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Revista da Juventude

São João Paulo II

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Edição 02 - Ano I Pastoral Juvenil da Diocese de Paranavaí agosto-2014

LECTIO DIVINA DOS EVANGELHOS DOMINICAIS

DUAS ASAS QUE NOS ELEVAM A DEUSMUNDANISMO ESPIRITUAL

O mundanismo espiritual é uma realidade tão presen-te nas nossas comunidades, tem uma grande facilidade de se infi ltrar nos nossos gru-pos pois possui uma roupa-

gem religiosa, mas que fi ca apenas na aparên-cia. Podemos identifi car esse pensamento ao lon-go da História da Igreja, sempre identifi cado com uma heresia, quase sem-pre está ligado ao poder e o mais preocupante é que sua incidência é

maior na juventude.

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Esta coluna tem por objetivo provocar o jovem leitor a pensar sobre o papel da fé e da razão na vida do jovem cristão no mundo contemporâneo. Dessa forma, nosso diálogo não poderia se iniciar de outra

forma senão pela alusão à encíclica de São João Paulo II sobre as relações entre fé e razão (Fides et ratio). No documento, de forma profundamente teológica e poética, o saudoso Papa afi rma “A fé e a razão (fi des et

ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade.

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A l i t u r g i a dominical do mês de agosto inicia-se pelo 18º Domingo do Tempo Comum, em que o Evangelho narra a multiplicação dos pães. O tema é bastante inspirador para o início desta

nossa partilha sobre a Palavra de Deus através do método da leitura orante (Lectio Divina). Em nossas comunidades, em cada celebração eucarística e, solenemente, no Dia do Senhor, o domingo, o Senhor Jesus é presença real na Eucaristia, na comunidade

reunida e na Palavra Proclamada.Assim, nossa fome de Deus é saciada pelo encontro com os irmãos, pelo o Pão Eucarístico e pelo Pão da Palavra. A Exortação Pós-Sinodal “Verbum Domini” nos recorda que a Palavra de Deus tem para nós um rosto, Jesus de Nazaré.

::Páginas 4-7::

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Revista São João Paulo II 2 agosto - 2014 Revista São João Paulo II 3 agosto - 2014

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Estamos já na segunda edição da Revista da Ju-ventude - São João Paulo II, ainda estamos em fase de teste, conseguindo algumas pessoas para serem colu-nistas em nossa revista e assim, ter assuntos diversos que possam agregar na vida do jovem, seja no grupo ou pessoal.

Nos próximos meses teremos mais novidades quanto a isso e também vamos iniciar a caminhada rumo ao DNJ - Dia Nacional da Juventude, que tem como tema esse ano: “Feitos para sermos livres, não escravos” e tem como Iluminação bíblica: “Eis o que diz o Senhor. Praticai o direito e a justiça, e livrai o oprimido das mãos do opressor”. (Jr 22, 3a). Já foi disponibilizado o subsídio para o mês de agosto e se-tembro, que foi feito conforme o subsídio “Jovem e a CF”, dos livros da Campanha da Fraternidade de 2014. Após, faremos uma caminhada para a Jornada Diocesana da Juventude, que irá acontecer nos dias 06 e 07 de dezembro.

Esperamos que desfrutem dessas ferramentas e desse caminho que propomos para esses dois eventos grandes que vai acontecer em nossa Diocese de Para-navaí.Vamos caminhar juntos, mas cada um conforme o seu carisma.Deus nos abençoe!!

Aléx Tutty

Conecta Christi - Equipe de Comunicação da Pastoral Juvenil da Diocese de Paranavaí

Diagramação e Layout: Aléx Tutty

Redação: Jovens Comunicadores

[email protected]

Publicação mensal e onlinewww.conectachristi.com.br

EDITORIAL

EXPEDIENTE

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Fiquem Conectados!!!

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Introdução à leitura orante •Acendimento da vela e invocação do Espírito Santo

1º Momento - LEITuRA - O que nos fala os textos em si

a. Retire-se em silêncio, b. Procure um espaço (capela, jardim, quarto,etc.). c. Entre em sintonia consigo mesma, respire profundamente e preste aten-ção , nos seus sentimentos, pensamentos, emoções. Peça a ajuda do Espírito Santo, d. Leia o texto: e. (sublinhe frases ou palavras importan-tes. ou transcreva parte do texto .. ). Pres-tar atenção às imagens, verbos, f. Caso você lembrar de outro texto dê atenção a esta lembrança, g. Caso você se dispersar, respire, peça o dom do Espírito e recomece o caminho,

2º Momento - MEDITAÇÃO - O que Deus nos fala hoje por este texto

a.Experimente reler o texto! b.Repetir, mastigar, sentir o sabor, rumi-nar a Palavra ... c.Ouvir o que Deus está dizendo hoje através do texto.d.Escolha uma frase ou expressão do texto que te marcoue.Preste atenção aos apelos do Senhor.

3º Momento: ORAR - O que o texto me faz dizer para Deus

- Deixar brotar de dentro do coração tocado pela Palavra uma resposta ao Senhor, preces, agrade-cimentos , pedido de perdão

4º Momento: CONTEMPLAR

a. Expressar um compromisso a que a Leitura Orante nos levou.b. Resumir tudo numa frase para levar consigoc. Rezar um Salmo apropriado para encerrar o momento.

LEITuRA ORANTE DA BíBLIA - LECTIO DIVINAPassos da Lectio Divina

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SENHOR DÁ-NOS SEMPRE DESTE PÃO

Amarildo Pinheiro MagalhãesParóquia Nossa Senhora de Guadalupe – Loanda

Gabriel GuimarãesParóquia Nossa Senhora Aparecida – Loanda

A liturgia dominical do mês de agosto inicia-se pelo 18º Domingo do Tempo Comum, em que o Evangelho narra a multiplicação dos pães. O tema é bastante inspirador para o início desta nossa partilha sobre a Palavra de Deus através do método da leitura orante (Lectio Divina). Em nossas comunidades, em cada celebração eucarística e, solenemente, no Dia do Senhor, o domingo, o Senhor Jesus é presença real na Eucaristia, na comunidade reunida e na Palavra Proclamada. Assim, nossa fome de Deus é saciada pelo encontro com os irmãos, pelo o Pão Eucarístico e pelo Pão da Palavra. A Exortação Pós-Sinodal “Verbum Domini” nos recorda que a Palavra de Deus tem para nós um rosto, Jesus de Nazaré. Neste mês vocacional, desejamos que você, jovem, possa descobrir o sabor do encontro com o Cristo-Palavra de Deus que nos é, com alegria, decidida segui-Lo, conforme o chamado que Ele lhe faz no hoje da sua vida, no vigor da sua juventude. Para isso, contamos com a intercessão amorosa de Maria, Assunta ao Céu, Mãe das Vocações e padroeira da nossa Diocese.

3 DE AGOSTO - 18º DOMINGO DO TEMPO

COMUM

O Evangelista Mateus nos apresenta, neste domingo, Jesus e a multidão em lugar deserto. A exemplo de Moisés , Jesus sacia a fome do povo, fazendo memória da primeira Páscoa e do maná enviado por Deus. Somos convidados a colaborar com Jesus no milagre da partilha e nos deixarmos alimentar por Ele, com o Pão da Vida Eterna.

Mateus 14, 13-21

LEITURA – O QUE O TEXTO DIZ EM SI?

