Transcript

5/11/2018 Resum o Direito Civil - Fam lia e Sucess es - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resumao-direito-civil-familia-e-sucessoes 1/6

ValidadeA eficacia da habilitacao sera de 90 dias a contar da

data em que foi extraido 0 certificado.

D IR E IT O D E

FAMiLIADireito de Familia e 0 ramo do Direito Civil que

compreende normas que regulam 0 casamento, desdesua celebracao ate sua dissolucao, a uniao estavel , asrelacoes familiares, bern como os efeitos pessoais e

patrimoniais desses insti tutos e ainda tutela e curatela.

A Constituicao de 1988 trouxe tres grandes alteracoes:

1.reconhecimento da uniao estavel entre homem e

mulher e da comunidade formada por qualquer dospais e seus descendentes como ent idade famil iar(art. 226, § 3° e 4°);

2.igualdade entre os conjuges;3.igualdade entre os filhos.

Interesse do Estado

• Familia como celula-base da sociedade.

• Normas de ordem publica; nao podem ser derroga-das pela convencao entre particulares.

• Direitos de natureza personalissima (intransferiveis,

irrenunciaveis e intransmissiveis por heranca).

CASAMENTO

Definicao - E a uniao entre homem e mulher, deconformidade com a lei, a fim de prestarem mutua

assistencia e cuidarem dos filhos comuns em igualda-de de direitos e obrigacoes,

Caracterist icas - Ato complexo, de natureza insti -

tucional, dependente de livre manifestacao, cornpleta-se pela celebracao solene.

Idade mibil > 16anos. Excecao: em caso de gravidez(conforme art. 1.520 e art. 5°da Lei 11.106/05, que revo-

gou 0 inciso VII do art . 107 do Cp, que extinguia a puni-bil idade em caso de casamento do agente com a vitima).

Habi litac;ao (ar t. 1.525)

Confere publicidade e transparencia ao casamento

pretendido para que, se houver algum impedimento,este possa ser demonstrado e, portanto, 0 casamentonao venha a acontecer.

Requerimento

Preenchido por ambos os nubentes, devera ser ins-truido com os seguintes documentos:

• certidao de nascimento;• autorizacao para dependentes ou ato judicial que a

supra; se os pais divergirem quanto ao consentimen-to, 0 juiz decidira (art. 1 .519);

• declaracao de duas testemunhas, parentes ou nao,que afi rmem nao existir impedimento que os iniba

de casar;

• declaracao do estado civi l e domici lio dos nubentes

e dos pais (para publicacao de editais em diferentescircunscricoes);

• certidao de obito, registro da sentenca de divorcioou sentenca declaratoria de nulidade ou anulacao de

casamento, transitada em julgado.Observaciio: a autorizacao dos pais podera ser revoga-

da ate a celebracao do casamento (ar t. 1.518).

Publicac;ao

o oficial lavrara proclamas (15 dias) mediante edi-

tal que sera fixado em lugar ostensivo do car torio e ospubl icara pela imprensa (art. 1.527). Se apos 15 diasnao houver oposicao de impedimentos, 0 oficial do

Registro Civil extraira certificado de habilitacao.Dispensa-se a publicacao nos casos de mot ivo urgen-te (art. 1 .527, paragrafo unico).

Exemplos:

• molestia grave;• viagem inadiavel;• crimes contra a honra da mulher.

R e s u m i o J u r i d i c o [j]]

Impedimentos

Barreiras impostas pela lei para a realizacao docasamento para evitar prejuizos it ordem publica, aos

nubentes e a terceiros (niio confundir com capacida-de). Podem ser:

a) Impedimentos absolutamente dirimenteso casamento e nulo e sem nenhurn efeito (art.

1.548, caput e II) .

