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Page 1: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

A n o 0 1 | n º 0 1 | A B R . 2 0 1 1

O conforto da casa por Marcio Kogan

SulAmérica e IBMParceria sob medida

SustentabilidadeQuem segura o tempo?

NOVA REVISTA

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SulAmérica Previdência. Se aborrecer pra quê?

SulAmérica Previdência.O futuro chega.O aborrecimento não.

O futuro chega rápido para todo mundo, mas pode chegar sem

aborrecimentos a você. É só fazer um plano de previdência da

SulAmérica, que oferece opções de produtos segmentados por perfi l,

com fundos de rentabilidade competitiva e fl exibilidade total. E você

ainda escolhe quanto quer pagar e quando deseja se aposentar.

A SulAmérica trabalha para fazer tudo de um jeito cada vez mais

rápido, claro e fácil. Afi nal, previdência é para evitar que a vida vire um

aborrecimento e não para ser mais um.

Para mais informações sobre os seguros SulAmérica, acesse

sulamerica.com.br ou consulte seu corretor de seguros.

Os planos de previdência da SulAmérica obedecem aos contratos e regulamentos que devem ser lidos previamente à sua contratação. A aprovação dos planos pela Susep não implica incentivo ou recomendação à sua comercialização. De acordo com a legislação vigente, é possível a opção de tributação por alíquotas decrescentes. Sul América Seguros de Pessoas e Previdência S.A. CNPJ: 01.704.513/0010-37.

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3 _Abril 2011

Caro leitor,

É com muita satisfação que apresento a você a ON Line, a nova revista da

SulAmérica Seguros e Previdência. A nossa revista foi totalmente reformulada,

recuperando a linha editorial que deu origem à primeira revista SulAmérica. Já

naquela época, a companhia propunha uma revista moderna, com assuntos de

interesse geral e grande foco em qualidade de vida.

O novo projeto editorial revigora uma revista que sempre foi vanguardista.

Lançada em 1920, com o nome de Revista SulAmérica, a publicação tornou-se

referência no mercado editorial daquela época por trazer reportagens de moda,

comportamento, saúde, literatura, música e arte, e até tirinhas de humor, além,

é claro, de algumas páginas sobre a companhia. A procura foi tão grande que

a revista passou a ser vendida em banca, chegando a ser a maior revista em

circulação no País no ano de 1945, com uma tiragem de 90 mil exemplares.

Ao longo dos anos, a revista passou por algumas transformações, mas, sem

dúvida, esta que você começa a folhear agora é a mais representativa desta

nova fase da companhia. Com estética bonita, moderna e conteúdo muito mais

interessante, leve e variado, a revista ON Line está antenada com os assuntos

do nosso cotidiano e trata de saúde e bem-estar, gastronomia, arquitetura,

automóveis, sustentabilidade, família, negócios e, como não poderia deixar de

ser, também tratamos de seguro, planejamento familiar e proteção financeira

para que você possa curtir a vida sem aborrecimentos. Tenho certeza de que esta

edição proporcionará bons momentos de informação, diversão e relaxamento.

Boa leitura!

Thomaz Cabral de Menezes

EDITORIAL

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8 Abril 2011

12 SOBRE RODASMENOS E MAISCrescem as opções e os protótipos de modelos que emitem menos CO2

20 VIDA SAUDÁVELMARCOS LIMAA rotina de um baiano cheio de energia

24 CASA E ARQUITETURAZONA DE CONFORTOMarcio Kogan abre a casa para a ON Line

32 BRASIL S/ATECNOLOGIA PARA UM PLANETA MAIS INTELIGENTERicardo Pelegrini, presidente da IBM Brasil, em entrevista exclusiva à ON Line

38 FORA DA FIRMANO LITORAL DESTE OCEANO ATLÂNTICOExecutivos dividem o tempo entre o trabalho e o mar

44 SUSTENTABILIDADEUMA SEGURADORA SEGURA O TEMPO?O especialista Walter R. Stahel explica as mudanças climáticas

48 GASTRONOMIAMODERNIDADE COM TECNOLOGIA X RESGATE DA TRADIÇÃOQuando o assunto é comida, o que vale é a qualidade

54 VIDA EM FAMíLIAENCONTROS E DESENCONTROSGerações intensificamconvívio dentro das famílias

Sumário

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9 _Abril 2011

Conselho Editorial

Zeca VieiraDiretor de Marketing Corporativo

Solange GuimarãesSuperintendente de Comunicação Institucional

Daniela CamposGerente de Comunicação Institucional

Sara DalsinAnalista de Comunicação Institucional

FotosPhotocâmeraEdi PereiraCarol Carquejeiro

Projeto Editorial

Rua Artur de Azevedo, 560 - Pinheiros - SP 05404-001 - Tel:. ( 55 11) 2182-9500 www.j3p.com.br

Fábio PereiraDiretor de Criação

Cesar RodriguesDireção de Arte Projeto Gráfi co

Chico VolponiCoordenador de Custom Publishing

Helder L. Tiso e Luciana FagundesRevisão

Osmar Tavares JuniorArte Final

Giuliano PereiraDiretor Responsável

Sergio ZobaranConteúdo

ColaboradoresEduardo ZobaranFrançoise TerzianLéa Maria Aarão ReisVerônica Couto (textos)Paulo Brenta Fernando Frazão (fotos)

PUBLISHING

58 CONTA CORRENTECLASSES C E DImpulsionam tudo! O mercado segurador também

62 PERFILEM CARTAZ, NO PALCO, OS REIS DA MÚSICAMöeller e Botelho emplacam mais um sucesso: Hair

68 CORPORATIVOTEORIA E PRÁTICA JUNTAS!Roberto Marucco e os projetos para estreitar a relação com clientes e corretores

71 HUMORPOR DIOGO SALLESO motorista amigo

Page 10: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Uma vida mais bonita começa com você. Você

pode mudar tudo com pequenos gestos.

Do mesmo jeito que uma nova sala transforma

a casa, um sorriso transforma o dia, um novo

espelho muda o olhar e uma fl or transforma os

sentimentos. Decoração faz a vida mais bonita,

porque de um jeito ou de outro, tudo é decoração.

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Page 11: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Uma vida mais bonita começa com você. Você

pode mudar tudo com pequenos gestos.

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sentimentos. Decoração faz a vida mais bonita,

porque de um jeito ou de outro, tudo é decoração.

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Page 12: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

MENOS E MAIS2011 SoBRE RoDAS:

Crescem as opções e os protótipos de modelos que emitem menos CO2 e ganham mais recursos automáticos de segurança

Sobre Rodas

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Page 14: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

O O 26º Salão Internacional do Automóvel,

realizado em São Paulo, em novembro do

ano passado, reuniu 750.283 visitantes,

e 450 modelos (40% deles, em primeira

mão) de 42 marcas de fabricantes instalados no País e

de importadores oficiais. A edição de 2010 mostrou o

avanço dos projetos baseados no conceito de susten-

tabilidade, com versões híbridas de modelos de suces-

so, como o Porsche Cayenne S Hybrid e o Ford Fusion

Hybrid, entre outros que prometem reduzir a emissão

de gases CO² ou equivalentes. Além disso, aumentou

a presença de modelos estrangeiros, em particular os

chineses, e houve muitos lançamentos de crossovers,

sedãs de luxo e compactos, que ganharam recursos

tecnológicos capazes até de detectar eletronicamente

o pedestre ou estacionar sem ajuda do motorista. Na

opinião do presidente da Reed Exhibitions Alcânta-

ra Machado, uma das principais marcas do mercado

de feiras de negócios, Juan Pablo De Vera, o Salão

Internacional do Automóvel foi o maior evento de

negócios realizado na cidade de São Paulo em 2010,

quando completou 50 anos de existência.

Os visitantes puderam ver novos automóveis hí-

bridos que já circulam em muitos países. O carro hí-

brido é aquele que combina um motor de combustão

interna, normalmente à gasolina, e um motor elétri-

co, alimentado pela energia gerada pela queima do

combustível tradicional. Juntos, conseguem menores

emissões de gases efeito estufa (GEE), da mesma forma

que o uso de pilhas ou baterias a combustível (alimen-

tadas geralmente por hidrogênio, produzido em rea-

ção química obtida por meio de gás natural, metanol,

etc.). O sedã Honda Insight híbrido, exposto no evento

e já à venda no Japão, na Europa e nos Estados Uni-

dos, por exemplo, emite cerca de 101 g/km de CO2 – a

média por veículo, no Brasil, é de 170 g/km. A União

Sobre Rodas

GT by Citroën: uma das máquinas expostas no Salão Internacional de São Paulo

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Europeia fi xou para o mercado europeu o limite de 120 g/km para as

emissões de CO2 até 2012, o que promete aumentar a oferta dos modelos

menos poluentes.

A proposta dos carros elétricos está, ainda, em vários dos produtos con-

ceituais levados ao Salão, protótipos que a indústria prepara para os con-

sumidores do futuro, como o francês GT by Citroën, de visual cibernético

(foto). O carro foi idealizado em parceria com a Polyphony, produtora do

simulador de corrida Gran Turismo 5, para PlayStation3, e, pelo menos

no jogo, consegue emissão zero de GEE. Outro produto conceito, o L1 da

Volkswagen, se diferencia pela leveza (380 kg), com carroceria de plástico

reforçado com fi bra de carbono e estrutura de alumínio. Tem lugar para

apenas dois passageiros, um atrás do outro, meio moto, meio carro. A porta

lateral se levanta como asa de gaivota, mas sua principal característica é

o motor bicilíndrico turbodiesel associado ao motor elétrico, bem econô-

mico: 67,1 km/l de diesel, em média, com emissões de apenas 39 g/km de

CO². A BMW trouxe ao Brasil o MW Vision Effi cient Dynamics, seu híbrido

esportivo para quatro pessoas, que trabalha com um motor 3.0 turbodiesel

de três cilindros e dois motores elétricos, consumindo 26,6 km/l e emi-

“Na opinião do presidente da Reed Exhibitions Alcântara Machado, Juan Pablo De Vera, o Salão Internacional do Automóvel foi o maior evento de negócios realizado na cidade de São Paulo em 2010, quando completou 50 anos de existência”

Juan Pablo De Vera

Versão híbrida da Honda

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tindo 99 g/km de CO². A produção de gases efeito estufa pode

ser ainda menor, de 50 g/km, se o motorista usar só os motores

elétricos. A Toyota mostrou o carro conceito Fine-S, com pilha

ou bateria de combustível (fuel cell), alimentada por hidrogênio.

Outra inovação, o Prius Plug-in é um híbrido da marca capaz de

ser abastecido em tomada normal de 220 Volts.

Mercado aquecidoEntre as outras tendências observadas no Salão, houve maior

participação dos importados. Nada menos do que oito montado-

ras chinesas estiveram presentes: Brilliance, Chana, Chery, Effa

Motors, Hafei, JAC, Jinbei e Lifan Motors. Além das importadoras

SHC e da British Cars, que passaram a importar para o Brasil, em

2010, modelos da Aston Martin; e os da Bugatti e Bentley. O Salão

antecipou modelos que estarão à venda, como o sedã Volkswagen

Jetta, previsto para chegar ao mercado em 2011, quando a Fiat

também deve começar a entregar o Fiat Bravo, estilo hatch.

Novos sedãs de luxo estavam à mostra, como o S60 da Volvo,

com sistema para evitar acidentes, capaz de detectar a presença

de pedestres em frente ao carro. Se o motorista não reagir a tem-

po, o automóvel freia automaticamente. Em velocidades abaixo

de 35 km/h, a frenagem é total. O sedã Hyundai Genesis também

tem oito sensores ultrassônicos e uma câmera na parte de trás

para alertar sobre a proximidade de objetos ao estacionar. Os

automóveis do tipo crossover, uma febre nas ruas de São Paulo,

continuam em alta: o Peugeot 3008 (preparado para consumir

menos); o Mitsubishi ASX (com sistema que trava o carro na

ladeira); o Citroën AirCross (exclusivo para a América do Sul,

com materiais “verdes” no acabamento externo, revestimento

interno e nas peças); o Mini Countryman; o Subaru Impreza XV;

o Korando C. No outro extremo, os carros compactos causaram

sensação, com materiais leves e resistentes, como o L1 da VW,

o Smart, o Minicooper e o Lifan 320. O estande da Chevrolet

lotou, devido ao carro-robô Bumblebee (réplica do personagem

16 Abril 2011

Sobre Rodas

Modelo S60 da Volvo

Page 17: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

SulAmérica:Apoio geral e irrestrito às mulheres ao volante Além da preocupação com a segurança,

a vigência da chamada Lei Seca, que proíbe motoristas de dirigirem após ingestão de bebidas alcoólicas, também provoca aumento na procura pelo serviço Motorista Amigo. Levantamento feito pelo Seguro SulAmérica Auto coloca cariocas, pau-listas e brasilienses no topo da lista das pessoas mais atentas à segurança e que mais utilizam o recurso, em que um motorista leva cliente e veículo para casa em segurança, quando ele não está em condições de dirigir.

O Rio de Janeiro é a região com maior número de chamadas, 44% do total nacional. “O uso cada vez maior desse serviço é sinal de que a população está cada vez mais consciente do seu papel no trânsito e não dirige se não estiver em condições. É uma preocupação com você e com o próximo”, explica Furtado.

O Distrito Federal concentra 28% dos aciona-mentos do serviço Motorista Amigo, seguido pelo Estado de São Paulo, com 10%. Criado há oito anos, o Motorista Amigo está disponível aos clientes que contrataram os planos 3 ou 4 da Assistência 24 Horas e pode ser acionado até quatro vezes, du-rante a vigência do contrato. Para solicitar o servi-ço, o cliente deve ligar para a Assistência 24 Ho-ras. Os telefones constam no cartão do segurado.

Motorista Amigo:Você e seu carro seguros

Duas tendências evidentes no 26º Salão Internacional do Automóvel – o maior interesse das mulheres pelos carros e a preocupação com a segurança no trânsito – têm refl exo direto na SulAmérica Seguros e Previdência. O SulAmérica Auto Mulher, por exemplo, é uma apólice de seguro de automóvel desenvolvida especifi camente para o público feminino. A seguradora também disponibiliza o Motorista Amigo, um serviço que pode ser acionado caso o segurado não esteja em condições de dirigir, levando cliente e seu carro para casa em segurança. As clientes que estiverem so-zinhas ou acompanhadas apenas de mulheres dirigindo após a meia-noite também podem usufruir da companhia do motorista amigo no retorno para casa.

