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4 • Março 2015 • Economia&Negócios

ÍNDICE

www.revistaportuaria.com.br

Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publica-ção, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acon-tece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é en-caminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Para-ná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: [email protected]

Revista Portuária também está na web com informações exclusivas

830

Intermodal South America 2015 Ganho de produtividade e controle de custos motivam

embarcadores de cargas a buscar soluções

atinge empresas que operam em Itajaí e Navegantes

CRISE NA PETROBRAS

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Verão 2015 registra alta no faturamento

do setor terciário em Santa Catarina

A MAIORIA DOS TURISTAS – 89,5% – VEIO DO PRÓPRIO BRASIL, MAS OS VIZINHOS ARGENTINOS MARCARAM

PRESENÇA MAIS UMA VEZ, COM 7,6% DE PARTICIPAÇÃO

Ministro dos Portos recebe comitiva

catarinensepara tratar de demandas do Porto de Itajaí

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Economia&Negócios • Março 2015 • 5

Editora BittencourtRua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88303-020 Fone: 47 3344.8600

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ANO 15 EDIÇÃO Nº 181MARÇO 2015 EDITORIAL

Comercial para todo o Brasil

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Crise na Petrobras atinge empresas que operam em Itajaí e Navegantes

Os estaleiros espalhados pelo Bra-sil, e as empresas envolvidas na cadeia de produção da indústria

naval e na fabricação de plataformas de petróleo, enfrentam um momento de in-certeza desde que a Petrobras, responsá-vel por até 80% das encomendas, come-çou a cortar investimentos. Para piorar, os bancos estão relutantes em liberar crédito, principalmente para aquelas companhias que têm construtoras envol-vidas na Lava Jato como sócias. Para não permitir um novo desmonte da indústria naval, o governo promete aportar até R$ 6,3 bilhões no Fundo Marinha Mer-cante, a principal fonte de financiamento do setor.

O setor naval é extremamente de-pendente das encomendas da Petrobras. Desde 2004, quando o Programa de Mo-dernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro alavancou a demanda por embarcações e plataformas, o emprego no segmento saltou de 12,6 mil para 82,5 mil no ano passado, de acordo com os números do Sindicato Nacional da In-dústria da Construção Naval e Offshore (Sinaval).

Os reflexos da operação da Polí-cia Federal e revelações de fraudes em contratos na maior empresa brasileira, já causa desdobramentos em Santa Ca-tarina. O principal setor associado à pe-troleira no Estado é o naval, com forte concentração em Itajaí e Navegantes

A reportagem especial da Revista Portuária – Economia & Negócios traz um levantamento sobre os reflexos dessa situação na região e quais são as pers-

pectivas deste segmento.Recentemente o grupo industrial

português Amal Construções Metálicas que opera em Itajaí e é especializado na fabricação de módulos para plataformas de petróleo para a estatal, fez o anúncio da demissão em massa quando os 450 funcionários de um total de 540 volta-vam das férias coletivas.

De acordo com a direção da em-presa, a Amal optou pelas demissões porque a empresa terceirizada para a qual trabalha irá assumir uma das obras contratadas pela Petrobras, ocasionando a dispensa de serviços. Informou ainda que existe a possibilidade de encerra-mento total das atividades no município.

Em dezembro de 2014, no início das denúncias da Lava-Jato uma outra empresa estabelecida em Itajaí, o Con-sórcio MGT também demitiu 400 fun-cionários, com possibilidade de demitir mais 300 este ano.

Além disso, o grupo Keppel Sing-marine Brasil, dona do estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), colocou todos os 700 funcionários de seu estaleiro em Na-vegantes - que não presta serviços dire-tamente para a Petrobras - em férias co-letivas. A tendência é que a empresa de Cingapura espere os desdobramentos do escândalo na estatal para decidir o que vai fazer com os investimentos no Brasil.

Além das reportagem acima cita-da destaque para as tradicionais secções Portos do Brasil e Coluna Mercado, nas páginas seguintes da sua revista.

Boa leitura!

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6 • Março 2015 • Economia&Negócios

Cerca de 70 lideranças políticas e empresariais do Vale do Itajaí se reuniram em Rio do Sul para traçar planos e debater sobre o fornecimento de informações para o

Estudo de Viabilidade (EVTE-A) do Corredor Ferroviário Santa Catarina. O encontro foi realizado, no Centro Universitário para o De-senvolvimento do Alto Vale do Ita-jaí (Unidavi), e foi promovido pelas vice-presidências regionais da Fa-cisc (Alto Vale e Vale do Itajaí), da Fiesc (Alto Vale, Vale do Itajaí, Foz do Itajaí e Serra Catarinense) e por associações de municípios (Amavi, Ammvi e Amfri).

A Associação Empresarial de Rio do Sul apresentou um diagnós-tico sobre a evolução do EVTE-A, que irá apontar o traçado da fer-rovia e servirá de base para a rea-lização do levantamento aerofoto-gramétrico e do projeto básico de engenharia. A Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, que conduz a elaboração dos estudos,

já deu início à análise de informações de mercado, dados am-bientais e socioeconômicos produzidos pelo consórcio Prosul/Setepla/Urbaniza/Hansa e disponibilizados no 2º Relatório de Andamento do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Ferrovia da Integração.

“Essa reunião foi um marco histórico para a constitui-

ção do traçado original da Ferrovia da Integração do Estado de Santa Catarina, pois uniu todo o Vale do Itajaí na mesma proposta, na mesma solicitação, formando assim um trabalho conjunto, um trabalho organizado, que visa garantir um futu-ro mais promissor em termos de Infraestrutura para toda essa região.”, afirma o vice-presidente regional da Facisc, Andre Armin Odebrecht.

Segundo informações apuradas junto a Valec, a partir do quarto relatório mensal já será possível identificar o mapa com os corredores preferenciais. Eles serão delineados a partir de uma análise multicriterial, baseada em 33 variáveis, in-cluindo relevo, cidades, dados econômicos e impactos am-bientais.

Durante a reunião foi constituída uma comissão que terá a atribuição de coletar e disponibilizar dados à Valec e ao consórcio. Um ofício, assinado por todas lideranças presentes no encontro, foi remetido à empresa, solicitando a realização de audiências públicas em Rio do Sul, Blumenau e Itajaí. Par-lamentares da região também se comprometeram em organi-zar um encontro com o governador Raimundo Colombo.

O EVTE-A do Corredor Ferroviário de Santa Catarina deve ser concluído até setembro. O contrato, de R$ 46,5 mi-lhões, inclui ainda a realização do levantamento aerofotogra-métrico e do projeto básico.

“Os próximos passos serão: a mobilização das Associa-ções Representativas e Associações de Municípios, no sentido de levantar subsídios para os estudos de viabilidade econô-mica, associados à Audiências Públicas com todos os agentes decisórios. Tudo isso dentro de uma agenda comum e com-partilhada”, acrescentou Odebrecht. •

Lideranças catarinenses se reúnem para discutirestratégias sobre o Corredor Ferroviário

DURANTE O ENCONTRO UM DIAGNÓSTICO SOBRE A EVOLUÇÃO DO ESTUDO DE VIABILIDADE QUE IRÁ

APONTAR O TRAÇADO DA FERROVIA FOI APRESENTADO

O EVTE-A do Corredor

Ferroviário de Santa Catarina

deve ser concluído até setembro. O contrato, de R$

46,5 milhões, inclui ainda a realização do levantamento

aerofotogramétrico e do projeto

básico.

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8 • Março 2015 • Economia&Negócios

Desaceleração do ritmo de crescimento da economia destaca importância do caráter estratégico da logís-tica de transporte para a competitividade das empre-

sas. A Feira também vai discutir regulação, perspectivas de crescimento e mercado de granéis líquidos e deve atrair mais de 50 mil visitantes.

Acontece entre os dias 7 e 9 de abril no Transaméri-ca Expo Center, em São Paulo, o principal encontro do setor de logística, transportes de cargas e comércio exterior das Américas: a Intermodal South America. Em sua 21ª edição, o evento traz novidades, como a realização simultânea da

InfraPortos South America, feira dedicada ao setor de infraes-trutura portuária, e reforça a importância urgente dos trans-portes e da logística na estruturação das trocas comerciais no país e dele com outros mercados.

“Com mais de 20 edições, a feira é para o mercado um parceiro de negócios que apresenta soluções para a logísti-ca, transporte de cargas e comércio exterior, com serviços de ponta para o ganho de eficiência, um dos grandes desafios da atualidade”, comenta o gerente da Intermodal South Ame-rica, Ricardo Barbosa. Na visão do executivo, tempos como os atuais desafiam as empresas a serem mais produtivas

Intermodal South America 2015 Ganho de produtividade e controle de custos motivam

embarcadores de cargas a buscar soluções

MAIOR EVENTO DAS AMÉRICAS PARA OS SETORES DE LOGÍSTICA, TRANSPORTE DE CARGAS E COMÉRCIO

EXTERIOR ACONTECE ENTRE OS DIAS 7 E 9 DE ABRIL NO TRANSAMÉRICA EXPO CENTER, EM SÃO PAULO

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Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - FlorianópolisEm Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

Economia&Negócios • Março 2015 • 9

A Revista Portuária – Economia e Ne-gócios, estará mais uma vez expondo no principal encontro do setor de logís-

tica, transportes de cargas e comércio exterior das Américas: a Intermodal South America. São mais de 600 expositores e deve atrair mais de 50 mil visitantes.

Sua empresa, mesmo não sendo uma das expositoras, poderá estar presente nesta Feira Internacional e mostrar seus produtos e serviços para este grande público empresarial, sendo parceira comercial do anuário da nossa revista, que estará sendo distribuído a partir de nosso estande. Serão 30 mil exemplares entregues nas mãos de todos os expositores e da maioria do público visitante, profissionais e executivos com poder de decisão.

Este anuário da Intermodal que será distribuído na Feira será especial, não só pelo conteúdo editorial, mas também pelo trabalho gráfico, que visa valorizar o seu anúncio.

Sua empresa poderá ter um anúncio ins-titucional, bem como também em forma jorna-lística, mostrando a empresa, seus produtos e serviços em matérias com textos e fotos. Ou seja, poderá atingir o seu público foco – que certamente estará na Intermodal – de várias formas, abrindo assim oportunidades de ne-gócios em vários níveis.

Nosso setor comercial já começou a fa-zer os contatos para esta Edição Especial da Intermodal. Não deixe passar a oportunidade de anunciar sua empresa. Podemos lhe dar certeza de que o público presente num evento como a Intermodal é impossível de ser reunido num só lugar ou em qualquer outra feira no Brasil. •

Sua empresa poderá participar do evento junto com a Revista Portuária

internamente, otimizando recursos de sua sistemática operacional, e externamente, adotando soluções de abastecimento eficazes e custos controlados. “A logística, portanto, é fundamental para aperfeiçoar os processos e integrar recursos. E é justamente na Intermodal que os embarcadores encontram a solução completa para o seu negócio”, afirma.

A Intermodal South America já conta com mais de 600 marcas de 25 países confirmadas no evento. Do universo de empresas exposito-ras, 46 participam pela primeira vez e 11 voltaram a integrar o evento. São representantes de todos os elos da cadeia de distribuição de todo tipo de carga: armazenagem, transporte marítimo, aéreo, ferroviário e rodoviário, operação logística doméstica e internacional, tecnologia de informação, serviços voltados ao comércio exterior, entre outros que permitem que a carga saia da origem e chegue a destino, mantendo controladas as variáveis tempo e custo.

O segmento de granéis líquidos será abordado em evento ex-clusivo e inédito no país: Tank Storage South America, dedicado às soluções para armazenagem de líquido a granel da América do Sul. Na conferência da Infraportos South America serão debatidos temas como gestão ambiental nos portos, desafios do ambiente regulatório, e segurança, automação e tecnologia. Outra iniciativa é o Solutions Fórum, um espaço dedicado às empresas para apresentação de seus cases de sucesso e workshops. As inscrições para as conferências e o credenciamento antecipado para as feiras podem ser feitos no site www.intermodal.com.br e www.infraportos.com.br.

Com 21 anos de história, a Intermodal South America é o maior evento das Américas para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior. O evento reúne, em três dias, os principais players do mercado nacional e internacional, impulsionando negócios e par-cerias, servindo de plataforma para lançamentos, reforço de marca, joint-ventures, vendas e networkin

Na edição de 2014, a Intermodal reuniu 48.436 visitantes. Este ano, a expectativa é manter ampliar o volume de visitação em 10%.

Os interessados em saber mais detalhes podem entrar em conta-to através do e-mail: [email protected] ou pelo fone: (47) 3344-8600. Nosso valor por página é o menor custo/benefício que você poderá encontrar para estar presente neste grande evento, atingir o público que precisa, sem necessariamente ser um dos expositores.

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10 • Março 2015 • Economia&Negócios

Itajaí está entre as 100 melhores cidades do Brasil para investir em imóveis

Raio X do mercado imobiliário, feito pela por publicação de circulação nacional, coloca Itajaí na 65ª posição

Victor Schneider

Itajaí está entre as 100 melhores cidades do Brasil para investir em imóveis

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Economia&Negócios • Março 2014 • 11

Itajaí mais uma vez é destaque nacional no mer-cado imobiliário. A revista Exame publicou um ranking das 100 melhores cidades para investir

em imóveis no país. Itajaí aparece na 65ª posição. O estudo, realizado pela Prospecta Inteligência Imobi-liária, foi concentrado na demanda de cada região e não na oferta. Identificou a capacidade financeira para comprar da população e incluiu cidades com menos de 1 milhão de habitantes.

