Transcript

1SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

ARTIGOHumberto Braga

põe os pingos nos “is”da moralidade política

4

5

88888CAPARelatório inéditorevela os prejuízoscausados peloatraso do PDBG

20 Conheça cadasistema do PDBG

26 Programas ambientaise as metas para ocontrole do uso do solo

6 Novo portal do TCE com mais

informação e serviços

Su

mári

o Conselheiro Nolascorecebe homenagem

do TCE-MG

2 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Conselho Deliberativo

PresidenteJosé Gomes GraciosaVice-PresidenteMarco Antonio Barbosa de AlencarConselheirosAluisio Gama de SouzaJosé Leite NaderJosé Maurício de Lima NolascoJonas Lopes de Carvalho JuniorJulio Lambertson Rabello

Ministério Público EspecialHorácio Machado Medeiros

Secretário-Geral de PlanejamentoHorácio de Almeida Amaral

Secretária-Geral de Controle ExternoMaria Luiza Bulcão Burrowes

Secretário-Geral de AdministraçãoCarlos César Sally Ferreira

Secretário-Geral das SessõesMauro Henrique da Silva

Procurador-GeralSylvio Mário de Lossio Brasil

Chefe de Gabinete da PresidênciaMaria Veronica de Souza Madureira

Diretor da Escola de Contas e GestãoJosé Augusto de Assumpção Brito

Coordenador de Comunicação Social,Imprensa e EditoraçãoÁlvaro Miranda

EXPEDIENTE

Jornalista responsável: Álvaro Miranda (Mtb14.371) / Editores assistentes: Symone Munay(Mtb 17.725) e Hugo Leão (Mtb 16.829)Reportagem: Emanoel Antonio dos Santos (Mtb25.441), Hugo Leão (Mtb 16.829), H. Raphael deCarvalho (Mtb 17.472), Eduardo Pinheiro (Mtb15.304) / Revisão: Flávia Andrea de AlbuquerqueMelo e Eduardo Pinheiro/ Projeto gráfico earte: Inês Blanchart / Diagramação: InêsBlanchart e Adelea Neves Gonzaga Barbosa /Digitação: Margareth de Oliveira Peçanha /Fotografia: Jorge Campos / Logística: MárciaMaria de Aguiar Ramos / Clipping: FatimaGabriel e Sergio Menezes Dias / Apoiooperacional: Hilda Rodrigues de Sá e Rita deCássia Nunes PimentelTels.: (21) 3231-5283 / Fax: (21) 2224-3650e-mail: [email protected]

ImpressãoCoordenadoria Setorial de Gráfica eReprografia do TCE-RJCoordenador: Jorge Lopes GuerraImpressores: Joaquim José Coelho e Reginaldodos Santos Silva / Acabamento: André LuizGonçalves, Fábio de Oliveira Machado, MagnoGuilherme Moreira de Carvalho e ValdenierPinto Veras / Montagem: Marcio Ércilo G. deOliveira

DistribuiçãoCoordenadoria Setorial de ProtocoloGeralPraça da República, 70/2º andarCEP 20.211-351 - www.tce.rj.gov.br

Tiragem - 4 mil exemplaresDistribuição gratuita

Os textos assinados nesta publicação são de exclusiva responsabilidade dos seus autores

Informativo mensal doTribunal de Contas doEstado do Rio de JaneiroTCERJ

N O T Í C I AISSN 1806-4078

CartaSenhor Presidente,

Tem o presente a finalidade de acusar e agradecer o recebimento daTCE Notícia nº 51. Esta Presidência, em nome do Colegiado, parabeni-za V. Exma. pela excelente qualidade do trabalho apresentado, regis-trando importantes ações na capacitação dos gestores públicos, noefetivo cumprimento dos compromissos com a sociedade. Informa-mos que o exemplar foi encaminhado a nossa biblioteca para conhe-cimento e divulgação. Nesta oportunidade apresentamos nosso res-peito e consideração.Atenciosamente,

ANTONIO CARLOS CARUSOPresidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo

O presidente do TCE-RJ, conselheiro José Graciosa, rece-beu a Medalha de Mérito da Polícia Militar. A entrega foifeita pelo Coordenador do Gabinete Militar do governo doestado, coronel Mauro Moreira, que esteve no gabinete daPresidência do TCE no dia 29 de agosto. Além da medalha,Graciosa recebeu diploma pelos relevantes serviços de suaadministração. Na ocasião, foi condecorado também osecretário-geral de Planejamento, Horácio de AlmeidaAmaral. O conselheiro Graciosa fez referência aos 197anos da Polícia Militar – instituição pública mais antiga dopaís – e ressaltou que o papel do TCE, mais do que fiscali-zar os jurisdicionados, é, sobretudo, o de orientar e mantera cooperação entre as instituições públicas e a sociedade.

Polícia Militar concede medalhaao presidente José Graciosa

3SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorialA realidade do PDBG

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro apresenta nes-ta edição seu mais recente trabalho sobre o Programa deDespoluição da Baía de Guanabara.Trata-se de uma auditoria re-alizada desde o início, em 1994, até dezembro de 2005, apon-tando seus erros e acertos. Uma radiografia completa de umconjunto de ações que envolveu elevado volume de recursos deorganismos internacionais, como o Banco Interamericano de De-senvolvimento (BID) e o Banco Japonês de Cooperação Interna-cional (JBIC), além de contrapartida do governo estadual. Gran-des projetos costumam enfrentar obstáculos proporcionais a sua

envergadura. O PDBG não foge à regra. Aconclusão da primeira das três fases do pro-grama, prevista para 2000, foi mais umavez adiada, desta vez para 2008. Obras desaneamento ficaram paralisadas até doisanos e meio pela falta de recursos decontrapartida. Atrasos nos repasses de re-cursos ou a falta deles provocaram gastos,considerados desnecessários, com paga-mento de juros. Dos dez sistemas de abas-tecimento de água, apenas dois estavam emoperação quando a auditoria foi concluída,ainda assim com abastecimento irregular.O abastecimento de água, que deveria be-neficiar 1,2 milhão de pessoas, só chegavaem 2005 a menos da metade – 408.550

pessoas. O orçamento original aumentou quase 50%. A audito-ria constatou ainda que o atraso nas obras do PDBG vem retar-dando o alcance social do programa, prejudicando a recuperaçãodo passivo ambiental da região e a revitalização da Baía deGuanabara. Para evitar que tais dificuldades se perpetuem, oTCE vem monitorando de perto o programa, exigindo explicaçõese determinando as correções de rumo necessárias para que asociedade seja efetivamente beneficiada.

4 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

TCE-MG homenageiaconselheiro Nolasco

O conselheiro do TCE-RJ José Maurício de Lima Nolasco (foto)recebeu em setembro o Colar do Mérito da Corte de ContasMinistro José Maria de Alkmim, durante as comemoraçõesdos 71 anos do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.

