão em Vendas e colunista da
Rádio CBN Cláudio Diogo, traz lições também para o Brasil.
O professor, que se mudou para o estado americano da Ca-
rolina do Norte para estudar o mercado de lá, conta que o
foco das empresas foi oferecer mais aos clientes. “Mudar a
roupagem de produtos e serviços, levar novas experiências
Apesar do tom moderadamente pessimista, o cenário traçado pelos especia-listas apresenta alguns fatores positivos para o Brasil. A realização da Copa doMundo, por exemplo, vai atrair um grande número de turistas e movimentardiversos setores da economia, ainda que com efeito desigual. Acompanhandode perto as grandes empresas listadas na Bolsa de Valores, a gestora de re-cursos Tatiane Cruz ainda não percebe interrupção no fluxo de investimentos.“Os projetos em andamento continuam e ainda há um clima de confiança namelhora da economia”, diz Tatiane. “Especialmente pelas oportunidades eminfraestrutura e pela força da classe média. Apesar de o crédito não cres-cer mais no mesmo ritmo, ele ainda cresce, e a inadimplência não saiu docontrole. Além disso, com 5,8% de desocupação, o país ainda vive em plenoemprego”, pondera. Alexandre Espírito Santo, por sua vez, observa que os números do desem-prego no país não refletem completamente o momento do mercado. “Te-mos mais jovens adiando a entrada no mercado de trabalho, temos o fenô-meno do desalento, que são as pessoas que deixam de procurar emprego
e saem da estatística”, enumera. “Tudo isso pode esconder um pouco asituação real do mercado de trabalho.”
CONFIANÇA EM MELHORA
Esperar passivamente a melhorado cenário ou a solução das
limitações não é a melhor postura.O desafio é urgente”
aos consumidores, trazer mais serviços agregados foram algumas das solu-
ções que deram certo”, defende Diogo. Luiz Carlos Cimatti acrescenta que
todas as medidas de produtividade devem se refletir na precificação final
dos produtos e serviços, e no custeio de cada processo. “Peter Drucker alerta
que as horas paradas nas indústrias variavam de 20% a 50% do tempo total
de operação: ou seja, é preciso atenção para não jogar metade de sua pro-
dutividade pela janela”, observa o consultor. “Além do controle adequado
desse tempo, fazer a relação correta entre as horas paradas, os custos e os
preços praticados traz uma visão global das necessidades da organização.
São muitos os desafios.”
Os empresários não podem selimitar a reagir. É preciso agir
proativamente”, alerta CFO da TOTVS
C O M P E T I T I V I D A D E
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I N F O
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BIGDATABig Data identifica a coleta e o processamento de grandes volumes de dadoscom base no uso de tecnologias digitais. Os dados são transformados em indi-
cadores e relatórios. O conceito abrange velocidade, volume e variedade. Sua
análise permite antecipar desejos, prever cenários e prescrever ações estratégicas.
GOVERNANÇA A plataforma em nuvem possibilita diversos pro-cessos além da armazenagem: atribuição de tags,indexação, cópia, segurança e compartilhamento.
ANALÍTICA
É o coração do ecossistema. Tra-ta-se do uso de ferramentas e mé-
todos para compreender, comuni-car e usar de forma inteligente osdados digitais. A analítica pode serdiagnóstica, descritiva ou prediti-va. Esta última só pode ser realiza-da em Big Data, porque exige gran-de volume, variedade e velocidadenos dados. Também por isso é feitaem nuvem
INTERFACE e
VISUALIZ AÇÃO
O resultado da analí-tica é um produto dedesign, entregue emrelatórios de fácil visua-lização ou em interfa-ces tecnológicas comoaplicativos.
E C O S S I S T E M A
Captura: as relaçõesmediadas por apara-tos digitais geram da-dos que representamesses movimentos.Transmissão: internetetecnologiade comuni-caçãomóvel transmitemdados para plataformadearmazenamento
EMPODERAMENTO
CAPTURA e
TRANSMISSÃO
Em Big Data é possível realizar todos os tipos de análise, inclusive a predi-tiva, que é a maior responsável pelo empoderamento do tomador de de-cisão. Isso porque permite um vislumbre do futuro, uma visão antecipadado cenário que está por vir.
GERAÇÃO DE DADOS
O fato gerador de dados digitaissão as relações que pessoas, or-ganizações, bens de consumo edemais elementos da sociedadeestabelecem uns com os outros.
MILHÕES285
d e d ó l a r e smovimentou o mercado deBig Data no Brasil em 2013
O U N I V E R S O
é o crescimento do mercadode Big Data entre
2012 e 2016
46%
>3.500
América do Norte
>2.000
Europa
>400
Japão
>300
Oceania
>200
Oriente Médioe África
>50
América Latina
Índia>250
China
TOMADA DE DECISÃO
Etapa de decisão ganhamais agilidade, acuida-de e visão detalhada domercado
DADOS DO MERCADO
ONZEBILHÕESD E D Ó L A R E S
são as que mais buscamsoluções de Big Data
FINANÇAS, TELECOM E
COMÉRCIO
$ $ $ $ $
Em 2013, mundialmente as soluções dehardware, software e serviços voltadaspara análise das informações geraramuma receita de
>50
BIG DATAE M P R E G O S
Nos EUA, em 2018, serãonecessários:
de140a190 milprofissionais capazes de analisar dados
1,5 MILHÃOde gerentes
DE ONDE VÊM OS DADOS
Twitter 1 BILHÃO DE TUÍTES/DIA = 80 TERABYTES
YouTube 100 HORAS VÍDEO/MIN. = 72.000 TERABYTES
Boeing 1 VÔO TRANSATLÂNTICO = 640 TERABYTES
WallMart 1 MILHÃO DE TRANSAÇÕES/HR = 2,5 PETABYTES
OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS
23%10%
dos dados deste universo Big Data seriamúteis caso fossem identificados e analisados
de todos os dados disponíveis
são utilizados pelas empresas
BIG DATA AUMENTA A PRODUTIVIDADE50%
40%
30%
20%
10%
0%
v a r e j o
c o n s u l t
o r i a
t r a n s p o
r t e a é r e o
a l i m e n t o
s
c o n s t r u ç
ã o a ç o
a u t o m ó v
e l e d i t
o r i a l i n d ú
s t r i a
t e l e c o m u
n i c a ç ã o
Fonte: TOTVS, Big Data Brasil, IDC/EMC, McKinsey Global Institute, Universidade do Texas
I N F O
36
QUANTIDADE DE NOVOS DADOS ARMAZENADOSA CADA ANO EM TODO O MUNDO EM PETABYTES
2000
2006
2010
2013
2020
O TAMANHO800 Terabytes
o volume de dados deve crescer9 vezes até 2020
160 Exabytes
1.227 Exabytes4 Zettabytes
35 Zettabytes
Vendas por empregado
S O L U Ç Õ E S
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22investimento naGoodData
TOTVS investe na empresa americana GoodData e traz para os clientessoluções de Business Analytics em prazo mais curto e com custo menor
por Suzana Liskauskas
Dedicada a produzir alimentos que precisam de mui-
ta especialização, a Prodiet Nutrição Clínica, empre-
sa sediada em Curitiba e com atuação internacional,
buscava uma solução no mercado que oferecesse a
seus gestores a oportunidade de montar sofisticadas análises de
dados a partir das informações armazenadas em seus sistemas
de gestão. A solução sob medida chegou no início deste ano.
