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EMBALAGEM TECNOLOGIA DESIGN INOVAÇÃO

R $ 1 5 , 0 0

MERCADO DE FLEXÍVEIS EM ALTAEMPRESAS INOVAM COM SOLUÇÕES E EQUIPAMENTOS

EDIÇÃO DE SETEMBRO

Especial de su

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Mercado de orgânico

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Tendências e

inovações

ENTREVISTA Junior Alimentos revela suas operações no mercado de Food Service

COMPETITIVIDADEEmpresas desenvolvem processos e produtos avançados em laminação, metalização e extrusão

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carta ao leitor

A PALAVRA DE ORDEM É... CRESCIMENTO!

com esta visão que abrimos esta edição. Em visita a Junior Ali-mentos, foi possível conhecer de perto o mercado de Food Service no Brasil. O responsável por apresentar este mundo foi o diretor industrial Fernando José Francalassi, que abriu toda a es-

trutura da empresa e nos revelou os diferenciais que possuem, como o desenvolvimento de fórmulas de molhos exclusivos para seus clientes. Para o executivo, o cenário é positivo, já que este setor está em expan-são haja vista o crescimento de 10 a 15% no número de restaurantes de grandes redes nos últimos tempos. E a expectativa da empresa, que conta com 90% do seu faturamento proveniente do Food Service, é au-mentar de 25 a 30% sua rentabilidade nos próximos dois ou três anos.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), números expressivos confir-mam que o Food Service veio para ficar. Vendas da indústria para este setor pularam de R$ 88 bilhões em 2011 para R$ 100,5 bilhões no ano passado. Só em 2012, o mercado faturou em torno de R$ 240 bilhões. A expectativa para este ano é chegar até os R$ 248 bilhões. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o brasileiro chega a gastar 31% da sua receita em alimentação fora de casa. Outro ponto curioso é o aumento do público da terceira idade, que passa a frequentar mais os restaurantes, principalmente os self services, como forma de praticidade, conforto e, claro, economia.

Já um estudo macroeconômico da indústria brasileira

de embalagem, realizado pela Associação Brasileira de Embalagem (Abre), por meio do Instituto Brasi-leiro de Economia (Ibre) e Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontou crescimento do segmento nos últi-mos anos. Embora com a retração na produção, os fabricantes nacionais registraram receitas líquidas de vendas de 46,1 bilhões em 2012, superando os R$ 44,7 bilhões gerados em 2011. E para este ano, as perspectivas são positivas já que a produção deve crescer até 2% até o final do ano e atingir receitas líquidas de vendas de R$ 48 bilhões.

No mercado de flexíveis, apesar do aumento do pre-ço das matérias-primas e o atual cenário da economia brasileira, um estudo encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Fle-xíveis (Abief), aponta que o setor registrou alta no faturamento de 7,5% em relação ao período passado. E em nossa matéria de capa, mostramos como as empresas vêm investindo em tecnologia e soluções criativas e inovadoras para alavancar, ainda mais, o setor.

A palavra que rege este editorial, crescimento, provavelmente também estará presente na edição de setembro, em que faremos um especial sobre sus-tentabilidade. O tema está em alta não só no setor de embalagens, como também em todos os segmentos, visto que o Brasil está em quinto lugar no último índice de sustentabilidade divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Neste estudo, foram avaliados 20 países e estamos na frente de potências como Estados Unidos e Canadá, e sob a liderança da China. Mas, este papo fica para uma próxima oportunidade. Não perca!

Thais MarTinseditora chefe [email protected]

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8 ENTREVISTAFernando Francalassi, diretor industrial da Junior Alimentos, revela como está o mercado de Food Service e como a empresa se diferencia perante os concorrentes.

26 A EXIGÊNCIA É DO CLIENTE

32 Setor registrou alta no faturamento de 7,5% em relação ao ano anterior e empresas inovam em com soluções e equipamentos.

38

42 PACK LEITURA Nelson Ludovico, pós-doutor em Relações Internacionais pela Florida Christian University, lança livro “Gestão da produção e logística”.

44 SUSTENTABILIDADETetra Pak e Braskem celebram acordo para fornecimento de plástico verde em embalagens cartonadas.

32

8ENTREVISTAMercado de Food Service representa 90% da carteira da Junior Alimentos

FLEXÍVEIS Setor registrou alta no faturamento de 7,5%ia

26CAPAMelhora contínua dos processos e investimentos em inovação são condições fundamentais para quem atua com laminação, metalização e extrusão.

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SEÇÕES 6 AGENDA

7 PACK ONLINE

14 ESPECIAL NOVELIS

15 ARTIGO

16 ATUALIDADES

20 LEIS

22 NOTÍCIAS

46 DIRETO DA GONDOLA

47 NOTAS TÉCNICAS

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Melhora contínua dos processos e investimentos em inovação são condições fundamentais para quem atua com laminação, metalização e extrusão.

Números expressivos confirmam que o Food Service veio para ficar. A expectativa em faturamento para este ano é chegar em até R$ 248 bilhões.

MERCADO DE FLEXÍVEIS EM ALTA

CRESCIMENTO VIGOROSO

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FEIRAS NO BRASIL

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e do interesse dos leitores da revista.

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Publisher: Fernando LopesEditora Chefe: Thais Martins

Colaboradoração: Zulmira Felício e Analice FonsecaAssessora Técnica: Assunta Camilo (FuturePack)

[email protected]ão: Nazaré BarachoSecretária: Sandra Gomes

Projeto gráfico: Editora B2B Produção: Luciano Tavares de Lima (gerente)

Designer: Ivy SanchesCapa: Ivy Sanches

Foto da Capa: Divulgação Simplás

CONSELHO EDITORIALAssis Garcia – diretor do Centro de Tecnologia de Embalagem –

CETEA; Eduardo Yugue – gerente de embalagens da Nestlé; Geraldo Cardoso Guitti – presidente da Refrigerantes Convenção; Iorley Lisboa – gerente de embalagens do Wal-mart; João Batista Ferreira – CEO da

J2B Innovation to Business; Lincoln Seragini – diretor – presidente da Seragini Farné; Luis Madi – diretor - geral do ITAL - Instituto de

tecnologia de Alimentos; Nivaldo Ferreira Lima – gerente de compras do McDonald´s Brasil

Comercial

Rajah [email protected]

Tel.: (11) 3500-1909

Executivos de Negócios – Rio de Janeiro Art Comunicação S/C Ltda. Contato: Francisco Neves

Rua Des. João Claudino Oliveira e Cruz, 50 – cj. 607 – CEP 22793-071 – Rio de Janeiro-RJ

Tels.: (21) 2269-7760 – (11) 9943-5530 – Fax: (21) 3899-1274 – [email protected]

Rio Grande do Sul Interface Comunicação e Propaganda Ltda. Contato: Vera AnjosAv. Taquara, 193 – Cj. 406 – CEP 90460-210 – Porto Alegre-RS Tel./Fax: (51)3737.9200 (51)9969.0727– [email protected]

São Paulo – InteriorAqueropita Intermediações de Negócios Ltda. Contato: Aparecida

A. StefaniTel.: (16) 3413-2336 – Cel.: (11) 9647-0044 – Fax: (11) 3500-1935

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Argentina 15 de Noviembre 2547 – C1261 AAO –

Capital Federal – Republica ArgentinaTel.: (54-11) 4943-8500 – Fax y Mensajes: (54-11) 4943-8540

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CNPJ 07.570.587/0001-13 – I.E. 149.349.995-116TELEFONE (11) 3500-1900

Impressão: HAVAII GRÁFICACirculação nacional: Tiragem – 10 000 exemplares

Periodicidade: mensal

Assinatura: Anual (Brasil) = R$ 180,00 • Nº Avulso = R$ 15,00

AGOSTO 2013PACK – EMBALAGEM | TECNOLOGIA | DESIGN | INOVAÇÃO

é uma publicação mensal da Editora B2B.

A PACK é dirigida aos profissionais que ocupam cargos técnicos, de direção, gerência e supervisão em empresas fornecedoras,

convertedoras e usuárias de embalagens, bem como prestadores de serviços relacionados à logística, design e todos os processos

relacionados a indústrias de embalagem.

“A RevistA PAck semPRe se destAcou PoR cAPtAR – e tRAduziR em ótimAs mAtéRiAs – A PluRAlidAde dA indústRiA de embAlAgens. PoR isso, gostARiA de sugeRiR, como umA PRóximA PAutA, o temA embAlAgens PResenteáveis. As dA-tAs comemoRAtivAs têm gAnho cAdA vez mAis esPAço no meRcAdo de bens de consumo e, PoR isso mesmo, meRecem embAlAgens APRoPRiAdAs e iguAlmente esPeciAis. FicAm Aí A sugestão e os PARAbéns de todA A equiPe de design Assist dA Ph Fit Pelo excelente conteúdo deste veículo.

Gabriela Schultze, coordenadora de deSiGn aSSiSt da Ph Fit.

DATA FEIRA LOCAL ORGANIZAÇÃO

27 a 30 de agosto de 2013Horário: 14 às 21h

Plastech Brasil - Feira de Tecnologias para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Equipamentos

Caxias do Sul/ RS Simplás – Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho(54) 3228-1251www.plastechbrasil.com.br

De 05 a 08 de novembro de 2013Horário: 16 às 22h

Fispal Tecnologia Nordeste Feira Internacional de Embalagens, Processos e Logística para Indústrias de Alimentos e Bebidas

Centro de Convenções de Pernambuco - Recife - Brasil

BST InformaTel (11) 3598-7800www.bstinforma.com.br

FEIRAS NO EXTERIOR

DATA FEIRA LOCAL ORGANIZAÇÃO

De 24 a 26 de setembro de 2013

FachPack 2013 – Feira de Embalagem, Tecnologia, Processamento e LogísticaNuremberg, Germany

Nuremberg, Germany NürnbergMesseTel +49 (0) 9 11. 86 06-0www.nuernbergmesse.de

De 29 a 30 de setembro Horário: 9 às 18h

MinnPack Feira de recursoabrangente de embalagem.

Minneapolis Convention Center | Minneapolis, MN

UBM CanonTel 310-445-4200www.ubmcanon.com

De 15 a 16 de outubro de 2013 Horário:10 às 16h

TexasPack – Feira de tecnologia e equipamentos de embalagem para fornecedores one-on-one.

Reliant Center | Houston, TX

UBM CanonTel 310-445-4200www.ubmcanon.com

De 24 a 27 de setembroHorário:10 às 16h

Labelexpo Europe 2013 Feira de conversão de etiqueta

Bruxelas, Bélgica Tarsus Group plcTelefone: +353 (0) 1234 3705www.tarsus-group.comhttp://www.labelexpo.com

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POR TATIANA GOMES | [email protected]

www.pack.com.brnline

Toda quinzena, a newslet-ter entrega no seu e-mail as notícias mais importantes da indústria de embalagens. Cadastre-se no site!Acesse! www.banas.com.br/banasinforma

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Onde achar?Fonte: Google Analytics * Período de 19/06/13 a 19/07/13

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Confira a lista das 10 notícias mais acessadas no site e as leia na íntegra!

IBBL lança novas embalagens para seus refis

A Indústria Brasileira de Bebedouros Ltda (IBBL), acaba de lançar novas embalagens para os seus refis. Agora de papelão, o material ficou muito mais prático e diferenciado. Os refis C+3, pré C+3 e o refil exclusivo do Avanti ganharam uma nova cara por conta das embalagens. As caixas de papelão com formato retangular facilitam principalmente a organização para exposição no ponto de venda.

A Antilhas, empresa líder em embalagens para o varejo e com forte atuação em indústria, foi responsável por fornecer o estojo rígido para abrigar o perfume Malbec Absoluto, edição limitada de O Boticário em comemo-ração ao Dia do Homem, celebrado em 15 de julho.

O SITE DA PACK TRAZ NOTICIÁRIO ATUALIZADO DIARIAMENTE, ARTIGOS EXCLUSIVOS E TUDO SOBRE O MERCADO DE EMBALAGEM. MAIS: VÍDEOS, FOTOS E A VERSÃO DIGITAL NA ÍNTEGRA DA EDIÇÃO DO MÊS, ALÉM DAS ANTERIORES!

1 Coca-Cola Life, com rótulo verde, é lançada na Argentina

Skol lança garrafas de alumínio

Antilhas fornece embalagem sofisticada para a edição limitada de Malbec Absoluto, de O Boticário

http:/www.pack.com.br/maisnoticias.aspx

Segundo o gerente-geral da empresa na Argentina, “será um novo marco na história da Coca-Cola no País e no mundo”

A garrafa de 473 mililitros terá cinco opções de estampas

Produtos garantem desempenho excepcional na aplicação em diversos substratos, incluindo espumas de poliuretano e termoplásticos

Symphony Environmental, d2w, d2t, d2p, lança seu novo web siteO site agora oferece mais informações ao consumidor de plásticos produzidos com insumos, marcas e diversas tecnologias

Fispal 2013 gera resultados positivos e novos negócios para associados da Abeaço As empresas Silgan, Rojek e Princípia participaram da Vila do Aço e apresentaram novidades para possíveis clientes e investidores

RESULTADO J U N H O / 2 0 1 3

NESTE MÊSInteraja! Confira a enquete do mês e vote nahome do site!

