Download - Revista Supere 17 Saída_baixa
NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2008Nº 17 R$ 14,50 -
UMA PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE MINAS
Excelência reconhecidaCharles Lotfi é reeleito para a presidência da AC Minas
Balanço 2008: avalanche financeira globalizada?
Maisexcelência
reconhecidaO que há de especial nas
empresas que entraram na
lista 2008 das melhores para
se trabalhar? Pág. 8
SUPERERE
VIS
TA
SUPERE2008
Especial
Empresários e gestores se atualizam no maior evento do empreendedorismo mineiroPág. 24
BiocombustíveisDemanda,
perspectivas de mercado, impactos na
economia e no meio ambiente
Olhares sobre o ano que se encerra em meio aos abalos da crise internacional Pág. 40
Pág. 58
Pág. 18
Entre o mundo dos negócios e o mundo das pessoas, � camos com os dois.Cemig, 9 anos como a única empresa de energia da América Latina no Índice Dow Jones de Sustentabilidade.
Em 2000, ano em que a Joana e o Davi nasceram, a Cemig esteve pela primeira vez presente no Índice Dow
Jones de Sustentabilidade – DJSI World. Desde então, a Cemig é uma das duas únicas empresas do setor elétrico
no mundo listadas no Índice. É que, ao gerar energia, a Cemig preserva, para a vida das pessoas, valores
essenciais como ética, respeito, transparência e conservação do meio ambiente. Valores que nos inspiram a ser
uma Empresa cada vez melhor. Produzir energia para mais de 17 milhões de pessoas é o nosso negócio. Criar
valor para clientes e acionistas, empregados e parceiros e para esta e as futuras gerações é o nosso compromisso. www.cemig.com.br
Dow JonesSustainability Indexes Member 2008/09
AdJ_400x265mm_Criancas.indd 1 10/17/08 11:51:55 AM
Entre o mundo dos negócios e o mundo das pessoas, � camos com os dois.Cemig, 9 anos como a única empresa de energia da América Latina no Índice Dow Jones de Sustentabilidade.
Em 2000, ano em que a Joana e o Davi nasceram, a Cemig esteve pela primeira vez presente no Índice Dow
Jones de Sustentabilidade – DJSI World. Desde então, a Cemig é uma das duas únicas empresas do setor elétrico
no mundo listadas no Índice. É que, ao gerar energia, a Cemig preserva, para a vida das pessoas, valores
essenciais como ética, respeito, transparência e conservação do meio ambiente. Valores que nos inspiram a ser
uma Empresa cada vez melhor. Produzir energia para mais de 17 milhões de pessoas é o nosso negócio. Criar
valor para clientes e acionistas, empregados e parceiros e para esta e as futuras gerações é o nosso compromisso. www.cemig.com.br
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SUPERE4
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ente
Charles Lotfi,Presidente daACMinas
A crise do medo
Esta “Palavra do Presidente” está um pouco diferente daquelas que, em
ocasiões anteriores, eu tenho dirigido aos nossos leitores, comentando os princi-
pais temas tratados em cada edição. A razão se justifica: este número da Revista
Supere traz uma matéria de grande importância abordando causas e efeitos da
crise que, dos Estados Unidos, se esparramou pelo mundo afora, chegando
também ao Brasil.
Aqui, até agora ela afetou de maneira clara, perceptível apenas o mercado
financeiro, que passa por uma instabilidade fora do comum, e alguns setores mais
dependentes de crédito ao consumidor, como o automobilístico, além de grandes
exportadores. É claro que também entre nós a crise existe, mas estou convencido
de que ela é inflada por um componente psicológico, emocional e perverso: o
medo.
Tenho conversado com vários empresários, dos mais diversos segmen-
tos econômicos, que, aguardando há dois, três meses pelos anunciados efeitos
catastróficos, deixaram em compasso de espera investimentos programados.
Hoje, ao verem que o mundo não acabou, estão retomando seus negócios, com
prudência, é claro, mas sem se contagiar pelo pessimismo que, pouco tempo
atrás, se generalizou. Na verdade, acredito que muita gente supervalorizou a
crise, e é perfeitamente possível que fatos novos a tornem visível, palpável. Mas
se formos hoje ao centro de Belo Horizonte, aos shopping centers, observaremos
que o movimento de consumidores está normal para esta época do ano, em que
se aproxima o Natal. Há, de novo, um certo clima de otimismo, o que, a meu ver,
é a última coisa a esmorecer no enfrentamento de uma crise – e não o primeiro,
como aconteceu.
Recentes medidas adotadas pelo governo estadual, dilatando prazos de
recolhimento de impostos e abrindo linhas de crédito para as indústrias na aqui-
sição de máquinas e equipamentos representam, sem dúvida, uma ajuda efetiva.
Mas o efeito mais benéfico que trará será o de afastar, ou pelo menos atenuar,
aqueles compontentes psicológicos a que me referi.
Outra medida do governo de Minas que está sendo comemorada pelo
comércio é a antecipação integral do décimo-terceiro salário do funcionalismo
público. Será uma substancial injeção de recursos no mercado que certamente
se refletirá em boas vendas, embora o consumidor de hoje não seja mais aquele
pré-crise: ele está mais comedido, passou a dar importância às taxas de juros, e
não mais somente ao valor da prestação, e se preocupa em evitar endividar-se.
Está, em suma, mais “maduro” – e isto, pelo menos, não deixa de inspirar uma
leitura positiva da crise.
Boa leitura.
Diretor / Editor responsávelÂngelo Roberto de LimaReg. Profissional: 3033/MGEditor adjuntoJoão Henrique FariaReg. Profissional: 3546/MGEditora adjuntaDinorá OliveiraReg. Profissional: MG 05458 JPDiretor de CriaçãoPablo T. QuezadaArte FinalLuciano GarbazzaProdução GráficaRaquel PachecoCoordenaçãoWagner Sá / Marcelo ValadaresColaboradoresLuciana Sampaio / Thaniara CarvalhoSelma Tomé / Generosa Gonçalves Alessandra Costa / Wangela JacintoJornalismoLuciana SampaioReg. Profissional: MG 05203 JPComercial / AtendimentoDimichelly [email protected] EspeciaisPaulo Henrique CostaGerência JurídicaJosé Nonato Costa de LimaGerência AdministrativaCátia CilenePublicidadeVero Brasil ComunicaçãoPeriodicidadeBimestralImpressão / TiragemGráfica e Editora Lastro / 10.000 exemplaresAtendimento ao [email protected] / 55 31 3344-2844
A revista Supere não se responsabiliza peloconteúdo dos anúncios e artigos assinados. As pessoas que constam no expediente não têm autorização para falar em nome da Revista Supere ou de retirar qualquer tipo de material se não tiver em seu poder autorização formal do editor respon-sável constante do expediente.
A revista Supere é uma publicação da ACMinas, localizada à Av. Afonso Pena, 372 - 2º andar +55 31 3048 9555.
Editada e produzida por Vero Brasil Comunicação. Av. Prudente de Morais, 44 3º andar, Tel.: +55 31 3344 2844 20123 Milão - Via Maurizio Gonzaga, 5, Tel.: +39 02.89 09 88 61
Expediente
PS: Apesar de estar tratando de uma única matéria nesta edição, não posso deixar de recomendar a leitura da cobertura do Supere, evento que, mais uma vez, foi um sucesso.
5
Pág 18
Capa“Savoir Faire”
Gestão séria e competente reconduz Charles Lotfià presidência da AC Minas
Coluna
Artigos *Especial: Palestrantes do Evento SUPERE
Mário Mateus 14
Mais12 ................................Antena Supere
48 ........................................ Negócios
51 ..............................................Livros
52 ............................................Gestão
64 ............................................Cultura
68 ..........................Sommelier Supere
Uma pequena amostra do maior evento do empreendedorismo mineiro
Caderno Especial Supere 2008
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08 Empresas que entraram na lista 2008 das melhores para se trabalhar.O que elas têm de especial?
Excelência reconhecida
Olhares sobre o ano marcado pela crise econômica iniciada nos EUA
Lições de 2008
40
Novas fontes de energia para mover o futuro
Biocombustíveis
58
Sumário
Alberto Dell’Isola 30
Allynson Lymer 31
Bernardo Leite 32
Gilcler Regina 33
Jerônimo Mendes 34
Junior Portare 35
Karol Meyer 36
Marcelo Caetano 37
Prof. Osmar Coutinho 38
Paulo Kretly 39
Foto
: Fá
bio
Ort
olan
SUPERE
SUPERE6
Car
tas Caros editores,
Meu nome é José Roberto e, como um apaixonado por São João del-Rei, quero parabenizar a revista SUPERE pela matéria sobre a cidade. São João mere-ce ser destaque e é bom saber que há publicações em Minas Gerais que valorizam , de fato, a cultura e tradições mineiras. Parabéns!
José Roberto DiasAdvogado
Senhores editores,
Escrevo para me queixar. Na coluna do Sommelier há um endereço de email disponível. É natural, então, supormos que ele está ali para que o leitor possa se corresponder com o sommelier Arilton. Diante dessa conclusão óbvia, eu enviei um email ao endereço indicado, solicitando sugestões para presentear um amigo com um vinho. Infelizmente, não recebi qualquer resposta. Acho que se não existe a intenção de atender aos leitores, o endereço deveria ser retirado da revista. Andréia Palhares
Relações Públicas
Resposta SUPERE
Cara Andréia,Lamentamos o ocorrido. O sommelier será comu-nicado sobre a sua reclamação e veremos o que aconteceu. Aguarde, para breve, uma resposta e
aceite as nossas desculpas. Atenciosamente,
Equipe editorial
Olá, pessoal da SUPERE,Geralmente, só tenho elogios para fazer à revista. Entretanto, na edição de setembro, vocês exageraram no número de artigos e achei que ficou cansativo. Sugiro que exista mais equilíbrio na dosagem.
Fábio MouraMicroempresário
Resposta SUPERE
Caro Fábio,A edição a que você se refere, assim como esta que está lendo agora, realmente contou com um número
maior de colunistas. Mas isso aconteceu porque ambas saíram ligadas ao evento SUPERE, ocorrido em 29 e 30 de setembro, e queríamos mostrar na revista um
pouco da qualidade dos palestrantes do evento. Assim, optamos por abrir espaço para eles nessas duas revis-tas (uma antecedendo e a outra sucedendo o evento).
A partir da próxima edição, o número de colunistas volta ao normal. Contamos com a sua compreensão e ressaltamos que vamos considerar sua observação ao
planejar as próximas edições. Obrigado,
Equipe editorialErramos:
Charge
Envie suas críticas e sugestões para esta coluna.End.: Av. Prudente de Morais, 44 - 3º andarCidade Jardim - CEP 30380-000 - BH - MG
ou para o e-mail: [email protected]
Na edição 16, na coluna de Mário Mateus (Matur Contabilidade), houve dois equívocos: na citação, a palavra NESSE foi erroneamente grafada Nese; e a últi-ma linha do texto foi cortada. O final correto é: “ouvi-remos respostas bem diversas daquelas que disseram ou ouviram nossos pais ...” (esse trecho foi suprimido). Pedimos desculpas ao autor e aos leitores pelas falhas.
SUPERE 7
SUPERE8
Des
taqu
e
RH:retorno garantidoPesquisa anual comprova:as empresas que investem em qualidade no ambiente de trabalho podem apresentar melhores resultados
Selma Tomé
SUPERE 9
O Guia das 150 melhores empresas para se trabalhar, feito pela revista Exame, mostra, mais uma vez, que o investimento em recursos humanos tem retorno garantido. De acordo com o guia de 2008, divulgado em setembro, na revista Você S/A EXAME, 95% das empresas que formam a lista das 150 melhores adotam mode-lo educacional corporativo para apoiar o desenvolvimento pessoal e profissional de seus empregados. O retorno para a empresa vem através do rendimento das equipes cada vez mais qualificadas.
D e acordo com admi-nistrador Olney
Bruno da Silveira Junior, especia-lista em Gestão de Pessoas e Mestrando em
Administração das Organizações, a qualidade do ambiente de traba-lho melhora a imagem das empre-sas junto aos seus stakeholters – públicos interessados -. “Quando melhoramos a imagem da empre-sa por meio de fatos reais como o ambiente de trabalho, atendemos não só as expectativas dos funcio-nários como de todo o grupo de stakeholters. Melhorando a ima-gem da empresa atraímos mais pessoas que queiram trabalhar na organização”, avalia.
Para ele, ao contrário do que muitas empresas ainda acreditam, o investimento em qualificação e qualidade no ambiente de trabalho não prepara o profissional para empresas concorrentes, mas esta-belece uma relação de fidelidade entre colaboradores e empresas. “Os funcionários fixam-se por mais tempo, pois estão mais satisfeitos”, observa.
Olney, que também é Gestor do Núcleo de Empreendedorismo
da Fundação de Ensino Superior de Passos e Consultor do Centro de Desenvolvimento Humano e Organizacional – CDHO, explica que as empresas que estão classi-ficadas como “Melhores Empresas para se trabalhar” normalmente dão muito valor aos aspectos da experiência do trabalho, como esti-lo de gestão, liberdade e autono-mia para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável, segurança no emprego, horas adequadas de trabalho e tarefas significativas e agradáveis.
Para tal, elas procuram estru-turar o trabalho e o ambiente no sentido de satisfazer a maioria das necessidades individuais das pes-soas e tornar a organização um local desejável e atraente. A con-fiança das pessoas na administra-ção também é fundamental para a retenção e a fixação de talentos, provocando ganhos com a redu-
ção do absenteísmo e “tour nover”.
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Para o administrador Olney Silveira Junior, as empresas con-sideradas melhores pela pesquisa apresentam diversos fatores posi-tivos com relação à qualidade do ambiente de trabalho. Desde fato-res higiênicos, relacionados à lumi-nosidade, ruído, umidade e odores - que, em condições desfavoráveis
podem ocasionar doenças ocupa-cionais –, à segurança de trabalho; da boa relação com os superiores à estabilidade que a empresa pro-porciona. “O empregado precisa ter a certeza de que seu emprego não desaparecerá de uma hora para outra e a sua boa relação com seus superiores e com seus pares tem influência direta na sua per-
cepção do ambiente de traba-lho” enu-mera.
F a t o r psicoló-gico
O estado emocional dos fun-cionários também influencia. Para a psicóloga clinica e organizacional Carmem Cardoso Maia Camargo, a satisfação do empregado chega a ser mais importante do que o salário que ele recebe. “A questão salarial já não é tão importante. Cada vez mais a empresa deve se preocupar principalmente com a qualidade de vida do funcionário e propiciar um bom clima organiza-cional”, argumenta.
Carmem, que também é professora na FAP, Faculdade de Administração de Passos, acres-
centa que uma empresa consi-derada boa para se trabalhar tem que adotar a cultura empresarial de enxergar o funcionário como investimento. “Procurar a satisfa-ção interna do profissional é uma questão de sobrevivência. Para tal, ela deve ter políticas de Gestão de Pessoas e Recursos Humanos que possam gerar valorização do colaborador”, avalia.
Para a psicóloga, a gestão de recursos humanos deve receber investimento contínuo. “A empresa deve encarar o funcionário não como despesa, mas como recur-so sobre o qual o investimento deve ser contínuo. Gerar estraté-gias para tornar o ambiente de tra-balho adequado e favorável é um bom negocio. É preciso estabele-cer uma relação de parceria entre colaborador e empresa”, afirma.
ComunicaçãoA comunicação também é
cotada como fator primordial entre empresas que desenvolvem pro-gramas de melhoria de ambiente de trabalho ou QVT (Qualidade de Vida no Trabalho). “A comunicação clara e transparente é fundamental para a credibilidade da relação construída entre a liderança e seus funcionários”.
Fazer parte de um ranking dos melhores lugares para se trabalhar favorece a imagem da organiza-ção. Os benefícios de marketing que a empresa obtém através do investimento em um melhor ambiente de trabalho também são visíveis.
De acordo Vanessa Braz Cassoli, Relações Públicas, Pós-Graduada em Marketing e Mestranda em Administração, figurar em uma lista desta natu-reza favorece sim a imagem da empresa perante seus públicos de interesse. “As pessoas têm acesso
cada vez maior à informação, em vários tipos de mídia, e quanto mais informação positiva a respeito da empresa, igualmente positiva será a percepção da sociedade em relação ao seu produto ou ser-viço. O contrário também é verda-deiro: se um fato negativo sobre a empresa cai no domínio da opinião pública, sua imagem poderá ser seriamente afetada”, afirma.
Vanessa salienta que além da disseminação instantânea da infor-mação, que dá aos consumidores o poder de investigar a conduta e os princípios éticos dos fabricantes e prestadores de serviços, deve-se ressaltar o papel das organizações não-governamentais e entidades similares que incentivam o con-sumidor a comprar de empresas socialmente corretas. “Um pro-duto de uma empresa acusada de explorar sua mão-de-obra ou de fornecer ambiente de traba-lho insalubre, não vai longe. Já o cliente que fica sabendo que a empresa da qual compra o tênis, ou a roupa, ou o eletrodoméstico, é reconhecida por ser um ótimo local de trabalho, aumentará sua simpatia e admiração pela marca”, explica, acrescentando que a mera publicidade não mais garante que uma marca se sobressaia no mer-cado. A percepção que o cliente tem de uma marca é, hoje, muito mais abrangente, envolve o rela-cionamento da empresa com seus públicos e seu papel na socie-dade.
Deve-se ressaltar, ainda, que o funcionário é o primeiro cliente da empresa. Se ele não aprovar o produto ou serviço, se não confiar na empresa, como é que os con-sumidores vão confiar? E, atrás do funcionário, vêm seus familia-res, seus amigos e conhecidos. Enfim, o funcionário é um impor-tante formador de opinião sobre a
Olney Silveira Junior
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“O reconhecimento por competência e resultado
potencializa a capacidade humana de superação”
empresa. Desse modo, investir em um melhor ambiente de trabalho para - através de promoção da saúde, segurança, transparência no relacionamento, possibilida-de de crescimento, entre outras ações – traz um círculo virtuoso de benefícios de marketing. São os funcionários - mesmo que não atuem em contato com o cliente – que fazem a empresa funcionar. Ao trabalhar seguros e motivados, contribuirão para a empresa ofer-tar um produto, um atendimento, e uma comunicação melhores.
Em 2008, 550 empresas se inscreveram para participar da pesquisa. Número recorde nos 12 anos em que ela é realizada. Os resultados apontam a tendência das empresas em adequar seus ambientes de trabalho, valorizan-do cada vez mais o ser humano. “Nenhum programa de QVT ou Melhoria no ambiente de trabalho nasce pronto, precisamos adaptar todas as tendências à realidade da empresa. Alguns valores podem ser pensados e aplicados de ini-cio como, credibilidade; respeito e imparcialidade”, avalia o admi-nistrador Olney Bruno da Silveira Junior, especialista em Gestão de Pessoas.
A PesquisaO Guia da revista EXAME é
feito em seis etapas (veja quadro nesta página). Após a inscrição, feita gratuitamente através do hotsite do Guia, as empresas têm de escolher os funcionários que responderão a um questionário sobre a organiza-ção, enquanto um responsável pelo RH preenche outro questionário, em que declara as práticas para gerir pessoas. Todos os questionários são processados pela Fundação Instituto de Administração. Em 2008, mais de 143 mil pessoas res-ponderam aos questionários.
Outra etapa da pesqui-sa é feita através de jornalistas, que visitam todas as empresas pré-classificadas, checando instala-ções, entrevistando profissionais do RH e acompanhando reuniões com o nível operacional e gerencial. Os dados são examinados e, cerca de dois meses depois, é publicado o resultado da pesquisa.
A empresa que liderou o ranking das 150 melhores foi a fabricante de chassis de ôni-bus Volvo, que atingiu uma pon-tuação de 90,6 no Índice de “Felicidade no Trabalho”. A mul-tinacional sueca, instalada em Curitiba (PR), destacou-se pelas
políticas globais de gestão, com equipes auto-gerenciáveis, cujos colaboradores apresentam índi-ce de satisfação e motivação de 92,2%.
Em reportagem publicada na edição especial de 2008 da Você S/A EXAME, o diretor de RH e assuntos corporativos da Volvo, Carlos Morassutti, definiu como o maior desafio do RH: “Ser o guardião das condutas em geral, além de alinhar as políticas de RH às estratégias e objetivos da corporação”.
O administrador Olney Silveira também destaca a importância do reconhecimento dos resultados obtidos por um profissional. “O reconhecimen-to por competência e resultado potencializa a capacidade huma-na de superação fazendo com que o empregado perceba que sua contribuição é importante para a empresa”, explica.•
SUPERE11FONTE: http://vocesa.abril.uol.com.br/melhoresempresas/
1 As inscrições, que são gratuitas, começam em fevereiro.
Para se inscrever, a empresa acessa o hotsite do Guia e
dá OK no Termo de Compromisso (documento em que
constam as regras do processo). A própria companhia
define como os funcionários vão responder ao questioná-
rio: pelo cartão de leitura óptica ou pela internet.
