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4 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

LUGAR ABENÇOADOSANTA CATARINA TEM 11 CIDADES ENTRE AS 50 MELHORES PARA SE VIVER NO BRASIL, DE ACORDO COM A ONU

AUTOPISTA LITORALOS LUCROS AUMENTAM; AS OBRIGAÇÕES SÃO RELEGADAS

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PERTO DO CÉUMAIOR EDIFÍCIO RESIDENCIAL DO BRASIL É INAUGURADO EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ

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Quem disse que em Itajaí não se produz vinho?POIS É NA CIDADE QUE SE ENCONTRA A ÚNICA VINÍCOLA DO LITORAL DE SANTA CATARINA

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Editora BittencourtRua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600

DiretorCarlos Bittencourt [email protected]

Jornalista responsável: Leonardo Thomé – DRT SC 04607 [email protected]

Diagramação:Solange Alves [email protected]

Contato ComercialRosane Piardi - 47 8405.8776 [email protected]

ImpressãoImpressul Indústria GráficaTiragem: 10 mil exemplares

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Para assinar: Valor anual: R$ 240,00Foto de capa: Ronaldo Silva Jr.

A Revista Portuária não seresponsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

ANO 15 EDIÇÃO Nº 162 AGOSTO 2013 EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473

MAIL: [email protected]: [email protected]

Os produtos que você conso-me estão mais caros? O seu dinheiro já não é mais tão

valioso como outrora? O seu poder de compra e consumo diminuiu? Para tais questionamentos, as respostas podem ser diversas. Podem. Mas, provavel-mente, todas elas estejam ligadas a uma definição que não sai do noticiário tupini-quim há anos: o Custo Brasil.

Este é a conjunção de altos impos-tos, problemas na infraestrutura, corrup-ção, burocracia e desaceleração econô-mica. Como se vê o tal Custo Brasil é a junção das principais mazelas do povo brasileiro e, sendo assim, essas moléstias somadas se traduzem em produtos e serviços mais caros para você, que tra-balha de sol a sol.

O Custo Brasil ajuda a elevar o preço de uma série de itens, que vão desde o arroz e feijão de sua mesa até o frete marítimo responsável pela importa-ção e exportação do Brasil. O transporte de mercadorias pelo mar é o modal mais utilizado no país para comércio interna-cional, sendo responsável por 95% de tudo que é destinado a outras nações.

Nesta edição da Revista Por-tuária – Economia & Negócios, você vai entender os motivos do famigerado termo ser o grande vilão na alta dos pre-ços do frete marítimo e da estagnação da economia, o que acaba por encare-

cer quase tudo e ainda traz a tona um fantasma que andava sumido dos lares brasileiros: a inflação.

Não deixe de ler também a en-trevista perfil com o presidente do Porto Itapoá, Patrício Junior, carioca que dedi-cou a vida ao mar, primeiro na Marinha Mercante, depois no disputado mercado de navegação e logística. Você conhece-rá um pouco da vida e do trabalho do principal executivo do terminal localiza-do no Norte do Estado, as curiosidades e o que ele espera do futuro.

Não poderíamos esquecer o fato de que Santa Catarina é um oásis de de-senvolvimento humano no Brasil. Nada menos do que 11 cidades barriga-verde estão entre as 50 melhores para se viver no país, num ranking onde índices como o de expectativa de vida, saúde e educa-ção significam o sucesso dos municípios.

A edição de agosto ainda mostra o quão imponente e alto é o maior edifício residencial do Brasil, localizado em Bal-neário Camboriú, e faz duas contagens regressivas de momentos que levarão o nome de Santa Catarina para o mundo: o início das obras da BMW, em Araquari, e a partida da Família Schurmann, de Ita-jaí, para mais uma expedição náutica ao redor do planeta. Além disso, o leitor vai encontrar notícias da indústria, da agro-pecuária e descobrir que Itajaí também produz vinhos. Boa leitura!

O custo de um país atrasado respinga no seu bolso e na sua mesa

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O último passo para o início do sonho foi dado. Na noite do dia 1° de agosto, cerca de duzentas pes-soas assistiram à apresentação do Relatório de Im-

pacto Ambiental (Rima) feito pela montadora alemã BMW. A audiência pública aconteceu no auditório do IFC (Instituto Federal Catarinense), antigo Colégio Agrícola, em Araqua-ri. “Potenciais ações de sustentabilidade e responsabilidade social são relevantes para a BMW. Queremos desenvolver a região de forma sustentável e ao longo do tempo”, disse a diretora de Relações Institucionais do BMW Group Brasil, Gleide Souza.

A montadora vai instalar a nova fábrica em Araquari, na margem Oeste da rodovia BR-101. A área construída será de 500 mil metros quadrados, incluindo prédios, pátio de estacionamento para os carros produzidos e pista de teste. Gleide disse que Araquari foi escolhida dentre 25 lugares em todo o Brasil, dos quais 12 eram de Santa Catarina. Segundo ela, o fato de Santa Catarina ser o único estado brasileiro com cinco portos pesou bastante na decisão pelo município.

A fábrica vai gerar mais de seis mil empregos - 1,4 mil empregos diretos e cerca de cinco mil indiretos. O investi-mento total pode chegar até R$ 1 bilhão, sendo R$ 600 mi-lhões da empresa alemã e R$ 200 milhões de uma parceria entre o Governo do Estado e o Banco Regional de Desen-volvimento do Extremo Sul (BRDE). Investimento que terá retorno em no máximo oito anos. Uma etapa posterior, que depende dos resultados de mercado, pode elevar em mais

R$ 200 milhões o montante de investimentos aplicado em território catarinense. O primeiro carro fabricado em Santa Catarina deverá ser entregue em no máximo dois anos. So-mados todos os cinco primeiros anos da empresa em terras catarinenses, a previsão de faturamento da montadora atinge R$ 20 bilhões.

Audiência públicaA audiência pública foi conduzida pelo presidente em

exercício da Fatma (Fundação do Meio Ambiente), o dire-tor administrativo-financeiro João Pimenta. O consultor ambiental, gerente de projetos da Environ Brasil Engenharia Ambiental, Adrian Boller, relatou o estudo ambiental, seus impactos e as ações mitigadoras.

Na segunda parte da audiência, aberta aos questio-namentos, o público quis saber mais sobre a geração de empregos e o processo de desenvolvimento da região. De acordo com a diretora de Relações Institucionais do BMW Group Brasil, a montadora vai priorizar a contratação de mão de obra local. “Para nós, seria muito importante concentrar a mão de obra da fábrica com as pessoas de Araquari, mas o processo seletivo é aberto a todo o Brasil”, salientou.

O lançamento da pedra fundamental para o início das obras deve ocorrer em novembro deste ano. A fábrica bra-sileira deverá começar a produzir em setembro de 2014. Inicialmente, a BMW planeja produzir 32 mil veículos por ano. •

Último passo antes das obrasBMW DETALHA ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL PARA

INSTALAÇÃO DA UNIDADE EM ARAQUARI

Série X1 é um dos que pode ser fabricado em AraquariD

ivulgação

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Que Santa Catarina é dos mais belos estados da Fe-deração, todos sabemos. Que as praias catarinenses são das mais desejadas do Brasil, estamos cansados de saber. Agora, que mais de 20% das 50 cidades com melhor qualidade de vida do país são do Estado, isso não era sabido. Pelo menos não até ser divulgado, no apagar das luzes de julho, o Atlas do

Desenvolvimento Humano 2013, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O que ficou do levantamento é que o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) catarinense é dos melhores do Brasil, pois são 11 cidades entre as 50 melhores para se viver no país.

SANTA CATARINA TEM 11 CIDADES ENTRE AS 50 MELHORES PARA SE VIVER NO BRASIL,

DE ACORDO COM A ONU

ABENÇOADOLUGAR

A capital catarinense, Florianópolis, é a terceira colocada no ranking de qualidade de vida dos municípios brasileiros

Divulgação

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Florianópolis é a terceira no IDH-M. Entre as 10 pri-meiras colocadas, também aparecem Balneário Camboriú (5º) e Joaçaba (8º). O primeiro lugar ficou com a cidade de São Caetano do Sul (SP). O ranking leva em conta 180 in-dicadores diferentes, como educação, habitação, saúde, tra-balho, renda e vulnerabilidade, obtidos através dos Censos 1991, 2000 e 2010.

A capital catarinense conquistou 0.847 de nota. Bal-neário teve nota 0,845 de IDH-M, com expectativa de vida de 78,6 anos e renda média de R$ 1.625. A cidade está em-patada com Vitória (ES). Já Joaçaba somou uma pontuação de 0.827. O IDH-M de São Caetanos do Sul, a campeã, é 0,862.

Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen, o Paulinho, aponta que os dados, divulgados no último dia 30 de julho, devem ser ana-lisados historicamente. “O Estado que todo o país vê, hoje, como destaque em qualidade de vida de sua população, é fruto de um passado onde, ao longo de décadas, os gover-nantes catarinenses, na sua média, acertaram na eleição das prioridades, investindo sobretudo na educação como base para o desenvolvimento social e econômico”, avalia.

O político destaca ainda que, ao quantificar o tempo presente do estado e das cidades, a pesquisa aponta para

FLORIANÓPOLIS 0,847 BALNEÁRIO CAMBORIÚ 0,845 JOAÇABA 0,827 JOINVILLE 0,809 SÃO JOSÉ 0,809 BLUMENAU 0,806 RIO FORTUNA 0,806 JARAGUÁ DO SUL 0,803 RIO DO SUL 0,803 SÃO MIGUEL DO OESTE 0,801 CONCÓRDIA 0,800

As catarinenses do ranking

um futuro promissor. Ele lembra que a divulgação do IDH-M vem se somar a outras notícias extraordinárias sobre Santa Catarina, como a do ranking de Desenvolvimento dos Esta-dos, realizado pelo Centro de Liderança Pública, Editora Abril e o Instituto de Inteligência da revista inglesa The Economist. Por dois anos consecutivos – 2011 e 2012 – o Estado apa-rece como líder nacional em sustentabilidade. “E possuímos uma estruturada cadeia produtiva, que hoje atrai investidores e empresas do mundo todo, como a BMW. Hoje, estamos no radar da economia mundial”, expõe Paulinho.

Itajaí é 56ª cidade do Brasil com melhor Índice de Desenvolvimento

Humano Municipal

Nelson Robledo

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As 50 primeiras do ranking

Entretanto, Paulinho ressalta, sempre haverá o que me-lhorar. “Temos que buscar mais e mais qualidade de vida; temos que inovar sempre para oferecer gestão pública à altura dos anseios do povo. As pessoas querem e merecem o melhor”, comemora o secretário.

Itajaí subiu na pontuaçãoItajaí é 56ª cidade do Brasil com melhor Índice de Desen-

volvimento Humano Municipal (IDH-M). Entre 2000 e 2010, o IDH-M de Itajaí passou de 0,688 para 0,795, uma taxa de crescimento de 15,55%. O hiato de desenvolvimento huma-no – distância entre o IDH-M da cidade e o limite máximo do índice, que é um – foi reduzido em 34,29% na década.

Desde o censo de 1991- quando o índice de Itajaí foi de 0,588 – até 2010, o incremento do IDH-M do município foi de 35,20% e o hiato de desenvolvimento humano, reduzido em 50,24%. Dentre os componentes do IDH-M de Itajaí, a educação é a dimensão que mais cresceu em termos absolutos – saltando de 0,407 em 1991 para 0,730 em 2010.

Quinta colocada no ranking, O IDH-M ob-tido por Balneário Camboriú é considerado ‘’muito alto’’ em relação aos outros 5.565 municípios bra-sileiros. De acordo com o Atlas, entre os anos de 2000 e 2010, a taxa de crescimento médio anual foi de 6,28%, sendo que o crescimento médio das de-mais cidades do estado ficou em 1,02% e no país, em 1,01%. A expectativa média de vida no município passou de 70,1 em 1991 para 78,6 anos em 2010, e a renda média do trabalhador de R$ 791,69 para R$ 1.625,59. O índice de pobreza caiu substancial-mente, passando de 9,78% e passou para 0,95%.

A taxa de dependência por idade também se mostrou relevante. Em 2000, a cidade apresentava 43,48% de população dependente por consequência da idade, percentual que em 2010 se apresentou em 34,68%. Já o índice de envelhecimento evoluiu de 4,61% para 5,67%, o que remete para uma maior população com mais de 65 anos, porém mais saudá-vel e ativa, em relação há 10 anos.

Para o prefeito Edson Renato Dias (PMDB), o Piriquito, além de ser uma ótima notícia, o novo IDH-M de Balneário Camboriú aponta para uma ci-dade mais saudável, dinâmica, com melhor renda e educação. ‘’É uma grande redução de diferenças, que nos faz acreditar que nossa cidade se mostra um lugar cada vez melhor para se viver, com respeito aos cida-dãos que por aqui passam, trabalham e vivem. É real-mente uma notícia para se comemorar, mas não para nos deixar acomodados’’, observa o prefeito, indo na mesma toada de Paulinho. •

Balneário Camboriú também édestaque no ranking nacional do desenvolvimento humano

Para o prefeito Piriquito, além de ser uma ótima notícia, o novo IDH-M de Balneário Camboriú

aponta para uma cidade mais saudável, dinâmica, com melhor renda e educação

ABENÇOADOLUGAR

Divulgação

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Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

Para quem depende do transporte e da logística para sobreviver no voraz mercado econômico de hoje, especialmente no Norte de Santa Catarina, por coin-

cidência a região mais industrializada do Estado, não é fácil

conviver com o descaso e desrespeito da Autopista Litoral Sul, concessionária responsável pela administração do trecho norte da BR-101, que margeia o Litoral, atende os portos e o caminho das empresas espalhadas pelos 382 quilômetros ad-

Os lucros aumentam; as obrigações são relegadasAUTOPISTA LITORAL SÓ EXECUTOU 17% DAS OBRAS

PREVISTAS NA BR-101 NORTE, APONTA FIESC

Para o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, é urgente o início do processo de implantação de novas pistas no sentido norte, esse mesmo que passa por Itajaí

Leonardo Thomé

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ministrados pela empresa, que se estendem de Palhoça (SC) a Curitiba (PR). O trecho é uma verdadeira mina de ouro para a indústria catarinense, mas não é rentável porque não há retorno dos responsáveis pela concessão.

Que as obras de melhoria da rodovia não vinham sendo cumpridas qualquer motorista desavisado já teria percebido, afinal, apesar do trânsito complicado, não é difícil perceber que falta o mínimo de segurança, sinalização e respeito com o usuário, justo em algo que está sendo pago pela população dia após dia: os impostos e, sobretudo, os pedágios.

Mas agora, depois de a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) ter contratado o engenheiro Ricardo Saporiti, consultor da entidade, para realizar dois levantamen-tos sobre a situação da BR-101 - nos trechos norte e sul -, ficou claro que os usuários da rodovia foram ultrapassados pela concessionária. Depois de vistoriar a 101 nos meses de junho e julho, o profissional apresentou o trabalho para a Fiesc, que elaborou e apresentou dois novos estudos sobre a situação da BR.

ResultadoO primeiro estudo mostra que em cinco anos de con-

cessão do trecho norte foram executadas somente 17,24%

das obras de melhoramento previstas em contrato. O traba-lho sobre o trecho sul elevou a previsão da conclusão total da duplicação, incluindo as obras de arte, para o final de 2017. Os estudos foram realizados com o apoio do CREA/SC.

O documento foi entregue no início de agosto ao Mi-nistério dos Transportes, Departamento Nacional de Infraes-trutura e Transporte (DNIT), Agência Nacional de Transpor-tes Terrestres (ANTT) e bancada catarinense.

BR-101 NorteEmbora só tenham sido executadas 17,24% das obras

de melhoria previstas, em 2012 a receita da concessionária nos 382 quilômetros entre Palhoça e Curitiba com pedágio somou R$ 174,1 milhões, valor 11,1% superior ao registrado em 2011. No período, passaram 123 milhões de veículos pelas praças de pedágio. A tarifa, que em fevereiro de 2008, quando se iniciou o contrato de concessão, era de R$ 1,28, passou para R$ 1,70 em fevereiro de 2013.

