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Revista Cartográfica

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Texto de apresentação

Essa revista vem apresentar o Pré-projeto de

TCC em Audiovisual da aluna Raquel de Santis,

discorrendo sobre suas problemáticas e expondo

sua futura proposta.

O objetivo principal além de mostrar o projeto

com intuito de divulgá-lo até para que receba

críticas e sugestões, é justificar se meu trabalho

tem características pertencentes à Performance

ou algum tipo de presença corporal.

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Resumo

• Este projeto abarca reflexões sobre o vídeo na contemporaneidade, tentando discuti-lo como ele é usado e visto. Nele relato o processo vivido para a criação do trabalho audiovisual, sobre as experiências com o espaço de sua instalação, a intuição como parte integrante na criação, e de como foi possível entender e usar o vídeo como matéria para o próprio vídeo.

• Fazendo uso de vídeos de curta duração feitos em São Roque e São Paulo, expondo um pouco das minhas experiências cotidianas como resultado de todas essas questões é apresentado o trabalho “Interior”. Por ser um trabalho autoral, este artigo está redigido na primeira pessoa do singular.

Palavras-chave:

• Vídeo, Audiovisual, cidade, mapa, caminhos, fluxo, ramificação.

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Introdução

• A introdução do vídeo nesse universo da arte traz

novos elementos para o debate sobre o fazer

artístico. As imagens projetadas ampliam as

possibilidades de pensar a representação, além

de transformar as relações da obra de arte com o

espaço físico.

• O uso do vídeo almeja as relações da obra de

arte com o espaço físico de modo radical as

coordenadas desse campo perceptivo, dando

novo sentido ao espaço e às relações do

observador com a obra. O campo de visão do

espectador é alargado, transitando das imagens

em movimento do vídeo ao espaço visando

também alterar as formas de apreensão do tempo

na arte.

• As imagens, em série ou projetadas

simultaneamente, almejam multiplicar as

possibilidades de o trabalho artístico lidar com as

coordenadas temporais.

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Semestre passado (2013) na Disciplina de

Performance realizei um trabalho autoral

chamado (Re) ação, ao vivo, de vinte minutos de

duração. Inicialmente entrei no espaço, me

abaixo e retiro de uma sacola que não está muito

visível no qual havia um mapa do estado de São

Paulo e outro da cidade onde moro – São Roque.

Aquilo que precedeu a ideia...

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Ajeito cuidadosamente os mapas em cima

da mesa. Eu pegava um tecido branco e com

a ajuda do mapa geográfico do meu

município fui demarcando no tecido o mapa.

Cortei com a ajuda de uma tesoura, depois

com o mapa já no formato “desejado” fui

esticando-o com as mãos. O tecido é

maleável, porém possui certa rigidez.

É com certeza um embate, entre a artista e

o material, a artista e sua cidade e da artista

com ela mesma. Questionar, pensar, refletir...

Encontrar minha identidade, mais do que

encontrar saber qual é e reconhecê-la.

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Pré-projeto

Realizar vídeos em São Roque e chegando até a cidade. Já comecei a fazer alguns que são testes, os considero assim porque como ainda se tratava de iniciar o projeto não tinha começado a planejar nada e esses foram feitos com a câmera do celular que possui uma qualidade baixa.

E os resultados que obtive até agora me agradaram visualmente e plasticamente falando, contudo por causa da capacidade técnica da câmera utilizada as imagens quando ampliadas não satisfazem e não permitem o tipo de manipulação que eu quero.

Pensei em pegar aquelas situações na qual não consegui falar ou discutir muito na performance para questioná-las agora na linguagem escolhida.

Frames dos vídeos realizados, eles possuem curta duração cerca de um minuto, nem chegando a dois.

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O trabalho final consiste em um vídeo de trinta minutos de duração composto de fragmentos dos vídeos que fiz do trajeto desde a saída da Rodoviária da Barra Funda em São Paulo até a chegada à Rodoviária de São Roque. Essa duração é apenas uma estimativa já que não fiz nenhum vídeo inicial já editado. E exibido em uma projeção em uma sala (escura) com os devidos equipamentos.

Imagens ilustrativas da ideia e possíveis resultados de Livro de Artista.

Uma reflexão que me acompanha é incorporar também nesse trabalho de audiovisual o Livro de artista “Mapa cartográfico do interior” que se trata de uma proposta para desenvolver um trabalho prático – um livro de artista – ao final desse segundo bimestre concebido por mim sendo totalmente independente do vídeo.

Nesse projeto inicialmente pretendo fazer um livro de artista que se assemelhe a mapas cartográficos, onde terá imagens de mapas, referências geográficas. Mas não no sentido literal, não pretendo construir algo que seja um documento. Ao contrário, se eu conseguir que pareça ou se assemelhe ou ainda dê margem a dúvidas ótimo, se a obra que eu construir é uma obra de arte, se é um objeto, se são mapas e documentos cartográficos... 12

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Conteúdo Performático O que eu vejo de Performance no meu trabalho é a

inclusão do corpo no processo da obra sendo

construída.

Quando estava fazendo os primeiros vídeos,

considerados aqui como testes iniciais de como

tudo ainda iria se desenvolver, percebo agora

analisando após o fazer, já um pouco mais distante

para conseguir tentar ver as potências da obra que

minhas mãos e meus olhos são essenciais para

criar, no caso do vídeo por exemplo, e meu corpo

como um todo se faz presente como agente da

ação.

Ao mesmo tempo, não considero meu trabalho

performático apesar de admitir certa influência e

características presentes sim, mas não quer dizer

que seja Vídeo performance, no caso. Porque

creio que tenha mais Audiovisual como linguagem .

Sei da força e o quanto a ideia de mapa que trago

no trabalho está contaminada pelo conceito que

tanto predomina e é imposto a nós, aquilo que

“representa” algo. M as o mapa também é

instrumento de poder e está a serviço de

interesses de quem possui algum tipo de poder.

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Editorial

Revista concebida, planejada, editada e

realizada pela artista Raquel de Santis.

21 anos, mora em São Roque, Artista

visual pela Belas Artes de São Paulo,

desenvolve trabalhos em Desenho,

Audiovisual, Fotografia.

Contato:

[email protected]

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Referências Bibliográficas

AUMONT, Jacques. A Imagem. Tradução

de Estela dos Santos Abreu, Claudio

Cesar Santoro. 5. ed. Campinas: Papirus,

2001.

FREIRE, Cristina. Além dos mapas: os

monumentos no imaginário urbano

contemporâneo. São Paulo: SESC, 1997.

MELLO, Christine. Extremidades do

vídeo. São Paulo: SENAC, 2008.

SALLES, Cecilia Almeida; OLIVEIRA,

Eliane Alves de (Ed.). Redes da criação:

construção da obra de arte. Vinhedo:

Horizonte, 2006.

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