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Forte (70%)

Fraca (30%)

Como está a demanda de embalagem este semestre?

[ENQUETE ]

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23 Henkel lança novos desmoldantes da linha Frekote®

para espumas de poliuretano

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ais de 30 anos de mercado, 320 colabo-radores, 180 itens, 21 mil m2 de parque fabril e 220 milhões de unidades por mês, além das exportações para países das Américas, África e Europa. Este é o cenário da Junior Alimentos, que nasceu

para atender o mercado de Food Service, responsável hoje por 90% da carteira da empresa, constituída por todas as grandes redes no Brasil, como McDonald´s, Subway, Bur-guer King, Giraffas, Habib´s, BRF, Sakura, Kraft Foods, entre outros. Em entrevista exclusiva para a Revista PACK, Fer-nando José Francalassi, diretor industrial da Junior, revelou como a empresa tem se diferenciado neste mercado e quais são os próximos passos para ampliar, ainda mais, a atuação na área de Food Service.

MPor: thais Martins

Junior Alimentos deportas abertas para o Food Service

entrevista

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Pack: Qual é a atuação da Ju-nior Alimentos?Francalassi: Fornecemos pro-dutos fracionados, temos uma carteira com mais de 800 clien-tes. Possuímos a marca Junior e a Kiora. Com a marca própria temos uma abrangência muito maior, com venda direta em re-des de hotéis, navios, consórcios de grandes construtoras, além da venda para distribuidores que nos permitem um alcance mais amplo a pequenos estabeleci-mentos. Em relação às redes de restaurantes, temos um número menor de clientes, porém mui-to expressivos. Cada cliente tem uma carteira diferenciada, com produtos exclusivos. Para alguns fornecemos os produtos em sa-chês, para outros vendemos os molhos que utilizam na cozinha (ketchup, mostarda, maionese etc.), e este é o nosso grande vo-lume.Um dos nossos diferenciais é de-senvolver fórmulas exclusivas. Contamos com um corpo técnico especialista em criar novas com-posições. A partir do momento que o cliente aprova, esta fórmu-la passa a ser de exclusividade da rede. Nenhum outro cliente pos-sui o mesmo molho.

Pack: Existe alguma peculia-ridade para desenvolver estas fórmulas?Francalassi: Sim, a qualidade dos ingredientes é essencial. Grande parte da polpa de toma-te utilizada para fazer nosso ke-tchup é importada. Tomate é um fruto sensível a diferentes carac-terísticas de solos, temperatura, entre outros pontos, resultando em qualidade diferente de ma-téria-prima e consequentemente do produto final. O rigor em todo o processo fabril também é fun-damental para obtenção de uma fórmula exclusiva e adequada às necessidades de nossos clientes.

Pack: Podemos considerar o de-senvolvimento de fórmulas um grande diferencial da empresa?Francalassi: Com certeza. Além da preocupação quanto à con-fidencialidade das fórmulas de nossos clientes, buscamos ser fle-xíveis e ágeis no desenvolvimento de novos produtos. Muitas vezes, como no caso de promoções, os prazos para o desenvolvimento dessas fórmulas são curtos e um dos diferenciais da Junior é con-seguir prestar serviços de qualida-de em linha com as demandas de nossos clientes.

Pack: Como você enxerga o mer-cado de Food Service?Francalassi: Hoje as redes estão ampliando muito, com investi-mentos altos em número de res-taurantes e novos serviços. Veri-ficamos um crescimento de 10 a 15% em restaurantes de grandes redes. Cada vez mais as pesso-as se alimentam fora de casa e a ideia da Junior é estar sempre a postos para atender essas novas demandas. Quando uma rede faz uma promoção, uma campanha diferenciada, temos que estar pre-parados para atendê-la, fornecen-do produtos que atinjam todas as classes sociais e faixas etárias di-versas.

Pack: Quanto o mercado de Food Service representa para a Ju-nior?Francalassi: Em torno de 90% do nosso faturamento. Podemos dizer que nosso faturamento está 90% com o Food Service e 10% com a indústria. A região Sudes-te é ainda a que apresenta a maior maturidade quanto ao mercado de Food Service. Entretanto, algu-mas redes que estão entrando no Brasil e que não começaram por São Paulo, e sim por regiões como Curitiba e Brasília. Nossa previsão para este ano é

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atingir um faturamento de R$ 120 milhões e crescer de 25 a 30% nos próximos dois ou três anos.

Pack: Há alguma época do ano que é a mais esperada pela em-presa?Francalassi: Nossos melhores meses são julho e dezembro, claro, devido às férias escolares. Mas existem algumas sazonali-dades, como em agosto para o McDonald´s, que faz ações es-pecíficas como o Mc Dia Feliz. A Copa do Mundo e as Olimpíadas certamente vão aumentar a de-manda em pelo menos 10%.

Pack: Qual é a estratégia da em-presa?Francalassi: Estamos pensando em ampliar a nossa carteira, ini-cialmente com os molhos. Para isso, necessitaríamos de outras tecnologias para fazer uma pro-dução diferenciada. Outro pon-to é começar a atuar no ramo de sobremesas, como as caldas. Esta é uma forma de ampliar a atua-ção da Junior dentro dos restau-rantes, diversificando produtos e entendendo o que os clientes es-peram neste sentido. Hoje temos 180 produtos. Queremos ter 200, 250 produtos diferentes dos que temos hoje, com tecnologias dife-rentes. Não basta apenas desen-volver um novo sabor, e sim um novo conceito.Pack: Todo o processo é feito in-ternamente?Francalassi: Todo, não terceiri-zamos nada e temos muitos pro-cessos diferentes. Fazemos desde a criação de fórmulas, quanto à produção, ao armazenamento, en-vase, à impressão de embalagem e distribuição.

Pack: Em termos de embala-gem...Francalassi: Temos impressora dataflex e fazemos impressões personalizadas para cada cliente.

Trabalhamos com sachês, bags e blisters. Manteigas, margarinas, geleias e molhos para nuggets es-tão em blisters, o que representa uma média de 20 itens. Em pou-ch, bag ou sachês, temos uma mé-dia de mais de 50 produtos, como ketchup´s, maioneses, mostardas. Já os pós, como açúcar, sal, ado-çante e mascavo estão em sachês, são mais de 20 itens.Chegamos a conseguir um shelf life adequado de quatro, seis, oito meses, dependendo do produto e do filme de alta barreira. Conse-guimos fazer um bag sem pratica-mente nada de oxigênio dentro, isto te dá uma garantia de quali-dade.Em termos de informação, temos que colocar a data de validade, lista de ingredientes, informação nutri-cional e característica de armaze-nagem do produto. Sei que no ano que vem haverá uma alteração na legislação de blister, não querem mais impressões em relevo. Fa-lando em rastreabilidade, este é, inclusive, um item de auditoria. Fazemos a simulação dos nossos produtos com nossos clientes e, pelo número do lote, consigo saber toda a matéria-prima utilizada.

Pack: E envase?Francalassi: Temos mais de 20 má-quinas de envase: para ketchup, molhos quentes, maioneses, ge-leias, pelo menos para quatro pro-cessos, cada uma tem um envase específico, e algumas são compar-tilhadas. Tanto manteiga, como margarina, queijo processado e o mel, tem que ser exclusivo e apro-var junto ao CIF, serviço do Mi-nistério da Agricultura, (inclusive tenho uma pessoa do CIF interna-mente). Agora a máquina que faz geleia (15g), também pode fazer um blister mais profundo para co-locar os molhos de nuggets (22g), é só alterar a profundidade e, cla-ro, fazer todo o sistema de limpe-za, o setup.

Pack: Vocês possuem uma equipe para desenvolver as embalagens?Francalassi: Temos um labora-tório interno com engenheiro de alimentos, desenvolvimento para produtos diferentes (que o cliente pode acompanhar) e profissionais específicos para embalagens, que compreende também os aspectos legais de rotulagem. Se tivermos algo específico, contratamos uma empresa especializada. No total

Queremos crescer de 20 a 30% nos próximos três anos

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entrevista

são seis pessoas para desenvolvi-mento e duas para embalagens.

Pack: Qual é a tecnologia usada pela empresa na fabricação dos molhos?Francalassi: Para fabricação pos-suímos muitas máquinas nacio-nais. Mas, quando a Junior come-çou anos atrás, decidiu apostar também na tecnologia europeia. Esta tecnologia foi importante no sentido de garantir uma maior qualidade na produção de alguns produtos específicos como maio-nese, por exemplo. Em relação ao envase, não existem tecnologias consolidadas no Brasil, fazendo com que busquemos equipamen-tos em países como Dinamarca e Suíça.

Pack: Possuem todas as certifi-cações?Francalassi: Sim. Em janeiro fomos certificados com a ISO 22.000 para o processo do ke-tchup. Este ano, até o momento, já fomos auditados 14 vezes por clientes de todos os órgãos que vocês imaginarem. As grandes redes possuem um contrato com as certificadoras, que desenvol-vem um questionário específico para cada companhia. As audito-rias são em segurança alimentar e também de responsabilidade social, que relaciona as condições da empresa com seus colaborado-res.

Pack: Alguma ação de sustenta-bilidade?Francalassi: Temos alguns proje-tos, como a Apae Cotia, que ci-tamos em algumas embalagens. Também nos preocupamos em reutilizar nossa água, tratamos 100% nossos resíduos líquidos. Devolvemos para a natureza da mesma maneira que recebemos. Também manejamos caixas, pa-pelão e plástico conforme a legis-lação vigente.

Pack: Como é a sua distribuição?Francalassi: Bastante peculiar a exemplo das grandes redes que normalmente têm operadores lo-gísticos e, alguns atuam com cen-tros logísticos. As redes possuem um planejamento loja a loja e se-param os produtos para distribuir. No caso de hotéis e hospitais em São Paulo, entregamos direta-mente. Se for fora de São Paulo, fazemos via distribuidor. Temos maneiras distintas de colocar o produto na rua. Posso fazer uma entrega direta, para operadores logísticos ou via distribuidores.

Pack: E como trabalham com a produção e o prazo de entrega?Francalassi: Para as grandes re-des temos uma visibilidade dos próximos 60 dias. Um mês antes temos uma visibilidade mais for-te daquele mês e semanalmente essas grandes redes fazem uma verificação do volume a ser en-tregue na próxima semana. Para os operadores logísticos, entrego diariamente. Somos pequenos, mas entregamos de quinze a vinte carretas por semana, o que corres-ponde a aproximadamente 2 mil toneladas/mês.Para os produtos de marca pró-pria, temos um centro de distri-buição na Bahia, que nos ajuda a fazer distribuição, principalmen-te, da marca Junior e Kiora na-quela região. Temos uma venda interessante no Nordeste, em re-lação às geleias que entregamos pelo nosso CD. Lá também há um pouco de entrega ponta a ponta.

Pack: A linha de alimentos natu-rais está ganhando mercado?Francalassi: Muito. Tanto que es-tamos desenvolvendo muitos mo-lhos para saladas. Temos também um certificado específico para a produção de açúcar orgânico, por exemplo. Vemos a expansão de muitas redes com esse perfil, restaurantes especializados em

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INFORMAÇÕES:

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(11) 4615-4460

alimentação saudável. Nosso per-centual de atuação ainda não é tão representativo como nos outros segmentos em que temos uma atuação maior, e por mais tempo. Mas, este certamente é um merca-do que temos que prestar atenção e estar preparados.

Pack: Esta é uma das tendências do Food Service?Francalassi: Certamente. Todo mundo está falando em saudabi-lidade e acaba entregando algum atributo nesta linha. Com base nisso, passamos a desenvolver molhos com redução de sódio. Já fizemos reduções bem interessan-tes, substituindo por outros com-ponentes, como alguns temperos.

Pack: A Junior também atende pequenas redes?Francalassi: Fazemos uma análise de todos os projetos. Recentemen-te quatro redes que chegam a ter de 20 a 30 restaurantes se tornaram

nossos clientes. Em 1987 quantas lojas do McDonald´s existiam? E hoje quantas são? Nesses quatro restaurantes, trabalharemos com lotes de produção menores, são 30 novos produtos para nós, o que é muito interessante. Queremos crescer com eles.

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especial Novelis

íder mundial em laminados de re-ciclagem de alu-mínio, a Novelis anunciou recen-temente a inau-

guração da expansão de suas ope-rações de laminação na cidade de Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Com investimentos de US$ 340 milhões, a empresa eleva em 50% sua capacidade de produção de laminados, o que equivale um salto de 400 mil toneladas para 600 mil por ano.

De acordo com Phil Martens, presidente e CEO da Novelis, a iniciativa reflete a capacidade da empresa em responder às neces-sidades dos clientes, desenvolver produtos e superar as expectativas do mercado. “O Brasil é uma das áreas de operação da Novelis que mais cresce no mundo. Com esta expansão em nossa fábrica, espera-mos atender à crescente demanda por produtos laminados na América do Sul”.

“Desta forma, é possível forta-lecer a liderança da empresa nos principais mercados, incluindo o de latas de bebidas e de embala-gens de alumínio”, complementa Tadeu Nardocci, presidente da Novelis América do Sul.