A Prodiet é a primeira cliente da TOTVS a usar o TOTVS Smart
Analytics. Criada em parceria com a americana GoodData, a so-
lução permite acesso ágil a dashboards de gestão, com rápida
implantação.
A partir do investimento da TOTVS na GoodData, realizado
em junho de 2013, os clientes da TOTVS passaram a ter acesso
ao estado da arte em termos de plataforma de inteligência de
negócios e Big Data. A TOTVS investiu 22 milhões de dólares na
GoodData, empresa provedora de aplicativos e plataforma de
analytics em nuvem, com sede em São Francisco, na Califórnia.
T O T V S S M A R T A N A L Y T I C S
O negócio foi a conclusão de uma busca da TOTVS para
tornar seu portfolio ainda mais atraente, sobretudo, na área de
BA (Business Analytics) e cloud . A parceria deu à TOTVS a exclusi-
vidade sobre as soluções da GoodData na América Latina.
FUNÇÕES MAIS RÁPIDAS E CONECTADASMateus Pestana, responsável na TOTVS pela parceria com a
GoodData, explica que a empresa procurava aumentar seu port-
folio, a partir de investimentos internacionais, em parceiros que
trabalhassem no segmento de BA e cloud . “A GoodData é inova-
dora porque vem endereçar uma questão que está surgindo
nos últimos tempos: ter um BA mais ágil e mais simples para
os nossos clientes. Nossa ferramenta agora entrega para o
cliente funções mais rápidas, mais diretas, mais conectadas,
enfim, mais cloud ”, conta Pestana.
De acordo com o executivo da TOTVS, historicamente, os
projetos de BA apresentam complexidade alta e demandam
Desenvolvido em parceria com a americana GoodData, o produto per-mite acesso ágil a dashboards de gestão, com expressivos benefícios,como rápida implantação e custo competitivo. Por ser cloud , dispensainvestimentos em infraestrutura. O TOTVS Smart Analytics tem foco naexperiência do usuário.
GOOD
DATA MILHÕESDE DÓLARES
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S O L U Ç Õ E S40
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tempo para apresentar resultados, já que as ferramentas
precisam lidar e normatizar bases de dados de diferentes
sistemas. A quebra de paradigma do TOTVS Smart Analytics
é possibilitar que uma empresa desenvolva o BA com bai-
xo investimento e em muito menos tempo. “A TOTVS e a
GoodData aliaram as funcionalidades do BA à nuvem, tor-
nando possível que várias empresas utilizem a estrutura
com um custo menor”, explica Pestana.Diretor administrativo e de comércio exterior da Prodiet
Nutrição Clínica, Gabriel Tortelli conta que há muito tempo
buscava uma solução de BA que oferecesse mais mobilidade.
A meta era que os gestores fora da área de TI conseguissem
aproveitar as informações da base de dados para pensar em
análises mais sofisticadas.
INTERFACE QUE PERMITE CUSTOMIZAÇÃO“Somos uma empresa de médio porte e nossa atividade prin-
cipal não está na área de TI. Soluções mais estruturadas de BA
exigem equipamentos de custo elevado, o que não estava no
nosso planejamento. Como clientes TOTVS, ficamos felizes ao sa-
ber da parceria. Havíamos pesquisado a solução da GoodData e
nos pareceu a mais adequada para nossas necessidades”, detalha
Tortelli. Segundo ele, o diferencial do TOTVS Smart Analytics é ofe-recer flexibilidade e agilidade aos gestores. Além disso, a interface
amigável permite customização. “Com essa ferramenta, temos a
chance de explorar melhor os dados armazenados, com análi-
ses mais sofisticadas. A ferramenta é tão amigável que permite à
maioria dos nossos gestores, com boa experiência analítica, fazer
encomendas mais precisas à área d e TI”, elogia Tortellli.
Qual a sua opinião sobre o mercado de BA e cloud no Brasil?O Brasil é uma economia que cresce rapidamente e tem a capacida-de única de incorporar rapidamente as novas tecnologias. O mercadobrasileiro é uma grande oportunidade para que líderes, como a TOTVS,
deem um grande salto em soluções que rodam na nuvem. Além disso,uma vez que cloud é uma solução de alcance global, permite ao Brasil,e consequentemente às empresas brasileiras, acessar os mercados in-ternacionais. Com a nuvem, as empresas do mercado de BA no Brasilpodem crescer mais rapidamente que a economia local, com escala eflexibilidade infinitas.
O que a parceria com a TOTVS significa para a GoodData?Para a GoodData, a TOTVS é um parceiro que não é apenas líderem um mercado muito importante e em rápida expansão. Vemos aTOTVS como um parceiro com quem compartilhamos nossa visãopara o futuro. A TOTVS é uma marca forte no Brasil e que tendea crescer muito nos EUA, uma vez que rapidamente entrou para otime do BA baseado em nuvem. A GoodData e a TOTVS têm hojeuma estreita colaboração, que se materializa no entrosamento entre
Natural da República Tcheca, Roman Stanek é o CEO e
fundador da start up GoodData, criada em 2007 em São
Francisco, na Califórnia (EUA). Apesar de jovem, ele é um
veterano em tecnologia, com mais de duas décadas de
experiência em TI, que incluem a fundação e o comando
da NetBeans, principal ambiente de desenvolvimento Java.
A empresa foi adquirida pela Sun Microsystems em 1999.
No currículo de Stanek, também está a criação d o Systinet,
uma plataforma de governança SOA líder (adquirida pela
Mercury Interactive, e mais tarde pela Hewlett Packard, em
2006). O europeu com velocidade para criar e pensar em
inovação tecnológica fala de suas expectativas com relação
à parceria com a TOTVS.
E n t re v i s ta _ R o m a n S t a n e k as respectivas equipes de desenvolvimento e gestão de produ-tos. Este alinhamento nos permite ser altamente colaborativo edesenvolver produtos rapidamente. Já estamos trabalhando em
conjunto para os novos produtos, que serão lançados em breve.