A homenagem é prestada anualmente pelotribunal mineiro a personalidades e cidadãosque prestam notáveis serviços ao país e aMinas Gerais.Na solenidade, o conselheiro lembrou adistinta personalidade de José Maria deAlkmim, o primeiro presidente da Corte deContas de Minas Gerais, que teve uma dasmais brilhantes carreiras na vida públicabrasileira do século XX, tendo sido tambémdeputado, ministro e vice-presidente daRepública.Mineiro de Carangola, Nolasco foi advogado,professor, tendo se especializado em Plane-jamento e Orçamento, Direito Público,Empresarial e Falimentar. Desde 1998 éconselheiro do Tribunal de Contas do Estadodo Rio de Janeiro.Em sua trajetória profissional Nolascoexerceu cargos estratégicos em diferentes

setores da administração pública, onde foi presidente daCompanhia Estadual de Águas e Esgoto; membro do ConselhoCurador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; diretorde Transporte Industrial; membro do Conselho de Administra-ção da Companhia de Limpeza Urbana do município do Rio deJaneiro; chefe do Departamento Jurídico do Interior do Banerj;responsável pelo Órgão Central do Sistema Municipal dePlanejamento da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro;subsecretário de Planejamento e Coordenação Geral daPrefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, entre outras funções.

5SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA 5SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

*Humberto Braga é conselheiro aposentado do Tribunal de Contasdo Estado do Rio de Janeiro.Artigo publicado no jornal O Globo, edição de 22/08/2006.

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Moralidade e política

O universo de valores e costumes a que sechama ética é exigência básica da vida social, emtodas as suas manifestações e não apenas na dapolítica. Moralidade se aprende na família, naescola, na igreja, no trabalho, nas relações davida cotidiana. Moralidade não é finalidade (pontode chegada) e sim fundamento (ponto de partida).É pré-requisito de qualquer atividade. Política éluta pelo poder e os fins do governo, nas demo-cracias, são: preservar a liberdade dos cidadãosmantendo a ordem pública, velar pelo cumprimen-to da lei, incentivar o crescimento econômico eprover o bem-estar social. É dever dos poderesdo Estado apurar e punir os atos ilícitos oucriminosos, mas saneamento moral não é suafinalidade. Camille Desmoulins, o maior jornalistada Revolução Francesa, advertiu: "Não misture-mos política com regeneração moral. O moralismoé fatal à liberdade." Ele acabou guilhotinado pelomoralista Robespierre. No Brasil de 1964, muitosmilitares, tal como os jacobinos franceses de1793, prometiam a extirpação da corrupção e oadvento do Reino da Virtude. Não tiveram êxito,mas fizeram muito dano à liberdade. Quando seabandona a esfera do possível pela do idealperfeccionista acaba-se entrando na da intolerân-cia, do arbítrio ou do fanatismo. É necessária elouvável a ação dos que denunciam imoralidadespúblicas ou privadas. Imoralidade política tem queser alvo de combate permanente, mas este nãopode ser o objeto supremo da vida pública. A

polícia é indispensável mas não se deve deduzirdaí que a atividade policial seja a mais relevante doEstado, sua prioridade máxima. Crime tem que tercastigo, embora a justiça penal mais severa nãoacredite num mundo livre da criminalidade. Assimquem reclamar perfeição nos homens públicosacabará caindo no maniqueísmo dos políticos bonsversus maus. Há 500 anos, Maquiavel mostrou adistinção entre o comportamento ético do homempúblico e o do indivíduo comum. Luís XI tinhainúmeros defeitos pessoais mas, pela capacidadepolítica, unificou a França e destruiu o poder dosgrandes senhores feudais. Luís XVI era um modelode virtudes pessoais, mas, pela sua inépciapolítica, contribuiu decisivamente para a queda damonarquia. Dos dois, qual o melhor rei? MaxWeber acentuou que o homem de Estado não podeguiar-se apenas pela ética da consciência mastambém pela de conseqüência. Na história políticaos resultados contam mais do que os princípios.Richelieu e Bismarck levaram seus países à grande-za, inspirados no que veio a chamar-se Realpolitik,aquela que opera atentando mais no ser do que nodever-ser. E Sartre, na sua conhecida peça "Asmãos sujas", lembra que é impossível o comporta-mento integralmente puro, na política. É prudente,pois, desconfiar das cruzadas políticas moralistas,que apontam a História como uma guerra entrepuros e impuros, e propõem a luta pela moralidadecomo bandeira e programa de governo.Freqüentemente elas significam farisaísmo nacúpula e ingenuidade na base. De tudo se concluique o julgamento de um governo deve ser feito àluz de uma visão global, pesando-se o saldo ou odéficit do seu desempenho nos grandes planos daatividade pública.

Humberto Braga*“É dever dospoderes do

Estado apurar e punir os atos ilícitos

ou criminosos,mas saneamentomoral não é sua

finalidade”

6 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

PPPPPortal do ortal do ortal do ortal do ortal do TCETCETCETCETCE

A inauguração do portaldo Tribunal de Contas

do Estado do Rio de Janeirona internet é mais uma etapa

do desenvolvimentoinstitucional da Casa

com mais infcom mais infcom mais infcom mais infcom mais informaçãoormaçãoormaçãoormaçãoormação

7SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Nossa página eletrônica éemblemática em termos depossibilidade de acesso adiversos tipos de informa-ção e serviços relaciona-dos à fiscalização daaplicação dos recursospúblicos pelos governosestadual e municipais.

www.tce.rj.gov.br

e serviços e serviços e serviços e serviços e serviços

Instrumento a serviço de toda a sociedade –administradores públicos em geral, autorida-des, estudantes, professores, jornalistas,empresários, advogados, procuradores eprofissionais de outros ramos.O internauta tem acesso à sala de imprensa,à legislação federal, estadual e municipal,aos pareceres prévios emitidos nos proces-sos de prestação de contas de administraçãofinanceira, aos perfis dos municípiosfluminenses, aos relatórios da Lei de Respon-sabilidade Fiscal. Dentre outras inúmeraspossibilidades, permite consulta a um votopelo número do processo ou pelo nome dointeressado. Até mesmo o deficiente visualpode acessar o novo portal do Tribunal,bastando instalar um software que garanteuma navegação audível.Mais uma realização não só da Secretaria-Geral de Planejamento do TCE-RJ, através daSubsecretaria de Informática, mas tambémde todos os setores que vêm participando dasua construção com sugestões, críticas eobservações. Mais um motivo de orgulhopara os que sabem da dimensão da responsa-bilidade de trabalhar na instituição encarrega-da de zelar pela correta aplicação dos recur-sos públicos, vale dizer, em defesa dacidadania e da consolidação do Estadodemocrático.

8 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

A auditoriado Tribunalno PDBG

Atrasos nas obras doPrograma de Despoluição daBaía de Guanabara causam

prejuízos de R$ 560,6 milhõesaos cofres públicos

9SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Relatório de inspeção ordiná-ria para verificação dos resul-tados da primeira fase do Pro-grama de Despoluição da Baíade Guanabara - PDBG, reali-zada no período de 1º de mar-ço a 5 de abril de 2006, reve-la que o governo do estado pa-gou, a título de juros, US$259,8 milhões (R$ 560,6 mi-lhões*) desde que o programateve início, em 1994. Apenasna implantação de três siste-mas de redes de esgoto sani-tário – Alegria, Pavuna eSarapuí – os gastos extraspodem chegar a cerca de R$170 milhões, relativos a rea-justamentos e aditivos que ti-veram de ser feitos em con-seqüência de atraso nasobras.A falta de recursos proveni-entes da contrapartida do go-verno do estado chegou a cau-sar atraso de dois anos e doismeses em obras de saneamen-to. Também foram constata-dos atrasos nos pagamentosdas faturas com recursos doJapan Bank for InternationalCooperation - JBIC, que libe-rava o valor em até um mês.A auditoria constatou umasérie de irregularidades ocor-ridas durante a execução doprojeto, que resultaram emconstantes adiamentos nocronograma de obras. O perí-odo analisado se estendeu até31 de dezembro de 2005.Depois de 12 anos de execu-ção, o programa apresentafalhas graves no seu planeja-mento e controle, apesar deterem sido aplicados US$940,3 milhões (R$ 2 bilhões),80,42% do valor total do pro-grama. Prevista para terminarem 2000, a primeira fase doPDBG ainda está em andamen-to e sua conclusão foi maisuma vez adiada, desta vezpara 2008. O orçamento ori-ginal aumentou 50%, passan-do de US$ 793 milhões (R$1,7 bilhão) para US$ 1,169 bi-lhão (R$ 2,5 bilhão).