De acordo com o ranking, as cidades des-taque possuem características em comum como renda per capita elevada; crescimento do PIB; po-pulação com alto nível de instrução – capacitação e qualificação; vínculo empregatício e geração de emprego; empresas atuantes e déficit imobiliário. Itajaí apresenta potencial bom para imóveis de alto padrão, ótimo para médio e baixo padrão. Na ci-dade, o déficit habitacional é de 27,3% e a média salarial é de cinco salários mínimos.

Além de Itajaí, outras sete cidades catarinen-ses aparecem no ranking: Florianópolis (11º lugar); Joinville (20º lugar); Blumenau (38º lugar); São José (50º lugar); Balneário Camboriú (80º lugar); Chape-có (92º lugar) e Criciúma (93º lugar).

O ranking das 100 melhores cidades brasilei-ras para investir em imóveis mostra os lugares que devem despontar no cenário imobiliário brasileiro nos próximos meses e anos, sem se reduzir a obser-var as regiões que já chegaram ao auge. Segundo a pesquisa o mercado imobiliário não está saturado.

O aumento de renda da população brasileira pro-vocou um boom imobiliário, decorrente da inclusão das classes menos favorecidas no mercado. No entanto, quando as condições de crédito, empre-go, aumento de renda, juros e inflação controlada se alinharam, e uma camada maior da população passou a comprar imóveis, os agentes do mercado disponibilizaram produtos de forma desordenada. Assim, a falta de planejamento proporcionou mo-vimentos de oferta concentrados em algumas regi-ões, gerando superoferta e elevação de estoques.

Itajaí em destaqueItajaí tem o maior PIB de Santa Catarina. O

município vem sendo destaque em publicações nacionais relacionadas ao desenvolvimento econô-mico. Na revista Você S/A a cidade ficou entre as 100 cidades que oferecem mais oportunidades de emprego e carreira, sendo que no sul do Brasil é a primeira colocada entre as cidades de porte médio, ficando atrás apenas das três capitais: Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis. E, pela revista Exame, ficou entre as 100 melhores país para investir em negó-cios. No ramo imobiliário ficou entre as 82 princi-pais cidades do Brasil em franco desenvolvimento na Construção Civil e a segunda cidade do Estado com imóveis mais valorizados por m², perdendo apenas para Jurerê Internacional em Florianópolis. E, ainda, foi destaque nacional na reportagem “O poder de quem distribui riqueza”.

1º lugar: São Bernardo do Campo (SP)2º lugar: Campo Grande (MS)3º lugar: Santo André (SP)4º lugar: Osasco (SP)5º lugar: Natal (RN)6º lugar: Ribeirão Preto (SP)7º lugar: São José dos

Campos(SP)8º lugar: Maceió (AL)9º lugar: Niterói (RJ)10º lugar: João Pessoa (PB)11º lugar: Florianópolis (SC)12º lugar: Sorocaba (SP)13º lugar: Teresina (PI)14º lugar: Uberlândia (MG)

15º lugar: Santos (SP)16º lugar: Vitória (ES)17º lugar: Contagem (MG)18º lugar: Londrina (PR)19º lugar: Aracaju (SE)20º lugar: Joinville (SC)

:: Confira o ranking com as 20 melhores cidades:

38º lugar: Blumenau (SC)50º lugar: São José (SC)65º lugar: Itajaí (SC)

80º lugar: Balneário Camboriú (SC)92º lugar: Chapecó (SC)93º lugar: Criciúma (SC)

:: Confira as demais cidades catarinenses ranqueadas:

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12 • Março 2015 • Economia&Negócios

A Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) aprovou o pleito brasileiro para o reco-nhecimento internacional de Santa Catarina e do Rio

Grande do Sul como zona livre de peste suína clássica (PSC). A confirmação foi dada ao secretário de Estado da Agricultu-ra e da Pesca, Moacir Sopelsa, pelo diretor do Departamen-to de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Guilherme Henrique Marques.

A Comissão Científica recomendou que os dois estados sejam reconhecidos internacionalmente como zona livre de PSC durante a 83ª Assembleia Geral da OIE, que será realiza-da em maio de 2015 em Paris, na França. Esta é a primeira vez que os países ou áreas dentro de países serão certificados pela OIE como livres da doença e isso poderá ser um diferen-cial na conquista de novos mercados para a carne suína.

O secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, ressalta que o reconhecimento internacional irá engrandecer ainda mais o agronegócio catarinense. “Ela demonstra o esforço em manter os nossos produtos entre os melhores do mundo e também poderá favorecer a abertura de novos mercados”. Sopelsa lembra que o Estado realiza controle sanitário muito eficiente por meio da Companhia Integrada de Desenvol-vimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), com a fun-damental participação dos criadores e entidades ligadas ao setor.

Santa Catarina mantém um rigoroso controle das do-enças animais e é reconhecida como área livre de febre af-tosa sem vacinação, livre de peste suína clássica e africana, enquanto as demais enfermidades estão controladas. O Esta-do é o maior produtor e exportador nacional de carne suína, conta com 10 mil criadores integrados às agroindústrias e independentes e produz anualmente cerca de 850 mil tone-

ladas de carne suína.Com um rebanho

estimado em 7,9 milhões de cabeças, Santa Ca-tarina é responsável por aproximadamente 35% das exportações brasileiras. Em 2014, foram exportadas 159 mil toneladas de carne in natura, no valor de US$ 548 milhões. Além da carne in natura, foram exportados também miúdos, embutidos e outros produtos. Os principais destinos da carne suína catarinense foram Rússia, Hong Kong, Angola, Cingapura, Chile, Japão, Uruguai e Argentina.

Organização Mundial de Saúde AnimalA Organização Mundial de Saúde Animal foi criada

em janeiro de 1924 para combater as enfermidades dos ani-mais e atualmente conta com 178 países membros, dispõe de escritórios regionais em todos os continentes e mantém relações permanentes com 45 organizações internacionais. Um dos principais objetivos da Organização é garantir a transparência da situação sanitária no mundo, assim como a garantia da segurança sanitária no comércio mundial de animais e seus produtos, particularmente dos alimentos. As regras internacionais elaboradas pela OIE protegem os paí-ses contra enfermidades e são cumpridas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

A OIE certifica seis enfermidades, das quais o Brasil já obteve o reconhecimento como área livre de febre aftosa com vacinação para 23 estados, sem contar Santa Catarina que é o único estado brasileiro livre da doença sem vacinação; área livre da peste dos pequenos ruminantes e risco insignificante para a encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca). •

Santa Catarina perto de mais

uma certificação internacional

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14 • Março 2015 • Economia&Negócios

atinge empresas que operam em Itajaí e Navegantes

CRISE NA PETROBRAS

DESDE AGOSTO DO ANO PASSADO ATÉ AGORA, APROXIMADAMENTE 2 MIL TRABALHADORES

METALÚRGICOS JÁ FORAM DEMITIDOS.

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Em dezembro de 2014, o Consórcio MGT demitiu 400 funcionários, compossibilidade de demitir mais 300 este ano.

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Os estaleiros espalhados pelo Bra-sil, e as empresas envolvidas na cadeia de produção da indústria

naval e na fabricação de plataformas de petróleo, enfrentam um momento de in-certeza desde que a Petrobras, responsável por até 80% das encomendas, começou a cortar investimentos.Para piorar, os bancos estão relutantes em liberar crédito, prin-cipalmente para aquelas companhias que têm construtoras envolvidas na Lava Jato da como sócias. Para não permitir um novo desmonte da indústria naval, o governo promete aportar até R$ 6,3 bilhões no Fun-do Marinha Mercante, a principal fonte de financiamento do setor.

O setor naval é extremamente de-pendente das encomendas da Petrobras. Desde 2004, quando o Programa de Mo-dernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro alavancou a demanda por embarcações e plataformas, o emprego no segmento saltou de 12,6 mil para 82,5 mil no ano passado, de acordo com os núme-ros do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval e Offshore (Sinaval).

Os reflexos da operação da Polícia Federal e revelações de fraudes em contra-tos na maior empresa brasileira, já causa desdobramentos em Santa Catarina. O principal setor associado à petroleira no Estado é o naval, com forte concentração em Itajaí e Navegantes

Recentemente o grupo industrial português Amal Construções Metálicas que opera em Itajaí e é especializado na fabricação de módulos para plataformas de petróleo para a estatal, fez o anúncio da demissão em massa quando os 450 fun-cionários de um total de 540 voltavam das férias coletivas.

De acordo com a direção da empre-sa, a Amal optou pelas demissões porque a empresa terceirizada para a qual traba-lha irá assumir uma das obras contratadas pela Petrobras, ocasionando a dispensa de serviços. Informou ainda que existe a pos-sibilidade de encerramento total das ativi-dades no município.

Em dezembro de 2014, no início das denúncias da Lava-Jato uma outra empre-sa estabelecida em Itajaí, o Consórcio MGT também demitiu 400 funcionários, com possibilidade de demitir mais 300 este ano.

Além disso, o grupo Keppel Singma-rine Brasil, dona do estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), colocou todos os 700 funcionários de seu estaleiro em Navegan-tes - que não presta serviços diretamente para a Petrobras - em férias coletivas. A tendência é que a empresa de Cingapura espere os desdobramentos do escândalo na estatal para decidir o que vai fazer com os investimentos no Brasil.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúr-gicas, Mecânicas, Material Elétrico e da Construção Naval de Itajaí e Região, Oscar João Cunha, o setor do petróleo em Itajaí e Navegantes reúne mais de 10 mil traba-lhadores que estariam com os empregos ameaçados, pois a maioria trabalha direta ou indiretamente para a Petrobras.

“Muitos vieram de outras cidades para trabalhar aqui. São pessoas que mo-ram em Itajaí, que consomem em Itajaí, contribuindo com a economia da cidade e essas demissões estão causando impac-to em Itajaí. No entanto, o Rio Grande do Sul tem problema. Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro têm problema. Nós não somos

Economia&Negócios • Março 2014 • 15

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16 • Março 2015 • Economia&Negócios

A perda do grau de investimento da Petrobras promovida pela agência Moody's agrava ainda mais "a confusão" em torno da estatal, tem efeitos ainda mais prejudiciais sobre a cadeia de óleo e gás e terá impacto sobre o desempenho do setor de máquinas e equipa-mentos, avaliou o chefe de gabinete da presidência da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipa-mentos (Abimaq), Lourival Junior Franklin.

"Nunca tivemos na história da Abimaq uma crise tão forte para o setor de óleo e gás. A crise na Petrobras é uma questão extremamente relevante e essa confusão tem um impacto muito forte na cadeia de fornecedores", explicou Lourival, destacando que a entidade já pediu uma audiência com o novo presidente da estatal Aldemir Bendine. A diretoria tinha uma reunião marcada com a ex-presidente Graça Foster, mas que foi cancelada por

conta de sua demissão.Com o downgrade, a Moody's passou a considerar

a petroleira - alvo de denúncias de corrupção e ponto central das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal - como um investimento de risco, o que dificulta a captação de recursos e encarece seus finan-ciamentos.

O diretor de competitividade da entidade, Mario Bernardini, diz ainda que a crise da Petrobras fez com que investimentos fossem adiados ou cancelados e que isso afeta, principalmente, o pequeno fornecedor, que acaba se tornando inadimplente e tem risco de falir. "Quem tem fôlego e não depende da cadeia de óleo e gás pode aguentar o baque, mas essa crise está arras-tando aqueles fornecedores que tinham seu faturamento diretamente ligado ao setor", finaliza. •

intocáveis” ressalta o presidente Cunha. Segundo ele, desde agosto do ano passado até agora, aproximadamente 2 mil trabalhadores metalúrgicos em Itajaí e Navegantes já foram demitidos.

Questionado sobre os possíveis impactos que essas demissões em massa podem causar na economia do muni-cípio de Itajaí, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda de Itajaí, Osman Freire Rebello, acredita no potencial da cidade para superar esse momento.

“Os setores do comércio, prestação de serviço e indús-tria da cidade é muito equilibrado. Tanto que Itajaí é o segun-do município em geração de empregos em Santa Catarina, além de ter o maior PIB do Estado. Outras duas empresas estão se instalando na cidade em outros segmentos e só elas vão gerar 400 empregos”, afirma Rebello.

No entanto, ele salienta que o ano de 2015 começou com vários indicadores nacionais negativos e que a previsão a curto prazo não é animadora para o país em geral.

Situação da Petrobras causa forte impacto na cadeia de fornecedores, diz Abimaq

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Economia&Negócios • Março 2015 • 17

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18 • Março 2015 • Economia&Negócios

BARCOS DA VOLVO OCEAN RACE PARTEM DE AUCKLAND, NA NOVA ZELÂNDIA

E EM ABRIL APORTAM EM ITAJAÍ

Eles estão CHEGANDO!