O Auto Mulher foi desenhado com base em pesquisas qualitativas, que apon-taram a segurança como prioridade para o público feminino. A ideia é garantir a elas proteção em quaisquer circunstâncias. Além disso, o apoio para resolver difi -culdades clássicas, como trocar o pneu, também está previsto no Auto Mulher, que envia um profi ssional para isso, quantas vezes a cliente precisar. O mesmo vale para mecânicos, em caso de pane mecânica ou elétrica, sem limite de solicitação. Se o problema não for resolvido no local, um reboque da seguradora levará o carro para a ofi cina. É possível até chamar o guincho para casos de pane seca, quando o veículo para por falta de combustível. Em caso de roubo ou furto do veículo, a SulAmérica destaca um profi ssional para acompanhar a cliente até a delegacia.

Prudentes no trânsito, as mulheres se envolvem menos em acidentes e, quando isso ocorre, causam pequenos danos, cujo conserto muitas vezes custa menos do que o valor da franquia, o que faz com que não acionem o seguro. O Auto Mulher dá opção de contratação da franquia zero, ou seja, caso a segurada bata o carro, o primeiro conserto é por conta da SulAmérica, sem pagamento de franquia, mesmo que o valor do conserto seja menor que o da franquia indicada na apólice.

17 _Abril 2011

Page 18: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

do filme “Transformers”, da Paramount), e pela apresentação do

Camaro, importado para o mercado nacional pela GM. À mostra

no Salão, outros muscle cars, como são chamados os automóveis

com motores de alta performance, foram o SS da Chevrolet, o

Mustang Shelby GT500 da Ford e o Dodge Challenger, da Dod-

ge. No estande do Instituto Ayrton Senna, os apaixonados pela

lembrança do piloto brasileiro, morto em um acidente em 1994,

emocionaram-se com o carro de competição original, exposto

aos visitantes. Também não perderam o game F1 2010, nova ver-

são do jogo oficial da Fórmula 1, no estande da Sony Saraiva.

Havia jogos e todos os tipos de acessórios no Salão, com des-

taque para soluções de segurança. A Associação Brasileira de

Blindagem (Abrablin), em parceria com a Editora Blindar do

Brasil, distribuiu uma versão atualizada do Guia de Blindagem.

Reúne dicas para comprar bem um veículo blindado, tabela de

resistência balística de cada um dos níveis de blindagem, indi-

cação das áreas a serem blindadas no carro, etc.

Do primeiro ao último dia – de 27 de outubro a 7 de novembro

de 2010– , a exposição lotou e provocou longos engarrafamen-

tos por vários bairros, em dias de muito calor. Entre os consu-

midores tradicionais de automóveis, a maior presença das mu-

lheres chamou a atenção. O estande da Volkswagen instalou até

um Espaço Mulher e um Espaço Kids. O Salão Internacional do

Automóvel conta com o patrocínio da Associação Nacional dos

Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), copatrocínio

da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos

Automotores (ABEIVA) e o apoio do Sindicato Nacional da In-

dústria de Componentes para Veículos Automotores (SINDIPE-

ÇAS). É realizado a cada dois anos – o próximo, previsto para

2012, ainda não tem data ou local definidos.

18 Abril 2011

Sobre Rodas

Entre utilitários, carros design e super máquinas, a última versão do Salão do

Automóvel mostrou grande diversidade

Page 19: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Faça o seguro para carros com a menor cotação de aborrecimentos do mercado.

O SulAmérica Auto oferece a agilidade e transparência que você

precisa para evitar aborrecimentos. Possui vantagens como:

serviço Motorista Amigo para levar você e o seu carro para casa

com toda segurança, caso não esteja em condições de dirigir;

carro-reserva por tempo ilimitado¹; Centro Automotivo de Super

Atendimento – em caso de acidente, é só deixar o carro que

a gente resolve tudo – e muito mais. E ainda oferece seguros

exclusivos para mulheres, carro zero km e caminhões. Por isso,

faça um SulAmérica Auto.

Conheça as condições de uso de cada serviço, garantia ou benefício em sulamerica.com.br. ¹ Disponível quando contratado o Plano 4 de Assistência 24 Horas. Os seguros SulAmérica obedecem às condições gerais que devem ser lidas previamente à sua contratação. Cód. SUSEP RG/VD: 15414.001772/2004-14. CNPJ: 33.041.062/0001-09. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização.

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Page 20: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Quando Marcos Lima, corretor de seguros e presidente da OCS,

Odebrecht Administradora e Corretora de Seguros, relembra a

experiência de percorrer o Caminho de Santiago, uma das mais

importantes da sua vida, constata: “Como experiência mística, diria que tive

muitos ensinamentos. Limpei meus ‘cristais’ e pude ver como carregamos

coisas inúteis pela nossa vida. E esvaziar a mochila, além de fisicamente

correto, é importante para a mente”. Vamos acompanhar a rotina saudável

deste baiano cheio de energia, em seu depoimento à revista ON Line – e,

depois, conferir o que dizem dela dois grandes profissionais da medicina,

uma terapeuta corporal e um nutrólogo, sobre seus hábitos. E que qualquer

um de nós poderia adotar.

Morador de Salvador, com 67 anos de idade, 64 quilos e 1,64 m de

altura, Marcos não é um sedentário. Ao contrário. Casado há 42 anos, dois

filhos e dois netos, o executivo é dinâmico: “Corro 10 km seis vezes por

semana. Musculação, durante meia hora, três vezes por semana. Nado, pelo

menos, uma vez por semana, entre 10 e 20 minutos”. Isto quando não está

se preparando para as maratonas das quais gosta de participar. Então, o

ritmo de Marcos é outro: deep running uma vez por semana e corridas de

até 21 km. Ele levanta às 5h30, calça seu par de tênis, coloca protetor solar

50 e corre durante uma hora e meia (quando não está correndo não deixa

de usar protetor, o número 30). Nos fins de semana chega a mais de duas

horas. Antes, come uma banana com mel e um pouco de leite Ninho. Na

volta, faz um lanchinho. E quando chove? “Não faz diferença. Se a chuva é

fina, correr é até mais gostoso”, Marcos Lima garante, filosofando: “Correr é

parte da minha rotina, da minha vida. Acredito que precisamos colocar vida

na nossa vida. Correr me deixa vivo”.

MARCOS LIMA: A ROTINA DE UM BAIANO CHEIO DE ENERGIAA ON Line traz para você um exemplo de vida saudável. Siga os passos do executivo que tem como lema: “Colocar vida em minha vida”

“Correr é parte da minha rotina, da minha

vida. Acredito que precisamos colocar vida

na nossa vida. Correr me deixa vivo”

Marcos Lima é corretor de seguros e presidente da OCS

20 Abril 2011

Vida Saudável

Page 21: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

A alimentação de Lima também é exemplar: “De manhã, como

cereais com iogurte, mel e banana. No almoço ou no jantar, às vezes,

como massa – gosto muito. E pelo menos duas vezes por semana, sushi

ou bacalhau”. Também gosta de comer tomates durante as refeições

principais. Não come muitos legumes. “Mas tomo, todos os dias, Sun

Chlorella”. No seu cardápio, batatas e chocolate, mas só duas vezes

na semana. Quando está viajando e não é possível comer frutas –

três maçãs, no lanche noturno, três vezes por semana – lança mão

de vitaminas que, assim como os sucos, podem ser adoçados com

mel. Marcos não usa açúcar e toma produtos receitados pelo médico

ortomolecular. Raramente bebe refrigerante – toma água ou suco:

cerca de 1,5 litro de líquidos por dia.

Café, Marcos? O famoso cafezinho? “Não tomo café”, diz ele. Apenas

chá verde – de cinco a oito xícaras diariamente, mesmo no escritório onde

trabalha cerca de dez a onze horas. E o estresse? Como o administra?

“Com a corrida e um bom banho quente antes de dormir.” Dormir para

ele signifi ca seis horas de um bom sono. É a cota que o seu físico precisa.

Fora a sesta de menos de dez minutos nos dias de trabalho. Hábitos

ruins, Marcos não tem. Nunca foi fumante. Bebe vinho, socialmente,

em jantares de negócios, cerca de três vezes por semana. Nos fi ns de

semana, gosta de tomar umas duas taças. Frequenta o cardiologista pelo

menos uma vez por ano, quando está em treinamento forte – a sua

respiração é tida pelos médicos como excelente. Só podia ser.

A importância da prevençãoO Saúde Ativa é composto por um conjunto de programas

focados na gestão da saúde dos clientes do Seguro Saúde da SulAmérica e abrange desde promoção à saúde, com a identifi cação e a redução de fatores de risco através do estímulo para a adoção de hábitos saudáveis, até o gerenciamento de casos complexos, passando pela gestão de doenças. O programa faz, inicialmente, o levantamento do perfi l de risco do indivíduo para o desenvolvimento de doenças específi cas, utilizando como base um questionário, além de coletar exames de colesterol total, glicemia e medição da pressão arterial, peso e altura. Com estes dados é feita a análise de risco e o participante recebe o seu relatório com orientações específi cas de acordo com o resultado encontrado. A empresa recebe os dados estatísticos do grupo, auxiliando no desenvolvimento de ações em promoção da saúde no ambiente de trabalho, como alimentação saudável, administração do estresse, atividade física e combate ao tabagismo. Os segurados que já têm doença crônica, como diabetes e doenças cardiovasculares, podem participar do Programa de Orientação à Saúde, no qual receberão orientação eacompanhamento, por parte de equipe multidisciplinar, com a fi nalidade de evitar as complicações destas doenças.

21 _Abril 2011

Page 22: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Atualmente Marcos Lima está fazendo fi sioterapia por causa de uma lesão no joelho. E seus

hobbies são ler e assistir ao seriado de TV Law and Order. Mas é quando volta a comentar

a experiência de caminhada na Espanha que ele reforça a lembrança de um grande bem-

estar: “Foi fantástico. A primeira semana foi difícil: senti dores no tornozelo que esfregava na

bota, a mochila era pesada e havia a preocupação de onde dormir. A segunda semana foi um

pouco melhor – mas caminhei bastante sozinho, às vezes durante 20 km sem ver ninguém, e

preocupado em achar os sinais para saber se estava certo ou não. Na terceira semana o corpo

já estava aceitando as durezas do caminho, com muitas subidas e descidas, e controlando a

ansiedade quanto ao local para dormir, comer e tomar banho. Então foi sublime: o caminho era

de terra batida e bem arborizado, as hospedagens boas, havia bons restaurantes e muita gente

caminhando. A chegada a Santiago é indescritível: chorei, e chorei novamente quando visitei a

Catedral. Sinto, até hoje, o que o Caminho está produzindo em mim: é um sentimento de paz e

alegria profundas, e muita refl exão do que estou fazendo – o que deveria fazer melhor e o que

não estou fazendo e deveria estar. Já a experiência física, no começo, foi sofrida. Depois, o corpo

foi se adaptando e a mente também, fi nalizando com um estado geral muito bom”.

“Corro 10 km seis vezes por semana.

Musculação, durante meia

hora, três vezes por semana”

Marcos cumprindo mais um de seus desafi os

22 Abril 2011

Vida Saudável

Page 23: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Saladas, frutas e peixesPor João Curvo / Nutrólogo

Marcos, parabéns pelo desempenho em que se encontra. Sugiro que coma, diariamente, um prato fundo de vegetais crus folhosos (alface, agrião, acelga, rúcula e radicchio) com cenoura ou beterraba raladas, temperados com limão e azeite extravirgem. Este prato acrescenta à alimentação o ácido fólico que protege o aparelho cardiovascular, evita a formação de trom-bos e, consequentemente, infartos e tromboses. Pode também acrescentar na salada (ou comer à parte) duas castanhas do Pará, que são fontes de selênio e vitamina E, de proprieda-des antioxidantes. Germe de trigo, aveia, amaranto e grano-la são alimentos benéficos que, junto a uma fruta, combinam bem e dão energia saudável, nutritiva. Pode compor o café da manhã ou um lanche intermediário. As frutas frescas da estação ou suco dessas frutas são importantes fontes de antioxidantes sob a forma de vitaminas e pigmentos antioxidantes. Retardar ou contrapor-se às oxidações que aumentam com a idade e com a prática de atividade física mais intensa (como ocorre nas cor-ridas e provas de maratona) faz parte do tratamento anti aging que visa desacelerar o processo de envelhecimento. Molho de tomate, suco de tomate, goiaba e melancia são fontes de lico-peno, especialmente bom para os homens, como antioxidante preventivo do câncer de próstata. Não se esqueça de aumentar a frequência da ingestão de peixes – sardinha, truta, salmão, tilápia, congro, badejo – cozidos, assados ou grelhados. São ricos em ômega 3, que possui ação anti-inflamatória e protetora das artérias e do coração.

Perseverança e DisciplinaPor Cleuza Cantarelli / Terapeuta Corporal

Marcos, parabéns, realmente são poucas as pessoas com a sua idade que têm esse ânimo, essa perseverança e disciplina. Você tem uma endurance natural, e isso é seu, encontrou um caminho aliando o cuidado ao prazer. Para a sua constituição, até agora foi muito importante este trajeto de atleta e, como você diz, “ele devolve a sensação de estar mais vivo”. Sabemos que um corpo fortalecido nos enraíza e nos torna mais presentes e dispostos. Mas seu corpo nos dá pistas e, sobretudo, muitos questionamentos – por exem-plo, o joelho que, numa visão terapêutica, tem a ver com a forma como nos articulamos com o mundo e com o outro. Ele nos fala para você caminhar ao invés de correr. Parece que este seja um novo ciclo em sua vida: parar para rever os percursos, a intensidade, a carga e, até mesmo, seus pró-prios objetivos daqui para frente. Isto pode ser de grande valia neste momento de sua vida – seus belos 67 anos. Um trabalho terapêutico que o ajude a sentir o corpo a partir da estruturação óssea, equilibrando as tensões através da circulação, com movimentos menos lineares e mais espira-lados (dança, gyrotonic, cadeia musculares, entre outros), e que trabalhe a pele a partir do toque. Assim, construa o gesto sob um enfoque mais integrado; isto pode aumentar significativamente a presença viva do corpo, a consciência dele estar centrado para a consciência de uma conexão mais profunda e harmônica.