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* cotação do dólar comercial em11/9/06 - R$ 2,1574.

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10 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

O relatório de inspeção classifica como gastos desnecessários osreajustamentos feitos por causa dos atrasos na execução das obras.Além disso, serviços tiveram de ser refeitos. A tudo isso, somam-secustos indiretos e gastos com gerenciamento e administração doPDBG. Somente com o pagamento de Comissão de Crédito no siste-ma Alegria, os prejuízos ao erário podem chegar a R$ 7.871.271,30.Os técnicos do Tribunal constataram que, dos dez sistemas de abas-tecimento de água, apenas dois estão em operação, ainda assimcom abastecimento intermitente. A água, que deveria chegar a cercade 1,2 milhão de pessoas, beneficia menos da metade – 408.550pessoas.O relatório concluído pelos técnicos do TCE-RJ ressalta que o PDBGnão tem apresentado a eficácia desejada. O documento constata quea grande maioria da população não foi efetivamente beneficiada commelhorias na distribuição de água e na coleta de esgotos. Tampoucoa Baía de Guanabara teve a remoção de DBO — Demanda Bioquími-ca de Oxigênio — prevista inicialmente, apesar de algumas estaçõesde tratamento de esgotos (ETEs) terem sido beneficiadas posterior-mente com tratamento secundário.O voto aprovado em Plenário determina que o teor do relatório sejalevado em consideração na análise das contas de gestão do governodo estado de 2005. Os principais aspectos a serem consideradosserão os constantes atrasos nos pagamentos de despesas liquida-das e a utilização de recursos do Fundo Estadual de Saúde (FES) edo Fundo Estadual de Combate à Pobreza para a realização de obrasde saneamento.

O Programa de Despoluição da Baía deGuanabara é fruto de um convênio decooperação técnica entre os governos bra-sileiro e japonês. Trata-se de um conjun-to de ações que abrange, principalmen-te, serviços de abastecimento de água,esgotamento sanitário e condicionamen-to de resíduos sólidos, dentre outras ati-vidades integradas. Tem como objetivosa retirada de material orgânico da Baía deGuanabara, a melhora da qualidade devida da população ao redor da baía e oretorno das instituições governamentaislocais com atividades de interessecorrelacionadas com a Baía de Guanabara.Participaram da elaboração do programa,criado em 1991, técnicos da FundaçãoEstadual de Engenharia do Meio Ambi-ente do Rio de Janeiro - Feema, juntocom especialistas japoneses, coordena-dos pela Japan International CooperationAgency - JICA (Agência Japonesa deCooperação Internacional), que teve porbase a bem- sucedida experiência dedespoluição da Baía de Tóquio e o tra-balho desenvolvido ao longo de doisanos (1992/94) na própria Baía deGuanabara. Ainda em 1994, foi elabo-rado o estudo sobre a recuperação doecossistema da Baía de Guanabara, tam-bém conhecido como Plano Diretor JICA.O financiamento da agência japonesa foitotalmente usado no item Saneamento,subcomponente Esgoto Sanitário. Já ofinanciamento do Banco Interamericanode Desenvolvimento - BID foi utilizadoem todos os componentes do programa.O subcomponente Esgoto Sanitário é res-ponsável pela maior parcela do gasto como PDBG. Sua implementação respondepela retirada de matéria orgânica lançadana baía, possibilitando a sua auto-recu-peração ao longo do tempo.

O que éo PDBG?

Dos dez sistemas deabastecimento apenasdois estão em operação

Para os técnicos do Tribunal de Contas oatraso nas obras do PDBG retarda oalcance social do programa e impede arevitalização da baía

11SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

• R$ 560,6 milhões de juros pagos por cau-sa de atrasos nas obras• R$ 169.224.138,70 de gastos extras de-correntes de atrasos na execução de redesde esgoto nos sistemas Alegria, Pavuna eSarapuí• R$ 7.871.271,20 de prejuízos ao eráriocom o pagamento de Comissão de Créditopara cobrir gastos financeiros desnecessári-os, em conseqüência do atraso na execuçãodas obras• 408.550 habitantes beneficiados pelos sis-temas de água implantados em vez dos1.182.650 habitantes previstos• Dos dez sistemas de água implantados,apenas dois estão em operação, mesmo as-sim com interrupções• Constantes adiamentos na conclusão dasobras dos coletores troncos dos diversos sis-temas de esgoto• Não-operação dos sistemas de abasteci-mento de em São Gonçalo, apesar de im-plantados

As principaisfalhas do programa

sado permanente abandono• Não se encontra em operação o sistemade abastecimento de água de 25 de Agos-to, apesar da solenidade de inauguração• A usina de reciclagem de resíduos sóli-dos de Niterói: processa de 15 a 20t/dia,muito aquém da meta projetada de 300t/dia• A inexistência de articulação entre diver-sas instituições, inclusive municípios, queintervêm no espaço metropolitano, põe emrisco a eficácia do programa• O montante previsto no orçamento dogoverno do estado para 2006 não será sufi-ciente para o término, neste ano, das obrase projetos da primeira fase do programa.• O atraso nas obras do PDBG retarda oalcance social do programa, prejudicando arecuperação do passivo ambiental da regiãoe impedindo a revitalização da Baía deGuanabara

• Depredação das áreas dos reservatórios deágua dos sistemas de Olavo Bilac, ParqueFluminense, Retiro Feliz e Lote XV, por cau-

SISTEMA ALEGRIA SISTEMA SARAPUÍ SISTEMA PAVUNA

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12 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

