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O Contexto Histórico

Relembremos que o marco inicial do surgimento da Doutrina Espírita é o lançamento da 1ª edição de O Livro dos Espíritos, aos 18 de abril de 1857, portanto, há 151 anos.

A partir dessa data, uma grande revolução teve início! O Livro dos Espíritos foi um grande sucesso e teve uma extraordinária repercussão. Kardec recebeu enxurradas de cartas com perguntas e questionamentos e foi sentindo a necessidade de estabelecer um foro de discussão.

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O Contexto HistóricoImerso nesse contexto, o admirável codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, sob os auspícios da espiritualidade superior, já intuía os próximos passos que precisariam ser dados.

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Era preciso atendera demanda crescen-te pelo esclarecimento, bem como contra-argumentar os críticos gratuitos. Era preciso dar movimento à doutrina nascente. Novos planos surgiam na mente do codificador, que sonhava com uma divulgação mais ampla.

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O Surgimento da RevistaAos 15 de novembro de 1857, estava Kardec na residência do Sr. Dufaux, em Paris. O Codificador entabula um diálogo com um orientador espiritual, a partir da mediunidade da jovem Ermance Dufaux:

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Kardec: Tenho a intenção de publicar um jornal espírita: julgais que o conseguirei e me

aconselhais a fazê-lo? (...).

Resposta: Consegui-lo-ás, com perseverança. A idéia é boa; preciso se faz, porém, deixá-la

amadurecer mais.

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O Surgimento da RevistaKardec: Temo que outros me tomem a dianteira.

Resposta: Importa andar depressa.

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Kardec: Não quero outra coisa, mas falta-me tempo. Tenho dois empregos que me são

necessários, como o sabeis. Desejara renunciar a eles, a fim de me consagrar inteiramente à minha tarefa, sem outras

preocupações.

Resposta: Por enquanto, não deves abandonar coisa alguma; há sempre tempo

para tudo; move-te e conseguirás.

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O Surgimento da RevistaKardec: Eu pretendia publicar um primeiro número como ensaio, a fim de lançar o jornal e marcar data, e continuar mais tarde, se for possível. Que vos parece?

Resposta: A idéia é boa, mas um só número não bastará; entretanto, é conveniente e mesmo necessário, para abrir

caminho. (...) De começo, deves cuidar de satisfazer à curiosidade; reunir o sério ao agradável: o sério para atrair os

homens de Ciência, o agradável para deleitar o vulgo. Esta parte é essencial, porém a outra é mais importante, visto que sem ela o jornal careceria de fundamento sólido. Em suma, é preciso evitar a monotonia por meio da variedade, congregar

a instrução sólida ao interesse que, para os trabalhos ulteriores, será poderoso auxiliar.

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O Surgimento da RevistaNOTA — Apressei-me a redigir o primeiro

número e fi-lo circular a 1º de janeiro de 1858, sem haver dito nada a quem quer que fosse.

Não tinha um único assinante e nenhum fornecedor de fundos. Publiquei-o correndo eu,

exclusivamente, todos os riscos e não tive de que me arrepender, porquanto o resultado

ultrapassou a minha expectativa. A partir daquela data, os números se sucederam sem

interrupção e, como previa o Espírito, esse jornal se tornou um poderoso auxiliar meu.

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A partir de então, surge a Revista Espírita, que foi publicada por Kardec, mensalmente, por 11 anos e 4 meses, até o seu desencarne, quando a edição de abril de 1869 já estava pronta.

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Os Objetivos da Revista

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Começamos a entender os objetivos da Revista a partir do subtítulo: Jornal de Estudos Psicológicos, que segundo Kardec, foi acrescido ao título da revista, a fim de dar a compreender toda a sua importância, já que se propunha a Revista a examinar tudo quanto se ligasse ao conhecimento da metafísica do homem, estudando-a no seu estado presente e futuro.

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O Conteúdo da Revista

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“O relato das manifestações materiais e inteligentes dos Espíritos, aparições, evocações, etc., bem como todas as notícias relativas ao Espiritismo. O ensino dos Espíritos sobre as coisas do mundo visível e invisível; sobre as ciências, a moral, a imortalidade da alma, a natureza do homem e o seu futuro. A história do Espiritismo na antigüidade; suas relações com o magnetismo e com o sonambulismo; a explicação das lendas e das crenças populares, da mitologia de todos os povos, etc.”

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O Conteúdo da Revista

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No capítulo III de O Livro dos Médiuns, ele assim se refere à Revista Espírita: “Variada Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos destacados que completam a exposição trechos destacados que completam a exposição das duas obras precedentes (O Livro dos das duas obras precedentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns), e que Espíritos e O Livro dos Médiuns), e que representa de alguma maneira a sua aplicação. representa de alguma maneira a sua aplicação. Sua leitura pode ser feita ao mesmo tempo que a Sua leitura pode ser feita ao mesmo tempo que a daquelas obras, mas será mais proveitosa e daquelas obras, mas será mais proveitosa e sobretudo mais compreensível após a leitura do sobretudo mais compreensível após a leitura do Livro dos EspíritosLivro dos Espíritos.”