- Jesus acabara de receber a notícia da morte de João Batista e se retira para o deserto;

- A multidão o segue e Ele “encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes”;

- Os discípulos apresentam a Jesus uma dificuldade (alimentar a multidão) e uma solução (despedi-los para que cada um compre o seu alimento);

- Jesus propõe uma solução revolucionária: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer”;

- Alimentar o povo com a palavra acarreta também o compromisso com as suas condições de vida;

- O milagre acontece com a colaboração de alguém que se propõe a partilhar. Esta é a lógica do projeto de Deus, romper com o egoísmo que gera acumulação, desigualdade e sofrimento;

- A partilha gera a fartura: “todos comeram e ficaram satisfeitos e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios” (Mt 14,20);

- Elementos que enriquecem a leitura (CNBB, 1998):

Paralelo com o maná (Êxodo 16) e com a saída do Egito (Êxodo 12). Jesus é o novo Moisés, que sacia a fome do novo Povo de Deus;

O sentido dos números: cinco pães e dois peixes, formam sete (sinal de totalidade para os judeus); sobraram doze cestos (recorda as doze tribos de Israel e o novo Povo de Deus, a Igreja);

MEDITAÇÃO – O QUE O TEXTO DIZ PARA MIM?

- Com que personagem do texto eu me identifico?

- O que me diz a atitude da multidão?

- O que me diz a atitude dos discípulos?

- O que me diz a atitude de Jesus?

- Que palavra ou expressão do texto fala hoje ao meu coração?

- Como tem acontecido o milagre da partilha em minha vida e na vida de minha comunidade?

ORAÇÃO – O QUE EU DIGO A DEUS?

Somos convidados a voltar o nosso coração a Jesus que “se enche de compaixão” por nós e acolhe as fomes mais profundas do nosso ser. Falar-lhe como a um amigo que nos guia nos deserto da vida.

CONTEMPLAÇÃO – COMO A PALAVRA ILUMINA O MEU AGIR?

Somos convidados a saborear a Palavra de Deus. Que atitudes interiores e exteriores a intimidade com narrativa da multiplicação dos pães nos motiva?

10 DE AGOSTO - 19º DOMINGO DO TEMPO

COMUM

A cena narrada por São Mateus no Evangelho deste domingo sucede o milagre da multiplicação dos pães e mostra Jesus que vem ao encontro dos apóstolos caminhando sobre as águas. A barca agitada pelo mar revolto simboliza a comunidade cristã (CNBB, 1988), sempre agitada pelas águas do mundo. Somos convidados, portanto, a olhar para as tempestades que assolam nossa vida comunitária e pessoal e, diante delas, gritar ao mundo a nossa profissão de fé: Jesus é verdadeiramente o Filho de Deus.

LECTIO DIVINA

EVANGELHOS DOMINICAIS - MÊS DE AGOSTO

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Revista São João Paulo II 5 agosto - 2014

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Mateus 14,22-33

LEITURA – O QUE O TEXTO DIZ EM SI?

- A cena se passa após a multiplicação do pães;

- Jesus despede os discípulos da barca;

- Homem de Oração, Ele retira-se para rezar, busca a intimidade com Pai;

- Sozinhos na barca, os apóstolos experimentam a ação de ventos contrários;

- Jesus vem ao seu encontro, mas eles não o reconhecem: é um fantasma!;

- Jesus se manifesta: “Coragem. Sou eu. Não tenhais medo!”.

- Com o consentimento de Jesus, Pedro vai ao seu encontro caminhando sobre as águas;

- Ao sentir o vento, Pedro tem sua fé afetada e começa a afundar: “Senhor, salva-me”;

- Jesus o repreende, mas o salva;

- Com a presença de Jesus no barco o vento se acalma;

- Os acontecimentos narrados levam os discípulos a uma conclusão: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus”.

MEDITAÇÃO – O QUE O TEXTO DIZ PARA MIM?

- Com que personagens do texto eu me identifico?

- Por onde e como tem navegado a barca da minha vida?

- Eu consigo reconhecer, nas tempestades da vida, a presença de

Jesus que vem ao meu encontro?

- Quando o mar está revolto, consigo ouvir a voz de Jesus a dizer “Coragem. Sou eu. Não tenhais medo!”?

- Eu tenho coragem de ir ao encontro de Jesus em meio a tempestade?

- Na caminhada ao encontro de Jesus, quais os ventos que afetam e me podem fazer afundar?

- Como tenho reagido diante dos ventos contrários que assolam a minha comunidade?

- Quem é Jesus em minha vida pessoal e comunitária?

ORAÇÃO – O QUE DIGO A DEUS?

Assim como os apóstolos somos convidados hoje a professar a nossa fé em Jesus, não apenas pelo seu poder de acalmar a tempestade, mas por aquilo que Ele é, como afirmaram os discípulos: “Verdadeiramente, tu és Filho de Deus (Mt 14,23). Pela força do Espírito Santo, somos, portanto, impulsionados a um ato de fé, que brote do mais íntimo dos nossos corações e que gere em nós a decisão de seguir a Jesus no revolto mar do mundo pós-moderno. Falemos disso ao Pai com coração de filhos e filhas.

CONTEMPLAÇÃO – COMO A PALAVRA ILUMINA O MEU AGIR?

A partir do sabor que a Palavra de Deus deixa em nossos corações, somos desafiados a professar a nossa fé em Jesus Cristo em todas as circunstâncias de nossa vida, sobretudo naquelas em que o revolto mar da vida parece querer nos afogar.

17 DE AGOSTO – SOLENIDADE DA

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Neste domingo, somos convidados a olhar para Maria, Mãe da Igreja e nossa mãe, e com ela cantar as maravilhas de Deus. O Evangelista São Lucas nos mostra a sua atitude de serviço e humildade, indo apressadamente ao encontro de Isabel, mesmo levando em seu ventre o Rei dos Reis. Ao ser reconhecida como a preferida de Deus, sua reação é de louvor a Deus que nela fez maravilhas. O exemplo da Mãe do Senhor, a primeira cristã, deve ser nossa inspiração para que mereçamos usufruir das maravilhas que o Senhor quer realizar em nós, nesta vida e celebrar os seus louvores, aqui e na eternidade.

(Lucas 1, 39-56)

LEITURA – O QUE O TEXTO DIZ EM SI?

- O episódio narrado por Lucas acontece logo após a Anunciação, assim que o anjo deixou Maria (Lc 1,38);

- Ao aceitar gerar o Filho de Deus feito o homem, a primeira atitude da Virgem Mãe é partir para auxiliar a parenta que, em idade avançada, encontrava-se no sexto mês de gestação, conforme

palavras do anjo Gabriel, e, certamente, precisava de auxilio;

- A chegada e saudação de Maria provoca um alegre e profunda profissão de fé por parte de Isabel que a proclama como “Mãe do meu Senhor”, ou seja, Isabel reconhece que o filho que está sendo gerado no ventre virginal de Maria é o Senhor, o Messias prometido e ansiosamente esperado pelo povo de Israel;

- Também o menino João Batista, no ventre de Isabel, faz sua profissão de fé, ao estremecer de alegria;

- Maria não se apropria desses elogios, isto é, não se coloca como causa de tamanha alegria, mas eleva a Deus o seu Magnificat, o seu canto a respeito das Maravilhas que Deus fez em seu favor;

- Não é apenas um canto pessoal, mas um hino de louvor pronunciado em nome de todo o povo de Israel em cuja história sempre se manifestaram as maravilhas de Deus;

- As maravilhas de Deus na vida de Maria: Ele olhou para a humildade de sua serva; as grandes coisas que Ele realizou a fazem Bem-aventurada entre todas as gerações;

- As maravilhas de Deus em favor do seu povo: estende de geração em geração a sua misericórdia aos que o respeitam; vem em socorro dos mais fracos e destrona os soberbos e poderosos; cumpre, por misericórdia, as suas promessas em favor de Israel, conforme a palavra empenhada com Abraão e com todos os seus filhos;

- A Igreja é o novo Povo de Deus, portanto herdeira das promessas feitas ao antigo Israel e plenamente cumpridas em Jesus, o filho da

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Virgem Maria.