O governo do estado pagoudurante a execução doprograma, a título de juros, US$259.888.402,79 (R$ 560,6milhões) até 31 de dezembro de2005. Desse total,US$ 218.553.992,79 forampagos ao BID eUS$ 41.334.410,00 ao JBIC,equivalentes aR$ 89.174.856,13 eR$ 471.508.384,04,respectivamente.O orçamento inicial do programa,de 1994, previa recursos daordem de US$ 793 milhões (R$1,7 bilhão). Em dezembro de2005, o valor total foi revistopara US$ 1,169 bilhão (R$ 2,5bilhões), 48% a mais.Não há mais recursos a seremrepassados pelo BID, queinvestiu cerca de US$ 350milhões (R$ 755 milhões). Ovalor orçado do JBIC é de US$287,9 milhões (R$ 621,1milhões), destinado a financiar ototal das estações detratamento de esgotos (ETEs),das despesas com estudos,projetos, supervisão dessasconstruções e 35% daimplantação das redes coletorasde esgotos. Esse contrato, que

expirava em 2003, foiprorrogado para 25 de dezembrode 2006.De acordo com o relatório deinspeção, a verba que consta doorçamento do estado do Rio de2006 não é suficiente paraterminar, neste ano, as obras eprojetos da primeira fase doPDBG, ainda em andamento. Ogoverno do estado teria secomprometido a dar continuidadeà implementação das obrasremanescentes, nos próximosanos, conforme correspondênciaenviada ao JBIC. A atualprevisão de conclusão das obrasdo PDBG passou para dezembrode 2008.O BID assinou dois contratos em1994 com o governo do estado,tendo a República Federativa doBrasil como fiadora. Ambosdeverão estar amortizados (como principal pago) em 9 de marçode 2019, mediantes prestaçõessemestrais a partir de março de2004.A contrapartida do estado (31/12/2005) é de US$ 531,4milhões (R$ 1,1 bilhão). Deacordo com contrato com oJBIC, esse total inclui aporte de65% dos recursos previstos

aumentouaumentouaumentouaumentouaumentouOrçamentoOrçamentoOrçamentoOrçamentoOrçamento

Os recursos queconstam do

orçamento doestado do Riode 2006 não ésuficiente paraterminar, nesteano, as obras e

projetos daprimeira fase doPDBG, ainda em

andamento

13SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

para a implantação das redescoletoras de esgotos. Odesembolso do governo doestado, incluindo a executoraCedae, foi deUS$ 351.287.647,86equivalente aR$ 757.867.971,49, ou 66,1%)até 31 de dezembro de 2005.Esse valor exclui as aplicaçõesfinanceiras, de modo que serãonecessários US$180.130.818,38, o mesmo queR$ 388.614.227,57, ou 80,2%do valor total da contrapartidado estado, para a conclusão daprimeira fase do programa.Atrasos no cronograma das

obras e serviços motivaram ocancelamento, por parte do BID,de US$ 634.7.746,60,referentes à última parcela, umavez que esse montante não foiresgatado até 9 de janeiro de2006. Um ponto polêmico doprograma refere-se à utilizaçãode recursos do Fundo Estadualde Saúde (fonte 00) e do Fundode Combate à Pobreza(fonte 22) para a construção dasobras de saneamento, como oscoletores-tronco de Alegria,embora ainda seja controversa alegalidade da aplicação de verbasdesses fundos em obras desaneamento.

Na primeira fasedo PDBG foramassinados 305

contratos, de umtotal previsto de312. Desse total,

268 foramconcluídos,20 estão emandamento e

sete encontram-seem fase delicitação

Recursos do PDBG Em milhões de US$

Fonte:Ecoplan,2005 (Ecoplan é a empresa gerenciadora das obras e atividades previstas no PDBG)

Fonte

1994 2005

(dez.)

Variação

Valor % Valor % Valor %

BID 350 44,1 350 29,9 0,0 0,0

JBIC 237 29,9 287,9 24,6 50,9 21,5

GORJ/CEDAE 206 26 531,4 45,4 325,4 158

TOTAL 793 100 1.169,3 100 376,3 47,5

inicial inicial inicial inicial inicial 48% 48% 48% 48% 48%

14 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

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O programa atingiuas metas para a

construção de 34garagens e postos decoleta (...), varriçãode ruas e operações

de usinas dereciclagem de lixo

Fase I – Programa de Despoluição da Baíade Guanabara (em andamento);

Fase II – Programa de RecuperaçãoAmbiental da Bacia da Baía de Guanabara.Complementa as obras da primeira fase,com foco na gestão ambiental(monitoramento e controle do uso de

Componente 1 - Saneamento: esgotos sanitários e abastecimento d’água

Componente 2 - Drenagem urbana (macrodrenagem)

Componente 3 - Resíduos sólidos

Componente 4 - Programas ambientais complementares

Componente 5 - Mapeamento digital

A Fase I do PDBG contém cinco áreas de intervenção, denominadas Componentes

recursos naturais). O custo estimado é deUS$ 822 milhões.

Fase III – Programas AmbientaisComplementares. Este estágio tem oobjetivo principal de fortalecer asinstituições públicas que atuam no setorde meio ambiente.

A conclusão da Fase I, prevista para 2000, foi adiada para 2008

PDBG PDBG PDBG PDBG PDBG prevêprevêprevêprevêprevê mas ainda mas ainda mas ainda mas ainda mas ainda

15SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Valores pagos por Componente(Em milhões de US$)

Recursos por categoria de investimentos(Em milhões de US$)

Fonte tabelas: Ecoplan, 2005

COMPONENTE

PREVISTO

ACUMULADO*

SALDO*

I Saneamento

II Macrodrenagem

III Resíduos

Sólidos

IV Programas

Ambientais

V Mapeamento

Digital

748.722.520,51

11.099.768,34

13.195.670,91

4.665.742,60

14.612.217,59

548.920.113.63 73,31

11.099.768,34 100,00

11.590.679,48 87,84

4.295.421,99 92,06

14.186.800,16 97,09

199.802.406,88 26,69

- -

1.604.991,43 12,16

370.320,61 7,94

425.417,43 2,91

TOTAL (1)

792.295.919,95

590.092.783,60 74,48

202.203.136,35 25,52

TOTAL (2)

377.008.414,99

350.238.750,47 92,90

26.769.664,52 7,10

TOTAL do PROGRAMA

1.169.304.334,94

940.331.534,07 80,42

228.972.800,87 19,58

CATEGORIA

1994

2005

VARIAÇÃO

%

Engenharia e Administração

40,00

117,59

194

Custos diretos

578,90

792,31

36,9

Custos decorrentes

16,20

20,63

27,3

Sem destinação específica

80,20

-

(100)

Gastos financeiros

77,70

238,78

207,3

Total

793

1.169,31

47,5

três fases,três fases,três fases,três fases,três fases,está na primeirestá na primeirestá na primeirestá na primeirestá na primeiraaaaa

16 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

O programa compreende a Baía de

Guanabara (390km2, incluindo 50km2

de ilhas e ilhotas) e sua bacia

hidrográfica (cerca de 3.000km2),

perfazendo um total de cerca de

4.4000km2. A bacia hidrográfica da

Baía de Guanabara é um ecossistema

dividido, por conveniência (conforme

Plano Diretor JICA), em cinco bacias

principais, 29 sub-bacias e nove

regiões. Da bacia hidrográfica da Baía

da Guanabara fazem parte, de forma

integral ou parcial, 16 municípios.

Área de abrangência do programa

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one

Mun

ay

O subsecretário da SSO Carlos Alberto

O setor do Controle Externo encarregado deauditoria em obras públicas é a

Subsecretaria de Auditoria e Controle deObras e Serviços de Engenharia (SSO). Seu

titular é o engenheiro Carlos Alberto da Silvae Sousa, a quem estão vinculados doiscoordenadores de Auditoria de Obras e

Serviços de Engenharia: José CarlosReichmann Mader (estadual) e José Luiz

Lima Abreu (municipal).