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Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC

A partida dos seis barcos de Auckland, na Nova Zelândia já coloca Santa Catarina na contagem regressiva para rece-ber mais uma edição da Volvo Ocean Race. O Estado está

na lista das 11 paradas da corrida mundial dos mares. Itajaí será o porto de parada dos aventureiros.

Em Itajaí a Vila da Regata será aberta em 4 de abril, permanecendo com atrações e aguardando a chegada dos barcos até o dia 19 do mesmo mês quando eles partem em direção à próxima etapa da Volvo, em Newport, nos Estados Unidos.

Serão 15 dias de atividades e de uma população orgu-lhosa em receber tão importante evento internacional. Neste período o espaço, montado junto ao Centreventos de Itajaí, receberá o público das 14h às 23h de segunda a sexta-feira e das 10h às 23h nos sábados e domingos. Assim, como na edição anterior o público poderá entrar e usufruir das atrações gratuitamente.

Na primeira edição em que Itajaí foi sede, entre 2011/2012 mais de 282 mil pessoas mil pessoas visitaram o espaço e deram as boas-vindas aos atletas. E o público im-pressionou a organização e os patrocinadores. O retorno de mídia, por exemplo, foi de mais de 4 mil reportagens veicu-lando o nome de Itajaí, quase 130 horas de conteúdo televisi-vo e 445 imagens da cidade exibidas em jornais e revistas no Brasil e no exterior.

Além do clima de festa e de superação, afinal são dias e mais dias a bordo de barcos cruzando os mares, a Volvo Oce-an Race também reflete na economia de Itajaí e região. Dados da consultoria Price Waterhouse Coopers (PwC), apresentam sucesso em dois importantes aspectos: o impacto gerado pe-los investimentos dos envolvidos com o evento (organização, equipes, patrocinadores, etc) e o impacto gerado por gastos privados, individuais, realizados por pessoas que visitaram a cidade e o evento.

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O estudo aponta que a primeira edição atraiu um grande número de visitantes de fora do Estado e do país, com permanência média dos visitantes 3,4 noites para brasileiros e 7,2 para estrangeiros. “O gasto direto esti-mado destes visitantes foi de R$ 8,58 milhões no Estado, com a contrapartida da organização e equipes na casa dos R$ 7,65 milhões”, revela o diretor da Secretaria de Turismo de Itajaí, Darlan Haussen Martins Júnior. “Con-siderando todos os gastos, temos um impacto direto e indireto total de R$ 43,75 milhões na economia catari-nense”, reforça.

Martins Júnior comenta que um exemplo claro do reflexo positivo está na ocupação hoteleira e no gasto com transporte local, como serviços de viagem e turismo. Isso gera ISS ao município. Se levarmos em conta a taxa ocupação de abril de 2012, que chegou a 74% das 1.066 unidades habitacionais, com média diária é de R$ 93, fo-ram arrecadados R$ 44 mil de imposto somente com essa movimentação. “Fora da temporada ou deste período de eventos, a taxa média de ocupação é de 42%, o que gera o equivalente a R$ 25 mil mensais de ISS”, considera.

PercursoOs barcos partiram de Alicante para Cidade do

Cabo, na África do Sul. A primeira parte do percurso teve 38.739 milhas náuticas ou 71.745 quilômetros. A antes de chegar a Itajaí os velejadores passaram por Abu Dha-bi (Emirados Árabes Unidos), Sanya (China), Auckland (Nova Zelândia). Da cidade catarinense eles partem para Newport (EUA), Lisboa (Portugal), Lorient (França), Haia (Holanda) – pit stop apenas para manutenção dos barcos - e Gotemburgo (Suécia), onde a competição será encer-rada com a prova final no dia 27 de junho de 2015.

ParticipantesSete equipes iniciaram a competição 2014-15 Team

SCA (Suécia), Abu Dhabi Ocean Racing (Emirados Árabes Unidos), Dongfeng Race Team (China), Brunel Team (Ho-landa), Team Alvimedica (EUA/Turquia), Team Mapfre (Es-panha) e Team Vestas Wind (Dinamarca). No entanto, um incidente com o barco dinamarquês os tirou da disputa. A embarcação foi muito danificada após encalhar em uma ilhota no Oceano Índico durante a segunda etapa da Volta

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ao Mundo. O incidente ocorreu no final de novembro do ano passado em Cargados Carajos Shoals (Saint Brandon), 240 milhas a nordeste das Ilhas Maurício. A tripulação deixou o barco sem nenhum arranhão, mas foi obrigada a abandonar a regata.

APM Terminals Itajaí será o operadorportuário oficial da Volvo Ocean Race

A APM Terminals Itajaí - empresa responsá-vel pela operação de contêineres no Porto de Itajaí – foi escolhida como operador portuário oficial da etapa brasileira da Volvo Ocean Race 2014/2015. Os equipamentos serão transportados nos navios da Maersk, empresa que pertence ao mesmo gru-po da APM Terminals. Segundo estimativas dos organizadores da etapa itajaiense da regata de volta ao mundo, serão transportados pelo menos 110 contêineres de equipamentos e mais a répli-ca de um barco igual aos utilizados pelos veleja-dores na competição.

De acordo com Ricardo Arten, Diretor Su-perintendente da APM Terminals Brasil, a esco-lha da APMT como operador portuário da Volvo Ocean Race representa a importância da opera-ção para o Complexo Portuário do Itajaí, já que mostra a capacidade do terminal, impactando positivamente nas operações logísticas. Darlan Martins, Gerente Operacional da organização da Volvo Ocean Race, explica que serão transporta-dos praticamente todos os equipamentos da Vila da Regata montada em Alicante (Espanha), porto de partida da competição. •

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Semasa investe no tratamento de esgoto sanitário em Itajaí

O Serviço Municipal de Água, Saneamento Básico e Infraestrutura (Semasa) foi cria-do em janeiro de 2003, pela Lei Munici-

pal n° 3.863 e inaugurado dois meses depois. Esta municipalização foi o resultado da não re-novação do contrato com a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) que ad-ministrava o abastecimento de água em Itajaí desde 1973.

Prestes a completar 12 anos, uma das principais conquistas da autarquia da prefeitura responsável pelo gerenciamento dos sistemas

de água e esgoto foi a implantação da primeira etapa do esgoto sanitário.

A obra contemplou os bairros Praia Brava, Cabeçudas, Fazenda, Centro e parte da Vila Ope-rária, dando o destino correto ao resíduo antes de voltar à natureza. Nesta fase das obras, foram investidos cerca de R$ 50 milhões.

Em entrevista à Revista Portuária – Eco-nomia & Negócios, o diretor geral da autarquia, Flávio Faria, fala sobre o trabalho desenvolvido pelo Semasa e ressalta a importância da ligação das unidades consumidoras à rede coletora.

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Revista Portuária – Itajaí tem mais de 200 mil habitantes e continua crescendo com a instalação de grandes empresas e consequentemente isso gera um aumento da população. Até quando o atual sistema de captação, tratamento e distribuição dará conta de um fornecimento eficiente?

Flávio Faria - Quando você faz um projeto na engenharia ele possui um período e é baseado no cres-

cimento e no nosso município o cresci-mento está muito grande. Então, toda essa ampliação da nossa estação de tra-tamento, dos nossos reservatórios, tro-cas e prolongamentos de várias adutoras foram efetuadas e fazem parte do plano de saneamento. Ele é uma exigência do Governo Federal e foi feito em 2010 para um período até 2032, mas o plano pode ser modificado de quatro em quatro anos. Então, todas as nossas obras de ampliação e crescimento são baseados nele.

Portuária – O tratamento de es-goto está pronto em parte da cidade. No entanto, nem todos os moradores se

adequaram ao sistema e o usam de fato. Como a Semasa está tratando essa situação? Vai haver alguma fiscalização para resolver essa questão ou ficará a cargo dos moradores essa regularização?

Flávio - Desde junho do ano passado quando inau-guramos a nossa estação de tratamento e a rede coletora começamos a fazer uma campanha intensiva nos meios de comunicação para os moradores se adequarem. Neste ano intensificamos essa divulgação e começamos a efetuar a co-brança por esse serviço, mas não queremos só que as pes-soas paguem, queremos que façam a ligação efetivamente na nossa rede coletora. Será realizada uma ação conjunta en-

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Flávio Faria, diretor geral da autarquia

Na primeira etapa foram investidos cerca de R$ 50

milhões e as áreas contempladas foram: Praia

Brava, Cabeçudas, Fazenda, Centro e uma pequena

parte da Vila Operária.

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volvendo o Semasa, a Fundação Municipal Meio Ambiente Itajaí (Famai) e da Vigilância Sanitária, para que a gente faça notificações nessas residências que foram agraciadas com a rede coletora na sua porta e que seja efetuada es-

sas ligações o mais rápido possível. Até agora o número de residências regula-rizadas é muito pequeno, aproximada-mente 1.000. Vale ressaltar que a liga-ção é simples e que foram distribuídas cartilhas com as devidas orientações para que o morador faça essa adequa-ção com tranquilidade e contratando um profissional da sua confiança, pois pode sair mais em conta do que con-tratar uma empresa. Além disso, temos que avisar a população que o Semasa não tem nenhuma empresa credencia-da para fazer esse serviço.

Portuária – Como está o crono-grama de implantação do sistema de

esgoto e quais bairros já foram comtemplados? Flávio - Nesta primeira etapa foram investidos cerca

de R$ 50 milhões e as áreas contempladas foram: Praia Bra-va, Cabeçudas, Fazenda, Centro e uma pequena parte da

Vila Operária. Agora iniciamos a segunda etapa pelos bair-ros Cordeiros e São Vicente e estão previstos investimentos de aproximadamente R$ 45 milhões. Esse aporte financeiro é todo oriundo do Governo Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Ministério das Ci-dades e são financiamentos da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Portuária – Quais serão os benefícios para o municí-pio a partir destas obras do sistema de esgoto e da adequa-ção das unidades consumidoras?

Flávio – O meio ambiente será muito beneficiado, pois a partir desta rede coletora não será mais despejado esgoto nas nossas praias, no Saco da Fazenda e nos nos-sos mananciais, pois muitas vezes o esgoto era jogado in natura nestes locais. Além disso, vai ajudar na saúde da população, pois tem um estudo que aponta que a cada um real investido em saneamento básico gera uma economia quatro vezes maior na saúde. Então, isso é um avanço mui-to grande para o município e a população em geral.

Portuária – A autarquia faz alguma preparação es-pecial para evitar falta de água durante a temporada de verão?

Agora iniciamos a segunda etapa

pelos bairros Cordeiros e

São Vicente e estão previstos

investimentos de aproximadamente

R$ 45 milhões.

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Flávio - Nós estamos trabalhando desde 2009 neste sentido. Fizemos a nova estação de tratamento, duplica-mos a produção e o tratamento da água. Aumentamos a capacidade de 650 litros por segundo para 1.300, isso é um avanço muito grande. Construímos dois reservatórios cada um com capacidade para 4 milhões de litros. Além disso, sempre fazemos trocas de adutoras onde tem maior incidência de rompimento. Também existem vários outros projetos já visando a próxima temporada de verão.

Portuária – No mês de abril o Semasa completa 12 anos da sua inauguração, qual foi a importância da munici-palização do gerenciamento dos sistemas de água e esgoto em Itajaí?

Flávio – A municipalização foi fundamental, pois atual-mente todos os recursos arrecadados são reinvesti-dos no sistema de água e esgoto da cidade. Em 2003 teve tanta “briga” e discussão em torno da não renovação do contrato com a Casan, mas hoje está mais que comprovado a importância da municipalização. •

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30 • Março 2015 • Economia&Negócios

Os turistas que passaram a temporada nas cidades de Balneário Camboriú, Florianópolis, Imbituba e São Francisco do Sul gastaram cerca de R$ 480,73 no co-

mércio local, de acordo com os dados apurados pela Fecomér-cio SC na Pesquisa Verão em Santa Catarina 2015. Outro item analisado foi o total de gastos em hospedagem, transporte, alimentação e lazer em cada cidade. A maior média de gastos foi em Balneário Camboriú, com pouco mais de R$ 4 mil. A Capital, por sua vez, registrou o menor gasto médio dos turis-tas nestes itens, de R$ 2,2 mil.

A maioria dos turistas – 89,5% – veio do próprio Brasil, mas os vizinhos argentinos marcaram presença mais uma vez, com 7,6% de participação. Entre os brasileiros, o fator proxi-midade foi expressivo, sendo que 80% das pessoas vieram da região Sul. Além do Sul, destaque para os 8,9% dos turistas do estado de São Paulo.

O setor de hotelaria teve uma média de 88% de ocu-pação durante a temporada de verão, sendo que a Capital registrou o maior índice, de 90%. Os turistas permaneceram 5,3 dias, segundo a média estadual. Em Imbituba, o tempo de permanência foi de 6 dias, o maior entre as cidades pes-quisadas.