MEDITAÇÃO – O QUE O TEXTO DIZ PARA MIM?

- Qual versículo, frase, expressão ou palavra ecoou mais forte em meu coração durante a leitura?

- Ao olhar para as situações que estou vivendo hoje, com personagem da narrativa eu mais me identifico?

- Assim como Maria, somos chamados a colaborar na missão de gerar Jesus ao mundo, por meio da Igreja? Como tenho agido?

- Eu me alegro, como Isabel e João Batista pela presença de Jesus na casa da minha existência, isto é, na minha vida?

- Eu consigo perceber as constantes visitas que Deus faz à minha casa, à minha vida, na pessoa do irmão, sobretudo naqueles que mais precisam?

- Que maravilhas Deus tem realizado na minha vida?

- Eu tenho cantando ao mundo as maravilhas que Deus realizou em minha história?

ORAÇÃO – O QUE DIGO A DEUS?

A exemplo de Maria que, recordando a história e as expectativas do povo de Israel, cantou as maravilhas do Senhor realizadas em sua vida, somos hoje convidados a elevar a Deus o nosso Magnificat, o nosso hino de gratidão pelas vezes que Ele veio em nosso socorro e nos manifestou a sua misericórdia que se estende de geração em geração.

CONTEMPLAÇÃO – COMO A PALAVRA ILUMINA O MEU AGIR?

À luz da Palavra de Deus com que a Igreja nos alimenta neste dia, somos inspirados a, por meio das nossas ações, como membros da Igreja, a gerar Jesus Cristo ao mundo, servindo os irmãos que de nós necessitam.

24 DE AGOSTO – 21º DOMINGO DO TEMPO

COMUM

Por meio do relato de São Mateus a respeito do primado de Pedro, somos m o t i v a d o s pela Palavra de Deus a fazer expe r i ênc i a

comunitária do discipulado missionário e distinguir, em nosso meio, a presença de Jesus e o diferencial de sua missão. Não seguimos um grande profeta ou um messias revolucionário, mas o Filho do Deus vivo, aquele que não veio para exercer um poder político, mas para livrar da morte aqueles que o reconhecem e o aceitam como Palavra de Deus enviada para a salvação do mundo.

Mateus 16, 13-20.

LEITURA – O QUE O TEXTO DIZ EM SI?

- Jesus inicia um diálogo com os seus amigos mais próximos a respeito de si mesmo?

- A primeira pergunta é indireta: “Quem dizem os homens ser o filho do homem?”

- As respostas mostram que o povo reconhece em Jesus sinais da sua missão divina, enxerga-o como um grande profeta, mas não ainda como o Profeta por excelência;

- Jesus indaga agora aqueles que com Ele caminhavam mais de perto e haviam testemunhado suas palavras, suas atitudes e seus sinais (milagres): “E vós, quem dizeis que eu sou?”;

- Pedro, reponde, em nome do grupo, por meio de uma belíssima profissão de fé: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”;

- Como todo ato de fé, tal afirmação, elogiada por Jesus, não é mero fruto do conhecimento ou intuição humanas, mas é verdade revelada pelo próprio Deus;

- Mediante a manifestação pública de sua fé em Jesus como Cristo, isto é, o Ungido (Messias) enviado por Deus, é confiada a Pedro a missão de conduzir a Igreja nascente;

- A palavra Pedro, em aramaico (Kepha), significa pedra escavada, gruta que serve de abrigo para os pastores, pobres e seus animais (CNBB, 1998);

- Ele recebe as chaves para, em nome de Jesus, e no amor aos irmãos, abrir as portas do Reino dos Céus a todos aqueles que aderirem ao projeto de Jesus e preservar esse reino da presença indesejada daqueles que tem intenções e planos diferentes daqueles pelos quais Jesus ofereceu a sua vida;

- Em Pedro, nós, Igreja, recebemos a promessa de que por mais que as forças do mal, por mais que se lancem contra a comunidade dos filhos e filhas de Deus, elas jamais poderão vencê-la;

MEDITAÇÃO – O QUE O TEXTO DIZ PARA MIM?

- Como eu me vejo na cena

relatada por São Mateus? Que lugar eu ocupo?

- Eu me sinto parte da comunidade dos amigos mais próximos de Jesus, ou seja, aqueles com quem ele mantém os diálogos mais íntimos?

- O que se diz de Jesus atualmente? O que ouço falar dele por aí?

- E eu, o que digo de Jesus, com minhas palavras e, sobretudo, com minha vida?

- Como tem sido minha vida em comunidade? Eu reconheço, com alegria, como parte da grande família dos filhos de Deus, fundada sobre a fé de Pedro?

- Como posso reconhecer em minha história a presença e a ação do Filho de Deus vivo, que vence o poder da morte e das trevas para trazer a todos a vida em abundância?

- De que maneira eu posso contribuir para que outros jovens possam entrar pelas portas do reino dos céus, para que mais irmãos e irmãs se sintam ligados ao projeto de vida plena anunciado e testemunhado por Jesus até as últimas consequências?

ORAÇÃO – O QUE DIGO A DEUS?

Provocados pela leitura e meditação do Evangelho, somos chamados hoje a manifestar a Deus a nossa alegria e gratidão por pertencermos à Igreja, a grande comunidade de fé, esperança e caridade sonhada e edificada por Jesus, por meio da qual Ele nos quer salvar. Ao olharmos para a fé de Pedro, somos convidados a pedir a Deus que fortaleça a caminhada dos nossos pastores a fim de que sejam para nós a rocha firme a sustentar e animar nossa

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caminhada no Senhor. Rezemos também por todos os fiéis leigos que se dedicam aos diversos ministérios na Igreja.

CONTEMPLAÇÃO – COMO A PALAVRA ILUMINA O MEU AGIR?

Como membros da Igreja somos vocacionados a colaborar com Jesus na missão confiada a Pedro, isto é, abrir as portas do Reino do Céu aos que dele se encontram distantes e (re)ligar ao seio da comunidade aqueles que encontram-se sem rumo pelos caminhos da vida.

31 DE AGOSTO – 22º DOMINGO DO TEMPO

COMUM

Este evangelho dominical apresenta a continuação do diálogo de Jesus após a profissão de fé de Pedro: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo!”. Após acolher e elogiar a exclamação de Pedro, feita em nome da comunidade dos discípulos, Jesus começa a explicar-lhes como é o seu messianismo. A palavra Messias (hebraico) ou Cristo (grego) significa “O Ungido” e lembrava a unção com óleo feita aos reis no Antigo Testamento. Somos provocados, no diálogo com a Palavra Deus a reconhecer a diferença de Jesus em relação aos demais reis e à imagem do rei esperado por muitos em Israel, no tempo de São Mateus e também por muitos de nós, cristãos do

terceiro milênio.