Obras públicas são auditadas

por setor especializado

do Controle Externo do TCE

Belford RoxoCachoeiras de MacacuDuque de CaxiasGuapimirimItaboraíMagéMesquitaNilópolisNiteróiNova IguaçuQueimadosRio BonitoRio de JaneiroSão GonçaloSão João de MeritiTanguá

Municípios dabacia hidrográfica

da Baía de Guanabara

17SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

PLENÁRIO PLENÁRIO PLENÁRIO PLENÁRIO PLENÁRIO FFFFFAZAZAZAZAZ DETERMINAÇÕESDETERMINAÇÕESDETERMINAÇÕESDETERMINAÇÕESDETERMINAÇÕESA A A A A DIVERSOS SETDIVERSOS SETDIVERSOS SETDIVERSOS SETDIVERSOS SETORES DO GOORES DO GOORES DO GOORES DO GOORES DO GOVERNOVERNOVERNOVERNOVERNO

O Plenário do TCE-RJ decidiu que os futuros progra-mas a serem implantados pela Secretaria de Estadode Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano -Semadur sejam compostos de sistemas de acompa-nhamento e atualização dos dados capazes de produ-zir informações sintéticas e em tempo eficaz, permi-tindo a rápida avaliação e a intervenção para a corre-ção das distorções. Os conselheiros também deter-minaram que os responsáveis:

- Providenciem cercas em volta do Parque da PedraBranca, a fim de inibir as ocupações irregulares, bemcomo preservar as áreas verdes e edificaçõesconstruídas no local e demais elementos de compo-sição do parque estadual, de forma a garantir a se-gurança dos futuros usuários e evitar o acesso dedepredadores

- Adotem providências no sentido de manter a continui-dade dos projetos de educação ambiental implantadosno PDBG

- Adotem providências com vistas à ampliação da fis-calização quanto ao lançamento indevido de esgotos

na Baía de Guanabara, como também em corposd'água que nela desembocam

- Adotem providências junto à SERLA, a fim de darcontinuidade à operação das estações hidrome-teorológicas telemétricas (ver glossário na pág. 27)

- Providenciem o encaminhamento ao TCE-RJ do Pla-no Diretor de Recursos Hídricos da Bacia da Baía daGuanabara, com vistas a subsidiar futuras inspeçõesda SSO

- Adotem providências junto aos órgãos estaduais emunicipais no sentido de integrar as diversas partesno desenvolvimento e implementação dos projetos quevisam solucionar as questões urbanas e ambientais

Tendo em vista a importância do extenso conjuntode informações reunidas apara a execução do PDBG,e a devida preservação de seu histórico, o TCE-RJrecomendou que seja nomeado responsável, ou co-missão, pela guarda e manutenção dos dados e pro-jetos existentes, como também da atualização dosdados relativos ao monitoramento dos resultados.

18 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Conclusão das estações de tratamento deesgotos de São Gonçalo, Ilha do Governador ePaquetá, evitando, dessa forma, que os investimentosrealizados até o momento se transformem em dano aoerário.

Complementação das redes de esgotos,

previstas no escopo inicial do PDBG, relativas aossistemas Ilha do Governador, São Gonçalo, Pavuna eSarapuí.

Entrada em operação dos digestores e dotratamento secundário da estação de tratamento deesgotos de São Gonçalo, para que a ETE opere com aeficiência prevista no programa, justificando, assim, osinvestimentos já realizados.

Correção da baixa eficiência da estação detratamento de esgotos de Paquetá.

Apuração pelo Controle Interno dos serviçosrefeitos, seus valores e o responsável pelo custeio dosmesmos, relativos aos reservatórios de MarquesManeta, Colubandê, 25 de Agosto, Éden, Coelho daRocha e Belford Roxo e o abandono das obras dosreservatórios dos sistemas de Olavo Bilac, ParqueFluminense, Retiro Feliz e Lote XV, sujeitos a depreda-ção e, conseqüentemente, gastos adicionais.

Cópia de documentos tem que ser enca-minhadas ao TCE ao final do programa

Relatório Final de Avaliação - RFA, que deverá serapresentado ao BID, referente à descrição, implantação,resultados físico-financeiros e avaliação do desempe-nho do programa, conforme estabelecido nos acordosde financiamento.

Relatório de Conclusão de Serviços - RCS, destinadoà Cedae, referente à relação de todos os documentosgerados no programa, por componente, de forma apossibilitar consultas específicas por sistema de águaou esgoto ou por área de atuação, além da relação depatrimônio a ser repassada para a Cedae, conformeestabelecido nos acordos de financiamento.

O Plenário do TCE

determinou providências à

Companhia Estadual de

Águas e Esgotos - Cedae,

cujo cumprimento será

verificado na próxima

inspeção ordinária

As decisões do As decisões do As decisões do As decisões do As decisões do TTTTTribunalribunalribunalribunalribunal em relação à Cedae em relação à Cedae em relação à Cedae em relação à Cedae em relação à Cedae

Estação de Tratamento

de Paquetá

FOTO

S:

SS0/T

CE-

RJ

19SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Um dos mais importantes componentes da primeira fase do PDBG

tinha por objetivo atender às necessidades de ampliação e melhoria do

sistema em alguns municípios da Baixada Fluminense e em São Gonça-

lo, além de comunidades carentes do Rio e de Niterói. O quadro a

seguir mostra a previsão de população a ser beneficiada por cada um

dos dez novos sistemas implantados, distribuídos em São Gonçalo e na

Baixada Fluminense, e pelas melhorias executadas no Rio de Janeiro,

como também nas comunidades carentes do Rio e de Niterói,

totalizando 1,2 milhão de habitantes. Menos da metade da população –

408.550 habitantes – foi beneficiada.

Apesar do PDBG ter sido implantado totalmente em alguns casos,

não está funcionando como o planejado devido à deficiência de vazão

disponível para o abastecimento dos reservatórios.

Menos da metade da população foi beneficiada

Abastecimento de água

populaçãoatendida408.550habitantes

populaçãoprevista1.182.650habitantes

Apenas dois sistemas em operaçãoApenas dois sistemas em operaçãoApenas dois sistemas em operaçãoApenas dois sistemas em operaçãoApenas dois sistemas em operação

Os sistemas Éden e Coelho da Rocha são os doisúnicos que se encontram em operação, desde2005, embora de forma descontínua. Os sistemasOlavo Bilac, Parque Fluminense, Retiro Feliz e LoteXV sofreram maiores conseqüências do abandono,tendo sido totalmente depredados, o que resultouem gastos de R$ 1,8 milhão. As obras dos siste-mas São Gonçalo, Marques Maneta e Colubandêforam concluídas. Mas, com os constantes atra-sos, foram necessárias obras de vulto paramelhorias da adução, com a finalidade de nãoprejudicar os demais sistemas de abastecimentode água que já existiam. Apesar de não estaremtotalmente concluídas as obras do sistema 25 deAgosto, e, conseqüentemente, não se encontrarem operação, foi realizada solenidade de inaugura-ção.Os atrasos na execução das obras nos sistemasde abastecimento de água, somados às inconsis-tências do projeto, que não levou em conta ocrescimento da população, acabaram provocando

gastos adicionais com obras não previstas noprojeto original, mas que se tornaram necessárias.A insuficiência no abastecimento dos reservatóriosno PDBG decorre, em grande parte, da não-conclu-são dos serviços de reforma no booster (ver glossá-rio na pág. 27) da Baixada Fluminense, em BelfordRoxo, devido a sua importância na estrutura da redede abastecimento de água instalada sob responsabi-lidade da Cedae.