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A Importância da Revista

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• VALOR HISTÓRICOVALOR HISTÓRICO

A Revista Espírita constitui-se, conforme o próprio Kardec define em sua 1ª edição, nos anais do espiritismo. É a história viva da Doutrina Espírita, seu processo de desenvolvimento e sua propagação no século XIX. Em suas páginas (4409 no original francês), podemos acompanhar a luta, o esforço e o trabalho hercúleo de Kardec na construção metódica da Doutrina e na formatação e estruturação do movimento espírita.

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A Importância da Revista

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• INTIMIDADE COM KARDECINTIMIDADE COM KARDEC

Nas páginas da Revista Espírita é possível encontrar um Allan Kardec bem além da

imagem a que nos habituamos. Além das já conhecidas virtudes de sabedoria, prudência e bom senso, é na Revista que se aprende a

conhecer o Kardec do dia-a-dia: sensível e generoso, um homem bom. Em todas as suas

múltiplas tarefas - de homem do mundo, dirigente e espírita – ele surge respondendo a críticas, elogiando, destacando trabalhadores e obras, posicionando-se perante os ataques

à Doutrina, prestando contas de cada centavo recebido como doação.

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A Importância da Revista

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• APROFUNDAMENTO DOUTRINÁRIO – (COMPL.)APROFUNDAMENTO DOUTRINÁRIO – (COMPL.)

Várias questões propostas nos livros da codificação, e tratadas de forma sintética, são amplamente tratadas na Revista, com análises e discussões pormenorizadas.

“Nossa Revista será, assim, uma tribuna, na qual, entretanto, a discussão jamais deverá

afastar-se das normas das mais estritas conveniências. Numa palavra, discutiremos,

mas não disputaremos. As inconveniências de linguagem jamais foram boas razões aos

olhos da gente sensata: é a arma daqueles que não possuem algo melhor, e que se volta

contra quem a maneja.”

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A Importância da Revista

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•CONTEMPORANEIDADECONTEMPORANEIDADE

A atualidade de Kardec é realmente impressionante. Pareceque ontem mesmo escreveu as várias páginas que hoje tanto

nos comovem e que são mais atuais do que nunca.Parece que faz pouco tempo que coordenou e sistematizou

aquelas comunicações mediúnicas do mais alto valor,com o seu meticuloso critério científico e com a precisão que

caracteriza todo o seu trabalho metódico. Suapresciência também é verdadeiramente notável.

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•RIQUEZA ESPIRITUALRIQUEZA ESPIRITUAL

Santo Agostinho Joanna D’Arc Mozart São Vicente de Paulo

FénelonLamennais

J. J. RosseauPascal

Galileu

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A Continuidade da Revista

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Nos anos que se seguiram, a Revista continuou pelo esforço de diversos membros da Sociedade

Parisiense de Estudos Espíritas. Entre eles Camille Flammarion, Léon Denis e, principalmente, o casal Pierre-Gaëtan e Marina Leymarie. Todos buscaram manter as diretrizes de Kardec, mas houve percalços: enganado por um charlatão,

Leymarie passou dois anos na prisão e madame Amélie Boudet, viúva de Allan Kardec, foi

humilhada publicamente durante o julgamento. Nada disso foi capaz de parar a Revista. Somente

as duas guerras mundiais que atingiram duramente a Europa interromperam a trajetória da publicação francesa fundada pelo Codificador do Espiritismo.

Leon Denis

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A Revista Espírita Hoje

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Como parte das homenagens prestadas pela FEB ao Codificador, pelo transcurso, em 2004, do Bicentenário de seu nascimento, foi publicada a coleção de 12 volumes, referentes aos anos de 1858 a 1869, num total de quase 7000 páginas na versão brasileira.

Hoje, com o nome de La Revista Espírita, e editada pelo CEI – Conselho Espírita Internacional, ela é editada em vários idiomas, dentre os quais o espanhol, inglês, francês e russo, com uma diagramação moderna, mais ainda atendendo aos objetivos iniciais do Jornalista Allan Kardec!

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Conclusão

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De forma alguma, é nossa pretensão esgotar o Assunto. O objetivo é justamente plantar nos vossos corações a semente da curiosidade sadia, e nos damos por satisfeitos se, com essa singela apresentação, possamos ter suscitado o desejo de procurar conhecer melhor mais essa obra de Kardec, que merece ser lida, e muito mais do que isso, ESTUDADA, na sua riqueza de conteúdo, que muito tem a colaborar para a nossa formação enquanto espíritas.

Muito obrigado!Muito obrigado!E boa Leitura!!!E boa Leitura!!!

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