(Mateus 16, 21-27)

LEITURA – O QUE O TEXTO DIZ EM SI?

- Após a profissão de fé de Pedro: Tu és Messias, isto é, o Cristo, o Ungido de Deus, Jesus passa a aprofundar a formação dos discípulos a respeito do Messias que ele verdadeiramente era;

- O Messias esperado pelo povo daquela época, inclusive, por Pedro, era o rei glorioso que rviria restaurar politicamente o reino de Israel, sentar-se no trono de Davi e, com seu grande e poderoso exército libertar a nação da dominação do império romano;

- Jesus revela ser um Messias diferente, em vez de rei glorioso, ele é o servo sofredor anunciado pelo profeta Isaías (ver, por exemplo, Is 53 1-12);

- Ele haveria de experimentar a morte pelas mãos dos chefes do povo mas a venceria, por meio de sua ressurreição ao terceiro dia;

- Pedro, embora convencido de que Jesus era o Messias, não admite a ideia do Cristo sofredor;

- A proposta de Pedro a Jesus: Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!” (Mt 16,22), não corresponde ao projeto de Deus. Não que Deus tivesse desejado a morte de Cristo na cruz, mas ele seria consequência do projeto libertador que Ele veio anunciar e que entrou em choque com o sistema de morte sustentado pelos poderosos de sua época;

- Tentar escapar da morte e do sofrimento significaria abrir mão do projeto de amor de Deus pela humanidade, por isso são tão duras as palavras de Jesus para

Pedro. A mentalidade do apóstolo expressava ideias contrárias ao plano da salvação e faziam dele pedra de tropeço, motivo de escândalo;

- Após corrigir as ideias distorcidas de Pedro a seu respeito, Jesus começa a apresentar as condições para segui-lo. Se ele é o homem da cruz, o homem das dores, experimentado no sofrimento (Is 53,3), tomar a cruz de cada dia é condição para o discipulado, ou seja, não há como seguir a Jesus sem passar pela cruz;

- O discípulo missionário precisa abrir das seguranças deste mundo, que podem leva-lo à perdição da pessoa por inteiro e, com alegria entregar a sua vida por causa do Mestre;

- É perdendo a vida por Jesus, unindo-se aos sofrimentos e perseguições que Ele sofreu nesta terra que os seus seguidores ganharão uma nova vida, isto é, a alegria de caminhar com Ele neste mundo e merecer a vida eterna no reino definitivo.

MEDITAÇÃO – O QUE O TEXTO DIZ PARA MIM?

- O que significa para mim acreditar que Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo?

- Que imagem desse Messias eu faço para mim e revelo aos que estão a minha volta? Ele é o rei triunfante ou o servo sofredor?

- Estou disposto(a) a aderir plenamente ao projeto de salvação de Deus para a humanidade revelado e concretizado em Jesus Cristo, mesmo que isto me custe a cruz, o sofrimento?

- Quais cruzes eu tenho assumido em minha vida por causa do Reino de Deus? Qual a minha atitude em

relação a elas?

- O que significa para mim perder a vida por causa de Jesus?

- Que recompensa eu espero por suportar a dor e a perseguição por causa de Jesus? Conto com apenas com as recompensas deste mundo?

ORAÇÃO – O QUE DIGO A DEUS?

Inspirados pelas palavras de Jesus: “Quem perder a sua vida por causa de mim vai encontrá-la” (Mt 16,25b), somos desafiados a fazer a entrega livre e generosa de nossa vida ao Pai como Jesus o fez. Por acreditarmos que Jesus é o Messias que veio libertar a humanidade do pecado e de todas as suas dolorosas consequências, não podemos ter reservas em nos abandonarmos à sua vontade e o seguirmos pelos caminhos da vida.

CONTEMPLAÇÃO – COMO A PALAVRA ILUMINA O MEU AGIR?

Assim como os discípulos, o Evangelho de hoje serve para nos formar como discípulos missionários de Jesus Cristo e nos instiga a assumir uma postura diferente em relação à cruz. Jesus não deseja que sejamos levianos e inconsequentes a ponto de procurarmos o sofrimento, as perseguições pro causa do Reino, mas nos convida acolher com serenidade toda dor decorrente de nossa opção por Ele.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BENTO XVI. Verbum Domini: exortação apostólica pós-sinodal sobre a palavra de Deus na vida e na missão de Igreja. Bíblia Sagrada. Tradução da CNBB.Bíblia de Jerusalém. CNBB. Ele está no meio de nós - O semeador do Reino: o Evangelho segundo Mateus. São Paulo: Paulinas, 1998.

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CONHECENDO OS SANTOS DA IGREJA

João Maria Batista Vianney sem dúvida alguma, se tornou o melhor exemplo das palavras profetizadas pelo apóstolo Paulo: “Deus escolheu os insignificantes para confundir os grandes”. Ele nasceu em 8 de maio de 1786, no povoado de Dardilly, ao norte de Lyon, França. Seus pais, Mateus e Maria, tiveram sete filhos, ele foi o quarto. Gostava de freqüentar a igreja e desde a infância dizia que desejava ser um sacerdote.

Vianney só foi para a escola na adolescência, quando abriram uma na sua aldeia, escola que freqüentou por dois anos apenas, porque tinha de trabalhar no campo. Foi quando se alfabetizou e aprendeu a ler e falar francês, pois em sua casa se falava um dialeto regional. Para seguir a vida religiosa, teve de enfrentar muita oposição de seu pai. Mas com a ajuda do pároco, aos vinte anos de idade ele foi para o Seminário de Écully, onde os obstáculos existiam por causa de sua falta de instrução.

Foram poucos os que vislumbraram a sua capacidade de raciocínio. Para

os professores e superiores, era considerado um rude camponês, que não tinha inteligência suficiente para acompanhar os companheiros nos estudos, especialmente de filosofia e teologia. Entretanto era um verdadeiro exemplo de obediência, caridade, piedade e perseverança na fé em Cristo. Em 1815, João Maria Batista Vianney foi ordenado sacerdote. Mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências. Porém para Deus ele era um homem extraordinário e foi por meio desse apostolado que o dom

do Espírito Santo manifestou-se sobre ele. Transformou-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja já teve.

Durante o seu aprendizado em Écully, o abade Malley havia percebido que ele era um homem especial e dotado de carismas de santidade. Assim, três anos depois, conseguiu a liberação para que pudesse exercer o apostolado plenamente. Foi então designado vigário geral na cidade de Ars-sur-Formans. Isso porque nenhum sacerdote aceitava aquela paróquia do norte de Lyon, que possuía apenas duzentos e trinta habitantes, todos não-praticantes e afamados pela violência. Por isso a igreja ficava vazia e as tabernas lotadas. Ele chegou em fevereiro de 1818, numa carroça, transportando alguns pertences e o que mais precisava, seus livros. Conta a tradição que na estrada ele se dirigiu a um menino pastor dizendo: “Tu me mostraste o caminho de Ars: eu te mostrarei o caminho do céu”. Hoje, um monumento na entrada da cidade lembra esse encontro.