Isso contempla a variação da inflação pelo IPCA e as revisões que são feitas para assegurar o equilíbrio financei-ro do contrato (considerando investimentos realizados pela concessionária e os valores pagos pelos usuários). O estudo sugere que nessas reprogramações que definem a tarifa, rea-

BR-101

Presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, durante coletiva de imprensa para apresentar o estudo

Filipe Scotti

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lizadas no âmbito do Programa de Exploração da Rodovia (PER), da ANTT, seja considerada a falta de cumprimento do contrato por parte da concessionária. Defende também que sejam exigi-dos os investimentos não realizados.

Para o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, é urgente o início do processo de implantação de novas pistas no sentido norte (Florianópolis - Curitiba). “As atuais já estão saturadas e, em alguns trechos, como entre Joinville e Curitiba, o uso já é quase o dobro da capacidade”, afirma.

Em relação à conservação, nos registros técnicos constam os resultados de análises feitas por empresa especializada, contra-tada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em que se deduz que as irregularidades do pavimento aumentaram muito desde abril de 2008. Além disso, a rodovia está apresentando sinais de degradação, por ausência de recuperações efetivas no período.

O documento destaca que a Autopista tem optado fre-quentemente por aplicações de camadas de microrrevestimen-tos para melhorar provisoriamente as condições do asfalto, em vez de recuperar a estrutura do pavimento. Agora, depois disso, talvez você entenda melhor porque está parado no meio da tar-de em algum lugar da rodovia perdendo tempo e dinheiro.

Esse é um trecho da BR-101 sul, perto de Tubarão, quase ao lado de Criciúma, duas cidades importantes na economia e prejudicadas por atrasos em obras na rodovia

BR-101

Estatísticas PRF/SC

Local Nº acidentes com morte no local do acidente

Morro dos Cavalos 697 acidentes, com 19 mortes Travessia Urbana de Laguna 743 acidentes, com 23 mortes Transposição do Morro do 485 acidentes, Formigão com 12 mortes

Contorno de Araranguá 889 acidentes, com 27 mortes

Em 16 meses 2.814 acidentes, com 81 mortes, no local

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Melhorias? Quase nadaQuanto às melhorias na rodovia, os 30 quilômetros

de terceiras faixas para ampliação da capacidade, previstos inicialmente para estarem concluídos até fevereiro de 2012, foram adiados para fevereiro de 2013. No entanto, somen-te agora, anos depois, as obras estão sendo iniciadas.

A implantação da alça de contorno de Florianópolis, que deveria ter sido concluída em fevereiro de 2012, foi empurrada para fevereiro de 2015 e terá que ser revista por causa da construção de um conjunto habitacional na fai-xa de domínio do projeto original. Isso vai exigir alterações significativas no novo traçado, inclusive com a construção de seis túneis.

São obras que exigirão grandes investimentos, os quais, apesar de solucionar parcialmente o problema de mobilidade na região metropolitana da Capital, ao desviar 18 mil veículos por dia do tráfego de longa distância, trarão impacto significativo na tarifa básica de pedágio e nas pre-visões orçamentárias. A previsão inicial de investimento no contorno era de R$ 343,2 milhões, mas deve aumentar bastante.

O documento registra também que as constantes prorrogações das conclusões das obras das vias marginais e ruas laterais programadas para Biguaçu, Porto Belo, Itape-ma, Balneário Camboriú, Itajaí, Navegantes, Piçarras, Barra Velha, Joinville, Garuva e São José dos Pinhais, têm acarreta-do prejuízos significativos na fluidez do tráfego e insatisfação dos usuários, proprietários e empreendedores às margens da rodovia.

Duplicação total da BR-101 Sul só no final de 2017A Fiesc também fez novo estudo sobre a atual situ-

ação do trecho sul da BR-101, que vai de Palhoça à divisa com o Rio Grande do Sul (238,5 quilômetros de extensão). A previsão é que a conclusão total da obra, inclusive com a construção das obras de arte pendentes, na melhor das hipóteses, será no final de 2017. Essa estimativa só será confirmada se as publicações dos editais de transposição do Morro dos Cavalos forem realizadas no quarto trimestre de 2013. Em novembro de 2012, estimava-se a conclusão da

obra no primeiro semestre de 2017.Ao fim do estudo ainda estavam sem liberação para o

tráfego 20,5 quilômetros de duplicação, que corresponde a 8,6% da extensão global da duplicação (238,5 km), exigindo ainda investimentos estimados da ordem de R$1,2 bilhão, montante equivalente a 64% do total investido até aquele momento (R$1,9 bilhão). A disparidade entre o pequeno trecho em contraste com o alto valor se dá pela complexi-dade das obras de engenharia necessárias para a realização dos trabalhos, explicou Côrte

Laguna é um gargaloEm Laguna encontra-se a maior obra de arte contra-

tada da duplicação do trecho sul. É a transposição da La-goa de Cabeçuda e do Canal Laranjeiras, com extensão de 2.815 metros e prazo de conclusão de 1.080 dias, conta-dos a partir de maio de 2012 e com conclusão prevista para maio de 2015. A obra é faraônica e caminha lentamente.

As obras de duplicação do trecho sul tiveram seus contratos firmados a partir de novembro de 2004 e ainda estão pendentes de contratação as obras de transposição do Morro dos Cavalos (extensão de três quilômetros) e as de reforço e alargamento da antiga ponte sobre o Rio Tu-barão (“ponte Cavalcanti”). Com Laguna, esses são os três principais gargalos de Palhoça a entrada de Torres (RS).

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, destaca que a entidade tem demonstrado, há muitos anos, sua preocupação com o ritmo de desenvolvimento e com os atrasos das contratações das obras remanescentes de dupli-cação da BR-101 sul. “Nossos estudos comprovam que a região Sul deixou de gerar, até dezembro passado, riquezas equivalentes a R$ 32,7 bilhões, somente com a perda de vantagem competitiva e o custo econômico proveniente do atraso da obra, sem considerar os custos sociais relativos aos acidentes e mortes na rodovia”, diz.

Contraponto A Revista Portuária entrou em contato com as asses-

sorias de comunicação do DNIT, responsável pelas obras de duplicação do trecho sul, e Autopista Litoral Sul, conces-sionária do trecho norte, mas ambas informaram que vão analisar o estudo da Fiesc para depois se manifestarem. •

BR-101

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A insuficiência de armazéns é um problema crônico que se mani-festa a cada nova safra agrícola

catarinense. A Organização das Coo-perativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) quer o apoio do governo para mudar essa realidade: a atual capacida-de de armazenagem de cereais é de pouco mais que 4 milhões de toneladas para uma produção de 7,5 milhões de grãos, gerando um déficit de 40% das necessidades.

De acordo com o presidente da Ocesc, Marcos Antônio Zordan, o problema atinge as 53 cooperativas agropecuárias filiadas e seus 63.000 produtores rurais associados. Essas co-operativas dispõem de silos e armazéns próprios para 2,1 milhões de toneladas de grãos o que, somadas às unidades terceirizadas (178 mil toneladas), totaliza uma capacidade total de armazenagem do sistema cooperativista em 2,3 milhões de toneladas.

O dirigente enfatiza que as cooperativas são, pratica-mente, as únicas a investir: nos últimos anos elas destinaram cerca de R$ 150 milhões de reais, ampliando a capacidade instalada em 250.000 toneladas.

Levantamento da Ocesc concluiu que são necessários 42 novos armazéns em 41 cidades, operados por 22 coo-perativas agropecuárias com capacidade total de aproxima-damente 520.000 toneladas, o que exigirá investimentos da ordem de 246 milhões de reais.

Zordan resume a reivindicação do setor produtivo: “Precisamos estimular concretamente a ampliação da rede de armazéns através de linhas específicas de crédito para construção, compra de equipamentos e reforma de unidades existentes, além de incentivar a armazenagem na proprieda-

de. Para tanto é necessário a abertura de linhas de financiamento através do sistema de crédito rural com prazo de vinte anos para pagamento com juros menores que os praticados no momen-to, para a construção de armazéns”.

A falta de armazéns é um proble-ma estrutural com profundos reflexos no nível de renda dos produtores. Como os armazéns disponíveis são insuficien-tes para receber e estocar a produção, uma das alternativas para amenizar essa dificuldade é a exportação dos produtos para outros países, especialmente o mi-lho, para posterior importação de outros estados para atender as necessidades, pois o Estado é grande consumidor de grãos. Com esta operação Santa Cata-rina perde em arrecadação já que sobre

o produto exportado não incide ICM’s. Na internação de produtos de outros Estados é gerado crédito do imposto.

A Ocesc constatou que o problema atinge a todos os atores da cadeia produtiva. Com insuficiência de armazéns, o produtor é obrigado a vender o produto agrícola em ple-na safra, momento em que os preços estão naturalmente em queda em razão da alta oferta. A indústria também sofre prejuízos porque vê a matéria-prima ser exportada, saben-do que terá, mais tarde, que reimportá-la para o processo industrial, pagando mais caro. Ao final, o consumidor pagará mais pelo alimento – seja carne, leite ou cereais.

O investimento é elevado, o retorno é muito lento e os encargos financeiros são altos em face da sua natureza operativa. O sistema reivindica que o governo do Estado cubra 100% das despesas com juros dos financiamentos para armazenagem, retomando o programa que existia no passado. •

Ocesc quer ampliar a capacidade de armazenagem de grãos em SC

Presidente da Ocesc, Marcos Antônio Zordan

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Quando teve início o boom da construção civil em Balne-ário Camboriú, em meados dos anos 90, poucos imaginavam que em tão pouco tempo a cidade abrigaria os maiores arranha-céus do Brasil. Mas foi o que aconteceu. No dia 27 de julho, o Villa Serena Home Club foi inaugurado oficialmente na capital catarinense da construção civil.

O novo empreendimento da construtora Embraed, o Villa Serena, é o maior prédio exclusivamente residencial do país, segundo o Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano (CTBUH), que é o centro de arranha-céus, sendo a principal fonte de informação confiável sobre edifícios altos. A edificação possui duas imponentes torres de 160 metros, divididas em 46 andares.

A altura do edifício causa impacto. Mas não só ela. O hall de entrada é de imponência singular, com pé direto de 16 me-tros, o equivalente a quatro andares. A área de lazer e descanso parece um clube - disponível 24 horas aos proprietários.

De acordo com a Embraed, 70% das unidades já foram vendidas, e a procura é grande. “Privilegiamos a altura e acabou se tornando o prédio residencial mais alto do país”, disse o em-presário Rogério Rosa, dono da construtora.

VisualSegundo o engenheiro responsável pela obra, Ernandi

Fey, o edifício tem peso aproximado de 65.000 toneladas, com um número de 164 apartamentos, sem falar da vista impressio-nante para o mar e às belezas de Balneário Camboriú e região, já que é possível avistar dos andares superiores Itajaí e Nave-gantes. “Para os blocos de fundação foi utilizado concreto pré-resfriado, ideal para grandes obras. A temperatura foi controlada

Maior edifício residencial do Brasil é inaugurado em

Balneário Camboriú

PERTO DO CÉU

A festa do dia 27 de julho foi digna dos grandes empreendimentos da Embraed

O hall de entrada do edifício tem um

imponente lustre que pesa mais de 450 quilos

Fotos: Diogo R

amos

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nos primeiros sete dias, em seis pontos diferentes”, contou Ernandi.

Número 1 em alturaOs 160 metros de altura do Villa

Serena o colocam na honrosa primeira posição no ranking de maiores edifícios residenciais do Brasil. Ao menos pelos próximos meses. Sim, porque na cons-trução civil de Balneário Camboriú é ar-riscado acreditar que o ranking das alturas se manterá inalterado por muito tempo. Afinal, Balneário Camboriú é a cidade brasileira dos arranha-céus e das grandes construtoras. Essa conjunção de fatores também valoriza – e muito – os empre-endimentos na hora do cliente efetuar a compra.

Comprar um apartamento no re-sidencial Villa Serena requer um investi-mento que gira entre R$ 1,8 e 2,3 mi-lhões, ou uma média de R$ 7.000 por metro quadrado. O mercado imobiliário de Balneário Camboriú é um dos que mais cresce em Santa Catarina. Dessa forma já existem projetos de outras cons-trutoras para prédios ainda mais altos do que o atual maioral.

O rankingA lista dos prédios mais altos do

mundo é feita pelo Skyscrapper Center, que reúne dados de arranha-céus pelo mundo e é um braço do (CTBUH). À frente do Villa Serena existem quatro edifícios mais altos no Brasil, três em São

Economia&Negócios • Agosto 2013 • 19

Por dentro do gigante de concreto

160 metros de altura

20 mil toneladas de concreto

46 pavimentos, sendo que 41 são residenciais

60 mil metros quadrados

450 trabalhadores atuaram na obra

Período da obra de novembro 2007 a dezembro 2012

164 apartamentos

O edifício é o 18° maior da América do Sul

O edifício é o 3° maior do Brasil, entretanto, os dois primeiros, localizados em São Paulo, são condomínios de escritórios

São sete espaços para festas, entre churrasqueiras, espaço gourmet e salões para até 150 pessoas

O prédio tem salão de beleza, espaços de relaxamento com ofurôs e salas para massagem

Para quem malha e não quer sair de casa, há três opções de academias, incluindo um estúdio de Pilates e sala para artes marciais

Entre a suntuosa decoração do ambiente, destaque para um lustre de 450 quilos e 5 metros de altura, o equivalente a quase dois andares, com 365 lâmpadas

O prédio não fica na Avenida Atlântica, mesmo assim uma passagem leva até a beira da praia

O dono da construtora Embraed, Rogério Rosa (com microfone), entregando pessoalmente unidades

já vendidas do maior edifício residencial do Brasil

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PERTO DO CÉU

20 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

Paulo - Palácio W. Zarzur (170m), Edifício Itália (165m) e Alti-no Arantes (161m) - e um no Rio de Janeiro - Rio Sul Center (163m), porém, os concorrentes do Sudeste são todos edifícios comerciais, diferente da maioria dos gigantes do Litoral Norte catarinense.

A lista do Skyscrapper diz ainda que três edifícios residen-ciais em construção em Balneário Camboriú poderão disputar o topo da lista quando estiverem prontos. O Infinity Coast Tower, com 240 metros, o Sky Tower, com 210 metros e o Alameda Jardins Residence, com 170 metros. Esses três edifícios são da construtora FG Empreendimentos, concorrente da Embraed no mercado de luxo.

Cerimônia de entrega do Villa Serena reuniu a nata da sociedade do Litoral Norte catarinense

Outras curiosidadesPrincipais materiais utilizados

Aço: 2.000 ton

Concreto: 23.000 m³

Blocos Cerâmicos/Sical: 2,3 milhões

Cimento: 2.500 ton

Pisos e Porcelanato: 47.600 m²

Argamassa: 2.600 ton

Pastilhas de Porcelana: 44.000 m²

Tubos de PVC: 41 km

Conexões PVC: 13.500 un

Fios e Cabos Elétricos: 520 km

Tomada/Interrup/Disjuntores: 75.000 un

Gesso: 13.350m²

Tinta (Geral): 39.000 Latas

Vista de Balneário Camboriú a partir do heliponto do Villa Serena Home Club

Novo edifício de 82 andares deve ser lançado ainda este anoDurante coletiva de imprensa realizada pouco an-

tes da inauguração do Villa Serena, o dono da Embraed, Rogério Rosa, anunciou que este ano pretende lançar o projeto de um novo edifício de 82 andares, com mais de 300 metros de altura, que será construído em um terreno localizado na Barra Sul, também em Balneário Camboriú. •

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22 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

A pesca, o porto, regatas internacionais e belas praias. Itajaí é conhecida por tudo isso, porém, o vasto interior do município esconde outras precio-

sidades que vão desde o trabalho árduo de agricultores, passando pela natureza intocada e chegando à produção de vinhos. Vinhos produzidos no Litoral? Exatamente.

Pouco mais de 10 quilômetros distante do Centro, no alto de uma colina no bairro Itaipava, na zona rural da cidade, funciona a Villa Prando Vinícola. O local, resultado da história de vida e da dedicação do engenheiro agrô-nomo Honório Francisco Prando, é onde se encontram a qualidade dos vinhedos de altitude com a sensibilidade das terras litorâneas, segundo palavras do próprio Pran-do.

Localizada no número 1224 da Alameda Mata Atlântica, os vinhos elaborados e engarrafados artesanal-mente por Prando são degustados em grande quantidade por um número cada vez maior de apreciadores da be-bida. Gente que se desloca de todo Brasil e até de países do exterior para experimentar a vinicultura praticada por Prando no Litoral Norte. Afinal, o vinicultor sempre pre-zou pela qualidade dos vinhedos de altitude, sem deixar de lado as peculiaridades únicas do litoral catarinense, ou seja, buscou na divergência dos contrários a mais bela harmonia.