Quais são as perspectivas da GoodData para o mercado brasileiro eda América Latina, uma vez que a TOTVS se tornou um representan-te exclusivo nesses mercados?Fomos surpreendidos positivamente pelo compromisso da TOTVScom a inovação e a forma colaborativa como atua. A posição daTOTVS é um sinal de que os mercados brasileiro e latino-americanovão continuar a crescer e se beneficiar das novas tecnologias.
Qual é o próximo grande desafio para GoodData? As empresas hoje só conseguem analisar cerca de 10% de todosos dados disponíveis. Com a evolução das soluções da GoodData,nosso objetivo é ajudar os clientes a acessar mais facilmente e usartodos os seus dados para obter novas vantagens competitivas.
D i v u l g a ç ã o
D i v u l g a ç ã o
Sede da GoodDataem São Francisco tem
ambiente informal e queestimula criatividade
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JOGODE CINTURA A Copa do Mundo de Futebol espelha defeitos e qualidades dasociedade brasileira, onde a criatividade, a alegria e o improvisoainda se impõem sobre o planejamento e a capacidade de organização
por Paulo Mussoi foto Ricardo Oliveira/Tyba
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Um menino e uma bola. Não precisa de time, não precisa
de trave, não precisa nem de um campo. Mesmo improvi-
sado, sobre as águas de um rio qualquer, futebol no Brasil
é como a foto que ilustra a página anterior: sinônimo de beleza,
plasticidade, talento e improviso. E seu ícone maior, a bola, expri-
me com perfeição, sem arestas, esse conceito etéreo do “ser brasi-
leiro, com muito orgulho, com muito amor”, entoado pela torcida
mundo afora.
Foi graças a essa intimidade inegável com a bola, e nada mais,que o Brasil aprendeu a se impor no cenário internacional do fu-
tebol. O esporte mais popular do mundo, que movimenta bilhões
dentro e fora das quatro linhas, há 60 anos se curva ante ao talen-
to do brasileiro para o mais simples e importante, que é ludibriar
o adversário e empurrar a pelota mais vezes para dentro do gol.
Por todas essas décadas, contentamo-nos com esse domínio
abstrato. No imaginário do país do futebol, administrar o lado “di-
fícil” do esporte – o da organização, do planejamento e dos altos
investimentos – seria uma espécie de “prêmio de consolação” que
ficava para aqueles países menos talentosos com a bola nos pés.
De 20 anos para cá, porém, essa percepção começou a mu-
dar. A economia fortalecida e a nova dimensão política e eco-
nômica do país aos olhos do mundo estimularam o governo e
a iniciativa privada brasileiros a investir no esforço de trazer a
Copa para o país. Depois de três tentativas fracassadas (para as
Copas de 94, 98 e 2006), em 2007 o projeto brasileiro de Copa
do Mundo conquistou a FIFA. Finalmente, poderíamos não ape-
nas vencer, mas vencer no nosso quintal, diante dos corações
da nossa torcida extasiada. E, de quebra, extirpar o trauma de
1950, quando o país sediou a Copa de um mundo destruído
pela guerra e ainda assim perdeu em casa.
Mas esse novo e ousado objetivo de mostrar ao planeta que
o Brasil amadureceu também na administração e no planeja-
mento do “beautiful game” tem se mostrado, na prática, muito
difícil. Mais até que fazer gol do meio de campo. Como aquele
que nem Pelé fez, contra a Tchecoslováquia, em 1970, no México.
ATR ASO S E M SÉR IEAinda em meados de 2013, qualquer um que acompa-
nhasse os preparativos do Brasil para a Copa de 2014 percebia
que o país enfrentaria sérias dificuldades para cumprir o cader-no de encargos da FIFA, que estabeleceu – sete anos antes -
tudo o que o país precisava fazer para receber o evento.
O improviso que faz o menino jogar bola sobre as águas e o
craque chegar ao gol pode ser umtrunfo para viabilizar a Copa”
Nem mesmo no campo estritamente esportivo o país cum-
priu à risca suas obrigações de país-anfitrião. Em São Paulo, o
estádio do Itaquerão, escalado para sediar o jogo de abertura,
teve sua inauguração marcada para menos de um mês antes
da partida. O mesmo ocorreu com a Arena Pantanal, em Cuia-
bá, e a Arena da Baixada, em Curitiba. Para se ter uma ideia do
extraordinário dessa situação frente ao “padrão FIFA” de orga-
nização, nas duas Copas anteriores os estádios dos jogos de
abertura – o Soccer City, em Johanesburgo, e o Allianz Arena,
em Munique – ficaram prontos mais de um ano antes.
No terreno financeiro, as previsões também se mostraram
irreais: os investimentos para o evento se transformaram num
novelo de financiamentos públicos e os orçamentos extrapo-
lados se acumulam. No campo estrutural, as deficiências de
planejamento são ainda maiores. Das mais de 40 obras de mo-
bilidade urbana previstas para as 12 cidades-sede, apenas cinco
foram concluídas a tempo. Um resultado bem aquém do espe-
rado para a “Copa das Copas”.
Razões para isso não faltam. À inexperiência de gestores
brasileiros com grandes eventos, somam-se as dificuldades
que exigências jurídicas, fiscais, ambientais e indenizatórias
de todas as matizes impõem à implementação de projetos de
grande escala no Brasil.
ENTUSIASMO DO TORCEDORMas será que todos esses obstáculos de planejamento, e o
improviso daí resultante, farão da Copa no Brasil um fracasso aos
olhos do mundo? Não necessariamente. “Sem dúvida, o histórico
recente do país, em especial os longos anos de inflação descon-trolada que vivemos, criou uma geração com extrema dificul-
dade para pensar no longo prazo. Mas um evento relacionado
a futebol vai apenas espelhar o que é a nossa sociedade”, prevê
o consultor de gestão e marketing esportivo Amir Somoggi, para
quem a falta de cultura de planejamento não é exclusiva do es-
porte, mas uma característica brasileira, com a qual, de uma forma
ou de outra, o país aprendeu a lidar.
Em outras palavras: o improviso que faz o menino jogar bola
sobre as águas e o craque brasileiro chegar ao gol como nenhum
outro também pode ter sido um trunfo para a viabilização da Copa
brasileira. Feriados nos dias de jogos, priorização de voos, corredo-
res expressos para veículos credenciados e instalação de estruturas
provisórias minimizam o impacto das deficiências de infraestrutura.
A característica do improviso da Copa no Brasil flexibilizou até
mesmo as rigorosas exigências da FIFA. A entidade remarcou visitas
de inspeção e atrasou datas de entrega de fases de obras. Até Jérô-
me Valcke, o todo-poderoso secretário-geral da FIFA, fala com natu-
ralidade sobre a instalação de tendas e outras soluções temporárias
para abrigar imprensa, voluntários e torcedores VIP no Itaquerão.