Treze anos depois, com seu exemplo e postura caridosa, mas também severa, conseguiu mudar aquela triste realidade, invertendo a situação. O povo não ia mais para as tabernas, em vez disso lotava a igreja. Todos agora queriam confessar-se, para obter a reconciliação e os conselhos daquele homem que eles consideravam um santo. Na paróquia, fazia de tudo, inclusive os serviços da casa e suas refeições. Sempre em oração, comia muito pouco e dormia no

máximo três horas por dia, fazendo tudo o que podia para os seus pobres. O dinheiro herdado com a morte do pai gastou com eles.

A fama de seus dons e de sua santidade correu entre os fiéis de todas as partes da Europa. Muitos acorriam para paróquia de Ars com um só objetivo: ver o cura e, acima de tudo, confessar-se com ele. Mesmo que para isto tivessem de esperavam horas ou dias inteiros. Assim, o local tornou-se um centro de peregrinações.

O Cura de Ars, como era chamado, nunca pôde parar para descansar. Morreu serenamente, consumido pela fadiga, na noite de 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade.

Muito antes de ser canonizado pelo papa Pio XI, em 1925, já era venerado como santo. O seu corpo, incorrupto, encontra-se na igreja da paróquia de Ars, que se tornou um grande santuário de peregrinação.

São João Maria Batista Vianney foi proclamado pela Igreja Padroeiro dos Sacerdotes e o dia de sua festa, 4 de agosto, escolhido para celebrar o Dia do Padre.

Pe. Antonio M. Garibaldi

Reitor do Seminário Diocesano

São João Maria Vianney - 04 de Agosto

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09 Luau Jovem Milícia de Cristo RCC/Marilena Country Club Marilena

09 Escola de Formação do Cursilho/por setores: Loanda/Tamboara/Paranavaí

10 Visita aos pais dos membros do grupo/GJ Águias Pequenas – Jd. Morumbi Paranavaí

11 a 17 Congresso Nacional Católicos Online – CONACAT/Online Nacional

15 a 17 Shemá de Paranavaí/Com. Católica Emanuel Paranavaí

16 Formação do YouCat – Catecismo Jovem – Em que Cremos – Etapa 2/ Amaporã

16 e 17 Retiro Viver em Cristo GJ JMP – Juventude Missionária/ Casa da Criança Paranavaí

23 2º Cristo Fest/ GJ Agape/Salão Paroquial Guairaçá

22 a 24 5º Decolores/Cursilho/COSDIPA Paranavaí

21 a 24 Acampamento JOAM / Par. São Sebastião/Centro de Formação Graciosa/Paranavaí

23 e 24 Shemá de Marilena/Com. Católica Emanuel Marilena

30 e 31 Encontro Nova Vida/Salão da Capela Nsa. das Graças/Par. São Sebastião Paranavaí

AG

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O mundanismo espiritual é uma realidade tão presente nas nossas comunidades, tem uma grande facilidade de se infi ltrar nos nossos grupos pois possui uma roupagem religiosa, mas que fi ca apenas na aparência. Podemos identifi car esse pensamento ao longo da História da Igreja, sempre identifi cado com uma heresia, quase sempre está ligado ao poder e o mais preocupante é que sua incidência é maior na juventude. De origem platônica o Gnosticismo foi uma doutrina que pregava a distinção entre a matéria e o espírito, sendo este ultimo infi nitamente superior e a matéria frágil e limitada. Também podemos chamar essa corrente de espiritualismo. Já o neopelagianismo autorreferen cial de quem, no fundo, só confi a nas suas próprias forças e se sente superior aos outros por cumprir determinadas normas ou

por ser irredutivelmente fi el a certo estilo católi co próprio do passado. O cristianismo de hoje que não é mais a força dominante parece fraco e limitado se comparado com a época em que religião e Estado constituíam uma só realidade, dessa forma pretendem voltar a um modelo eclesial que outrora fora seguro. Na verdade, são inseguros e por incapacidade de dialogar com o mundo atual querem regressar a um passado que não tiveram a oportunidade de vivenciar. Em outros há um certo exibicionismo na liturgia, na doutrina e no prestígio da igreja. Se preocupam em se afi rmar enquanto Igreja, instituição soberana e que possui uma grande infl uência. Colocam a hierarquia em grande destaque e o povo de Deus como simples servidores. Não se preocupam que o Evangelho adquira

uma real inserção no povo fi el de Deus e nas necessidades concretas da história. O próprio mundanismo espiritual esconde-se por detrás do fascínio de poder mostrar conquistas sociais e políticas, ou numa vanglória ligada à gestão de assuntos práticos, ou numa atração pelas dinâ micas de autoestima e de realização autorreferencial. Também se pode traduzir em várias formas de se apresentar a si mesmo envolvido numa densa vida social cheia de viagens, reuniões, jantares, recepções. Acabamos sonhando com planos apostólicos expansionistas, meticulosos e bem traçados, aqueles típicos de generais derrotados. Quem caiu neste munda-nismo espiritual olha de cima e de longe, não possui capacidade de dialogar com quem pensa diferente, acha-se soberano e dono de uma ver-dade que muitas vezes não é a Ver-

dade, mas uma verda-de. Faz res-saltar cons-tantemente os erros alheios e vive obce-cado pelas aparências, afi nal a ex-terioridade p r e v a l e c e sobre o in-terior. Isso é mundanismo espiritual, querido jovem cuidado, isso é uma doença que vem disfarçada e quando menos percebemos já estamos acometidos por ela.

Gustavo PauloTeólogo e Filósofo

Assessor da Pastoral Juvenil da Diocese de Paranavaí

O MUNDANISMO ESPIRITUAL

ATuALIDADE

09 Luau Jovem Milícia de Cristo RCC/Marilena Country Club Marilena

09 Escola de Formação do Cursilho/por setores: Loanda/Tamboara/Paranavaí

10 Visita aos pais dos membros do grupo/GJ Águias Pequenas – Jd. Morumbi Paranavaí

11 a 17 Congresso Nacional Católicos Online – CONACAT/Online Nacional

15 a 17 Shemá de Paranavaí/Com. Católica Emanuel Paranavaí

16 Formação do YouCat – Catecismo Jovem – Em que Cremos – Etapa 2/ Amaporã

16 e 17 Retiro Viver em Cristo GJ JMP – Juventude Missionária/ Casa da Criança Paranavaí

23 2º Cristo Fest/ GJ Agape/Salão Paroquial Guairaçá

22 a 24 5º Decolores/Cursilho/COSDIPA Paranavaí

21 a 24 Acampamento JOAM / Par. São Sebastião/Centro de Formação Graciosa/Paranavaí

23 e 24 Shemá de Marilena/Com. Católica Emanuel Marilena

30 e 31 Encontro Nova Vida/Salão da Capela Nsa. das Graças/Par. São Sebastião Paranavaí

09 Luau Jovem Milícia de Cristo RCC/Marilena Country Club Marilena

10 Visita aos pais dos membros do grupo/GJ Águias Pequenas – Jd. Morumbi Paranavaí

11 a 17 Congresso Nacional Católicos Online – CONACAT/Online Nacional

15 a 17 Shemá de Paranavaí/Com. Católica Emanuel Paranavaí

16 Formação do YouCat – Catecismo Jovem – Em que Cremos – Etapa 2/ Amaporã

16 e 17 Retiro Viver em Cristo GJ JMP – Juventude Missionária/ Casa da Criança Paranavaí

23 2º Cristo Fest/ GJ Agape/Salão Paroquial Guairaçá

22 a 24 5º Decolores/Cursilho/COSDIPA Paranavaí

21 a 24 Acampamento JOAM / Par. São Sebastião/Centro de Formação Graciosa/Paranavaí

23 e 24 Shemá de Marilena/Com. Católica Emanuel Marilena

30 e 31 Encontro Nova Vida/Salão da Capela Nsa. das Graças/Par. São Sebastião Paranavaí

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Revista São João Paulo II 10 agosto - 2014

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NACIONAL

Caros párocos e demais responsáveis pela evangelização da juventude no Brasil.