“Aqui elaboramos vinhos finos de alta qualidade, dentro da norma de rastreabilidade, com seleção rigo-rosa de vinhedos localizados nas altitudes do Planalto Ca-tarinense, na região de São Joaquim, e também na Serra

Quem disse que em Itajaí não se produz

vinho?POIS É NA CIDADE QUE SE ENCONTRA A ÚNICA

VINÍCOLA DO LITORAL DE SANTA CATARINA

Em 2013, os clientes que desejarem degustar e harmonizar os vinhos da Villa Prando tem a opção de, na própria sede da vinícola, desfrutar de um espaço preparado para grupos de até 35 pessoas

Fotos: Leonardo Thomé

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gaúcha, na região de Guaporé”, conta o vinicultor, que costuma colher a uva manualmente nas parreiras serranas, escolhendo a dedo cacho por cacho. As variações da fruta que ele utiliza nos vinhos são Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Carmenère, Malbec e Chardonay – esta última usada nos vinhos brancos e espumantes -, também bastante procurados.

Apenas a colheita da uva não é feita em Itajaí. Depois de colhida, a fruta é transportada sempre à noite da Serra para o Litoral. Chegando à Villa Prando, a uva vai direto para a macera-ção, que dura de 10 a 15 dias. Com 23 tanques de aço inox e outros tantos barris de carvalho – procedentes da França e dos Estados Unidos -, a bebida após esse período passa pela fermen-tação alcóolica em temperatura controlada dentro da vinícola. “A temperatura dentro da vinícola fica sempre entre 15 e 18 graus”, revela Prando.

O gosto pelo vinho acompanha Honório Prando desde a mais tenra idade, na época de criança em Lacerdopólis, no Meio Oeste de Santa Catarina. A produção visando comercializar a be-bida começou em 2009. Em 2013, os clientes que desejarem degustar e harmonizar os vinhos da Villa Prando tem a opção de, na própria sede da vinícola, desfrutar de um espaço preparado para grupos de até 35 pessoas. “Estamos aqui de segunda a sába-do, em horário comercial, para receber pessoas para conhecer a vinícola e os nossos vinhos”, convida Prando, dizendo que para fazer degustação é necessário agendar horário pelo telefone (47) 3348-5710.

O prêmio Os vinhos produzidos na Villa Prando custam entre R$ 22

a R$ 70. Para os apreciadores da bebida, uma visita guiada pelo próprio vinicultor mostra todas as etapas na produção do vinho. Tanta persistência já começa a render frutos para a Villa Prando. Neste ano, a vinícola foi agraciada com a medalha de ouro no Concurso Mundial de Vinhos, realizado no Costão do Santinho, em Florianópolis, e no qual os jurados eram todos estrangeiros, muitos oriundos de países que são tradicionais produtores de vinho, como Chile, Argentina e França. A vinícola venceu com o vinho Villa Prando Gracciato, um Cabernet Sauvignon amadure-cido em barris de carvalho francês. “O nome Gracciato é alusivo à amizade. Ele apresenta cor intensa, viva, e harmoniza perfeita-mente com pratos de sabor intenso, como carne de cordeiro e massas”, explica. •

Economia&Negócios • Agosto 2013 • 23

O gosto pelo vinho acompanha Honório Prando desde a mais tenra idade, na época de criança em Lacerdopólis, no Meio Oeste de Santa Catarina

Os vinhos produzidos na Villa Prando custam entre R$ 22 a R$ 70

A vinícola tem 23 tanques de aço inox e outros tantos barris de carvalho

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24 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

As negociações para Florianópolis sediar o Seminário das Equipes, evento oficial da programação pré-Copa do Mundo 2014, entraram em uma nova etapa. O

governador Raimundo Colombo (PSD) e o prefeito Cesar Souza Júnior (PSD) receberam, no dia 29 de julho, o diretor-executivo do comitê organizador da Copa, Ricardo Trade; o diretor-geral da Fifa no Brasil, Ron Del Mont; e o represen-tante do secretário-geral da Fifa no Brasil, Eric Lovey.

O Seminário das Equipes será realizado em fevereiro de 2014 e receberá as delegações dos 32 países que parti-cipam do torneio, incluindo os técnicos das Seleções, além da mídia internacional. Durante três dias, os grupos serão orientados sobre questões envolvendo áreas como logística de transporte, segurança e infraestrutura durante os jogos oficiais. O Seminário das Equipes é considerado o segundo maior evento pré-Copa do Mundo, atrás apenas do sorteio dos grupos, programado para ser realizado em dezembro, na Bahia.

“É um evento muito importante para o Estado. Junto às delegações, estarão representantes de toda a imprensa mun-dial e isso traz uma grande repercussão para Santa Catarina e para Florianópolis. Estamos empenhados e muito otimistas, achamos que o Estado vai ganhar a realização desse even-to. Estamos prontos, Governo de Estado e prefeitura, para oferecer as condições necessárias”, afirma o governador Rai-mundo Colombo, destacando que o turismo catarinense tem

O Mundial não vem, mas quem sabe...

AVANÇAM AS NEGOCIAÇÕES PARA SANTA CATARINA SEDIAR EVENTO PRÉ-COPA DO MUNDO 2014

James Tavares/SEC

OM

hoje uma participação de 12% no PIB do Estado. Confirma-da a realização em Santa Catarina, o Governo do Estado e a prefeitura não investiriam recursos públicos, mas ofereceriam apoio logístico e de segurança para as delegações e para a imprensa.

O governador lembra que as negociações para Santa Catarina sediar o evento começaram há dois anos. “O ob-jetivo da Fifa é de que a Copa do Mundo não se restrinja às 12 cidades-sede dos jogos do Mundial”, acrescenta Ricardo Trade, do comitê organizador.

Além da reunião com o governador Colombo e o pre-feito Cesar, a comitiva fez uma primeira visita oficial em três hotéis pré-selecionados para sediar o evento: o Majestic Pala-ce Hotel, na Avenida Beira-Mar Norte, no Centro; o Costão do Santinho Resort, no Norte da Ilha; e o IL Campanario Villagio Resort, em Jurerê Internacional, também no Norte da Ilha. O Seminário das Equipes pode ser realizado tanto em um único hotel, como ter sua programação dividida em mais de um estabelecimento. Nas próximas semanas, uma nova comitiva, desta vez composta por profissionais técnicos da comissão organizadora, voltará a visitar Florianópolis e os três hotéis pré-selecionados, avaliando a logística e a estrutura fí-sica disponível nos estabelecimentos. A expectativa é divulgar o resultado da seleção no final de outubro.

O prefeito Cesar Souza Júnior lembrou que Floria-nópolis é hoje a terceira cidade do país em promoção de turismo de eventos, atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro. A cidade conta com 28 mil leitos de hotéis. “Temos tradição em receber grandes eventos. A cidade sabe receber e recebe muito bem os turistas”, destacou.

Paralelamente às negociações para sediar o Seminário das Equipes, Santa Catarina também está em tratativa para ser sede de treinamento de diferentes Seleções confirmadas no Mundial. •

O governador lembra que as negociações para Santa Catarina sediar o evento começaram há dois anos

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Economia&Negócios • Maio 2013 • 27

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26 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

A Coopercentral Aurora Alimentos, de Chapecó, obteve a média de 15 mil toneladas por mês em exportações de carnes no primeiro semestre deste ano: totalizou 92,9 mil

toneladas em embarques de janeiro a junho, com incremento de 31% em volumes e crescimento de 45% em receitas (R$ 483,4 milhões).

As exportações de carne de frango somaram 64.674 to-neladas (aumento de 33,2%) e resultaram em R$ 333,7 milhões, com crescimento de 55,3% na receita. As vendas de carne suína da Aurora no mercado mundial subiram para 23.775 toneladas e 140,6 milhões de reais, com evolução de +16% em volumes e +25,6% em divisas. Também foram exportadas, no período, 3.399 toneladas de matéria-prima (R$ 5,2 milhões) e 1.115 to-neladas de industrializados (R$ 3,7 milhões).

De acordo com o presidente Mário Lanznaster, o seg-mento do frango registrou o maior crescimento, refletindo as re-centes incorporações das plantas industriais do Frigorífico Aurora

Guatambu, ex-Bon-dio (FAG) e Frigorí-fico Aurora Xaxim, ex-Diplomata (FAX). Essa expansão da capacidade produti-va permitiu ampliar as exportações para clientes já tradicio-nais da Aurora e para novos que se incor-poraram a carteira dos seus parceiros comerciais. Também

contribuiu para que muitos avicultores pudessem permanecer com sua atividade produtiva, através desses frigoríficos.

O gerente geral de exportação Dilvo Casagranda observa que, durante todo o primeiro semestre, o mercado mundial per-maneceu estável, sem grandes alterações no consumo e com a oferta relativamente controlada. “No final do semestre, houve

certa retração do mercado doméstico e as empresas tiveram al-guma dificuldade de escoar os volumes ofertados”, expôs.

O crescimento do volume de matérias-primas está base-ado, principalmente, nas exportações de carne mecanicamente separada (CMS) de aves que, anteriormente, as plantas incor-poradas da Aurora utilizavam nos produtos industrializados. Ago-ra, aproveitando um mercado que aquelas plantas já detinham, passou-se a exportar estes excedentes.

De outro lado, no primeiro semestre de 2013 a carne suína continuou enfrentando dificuldades mercadológicas, o que inviabilizou crescimento mais expressivo. A Argentina continuou restringindo a liberação de licenças de importação: o Brasil ex-portava em torno de 3,5 mil toneladas por mês e baixou para mil. A Ucrânia, importante importador de carne suína brasileira, fechou temporariamente o mercado de março a junho. “Tudo isso resultou em um semestre extremamente difícil para as ex-portações brasileiras de carne suína”, salienta o gerente geral.

“Todos os produtores sentiram as dificuldades de um mer-cado complicado para a carne suína, mas, felizmente, no final do semestre, o retorno das exportações para a Ucrânia e a oficiali-zação da abertura do mercado japonês para as exportações de carne suína de SC animaram a cadeia produtiva,” diz. E conclui: “Mesmo assim, temos que ter os pés no chão, pois o mercado não está com crescimento de demanda. Em muitos deles sequer tivemos a recuperação das economias e das importações de car-nes, o que faz com que os negócios aconteçam de forma lenta.”

ExpressãoUma das poucas grandes empresas de Santa Catarina com

capital 100% catarinense é a Coopercentral Aurora Alimentos. Entre as indústrias do segmento de carnes, é a terceira marca mais referenciada em todo o Brasil. Possui 20 mil colaboradores, abate 700 mil aves por dia (deve chegar a 1 milhão até o final deste ano) e 14,5 mil suínos diariamente. Processa 1,5 milhão de litros de leite por dia. Tem mais de 100 mil clientes em todo o Brasil e exporta para 60 países. Suas ações sociais e assistenciais atingiram 130 mil pessoas em 2012. •

INDÚSTRIADO CAMPO

EXPORTAÇÕES DA AURORA CRESCEM 45% NO PRIMEIRO SEMESTRE

O presidente Mário Lanznaster observa

que o Brasil tem poder competitivo

lastrado em sanidade, estrutura

de plantas industriais modernas, preço,

qualidade e tradição de pontualidade

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28 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

A ArcelorMittal Vega comemorou no último mês de ju-lho 10 anos de operação. De acordo com a empresa, sua trajetória é marcada pela visão empreendedora,

qualidade dos produtos, inovação e sustentabilidade - con-ceito que esteve presente em todas as etapas de construção do parque fabril. Desde a fabricação da primeira bobina, a empresa já produziu mais de 9 milhões de toneladas de aço e aumentou sua capacidade inicial de 800 mil para 1,4 milhão de toneladas por ano, com a operação da linha Galvanização 2, em 2010.

Ao se instalar em São Francisco do Sul, a ArcelorMittal Vega criou um polo de negócios dinâmico, desenvolvendo empregados, contratados e fornecedores para as atividades do setor siderúrgico e capacitando-os com a forte política de segurança, saúde e meio ambiente adotada pelo grupo. Ope-rando com avançados processos de decapagem, laminação e galvanização, a empresa é especializada na transformação de aços planos, recebendo a matéria-prima da ArcelorMittal

Tubarão, localizada na região metropolitana da Grande Vitória (ES). Os produtos são destinados principalmente a indústrias automobilísticas, de construção civil e eletrodomésticos.

“Para o Grupo ArcelorMittal, a unidade em São Fran-cisco do Sul é exemplo de qualidade e eficiência, alcançando logo no início da operação sua plena capacidade”, aponta Fer-nando Ribeiro Teixeira, Gerente Geral da ArcelorMittal Vega. “Nesses 10 anos de operação, nós estabelecemos uma forte relação com os clientes, pautada pela qualidade e tecnologia dos produtos. A nossa vantagem competitiva está no desen-volvimento de novas soluções, como os aços do programa S-in Motion. Além disso, o crash test, teste de colisão realiza-do nos veículos para determinar a segurança aos ocupantes, agora é obrigatório no Brasil”, acrescenta.

A ArcelorMittal Vega gera cerca de 600 empregos diretos e 600 indiretos nas quatro empresas parceiras, que formam o Condomínio Vega. Em janeiro deste ano, com investimentos de US$ 10 milhões e visando o mercado au-

INDÚSTRIAArcelorMittal Vega completa 10 anos

de operação em Santa Catarina

Fernando Ribeiro Teixeira, Gerente Geral da ArcelorMittal Vega diz que a unidade de São Francisco

do Sul é exemplo de qualidade e eficiência

Divulgação

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Economia&Negócios • Agosto 2013 • 29

tomotivo, a empresa colocou em funcionamento um novo sistema de pós-tratamento na linha de Galvanização 1. Essa tecnologia permite que as montadoras tenham mais facilidade na estampagem das peças por diminuir o atrito entre a chapa e a prensa, aumentando a produtividade. Da sua produção total de aço galvanizado, a perspectiva da ArcelorMittal Vega é fornecer 20% com pós-tratamento até 2014.

Liderança tecnológicaA adoção de aços leves e, ao mesmo tempo, de alta

resistência pelas montadoras que desejam produzir veículos mais leves e seguros já é realidade na indústria brasileira. E para assegurar o fornecimento dessa importante matéria-prima o Grupo ArcelorMittal desenvolveu um conjunto de soluções para o setor. Na área de aços planos, esses aços especiais - Advanced High Strength Steel (AHSS) - usado nas carrocerias, portas e chassis, permitem reduzir o peso de um veículo de passeio em até 20%, mantendo o mesmo cus-to de produção e fazem parte do projeto denominado S-in Motion.

Por sua forte presença neste segmento, a ArcelorMittal Vega configura-se como importante braço tecnológico e pro-dutivo, concretizando o projeto S-in Motion no Brasil. Além de garantir mais leveza aos veículos, o material aumenta os níveis de segurança, mantém o custo do produto final e con-tribui por gerar menos impacto ao meio ambiente, reduzindo até 6,2 gramas de CO2 por quilômetro rodado. O S-in Mo-tion foi desenvolvido em diversos laboratórios da ArcelorMit-tal pelo mundo, consumindo um aporte total de US$ 150 milhões. Essa nova tecnologia já representa de 8% a 10% do volume total de aço consumido na produção de veículos no Brasil. A previsão é que o volume chegue a 25% em 2025.

Logística inovadoraPor rodovia, ferrovia ou transporte marítimo, a Ar-

celorMittal Vega viabilizou um sistema inovador de logística, utilizando os três modais de forma estratégica para garantir a competitividade do negócio e a agilidade do fornecimento, tanto na recepção da matéria-prima, vinda do Espírito San-to, como no embarque do produto para o mercado. Outros benefícios desse modelo são a segurança no transporte e a

maior conservação da infraestrutura viária, além de evitar a emissão de gases poluentes, congestionamentos e acidentes nas estradas.