O entusiasmo do torcedor – orgulhoso e ansioso por uma
Copa no Brasil há mais de 60 anos – é outro aliado contra a pre-
cariedade que será encontrada nos acessos e instalações dos es-
tádios em praticamente todas as cidades-sede. Mas o trunfo prin-
cipal pode estar mesmo é dentro do campo de jogo. Na Copa
do país do futebol, o resultado da competição também vai ser
determinante para a percepção de sucesso ou fracasso do evento.
O delírio por uma vitória brasileira, com a seleção sagrando-se he-
xacampeã mundial em pleno Maracanã, tem poder de apaziguar
as constatações negativas e enfraquecer as críticas à organização.
Já uma derrota – ainda mais se prematura – turvaria os humores
de maneira radical. É a constatação de um padrão histórico, agoraem grande escala: o futuro da pátria de chuteiras está, mais do
que nunca, nos pés do escrete canarinho.
Fotos: ShutterStock
Maracanã padrão FIFA:criatividade dribla faltade estrutura
O sucesso da Copadepende do resultado
dentro de campo
C O M P O R T A M E N T O
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8/10/2019 Revista Totvs 2
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T H ETecnologias como a impressão3D diminuem a distância entreinventor e empreendedor, noque já é chamado de NovaRevolução Industrial
por Gabriela Mafort fotos Anna Carolina Negri
M A K E R S
Oslogan da fábrica anuncia os novos tempos: “Produtos
feitos por você”. Ali, o “funcionário” produz o porta-
guardanapo de design moderno que ele mesmo pro-
jetou. Pode também comercializá-lo com o pessoal do
bairro, que já conhece sua veia de inventor, e também globalmente,
com o auxílio de um nickname internacional: Youngster.
Nesta gigantesca “empresa”, ele tem a companhia de cerca de
15 mil pessoas que sempre sonharam fabricar algo, mas era m im-
pedidos pelos altos custos de produção combinados a um certo
isolamento. Agora basta uma conexão com a internet: dias depois
o produto é real e pode ainda ser aperfeiçoado minuto a minuto,
com a ajuda de uma comunidade online atuante e voluntária.
Bem-vindo a um novo modelo de organização industrial dofuturo, que não está congelado em uma cena de ficção científi-
ca. A fábrica acima já existe, fica em Diadema e, comandada pela
força-motriz das impressoras 3-D, é um exemplo da chegada do
movimento Makers ao Brasil. Cada vez mais fortes nos Estados
Unidos e na Europa, os Makers são a materialização do espírito
‘Faça Você Mesmo’, que se tornou viável pelas tecnologias de
prototipagem rápida, com impressoras de objetos, cortadores a
laser e impressão por jato de tinta, entre outras.
“Daqui a algum tempo, as pessoas vão ter uma impressora
dessas em casa e elas mesmas farão seus produtos. Quebrou um
utensílio doméstico? O próprio consumidor vai produzir a peça em
casa, baixando o modelo do site e imprimindo o objeto. Isso vai
mudar bastante a forma de consumo das pessoas e a forma como
as empresas trabalham”, prevê Vinicius Dourado, gerente da fábrica
de Diadema, a Imprima 3D.
A empresa de Dourado é expoente desta corrente interna-cional e parceira do Makers Brasil, movimento idealizado pelos
empresários Alon Sochaczewski e Ricardo Cavallini com o ob-
Ricardo Cavallini e Alon Sochaczewski são os idealizadores do movimentoMakers Brasil: impressora 3D materializa o slogan ‘Faça você mesmo’
C O M P O R T A M E N T O
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8/10/2019 Revista Totvs 2
http://slidepdf.com/reader/full/revista-totvs-2 25/31
jetivo de di fundir a tendência por meio de uma plataforma de
conteúdo, educação e consultoria. A dupla vem de projetos pio-
neiros e de muito sucesso na web, que ajudaram a fortalecer a
cultura digital no país. “A impressão 3D não é algo novo, mas
é tão maravilhosa que parece magia. Mas o principal não será
uma tecnologia em si, mas o ecossistema. É importante lembrar
que Facebook, Amazon, Google e outros gigantes da intern et
não teriam acontecido sem ferramentas gratuitas, que podiam
ser modificadas. O mesmo vai acontecer com a nova revolução
industrial”, enfatiza Sochaczewski.
Essa Nova Revolução Industrial é preconizada no mais recente
livro de Chris Anderson, autor de “A Cauda Longa” e “Free: o futuro
dos preços”. Em “Makers, a Nova Revolução Industrial”, o mago da re-
volução do software e da internet, ou “mundo dos bits”, a gora se
volta para o que chama de “mundo dos átomos”, o mundo real. Ele
compara as máquinas de prototipagem aos computadores pessoais
que, conectados pela int ernet, promoveram mudanças radicais no
comportamento humano e no mundo empresarial nas últimas dé-
cadas. Agora, segundo Anderson, é a vez dos Makers. “Já vimos o
que o modelo da web, de inovação democratizada, fez para impul-
sionar o empreendedorismo e promover o crescimento econômico.
Apenas imagine o que um modelo semelhante poderia fazer na eco-
nomia mais ampla das coisas reais. Hoje a distância entre inventor e
empreendedor foi encurtada ou mesmo deixou de existir”, escreve.
EMPRESAS ATENTAS AO CONSUMIDOR MAKERNo horizonte dos próximos 10 anos, com o qual trabalha An-
derson no livro, a indústria vai se abrir mais e mais. A essência do
livro gira em torno do caminho que o setor está fazendo para
se tornar digital. “Os objetos físicos agora começam em telas e
esses projetos podem ser compartilhados online como arquivos.
Esta tendência, antes restrita aos escritórios de desenho indus-
trial, agora se estendeu aos consumidores,” escreve Anderson.
As empresas se antecipam aos novos tempos. Em março, a Lego
– segunda maior fabricante de brinquedos do mundo em vendas
e a maior em lucro – anunciou que estuda a possibilidade de os
consumidores fazerem suas próprias peças e bonecos a partir deimpressoras 3D. “É uma tecnologia fascinante e certamente abre
várias novas portas. Estamos estudando isso muito intensamente
e monitorando, procurando saber que oportunidades potenciais
há para os consumidores”, disse o diretor financeiro da empresa,
John Goodwin, ao jornal Financial Times. À frente do FabLab Brasil,
Heloísa Neves concorda que as empresas precisam mesmo agir ra-
pidamente. “A estratégia maker já começa a possibilitar uma nova
forma de conceber o produto, de trabalhar com protótipos, com
modelos mais colaborativos, mais rápidos e mais baratos,” pontua.