Art . 1.521. Nao podem casar:

I-os ascendentes com os descendentes, seja 0 paren-tesco natural ou civil (parentesco civil e 0 decorren-

te de adociio - ver art . 1 .626);II - os afins em linha reta (parentesco por afinidade e

o que decorre do casamento ou da unido estavel;

exemplo: sogra ou sogro);III - 0 adotante com quem foi conjuge do adotado e 0

adotado com quem 0 foi do adotante;IV - os irrnaos, unilaterais ou bilaterais, e demais

colaterais, ate 0 terceiro grau inclusive (colaterais:

parentes que descendem de um tronco comum, semdescenderem uns dos outros; irmiios bilaterais ougermanos: mesmo pai e mesma miie; unilaterais: so

do pai ou so da miie; consangiiineos: mesmo pai;uterinos: mesma mae);

V - 0 adotado com 0 filho do adotante;VI - aspessoas casadas (casamento no religioso niio ins-

crito no Registro Civil niio constitui impedimento);VII - 0 conjuge sobrevivente com 0 condenado por

homicidio ou tentativa de homicidio contra 0 seu

consorte (niio ha necessidade de cumplicidade entreo delinqiiente e 0 conjuge sobrevivente; tem dehaver condenaciio; se houver absolvicdo ou pres-criciio com a extincdo da punibilidade, niio hitimpedimento ).

b) Causas suspensivas

Sujeitam os infratores a determinadas penas, geral-

mente referentes ao regime de bens.

Art. 1 .523. Nao devem casar:

1-0 viuvo ou a viuva que t iver f ilho do conjuge fale-

cido, enquanto nao fizer inventario dos bens docasal e der partilha aos herdeiros (para evitar que 0patrimonio dos filhos se confunda com 0 da nova

sociedade conjugal).

• Sancoes: celebracao do segundo casamento sob 0

regime da separacao de bens (art. 1.641, I ); hipote-

ca legal de seus imoveis em favor dos filhos (art.1.489, II) - filhos passam a ser titulares do direitoreal sobre os imoveis do pai/mae.

Exceciio: se provar inexistencia de prejuizo para os

herdeiros (art. 1.523, paragrafo unico).

II - a viuva, ou mulher cujo casamento se desfez por

ser nulo ou ter sido anulado, ate dez meses depoisdo comeco da viuvez, ou da dissolucao da socieda-

de conjugal (para evitar a confusiio sanguinea).• Sancao: regime da separacao obrigatoria de bens(art. 1.641, I).

Exceciio: se provar inexistencia da gravidez (exame

cientifico, anulacao do casamento anterior porimpotencia coeundi absoluta e anterior ao casamen-to) ou que teve 0 filho antes da fluencia do prazo

legal (art. 1.523, paragrafo unico).

III - 0 divorciado, enquanto nao houver sido homolo-gada ou decidida a partilha dos bens do casal (paraevitar a confusiio de patrimoniosi.

• Sancao: regime da separacao obrigatoria de bens.Exceciio: se provar que nao houve prejuizo para 0

outro conjuge.

IV - 0 tutor ou 0 curador e os seus descendentes,

ascendentes, irmaos, cunhados ou sobrinhos, com a

pessoa tutelada ou curatelada, enquanto nao cessara tutela ou curatela e nao est iverem saldadas as res-pectivas contas (visa a impedir a influencia em vir-tude do poder que temsobre 0 outro).• Sancao: regime da separacao obrigatoria de bens.

Excecdo: inexistencia de prejuizo. .

Observaciio: os artigos citados sao do Codigo Civi l, salvo indicac iio em contrario.

Oposic;ao de impedimentos e causas suspens iv

Impedimentos (art. 1 .522)Podem ser opostos ate a data da celebracao do

mento por qualquer pessoa maior e capaz que,

momenta do casamento, sob assinatura, apresentar d

racao escrita com provas do fato alegado ou com in<;aodo lugar onde possam ser obtidas (arts. 1.522 e 1

Sao obrigados a declara-lo:

• oficial do Registro Civil;

• JU lZ ;• quem presidi r a celebracao do casamento.

Os nubentes podem fazer prova contraria aos immentos, cabendo promover acoes civeis e criminais

tra 0 oponente de ma-fe (art. 1.530, paragrafo unic

Causas suspensivas (art. 1 .524)

Por interessarem exclusivamente it familia , so prao ser opostas, dentro do prazo de 15 dias da p

cacao dos proclamas (art . 1.527), por:

• parentes em linha reta de urn dos nubentes, conguineos ou afins;

• colaterais em segundo grau, consanguineos ou a

Celebrac;ao do casamento

Formalidades

• Publ icidade - por tas abertas.