20 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

De responsabilidade da Cedae, o componente abrange as ações do programa relati-vas a coleta e tratamento de esgoto sanitário e abastecimento de água potável, alémde pequeno programa de treinamento para funcionários da companhia, atualizaçãotecnológica de seu cadastro técnico e de apoio institucional.Dos recursos aplicados nos cinco componentes do programa – Saneamento,Drenagem Urbana, Resíduos Sólidos, Programas Ambientais Complementa-res e Mapeamento Digital – o primeiro corresponde a 92,93% do valor des-tinado ao programa.Até janeiro de 2006 foram realizados 78,19% dos serviços de saneamento,e a conclusão desses serviços está prevista para 2008.O subcomponente esgoto sanitário é responsável pela maior parte dos gastoscom o PDBG: US$ 572,2 milhões (R$ 1,2 bilhão, equivalente a 72,7%).Sua implementação vai evitar o lançamento de matéria orgânica na baía, pos-sibilitando sua auto-recuperação. Os serviços executados referem-se, basica-mente, à construção de estações de tratamento, redes coletoras de esgotos,ligações domiciliares e intradomiciliares, coletores-tronco, interceptores,elevatórias e emissário.Os serviços foram distribuídos ao redor da Baía de Guanabara, divididos emoito sistemas: Alegria, Pavuna, Sarapuí, Ilha do Governador, Icaraí, São Gon-çalo, Paquetá e Marina da Glória. Os sistemas deveriam atender a 442 milhabitantes, mas apenas algumas dessas áreas estão sendo atendidas, umavez que grande parte da rede prevista ainda está sendo executada.

Coleta, transporte, recalque, tratamento e disposição final. Abrange novebairros do município do Rio de Janeiro: São Cristóvão, Engenho Novo,Bonsucesso, Ramos, Del Castilho, Inhaúma, Caju, Rio Comprido e Gamboa.Serviços executados: construção de estação de tratamento (ETE), instalaçãodo sistema de secagem de lodo, e implantação de coletor tronco.Eficiência da ETE Alegria na redução de DBO (Demanda Química de Oxigê-nio): em torno de 60%.População atualmente atendida: 321.200 habitantes.Por causa da valorização do real, os recursos disponíveis em moeda japonesapara a obra de tratamento secundário não serão mais suficientes, necessitandode um investimento complementar de recursos do estado.Do total previsto de 21.448 metros de redes-tronco, foram executados14.142 de coletores, a maior parte sem carga.Os constantes adiamentos na conclusão das obras de coletores-tronco de-vem-se, principalmente, a atrasos da contrapartida do empréstimo sob a res-ponsabilidade do ooverno do estado.Atraso de até dois anos e meio no pagamento de parcela sob responsabilida-de do governo do estado.Os anos de atraso na execução das obras de redes provocaram gasto extra,até o momento, de R$ 55.263.301,74, relativos a sete reajustamentos.O atraso excessivo também foi responsável por prejuízo deR$ 7.871.271,30 aos cofres públicos, causado por custos indiretosaditivados ao contrato, por causa de manutenção de estrutura de apoio paraa administração local das obras.

Saneamento

Sistema Alegria

Foto

s: S

SO

/TC

E-RJ

Os sistemas do Os sistemas do Os sistemas do Os sistemas do Os sistemas do PDBGPDBGPDBGPDBGPDBG

21SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Coleta, transporte, recalque, tratamento e disposição final. Abrange o 1ºdistrito de Caxias, parte de São João de Meriti e diversos bairros do muni-cípio do Rio de Janeiro (Vigário Geral, Jardim América, Acari, Vista Alegre,Parada de Lucas, Colégio, Cordovil e Irajá). Serviços executados: constru-ção da estação de tratamento (ETE); instalação do sistema de secagem delodo; construção de elevatórias, com sua linhas de recalque; e implantaçãode rede coletora, com ligações domiciliares.Eficiência de 95% na redução de DBO. Porém, parte dessa eficiência deve-se ao tempo de permanência do esgoto na ETE, por causa da baixa vazãodo afluente.Previsão de 448.496 metros de redes coletoras (redes-tronco, redes fina,ligações domiciliares e elevatórias). Apenas 89.457de redes foram execu-tadas. Uma pequena parte está em carga, pois falta complementar os cole-tores e executar as ligações domiciliares.População atendida de 36 mil habitantes.O contrato vai até 29/9/2006. O governo do estado assumiu compromisso definalizar as obras até dezembro de 2008, apesar da atual gestão terminar em2006.Constantes adiamentos na conclusão das obras de redes de esgotos no Siste-ma Pavuna devem-se, principalmente, a atrasos da contrapartida do emprésti-mo sob responsabilidade do governo do estado.Os anos de atraso na execução das obras de redes provocaram gastos extrasde R$ 58.706.547,93, relativos aos seis reajustamentos ocorridos.

Coleta, transporte, recalque, tratamento e disposição final. Abrange os muni-cípios de Nova Iguaçu, Belford Roxo, São João de Meriti e Mesquita. Servi-ços executados: construção da estação de tratamento (ETE); instalação dosistema de secagem de lodo; construção de elevatórias, com suas linhas derecalque; e implantação de rede coletora, com ligações domiciliares.Eficiência na redução de DBO em torno de 90%. Porém, parte dessa eficiên-cia é relativa ao tempo de permanência do esgoto na ETE, em virtude da baixavazão e da origem do afluente.Previsão de obras relativas às redes coletoras (redes-tronco, redes fina, liga-ções domiciliares e elevatórias): 344.543 metros de redes. Apenas 164.850foram executados. Estão sem carga, pois falta concluir diversos trechos docoletor-tronco e ou executar as ligações domiciliares.As obras das redes coletoras estavam previstas para 20/9/2006. O governodo estado assumiu compromisso de finalizar as obras até dezembro de 2007,apesar da atual gestão terminar em 2006.Constantes adiamentos na conclusão das obras de redes de esgotos no siste-ma devem-se, principalmente, aos atrasos sistemáticos da contrapartida doempréstimo sob a responsabilidade do governo do estado.Os atrasos do governo do estado foram de até 16 meses das faturas deredes. Obras estiveram paradas durante todo o ano de 2003 e am algunsmeses de 2004 e 2005.Os anos de atraso na execução das obras de redes provocaram gasto total deR$ 47.383.017,73, devido aos seis reajustamentos ocorridos, sem levarem conta o gasto adicional com o gerenciamento e fiscalização das obras.

Sistema Pavuna

Sistema Sarapuí

22 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Coleta, transporte, recalque, tratamento e disposição final. Serviços executa-dos: ampliação da ETE existente; automação da ETE (incompleta); instalaçãodo sistema de secagem de lodo; ampliação de quatro elevatórias; implantaçãode 114.447metros de rede coletora; inspeção de 41.430 de redes coletoras,através de circuito interno de TV; eliminação de 2.540 ligações clandestinas;e 14 captações em tempo seco.A eficiência da ETE na redução de DBO está em torno de 90%. A ETE atendea uma população de 157.091 habitantes; o contrato que previa a automaçãodas ETEs de Paquetá e São Gonçalo foi rescindido em dezembro de 2003,após a execução de 48,67% do valor previsto; as elevatórias estão funcio-nando normalmente e as redes de esgoto em operação. Entretanto, para com-pletar o total previsto é necessária a continuação do contrato paralisado emoutubro de 2004.