“Todos aqueles que ouviam o menino ficavam maravilhados com sua inteligência e suas res-postas.” (Lc 2,47)

Em diversas partes, as Sagradas Escrituras nos mostram a força da presença de Jesus que“en-sinava como alguém que tem autoridade, e não como os escribas e fariseus” (Mt 7,28)! Ensi-nar “com autoridade” é falar com convicção e coerência. Estes dois elementos são essenciais e complementares. As verdades ensinadas e de-fendidas só são escutadas com respeito, quan-do aquele que fala empenha-se em viver aquilo que prega. Por outro lado, este testemunho de vida necessita de fundamentação sólida para ser mais incisivo e duradouro na vida das pes-soas.

Entramos no mês de agosto, mês vocacional. É um momento bem propício para revisarmos a vivência de nossa vocação. Ao escutar a voz de Deus que nos chama para um determinado

estado de vida e para um serviço qualificado à humanidade, nos sentimos convocados a forta-lecer nossas convicções e a ser mais coerentes.

Somos tentados e pressionados por todos os lados e o desafio de viver com coerência a vo-cação cristã nos impõe aprofundamento da nos-sa fé. Dentro e fora de nós existem forças que nos obrigam às decisões. Ao lado de nossa ten-dência de comodismo e fuga, encontra-se uma cultura que avança em diversos aspectos ques-tionando-nos constantemente sobre os funda-mentos de nossa fé.

Articular fé e razão se torna, portanto, um im-perativo em nossa vocação de discípulos mis-sionários de Cristo. Estamos convencidos de que o processo de amadurecimento da fé exi-ge raízes que lhe garantam consistência, caso contrário estará fadada a se esvaziar diante das crises e dos questionamentos que os dias atuais se nos impõem. Assim, também, a Igreja não admite uma intelectualidade desconectada das outras dimensões da vida humana, inclusive da dimensão religiosa. O ser humano é belo quan-do considerado em sua totalidade!

Mais do que nunca, a Igreja está sendo chama-da a entrar no mundo acadêmico e universitário e exercer sua vocação na história de iluminar a vida, defender os princípios que a dignificam e defendê-la de ideologias relativistas, discri-minatórias, manipuladoras, tendenciosas, redu-cionistas. “À medida que avança o processo de escolaridade, em especial na fase universitária, os jovens se fascinam pela racionalidade das ciências e tecnologias, pela eficiência e orga-nização da sociedade produtiva e do mercado,

pelo compromisso com a transformação social, de tal forma que sua fé pode entrar, em alguns casos, em conflito com a razão; mas pode, tam-bém, amadurecer com a contribuição dessa ra-zão. A ação pastoral deve favorecer a base in-telectual da sua fé para que saibam se mover de maneira crítica dentro do mundo intelectual, acompanhados de vida cristã autêntica para que possam atuar responsavelmente no mundo do qual fazem parte.” (Doc. 85 CNBB, 219)

O Encontro de Revitalização da Pastoral Juve-nil no Brasil, acontecido em dezembro passado à luz do Documento 85 da CNBB, ao refletir sobre a 7a. Linha de Ação – DIÁLOGO FÉ E RAZÃO – definiu, assim, para os próximos anos, as duas PISTAS DE AÇÃO:

1. criar espaço de diálogo sobre o tema fé-ra-zão nas comunidades e no mundo acadêmico;2. fomentar o Setor Universidades, articulan-do as diferentes experiências já existentes.

Nessas prioridades, notamos o pedido para que este diálogo aconteça tanto nos ambientes ecle-siais quanto na universidade, por meio da força conjunta das experiências que já existem. Ao contemplar nossos universitários que estão pre-sentes em nossas Comunidades, sentimo-nos responsáveis por auxiliá-los a valorizar a razão para amadurecer a fé; já nos ambientes univer-sitários somos convocados a mostrar que a fé só tem a somar com as reflexões acadêmicas. Mesmo quando estas são questionadas pela fé, percebemos nisso um contributo significativo e não um empecilho para o desenvolvimento e o progresso, afinal de contas a religiosidade é uma das dimensões intrínsecas ao ser humano.

CARTA DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EPISCOPAL PASTORAL PARA A JUVENTUDE, AOS RES-PONSÁVEIS PELA EVANGELIZAÇÃO DA JUVENTUDE NO BRASIL PARA O MÊS DE AGOSTO

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Revista São João Paulo II 11 agosto - 2014

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A Igreja pode ousar mais na missão no mundo da cultura. Tanto a Universidade quanto as es-colas de Ensino Médio estão, em muitos luga-res, carentes da presença da Igreja em sua mis-são de educadora. Eis algumas sugestões que poderiam fazer a diferença nestes ambientes:

1) reunir periodicamente os jovens universi-tários que frequentam as celebrações eucarísti-cas paroquiais e, por meio do acompanhamento de um casal designado para isto, auxiliá-los no exercício do diálogo fé-razão, capacitando-os como especiais protagonistas cristãos em suas próprias universidades;

2) motivar os jovens mais engajados da pa-róquia a exercitarem a cultura da acolhida e do encontro, organizando uma espécie de “plantão universitário” na paróquia para atender e orien-tar os jovens que chegam de outras cidades e buscam informações, hospedagem, orientação espiritual;

3) divulgar os documentos e mensagens da Igreja que versam sobre diversas áreas socio-culturais, facilitar sua aquisição e incentivar a leitura, principalmente entre os jovens, para que tomem consciência da posição católica frente a todos os campos que atingem a vida da pessoa humana;

4) criar, a partir dos próprios universitários engajados na paróquia, subsídios práticos(fol-ders, spots, vídeos, etc.) sobre os conteúdos fundamentais da Doutrina Social da Igreja para serem divulgados de maneira rápida nos am-bientes eclesiais e universitários, bem como pelas redes sociais;

5) promover fóruns e seminários nos esta-belecimentos de ensino superior localizados no território paroquial, contribuindo com aprofun-damento de temas mais polêmicos com relação

à bioética, política, economia, cidadania, sexu-alidade, etc.;

6) visitar periodicamente as universidades e escolas presentes no território paroquial, crian-do vínculos e oferecendo assistência religiosa e serviços pastorais, como missas, sacramentos, palestras, grupos bíblicos, bênçãos, ensino reli-gioso, iniciativas ecumênicas, homenagens em dias festivos, atendimentos, etc.;

7) descobrir os professores universitários que frequentam regularmente a paróquia e recolher suas sugestões de como a Igreja poderia se fa-zer mais presente nos ambientes acadêmicos, contribuindo, assim, com a qualidade da cultu-ra, da formação, das reflexões, etc.;

8) promover e/ou acompanhar a pastoral nas universidades presentes no território paroquial, segundo os documentos e as orientações da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação, Setor Universidades, da CNBB;

9) solicitar às universidades para que incenti-vem e organizem grupos de alunos estagiários e voluntários para realizarem projetos sociais nas áreas mais carentes do território paroquial;

10) incentivar a organização da Pastoral da Ju-ventude Estudantil (PJE) nas Escolas de Ensino Médio e a celebração da Semana do Estudante (5 a 11 de agosto), segundo as orientações con-tidas no site www.pjebr.org.