2 De acordo com a data de inscrição de cada empresa,
os funcionários (escolhidos aleatoriamente) recebem um
prazo para responder a pesquisa. Enquanto suas percep-
ções sobre a organização são registradas, o responsável
pelo RH preenche outro questionário, em que declara as
práticas para gerir pessoas. Além disso, toda empresa
deve enviar um Book de Evidências, relatando tais práticas
por escrito. As que não enviam são desclassificadas.
3 Todos os questionários respondidos são processados
pela Fundação Instituto de Administração. Neste ano,
houve 143 227 questionários. A partir daí, são definidas
as empresas pré-classificadas, aquelas que atingem um
mínimo de respostas e a nota de corte — neste ano foi de
75,4.
4 Entre os meses de junho e julho, uma equipe de jor-
nalistas roda por todo o País para visitar as empresas
pré-classificadas. Eles checam as instalações das com-
panhias, entrevistam profissionais do RH e participam de
reuniões com o nível operacional e gerencial. Somadas,
essas visitas consumiram 880 horas.
5 Em meados do mês de julho, os jornalistas da VOCÊ S/A
e a equipe da FIA comparam os dados da pesquisa com
a percepção das visitas. Nessa reunião — denominada
de consenso e que dura o dia inteiro —, definem as 150
melhores empresas do ano. A FIA gera, então, a análise
técnica dos dados.
6 Até o final de agosto, o material editorial do Guia é prepa-
rado: 225 páginas de reportagens sobre as 150 melhores.
A redação da VOCÊ S/A produz, nesse tempo, uma média
de 45 matérias por semana.
“Fazer parte de um ranking dos melhores lugares para se trabalhar favorece a imagem da organização”
SUPERE12
Minas no mundoSegundo dados da Fundação João Pinheiro, entre janeiro e setembro de 2008, as exportações mineiras cres-ceram 39%, comparadas ao mesmo período de 2007. O crescimento foi acima da média nacional (29,4%). No total das vendas brasileiras, a participa-ção relativa de Minas Gerais avançou: em 2007, foram 11,5% e, neste 2008, passaram para 12,4%. Essa diferença corresponde a US$.5,224 bilhões adi-cionais de vendas externas do Estado. A liderança no o ranking das empresas exportadoras de Minas é da Vale do Rio Doce (US$ 5,042 bilhões). Entre os quatro principais mercados compradores de pro-dutos mineiros, três deles expandiram as compras no Estado: Ásia (62,8%), União
Ant
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Negócios com prazerVisando consolidar Belo Horizonte como destino turístico de negócios, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assinou um termo de cooperação com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O propósito é promover o desenvolvimento econômico empresarial de BH no circuito desse segmento turístico. A iniciativa prevê desenvolvi-mento de uma metodologia para captação de eventos de negócios para a capital mineira; a articulação do setor de turismo com setores econômicos estratégicos e com o artesanato; e o desenvolvimento de iniciativas público-privadas para a melhoria da competitividade territorial da cidade. A operação será executada no período de três anos e conta US$ 2,75 milhões do BID, por meio do Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin).
Européia (33,3%) e Mercosul (59,6%). Apenas as vendas para o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) mantiveram-se quase inalteradas (1,5%). Também houve um forte crescimento nas compras efetuadas pela Liga Árabe (60,3%), mercado não tradi-cional de compras de produtos mineiros.
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SUPERE13
No final de outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou uma linha de financiamento baseada em uma proposta brasileira. A informação é do Ministério da
Fazenda (MF). A “Short-Term Liquidity Facility” (SLF, na sigla em inglês), ou Linha de Liquidez de
Curto Prazo, é um novo instrumento para suprir liquidez externa de curto prazo,
como conseqüência de proble-mas de escassez no sistema
interbancário internacional (destinado aos países inte-
grados ao mercado glo-bal de capitais que têm solidez macroeconômi-ca). A SLF se baseia na proposta lançada originalmente pelo Ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, em abril deste ano, na reunião de primavera do FMI.
Desde então, a cadei-ra brasileira na diretoria,
ocupada pelo economis-ta Paulo Nogueira Batista
Jr., vinha trabalhando para detalhar a proposta e obter o
apoio de outras cadeiras. Embora
o desenho final do instrumento não tenha atendido integralmente às preocupações do Brasil, o resultado já está sendo considerado como uma vitória do Brasil em prol da modernização dos organismos financeiros internacionais.
A Associação Comercial de Minas Gerais (ACMinas) já firmou contrato com a empresa Entreposto de Comunicação para a realização da 2ª Bienal do Automóvel de Minas Gerais. A primei-ra edição do evento, organizada pela mesma empresa em 2007, atraiu mais de 100 mil pessoas ao Expominas. A 2ª Bienal será realizada em dezembro de 2009, novamente no Expominas.
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Bienal do Automóvel
SUPERE14SUPERE
A mitologia grega, bela e grandiosa, atravessa o tempo e continua
exercendo extraordinário fascínio sobre o homem moderno. O Olimpo,
a morada dos deuses, é palco de acontecimentos fantásticos e fanta-
siosos. A luta travada entre deuses e semideuses, as paixões vividas
no Olimpo entre deuses, semideuses e humanos compõem o vasto
painel de lendas e mitos.
Conquistados pelos romanos, os gregos acaba-
ram influenciando os conquistadores, impondo-
se pela beleza de sua literatura e pela mag-
nificência da mitologia, duas, dentre outras,
expressivas manifestações de sua civilização
superior.
Os gregos eram politeístas. Havia um deus
para quase todas as atividades exercidas pelo
homem. Os romanos, de civilização inferior,
adotaram a mitologia grega, com pequenas
modificações, dando nomes latinos aos deuses
do Olimpo. O comércio, por exemplo, era prote-
gido por Mercúrio, o deus Hermes dos gregos.
No Olimpo, Júpiter (o Zeus dos gregos) era o deus dos deuses. Mercúrio,
o deus do comércio, gozava de muito prestígio. Filho de Júpiter, era o
mensageiro do Olimpo e o deus de confiança do pai, que a ele atribuía
as tarefas mais delicadas, pois o sabia habilidoso e eloqüente, capaz
de, como nenhum outro, solucionar problemas e crises.
Mercúrio tinha mais atribuições que os outros deuses. Sua “agenda”
estava sempre cheia. Talvez por isso o representem com pequenas
asas, o que lhe dava agilidade e dinamismo na solução dos negó-
cios. Era, para falar a linguagem da moderna gestão empresarial,
Col
una
Matur ContabilidadeMário Mateus
um “executivo” do Olimpo, onde
as tensões e as relações entre
os deuses muito freqüentemente
atingiam os limites da ruptura.
Por saber manter a harmonia e a
estabilidade, Mercúrio, muito jus-
tamente, era tido “oficialmente”
como o mensageiro. Eloqüente,
convincente, negociador. Assim
era o deus do comércio na mito-
logia greco-romana. Um expert
em comunicação.
Acrescente-se ainda outro atributo
de Mercúrio: segundo a mitologia,
estava sempre alerta. Não dormia,
dizem, para que não lhe escapas-
sem as informações importantes.
Era representado, como dissemos,
com pequenas asas – símbolo de
sua velocidade –, conduzindo um
caduceu, isto é, uma varinha com
poderes mágicos.
Citando Tassilo Orpheu Spalding,
“a mitologia é um maravilhoso
tecido de quimeras e fantasias,
verossímeis algumas, absurdas,
ilógicas ou abstratas outras”.
O mito de Mercúrio é verossí-
mil. Assim, o que se depreende
dessa figura mitológica é, no
mínimo, interessante para quem
está no mercado e pretende
continuar no mercado. Vejamos
por quê. ”
Sem vaidades, devem-se traçar novos objetivos, reestruturando-se
continuamente
A mitologia e a gestão empresarial
Aut
or: D
onat
o C
reti
“
SUPERE 15SUPERE 15
Mário Mateus
Sócio da MATUR
Organização
Contábil, Diretor
da ACMinas,
Conselheiro do
Conselho Federal
de Contabilidade,
Contabilista,
Bacharel em Direito,
pós-graduado em
Ciências Contábeis
e eleito Jovem Líder
Empresarial 2001.
O deus estava constantemente
alerta. Não queria que a informa-
ção lhe escapasse. Informação é
conhecimento. E quem conhece
pode. Por isso, Mercúrio ficava
atento, reunindo dados e fazen-
do inteligentes associações para
a solução dos problemas a ele
apresentados por Júpiter, o deus
dos deuses. E para os problemas
que lhe eram apresentados, diga-
se de passagem, Mercúrio tinha
sempre uma solução.
Como sabemos, não basta ape-
nas reunir informação. Mercúrio
detinha a informação, mas ficava
atento. Ela é fundamental, todavia
é essencial saber o que se faz
com o que se sabe. É preciso
deter, preservar e aplicar a infor-
mação. Para isso, a empresa tem
de ter uma cultura identificada
com o mundo moderno. As con-
quistas de hoje – resultantes do know-how adquirido – não devem e
não podem ser consideradas como definitivas, porque tudo muda,
tudo existe em constante transformação.
Quem se fia na posição conquistada pode incorrer em erro e sair do
mercado. O que se conquista hoje tem de ser incorporado à cultura
da empresa, mas sem que se percam os objetivos traçados. Nada
de se vangloriar com as conquistas do presente ou do passado. Não
se pode correr o risco da vaidade, tal qual aconteceu com o galo da
fábula de La Fontaine, que vale a pena relembrar.
Conta La Fontaine que dois galos, disputando um terreiro, brigaram
entre si. Um golpe aqui, outro ali, e o vitorioso, cheio de vaidade e van-
glória, fez de tudo que pôde até atingir um telhado. Lá, no alto, abriu
as asas e, com repetidos cantos, anunciou a vitória. Para azar dele,
uma águia voava pelas imediações e, ao ver o vitorioso tão fragilmente
exposto a ataques, não hesitou: desceu em vôo magnífico e – zás! –
levou entre as garras o senhor do terreiro...
Moral da história: é melhor ficar alerta, como o deus Mercúrio, e se
informar constantemente para que, no mercado, sejam atingidos os
objetivos traçados. E depois de atingi-los, sem vaidades, devem-se
traçar novos objetivos, reestruturando-se continuamente, para acom-
panhar a marcha do tempo e o rumo de nossos negócios. •
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Savoir FaireCharles Lotfi é reeleito para a presidência da Associação Comercial de Minas
”“Texto: Dinorá OliveiraFotos: Fábio Ortolan
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Revolucionar, sem qualquer traço de revolta, mas com generosas pinceladas de sabedoria, visão e determinação. Seria esse o segre-do da vitoriosa carreira de Charles Lotfi? Ou esse é somente um dos ingredientes que, mais uma vez, colocam tal homem à frente da, igualmente vencedora, Associação Comercial de Minas? Seja qual for a resposta, ela traz a mesma certeza: a Casa do Empresário mineiro está em muito boas mãos. Palmas calejadas pelo trabalho, a energia e o empenho que, por mais dois anos, voltarão a conduzir a batuta que já vinha regendo a AC Minas desde 2007.
“Révolution est précisement le contraire de revolte”Victor Hugo: Les Misérables
O “novo” presidente da ACMinas, reeleito em setem-bro, é velho conhecido do empresariado, e também de quem espera um Brasil melhor (leia-se, LITERALMENTE, mais educado). Aqueles que confiam na força do trabalho feito com boa vontade e bom senso, ou que crescem com os eventos e programas assinados pela Associação, também sabem quem é o homem que volta para dar continuidade aos pro-jetos que, hoje, engrandecem ainda mais a Casa.
O futuro é aqui e agoraOs projetos da gestão
anterior de Lotfi, iniciada em 2007 e “encerrada” neste 2008, com o seu reingresso no cargo máximo da ACMinas, terão continuidade e novas idéias revolucionárias já começam a ser lançadas. Uma dessas proposições é a “Conspiração Mineira pela Educação”, proje-to que Charles Lotfi idealizava desde que estava à frente da Fundação ACMinas, e que foi pauta de conversas e articu-lações com outros dirigentes
da Associação e educadores, como a educadora e empre-sária Ângela Pace, o Padre Geraldo Magela (atual reitor da UNA) e o professor Evando Neiva. Neste ano, a primei-ra “Conspiração” estreou, na região de Venda Nova (entorno do novo Centro Administrativo do Governo de Minas), com foco no Ensino Fundamental.
A proposta desta “Conspiração” tramada na AC Minas, e que deve se propa-gar para muito além, é coo-perar para corrigir distorções na formação dos jovens bra-sileiros, ajudando-os a chegar adequadamente preparados às etapas escolares posterio-res e ao mercado de trabalho. Com isso, a ACMinas, a exem-plo de muitas outras iniciativas nascidas nas Alterosas, une a classe empresarial mineira num projeto pioneiro e valoro-so em prol da Educação, que poderá servir de modelo para o restante do País.
Mas o olhar arguto, que vislumbra além do hoje, não para aí. A idéia do presidente é utilizar o tempo desta nova ges-
tão para aperfeiçoar e fortale-cer os projetos que já fazem da ACMinas uma Casa exemplar e, embora centenária, moder-na e futurista. Lotfi considera que tudo o que a Associação tem feito é valioso e deve ser preservado, mas não dispen-sa inovações. Trabalhará para manter a força da Casa institu-cionalmente e em sua estrutura administrativa, intenciona forta-lecer e incentivar o trabalho dos Conselhos da ACMinas e, em parceria com o empresariado mineiro, “conspirar” bastante, a fim de dar continuidade às revoluções que a Associação tem afiançado.
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Revista SUPERE: O que o senhor considera mais impor-tante na gestão que está encerrando?
Charles Lotfi: Tudo na Associação Comercial de Minas é importante. Esta é uma casa centenária, com uma história admirável, e deve ser preservada e for-talecida. Na gestão 2007/2008, eu desta-caria a “Conspiração Mineira pela Educação” como um grande projeto, nas-cido e articulado den-tro da AC Minas. Há anos, desde a época em que eu estava na presidência da Fundação ACMinas, p r e o c u p a v a - m e muito com a educa-ção formal dos jovens brasileiros. Algumas vezes, vinham me solicitar oportunida-des e, mesmo diante de solicitações sim-ples, como escrever uma carta, narrando o que desejavam ou sabiam fazer, eu testemunhei um total despre-paro. Eu sempre discutia essa
situação com a Ângela Pace. Em 2005, convidei o professor Evando Neiva e o Padre Geraldo Magela para, juntos, pensarmos sobre a
Educação, com foco no Ensino Fundamental. Cláudio de Moura Castro foi convidado a conspirar conosco e a fazer um projeto nesse sentido: nascia a “Conspiração pela Educação”. Minas Gerais tem tradição de pioneirismo em diversos movimentos. Creio que essa Conspiração vai ser modelo
para o Brasil. É a classe empre-sarial mineira consciente de que o País não chegará a lugar algum
sem investimento na Educação, com qualificação de professores, melhoria na remuneração, parti-cipação das famílias, criação de
fatores de motivação para os estu-dantes e afins. O projeto-piloto da “Conspiração” já está sendo implementado em 69 escolas públicas localizadas no entorno do futuro Centro Administrativo do Governo.
Revista SUPERE: Cite um momento marcante da sua gestão.Charles Lotfi: Houve muitos, mas eu diria que o “Movimento Mineiro pela Ética” foi uma ação especial, uma grande contribui-ção da AC Minas em prol da ética em todos os setores. Nosso pro-pósito foi o de abrir uma verdadeira guerra contra a falta de ética, queremos que seja um trabalho diuturno, sem prazo determina-do, envolvendo todos que prezam a conduta lícita, respeitosa e res-ponsável.
Revista SUPERE: Vamos falar de inovação? Que novidades houve nessa última gestão?Charles Lotfi: Um importan-te aprimoramento dos veículos de comunicação da entidade e a ampliação da interlocução com os nossos públicos. O jornal AC Minas, por exemplo, foi renovado no formato; o número de páginas foi ampliado. O foco das pautas também foi expandido, passando a abordar, além de questões insti-tucionais, outros assuntos, princi-palmente matérias de serviço para
“Tudo na Associação Comercial de Minas é importante. Esta é uma casa centenária, com uma história admirável, e deve ser preservada
e fortalecida”
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Ações e eventos da primeira gestãode Charles Lotfi
• Rodas de Negócio: durante a gestão do presidente Charles Lotfi, o departa-mento comercial da ACMinas expandiu o projeto Rodas de Negócios, promovendo a interface entre empresas vendedoras e compradoras, de modo a alavancar transações.
• CentraldeSeguros: a ACMinas investiu no aprimoramento da sua Central de Seguros, promovendo reuniões de treina-mento entre os consultores de vendas da entidade e representantes das principais companhias de seguros de Minas.
• Seminário “Competitividade Brasil X China: Obstáculos e Desafios à Economia Brasileira”: em abril de 2007, a ACMinas promoveu um amplo debate sobre os impactos da economia chinesa no merca-do brasileiro. O evento, que contou com a participação da ex-ministra Dorothéa Werneck, deu início a uma reflexão sobre o futuro das relações comerciais entre Brasil e China e sobre os efeitos da concorrência chinesa sobre a economia nacional.
• Referênciainternacional: para apresen-tar o potencial de Minas para a captação de investimentos à colônia brasileira no Japão, a TV japonesa IPC-TV escolheu a Associação Comercial de Minas para ancorar o quadro “Pesquisar e Investir”, parte do programa “Brasil Responde”. A gravação do programa aconteceu em fevereiro de 2007.
• Capacitação: a ACMinas, em parce-ria com os Correios, a Coordenação do Comércio Exterior de Minas Gerais e o Banco do Brasil promoveu o curso “Agente de Comércio Exterior e Exportação para Empresas de Pequeno
Porte”. Os certificados foram entregues aos concluintes do curso em abril deste ano.
• Segurança: a ACMinas Promoveu o Congresso de Segurança Pública em maio de 2007, que proporciou à socie-dade pronunciar-se sobre os motivos da violência e sugerir formar de solucioná-las. As conclusões foram encaminhadas às autoridades oficiais do setor.
• CristoRedentor:A ACMinas apoiou a campanha de eleger o Cristo Redentor como uma das sete maravilhas do Mundo. Junho /2007
• Ética: Em agosto de 2007 teve início, com um seminário de que participou o senador Pedro Simon, o Movimento Mineiro pela Ética, uma iniciativa da classe empresarial contra a corrupção em todos os seus níveis. Em seqüência, houve diversos outros eventos, de que partici-param, entre outros políticos, os senadores Jefferson Peres e Demóstenes Torres.
• Encontro do subsecretario de Assuntos Internacionais da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Luiz Antônio Athayde, e do superintendente da Infraero em Confins, José Wilson Bastos de Souza Massa, com empresários. Na ocasião, agosto de 2007 – auge da crise aérea - foram discuti-das ações destinadas à captação de novos vôos para o Aeroporto Tancredo Neves e sua efetiva caracterização como hub.
• Lançamentodas agendas natalinas das cidades de Ouro Preto e Belo Horizonte, em dezembro de 2007, iniciativa do Conselho Empresarial de Turismo
• Promoção, em parceria com outras enti-
dades ligadas ao comércio, do “Natal no Centro”, série de eventos (shows, prê-mios) visando a atrair o consumidor para a área central. Dezembro de 2007.
• Realização, em parceria com aFederaminas, da BienaldoAutomóvel, exposição de produtos do setor auto-motivo que contou com a presença de mais 100 mil pessoas no Expominas. Dezembro de 2007.
• EngajamentodaAssociação Comercial pelo fim daCPMF, durante todo o 2º semestre de 2007.
• Mobilização pela Reforma Tributária.
• Março /2008 realizada MissãoMultisetorial que reuniu empresários mineiros e argentinos de mais de 80 segmentos.
• CaféParlamentar: durante a sua gestão, o presidente Charles Lotfi dedicou várias edições do Café Parlamentar para o debate de assuntos de ordem político-econômi-ca que interferem direta e indiretamente nos interesses da classe empresarial. O Café Parlamentar também foi palco para homenagens a empresas e instituições que contribuíram para o fortalecimento de Minas Gerais. Dentre os convidados, destacam-se o prefeito Fernando Pimentel, senador Demóstenes Torres, o vice-gover-nador Antônio Augusto Anastasia, senador Pedro Simo,; a secretária de Estado de Educação, Vanessa Guimarães, o ex-pres-idente do Atlético Mineiro, Ziza Valadares, o presidente da TAP, Fernando Pinto, e os diretores do jornal Estado de Minas Álvaro Texeira da Costa e Édson Zenóbio.
• DuasediçõesdoSupere
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os associados. O site também foi reformulado e foram criadas duas novas ferramentas eletrônicas, via email: um boletim diário, com resumos de matérias publicadas
pela mídia impressa, destacando questões de interesse do empre-sariado; e outro que segue às quintas-feiras, levando aos asso-ciados uma síntese das reuniões plenárias da AC Minas, que são realizadas às quartas-feiras.