O Sistema de Bar-caças Oceânicas, consti-tuído de quatro barcaças e dois empurradores, fun-ciona como uma ponte entre o porto do Espírito Santo e o de São Francis-co do Sul, interligando a ArcelorMittal Vega e Ar-celorMittal Tubarão. Já os Vagões Bobineiros levam as bobinas beneficiadas aos Centros de Distribuição da empresa. Só em 2012, foram embarcadas da ArcelorMittal Tubarão para a ArcelorMittal Vega pouco mais de 1,7 milhão de toneladas de bobinas, via sistema de barcaças e navios. Para este volume, a empresa retira das estradas mais de 70 mil caminhões que, se enfileira-dos, chegariam à distância de 2,1 mil quilômetros, ou seja, a distância de São Francisco do Sul a Porto Seguro, na Bahia.

Transformação na economiaHá 10 anos São Francisco do Sul, localizada no Nor-

te de Santa Catarina é considerada a terceira cidade mais antiga do Brasil, ganhou uma nova atividade, diversificando o pilar econômico formado até então por movimentações portuárias, turismo e agricultura. Com o início das operações da ArcelorMittal Vega, em julho de 2003, a cidade de belas paisagens e monumentos históricos descobriu a vocação no ramo siderúrgico e hoje possui um polo de negócio dinâmico e privilegiado.

A escolha por São Francisco do Sul para montar uma das mais modernas unidades de transformação de aços pla-nos do mundo deveu-se a localização estratégica em relação às montadoras do Sul e Sudeste do país e do Mercosul e à proximidade ao porto, ferrovia e rodovia. Para a implantação da ArcelorMittal Vega foram investidos US$ 420 milhões, o maior investimento privado já realizado na história de Santa Catarina. Em 2010, a empresa colocou em operação uma

Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

INDÚSTRIA

Ao se instalar em São Francisco do Sul, a ArcelorMittal Vega criou um polo de negócios dinâmico, desenvolvendo

empregados, contratados e fornecedores para as atividades

do setor siderúrgico

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30 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

nova linha, a Galvanização 2, com aporte de US$ 76 mi-lhões.

Presença na comunidadeEm sua história, a ArcelorMittal Vega promove diver-

sas ações voltadas ao desenvolvimento local. Até 2012, a empresa destinou R$ 15,6 milhões para projetos sociais vol-tados às áreas de educação, saúde, cultura, desenvolvimen-to comunitário e meio ambiente em São Francisco do Sul.

Entre os projetos com maior destaque estão a construção de unidades de saúde e educação, a revitalização do Cine Teatro XV de Novembro e do Museu Nacional do Mar, o Concurso Escolar, que desde 2001 mobiliza anualmente os mais de 6

mil alunos das escolas públicas de São Francisco para pro-mover a conscientização ambiental, e o Panorama Cultural, que patrocina espetáculos de teatro, música e dança para a comunidade a custos subsidiados.

A ArcelorMittal Vega investiu e acompanhou de perto a construção de seis unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF), da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas e do Hospital Municipal Nossa Senhora da Graça, inaugura-do ano passado. Essas estruturas proporcionam uma verda-

deira transformação no atendimento de saúde aos cidadãos e turistas de São Francisco do Sul.

Visão sustentávelDo estudo da viabilidade ao início das obras e inau-

guração oficial, a empresa foi concebida por uma visão ino-vadora que levou em conta todos os aspectos do desen-volvimento sustentável. O sistema de gestão ambiental da ArcelorMittal Vega está baseado nos requisitos da norma ISO 14.001, realizando o reaproveitamento da água e mo-nitoramento de chaminés e resíduos sólidos. A empresa re-aproveita e comercializa 100% do óxido de ferro, um dos principais subprodutos que resultam da fabricação do aço, e recircula 98,8% de toda a água destinada às áreas fabris.

O seu parque fabril, que forma o Condomínio Vega, é rodeado pela Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), inaugurada pela empresa em 2002 com a finalida-de de preservar a diversidade biológica da região. A RPPN ocupa uma área de 760 mil metros quadrados de Mata Atlântica e conta com trilha, centro de educação ambiental, viveiro de mudas e horta medicinal. “O foco da Arcelor-Mittal Vega para os próximos anos é trabalhar para manter o market share, na faixa dos 34% a 37%, especialmente porque nossa capacidade instalada já está preparada para atender as demandas do mercado, crescendo no volume de aço fornecido, mas mantendo a estabilidade percentual de nossa participação no segmento”, conta o Gerente Ge-ral da empresa. •

INDÚSTRIA

A satisfação dos colaboradores é a prova cabal do bom trabalho da empresa em Santa Catarina e no Brasil

Divulgação

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PORTOS DO BRASIL

Economia&Negócios • Agosto 2013 • 31

COMUNICAÇÃOAPM Terminals lança novo modelo de Town Hall

com participação do prefeito de ItajaíA participação do prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, na

reunião entre colaboradores e diretoria da APM Terminals, empresa arrendatária de dois berços do Porto de Itajaí, lan-çou um novo conceito para o Town Hall. Os encontros, que acontecem quatro vezes ao ano, passarão a contar com a participação de autoridades que não fazem parte do quatro de colaboradores do terminal. Inicialmente os encontros eram organizados para estabelecer um canal de comunicação direto entre o superintendente, Ricardo Ar-ten, e o quadro de funcionários do terminal.

Durante o primeiro encontro no novo modelo, ocorrido no dia 29 de julho, o prefeito apresentou os projetos e trabalhos que vem sendo realizados na área portuária no município. Outros assuntos também foram discutidos como a necessidade da ampliação da bacia de evolução para receber navios de até 336 metros de com-primento e a dragagem e aprofundamento do Rio Itajaí Açu. O convidado do próximo encontro será o superin-tendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Jr.

APM Terminals Itajaí bate recorde de produtividadeA APM Terminals – empresa arrendatária de dois

berços no Porto de Itajaí – acaba de bater recorde de mo-vimentação em operações com contêineres, trabalhando com três guindastes simultaneamente, sendo dois portêi-neres e um guindaste móvel de terra. Em 30 horas, foram movimentados 2.900 contêineres no navio CMA CGM Azure, o que equivale a 98 movimentos por hora. O re-corde anterior foi de 95,14 movimentos por hora.

O diretor superintendente do APM Terminals, Ricardo Arten, explica que o novo recorde é um fator importante para a redução dos custos portuários, além de confirmar a exce-lência operacional que é uma das marcas da APM Terminals em nível mundial. Com a eficiência comprovada, os armadores adquirem maior confiança no terminal itajaiense, tornando mais viável a atração de novas linhas e clientes à APM Terminals.

Os equipamentos utilizados na movimentação dos con-têineres conferem mais agilidade, segurança e eficiência às ope-rações. Isto reflete a importância dos investimentos para o bom resultado das movimentações portuárias. •

Próximo convidado será o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Jr, que falará com os colaboradores da empresa

Paulo Hem

mer

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32 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

PORTOS DO BRASIL

EM 2014Porto Itapoá projeta ampliação da infraestrutura

O Porto Itapoá está entrando em uma nova fase do pro-jeto, que prevê a expansão

física e operacional do empreendimen-to. Hoje, o terminal tem capacidade para movimentar 500 mil TEUs. Com o projeto de ampliação do cais de 630 para aproximadamente 1.200 metros, e do pátio, de 150 mil m² para 450 mil m², o Porto Itapoá poderá movimentar até 2 milhões de TEUs por ano.

Para aumentar a capacidade de movimentação de contêineres refrige-rados, também serão instaladas 3.620 novas tomadas reefers. Atualmente, o terminal possui 1.380 tomadas, tecno-logia que será ampliada para atender a crescente demanda de cargas refrigera-das do Sul do Brasil, região onde estão concentrados os maiores frigoríficos da

América Latina.Além deste significativo avanço

da infraestrutura do terminal, a área retroportuária também tem se torna-do um grande centro de investimentos na região, atraindo investidores e em-presários do ramo logístico de todo o mundo. São 12 milhões de m² dispo-níveis numa área de 8 km de rodovias que dão acesso ao terminal.

Renovação da frotaMais novo porta-contêineres em

operação no serviço de cabotagem, o navio “Pedro Álvares Cabral”, que faz parte do programa de renovação da frota da Aliança Navegação e Logística, atracou no Porto Itapoá na noite do dia 25 de julho.

O navio é o segundo de uma

série de quatro navios idênticos desse armador com capacidade nominal de 3.800 TEUs e 500 tomadas para con-têineres refrigerados. O primeiro navio da nova frota da empresa, o “Sebastião Caboto”, já faz escala no Porto Itapoá desde março.

Com investimentos de mais de R$ 450 milhões, a série de navios constitui um novo marco no serviço de cabotagem no Brasil. São equipados com a mais moderna tecnologia para a segurança da tripulação e da carga, e também para a redução do consumo de combustível. Como resultado, pos-suem os menores índices de emissão de gases de efeito estufa por tonelada transportada, aumentando ainda mais os benefícios ambientais do modal em relação ao transporte rodoviário.•

Divulgação Porto Itapoá

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PORTOS DO BRASIL

34 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

A Portonave divulgou a movimentação do mês de junho e o balanço das atividades do primeiro se-mestre de 2013. Pelo segundo mês consecutivo

o Terminal Portuário de Navegantes bateu recorde de movimentação de contêineres: 64.027 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés).

Na área de responsabilidade social, a empresa in-vestiu em projetos e ações, como patrocínio para a cons-trução do Centro Integrado de Cultura de Navegantes e parceria nos projetos do Espaço Contém Cultura. O plantio de 6 mil mudas de árvores para compensar as emissões de carbono dos caminhões Terminal Tractors e a conquista do Prêmio Empresa Cidadã 2013 da ADVB/SC, com o case Ecoponto, foram os destaques do semestre na área de responsabilidade ambiental.

Somados os seis primeiros meses do ano, a Porto-nave movimentou 333.296 TEUs – um crescimento de 18,8% se comparado ao mesmo período do ano pas-sado. Os números positivos vêm tanto da importação quanto da exportação. Mesmo com a unificação do ICMS, a empresa cresceu 17,5% nas importações e registrou recorde de importação de contêineres dry (seco). Foram importados 15.183 TEUs – 46,8% a mais se comparado com junho de 2012.

A exportação de contêineres reefer também teve

excelente desempenho, superando o recorde do mês anterior. Em junho foram movimentados 9.351 TEUs – um incremento de 58,6% na comparação com o mesmo mês de 2012. As exportações totais cresceram 33%. Os dados contrariam o mercado nacional. As exportações brasileiras tiveram uma redução de 0,7% no primeiro se-mestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior.

Para o diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, os números são reflexo do trabalho eficiente e comprometido da equipe de mais de 900 funcionários. “Parte deste recorde, deste sucesso, devemos ao esforço dos nossos colaboradores que se dedicam a este projeto”, comenta Castilho. A che-gada e operação dos novos equipamentos, a ampliação de serviços e acordos comerciais e o tamanho das embar-cações são outros fatores que justificam este crescimento, segundo o diretor-superintendente operacional da Porto-nave, Renê Duarte.

Ações que merecem destaque Novos equipamentos: A Portonave recebeu

em abril três novos portêineres e cinco novos transtêine-res para incrementar a frota de equipamentos do Terminal

MOVIMENTAÇÃOPortonave cresce 18,8% no primeiro semestre

Divulgação Portonave

Page 35: Revista Portuária - Agosto 2013

O terminal TESC de São Francisco do Sul recebeu, no dia 19 de julho, a visita de uma comitiva composta por representantes da Associação dos Produtores de

Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja/MT), Movi-mento Pró-logística, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (MAPA), Associação Brasileira das Indústrias de Óle-os Vegetais (Abiove) e Confederação Nacional da Agricultura (CNA), interessados em conhecer os serviços oferecidos pelo Terminal para o agronegócio. Eles também participaram de uma reunião técnica com representantes do TESC, do Porto de São Francisco do Sul e da BR-Agri, empresa que faz a logística dos grãos em contêineres. A equipe também visitará outros portos.

No setor portuário, o TESC se destaca no transporte de grãos em contêineres e está localizado no Porto de São Fran-cisco do Sul, eleito o melhor do Brasil em ranking feito pelo Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS), que ouviu 189 pro-fissionais de logística de 157 empresas. A pesquisa avaliou itens como calado, modais de transporte e acesso – quesito em que o TESC desponta como o único terminal catarinense que ofe-rece transporte ferroviário de contêineres.

Em março deste ano, o TESC realizou o maior embarque de grãos em contêineres em uma única escala: 137 contêineres estufados com soja, totalizando 2,7 mil toneladas, foram trans-

COMITIVAProdutores de soja do Mato Grosso vieram conhecer

serviços do TESC voltados ao agronegócio

portados pelo navio “Sunny Oasis”, com destino a Port Ke-lang (Malásia) e Kaoshiung (Taiwan e China). O processo foi realizado em parceria com a BR-Agri, e a expectativa do Terminal é aumentar os volumes gradativamente, inician-do o ano com soja e terminando com milho. Os volumes movimentados no primeiro semestre de 2013 superam 44 mil toneladas ou cerca de 3200 teus. Para o segundo semestre, as previsões são mais otimistas, de acordo com o gerente comercial do TESC, Cláudio Flores.•

No setor portuário, o TESC se destaca no transporte de grãos em contêineres e está localizado no Porto de São Francisco do Sul

Divulgação TESC

PORTOS DO BRASIL

Economia&Negócios • Agosto 2013 • 35

e aumentar a movimentação de cargas. A empresa ad-quiriu também um novo scanner que permite inspecio-nar até 150 caminhões por hora.

Responsabilidade social: Por meio do pro-grama “Portonave de Todos, De Mãos Dadas com a Responsabilidade Social”, a empresa investiu em proje-tos e ações na cidade de Navegantes e região. Destaque na área cultural para a parceria com a Fundação Cultural de Navegantes para a construção do Centro Integrado de Cultura de Navegantes. Na área de saúde, a Porto-nave doou 80 cobertores ao Hospital de Navegantes. No Esporte, a empresa patrocinou os Jogos Escolares de Navegantes (JEN) com a doação de camisetas e ma-terial gráfico. Ainda, a Portonave é parceira do Instituto Caracol no Projeto Contém Cultura, com o repasse de R$ 90 mil neste primeiro semestre. O projeto está com matrículas abertas para as oficinas de arte.

Responsabilidade ambiental: A Portona-

ve promoveu a Semana do Meio Ambiente, em junho, com a doação de dois Ecopontos, doação de contento-res e miniecoponto para a escola Eni Erna Gaya, doação de mudas frutíferas, nativas e exóticas e plantio de 6 mil mudas (5,5 hectares) de árvores nativas como compen-sação de 973,42 tCO2e (tonelada de dióxido de car-bono equivalente), o que significa o total das emissões atmosféricas dos caminhões Terminal Tractors (TTs) da empresa, referente ao ano de 2010. Ainda, o Terminal destinou R$ 127.500 para a Unidade de Conservação do Parque Municipal de Navegantes e outros R$ 81.350 para o Parque Estadual Serra Furada.

Prêmio: A Portonave foi uma das vencedoras do Prêmio Empresa Cidadã 2013, da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC). A empresa conquistou a premia-ção na categoria Preservação Ambiental com o case Ecoponto. •

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36 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

PORTOS DO BRASIL

O Ibama emitiu em fins de julho a licença de opera-ção do Porto de Paranaguá. A licença 1173/2013 regulariza 10 anos de pendências ambientais do

Porto, que teve licença até o ano de 2002. “Estamos muito contentes com a emissão desta licença porque ela repre-senta um marco e uma vitória. Agora, o Porto de Paranaguá estará apto para viabilizar seus projetos de ampliação e me-lhoria, sempre em convergência com o planos e projetos da infraestrutura do estado”, afirma o secretário de infraestru-tura e logística, José Richa Filho.

A Appa firmou também um convênio com a Funespar para a criação de uma base de prontidão especializada no resgate e na despetrolização da fauna em caso de acidentes ambientais na área do complexo estuarino da Baia de Para-naguá. Tratava-se da ultima exigência não atendida dentro da lista de exigências do Ibama para a aprovação do Plano de Emergência Individual (PEI) e, por consequência, da emissão da licença de operação.

“A obtenção da licença de operação do porto é ex-tremamente importante porque estamos virando a página de uma situação irregular que perdurou por anos em Para-naguá. Isso só foi possível graças ao apoio de toda a equipe

técnica do Ibama e da Appa que entendeu a importância dis-so para o estado e para a nação ”, explica o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

Projetos Com a licença de operação, o Porto de Paranaguá tem

o aval dos órgãos ambientais para desenvolver seus projetos de melhorias – como os projetos de acostagem, dragagem e ampliação. A licença de operação habilita o porto a realizar todos os demais licenciamentos necessários para a execução dos projetos estruturantes.