A edificação do Reino pela Igreja e a constru-ção de um mundo novo, pela sociedade, falam a mesma linguagem quando possuem os mes-mos ideais de vida plena para a pessoa humana e para o bem comum. Fé e razão, religião e ci-ência, são elementos intrinsecamente ligados. Alguns temas comuns avançam quando se so-mam a força da razão e o valor da fé: democra-cia, diálogo, felicidade, transparência, direitos

individuais, liberdade, justiça, igualdade, res-peito, vida plena para todos. “A Igreja continua profundamente convencida de que fé e razão se ajudam mutuamente, exercendo, uma em prol da outra, a função tanto de discernimento crí-tico e purificador como de estímulo para pro-gredir na investigação e no aprofundamento” (Fides et Ratio, 100).

Peçamos a intercessão de Nossa Senhora para que nos sintamos cada vez mais missionários de uma Igreja edificada na história para exercer sua missão delicada e primordial de educadora de valores e defensora da vida das pessoas.

Com estima e agradecido por tudo aquilo que sua paróquia e estruturas já têm feito a favor dos jovens universitários e das instituições aca-dêmicas aos seus cuidados, abraço-os a todos com minhas orações.

Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb

Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

Fonte: Jovens Conectados - www.jovensconectados.com.br

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Revista São João Paulo II 12 agosto - 2014 Revista São João Paulo II 13 agosto - 2014

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Jovens amigos, continuando a nossa reflexão sobre a dimensão sóciopolítico-ecológica, com foco no aspecto político, fundamentada nas oito linhas de ação do Documento da CNBB n° 85, sobre a formação integral da juventude, vamos expor, sinteticamente, o Sistema Político Brasileiro, bom base nas informações da Cartilha de Orientação Política da CNBB Regional Sul II.

O SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO

O que é democracia?

A palavra “democracia” significa que o poder de governar é do povo.

Mas como todo o povo poderia governar sem gerar confusão? Pelo voto, o povo autoriza alguém a governar em seu nome. É como se assinássemos um documento em branco, para que o eleito possa agir em nosso nome.

Na democracia brasileira, cada cidadão tem o poder de tomar decisões políticas de duas formas:

• Indireta, por meio dos seus representantes, eleitos pelo voto direto;

• Direta, quando os cidadãos podem tomar decisões política por intermédio de:

Plebiscito (povo consultado antes da aprovação de lei).

Referendo (povo consultado após aprovação de lei para autorização de sua vigência).

Iniciativa Popular (Proposição de projeto de Lei) – como foi o que proporcionou a

Lei da Ficha Limpa e, a inclusão do artigo 41-A, na Lei 9.504/1997, em 1999.

Ação Popular – por meio da qual qualquer pessoa poderá propor uma ação para anular atos que causaram prejuízos ao patrimônio público. Verifica-se que “se na democracia, somos livres e iguais, por que não exercitamos nossa liberdade? E por que persiste tanta desigualdade social? Os cidadãos que vivem alheios à atividade política são vistos como inferiores, facilmente manipulados pelos governantes” (cf. Cartilha Política, p.13).

Ao focar o desinteresse políticos de cidadãos a cartilha cita o pensamento do filósofo Platão:

“O PREÇO A PAGAR PELA TUA NÃO PARTICIPAÇÃO NA POLÍTICA É SERES GOVERNADO POR QUEM É INFERIOR”. (Platão – 428-347 AC)

POR QUE A REPÚBLICA COMO FORMA DE GOVERNO?

Porque é a forma mais compatível com a democracia, e tem como base o consenso dos cidadãos, por meio de instituições próprias (cf. Cartilha Política, p.14). Na república, os poderes são independentes e harmônicos entre si (Executivo, Legislativo, Judiciário) e as unidades da Federação (Estados) possuem autonomia.

E OS PODERES O QUE SÃO?

Poder Executivo

O Poder Executivo é responsável pelo planejamento de obras e sua execução, administrando o orçamento público:

• No âmbito federal é exercido pelo presidente da república e seus ministros;

• No âmbito estadual pelos governadores e seus secretários;

• No âmbito municipal pelos prefeitos e seus secretários.

Poder Legislativo

Ao Poder Legislativo cabe elaborar e aprovar leis que regulam e disciplinam a vida dos cidadãos e aprovar o orçamento.

O Poder Legislativo deve controlar e fiscalizar os atos do Poder Executivo e o funcionamento das instituições prestadoras de serviços públicos nas áreas de interesse da população, como a saúde, a educação, a capacitação para a geração de ocupação e renda.

• Na esfera federal é composto pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados.

• Na esfera estadual é exercido pela Assembleia Legislativa, formada pelos deputados estaduais e no Distrito Federal é exercido pela Câmara Legislativa.

• Na esfera municipal é desempenhado pela Câmara Municipal, composta pelos vereadores.

Poder judiciário

Sua função é aplicar a lei, garantir a realização dos direitos e solucionar os processos entre

pessoas físicas e jurídicas e entre estas e os órgãos públicos. Resolve, também, casos e demandas concretas da coletividade. Seu Órgão máximo é o Supremo Tribunal Federal (STF), formado por onze juízes escolhidos pelo Presidente da República após aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

O Supremo Tribunal tem, também, a responsabilidade de dar a última palavra sobre a interpretação da Constituição e julgar as autoridades maiores da nação.

Por fim, abaixo do Supremo estão a Justiça comum e a especial.

• O órgão de cúpula da Justiça comum é o Superior Tribunal de Justiça que se ramifica em Justiça Estadual e Distrital (Tribunais de Justiça, Juízes de direito e Tribunais do Júri) e Justiça Federal (Tribunais Regionais Federais e Juízes federais).

• A Justiça especializada é encabeçada pelo Tribunal Superiro do Trabalho (Tribunais Regionais do Trabalho e juízes do trabalho), Tribunal Superior Eleitoral (Tribunais Regionais Eleitorais, juízes e juntas eleitorais) e Superiro Tribunal Militar (Conselhos permanentes e especiais de Justiça).

Concluímos este segundo artigo da dimensão sóciopolítico-ecológica da Revista da Juventude com o seguinte pensamento:

“Não esqueçamos que a autêntica ação política visa à construção do bem comum da sociedade”.

Pe. Romildo Neves PereiraCoordenação da Ação

Evangelizadora - CDAE

JuVENTuDE E POLíTICAA JuVENTuDE E AS ELEIÇÕES

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Revista São João Paulo II 12 agosto - 2014 Revista São João Paulo II 13 agosto - 2014

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DIÁLOGO FÉ E RAZÃO

Esta coluna tem por objetivo provocar o jovem leitor a pensar sobre o papel da fé e da razão na vida do jovem cristão no mundo contemporâneo. Dessa forma, nosso diálogo não poderia se iniciar de outra forma senão pela alusão à encíclica de São João Paulo II sobre as relações entre fé e razão (Fides et ratio). No documento, de forma profundamente teológica e poética, o saudoso Papa afirma “A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de O conhecer a Ele, para que, conhecendo-O e amando-O, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio (cf. Ex 33, 18; Sal 2726, 8-9; 6362, 2-3; Jo 14, 8; 1 Jo 3, 2).”