Também promovemos um grande seminário sobre segu-rança. Desse debate emergiram propostas sintetizadas numa car-tilha. Essa atividade foi fruto de uma parceria com o Instituto dos Advogados de Minas Gerais. Outra novidade que merece destaque é o debate sobre Belo Horizonte, que trouxe grandes especialistas
para avaliar a realidade da capital, suas necessidades e perspecti-vas. Essa atividade objetivou elen-car idéias e propostas que pudes-sem ter utilidade para o novo
prefeito da cidade. Desse debate resultou o jornal Metrópolis, em que os especialistas apontam, em artigos, caminhos para uma BH melhor.
Houve, ainda, uma intensa preocupação com a recuperação de empresas que não vão bem; em aperfeiçoar o relacionamento da AC Minas com seus públicos; com aprimoramento de serviços e novas abordagens aos asso-ciados. Houve ênfase às Rodas de Negócios, com cobrança de resultados, num processo bas-tante efetivo em termos de fecha-mento de negócios. Outra pre-
ocupação que ocupou lugar de honra foi a importância de traba-lharmos pela internacionalização de BH e de Minas Gerais. Nesse sentido, estabelecemos relações inéditas (com a China, por exem-plo) e realizamos atividades com foco no mercado externo.
Revista SUPERE: Propostas para a nova gestão...Charles Lotfi: Aprimorar
ainda mais o relacionamento com os associados, consolidar a Associação como a Casa do Empresário – seja do comércio, da indústria, do agronegócio, dos serviços - tornar essa Casa ainda mais abrangente, reforçando o pluralismo; fortalecer os con-selhos empresariais, investindo muito neles e dando apoio para que criem novos eventos que – sob a égide da AC Minas – forta-leçam as relações dos empreen-dedores; ampliar a parceria com a Associação Comercial de São Paulo, com a apresentação de um projeto de redação para uma Reforma Tributária que realmente
diminua a carga de impostos. Essa medida, aliás, deve-rá, na verdade, ampliar a arreca-dação, e não diminuí-la, como se pensa, uma vez que atrairá para a legalidade os empresários informais, reduzindo substancial-mente a sonegação. Continuar a investir nos eventos vitoriosos: palestras, debates, SUPERE, Bienal do Automóvel (cuja 2ª edi-ção será em 2009) etc. Há mui-tas outras propostas, e muitas idéias para agigantar ainda mais a Associação Comercial de Minas. E há, sobretudo, abertura para a constante troca de idéias com os empresários de Minas.
“ Minas Gerais tem tradição de pioneirismo em diversos movimentos. Creio que a
“Conspiração pela Educação da ACMinas” vai ser modelo para o Brasil.”
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Buscar uma instituição de saúde para realizar algum pro-cedimento, seja de prevenção, diagnóstico ou tratamento, requer confiança nos serviços prestados. Por isso é tão importante avaliar as referências e a credibilidade da assis-tência oferecida, dos recursos tecnológicos disponíveis e da competência do corpo clínico.
SUPERE23SUPERE23
atenção completa à saúde, com equipes assistenciais multidisciplinares compostas por profissionais das diversas •áreas, como medicina, psicologia; fisioterapia e fonoaudiologia;planejamento estratégico do corpo clínico e gerencial, com metas desafiadoras; o que foi determinante para o Hospital •alcançar o nível máximo de acreditação, em serviços de saúde, pela ONA - Organização Nacional de Acreditação – reconhecida pelo Ministério da Saúde. Sendo o 1º Hospital privado de BH a conseguir tal título;pesquisa de satisfação do cliente, instrumento gerenciado e mensurado pelo SAC, Serviço de Apoio ao Cliente, que •recebe as sugestões que contribuem para o Hospital aprimorar;capacitação permanente visando melhorar a performance dos profissionais da instituição, atribuindo a devida valori-•zação às pessoas. Há o incentivo à pesquisa, produção científica e ao crescimento profissional;controle de Infecção Hospitalar com equipe multidisciplinar que atua para garantir a segurança dos pacientes e asse-•gurar a redução do índice de transmissão de infecções;tecnologia de alta performance, fruto dos investimentos constantes na modernização dos equipamentos. Segurança •predial com instalações automatizadas e aconchegantes; infraestrutura ampla e confortável, com 335 apartamentos distribuídos em dois blocos.
O Mater Dei foi o 1º hospi-tal de Minas Gerais a fazer parte da campanha “5 Milhões de Vidas” do Institute for Healthcare Improvement’s (IHI), que visa redu-zir os níveis de eventos adversos nos hospitais de todo o mundo. A Campanha traçou como meta o desafio de preservar 5 milhões de vidas, num período de 24 meses, aumentando os cuidados e a segurança da assistência médica. Ainda, integra a Anahp, Associação Nacional de Hospitais Privados, que congrega instituições conceituadas
e são uma fonte de referência para compartilhar experiências em ges-tão e melhores práticas.
Vocação para cuidarMesmo havendo as pressões e
dificuldades peculiares do segmen-to de saúde, por meio de decisões e ações sólidas, há perspectivas bas-tante positivas. Lembrando sempre que o Mater Dei tem vocação para cuidar e para prestar assistência médico-hospitalar, dentro do nível de exigência dos clientes; o que é possível graças à estreita sintonia
entre direção, equipes gerenciais, médicas e de apoio.
Confiança se conquista com o tempo. O Mater Dei, ao longo de 28 anos de atuação, tem construído uma trajetória marcada por ino-vações e reconhecimento. E quer continuar marcando a trajetória das pessoas e ser lembrado pelas vidas que ajuda a preservar, pelos tratamentos que oferece e pelos nascimentos que ajuda concretizar. Nossa reputação é construída à base de integridade e humanização e de ações responsáveis.•
Equilíbrio que valoriza a vida
Aparecida QueirogaCoordenadora de Comunicação
O Hospital Mater Dei sabe como é grande a responsabilidade em lidar com vidas e por isso está sempre ado-tando ações inovadoras e seguras, no âmbito tecnológico e de melhores práticas médicas. O empenho é contínuo para manter o alto padrão de qualidade e oferecer soluções personalizadas para proporcionar o melhor resultado aos clientes. A atenção é voltada para a assistência humanizada que valoriza a proximidade com os pacientes.
O compromisso com a qualidade pela vida permeia o desempenho do Mater Dei e está presente na política de gestão que abrange metas focadas em excelência e envolve estratégias como:
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SUPERESucesso 2008Em sua sexta edição, o já tradicional evento da AC Minas é novamente aclamado por empresários e gestores que visitaram o Expominas
Nos dias 29 e 30 de setembro, foi realizada edição 2008 dessa verdadeira celebração do empreendedorismo. O Supere 2008 trouxe à capital mineira quase 30 nomes de relevo no universo do mundo empresarial, com palestras abrangendo diferentes áreas e propósitos. Nas palestras Magnas, realizadas às 20h, as incentivadoras histórias de vida do Maestro João Carlos Martins e do criador da Turma da Mônica, Maurício de Sousa; além das sábias palavras do consultor norte-americano Blaine Lee. Houve ainda feira de negócios, encontro de empresários e bate-papo com palestrantes.
Textos: Dinorá OliveiraFotos: Fábio OrtolanEspecial
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“A Associação Comercial de Minas está oferecendo aos empre-sários e gestores brasileiros uma organização de primeiro mundo. Eu vivi algum tempo em Nova Iorque e posso afirmar que, em termos gerais, o evento SUPERE não deixa nada a desejar: a esco-lha dos temas e dos palestrantes, a organização, a localização, as comodidades em termos de esta-cionamento e alimentação, tudo muito bom. Eu ainda não havia participado, mas estou certa de que é a primeira de muitas vezes. Aliás, não pretendo mais deixar de vir”. A enfática opinião é de Lourdes Carvalho, profissional da área de vendas da Policard Ltda. Para ela, todas as palestras a que assistiu foram “maravilhosas”. Mas achou os ensinamentos repassa-dos em “Os 10 mandamentos da Motivação” (palestra de Rudson Borges, ocorrida dia 29/9, às 18h) facilmente aplicáveis dia-a-dia. Por isso, considerou-a uma das mais proveitosas palestras. Ela só fez ressalvas em relação aos preços da lanchonete, sugerindo que exis-tam mais opções de lanche, e mais fornecedores.
A visão de Lourdes encontra eco nas palavras de Ana Maria R. Soares, gerente administrativa da Locguel – do Grupo Orguel. Para Ana, os temas do SUPERE são “muito pertinentes e em con-sonância com a realidade, com o momento atual”. Ela afirma que freqüenta o SUPERE desde a primeira edição, destacando que além do aprendizado anga-riado nas palestras, o evento é uma oportunidade de trocas e de importantes contatos. A colega de trabalho de Ana Maria, Cláudia B. Guimarães, concorda com tal opinião acrescentando que as “palestras são dinâmicas e bas-tante proveitosas no dia-a-dia do trabalho.”
Em práticaA importância da aplicabili-
dade dos ensinamentos no coti-diano profissional, aliás, parece
ser ponto pacífico entre os fre-qüentadores do evento. Flávio M. Pinheiro, gerente do Apart Promenade Visconti, hotel loca-lizado em Ipanema, no Rio de Janeiro, também ressalta o fato de os palestrantes mostrarem que “as mudanças estão bem perto e são aplicáveis no dia-a-dia”. Ele também enfoca que a diversidade de segmentos empresariais pre-sentes à feira de negócios enri-quece o evento.
Por falar em riqueza, outra fortuna destacada pelos partici-pantes é a possibilidade de troca e de contatos, como ressaltou Thiago Concer, um dos palestran-tes (proferiu a palestra “Vendas não ocorrem por acaso”, no dia 29, às 18h). Para ele, eventos como o SUPERE permitem “con-tatos com pessoas que tomam decisões nas empresas”. Fator que o consultor considera ajudar na mudança de postura, no des-pertar para determinadas ques-tões que, sem essa troca, essa diversidade de visões, não seriam percebidas. Concer também elo-giou a quantidade e a simultanei-dade de palestras, que permite mais diversidade de temas e ofe-rece aos empresários/gestores a possibilidade de espalhar colabo-radores em diferentes salas que,
posteriormente, podem repassar o conteúdo a colegas e a outros empresários. Outra troca que o especialista considera excelente.
Relax e culturaMas não é apenas na parte
prática que o SUPERE encontra aprovação, as atividades culturais e de qualidade de vida também recebem resposta positiva. A Life Planner da Prudential do Brasil Seguros de Vida, Karymi Maluf,
elogiou também as massagens e os exames oftalmológicos ofereci-dos no estande da Golden Cross, ressaltando que espera reencontrá-los em pleno funcionamento nos próximos SUPERE. Ela havia feito a massagem na máquina de pres-são d’água, que considerou “uma delícia”. Para Karymi, atividades como as massagens e também as apresentações culturais quebram o estresse e ampliam a qualidade de vida. “Hoje, não temos tempo para nada; a vida é sempre uma correria. Vir a um evento empresarial e encontrar alguns momentos de relax e cultura é muito bom mesmo. Por isso, acho que os organizado-
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res devem manter essas atividades sempre”, aconselha ela.
Conselho aplaudido por Marisa Tavares, estudante de administração, que veio “apenas passear”, aconselhada por profes-sores. Marisa se impressionou com a diversidade de estandes, achou ótimo “cruzar com pessoas como
a Beth Pimenta, a quem admiro muito” e confessa que “aproveitou tudo o que estande da Golden Cross oferecia” (exames e mas-sagens). “Eu ainda tenho muito a aprender antes de me formar, daqui a um ano e meio. Mas, com certeza, como profissional da área administrativa, não perderei nenhum SUPERE”, entusiasma-se a futura empreendedora e/ou gestora.
José Carlos Borges, gerente de vendas aposentado, também aprovou as atividades de relaxa-mento, mas gostou mesmo foi das atrações culturais. “Achei muito bonitas as danças e apre-sentações, pena que a banda que cantou “Os Beatles” tenha se
apresentado no momento em que começaria a palestra do Maurício de Sousa, que eu queria acompa-nhar. Com isso, não pude ver toda a apresentação de músicas que me lembram tempos muito bons”, lamentou saudosista.
Espaços abertos ao mundo
Por falar nesses momentos relax, é preciso ressaltar o sucesso de diversos estandes, como os da Associação Comercial, que ofere-ceu um espaço confortável para conversas e trocas entre empre-sários; o da Golden Cross que, com suas massagens e atividades de qualidade de vida, “bombou”, segundo a estudante Marisa; e também a charmosa sala de bate-papo, disponível para que alguns sortudos do público conversassem com palestrantes, logo após as palestras.
A praça de shows e a praça de alimentação também foram espa-ços muito visitados. Afinal, entre uma palestra e outra, não faltava disposição e conforto para alimen-
tar o corpo e/ou a alma. Para quem preferiu “esticar as pernas”, havia estandes para todos os gostos e negócios. E como empresários não podem ficar desinformados ou “out”, no espaço da feira, termi-nais de computador, com acesso à internet, estavam disponíveis a qualquer participante durante todo o tempo do evento.
Palestras MagnasNos dois dias do SUPERE
2008, houve três palestras mag-nas. As duas primeiras foram na abertura do evento, dia 29, às 20h, e trouxeram o maestro João Carlos Martins e o consul-tor norte-americano Blaine Lee para se apresentar. O maestro contou um pouco de sua história
“ Superação e sucesso
nas palestras Magnas.”
“A ACMinas está oferecendo uma
organização de primeiro
mundo.”
Palestra Magna
Massagem no estande da Golden Cross
Blane Lee
de vida, marcada por infortúnio e superação. Reconhecido interna-cionalmente como um dos maio-res interpretes de Bach [o alemão Johann Sebastian Bach - músico e compositor do período Barroco da música erudita, notável organista] ao piano, João Carlos perdeu a mobilidade das mãos e precisou se “reinventar”. A palestra do maestro emocionou a platéia.
Com a difícil tarefa de satisfa-zer a um público ainda maravilhado com a coragem e a força de João Carlos, Blaine Lee teve disposição para chamar todos à razão, abor-dando com clareza questões afetas à liderança. Com simpatia e conhe-cimento de causa, Lee mostrou que ser líder não é algo simples, mas pode ser compensador. Ele também deixou clara a importân-cia da equipe e, sobretudo, de se saber liderá-la. Esclarecendo bem
o nome de sua palestra: “Grandes líderes, grandes equipes, grandes resultados”.
No último dia, 30, a palestra Magna foi proferida pelo pai da Mônica, da Magali, do Cebolinha e do Cascão, entre outros. Aliás, falando em família grande, Maurício de Sousa se supera: na “vida real”, ele tem 10 filhos, e garante que Mônica, Magali e Maria Cebolinha, por exemplo, foram inspiradas nas próprias filhas. Essa, aliás, segun-do Maurício, é uma característica própria dele na criação de perso-
nagens: “são sempre baseados em alguém de verdade”, alguém que faz parte da vida do artista, de familiares a amigos/vizinhos etc. Ao abordar os desafios da carreira e o sucesso, Maurício de Sousa disse que “não foi fácil”, comple-tando que “nada na vida é muito fácil”. Mas uma característica que o teria ajudado foi a confiança que tinha em seu propósito de “criar personagens e narrativas de suas histórias”. Essa firmeza fez com que ele não desse muita atenção àqueles que tentavam dissuadi-lo, e continuasse insistindo. O resul-tado dessa determinação todos conhecem: sucesso em âmbito mundial.
Fórum empresarialO SUPERE 2008 não poderia
deixar de aproveitar a oportunida-de para reunir representantes do empreendedorismo. Com o pro-pósito de ampliar ainda mais as trocas e também de debater o desenvolvimento mineiro, foi rea-lizado o “Fórum Empresarial” – encontro que reuniu cerca de 100 empresários. Além dos empre-sários, o “Fórum” contou com a participação dos secretários de estado Gilman Viana Rodrigues (Agricultura); Raphael Guimarães Andrade (Desenvolvimento); Evaldo Ferreira Viana (adjunto de Ciência e Tecnologia), além do presidente do Conselho Regional de Economia de Minas, Wilson Benício Siqueira.
O foco central do encontro foi a crise, que teve início no EUA e se alastrou pelo mundo, e suas conseqüências para o Brasil. Entre outras questões, os empresários avaliaram a situação e ouviram palestras sobre formas de enfrentar
a crise e também sobre a econo-mia mineira neste momento delica-do. O “Fórum” foi promovido pela
Associação Comercial de Minas, em parceria com a Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, que acaba de instalar sua Seção Minas.•
“ O Fórum Empresarial
reuniucerca de 100
representantes do empeendedorismo.”
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Conheça um pouco melhor o olhar de dois empreendedores, dois mestres, dois visionários que marcaram a edição 2008 do SUPERE
Na abertura do evento, dia 29, às 20h, o maestro João Carlos Gandra da Silva Martins emocionou a platéia com sua História de vida. João Carlos fez a abertura oficial do SUPERE 2008, narrando alguns dos percalços que enfrentou e que, com firmeza de propósitos, conseguiu superar. A palestra
dele transmitiu a todos a idéia de que não há barreira intransponível para aqueles que, realmente, querem vencer.
Revista SUPERE: E como o maestro utiliza essa trajetória de vida nas palestras?Maestro João Carlos:
“Eu não me considero um palestrante. Apenas conto a minha História e per-cebo que as pessoas se inspiram com tudo o que
aconteceu em minha vida. Afinal, o meu trabalho é especificamente com as mãos e eu perdi justa-mente a mobilidade delas,
passei por tratamentos e cirurgias, toquei sentindo muita dor, mas insisti em ser músico. Hoje, costu-mo receber cerca de 70
Exclusiva
João Carlos
Palestras Magnas
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Grande especialista e intérprete do músico alemão Johan Sebastian Bach, João Carlos Martins começou a estudar piano na infância. Desde o início, dedi-cava a maior parte do dia aos estudos musicais, venceu concursos, inclusive internacionais e, na juventude, foi aclamado mundialmente. Aos vinte anos, estreou no Carnegie Hall (uma das mais famosas salas de espetáculos dos Estados Unidos, localizada em Nova iorque). Seguiu estudando e se dedican-do ao piano com paixão. Tocou em grandes orquestras norte-americanas e gravou a obra completa de Bach para piano.
Veio, então, o primeiro golpe: em um acidente, num jogo de futebol em Nova Iorque, ele perdeu os movimentos da mão direita. Fez tratamento e recuperou os movimentos, mas novamente os perdeu devido a uma lesão nos nervos da mão. Nesse momento, quase desistiu, chegou a se afastar da música, a vender pianos, mas a paixão o chamou de volta. E, superando dores e dificuldades, achou uma forma de tocar novamente. Mas sofreu outro baque: durante um assalto, foi golpeado na cabeça e perdeu novamente os movimen-tos das mãos. Por várias vezes, teve de parar. Passou por vários tratamentos, por cirurgia, e insistiu em tocar, utilizando os dedos que podia em cada mão, com bastante dificuldade. Hoje, João Carlos coordena projetos sociais que visam levar música à periferia e a jovens infratores “a música para vencer o crime”, nas palavras dele.
O regente de emoções
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Logo após a palestra do maestro, o público pode comparti-lhar da experiência de mais de 30 anos de ensino, mentoring e coaching do norte-americano Blane Lee, um dos mais requisitados consultores da FranklinCovey Co. Especialista em comportamento organizacional, Lee ressaltou porque “Grandes líderes = Grandes equipes = Grandes resultados”.
Revista SUPERE: O que
é ser um grande líder
para Blaine Lee?
Blaine Lee: “É ser como
Mahatma Gandhi. Ele é
o maior líder da História
Moderna: Gandhi nunca
teve posição político-par-
tidária; não ofereceu nada
além de esperança, e as
pessoas o seguiam com
prazer”.
R.S.: Que caracte-
rísticas fazem o líder
bem-sucedido?
Blaine Lee: “Liderança
não é uma ‘posição’, mas
um papel que se execu-
ta. Há quatro coisas que
o líder de sucesso deve
conseguir fazer: inspirar
confiança; ter visão/foco
sobre meta, futuro, razões
(ser capaz de mostrar aos
demais qual é o objetivo
mais importante do tra-
balho e como atingi-lo a
despeito dos desafios);
fazer acontecer (ter pro-
jetos, alinhados com as
metas, envolvendo todos
os escalões, de forma que
todos saibam o que está
sendo feito e por que se
está fazendo isso) e ter
capacidade de despertar
potenciais (mostrar como
fazer, investindo no cres-
cimento das pessoas).
Ninguém age sozinho e
bom líder sabe disso. Ele
precisa do time, mas pre-
cisa também de ter dis-
cernimento para colocar
as pessoas certas nos
lugares adequados”.
R.S.: Qual é o maior
erro que líderes podem
cometer?