De acordo com Dividino, o documento permitirá que o Porto de Paranaguá volte a crescer de forma ordena-da e em harmonia com a cidade e com o meio ambiente. “Nós utilizamos o canal de acesso ao porto numa região sensível e temos a obrigação de cuidar do meio ambien-te. Esta era uma determinação do governador Beto Richa, que déssemos total prioridade para a regularização desta situação. Com a licença de operação, o porto passa estar regular perante autoridades ambientais e permite alcançar importantes projetos de melhoria que já temos traçados”, finaliza Dividino. •

VITÓRIAIbama emite licença de operação do Porto de Paranaguá

De acordo com Dividino, o documento permitirá que o Porto de Paranaguá volte a crescer de forma

ordenada e em harmonia com a cidade e com o meio ambiente

Page 37: Revista Portuária - Agosto 2013

Economia&Negócios • Agosto 2013 • 37

PORTOS DO BRASIL

A Superintendência do Porto do Rio Grande, através da Divisão de Meio Ambiente, Saúde e Segurança (Dmass), realizou, no dia 25 de ju-

lho, o 3º Simulado do Plano de Emergência Individual (PEI), com combate a vazamento de óleo. Durante o treinamento, foi desenvolvido o exercício de resposta, incluindo comunicações e mobilizações de recursos. O simulado, iniciado aproximadamente às 8h20min e finalizado às 11h, teve acompanhamento de fiscais am-bientais do Ibama.

O simulado começou com o avistamento da mancha (boia de sinalização) e logo após foram realiza-das as comunicações aos setores da SUPRG responsá-veis por atuar em emergência, como a Guarda Portuá-ria, que faz o isolamento da área. Em seguida, a base de emergência foi acionada e o órgão ambiental foi infor-mado do ocorrido. A partir deste momento, a equipe da Ecosorb, empresa contratada pela SUPRG, realizou

a contenção do derrame e a mitigação do impacto ambiental causado. Ao todo, 18 pessoas participaram do simulado.

De acordo com o Chefe da Dmass, Alexandre Caldei-rão Carvalho, a avaliação do simulado é positiva. “A emer-gência foi contida e o tempo de resposta está dentro do pla-nejado. Mas a intenção é sempre melhorar esse tempo com a realização de mais treinamentos”, afirmou. Conforme ele, a equipe atuante é capacitada e habilitada para operar e os equipamentos foram considerados adequados e suficientes. De acordo com o Plano de Emergência Individual, a SUPRG deve realizar um simulado por ano, podendo haver outros de acordo com a solicitação do órgão ambiental.

Para o Diretor Superintendente do Porto, Dirceu Lo-pes, a realização dos simulados mostra a preocupação do porto em atender todas as condicionantes ambientais. “O Porto do Rio Grande tem o compromisso com a questão ambiental. Estamos em permanente processo de melhoria e adequação para que possamos continuar sendo referência no cuidado com o meio ambiente”, destacou.

O Porto promove, periodicamente, exercícios especí-ficos envolvendo todas as áreas que direta ou indiretamente possam vir a atuar no combate às situações de emergência. Os exercícios buscam o envolvimento e a participação das partes interessadas na medida do possível e do aplicável. •

TREINAMENTOPorto do Rio Grande realiza 3º Simulado

do Plano de Emergência Individual

Page 38: Revista Portuária - Agosto 2013

UM GIGANTE EM

O recorde em movimentação foi registrado em uma operação que envolveu três guindastes,

movimentando 2.900 contêineres em 30 horas, o que equivale a 98 movimentos por hora.

Além do recorde em movimentação, a APM Terminals Itajaí também bateu o recorde de produtividade,

completando mais de 44 movimentos por hora por portêiner, um número que pode ser comparado aos

melhores padrões de terminais asiáticos. Os novos recordes podem reduzir os custos portuários, e

ainda comprovam porque a APM Terminals leva a marca de excelência portuária a nível mundial.

www.apmterminals.com.br

A APM Terminals Itajaí bateu dois recordes em menos de 30 dias.

Page 39: Revista Portuária - Agosto 2013

UM GIGANTE EM

O recorde em movimentação foi registrado em uma operação que envolveu três guindastes,

movimentando 2.900 contêineres em 30 horas, o que equivale a 98 movimentos por hora.

Além do recorde em movimentação, a APM Terminals Itajaí também bateu o recorde de produtividade,

completando mais de 44 movimentos por hora por portêiner, um número que pode ser comparado aos

melhores padrões de terminais asiáticos. Os novos recordes podem reduzir os custos portuários, e

ainda comprovam porque a APM Terminals leva a marca de excelência portuária a nível mundial.

www.apmterminals.com.br

A APM Terminals Itajaí bateu dois recordes em menos de 30 dias.

Page 40: Revista Portuária - Agosto 2013

Burocracia, altos custos e desaceleração econômica. Elementos que somados aca-bam por impactar nas variáveis da econo-

mia, como a inflação, a desvalorização da moeda e o custo de serviços e produtos, por exemplo. Muitas são as variáveis que influenciam o preço do que chega à sua mesa. A alta do dólar, a escassez de uma safra, os problemas de infraestrutura do Brasil, o valor do frete marítimo. Este último, o transporte pelo mar, é o modal mais utilizado no comércio internacional.

No Brasil, responde por aproximadamente 95% do que é transportado para outras nações

do globo. É pelo mar que chegam e saem as ri-quezas nacionais, logo tudo que envolve o co-mércio nos mares está sujeito aos humores do mercado. Com o frete marítimo não é diferente. É justamente ele um dos índices que influencia na alta dos preços do que você consome. Se o frete está caro, o que você consome na sua mesa e os produtos que você adquiri, também estarão. Pelo menos é isso que revela o estudo intitulado “Frete Marítimo e seu impacto na arrecadação tributária e na inflação”, do Instituto Brasileiro de Planeja-mento Tributário – IBPT.

De janeiro de 2009 a abril de 2013, o valor

VILÃOA soma de altos impostos, burocracia e problemas na infraestrutura,

denominada de Custo Brasil, é a responsável pela alta no preço do frete marítimo e por conseqüência dos produtos que chegam à sua mesa

40 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

O custo do frete marítimo tem sua relevância no fato de que

95% das importações ocorrem através da via marítima

CUSTO BRASILD

ivulgação Porto de Itajaí

Page 41: Revista Portuária - Agosto 2013

do frete marítimo teve um aumento de 82,11%, em dólar, passando de US$ 42,33 para US$ 77,09 por tonelada. O estudo do IBPT aponta que, do início de 2009 até o pri-meiro quadrimestre de 2013, a arrecadação dos tributos sobre a importação totalizou US$ 226,15 bilhões, ou seja, R$ 435,43 bilhões. Caso não houvesse aumento do cus-to do frete marítimo, a arrecadação tributária seria menor em US$ 5,51 bilhões, ou R$ 10,55 bilhões. O custo deste serviço interfere na base de cálculo dos tributos sobre im-portação e representa um impacto na arrecadação.

De acordo com o presidente do Conselho Supe-rior e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, “os produtos importados estão cada vez mais pre-sentes nas compras das famílias brasileiras, tanto pelo con-sumo direto de itens fabricados no exterior quanto pela utilização de insumos na produção de bens e serviços. O aumento no custo do frete marítimo impacta diretamente

Economia&Negócios • Agosto 2013 • 41

Ponderado, professor Romeu alerta para o fato de que enquanto os gargalos de estrutura tomarem conta do Brasil, os custos

extras da economia seguirão subindo

CUSTO BRASIL

Leonardo Thomé

Page 42: Revista Portuária - Agosto 2013

nos preços finais”.Para Amaral, o aumento está diretamente ligado à crise

financeira internacional. “É uma compensação dos armadores. Com a crise econômica, houve uma diminuição nos preços do frete nos Estados Unidos e na Europa. Como no mesmo período houve um aumento no fluxo de importações no Bra-sil, as empresas compensam suas perdas aqui”, justifica.

Existem apenas 16 empresas armadoras no mundo, que operam em portos ao redor do globo. Dessa forma, elas praticam essa política de compensação que Amaral considera bastante prejudicial ao Brasil. “É preocupante, pois não se tem controle sobre os preços do frete. Eles são definidos pelas empresas que, em uma posição privilegiada, por não serem vistas, não enfrentam pressão popular ao repassar o aumento para os seus preços”, argumenta.

O IBPT apurou ainda que o aumento de 82,11% no valor do frete sobre as mercadorias importadas também se refletiu na inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Pre-ços ao Consumidor Amplo), que teve um crescimento de 1,82 ponto porcentual no período, sendo 0,75 ponto per-centual somente no ano de 2012.

O presidente-executivo da União Brasileira de Avicul-tura (Ubabef), Francisco Turra, disse que o reajuste no frete - anunciado pelas transportadoras marítimas no fim de 2012

- é extremamente prejudicial para o setor de frangos no país. “Essa é uma questão que afetará diretamente a competitivi-dade do setor exportador brasileiro em um momento extre-mamente delicado para a economia mundial. Surpreende a todos a falta de sensibilidade desses transportadores, ao mes-mo tempo em que causa estranhamento o alinhamento de preços’, reclama Turra.

ArmadoresDesde novembro de 2012, começaram a chegar aos

clientes cartas com novos preços das transportadoras maríti-mas, que entraram em vigor já em 1º de dezembro ou no iní-cio de 2013. Chama atenção a coincidência de valores. Qua-se todos os aumentos são de US$ 1.500 por contêiner. Dos maiores armadores do mundo, apenas um deles apresentou tabela variável de U$ 600 a U$ 1.000 por contêiner.

“O Custo Brasil atrasa a economia e o desenvolvimento do Brasil”Pior que o preço dos armadores, só o Custo Brasil. O

economista Manoel Antônio dos Santos, que é coordenador dos cursos de Comércio Exterior e Gestão Portuária na Uni-vali, em Itajaí, afirma que esse custo está exemplificado nas más condições das estradas, na inexistência ou ineficiência das

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CUSTO BRASIL

Divulgação Porto de Itajaí

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Economia&Negócios • Agosto 2013 • 43

Segundo Eclésio, os fretes internacionais não podem – ou não devem - ultrapassar 10% do valor da mercadoria

CUSTO BRASIL

ferrovias, na falta de estrutura de muitos terminais, na lentidão do Brasil enquanto instituição. Assim, essa somatória de problemas gera um caos em diferentes pontas da engrenagem econômica do país.

“Um exemplo é a falta de espaços para armazenagem de cargas, inclusive este ano foi um caos a safra de grãos, pois faltam armazéns e estrutura para atender a demanda global por mercadorias. E isso faz o Brasil andar para trás, muitas vezes”, expõe o professor Manoel, também conhecido como Maneca, para concluir o raciocínio. “O Custo Brasil atra-sa a economia e o desenvolvimento do Brasil”.

Eclésio da Silva, presidente do Sindicato das Agências Marítimas de Santa Catarina (Sindasc), não quis comentar os números da pesquisa do IBPT por não ter tido acesso a metodologia do estudo. De qualquer for-ma, ele confirmou que ocorreram reajustes nos fretes de cargas a granel, mas isso se deu em função de mecanismos internacionais e da variação das commodities, no caso fatores cíclicos. Entretanto, nas cargas contei-nerizadas, Eclésio diz que os aumentos não foram nem perto de 80%.

“O frete marítimo segue uma lei de mercado, ou seja, oferta e pro-cura. Havendo oferta de espaço é natural que o frete tende a baixar, mas com oferta de mercadorias para serem transportadas, o contrário também acontece. Não se trata de perder ou ganhar, mas de ajustes que necessitam ser feitos. Os armadores vêm ao longo dos anos diminuindo a sua margem de resultados por conta de pressão sobre o frete”, analisa

Divulgação AC

II

Page 44: Revista Portuária - Agosto 2013

Eclésio, que é diretor de Relações Institucionais da Multilog e vice-presidente da ACII (Associação Comercial e Industrial de Itajaí).

Com vasta experiência na área de navegação, o execu-tivo ressalta que todo aumento na economia, de certa forma, impacta nas variáveis dessa mesma economia. “Isso tudo é controlado pelo mercado”. O frete marítimo é composto por variáveis diversas, que vão desde o aumento do combustível a nível internacional até a economia do país de onde partem ou chegam mercadorias pelo modal marítimo.

“Ou seja, variação cambial, encargos locais, burocracia. Os valores dos fretes de exportação e importação nem sem-pre são semelhantes, como os reajustes também não o são. As variáveis passam também por demanda de tipo de carga. Exemplo: se o país é mais comprador do que vendedor, o frete de importação é, via de regra, mais baixo do que o de exporta-ção, e vice-versa. Se há demanda por um tipo de equipamento, as reposições destes podem estar inclusas no valor do frete, e consequentemente este será reduzido. Portanto, algumas con-dicionantes podem fazer os fretes serem mais ou menos caros”, explica Eclésio.

Condicionantes que também interferem no preço do frete rodoviário, como destaca o empresário itajaiense Rodrigo Vequi da Silva, diretor da VS Transportes, empresa com mais de 13 anos de atuação no mercado. Para Rodrigo, a economia de-saquecida, o aumento do dólar, e a alta no preço dos combus-tíveis são os vilões do frete, tanto nas estradas como nas águas. “Só em 2013, o frete aumentou 5%. O cenário dos transportes nos últimos anos está sofrendo muito com as oscilações da eco-nomia, especialmente a brasileira, que já andou bem melhor”, observa Rodrigo.

Coordenador do curso de Logística da Univali, o profes-sor Romeu Zarske de Mello, explica que o Custo Brasil é a falta de investimentos em todos os setores da cadeia produtiva, o que faz com que partes importantes da cadeia sejam relega-das e, assim, o resultado é um país que caminha lentamente quando o assunto é ultrapassar antigos vícios e barreiras que nos acompanham desde a chegada dos portugueses há séculos. “Sem investimento em um sistema logístico, algumas partes da cadeia sempre terão prejuízos, o que acabará afetando de algu-ma maneira a economia como um todo”, diz Romeu.

O custo de um navio paradoUm navio carregado com 4.000 TEUS (unidade de medi-

da equivalente a um contêiner de 20 pés), se ficar um dia inteiro parado esperando para entrar em um porto, como aconteceu com frequência nos terminais graneleiros do Brasil em maio e junho, custa aproximadamente U$ 35.000,00 de afretamento/dia. Portanto, é mais ou menos esse o custo dos armadores com

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navios parados e atrasos na operação portuária. “Navios de cabotagem são embarcações de bandeira brasileira, mas não fogem muito desses números também”, re-vela Eclésio.

Segundo o exe-cutivo, os fretes interna-cionais não podem – ou não devem - ultrapassar 10% do valor da mer-cadoria. Todavia, alerta, isso não é uma regra e sim um parâmetro. “Os custos dos navios estão demasiadamente altos. E isso reflete no frete. A competividade e a oferta de linha de navegação podem influenciar em quedas, embora não muito acentuadas, dos valores dos fretes”.

Sobre o que poderia ser feito pelos armadores e go-verno brasileiro para equilibrar a balança do frete, aponta Eclésio, está a necessidade de haver uma diminuição dos custos portuários. “Não exatamente os custos de docas, mas da operação em si. E, mais diretamente, os terminais instalados em portos organizados, onde é compulsória a utilização de mão de obra avulsa, o que eleva os custos de operação, principalmente para navios full contêineres, como são a grande maioria dos navios, dotados de alta tecnologia operacional, e que necessitam de pouca interfe-rência de mão de obra. Resumindo, precisamos é baixar o chamado custo Brasil”.

Importação de mercadoriasA importação de mercadorias no Brasil tem impor-

tantes reflexos tanto na arrecadação tributária, quanto na

O que é?O frete é a remuneração paga ao arma-

dor (dono do navio) pelo serviço de transporte de mercadorias. O valor de um frete marítimo pode ser calculado de forma global, com um preço único que cubra todo o transporte da carga, sem acréscimo de quaisquer adicionais; ou, pode ser cobrado um frete básico mais al-guns adicionais para situações específicas.

CUSTO BRASIL

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inflação. O custo do frete marítimo tem sua relevância no fato de que 95% das importações ocorrem através da via marítima.