Os FabLabs são laboratórios de fabricação, onde milhares de
inventores fabricam os mais variados produtos, na maioria das ve-
zes de forma colaborativa. Hoje existem quase mil “makerspaces”
espalhados pelo mundo. Muitos são formados por comunidades
locais, em espaços físicos. Outros funcionam apenas como mer-
cado global de makers, como a americana Etsy, que tem cerca de
um milhão de vendedores ativos. Em 2012, eles comercializaram
quase 900 milhões de dólares.
MENOS HIERARQUIA NO TRABALHOChris Anderson prevê que no futuro o papel das empresas
menores vai ser maior e que um negócio será, ao mesmo tempo,
pequeno e global, artesanal e inovador. “Acima de tudo criando o
tipo de produto que não se encaixa na economia de massa do ve-
lho modelo”, destaca. Maker de carteirinha, ele mesmo surfa neste
mar com uma companhia multimilionária de robótica aérea, um
hobby que se transformou primeiramente numa pequena em-
presa, ao lado de um sócio que conheceu numa comunidade da
internet. A 3D Robotics tem apenas 20 funcionários fixos e outros
100 são colaboradores virtuais apaixonados pelo tema.
O futurólogo Jean Paul Jacob, pesquisador em residência da
Universidade da Califórnia, em Berkeley, avalia que, muito por conta
do aumento da participação dos consumidores nas empresas, exis-
tirão cada vez menos níveis hierárquicos. “O trabalho vai mudar. É o
que eu chamo de “para baixo, volver!”, com cada vez menos níveis
de funções. Os funcionários serão mais independentes e terão mais
liberdade para mudar de departamento. Uma companhia que hoje
quer se preparar para o futuro deve integrar-se mais e mais comseu cliente, co-criador do processo de inovação, e ir na direção de
dar mais mobilidade e autonomia aos funcionários,” afirma Jacob.
PROFESSOR DE STANFORD PREVÊUMA REVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO
Nos Estados Unidos, o governo Obama abraçou a causa eretirou burocracias para que empresas de pequeno por-te tivessem acesso a financiamento via crowdfunding, semcumprir a complexa contabilidade do mercado tradicio-nal. Políticas públicas como essa têm efeitos exponenciais.“Dois alunos meus acabam de criar um protótipo de um kitde eletrônica para escolas e levantaram 110 mil dólaresno Kickstarter em um mês. Os protótipos custaram 5 mildólares, feitos com fabricação digital. Há 10 anos, teriamcustado 50 mil dólares”, exemplifica Paulo Blikstein, pro-fessor brasileiro que está à frente do FabLab da Escola deEducação da Universidade de Stanford, no coração do Valedo Silício, onde a cultura maker ferve.
Blikstein é um defensor dos Laboratórios de Fabricaçãocomo ferramenta de educação e vê neles um efeito demotivação socialmente transformador. Quando olha parao Brasil, lembra que é necessário fazer o dever de casa,se quisermos ter um papel de liderança nesta Nova Re-volução Industrial: “Precisamos rapidamente adaptar alegislação para fazer essa revolução explodir. Não po-demos querer viver na economia do século XXI com umaburocracia do século XIX. Essas novas formas de criaçãoe comercialização de produtos requerem uma infraestru-tura legal e econômica diferente, e o país que fizer issomais rapidamente terá enormes vantagens competitivas”.O escritor Chris Anderson fala dos Makers em seu novo livro: para ele,
mudança no mundo real será tão profunda quanto foi a do universo digital
Alunos criam seus próprios objetos nas aulas do Laboratório de Fabricação (FabLab) daEscola de Educação da Universidade de Stanford, no Vale do Silício
Tendências de escritório dedesign agora se estendem aos
consumidores”, diz Anderson
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por Carlos Vasconcellos ilustração Daniel Razabone
PAPELcom os dias
CONTADOSTOTVS participou das discussões sobre o eSocial, sistema digital que unifica acessoàs informações trabalhistas e previdenciárias. Mudanças começam em maio
Adeus, formulários para a Previdência Social.
Adeus, documentos de papel para o Ministério do Trabalho, Caixa Econômica, Receita Federal. Está
previsto para entrar em vigor a partir de maio o
sistema de escrituração digital trabalhista e pre-
videnciária, o eSocial. O sistema vai unificar o envio de todas as
informações do empregador sobre seus empregados em uma
base de dados a ser compartilhada pelos diferentes órgãos do
governo que fiscalizam ou recolhem essas contribuições.
Para o advogado Fabrício Trindade de Sousa, sócio do escri-
tório Corrêa da Veiga Advogados, especializado em Direito Tra-
balhista, o sistema vai trazer benefícios no médio, e mesmo no
curto, prazo para empresas e empregados. “Apesar do esforço
que será necessário para a adaptação das empresas, o eSocial
será positivo”, avalia.
Segundo Sousa, para o empregado, o sistema permitirá
acesso a toda informação sobre sua vida laboral em um único
local. “Hoje, ele precisa acessar vários órgãos, fazer agendamen-to prévio em outros”, diz. “Com o e-Social, a relação com o em-
pregador fica mais transparente.”
Vale lembrar, destaca Souza, que além dos órgãos autori-
zados, só o próprio empregado e a empresa terão acesso aosdados. “O sistema garante o sigilo”, diz.
MENOS BUROCRACIAJá para as empresas, continua Souza, o eSocial vai represen-
tar uma redução na burocracia. “Agora tudo será online, feito
em um só lugar. E não foi criada nenhuma exigência além das
que já existem”, explica o advogado. Ele também ressalta que
o sistema servirá como uma defesa adicional para as empresas
em caso de litígios trabalhistas de má fé.
“Isso se chama ‘presunção favorável’ e já acontece hoje com
as informações fornecidas de forma correta pelas empresas aos
órgãos públicos”, esclarece Souza. “Em nosso entendimento, a
ferramenta do eSocial reforça essa presunção em favor do em-
pregador se ele de fato estiver agindo corretamente, reforçan-
do sua defesa contra reclamações injustas.”
O eSocial é mais uma etapa do Sped (Sistema Público deEscrituração Digital), que vem sendo implantado no país desde
2006. De lá para cá, o projeto implantou a Nota Fiscal Eletrônica
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Essas informações serãoconsolidadas em um banco dedados único, compartilhado
pela Receita Federal, PrevidênciaSocial, Ministério do Trabalhoe Caixa Econômica Federal”
e o Sped Contábil. Convidada por um de seus clientes a acom-
panhar o primeiro projeto-piloto do Sped, ainda na fase con-
tábil, a TOTVS vem participando desde o início das discussões
sobre escrituração digital no país.