Uma importante parte da pesquisa é a de avaliação do turista e do empresariado local. Cerca de 95% dos turistas da temporada de 2015 pretendem voltar ao Estado. Entre os que não pretendem retornar, a maioria de 57,6% deseja conhecer

outros lugares na próxima temporada.Entre as cidades, Balneário Camboriú registrou o maior

gasto médio da pesquisa, de R$ 829,18. O comércio de praias liderou a intenção de visitas do turista, com 46,9%. Para o empresariado local, o faturamento variou 32% em relação à temporada de 2014 e 26% na comparação com o mês ante-rior à temporada atual. A maioria dos turistas que veraneou em Balneário Camboriú tem entre 31 e 50 anos, sendo que 58,1% é do sexo feminino.

Já em Florianópolis, o gasto médio ficou em R$ 375, 06. No geral, os empresários sentiram uma variação negativa de -3,5% no faturamento em relação a 2014, porém, houve alta de 10,9% na comparação com o mês anterior. A maioria dos turistas que passou o verão 2015 na Capital – 38,2% – chegou de carro próprio. Outro índice expressivo foi o de 37,2% de pessoas que usaram ônibus regulares. Florianópolis foi a cidade que mais recebeu turistas estrangeiros, com um percentual de 21,2%. Entre estes, 15,7% foram os vizinhos argentinos. Ocupam o segundo lugar os também vizinhos uruguaios, com 2,3% de representação.

Em Imbituba, 8% dos turistas que passaram o verão na região eram argentinos. A cidade apresentou equilíbrio quan-to ao gênero dos turistas – 55,4% eram mulheres e 44,6% ho-mens.Os turistas que veranearam na cidade gastaram cerca de R$ 411 no comércio local. A percepção dos empreendimentos comerciais foi positiva, com alta de 3% no faturamento entre

Divulgação

Verão 2015 registra alta no faturamentodo setor terciário em Santa Catarina

A MAIORIA DOS TURISTAS – 89,5% – VEIO DO PRÓPRIO BRASIL, MAS OS VIZINHOS ARGENTINOS MARCARAM

PRESENÇA MAIS UMA VEZ, COM 7,6% DE PARTICIPAÇÃO

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Balneário Camboriú registrou o maior

gasto médio da pesquisa com R$

829,18.

as temporadas de 2014 e 2015, e de 5% em relação ao mês anterior.A cidade de São Francisco do Sul também acompanhou o equilíbrio

de Imbituba, com 54,4% de turistas do sexo feminino e 45% de turis-tas do sexo masculino. Os turistas estão bem distribuídos entre todas as faixas etárias. Em São Francisco, os turistas tiveram um gasto médio de R$ 369,37 no comércio local. Na visão do empresariado, o faturamento variou 6,8% em relação à temporada passada e 5,4% na comparação com o mês anterior.

EmpresáriosPara a temporada de verão 2015, 33,1% dos empresários entrevis-

tados contrataram colaboradores extras, uma média de 5,2 pessoas por estabelecimento comercial. No setor hoteleiro, a expectativa foi maior, com 61,5% dos estabelecimentos realizando contratações.

Entre os principais serviços oferecidos aos clientes, os empresários elencaram como principais: equipe capacitada para atendimento (85,5%), banheiro para clientes (85,3%), cartão de crédito internacional (76,7%) e estacionamento (65,2%).

A variação do faturamento teve resultados positivos, tanto na com-paração com a temporada de 2014 como em relação aos meses comuns de 2015. Na média estadual, a percepção dos empresários foi de 7,5% de crescimento em relação ao verão 2014 e de 14,1% de alta, frente ao mês anterior de 2015. •

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32 • Março 2015 • Economia&Negócios

A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias Catari-nenses (ICF) revela que, mesmo diante de um cenário de insegurança na economia brasileira, os catarinenses ain-

da mantêm otimismo em relação às suas possibilidades de con-sumo. Os itens avaliados em fevereiro pela ICF tiveram variação negativa de -1,2%, na comparação com janeiro. No ano, outra queda de -3,5%. A intenção de consumo alcançou 129,1 pon-tos, em uma escala de 0 a 200 pontos, um patamar considerado positivo. Para a Fecomércio SC, a ICF se mantém em um patamar elevado. No entanto, o contexto atual de oferta de crédito restri-ta, elevados juros e menor crescimento da renda real impede um maior crescimento nas vendas no comércio. A entidade acredita que as famílias catarinenses estão em um momento de cautela diante da insegurança causada pelos ajustes econômicos pro-postos pelo governo. Assim, a tendência é de recuperação da in-

tenção do consumo somente a partir do final de 2015.

Emprego, renda e consumo atuais

A última ICF mante-ve números positivos para emprego, renda e consumo atuais. A confiança em rela-ção à renda atual subiu 1,7%

PesquisaConsumidores catarinenses mantêm otimismoem relação às suas possibilidades de consumo

na comparação mensal e 0,8% na anual. O consumo atual, por sua vez, caiu 2,7% no mês e se mantive praticamente estável no ano, variando 0,1%. Já o nível de emprego caiu -1,7% entre os meses de janeiro e fevereiro e teve variação negativa de -1,0% entre 2014 e 2015. Em termos absolutos, os indicadores de emprego, renda e consumo atuais se en-contram com 140,3 pontos, 166,2 pontos e 110,3 pontos, respectivamente.

Perspectiva profissional O indicador perspectiva profissional apresentou uma

alta de 1,6% na comparação mensal e de 5,3% na com-paração anual. Apesar de o índice ser elevado em termos absolutos, está em um patamar considerado muito baixo, de 100,1. Isso demonstra que a situação de pleno empre-go já não possui mais margem de expansão, o que pode ser confirmado pelo balanço de 2014 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no qual o índice de saldo de vagas de 2014 foi o pior desde 2008.

Acesso ao créditoO acesso ao crédito apresentou queda de -1,1%. Na

comparação anual, houve redução de -3,1%. Os resultados negativos revelam que as condições de pagamento estão menos favoráveis ao consumidor, devido às altas taxas de juros e ao elevado comprometimento da renda com dívidas. Em termos absolutos, no entanto, o índice de acesso ao cré-dito ainda é alto, de 140,3 pontos.

Perspectiva de consumoO indicador perspectiva de consumo acumulou 101

pontos, com queda de -7% na comparação mensal e de -16,6%, entre 2014 e 2015. A expressiva queda anual está associada ao crescimento reduzido da renda e aos

elevadíssimos juros atuais.

Momento para duráveisEm sintonia com a perspectiva de consumo, indicador

momento para duráveis caiu -0,1% entre janeiro e fevereiro. Na comparação anual, registrou queda de -8,5%. Em termos absolutos, está com 145,3 pontos. Mais uma vez, os resul-tados negativos refletem a retração do crédito, bem como as medidas de ajustes adotadas pelo governo. •

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Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio MalburgCep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD

O advogado Carlos Adauto Virmond Vieira tomou posse como o novo secretário de Estado de As-suntos Internacionais. A cerimônia de posse foi

realizada, em Florianópolis, com a presença do vice-go-vernador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira.

“Estou preparado para este novo desafio. É mui-to importante que Santa Catarina abra suas portas para o exterior e também internamente. A secretaria deve funcionar dentro do Governo como uma ferramenta de todas as secretarias, para que possamos ampliar essas relações internacionais do Estado. Nós queremos incluir ciência, tecnologia, educação, cultura e esporte como prioridades”, ressaltou o secretário.

Natural de Joinville, Carlos Adauto Virmond Vieira é advogado, com mestrado em Direito Ambiental pela Universidade de Colônia, Alemanha, país onde viveu por dez anos. Foi membro fundador do Conselho do Cidadão da Embaixada do Brasil na Alemanha, representando os interesses dos brasileiros lá residentes.

Sua vida pública iniciou no cargo de representante para Assuntos Internacionais de Joinville. Entre 2002 e 2004 foi pre-sidente da Fundação Cultural de Joinville, criando e presidindo o Instituto Joinville Jazz e a Sociedade Cultural Alemã do mu-nicípio, cargo que ocupa até hoje. Presidiu também o Instituto Festival de Dança de Joinville e atualmente é membro do Con-selho Consultivo da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. •

Merlim

Malacoski / Secom

Carlos Adauto Virmond Vieira é empossado como secretário de Assuntos Internacionais

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36 • Março 2015 • Economia&Negócios

Num mundo cada vez mais globalizado, falar e escrever inglês tornou-se uma ferramenta não só de trabalho, mas

também de socialização. Viagens a passeio ou à negócios, facebook, filmes, publicidade, en-fim, tudo na comunicação hoje utiliza inglês. Por isso, cada vez mais pessoas estão procu-rando escolas de inglês para aprenderem ou aperfeiçoarem o idioma, e os pais estão cada vez mais cedo colocando seus filhos em aulas nas escolas para que os filhos dominem o idio-ma desde crianças, facilitando assim o apren-dizado.

A Cultura Inglesa, a maior rede de escolas não-franqueadas do país, com 30 unidades somente no estado de São Paulo e 4 unida-

des em Santa Catarina, atende hoje a mais de 65.000 alunos, com um corpo docente de 400 professores.

Cultura Inglesa, uma escola diferenciada

Michael Delaney,

fundador de três escolas da Cultura Inglesa em

Santa Catarina

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Segundo o fundador de três escolas da Cultura Inglesa em Santa Catarina, Michael Delaney, a escola ensina seus alu-nos a serem independentes. “É isso que somos e ensinamos nossos alunos a serem. Na Cultura Inglesa é assim: o aluno vive o inglês além da sala de aula, em uma escola livre e sem franquias. Com muita interatividade e conversação sobre te-mas atuais, o aprendizado é dinâmico e natural. É a filosofia de um centro de intercâmbio cultural, que oferece acima de tudo a liberdade para se aprender e viver. A gente acredita que aprender inglês não é o fim, mas o meio para se tornar independente. Por isso, além de oferecer um programa de inglês global de primeira linha, oferecemos conteúdos online exclusivos e quadros interativos para otimizar o aprendizado. Sem falar da vasta gama de atividades culturais que incluem artes visuais, teatro infantil e adulto, dança, música pop e coral”, explicou Michael. Michael diz que a Cultura Inglesa é diferenciada de outras escolas existentes no mercado bra-sileiro e essa diferença pode ser resumida em três letras:"A C T”. Ele explica:

Excelência Acadêmica - A Cultura tem professores altamente qualificados e treinados. Todos têm qualificação de Cambridge, exigência mínima para fazer parte do nosso time de professores.

Programa Cultural: A Cultura Inglesa organiza duran-te o semestre atividades culturais para os alunos praticarem mais inglês.

Recursos Tecnológicos - quadros interativos em todas

as salas de aula, site de apoio E-Campus para alunos que querem praticar seu inglês online (veja no site: http://culturainglesa-sc.com.br/conheca-a-cultura-inglesa/e-campus/).

Michael diz também que a Cultura Inglesa não ensina só o inglês britânico. “Existem muitos outros países, além da In-glaterra, que adotam o inglês como língua oficial. A Cultura Inglesa oferece aos alunos a possibilidade de vivenciar outros sotaques e pronúncias, através de nossas aulas e material de suporte (livros, áudio e vídeo) proveniente de várias localidades. Michael Delaney, que fundou as esco-las em Santa Catarina (1987, em Blumenau; 1995 em Floria-nópolis e 1999 em Itajaí) nasceu em Workington no norte da Inglaterra, mas foi criado perto de Machester, formando-se na University College London.Veio pela primeira vez para o Brasil em 1981 e morou em Salvador. Casou-se com Letícia e tem três filhas, Julia e Louisa, (gêmeas) e Karen. Morou em Blumenau de 1987 a 2014, abrindo a Cultura Inglesa no ano de sua chegada, mas agora reside em Florianópolis, de onde comanda as três escolas. No ano passado foi também no-meado Cônsul Honorário do Reino Unido em Florianópolis. Finalizando, Michael Delaney frisou que a Cultura Inglesa de Florianópolis é um centro do exame IELTS, pre-requisito para brasileiros querendo se inscrever no programa “Cienças Sem Fronteiras” para países de língua inglesa. •

Com muita interatividade e conversação

sobre temas atuais, o

aprendizado é dinâmico e

natural.

O aluno vive o inglês além da sala de aula, em uma escola livre e sem franquias.

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38 • Março 2015 • Economia&Negócios

Há uma tendência de que as empresas assumam, cada vez mais, uma posição social relevante para a comu-nidade da qual fazem parte. As companhias estão em

busca da sua responsabilidade social corporativa, para isso, aprimoram suas práticas e políticas internas, estão mais cui-dadosas com o meio ambiente e estimulam o voluntariado entre os seus colaboradores. A Portonave S/A - Terminais Por-tuários de Navegantes já nasceu com essa responsabilidade: impulsionar o desenvolvimento socioeconômico de uma cida-de considerada dormitório, vizinha a um dos maiores portos do Brasil.

Há sete anos, quando se instalou em Navegantes para construir o primeiro terminal portuário privado do país, a Portonave percebeu a necessidade de investir na comunida-de local. “A principal atividade econômica do município era a pesca e grande parte da população buscava emprego nas cidades vizinhas. Nós optamos por contratar colaboradores

e fornecedores da cidade para, dessa forma, movimentar a economia e até melhorar a autoestima da comunidade. Hoje, Navegantes é uma das cidades que mais cresce no estado”, relembra Osmari de Castilho Ribas, diretor-superintendente administrativo da Portonave.