De janeiro de 2009 a abril de 2013, as importações brasileiras totalizaram US$ 620,76 bilhões, corresponden-tes a 515,60 milhões de toneladas, a um preço médio de mercadoria importada por tonelada de US$ 1.203,96.

Custo Brasil – situação do transporte de cargasA soma de altos impostos, dólar em alta e proble-

mas na infraestrutura, denominada de Custo Brasil, é um conjunto de problemas estruturais, burocráticos e econô-micos, que torna nossos produtos e serviços mais caros e menos eficientes, dificultando investimentos e o cresci-mento interno.

De acordo com Marcelo Petrelli, presidente do Sin-daesc (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina), o indicador é um resumo de tudo que incide sobre os preços de produtos e serviços realizados no país. “É uma maneira de medir o quanto nossos pro-dutos e serviços perdem com atrasos, burocracia e falta de infraestrutura”, explica Petrelli.

Não existe uma medida clara do que compõe o

Custo Brasil, mas percebe-se esse “custo” nas dificuldades enfrenta-das pelas empresas com relação aos altos impostos e taxas; sistemas trabalhista previdenciário e fiscal complexos e pesados; infraestrutura deficiente (por exemplo: rodovias, portos); corrupção e impunidade em diversos setores da sociedade; déficit público; taxa de juros elevada; dentre outros.

Para efeito de exemplo, a carga tributária que incide sobre a economia brasileira é de aproxima-damente 40% do PIB (Produto In-terno Bruto), uma das mais altas do mundo. De acordo com um estudo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abi-maq), realizado em 2012, o Cus-to Brasil faz com que um mesmo produto agrícola seja produzido no Brasil com preço 36% maior do que nos EUA e Alemanha.

Entre os componentes do Custo Brasil medidos pela Abimaq estão o impacto dos juros sobre o capital de giro, que na média gera custo 7,95% superior ao dos con-correntes internacionais, e preços de insumos básicos, cuja diferen-ça de custos é de 18,57% entre a produção nacional e a americana e alemã.

Outros fatores de custo adi-cional: impostos não recuperáveis na cadeia produtiva (2,98%), encar-gos sociais e trabalhistas (2,84%), lo-gística (1,90%), burocracia e custos de regulamentação (0,36%), custos de investimento (1,16%) e custos de energia (0,51%). •

O frete é uma composição de várias parcelas

a) custos fixos: compreendem a amortização do capital, juros, depreciação, impostos e seguros. São cotados, na sua maioria, em dólares americanos;b) custos variáveis da operação do navio: incluem os gastos com a tripulação, alimentação, água potável, combustível, manutenção e reparos da embarcação;c) custos portuários diretos: são aqueles relacionados à utilização dos equipamentos e instalações portuárias terrestres ou marítimas, embarque e desembarque de cargas;d) custos portuários indiretos: compreendem aqueles relacionados à contratação dos serviços de praticagem, rebocadores, etc.;e) margem de lucro: é a contribuição marginal que o serviço de frete contratado irá oferecer ao armador.

CUSTO BRASIL

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46 • Julho 2013 • Economia&Negócios46 • Agosto 2013 • Economia&Negócios

Um homem que sempre esteve ligado ao mar. Mesmo antes de ingressar na Marinha Mercan-te, há mais de 30 anos, Antônio José de Mattos

Patrício Junior, carioca da gema, já convivia com as belezas litorâneas e marítimas do Rio de Janeiro (RJ). Cidade, aliás, que ainda está encrustada no sotaque, no senso de humor e na preferência futebolística do executivo, apaixonado pelo Botafogo.

Na Marinha (Escola de Formação de Oficiais de Ma-rinha Mercante – EFOMM, turma de 83), Antônio adquiriu o nome de guerra de Patrício. Oficial Patrício. Depois, ao entrar no concorrido e rico mercado marítimo precisou usar dois nomes. Foi então que o Junior se incorporou ao nome do Presidente (CEO – Chief Executive Officer) do Porto Itapoá, hoje com 52 anos, tendo como base familiar dois filhos botafoguenses, Caio e Victor, e a esposa Sonia.

Patrício Júnior iniciou suas atividades em Itapoá em dezembro de 2010, seis meses antes do início das opera-ções. Uma das características marcantes de seu perfil pro-fissional, o que ficou claro em quase uma hora de conversa com a Revista Portuária – Economia & Negócios, é a sua incansável busca por competição, resultados, qualificação e excelência operacional.

Essas características foram decisivas para que o Con-selho de Administração do porto (formado pelas empresas Battistella, Aliança Navegação – Grupo Hamburg Süd, e

PERFIL PATRÍCIO JÚNIOR

VIVÊNCIAO executivo carioca que

conhece o mundo e adotou o Litoral

catarinense

Patrício explica que o Porto Itapoá está

enquadrado em Santa Catarina não

para disputar espaço com os outros quatro terminais portuários, mas sim para fazer

parte da cadeia logística do Estado

Page 47: Revista Portuária - Agosto 2013

Economia&Negócios • Agosto 2013 • 47

PERFIL PATRÍCIOJÚNIOR

LOGZ – Logística Brasil), escolhesse Patrício para assumir o cargo máximo da empresa.

Mais de dois anos e meio depois de ter chegado a Ita-poá, numa manhã fria e ensolarada de julho, Patrício recebeu a reportagem para uma conversa franca, em que a implanta-ção do porto, as dificuldades trilhadas no caminho, a conquis-ta da parceria com a menina dos olhos do governo estadual – a BMW -, a concorrência com outros terminais catarinenses e as condições naturais da Baia da Babitonga foram tônica do bate papo. Isso tudo é o lado profissional, óbvio.

Pois o lado pessoal de Patrício também vai aparecer nesta entrevista perfil, onde você vai conhecer um pouco mais deste sujeito de voz grave e sorriso contido, que des-contrai quando revela a idade, brinca com a rivalidade do fu-tebol, mas fala sério se o assunto for o mercado de navegação e logística e seu trabalho à frente do Porto Itapoá.

MarinhaO início da vida profissional de Patrício, aos 19 anos,

foi um período nômade. Também pudera, durante 12 anos de Marinha Mercante, o executivo conheceu o mundo e sua

casa, naqueles tempos de Oficial, era em cada semana um porto e em quase todas as outras o navio. Rotina de bônus e ônus, este último representado pela distância dos familiares e da esposa. “Quando eu pisava em terra firme, com 20, 21 anos, contava para os amigos ‘antes de ontem eu dormi em Nova York, acordei na Filadélfia e dormi de novo em Miami’. Parecia ser grande coisa, mas para mim era simples. Claro, que isso tudo tinha um preço, que era a distância e saudade da família”, observa.

Patrício conheceu mais de 100 países em seu tem-po de Marinha. Ainda bem que na época as embarcações permaneciam por até duas semanas nos portos. Assim, foi possível conhecer um pouco mais de cada lugar por ele de-sembarcado, como a Itália. “Às vezes ia para Génova e ficava até duas semanas. Conhecia a Itália inteira. Dividia o serviço, tirava quatro dias de trabalho e 10 para conhecer a Itália, de trem. Então, ainda tinha um romantismo nessa época. Era diferente”, recorda.

Durante o período na Marinha, nasceram seus dois fi-lhos. Ele conta que na época as viagens eram mais puxadas. Um retorno para o Rio de Janeiro, por exemplo, levava de

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seis a nove meses. Mesmo que seus rebentos tenham apren-dido a engatinhar no convés de um navio, Patrício decidiu que 12 anos já era tempo suficiente de serviços prestados a Marinha do Brasil. “A minha esposa e os filhos iam juntos nas viagens algumas vezes, mas ainda assim sentia que era hora de estar mais em terra firme”.

MercadoDepois da Marinha, o mercado.

Patrício iniciou a carreira de executivo na tripulação de navios do armador brasilei-ro Aliança Navegação e Logística, onde ficou até 1995, um ocasional período de três anos trabalhando (relativamente) fixo na cidade natal. De lá para cá, ele teve a trajetória profissional focada na implan-tação, consolidação e administração de terminais portuários mundo afora.

Sua primeira experiência no mercado foi como geren-te de operações da Sealand no interior paulista, em Campi-nas (SP). “Na época, a Sealand era a segunda maior empresa do mundo na operação de contêineres e, dois anos depois, a empresa número um comprou a número dois”, comenta Patrício, que possui MBA em Administração Portuária pela Lloyds Business Academy e pela Universidade de São Paulo (USP), e Formação de Executivos, pelo IMD Business School, na Suíça.

Após aquisição da Sealand pelo Grupo APMoller-Ma-ersk, Patrício passou a gerenciar as operações da MaerskSea-land em São Paulo (SP). Em 2002 foi convidado pelo Grupo APMT a implantar o Ceará Terminal Operator (CTO), hoje APM Terminals Pecém, em Pecém, no Ceará.

Após dois anos de consolidação do projeto, a APMT o deslocou para executar a transição do recém-adquirido Ter-minal de Contêiner de Aqaba, na Jordânia. Por lá era diretor executivo (CEO), e criou um verdadeiro case de sucesso entre os terminais da APMT no mundo. Patricio acabou ga-nhando a honraria do passaporte jordaniano diretamente das mãos do Rei Abdullah, da Jordânia. Aqaba se tornou, depois da gestão de Patrício, um dos principais terminais de contêi-neres do Oriente Médio.

A partir de 2007 o executivo passou a ser o diretor comercial da APMT para as Américas, sediado no Panamá. Em 2010, um novo e importante desafio em sua carreira: implantar o mais novo terminal portuário da América Latina, o Porto Itapoá. Inicialmente atuou como Chief Commer-cial Officer – (CCO) e, em janeiro de 2012, assumiu como (CEO), posição que ocupa atualmente.

Patrício afirma que os diferentes países, culturas e se-tores da navegação por onde passou lhe deram um lastro de conhecimento que hoje está a serviço de Itapoá e de Santa Catarina. “Você é uma pedra bruta e vai se lapidando, como

o diamante. A experiência nos ensina, as pessoas que trabalham com a gente nos ensinam, então, tem coisas que só o tempo nos ensina, errando e acertando. Não só a experiência, mas a exposição a coisas diferentes, como as variadas em-presas que passei”, avalia, acrescentando que no exterior fez uma rede de conta-tos que até hoje lhe proporciona subsí-dios para seu trabalho.

Itapoá para trabalhar; Balneário Camboriú para morar

Antes de ingressar no projeto Itapoá, Patrício se apai-xonou por outra cidade litorânea de Santa Catarina: Balneário Camboriú. Que nas suas palavras “é o Leblon sem o resto do Rio”. E Balneário foi fundamental para que hoje o executivo esteja em Itapoá. Em 2009, depois de deixar a APMTermi-nals, Patrício foi convidado para trabalhar no Vietnã, no en-tanto, àquela altura, depois de tanto tempo perambulando pelo mundo, ele queria fincar o pé num lugar. Um lugar para chamar de seu. Algo que encontrou e não cansa de elogiar. “Balneário é tudo de bom, eu sou um apaixonado pela cida-

PERFIL PATRÍCIO JÚNIOR

“A experiência nos ensina, as pessoas que trabalham com a gente nos ensinam, então, tem

coisas que só o tempo nos ensina, errando e acertando.”

Patrício, à direita, está envolvido diretamente com as necessidades e anseios de Itapoá e região

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de. A cidade que eu escolhi”.Patrício, inteirado que

estava do projeto Itapoá, espe-culou por que não viver entre essas duas cidades, unido o melhor de cada uma: a tran-quilidade e as belezas de Ita-poá com o charme e agitação de Balneário. Eis que veio o convite para ingressar no por-

to, aceito sem pestanejar, depois de um ano sabático, fruto do acordo de desligamento com a APMT.

Hoje, cada um dos dois municípios habita um cantinho do coração do executivo. “Itapoá também é outra maravilha, guardadas as devidas proporções de não ter essa vida agitada. Mas Itapoá tem 32 quilômetros de costa, 16 mil habitantes, eu chego ao trabalho rapidinho, levo uma vida sossegada. Tá uma maravilha”, comenta Patrício, que fica em Itapoá de segunda a sexta, usufruindo, muitas vezes, seus finais de semana menos de 200 quilômetros ao sul.

Dificuldades iniciaisEm junho de 2011, o cenário portuário catarinense ga-

nhava um novo integrante, o Porto Itapoá. O início da opera-ção, de um projeto longo que teve seu embrião plantado no início dos anos 90, não foi fácil. A metáfora usada por Patrício é a de que as dificuldades eram semelhantes à de um cachorro correndo atrás de seu rabo, sem nunca conseguir pegá-lo. “É

complicado você ter um projeto, apresentar um projeto e as pessoas dizerem ‘quando o projeto estiver funcionando, a gente investe’. O que a gente fez foi pegar o cachorro, parar o cachorro, endireitar o cachorro e dizer ‘agora vai pra frente cachorro... e o rabo foi atrás’. No momento que você faz isso, você tem um rumo”, analisa.

Rumo que lá no começo tinha obstáculos no cami-nho, como a estrada que não estava pronta, a linha de transmissão inacabada, as licenças se arrastando por causa do trecho rodoviário não concluído, os investimentos que eram necessários para dar forma ao empreendimento e assim fazê-lo andar para frente. “Tivemos que investir na cidade, fazer toda uma parte política com a cidade, investir no entorno do porto, então, acabamos sendo um pouco malabaristas, mas a bola estava quente... daí alguém che-gou com a borrifa de água, e o que nos fizemos foi esfriar a bola, e seguir levando-a para cima”, destaca, para dizer que foi difícil mas não novidade. “Sabíamos o que estáva-mos fazendo, e que não seria nada fácil”.

Equipe e naturezaA natureza e a equipe são os maiores responsáveis

pela forte competitividade do Porto Itapoá, aponta Patrício. Sem a dupla, muito do que o terminal alcançou até aqui não existiria. As condições naturais estão expostas na pro-fundidade das águas que envolvem o porto - 14,0 metros no canal de acesso e 16 metros no cais -, na área mais protegida da baia, livre dos dejetos e do assoreamento,

“A equipe e todo o trabalho desenvolvido

em Itapoá deixam nossos acionistas

satisfeitos, tanto que em breve pretendemos quadruplicar o

tamanho do terminal”

Em junho de 2011, o cenário portuário catarinense ganhava um novo integrante, o Porto Itapoá

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bem diferente da maioria dos terminais brasileiros, localizados em rios. “Esse é um diferencial nosso, que procuramos passar para o cliente como vantagem competitiva”.

E os equipamentos modernos do porto? Para Patrí-cio, equipamentos e softwares o dinheiro compra. O que faz realmente a diferença são as pessoas, a equipe. E essas têm de seguir algumas regras para alçarem voos mais altos na companhia. Regras que acabam por influenciar na produtivi-dade de todos. “Aqui dentro todo mundo é obrigado a dar bom dia para o outro. Por que obrigado? Porque isso vira uma rotina de educação. No início é obrigatório, mas depois vira satisfação. Gentileza gera gentileza”, profetiza.

O feedback que Patrício afirma receber com frequên-cia é na palavra dos clientes: ‘o que faz a diferença no Porto Itapoá é o carinho e o respeito que vocês tratam a gente’. Ele exemplifica esse retorno no fato de haver empresas sediadas no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Mato Grosso (MT) que, devido à eficiência do terminal, só operam suas merca-dorias por Itapoá, mesmo estando distantes fisicamente.

Segundo o executivo, todos no Porto Itapoá são funda-mentais para o trabalho da companhia, sem exceção. Assim como todos passam por um rigoroso treinamento antes de iniciar suas atividades na empresa. A busca pela excelência no trabalho diário é ressaltada diariamente, com a participação de todos os 523 funcionários diretos da empresa nas decisões finais. “A gente ouve os funcionários, cria grupos de opinião e pesquisa, enfim, faz de tudo para que quem não esteja aqui dentro, queira entrar”, resume, para em seguida avisar: “A equipe e todo o trabalho desenvolvido em Itapoá deixam nossos acionistas satisfeitos, tanto que em breve pretende-mos quadruplicar o tamanho do terminal”. (Leia mais detalhes do projeto de ampliação do Porto Itapoá na página 32)

BMW“A BMW é especial para qualquer pessoa em qualquer

lugar do mundo”. A definição resume bem a importância do anúncio feito pela montadora alemã no início de julho, quan-do ficou confirmada a escolha do Porto Itapoá e do armador Hamburg Süd como operadores logísticos de sua futura pro-dução em solo catarinense. O Porto Itapoá situa-se a menos de 90 quilômetros de Araquari, onde a BMW irá se instalar em um terreno de 1,5 milhão de m² às margens da BR-101.