PIONEIRISMOAs primeiras articulações para a implantação do eSocial co-
meçaram em 2009, conta o vice-presidente de Sistemas e Seg-
mentos da TOTVS, Gilsinei Hansen. “Também temos participado
de reuniões técnicas com o time da SERPRO, no âmbito do pro-
jeto”, acrescenta.
Esse acompanhamento tem permitido à empresa manter
suas soluções sintonizadas com o avanço do eSocial. Qualquer
alteração no sistema ou em suas interfaces é imediatamente co-
municada aos clientes pela rede social corporativa da TOTVS. “A
comunicação aos clientes leva no máximo uma semana, a partir
da decisão do Fisco”, diz Hansen. A informação é atualizada o mais
rapidamente possível pela Consultoria Tributária de Segmentos
da TOTVS ([email protected]), em todos os
canais, o que inclui um hotsite dedicado ao eSocial. “Desse modo,
o cliente pode acompanhar atentamente a mudança.” Na prática, o sistema vai enviar todas as informações sobre
cada empregado da empresa – como licença médica, depósito
do FGTS, concessão de férias, contribuição ao INSS, admissão e
demissão – em um único formulário digital. Essas informações
serão consolidadas em um banco de dados único, compartilha-
do pela Receita Federal, Previdência Social, Ministério do Traba-
lho e Caixa Econômica Federal.
“Em uma segunda fase, a DCTF web (Declaração de Débitos
e Créditos Tributários Federais) será incorporada ao ambiente
do eSocial que, por fim, emitirá as guias para o pagamento –
ou restituição – das obrigações tributárias, previdenciárias ou
trabalhistas”, explica o executivo.
Renata Seldin, gerente sênior da TOTVS Consulting, observa
que as empresas que não se prepararam adequadamente para
a chegada do eSocial podem ter problemas. “É preciso juntar
muita informação que normalmente ficava dispersa na empre-
sa, e quem não estiver com a casa em ordem pode ter dificul-
dades”, alerta.
Renata explica que o trabalho de consultoria da TOTVS per-
mite que as empresas melhorem seus processos e organizem
suas informações, para que a transição para o eSocial seja suavee sem traumas. “Nós começamos com um amplo diagnóstico
dos processos do cliente”, diz.
ATE NÇÃ O A OS PRA ZO SO processo de consultoria inclui entrevistas não ape-
nas na área de Pessoal ou de Recursos Humanos,
mas todos os departamentos que são afetados pelo
eSocial, como Financeiro, Jurídico ou de Segurança e Medicina do
Trabalho. “Assim temos uma análise de situação que permite locali-
zar onde estão todas as informações necessárias”, diz Renata.
Com isso, a consultoria testa a qualidade dos dados: se fal-
tam informações, se estão corretas, se há duplicidade ou erros.
“Muitas vezes, esses dados estão em bancos de dados ou siste-
mas diferentes, sem integração entre si”, destaca Renata.A partir desse diagnóstico, a TOTVS Consulting redesenha
processos e propõe soluções, que podem usar ou não os pro-
dutos TOTVS. “A fase de análise dura em média dois meses. Já a
implantação de soluções dependerá do resultado do diagnósti-
co”, diz Renata. “Pelo prazo apertado, quem ainda não começou
a se adaptar à nova realidade deve evitar mudanças radicais nos
seus sistemas de TI.”
Na avaliação de Renata, o segmento de pequenas e mi-
croempresas é o menos preparado para o eSocial. “Os empre-
sários parecem contar com adiamentos no cronograma”, diz a
especialista. “É certo que a implantação já foi adiada duas vezes
anteriormente, mas as empresas devem aproveitar esse tempo,pois o trabalho a fazer é grande e o eSocial será uma realidade
cedo ou tarde”, conclui.
Tipos de empregadorPrazo para cadastro de
eventos iniciaise tabelas
Prazo para transmissãofolha de pagamento eencargos trabalhistas
Substituição da SEFIPa partir de
Produtor rural, pessoa física esegurado especial 30/04/2014 06/06/2014
FOLHA MAIO/2014MAIO
Empresas tributadaspelo lucro real 30/06/2014
07/08/2014FOLHA JULHO/2014 NOVEMBRO
Empresas tributadas pelolucro presumido, entidadesimunes e isentas, optantespelo simples nacional, microempreendedor individual(MEI), contribuinte individualequiparado à empresa eoutros equiparados a empresa
30/11/2014 05/12/2014FOLHA NOVEMBRO/2014
JANEIRO/2015
Órgãos da administraçãodireta da União, estados,Distrito Federal e munícipios,autarquias e fundações
31/01/2015 06/02/2015FOLHA JANEIRO/2015
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CRONOGRAMA * eSocial
*Sujeito a alterações
O Q U E M U D ACom o eSocial, as empresas terão em um só ambiente:
Folha de pagamento Digital;
Folha de pagamento Digital Simplificada para pequenas em-presas (Microempreendedor Individual e Simples Nacional,por exemplo);
Registro de Eventos Trabalhistas (RET);
Banco de Dados com “Visão Empregado” (será possívelenxergar as informações do histórico do empregado, bemcomo informações de sua remuneração – contrachequesou holerites);
DCTF Web;
Portal do Trabalhador (Ambiente onde os relatórios po-
derão ser gerados em relação às informações enviadaspelo e-Social).
Não há transformação social semo fortalecimento da parceria com
Rodrigo Alvarez eRaquel Coimbra:foco dos projetos é
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Por que o investimento social das empresas é importante para o país por Carlos Vasconcellos
Arealização do 3º Fórum Brasileiro de Filantropos e Inves-
tidores Sociais, prevista para novembro, em São Paulo,
marca a consolidação dos esforços do setor privado
no desenvolvimento de projetos sociais. Em 2013, o encontro
reuniu mais de 200 pessoas. Representantes de fundações e
organizações privadas, diretores de empresas e doadores par-
ticulares se encontraram para discutir experiências, casos de
sucesso e boas práticas em uma atividade que vem crescendo
desde o começo da década de 1990. “Faltava um espaço ex-
clusivo para essa troca de experiências entre a comunidade de
doadores”, explica Rodrigo Alvarez, diretor do Instituto para oDesenvolvimento do Investimento Social (IDIS), entidade que
organiza o Fórum.
UM FAZ SUA PARTE
o fortalecimento da parceria como setor privado”, diz Raquel Coimbra, gerente de projetos do IDIS
CADAO evento, realizado em parceria com o Global Philanthropy
Forum, coroa 15 anos de esforços do Instituto no fomento ao in-
vestimento social privado no país. Criado em 1999, o IDIS logo se
tornou uma peça-chave na arquitetura do setor, ajudando a orga-
nizar projetos, instituir fundações e prestando consultoria a organi-
zações privadas interessadas no setor. Além disso, é hoje represen-
tante da Charities Aid Foundation para o Brasil e a América Latina.