Com cerca de 70 mil habitantes, Navegantes viu sua história mudar à medida que os navios chegavam para atra-car no novo terminal portuário. Entre os projetos da Porto-nave que romperam as paredes do prédio administrativo da companhia, no Bairro São Domingos, está o de reciclagem de lixo. Como a cidade não tem coleta seletiva, a Portonave instalou seis centrais de recebimento de resíduos recicláveis e perigosos em Navegantes. O terminal mantém convênios com empresas de reciclagem e destinação final adequada dos resíduos perigosos. Desde o início do projeto, em 2011, mais de 47 mil quilos de resíduos foram destinados à reciclagem.

Na área cultural, o programa Contém Cultura busca

Projetos sociais da Portonave estimulamdesenvolvimento socioeconômico de Navegantes

Ações contribuem para melhorar a educação dos alunos da rede pública e conscientizam sobre a importância da preservação ambiental

Fotos: Divulgação

Formatura do Projeto Onda: iniciativa voltada para a educação e cidadania

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Economia&Negócios • Março 2015 • 39

estimular o aprendizado e o conhecimento por meio de aulas gratuitas de dança, canto coral, artes visuais, teatro e ações de incen-tivo à leitura. O programa tem um espaço físico no Centro de Navegantes e uma uni-dade itinerante, que percorre os bairros de Navegantes e outras cidades do estado. Em três anos, o Contém Cultura registrou mais de 30 mil atendimentos.

O terminal também estimula o vo-luntariado entre os colaboradores. Volta-do para a educação e cidadania, o Projeto Onda: Por um mundo melhor promove au-las semanais para alunos da rede pública entre 7 e 10 anos sobre temas do cotidiano, como respeito e honestidade. Mais de 40 colaboradores voluntários participam do projeto.

Somente no último ano, a Portonave in-jetou mais de R$ 1 milhão pela Lei de Incentivo. “O sucesso da Portonave está diretamente relacionado ao desenvol-vimento de Navegantes e região, à qualidade de vida da população e à manutenção dos recursos naturais”, finaliza Castilho. •

Contém Cultura busca estimular o aprendizado e o conhecimento por

meio de aulas gratuitas

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40 • Março 2015 • Economia&Negócios

Mais de 34 mil microempreendedores individuais (MEIs) aderiram ao Juro Zero, programa da Se-cretaria de Estado do Desenvolvimento Econômi-

co Sustentável (SDS), que concede até R$ 3 mil em linha de crédito. “Ultrapassamos a marca de R$ 95 milhões em empréstimos em todo o Estado”, comemora o secretário da SDS, Carlos Chiodini.

Somente no mês de janeiro, foram 893 MEIs aten-didos, que receberam R$ 2.555.140. Para participar, é ne-cessário que o MEI seja formalizado e tenha receita anual

inferior a R$ 60 mil. O valor do empréstimo pode ser parce-lado em até oito prestações, sendo que, se as sete primeiras forem pagas em dia a última é quitada pelo Governo do Estado.

O Juro Zero conta com parceria da Agência de Fomen-to do Estado de Santa Catarina (Badesc), do Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC), da Associação das Organizações de Microcrédito de Santa Catarina (Amcred/SC) e do Sistema de Cooperativas de Cré-dito do Brasil (Sicoob). •

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ANUÁRIO

Microempreendedores individuais participantes do Juro Zero receberam R$ 95 milhões em Santa Catararina

Michelle Nunes / SDS

O valor do empréstimo pode ser parcelado em

até oito prestações, sendo que, se as sete primeiras

forem pagas em dia a última é quitada pelo Governo do Estado.

Carlos Chiodini, secretário da SDS

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Economia&Negócios • Março 2015 • 41

A terceira chamada do Inova Talentos bateu recorde de ins-crições em Santa Catarina, com 135 projetos, deixando o Estado atrás apenas de São Paulo, que apresentou 165

propostas. A partir da assinatura dos 31 contratos aprovados em Santa Catarina, devem ser abertas 35 novas vagas destina-das a estudantes de graduação, recém-graduados e mestres. O programa é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indús-tria (CNI), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em Santa Catarina, o programa é implementado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC), entidade da FIESC.

"A grande procura das indústrias mostra o reconhecimen-to do programa como uma boa oportunidade para promover a inovação nas empresas e aprimorar a formação dos novos profissionais", destacou Natalino Uggioni, superintendente do IEL/SC.

O processo As empresas interessadas apresentam desafios de inova-

ção que enfrentam em seu dia a dia. A cada projeto submetido, podem ser solicitados até três bolsistas. Se aprovado, as vagas são abertas e publicadas para consulta e aplicação dos candida-tos no portal do programa. Para se habilitar, e os candidatos de-vem propor soluções para estas questões. O selecionado tem 12 meses para desenvolver o trabalho e receberá bolsa mensal de R$ 1,5 mil (nível de graduação), R$ 2,5 mil (recém-graduados) e R$ 3 mil (mestres), além de tutoria de profissional. Em contra-partida, a empresa investe R$ 20 mil por bolsista.

Atualmente, 14 vagas estão em aberto em Santa Catari-na, remanescentes de projetos aprovados na primeira e na se-gunda chamadas. As oportunidades podem ser consultadas no portal do programa: www.inovatalentos.com.br.

mercadomercadocoluna coluna Santa Catarina bate recorde de projetos no Inova Talentos

Programa implementado pelo IEL/SC terá 35 novas

oportunidades para estudantes de graduação, recém-graduados e mestres

Em SC, devem ser abertas 35 novas vagas destinadas a estudantes de graduação, recém-graduados e mestresDivulgação

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42 • Março 2015 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

Ainda em fase de planejamento, o Plano Nacional de Exportação tem criado mais desconfianças do que in-teresse entre os empresários. Sem tocar em questões

como câmbio e desonerações,- retirada das linhas iniciais de planejamento depois das dificuldades de negociação com a equipe econômica - o plano se concentra em linhas genéricas de melhoria do ambiente de negócios e no desenvolvimen-to de 37 mercados prioritários. Na lista, classificados como

mercados especiais estão Argentina, Turquia e Irã.

O plano tem, por enquanto, seis pilares, quase to-dos com o objeti-vo de melhorar o acesso a mercados, mas sem mexer na arrecadação do governo. Trata de ampliar a promoção comercial, com mais missões com "ele-vada representação governamental" e fortalecimento da

"imagem Brasil". O plano também tem o objetivo de aumentar o acesso aos mercados com acordos comerciais e de investi-mento, além de garantias de financiamento - em que propõe a entrada de bancos privados no crédito ao exportador.

Com pouco espaço para atender os principais pedidos da indústria, as desonerações, o Ministério do Desenvolvi-mento trabalha com a ideia de ajudar os empresários a entrar e ampliar sua presença em mercados já conhecidos e outros ainda a serem consolidados.

Na América Latina, o plano aponta para a abertura do mercado da República Dominicana para a moda e a possi-bilidade de consolidar as exportações de máquinas para a Colômbia e Cuba. Na África, mira em abrir os mercados de Moçambique, Quênia, Tanzânia, Argélia, Egito, Arábia Sau-dita e Irã para máquinas, equipamentos, alimentos, bebidas

e moda.Para isso, a aposta seria investir em "inteligência de

mercado", usando pesquisas customizadas para grandes em-presas com grande potencial exportador, estudos para traçar o perfil econômico e comercial dos mercados e apontar opor-tunidades, e mapear as características dos setores exporta-dores e identificar oportunidades. A visão do governo é de que precisa melhorar o ambiente de negócios, mas cabe aos empresários ajudarem na busca de oportunidades lá fora.

A maior queixa da indústria é a falta de competitivida-de no exterior, com múltiplas causas, nenhuma delas atacada pelo plano. Não há novas desonerações e nem mesmo a ga-rantia de que as existentes - e citadas no planejamento, como o Reintegra - serão mantidas. Parte do governo avalia que as desonerações adotadas até hoje pouco ou nenhum efeito tiveram e, com o real desvalorizado, teriam menos resultado.

Durante a última reunião do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, órgão de assessoramento à presidente), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Co-mércio, Armando Monteiro, defendeu fortemente a alíquota de 3% do programa, que devolve parte dos créditos tributá-rios a exportadores, mas ganhou apenas um aliado, o presi-dente da CNI, Robson de Andrade. •

Plano Nacional de Exportação tem objetivo limitado

A maior queixa da indústria é a falta de competitividade no exterior, com múltiplas causas, nenhuma delas atacada pelo plano

Presidente da CNI, Robson de Andrade

Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro

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44 • Março 2015 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

Profissionais de nível técnico têm grandes oportunidades de ingressar na indústria catarinense. Isso é o que mos-tra pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias de

Santa Catarina (Fiesc). Segundo o levantamento a carência de trabalhadores qualificados afeta com mais intensidade a área de produção, sobretudo profissionais técnicos (67%). Pelo menos 96% dos empresários declararam ter dificuldades de contratar colaboradores em 2014.

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, destaca que 877 mil matrículas foram registradas no triênio 2012-2014. “Deve-mos ter um ano duro em 2015 e, sem dúvida, as empresas que mais investem em educação e inovação são as que têm mais probabilidade de se sair bem em períodos de contenção e de baixo crescimento da economia”, salienta Côrte.

A pesquisa foi realizada com a participação de 172 em-presas. Entre as indústrias que encontraram dificuldades para contratar, 42,4% informaram que foi para a maioria dos cargos, 41,8% teve dificuldades somente para preencher as vagas de trabalho para algumas ocupações e 15,8% para todos os cargos. A dificuldade de encontrar trabalhadores para a área de pro-dução com formação básica é citada entre outros aspectos por empresários que responderam a pesquisa.

Para 71% dos industriais, trabalhador sem qualificação é aquele que não possui escolaridade e nem habilidade para

Profissionais de nível técnico são os mais requisitados na indústria

Mercado de trabalhoIndústria tem espaço para profissionais

de nível técnico, mostra pesquisa

Estudo da Fiesc revela que empresários tiveram dificuldade de contratar devido à falta de qualificação

exercer a função. Segundo dados da RAIS 2013, 45% dos trabalhadores em atividades industriais não tem escolari-dade básica completa. O desafio lançado pelo Movimento A Indústria pela Educação é que todo trabalhador da indús-tria tenha escolaridade completa e educação profissional e tecnológica compatível com a sua função.

Outra pesquisa, realizada com base nas informações das companhias participantes do Prêmio Fiesc A Indústria pela Educação, apontou que 70,8% perceberam ganhos no desenvolvimento de competências e na busca por melhores resultados na empresa após a implantação de ações educa-cionais. Melhor entendimento e execução dos procedimen-tos, e a melhoria do clima organizacional foram observadas por 73,4% pelas empresas. Mais de 38% percebeu também o aumento da atração e retenção de talentos. “A educa-ção é percebida como fator-chave para a competitividade industrial. Trabalhadores escolarizados e mais qualificados contribuem para o aumento da produtividade e eficiência de processos”, afirma Côrte. “Podemos afirmar que o Movi-mento A Indústria pela Educação é um importante elemen-to influenciador para a implantação das práticas educacio-nais”, completa.

OportunidadeMais de 6,8 mil vagas estão sendo oferecidas em

cursos do Senai/SC no Estado. São oportunidades em formações técnicas e superiores, além do ensino médio. Apenas entre os cursos técnicos, mais de 4,2 mil vagas es-tão abertas. Entre os cursos de curta duração são 11 mil oportunidades até março. Pesquisa realizada pelo Senai/SC revela que 83% dos egressos dos cursos técnicos estavam trabalhando em até um ano após sua formatura. Em 2014, das 197,5 mil matrículas realizadas pelo Senai, mais de 31 mil foram registradas na educação profissional. •

Plinio Bordin

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Economia&Negócios • Março 2015 • 45

mercadomercadocoluna coluna

A vontade do brasileiro ter seu próprio negócio é muito grande, e isso não é diferente entre os jovens: qua-se 6 em cada 10 universitários brasileiros pensam

em empreender, revela pesquisa da Endeavor e do Sebrae. Entre os universitários entrevistados em Santa Catarina, 63,8% declararam-se potenciais empreendedores, 12,6% já empreendem e 20,2% afirmaram ter alguma experiência na área.

Com relação ao ensino em sala de aula, 63% dos alunos de Santa Catarina disseram já ter cursado alguma disciplina relacionada a empreendedorismo. Por outro lado, 16,8% responderam que gostariam de fazer, mas que seus cursos não oferecem. Os jovens estudantes também sonham alto. A pesquisa mostra que 24% dos universitários catari-nenses que pensam em empreender esperam ter mais de 25 funcionários após cinco anos de empresa. Esse resultado é

mais que o dobro da média nacional, que é de 11%.“Se tivermos mais universidades e professores que

estimulem seus alunos a inovar, a sonhar grande e a se pre-parar para enfrentar os desafios de empreender, com certe-za o Brasil poderá multiplicar o número de grandes empre-sas fundadas por universitários”, afirma Pamella Gonçalves, gerente de pesquisa da Endeavor.