Coleta, transporte, recalque, tratamento e disposição final através do emissá-rio submarino. Serviços executados: ampliação da ETE existente, em nívelprimário; construção de três elevatórias, de 2.259 metros de rede coletora,de 590 metros de emissário terrestre e de 3.339 metros de emissário subma-rino. Foram fornecidos vários equipamentos (painéis elétricos, sistema deinertização, inversores de freqüência, equipamentos de automação, conjunto moto-bomba, sistema de dosagem de produtos químicos e centrífugas).A eficiência na redução de DBO está em torno de 45%. A utilização doemissário submarino elevaria essa eficiência para 95%. As redes e elevatóriasestão operando normalmente, e a ETE de Icaraí está funcionando em conjuntocom o emissário submarino, sendo operada pela concessionária Águas deNiterói. A vazão média atual tratada é de 810 litros por segundo, atendendo a332.200 habitantes.

Sistema Ilha do Governador

Sistema Icaraí

Coleta, transporte, recalque, tratamento e disposição final. Serviços contrata-dos: construção da ETE em duas etapas (tratamento primário e tratamentosecundário); automação da ETE (incompleta); instalação do sistema de seca-gem de lodo; construção de cinco elevatórias; implantação de 271.620m derede coletora; e 27.235 ligações domiciliares/intradomiciliares.A eficiência da ETE na redução de DBO está em torno de 40%. A ETE operadesde novembro de 1998, apenas com o tratamento primário, atendendoatualmente a uma população 98.743 habitantes. Devido ao não-funciona-mento dos digestores, a unidade de secagem de lodo não pode entrar emoperação, permanecendo sem funcionar desde a sua implantação.

Sistema São Gonçalo

Fotos: SSO/TCE-RJ

23SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

O objetivo do programa é melhorar a captação do esgoto proveniente doCentro da cidade e eliminar ligações clandestinas de esgotos feitas narede de águas pluviais. Isso normalizaria o caminho do esgoto, impedin-do que fosse despejado na enseada da Marina da Glória através da redede águas pluviais. Serviços executados: implantação de 1.696 metrosde coletores tronco, 120 metros de redes coletoras, um sifão, umaelevatória de esgoto e três unidades de captação em tempo seco, alémde inspeção de 20 quilômetros de tubulações por circuito de TV e 527eliminações de ligações clandestinas.

Sistema Marina da Glória

O programa melhorou as instalações e equipamentos exis-tentes. Não houve aumento da capacidade de tratamento,mas foram realizadas obras para o condicionamento dolodo gerado na ETE.A ETE opera normalmente, atendendo a uma populaçãode 442.000 habitantes.

Estação de tratamentode esgoto da Penha

Coleta, transporte, recalque, tratamento e disposição final através de emis-sário submarino. Serviços executados: ampliação da ETE existente, coma instalação de um sistema aeróbico de tratamento secundário; automaçãoda ETE (incompleta); ampliação das quatro elevatórias existentes; cons-trução de 1.330 metros de rede coletora; inspeção e limpeza de 5.000metros de redes coletoras; 28 ligações intradomiciliares; e construção de2.500 metros de extensão de emissão submarino.A eficiência de 30% na redução de DBO compromete o sistema, queatende a 2.818 habitantes. Apesar de estar com a vazão abaixo de suacapacidade, há dias em que a vazão é superior à capacidade máxima detratamento, devido ao fluxo turístico na região. As redes de esgotos e oemissário submarino estão operando normalmente.

Sistema Paquetá

“Na Glória,todos os serviçosestão em carga e

funcionando,atendendo a umapopulação de 250mil habitantes”.

24 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

Todos os serviços de assentamento, montagem e duplicação da adutora da BaixadaFluminense estão concluídos e em operação. Todas as alças de distribuição foram execu-tadas, assim como as melhorias operacionais nas barragens de tomada d'água do RioGuandu.A não-execução, por completo, de serviços previstos para a reforma do booster compro-mete o adequado abastecimento dos reservatórios da Baixada, uma vez que não é alcançadavazão suficiente.Durante a execução do contrato ocorreram diversos atrasos nos pagamentos.

MacrodrenagemA Baía de Guanabara recebe as águas de cinco baciashidrográficas (29 sub-bacias). Os esgotos lançados nestes cor-pos d'água desembocam na própria baía, mesmo consideradaa capacidade de autodepuração desses rios, que depende davazão, do volume da água e do tipo de poluente (solubilidade,pH, etc.).O componente macrodrenagem compreende obras de canali-zação e drenagem na bacia do Rio Acari, instalação de umarede hidrometeorológica e estudos do Canal do Cunha e doFundão. Sua co-executora é a Serla.

Obras e serviços de macrodrenagemForam executadas obras de drenagem na baciahidrográfica, referentes à canalização de trecho do RioPiraquara, recuperação dos muros do Rio das Pedras econstrução de galerias e canalização dos rios Timbó Su-perior e Timbó II. Concluído estudo hidrodinâmico e

geotécnico para revitalização da circulação do Fundão e do Canal do Cunha, feito por meiode convênio da Serla com a Coppetec (Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas eEstudos Tecnológicos, para a prestação de serviços técnicos especializados pela Coppe/UFRJ).Monitoramento operacional, aferição, manutenção, fornecimento e instalação de equi-pamentos da rede hidrometeorológica da bacia contribuinte da Baía de Guanabara.As obras de drenagem ultrapassaram as metas estabelecidas inicialmente quanto àextensão contemplada.De acordo com a Serla, 45 estações estão em operação; 22 são telemétricas.A operação das estações requer continuidade de aporte financeiro, no orçamen-to da Serla, para operação e manutenção.

Duplicação da adutora da

Baixada Fluminense e

melhorias no Sistema Guandu

Barragem de tomada d'águado Rio Guandu

25SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Coleta de lixoA Semadur considera a execução

dos empreendimentos de implanta-

ção de coleta seletiva, triagem e

reciclagem nos postos de coleta e a

coleta e remoção de lixo flutuante e

submerso por embarcações

especializadas como sendo da Fase

II do PDBG, ainda não iniciada.

Foram atingidas as metas para a

construção de 34 garagens e

postos de coleta e o fornecimento

de equipamentos para coleta,

varrição de ruas e para operação de

usinas de reciclagem.

Estações de transferênciaPrevia a reabilitação das estações de

transferência de Nilópolis e São

João de Meriti, que apresentam

metas de 87t/dia e 275t/dia,

respectivamente, incluindo veículos

destinados ao transporte dos

resíduos transferidos. A meta

prevista foi atingida, de acordo com

dados apresentados pela Semadur e

pelo Ecoplan.

Usinas de lixo eincineradoresEstavam previstas as construções

de plantas de reciclagem de materi-

ais e de compostagem em São

Gonçalo (380t/d), Niterói (300t/d)

e Magé (125 (t/d), além da instala-

ção de incineradores hospitalares

com capacidades de 50kg/h a

250kg/h em cinco municípios.

Aterro Sanitário deSão GonçaloA meta era atingir 150t/d de

resíduos não recicláveis (77% foi

executado);

O contrato foi rescindido e o Termo

de Distrato assinado em 2005;

80% do chorume produzido no

aterro de São Gonçalo é bombeado

para ser aspergido dentro do

próprio aterro, e apenas 20% é

direcionado para tratamento na ETE

Icaraí.

Aterro sanitáriode NiteróiA meta inicialmente prevista de

90t/dia foi alcançada.

Aterro sanitáriode MagéApenas 36% da meta foi atingida.