A operação do terminal para a BMW está prevista para iniciar neste mês de agosto, com a importação de peças da Europa, que embarcarão pelo Porto de Antuérpia, na Bélgica, com previsão de chegada a Itapoá até o início de setembro. Neste primeiro momento serão movimentados 10 mil con-têineres de 40 pés.

Segundo Patrício Junior, a negociação durou cerca de quatro meses e pré-requisitos como agilidade, segurança ma-rítima, alta performance e preços competitivos foram funda-mentais para a conquista do novo cliente, com exclusividade.

“O padrão da BMW é algo muito minucioso, altamente tecnológico e com alto impacto socioeconômico. Do ponto de vista logístico, o padrão utilizado pelo Porto Itapoá está alinhado com este propósito, visando a excelência em suas operações, sempre procurando a melhor solução para im-portadores e exportadores”, afirma.

ConcorrênciaPatrício explica que o Porto Itapoá está enquadrado em

Santa Catarina não para disputar espaço com os outros qua-tro terminais portuários, mas sim para fazer parte da cadeia logística do Estado, que, em sua opinião, é a melhor do Brasil. “Em Santa Catarina temos cinco portos da melhor qualidade,

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que podem atrair grandes empresas e assim oferecer pa-cotes de melhores benefícios para as grandes empresas, não apenas a BMW. Temos a GM (General Motors), que é a maior produtora de automóveis do mundo, temos várias outras grandes companhias, como a BR Foods, Seara e uma quantidade imensa de outros parceiros que não po-demos deixar de mencionar, que movimentam suas mer-cadorias por todos os terminais do Estado”, justifica.

O presidente do Porto Itapoá diz ser um prazer competir com profissionais do nível de Osmari de Casti-lho Ribas, diretor-superintendente da Portonave, Ricardo Arten, superintendente da APM Terminals Itajaí, e Antônio Ayres dos Santos, superintendente do Porto de Itajaí, en-tre outros nomes que fazem de Santa Catarina referência internacional no setor portuário.

Para ele, que é um competidor nato, o Porto Itapoá vai ganhar muitas disputas com os outros terminais, po-rém, também perderá várias, o que não vai tirar o mérito de ninguém. “É bom competir com gente boa. O que mais existe entre nós é o respeito e a vontade de cada um fazer o melhor para o seu trabalho. A gente compete entre ami-gos, existe respeito e ética”, argumenta Patrício.

O executivo acredita que com isso as vitórias dão mais orgulho, e as derrotas são minimizadas pelo fato de

que o concorrente ao lado também é muito bom. Em resumo, as disputas são salutares para a economia e para as comunidades inseridas nos portos. “O importante é que alteramos a zona de conforto, todos querem dar o melhor para não ficar para trás”.

Ferrovia do FrangoA tão falada estrada de ferro ligando o Oeste ao Leste ca-

tarinense, conhecida como Ferrovia do Frango, também entrou na pauta da entrevista. De acordo com Patrício, quando todos os estudos para implantar a estrada foram feitos o Porto Itapoá ainda não existia. Portanto, alerta, é imprescindível lembrar esse detalhe. “É preciso procurar o melhor traçado, mais barato e viável. E não uma decisão com viés político”.

A solução para esse impasse, Patrício expõe, seria criar o Ticket Único Ferroviário - TUF, que equilibraria a competição entre todos os portos de Santa Catarina. Ele fez uma projeção imaginária de que se um contêiner sair do Oeste custando R$ 100 para chegar ao Litoral, e a ferrovia terminar em Itajaí/Nave-gantes, os valores que Itapoá, São Francisco do Sul e Imbituba pagariam teria que ser os mesmos R$ 100, sob pena de preju-dicar a competição e interferir no mercado.

“Os políticos que acham que ligando daqui para lá, vão dar benefícios para Itajaí e Navegantes, estão errados. Por que isso?”, questiona, para lembrar que o papel do governo não é desestimular a competição e sim o contrário. “Não discordo que vá para Itajaí e Navegantes, mas tudo que sair de lá e vier para cá tem que ter o mesmo valor, mesmo custo. O governo tem que deixar a gente brigar com os outros portos na área comercial. E para isso não pode interferir no equilíbrio da competição”.

FuturoA intenção do Porto Itapoá para o futuro é uma só, se-

gundo Patrício. “Nossa intenção é ser o maior terminal do Sul do país. Maior, mais rentável e de melhor serviço. O melhor lugar para se trabalhar. Estamos trabalhando para isso, se vamos conseguir não sei, mas vamos buscar exatamente esse objetivo”, sentencia.

Já o futuro pessoal, esse é mais fácil de prever, uma vez que Patrício não pensa em trocar o trecho rodoviário entre Ita-poá e Balneário Camboriú - lugares que escolheu para viver - por nada nesse mundo. Os filhos, já feitos na vida, estão um em São Paulo, o outro no Canadá. Por aqui ele vai ficar com a companheira de uma vida, seu hobby por motos – faz parte do grupo Bodes do Asfalto – e o amor por sua cachorrinha, o xodó da família, Pink Regina. •

A intenção do Porto Itapoá para o futuro é ser o maior terminal do Sul do país, segundo Patrício

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PARCERIAPorto de Imbituba formaliza acordo com Porto de Barcelona

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O Porto de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, fir-mou um importante acordo de cooperação com o Porto de Barcelona para desenvolvimento de

projetos conjuntos para aumentar o comércio portuário, a eficiência e a agilidade das transações comerciais entre os dois portos.

A assinatura do acordo envolveu o diretor presidente da SCPar Porto de Imbituba, Luis Rogério Pupo Gonçalves, e o presidente da Autoridade Portuária de Barcelona, Six-te Cambra. Um dos grandes objetivos é contribuir para dar mais eficiência nas cadeias logísticas entre os portos e desen-volver serviços conjuntos para a fidelização desse comércio.

O acordo tem duração de dois anos e deve também abrir oportunidades para outras formas de cooperação. De acordo com Luis Rogério Pupo Gonçalves o Porto de Barce-lona é referência em qualidade portuária mundial e o acordo vai contribuir ainda mais para que o Porto de Imbituba conti-nue evoluindo para um patamar de excelência.

Os termos do acordo:1. Realizar em conjunto estudos para identificar os

principais atores envolvidos nas operações de importação e exportação de produtos.

2. Identificar as cadeias logísticas entre os dois portos, a situação atual e as tendências futuras; identificar os principais importadores e exportadores destas cadeias, sua localização, tipo de produtos, rotas, volumes, freqüências, operadores de transporte e os gestores das mesmas.

3. Decidir, de comum acordo, uma vez identificados os tomadores de decisão, as ações a serem realizadas para a fidelização do comércio desses produtos e a captação de novos comércios.

4. Avaliar a possibilidade de desenvolver a Marca de

Qualidade Efficiency Network no Porto de Imbituba.5. Promover a adesão dos respectivos operadores

de ambas as Marcas de Qualidade, em particular entre as empresas internacionais que participam de ambos os portos (agentes de linhas de navegação, grandes forwarders, etc.) de forma que o cliente final tenha compromissos de quali-dade e eficiência em ambos os portos, origem e destino de suamercadoria.

6. Mostrar o desenvolvimento da plataforma de Co-mércio eletrônico do Porto de Barcelona, PORTIC e estudar a possibilidade de colaboração conjunta no desenho e im-plantação de uma plataforma tecnológica para o intercâmbio eletrônico de documentos e o comércio eletrônico basea-do na experiência de plataforma de comércio eletrônico do Porto de Barcelona.

ParecidosO presidente do Estado da Catalunha, Artur Mas, res-

saltou as semelhanças entre Santa Catarina e a Catalunha. “O Brasil é um país muito grande se comparado com a Ca-talunha, por isso buscamos identificar aqueles estados brasi-leiros que podem ter mais semelhanças conosco e com os quais podemos trabalhar parcerias. E este é o caso de Santa Catarina, que tem uma boa base industrial, uma orientação para o comércio exterior e para o turismo. Santa Catarina pode ser uma grande porta de entrada para todo o Brasil e também para a América Latina”, afirmou.

A Catalunha é um estado autônomo da Espanha. A região, cuja capital é Barcelona, é o principal destino turístico espanhol e tem uma indústria que se destaca em setores como tecnologia, têxtil e agronegócio. A população catalã é de 7,5 milhões de habitantes, cerca de 1 milhão a mais do que a população catarinense. •

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Depois de meses de espera, foi assinado o contrato para o início da construção da Marina do Saco da Fazenda, em Itajaí. O prefeito Jandir Bellini e o su-

perintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos, junto com os demais representantes do Porto Esportivo Itajaí Ltda, formalizaram o acordo que deve alçar a cidade defi-nitivamente ao rol dos lugares vocacionados para o turismo náutico mundial.

O porto esportivo é uma sociedade de propósito es-pecífico decorrente do consórcio vencedor da licitação, o KL Viseu, de Joinville, formado pelas empresas Karlos Gabriel Lemos ME. e a Construtora Viseu Ltda.

No total serão investidos R$ 38,5 milhões na Baía Afon-so Wippel, em uma área disponível de 10,33 mil m² em terra e 120,9 mil m² de espelho d´água. São ainda mais 12,39 mil

m² para aterro hidráulico. Os valores investidos serão em-pregados em obras de construção, implantação, conservação, reforma e ampliação das instalações da marina, que terá até o final do contrato 700 vagas secas e 117 molhadas.

O prazo estipulado para início da operação da marina é de 18 meses a partir da assinatura do contrato. Para a Re-gata Transatlântica Jacques Vabre, que aportará em Itajaí em novembro deste ano, a expectativa, segundo Antônio Ayres dos Santos, é de que o Complexo Náutico já conte com pelo menos 40 vagas, que seriam fundamentais para o evento que terá mais de 50 embarcações.

Ayres também ressaltou o fato de que Itajaí conta com um porto de cargas competente e reconhecido no Brasil inteiro, possui um terminal de passageiros que é referência nacional e, em breve, terá um porto de lazer moderno que

Assinado o contrato para o início das obras da Marina do Saco da Fazenda

Nessa área, ficará o Complexo Náutico e Esportivo do Saco da Fazenda, em Itajaí.

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vai incentivar ainda mais as atividades náuticas na região. “Itajaí será a única cidade do Brasil a ter um complexo náutico inte-grado. E a partir de agora chegou a hora de colocar o sonho de pé”, comemorou Ayres.

O prefeito Jandir Bellini (PP) lembrou que Itajaí é o berço da Fibrafort e Azimut, dois dos maiores fabricantes de barcos de lazer do Brasil. Para ele, quando todas as vagas da marina estiverem preenchidas, a cidade dará um salto de competitividade em diferentes aspectos da economia. “Des-de os prestadores de serviço até os estaleiros, todos vão ga-nhar com a marina”, avaliou Bellini, dizendo esperar que o Porto Esportivo seja responsável pela criação de pelo menos 1600 vagas de emprego diretas quando estiver em pleno fun-cionamento.

O prazo de concessão da marina é de 25 anos, prorro-gável por igual período.

Draga já está trabalhandoA Empresa Terraplanagem Asa Ltda., vencedora do

processo licitatório para a dragagem do Saco da Fazenda para – 4 metros, iniciou no dia 31 de julho a mobilização para dar início aos serviços de dragagem de aprofundamento da área que vai abrigar o Complexo Náutico e Ambiental de Itajaí. Os investimentos do Porto somam R$ 3,39 milhões e os serviços iniciaram somente depois emissão da licença ambiental pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), que ocorreu no dia 30 de julho.

Paralelo à dragagem, a empresa Porto Esportivo Itajaí inicia obras de contenção do aterro hidráulico. Segundo o diretor técnico do Porto de Itajaí, André Pimentel, mais de uma draga executará os serviços, o que deverá agilizar os procedimentos. •

A Marina, ou Porto Esportivo, como denominam os responsáveis pelo projeto, irá alavancar a vida náutica de Itajaí

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Ambev assina protocolo com Santa Catarina para ampliar fábrica de Lages

Com a expansão, a unidade, que funciona em Lages desde 1994, passará a produzir cerveja sem álcool e vai lançar

também uma linha de garrafas retornáveis de 300 ml

Divulgação Am

bev

A fabricante de bebidas Ambev assinou um pro-tocolo de intenções com

o governo de Santa Catarina para a ampliação da unidade fabril de La-

ges. Os aportes totalizarão R$ 140 milhões a serem aplicados até 31 de

maio de 2014. A empresa vai investir os R$ 140

milhões para aumentar a capacidade de produção, gerando 100 novos empregos

diretos. “E não é só isso. Além das novas oportunidades de trabalho, a Ambev é uma

das maiores referências em arrecadação de impostos no Brasil e em Santa Catarina, o

que torna ainda mais importante essa par-ceria para o desenvolvimento econô-mico da região e de Santa Catarina”, destacou Colombo.

Pelo acordo, o Governo irá prorrogar o prazo de pagamento do

Imposto sobre Circulação de Mercado-rias e Serviços (ICMS) correspondente ao

valor do investimento realizado na expansão da unidade in-dustrial. Esses incentivos estão previstos no Programa de De-senvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec), criado para estimular a implantação ou expansão de empreendimentos industriais e comerciais que vierem a gerar emprego e renda no Estado.

Como contrapartida, a empresa irá investir em novas li-nhas de produtos, e gerar os cem empregos diretos no prazo de 12 meses contados da data de concessão do tratamento tributário diferenciado. Compromete-se, também, a priorizar a aquisição de produtos e serviços de fornecedores sediados no Estado e a dar prioridade para empregar pessoas residen-tes na região.

Em 2012, a Ambev foi responsável pela geração de R$ 668 milhões em impostos no Estado, valor 16% maior do que em 2011. “Para se ter uma ideia do impacto em Lages, a empresa, sozinha, representa metade de tudo o que o mu-nicípio arrecada. A filial emprega hoje 500 funcionários e a produção abastece os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, comentou o prefeito de Lages, Elizeu Mattos.

Com a expansão, a unidade, que funciona em Lages desde 1994, passará a produzir cerveja sem álcool e vai lan-

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Economia&Negócios • Agosto 2013 • 59

Rua: Gil Stein Ferreira, 100 | 7º andar | sala 703 | Itajaí | SC | Fone: 55 47 3344.5852 | Fax: 55 47 3349.8701

Fone: (47) 2104.0900 | Rua Rosa Rossi Dalçoquio, 775 | Bairro Cordeiros | Itajaí | SC

çar também uma linha de garrafas retornáveis de 300 ml. Atualmente, as cervejas Brahma, Skol, Skol 360, Antarctica, Antarctica Sub Zero, Bo-hemia, Original, Malzebier e Polar são fabricadas na unidade lageana.

O vice-presidente financeiro da Ambev, Nelson Jamel, destacou que a fábrica de Lages é estratégi-ca pela localização geográfica. “Essa ampliação celebra a nossa aposta no potencial da região e é também um investimento da mais alta tecnologia para manter a nossa produção no mais elevado padrão de qualidade”. Além da cervejaria, em Lages, a companhia possui mais três centros de distribuições no Estado localiza-dos em Blumenau, Florianópolis e Balneário Camboriú. • Além da cervejaria, em Lages, a companhia possui mais três centros de distribuições no

Estado localizados em Blumenau, Florianópolis e Balneário Camboriú

Antônio Carlos Mafalda

Atualmente, as cervejas Brahma, Skol, Skol 360, Antarctica, Antarctica Sub Zero, Bohemia, Original, Malzebier e Polar são fabricadas na unidade lageana

Antônio Carlos Mafalda Antônio Carlos Mafalda

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No dia 01 de dezembro de 2013, os Schurmann embarcam em seu novo veleiro e zarpam para a sua terceira grande aventura por mares e oceanos do planeta: a Expedição

Oriente. Primeira família a completar a volta ao mundo a bordo de um veleiro há quase 30 anos, dessa vez, o casal Vilfredo e Heloísa e os filhos seguirão a rota dos chineses que, de acordo com polêmi-cas teorias, foram os primeiros a contornar o globo.