Veja as dicas dos especialistas

23 _Abril 2011

Page 24: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Casa e Arquitetura

Page 25: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

DE ConFoRToZONA

Arquiteto Marcio Kogan abre a casa com exclusividade para a ON Line, mostra suas coleções e como vive na intimidade, em São Paulo

POR SERGIO ZOBARAN | FOTOS PAULO BRENTA

O pé-direito com respiro na área da escada, e o ‘vale-tudo’ no apartamento: o livro sobre a mesa de Guto Lacaz, a escultura art nouveau, o chapéu Paramá e muito mais. Nesta pág., a varanda com o quase-cubo de Frank Gehry e a cadeira de Patricia Urquiola

Page 26: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

edifício de linhas retas dos

anos 1970, de tijolinho à vista e concreto aparente im-

pecáveis, localizado em rua sossegada do Itaim Bibi,

em São Paulo, entrega o bom gosto e a pureza de for-

mas desde o térreo, com uma tela do argentino León

Ferrari na portaria, e lajotas no chão. Mãos e olhar

preciosos, do todo ao detalhe, do arquiteto Marcio Ko-

gan – também morador de uma das duas coberturas

–, que o projetou antes de mais nada, há 32 anos, e

ali vive há 27 com a mulher Raquel, artista plástica

(o filho e também arquiteto Gabriel, 26, está morando

sozinho). Com 240 m² e pé-direito surpreendentemen-

te baixo, com “respiro” na área da escada que leva ao

segundo andar, varanda aberta com deck de madeira

no primeiro piso e terraço cheio de plantas lá em cima,

o imóvel se abre de uma vez, através da porta larga

de madeira para um ambiente em branco sujo, recém-

pintado, com piso de tacos, os mesmos que se vê ainda

em suas obras recentes. O prédio é o único de autoria

de Marcio, filho de construtor graduado como enge-

nheiro-arquiteto, do tempo em que as duas profissões

eram uma só. E ele se orgulha muito da obra do pai

que perdeu ainda criança. Entre os arranha-céus que

Aron Kogan ergueu na capital paulista, o emblemático

São Vito, hoje sendo destruído (“uma solução incrível

de habitação popular, gosto da fórmula”, como diz o

filho), e o Mirante do Vale, o arranha-céu de 51 an-

dares concluído em 1960, o mais alto do Brasil desde

então. “A minha não é uma casa absoluta, é algo de

proporção”, diz o elegante Marcio sobre seu refúgio –

que parece feito sob medida mesmo –, vestido em suas

roupas sempre pretas, mesmo no verão. A discrição

dele combina com a dos móveis de design europeu e

americano. E contrasta com alguns outros destaques

do apartamento: o piano de cauda preto logo à entra-

da (é Marcio quem ali toca alguns clássicos e também

O

26 Abril 2011

Casa e Arquitetura

Page 27: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

populares), as cadeiras Tropicália de plástico ultraco-

lorido, da espanhola Patricia Urquiola, na varanda, os

cubos de papelão do canadense naturalizado america-

no Frank Gehry, um sem-número de coleções absolu-

tamente fascinantes para qualquer tipo de gosto – tem

para todos. E o agrupamento de rascunhos, rabiscos e

escritos em uma só parede, a da sala de jantar inte-

grada, com pequenas obras – de Pablo Picasso, Juan

Mirò, Jean-Paul Sartre, dos cineastas Jacques Tati e

Federico Fellini, Jean Cocteau, Woody Allen ou Or-

son Welles, de Vinicius de Moraes, Santos Dumont,

Ary Barroso, do quadrinista Quino. Todas compradas

em leilões da internet em tempo real, uma diversão

que aprendeu a compartilhar com o filho, ou que ad-

quire em viagens. Assim como a coleção de objetos

redondos – dos mais ordinários aos mais valiosos e/

ou curiosos, como o sestércio romano, ou uma bola do

jogador de basquete Michael Jordan, e por isso mesmo

valiosa –, objetos de arte ou não, sobre a mesa-bar de

aço inoxidável. “Gosto de cacarecos”, Marcio vai logo

avisando. Por “cacarecos” entenda-se, por exemplo, a

compra mais recente: engraçados Budas dourados ad-

quiridos por diversão no bairro japonês da Liberdade,

em São Paulo. Ou patinhos de borracha de cores diver-

sas, ou carrinhos em miniatura, ou cadeirinhas idem

– mas estas ficam em sua maioria no escritório do

arquiteto nos Jardins. Ou um pedaço do muro de Ber-

lim e outro pequenino do Coliseu de Roma. Cacarecos

que lhe são caros ou muito baratos, sem problema al-

gum. Vulgares? Na casa dele, nunca. Não conseguem

ser ou ficar assim. Pois estão valorizados, montados

sobre bases sólidas, em móveis de excelente design,

com cara de casa de arquiteto mesmo, em sua rigidez

de formas que tentam se descontrair justamente na

informalidade do uso, do dia a dia da pequena família.

27 _Abril 2011

Dois dos muitos carrinhos de Kogan, que é fã de cacarecos, além da vasta coleção de patinhos. Em cima do piano, objetos de todos os tipos dão o charme

Page 28: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

A mesa de jantar em madeira é de autoria dele, com seus quatro pés retos de ferro oxidado,

no desenho mais simples possível, o clássico, apenas “a mesa”, como num esboço infantil.

As cadeiras são da poderosa fábrica de móveis Vitra, alemã, e os dois sofás iguais em chenile

marrom são italianos. Peças pontuais de arte contemporânea enchem os olhos na casa que

parece equilibrada, sem grandes privilégios para a dona da casa-artista, que ali está de forma

destacada na parede, em seu lugar, sem excessos. Mas, às vezes, a simples colocação de uma

dessas artes pode até agredir olhos e humores mais sensíveis. Na parede atrás do bar, com

pendentes de Ingo Maurer, por exemplo, a cruz formada pela trilogia de pop dolls do sulco-

reano Sang, em plástico, é um contraponto em casa de judeus com mezuzah, símbolo da fé

judaica, à porta de entrada. A intenção não tem nada de religiosa ou sacrílega. Há que lembrar

o nonsense que permeia o trabalho de Kogan, que escapou de ser cineasta profissional depois

de um longa-metragem que retardou o início de sua carreira na prancheta.

Mas o ex-futuro cineasta profissional parou por aí, e o escritório de arquitetura dele, aos 20

anos, vai de vento em popa, pequeno e intenso, dedicado mais a residências e, infelizmente,

não a prédios como esse que habita. O que ele apreciaria – e muita gente também. Para quem,

como Marcio, mesmo em tempos de dieta, gosta de uma boa comida – não só para apreciá-la,

mas também para fazê-la –, a cozinha, em parte, aberta para a sala, dá certa praticidade.

28 Abril 2011

Casa e Arquitetura

Acima, a estante repleta de bonecos de extraterrestres.

Na pág. ao lado, o arquiteto Marcio Kogan em sua

cobertura duplex

Page 29: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Marcio Kogan

Page 30: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Casa e Arquitetura

Acima, destaque para biblioteca – arte, fi lmes e livrosse misturam. Na pag. à direita o espremedor de Philippe Starck e os pendentes de Ingo Maurer no bar. Embaixo,os esboços de famosos na parede da sala de jantar.

Page 31: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Para quem aprecia o bom design como mote de vida, outras

atrações lá estão: a luminária do Noguchi, em papel; a luminária

Mooi, em madeira ao lado da poltrona; nas paredes, as monotipias

de Mira Schendel, os desenhos de Georgia Villela, que ele adora,

assim como os de León Ferrari, bem como telas suas, esculturas

de parede e de mesa de Guto Lacaz. Na biblioteca-escritório do

segundo piso, o reinado é de livros, naturalmente, nas estantes

a toda volta, e da TV. E ali, ele assiste a filmes quando chega em

casa, atirado num dos sofás, quando não tem aulas a dar na esco-

la de arquitetura da cidade. Lá fora, o jardim é de plantas, todas

misturadas, mas no interior o orgulho maior é um trabalho pop

de Andy Warhol, comprado há 35 anos numa viagem à Europa da

qual voltou sem lenço nem documento, e cujo encerramento an-

tecipou por falta de dinheiro – mas, com o que importa: o Warhol

debaixo do braço. Perguntamos se não tem vontade de construir

para si algo semelhante aos projetos poderosos que faz para os

clientes, mas a resposta é rápida: “Não gosto muito de fazer as coi-

sas para mim”. O apartamento reflete, sem dúvida, este estado de

espírito tranquilo e simples. Enquanto isso, desenha móveis para

De La Espada, empresa anglo-portuguesa voltada para mobiliário

high end, e objetos para a belga When Objects Work, que produz

desenhos dos mais famosos arquitetos do mundo, em linhas bási-

cas. Nada mais sofisticado. •Veja os projetos de Marcio Kogan : www.marciokogan.com.br

Assistência 24 horas para sua residênciaSe você leu até aqui, é porque gosta de arquitetura, decoração e casa. Então não pode deixar de usufruir das vantagens do seguro residencial da SulAmérica para proteger sua casa e sua família, seja de eventos como incêndio, explosão, queda de raios, tumultos como de possíveis contratempos que você pode encontrar no seu dia a dia. O SulAmérica Residencial oferece, além de várias opções de coberturas adcionais, um plano de Assistência 24 Horas que disponibiliza serviços diferenciados de acordo com o plano contratado. Vidraceiro, limpeza, desentupimento são opções inclusas na contratação mais básica, que pode ser incrementada através da contratação do plano especial com serviços de conserto de *eletrodomésti-cos, chaveiro e encanador. Quer mais informações sobre o produto? Acesse o site da SulAmérica (www.sulamerica.com.br).* Serviço restrito a algumas cidades.

31 _Abril 2011

Page 32: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

D urante um século, o mundo aprendeu a chamar a IBM, gigante americana de soluções

e serviços de tecnologia, de Big Blue – o azul dá cor ao seu logo. Com faturamento

global de US$ 95,8 bilhões em 2009, um batalhão de 400 mil funcionários e um

pacote de ativos equivalente a US$ 109 bilhões, a IBM vive uma transformação

infl uenciada pelo Brasil: o País está entre os 10 maiores faturamentos da companhia, que hoje

está presente em mais de 170 países. E a receita nos chamados mercados emergentes deverá

chegar a 25% nos próximos anos ante os 15% registrados em 2005.

Vital para o bilionário grupo, a operação brasileira é a mais importante de toda a Amé-

rica Latina. No seu comando está Ricardo Pelegrini, 46 anos, funcionário desde 1987

e líder aberto a diálogos. Antes de assumir a presidência da IBM Brasil, ele foi gerente-

geral de serviços da companhia na Itália e vice-presidente do setor de serviços fi nancei-

ros da IBM AL. Como líder, reúne diversas vitórias e a mais recente foi levar o Brasil a

conquistar o nono laboratório de pesquisa da empresa. Há mais de 12 anos um novo labo-

ratório não era aberto e o País disputou com diversas outras nações dentro da própria IBM a

escolha do local. Abaixo, os principais trechos da entrevista concedida por Pelegrini.

Em entrevista exclusiva à ON Line, o presidente da IBM Brasil, Ricardo Pelegrini, fala sobre perspectivas e projetos da empresa no País. Parceira da SulAmérica no processo de Outsourcing, que consiste na terceirização dos processos operacionais da companhia, a

empresa enxerga grandes oportunidades no mercado segurador brasileiro

TECNOLOGIA PARA UM PLANETA MAIS INTELIGENTE

32 Abril 2011

Brasil S/A

Page 33: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Ricardo Pelegrini

Page 34: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

A IBM aterrissou no Brasil em 1917. Quais eram os objetivos na época, e quais são eles hoje?Foi no Brasil que a IBM estabeleceu sua primeira subsidiária fora dos EUA. Globalmente,

a companhia completa 100 anos em 2011. Neste período, foram desenvolvidas inúmeras

inovações e a empresa vem promovendo o uso da tecnologia em benefício das empresas e

da sociedade, com o objetivo de construir um planeta mais inteligente. Na época, a vinda ao

Brasil foi motivada para fornecer a tecnologia que embasaria o Censo populacional de 1920.

De lá para cá, tudo mudou na tecnologia e na gestão de negócios. O Brasil é, sem dúvida, o

maior e mais importante mercado da América Latina.

Quando a IBM desembarcou aqui, o Brasil era visto como oportunidade. Hoje, é a bola da vez. Qual a relevância do País para a matriz?

O Brasil já representava, há 93 anos, um enorme potencial de crescimento para a IBM.

Hoje, com economia e situação política estáveis, redução das desigualdades e crescimento

do poder aquisitivo da população, o Brasil é ainda mais estratégico. O País já está entre os

10 que mais faturam no mundo, o que é bastante representativo, uma vez que a IBM está

presente em mais 170 países. Com seu modelo de atuação globalmente integrado e focado

em serviços e soluções, a IBM tem crescido e mantido seu sucesso em todo o mundo, espe-

cialmente nos países emergentes, entre os quais o Brasil se destaca.

“O Brasil é, sem dúvida, o maior e mais importante

mercado da América Latina”

O edifício emblemático da IBM com sua arquitetura marcante

34 Abril 2011

Brasil S/A

Page 35: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

O Brasil pode vir a se tornar um dos maiores merca-dos para a IBM no mundo?

A IBM Brasil continua tendo crescimento sólido e con-

sistente. Enquanto o cenário econômico global se re-

traiu, a receita da IBM cresceu nos mercados emergentes

oito pontos acima do que nos países maduros. A receita

da organização nos chamados growth markets (merca-

dos em crescimento) representou 19% da receita da IBM

em 2009. Se os países em desenvolvimento continua-

rem crescendo no atual ritmo, a receita da IBM em growth

markets, do qual o Brasil faz parte, representará 25% do

total da receita global. Em 2005, a receita provenien-

te desta área representava apenas 15%. As oportunida-

des são vastas, já que as economias em desenvolvimento

estão apenas começando a construir a sua infraestrutura.

Quais são os maiores potenciais do Brasil hoje para a IBM, do ponto de vista geográfi co e, também, de aplica-ções pouco exploradas?

O Brasil está enfrentando alguns dos mais árduos desa-

fi os que acompanham uma taxa alta de crescimento: cidades

densamente povoadas; necessidade crescente de energia; e

congestionamentos que afetam tanto o deslocamento como a

qualidade de vida. As complexas infraestruturas necessárias

para viabilizar o fornecimento de água e energia, a distribui-

ção de alimentos e o transporte estão sendo sobrecarregados.

A população da cidade de São Paulo já passou de 10 milhões;

o Rio de Janeiro já tem mais de seis milhões de habitantes.

Quando áreas urbanas atingem esse tamanho, os benefícios

usuais de economias de escala diminuem, os impactos no meio

ambiente aumentam e a qualidade de vida pode cair.

Para as cidades sustentarem seu crescimento, precisam

crescer de forma inteligente. A infraestrutura que su-

porta serviços vitais, como transporte, saúde, educação,

segurança pública, energia e água, precisa responder ade-

quadamente às necessidades da população em expansão.