A fábricA A ampliação das instalações da

Novelis incluiu um terceiro lami-nador a frio de avançada tecno-logia para aprimorar ainda mais a qualidade dos produtos, uma nova refusão e um novo forno de preaquecimento para a laminação

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Novelis investe US$ 340 milhões e amplia produção de laminados

a quente. A área de expansão ocupa 10 mil m², inserida na área total do terreno de 580.035 m² e área utili-zada de 175.000 mil m². O espaço abriga também o maior centro de reciclagem de alumínio na Améri-ca do Sul. “Esta ação faz parte da nossa estratégia de negócio susten-tável, incluindo a ambiciosa meta global de atingir 80% de conteúdo reciclado em nossos produtos até 2020”, aponta Nardocci.

Líder na fabricação de produtos laminados de alumínio na América do Sul e a única empresa na região com capacidade para produção de chapas de alumínio para latas, a Novelis investiu na aquisição de um laminador a frio (CM3), que foi projetado utilizando as tecno-logias mais avançadas disponíveis no mercado, associadas ao know how de sua equipe. O equipamento possui duas caldeiras à base de água com velocidade de 1800 me-tros por minuto, e proporcionará maior produtividade, reduzindo o

número de passes para fabricação dos produtos, além de ser mais sus-tentável, pois utiliza ainda menos óleo e produz ainda menos vapor.

Os investimentos no aumento da capacidade da planta também contemplaram: a implementação da Linha D da Refusão, composta por dois fornos de fusão; um forno de espera e uma linha de fundição de placas com capacidade para sete placas; a instalação de um forno para preaquecimento de placas para laminação a quente, com capa-cidade para 30 placas; e a instalação de uma refiladeira com velocidade de 1500 metros por minuto, com as mais novas tecnologias de con-trole e automação disponíveis no mercado.

Com esta nova estrutura, a No-velis conta com 130 funcionários entre a reciclagem, linha de pintura e expansão do laminador.

A estratégia fortalece o comprometimento da empresa com o mercado, eleva a capacidade de fabrica-ção de laminados para 600 mil toneladas/ ano, além de expandir operações na América do Sul

Novelis www.novelis.com(11) 5503-0650

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Vito Lerario (prefeito de Pindamonhangaba), Geraldo Alckmin (governador de São Paulo), Tadeu Nordocci (Novelis América do Sul) e Phil Martins (CEO da Novelis)

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artigo

m termos de viabili-dade dos empreen-dimentos humanos, o tema sustentabili-dade se impõe cada

vez mais a todos os outros. Claro, a proteção do planeta para as futuras gerações deve ser perseguida por toda a humanidade sob pena de comprometermos irremediavel-mente as gerações futuras.

Na busca pela proteção do meio ambiente, as embalagens têm, de forma geral, ocupado um des-taque maior que sua verdadeira importância, com preocupação especial com o descarte após o uso. Existem, inclusive, fortes razões emocionais para isso. A embalagem quando cheia provoca desejo, porém vazia, depois de usada, provoca remorsos e culpa.

As embalagens metálicas têm, porém, uma boa história. Metais são infinitamente recicláveis e não podem ser destruídos, pois são elementos químicos. Entretanto, esse fato não era, até o ano passado, reconhecido na política ambiental dos governos. Graças ao excelente trabalho da jovem MPE – Metal Packaging Europe, essa situação começou a mudar: o Parlamento Europeu reconheceu, em 24 de maio de 2012, a existência de uma nova categoria de recursos: os ma-teriais permanentes.

Os resíduos sólidos são uma parte importante do potencial impacto da embalagem, porém, também, nesse caso, os metais contam uma boa história dada às suas elevadas taxas de reciclagem. Apenas para citar dois exemplos significativos, na Bélgica 98% de todas as latas de aço são recicladas e no Brasil 98,3% de todas as latas de alumínio para

ENecessidade de mudança da análise de ciclo de vida no caso das embalagens metálicas

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bebidas também o são.Porém, a análise dos impactos

ambientais vai além dos resíduos sólidos. Na tentativa de considerar os diferentes aspectos ambientais foi desenvolvida a técnica deno-minada Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) que estuda os aspectos am-bientais e os impactos potenciais no ambiente ao longo da vida (do berço ao túmulo), desde a extração dos recursos naturais até a sua dis-posição final. Mas não é adequado falar em túmulo no caso dos metais, pois eles são permanentes. Eles renascem com a reciclagem.

Assim, o conceito de ciclo de vida apropriado às embalagens metálicas deve estudar os aspectos ambientais dos metais do “berço ao berço.” Analisar a reciclagem é fun-damental no caso dos metais, já que esta minimiza significativamente o gasto de energia e as emissões. No caso do aço, por exemplo, uma tonelagem de sucata descarta con-sumo de 1,5 toneladas de minério de ferro – fase de maior impacto ambiental do processo siderúrgico que é a mineração.

Um aspecto muito importante no caso das embalagens de aço é a produção mundial — 1,5 bilhão de toneladas é cerca de 100 vezes o consumo anual de folhas de aço para embalagem. Ou seja, o tamanho do mercado torna insig-nificante toda a sucata originada pelo pós-uso das latas de aço. O mercado é abundante, a questão se resume à coleta usada.

Um aspecto fundamental é que uma especial atenção deve ser tomada à questão do subsídio cruzado com outros tipos de emba-lagens. Na condição de presidente da IPA - International Packaging

Association (www.ipacan.com), Associação mundial de fabricantes de latas cujo propósito é a troca de informações para benefício de seus membros, tenho tido acesso global às questões relativas à sustentabi-lidade das embalagens metálicas. Tenho usado esses conhecimentos para ajudar a construir no Brasil um sistema justo e adequado para a coleta das embalagens de aço pós--uso (no caso da latas de alumínio, o País já é recordista mundial de reciclagem).

Para tanto, conseguimos con-vencer os fabricantes investir em centros específicos de reciclagem, ainda que a implantação inicial custe mais caro do que o simples compartilhamento com outros tipos de embalagens. Os centros específicos, além de terem um importante apelo promocional, evitam o subsídio cruzado com ou-tros tipos de embalagem. Latas de aço usadas têm valor, e esse valor deve ser revertido em exclusivo benefício da sua competitividade, e isso tem de ser feito pela indús-tria, ninguém mais o fará. Estamos seguros de que o retorno final será muito favorável às embalagens de aço no Brasil.

ANTONIO CARLOS TEIXEIRA ÁLVARESÉ presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais (SINIEM), Presidente da International Packaging Assotiation (IPA) (www.ipacan.br) e CEO da Brasilata S.A.

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atualidades

tirolez lança fondue de Queijo eM nova eMbalageM

nova PrograMação gráfica estaMPa as eMbalagens da YacuY

A Yacuy, produtora de mate na região Sul do País, lançou uma nova embalagem para seu produto Erva-Mate Nati-va, seu principal item na linha de chás. Um novo conceito e programação gráfica foram elaborados pela CR Design, que des-tacou a própria imagem da erva-mate, relaciona-da ao visual e à logomar-ca, também reformulada em um contexto contem-porâneo e atraente. A im-pressão ficou por conta da Plaszom, com clichês gravados com a tecnolo-gia LUX com 54 linhas/cm², uma das mais atu-ais que dá cobertura de tinta nos chapados e, ao mesmo tempo, consegue detalhar as áreas de mínima. O material escolhido foi o BOPP Metalizado + PE, com uma camada de verniz mate que dá o efeito fosco em toda a embala-gem.

YacuY

www.YacuY.coM.br

(47) 3622-3075

st. Marché investe eM linha PróPria de Patê

A rede de supermercados premium da capital paulista, St. Mar-ché, pertencente ao mesmo grupo do Empório Santa Maria, está lançando uma linha de patês de marca própria com em-balagens modernas disponíveis em oito cores, uma para cada sabor: azeitona, alho poró, peito de peru, gorgonzola, ervas fi-nas, damasco com amêndoas, tomate seco e pistache com brie e mel. Embalados em potes plásticos com lacre de alumínio e luva impressa em offset, feitos pela Fotoimpress, os produtos ganham destaque pelo apelo visual, praticidade e melhor apre-sentação no freezer e na gôndola dos supermercados.

st. Marché

www.stMarche.coM.br

(11) 5054-9000

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Pensando em diversificar seu portfolio de produtos e reforçar a qualidade já reconhecida no mercado lácteo, a Tirolez Queijos lança a Fondue de Queijo em nova embalagem e tamanho dife-renciado. O produto vem acondicionado em embalagem stand up pouch aluminizada, com sistema de abertura “abre fácil”. A empresa é a primeira marca a oferecer no mercado nacional Fondue neste formato.De acordo com Natália Esgrinholi, coordenadora de produtos especiais da Tirolez, o novo produto atende ao apelo dos consu-midores pela facilidade de consumo. “A proposta é evitar o des-perdício, além da praticidade de um produto que já vem pronto para o uso”, afirma. O produto também ganhou novo peso, passou de 400g para uma versão de 600g. A SCholle desenvolveu a solução stand up pouche, e o layout foi feito pela Benchmark.

tirolez www.tirolez.coM.br

sac: 0800 552035

(11) 5054-9000

MbalageM

www.YacuYacuY Y.coM.br

(47) 3622-3075

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natura relança linha de MaQuiageM aQuarela

De acordo com dados do Euromonitor, o Brasil é o 3º maior mercado mundial de maquiagem com faturamento de US$ 3,5 bi em 2012, atrás apenas dos EUA e do Japão, respectivamente. De acor-do com Renato Abramovich, diretor da unidade de negócios de maquiagem da Natura, este seg-mento vem crescendo em média 18% ao ano no País. Neste contexto, a Natura relançou sua linha Aquarela, com novas fórmulas, cores e embala-gens. O novo portfolio traz 72 novos produtos em embalagens que ganharam um design orgânico, sofisticado e estão ainda mais sustentáveis. Com uma colagem de elementos que busca refletir a personalidade da marca, a ilustração presente nas embalagens faz referência à cultura e à natu-reza, misturando de forma criativa os elementos étnicos da contemporaneidade brasileira.

natura

www.natura.coM.br

0800 115 566

liMPPano investe r$1 Milhão no lançaMento dalinha insPira

A Limppano, empresa brasileira no seg-mento de limpeza, acaba de criar uma nova linha de perfumação para banheiros e interiores. Formada por 20 itens com mais de cinco diferentes fragrâncias, a linha “Inspira”, que consumiu investimen-tos de R$ 1 milhão, tem entre os desta-ques o gel adesivo; aparelho com gel e bloco com cloro; bloco para caixa aco-plada e Evita Mofo. Entre as novidades, também estão pedra, bloco e detergente sanitário nas fragrâncias de lavanda, flo-ral, sonho de infância, limão e natural. As embalagens são desenvolvidas no Brasil e fabricadas no exterior, e a agência ADV é a responsável pelo design.

liMPPano

www.liMPPano.coM.br

(21) 2472-9700

incoMuM assina eMbalagens da josaPar

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A Josapar, aproveitando o crescente mercado nacional de produ-tos saudáveis, decidiu ampliar o mix da linha Meu Biju. Agora o “Meu Biju 8 Grãos Integrais” passa a contar com duas versões: Aveia e Quinoa, em pacotes de 500g, que associam o nome à imagem dos cereais e ao conceito de produto integral. Assina-das pela agência Incomum, as embalagens também contam com a frase “Saúde todo dia!”, com o intuito de reforçar a pro-posta da marca em promover uma vida mais saudável. Outro foco da empresa é o público mirim, com o lançamento de um mingau à base de cereais, em três opções: Arroz, Milho e o sabor que conjuga Arroz e Aveia. Para criar o nome da versão infantil, a Incomum fez uma associação direta entre o diminutivo da palavra Biju e um ícone de liderança e força que é o “leão”, criando, assim, o nome “Meu Bijuzinho”. A ação propiciou o desenvolvimento de uma mascote, o Zinho, em parceria com a Fescher Neoilustração. O pacote de 200g também pretende “fis-gar” as mamães pelas informações sobre vitaminas e nutrição, fatores importantes para o crescimento saudável de seus filhos.

josaPar

www.josaPar.coM.br

0800 531 800

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atualidadesaveias naturale ganhaM novas eMbalagens

As aveias da marca Naturale, empresa do Rio Grande do Sul, chegaram às gôn-dolas com novas embalagens. Desen-volvida pela BHZ Design, a proposta é de um layout mais clean e moderno, além de cores marcantes que destacam ain-da mais o produto na prateleira, como o amarelo, o azul e o rosa pink. A empresa vem conquistando espaço no segmento de alimentos funcionais, além de fabricar “marcas próprias” para o setor supermer-cadista, como Carrefour, Pão de Açúcar, Walmart, Makro, Dia% e Unidasul.

naturale

www.cereaisnaturale.coM.br

bela ischia Produzlinha light coM uso da sucralos

Os brasileiros estão cada vez mais preocupados com o bem-estar. Partindo por esta demanda, a Bela Ischia, empresa de sucos que atua no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, escolheu a sucralo-se para adoçar toda sua linha light de sucos prontos para consumo, disponíveis nos sabores maçã, laranja, uva, abacaxi com hortelã, caju, manga e pêssego, além do mate zero, que também leva su-cralose em sua fórmula.As embalagens são da Tetra Pak e produzidas na própria fábrica da Bela Ischia, em Astolfo Dutra, em Minas Gerais. A empresa investiu R$ 2 milhões para o funcionamen-to de um novo maquinário para fa-bricação de embalagens de 1 litro e também de 200 ml para a versão light.