• Sede do cartorio ou outro local desde que 0

brante concorde.

• Perante duas testemunhas, parentes ou nao dos nub

• Quatro testemunhas se 0 casamento for celebem edificio particular e urn dos nubentes nao so

ou nao puder escrever (art. 1 .534, § 2").

• Se urn dos nubentes sofre de molestia grave, 0

sidente do ato i ra celebra- lo no local onde se entra 0 impedido de se locomover , ainda que it n

perante duas testemunhas que saibam ler e esc

(art. 1.539, caput).Com a resposta afirmativa, 0celebrante declarara e

do 0 casamento de acordo com a parte final do art. 1

Suspensiio (art. 1.538)

• Se urn dos nubentes manifestar ar rependimento,

gar ou declarar que nao e livre e espontanea

vontade, a celebracao sera suspensa.• Nao podera se retratar no mesmo dia.

E SPE CIE S D E C ASAM EN TO

PO.rprccuracao• E permitido pelos arts. 1.535 e 1.542.• A eficacia da procuracao nao ul trapassara 90 d

Casamento nuncupativo ou in extremis

E realizado quando urn dos nubentes se encontr

iminente risco de vida (art. 1 .540).

• Dispensa proclamas e ate mesmo autoridade.

• Os nubentes serao celebrantes.• Presenca de seis testemunhas sem parentesco em

reta com os nubentes ou colaterais em segundo g

• 0 nubente que nao estiver em iminente risco depodera fazer-se representar, por procuracao

1.542, § 2°).Dent ro de 10 dias apos 0 casamento, as testemu

cornparecerao perante a autoridade judiciaria

proxima para que sejam reduzidas a termo as dec

coes de que (art. 1.541):

• foram convocadas pelo enfermo;• este parecia em perigo de vida, mas em seu jui

• em sua prescnca declararam os contraentes liespontaneamente receber-se por marido e mulh

Se 0 nubente enfermo sobreviver, podera ratific

casamento, mas, se somente melhorar apes a tran

9ao da sentenca que julgou regular 0 casamentoRegistro Civil, nao ha necessidade de ratif icacao.

Casamento religioso com efeitos civis (art. 1

Precedido de habll itacao civil :

• Observando 0 art. 1.516, § 1°,tem-se que 0 oficiapedira certidao com fim especifico que sera enta autoridade eclesiastica com validade para cel

<;aodo casamento no prazo de 90 dias (art. 1 .53

5/11/2018 Resum o Direito Civil - Fam lia e Sucess es - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resumao-direito-civil-familia-e-sucessoes 2/6

• Apos 0 ato nupcial, qualquer interessado ou 0 mi-nistro religioso devera requerer sua inscricao no

Registro Civil no prazo decadencial de 90 dias;

decorrido esse prazo, 0 registro depcndcra de novahabilitacao (art. 1.516, § 1°).

Nao precedido de habili tacao:

• Os nubentes apresentam requerimento de registro,prova do ato religioso e documentos do art. 1.525.

• Suprem quaisquer requisitos faltantes no termo decelebracao religiosa.

• Processada a habilitacao com a publicacao dos edi-tais, nao havendo impedimentos nem causas sus-

pensivas, 0 oficial fad 0 registro observando 0 pra-

zo do art. 1.532 - 90 dias.

Observaciies:1. Se um dos contraentes vier a fa lecer antes da inscri-

9ao do casamentoreligioso por ele requerida, talfato nao obsta sua concessao.

2.0 casamento religioso, depois de ser registrado,produzira efeitos a par tir da data de sua celebra9ao.

Provas do casamento

• Certidao de registro (art. 1.543).• Justificada a falta ou perda do registro , e admissivel

qualquer outra especie de prova.

• Na duvida entre provas, julgar-se-a pelo casamento,se os conjuges tiverem vivido na posse do estadode casados - nome, tratamento e fama (art. 1.547).

REGIME DE BENS

E 0 estatuto que regula os interesses patr imoniaisdos conjuges durante 0matrimonio. Podera ser alte-rado no decorrer do casamento (art. 1.639, § 2°).