Blaine Lee: “Achar que
‘EU SOU O LÍDER’! Ou
seja, assumir uma postura
prepotente em razão do
cargo ocupado. Não é o
cargo que faz o líder”.•
SUPERE29
Blaine Lee
Palestras Magnasemails por dia, geralmente de gente que se se diz incentivada ao conhecer essa minha insistência”.R. S.: Como é a histó-ria da música contra o crime? Maestro: “São proje-tos sociais através da música. Eu tenho duas orquestras: a Bachiana Filarmônica e a Bachiana Jovem (Bachianinha). A
Bachianinha, de dez em dez dias, faz apresenta-ções na periferia de São Paulo, regiões que nunca haviam tido acesso à música clássica. Nesses locais, descobrimos crian-ças que têm interesse em estudar música e algumas delas começam a estu-dar conosco. Acho que a música é um excelen-te mediador de conflitos.
Ajuda os jovens a ter um rumo, um propósito, eles aprendem a cooperar, a interagir.”R.S.: O SUPERE é even-to empresarial. O que há em comum entre música e vida empresarial?Maestro: “Disciplina, dedicação, conquista de resultados e emoção. Assim como na música, na vida empresarial tam-
bém existe emoção. Hoje, mais do que nunca, o empresariado precisa ter responsabilidades social e ambiental, e isso está diretamente ligado à emo-ção. Quando o empresá-rio transmite uma men-sagem, ou empreende uma ação influenciado pelo coração, ele conse-gue unir razão e emoção: isso é música”.
O orquestrador de talentos
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SUPERE30
Arti
goAlberto Dell’Isola
É inegável a importância de treinamentos in company.
Existem pesquisas e mais pesquisas mostrando o quanto eles
aumentam a lucratividade e a saúde mental dos funcionários.
No entanto, não é incomum que, poucos dias depois do treina-
mento, funcionários e empresários se esqueçam daquilo que foi
ensinado. Como criar gatilhos de memória fortes o suficiente para
todo esse treinamento não ser em vão? Como memorizar tudo
aquilo que se lê?
Para responder a essa pergunta, é importante descrever-
mos como funciona o esquecimento. Logo após assistir a uma
palestra ou ler um livro, o empresário sabe algo próximo de 0%
do assunto ensinado. Mas, ao final da palestra, ele saberá 100%
do assunto ensinado (ao menos saberá o máximo que tem
condições de aprender, dado o conhecimento prévio sobre o
assunto). Assim, após a palestra, a curva do entendimento chega
a seu ponto máximo.
No segundo dia, se o empresário não tiver feito qualquer
revisão do assunto (ler, pensar sobre ele, discutir sobre os tópi-
cos aprendidos...) ele provavelmente se esquecerá de 50%, 80%
daquilo que foi aprendido. Perceba que nos esquecemos mais
nas primeiras 24 horas após a aquisição do que ao longo de 30
dias. Desse modo, ao final dos 30 dias, restarão apenas 2% ou
3% de toda informação adquirida no primeiro dia. Assim, ao final
dos 30 dias, você terá a impressão de que nunca ouviu falar do
assunto estudado, precisando estudar tudo desde o inicio.
No entanto, é possível que mudemos essa realidade. Nossos
cérebros constantemente gravam informações de maneira tem-
porária: conversas no corredor da faculdade, a roupa que você
estava usando no dia anterior, o nome de amigos apresentados
em uma reunião, a música que acabou de tocar no rádio... No
entanto, se você não criar códigos de memória importantes (gati-
lhos que lhe remetam ao assunto lido ou estudado), toda essa
informação será descartada. A cada revisão, você cria novos
códigos de memória, fixando a informação cada vez mais.
Uma fórmula interessante de revisão seria a seguinte: para
cada hora de leitura, faça uma revisão de 10 minutos. Observe
que essa revisão deve ser feita nas primeiras 24 horas após a
aquisição – período em que ocorre maior parte do esquecimento.
Essa revisão será o suficiente para “segurar” em sua memória
toda a informação aprendida em sala de aula. Uma semana
depois (dia 7), para cada hora de aula expositiva, você precisará
de apenas 5 minutos para “reativar” o
mesmo material, elevando a curva para
100% mais uma vez. Ao final de 30 dias,
você precisará de apenas de 2 a 4 minu-
tos para obter novamente os 100% da
curva de aprendizagem.
Alguns empresários dizem não ter
tempo para esse tipo de revisão. No entan-
to, nada justifica essa alegação, visto que
o maior ganho com as revisões se refere
principalmente ao tempo. Se ao longo
dos 30 dias os empresários e funcionários
não fizerem qualquer tipo de revisão, eles
precisarão de mais 50 minutos de estudo
para cada hora de treinamento in company
– prejuízo de tempo e dinheiro. Dado o ine-
vitável acúmulo de leituras, provavelmente
o empresário ou funcionário dispensará
muito mais tempo do que se tivesse sim-
plesmente feito um bom calendário de revi-
sões. Além disso, como todos sabem, a
memória não costuma trabalhar bem com
sobrecarga e pouco tempo disponível.
É claro que não existem regras rígi-
das sobre as revisões, já que essa rigidez
esbarra em outras variáveis, como diferen-
ças individuais e densidade do material a
ser estudado. No entanto, é preciso que
você estabeleça um sistema eficiente de
revisões, caso realmente queira ser cada
vez mais bem sucedido.•
Lembrando de tudo
que se lê
Alberto Dell’Lsola
é autor de três livros
“Super-memória:
você também
pode ter uma”,
“Super-memória
para concursos”
e “Leitura dinâmica
para concursos”.
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“É precisocriar códigos
(gatilhos de memória) que lhe remetam
ao assunto estudado”
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SUPERE31
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Allynson Lymer
o Sucesso em VendasO Caminho para
Allynson Lymer
é Palestrante e
Treinador
Comportamental em
Vendas, Trainer e
Master Practitioner em
PNL com 14 anos de
vivência na área
comercial.
site:
www
.tecnicasdevendas.
com.br
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Há modelos de sucesso baseados na estrutura dos pensamentos, habilidades, comportamentos e atitudes dos principais e melhores vendedores do mundo. Seguir esses passos pode tornar seu caminho para o sucesso em vendas mais seguro, rápido e garantido!
1. Resgate seus Sonhos... E estabeleça Objetivos: Não são raras as citações de especialistas, no mundo todo, sobre a importância de resgatar nossos sonhos. O verdadeiro combustível para nossa jorna-da, que nos dará a força necessária para conseguir superar nossos obstáculos e desafios. Agora, de nada adianta apenas sonhar! É preciso realizar. Atingir objetivos é uma questão de programação mental. Lembre-se de que os objetivos devem possuir as seguintes características: posi-tivos, datados (por escrito!), mensuráveis, específicos e realizáveis.
2. Seja expert em seu produto, empresa e concorrência: Existe coisa pior do que um vendedor que não entende de seu produto e empresa? Hoje, não é mais questão de diferencial, e sim de sobrevivência. Portanto, dedique-se muito a conhecer todos os detalhes de seu produto/serviço, sua empresa e também sua concorrência. E, em vez de criticar, modele-os nos que são bons!
3. Identifique seu nicho de mercado e foco nele: Ao longo dos anos de minha carreira em vendas, e também com empresários e empreendedores em geral, venho apren-dendo o poder do foco. Amigo vendedor, aprenda esta lição: “Foco é força, distração é destruição”.
4. Invista imediatamente em seu Marketing Pessoal: pesquisas recentes mostram que a primeira impressão é tão importante quanto formação ou experiência profis-sional. E são apenas dois segundos para que a primeira impressão seja formada. Portanto, capriche no visual sem exagerar; mantenha o asseio; um bom hálito e as mãos sem suor. Ah... Investir no Português é também marketing pessoal.
5. Aprenda que vender é uma questão de números: quer aumentar suas vendas? Ótimo, aumente o número de contatos e visitas. O próximo passo? Aumente sua
taxa de reversão (de cada 10 apresentações, quantas você efetivamente fecha?). Para isso registre tudo: visitas, informa-ções, métricas... Faça sua lição de casa, veja onde precisa melhorar, e ação!
6. Entenda seu cliente... Entendendo de gente: um bom ven-dedor gosta de pessoas, entende que as necessidades do cliente estão em primeiro lugar, é hábil em comunicar e princi-palmente, em ouvir. Pergunte, pergunte, pergunte. O foco é o cliente antes da venda!
7. Estabeleça acompanhamento constante (follow up): Você sabia que, de acordo com uma recente pesquisa, foi consta-tado que mais de 80% das vendas acontece após o quinto contato? E que mais de 90% dos vendedores desistem no primeiro contato? Mas, por favor, encontre maneiras que agreguem valor ao seu cliente, com assuntos de seu interes-se, criatividade e elegância, para não se tornar chato.
8. Aprimore-se sempre e desenvolva sua Inteligência Emocional: pesquisas revelam: vendedores com capacidade de gestão das emoções são mais valiosos para as empresas, conse-guindo inspirar melhor seus clientes, levando-os a comprar mais. Quantos livros você leu nos últimos 12 meses? Qual foi o último curso de vendas do qual você participou? E palestra? Você lida bem com suas emoções, momentos de estresse e adversidades? O mundo está mudando, e você?
9. Fortaleça seu espírito: ore, medite, agradeça! Não estamos falando sobre religião e sim sobre espiritualidade. O ser huma-no é corpo, mente e espírito. Se um deles não estiver bem, afeta todo o resto. O espírito, seja lá qual for sua crença reli-giosa, é o que vai dar suporte para que você possa enfrentar seu maior inimigo: você mesmo! Além disso, conheço uma porção de gente com muito dinheiro e infeliz (você também deve conhecer). O que será que falta para essas pessoas serem felizes? Pense bem! Ah... E agradeça tudo o que você tem. Esse ato é o sinal verde para o universo te dar mais!
10. Adquira uma convicção inabalável: se eu tivesse que escolher apenas um desses passos, escolheria este, sem dúvidas. A convicção, a certeza, a fé inabalável, de alguém que crê infalivelmente que conseguirá alguma coisa em sua vida, tem o poder vai atingir tal objetivo? A maioria das pessoas não faria isto e está ai a diferença entre sucesso e fracasso. Obter o sucesso em vendas (ou na vida) não é um passeio pelo par-que. Requer dedicação, coragem, preparo constante, muita atitude e a convicção inabalável de que você vai conquistar. Você precisa acreditar piamente que conseguirá e que mere-ce! Portanto, mãos a obra e ótimas vendas!•
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SUPERE32
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goBernardo Leite Moreira
Esses são dois conceitos muitos antigos, mas implacavel-mente atuais. Principalmente nos dias de hoje. Não compreen-dê-los ou, o que é muito pior, confundi-los provoca, sem dúvida, grandes danos à performance e aos resultados.
As diferenças entre esses dois conceitos podem até pare-cer sutis, mas realmente são extremamente importantes. Peter Drucker, que dispensa apresentações, é enfático em afirmar: eficiência é fazer certo as coisas, eficácia são as coisas certas. E complementa: o resultado depende de “fazer certo as coisas certas”.
Permita-me apresentar cada um desses conceitos com alguns detalhes a mais:
Eficiência é: fazer certo; é o meio para se atingir um resulta-do; é a atividade, ou, aquilo que se faz.
Eficácia é: a coisa certa; é o resultado; o objetivo: é aquilo para que se faz, isto é, a sua Missão.
Considerando-se o exposto, vamos checar algumas percep-ções organizacionais muito naturais e... erradas!
Iniciando: qual é a Missão da área de Treinamento? A res-posta natural poderia ser: treinar pessoas; reciclar; desenvolver ou algo parecido. Certo? Não, errado! Percebam que as respostas estão representadas por verbos e se dirigem à ação. Portanto, referem-se àquilo que se faz, ou à atividade, ou o MEIO para se atingir o resultado. Esse resultado, ou a chamada Missão poderia ser consignado como: PESSOAS APTAS às necessidades da organização! Esse é o objetivo. A área de treinamento treina, ou desenvolve suas atividades para alcançar esse resultado.
Porém, na prática, utiliza-se, com freqüência, o indicador de “homens/horas/treinamento” para medir o resultado de treinamento, quando se está medindo, apenas, o seu esforço. Ou seja, a sua eficiência no desenvolvimento da ação, mas não a sua eficácia. Afinal, qual foi o resultado desse esforço em treinamento?
Para ficar mais claro, vamos a outro exemplo: qual é a Missão da área de manutenção de ar condicionado? Mais uma vez, a resposta natural seria: consertar ar condicionado, que é uma resposta também errada. Consertar ar condicionado é o que a área de manutenção faz para alcançar a sua Missão que é:
Ar condicionado funcionando!O que isso quer dizer? Quer dizer que
se provoca um grande desvio na qualidade da contribuição das pessoas, fortalecendo-se a atividade muitas vezes distanciada do objetivo. Freqüentemente, a área de manutenção de ar condicionado é medi-da pelo tempo que gasta consertando ar condicionado, quando deveria ser medida pelo tempo que não gasta consertando. Ou seja, pelo tempo de funcionamento do equipamento. Essa é a medida da sua eficácia.
Percebam, então, o enorme dano que essa situação causa nos resultados individuais e globais das organizações. Ao se privilegiar as medidas que acompanham o esforço da realização, pode-se perder a relação com o resultado desse esforço. Em nome disso, muitas realizações, dentro das organizações, são o que costumamos cha-mar de “olhar o próprio umbigo”, perden-do-se a avaliação do nível de agregação de valor aos objetivos da organização. E o que conta, cada vez mais, é exatamente o nível de agregação de valor de cada pro-fissional, de cada departamento, de cada organização. Para isso, é fundamental se trabalhar com indicadores!
E esse viés, infelizmente, ocorre em diversas áreas das empresas, provocando um enorme desvio nos resultados e na agregação de valor dessas áreas, e das pessoas que se esforçam para atender as expectativas para o desenvolvimento dos negócios. Preciso reforçar que essa preo-cupação é função indelegável dos níveis de chefia das empresas!
Apenas como lembrete: novos con-ceitos são importantes para a moderniza-ção e o desenvolvimento dos negócios, mas de nada adiantam se não praticamos (ou entendemos) nem sequer os antigos.Até mais.•
Eficiênciae eficácia
Bernardo Leite
Moreira
é psicólogo com
pós-graduação em
Administração de
Empresas, atua
em consultoria
desde 1980.
Professor em nível
de Pós-Graduação
em diversas
universidades
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1) Eficiência é: fazer certo; o meio para se atingir um resultado; é a
atividade, ou, aquilo que se faz.
2) Eficácia é: a coisa certa; o resultado; o objetivo: aquilo para que se
faz, isto é, a sua Missão!
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Gilclér ReginaO Medo é o Maior Ladrão de
Oportunidades!
Gilcler ReginaPalestrante de sucesso, escritor de vários livros,
entre eles os best sellers “No Topo do Mundo” e “Idéias que nascem do nada para o Estrelato”.
Já realizou mais de 1500 palestras. Tem clientes como General Motors,
ZF do Brasil, ABAD, ABIN, Beauty Color, Pernod Ricard, Basf,
Avon, Bacardi, Souza Cruz. Tem experiência
internacional com palestras no Japão,
Estados Unidos, Alemanha, Espanha,
Portugal e outros países.site:
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O ser humano possui duas escolhas na vida: ficar onde está, sem evoluir um único centímetro, ou ir em busca de suas conquistas e alcançar objetivos pessoais e profissionais. Para alguns, isso é cha-mado “livre arbítrio”, para outros “arrega-çar as mangas e correr contra o tempo”. Não importa que denominação receba a força que move as pessoas. A motivação é algo que se alimenta do interior de cada indivíduo, e cabe a cada um fazer o seu papel.
O momento para começar a fazer a coisa certa é agora. Não se permita ficar paralisado pela indecisão. Chega uma hora em que é necessário agir. Certa vez ouvi a seguinte frase: “A vida é composta
por novos ricos que são ex-pobres e novos pobres que são ex-ricos”. O dinhei-ro não acaba, apenas muda de mão. Percebi que os personagens mudam... A história continua a mesma. Ou seja, muitos naufragaram, outros emergiram. E continua prevalecendo a idéia de inovar ou morrer.
As empresas possuem uma impor-tante parcela de colaboração para motivar suas equipes. A questão em si não é o quanto investir, mas que ações realmente fazem os indivíduos se sentirem parte da realidade corporativa e não apenas meros espectadores. As grandes transforma-ções continuam acontecendo numa velo-cidade cada vez maior, mesmo porque, os caminhos que nos trouxeram até hoje não serão os mesmos que nos levarão ao futuro.
Warren Buffet, atualmente o homem mais rico do mundo, disse certa vez: “Tenho um amigo que esperou vinte anos para encontrar a mulher certa... O dia que ele a encontrou, ela não o quis porque ela também estava esperando vinte anos para encontrar o homem certo, e não era ele”.
Se você fica em dúvida muito tempo, ela irá aumentar e se transformar em medo. Sim, você pode tropeçar. Sim, você pode ser rejeitado. Sim, você pode falhar. Isso é a vida! Os vitoriosos aceitam que, durante suas tentativas, eles podem ter de fazer ajustes e de começar novamente. A isso, nós damos o nome de planejamento.
Existe um oceano entre o saber e o fazer. O sucesso é de quem faz. Inteligente não é quem sabe tudo... É quem aplica aquilo que sabe. Quem ficar esperando para ver o que vai acontecer será simplesmente atropelado... Não vai dar nem tempo de saber se foi atropelado por uma carreta ou por uma locomotiva.
Conhecimento destrói incertezas. Conhecimento com motivação constrói resultados. A per-gunta que se faz é: como trabalhar a
motivação nas empresas? Em primeiro lugar, perceber que se trabalha com pessoas e elas são, na sua essência, muito dife-rentes. O que fazer? Saber aceitar as diferenças individuais e ao mesmo tempo trabalhar o potencial de cada um. Em segundo lugar, reconhecer o que a maioria das lideranças no mundo reconhece. Isto é, entender que o grande desafio para se atingir metas e objetivos passa por uma equipe motivada. Não se pode construir uma empresa 100% em excelência e resultados com uma equipe 50% em comprometimento com metas, qualidade, ou na aceitação dos desafios.
A melhor receita para “perder mercados e oportunidades” é: fazer as mesmas coisas do mesmo jeito, sempre. A regra única que constrói os melhores resultados na vida de todo bom profissional é: Surpreender. Sim, surpreender o mercado. Surpreender no trabalho, na iniciativa, nas ações. Nada será mais importante que isso.
Tem um ditado que diz: “Quem não arrisca, não petisca”. Ou seja, o medo é o maior ladrão de oportunidades. São idéias que nascem do nada para o estrelato! Pense nisso, um forte abraço!•
“ A regra única que constrói os melhores resultados na vida de todo bom
profissional é: surpreender”
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SUPERE34
Arti
goJerônimo Mendes
Conheço inúmeros candidatos a empreendedores, ou mesmo empreendedores bem-sucedidos no mundo dos negócios, mas a realidade é cruel. A maioria apostou todas as fichas em negócios por conta própria e, em questão de meses, perdeu o pouco que conseguiu amealhar durante uma vida inteira de trabalho. Empreendedorismo é uma palavra bonita, não se pode negar. Mas aplicá-la no sentido literal requer muito mais do que força de von-tade e capital. No Brasil, a palavra ainda se assemelha mais com trabalhar por conta própria do que com empreender por vontade própria, inovar ou ser criativo, conceber algo diferente, olhar uma demanda oculta no mercado com olhos de quem já percebeu uma maneira diferente de oferecer um novo produto ou serviço.
Quem não sonha em, um dia, ser dono do próprio nariz? Quantos pas-sam boa parte da vida arqui-tetando planos mirabolantes
que nunca saem do papel? Somos filhos da geração diploma, acostumada, desde pequena, a direcionar esforços para a con-quista de um título em qualquer profissão. Nem nos perguntaram se realmente queríamos fazer o curso que nos indicaram, o impor-tante era obter o diploma. Gostar se aprende com o tempo, diziam os mais experientes.
Infelizmente, as escolas do século passado não se preocupa-ram com duas premissas muito importantes no mundo do empre-endedorismo: lidar com dinheiro e lidar com gente. Ou seja, saber conviver com o excesso ou a falta de dinheiro e saber se relacionar com pessoas. Habilidades não faltam a nenhum indivíduo na face da Terra. Todos são munidos de algum dom especial, que pode ser estimulado de alguma forma, ou ficar adormecido sem nunca ter sido descoberto.
O mundo está recheado de exemplos de grandes empreen-dedores que dedicaram a vida a uma causa nobre, a serviço da humanidade. Esse é apenas um dos segredos do empreendedor de verdade. Ser útil e criativo significa contribuir para um mundo melhor, assim como fizeram Edison, Einstein, Graham Bell e milhares de outros empreendedores. Empreender significa criar valor, inovar, conceber algo inesquecível, útil, digno de louvor e apreciação, o que, em geral, é retribuído pela natureza com valor monetário e reconhe-cimento. O empreendedorismo não pode ser visto apenas como
uma ciência que transforma bens e serviços em dinheiro. Mas deve, principalmente, ser avaliado pelo sentido de realização provoca-do nas pessoas que arriscam tudo em busca de uma vida melhor para si e para o mundo ao seu redor.