bela ischia aliMentos

www.belaischia.coM.br

(32)3451-3900 Foto: Divulgação

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ciMentolit: eMbalagens redesenhadas

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A Cimentolit está de “cara nova”. Com embalagem redesenhada, a empresa de argamassas busca atender os apelos do mercado por uma identidade visual mais fácil de ser reconhecida e que contenha informações sobre o uso do produto. A partir de pesquisas feitas com lojistas e consumidores, a Cimentolit reforçou as cores de suas embalagens, tornando a identificação mais rápida na hora da compra. Outro avanço foi na melhora do descritivo, com textos mais compre-ensíveis e com informações mais exatas, como a quantidade de água que deve ser utilizada, locais em que podem ser feitas as aplicações e o tempo de liberação para tráfego. Na questão da sustentabilidade, a marca trocou o material de composição das embalagens: passam a ser de papel, substituindo o plástico, tornando-a biodegradável.

ciMentolit

www.ciMentolit.coM

(19) 3463-8366

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turMa da Mônica eM iMPressão de alta definição

Os personagens da Turma da Mônica ani-mam as embalagens de 1,5kg de mamão papaya baby da UGBP Produção e Expor-tação Ltda. A novidade, desenvolvida pela MWV Rigesa, tem um grande diferencial: a impressão em alta definição e qualida-de, utilizando até cinco cores, além da aplicação de verniz UV, que garante o aca-bamento especial ao produto. . A nova embalagem possui o selo do PEFC - maior sistema de certificação florestal do mundo, que assegura a utilização de ma-téria-prima proveniente de florestas 100% plantadas e de um processo de fabricação baseado em práticas sustentáveis.

ugbP Produção e exPortação ltda

www.ugbP.coM fone: (27) 2103 5100

harald rePosiciona suas eMbalagens

A Harald lança sua nova linha de embalagens. A mudan-ça engloba todos os seus produtos, dando continuidade a um processo de reposicionamento que teve início em 2011. A primeira fase ocorreu no ano passado, quando a empresa completou 30 anos e teve seu logotipo atua-lizado de acordo com sua nova identidade corporativa, mais moderna, que traduz sua liderança, principalmente no mercado de coberturas.Desenvolvido para padronizar todas as suas embalagens, o novo layout tem a predominância da cor vermelha que remete ao universo do chocolate e facilita a associação dos produtos com a marca. Contudo, cada linha possui identidade e cor próprias para auxiliar sua identificação.

harald

www.harald.coM.br

(11) 4156-9003

Foto: Divulgação

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Matte leão aPresenta sua nova eMbalageM

A Leão Alimentos e Bebidas, responsável pela ges-tão da linha nacional de bebidas sem gás, chás e energético do portfolio da Coca-Cola no País, reno-vou a identidade visual do Matte Leão. O design, fei-to pela Tátil Design, agrega ícones como a folha da erva mate e as frutas, como o limão, que reforçam a naturalidade do produto, além de um sistema visual diferente de tudo que existe no mercado de chás, causando muito mais impacto nas gôndolas. Os tradicionais ícones da marca, como o rosto do leão, o selo que remete a um sachê de chá e a cor la-ranja, assim como o inconfundível sabor da bebida, estão mantidos. Matte leão

www.Matteleao.coM.br

(11) 2147-7500

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Os personagens da Turma da Mônica ani-

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Leis

e acordo com a NBR 16182/2013 – Emba-lagem e acondiciona-mento – Simbologia de orientação de des-

carte seletivo e de identificação de materiais, elaborada pelo Comitê Brasileiro de Embalagem e Acon-dicionamento, da Associação Bra-sileira de Normas Técnicas, ABNT, a simbologia técnica do descarte seletivo passa a caracterizar também o descarte dos resíduos secos (em-balagens e outros recicláveis), em separado dos resíduos úmidos (resto de alimentos). A iniciativa atende

DDescarte certo

aos parâmetros da regulamentação da Política Nacional de Resíduos Só-lidos, PNRS, e deve ser harmonizado em breve em todo o Brasil.

A simbologia pode ser aplicada com ou sem texto “Descarte Sele-tivo” e deve ser acompanhada da simbologia de identificação do ma-terial. A medida passa a configurar o Pacto Setorial entre a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e deve constar das embala-gens de produtos de bens de consu-mo, exceto daqueles que por força da lei requeiram uma coleta específica.

JOFER EMBALAGENS ANUNCIA NOVO COORDENADOR COMERCIAL

O administrador de empresas Valter Fiume assumiu a coordenação comer-cial da Jofer Embalagens, localizada na região de Birigui, interior de São Paulo. O profissional já atua na corporação há 15 anos como coordenador do Sistema de Qualidade, atividades que continua-rá exercendo junto com a nova respon-sabilidade. “O desafio inicial é começar pela reestruturação de alguns proces-sos que estabeleçam canais e relaciona-mentos mais eficientes com os clientes, aprimorar nossa capacidade de identi-ficar necessidades específicas na cadeia e elevar a competitividade”, afirmou Fiume.

JAIME LORANDI ASSUME PRESIDÊNCIA DO SIMPLÁS

Fomento de negócios, qualificação seto-rial e planejamento são as prioridades apontadas por Jaime Lorandi para co-mandar o Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás) no triênio 2013-2016. Aos 53 anos, o empresário e professor universi-tário natural de Caxias do Sul (RS) toma posse da entidade neste mês de agosto. Lorandi é administrador de empresas formado pela Universidade de Caxias do Sul e um dos fundadores do Simplás, ins-tituição em que atua há 24 anos.

Vaivém do mercado

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Leis

Mapa define novos padrões para embalagens de bebidas

mpresas já registradas terão o prazo de um ano para adequar as embalagens de refresco em pó, chás prontos, xarope para o preparo

de refrigerante, bebidas compos-tas, soda e xarope concentrado ao novo padrão do Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com as exigên-cias do órgão, passa a ser necessário destacar, em letras maiúsculas, a quantidade de produto de origem vegetal utilizado em bebidas não alcoólicas. O objetivo é ampliar as opções do consumidor ao informá--lo a respeito da quantidade de produto de origem vegetal (frutas, folhagens, entre outros) que estará ingerindo ao escolher o produto.

“Este assunto vem sendo discuti-do desde 2009, quando iniciamos audiências públicas, contando também com a participação dos fabricantes, para criar normas que colocasse à disposição do consu-midor informações mais precisas. Além das embalagens, a divulga-ção desses componentes também deverá atender às novas regras”, afirma Ricardo Cavalcanti, diretor da Divisão de Produtos de Origem Vegetal do Mapa.

As instruções normativas também proíbem a utilização de recipientes e embalagens tipo flaconetes (tubos de plásticos), conta-gotas, spray, ampolas, copos-medidas ou outros

Eque possam caracterizar que esse tipo de bebida tenha uso farmacêu-tico, medicamentoso ou terapêuti-co. A orientação do ministério é que sejam vendidas em outros tipos de recipientes, como garrafas e emba-lagens cartonadas. De acordo com Cavalcanti, os rótulos com a Decla-ração Quantitativa de Ingredientes (QID, na sigla em inglês) seguem tendência internacional.

As empresas que já possuem registro no Mapa terão 360 dias, a contar da data da publicação das normas, para adequar suas emba-lagens às exigências. A concessão de novos registros só será feita se as empresas se adaptarem à norma técnica. Na avaliação de Maria Inês Dolci, coordenadora Institucional da Associação de Consumidores (Proteste), as mudanças nas em-balagens deveriam ser exigidas em menos de um ano, uma vez que os fabricantes de bebidas já sabiam que estava sendo elaborada uma nova norma sobre o tema. “Quatro anos para a conclusão de uma consulta pública como essa é tempo demais. Não há, a meu ver, necessidade das empresas ainda terem um ano para adequar seus produtos. De qualquer forma, estamos evoluindo. É mais um passo em direção à transparência da informação, que impede o consumidor de ser induzido ao erro quando decide comprar uma bebida dessas”, finalizou.

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notícias

m a p e s q u i s a realizada pelo Sindicato das Indústrias de Material Plásti-co do Nordeste

Gaúcho, Simplás, apontou que a indústria de transformação da serra gaúcha, composta por 481 empresas, pretende investir mais de R$ 170 milhões em máquinas e equipamentos até o final deste ano, diante da dificuldade com o alto custo de matéria-prima, logís-tica e energia. Das 100 empresas que responderam o questionário, 62 acenaram com investimentos na ordem de R$ 77,8 milhões. Os dados também apontam que na área de cobertura do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Rio Grande do Sul, Sinplast, as empresas calculam investimentos na faixa de R$ 200 milhões. Assim, as 1,3 mil empresas do segmento em todo o Estado calculam investi-mento de cerca de R$ 370 milhões. O mercado está emitindo vários sinais positivos, mesmo com algu-mas turbulências. Já na Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), do Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em março deste ano, o setor de plástico e borracha era um dos únicos a apresentar avanço no índice pessoal ocupado assalariado, com 2,7%. À frente de alimentos e bebidas, que é o principal setor industrial do País, e ficou em 1,6%. O Banco Nacional

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Investimento da indústria de transformação deve superar R$ 370 milhões

de Desenvolvimento, BNDES, es-pera liberar até R$ 100 bilhões em crédito para compra de máquinas e equipamentos em 2013. O ano pas-sado não chegou a R$ 45 bilhões. Só de janeiro a maio deste ano, as liberações para a linha Finame já cresceram mais de 50%. A Federa-ção das Indústrias do Rio Grande do Sul, Fiergs, anunciou há poucos dias crescimento de 4,1% na indús-tria gaúcha entre fevereiro e mar-ço. Ou seja, mesmo com todos os obstáculos, os empresários estão se movimentando”, comenta o presi-dente do Simplás, Orlando Marin. Das empresas que responderam a pesquisa, 96% não acenam com qualquer perspectiva de redução e 51% delas projetam crescimen-to de 4,74%. “Aproximadamente 93% das empresas trabalham com maquinário nacional. Isso é investi-mento que alimenta a nossa própria indústria”, complementa Marin.

A pesquisa foi contratada pelo Simplás e executada pela empresa

Competitive, entre 100 compa-nhias da área de atuação do sindica-to, correspondendo aos municípios de Caxias do Sul, Coronel Pilar, Farroupilha, Flores da Cunha, Ga-ribaldi, Nova Pádua, São Marcos e Vale Real. O objetivo da entidade é tornar o levantamento periódico, constituindo, a partir daí, o termô-metro econômico do Sindicato. No Rio Grande do Sul, três entidades representam o setor produtivo do plástico: o Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), o Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Rio Grande do Sul (Sinplast) e o Sindicato das Indústrias de Material Plástico da Região dos Vinhedos (Simplavi).

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inFormaçõeS:

www.SimPlaS.com.br

(54) 3228-2422

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Cinco cidades recebem seminários técnicos da Ibema

Desde maio deste ano, diversas cidades estão recebendo a 8ª edi-ção do Seminário Técnico Ibema, fabricante nacional de papelcartão, uma ação que integra o Programa “Ibema por Você”, um serviço des-tinado a clientes do setor gráfico, de papel e celulose, comunidade e imprensa. Entre as cidades que já foram contempladas com o evento estão Curitiba, Balneário Cambo-riú, Bauru, Novo Hamburgo e, a mais recente, São Paulo.

Com uma média de 650 partici-pantes, o consultor Eurico Gushi, Facilitador de Workshop de Pla-nejamento Estratégico e Inovação da Criaviva, discutiu estratégias inovadoras para a indústria gráfica. Em um formato inovador que prio-riza a interatividade, os encontros foram baseados em dois focos. Um deles foi descobrir e compartilhar as principais preocupações perce-bidas pelo setor gráfico e de papel e dividir ideias, conhecimentos e experiências em relação às ques-tões discutidas.

Em um segundo momento, foi apresentada uma metodologia de pensamento e planejamento estra-tégico com o objetivo de descobrir as soluções, melhorar e inovar os resultados. “Uma das ferramentas que utilizamos é o brainstorming, onde os participantes comparti-lham suas percepções. As ideias são combinadas com diagramas de causa e efeito, o que gera novos insights. A diversidade de conhe-cimento geralmente favorece des-cobertas”, comenta Gushi.

O processo seguiu uma metodo-logia estruturada de pensamento estratégico (IDM - Innovation Decision Mapping) que prova que

qualquer empresa é capaz de de-senvolver estratégias e soluções de melhorias. A metodologia é com-posta por quatro etapas - sintomas, objetivo, diagnóstico e ideias – que são trabalhadas profundamente ao longo do encontro. “É como um procedimento médico. O trabalho permite descobrir as questões que

tiram o sono dos profissionais, além de promover o compartilhamento de ideias e possíveis soluções para os problemas apresentados”, diz o consultor.