O IDIS prestou consultoria estratégica para o Instituto da
Oportunidade Social (IOS), entidade de capacitação profissio-
nal mantida pela TOTVS e seus parceiros. “Ajudamos o IOS a se
organizar para o futuro”, conta Alvarez. Os próximos passos in-cluem a expansão do IOS por meio de franquias sociais, cujo
modelo poderá ser estruturado pelo IDIS.
Considerando a demanda do mercado profissional na área
de tecnologia, o IOS pretende se consolidar como uma organi-
zação de ponta na área de capacitação. “O plano dá um norte
para a entidade nos próximos anos e aponta os desafios a serem
enfrentados”, explica Alvarez.
Raquel Coimbra, gerente de projetos do IDIS, lembra que o
foco do trabalho do instituto está no doador. “Não há transfor-
mação social sem o fortalecimento da parceria entre o setor pri-
vado, a sociedade civil e o Estado”, diz. Ela observa, no entanto,
que a demanda dos doadores mudou ao longo dos anos. “No co-
meço do nosso trabalho, éramos muito procurados para ajudar a
criar instituições”, diz. De fato, o IDIS colaborou com a formação
inicial de importantes organizações de investimento social, como
o Instituto Avon e o Instituto Camargo Corrêa, entre outros.
Atualmente, um grande número de empresas já mantém
suas próprias fundações, institutos ou possui uma área interna
para cuidar do investimento social privado, prova do avanço al-
cançado pelo setor. “Com isso, há hoje uma grande preocupa-ção com o monitoramento de resultados e com a avaliação de
impacto dos projetos”, explica Raquel.
INVESTIMENTO COM FOCO E QUALIDADE Segundo Raquel, o foco e acompanhamento dos projetos
é fundamental para a obtenção de bons resultados. “Muitas ve-
zes, a instituição gasta um volume considerável de recursos, de
forma assistencialista e dispersa, comprando cestas básicas ou
pagando a conta de luz de creches, sem ver um retorno mais
efetivo para a sociedade e a empresa”, diz.
Para ajustar o foco, argumenta Raquel, é preciso perguntar qual
a expectativa da organização em relação ao investimento social.
“Onde a empresa opera? Quais necessidades ela pode atender?
Qual a vocação da empresa nessa área?”, enumera. A partir dessas
respostas será possível desenvolver iniciativas mais consistentes,
de preferência com o envolvimento direto da alta liderança da or-
ganização no processo. “É preciso ter participação nesse nível, para
que o projeto realmente tenha um impacto no negócio.”
R E S P O N S A B I L I D A D E E M P A U T A Rodrigo Alvarez observa que o perfil dos investimentos sociaisprivados também mudou, ganhando contornos mais próximosaos do negócio da empresa de origem. “A partir de 2005, asustentabilidade e a responsabilidade social corporativa entra-ram de vez na pauta das empresas”, conta. “Como o investi-mento social privado é correlato, a conexão com o negócio daempresa passou a ser mais cobrada.”
Na opinião de Raquel, embora seja desejável haver mais in-centivos fiscais para ações de investimento social privado –“Como há na cultura, com a Lei Rouanet” –, as iniciativas nãopodem depender exclusivamente desse tipo de mecanismo.“Leis de incentivo poderiam ajudar o setor a dar um saltoqualitativo”, argumenta. “Mas iniciativas financiadas exclu-sivamente por renúncia fiscal não configuram, a nosso ver,ações de investimento social privado. É preciso ter um valordo orçamento do negócio dedicado à área social, pois quem
preza esse tipo de iniciativa não está fazendo isso só por cau-sa de um benefício fiscal”, conclui.
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fundamental
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PARCERIA DE
Unimed Porto Alegre e Ribeirão Preto comemoram sucesso da transição paraa plataforma TOTVS 11, enquanto Unimed São José dos Campos implementatambém a nova solução TOTVS Smart Analytics
por Carlos Vasconcellos
CAMPEÃSP
ara a Unimed Ribeirão Preto, o desfile das campeãs do Carna-
val aconteceu na Quarta-Feira de Cinzas. Mais precisamente
ao meio-dia, quando o setor de Tecnologia da Informação
da cooperativa de saúde colocou oficialmente no ar a plataforma
TOTVS 11. O desfile – ou melhor, a migração – começou na sexta-
feira, véspera de Carnaval, e estava completa no domingo. Na se-gunda-feira, o sistema estava pronto para os últimos testes e na ter-
ça já estava disponível nas unidades de atendimento de urgência.
“Conseguimos uma transição praticamente sem problemas. Se
não tivéssemos avisado nossos 900 cooperados de que o sistema sai-
ria do ar no Carnaval, eles nem perceberiam a mudança”, comemora
Wagner Gueleri, coordenador médico de TI da Unimed Ribeirão Pre-
to. Assim como no Carnaval, uma mudança dessa natureza começa
muito antes, e exige muito preparo. “As negociações começaram em julho do ano passado, e o treinamento, em novembro”, conta Fabia-
no Rezende, coordenador de TI da Unimed Ribeirão Preto.
Rezende explica que, com o TOTVS 11, a empresa dá um salto
tecnológico que permitirá uma interface muito mais amigável
para os 142 mil beneficiários, 900 cooperados, 400 consultórios
e mais de 100 hospitais e laboratórios ligados à empresa. “Isso é
importantíssimo, porque esse público não recebeu treinamento
específico”, observa.
Alguns módulos do novo programa vão trazer ganhos de
produtividade para a Unimed de Ribeirão Preto. “O Módulo de
Cadastro ficou muito mais fácil de usar, e o de Marketing Recep-
tivo mescla funções de workflow e CRM, melhorando o aten-
dimento ao cliente”, diz Rezende. O sistema também permite
agendar operações pesadas de processamento, otimizando a in-
fraestrutura de hardware. “Isso é muito importante para organizar
o processamento das faturas e do pagamento aos prestadores de
serviço e cooperados”, diz Rezende.
Gueleri lembra que o relacionamento entre a Unimed Ribeirão
Preto e a TOTVS começou em 1997, e o processo de migração do
sistema aproximou ainda mais as duas empresas. “O atend imento
pelo canal Private permitiu mais integração entre o nosso pessoal
e a equipe de apoio da TOTVS”, diz. Rezende, por sua vez, destaca
que a manutenção do contrato com a TOTVS foi importante para
evitar riscos na transição de sistemas. “Pelo know-how e conhe-
cimento técnico, sempre defendemos essa parceria como o me-
lhor caminho para nós.” Eduardo Amaral, diretor administrativo
da Unimed Ribeirão Preto, compara a transição tecnológica a um
benefício invisível. “Clientes, cooperados e empresas terão um im-
pacto positivo com a melhoria de gestão e otimização de recursos,
mesmo que não percebam isso diretame nte”, explica.