Na terceira edição, mais de 5 mil alunos e mais de 600 professores de todo o Brasil participaram da enquete. A pesquisa também aponta que alunos que consideram suas ideias de negócio mais inovadoras têm expectativa de criar empresas maiores, se comparados com a média. Entre os empreendedores que não consideram suas empresas ino-vadoras, 21,4% acreditam que sua empresa terá mais de 10 funcionários em 5 anos, número que atinge 47,6% entre aqueles que se consideram inovadores. •

Pesquisa revela que universitários de Santa Catarina querem empreender

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O Everest Industrial Group oficializou em reunião com a Secretaria de Estado da Fazenda e a Secretaria de De-senvolvimento Econômico e Sustentável, o interesse de

instalar unidade em Joinville, no Norte de Santa Catarina. Com um investimento inicial de US$ 15 milhões e a expectativa de gerar até 350 empregos, a unidade deve produzir 150 mil refri-

Governo do Estado negocia instalaçãode indústria árabe em Santa Catarina

Investimento inicial da empresa deve ser de US$ 15 milhões e a expectativa de gerar até 350 empregos

geradores/ano – os aparelhos, conhecidos como coolers, são usados pelo comércio para a acomodação e a exposi-ção de alimentos e bebidas.

O gerente de Contas Estratégicas do Everest Indus-trial Group, Alexander Bychkov, disse que a escolha de SC “está 99,99% acertada”. “Santa Catarina oferece boa infra-estrutura, logística, mão de obra e há ainda a cooperação do Governo do Estado, que está nos auxiliando com as questões tributárias”, explicou Bychkov, que deve voltar ao Estado em abril para concluir as negociações.

Durante a reunião no Centro Administrativo, em Florianópolis, Alexander Bychkov conheceu os incentivos fiscais e os programas tributários mantidos pelo Estado. “A possibilidade de customizar o pacote de incentivos à atividade da empresa é certamente um diferencial de Santa Catarina”, explicou o diretor de Administração Tributária da Fazenda, Carlos Roberto Molim.

Bychkov relatou já ter participado de projetos de im-plantação em vários países. “Não encontrei equipe técnica com entrosamento como aqui, o que certamente me faz levar uma excelente imagem do Estado”, afirmou.

Com sede nos Emirados Árabes Unidos, o Everest Industrial Group tem filiais no Egito, Arábia Saudita, Sri-Lanka, Ucrânia e Rússia. O grupo, que em 2014 faturou US$ 128 milhões e produziu 400 mil unidades em todo o mundo, tem entre os clientes as gigantes PepsiCo e a Coca-Cola.

Concretizada a instalação da unidade em SC, o Eve-rest Industrial Group planeja produzir dez modelos de re-frigeradores. A empresa também pretende investir em pes-quisa e desenvolvimento. Entre as novas tecnologias estão aparelhos que usam sensores que garantem, por exemplo, a economia de eletricidade. •

O grupo tem entre os clientes as gigantes PepsiCo e a Coca-Cola.

46 • Março 2015 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

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Economia&Negócios • Março 2015 • 47

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Tramita na Câmara de Vereadores de Itajaí o Projeto de Lei nº 07/2015, que propõe a redução de 50% no número de cargos de confiança na autarquia municipal, ou seja,

de 64 cargos, como previa a lei que criou a Superintendência do Porto de Itajaí, passa para 32, conforme a nova lei.

O projeto em tramitação prevê a extinção de 40 cargos de comissão, imprimindo assim economia com despesas com pessoal. De outro lado, a criação dos 13 novos cargos - oito em comissão e cinco por meio de concurso público – que objetiva a readequação da estrutura administrativa ao míni-mo possível para que os serviços públicos possam continuar sendo satisfatoriamente prestados.

“Dos cargos extintos, 27 deles foram por incompatibi-lidade constitucional, Além desses cargos, também extingui-mos quatro diretorias (Comercial, de Logística, Jurídica e Exe-cutiva), quatro gerências (da Guarda Portuária, de Serviços Gerais, de Negócios e de Programação), uma assessoria (de Desenvolvimento de Sistemas) e quatro cargos de motorista”, explica o superintendente Antonio Ayres dos Santos Júnior.

A proposta de extinção dos 40 cargos comissionados gera uma redução de custo mensal de R$ 722,27 mil, enquan-to que os 13 novos cargos novos propostos representarão um custo mensal de R$ 50,11mil, o que acarretará à autarquia uma economia mensal de R$ 672,16 mil. A economia anual será de cerca de R$ 8 milhões. “O número de empregos de provimento em comissão que se pretende criar, que são oito cargos, mais os 24 cargos em comissão mantidos, no total de 32, representa a fatia de 16,6% do quadro de servidores permanentes do Porto de Itajaí”, acrescenta Ayres.

Do quadro efetivo, o Porto de Itajaí reduziu em 38 em-pregados. O total de 31 empregados aderiu ao Programa de Desligamento Incentivado (PDI), exoneraram-se cinco e fale-ceram três. A redução no número de empregados efetivos foi de 15,5%. Com o Programa de Desligamento Incentivado (PDI), o impacto econômico no primeiro momento foi de R$ 200 mil/mês, ou R$ 2,4 milhões/ano – no período 2014 a 2016. Já no segundo momento, após estes três anos, a eco-nomia será de R$ 6,6 milhões ano na folha de pagamento. •

Porto de Itajaí reduz em 50% os cargos de confiança

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TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES28 anos transportando com agilidade e rapidez

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mercadomercadocoluna coluna

48 • Março 2015 • Economia&Negócios

Maior estaleiro em quantidade produzida da Amé-rica do Sul, a Fibrafort localizada em Itajaí (SC) acaba de colocar na água a F400 Gran Coupé,

lancha de 40 pés, que entra na lista dos novos produtos da empresa. A linha Yatchs, que contempla embarcações de 35 a 40 pés, passa a fazer parte da linha de produção. Referência em barcos de pequeno e médio portes, a com-panhia completa 25 anos agora em 2015. Para ampliar a área de atuação, firmou parceria com a Porsche Consulting para o desenvolvimento de novos produtos com qualidade e otimização do sistema de produção. Até o ano passado, produzia a consolidada linha Focker, com barcos na cate-goria de 16 a 32 pés.

A embarcação de altíssimo padrão conta com os moldes da lancha Armada 400, através do direito de fa-bricação desta linha adquirido pelo estaleiro. Com linhas modernas, possui mais de 12 metros de comprimento, cockpit coberto por hard top com teto solar de abertura elétrica e 1,80m de pé direito. A plataforma de popa tem espaço gourmet de série e a cabine tem camarote fecha-do na proa e popa, duas camas de solteiro à meia-nau, que podem ser convertidas em uma de casal. As opções de motorização variam de dois motores de 300 a 400 hp, gasolina ou diesel.

Ingressar nesta nova linha pode significar mais cres-

cimento para a empresa e para a economia da região. Com a abertura de novas frentes de trabalho, a Fibrafort amplia a necessidade de mão de obra oferecendo novas oportuni-dades de emprego e mais portas para atuação de diversas empresas no segmento. “Acreditamos no crescimento ain-da maior do mercado. Hoje Santa Catarina é um dos maio-res polos náuticos do Brasil, mas temos potencial para ser ainda mais e a Fibrafort investe a cada dia para auxiliar o Estado a conquistar números ainda maiores”, afirma o gerente de negócios e marketing, Rafael Ferreira.

A FibrafortA maior fabricante da América do Sul em número de

barcos de fibra produzidos por ano, a empresa catarinense está presente em 42 países. Especializada na fabricação de embarcações de 16 a 40 pés, já produziu mais de 13 mil barcos desde a fundação em 1990.

Com 41 revendas em todo o Brasil, o estaleiro ga-nhou diversos títulos, entre eles foi eleito na Austrália como o barco do ano em 2008, com a embarcação Fisher-man 238, também foi eleito pela Revista Náutica com a embarcação mais vendida do Brasil, com o modelo Focker 190 Style. Ainda conquistou o prêmio de barco com maior liquidez de marcado com o Focker 215 e ganhou o Desta-que Evolução 2014 com o modelo Focker 305GT. •

A embarcação de altíssimo padrão conta com os moldes da lancha Armada 400, através do direito de fabricação desta linha adquirido pelo estaleiro.

LançamentoFibrafort coloca na água a nova lancha F400 Gran Coupé

A expansão para a fabricação de barcos de até 40 pés marca os 25 anos da empresa

Divulgação

Page 49: Revista Portuária - 09 Março 2015

Aceitamos reservas para eventos corporativos, confraternizações ou reuniões de empresas ou particulares.

Page 50: Revista Portuária - 09 Março 2015

50 • Março 2015 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

A Câmara de Comércio Brasil-Alemanha (AHK) pro-move, por meio de seu Departamento de Meio Am-biente, Energias Renováveis e Eficiência Energética,

a 14ª edição do Prêmio von Martius de Sustentabilidade. As inscrições já estão abertas e o prazo para a postagem dos projetos termina no dia 10 de agosto.

A iniciativa premia trabalhos concluídos ou em an-damento de empresas, organizações não-governamentais, indivíduos e instituições do poder público de qualquer lo-cal do território nacional, associadas ou não à AHK, em três categorias: Humanidades, Tecnologia e Natureza. Os trabalhos inscritos serão julgados por uma banca convida-da composta por empresários, líderes e jornalistas especia-lizados nas áreas social, cultural e ambiental.

Cada categoria premia um projeto vencedor que re-cebe um troféu e um diploma em reconhecimento à ação que contribui para o desenvolvimento da sustentabilidade. Este ano, as inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site. A cerimônia de premiação está prevista para o dia 22 de setembro. O Prêmio von Martius de Sus-

tentabilidade é patrocinado pela Volkswagen do Brasil. Mais informações podem ser obtidas no site: www.pre-miovonmartius.com.br ou através do e-mail: [email protected]

PioneirismoCriado em 2000 pela Câmara de Comércio e Indús-

tria Brasil-Alemanha de São Paulo, por meio de seu Depar-tamento de Meio Ambiente, Energias Renováveis e Efici-ência Energética, o Prêmio von Martius tem o objetivo de “reconhecer o mérito de iniciativas de empresas, do poder público, de indivíduos e da sociedade civil que promovem o desenvolvimento econômico, social e cultura no contexto do desenvolvimento sustentável”.

Ele leva o nome do pesquisador alemão Carl Frie-drich Phillip von Martius (1794 – 1868) cujo trabalho de pesquisa científica, durante a viagem de quase três anos pelo Brasil, entre 1817 e 1820, contribuiu para o conheci-mento e a valorização do ambiente natural e cultural de nosso país. •

Empresas catarinenses podem participar do Prêmio von Martius de sustentabilidade

As inscrições são gratuitas e a edição 2015 reconhece ações que contribuam para o desenvolvimento sustentável em todo o Brasil

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52 • Março 2015 • Economia&Negócios

mercadomercadocoluna coluna

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (An-taq) divulgou regras para disciplinar o afretamen-to de embarcações por empresa brasileira de na-

vegação no apoio portuário, apoio marítimo, cabotagem e longo curso. Trata-se, entre outros, de uma forma de coibir o uso da "venda de bandeiras" e das "empresas de papel", brechas legais que barateiam em até 75% o custo do frete via contratação de embarcações estrangeiras.

Segundo os armadores de cabotagem, que reivin-dicavam regras mais rígidas, essas práticas abocanham fatia importante do mercado e inibem investimentos na frota nacional de navegação.

Além dos novos critérios para afretamento, a An-taq baixou resolução referente à aplicação de penalida-des na prestação de serviços portuários. A norma substi-tui a Resolução nº 3274, de 2014, que causou polêmica

ao definir multas para infrações de terminais (arrendados e privados); operadores portuários e autorizatários de instalações; e administradoras dos portos.

A agência reguladora retirou todas as multas mínimas então previstas para mais de uma centena de infrações, mantendo apenas as multas máximas. Por exemplo, antes, quem subempreitasse, transferisse ou delegasse qualquer operação portuária sob sua respon-sabilidade a operador não pré-qualificado seria multado em pelo menos R$ 500 mil, sendo que a sanção poderia chegar até R$ 1 milhão. Agora, sem o piso, fica a cargo do fiscal definir o valor da sanção, desde que não supere o máximo.

Na ocasião da publicação da Resolução nº 3274, empresários reclamaram que o texto abria espaço para um controle exagerado por parte do governo. •

Antaq divulga regras para disciplinar o afretamento de embarcações

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Economia&Negócios • Março 2015 • 53

mercadomercadocoluna coluna

A África do Sul está interessada em comprar carne bovina com osso de Santa Catarina. A manifesta-ção foi feita formalmente ao Ministério da Agri-

cultura que a transmitiu à Secretaria de Agricultura e Pesca e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc). “Estamos capitalizando o bônus que representa o status de área livre de aftosa sem vacinação”, festejou o presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo.

De fato, por ser reconhecida como área livre da doença pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Santa Catarina é a única unidade da federação que tem condições sanitárias e institucionais para abas-tecer o mercado sul-africano com carne bovina, como já faz com as carnes suínas e de aves para todos os continentes.

Líder nacional na avicultura e na suinocultura, o Estado não é exatamente um grande produtor de bo-vinos, mas, se as negociações forem efetivamente fe-chadas como espera a Faesc, a carne bovina produzida em território catarinense – e somente esta – poderá ser exportada. Para abastecer a demanda interna, visto que

ExportaçãoÁfrica do Sul quer comprar carne bovina de Santa Catarina

Estado é a única unidade da federação que tem condições sanitárias e institucionais para abastecer o mercado sul-africano com carne bovina,

como já faz com as carnes suínas e de aves para todos os continentes

não é autossuficiente, o Estado aumentará as compras de ou-tras regiões brasileiras.