O contrato estava suspenso,

aguardando procedimentos para sua

rescisão.

O PDBG

CONTEMPLA

INTERVENÇÕES

RELACIONADAS

AO TRATAMENTO

DE RESÍDUOS

SÓLIDOS, COMO A

CONSTRUÇÃO DE

INCINERADORES,

DE USINAS DE

RECICLAGEM E

COMPOSTAGEM

DE LIXO, DE

POSTOS DE

COLETA E

VARRIÇÃO,

ALÉM DA

RECUPERAÇÃO DE

ESTAÇÕES DE

TRANSFERÊNCIA E

ATERROS

SANITÁRIOS. A

SEMADUR É O

ÓRGÃO

RESPONSÁVEL.

RESÍDUOS SÓLIDOSRESÍDUOS SÓLIDOSRESÍDUOS SÓLIDOSRESÍDUOS SÓLIDOSRESÍDUOS SÓLIDOS

26 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

São intervenções destinadas ao controle da poluição ambiental, ativida-des de monitoramento e reforço institucional da Feema, órgão responsá-vel. O relatório do TCE aponta que houve ligeira melhora na qualidadedas águas da Baía de Guanabara, exceto em algumas praias onde osníveis de coliformes fecais ultrapassam os limites estabelecidos pelaresolução Conama 274/2000. É o caso da praia do Flamengo, quepermanece não recomendada ao banho de mar.

Projetos de Educação AmbientalOs projetos de Educação Ambiental incluí-am os subprojetos Mobilização Social eEducação Ambiental e Programa deCapacitação e Treinamento.De acordo com documentos fornecidospelo PAC foram cumpridos os convêniosfirmados com a Uerj/Seed e Feema/Semadur, que teve como objetivo o desen-volvimento de um conjunto de atividades ejunto às escolas de 1º e 2 º graus da redepública estadual, concluídos em 2003. Damesma maneira, o convênio Coppetec/Uerje Feema/Semadur, para a capacitaçãotécnica e gerencial de órgãos ambientais,concluído em 2005.

Mapeamento DigitalTrata-se de componente para a formaçãode base de dados digitalizada dos municí-pios ao redor da Baía de Guanabara,

PROGRAMASAMBIENTAISCOMPLEMENTARES

permitindo melhorias nos cadastrostributários, além de auxiliar omonitoramento do desenvolvimentodaqueles municípios, na identificaçãodas suas fontes poluidoras e na caracte-rização efetiva do solo. A Fundação Cide- Centro de Informações e Dados do Riode Janeiro - é sua executora.Os contratos assinados – sob responsa-bilidade da Cide – tiveram como objetivoa formação de uma base de dadosdigitalizada dos municípios ao redor daBaía de Guanabara, para permitir amelhoria dos cadastros tributários. Issoproporcionaria auxiliar o monitoramento dodesenvolvimento daqueles municípios, naidentificação das suas fontes poluidoras ena caracterização do uso do solo.

A auditoria do TCE-RJ ressalta que é significativa a polui-ção da Baía de Guanabara oriunda do esgoto domésticoe industrial, além dos resíduos sólidos (lixo) lançados emtoda a baía, bem como a diminuição da transparênciadas águas.

27SETEMBRO / 2006 TCE NOTÍCIA

Baía de Guanabara com vistapara as praias de Boa Viagem,Flechas e Icaraí, em Niterói

Foto

: Sym

one

Mun

ay

A Fundação Cide atualizou a basecadastral de 12 municípios (dezembro de2005), a partir de mapeamento baseadoem imagens de satélite. O projeto IQM-Verde II infere a qualidade do uso dosolo e da cobertura vegetal para os mu-nicípios. As informações são extraídasde imagens de satélite e indicam asáreas prioritárias para recuperação dacobertura florestal, a partir do estabele-cimento de corredores de interligaçãoentre fragmentos remanescentes.Ametodologia aplicada no desenvolvimen-to do plano permitiu a apresentação depropostas para implantação de corredo-res ecológicos e paisagísticos que deve-rão ligar alguns fragmentosflorestais, assim como arborizar algumasvias públicas.

Vista das praias de Boa Viagem, Flechas e Icaraí,

em Niterói

Foto: Symone Munay

Alguns termos técnicos

ETEs - estações de trata-mento de esgotosDBO - demanda química deoxigênio. É a quantidade deoxigênio necessária para oxi-dação da matéria orgânicaatravés de um agente quí-mico.Esgoto sanitário doméstico- despejo líquido resultantedo uso de água para higienee necessidades fisiológicashumanas.Booster - estaçãoelevatória, sem poço de suc-ção, composta de um oumais conjuntos motor-bom-ba, onde a sucção é feitadiretamente na tubulação demontante, promovendo umaumento de pressão na tu-bulação de jusante (marébaixa).Resíduos sólidos hospitala-res - constituem os resídu-os sépticos, ou seja, aque-les que contém ou potenci-almente podem conter ger-mes patogênicos, oriundosde locais como: hospitais,

clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias,postos de saúde, etc.Resíduos sólidos industriais - aquele originado nas ati-vidades dos diversos ramos da indústria, tais comometalúrgica, química, petroquímica, papelaria, alimen-tícia, etc.Resíduos sólidos urbanos ou lixo - denomina-se lixo osrestos das atividades humanas, considerados pelos ge-radores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis.Normalmente, apresentam-se no estado sólido, semi-sólido ou semilíquido (com conteúdo líquido insuficien-te para que este possa fluir livremente).Chorume - líquido resultante do rejeito das bactériasque processam o lixo, um dos subprodutos mais peri-gosos dos depósitos de lixo, por concentrar metais eamônia. Uma vez carreado para os lençóis freáticos ecorpos d'água, contamina o solo e a água da região.Adução - ação de conduzir.Estação hidrometeorológica telemétrica - tem a funçãode fornecer dados on line da hidrologia, ou seja, o téc-nico não precisa ir à estação para "baixar" os dados.Estas informações são transmitidas por onda de rádioou por telefonia, por isso diz-se telemétricas.

28 SETEMBRO / 2006TCE NOTÍCIA

CULTUR

ARodrigo Lessa, um showpara diferentes gostos do samba: os que nãoabrem mão do partido alto, com Insônia de Morcego, samba dele comMauro Aguiar; os heterodoxos do samba-funk, com Tiziu Pirado,também dele e de Mauro Aguiar, os saudosos de um bom samba-canção, com Lembranças de Copacabana, dele com Agenor de Olivei-ra. Samba pra todos os gostos, mas sempre samba.Além de compositor, Lessa toca bandolim nos conjuntos Nó emPingo D'água e Pagode Jazz Sardinha's Club. A apresentação teveparticipação especial do cantor Agenor de Oliveira, também parceiroem quatro das 13 músicas do espetáculo. Além dele, os consagradosRogério Souza, ao violão, Celsinho Silva, na percussão e Marcio Hulk,no cavaquinho.

A apresentaçãoteve participaçãoespecial docantor Agenor deOliveira, tambémparceiro emquatro das 13músicas doespetáculo.

O samba plural de Rodrigo Lessano Espaço Cultural TCE-RJno Espaço Cultural TCE-RJno Espaço Cultural TCE-RJno Espaço Cultural TCE-RJno Espaço Cultural TCE-RJ

*****

* Show doMomento Cultural,

em 25 de agosto noauditório do Tribunal


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