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notícias

ovas normas do Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abaste-

cimento, Mapa, vão mudar as embalagens de diversas bebidas não alcoólicas. De acordo com as instruções divulgadas pelo gover-no, a quantidade de produto de origem vegetal utilizado terá de ser destacada em letras maiúsculas nos rótulos de refresco em pó, chás prontos para consumo, xarope para o preparo de refrigerantes (pré--mix), bebidas compostas, soda e xarope concentrado (de guaraná, por exemplo). O objetivo é am-pliar as opções do consumidor ao informá-lo a respeito da quantidade de produto de origem vegetal (fru-tas, folhagens, entre outros) que estará ingerindo ao escolher uma determinada bebida. O assunto já vinha sendo discutido desde 2009 e tem como principal objetivo criar normas que coloquem à disposição do consumidor informações mais precisas a respeito dessas bebidas. “Além das embalagens, a divulgação desses produtos também deverá atender às novas regras”, diz Ricar-do Cavalcanti, diretor da Divisão de Produtos de Origem Vegetal do ministério. As instruções normati-vas também proíbem a utilização de recipientes e embalagens tipo flaco-netes (tubos de plásticos), conta-go-tas, spray, ampolas, copos-medidas ou outros que possam caracterizar que esse tipo de bebida tenha uso farmacêutico, medicamentoso ou terapêutico. A orientação do mi-

N

Embalagens de refresco,chá e refrigerante terão novo padrão

nistério é que sejam vendidas em outros tipos de recipientes, como garrafas e embalagens cartonadas.

De acordo com Cavalcanti, os rótu-los com a Declaração Quantitativa de Ingredientes (QID, na sigla em inglês) seguem tendência interna-cional. “Ao não permitir que essas bebidas sejam comercializadas em spray e outras formas, evitamos que o consumidor faça uso de um produto que tecnicamente é apenas uma bebida e não possui nenhum tipo de ação medicamen-tosa”, afirma.

As empresas que já possuem regis-tro Mapa terão 360 dias, a contar da data da publicação das normas, para adequar suas embalagens às exigências. A concessão de novos registros só será feita se as empre-

sas se adaptarem à nova norma. Na avaliação de Maria Inês Dolci, coordenadora Institucional da Proteste - Associação de Consumi-dores, as mudanças nas embalagens deveriam ser exigidas em menos de um ano, uma vez que os fabricantes já sabiam que estava sendo elabora-da uma nova norma sobre o tema. “Quatro anos para a conclusão de uma consulta pública como essa é tempo demais. Não há, a meu ver, necessidade das empresas ainda terem um ano para adequar seus produtos. De qualquer forma, estamos evoluindo. É mais um passo em direção à transparência da informação”, finaliza.

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vanguarda

Ainstituto de eMbalagens

Novo design mais sustentável

Texto adaptado por Fabiane Staschower Consultora da Futurepack e do Instituto de Embalagens mestre em embalagens pela Michigan State University em Michigan/EUA; Engenharia Química pela Escola de Engenharia Mauá. Entre 2011 e 2012 participou de um grande projeto de inovação com a Dow e USDA nos Estados Unidos. O Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa tem o objetivo de levar conhecimento para o setor, visando o seu avanço e crescimento. Seu trabalho consiste na coordenação e realização de cursos, encontros, treinamentos, publicações técnicas e, sobretudo, no desenvolvimento de todas as categorias de materiais, valorizando cada um individualmente e destacando os seus pontos positivos de aplicação na concepção de embalagens tecnicamente mais adequadas. Em sua história, já realizou 49 cursos de embalagens, 58 eventos, atingindo mais de 4700 profissionais, promovendo sua crença: Embalagem Melhor. Mundo Melhor!Fonte: http://www.simplegreen.com/about_us_press_new_bottle.php

Sunshine Makers Inc., fabricante do Simple Green ( s imp le smente verde), linha de

produtos de limpeza residencial e industrial americana, introduziu no mercado sua nova embalagem. A novidade é o resultado de anos de pesquisa e desenvolvimen-to para a criação de uma solução mais sustentável para sua linha de limpeza concentrada. A gar-rafa conta com um novo sistema de spray, desenvolvido pela Me-adWestvaco (MWV), produzido inteiramente de plástico e com menor quantidade de resina, além de não utilizar metal ou cerâmica.

As novas embalagens têm vo-lumes de 473, 650, 710 e 949 ml, adequadas a cada tipo de consu-midor. Possuem rótulo que cobre todo o frasco e aumenta a área de informações sobre o produto. Pos-sui formato ergonômico que faci-lita o uso e diminui a fadiga das mãos ao segurar o produto duran-te a limpeza.

Outra novidade é o Simple Gre-en, logo em autorrelevo na lateral da embalagem para encorajar a reutilização da garrafa e aumen-tar a força da marca. A nova em-balagem é feita com 25% de ma-terial PCR (plástico reciclado de pôs-consumo). O novo sistema de spray possui uma opção para saída de espuma e é feito inteira-mente em plástico, o que resulta em menor peso da embalagem e menor quantidade de resina utili-zada. Com o novo sistema se esti-ma a redução de 19 toneladas de resina e 10 toneladas de aço por ano na fabricação da embalagem.

A empresa notou que utilizando materiais produzidos nos EUA há

a redução de gastos com transpor-te e, consequentemente, a emissão de carbono já que a distância per-corrida pela cadeia de suprimen-tos é menor comparada com um fornecedor em outro continente. Esse modelo de negócio também estimula economias locais ajudan-do a melhorar ainda mais a visão da marca no país.

A nova embalagem e o sistema de spray também são benéficos para os consumidores. O siste-ma de spray proporciona 28% de aumento na saída do produto e o formato do jato de spray é o preferido pelos consumidores. Sobre a saída do produto, essa é mais uma novidade já que o con-sumidor tem a opção de escolher usar o produto em forma de es-puma ou na sua forma tradicio-nal líquida, dependendo do local que deve ser limpo. A inovação é uma mistura perfeita de forma e função para os consumidores dos dias atuais que estão sempre em busca de conveniência.

O Simple Green está sendo ven-dido no Canadá e nos Estados Unidos, mas a empresa acredita que o novo spray será inserido em outras embalagens da linha até o final deste ano. A embalagem foi premiada pela Associação Norte Americana de Ferramentas para o Varejo (NRHA) em 2013 com o prêmio de ouro de embalagens.

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A exigênciaé do cliente

A necessidade de desenvolver cada vez mais processos e produtos com valor agregado e características técnicas mais avançadas impulsiona as empre-sas que atuam com laminação, meta-lização e extrusão. As estruturas ou embalagens rapidamente se tornam commodities, a melhora contínua dos processos e o investimento em inova-ção são condições fundamentais para se manter neste mercado competitivo

Por: zulMira felicio

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estudo exclusivo macroeconômico da indústria bra-sileira de embala-gem, realizado pela

Associação Brasileira de Embala-gem (Abre), por meio do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) e Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta crescimento no segmento nos últimos anos. Muito embora haja retração na produção, os fabri-cantes nacionais registraram recei-tas líquidas de vendas de R$ 46,1 bilhões em 2012, superando os R$ 44,7 bilhões gerados em 2011. Para este ano, as perspectivas são

positivas, uma vez que a produção de embalagens deverá crescer até 2% e atingir receitas líquidas de vendas de R$ 48 bilhões. Nesse cenário de concorrência acirrada, a inovação é um fator decisivo, haja vista a tecnologia que impera os processos cada vez mais sofistica-dos dos fabricantes de laminados flexíveis, por exemplo, que aten-dem bem as necessidades do mer-cado interno na opinião de Synésio Batista da Costa, presidente da As-sociação Brasileira dos Fabricantes de Embalagens Laminadas (Abra-flex), entidade criada em 1999 que reúne a maior parte das indústrias do setor.De acordo com o presidente da

Abraflex, por outro lado, o fabri-cante de embalagem depende, e muito, do segmento de alimentos, posicionando-se num fogo cruzado entre os grandes fornecedores de matéria-prima, que constantemen-te reajustam os preços, e os gigan-tes de alimentos e medicamentos, usuários que não aceitam repasses. “Tal situação ocasionou perdas de margens significativas durante os últimos anos. Daí a necessidade de rever essa relação”, questiona Costa, ressaltando, justamente, que este é um segmento que rea-liza aportes expressivos. “Investir está no DNA do setor que faturou no ano passado R$ 3 bilhões”, afir-ma. Trabalhando com a margem de

crescimento de 7%, Costa espera que 2014 seja mais satisfatório do que 2013.“A queda no poder de compra da

população vem se refletindo direta-mente no mercado de embalagens flexíveis, responsável pela produ-ção de embalagens alimentícias. Outros fatores também exercem sua influência na área de rótulos, como: a lei seca e a violência dos arrastões em restaurantes que, de certa forma, estão reduzindo o con-sumo de bebidas, afetando o cresci-mento, mesmo diante da Copa das Confederações e Copa do Mundo, entre outros eventos. Este ano pro-jetamos crescer entre 5% e 10% no volume vendido, um resulta-do razoável frente ao que estamos presenciando. Além disso, estamos ampliando nossa capacidade de la-minação e metalização em cerca de 20% no biênio 2013/14, na expec-

tativa de uma melhora no cenário a partir de 2014”, sentencia Flávio Kezam Málaga, diretor da Málaga. Pioneira em metalização no Brasil,

a Málaga possui atualmente seis metalizadoras de filmes flexíveis, papel e cartão. O processo de lami-nação teve início nos anos 90, sen-do que hoje a empresa possui duas laminadoras de filmes flexíveis, cartão e papel. Um dos segmentos de atuação da empresa é a criação de embalagens específicas para as gráficas e convertedores - a maior parte se situados na Grande São Paulo - que pode exigir o desen-volvimento de novos adesivos, pri-mers para impressão, e densidade ótica da metalização mais alta (para barreira ao oxigênio e a umidade), entre outros processos.Atualmente verifica-se a necessi-

dade de elaborar processos e pro-dutos com valor agregado cada vez

OCapa

50 anos de atuação no mercado

Líder no mercado brasileiro e latino--americano, a Carnevalli está come-morando 50 anos de contribuição para o desenvolvimento do setor do plásti-co no Brasil e exterior. “Fabricamos extrusoras mono e coextrusoras com a mais avançada tecnologia de ponta no mercado latino-americano, com baixo consumo de energia, alta produtivida-de, melhor qualidade ótica dos filmes e custo-benefício”, afirma Wilson Mi-guel Carnevalli Filho, diretor comer-cial da empresa.Entusiasmado e acreditando que 2013 deverá ser o melhor dos últimos cinco anos, o diretor fundamenta-se nos aportes realiza-dos pela empresa recentemente. “Fizemos investimentos em má-quinas operatrizes e tornos verticais e horizontais com CNC de última geração”, sustenta. Aliado à qualidade técnica dos equipa-mentos dispostos no parque industrial, a empresa ressalta ainda a importância de contar com uma equipe, de 220 funcionários, especializada e preparada para avaliar os processos de produção, visando maior produtividade, rentabilidade e qualidade no pro-duto final. Segundo o executivo, a empresa possui um número sempre cres-cente de clientes, fabricantes de embalagens plásticas, distribuí-dos em todo o Brasil, América Latina, leste europeu, Oriente Mé-dio e Rússia, entre outros.

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Ampliação Essencialmente na área de con-

versão, ou seja, direcionada à com-pra de filmes prontos no mercado, imprimindo e aplicando o processo de laminação (base solvente e sol-vente-less) com outros filmes me-talizados ou não, a Finepack este ano resolveu expandir em 50% o seu espaço físico, prevê adquirir novos equipamentos em 2014 e, consequentemente, aumentar a capacidade produtiva. Segundo Edmur Batista do Car-

mo, diretor-geral da Finepack, além de dotar de equipamentos importados e de empregar adesi-vos específicos para cada aplica-ção, “importante frisar a experiên-cia dos profissionais da empresa, acrescida de muita atenção e cui-dado no atendimento às necessi-dades e exigências do mercado”, acentua. Atuando em vários seg-mentos com clientes distribuídos por todo o País, a ênfase recai para

Edmur Carmo, Finepack

maior e características técnicas avançadas. “As estruturas ou em-balagens se tornam commodities rapidamente, a melhora contínua dos processos e o investimento em inovação são condições para se manter no mercado e competi-tivo. A customização do processo e da estrutura (embalagem) é um dos pilares de atuação da Málaga”, argumenta o executivo da empresa que assinala crescimento de apro-ximadamente 15% nos últimos dois anos.Empresa de médio porte com

180 funcionários, operando em três turnos, a Málaga investe na ampliação da capacidade disponí-vel, ou seja, dobrar a aplicação de resinas sobre filmes e papel, assim como a de metalização. Assim sen-do, realiza aportes para acelerar o processo de produção, como insta-lação de trocas automáticas e im-plantação de eixos de troca rápida, entre outros.

as embalagens de papel (cut-size), alimentos em geral, farmacêutico e personal care, entre outros.Atualmente, a Finepack produz

em torno de 450 toneladas/mês e tem conseguido manter este nú-

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mero estável, apesar das oscilações do mercado. Com um crescimen-to médio de 10% ao ano no volu-me total de vendas, a empresa, fundada em 1992 com apenas 10 funcionários, emprega hoje 150 pessoas divididas em três turnos, trabalhando ininterruptamente 24 horas. No que diz respeito às tendências

de mercado, Carmo aponta “as ti-ragens cada vez menores, sendo que os clientes continuam com o mesmo volume, porém com um número maior de SKUS (itens/mo-delos)”.