“Vamos vender a carne catarinense para o exterior e obter divisas, ao mesmo tempo em que compraremos carne nacional para nosso consumo”, explica Pedrozo. Essa equação dinamizará a economia catarinense e aumentará a renda dos produtores rurais e de toda a cadeia produtiva.

Atualmente, o rebanho bovino catarinense total é de 4,2 milhões de cabeças, sendo 85% de gado leiteiro e 15% de gado de corte. Cerca de 600 mil cabeças de gado são aba-tidas por ano para nutrição humana. A produção interna é de 132,5 mil toneladas de carne, o que representa pouco menos da metade do consumo. Outras 138 mil toneladas são importadas de outras unidades da federação. Pela ordem de importância, os maiores fornecedores são Mato Grosso do Sul, Acre, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rondô-nia, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Pará.

Em território catarinense não pode ingressar boi vivo, apenas carne oriunda de estabelecimento inspecionado. O presidente da Faesc acredita que, a se confirmar um cenário de bons negócios com a África do Sul, o setor produtivo ca-

tarinense poderia exportar até 50% da produção local, o que significaria abater e transformar em cortes com osso 200 mil cabeças.

Essa nova realidade exigirá investimentos e adaptações nas plantas industriais. Apenas quatro frigoríficos de bovinos têm serviço de inspeção fe-deral (SIF) e 40 têm inspeção estadual (SIE).

José Zeferino Pedrozo realça que um dos efeitos periféricos da venda de carne bovina no exterior será a melhoria da remuneração dos ato-res de todas as cadeias produtivas de proteína animal (criadores frigoríficos, distribuidores etc), pois a oferta doméstica diminuirá e o produto se valorizará. •

Em território catarinense não pode ingressar boi vivo, apenas carne oriunda de estabelecimento inspecionado

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54 • Março 2015 • Economia&Negócios

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A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), con-juntamente com outras entidades representativas da economia nacional, encaminhou carta à presidente

Dilma Rousseff solicitando o seu apoio junto aos ministé-rios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para a conversão do Reintegra – Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Expor-tadoras – em política permanente de apoio às exportações brasileiras.

A proposta é de edição de novo decreto regulamen-tador para que não paire dúvida de sua aplicação por pra-zo indeterminado e em percentual não inferior a 3%. Para a AEB, o Reintegra vai beneficiar diretamente milhares de empresas exportadoras brasileiras de produtos manufatura-dos, ao equacionar o problema da acumulação de resíduos tributários no processo da exportação. A prática oferece a necessária isonomia competitiva para estimular as empresas a concorrerem no mercado internacional.

No documento, as entidades que o subscrevem pos-tulam que, para a eficácia na aplicação do mecanismo, são

SolicitaçãoAEB reivindica ao Governo que Reintegra seja política

permanente de apoio às exportações brasileirasObjetivo é estimular competitividade de

empresas brasileiras no mercado internacional

indispensáveis dois fatores: previsibilidade de sua vi-gência a médio e longo prazos em bases plurianuais e confiabilidade no processo eletrônico de ressarcimento trimestral operacionalizado pela Receita Federal, viabili-zando a compensação tributária ou o ressarcimento em espécie, em prazo máximo de 90 dias a partir da data de seu protocolo.

O Regime Especial, que é reconhecido pela Orga-nização Mundial do Comércio (OMC) e é executado pe-los principais países concorrentes do Brasil no mercado internacional, foi lançado para promover a devolução de créditos não ressarcíveis, evitando a “exportação” de impostos e permitindo às indústrias recuperarem a com-petitividade no mercado internacional e contribuindo para a manutenção dos empregos no Brasil.

Além da AEB, subscrevem a carta a Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas (Abimaq); Asso-ciação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abi-nee); Associação Brasileira da Indústria Química (Abi-quim); Associação Nacional dos Exportadores de Pro-dutos Cítricos (CitrusBR); Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) e Instituto Aço Brasil. A reivindicação foi enviada com cópia para os ministros da Fazenda, Joaquim Levy; da Indústria e Comércio, Armando Monteiro; do Plane-jamento, Nelson Barbosa; e para o Chefe da Casa Civil, Aluisio Mercadante. •

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Brasilportos do

Economia&Negócios • Março 2015 • 55

“O Brasil precisa de uma agenda positiva já. E cabe à Secretaria de Portos dar sua contribuição, criando as condi-ções necessárias para novos investimentos privados”. A frase é do ministro Edinho Araújo, que se reuniu com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo.

Por quase duas horas, o ministro da Secretaria de Portos ouviu sugestões de empresários do setor portuário interessa-dos em investir em arrendamentos portuários e na construção de terminais de uso privado.

Edinho Araújo disse que o papel do ministério é “ser indutor dos investimentos privados” e afirmou que criará as condições para atrair o capital privado, diminuindo a burocra-cia e encurtando prazos de tramitação dos processos na SEP e na Antaq.

O ministro fez um balanço dos investimentos privados no sistema portuário nos últimos anos e elencou as possibili-dades de novos investimentos, caso o TCU libere os lotes de arrendamentos pendentes de análise há mais de um ano.

Segundo o ministro, em dois anos a SEP fomentou 38 contratos de novos TUPs (Terminais de Uso Privado) e ade-

quações de terminais já existentes, proporcionando investi-mentos privados de R$ 11 bilhões. “Outros 48 processos es-tão sendo analisados na SEP e na Antaq e, se concretizados, aportarão mais R$ 12,9 bilhões em investimentos”, destacou o ministro.

Edinho Araújo afirmou ainda que a SEP continuará a po-lítica de redefinição das poligonais para liberar áreas a quem deseja investir e destacou a implantação do programa Porto Sem Papel como um instrumento de diminuição da burocra-cia, abreviamento de prazos e facilitação de investimentos.

“Cada certificado que expedimos por meio do Porto Sem Papel significa eliminar 112 diferentes documentos, exi-gidos por várias repartições envolvidas no processo. Isso é um ganho de qualidade e de tempo”, destacou.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, falou em nome dos empresários e destacou a experiência do ministro em funções executivas. “O senhor está visitando a casa do emprego e do trabalho. Vamos trabalhar juntos para retirarmos as pedras do caminho”, afirmou. Para Skaf, a Fiesp tem interesse em dar todo o apoio às medidas que a SEP deseja implementar para aumentar a competitividade e destravar o setor portuário. •

Ministro destaca importância de investimentos privados no setor portuário

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O Porto de São Francisco do Sul receberá investimentos no canal de acesso, na área de segurança e até na sede administrativa em 2015. Os investimentos vão

permitir um crescimento ainda maior do porto, aposta o pre-sidente Paulo Corsi.

Segundo ele, o desempenho recorde em movimentação de cargas em 2013 abriu caminhos para uma sequência de marcas positivas este ano e permite projetar um futuro ainda melhor. Em 2014, a inauguração do novo berço, o aumento de faturamento e a renovação da delegação ao Governo do Estado foram os pontos mais positivos, afirma Paulo Corsi. “Tudo isso nos permite planejar aportes e ajustes capazes de impulsionar ainda mais o crescimento”, assegura o presidente do segundo principal porto de carga não conteinerizada do país.

"Se a movimentação de cargas cresce, aumenta tam-bém a necessidade de investimentos e passa a ser primordial a realização de projetos que possam assegurar as operações de importação e exportação", justifica Corsi. No topo da lista está a ampliação do canal de acesso, que vai permitir a entra-da de navios com até 360 metros de comprimento. A nego-ciação com o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias, da Secretaria Especial dos Portos, está bastante avançada. "Acre-dito que em 2015, no máximo 2016, a obra estará concluída", antecipa Corsi.

Já no primeiro trimestre haverá investimentos na ordem de R$ 10 milhões para melhorias de infraestrutura no porto. A

qualificação do sistema de segurança é uma das prioridades. Serão feitos investimentos no sistema de monitoramento por câmeras e na tecnologia do controle de acessos. Além disso, haverá obras para melhorar muito o sistema de iluminação de todo porto, inclusive com uma subestação de energia própria. “Como o porto tem sido superavitário, temos condições de investir recursos próprios nessas melhorias”, explica o presi-dente. Ele projeta também obras na sede administrativa.

O planejamento para 2015 foi confirmado em setem-bro, após a renovação do contrato de delegação do Porto ao Governo do Estado por mais 25 anos. "Estamos garantindo uma tranquilidade jurídica para um longo prazo. Santa Ca-tarina tem uma vocação para o comércio exterior e, por isso, queremos que aqui cresçam e se desenvolvam os portos. O setor portuário catarinense é cada vez mais importante, mo-vimenta cargas em quantidade recorde, gerando empregos e reduzindo o Custo Brasil, por isso achamos que esse é um mo-delo vitorioso e que merece nossa confiança", disse o então ministro da Secretaria dos Portos César Borges no momento da assinatura.

Para Paulo Corsi, presidente do Porto, a renovação do contrato certifica a gestão do Porto e a sua importância para a economia de Santa Catarina. "Somos o principal movimenta-dor de carga não conteinerizada do estado, geramos milhares de empregos e estimulamos toda uma cadeia de produção que tende a crescer ainda mais e promover o desenvolvimen-to de toda a região", comemora. •

Porto de São Francisco do Sul planeja investimentos para garantir crescimento em 2015

Superavitário, terminal vai investir em melhoria do canal de acesso, construção da nova sede, mais segurança e iluminação

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Testes de capacidade para manobras feitos com simu-ladores marítimos mostraram ser viável a operação do novo píer em formato de “F” do Porto de Paranaguá. O

projeto do novo píer está em elaboração pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). As simulações comprovam que os quatro novos berços poderão funcionar sem atrapalhar as demais operações do Porto de Paranaguá.

O píer será construído na parte oeste do cais comercial e funcionará como um novo sistema de embarque de granéis sólidos. O complexo vai compor o Corredor de Exportação, nos mesmos moldes do atual corredor leste, com oito correias que levarão os grãos das esteiras transportadoras de uso co-mum diretamente aos navios.

Este é o segundo grande projeto executivo feito pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. O primei-

ro foi o projeto do píer em “T”, já concluído. “Estes empreendi-mentos vão requalificar as instalações do Porto de Paranaguá, ampliando a oferta de serviços e elevando substancialmente a produtividade”, explica o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino. No complexo, cada berço terá capacidade de carregamento de 4 mil toneladas por hora.

ViabilidadeO teste de viabilidade foi feito em São Paulo, no Si-

mulador Marítimo Hidroviário da Universidade de São Paulo (USP). O equipamento é capaz de reproduzir as condições de navegação e de atracação de navios em águas restritas como as de canais, portos e rios.

“As manobras simuladas comprovaram a viabilidade de atracação nos quatro berços do píer em F, assim como a possi-

O teste de viabilidade foi feito em São Paulo, no Simulador Marítimo Hidroviário

da Universidade de São Paulo (USP).

TecnologiaNovo projeto do Porto de Paranaguá

apresenta viabilidade técnica

As simulações comprovam que os quatro novos berços poderão funcionar sem atrapalhar as demais operações do terminal

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bilidade de atracação de navios graneleiros com porte máximo de 300 metros, ou seja, tamanho superior aos que atracam atualmente”, afirmou o diretor de Operação da Appa, Luiz Tei-xeira da Silva Junior, que acompanhou a simulação com equipe técnica do porto. Segundo ele, outro fator positivo atestado pelo equipamento é que o novo píer em “F” não irá atrapalhar a atracação de navios nos berços já existentes.

O sistema permite prever com exatidão manobras de atracação arriscadas e simular as condições de comando de embarcações após a conclusão das obras portuárias.

Em três dias de testes, quatro práticos da Paranaguá Pi-lots conduziram navios em diversas simulações – o aparelho cria condições semelhantes as do Porto de Paranaguá, incluin-do eventos críticos, como ventos fortes, ondas, correntezas, marés e diferentes condições de visibilidade, como neblina, noite, chuva e sol. Em todas elas os práticos atestaram a viabi-lidade de operação do píer.

SimuladorO Simulador Marítimo Hidroviário recria o cenário em

um ambiente de realidade virtual, com mais de 12 telas de 46 polegadas que simulam a vista da cabine de comando. Há também telas menores que imitam equipamentos como radar, GPS, carta náutica eletrônica, mostradores de velocidade e de inclinação. A estrutura também conta com timão e manches de comando. A estrutura inclui ainda uma cadeira que se movi-menta para simular o balanço de um navio. •

Gigante chinês atraca no terminal

O terminal recebeu o navio CMA CGM Tigris, o porta-contêiner de maior capacidade de carga a pas-sar pela costa do país. A operação foi realizada com produtividade de 83 MPH (movimentos por hora), sendo 1.306 movimentos realizados em 15 horas e 36 minutos.

O CMA CGM Tigris é uma embarcação de 10.622 Teus (contêiner padrão de 20 pés) de capa-cidade, sendo integrante da frota própria do Grupo CMA CGM. Navegando sob a bandeira de Malta, o navio conta com quase 300 metros de comprimento e 48 metros de largura e foi projetado para oferecer máxima capacidade de embarque.