Na avaliação da IBM, a tecnologia é uma ferramenta

em constante evolução que pode ajudar a modernizar

infraestruturas e criar cidades mais inteligentes, ca-

pazes de se adaptar tanto a períodos de crescimento

quanto de contração. Alguns exemplos: em Nova Ior-

que, os índices de criminalidade tiveram uma redução

de 27% com o uso de soluções de análise de infor-

mação em tempo real. A polícia polonesa aumentou as

taxas de apreensão em 66% depois que passou a ter

acesso remoto à base de dados da União Europeia. E,

em qualquer cidade, redes informatizadas são capazes

de gerenciar automaticamente a distribuição de ele-

tricidade e reduzir o pico de demanda de energia em

15%. Assim, entendemos que a aplicação de tecnolo-

gia é a grande área de oportunidade na construção de

um planeta mais inteligente.

“Se os países em desenvolvimento continuarem crescendo no atual ritmo, a receita da IBM em growth markets, do qual o Brasil faz parte, representará 25% do total da receita global”

35 _Abril 2011

Page 36: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

“O estímulo à inovação e à liderança na IBM é determinante para a carreira dos funcionários”

Brasil S/A

Page 37: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Como a empresa enxerga o capital humano?Para a IBM, o principal ativo de nosso portfólio são as pessoas

– ou os “IBMistas” –, como nós chamamos internamente. São os

funcionários da companhia que de fato transformam o nosso

negócio em realidade e traduzem o nosso espírito para o mercado.

Um diferencial da nossa equipe, que sempre gosto de destacar,

é o que chamo de “brilho nos olhos”. Qualquer pessoa, indepen-

dentemente de sua origem ou formação, tem condições de trilhar

uma carreira de sucesso na IBM. O fator mais importante para este

sucesso é a motivação e a vontade de fazer acontecer. A IBM

está constantemente investindo na capacitação de sua equipe.

No Brasil atual, é raríssimo ver funcionários que ultrapas-sam uma década de empresa. E na IBM há muitos funcio-nários considerados “prata da casa”. Como conseguem esta façanha no competitivo mundo da tecnologia?

Acredito que o estímulo à inovação e à liderança da IBM

tem sido um fator determinante para que tantos funcionários

adotem a companhia para nela passarem grande parte de suas

carreiras. Além disso, a IBM soube se adaptar às mudanças de

mercado e se modernizar, o que gerou para cada funcionário a

oportunidade de se manter atualizado com as novidades mes-

mo permanecendo na companhia. É outro fator fundamental a

oportunidade que os funcionários têm de mudar de área dentro

da própria empresa. Aqui é possível passar por várias posições,

dentro de áreas distintas, o que praticamente possibilita uma

carreira diferente a cada novo desafio.

Como gestor, quais valores defende no dia a dia da compa-nhia e entre seus funcionários?

A IBM tem uma série de valores adotados por todos os “IB-

Mistas”, e sigo cada um deles na minha gestão, como dedicação

ao sucesso de cada cliente, inovação e confiança, e responsabi-

lidade em todos os relacionamentos. Nossos valores permeiam

tudo o que fazemos, toda decisão que tomamos em relação aos

interesses da empresa. Guiar-nos por esses valores nos ajuda a

tomar decisões e faz nossa companhia crescer. Mas a real influ-

ência ocorre quando aplicamos esses valores no nosso trabalho

pessoal e em nossas interações pessoais e com a sociedade.

IBM e SulAméricaSob medida: tecnologia para seguros

A IBM Brasil assumiu os processos operacionais da uni-dade de negócios de Seguros de Pessoas e Previdência da SulAmérica e ficou responsável pelas atividades de back office da unidade, o que inclui processos para emissão de apólices, manutenção de cadastros, gestão de documentos, regulação de sinistros e pagamento de resgates. A parceria inclui tam-bém a terceirização da infraestrutura de tecnologia da infor-mação, manutenção de sistemas e a construção de um centro de serviços. A criação desse sistema fortalece as metas de qualidade da seguradora, assegurando, ainda, flexibilidade no desenvolvimento de produtos.

Como é presidir uma multinacional em um mercado em ebulição?

A IBM tem investido cada vez mais no Brasil, hoje numa po-

sição diferenciada se comparado a outras economias. O País já

enfrentou sérias crises econômicas. A global mais recente foi

muito impactante, mas o Brasil está num momento diferente do

passado, o que tem nos ajudado a enfrentar melhor os obstá-

culos. Hoje, temos um alto nível de reservas cambiais, inflação

controlada, um Banco Central atuando com ações anticíclicas

e um mercado doméstico mais robusto e maduro. É fato que

houve um impacto no crescimento do PIB e alguns segmen-

tos sentiram mais do que outros. Contudo, no mercado de TI,

encaramos a crise como oportunidade, uma vez que a tecnolo-

gia ajuda as empresas a ganharem eficiência, a cortar custos, a

repensar seu modelo de negócio e até a entrar em novos seg-

mentos que surgem em função da nova conjuntura de merca-

do. Encaramos momentos de incertezas e turbulência financeira

como oportunidades. O Brasil também tem uma atuação muito

forte na exportação de serviços de tecnologia. Somente a IBM

é responsável por mais de 30% do volume total exportado pelo

País no segmento.

37 _Abril 2011

Page 38: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Fora da Firma

Page 39: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Carlos Alexandre Guimarães e Anibal Abreu são os dois primeiros personagens da nova seção

Fora da Firma da ON Line. Um é diretor da SulAmérica, o outro, corretor de seguros, parceiro

da companhia há 15 anos. Em comum, além da relação com a seguradora, a amizade e a longa

e duradoura paixão pelo mar. O mesmo litoral do Oceano Atlântico, onde o primeiro surfa, em

Itacoatiara, Niterói - RJ, e o segundo faz pesca oceânica, em Vitória, ES. Enquanto Anibal tem uma

corretora de benefícios, a Unimar, e aprecia a solidez, a longevidade e os valores da SulAmérica,

Carlos Alexandre, o Calex, é diretor de vendas da SulAmérica no Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Os dois conciliam trabalho e prazer, e dão seus depoimentos.

Executivos dividem o tempo entre o trabalho e o mar

NO LITORAL DESTE

OCEANO ATLÂNTICO

Page 40: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

40 Abril 2011

Fora da Firma

Descalços. Assim fi cam os pés de Carlos Alexandre Bal-

daque Guimarães nos fi ns de semana. Em Itacoatiara, área

residencial com ambiente mais preservado na região Oceâ-

nica de Niterói, o diretor de vendas da SulAmérica no Rio de

Janeiro e Espírito Santo aproveita a folga para relaxar e re-

carregar as energias – de preferência no mar, a três minutos

de bicicleta ou skate da sua casa. Há quarenta anos, quando

Alexandre Baldaque, pai de Carlos Alexandre, se mudou de

Copacabana para uma residência em frente à praia nesse

município vizinho do Rio de Janeiro, o bairro - que hoje

ostenta centenas de casas, tinha poucas construções. Mas foi

outra aquisição que mudaria de vez o rumo do fi lho de então

oito anos. “Viemos em 1971 e, dois anos depois, meu pai

me deu a primeira prancha de surfe, em fi bra de vidro, com

2,17m! Aqui era mato por toda parte e a praia virou a prin-

cipal diversão”, conta o executivo num sábado ensolarado

in loco. Com ela, começou a criar forte vínculo com os vizi-

nhos, boa parte praticante do esporte. Do Pampo ao Costão,

passando pelo Meio, como os frequentadores da praia classi-

fi cam as áreas da praia de Itacoatiara, ele é cumprimentado.

Todos querem saber como vai o trabalho, como andam a

família e os fi lhos – são três: Pedro Henrique; de 20 anos,

João, 16; Carol, 14 – e, é claro, conversar sobre o Fluminen-

se, pois Calex, como é mais conhecido na empresa, é tricolor

fanático. Mas, na hora de praticar para valer um esporte,

a escolha foi óbvia. No tempo em que comprar qualquer

acessório de surfe era um desafi o, as pranchas foram sendo

trocadas à medida que os cutbacks e as rasgadas se torna-

vam mais frequentes. No início dos anos 1980, antes dos 20,

conseguiu o primeiro emprego: surfi sta. “Eu era profi ssional.

Profi ssional mesmo!”, enfatiza. “A marca Redley me pagava

para passar o dia na praia só pegando onda. Fui o primeiro

surfi sta a ter um contrato profi ssional em Niterói”.

Com o emprego dos sonhos, Carlos Alexandre criou nome

no esporte e ganhou seis títulos niteroienses consecutivos,

além de alguns estaduais e nacionais. E fez suas primeiras

surf trips: esteve no Sul, foi ao Peru e ao Havaí. No álbum

surrado por mais de 25 anos de gaveta, mostra fotos de

manobras sobre as ondas enquanto relembra momentos pi-

torescos das viagens.

E se garante: “Estou preparado para qualquer tamanho de

onda; sempre fui de mar grande”, afi rma Carlos Alexandre,

PAPO DE SURFISTACarlos Alexandre Guimarães tem dois apelidos: Calex, na SulAmérica, na qual é diretor; e Japão, na praia de Itacoatiara, RJ, onde é veterano do surfe

Page 41: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

“Estou preparado para qualquer tamanhode onda; semprefui de mar grande”

41 _Abril 2011

do alto de seus 1,87m. “Dizem que quem surfa em Itacoatiara surfa em

qualquer lugar do mundo.” Se, na SulAmérica, o nome Carlos Alexandre

foi reduzido a Calex, com os amigos esportistas o apelido é diferente. Dos

olhos puxados veio o apelido Japão. Nos campeonatos que disputou,

a organização nem se dava ao trabalho de citar nome ou sobrenome:

Calex era Japão. Desde os tempos das esticadas até Jacarepaguá, na

zona Oeste do Rio, onde ia discutir os rumos do surfe no País, em reu-

niões que desaguaram na primeira associação de praticantes do esporte

no Brasil, a Organização dos Surfi stas Profi ssionais, da qual é um dos

fundadores. Mas sempre fugindo do estereótipo “surfi sta”: “Nunca tive

cabelo comprido, nem fui doidão ou usei drogas”.

Em 1982, os caminhos de Carlos Alexandre começaram a mudar.

Antes, a intensidade com que vivia o surfe chegou a atrapalhar os es-

tudos, mas passou no vestibular para Arquitetura na Universidade Fe-

deral do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Governador, “o que acabou

atrapalhando o surfe – aos poucos fui relaxando com o esporte”. De sua

prancheta nasceu o único projeto residencial desse profi ssional, que

chegou a trabalhar no escritório de arquitetura do ex-prefeito do Rio,

Luiz Paulo Conde. A casa, é claro, fi ca em Itacoatiara, e foi para onde

se mudou com a esposa Patrícia, com quem está junto há 26 anos. Na

SulAmérica, há 21 anos, ele começou como assistente comercial, depois

gerente comercial, superintendente comercial, diretor regional e, fi nal-

mente, diretor estatutário. Com tanto trabalho, afi rma que já não tem

mais tanto tempo para curtir as ondas. “O surfe virou hobby. Surfo aos

sábados e domingos. Acordo às 7h e vou para a casa do meu pai, onde

guardo minhas pranchas. Fico das 8h até umas 10h, 10h30, dependen-

do das ondas – é muito relaxante”. Aquela casa, a mesma de 40 anos

atrás, reserva histórias de um lado de Carlos Alexandre que vai além da

coragem de dropar. Alexandre, o pai, se orgulha de contar que, sempre

que havia alguém se afogando no mar, era à sua porta que os banhistas

batiam. De lá, o fi lho saiu para realizar mais de 180 salvamentos. O

feito valeu até menção honrosa na Assembleia Legislativa do Rio de

Janeiro. “Uma vez estava surfando com um amigo e, de repente, não

consegui mais vê-lo. Mas vi a prancha e me deu um estalo de que ele

estava no fundo do mar. Ficou lá por 3, 4 minutos. Resgatei-o, ele foi

para o hospital, e uma semana depois já estava bem”.

Apesar dos 38 anos no surfe, Carlos Alexandre acha que tem levado

uma vida sedentária (?!), e promete se esforçar mais para praticar espor-

tes. E isso porque você ainda nem sabe o que ele faz quando o mar de

Itacoatiara está fl at, sem ondulações: “Quando não tem onda, nado de

um lado a outro da praia e volto. Dá uns 1.800 metros”.

Page 42: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Pesca oceânica é o principal hobby de Anibal Abreu

42 Abril 2011

Fora da Firma

Aos quase 51 anos, que comemora em março com uma

festa “da boa ideia” já planejada, Aníbal Abreu é morador

da Ilha do Frade, em Vitória, numa casa de costeira com

píer, rampa, deck e um pesqueiro de lagostas bem em fren-

te. É sócio da maior corretora especializada em Benefícios

do Espírito Santo, a Unimar, fundada em 1995 e que traba-

lha em parceria com 135 das 150 maiores empresas do es-

tado – parceira da AON desde julho do ano passado, empre-

sa de cujos cinco maiores clientes é vizinho –, onde hoje,

exerce a função de Gestor de Sistemas de Saúde e médico

auditor. Médico? É! Anestesiologista formado em 1983 pela

Universidade Federal do Espírito Santo, (UFES), especialista

em Anestesiologia Pediátrica. Por isso, trabalha, também,

no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, na capital ca-

pixaba, onde está desde 1985. Foi fundador da Coopanestes

– Cooperativa de Anestesiologia do Espírito Santo – e do

Instituto Brasileiro de Anestesiologia (IBRAN), OSCIP (Or-

ganização da Sociedade Civil de Interesse Público) do setor,

e fez parte da Turma 01 da FGV em Gestão de Sistemas de

Saúde. Lá, em sua monografi a, desenvolveu o software que

permitiu o crescimento vertiginoso de sua empresa, que se

qualifi cou para a atual parceria. Como se isso não bastasse,

é pescador! De pesca oceânica. E suas maiores conquistas

foram a captura de um Marlim-branco de 78 kg -, e um

Marlim-azul de 406 Kg, além de diversos troféus em caça

submarina. E ainda faz moqueca capixaba muito bem!

“Comecei na pesca oceânica com meu dentista Tobias

Rothier, da lancha Kabião, no Rio de Janeiro, em 1971. Já

em 1973 participei do campeonato internacional de Light

Tackle em Vitória, em que tive a oportunidade de conhecer

e pescar com Aquiles Garcia e Ernani Flores, que lançaram

as bases para o esporte com linha leve e stand up. Conti-

nuei pescando na Magna, lancha da família Coser, amigos

de longa data e clientes da AON com o Grupo Coimex”, diz

Anibal Abreu. E assim ganharam diversos campeonatos, e

detêm, desde 1982 até hoje, o recorde mundial all tackle

de Marlim-branco, com o peixe de Evandro Coser, de 82,5

kg. Ganharam, também, o Campeonato Mundial de Pesca

Oceânica com o título individual de Otacílio Coser Filho.