Tendência“Além da imprescindível qualida-

de do produto, o mercado em geral objetiva a eficiência de processos, e isso leva à busca de filmes cada vez mais finos, ou seja, o cliente quer e precisa de pacotes por quilo de embalagem. A sustentabilidade dos materiais também já é um pré--requisito e o filme plástico tem sido uma boa opção, pois é leve, estável, durável e 100 % reciclá-

vel”, explica Cesar Augusto Schei-de, gerente administrativo e de EHS da Indústria de Embalagens Flexíveis (Inflex), situada em Dou-rados, Mato Grosso do Sul.Atuando no segmento de extru-

são de filmes flexíveis há 24 anos, somente em 2004 a empresa co-meçou a atuar com o processo de laminação solvent-less, e hoje é de-tentora de três laminadoras, sendo 90% da produção mensal constitu-ída de filmes laminados. A metali-zação com fornecedores parceiros teve início a partir de 2005.A maioria dos clientes da Inflex

é de pequeno e médio porte (60% da área alimentícia), indústrias de transformação de administração familiar, localizadas nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Para alguns deles, a empresa cria embalagens espe-ciais, como “as trilaminadas com solda pounch para filtros de carvão ativado, utilizados em máscaras de segurança contra gases, denomi-nadas Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Outro desafio

interessante foi o desenvolvimento de filmes para empacotamento de produtos a quente (goiabada, por exemplo), com temperatura acima de 80 graus centígrados”, enfatiza Scheide.Considerada empresa de médio

porte com 230 colaboradores (tra-balhando em três turnos de 8 ho-ras, de segunda à sexta) e produção de 350 toneladas/mês (cerca de 4 mil toneladas/ano), em 2014 a In-flex completará 25 anos de ativi-dade ininterrupta no mercado de embalagens plásticas flexíveis.“Registrando faturamento aci-

ma de 10% nos últimos dois anos, podemos dizer que 2013 será um teste de maturidade e competência para nós. O mercado não está com-prador, existe uma estabilização em andamento observada durante as feiras especializadas. E este fato exige um esforço maior da Inflex em superar os constantes aumen-tos de insumos, reduzindo custos internos e oferecendo qualidade superior de produtos. Já enfrenta-mos desafios maiores. Atualmente estamos atualizados tecnologica-mente, com uma gestão madura e preparados para atender o merca-do exigente”, argumenta o gerente.Os últimos investimentos da em-

presa foram focados no parque

Cesar Scheide, Inflex

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Informações:málaga Produtos metalIzados ltda.www.malagaPm.com.br

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impressor, com cinco impressoras flexográficas oito cores, todas com sistema de camisas e três gear--less de última geração. Além dis-so, desde 2011, vem implantando um projeto voltado à metodologia de controle e gestão estatística seis sigma, visando à redução das aparas de produção, cujo principal resultado foi a diminuição de 30% do índice mensal. Ainda em 2012, a Inflex inseriu um novo software

de gestão de PCP com enfoque na programação fina da produção, resultando em um lead time mé-dio de entrega menor do que no ano anterior, com entregas na data acordada (ou antecipadas) acima de 90% dos pedidos.Em parceria com a concessioná-

ria de energia estadual (Enersul), a empresa prioriza a melhoria de eficiência energética a partir de um projeto que proporcionará sig-

nificativa economia de energia nos principais equipamentos produti-vos. “Temos também um projeto de desenvolvimento de um biopo-límero que utilizará em seu pro-cessamento parte de nossas aparas plásticas industriais. Este trabalho é desenvolvido através do Conse-lho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e parcerias com a Universidade Fe-deral da Grande Dourados e a Uni-versidade Federal de São Carlos”, conclui Scheide.

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Produção Inflex

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Flexíveis

Mercado de flexíveis registra números positivos e grandes investimentos

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m 2012, o setor de embala-gens flexíveis registrou alta no faturamento de 7,5% em relação ao ano anterior,

segundo estudo encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief). Apesar do aumento do pre-ço das matérias-primas e o cenário atual da economia preocupar o se-tor, empresas ainda inovam com so-luções e equipamentos

EPor: thais Martins

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Apesar de 2012 ter sido um ano de instabilidade para o setor de trans-formação de plásticos, o segmento de embalagens flexíveis registrou alta no faturamento de 7,5% com relação ao ano anterior, segundo estudo da consultoria Maxiquim para a Associação Brasileira da In-dústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief). Em 2011, o seg-mento faturou R$ 11,2 bilhões. Já no ano seguinte, o valor registra-do foi de R$ 12 bilhões. O volume de produção também cresceu: em 2011, foi de mais de 1.779 mil to-neladas, contra 1.813 mil em 2012, avanço de 1,9%.Já as exportações cresceram

11,5% em valores, para US$ 639 milhões e 12,8% em volume, para 136 mil toneladas em 2012. O dé-ficit da balança comercial do setor foi o maior dos últimos oito anos, atingindo US$ 453 milhões. O es-tudo mostrou ainda que as expor-tações caíram no período. Em va-lores, a queda foi de 14% somando US$ 186 milhões e de 14,7% em volume, para 53 mil toneladas.“Apesar dos números, o aumento

do preço da matéria-prima impe-diu um avanço, o que não signifi-cou em repasse para o consumi-dor. Este ano começou animado, seguindo a euforia de toda a in-dústria. Porém, o cenário não se concretizou, afinal tivemos três ou quatro revisões do PIB nacional para baixo”, afirma o presidente da Abief, Sergio Carneiro Filho, ao relembrar que a expectativa para 2013 era de um ano positivo. De acordo com depoimento do presidente no ano passado, fato-res como a redução dos custos da energia elétrica, a manutenção da disponibilidade de recursos para novos investimentos pelo Ban-co Nacional de Desenvolvimen-to (BNDES), a estabilidade dos custos das matérias-primas e a concretização de negociações ao longo da cadeia, sinalizavam um cenário otimista para a indústria

de embalagens plásticas flexíveis.

investimentos

Para o presidente da Abief, que também é diretor da SR Emba-lagens, o Brasil já conta com tec-nologias de ponta em embalagens flexíveis e muita inovação neste segmento. “Temos vários pontos se destacando neste mercado ul-timamente, como embalagens de uso fácil, porções pequenas, pro-dutos mais modernos que podem ser usados em micro-ondas, que preservam muito mais os alimen-

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áurea binz, SulPrint.

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tos, embalagens maiores que den-tro abrigam subporções e feitas, cada vez mais, com materiais de fontes renováveis que facilitam a reciclagem”, aponta Filho. De acordo com a diretora exe-

cutiva da Sulprint, Áurea Binz, a empresa vem crescendo em qua-lidade de impressão em emba-lagens flexíveis. “Recentemente inovamos ao lançar a aplicação em Braille e, em breve, teremos outra grande novidade que ainda não podemos revelar. Outra preocu-pação da Sulprint é se manter no envolvimento renovável, ou seja, a melhoria contínua, desde a atuali-zação profissional, maquinários e até a busca por novos métodos de gestão”, afirma. Em tecnologia, a empresa trabalha com impressoras gearless de última geração. “Tam-bém investimos em equipamentos e softwares de pré-impressão, as-sim como as laminadoras e máqui-nas de acabamento”, complemen-ta.Na visão de Dolores Brizuela, ge-

rente de marketing para embala-gens de alimentos e especialidades da Dow na América Latina, o que a indústria espera é solução inova-dora, custo competitivo e boa pro-dutividade. Já o consumidor busca marcas que ofereçam embalagens

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sustentáveis, que garantam conve-niência e segurança. “Desenvol-vemos matérias-primas e soluções para o mercado que vêm se des-tacando nos últimos tempos, como empacotamento automático, que proporcionam maior produtivida-de no processo, até embalagens com atributos de conveniência como abertura fácil ou ‘reclosabi-lity´”, detalha a gerente.Com atuação de mais de 20 anos

na distribuição de filmes flexíveis (BOPP e BOPET), a Limer-Cart tem feito constantes atualizações em seu parque fabril, substituin-do cortadeiras-rebobinadeiras por equipamentos mais modernos e com maior capacidade de produ-ção. “Possuímos 24 máquinas cor-

embalaGenS ProduzidaS Pela dow

tadeiras-rebobinadeiras em nossa matriz, em Limeira, interior de São Paulo, e mais cinco na filial em Canoas, Rio Grande do Sul. Nosso outro diferencial é um sofisticado sistema integrado de gestão em-presarial que permite o gerencia-mento das informações, desde a entrada de pedidos, passando pela equipe de vendas, estoque, produ-ção, faturamento e expedição”, re-vela o gerente de marketing, Elio Rebechi.Dentre os filmes BOPP tipo

transparente, metalizado, perola-do e opaco, e os filmes BOPET, a Limer-Cart chega a comercializar cerca de 700 toneladas por mês, englobando as vendas da ma-triz e da filial. “Nossos principais segmentos atendidos são os da indústria alimentícia, cosmético, farmacêutico, gráfico, bebidas e etiquetas autoadesivas”, diz Rebe-chi.O coordenador de produção da

Canguru, Jucenei Donizete reve-la que a produção da empresa em embalagens flexíveis gira em torno de 600 toneladas ao mês, e os prin-cipais segmentos atendidos são os de higiênicos/ personal care e o de petfood. “Temos uma gama ampla de máquinas, desde a extrusão, passando pela impressão, lamina-ção e acabamento final. Em ter-mos de equipamentos de análises sólidas e líquidas para tintas e sol-ventes, contamos com um labora-tório com uma das mais completas

Fábrica limer-cart

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salas de análise para o nosso ramo de atividade.”Em 2012, a Inflex produziu 400

toneladas de embalagens flexíveis, fruto de um crescimento médio anual em torno de 10% no últi-mo triênio. “O setor alimentício, que envolve massas secas, snacks, salgadinhos, cereais e laticínios, representa de 60 a 70% da pro-dução mensal de nossa empresa. Cerca de 90% da produção é des-tinada ao mercado de laminados flexíveis”, afirma o engenheiro e gerente administrativo, Cesar Augusto Scheide. Prestes a com-pletar 25 anos, a empresa conta com um parque impressor atua-lizado. “Temos cinco impressoras flexográficas de oito cores, todas equipadas com sistema de vide-oscan, viscosímetros automáticos e controles digitais de processo e inspeção.”Para obter um maior desempe-

nho, a SR Embalagens investe nos coextrusores, detentores de tecno-logias de controle automático de espessura. “Contamos com uma série de avanços. Trabalhamos também com flexografia, com im-pressoras gearless sem engrena-gem e impressoras digitais, equi-pamentos que garantem maior agilidade e qualidade no proces-so”, explica o presidente, Sergio Carneiro Filho.O consultor de vendas para em-

balagens flexíveis da Optima do Brasil, Carlos Humberto Bizetto, acredita que, com o aumento do poder de consumo da população, o mercado de embalagens flexí-veis, principalmente para peque-nas porções, está aquecido. “E a tendência é termos, cada vez mais, refeições menores para facilitar a vida de quem trabalha fora e mora sozinho. Temos mais de 100 clien-tes em nossa carteira e verificamos claramente o aumento dessa de-manda nos últimos tempos”. Atuante no mercado farmacêutico

e de consumer (alimentos, cosmé-ticos e químicos), a Optima traba-

lha com máquinas de sachê e sti-ck pack para fabricar embalagens para produtos líquidos, pastosos, em pó e a granel. “As embalagens costumam ser diferentes, de acor-do com a necessidade do cliente, mas a estrutura, que é o lamina-do, é a mesma. Nossa tecnologia é 100% brasileira, com assistência técnica própria”, afirma Bizetto. A empresa atende todo o Brasil e tem verificado um aumento, nos últimos três anos, nos pedidos de países como a Colômbia, Vene-zuela e o México. Em termos de equipamentos,

aempresa trabalha com as linhas Optima PD, que conta com três modelos, para fabricação de sa-chês com quatro soldas; e com a Optima TS, dois modelos, para a produção de sachês de três soldas; além das embalagens formatadas, de acordo com o projeto de cada cliente. “Com nosso maquiná-rio, dependendo da configuração, conseguimos chegar a uma produ-ção de até mil sachês por minuto. Também personalizamos os pedi-dos, como sachês de 30 a 80 g”, explica o consultor.Já a HP anunciou recentemen-

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Próxima edição >ESPECIAL SUSTENTABILIDADE

Números de mercado, tendências para os próximos anos, as matérias-primas em alta e as inovações que empresas conceituadas criaram para se tornarem mais sustentáveis.

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te novas soluções no portfolio da HP Indigo para impressão de eti-quetas, papelões dobráveis e em-balagens flexíveis que ajudam os conversores a aumentar a eficiên-cia e a criar produtos de alto valor. “Com a impressão digital entrando nos segmentos de flexíveis e carto-nados, obtemos um maior volume, reduzimos custos e ajudamos as empresas a transformar produtos. Temos um laboratório em Israel e, a partir do início de 2014, teremos novos lançamentos nesta linha. É uma extensão do que os clientes do mercado gráfico já tinham. Será possível imprimir com mais flexibi-lidade e maior rapidez do que uma impressão analógica. Não é mais necessário ter um estoque e se an-tecipar para começar uma produ-ção. É uma revolução, sem dúvida. Estamos quebrando paradigmas”, finaliza o diretor da divisão da HP Indigo, Luis Giovanni Faria.