UNIMED PORTO ALEGRE: TRABALHOCONJUNTO MELHOROU PRODUTOA Unimed Porto Alegre também tem uma parceria campeã
com a TOTVS e em fevereiro deste ano concluiu o processo de
migração para a plataforma TOTVS 11. “Fizemos uma seleção no
mercado e decidimos manter a parceria que vem desde 2004,porque percebemos que o sistema é o que melhor atendia às
necessidades do nosso negócio”, explica Antônio Pires, superin-
tendente de TI da Unimed Porto Alegre. “Além disso, também era
mais viável economicamente.”
O projeto de migração foi complexo e teve início no final de 2012,
com um redesenho de processos que levou quatro meses. O resul-
tado foi a incorporação de novas funcionalidades ao produto. “Em
vez de investirmos em uma solução customizada, estreitamos nossa
parceria com a TOTVS e propusemos uma série de funções que po-
deriam ser incorporadas em definitivo ao sistema”, conta Pires.
A Unimed Porto Alegre – que atua na capital, regiões Metro-
politana e Centro-sul e Litoral Norte do Rio Grande do Sul - tem
números expressivos. Cooperativa de médicos líder no mercado
de assistência à saúde na região sul do país, possui mais de 690
mil clientes e cerca de 420 pontos de atendimento (entre serviços
credenciados e próprios), na maior estrutura em prestação de ser-
viços à saúde dentro de sua área de atuação. Fundada em 1971,
a cooperativa conta com 6,3 mil médicos e sua estrutura própria
de atendimento inclui hospital, laboratório, centros de diagnóstico
por imagem, centro de oncologia, pronto-atendimentos, unidades
de atendimento Odonto Unimed e o SOS Emergências Médicas.
Trabalhando em harmonia, a relação entre o cliente e a con-
sultoria levou à evolução do produto. “O módulo de auditoria, por
exemplo, foi reformulado com base em nossas sugestões”, explica
Pires. “Agora ele funciona por meio de um sistema de malha fina, que
detecta operações fora do padrão e aciona o serviço de auditoria.”
Já os perfis de usuário foram redefinidos com segregação
por função. “Agora, eles levam em conta o perfil de risco de cada
acesso, em cada área de negócios da empresa”, diz Pires. O pro-
duto ainda apresenta outras vantagens. “O módulo web facilita a
atualização de cadastro de clientes e empresas, e o módulo ECMtrabalha com o conceito de workflow , o que antes não fazíamos
de forma sistemática”, enumera o superintendente.
Equipe de TI, presidente e diretoradministrativo da Unimed RibeirãoPreto comemoram o sucesso doupgrade para o TOTVS 11
Unimed Porto Alegre trabalha com aTOTVS desde 2004: boa relação fezcooperativa propor modificações queforam incorporadas à plataforma
Fotos: divulgação
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O resultado final foi uma plataforma com poucas funções
desenvolvidas exclusivamente para a Unimed Porto Alegre. “O
processo de desenvolvimento levou a melhorias no produto,
que reduzem o custo de manutenção e estendem os benefícios
a outras empresas”, avalia Pires. “No final, a parceria incorporou
algo que agrega valor ao produto da TOTVS.”
A transição tecnológica foi feita sem percalços e dentro do
prazo previsto. “Reunimos colaboradores de várias áreas da Coo-
perativa, que integraram um grande time. Por meio de um traba-
lho multidisciplinar, todas as etapas foram conduzidas de forma
orquestrada e conseguimos fazer o processo sem impacto para o
usuário final, sem problemas”, diz Pires.
UNIMED SÃO JOSÉ DOS CAMPOSELOGIA FLUIDEZ DO PROCESSOA Unimed São José dos Campos, maior cooperativa médica
do Vale do Paraíba, com 136 mil clientes e 702 cooperados, é
mais uma das unidades da rede de cooperativas de saúde que
contam com o apoio da TOTVS. Desde 2002, a empresa utili-
za soluções TOTVS em áreas como Gestão de Planos de Saúde,
Materiais, Recursos Humanos e Gestão Financeira.
Um dos diferenciais que conquistaram o cliente para essa es-
colha foi a possibilidade de atender ao intercâmbio da Unimed do
Brasil, que usa um protocolo próprio de transações (PTU). “Antes,
os processos não fluíam com eficácia”, conta Julio Cesar Teixei-
ra Amado, diretor presidente da Unimed São José dos Campos.
“Dependíamos muito da TI, que era terceirizada, para atender à
demanda, e isso era um tanto burocrático.”
A adoção dos softwares formalizou processos de modo a
criar um padrão operacional para todas as áreas. Isso fez com
que clientes e cooperados da Unimed São José dos Campos
logo sentissem a diferença no atendimento. “Com o passar
dos anos, contratamos serviços de consultoria”, conta Amado.
“Tínhamos algumas dificuldades na operação, como as altera-
ções de legislação.”
Amado considera que o apoio das consultorias e serviços
internos, com algumas programações específicas para a cartei-
ra da Unimed São José dos C ampos, demonstra que os produ-
tos da TOTVS não são apenas “um programa de caixinha que
‘é isso e pronto’”.
Em 2014, a parceria está mais forte do que nunca. “Somos
atendidos por um canal Private, e com o SLA quase imediato, de-
pendendo da complexidade da demanda”, destaca Amado. “Além
disso, esse canal sempre nos oferece novas ferramentas que agre-gam valor a nosso negócio. Um grande exemplo é o ECM, que
nos permite mapear processos com workflow de responsabilida-
des e estágios”, diz.
A mais recente novidade adotada pela Unimed São José
dos Campos é a ferramenta TOTVS Smart Analytics powered by
GoodData, integrada ao ERP, que está sendo implantada junta-
mente com a versão TOTVS 11. A ferramenta será utilizada por
diretores, executivos e gestores de todas as áreas e possibilitará
a análise das informações da Unimed e outros legados em um
banco de dados único. Os dashboards trarão facilidade do ma-
nuseio das informações para a tomada de decisões.
“Com a ferramenta teremos números coletados e filtrados
para cada necessidade de gestão e indicadores nas áreas as-
sistenciais, administrativa e financeira, fazendo da cooperativa
uma empresa mais competitiva em seu ramo de atuação. A le-
gislação vigente, e em evolução crescente, também nos reme-te à necessidade de possuir um produto de alta performance”,
afirma Amado.
São José dos Campos:atendimento Privateestreitou a parceria
A TOTVS sempre nos oferecenovas ferramentas que agregam
valor ao nosso negócio”