Depois, para cumprir uma aposta, Anibal passou a pescar

na Mirante de seus amigos Pedro Amaral e Sérgio Tristão,

CONVERSA DE PESCADORAnibal Abreu é sócio de corretora, médico anestesiologista e ainda faz pesca oceânica: sua maior captura foi um peixe de 406 kg!

Page 43: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

43 _Abril 2011

também clientes da AON com o Grupo Tristão e a Realcafé. Esta

lancha sempre disputava com a Magna as primeiras colocações.

Em 1985, comprou sua primeira lancha de pesca oceânica, a Ka-

lonii, uma DM 38. Na sequência, vieram duas Carbrasmar 41 e

duas Mares 45, todas denominadas Blumare, todas campeonís-

simas nos torneios de Vitória. “Desde 2008 tenho o Tira Onda,

um catamarã 43 da Recon, específi co para pesca oceânica, com o

qual ganhamos todos os torneios de 2009 e fi camos em segundo

em todos os de 2010”.

E qual é a rotina do Anibal, o empresário-médico-pescador,

afi nal? “O pessoal brinca que tenho dias de médico e de monstro,

mas apesar de adorar a Anestesiologia Pediátrica, só consegui

manter meu plantão de segunda-feira. Na terça, quarta e quinta

estou na AON, e na sexta-feira preparo a pescaria de sábado, pois

ninguém é de ferro!”. O Tira Onda fi ca sediado no Iate Clube do

Espírito Santo, que frequenta quase diariamente – perto de casa,

onde todos se conhecem, e que congrega 75% do PIB capixa-

ba: “negócios de novo”, completa. Hoje, na sua equipe de pesca,

estão os fi lhos João, 17, e Frederico, 16 (Anibal tem ainda uma

fi lha, Lívia, de 20 anos); Helton, o sócio na área de exportação;

Otacílio Coser Filho, com seus fi lhos Leonardo e Rodrigo; o ami-

go Alessandro Corti, comercial da AON; e Eduardo Dantas, cujo

pai, o emérito pescador e engenheiro Deusnar Dantas, construiu

a casa dos pais dele há mais de 40 anos; “todos são amigos de

longa data”. E os títulos que ganhou? Ele enumera: “Entre Magna,

Kalonii, Blumare (as quatro) e Tira Onda, somamos onze Títulos

Estaduais e quatro do Costa Brasil. Praticamos hoje a modalidade

Pesque e Solte (catch and release), com regras da International

Game Fish Association, preconizada como sustentável pela Bill-

fi sh Foundation. E que desestressa e permite a convivência com

fi lhos e amigos, portanto ideal para mim!”. Nela, os peixes são

“taggeados” e liberados após sua oxigenação. Não bastasse tudo

isso – de novo: “Faço uma moqueca capixaba bem elogiada, que

já foi página central de jornal”.

“Desde 2008 tenho o Tira Onda, um catamarã 43, específi co para pesca oceânica, com o qual ganhamos todos os torneios de 2009 e fi camos em segundo em todos os de 2010”

Page 44: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

A população das 136 maiores cidades portuárias do mundo exposta a ondas de tempestades vai crescer de 40 milhões, em 2005, para 150 milhões, em 2070. E o valor dos ativos expostos na mesma situação, de US$ 3 trilhões para US$ 35 trilhões

Sustentabilidade

Page 45: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

45 _Abril 2011

UMA SEGURADORA SEGURA O TEMPO?A resposta para as mudanças climáticas pode estar nas inovações propostas pelas seguradorasWalter R. Stahel, especialista da Geneva Association, alerta para o aumento dos riscos associados a desastres naturais, e convoca o setor a contribuir frente ao aquecimento global

C erca de 150 mil pessoas morrem por ano

em função de causas ligadas às mudanças

climáticas, que aumentam a incidência

de doenças e os casos de desnutrição. O

alerta, da Organização Mundial da Saúde (OMS), revela

uma piora na qualidade da água e a elevação da tem-

peratura em diversas regiões, facilitando a dissemina-

ção de mosquitos vetores de doenças como malária e

dengue. As mudanças climáticas são calculadas pelo

aumento das temperaturas médias do ar e da água,

pela elevação do nível do mar e das concentrações de

gases de efeito estufa na atmosfera e nos oceanos. Os

impactos são globais, mas os efeitos secundários são

locais – caso dos vendavais, das secas e das tempesta-

des. Não é só a saúde pública que sofre diante das mu-

danças climáticas. Automóveis, residências, empresas,

obras públicas de infraestrutura, entre outros bens,

são prejudicados, assim como as seguradoras que pro-

tegem estes ativos. As perdas decorrentes de acidentes

com o clima aumentam 6% ao ano, e devem dobrar a

cada 12 anos. Os dados são do relatório citado por Walter

R. Stahel, vice-secretário-geral e chefe de pesquisa de

gerenciamento de risco da Geneva Association, enti-

dade internacional para estudos econômicos na área

de seguros, formada pelos CEOs das 80 maiores segu-

radoras do mundo, entre elas a SulAmérica.

Para ele, só há duas formas de enfrentar os estragos

causados pelo clima alterado: adaptação de processos e

Page 46: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

46 Abril 2011

a mitigação dos aspectos causadores das mudanças. E a adaptação, alerta

Stahel, inclui medidas de prevenção e de engenharia de risco para aumen-

tar a resiliência (capacidade de voltar ao estado natural) dos objetos e as

infraestruturas sob ameaça. “Evitar perdas e reduzir poluentes é parte dos

processos sustentáveis, e assegurar maior resiliência às comunidades é

parte da prevenção”. É dentro deste contexto que as seguradoras ganham

relevância. O setor é um importante indutor de investimentos e ações para

adaptação e mitigação dos efeitos do aquecimento global. Embora o cenário

futuro aponte para riscos e custos maiores, há grandes oportunidades em

termos de produtos e soluções de seguros. Atualmente, as seguradoras são

vistas como a salvação para reaver bens e valores afetados por vendavais,

avalanches, incêndios fl orestais, entre outros estragos causados por tem-

pestades e eventos similares. No futuro, contudo, Stahel acredita que o se-

tor contribuirá diretamente com novos produtos. Ele lembra que veículos

de baixo carbono usam biocombustíveis, feitos de resíduos agrícolas ou de

gás natural (CNG), em vez de gasolina ou diesel.

“A indústria de seguros provê soluções inovadoras

ligadas a temas de riscos climáticos, que incluem

fi nanciamento a pesquisas relevantes e oferta de

ferramentas aos clientes para estimá-los e contê-los”

Sustentabilidade

Os carros, grandes vítimas de acidentes naturais, tendem a ganhar tecnologias verdes e seguros inovadores

Page 47: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

47 _Abril 2011

SulAmérica investe em inovação

A tendência, no entanto, é ver carros elétricos movidos

a combinações com pilha de combustível de hidrogênio ou

baterias. “Por ter design diferente, esses carros vão preci-

sar de diferentes coberturas de seguro”, acredita Stahel. Ou

seja, novos produtos poderiam ajudar a promover soluções

adequadas, baseadas em consumo mais baixo, tais como

as políticas de milhagem ou outros sistemas que favore-

cessem o compartilhamento dos carros, inclusive a loca-

ção. As condições gerais, como taxas rodoviárias (o que

se observa hoje em Tóquio e Londres), estradas com portas

e pontes com pedágio também poderiam ajudar a redu-

zir o consumo. O potencial é imenso. A Organization for

Economic Co-operation and Development (OECD) calcula

que, sem adaptações, a população das 136 maiores cida-

des portuárias do mundo exposta a ondas de tempestades

vai crescer de 40 milhões, em 2005, para 150 milhões, em

2070. E o valor dos ativos expostos na mesma situação, de

US$ 3 trilhões para US$ 35 trilhões. Pelas contas do Stern

Review, os custos totais dos estragos atribuídos às mudan-

ças climáticas não mitigadas podem variar de 5% a 14%

do PIB mundial em 2200. Já o Morgan Stanley adverte que

seus efeitos podem levar o planeta a um cenário drástico

de “estagfl ação”: estagnação econômica com infl ação. Os

mesmos autores desse trabalho afi rmam que a aleatorie-

dade dos acidentes vai deixar os ciclos de negócios mais

voláteis, tornando mais difícil prever os erros de políticas

fi scais e monetárias.

As seguradoras, vale lembrar, também estão preparadas

para cooperar na implantação de padrões para a constru-

ção civil ou por meios similares que estimulem práticas

sustentáveis. “A indústria de seguros provê soluções inova-

doras ligadas a temas de riscos climáticos, que incluem fi -

nanciamento a pesquisas relevantes e oferta de ferramentas

aos clientes para estimá-los e contê-los”, observa Stahel. A

Geneva Association reconhece os benefícios signifi cativos

das pesquisas sobre riscos climáticos e defende a coleta

urgente, por parte dos formuladores de políticas, de dados

robustos e abertos a todos. A ideia é criar soluções efi cien-

tes com prêmios baseados em estimativas de risco.

Reparo de automóveis com tinta à base d’água. É isso que a SulA-mérica está oferecendo aos seus clientes. O processo de repintura é resultado de uma parceria com a Glasurit, marca da Basf que emite 90% menos solventes na atmosfera que as tintas automotivas tradi-cionais. A tecnologia está disponível nos Centros Automotivos de Super Atendimento (C.A.S.A. SulAmérica) localizados no Rio de Ja-neiro (RJ), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Salvador (BA), Recife (PE), Brasília (DF), Caxias do Sul (RS) e nas unidades do Estado de São Paulo em Sorocaba, Ribeirão Preto, Santo André e nos três Centros Automotivos da capital paulista.A utilização da tinta à base d’água é largamente explorada pelas indústrias automotivas, sendo obrigatória na Europa, tanto nas mon-tadoras como nas ofi cinas de reparo. Ao adotar esta tecnologia, a seguradora traz para seus clientes a mesma qualidade, igualando o serviço de reparo ao padrão da pintura original. No segmento de Saúde, a SulAmérica também saiu na frente ao implementar, em parceria com a Orizon, a certifi cação digital para a troca de documentos entre a seguradora e seus prestadores médicos. A tecnologia permite o trânsito seguro e ágil de informações eletrôni-cas, além de economia de recursos naturais. Mais de 4,6 milhões de papéis deixaram de ser impressos desde o início do projeto. Isso signifi ca dizer que a seguradora contribuiu para a redução da utiliza-ção de 1.050 eucaliptos, 2.100 mil litros de água e 105 mil KW/h de energia, matérias-primas utilizadas na produção de folhas de papel. Segundo a WWF-Brasil, ONG nacional dedicada à conservação da natureza, a produção de uma tonelada de papel novo consome de 50 a 60 eucaliptos, 100 mil litros de água e 5 mil KW/h de energia.Lançada no fi nal de 2008, o sistema ganha, este ano, uma solução que se integra com softwares de gestão para auxiliar os prestadores de saúde na digitalização e transmissão eletrônica de documentos assinados digitalmente, permitindo a indexação de imagens e o en-vio direto à SulAmérica. Além de reduzir drasticamente a utilização de papel, a iniciativa acelera o pagamento aos prestadores e reduz erros e custos com armazenamento de documentos.

Page 48: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

48 _Março 2011

Gastronomia

Eles são charmosos e cozinham muito bem. E trazem para a mesa o melhor da tradição gastro-

nômica, aliado à contemporaneidade. Os chefs Roberta Ciasca, dos restaurantes Oui Oui e Miam

Miam, Thiago Sodré, do tailandês Sawasdee, e a dupla Erik Nako e Cristiano Lanna, da Prima

Bruschetteria, são alguns dos benjamins da gastronomia carioca. Já na Ilha de Santa Catarina,

João Henrique Franco e Jaime Barcelos buscam inspiração no legado açoriano, e os ingredientes,

no mar. No Rio de Janeiro e em Florianópolis eles pilotam algumas das melhores e mais badaladas

cozinhas destas capitais turísticas, cada qual no seu gênero. Confira a seguir, com água na boca.

FOTOS DIVULGAÇÃO

resgate da tradiçãoQuando o assunto é comida, o que vale é a qualidade

modernidade comtecnologiaX

Page 49: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Cozinha jovem, petulantee sem frescura Roberta tem 33 anos e é um tipo de beleza. Nasceu no

bairro da Urca, zona Sul do Rio, tem sangue italiano e portu-

guês e, desde garotinha, brincava com as bonecas de montar

restaurante e cardápios de mentira. Foi aluna de Publicidade

e Propaganda, mas decidiu o rumo profissional no curso

Cordon Bleu, em Paris, onde estudou quando ainda não exis-

tiam escolas de gastronomia no Brasil. Voltou de lá e

abriu um bufê, o Coisas para Comer. Cinco anos atrás,

com dois amigos – Danni Camilo e Steph Quinquis –

inaugurou o Miam Miam. O sucesso foi imediato. De-

pois veio o Oui Oui, em um casarão tradicional da fa-

mília, em Botafogo, e vários prêmios. Dentre eles, o de

Chef Revelação da Gastronomia do Rio. O mais recente,

este ano, foi o de Melhor Restaurante Moderno da cidade.

Apreciadora de vinhos, Roberta tem ideias ótimas. Acha

“sensual comer alcachofra, ou chocolate, ou fruta”. Tem

humor: criou uma sopa de beterraba com leite de coco,

sucesso total em uma apresentação de gastronomia. De-

pois batizou a sopa de barbie e explicou: “ela é cor-de-

rosa”. E a moça tem uma imaginação ilimitada: bolou uma

pequena taça de brigadeiro, de sobremesa, com passas ao

rum, degustada com colher comestível feita de biscoito.

A chef Roberta Ciasca e seus pratos - Melhor restaurante moderno do Rio de Janeiro

Roberta

Page 50: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

50 Abril 2011

Uma revelaçãoThiago Sodré, 23 anos, é “peixinho filho de peixe”. O pai, o engenheiro Marcos Sodré, além de ser

um chef de prestígio, é o dono do badalado grupo de restaurantes de cozinha thai, o Bistrô Sawasdee.

O garoto é tão bom que o pai já lhe confiou a responsabilidade de dirigir a unidade do Leblon.