Imagine-se capaz de criar soluções, ter idéias próprias, empregar apenas duas, ou então milhares de pessoas, dar sentido à vida por alguma razão específica, deixar um legado, uma história de fracassos seguida de sucessos. Isso é empreendedorismo, na prática, o verdadeiro sentido da realização. O Brasil é uma terra de oportunidades. Fico triste quando as pessoas vêm argumentar comigo que o País não tem jeito e que, por essa razão, estão indo embora para outros países em busca de uma vida melhor. Isso é lamentável. Somos imediatistas, falta-nos a paciência do japonês que sabe a hora de plantar, regar e colher, tudo a seu tempo. Enquanto milhares deixam o Brasil, outros milhares procuram o país pelos mesmos motivos. O que muda é a percepção com relação ao ambiente.
Empreender é algo que transcende a lógica do mercado. Quem não conhe-ce algum empreendedor que, contrariando todos os prognósticos, se deu bem na vida por ter reunido qualidades não ensinadas nas escolas? Persistência, foco e relacio-namento interpessoal são características imprescindíveis para quem quer vencer como patrão, e isso somente o tempo é capaz de ensinar.
Lamentar durante uma vida toda, sem ter coragem de tentar algo novo, é uma ati-tude inaceitável. Por essas e outras razões “a maioria das pessoas prefere a escravidão na segurança, ao risco na independência”, segundo Emmanuel Mouniere. Pense nisso, acredite na sua vocação, planeje, crie a sua própria visão e missão e seja o “dono do seu próprio nariz.”•
A incrível arte deEmpreender
Jerônimo Mendes
Administrador,
Escritor e Palestrante
Mestre em
Organizações e
Desenvolvimento
Local
Site:
www.jeronimos.com.br
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“Todos são munidos de algum dom especial, que pode ser
estimulado de alguma forma, ou ficar adormecido sem
nunca ter sido descoberto”
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SUPERE35
Arti
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Junior Portare
das empresas no século XXIICOMPETÊNCIAS
Junior Portare
conferencista,
empresário, professor
e palestrante
site:
www.juniorportare.
com.br
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Querido (a) amigo (a),Durante toda a sua vida, ninguém
lhe disse que era possível ter uma vida financeira próspera e abundante, muito pelo contrário, as pessoas lhe incenti-varam – ainda que involuntariamente - a não ter dinheiro. Houve uma verdadeira campanha emocional contra o seu futu-ro financeiro. E para complicar ainda mais, nosso sistema de educação não contempla o ensino da matéria finanças pessoais. Na sua casa, você não ouviu falar de guardar dinheiro, não ouviu sobre isso na escola, não lhe falaram sobre ter mais dinheiro na universidade e também não falam sobre isso nas empresas. Por sorte, nós e outros pro-fissionais da área, temos despertado a atenção das empresas, escolas e universidades, e já se ouve falar desta necessidade em vários lugares. Mais ainda é muito pouco, em um país onde 76% das pessoas têm dívidas, segundo várias pesquisas.
Você já parou para pensar em quantas vezes durante sua infância ouviu mentiras do tipo: dinheiro é sujo, o dinheiro é a raiz de todo o mal, quem é rico não vai para o céu, etc?! Porém, de todos esses atentados contra o futuro financeiro das pessoas, o que
mais me choca é a idéia de que dinheiro não traz felicidade. Ora, existe pobre infeliz e rico infeliz. Existe pobre feliz e rico feliz. Então, que tal ser um rico feliz? Posso lhe garantir quem entre viver sem dinheiro – ou com pouco dinheiro – e viver com dinheiro no bolso, a segunda opção é muito mais agradável. Se alguém lhe disser que dinheiro não é impor-
tante em sua vida, provavelmente essa pessoa mente sobre muitas outras coisas também.
As crenças negativas sobre ter dinheiro, e a falta de edu-cação financeira das pessoas são dois dos causadores da grande diferença econômica entre uma ínfima minoria - que realmente tem dinheiro no País -; e a absoluta maioria - que vive assistindo ao salário acabar bem antes do fim do mês. E não pense que estamos falando apenas de quem ganha pouco, não, na verdade, quem ganha bem também tem seus problemas financeiros. Escuto, com muita freqüência, gerentes, executivos e até diretores de empresas dizerem que quanto mais ganham, mais gastam, e não conseguem guardar dinheiro mesmo ganhando muito bem.
Robert T. Kiyosaki diz em seu livro “Pai Rico Pai Pobre” que não importa quanto você ganha, e sim, quanto você guarda. A boa nova é que o País já tem mais de 140 mil milionários e, seguramente, você pode ser um deles, basta começar a trabalhar para isso. Em nosso site, você encon-trará bom material a esse respeito para download.
O objetivo deste texto é provocar, em você, uma refle-xão sobre o assunto, e termino lhe perguntando: você já parou para pensar em quanto dinheiro já passou por suas mãos até hoje? Quanto dele você conseguiu guardar?•
“Vocêjá parou para pensarem quanto dinheiro
já passou por suas mãosaté hoje?
Quanto dele você conseguiu guardar?”
“Nosso sistema de Educação
não contemplao ensino da
matéria finanças pessoais”
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SUPERE36
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goKarol Meyer
Karol Meyer é considerada, internacionalmente, uma das maiores atletas do mergulho livre da História do esporte. Alcançou diversas façanhas, entre elas a de permanecer 7minutos e 18 segundos submersa e mergulhar a 91metros de profundidade. Fora da água, além de palestrante, é ins-trutora de mergulho e de Yoga, formada em Direito pela UFSC, pós-graduada na Escola da Magistratura do Tribunal de Justiça de SC e em Direito Empresarial.
Desde pequena tive grande atração pelo mar... E foi desse mar, das experiências que adquiri ao longo de minha carreira como atleta de mergulho em apnéia (somente com o ar dos pulmões), que pude, literalmente, mergulhar no verdadeiro “sucesso”.
Os recordes ficam registrados, têm o seu significado. Porém nada se equipara à jornada, à experiência adquirida através dos momentos bons e ruins, do autoconhecimento. Na busca por me tornar a melhor mergulhadora do mundo, eu percebi que para o ser, eu precisaria, necessariamente, de ser a melhor Karol para eu mesma, dentro e fora da água. Sem querer, na busca por melho-res performances, eu me vi envolvida por atividades que deram uma guinada em minha vida, entre elas a prática do Yoga.
Acredito que nosso maior desafio seja a conquista de um campo de pura potencialidade, rico em criatividade, auto-estima, produtividade, inteligência e saúde. Uma vida mais liberta e feliz, sem insatisfações, sem medos fictícios, sem angústias, sem viver do passado, ou tentando prever o futuro, mantendo-se aberto e consciente. Na busca desenfreada por ser o melhor, pelo “suces-so” momentâneo e parcial, muitas vezes, esquecemos do todo, de nós mesmos, vivemos com míseros 5% de nosso potencial. Eu sempre fui uma pessoa exagerada em tudo o que fazia, não vivia em sintonia com a minha natureza, um desequilíbrio de tal forma que, por várias vezes, custou minha saúde.
De um lado, temos a sociedade, impondo regras de com-petição, metas, concorrência. Mas, do outro lado, temos a íntima necessidade de sermos naturais, de resgatar aquela criança que vive lá dentro de nós. Que vive sem medo, que sorri em paz, que observa sem julgamentos, que tenta, que aceita.
É preciso gerar “sattwa guna” que, no Yoga, significa: equilí-brio corpo, mente e espírito. Sem competição, sem concorrência, com o objetivo único de evolução, de sua pura potencialidade, por-que “somos todos o melhor”. É viver constantemente em estado de união, de cooperação.
Por isto, costumo dizer, àqueles que me questionam como eu consigo ficar mais de sete minutos sem respirar, que: “Eu não
mergulho com o pulmão, eu mergulho com meu coração.” Quando estou bem, em equilíbrio, sinto o peito aberto, o cora-ção expandido, uma energia imensa que extrapola o físico, eu simplesmente consigo respirar melhor e alcançar meus objetivos com maior facilidade.
No último Supere2008, além da honra de compor o banco de palestrantes, pude apreciar os colegas, entre eles o ilustre maestro e pianista João Carlos Martins, que encerrou a sua palestra afirmando: “É pre-ciso ter a disciplina de uma atleta e a alma de um músico”. Naquele exato momento, veio em minha mente a resposta do meu treinador a uma indagação que eu lhe fizera: o que era necessário para conseguir descer à grandes profundidades? E ele simples-mente me disse: “Ton sprit doit vaguer sur les océans, comme celui des autres hom-mes sur la musique” (Teu espírito deverá vagar pelos oceanos, como o espírito dos homens sobre a música”).
Mergulhar no sucesso é mergulhar na vida, focar no seu verdadeiro propósito; é ouvir a voz do coração, da intuição; é compreender que somos responsáveis pelos nossos atos, porém não podemos controlar os resultados de nossas ações; é compreender e aceitar a lei maior da natureza, vivendo sem medo, sem pré-julgamentos, sem compulsão para contro-lar, sem dependência para ser aprovado ou para dominar, como se vivessemos presos num mundo hostil; é afogar o ego e a turbulência mental e se deixar levar pelas águas do oceano, com competência, tra-balho e atitude pró-ativa.•
Mergulhando noSucesso
Karol Meyer
conferencista
e consultora sobre
Criatividade e Inovação.
www.karolmeyer.com
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SUPERE37
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Marcelo Caetano
Como fazerminha equipe deixar
de dar descontos
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Líder, pense como anda a produti-vidade do seu dia-a-dia. Dos vários tele-fonemas que você recebe, grande parte é de membros da sua equipe de vendas pedindo descontos.
Se você parar para pensar seriamente no assunto, notará que passa boa parte do seu tempo negociando com sua própria equipe, e o pior, fazendo papel de vilão. Afinal, todos nós sabemos que quanto mais desconto você dá, mais eles pedem. Isso vale tanto para os clientes quanto para a equipe. Precisamos sair dessa situação.
Para isso, temos um caminho: treina-mento e um ajuste nos modelos de remu-neração. Os treinamentos, você já sabe, têm a função de conscientizar a equipe do valor do produto ou serviço vendido: ensi-nar a fazer uma proposta de valor; ouvir os clientes para vender uma solução (e não apenas preço); relacionar-se com o cliente. Afinal, para quem não se relaciona, toda venda é uma cotação de preços.
Entretanto, somente treinamento não adianta. Ele deve vir como um ajuste no foco da remuneração do vendedor. Isso significa ter uma comissão participativa. Resumindo: quanto mais desconto você der, menor será sua comissão. Garanto para você, essa decisão, ainda que possa
ser complexa de tomar em um primeiro momento, vai resolver o problema de ter o tempo todo a equipe negociando com você.
Veja esse exemplo prático: se o preço do produto é R$100, a comissão é de 5% e o produto tem uma margem de lucro de 20% - se o vendedor der 5% de desconto, sua comissão será automaticamente reduzida para 2,5%. Cada empresa deve criar seu próprio cálculo, de acordo com suas necessidades.
Isso significa que você abrirá mão do seu lucro, e o vendedor de sua comissão. Assim acabará aquela conversa: “se eu der 4% de desconto para esse cliente venderei pelo menos 30% mais”. A partir do momento que você implantar esse modelo, ele realmente poderá negociar, se acreditar, no resultado de longo prazo. Nos sistemas antigos, só a empresa apostava. Agora, é a hora do vendedor.
Por isso, a importância de aliar esse trabalho com treinamen-to de forma complementar, a fim de alertar quanto aos riscos do excesso de descontos, e ensinar a vender valor. Outra vantagem é que você incentivará o empreendedorismo da sua equipe de vendas, porque eles tomarão as decisões baseadas em perspec-tivas futuras, e serão forçados a fazer contas para isso.
Essa nova ordem se contrapõe diretamente ao, já arcai-co, sistema de remuneração por volume de vendas. Atenção! Cuidado com a armadilha em que algumas empresas estão entrando, dizendo para os vendedores que, caso vendam com preço acima da tabela, sua comissão também será aumentada.
Com muito treinamento, e um novo sistema de remunera-ção, sua equipe de vendas e seu processo de liderança entrarão em um novo momento. Dentro dessa nova realidade, você, líder, também terá que abrir mão daquele desconto que sempre guar-dou na manga, e alguns utilizam como forma de poder.
Caso contrário, estará incentivando a volta do velho mode-lo. Se você puder abrir, com transparência, os números, como margem de lucro e etc., no momento da implantação da nova remuneração, tenho certeza que reforçará muito o seu discurso. Assim, a transparência dará lugar às enfadonhas negociações internas por mais descontos.•
Marcelo Caetano
é sócio-diretor dos
Eventos VendaMais,
autor do Livro
“Vendedor Fiel Cliente
Fiel” e desenvolve trein-
amentos in company
desde 1998.
“Somente treinamento não adianta.
Ele deve vir como um ajuste no foco da remuneração
do vendedor. Isso significa ter uma
comissão participativa”
“Com muito treinamento, e um novo sistema de remuneração, sua equipe de vendas e seu processo de liderança entrarão em um novo momento”
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goProf. Osmar Coutinho
No caso narrado acima, perguntariam: Prof. Osmar Coutinho, como agir nesse caso, o que devo fazer?
Meu caro amigo, esse problema é muito comum nas empresas, porém existe solução.
Vou contar uma história, a qual lhe fará compreen-der que, sem o comprometimento
e todos, o resultado poderá ser fatal, tanto para a empresa quanto para cada costureira em questão.
“O réu estava sendo julgado por assassinato. Havia fortes evidências sobre a sua culpa, mas o corpo da vítima ainda não havia sido localizado. Sem muita esperança, o advogado, em comum acordo com o seu cliente: o réu, resolve arriscar uma última estratégia desesperadora.
- Tenho uma surpresa! Dentro de um minuto, a vítima presumidamente assassinada entrará neste tribunal andando e nos relatará o mal entendido ocor-rido. E olha para porta principal. Os jurados, e o juiz inclusive, surpresos, repetem o mesmo gesto. Findado o prazo, o advogado comenta:
- Realmente, ninguém entrou. No entanto, por vos-sas expectativas, concluímos que o júri não tem certeza plena, ou alguma, de que o réu é mesmo o culpado. Se não há corpo, não há assassinato. Os jurados, aconse-lhados pelo juiz, retiram-se para a decisão final. E vem o veredicto: culpado.
- Culpado? Mas como? – pergunta o advogado.- Vocês estavam em dúvida. Eu vi todos olharem
para a porta principal! E o juiz, antes de decretar a sen-tença, completa: é verdade, todos nós olhamos para a porta principal, menos o seu cliente: o réu”.
ConclusãoNão adianta simplesmente se
envolver no processo, é preciso se comprometer com o resultado final. Não teremos sempre, em nossa vida profissional, um setor de “Controle de Qualidade” que nos ajudará a descobrir nossas falhas e a salvar a situação a tempo.
Todos os colaboradores são res-ponsáveis por tudo, independentemen-te de quem falhou no processo.
Imaginem se a empresa fosse um barco com todos dentro e, de repen-te, surgisse um buraco, fazendo com que esse barco começasse a afun-dar. Nessa hora, não importa em qual lado ou setor o buraco se encontra, a água está entrando e é preciso fazer algo urgentemente. Ou consertamos o buraco, independentemente de quem o causou ou descobriu, ou deixamos o barco afundar e, conseqüentemente, todos morreremos. Somos responsá-veis pelo que fazemos e principalmente pelo que deixamos de fazer.•
Comprometimento
Prof. Osmar Coutinho
conferencista e
palestrante
site:
www.osmarcoutinho.
com.br
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“Imaginem se a empresa fosse um barco com todos
dentro e, de repente, surgisse um buraco,
fazendo com que esse barco começasse a
afundar. Nessa hora, não importa em qual lado ou
setor o buraco se encontra, a água está entrando e é preciso fazer algo
urgentemente”
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“ Somos uma empresa de facção com mais de 100 colabo-radores divididos entre os vários setores e trabalhamos para várias lojas espalhadas pelo Brasil. Se um colabora-dor da linha de produção falhar no processo da costura, ou do acabamento, teremos prejuízos, pois, logo, o setor de Controle de Qualidade fará as peças voltarem, para o devido conserto ou acabamento final, gerando, assim, prejuízo de tempo e até de dinheiro. Já tivemos diversas reuniões, mas sentimos que a falta de comprometimento é clara, e sempre atrapalha o resultado final.
As costureiras se defendem, dizendo sempre que fazem a sua parte corretamente e que o problema é de outro setor.”
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Paulo Kretly
Definição de prioridadesPRODUTIVIDADE
Paulo Kretly
Presidente da Franklin
Covey Brasil e
reconhecido palestrante
em liderança, gestão e
produtividade pessoal e
interpessoal, é especialista
em gerenciamento do
tempo e vem cativando
milhares de pessoas
e organizações que o
procuram com o desejo
de manter suas vidas
pessoal e profissional
equilibradas.e-mail:
fernandes@
franklincovey.com.br
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Você quer ser mais produtivo? Mais eficiente? Para melhorar sua performan-ce, é preciso ter em mente que produti-vidade está associada à mensuração de tempo. O melhor caminho para chegar lá é saber priorizar, organizar e desem-penhar. Um dos problemas de hoje é a falta de tempo, ou melhor, a idéia de que devemos fazer tudo. De acordo com Stephen Covey, autor do livro Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, é preciso saber dizer sim e não. Devemos dizer não para aquelas coisas que não são prioritárias e dizer um sim contundente para aquilo que é realmente importante.
Passamos a maior parte do tempo resolvendo questões urgentes. Para evitar esse comportamento, que não é produtivo, é preciso selecionar as ações. Os líderes eficazes sabem focar nos assuntos prioritários e realmente importantes, mas não necessariamen-te urgentes. Para agir dessa maneira é preciso ter iniciativa, planejamento, manutenção preventiva e comunicação interpessoal. Em geral, as pessoas só tomam uma atitude diante de uma crise ou um problema. Os profissionais bem-sucedidos trabalham naquilo que mais importa e conduzem suas ações a resultados sustentados a longo prazo. Todos dispõem da mesma quantida-de de tempo, porém uns aproveitam melhor do que outros.
É preciso ter coragem para mudar. Na medida em que alguém muda seu comportamento, descobre que sobra mais tempo para realizar trabalhos impor-tantes e criativos. As mudanças não são complicadas e sempre vale a pena ten-tar. O segredo está em ter disciplina para adotar uma nova rotina. Então, siga os seguintes passos e mãos à obra:
1 Seja pró-ativo. Com freqüência, sentimo-nos vítimas da tecnologia e nos tornamos escravos dela. Da próxima vez em que receber um email, porém, considere como você pode gerenciar a tecnologia em sua vida. Podemos decidir, por exemplo, realizar trabalhos mais importantes e criativos nas primeiras horas da manhã, deixando para responder mensagens ao longo do dia. Você pode ainda avisar seus amigos que não responderá mensagens até uma determinada hora do dia. Em casa, desencoraje liga-ções sobre trabalho e dê mais atenção à família.
2 Comece com seus objetivos em mente. Pergunte-se “O que eu quero escrito em meu túmulo quando morrer? O que dá direção e significado à minha vida? Estou fazendo alguma coisa para atingi-los?” Muitas pessoas decidem não só ter uma lista de objetivos pessoais como tam-bém uma que inclua a família. A tecnologia pode facilitar essa tarefa, porque torna a comunicação mais fácil entre as pessoas distantes. Saber das novidades via email é uma ótima forma de não perder contato com quem está longe.
3 Primeiro o mais importante. Sentimo-nos compelidos a parar tudo para atender a um telefonema. O problema é que, geralmente, essas interrupções são inúteis. A tec-nologia pode nos ajudar a organizar a vida e nos manter atualizados com nossos compromissos.
4 Pense Ganha-Ganha. Lembre-se de que a tecnologia pode fazer a comunicação mais eficiente – mas não necessaria-mente mais efetiva. Para construir relacionamentos de alta qualidade, é importante manter contatos com as pessoas. A segunda melhor alternativa é conversar por telefone. Só em seguida vêm o email e as mensagens de voz.
5 Procure primeiro compreender para depois ser compre-endido. Aprenda a ouvir. Se você conhece tecnologia profundamente, não seja intransigente com aqueles que têm dificuldade no assunto. Assim, você estará se distan-ciando das pessoas. Ajude-as a aprender.
6 Crie sinergia. Quando as pessoas não podem se reunir pessoalmente para resolver um problema, videoconferên-cia e mensagens instantâneas permitem que elas intera-jam em tempo real.
7 Afine o Instrumento. O mau uso da tecnologia, geralmen-te, significa perder contato com a natureza. Por isso, de vez em quando, dê um tempo no computador e no celular para um passeio em algum parque.•
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2008um ano, muitas liçõesEste 2008 já está registrado na História. As veias financeiras da maior economia mundial obstruídas por uma crise de fazer medo em todo o mundo; um presidente jovem e com um perfil nada conservador assumin-do a “batata quente” e que, a despeito dos abalos, enche o Planeta de esperanças. Economias emergentes dando lições de equilíbrio; enquan-to gigantes financeiros desmoronam. É verdade! Este ano surpreendeu mesmo! Positiva e negativamente.