O novo projeto envolve inovação, tecnologia e sustentabili-dade. Os filhos Pierre e David (líder da tripulação de terra) estarão em alguns trechos da aventura e Wilhelm estará a bordo por toda a expedição. A caçula Kat estará simbolicamente presente ao inspirar o nome do novo veleiro. E, pela primeira vez, a tripulação ganha um representante da terceira geração dos Schurmann: Emmanuel acompanhará seus avós durante todo o percurso.

Depois de cinco anos de planejamento, estruturando o plano e buscando investidores para um projeto ousado, a Família Schurmann conquistou o apoio fundamental dos patrocinadores Estácio, HDI Seguros e Solví. Agora, dedicam-se à construção do veleiro Kat – construído em Itajaí - que desbravará águas nacionais e internacionais durante dois anos ininterruptos.

Kat, tecnologia de ponta em um veleiro sustentável Em um mundo cada vez mais conectado à tecnologia mobi-

le, o veleiro da Expedição Oriente é dotado de um sistema elétrico digital – 100% nacional – e não analógico, que pode ser manipu-lado remotamente por dispositivos móveis como um iPad, possi-bilitando desde uma simples ação de acender ou apagar a luz até navegar via controle remoto a quilômetros de distância. “O sistema elétrico digital já é empregado nos setores aéreo e automobilístico, mas é algo inovador no ramo marítimo. Na nossa embarcação,

FAMÍLIA SCHURMANN SE PREPARA PARA ZARPAR DE ITAJAÍ EM SUA TERCEIRA GRANDE EXPEDIÇÃO

Faltam menos de quatro meses

tudo, absolutamente tudo, poderá ser controlado nas pontas de nossos dedos”, esclarece David Schurmann. Além disso, os Schurmann adotarão um sistema de comunicação via satélite com velocidade de 492 KBPS.

O veleiro terá uma quilha retrátil. Quando em baixo, terá um calado de 4,5 metros. Em cima, um calado de 1,80 metros. Kat, o veleiro, será equipado com um sistema de ge-ração de energia limpa, por meio de eólicos, painéis solares, dois hidrogeradores e duas bicicletas ergométricas para pro-dução de energia durante os exercícios físicos da tripulação. Além disso, graças à parceria com a Solví, a embarcação terá um sistema de tratamento de esgoto e o lixo orgânico será reaproveitado utilizando um equipamento especial para pro-dução de adubo em forma de pequenos tijolos. “Queremos que o nosso barco seja um microcosmo autossustentável”, afirma Heloísa Schurmann.

Os Chineses e a Família SchurmannCom a Expedição Oriente, os Schurmann esperam

trazer à tona a teoria de que os chineses foram os primeiros navegantes a darem a volta ao mundo. Para isso, buscarão por indícios em determinados locais da viagem. “Em nossa última expedição, seguimos a esteira de Fernão de Magalhães. Estudamos a fundo sua história e uma coisa nos intrigou. Ma-galhães suspeitava que houvesse uma rota para as ilhas das especiarias via uma passagem ao sul das Américas. Ele argu-mentava que detinha um mapa que provava a existência deste canal. Veio então nossa curiosidade: como ele teve acesso a essa informação, que não era mencionada em nenhum docu-mento oficial?”, conta o capitão Vilfredo Schurmann.

Em 2002, Gavin Menzies, um oficial da Marinha ingle-sa, publicou uma tese que poderia fornecer a resposta para a

É de Itajaí que Vilfredo Schurmann partirá para sua terceira grande expedição

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pergunta da Família Schurmann. No livro “1421: o ano em que a China descobriu o mundo”, Menzies apresenta pesquisas que o levaram à origem desses mapas e expõe sua teoria de que os chineses foram os precursores das viagens de descobrimentos, utilizando “avançados instrumentos” com know how de cálcu-lo de latitude e longitude. “A tese reza que, em 1421, a maior esquadra com gigantescos juncos de até 150 metros de com-primento zarpou da China. Os navios eram capitaneados pelos leais almirantes do Imperador Zhu Di. Sua missão era ‘seguir até os confins da terra para recolher tributos dos bárbaros de além-mar’”, explica Vilfredo.

A nova rota da Família Schurmann• 01 de Dezembro de 2013 – Família Schurmann par-

te de Itajaí, Santa Catarina, rumo ao mundo! Em seu caminho... Punta Del Este, no Uruguai Mar Del Plata, na Ar-

gentina. Puerto Deseado, na Argentina. Ushuaia, na Ar-gentina, com navegação pelo interior dos fiordes. Antártica. Puerto Willians, no Chile. Puerto Montt, no Chile, com navegação nos canais chilenos, passando pelas cidades de Puerto Chacabuco e Chiloé. Ilha de Páscoa, no Chile. Ilha Pitcairn, território britânico vizinho da Polinésia Francesa. Tahiti, pas-sando por alguns atóis de Tuamotus, na Polinésia Francesa. Ilha Moorea, na Polinésia Francesa. Ilha de Huahine e Tahaa, na

Polinésia Francesa. Ilha de Bora Bora, na Polinésia Francesa. Ilha de Mopelia, na Polinésia Francesa. Ilha de Rarotonga, nas Ilhas Cook. América Samoa, na Polinésia. Western Samoa, na Polinésia. Vavau, nas Ilhas de Tonga. Suva–Fiji, passan-do pelas Ilhas Monothaki e Yarol. Opua, na Baía das Ilhas, na Nova Zelândia. Auckland, na Nova Zelândia. Brisbane, na Austrália. Alotau, na Papua Nova Guiné, com paradas na grande barreira de Corais da Austrália. Ilha de Guam, colônia norte-americana localizada na Micronésia, com passagem pe-las ilhas New Ireland, New Hanover e Mussau. Saipan, nas Ilhas Marianas, colônia norte-americana localizada na Micronésia. Okinawa, no Japão. Shangai, na China, com navegação pelo Grande Canal. Cidade-Estado Hong Kong. Ho Chi Minh, no Vietnã, com paradas em duas ilhas. Natuna Island, na Indo-nésia. Singkwang na Ilha de Borneo, na Indonésia. Singapu-ra. Jacarta, na Indonésia. Ilhas Chagos, território britânico localizado no Oceano Índico. Atol Cargados & Carajos, a 250 milhas da Ilha Maurício. Ilha Maurício, no Oceano Índico. Ilha Reunião, no Oceano Índico. Tonalaro, em Madagascar. Port Elisabeth, na África do Sul. CapeTown, na África do Sul.

Ilha Santa Helena, no Oceano Atlântico. • 29 de novembro de 2015 – Família Schurmann

chega em Itajaí, a bordo de seu veleiro Kat, concluindo com su-cesso a Expedição Oriente. •

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Lançado em setembro de 2009 e com obras iniciadas em 2010, o

Brava Beach Internacional tem hoje 7 torres já erguidas, se-rão aproximadamente 100 mil m² em construção, com en-trega prevista para setembro de 2014. Das 252 unidades já lançadas, 85% já foram co-mercializadas.

As obras do empreendi-mento estão em ritmo acele-rado. Os edifícios das Reservas Corais e Aroeira estão receben-do serviços internos e externos. Os internos são: pintura, forros de gesso, impermeabilização das áreas frias, instalações elétri-cas e hidráulicas, revestimento interno com argamassa. Nas partes externas já foram iniciadas a colocação de pastilhas ce-râmicas. “Para a próxima temporada a obra estará de cara nova, pois teremos as fachadas dos edifícios já revestidas com as pastilhas cerâmicas e iniciando a instalação das primeiras esquadrias de alumínio. Internamente, o início da pintura, a execução do forro de gesso e a colocação do piso em por-celanato em alguns dos edifícios, deixarão os apartamentos mais agradáveis para a visitação dando uma melhor sensibi-

Obras do Brava Beach Internacional estão em ritmo aceleradoEmpreendimento está na fase dos acabamentos e revestimentos externos

lidade em relação aos espaços. Para as áreas comuns e de lazer do empreendimento, a meta é que todas estejam bem adiantadas causando nos clientes uma sensação de bem estar fazendo com que os mesmos já se sintam em casa. A gran-de expectativa é a finalização da primeira fase do Boulevard, oportunizando aos clientes e visitantes um passeio superagra-dável e valorizando ainda mais o empreendimento”, comenta Joel Corrêa Silvino, Coordenador de Obras e Engenharia do Grupo Brava Beach.

O Brava Beach Interna-

cional foi concebido como um complexo multiuso, o empre-endimento possui quase 60 mil m² de área de preservação e nas próximas etapas, além de novas reservas residenciais, ainda está previsto um open shopping e um hotel resort. Um magnífico Boulevard irá integrar as reservas junto a praia.

O Brava Beach Interna-cional é resultado da união de quatro grandes construtoras do estado Ciaplan, FG Empreendi-mentos, JA Russi e Riviera. •

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Seis novas operações de peso serão inauguradas nes-te mês de agosto no Balneário Shopping. O princi-pal destaque fica por conta da loja Fantasia, segunda

licenciada pela Disney no Brasil, que venderá de fantasias a bichos de pelúcia originais da marca americana. A loja, com 48 metros quadrados, terá ampla gama de produtos Disney, incluindo exclusividades como roupa de cama, maquiagem infantil, torradeiras personalizadas, jogos inte-rativos, chaveiros e magnéticos.

Outra novidade exclusiva do empreendimento é o quiosque da Adagaty, que molda e decora unhas em gel nas mãos do cliente. A novidade na área de beleza foi trazida da Europa e tem atraído o público feminino de várias idades. As unhas em gel são pintadas na hora pelas profissionais da Adagaty e duram, em média, 30 dias até a próxima manutenção.

Na área de alimentação, a Mexicato promete no-vidades para os clientes do shopping. A marca de picolés artesanais com receita exclusiva do México terá quiosque exclusivo em frente a loja da Samsung e deve ganhar o gosto de crianças e adultos de várias idades. Os picolés da Mexicato são elaborados apenas com fruta, água, açú-car e leite (no caso dos cremosos) e não contém gordura vegetal.

O shopping conta ainda com um novo quiosque de doces artesanais, o Sweet, que oferece mais de 170 variedades de doces e trufas gourmet. No local, o cliente pode montar os próprios kits para presente em diferen-tes tamanhos. Já o quiosque de bolsas da Launique vem com a intenção de surpreender e inovar no segmento de bolsas femininas. O local conta com ampla variedade de modelos e cores totalmente originais, com uma coleção nova a cada 10 dias. Atualmente a rede Launique conta com 16 lojas e quiosques em cidades como Curitiba, Bal-neário Camboriu, Joinville, Florianópolis e Blumenau. O shopping também acaba de abrir a loja Faten, com linhas diferenciadas de mouse, mochilas, roteadores, adaptado-res, adesivos e capas de celular personalizadas. •

O prefeito de Balneário Camboriú, Edson Renato Dias (Piriquito) recebeu na noite do dia 25 de julho uma importante visita. O pentacampeão

da Stock Car, o piloto Carlos Eduardo dos Santos Gal-vão Bueno Filho, conhecido como Cacá Bueno, esteve na prefeitura e se prontificou a trazer para a cidade um pré-projeto para a construção de um futuro autódromo regional para Balneário Camboriú.

Cacá defende que a cidade tem “grande potencial” para sediar um centro de automobilismo, que ‘’deverá ala-vancar a economia não só do município, mas de toda a re-gião’’. O prefeito disponibilizou à equipe de Cacá Bueno, a planta do local disponível para receber o futuro autódro-mo - atrás da área onde será construído o novo Centro de Eventos da Cidade. •

Cacá Bueno propõe Autódromo para Balneário Camboriú

Cacá Bueno junto com o prefeito de Balneário Camboriú, Edson Piriquito

Balneário Shopping ganha seis novas operações no mês de agosto

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A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) está lançan-do um nova modalidade de oferta pós-graduação. O novo produto, que ganhou o nome de “Pós Pre-

mium”, é uma especialização lato sensu que aspira colocar a instituição entre os mais importantes centros de excelência em pós-graduação do país.

Para isso, as aulas serão ministradas por nomes reco-nhecidos pelo mercado nacional e internacional, em salas modernas, com os mais avançados equipamentos multimídia do mercado, no novo Campus da Univali localizado no bairro Kobrasol, em São José, na Grande Florianópolis.

Rogério Corrêa, gerente de pesquisa e pós-graduação da Univali explica que as turmas que virão na sequência re-ceberão um tablet com aplicativos próprios, já instalados, o que servirá como uma ferramenta de auxílio à pesquisa e re-visão das aulas: “Esta é uma maneira de conciliar os cursos da modalidade Premium por meio tecnologia, à realidade do profissional acadêmico, já inserido no mercado de trabalho”,

aponta o professor.Toda essa comodidade e conforto proporcionados pe-

las facilidades tecnológicas somam-se a outra modalidade de implantação do programa. Os cursos também poderão ser ofertados na modalidade In Company, que prevê o estabele-cimento de convênios e parcerias entre as empresas e a uni-versidade para adaptar os cursos à estrutura das empresas.

O foco dos cursos é voltado para as áreas de gestão e jurídica. Para o lançamento da Pós Premium serão oferecidos os cursos de especialização em Projeto de Games, em Direi-to da Empresa e em Engenharia de Segurança do Trabalho, e os MBAs em Consultoria e Gestão de Negócios, em Ne-gócios Imobiliários e da Construção Civil, e em Consultoria e Assessoria Empresarial.

As inscrições podem ser feitas até o dia 29 de agosto. A relação com detalhamento de cada um dos cursos e formas de inscrição para essas modalidades podem acessadas pelo endereço eletrônico: www.univali.br/pospremium. •

Com novo produto, Univali quer consolidar-se na oferta de pós

ACAV define data do 10º Simpósio de Avicultura

A Associação Catarinense de Avicultura (Acav) anun-ciou a realização do 10º Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição, no pe-

ríodo de 16 a 18 de setembro de 2014, em Balneário Camboriú.

O coordenador geral do evento, Bento Zanoni, in-formou que a comissão central organizadora está em fase final de composição. A primeira de uma série de reuniões preparatórias, com representantes do setor, foi realizada na última semana, em Chapecó, onde atuará a secretaria

executiva do evento. Após definir as comissões, iniciarão os trabalhos

para organizar a programação do evento. “A exemplo das edições anteriores, a definição do programa será baseada em rigorosos critérios, visando compor um cronograma com palestras de qualidade, ministradas pelos mais con-ceituados profissionais do setor de avicultura no mundo”, realça Zanoni. Na última edição, realizada em 2011, o Simpósio reuniu mais de 500 técnicos e dirigentes de em-presas avícolas. •

Bento Zanoni coordena a primeira reunião do Simpósio da ACAV que ocorre em 2014

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Grupo Samsung tem interesse em investir no Estado

Potência planetária, a Samsung, como outras grandes empresas, volta seus olhos para Santa Catarina

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Como a Revista Portuária - Economia & Negócios já havia especulado, em junho, parece mesmo que são reais as chances do grupo coreano Samsung

investir pesado em Santa Catarina. Nesse cenário, o Litoral Norte do Estado é favorito para receber o aporte, uma vez que a região além de industrializada, também está bem localizada e possui mão de obra qualificada.

O secretário do Planejamento, Murilo Flores, repre-sentou o governo estadual em Seul, na Coreia do Sul, nos últimos dias de julho. O objetivo da viagem foi apresentar Santa Catarina à vice-presidência do grupo Samsung que manifestou interesse em investir no Estado. As conversas iniciaram há cerca de três meses.

Flores explica: “Será uma troca de informações, já que a Samsung tem sondado estados brasileiros para in-vestir na área de infraestrutura do país, tanto em portos e aeroportos quanto em ferrovias, além de usinas para pro-

dução de energia a partir de dejetos orgânicos”. O secretá-rio disse que mostrou o interesse do governo catarinense em receber investimentos em aeroportos, na melhoria dos portos e criação de um parque industrial na área retropor-tuária com empresas coreanas. Ele também apresentou os projetos das ferrovias Leste-Oeste e Norte-Sul, em desen-volvimento pelo governo federal.

A visita ao país asiático incluiu tour no Porto Pusan, que movimenta 45% das exportações da Coreia e está si-tuado na costa sudeste, e visitas a empresas da Samsung. Entre elas, duas usinas de tratamento de resíduos com ge-ração de energia, o que, segundo Flores “é interessante, pois o Estado está elaborando o plano diretor de resíduos sólidos por determinação legal e pode atrelar isso à geração de energia”. O secretário ainda visitou o estaleiro Geoge Shipyard, que possui ISO 50.001, e o porto de contêine-res, Hanjin Shipping. •

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