Em casa, Thiago guarda o começo de uma coleção de prêmios: Chef Revelação, dado pela crítica

gastronômica Danusia Bárbara, em 2009 e no ano passado, Melhor Restaurante Asiático da ci-

dade. No Bistrô Sawasdee de Búzios e de São Conrado, no Rio, ele assessora o pai. Tênis, jeans,

camiseta. Tatuagens tribais no braço. Colares e pulseiras como enfeites: Thiago é o protótipo do

menino do Rio. Estudou gastronomia no curso do Senac/Águas Claras e desde pequeno mostrou

a que veio. Uma manhã, quando tinha 12 anos, depois de assistir Ana Maria Braga na televisão

dando uma receita de costelinhas de porco, ligou para a mãe e disse: “Mãe, traga para mim os

ingredientes que vou ditar porque hoje quem faz o jantar sou eu”. Nunca mais parou.

No seu site Cozinhando e Aprendendo, www.thiagosodre.com.br, o garoto-revelação mostra

como se faz um hambúrguer especial, em casa: “Misturando na carne um pouquinho de lingui-

ça calabresa bem picada”, ensina. E sugere: “Quando fizer ovos mexidos, coloque um nada de

iogurte ou requeijão”. Espetacular.

Gastronomia

Papillote de camarão é especialidade no Sawasdee Thiago Sodré

Page 51: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Bruschetta de Mascarpone com Morangos em Balsâmico

51 _Abril 2011

Por detrás do vidroMais de 23 espécies de bruschettas, doces e salgadas – inclusi-

ve de salmão e até de foie gras brûlé – são servidas no primeiro

restaurante especializado do Rio, de Erik Nako e Cristiano Lan-

na, sócios na Prima Buschetteria junto de um amigo, o publi-

citário André Korenblum. Além da clássica torrada – adorada

pelos italianos que têm o costume de comê-la como entrada,

antes da pizza –, a que leva tomate, azeite extravirgem e man-

jericão, as bruschettas de Erik e Cristiano são feitas à mostra do

freguês, atrás de uma parede de vidro do restaurante cujo piso

é de ladrilhos hidráulicos e as luminárias de fundo de garrafa.

O maior charme. Erik Nako tem 28 anos. Estudou no curso de

Paul Bocuse, em Paris, e, no Rio, com a célebre Flávia Quaresma.

Foi depois de uma viagem a Roma com a namorada, quando

viu um cardápio com dezenas de bruschettas, que voltou com a

bem-vinda ideia na cabeça: abrir o Prima. Já Cristiano Lanna,

de 28, é o sócio de Erik em outra empreitada – a conhecida firma

de consultoria gastronômica Cozinha Criativa. Um dos maiores

clientes da dupla é a rede de supermercados Zona Sul.

No Prima Bruschetteria o cardápio tem também risoto de fru-

tos do mar com limão siciliano, massas e saladinhas. As duas

grandes atrações para beber são o limoncello feito artesanal-

mente pelos donos e o spritz, uma mistura de prosecco, coin-

treau e gelo. Não pode ser mais refrescante. É servido em uma

jarrinha simpática assim como alguns vinhos que vêm à mesa

nos pichets. Mostrando que os dois têm gostos semelhantes e

paladar requintado, sempre que perguntam qual a bruschetta

de sua preferência, tanto Erik como Cristiano respondem: a de

ragu. Madonna! É uma receita antiga italianíssima.

Bruschetta de Mascarpone com Morangos em Balsâmico(Cristiano Lanna e Erik Nako/ Prima Bruschetteria)

Ingredientes (para 4 bruschettas)Creme de Mascarpone

•125 g mascarpone•1 colher de sopa cheia de açúcar de confeiteiro - (não pode ser do impalpável)•2 pitadas de canela em pó

Morangos em balsâmico•150 g morangos (1/2 bandeja)•50 g açúcar•1 colher de sopa de vinagre balsâmico de qualidade pimenta do reino moída na hora a gosto

Para Finalizar•4 fatias de pão italiano de cerca de 12 mm de espessura

Modo de PreparoMisture todos os ingredientes do creme, somente até ficar homo-

gêneo. Guarde na geladeira. Lave bem os morangos, retire as folhas e corte-os em 4. Tempere com o açúcar, a pimenta e o balsâmico. Cubra e deixe macerar na geladeira por pelo menos 30 min; ideal 2 horas. Torre uma fatia de pão italiano na grelha. Também pode-se usar o forno, torradeira ou forninho elétrico. Espalhe uma quantidade gene-rosa do creme sobre ela. Coloque então os morangos e derrame um pouquinho do caldo deles sobre a bruschetta. Sirva imediatamente.

Cristiano Lanna Erik Nako

Page 52: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

52 Abril 2011

No cenário da Freguesia do Ribeirão, ao sul da Ilha de San-

ta Catarina, uma vila encantadora que reúne beleza natural e

arquitetura típica, herança da colonização portuguesa, surge a

história de Jaime José de Barcelos, nativo que começou a vida

profissional naquele pedaço então semivirgem, com uma oficina

de funilaria e pintura de automóveis. Em 1997, Jaime resolveu

transformá-la em lanchonete para explorar o fluxo de turistas

no verão, oferecendo sorvetes, caldo de cana, água de coco e

cachorro-quente. Mas todos começaram a pedir no cardápio as

famosas ostras criadas no Estado. O chef, que já trabalhava com

sua mulher e avó, foi ampliando o lugar a partir da meia-água

da antiga construção, e começou a servi-las ao natural, ao bafo

e gratinadas. Nascia o pioneiro Ostradamus. Hoje, a cozinha da

casa tem boa parte em vidro para que os clientes possam apre-

ciar o preparo delas e de pratos como a Sinfonia dos Náufragos,

espeto de camarões gigantes assados na brasa, regados com mo-

lho de ervas. A inovação nos sabores se tornou um diferencial

e resultou no Festival de Ostras, que consiste num rodízio de

molusco, com 25 modos de preparo. Visando a qualidade e a

satisfação dos clientes, o Ostradamus resolveu ali buscar solu-

ções tecnológicas inovadoras para garantir ostras ainda mais

saudáveis para o consumo – sem contaminações, sem poluição

e sem riscos para a saúde. E adotou o sistema de sua depuração

no próprio restaurante, exclusivo no território brasileiro, que

propicia aos visitantes maior segurança com relação à qualidade

da ostra a ser consumida – a depuração consiste na filtragem e

purificação do molusco.

Há quatro anos consecutivos, o restaurante Ostradamus vem

colecionando prêmios, seja como de melhor restaurante na ca-

tegoria Melhor Ostra, ou Melhor Restaurante de Florianópolis.

Logo à entrada, está o balcão com espetacular aquário e suas

ostras vivas depuradas, prontas para serem escolhidas e degus-

tadas pelos clientes. O salão principal tem dois níveis e vista

magnífica para o mar. E no exuberante trapiche, ao ar livre,

os clientes podem desfrutar da paisagem da baía sul da Ilha de

Santa Catarina e do voo das gaivotas. As mesas de vidro apre-

sentam temas típicos em seus objetos, como miniaturas folcló-

ricas do Boi de Mamão e do Pau de Fitas, conchas e oferendas à

Iemanjá. As instalações do restaurante mantêm traços da arqui-

tetura tradicional da Freguesia do Ribeirão da Ilha.

Quando a atualidade mantém a tradição

Gastronomia

Trapiche do Ostradamus: Melhor restaurante 2011

Jaime Barcelos, chefe do

Page 53: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

53 _Abril 2011

Portuguesa, com certezaO português de Sintra, João Henrique Franco, de 51 anos,

dono do Marisqueira Sintra, não cozinha. Mas seu primei-

ro restaurante em Florianópolis, especializado em frutos

do mar e peixes, incluindo alguns pratos de bacalhau, foi

premiado como o melhor de cozinha portuguesa local em

2009, ano em que abriu suas portas, pela revista Veja Santa

Catarina. “Minha experiência é mais nos vinhos, pois sou o

conselheiro deles junto aos clientes”, diz o dublê de somme-

lier, empresário e bom apreciador. Em relação a eles, aliás,

sua carta é de portugueses, mais ou menos cento e quaren-

ta rótulos diferentes. “Meus vinhos preferidos, tanto tintos

como brancos, são os da região do Alentejo. E claro, os

vinhos verdes, mas esses só existem na Região do Minho”.

Formado em Recursos Humanos, ele sempre trabalhou

em Portugal: “A vinda para o Brasil foi na ideia de abrir

alguns restaurantes, já que minha família lá tem experi-

ência no ramo”. Mas, na verdade, o casamento com uma

brasileira foi o que impulsionou a mudança de continente.

Ele explica: “Vivo atualmente com Andreia de Paula, que

é de Cuiabá, Estado de Mato Grosso. Ela morou em Portu-

gal durante oito anos, onde se formou em Gastronomia, e

teve toda a prática de cozinha nos restaurantes da minha

família”. A escolha da capital catarinense foi determinada:

era o local do Brasil que mais se aproximava da sua terra,

“e Santo António de Lisboa, que é onde fica o restaurante,

é uma localidade ‘descendente’ de açoreanos”.

O carro-chefe do restaurante é o Peixe no Sal, “mas com-

plementamos muito bem com cataplana de peixes, polvos e

vários tipos de camarão, como nossa receita à Guilho, o mais

vendido na casa – ou seja, todo um cardápio de comida bem

típica portuguesa, onde não faltam também alguns doces tí-

picos: o pastel de nata (pastel de Belém), pera bêbada, pudim

de leite e baba de camelo, este o meu preferido”. Segundo

João, “o Marisqueira está a ter algum êxito”, como diz em

tom bem lusitano, e por isso pretende ter outra casa da mesma

especialidade em Balneário Camboriú e, “mais tarde, se as coi-

sas correrem bem, aí sim abrirei outro de outra especialidade,

bem diferente, mas esse por enquanto fica em segredo...”.

SERVIÇO:RIO DE JANEIROOui Oui: Rua Conde de Irajá, 85, Botafogo. Tel.: 21 2244 0125Miam Miam: Rua General Góes Monteiro, 34, Botafogo. Tel.: 21 2244 0125Sawasdee: Rua Dias Ferreira, 591, Leblon, e São Conrado, Shopping Fashion Mall e Búzios. Tel.: 21 2511 0057Prima Bruschetteria: Rua Rainha Guilhermina, 95, Leblon. Tel.: 21 3592 0881

FLORIANÓPOLISOstradamus: Rod. Baldicero Filomeno, 7640, Ribeirão da Ilha. Tel.: 48 3337 5711Obs.: Chegar ao Ostradamus pode ser bem rápido: um serviço de helicópteros (opções de modelos: Jet Ranger III e Esquilo), pode carregar até cinco passageiros desde o Aeroporto Internacional Hercílio Luz ou da praia Jurerê Internacional, um dos points do litoral catarinense.Marisqueira Sintra: Rua XV de Novembro, 147, Santo Antônio de Lisboa. Tel.: 48 3234 4219

“Camarão frito à Nossa Moda,do Marisqueira Sintra”

João Henrique, proprietário do Marisqueira Sintra

Page 54: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

54 Abril 2011

Outro dia alguém dizia: “Antes, o avô passava pela porta do

quarto do neto e nem parava. Agora, ele entra e conversa de

igual para igual sobre as novidades na web”. A observação ofe-

rece a ideia exata do que é o convívio familiar hoje entre avós,

pais e filhos. Mas entre encontros e desencontros, o ambiente

familiar, que vem mudando em todo o ocidente, necessita de

regras para que conflitos sejam resolvidos e todos vivam em

harmonia. “Antes de tudo, quando se trata de abordar a questão

da família, não se pode deixar de observar, como prioridade,

o fato de que os bebês humanos e as crianças necessitam, fun-

damentalmente, de adultos que cuidem deles”. A psicanalista e

psicóloga carioca Lulli Milman, uma das fundadoras do serviço

de Atendimento Infantil da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro (UERJ) lembra que a segurança e o sentido da existência

proporcionados pelos adultos é uma base importante no desen-

volvimento das crianças dentro do ambiente familiar. Autora do

livro Cresceram – Um Guia para Pais de Adolescentes (Editora

Nova Fronteira) e com a sua longa experiência clínica, Milman

diz que essa ideia é fundamental: “Adultos cuidando de suas

crianças para torná-las responsáveis é o que nos diferencia das

outras espécies animais”.

ENCONTROS EDESENCONTROSA importância das diversas gerações no convívio das famílias

Vida em Família

Estabilidade e SegurançaJá a questão da constituição das famílias e a estabilidade du-

rante o processo de criação dos filhos é outra coisa, outra dis-

cussão, continua Lulli: “E isto vai depender das características

de cada cultura. Mas na nossa civilização ocidental a estabili-

dade do casal parental em relação aos seus filhos é importante.

Não do casal entre si. Pai e mãe podem se separar, mas a esta-

bilidade em relação às suas crianças precisa ser mantida”. Para

Milman, “seria o ideal, o mais saudável o convívio de várias ge-

rações. Esse convívio vai oferecer aquilo que chamamos de his-

toricidade às famílias, às crianças e aos filhos”. E é desse modo

que eles percebem que há um lugar para si mesmo no mundo.

“Então, a criança se torna segura de si ao saber e perceber que

houve e que existem lugares devidos para os bisavós, avós e

pais. E para ela”. Proporcionar segurança aos filhos e dar-lhes

um sentido histórico é oferecer um sentido para a sua existência

– e facilita a criação das crianças. “Em resumo: a família deve

cuidar das suas crianças, deve lhes dar proteção, aconchego, e

a possibilidade delas se construírem como homens e como seres

da mesma espécie. A família é quem vai proporcionar a cons-

trução humana”.

Page 55: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

55 _Abril 2011

Convívio de gerações resgata história das famílias

 Continuidade da RelaçãoEssa ideia, acrescenta Lulli Milman, tem mudado bastante no

ocidente - e continua mudando. “Temos”, lembra ela, “as famílias

monoparentais, em que as mães, as mulheres são quem, quase

sempre, determinam todas as regras – tanto nas famílias das co-

munidades mais pobres, nas favelas, quanto nas classes médias.

Hoje, vemos outras famílias constituídas por homossexuais, por

exemplo, aquelas que estão sendo objeto de tantas discussões

atualmente. Não importa como a família se constitui. O que im-

porta é a ideia do fixo, da segurança e do aconchego. Deste modo,

não importa se as famílias são monoparentais ou não. A continui-

dade da relação entre pais e filhos é fundamental. Continuidade,

essa é a palavra-chave. Não a continuidade entre pais e mães,

maridos e mulheres, mais sim entre cuidadores e crianças”.