Divulgação TCP

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Ao longo dos próximos quatro anos, o Porto de Antonina receberá mais de R$ 160 mi-lhões em investimentos na sua área logísti-

ca. O anúncio foi feito pela empresa russa Uralkali em reunião com o governador Beto Richa, realizada no Palácio Luiz Antonio Amatuzzi Pinho, sede da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

Os investimentos, que incluem a construção de um novo berço de atracação no Terminal Ponta do Felix, dois novos armazéns de 120 mil tonela-das e a melhoria do sistema de movimentação de cargas, devem dobrar a capacidade de descarrega-mento de fertilizantes do Porto de Antonina. Com a obra, a capacidade de importação do terminal pas-sa das atuais 2 milhões de toneladas para 4 milhões de toneladas por ano.

“Temos investido fortemente em Paranaguá e Antonina para tornar nossos portos mais modernos.

Ao torná-los mais eficientes, nós diminuímos os custos do produtos para quem importa fertilizantes e também contribuímos para a balança comercial brasileira”, afirma Richa.

A modernização do Porto de Antonina foi fundamental para atrair os investimentos russos. A nova dragagem do porto foi apontada pelo grupo de empresários como determinante para que um maior volume de cloreto de potássio pudesse ser importado por meio do porto da cidade.

Segundo o secretário de Infraestrutura e Lo-gística, José Richa Filho, estes investimentos fize-ram de Antonina uma das melhores opções para as empresas que operam este tipo de atividade nos portos brasileiros. “Também conseguimos diminuir o tempo de espera dos navios no porto. A Uralkali vem ao Paraná fazer este investimento por acreditar na transformação que está acontecendo nos portos do Estado”, explica o secretário.

Porto paranaense receberá R$ 160 milhões em investimentos logísticos

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AgronegócioO destravamento de investimentos

como este impulsiona diretamente o agro-negócio paranaense. De acordo com o dire-tor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Hen-rique Dividino, um sistema de descarrega-mento mais eficiente de fertilizantes reduz os custos logísticos e diminui o preço dos insumos que chegam ao produtor agrícola local. “Favorece diretamente o principal se-tor da economia paranaense, que é o agro-negócio. As tratativas para o investimento já estão definidas, com as licenças ambien-tais já liberadas”, afirma Dividino.

Atualmente, a Uralkali responde por 25% de toda a produção global de potás-sio, sendo a líder mundial no segmento. O Porto de Antonina é a principal opção da empresa para movimentação de produtos

e para suprir o agricultor brasileiro com fertilizantes. “Estamos há três anos inves-timento no porto. Com estes investimentos, cada vez mais navios de fertilizantes passa-rão pelo terminal em Antonina”, completa o diretor mundial de logística e marketing Uralkali, Oleg Petrov.

CarnesAlém dos investimentos para inten-

sificação da importação de fertilizantes, a reunião também alinhou a possibilidade de retomar a exportação de carnes para a Rússia.

A ideia é aproveitar o terminal de Antonina para fazer escoar a produção pa-ranaense de carne de frango, suína e bovi-na. O mercado russo já é um dos principais consumidores destes produtos em todo o mundo. •

Os investimentos incluem a construção de um novo berço de atracação no Terminal Ponta do Felix, dois novos armazéns de 120 mil toneladas e a melhoria do sistema de movimentação de cargas.

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Estimulado pelo crescimento dos últimos anos, o Por-to de Imbituba (SC) renovou para 2015 o desconto de 50% nas tarifas portuárias referentes a atividades

vinculadas à movimentação de contêineres. A intenção é manter o nível de expansão dos números. Em 2014, por exemplo, o porto teve um crescimento de 214,4% no vo-lume de contâiner movimentado. Em 2013, o aumento foi de 185,9%.

Junto à medida de redução da tarifa, a administra-ção também ampliou a capacidade de recepção do local e, agora, atende os maiores navios que frequentam a costa. As condições sustentam o aumento na circulação de gran-des embarcações, que significará melhora na produtividade do terminal. A dragagem concluída no segundo semestre de 2014 coloca Imbituba em excelentes condições opera-cionais, com 17 metros de profundidade nos acessos e 15 metros nos berços.

A diretoria do porto acredita que a inauguração das obras do Canal do Panamá irá aumentar a chegada dos grandes navios, exigindo que o porto contenha terminais tecnicamente preparados para recebê-los. O Porto de Im-bituba está apto a receber as embarcações com até 333,2 metros de comprimento, 48,30 metros de largura e 12,30 metros de calado.

Localizado estrategicamente em uma enseada de mar aberto, no Porto de Imbituba, ao Sul de Santa Catarina e a cerca de 360 quilômetros de distância de Porto Alegre (RS) e de Curitiba (PR), o Tecon Imbituba tem fácil acesso rodoviário pela BR-101 e ferroviário pela malha regional. Está no epicentro da região Sul, próximo aos polos indus-triais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o que viabiliza a redução de custos logísticos e maior competitividade para exportadores da região, como os que atuam na área de carnes (frango), frutas (maças), polímeros, cerâmicas, uten-sílios, entre outros, e para os importadores.

Possui capacidade para movimentar anualmente 450 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), com 207 mil metros quadrados de área total e 660 metros de cais acostável. Adquirido em 2008 pela Santos Brasil, recebeu R$ 520 milhões de investimentos em obras de expansão, renovação e aquisição de equipamentos. Dois importantes diferenciais são seu acesso aquaviário e os 2,5 milhões de metros quadrados de área disponível no Porto

Indústria Imbituba, um complexo industrial e de serviços localizado a 6 km de distância do porto para apoiar o seu desenvolvimento sustentável.

RecordeUm novo recorde de produtividade foi estabelecido

no Porto de Imbituba pela Santos Brasil, em janeiro deste ano. O terminal de contêineres administrado pela compa-nhia no Sul de Santa Catarina alcançou a marca de 77,91 movimentos por hora (MPH) na operação de uma única em-barcação. Durante o embarque e descarga do navio Monte Pascoal, do armador Hamburg Süd, foram realizados 596 movimentos em 7,75 horas.

Antes desta marca, o recorde da instalação portuária era de 73,75 MPH, obtido na operação do navio Monte Cervantes, do mesmo armador, em 14 de outubro do ano passado. Para o gerente-executivo da Santos Brasil em Imbituba, Paulo Pegas, a marca é resultado de esforços voltados ao aumento da eficiência operacional no Tecon Imbituba.

"Desde que o terminal foi adquirido pela Santos Brasil, fizemos investimentos em obras de expansão, aqui-sição de equipamentos e treinamento. Mantemos o foco no cliente para aperfeiçoar nossas operações de costado e pátio, a fim de torná-las cada vez mais eficientes em um menor tempo possível", argumenta o executivo.

Alvo O aumento do indicador MPH, que revela a eficiência

de um terminal de contêineres, tem sido uma das diretri-zes estratégicas da Santos Brasil para as três instalações que opera nos portos de Santos (SP), Vila do Conde (PA) e Imbituba (SC). O objetivo é oferecer operações mais moder-nas, ágeis e seguras a clientes -- armadores, importadores, exportadores e empresas embarcadoras --, proporcionando maior competitividade a eles.

Em novembro, a companhia bateu recorde de produ-tividade por operação no Porto de Santos ao atingir 216,88 MPH durante escala do navio Monte Olivia (Hamburg Süd) no maior terminal de contêineres da América do Sul, o Tecon Santos. O terminal mantém-se com os mais altos índices de eficiência média-mensal do país, sendo comparado às mais modernas instalações da Europa e dos Estados Unidos. •

Porto de Imbituba concede desconto de 50% nas tarifas portuárias

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O Tecon Rio Grande – um dos principais Terminais de contêineres da América Latina – projeta, para 2015, a ma-

nutenção do plano de investimentos em in-fraestrutura. Ao todo, US$ 40 milhões serão investidos em novos equipamentos de cais e pátio. Entre as aquisições estarão três guin-

dastes STS (Ship to Shore Container Crane) e oito RTGs (Rubber Tyre Gantry Crane - guin-daste de pórtico sobre pneus). Com a enco-menda feita neste ano, a entrega acontecerá em 2016.

Também no próximo ano, o Tecon Rio Grande pretende realizar a ampliação dos

Tecon Rio Grande vai investir US$ 40 milhões em infraestrutura em 2015

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seus três berços de atracação. As estruturas, hoje com 300 metros cada, passarão para 400 metros, resultando em 1,2 mil metros de cais. A expectativa, no entanto, é que a obra leve cerca de 18 meses para ser concluída. O principal objeti-vo é qualificar o Terminal para receber navios de maior porte, como as embarcações de 366 metros de comprimento.

Em 2014, o volume total de cargas movimentado foi de 687,1mil TEUs, que representou crescimento de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Este resultado se deu, essencialmente, pelo incremento no transbordo – pro-cesso no qual cargas são transferidas de um navio para o Terminal e depois partem para outro destino. Esta operação apresentou, no comparativo com 2013, 89% de crescimento, com 42 mil movimentos adicionais, especialmente de frutas oriundas da Patagônia, Argentina.

Algumas iniciativas ao longo do ano também colabo-raram para os bons resultados em 2014. O terminal investiu aproximadamente R$ 20 milhões em infraestrutura e equipa-mentos, que facilitaram a logística interna para clientes e for-necedores. No primeiro semestre, a empresa promoveu a au-tomação completa dos Gates de entrada e saída do terminal. Com o sistema OCR (Optical Character Recognition) é possível fazer a leitura eletrônica do caminhão ou trem que está en-trando nas instalações do terminal, bem como da numeração do contêiner – o que possibilita saber qual carga está sendo entregue. Não há, portanto, a necessidade de serviço manual para esse tipo de conferência, o que gera mais agilidade e rapidez na operação.

O diretor presidente, Paulo Bertinetti, destaca os nú-meros e projeta, com muita cautela, o cenário para 2015: “Em Rio Grande oferecemos ótima infraestrutura, segurança e boas condições para diferentes segmentos da economia, pois

trabalhamos com cargas agrícolas, alimentícias e de outros setores industriais. Além disso, contamos com escritórios co-merciais na Serra Gaúcha (Caxias do Sul) e Porto Alegre, para atender com maior agilidade clientes de todo o nosso Esta-do. Apesar da retração da economia em 2014, conseguimos manter um volume estável nas movimentações do Terminal. Somos atentos ao mercado, realizando os investimentos ne-cessários em infraestrutura, sistemas e pessoal para sempre oferecer as melhores condições aos nossos clientes”, finaliza.

Renovação antecipadaA direção do Tecon Rio Grande, terminal de contêineres

da Wilson Sons, estuda pedir ao governo federal a anteci-pação da renovação do arrendamento que é condicionada à apresentação de um plano de investimento de expansão e modernização.

O mecanismo consta da nova Lei dos Portos, publicada em 2013. Desde então, várias empresas que exploram áreas em portos públicos e têm previsão contratual de renovação acenam com a intenção de solicitar a antecipação. Mas so-mente no ano passado a Secretaria de Portos (SEP) publicou os detalhes de como elas devem proceder para pleitear o adi-tivo.

Até agora, duas conseguiram a renovação antecipada: a Ageo e a ADM, que exploram áreas no porto de Santos (SP) para movimentação de granéis líquidos e sólidos, respecti-vamente.

O prazo do arrendamento do Tecon Rio Grande é de 25 anos a partir de 1997, quando a empresa venceu a licitação para explorar a área no porto de Rio Grande (RS). O contrato vence em 2022 e pode ter o prazo aditado uma única vez pelo mesmo período - indo, portanto, até 2047. •

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O ministro Edinho Araújo, da Secretaria Especial de Portos recebeu uma comitiva de Santa Catarina, para tratar de demandas para o Porto de Itajaí. A

audiência, contou com a presença do Superintendente An-tônio Ayres e técnicos do Porto de Itajaí.

Três demandas foram apresentadas ao ministro dos Portos: a inclusão do Porto de Itajaí na liberação de recur-sos federais para a dragagem de manutenção do acesso aos canais; obras de dragagem na bacia de evolução; e o arrendamento de parte do porto público, que hoje está ocioso.

“Os portos brasileiros, em regra, recebem um apor-te de recursos do governo federal, a exemplo do Porto de Santos, para que possam fazer a manutenção do acesso aos

canais e com isso preservar os espaços da hidrovia. Temos rubrica no orçamento federal e, por isso, queremos que o Porto de Itajaí também seja contemplado com os recursos para poder atender, sobretudo, o momento de crescimento que a área portuária está tendo”, argumentou o deputado federal Décio Lima que também fez parte da comitiva.

Ele também defendeu a inclusão, no PAC 3, da dra-gagem na bacia de evolução do Porto de Itajaí, estimada em R$ 350 milhões. “É uma obra imprescindível para que o porto possa continuar sendo um espaço estratégico no de-senvolvimento econômico do país, recepcionado a marinha mercante do mundo e com isso dando ao Brasil condições de competição, principalmente com os vizinhos do Merco-sul”, disse. •

Ministro dos Portos recebe comitiva catarinensepara tratar de demandas do Porto de Itajaí

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