Os requisi tos para alteracao sao:

• pedido motivado de ambos os conjuges;• autorizacao judicia l depois de apurada a proceden-

cia das razoes invocadas.Na hipotese de alteracao do regime, os direitos de

terceiros serao resguardados.

Especies de regime

Regimes legais:

• comunhao parc ia l de bens (art. 1.640);• separacao obrigatoria de bens (art. 1.641, I a III).

Regimes convencionais:

• comunhao total de bens;

• separacao de bens;• par ticipacao f inal nos aqi iestos .

Para qualquer regime que nao 0 legal haven! a obri-gatoriedade de pacto antenupcial. Pacto antenupcial

e 0 contrato solene, realizado antes do casamento, por

meio do qual os nubentes escolhem 0 regime de bensque vigorara durante 0matrimonio.

Os requisitos de validade (art. 1.653) sao:

• escritura publica - sob pena de nulidade;

• ser seguido de casamento - sob pena de ser ineficaz.Observadio: nao serao levados em conta clausulas ou con-

trato que prejudiquem direitos conjugais ou patemos ou

que disponbam de maneira contraria a preceito legal.

Re.9ime da comunhac parcial de bensE 0 regime pelo qual entram na comunhao os bens

adquiridos apos 0 casamento. Sao excluidos da comu-

nhao os bens que os conjuges possuem ao casar, bern

como aqueles que venbam a adquirir por causa ante-rior ao casamento - doacoes e bens sub-rogados, por

exemplo (ar ts . 1.658 a 1.666).

Re.gime da comunhao total de bens

E 0 regime pelo qual todos os bens se comunicam,

isto e, tanto os bens adquiridos antes como apos 0

matrimonio sao divididos entre os conjuges. Fica forada comunhao apenas 0 rol constante do art 1.668.

Re.9ime da separa~ao total de bens

E 0 regime pelo qual nao hi comunicacao de bens

em decorrencia do matrimonio. Pode ser:

• legal (art. 1.641, I a III) ou• convencional com pacto antenupcial .

o regime da separacao legal 6 obrigatorio no casamento:

• das pessoas que contra irem 0 casamento com inob-servancia das causas suspensivas (ar t. 1.523);

• da pessoa maior de 60 anos;• de todos que dependerem, para casar, de suprimen-

to judicial.

R e s u m i io J u r id i c o

Re.9ime da pertlclpacao fina l nos aqi.iestos

E 0 regime pelo qual hi bens particulares incomuni-caveis durante 0 casamento (que constituem 0 patri-

monic proprio de cada conjuge), mas que se tomamcomuns no momenta da dissolucao do matrimonio.

E urn misto de dois regimes: durante a constancia

do casamento, vigoram regras semelhantes ao regime

da separacao total de bens e, depois de dissolvida asociedade conjugal, em tese, 0 da comunhao parcial.

~dministra«;ao do patrlmonioE exclusiva de cada conjuge, que pode alienar livremen-

te os bens m6veis (art. 1.673, paragrafo unico), No pacto

antenupcial podera ser convencionada a livre disposicao

dos bens imoveis, desde que particulares (art. 1.656).

Dissolucau da sociedade conjugal

Apura-se 0 montante dos aqiiestos, na data em quecessou a convivencia, excluindo-se (art . 1.674, I a III ):

• os bens anteriores ao casamento e os sub-rogadosem seu lugar;

• os obtidos por cada conjuge por herauca, legado oudoac;ao;

• os debitos relativos a esses bens vencidos e a veneer,Os frutos dos bens particulares e os que forem com

eles obtidos formarao 0monte part ivel. A mesma regrase aplica quando a sociedade e dissolvida por morte .

o direito it meacao nao e renunciavel, cessivel ou

penhoravel na vigencia do regime matrimonial (art.1.682).

Atos que 0conjuge nao pode praticar-

sem a autcrlaecao do outro (art. 1.641)-----

Exceciio: regime da separacao absoluta de bens.

• alienar ou gravar de onus real os bens imoveis;• pleitear, como autor ou reu, acerca desses bens ou

direitos;

• prestar fianca ou aval;• fazer doacao, nao sendo remuneratoria, de bens

comuns ou que possam integrar futura meacao.