Conflitos em FamíliaSobre os conflitos familiares, como administrá-los: “Desde a

segunda geração da Bíblia”, comenta Milman, “sempre existi-

ram conflitos; desde quando Abel e Caim brigaram. A confu-

são começou ali. De lá para cá, a forma como os conflitos se

expressam é que mudou. Mas não a sua essência. Se o conflito

surge no ambiente familiar é preciso tentar resolvê-lo no nível

do convívio. O que eu vejo como fonte geradora de conflitos,

atualmente, é a possibilidade múltipla, as muitas possibilidades

de escolhas oferecidas às crianças pelos pais. Desde muito pe-

quena, os pais já pedem à criancinha para ela escolher o sapato

que deseja. Esta é uma expressão da forma de vida das famílias

atuais em que os conflitos com relação à hierarquia são os mais

frequentes. Quem é autoridade na casa? Criam-se assim, me

Page 56: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

56 Abril 2011

parece, as grandes fontes de confl itos porque os pais, agindo dessa forma, se desautorizam e se

eximem da sua autoridade. As crianças, por sua vez, começam a ter difi culdade de reconhecer

hierarquias. As hierarquias, então, dentro do âmbito familiar, começam a desmontar”. Por que

isto ocorre? Segundo Lulli, “hoje, os adultos têm medo de envelhecer, e não encontram tempo

para se ocuparem dos fi lhos ou para se preocuparem com as crianças e com os adolescentes.

Autoridade – ou a falta dela –, é uma das grandes questões, uma das grandes discussões do

nosso tempo. Às vezes, as mães não conseguem assumir a autoridade e se queixam: “Por que

é que eu tenho que fi car dando as broncas?”.

Resumindo mais uma vez: os adultos precisam cuidar e se preocupar com suas crianças.

Do contrário elas fi cam soltas, se sentem soltas e sem pais – e tornam-se todos, pais e fi lhos,

irmãos uns dos outros. “Constitui um grande perigo cuidar de crianças assim, malcriadas. Sem

conhecerem o sentido da solidariedade e sem reconhecerem o que é ser parceiro no afeto. Com

frequência este é o panorama do nosso mundo, da contemporaneidade”.

Vida em Família

“O que eu vejo como fonte geradora de

confl itos, atualmente, é a possibilidade múltipla, as muitas possibilidades de escolhas oferecidas às

crianças pelos pais”

Page 57: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

57 _Abril 2011

Com os novos contornos da sociedade brasileira, a educação constitui uma das maiores preocupações de pais e responsáveis relacionadas às crianças e aos adolescentes menores de idade. É ela que, no futuro, permitirá uma maior qualificação profissional para as próximas gera-ções com a consequente ascensão e consolidação de sua inserção no mercado. Para tal, os pais dessas crianças e desses jovens estão apos-tando na previdência privada. A SulAmérica Previdência analisou a sua carteira de investidores e traçou um perfil dos responsáveis financeiros investidores nos planos para menores. A base utilizada foi a carteira do SulAmérica Educaprevi, o produto de previdência privada da segura-dora. Assim, foi identificado que as mães representam 40% dos clientes que contrataram planos para menores, sendo que 78% dos investidores concentram-se na faixa etária entre 31 e 50 anos. No que se refere ao grau de parentesco, 88% dos planos são contratados pelos próprios pais ou responsáveis legais e o restante por tios, avós ou padrinhos. Outro resultado aponta que 68% dos clientes apostaram no plano VGBL, 43% contribuem em renda fixa e o valor médio de contribuição é de R$ 90 no plano básico - o Educaprevi Especial. “O papel da mulher na composição

da renda familiar é cada vez mais relevante e isto se reflete no seu papel de provedora dos recursos para assegurar a educação dos filhos”, diz o vice-presidente de Seguro de Pessoas e Previdência da SulAmérica Renato Russo, que continua: “É fundamental o papel das mães no plane-jamento e sustentação dos estudos dos filhos”. Um plano de previdência para eles, além de um investimento precioso, é uma forma simples de reunir recursos para que o menor os utilize da maneira que escolher, na sua idade adulta. “É um investimento seguro, rentável e os valores acumulados podem ser usados para quitar mensalidades da universi-dade ou dar início à carreira profissional do estudante”, comenta Russo. Um importante diferencial do SulAmérica Educaprevi é a Assistência Escola Online, uma série de serviços exclusivos para auxiliar nas ativi-dades escolares, com tira dúvidas, aulas on-line de todas as disciplinas da 5ª série do ensino fundamental ao vestibular, testes virtuais e re-visão de matérias, dentre outros recursos. O produto também permite a contratação de coberturas adicionais de Proteção Familiar destinadas à manutenção dos estudos do menor no caso de morte ou invalidez dos pais/responsáveis financeiros.

Protegendo e estimulando a educaçãoMulheres são responsáveis por cerca de metade das contratações de plano de previdência para os menores

Page 58: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

O mercado segurador brasileiro cresceu 12% em 2010, um resultado de R$ 179 bilhões

que refletiu, principalmente, as novas ondas de consumo vindas das classes C e D.

A avaliação é de Jorge Hilário Gouvêa Vieira, presidente da Confederação Nacional

das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e

Capitalização (CNSeg). Em 2011, ele espera, no mínimo, o mesmo índice de expansão, mantidas as

tendências de crescimento do PIB e a estabilidade econômica. Gouvêa Vieira prevê maior procura

por produtos nas áreas de seguros gerais, saúde e previdência, e novas oportunidades para a oferta

de seguro-garantia, trazidas pelas obras destinadas à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de

2016 no Brasil.

De um modo geral, os cenários são cautelosos, mas otimistas. Na opinião do economista-

chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, o PIB vai crescer, ainda que em ritmo me-

nor: cerca de 4,6% em 2011, em comparação aos 7,5% registrados em 2010. “O grande motor

da economia foi a demanda doméstica, com um consumo vigoroso, pautado em um mercado

de trabalho robusto”, diz ele, lembrando que a massa real de salário cresceu 8% em termos

anuais. Nos próximos 12 meses, a expectativa é de que o mercado interno continue fomen-

tando bons desempenhos na indústria, no comércio e nos serviços. “Por essas razões, em 2010,

Newton Rosa é economista-chefe da SulAmérica Investimentos

58 Abril 2011

Conta Corrente

Page 59: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

IMPULSIONAM TUDO! MERCADO SEGURADOR TAMBÉM SE BENEFICIA

CLASSES C E DO setor cresceu 12% no País em 2010 e espera repetir a performance em 2011. Em destaque, a expansão do microsseguro, para esses novos consumidores, e do seguro garantia, para as obras da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos Rio 2016

todos os segmentos de seguros registraram expansão

superior a 10%”, afirma Vieira. Com destaque para a

área de previdência, com aumento de 20% nos negó-

cios. “Depois de atendidas suas necessidades básicas,

a população das classes C e D passou a olhar para os

planos de previdência. Por isso, o mercado já está se

mobilizando para investir em produtos desenvolvidos

para o orçamento dessa classe”, afirma. “As pessoas

estão consumindo mais e, consequentemente, come-

çam a querer zelar por seus bens; desse modo, a área

de seguros gerais apresenta grande oportunidade de

crescimento”. Nesse movimento, Newton Rosa assinala

a forte expansão do crédito para pessoa física e a ati-

tude confiante do consumidor. Elementos que, combi-

nados, resultaram num aumento das vendas no varejo

também da ordem de 12% em 2010, em relação a 2009.

TOTAL dO segmenTO: R$ 179,1 bilhões - CResCImenTO 12%

<BOX 2>Mercado segurador (2010)Segmento Receita CrescimentoSeguros gerais R$ 37,3 bilhões 21%Previdência R$ 60,6 bilhões 33%Saúde R$ 70,5 bilhões 40%Capitalização R$ 10,7 bilhões 6%TOTAL: R$ 179,1 bilhões 12%

<BOX 3>O que será 2011Projeções macroeconômicas para o ano novo, segundo o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa.In�ação (IPCA) 5%;Selic (dez/2011) 12,25%;Dólar R$ 1,75 a R$ 1,80;Balança comercial saldo de US$ 8,5 bilhões (x US$ 15 bilhões em 2010).

33% PrevidêNCia R$ 60,6 bilhões

21% SeguroS geraiS R$ 37,3 bilhões

40% SaúdeR$ 70,5 bilhões

6% CaPiTalização R$ 10,7 bilhões

Mercado segurador (2010)

59 _Abril 2011

Page 60: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Projeções macroeconômicas para o ano novo, segundo o economista-chefe da Sulamérica investimentos, Newton rosa.

•Inflação(IPCA)5%;•Selic(dez/2011)12,25%;•DólarR$1,75aR$1,80;•Balançacomercial,saldodeUS$8,5bilhões(xUS$15bilhõesem2010).

O que será 2011?

A tendência continua em 2011, na opinião do presidente

da CNSeg. “O aumento do poder aquisitivo da população e a

oferta de apólices a baixos valores, em canais de distribuição

alternativos, são fatores que tendem a acelerar o crescimento

do setor, que tem buscado formas de responder com qualidade

ao aumento da demanda sem elevar muito seus custos fi xos”.

A procura por produtos de saúde suplementar e previdência,

diz ele, “refl etem diretamente essa tendência. Segundo dados

divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística

(IBGE), cerca de 100 milhões de brasileiros estão chegando às

classes C e D. O desafi o que já estamos enfrentando é trabalhar

para simplifi car o acesso do consumidor de baixa renda aos

produtos de seguro”. Nessa direção, ele defende a necessida-

de de desenvolver o mercado de microsseguro, um produto

de tíquete baixo, dirigido a um público de renda menor. O

que signifi ca, explica o presidente da entidade, “simplifi car

o produto, tornando-o mais transparente, objetivo e de fácil

compreensão para o consumidor”. Para incentivar a contrata-

ção nessa faixa, Gouvêa Vieira diz que é necessário fazer um

trabalho de disseminação da cultura do seguro.

Do varejo ao seguro: expansão da classe C atinge todas as áreas da economia

60 Abril 2011

Conta Corrente

Page 61: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

A CNSeg iniciou, em 2010, o projeto “Estou Seguro”, na co-

munidade do morro Dona Marta, no Rio de Janeiro, exatamente

com esse objetivo. A base do trabalho é a educação financeira e

a popularização de conhecimento sobre seguro. “Foi um traba-

lho de grande aprendizado para nós e pretendemos replicar em

outras comunidades do Rio e de outros Estados”, conta.

Freios ao consumoO economista da SulAmérica Investimentos alerta, contudo,

para possíveis freios impostos à euforia do consumo. A inflação

de 2010, ao ficar acima da meta anual de 4,5% (fechou o ano

de 2010 acumulando inflação de 5,91%, ante a taxa de 4,31%

registrada em 2009) deve pressionar as políticas econômicas

para este ano, o primeiro de Dilma Rousseff. Com isso, Newton

Rosa acredita que o Banco Central tome medidas cautelares para

manter os índices no centro da meta de 2011, também de 4,5%

– que deve ficar em torno de 5,5 % nas contas do especialista.

“Devemos começar o ano com a Selic (taxa básica de juros) su-

bindo”, avisa ele, “observando que já foram tomadas iniciativas

recentes de controle monetário, como o aumento do compul-

sório bancário e das exigências para liberação do crédito”. Em

2011, ele projeta uma expansão perto de 4,6% para o PIB e ações

governamentais para reduzir custos, aumentando os esforços do

poder público na geração de superávit fiscal primário.

Pode ser uma desaceleração em comparação a 2010, mas num

ambiente ainda de muitos investimentos. O presidente da CNSeg

ressalta o impacto provocado pelos megaeventos esportivos. “O

Brasil deve se transformar, nos próximos anos, em um enor-

me canteiro de obras geradas pelo Programa de Aceleração do

Crescimento (PAC) e por grandes eventos internacionais, como a

Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016”, diz. “Esse é

um momento muito especial e de grande importância para o se-

guro-garantia. O mercado terá a chance de mostrar ao País a sua

capacidade de garantir a execução das obras e a relevância de

seus serviços para a realização de empreendimentos que serão

um legado para a sociedade”. Os investimentos generalizados no

mercado segurador indicam que as empresas se preparam para

as demandas futuras. O próprio seguro-garantia bateu recordes

em 2010, nas contas do presidente da CNSeg. Foram R$ 512

milhões em prêmios até setembro, em comparação a R$ 696

milhões durante todo o ano de 2009. E o mercado de resseguros

fechou o ano com R$ 4,5 bilhões.

•Mapeareestudarosfatoresqueimpactamocrescimentodosetor;

•ExpandiroacessodasclassesCeDaoseguro;

•FormarumaCâmaraTécnicadacadeiaprodutivadasaúdesuplementarparadiscutirasustentabilidadedosetor;

•Regulamentarablindagemdeplanosdecaráterprevidenciário;

•Tornareconomicamenteviávelosegurodeautomóveisantigos;

•Desenvolveroseguroruraleambiental;

•Expandiroseguropopular,entreelesomicrosseguro;

•Ampliarosegurogarantia,principalmentecomarealizaçãodasobrasdoPAC,daCopadoMundo2014edosJogosOlímpicosRio2016.

Desafios futurosações que devem estar na pauta do mercado segurador ao longo de 2011, segundo o presidente da CNSeg, Jorge Hilário gouvêa vieira:

61 _Abril 2011

Page 62: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

EM CARTAZ,NO PALCO, OS REIS DA MÚSICADupla Möeller e Botelho emplaca mais um sucesso no Brasil: Hair

FOTOS DIVULGAÇÃO

T odo mundo pergunta a cada um destes dois reis dos mu-

sicais, Charles Möeller, de 43 anos, e Claudio Botelho, de

46, qual é o segredo de trabalharem tão bem em dupla

há mais de 20 anos. “A briga! A gente é bom de briga! O atri-

to, na Física, é a matriz do movimento”, responde o esfuziante

Möeller quando explica a chave do sucesso de tantos shows mu-

sicais encenados pelo Brasil e assinados pelos dois. Desejamos,

então, que Botelho e Möeller continuem brigando bastante para

seguir, por muito tempo ainda, brindando as plateias com os

lindos espetáculos que criam. Agora, Botelho e Möeller deleitam

o público – de todas as idades – com a montagem de Hair, o

musical-ícone do tempo dos hippies legítimos, um dos maiores

sucessos da Broadway, onde estreou em 1967. Quase tão célebre

no planeta Terra quanto o quarteto musical inglês The Beatles,

Hair deu a volta ao mundo na sua época. Agora vai atravessar

todo este verão, no palco carioca do Teatro Casa Grande, no

Leblon. O espetáculo, lotado desde que estreou, é patrocinado

pela SulAmérica.