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Mercado de Food Service cresce em ritmo vigoroso

Food Service

Vendas da indústria para este setor pularam de R$ 88 bilhões em 2011 para R$ 100,5 bilhões no ano passado. Só em 2012, o mercado faturou em torno de R$ 240 bilhões. A expectativa para este ano é chegar até os R$ 248 bilhões

Por: thais Martins

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úmeros expres-sivos confirmam que o Food Ser-vice veio para ficar. Vendas da indústria para este segmen-

to pularam de R$ 88 bilhões em 2011 para R$ 100,5 bilhões no ano passado. Só em 2012, este merca-do faturou em torno de R$ 240 bi-lhões. A expectativa para este ano é chegar até os R$ 248 bilhões, de acordo com o diretor-adjunto do Departamento de Economia, Estatística e Planejamento da As-sociação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), Amílcar Lacerda de Almeida. “Este ramo encontra-se em expansão. Em 2012, cresceu 14,4% e esperamos aumentar o faturamento do mer-cado interno que deve chegar a 13% este ano”, aponta.

De acordo com Almeida, em 1998, 25% das vendas da indústria e aproximadamente 24% dos gastos dos consumidores eram em ser-viços de alimentação preparada fora do lar. “Os estabelecimentos investiram muito em novos espa-ços, cardápios e entretenimento. Os distribuidores e atacadistas do setor têm agora o desafio de cres-cer para atender um mercado em franca expansão com um número total de clientes cada vez mais es-palhados pelo Brasil.”

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) re-velam que o brasileiro gasta 31% de sua receita em alimentação fora de casa, fazendo basicamen-te duas refeições, como almoço e lanche da tarde. Segundo o Insti-tuto, em 2002 / 2003, o brasileiro gastava 24% de sua receita com alimentação fora de casa, e a ex-pectativa é que este número gire em torno dos 38% até 2014. Des-ses 31%, os cariocas representam 41%, os paulistas 39% e os minei-ros, 29%. “Em comparação com

N outros países, o consumo brasi-leiro por habitante ainda é baixo, cerca de 4% da renda per capita”, avalia o diretor da ABIA. “Contu-do, dada a dimensão da população consumidora, nosso Food Service já ultrapassa, em tamanho, o da Alemanha, Espanha e do Reino Unido. A tendência é alcançarmos padrões de consumo semelhantes ao encontrado em países como França e Japão, que já registram um consumo quatro vezes maior.”

Na visão do diretor da ECD Food Service, Enzo Donna, hoje a prin-cipal refeição que sustenta este mercado é o almoço ligado ao tra-balho. “Este tipo de alimentação envolve todas as classes sociais. Já as que são feitas por lazer, como os jantares e as de fim de sema-na, são basicamente consumidas pelas classes A, B e parte da C”, opina, complementando que ou-tro público em alta é o da terceira idade, “que já é o segundo públi-co de restaurante, principalmente em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.”

Conveniência e praticidade são, sem dúvida, pontos que movem este mercado. “A indústria de ali-mentos está facilitando o trabalho de restaurantes, padarias, hotéis, entre outros, fazendo produtos que economizam tempo de pre-paro e, desta forma, realocando a mão de obra dos funcionários para outras atividades. Já o consumi-dor final, por outro lado, que não tem muito tempo disponível para a cozinha, está estimulando novos negócios voltados para refeições prontas também para o consumo dentro de casa”, avalia o diretor da ECD, que ressalta o esforço de empresas que desenvolvem solu-ções para o mercado de Food Ser-vice, como a Tetra Pak, Cryovac e Rigesa.

Podemos afirmar que os pilares deste mercado são experiência e

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harmonização. Food = alimen-tação e service = serviço. Daí deriva-se uma série de oportuni-dades, possibilitando a criação de experiências únicas para o consu-midor. Para os empresários é sinô-nimo do máximo de qualificação, buscando oferecer conveniência, praticidade, economia, harmonia, entre outros adjetivos e especifi-cações técnicas”, complementa o presidente da ABIA.

A Dixie Toga, subsidiária da América Latina para o Grupo Bemis, atua no mercado de Food Service prestando dois tipos de serviços: as embalagens para ali-mentos e os copos descartáveis, feitos com papel e plástico, para grandes redes de restaurantes, como McDonald´s, Subway, Bur-guer King, entre outros. De acor-do com os gerentes de marketing da empresa, Gustavo Yanaka e An-tonio Ponce, este é um segmen-to que vem crescendo bastante e conta com a reestruturação de vários clientes que solicitam pro-dutos diferenciados a cada ano. “A maior participação da mulher no mercado de trabalho, o aumento dos almoços de família fora do lar (seja por questões profissionais ou por lazer) e a preocupação cada vez mais recorrente de produtos sustentáveis, são fatores que im-pulsionam este crescimento”, afir-ma Ponce.

Presentes no setor há mais de 40 anos, a Dixie Toga vem substi-tuindo as embalagens em latas por stand up pouche (para acondicio-nar vegetais e atomatados, prin-cipalmente) e por bags, com alta barreira na linha de flexíveis. “Um de nossos grandes diferenciais é adaptarmos a tecnologia dos Es-tados Unidos para o Brasil. Com isso, ganhamos produtos focados em alta barreira; criamos vanta-gens competitivas, pois obtemos a mesma resistência só que com 20

a 30% a menos de espessura; além de maiores benefícios na ques-tão da sustentabilidade”, aponta Yanaka, afirmando que cada vez mais os clientes do Food Service vêm solicitando o uso das emba-lagens flexíveis. “Temos mais de cinco mil funcionários no Brasil e nossa atenção está direciona-da em atender este mercado. Por isso, treinamos a equipe constan-temente para ter mais habilidade, tanto na área técnica quanto no pós-venda. O Food Service é uma de nossas grandes apostas hoje”, afirma.

A BRF, detentora das marcas Perdigão, Sadia, Batavo e Elegê, e uma das maiores exportado-ras mundiais de aves e uma das principais captadoras de leite e

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Food Service

processadora de lácteos do Brasil, registrou no ano passado aproxi-madamente R$ 1,6 bilhão somen-te no segmento de Food Service. “Com o aumento da oferta de empregos, muitas pessoas não vol-tam para casa para almoçar. Outro ponto que favorece o setor é o luxo que os brasileiros se dão agora de experimentarem a gastronomia como forma também de lazer. Com isso, cresce a demanda por atendimentos específicos, como é o caso do Chicken McBites, do McDonald´s, que são os pedaci-nhos de frango empanados já ser-vidos em embalagens cartonadas com molhos”, explica o gerente de P&D em Embalagens, Geraldo Cofcewicz.

Com a expectativa de crescer dois

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Consumo do brasileiro em Food Service De 31% de receita gasta com alimentação fora de casa

41% são dos cariocas

39% dos paulistas

29% dos mineiros

dígitos em seu faturamento, a BRF fechou sua re-ceita líquida no segundo trimestre deste ano com R$ 7,5 milhões, valor que representa crescimento de 10% em comparação ao mesmo período ante-rior. No acumulado do ano, a receita da empresa chegou a R$ 14,7 bilhões, crescimento de 11,8% em comparação ao primeiro semestre de 2012. O lucro líquido foi de R$ 567 milhões, um aumento de 255%. Só a área de Food Service fechou o tri-mestre com receita líquida de R$ 360,2 milhões. O resultado operacional chegou a R$ 36,6 mi-lhões, crescimento de 14,3%. “Só no ano passado lançamos mais de 80 produtos em Food Service. Quanto mais conhecemos a cadeia do cliente, sua estrutura, como funciona o operacional, seus pro-blemas, maiores são as nossas soluções. Por isso, nossa equipe vai a campo, analisa todo o processo para facilitar a vida dos funcionários sem afetar os custos dos estabelecimentos”, diz o gerente de P&D para Food Service e mercado externo, Giovani Rissi.

Em termos de tecnologia, a empresa segue os mesmos padrões do varejo, mas a aplicação varia de acordo com a necessidade do cliente. Um dos investimentos da companhia foi a recente inaugu-ração em Jundiaí, interior de São Paulo, do BRF Innovation Center, um centro de pesquisas com laboratórios modernos, cozinhas experimentais e minifábricas para produção-piloto. O investimen-to foi na ordem de R$ 58 milhões, e faz parte da meta da companhia de duplicar, até 2015, os in-vestimentos em pesquisa, desenvolvimento e ino-vação. “A BRF também vem sendo reconhecida por sua competência em atender as necessidades específicas do mercado internacional, como o caso dos cortes de aves que fornecem para o Japão, além de serem os primeiros a exportarem carne suína para aquele país. E é o nosso dever nos es-pecializarmos constantemente para atender essa e outras demandas”, finaliza Rissi.

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LEITURAENTREVISTA |NELSON LUDOVICO

Em entrevista à Revista Pack, Nelson Ludovico, professor na Fundação Getúlio Vargas, diz que o Brasil está 25 anos atrasado em logística. Pós-doutor em Relações Internacionais pela Florida Christian University (EUA), Ludovico lança o livro “Gestão da produção e logística”. A obra - parte da série Gestão Empresarial, organizada pelo professor -, traz exemplos práticos que evidenciam a importância da gestão das operações.

De que forma a logística pode trazer vantagem competitiva?

O planejamento entra nessa questão. A vantagem competitiva não é ape-nas o valor do produto, mas o que a empresa pode prestar de serviços por meio da tecnologia da informação e da comunicação. Dessa forma, quem compra, vende e entrega - ou seja, a logística -, precisa estar inteiramente integrado para que o tempo e o custo sejam melhores e mais viáveis em uma operação. O operador logísti-co, que é essencial para se chegar a isso, precisa acompanhar de perto o desenvolvimento dos negócios. A comunicação hoje em tempo real faz com que até o sistema do e-commerce tenha se desenvolvido nos últimos anos. As vantagens com-petitivas, de acordo com as teorias de Michael Porter - especialista em competitividade -, não são apenas de valor, mas também de serviços.

Qual a importância hoje de se entender a logística e a logística integrada para os negócios?

A logística é simplesmente o pro-cesso. E a logística integrada é tudo o que é necessário para o fluxo em serviços, sendo que a integrada tem uma interdependência da infraes-trutura do País. O Brasil não tem a eficiência e a facilidade da ferrovia. As nossas rodovias, com exceção a do Estado de São Paulo – onde se paga muito pelo serviço por meio de pedágios - têm infraestrutura defi-ciente e, consequentemente, em certas regiões não é possível aplicar logística integrada, com todos os serviços que são necessários. Por exemplo, a legislação atual obriga o motorista a fazer uma pausa para descansar, mas aonde ele vai parar? Além disso, há o roubo de cargas que acontece em função da inefi-ciência de pontos de apoio para se cumprir a lei. Por outro lado, não há ainda uma cultura de se aproveitar o segmento de cabotagem, que tem custos menores em relação ao que se tem hoje como canal de distribuição por meio das rodovias.

Quais seriam as sugestões para as empresas?

Um dos pontos que podem favore-cer uma empresa é o centro logístico integrado, que são pontos de apoio para estocagem ao longo do País. A companhia pode aproveitar a terceirização dos centros de dis-

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tribuição para poder entregar mais rapidamente um produto. É uma referência que substitui em parte a deficiência logística que há no Brasil.

Isso é viável para a pequena e média empresas?

Sim, desde que essa empresa possa suportar o custo financeiro de uma mercadoria produzida e ainda não vendida. O governo, entretanto, po-deria ser um fator importante nisso. Como sugestão, quem não consegue suportar esse custo poderia ter a facilidade de recolher os tributos após a venda. Isso seria uma solução para que não precisassem recolher os tributos sem ter uma mercado-ria vendida e apenas colocada no centro de distribuição. O Brasil está 25 anos atrasado em logística pela própria falta de recursos e de vontade política ao longo dos anos por parte do governo. E esse atraso interfere na concorrência interna-cional, porque os produtos chegam do exterior com custos melhores e empresas nacionais não têm nem como entregar internamente com vantagens melhores.

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Governança corPorativa naS emPreSaS FamiliareS: SuceSSão e ProFiSSionalização

Em linguagem acessível, os autores apresentam aos leitores as ferramentas da governança corporativa com o objetivo de propor-cionar mais chances de estabilidade para a empresa familiar e para os negócios. A obra trata da necessidade de um código de ética, apontando as responsabilidades do conselho de administração e destaca o seu papel na gestão de pessoas. O livro aborda também o impacto da cultura familiar nos métodos de decisão da empresa, o planejamento e a condução do processo de sucessão.

autoreS: dominGoS ricca e Sheila madrid Saad

editora: cla

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DICA DO ESPECIALISTA

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Neste livro, os leitores podem acompanhar uma grande varie-dade de projetos de design para embalagens do mundo todo. São exemplos para cada estágio do processo de design: briefing, desenvolvimento do conceito, o processo do design, impressão, apresentação e marketing. As autoras Candace Ellicott e Sarah Roncarelli, diretoras da Fifty Strategy & Creative - empresa de design de marcas e marketing -, equilibram questões estéticas e práticas com o intuito de tornar as embalagens mais eficientes.

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Em uma iniciativa inédita na indústria cartonada, a Tetra Pak, empresa de soluções para proces-samento e envase de alimentos, passa agora a utilizar o polietileno de baixa densidade de fonte reno-vável em todas as embalagens pro-duzidas no Brasil. Por meio de um acordo firmado com a petroquímica Braskem, o polietileno de baixa densidade (LDPE) I´m greenTM é feito a partir de cana-de-açúcar para compor as camadas das emba-lagens. A solução estará disponível a partir de 2014 e já é conhecida como “plástico verde”. A mudança significará que 100% dos produtos brasileiros produzidos pela Tetra Pak, o que corresponde a 13 bilhões de unidades, serão compostos por cerca de 82% de materiais prove-nientes de fontes renováveis.