“Este foi um ano de muitas lições, mas eu diria que a maior de todas é: aposte mais no que é sólido. Ou, em outras palavras, mais produção e menos especu-lação”. Essas palavras da empre-
sária Magda Rocha encontram eco em opiniões balizadas. O próprio presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a especula-ção internacional, que classificou como um desserviço à economia
global. Assim como o governante brasileiro e a empresária mineira, há muita gente sábia que questio-na os abusos especulativos que, afirmam, seria a verdadeira bruxa dessa e de outras crises.
Balanço-geral:
Dinorá Oliveira
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Não que os investimentos nas bolsas sejam os únicos vilões, eles fazem parte da engrenagem. O problema está na gana em querer ganhar demais sem produzir nada. O economista José Carlos de Assis descreve bem o que é essa espe-culação abusiva: “A bolsa é uma instituição típica do capitalismo, mas se tornou inteiramente dis-funcional nos tempos atuais. Virou um cassino”. O problema é que há muitas apostas nesse jogo e elas têm envolvido muito dinheiro que não pertence aos jogadores. E como dizia o saudoso econo-mista brasileiro Celso Furtado “a economia é algo sério demais para ficar nas mãos de especuladores”. Mas se, como dita a sabedoria popular, depois da tormenta vem a bonança, o momento é de apos-tar em uma nova ordem mundial que, ao que tudo indica, coloca o Brasil bem na fita: “a médio prazo, essa crise favorecerá a migração de recursos para a economia real (produção de bens e serviços), esse fato é histórico. A maioria dos investidores abandona os investi-mentos produtivos em função das altas taxas de retorno do mercado financeiro. E isso tende a mudar nos períodos pós-crises”, afirma o economista Adelmo Belchior, no site “Democracia e Política”.
Brasil 2008:quase tudo de bom!
No balanço geral do ano, a despeito da quase trombose nas artérias econômicas das grandes nações, há saldo positivo, sobre-tudo para economias emergentes: olha o Brasil aí mais uma vez, gente! Fazendo uma avaliação da situação brasileira, é possível verifi-
car que os impactos aqui são bem mais amenos, embora não deixem de preocupar. Mas, preocupações e abalos à parte, o certo é que a economia real brasileira, em 2008, foi positiva. Os especialistas apos-tam no equilíbrio do País, e garan-tem: a tendência é, sim, de redu-ção do crescimento; mas não em níveis preocupantes. As ações do governo brasileiro, grosso modo, têm sido bem avaliadas. Uma das mais aplaudidas foi a do governo de Minas, em oferecer ajuda para financiamento a micro e pequenas empresas: importantes motores da economia e com valiosos impactos em indicadores sociais. Aliás, indi-cadores que também surpreende-ram positivamente neste 2008.
A economista Maria da
Conceição Tavares, em recente entrevista à Agência Carta Maior, declarou que o Brasil tem vanta-gens importantes em relação a outros países emergentes, e que o governo precisa saber usá-las. Primeiro, afirmou ela, “nós não somos exportadores de petróleo e metais – nesse sentido a crise pega a Venezuela e o Chile de frente (...). Nós vendemos comida e isso deve se manter em bom nível. Segundo: temos três fortes bancos estatais, o que dá ao governo instrumentos para intervir fortemente no merca-do. Mais ainda, temos pelo menos três grandes empresas públicas de peso (...).O que é preciso, portanto, é agir com rapidez e contundência.
Desentupir o sistema de crédito. O Banco Central deve obrigar os bancos a repassar, de fato, os recursos liberados do compulsório para irrigar a economia. Eles têm de emprestar a quem precisa. Se eles insistirem em segurar recur-sos, o governo deve impor uma penalização forte sobre o volume retido. Já demos a cenoura - se a mula empaca é hora do stick (porrete)”.
A análise de Miriam Leitão tam-bém vai nessa direção. Ou seja, a economia real brasileira será pouco
contaminada, e a atual desacele-ração no crescimento é razoável, nada que assuste demais. As altas nos juros, porém, continuam a ser questionadas por diversos espe-cialistas e empresários.
Como já foi dito, em relação aos aspectos positivos do balan-ço anual brasileiro, há mais a se celebrar do que o contrário: houve lucratividade empresarial, a eco-nomia cresceu, o desemprego e a desigualdade diminuíram. Diante desse quadro, e dos acenos que o País tem dado, os especialistas são quase unânimes em acredi-tar que Barack Obama tem muito mais com o que se preocupar do que Lula.
2008 “Este foi um ano de muitas lições, mas eu diria que a maior de todas é: aposte mais no
que é sólido. Ou, em outras palavras, mais produção e menos especulação”
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Eusébio da Rocha se diz apavorado. Frederico Martini ainda não havia vivido tempos como estes. Antônio Gamaliel não perde as esperanças. Em comum, esses empresários brasileiros vivem sob a sen-sação de um futuro incerto. A crise que abalou os EUA e contaminou o mercado finan-ceiro mundial causa reações diferentes, mas sempre mar-cadas pela incerteza.
Ainda não se sabe o tama-nho do estrago, mas uma coisa é certa: “a crise é global e já afetou todo o mundo”, garan-
te o economista do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), Renato Mogiz. Mas nada de pâni-co. Segundo o professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas, Ricardo Araújo, há indí-cios de que a crise chegou às empresas brasileiras, mas isso não caracteriza uma recessão. “O País tem perspectivas de crescimento”, analisa.
As expectativas de um cenário menos dramático para o Brasil não trazem calma para o empresário Eusébio da Rocha, que atua na área de geradores de energia. “Não estou com medo; estou apa-vorado”, desabafa. Além de perder cerca de 70% das eco-nomias pessoais com a queda da Bolsa de Valores, Rocha teme pelos prejuízos em sua empresa. “Muitas negocia-ções já foram interrompidas ou suspensas. Eu acho que a recessão vai chegar ao Brasil”, lamenta.
O importador Frederico Martini, diretor da Domus Ceva Importação e Exportação, comenta que a empresa já sobreviveu a outras crises, mas desta vez o desafio é maior. “Esta crise é mais forte porque pega numa parte muito glo-bal. Já enfrentamos momentos difíceis, mas desta vez o cená-rio é pior”, comenta. Segundo o empresário, a variação no dólar tem causado o cancela-mento de alguns pedidos e o aumento dos valores dos fre-tes e serviços, que são pagos na taxa do dia. “Muita gente está com receio de fazer novos pedidos até que se saiba sobre os riscos”, conclui.
Outro ponto de vistaMais otimista, o diretor
de negócios corporativos do grupo Jorlan Orca BH, Antônio Gamaliel, diz que ainda não tem motivos para se preo-cupar. “O impacto foi passa-geiro, apenas nos primeiros dias. Continuamos pensando
Vestígios e olhares
A bola de neve (que já era grande, mas estava escondida) começou a rolar morro abaixo, em agosto, nos Estados Unidos, e provocou uma forte avalanche, arrastando mercados de vários cantos do mundo. Houve boatos, tensão e certo pânico. No Brasil, como vimos, tudo leva a crer que o estrago é menor e os impactos mais suaves.
“Com um sistema financeiro atuante e bem
regulado, e reservas para sustentar políticas monetárias, tudo indica
que o Brasil será menos afetado do que outros países”
Operadores da bolsa
Alessandra Costa
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em expansão”, aposta. Mas Gamaliel não nega que o momento é tenso. “Ainda está cedo para dizer como isso vai impactar o setor”, avalia.
Segundo o economis-ta do Ipead, é plausível que o Brasil enfrente um cenário de redução nas exportações, no comércio e na geração de empregos. Mas, para ele, os impactos no País não serão tão significativos. “Com um sistema financeiro atuante e bem regulado, com reservas para sustentar determinadas políticas monetárias, tudo indi-ca que seremos menos afeta-dos que muitos outros países”, argumenta.
As previsões para as micro e pequenas empre-sas brasileiras também são positivas. De acordo com o gerente da Unidade de Educação, Empreendedorismo e Cooperativismo do SEBRAE-MG, Ricardo Pereira, o impac-to da crise nessas empresas, com a redução de oferta de crédito e a elevação das taxas de juros, ocorre apenas no curto prazo [em novembro, o governador Aécio Neves anun-ciou medidas para ampliar o crédito ao setor produtivo no Estado, incluindo financiamen-to direto e ampliação do prazo de recolhimento de impostos]. “A partir do momento em que as coisas vão se consolidando, os efeitos se reduzem”, aposta Pereira. Ele aconselha que os micro e pequenos empresários mantenham a calma e sigam três passos importantes: “fazer um monitoramento constante, com planejamento estratégico a longo prazo e uma gestão ainda mais aprimorada”.
Lições de uma criseO presidente Lula afir-
mou, recentemente, que os EUA não fizeram o dever de casa. Parece ter acertado no diagnóstico. O professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas, Ricardo Araújo, é con-tundente na análise. Para ele, “o único país que não seguiu as regras de gerenciamento de risco foi a maior economia do mundo”, afirma. Ele explica: “a grande lição dessa crise é que a economia liberal é eficiente no mundo empresarial, mas
precisa de um órgão de super-visão bancária austero. Não há como evitar crises se não hou-ver uma intervenção do Estado para limitar a ganância através de uma regulação”, esclarece o professor, citando as teorias econômicas keynesianas.
O economista Renato Mogiz concorda com essa avaliação. “É importantíssima a atuação segura e prudente dos órgãos reguladores do sistema financeiro, como é o caso do Brasil. Tudo indica que os EUA pecaram nesse ponto”, frisa. Para o especialista, o pacote do governo Bush, que aportou US$ 700 bilhões em socor-ro à economia estadunidense, pode ser classificado como a maior intervenção do gover-no nos mercados financeiros desde a Grande Depressão de 1930 (leia box). Mas ele alerta que essa ação não será suficiente para reverter ou frear a crise. “O mundo já percebeu isso e tivemos a maior ação conjunta entre os principais bancos centrais do mundo”, comenta.
Como e onde investir?O clima de insegurança
tem como base a economia globalizada. Em outras pala-vras, se falta dinheiro nos EUA, o mundo todo é afetado. No
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“É importantíssima a atuação segura e prudente dos órgãos reguladores do sistema financeiro, como é o caso do Brasil. Tudo indica que os EUA pecaram nesse ponto”
Ricardo PereiraSEBRAE
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Brasil, alguns índices revelam essa dinâmica: em agosto, a produção industrial caiu 1,3% e o Risco País subiu 48% no mês seguinte; e as taxas de juros subiram. O governo tem frisa-do seu esforço para garantir o financiamento das empresas nacionais e manter o crédito, inclusive para pessoas físicas.
Em todo caso, vale a máxi-ma: “todo cuidado é pouco”. A dica dos especialistas é evi-tar empréstimos a longo prazo,
priorizar compras à vista e ter muita cautela na hora de aplicar o dinheiro. “Neste contexto de incertezas e riscos, certamente investimentos em renda fixa são os mais recomendados”, sugere Mogiz. Para Araújo, o momento também é de aplicações em renda fixa. “Aos poucos, pode ser interessante comprar fun-dos de ações, mas lentamente e observando a dinâmica do mercado”, recomenda.
Aos “marinheiros de pri-meira viagem”, interessados na atratividade dos ativos financeiros, o analista de inves-timentos, Eduardo Machado, aconse-lha: “esta não é a hora certa para o
investidor leigo. Quem atua, hoje, são investidores mais qualificados, com mais experi-ência para lidar de uma forma mais especulativa. A atuação dessas pessoas é que caracte-riza essa volatilidade da Bolsa. Esse ‘nervosismo’ vai persistir no curto prazo. Por isso, não é hora de dar esse primeiro passo”, argumenta.
Àqueles que já se aventu-raram por este mundo, resta aguardar e, se possível, manter a aplicação. “Pode ser que em um ou dois anos haja uma recuperação. Por isso, é bom ter paciência. Se os investimen-tos foram feitos em empresas sólidas, com bom histórico e bagagem para enfrentar crises, não há o que temer”, afirma o especialista.•
“As ações e intervenções dos governos e dos bancos centrais indicam que não chegaremos a proporções semelhantes às de 1929”
Crise de 1929: há semelhanças?Não foi numa “quinta-feira negra”, como ficou conhecido o fatídico
dia 24 de outubro de 1929 - quando a Bolsa de Valores de Nova Iorque quebrou, dando origem à Grande Depressão de 1930. Mas a crise atual, iniciada em agosto nos Estados Unidos, também gerou pânico por causa de comparações com o passado. O vínculo entre os dois momentos históricos é tão equivalente?
Para Mogiz, a resposta é negativa. “As ações e intervenções dos governos e dos bancos centrais indicam que não chegaremos a pro-porções semelhantes às de 1929. A economia já mostrou sinais de que todos estão unidos e dispostos, dentro das possibilidades, a remediar a crise”, opina. Araújo ressalta que a ação dos bancos centrais no mundo inteiro tem sido eficiente e coordenada, o que minimiza os problemas.
Mas ele dispara: “a crise atual é pior do que a de 1929. Trata-se de volumes maiores e reflexos mais imediatos em outros países”, argumen-ta. As raízes dessa análise estão em no ‘mundo globalizado’. “Não há uma barreira entre os países e, por isso, o efeito é universalizado muito mais rapidamente, atingido a economia mundial”, destaca Eduardo Machado, analista de investimentos.
A volatilidade do mercado financeiro também é influenciada pelo cenário globalizado. Segundo Mogiz, “em minutos, o capi-tal especulativo pode reagir às notícias, entrando ou saindo das aplicações e, conseqüentemente, aumentando ou derrubando os preços pelo mundo. Foi o que ocorreu e vem ocorrendo a cada
anúncio proveniente da crise ou da reação dos governos à crise”, explica. Para Machado, o capital especulativo foi um dos princi-pais desencadeadores da crise. “Havia um excesso de liquidez na economia dos EUA. Os bancos queriam gerar lucros e assumiram riscos. Houve uma bolha imobiliária em função de um processo especulativo”, avalia.
Essa dinâmica ocorre porque o capital especulativo encontra mecanismos para produzir lucros rápidos, como explica Mogiz. “Através de atividades de especulação, compra e venda de moedas, commodities agropecuários, ativos financeiros, metais preciosos e outros instrumentos financeiros, em negociações de curto prazo”, esclarece. De acordo com o especialista, é um capital que não aumen-ta a riqueza de um país, ao contrário do capital produtivo, que cria empregos, aumenta a produção e o Produto Interno Bruto (PIB).
Mas, para Araújo, “Especular é apostar numa tendência de preços, não é uma coisa ruim. O capital especulativo é produ-tivo também. Comprar ativos financeiros é o que dá liquidez às empresas e crescimento ao mercado de capitais”, argumenta. O professor não acredita que esse é o vilão da crise. “O cidadão esta-dunidense está pagando a conta da falta de regulação do mercado. Houve um exagero que gerou essa bolha, que já estourou, e os mercados estão sangrando. Agora, é esperar que a produtividade norte-americana cresça e se restabeleça a confiança no crédito”, conclui.
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Microcityoferece computador semi-novo até 40% mais barato
A Microcity - uma das maio-res empresas de Outsourcing de infra-estrutura em Tecnologia da Informação do Brasil – está con-solidando sua atuação no mer-cado de semi-novos. A empresa vem crescendo a passos largos neste segmento e projeta um aumento de 50% nas vendas deste ano, atingindo R$ 2 milhões em faturamento e a marca de mais de 10 mil computadores
vendidos em todo o País.Os equipamentos oferecidos
pela Microcity são das melhores marcas, como HP, Compaq, Dell, IBM, Lexmark, Xerox e Samsung, com preços atraentes, que podem ser até 40% mais barato, se com-parado a equipamentos monta-dos e a 50%, se comparados a equipamentos ditos de 1ª linha.
Todos são legalizados, com sistema operacional O&M, com
arquitetura corporativa que permite longo tempo de uso ininterrupto,apropriados à fren-te de loja, caixas; apto a liga-ções em rede e ainda com um valor de imobilização bem mais baixo, obtendo-se o mesmo resultado final e às vezes até performance superior a equipa-mentos novos, principalmente se comparados a equipamen-tos montados.
Informações para a imprensaMedialink ComunicaçãoFone: (11) 3817-2131Raul Fagundes, [email protected] Saud, [email protected]
Perfil MicrocityCom 24 anos de atuação em todo Brasil, a Microcity é uma das principais empresas de Outsourcing de infra-
estrutura de Tecnologia da Informação do Brasil. No segmento de terceirização de Lan & Desktops, é a maior do país com uma base própria instalada de mais de 80 mil equipamentos. Sediada em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte (MG), oferece soluções inteligentes de negócios em TI sempre customizadas e de acordo com a necessidade dos seus clientes. A estratégia de ser uma empresa diferente e única resulta na sua solidez financeira e a torna reconhecida e respeitada nacionalmente.•
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O Hotel Senac Grogotó,
localizado em Barbacena, é um
recanto de paz e tranqüilidade,
com o melhor da comida mineira
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Grogotó é o lugar ideal para você
aproveitar a natureza com uma vista
privilegiada da Serra da Mantiqueira.
Tranqüilidade e confortocom a melhorhospitalidade mineira
Rua Cruz das Almas, s/nº
Caiçaras – Barbacena/MG – CEP 36205-126
Tel.: (32) 3339-3100 – Fax: (32) 3331-4430
Informações:0800 724 4440
www.mg.senac.br/hotelgrogoto
Estrutura e facilidades:
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Centro de Convenções com:■ amplo auditório■ salas moduláveis■ ar-condicionado■ isolamento acústico■ tecnologia avançada
Lazer completo:■ piscina adulto e criança■ piscina interna climatizada com cascata■ playground■ salão de jogos com bilhar e xadrez■ sauna seca e a vapor■ sala de ginástica■ trilha para caminhada■ quadra de esportes■ ofurô■ salões de estar e de leitura■ biblioteca
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Room service até as 22h
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Salões de festas paraaté 300 pessoas
BIG
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O protocolo foi homologado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, em Brasília, e publica-do no Diário Oficial da União, no dia 1º de outubro. A vigência é por 10 anos e o Governo do Estado do Amazonas elabora o edital para a instalação do entreposto em Uberlândia.
Para chegar a essa etapa de definição do projeto para a insta-lação do entreposto na cidade, um longo caminho foi percorrido. A idéia nasceu há seis anos, mas foi em 2005 que ganhou con-sistência, com o empenho da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub), políticos locais e do Governo de Minas Gerais. Os desafios foram venci-dos e Uberlândia foi à cidade eleita para sediar o entreposto da Zona Franca de Manaus.
“Houve uma potencializa-ção das competências políticas e empresarias de Uberlândia, com
seus vínculos, tanto no governo de Minas, junto ao governador Aécio Neves, como também com o governo do Amazonas e de seu governador, Eduardo Braga”, confirma o esforço o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Uberlândia, Dílson Dalpiaz Dias.
Vários fatores levaram à esco-lha de Uberlândia, por parte do Governo do Amazonas, entre eles: a sua localização geográfica estra-tégica, sua malha viária interligando quase todas as regiões do País e sua vocação de pólo distribuidor de mercadorias e produtos (na cidade estão instaladas as maiores empresas distribuidoras atacadis-tas do Brasil).
Mesmo estando ainda na fase das intenções, os impactos do projeto começam a ser sentidos, principalmente pela movimentação das empresas logísticas e transpor-tadoras. “Grandes empresas que
não operavam em nossa cidade já se interessam e outras, que já ope-ravam, estão ampliando suas insta-lações e também há uma afluência bastante significativa de empre-sas, tanto ligadas ao setor logístico como outras, solicitando informa-ções sobre Uberlândia”, confirma o secretário Dílson Dalpiaz.
Com a instalação do entre-posto, Uberlândia passará a rece-ber remessas de produtos indus-trializados da Zona Franca, para depósito em um armazém geral, destinados à comercialização em qualquer ponto do território nacio-nal, ou até mesmo para exporta-ção. “Seremos responsáveis por toda a logística de distribuição des-tes produtos, contribuindo para a geração de empregos, renda, arre-cadação de tributos, além de tornar Uberlândia e região em um centro atrativo para outros projetos indus-triais”, ressalta Rosalina Cardoso Vilela, presidente da Aciub.
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Uberlândiaprepara-se para receber
o entreposto da Zona Franca de Manaus
Exemplo de aplicação prática da expressão popular “a união faz a força”, é a demonstração dada pelos empresários e pela classe polí-tica de Uberlândia, conquistando para o município a futura instalação do entreposto da Zona Franca da Manaus. O protocolo de intenções para a implantação do entreposto foi assinado no dia 30 de julho desse ano, em Uberlândia, pelos Governos do Estado de Minas e do Amazonas, com o apoio da Prefeitura Municipal, Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub) e empresariado amazonense.
Wângela Jacinto
Os produtos chegarão ao entreposto como uma simples remessa e, ao serem faturados em Uberlândia, a indústria não perde-rá o benefício fiscal que tem em Manaus. Para as empresas insta-ladas na Zona Franca, a vantagem de fazer parte de um entrepos-to é o adiamento do pagamen-to de tributos. O recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ao Governo do Amazonas só é feito quando os produtos chegam à base. Por outro lado, o Estado que recebe o entreposto fica com o ICMS sobre o transporte da mer-cadoria, além, é claro, dos empre-gos gerados pela instalação de empresas de logística na região.