Encontro no RioClaudio Botelho, de Minas Gerais, e o paulista Charles Möel-

ler, nascido em Santos, se conheceram no Rio de Janeiro, nos

idos da década de 90. Os dois trabalhavam em teatro e tele-

visão, ora como atores, ora como fi gurinistas ou cenógrafos,

cada qual pelo seu lado. Claudio, por exemplo, foi ator em

Company, embora tenha feito os fi gurinos de As Malvadas,

montagem dirigida por Marco Nanini, e primeira produção as-

sinada com Möeller. De lá até o atual Hair, o longo caminho

está enfeitado só com sucessos. Mas foi no musical Cole Porter

- Ela Nunca Disse que me Amava, de 2000, que os dois real-

mente estouraram profi ssionalmente para o chamado grande

público. A montagem, inicialmente no Teatro Tereza Rachel,

em Copacabana, caiu como uma bomba na cidade. Ficou nada

menos que três anos em cartaz, no eixo Rio-São Paulo, e em

turnê pelo País e Portugal. Nos anos 2000, A Ópera do Malan-

dro também emplacou três anos de casas cheias.

62 Abril 2011

Perfi l

Page 63: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

63 _Abril 2011

Claudio Botello e Charles Möeller: Hair de volta

Page 64: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

Mas Sassaricando, o irresistível espetáculo contando a história das nossas marchinhas carnavalescas,

foi mais longe: a direção assinada pela dupla mágica se manteve quatro anos em cartaz. No seu final,

as plateias se levantavam das cadeiras e caiam na dança e no delírio musical. Agora, Hair está em plena

órbita estelar, “E o que é fantástico” diz Botelho, “e nos dá uma satisfação imensa é que não são apenas

os jovens que vão ver o espetáculo ou os idosos saudosistas, as velhinhas das vans. Temos uma plateia

de todas as idades. Garotos e garotas, e pais e avós, que já foram hippies e vão com os filhos”. Ao que

Charles emenda, sempre enfático: “É muito bom, gente, fazer o que amamos; assim não se precisa de

hobbies e ainda te pagam por isso!”.

Eles cantam no chuveiro?Não. Às vezes, um deles, como Claudio, cantarola quando está sozinho em casa. “É que preciso ler

sempre muita música”, diz ele, “e estou constantemente atento, analisando se o cantor está fazendo

certo ou não, se determinada vogal está bem colocada por ele”. Möeller é sempre cheio de pontos de

exclamação: “Não escuto música em casa, e canto pouquíssimo! Já trabalho com música durante dez

horas por dia. Sabe aquele ditado: em casa de ferreiro, espeto de pau?!”. Os dois amigos e parceiros

realmente têm personalidades diversas. “Não que um seja mais introvertido e o outro mais para fora”,

explica Botelho. “No trato social é que somos diferentes”. Mas é no trabalho que, na verdade, eles re-

almente se completam. “Charles tem uma abordagem da cena mais plástica – fica olhando a luz, os

cenários; eu presto mais atenção ao texto, à tradução”.

64 Abril 2011

Page 65: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

“É muito bom, gente, fazer o que amamos; assim não se precisa de hobbies e ainda te pagam por isso!”

Não é de espantar que as versões de Botelho para o português sejam particularmente

respeitadas. Ele tem no inglês a sua “segunda língua”, mas sua formação literária, requin-

tada, vem de uma adoração pela literatura clássica francesa e pela poesia de Verlaine e

Baudelaire. “Quando li Tartufo, de Molière, na tradução de Guilherme Figueiredo, tinha

15 anos. Fiquei extasiado”. Já Charles, ator, autor, diretor, cenógrafo e fi gurinista, um

autêntico artista renascentista, de dezenas de talentos e habilidades, diz que, do que mais

gosta, é dirigir e escrever. E de trabalhar, sem vergonha de dizer, “como louco”. Ele assu-

me: “Sou totalmente workaholic, sim. Férias para mim é a morada do diabo! Sempre falo

que estou cansado e quero dar uma parada, mas depois de dois dias sem fazer nada estou

subindo pelas paredes!”.

Humildade e disciplinaCaso sirva para alguém se espelhar no sucesso de Claudio e Charles – ou de Botelho e

Möeller – é bom ouvir a sábia frase deste último: “O meu caminho é traçado com humil-

dade e disciplina”. Esta tirada de Charles data de quando “Os reis dos musicais”* brasileiros

receberam a agradável notícia de que, mais uma vez, estão, mesmo que indiretamente,

indicados para o Prêmio Faz Diferença na categoria Elenco, oferecido anualmente por um

jornal do Rio de Janeiro. “O que mais me emociona na vida”, diz generosamente Möeller, “é

Möeller

65 _Abril 2011

Parte do Circuito SulAmérica, de Música e Movimento ,

o musical Hair segue do Rio para São Paulo

Page 66: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

quando o meu elenco é reconhecido e valorizado. (Eles)

são atletas de elite; não são só um elenco ou uma tribo”.

Hoje, está distante o tempo de Hello Gershwin,

1997, quando, pela primeira vez, Botelho assinou um

trabalho com o parceiro. Também está longe a época

em que Möeller fez parte do elenco, ainda bem rapa-

zinho, em Santos, de uma montagem de O Noviço.

Muita água passou por debaixo da ponte desde que

Charles estudou com o mitológico diretor Antunes Fi-

lho, em São Paulo, no seu célebre Centro de Pesquisas

Teatrais, e Claudio descobriu Judy Garland (seu ídolo

maior, se não existisse Liza Minelli, é claro, ocupan-

do o segundo lugar no seu panteão artístico). “Ainda

é um desafio estimulante”, filosofa Möeller, “a gente

se provar capaz de superação a cada processo!”. Tão

estimulante que a dupla já pode anunciar seu próximo

mega sucesso. Compraram os direitos e vão montar o

musical Um Violinista no Telhado, a estrear ainda no

primeiro semestre de 2011. E tem mais: não satisfeitos

e sempre estimulados, Möeller e Botelho – ou Bote-

lho e Möeller, como queiram – compraram também os

direitos de O Mágico de Oz. A estreia será em fins do

próximo ano.

Yoga e SondheimEnquanto as plateias se deliciam mais uma vez com

Hair, Claudio mergulha em um livro que o apaixona

e que trata de como a música “chegou a Sondheim”**.

66 Abril 2011

Perfil

Page 67: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

MUSICAIS, CIRCO E DANÇA Na agenda 2011 do Circuito SulAmérica

O Circuito SulAmérica de Música e Movimento já tem vários espe-táculos confi rmados para a temporada de 2011. Além de Hair, versões brasileiras de Cabaret e de Xanadu – musicais que também fi zeram his-tória no cinema e nos palcos internacionais – estão na agenda deste ano, que também inclui apresentações do musical Gaiola das Loucas, do Circo Tihany e do espetáculo de dança italiana Kataklò.

O Circuito contará com a companhia de dança italiana Kataklò, for-mada por ex-atletas olímpicos que misturam dança, esporte e teatro. A turnê deste ano apresentará o espetáculo Light e passará por Rio de Janeiro, Campinas, Ribeirão Preto, Santos, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.

No Circo Tihany haverá função o ano inteiro, com a sua imensa tenda rodando Fortaleza, Natal, Recife, Maceió, Aracaju, Salvador, Brasília e Goi-ânia. São 60 artistas em um palco de 900 m², com duas horas de show, pa-lhaços e números de mágica, balé, malabares, acrobacia, contorcionismo.

Hair estará em cartaz no Rio de Janeiro até dia 1º de maio e, em São Paulo, no segundo semestre. Os musicais Cabaret e Xanadu, adaptações de grandes sucessos da Broadway, estão programados para o segundo semestre. O primeiro, que se tornou um clássico do cinema com Liza Mi-nelli dirigida por Bob Fosse, em 1972, terá, nos palcos brasileiros, Cláudia Raia como protagonista e José Possi Neto na direção. Xanadu, sucesso nas telas dos anos 80 com Olivia Newton-John e Gene Kelly, deverá ser dirigido por Wolf Maia, e estrelado por Danielle Winits e Jonatas Faro.

Além destes espetáculos, o Circuito conta também com o fi nal da tem-porada paulista do musical Gaiola das Loucas.

O Circuito SulAmérica de Música e Movimento busca selecionar gran-des espetáculos nacionais e internacionais e manter uma grade ecléti-ca e diversifi cada, segundo o diretor de Marketing da SulAmérica, Zeca Vieira. Para ele, a iniciativa do patrocínio democratiza o acesso a atra-ções de alto nível de qualidade.

SERVIÇOTemporada Rio de JaneiroOi Casa Grande: Avenida Afrânio de Mello Franco, 290 - Leblon Quartas, quintas e sextas, às 21h | Sábados às 18h e às 21h30 | Domingos, às 19hInformações: www.oicasagrande.oi.com.br

Viaja também na leitura de Dan Brown – seus livros

o deixam fascinado. Já Charles continua concentrado

nas aulas regulares de yoga. “Pratico yoga sem parar”,

diz ele “porque ela me faz fi car no trilho e ter um

outro olhar!”. Que olhar será esse? Talvez para mais

adiante ainda, para um pequeno musical que acaba de

estrear em Londres, com sucesso retumbante, apenas

com três atores, chamado The End of the Rainbow.

A estrela do espetáculo? Só podia ser Judy Garland.

Cantando no último show em que se apresentou.

*A Imprensa Ofi cial de São Paulo lançou o livro Os Reis dos Musicais,de Tania Carvalho.** O compositor e letrista americano Stephen Joshua Sondheim,nascido em 1930.

67 _Abril 2011

Page 68: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

68 Abril 2011

Corporativo

Roberto Marucco

Page 69: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

69 _Abril 2011

A nalisar o mercado e o posicionamento de

seus participantes para traçar um planeja-

mento com base nas premissas estratégicas

são as principais atribuições da diretoria

de Estratégia e Execução, criada em setembro de 2010

na SulAmérica Seguros e Previdência. A área é res-

ponsável por definir e colocar em prática a estratégia

corporativa junto às demais áreas da empresa. O de-

partamento está a cargo de Roberto Marucco, antes

responsável pela diretoria de Informática da segura-

dora. Todos os processos de definição e gestão da es-

tratégia, escritório de projetos corporativos, ações de

relacionamento com clientes (CRM) e ouvidoria estão

a cargo da diretoria, que tem como meta principal

aproximar a companhia de seus clientes e corretores,

ressaltando as premissas corporativas sustentadas nos

pilares da agilidade e transparência. “Conseguir mais

varejo é um dos nossos mantras”, diz Marucco. Segun-

do ele, a gerência de Inteligência de Mercado, dentro

da nova diretoria, está desenvolvendo ações para uma

abordagem dirigida às duas pontas da pirâmide de

clientes – de um lado, a classe C, de outro, as faixas de

maior poder de compra da classe A. “Percebemos não

só o crescimento da classe C, o maior extrato social

que temos agora, como uma expansão nas classes A e

B. Surge uma camada premium da sociedade, que não

havia antes”.

Além desses segmentos relativamente novos, o exe-

cutivo afirma que os produtos para os consumido-

res tradicionais, situados entre esses dois extremos,

devem se tornar cada vez mais competitivos. A maior

segmentação e conhecimento dos interesses dos clien-

tes é um dos focos que Marucco considera um diferen-

cial para a atuação da empresa.

A recém-criada diretoria de Estratégia e Execução elabora e acompanha projetos para estreitar a relação com clientes e corretores, garantindo o alinhamento de todas as iniciativas da SulAmérica, posicionando-a como referência no mercado de seguros

TEoRIA E PRÁTICA JUNTAS!

Page 70: Revista ONLINE SulAmerica 1º Edição

70 Abril 2011

A nova diretoria também é responsável por acompa-

nhar a execução dos principais projetos corporativos da

seguradora, todos voltados para o crescimento da compa-

nhia. Esses projetos vão desde a abertura de novas fi liais e

C.A.S.A.s, análise de parcerias e canais alternativos e me-

lhoria da efi ciência operacional. Para isso, além das áreas

de inteligência e estratégia, a diretoria possui uma área de

gerência de projetos que trabalha alinhada ao posiciona-

mento da companhia para a execução dos projetos.

O portifólio atual é composto por 19 iniciativas estratégicas.

Uma delas é o compromisso assumido pela companhia em ser

a marca preferida entre os consumidores e corretores. O novo

posicionamento estratégico da SulAmérica visa impulsionar

a preferência pela marca, revolucionar a relação clientes e

empresa, evitando que o seguro seja um problema a mais

na vida dos consumidores. “É fundamental para a compa-

nhia e para o cumprimento das nossas metas termos uma

área de gestão de projetos alinhada à gestão de negócios

e à estratégia corporativa da empresa”, destaca Marucco.

A nova diretoria reúne 60 profi ssionais e é formada por

quatro áreas: CRM, Ouvidoria, Estratégia e Gerenciamento de

Projetos (PMO ou Project Management Offi ce). Foi estruturada

com o propósito de apoiar as transformações propostas pelo

presidente da SulAmérica, Thomaz Cabral de Menezes, que

assumiu o cargo em abril de 2010. “Ele chegou com uma

agenda de mudanças ousadas, e identifi cou a necessidade

de uma diretoria para dar velocidade a esse movimento”,

argumento Marucco. A diretoria de Estratégia e Execução

faz a gestão e o acompanhamento dos projetos que mobili-

zam mais de um departamento da empresa. “Controlamos o

portfólio, avaliamos a necessidade de investimentos, quais

são os projetos mais atrativos e defi nimos compromissos

para o seu desenvolvimento nas diferentes áreas”.

Neste sentido, a abertura de novas fi liais é uma das ações

prioritárias da área. Atualmente, a SulAmérica possui 55

fi liais espalhadas pelo País e a expectativa é abrir mais 15

até o fi nal de 2011.

Já em relação aos Centros Automotivos de Super

Atendimento, os conhecidos C.A.S.A.s, que hoje

somam 30 unidades, a ideia é crescer os pontos onde o serviço

está disponível na ordem de 30%. Toda essa expansão está

relacionada aos atributos de agilidade e transparência que a

SulAmérica quer ver reconhecidos em sua marca. “Estar

próximo dos corretores e clientes é fundamental para

garantirmos rapidez nos processos e um bom relacionamento

com estes públicos”, comenta Marucco.

O executivo tem experiência na interface entre unidades de

negócio distintas. Foi diretor de Informática da SulAmérica,

onde ingressou em 2005. Formou-se em Tecnologia de

Processamento de Dados, pela Pontifícia Universidade

Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), e em Administração

de Empresas, pela Universidade Cândido Mendes (UCAM/

RJ); com MBA Executivo em Gestão de Negócios pelo

Ibmec RJ, e formação em General Management Program,

pela Harvard Business School.

Corporativo

“Controlamos o portfólio,avaliamos a necessidade de investimentos, quais são os projetos mais atrativos e defi nimos compromissos para o seu desenvolvimento nas diferentes áreas”

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Em uma grande empresa é normal que existam problemas. Agora,

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