O acordo do século: Tetra Pak e Braskem fornecem plástico verde

De acordo com Dennis Jöns-son, presidente e CEO do Grupo Tetra Pak, o acordo demonstra o compromisso em trazer inovações ambientais aos clientes e é mais um passo para o desenvolvimento de embalagens 100% renováveis. “A Braskem usará etanol derivado de cana-de-açúcar para produzir eteno, que será convertido em polietileno de baixa densidade e contém as mesmas propriedades técnicas do material feito de fon-tes fósseis, porém com benefícios ambientais provenientes de fontes renováveis”, explica.

O polietileno verde I’m gre-

enTM possui as mesmas caracte-rísticas do polietileno tradicional, como ser inerte, resistente e re-ciclável, com a vantagem de ter origem renovável, o que contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa através da absorção de CO2 da atmosfera

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Paulo Nigro (Tetra Pak), Carlos Fadigas (Braskem) e Dennis Jönsson (Tetra Pak)

durante o processo de crescimento da cana-de-açúcar. O presidente da Braskem, Carlos Fadigas ressalta que a “expansão da linha de produ-tos verdes reforça o compromisso da companhia em agregar valor à cadeia do desenvolvimento sus-tentável.”

Tetra Pak no caminho da sustentabilidadeDesde 2008, a cadeia de custódia do papel é certificada pelo Forest Stewar-dship Council® (FSC®), o que significa que todo o papel utilizado como ma-téria-prima nas embalagens da Tetra Pak vem de áreas florestais manejadas de forma responsável, permitindo ao consumidor monitorar toda a cadeia que envolve a produção do papel da embalagem, desde o plantio das árvores até o produto final.A Tetra Pak foi o primeiro fornecedor de embalagens de alimentos líquidos no mundo a utilizar plástico verde em seus produtos com o lançamento de Tetra Brik® Aseptic 1000, com a tampa StreamCap™, produzida com o polietile-no de alta densidade (HDPE) feito a partir de cana-de-açúcar, fornecido pela Braskem, em 2011. No início deste mês, a companhia anunciou a disponibi-lidade global da tampa Lightcap™ 30 também feita a partir do plástico verde.

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Reciclagem de embalagens PET cresceu 12,6% em um ano

De acordo com o censo realizado pela Associação Brasileira da Indús-tria do PET, Abipet, mesmo sem um sistema de coleta seletiva, o Brasil destinou corretamente cerca de 331 mil toneladas de produtos recolhidos em 2012. Dados da pesquisa apontam que a reciclagem de embalagens PET, por exemplo, deu um salto no ano passado e cresceu cerca de 12,6% em volume, ao passar das 294 mil tonela-das que tiveram destinação adequada em 2011, para 331 mil toneladas no ano passado. Com esse resultado, o País atingiu um índice de reciclagem de 59%, mantendo seu excelente posicionamento como um dos maio-res recicladores de PET do mundo, superando os Estados Unidos e até mesmo a Europa.

Para o presidente da Abipet, Auri Marçon, os números demonstram que existe uma demanda forte pelo PET reciclado, criado por um traba-lho do próprio setor, que investe em inovação e novas aplicações. “Essa iniciativa criou um ciclo virtuoso. Todo PET coletado tem destinação adequada garantida por uma indústria forte, diversificada e ávida por essa matéria-prima”, afirma o presidente, alertando também para a necessida-de de suprir essa demanda que está aquecida, sob pena de impacto no preço do produto coletado e, conse-quentemente, comprometimento da sustentabilidade do negócio. “Preci-samos investir em coleta seletiva para que a indústria não seja prejudicada. Em muitos períodos do ano, as em-presas recicladoras continuam com ociosidade que chega a 30% de sua produção, porque não encontram em-balagem pós-consumo para reciclar.”

Para o executivo, a solução é estimular as prefeituras a im-plantar, o mais rápido possível, a coleta seletiva e a separação das embalagens recicláveis, de forma a aumentar a recuperação do ma-terial descartado pela sociedade. “Isso, na verdade, é o que prega a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, que exige responsabilidade compartilhada entre a sociedade civil, o setor privado e também do poder público. A indústria do PET investiu fortemente em reciclagem e hoje esses recicladores passam por um momento difícil, por não terem coleta suficiente para abastecer suas fábricas”, finaliza.

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direto da gôndola

assunta naPolitano caMilo*

Refrigerante ou bebida orgânica? Que tal os dois?

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Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Profissional de embalagens há 30 anos. Pes-quisa feiras e PDVs do mundo desde 1986.Articulista, professora e palestrante interna-cional de embalagens. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Susten-tabilidade. Coordenadora do Kit de Referên-cias de Embalagens. Membro do Conselho Científico-Tecnológi-co do ITEHPEC.

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o final do ano pas-sado, a Natumaker lançou um deli-cioso refrigerante orgânico que se espalhou por vá-

rias prateleiras em todo o Estado de São Paulo. O Guaraná WEWI estreou em grande estilo na rede Pão de Açúcar e já movimenta o mercado seguindo a tendência de popularização dos produtos orgâ-nicos no País, um segmento que cresce 30% ao ano.

O refrigerante conta com a Cer-tificação do IBD, é 100% natu-ral, sem conservantes ou sódio. É feito com guaraná amazônico 100% orgânico, açúcar orgânico,

corante caramelo e água gaseifica-da. Tem apenas 86 calorias, o que equivale a uma barra de cereal.

Há alguns anos, lembro-me de uma palestra do CEO da empre-sa Mãe Terra, Alexandre Borges, declarando que o segmento dos orgânicos estava em crescimento no Brasil, porém abaixo dos mer-cados mundiais, pois eram produ-tos “chatos”, sem gosto, sem gra-ça, sem apelo de embalagem. Os produtos orgânicos precisavam ser “atrativos” para dar certo. Fi-nalmente, após alguns anos des-sa declaração, o setor começou a cuidar de entregar prazer e sabor para quem quer ser saudável, afi-nal a vida há de ser divertida!

É notável que, de certo tempo para cá, as empresas melhoraram bem os aspectos, acompanhados do sabor e da cor dos alimentos e bebidas orgânicas, investindo muito nas embalagens, tornando--as mais alegres, funcionais, segu-ras e ambientalmente corretas.

Claro que ainda há espaço para melhorias, afinal essa é uma ques-tão permanente. A começar pela rotulagem ambiental, pois muitos fabricantes ainda teimam em não declarar nem orientar o consumi-dor sobre as melhores condições de descarte das embalagens. Além disso, poder-se-ia agregar muito mais: uma vez que este público é naturalmente atento e exigente às questões naturais, seria perfeita a conexão produto orgânico e me-lhor embalagem para o meio am-biente!

No caso das embalagens de

WEWI, a garrafa é bem desenha-da, ainda que singela. A primeira contava com decoração em rótulo autoadesivo no label look em ape-nas uma cor, branca, um aspecto talvez muito simples para o preço sugerido. A evolução se deu pela aplicação de um rótulo de fundo na cor verde e assinatura em ama-relo para aparecer mais na gôndo-la. O produto já teve até uma edi-ção especial em Paris (destacada em hot stamping prata).

Recentemente pudemos conferir outro lançamento, este trazendo mais conveniência aos seus con-sumidores: a chegada das latinhas de alumínio de 269 ml. A decora-ção foi desenvolvida com rótulo termoencolhível, uma boa opção para fabricantes que não atingem lote mínimo da litografia, que con-fere excelentes resultados.

O produto atende ao apelo de saudabilidade e segurança, além de entregar sabor e conveniência, o que é, sem dúvida, uma receita de sucesso.

Embalagem melhor. Mundo me-lhor. Saúde!

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eMbalageM resselável

A ziP-PAk APResentA A ziP360™, A PRimeiRA embAlAgem de lAteRAl ReFoRçAdA (side-gusseted Pouch) ReFechável e com AbeRtuRA totAl. ideAl PARA lAnches, comidAs congelAdAs, RAções PARA AnimAis e guloseimAs e umA vARiedAde de outRAs APlicAções. o inovAdoR estilo de embAlAgem PeRmite Aos consumidoRes AcessAR ou veRteR o conteúdo com FAcilidAde. A ziP360™ tAmbém PRoPiciA A utilizAção de gRAFismos PoR todA A áReA dA suPeRFície dA embAlAgem PARA mAximizAR o imPActo visuAl nAs PRAteleiRAs do Ponto de vendA.

ziP-PaK® / itw do brasil industrial e coMercial ltda.

tel.: (11) 2014-7455.

site: www.itwPacK.coM.br

PlastôMetro de extrusão

A Tinius Olsen apresenta a série de plastômeros MP1200, um sistema de medição do índice de fluidez em termoplásticos, que permite uma fácil e rápida programação para executar ensaios conforme as normas ASTM D 1238 e ISSO 1133-1 & 2, dentre outras normas internacionais. O MP1200 está disponível em dois modelos, um com sistema manual de aplicação de pesos e outro com dispositivo motorizado de subi-da/descida dos pesos MP1200M. Com a inserção do acessório PPDT é possível determinar métodos B&C (ASTM D-1238) para polietileno, utilizando até três diferentes pesos durante o mesmo ensaio.

dinateste indústria e coMércio ltda.

tel.: (11) 3726-4899.

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CODIFICADORA A Salazar Sistemas de Codificação apresenta a linha de impressoras de alta resolução da Limitronic para codificação de caixas de papelão que opera com velocidade de 60 caixas/minuto. Conta com uma cabeça de impressão de 70 e 35 mm de altura e 200 dpi de resolução, além de impressão de dados variá-veis, códigos de barra, logotipos, contadores e vários outros recursos para rastreabilidade e personalização da embalagem. O equipamento pode ser usado para impressão de dados variáveis via PC ou sistemas re-motos, substituindo o uso de etiquetas. A Serie Limitag V5 L780 está disponível em até quatro cabeças total-mente independentes. Esse equipamento possibilita a marcação em alta resolução em qualquer tipo de material através de seu sistema de cura UV.

Salazar SiStemaS de codiFicação. tel.: (11) 4976 2682www.sAlAzARcomPonentes.com.bR

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FoRçAdA

lAnches, iedAde de

consumidoRes

PRoPiciA

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Notas Técnicas

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ção robô Paletizador

O robô paletizador executa sua função 24 horas por dia, formando paletes com a mesma precisão em comparação a paletiza-ção manual. Pode ser instalado na linha existente, ocupando pouco espaço. A alta velocidade do robô permite que a paletização seja desenhada de forma a manejar duas ou mais linhas, dependendo da velocidade. Há modelos com velocidades até 900 / 1300 / 1500 e 1800 ciclos/hora.

sunnYvale coMércio e rePresentação ltda.

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enfardadeira autoMática

A linha Megatok de enfardadeiras está apta a ope-rar nas mais diversas especificações de fardos/produtos. A nova geração tem alta capacidade pro-dutiva com ótimo custo-benefício. O equipamento é de fácil operação e baixo custo operacional. Oferece montagem de fardos de cereais 90 a 130/min.; massa curta de 110/min.; massa longa de 100 a 180/min.; e ração de 70 a 90/min. etc.

TECNOTOK Indústria de Máquinas Ltda.

Tel.: (47) 3274-2700.

Site: www.tecnotok.com.br

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e ática

e-Mail: MarKeting@sunnYvaleYvaleY .coM.br

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envasadora, seladora e datadora

A m-22 Plus líquido envAsA, selA e dAtA AutomAticAmente coPos e Potes PARA águA mineRAl, suco, chá, águA de coco etc., entRe outRos, PARA líquidos e PAstosos. com cAbine de desinFecção de embAlAgem, A máquinA PRoduz 3000 unidAdes/hoRA e executA AutomAticAmente As oPeRAções de AlimentAção de coPo/Pote e selo. RevestidA em Aço inoxidável e totAlmente mecânicA, disPensA comPRessoR de AR PARA tRAbAlhAR; tem geRAção PRóPRiA de vácuo. contA com inteRRuPção AutomáticA do envAse e colocAção de selo nA AusênciA de coPos/Potes. APResentA exAtidão no envAse e dosAgem do PRoduto.

Metalúrgica Milainox ltda.

tel.: (19) 3422-3051.

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50 Editora B2B

índice de anunciantes

2ª capa .... aBRE ....................................................www.abre.org.br

37 ............. BaNaS .............................................. www.pack.com.br

21 ............. ELTROMaT .................................. www.eltromat.de/ipQ

13 ............. GUaÇU EMBaLaGENS ................... www.guacu.com.br

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4ª capa .... IBEMa .............................................www.ibema.com.br

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5 e 50 ...... INSTITUTO DE .................................................................

Errata: No especial “As novas fronteiras da Impressão Digital”, publicada na edição 191 da Revista Pack, a informação do passo de impressão da máquina HP série 20.000 é de 1,10 (43,4”) e não 29” conforme publicado.

49 ............. INTERTEc .................... .......www.intertecequip.com.br

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23 ............. pacKFORM ...............................www.packform.com.br

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31 ............. SILGaN.............................www. silganwhitecap.com.br

.................. EMBaLaGENS ....www.institutodeembalagens.com.br

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