A redução do tempo de che-gada do produto da zona franca ao seu destino é outra vantagem, o que levaria até 20 dias para algumas regiões do Brasil, com o entreposto pode levar algumas horas. [Veja, no quadro da pág. 50, outros benefícios que o entreposto
da Zona Franca de Manaus, a ser instalado em Uberlândia, trará para os Estados de Minas Gerais e do Amazonas].
De acordo com a empresária Rosalina Vilela, esse pólo logístico representará um grande salto para a economia do município, mudan-do o panorama econômico de toda a região do Triângulo Mineiro. “Estamos aptos e preparados para desempenhar o programa de dis-tribuição e cumprir a missão a nós confiada pelas indústrias de Manaus. Esta sempre foi, e conti-nuará sendo, a luta da Associação Comercial, que é unir para crescer sempre”, afirma Rosalina.
Criação do Núcleo Integrado de Logística
Para otimizar essa preparação, a Aciub criou o Núcleo Integrado de Logística de Uberlândia (NIL), com o objetivo de equalizar e balizar os interesses públicos e privados, e sociedade organizada para poder atender as expectativas da Zona Franca de Manaus. O superinten-dente do NIL e idealizador do pro-jeto, Wilder Ferreira Cunha, aponta alguns pilares que sustentam o projeto e que merecem atenção e ações permanentes.
O primeiro, segundo ele, é a
educação voltada para a forma-ção de mão-de-obra futura para alicerçar o desenvolvimento. Nessa direção, a Universidade Federal de Uberlândia, que faz parte do núcleo, já se movimenta no sentido criar e oferecer cursos voltados para o setor de logística e ges-tão empresarial, segundo informa Wilder Ferreira. O Sebrae também já soma esforços nesse sentido. Um curso de capacitação para 34 pequenos e micro empresários do setor de transporte já está em desenvolvimento pelo órgão, visan-do prepará-los para atender às demandas (esse segmento rece-be hoje, no País, cerca de 60% do volume total de cargas para transporte).
Outro fundamento do projeto, apontado pelo superintendente do NIL, é o Poder Público criando condições de infra-estrutura, o que já vem ocorrendo. Várias obras estão em andamento, a exem-plo do anel viário no entorno de Uberlândia em fase de comple-mentação e a duplicação de rodo-vias que passam pela cidade. A Infraero, também já sinalizou pára a Prefeitura de Uberlândia, a rea-lização de estudos de viabilidade técnica para a instalação de um aeroporto de cargas na cidade, com aduana. Isso se confirmando, o município passaria a contar com dois sistemas alfandegários (o ins-talado no município é da Estação Aduaneira do Interior (Eadi), que é
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Rosalina Vilela
O Governador do Amazonas, Eduardo Braga assina o protocolo, observado pelo Governador Aécio Neves e
pelo Prefeito de Uberlândia Odelmo Leão Carneiro
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operado pela Companhia Vale do Rio Doce).
“Pelo segmento empresarial é a geração de negócios em cadeia, compreendendo desde o setor logístico, como também o ramo de hotelaria, imobiliário e outros, de forma organizada para trazer o desenvolvimento sustentável”, explica Wilder sobre o último pilar de sustentação do projeto.
A crise internacionalPara os representantes do
Poder Público e do empresariado local a crise financeira internacional é mais um desafio na implanta-ção do projeto, mas também pode ser vista como uma oportunidade. “Nesse momento de crise, a Aciub tem mais uma missão: de traba-lhar bastante e estar próxima aos empresários de Manaus. Temos que nos organizar para fazermos com que essa crise transforme-se em oportunidade, para não retro-agir no projeto”, acredita o diretor
da Aciub e superintendente do NIL, Wilder Ferreira Cunha.
Apesar de avaliar que esse período de turbulência financeira internacional já traz e trará efei-tos em todas as atividades eco-nômicas no mundo, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Uberlândia, Dílson Dalpiaz, afirma otimista: “Crise é também oportunidade. Como esse é um projeto que reduz custos e aumenta a competitividade, nós entendemos que nesse momento vai propiciar oportunidades”.•
Vantagens do Entreposto Para Minas Gerais•Os investimentos na instala-
ção do entreposto e no pólo de distribuição, como um todo, podem superar a casa de bilhões de reais, gerando milhares de empregos diretos e centenas de indiretos.
•Oentrepostoteráefeitomulti-plicado, pela atração de outras empresas de logística e cen-tros de distribuição de mer-cadorias. Calcula-se que pelo menos 50 empresas poderão se instalar na área da platafor-ma logística e nas imediações, complementando o complexo do entreposto e aproveitando a logística favorável para distri-buição de produtos.
•Atração de outras empresasno segmento de serviços,
como restaurantes, seguran-ça, limpeza, conservação e hotéis.
•Aumento progressivo dovolume de cargas recebidas, armazenadas e distribuída por meio dos diversos modais de transporte (aéreo, rodoviário e ferroviário), aumentando, con-seqüentemente, a geração de postos de trabalho com refle-xos em toda a economia do Estado.
•Viabilizaçãodeumaplataformalogística em Uberlândia com infra-estrutura
•IntegraçãocomoPortoSeco(Eadi), aumentando as expor-tações de produtos.
•Aumentodovolumedecargasa ser transportado pelo modal
ferroviário. Para o Amazonas•Formação de estoque estra-
tégico, possibilitando maior controle sobre agendamentos e programações, conseqüen-temente, reduzindo o prazo de entrega. - Maior facilidade na administração das devolu-ções e recusas, aumentando a flexibilidade comercial com redução de custos.
•Melhor gerenciamento deavarias (danos em mercado-rias).
•Exportação facilitada pelaproximidade do Porto Seco e ligações ferroviárias com a chegada da futura Ferrovia Norte-Sul (Porto de Itaqui, no Maranhão) e Ferrovia Centro-Atlântica (portos de Tubarão e
de Vitória, no Espírito Santo)•Postergação do recolhimen-
to de tributos (ICMS, FTI e EMPES por até 180 dias) e PIS/Confins até a venda ao cliente final a partir do entre-posto.
•PreservaçãodeincentivosdoICMS. A venda a partir do Entreposto de Anápolis será comparada à venda direta de Manaus, mesmo para quan-tidades fracionadas (ICMS gerado continua favorável ao Estado do Amazonas).
•Agilidade burocrática (postofiscal da Sefaz do Amazonas no próprio entreposto).
•Emissão de nota fiscal porequipamento remoto instalado diretamente no entreposto.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Aciub
Zona Franca de ManausCriada em 1957, como área de livre comércio para desenvolver a Amazônia Ocidental, a Zona Franca
de Manaus rapidamente se tornou um pólo de intensa atividade comercial e industrial, garantindo incentivos
fiscais nos âmbitos federal, estadual e municipal.
O Pólo Industrial de Manaus abriga, atualmente, cerca de 500 empresas, que, juntas faturaram
US$ 25,6 bilhões em 2007, um recorde da Zona Franca. O valor foi 12,3% maior que o registrado em
2006.
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Wilder Cunha,Superintendente do NIL
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O livro do escritor Stephen R. Covey, “Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”, resultado de uma aprofundada pesquisa do autor, foi a base de uma das palestras de sucesso do SUPERE 2008. Quem acompan-hou a atividade e ficou interessado em se aprofundar mais pode recorrer ao best seller, que já vendeu mais de 15 milhões de cópias desde a primeira edição (em 1989).
Os sete hábitos que, de acordo com Covey , melhoram o desempenho profissional e ainda ajudam a con-quistar satisfação pessoal são: ser pró-ativo (fazendo além do que esperam de você); ter metas e as perseguir; estabelecer prioridades; pensar ganha-ganha (todos ganhando); aprender a ouvir e compreender; criar sinergias (sendo agregador); e buscar equilíbrio e renovação sempre.
Blogs Corporativos - Modismo ou TendênciaAutora: Carolina Frazon TerraDifusao Editora -1ª Edição – 2008R$ 18,00 (preço-médio)
Será que o empresariado brasileiro sabe bem o que é um Blog (espécie de diário eletrônico, em que os inter-locutores podem trocar idéias e afins)? Como funciona essa ferramenta e de que forma ela pode ser utilizada nas empresas? A resposta mais provável é a de que poucos já se deram conta do poder e da importância de blogs. E mais: o número daqueles que, mesmo tendo se dado conta disso, já os utilizam provavelmente é ainda menor. Essa constatação já seria uma boa razão para que todos lessem “Blogs Corporativos - Modismo ou Tendência”, da jornalis-ta e doutoranda pela USP, Carolina Frazon Terra. O blog ainda é marginal no processo comunicativo. Essa realidade preocupou a profissional de comunicação. Considerando a importância do diálogo para gestores e organizações, Frazon tenta mostrar que os blogs corporativos podem ampliar a interação e a transparência nas organizações.
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A “crítica que acrescenta” é a bola da vez no desenvolvimento de pessoas. Cada vez mais, empresários e gestores inteligentes fazem dela uma ferramenta de crescimento e alinhamento de expectativas.
como instrumento de gestão
O feedback Thaniara Carvalho
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No mundo contemporâneo, o vocábulo trabalho, na maioria dos casos, significa execução de tarefas em equipe. Isso implica seguir normas e procedimentos determinados; compartilhar idéias e opiniões, dando o melhor de si para superar expectativas e atingir os melhores índices de desempe-nho. Indiferentemente da profis-são ou da área de atuação, você trabalha perto de alguém e, certa-mente, está sendo observado (e observando também, é claro!).
Seja chefe ou não, no ambiente corporativo, ninguém fica invisível. E, cedo ou tarde, crí-ticas ou elogios são direcionados a alguém e/ou por alguém. Eles podem vir informalmente, duran-te um almoço ou bate-papo, ou mesmo através da indiscrição de um terceiro. Mas também podem ocorrer em situações formais, como em uma reunião. Na medi-da em que há interação, a sinergia
dispensada passará por proces-sos de adequação. E, com o pro-pósito de ajustar e obter êxito na realização de qualquer atividade, o feedback entra em cena. Ele calça como luvas as mãos dos que buscam o desenvolvimento do profissional.
Em sua idéia básica, no jar-gão corporativo, o feedback é conhecido como o “retorno”. São informações ou críticas a respeito de comportamentos ou tarefas realizadas, apontando qualidades ou deficiências na execução de um dado trabalho; ou indican-do novas formas de execução e sugerindo mudanças. Além de colaborar para que se revejam ati-tudes inadequadas, essa “crítica construtiva” é ferramenta eficaz no reforço de comportamentos positivos, atitudes criativas e ino-vadoras.
Mas, embora reconheçam a importância do retorno, não é
raro que gestores e líderes apre-sentem dificuldades na aplicabi-lidade do feedback. Isso pode ocorrer em razão de visões equi-vocadas, seja pela resistência nos relacionamentos, ou pela cultura da organização e o modo como ela é administrada. A crítica que visa melhorar não pode ser privi-légio de líderes, deve se estender também aos liderados. E é aí que mora o perigo: se feitas sem o devido cuidado, as observações podem ser interpretadas errone-amente, tendo efeito de críticas negativas, que tornam os relacio-namentos mais difíceis. Isso pode privar as organizações dos benefí-cios da troca de feedbacks.
O como é primordialDe acordo com a gestora de
pessoas Liliane Cerqueira, sem-pre que for detectada necessi-dade de se fazer um ajuste na empresa, as pessoas envolvidas
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devem ter um retorno, receber informações/avaliações a respeito da “novidade”. “O objetivo deve ser de sempre melhorar o desem-penho da pessoa, contribuir para seu crescimento e melhorar resul-tados no time”, aponta. Liliane conta que, para que atinja seu principal objetivo, o feedback deve ser mais descritivo do que avaliativo. Isto é, deve descrever
aspectos que tenham sido real-mente observados no comporta-mento da pessoa. “Quem for dar o feedback não deve se ater a julgar o comportamento do outro, mas informá-lo sobre como ele é percebido”, completa ela.
A gestora avalia que, dessa forma, diminuem-se considera-velmente os riscos de a pessoa assumir uma postura defensiva e rígida, que prejudica a função educativa do feedback. Ela res-salta também a responsabilidade que os líderes assumem ao trans-mitir retornos aos seus subordi-nados, sejam eles positivos ou negativos. Segundo Liliane, é pre-ciso saber como verbalizar. “O segredo de um bom feedback é a presença de uma relação de cumplicidade entre líder e lidera-do. Tanto em aspectos técnicos como nos comportamentais, se houver uma relação de confiança entre as partes, o fim sempre é
mais proveitoso”, enfatiza. Antes de se reunirem com seus cola-boradores para dar retornos, os líderes devem se perguntar: O que posso fazer para ajudá-lo a vencer essa dificuldade? Em que momento devo abordá-lo? Estou com dificuldades de elogiar? Por quê?
Em ordem inversaGeralmente o feedback é
dado pela liderança imediata, que assume a iniciativa em primeira mão. Mas nada impede que o retorno venha hierarquicamente invertido. Foi assim com Danielle Vinte de Andrade Veiga Martins, analista de Recursos Humanos de uma empresa do ramo auto-motivo, em Belo Horizonte (MG). A analista conta que, em sua experiência de um retorno nega-tivo, a iniciativa partiu de um fun-cionário coordenado por ela. “Na ocasião, a pes-soa me chamou para uma con-versa e, ali, pon-tuou questões sobre o meu próprio compor-tamento como chefe. Acabou me abrindo os olhos para uma situação que até então eu não havia iden-tificado”, conta. Danielle defende a prática e diz que o alcance da percepção de que algo vai mal é fundamental para a trajetória de qualquer profissional. “Para mim, o feedback desempenha uma função primordial: promover mudanças no indivíduo”.
A forma como se fala e a maneira de se executar procedi-mentos de rotina são continua-mente observados, nos diversos ambientes e funções existentes, e em qualquer local de trabalho. Ainda que indiretamente, e sem que se dê conta, qualquer profis-sional está constantemente sendo testado. Luiz Gonzaga de Oliveira Júnior é jornalista trainee, numa agência de comunicação em Belo Horizonte, e confessa que, a cada dia de trabalho, tem aprendido a importância dos feedbacks.
Em sua atividade de redação intensa, os retornos costumam ser mais constantes, devido aos processos de revisão de textos pelos quais passa diariamen-te. Isso sem falar na questão comportamental, no tratamento que dedica aos clientes, já que a agência é uma prestadora de ser-viços em Comunicação Integrada.
Consciente de que está sob cotidiana ava-liação, Luiz vê com bons olhos o retor-no sobre seu trabalho. “Nós, jornalistas, que trabalhamos muitas vezes em ritmo fre-nético, pre-cisamos ter consc iênc ia de que os erros existem e devem ser
corrigidos. Ainda estou em fase de aprendizagem, e os feedba-cks, sejam positivos ou negativos, são sempre muito bem vindos”, avalia. Luiz, que era estagiário, foi recentemente promovido a trai-
“Além de colaborar para que se
revejam atitudes inadequadas, a
“crítica construtiva” é ferramenta eficaz
no reforço de comportamentos positivos, atitudes
criativas e inovadoras”
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nee, o queconsiderou como um feedback positivo, e uma prova de que os desafios de superação estão sendo encarados e vencidos por ele.
Liliane Cerqueira alerta, porém, que se não for aplicado de forma correta, o feedback pode dar mais dor de cabeça do que gerar bene-fícios. “É importante o preparo do ambiente, bem como um diagnós-tico, buscando identificar possíveis barreiras para os retornos a serem dados. Características negativas do grupo, como por exemplo,
uma insatisfação coletiva, ou tam-bém as positivas, como relacio-namentos saudáveis e busca por melhorias contínuas, devem ser destacadas e trabalhadas a partir daí”, conclui.
Bernadete Campos Amado é funcionária pública há 22 anos e coordena uma equipe de 10 pessoas em um órgão do gover-no do estado de Minas Gerais. Ela observa que administrar as diferenças não é tarefa fácil, mas garante que busca partir do exer-cício da confiança e da gestão participativa, a fim de desenvolver o grupo e otimizar os resulta-dos. Pelo menos uma vez por mês, ela reúne sua equipe para um feedback coletivo. “Duas ou mais cabeças sempre pensam melhor do que uma. Nas reuniões todos sempre saem ganhando”,
pondera. Para ela, quando colo-cada na dose certa e com educa-ção e respeito, a crítica se torna um importante instrumento de gestão. “Quando bem conduzi-da, promovendo o aprimoramento
do indivíduo, sem exageros ou ofensas, a crítica soma e dá bons frutos”, garante.
“O funcionário não precisa ficar esperando que seu líder o
“Ainda que indiretamente, e sem que se dê conta, qualquer profissional está constantemente sendo testado”
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Dicas para dar e receber feedbacks
O Feedback deve ser
Direto;•Específico; •Descritivo sempre; em •detrimento do avaliativo;Oportuno;•Claro;•Educado.•
Diga o que a pessoa fez de certo;•Sugira o que pode ser melhorado;•Finalize avaliando positivamente.•
Dar
Escute atentamente;•Mostre-se receptivo;•Pergunte para esclarecer dúvidas;•Faça uma auto-avaliação;•Peça opinião a outras pessoas; •Agradeça.•
Receber
Não discuta;•Não se oponha;•Não se justifique.•
Evitar
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chame em uma sala, feche a porta e comece a tecer comen-tários a seu respeito. Cada um pode e deve buscar retornos sobre seu trabalho”, ressalta a gestora. Ela observa que o pri-
meiro a desejar o crescimento deve ser o próprio indivíduo, mas adverte que ele precisa estar pre-parado para ouvir a percepção do outro (com atenção) e, a par-tir daí, se vir que é necessário,
deve desenvolver mudanças em seu comportamento e/ou ações. Segundo a gestora Liliane, ignorar o feedback é, no mínimo, sintoma de comportamento acomodado e egocêntrico”. •
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Biocombustível
O Brasil é o maior produtor mundial de etanol, substância que, como combustível automotor, representa, hoje, a mais cotada alternativa à gasolina. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelam que a projeção para a produção de álcool, da safra 2008/09, é superior a 27 bilhões de litros. Pesquisas realizadas para a ONG Repórter Brasil mostram que a produção do biodiesel para 2008 é de 1,2 bilhões de litros.
Generosa Gonçalves
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Energia renovávelO biocombustível, fonte de
energia renovável de origem orgâ-nica, é produzido por meio da mistura de uma ou mais plantas, como a cana-de-açucar, a mamo-na, a soja, a semente de girassol, o milho, entre outras. Há varia-ções na produção desses eco-combustíveis. Os mais conhecidos e utilizados no País são o etanol e o biodiesel.
No Brasil, o etanol é produzi-do, sobretudo, a partir da cana de açucar e costuma ser misturado à gasolina, a fim de reduzir a emissão de poluentes, além de ser o com-bustível dominante nos veículos flex e/ou à alcool. Já o biodiesel é uma alternativa (ou aditivo) para o óleo diesel tradicional. Ele é atóxico e pode ser feito de óleos vegetais ou de gordura animal, por meio da reciclagem e da agricultura.
Nesse sentido, a abudância de sementes oleaginosas existentes no Brasil é promissora. O presiden-te da Petrobrás Biocombustíveis, Alan Kardec, sabe disso. Razão pela qual a empresa que ele comanda vem investindo em pes-quisas de produção de biodiesel, com uso intensivo dessas semen-tes da flora nacional. Ao ser ques-tionado sobre impacto ambiental, Kardec ressalta que os protutos desenvolvidos pela companhia são provenientes de diversas espécies de plantas que, no processo de
fotossíntese, absorvem o carbo-no emitido na atmosfera. “Por se tratar de uma energia renovável, seguramente são parte importante da solução do problema do aque-cimento global”, atesta ele.
A avaliação positiva em rela-ção ao meio ambiente é com-partilhada, mas com ressalvas, por Marcel Gomes, coordenador do Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis da ONG
Repórter Brasil. Marcel tem receio de que essas vantagens se per-cam, devido à possibilidade de der-rubada de áreas de floresta, a fim de dar espaço para plantações de grãos destinados aos biocombus-tíveis. “No Brasil, infelizmente, isso ainda é muito comum”, lamenta. Ele alerta que, no nosso País, ainda há quem amplie a produção de cana para o etanol e de soja para o biodiesel à custa do avan-ço de plantações sobre matas
Alan Kardec,presidente da
Petrobrás
Diante de dados como esses, vêm algumas inevitá-veis interrogações: como aliar essa realidade a cresci-mento econômico, qualidade de vida do trabalhador e cuidados com o meio-ambiente? Vamos tentar elucidar esses e outros questionamentos, além buscar compre-ender melhor o crescente, e ainda pouco conhecido, universo de possibilidades dos biocombustíveis.