É próprio da vocação humana procurar ao Deus que não se esconde, mas se deixa encontrar. Afinal, em Deus está a verdade absoluta por que tanto anseia o coração humano. É belíssima a forma como Santo Agostinho em suas Confissões se refere a esse desejo: “fizeste-nos para ti e inquieto está o nosso

coração enquanto não repousa em ti”. Muitas vezes, porém, somos tentados a pensar que a nossa adesão ao projeto de Deus revelado por Jesus Cristo, teria como exigência a negação de nossa racionalidade, ou seja, que ter fé significaria uma adesão cega e irracional às verdades impostas pela Igreja.

Aliás, é assim que, por ignorância, pensam e propagam muitos dos que injustamente acusam a Igreja de, sem qualquer critério, fechar-se às luzes do desenvolvimento científico. Não podemos esquecer que a imensa maioria dos jovens cristãos, sobretudo ao iniciarem seus estudos universitários, são desafiados por esse tema e, muitos deles, em nome do rigor científico e por seu pouco conhecimento sobre o que realmente pensa e ensina a Igreja, acaba por se envergonhar e, até mesmo, abrir mão das beleza e da pureza de sua fé.

Na contramão dessa lógica, o Youcat, o Catecismo Jovem da Igreja Católica, afirma: “Deus quis tanto a razão com que podemos descobrir as estruturas racionais do mundo, como a fé. Por isso a fé cristã exige e apoia a ciência natural. (n.23)”. O mesmo documento cita também

a frase de Max Planck, físico alemão, fundador da teoria quântica: “Entre Deus e a ciência natural não encontramos qualquer contradição. Elas não se excluem, como hoje alguns creem e temem; elas completam-se e implicam-se mutuamente”.

Assim, ao olharmos ao mundo que desafia todos os cristãos, inclusive os jovens, a mostrarem as razões da sua fé, não podemos fugir do necessário e produtivo diálogo com a ciência. Na condição de discípulos missionários de Jesus Cristo temos por missão auxiliar nossos irmãos e irmãs a buscar e a seguir o caminho da única verdade que se encontra em Deus e sem a qual não podemos conhecer e compreender nem a nós mesmos. Para alcança-la, é desejo do Pai que nos valhamos de nossas duas asas: a fé e a razão. Sem nos valermos dessas duas dimensões seremos como pássaros de uma asa só, não alcançaremos êxito em nosso voo na direção do Pai e

vagaremos inquietos pelo mundo, sem encontrar a resposta para os anseios mais profundos de nossa alma.

Somos pequenas águias, impulsionados pelo Espírito Santo que habita em nós, a buscar as coisas do alto e, para isso, nos são necessárias duas asas: a fé e a razão. Ao jovem cristão, portanto, é fundamental buscar uma fé inteligente, isto é, aberta ao diálogo com o mundo da ciência, da racionalidade e, impulsionado, fortalecido e iluminado pela Sabedoria do Alto, extrair dessa interlocução os elementos que lhe permitam melhor conhecer a única Verdade que é o próprio Deus e, com autoridade amorosa, combater as ideias e práticas contrárias ao seu projeto e, ao mesmo tempo, lançar luzes sobre essas instâncias muitas vezes marcadas pela falta de sentido, decorrente da ausência de Deus.

REFERÊNCIASJOÃO PAULO II. Carta Encíclia Fides et Ratio aos bispos da Igreja Católica sobre as relações entre fé e razão. Acesso em 22.jul.2014.

SANTO AGOSTINHO. Confissões. 12 ed. Trad. Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo: Paulus, 1984.

YOUCAT. Catecismo Jovem da Igreja Católica. São Paulo: Paulus, 2011.

DUAS ASAS QUE NOS ELEVAM A DEUS

Amarildo Pinheiro MagalhãesParóquia Nossa Senhora de Guadalupe (Loanda-PR)

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Revista São João Paulo II 14 agosto - 2014

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O evento gratuito é uma resposta ao pe-dido de Papa Fran-cisco a católicos

do mundo inteiro: uma adesão consciente à Cultura do Encon-tro

Com 42 palestrantes e sete dias de duração, o Congresso Nacio-nal Católicos Online (Conacat) – Todos pela Cultura do Encon-tro, http://www.catolicoemrede.com.br, que acontece entre os dias 11 a 17 de agosto, dois dias após o Dia dos Pais, inteiramen-te gratuito, será o primeiro even-to dessa natureza organizado completamente online, no Bra-sil. Com curadoria do jornalista Wagner Moura, o CONACAT conta com o apoio pessoal do vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva. O even-

to irá ajudar a Casa de Amparo Frei Galvão, em Nilópolis (RJ) e Associação Guadalupe, Cam-po Limpo (SP), instituições que acolhem mulheres grávidas em situação de risco social. Após a transmissão gratuita, as pales-tras serão vendidas para quem desejar contribuir com as inicia-tivas sociais que receberão 50% do valor da venda.

Wagner Moura participou como membro convidado do Vatican Blog Meeting, encontro mun-dial de blogueiros, promovido pela Igreja Católica, em 2011, no Vaticano, Roma – primeiro evento do gênero promovido pelo Vaticano. Após amadure-cer a idéia de um evento capaz de reunir jovens brasileiros por meio da internet, Wagner idea-lizou o Conacat inspirado ainda

no que aprendeu durante o Vatican Blog Meeting e fo-mentar uma maior participação católi-ca na internet, com formação adequa-da.

“O principal ob-jetivo é servir de auxílio para o pro-tagonismo leigo, com foco na for-mação dos que de-sejam evangelizar na prática nesse novo continente digital. Por isso,

convidei sacerdotes e leigos de reconhecida atuação na Igreja, em diversas regiões do Brasil e do mundo. Se um católico tem o desejo de evangelizar, mas não têm como viajar para par-ticipar de encontros como esse, levamos esses palestrantes ao encontro de quem deseja for-mação”, explica Wagner Mou-ra, idealizador e organizador do Conacat, que pretende com o evento ajudar a promover a Cultura do Encontro estimulada pelo Papa Francisco.

Todos os convidados tiveram como critério de escolha o re-conhecimento no protagonismo evangelista em suas comunida-des, regiões ou atuação nacio-nal nas áreas da comunicação, política, artes, design e evan-

gelização de jovens. “Esse será um congresso muito impor-tante, com temas de interesse para todos que trabalham com a evangelização. Eu aconselho os que puderem a participar!”, recomenda o arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva, em vídeo-convite para o Conacat divulgado nas redes sociais do evento.

Entre os palestrantes confirma-dos estão o teólogo e professor, Felipe Aquino, e padre Joãozi-nho, scj sacerdote dohoniano autor de 10 discos e 47 livros, conhecido no Brasil inteiro pela atuação na música e na direção pastoral. Além deles, integra o time de palestrantes o padre John Wauck, professor da Es-cola de Comunicação e Igreja, da Universidade de Santa Cruz (Pontificia Università della San-ta Croce), Roma (PUSC-Roma) e presidente do Comitê Organi-zador do Seminário “The Chur-ch Up Close: Convering Ca-tholicsm in the Age of Francis” (“A Igreja em foco: Cobrindo o catolicismo na era Francisco”), seminário que acontecerá em setembro desse ano, em Roma, voltado para jornalistas que co-brem a Igreja Católica.

Por: Assessoria Conacat

I CONACAT - I CONGRESSO NACIONAL CATÓLICOS ONLINE


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