“A monocultura da cana e a derrubada de áreas de floresta são riscos apontados na produção de biocombustíveis”
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nativas. “A economia pode até crescer muito, mas sem nenhuma sustentabilidade e, conseqüente-mente, sem melhoria na qualidade de vida dos brasileiros”, enfatiza.
O presidente da Petrobrás Biocombustíveis é mais otimista.
Além da visão positiva em relação à questão ambiental Kardec vê outros benefícios. Segundo ele, a produção de biocombustíveis tam-bém permitirá maior autonomia no suprimento de óleo diesel e menos dependência ao mercado externo. Com isso, diz Kardec, o País con-segue reduzir o volume de impor-tações, fator que contribui para a melhoria do resultado da balança comercial brasileira.
Mais prós e contras
No momento, há grande demanda mundial. Por isso, a pro-dução de energias provenientes de fontes biológicas renova também oportunidades empresariais. Além disso, ressalta Alan Kardec, esse novo filão amplia a inclusão social – devido à geração de emprego e renda no campo – e, como já se disse antes, pode trazer benefícios ao meio ambiente.
Para Marcel Gomes, apostar nesse segmento pode mesmo tra-zer crescimento nas exportações, além de ampliar recursos nas cida-des onde as usinas estão localiza-
das. Isso abriria as portas do mer-cado para os sojicultores. Por outro lado, entretanto, Marcel destaca situações que podem comprome-ter o lado bom da produção de biocombustíveis: superexploração de trabalhadores mais humildes; queimadas (que poluem o ar e deterioram a terra); monocultura da cana (que enfraquece o solo e atenta contra a biodiversi-dade).
Justificando suas preo-cupações, Marcel relembra distorções no programa de biodiesel do governo fede-ral, que nasceu há cinco anos como uma forma de, entre outros benefícios à comunidade brasileira, fortalecer a agricultura familiar. Ele destaca que não foi isso o que aconte-ceu: “Hoje, a cadeia de produção é dominada por megaprodutores de soja. É dessa produção que vêm 80% do biodiesel produzido no País. A meta era agregar ao programa 200 mil famílias, mas, até hoje, apenas 37 mil participam dele”, conclui.
O professor e pesquisador
de biocombustíveis Inácio Loiola Campos, do Departamento de Engenharia Nuclear da UFMG, acredita que esses produtos con-tribuem também para a melhoria da logística de transporte. E, assim como Kardec, ele destaca o desen-volvimento sustentável como um dos pontos positivos. Loiola elenca ainda como ganhos: a redução da
dependência ao petrodiesel e a possibilidade de controle do preço de commoditys, com a utilização do excedente da produção (soja - regulação do mercado – oferta/demanda). Ao abordar falhas na produção, o professor chama a atenção para a falta de controle de qualidade no processo produtivo e a monocultura, advertindo que essa plantação em grandes áreas é mais vulnerável às pragas.•
“O Brasil tem sol, água, agricultura desenvolvida, tecnologia para produção, logística e mercado estabelecido”
“O uso não compulsório de energia proveniente de fonte
renovável gera créditos de carbono, que podem ser
comercializados em bolsas de valores”
Inácio Loiola Campos, professor - UFMG
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“O Brasil tem sol, água, agricultura desenvolvida, tecnologia para produção, logística e mercado estabelecido”
O Brasil nesse cenário
Nichos de mercado
Na produção de biocombustíveis, o Brasil apresenta condições que poucas nações no mundo têm. O País possui 350 milhões de hectares de terras agriculturáveis. Dessas, apenas 1,7% são utilizadas para a atual fabicação de biodie-sel e etanol. “O país tem sol, água, agricultura desenvolvida, tecnologia para produção, logística e mercado estabeleci-do (devido à obrigatoriedade de adição obrigatória de biodiesel no óleo diesel), além de vocação natural para o plantio de oleaginosas próprias para a produção”, acrescenta o presidente da Petrobras Biocombustíveis.
Em relação a questões de ordem técnica, o professor Inácio Loiola diz que para atender às especificações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) é necessário que o País invista no processo pro-dutivo. “Os laboratórios para a certificação do biodiesel devem ser montados e disponibilizados em maior número”. Ele ressalta ainda que a disponibilidade de óleo vegetal para a produção de biodiesel está abaixo da capacidade. Quanto ao etanol, o Brasil desponta na produção.
•Comercializaçãodepolietilenoobtidoapartirdoetanoldacana-de-açúcar;•Instalaçãodepólosgliceroquímicosparaaproduçãodeacrilatos,tendocomomatériaprimaaglice-rinaproduzidanareaçãodetransesterificaçãoparaproduçãodobiodiesel;
•Implementaçãodelogísticadetransporteparaproduçãoeescoamentoatécentrosconsumidores;•Usoda“torta”provenientedoprocessodeprensagemparafabricaçãodeóleo,como insumonaproduçãodealimentosouração;
•Ousonãocompulsóriodeenergiaprovenientedefonterenovável,bemcomooscultivosperenes,geracréditosdecarbono,quepodemsercomercializadosembolsasdevalores;
Fonte:InácioLoiola(UFMG)
O etanol, também conhecido simplesmente como álcool, contribui para a aceleração das vendas num segmento específico do mercado automobilístico. É que, com o advento dos motores flex - surgidos recentemente no Brasil (2003) -, o número de pessoas que procuram por esse modelo de carro chega perto dos 80%. Segundo o diretor da concessionária Forlan (antiga Jorlan), em Belo Horizonte, Leonardo Mello, em agosto de 2008, mais de 77% dos veículos produzidos no Brasil tinham motor flex. E mais: automóveis flex já representam 23% de toda frota nacional.
SUPERE: Como é hoje, no Brasil, a deman-da por carros flex?
Leonardo Mello: Nos carros populares, é quase que uma obrigação, já que o apelo é a economia. Nos carros de categoria superior, como os sedans médios e grandes, por exemplo, os Sport Utility Vehicle (SUV’s) que são os jipes maiores, não chegam a ser uma necessidade. O cliente não deixa de comprar um carro de luxo por não ser flex.
SUPERE: E m relação à economia, o que se pode esperar de um motor flex?
L.M: A grande vantagem é poder optar pelo combustível mais em conta. Como o carro com álcool consome 30% a mais, deve-se fazer a conta, de acordo com o preço dos dois combustíveis.
SUPERE: Os carros flex são mais propen-sos a problemas? Deve-se ter algum cuidado especial?
L.M: Não existe nenhum problema. Os carros são projetados para a utilização dos dois combus-tíveis e não existe nenhum cuidado especial. Basta seguir as recomendações do manual do fabricante quanto ao plano de manutenção.
Aceleração na venda de modelos flex
Leonardo Mello, Forlan Ford
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Com o Sebrae, sua história também pode virar sucesso.0800 570 0800 - www.sebraemg.com.br
A produção da fábrica de calçados de Rodinei da Silva e Érika Souza, em Guaxupé/MG, era de 150 pares por mês. Hoje, a fábrica produz 400 pares por dia.
Com foco em gestão de qualidade, a empresa de software do engenheiro Ian Campos Martins conquistou a certificação ISO 9001:2000, e está crescendo 25% ao ano.
A rede de padarias dos irmãos Ricardo Alencar e Carlos Alberto Dias Alencar começou com um faturamento mensal de 30 mil. Hoje, a rede fatura 1 milhão por mês.
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BuenosAiresMi
Querida
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Cul
tura
Logo ali, ao lado, a cerca de três horas de vôo, os brasileiros podem saborear uma cidade que mescla o charme da Europa com o gingado latino:hermanos, bienvenidos à Paris do Cone Sul!
Texto e fotos:Luciana Sampaio
BuenosAiresMi
Querida
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Quem ganha uma caixa de Alfajores, de algum amigo que está retornando de Buenos Aires nem imagina que o sabor desse doce, assim como as inúmeras versões de Adiós Nonino, tango de Astor Piazzola considerado o segundo hino oficial do país, não fazem muito sentido longe da sua terra natal. Na verdade, são apenas indí-cios do muito que a capital argen-tina tem a oferecer às pessoas de todo o mundo que a visitam, seja para fazer negócios, participar de eventos ou mesmo para viagens de férias.
O clima europeu, a arquitetura magnífica e imponente, as aveni-
das amplas e seus monumentos maravilhosos, bem como as inú-meras áreas verdes, são algumas das atrações que o turista vai per-ceber logo na primeira impressão, naquela primeira saída para reco-nhecimento de área.
Buenos Aires tem opções de hospedagem para todos os bolsos e gostos, dos hotéis de luxo – Four Seasons, Emperador e Sheraton - até a rede mundial de albergues da juventude (hostels) que têm atraído não apenas os mochileiros tradi-cionais, mas também jovens pro-fissionais e executivos que prefe-rem substituir o famoso “serviço de quarto” pela oportunidade de fazer
networking e sair da rotina, mesmo que seja por um ou dois dias antes do retorno às atividades.
O consultor Frank Fraga, 37 anos, morador de Goiânia, foi a Buenos Aires para fazer um tra-balho, mas não resistiu à idéia de conhecer a cidade. Bem-humorado, ele soube desfrutar os roteiros variados e aproveitou tam-bém o bar do hostel, onde se reú-nem os grupos de brasileiros que estão chegando da rua, e aqueles que se preparam para a programa-ção da noite. Inicialmente, Frank ficaria apenas dois dias, mas já havia renovado sua estadia por três vezes.
José Júnior, 23 anos, pernam-bucano, deixou a confecção da família por um mês para conhecer Buenos Aires e região. Mesmo sozinho, ele não teve dificuldades em conhecer gente nova e se divertir muito. A advogada pau-lista Ana Paula Nigro, 32 anos,
foi acompanhada pelo namorado Diogo e pela cunhada, Izabela. “É a minha primeira vez em um hostel. A experiência é diferente porque não sei muito bem como dividir o meu espaço, mas a cidade é muito bonita e compensa tudo isso”, destacou ela.
O farmacêutico paulista Pedro Seckler Yoshikawa, 25 anos,
foi a Buenos Aires para partici-par de um congresso da área de Farmacovigilância. Terminado o trabalho, ele abandonou o terno e a gravata para andar e conhecer a cidade. Os irmãos cariocas Bruno, 23, Júlia, 20, e Felipe, 17 saíram pela primeira vez de férias sem os pais.
RoteiroComeçando pela Praça de
Maio, onde fica a Casa Rosada e os principais monumentos histó-ricos da capital, ou pelo Obelisco que marca a união das avenidas 9 de Julho e Corrientes, é possível chegar a qualquer ponto da cida-de. Sapatos confortáveis nos pés, telefone celular desligado, máquina fotográfica em perfeitas condições de uso são companheiros indis-pensáveis para qualquer passeio. A passagem de metrô custa 0,90 pesos, as corridas de táxi também têm preços interessantes, mas o convite à caminhada é quase irre-sistível, já que, além de bela, a cidade é totalmente plana.
Para a refeição matinal e tam-bém nas pausas, vale visitar os Cafés. O Havana e o Martinez, que têm filiais espalhadas por toda cida-de são espaços com menos turis-tas, quem freqüenta mais esses espaços é a população - que se permite parar 15 minutos a cada tarde para um café ou chá.
Na hora do almoço, há dois
tipos de cardápios básicos. O pri-meiro é o Bife de Chorizo com batatas, ou alguma especialidade de massa. Os preços variam de acordo com o bolso do turista. O melhor é que, diferentemente do Brasil, os menus podem ser con-sultados antes de a pessoa entrar
no restaurante. No Los Immortales, fundado há 60 anos, há três opções de pratos executivos para o almoço. No Suipacha, o menu inclui também carne de cordeiro, uma especialidade da região.
Para quem quer algo mais chique, o Puerto Madero também oferece opções como o Carletto Ristorante, Sorriento e o Cabana
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“Buenos Aires tem opções de hospedagem para todosos gostose bolsos”
Obelisco
Praça de Maio
Convite à caminhada Charme nos detalhes
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des Lilas. Uma variação pode ser o japonês Itamae Sushi, em Palermo e também na Recoleta.
Para a noite, há diversas opções de shows de tango. Esquina de Gardel e Sr. Tango são algumas delas, com direito a orquestras e dançarinos de primei-ra linha. O Café Tortoni, fundado no final do século XIX e considerado um dos 500 lugares mais amados de Buenos Aires, também oferece esse tipo de programação, em um ambiente tradicional. Para atender aos turistas brasileiros, há o gar-çom paranaense Sérgio, que foi a Buenos Aires para ficar 15 dias e já completou 25 anos morando na cidade.
A região dos bares fica no charmoso Palermo. “Acabar” ofe-rece aos visitantes jogos de todos os estilos e espaço para muita conversa. O Jackie O., na mesma região, tem restaurante, mesas de bilhar e música. As casas notur-nas também “fervem”. A Roxy tem música eletrônica, mas há outras casas onde se tocam os ritmos da terra como salsa e reggaeton. Engana-se quem pensa que esses locais são apenas para turistas. O
povo da terra é bastante animado.Em La Recoleta, fica o cemité-
rio mais famoso de Buenos Aires, bastante visitado. Além do túmulo de Evita Perón, o local abriga outras personalidades públicas e intelectuais da cidade. Praças ver-
des, pubs e o Hard Rock Café são algumas opções de lazer para quem se dispõe a caminhar.
San Telmo, principalmente aos domingos, quando aconte-ce a famosa feira de artesana-to, também vale uma visita com tempo livre. Nada corrido, para ver as construções do antigo bairro. Completando o circuito básico, inclusive para quem não gosta, entende ou ama futebol, ir a Buenos Aires e não conhecer La Boca é simplesmente não ter pas-sado pela cidade. Há quem diga que a Caminito, como é conhe-cida a área de casas coloridas, e que mereceu inclusive um famoso tango, é um país à parte, movido à paixão pelo futebol do Club Atlético Boca Juniors e de seu principal ícone, Diego Armando Maradona. Antes de voltar para o hotel, uma parada no bar La Perla, com seus móveis originais do final do Século XIX, completa o passeio.
Para quem acredita que via-gem é sinônimo de compras, há a tradicional Flórida, no Centro da
cidade, com lojas variadíssimas, e shoppings onde se encontra desde Armani até produtos populares. Na Rua Bolívar, há uma fila de lojas de marcas famosas que praticam pre-ços mais competitivos. Para todos esses casos, pergunte se há Tax Free, o que significa ter de volta uma parcela do dinheiro, aquela destinada aos impostos. No mais, Buenos Aires está logo ali, à sua espera. •
“Buenos Airesestá logo ali, a sua espera!”
Cenários sedutores por toda a parte
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Som
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Sup
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Logo abaixo, fica a categoria VDQS (Vin Delimité
de Qualité Supérieur). Tal categoria abrange
vinhos de menor status, porém é definida e
controlada, cobrindo pouco mais 1% dos vinhos
do país. É uma categoria que está diminuindo,
com muitos dos vinhos nela classificados sendo
elevados para AOC.
Em seguida, há a categoria Vin de Pays, que sur-
giu da necessidade de se controlar a superpro-
dução de vinhos, especialmente os provenientes
do Sul da França. São considerados vinhos de
mesa superiores e elaborados com uvas prove-
nientes de uma região específica, que têm sua
procedência determinada. A regulamentação
não é tão rigorosa como uma AOC ou um
VDQS. Permite aos vitivinicultores experimentos
com diferentes variedades de uvas e métodos
de produção, prática não permitida para uma
Appellation Controlée.
Por último, o vinho de mesa (Vin de Table): a
quarta e maior categoria. Cerca de 60% da pro-
dução estão nessa categoria, que é a “menos”
importante. A maioria desses vinhos de mesa é
proveniente do Midi, de Provence e da Córsega.
São os vinhos do dia-a-dia, com pouca indi-
cação de procedência. Podem, inclusive, não
indicar a safra. Muitos deles são vendidos sob
uma marca registrada, podendo até ter vindo
de outro país da Comunidade Européia e fazer
um “corte” com vinho francês, apenas para
engarrafar.
Mas o melhor vinho é aquele que você gosta.
Então, Saúde!•
Todos os produtos precisam de uma identificação, a fim de se saber a qual
categoria pertencem: os vinhos não são diferentes, principalmente os france-
ses. Cada país possui legislação específica e parte dela é transmitida para o
consumidor, através do rótulo, que é uma valiosa fonte de informações sobre
o conteúdo das garrafas. Não podemos julgar um vinho pelo rótulo, mas sim
pelas informações que ele contém. Precisamos saber o significado exato dos
termos utilizados nos rótulos. As primeiras dicas sobre um vinho estão na
classificação encontrada no rótulo: região, uva permitida, grau alcoólico etc...
Entre as duas Grandes Guerras, a França criou a primeira categoria: a
Appelation d’Origine Controlée (AOC), nascida da necessidade de se com-
bater fraudes de alguns vinicultores. Outro aspecto que também influenciou
a criação das apelações foi a campanha pela erradicação de videiras híbridas
(provenientes do cruzamento de vitis viníferas com videiras americanas) resis-
tentes à filoxera (purgão que ataca as vitis viniveras pela raiz). Para ter direito
a ostentar o nome da apelação, a produção do vinho deve observar critérios
específicos para a AOC. As leis francesas sobre os vinhos asseguram a
importância da origem das uvas, rendimento máximo por hectare, grau míni-
mo e máximo de álcool, sistema de vinificação, sistema de poda e plantio dos
vinhedos, e exigências de afinamento na barrica e envelhecimento na garrafa.
Passam, ainda, por análises químicas e testes de degustação.
Na França, os vinhos de origem controlada não incluem, no rótulo, a variedade
da uva, exceto na Alsácia. Além da origem das uvas, os vinicultores estão
conscientes de que algumas vinícolas produzem vinho melhor do que outras.
Isso se deve, também, ao solo, cuja composição pode diferir de um lado de
um rio para o outro; ou de uma colina para outra; da altitude; da forma de
plantio e do microclima. Com a cooperação de produtores e negociantes de
cada região, as apelações foram estabelecidas e aperfeiçoadas, refletindo,
dessa forma, as tradições locais. Em Bordeaux, uma AOC cobre totalmen-
te uma comuna ou, como no caso de Margaux, cinco comunas inteiras.
Vinhedos específicos não são considerados. Na Borgonha, o vinhedo é o
fator determinante, sendo caracterizado pela grande quantidade e pequena
extensão. O nome da região, comuna, ou vila deve vir acompanhado da men-
ção “Appelation Controlée”, por exemplo: Appelation Bordeaux Controlée, ou
Appelation Saint-Émillion Controlée.
Vinhos
* Professor da ABS-Minas e Sommelier da PIzzarIaOLeGárIO: Av. Olegário Maciel, 1748 Lourdes-BH-MG-Tel.:[email protected]
A classificação dos vinhos
francesesPor Arilton Soares*
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enviesuassugestõesparaestacoluna.end.:av.PrudentedeMorais,44-3ºandarCidadeJardim-CeP30380-000-BH-MGouparaoe-mail:[email protected]
Indicaommelier upereS
Quintadoribeirinho–2005
Tipo: tintoPaís: PortugalRegião: Beiras Produtor: Luis PatoCastas: BagaGraduação Alcoólica: 13º GL
Sassoalloro-2004
Tipo: TintoPaís: ItáliaRegião: ToscanaProdutor: Jacopo Biondi SantiCastas: Sangiovese GrossoGraduação Alcoólica: 13º GL
CaveGeisseBrut–1998
Tipo: Espumante BrancoPaís: BrasilRegião: Bento GonçalvesProdutor: Cave de AmadeuCastas: Chardonnay e Pinot NoirGraduação Alcoólica: 12,5º GL
Indica
Inédito–2003
Tipo: TintoPaís: ChileRegião: Vale do Cachapoal Produtor: CalyptraCastas: 85% Cabernet Sauvignon e 15% Merlot Graduação Alcoólica: 13,5º GL
Crimson-2006
Tipo: TintoPaís: Nova ZelândiaRegião: MartinboroughProdutor: Ata Rangi Castas: Pinot Noir Graduação Alcoólica: 13,5º GL
Som
mel
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Sup
ere
O INDI - Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas
Gerais -, desde a sua criação, é uma eficiente porta de entrada
para investidores nacionais e internacionais, bem como para a
promoção do crescimento econômico e social no Estado.
Nestas quatro décadas, negociou a vinda para Minas de grandes
empresas e empreendedores, que trouxeram emprego e ren-
da, gerando bem-estar social e aumento na qualidade de vida
de todos os mineiros. E isso é só o começo: com o crescimento
acelerado de Minas e o trabalho do INDI, muito mais está por
vir. Porque, para nós, contribuir para o Estado ser ainda
melhor é mais do que um desejo. É uma vocação.
www.indi.mg.gov.br
A gente continua fazendo
o que sabe melhor:
acelerar o desenvolvimento
do Estado e da sua gente.
I N D I 4 0 A N O SOUSADIA. NOSSA FOR A PARA CONSTRUIR O FUTURO.
I N D I 4 0 A N O SPARCERIA. NOSSA FOR A PARA CONSTRUIR O FUTURO.
Esta é a história do INDI.
40 anos trabalhando para fazer uma Minas
do tamanho dos mineiros: grande.