UNIAo ESTAvEL

E reconhecida como entidade familiar a uniaoestavel entre 0 homem e a mulher, configurada na

convivencia publica, continua e duradoura e estabe-

lecida com 0 objetivo de constituicao de familia(art. 1.723).

• A uniao estavel nao se constituira se ocorrerem os

impedimentos do art. 1.521, com excecao do incisoVI, no caso de pessoa casada se estiver separada defato ou judicialmente.

• Nao impedirao a caracterizacao da uniao estavel ascausas suspensivas do art . 1.523.

Deveres dos companheiros

• Lealdade.• Respei to e assistencia,• Guarda, sustento e educacao dos filhos.

Regime de bens

Aplica-se Iiuniao estavel, salvo estipulacao em con-trario em contrato escrito pelos companheiros, 0 regi-

me da comunhao parcial de bens (art. 1.725).

Conversao em casamentoA uniao estavel podera ser convertida em casamen-

to, mediante pedido dos companbeiros aojuiz e assen-to no Regis tro Civil (art . 1.726).

Concubinato

E a relacao nao eventual entre homem e mulher

impedidos de casar (art . 1.727).

DISSOLU(:Ao DO CASAMENTO

Casamento - E mais amplo que a sociedade conju-gal . Regula a vida dos consortes e obrigacoes recipro-

cas tanto morais como materiais e seus deveres para

com a familia e a prole; vinculo matrimonial. 0 casa-mento valido se dissolve por morte ou divorclo (art.

1.571, § 1°).

Sociedade conjugal- Esta contida no matrimonio .

Regula 0 regime matr imonial de bens dos conjuges, os

frutos civis do trabalho ou industria dos consortes.Dissolve-se por morte , nulidade ou anulacao, sepa-

racao judic ia l ou diverc io (art. 1 .571).

Casamento nulo (art. 1.548)

• Nao gera efeitos.• Acso de decretacao de nulidade pode ser i

por qualquer interessado ou pelo Minis terio

(art. 1.549).

• E imprescritivel.• Nao pode ser ratificado, pois e ato nulo.• A unica consequencia e a proibicao para

de contrair novo matrimonio nos 300 dia

qiientes ao termino da coabitacao.

Hipoteses: a) contraido pelo enfermo mental s

cessario discemimento para os atos da vida civ

que nao tenbam sofrido processo de interdica

infringencia de impedimentos (art. 1.521, I a V

Ca.samento anulavel (art. 1.550)

E anulavel 0 casamento:I - de quem nao completou a idade minima

casar (16 anos) - exceto em caso de gravi1.551) (esse menor, depois de completarnubil, podera confirmar seu casamento comrizacdo dos seus representantes legais ou sto judicial- art. 1.553);

II - do menor em idade nub iI, quando nao au

por seu representante legal (se este tiver ascasamento ou de qualquer modo manifesaprovaciio, ndo podera haver anulacaoy;

III - celebrado com vicio de vontade nos ter

arts. 1.556 a 1.558 (se ho~ve por parte denubentes, ao consentir; erro essen ciaI quansoa do outro - arts. 1.556 e 1.557 ou se 0

sentimento foi dado mediante coaciio comtemor para a vida, saude e honra sua ou

familia - art. 1.558);IV - do incapaz de consentir ou manifestar

inequivoco seu consentimento;V - realizado pelo mandatario, sem que ele o

contraente soubesse da revogacao do ma

nao sobrevindo coabitacao entre os conjugeVI - celebrado por autor idade incompetente.

Erro essencial~ __:_= -

Requisitos:

• erro preexistente ao casamento;• desconbecimento do defei to;• que a descoberta tome insupornvel a vida em

Separa~ao judicia l

• Dissolve a sociedade conjugal, mas nao 0

to valido (vinculo matrimonial).

• Nao libera os consortes para contrairem novas

• Poe fim aos deveres de coabitacao e fidelida

proca e ao regime de bens.• Somente 0 conjuge podera propor a acao d

cao; se incapaz, sera representado pelo

ascendente ou irmao (art . 1.576, paragrafo

Art. 1.571, § 1°- Morte presumida acaba csamento, isto e , dissolve a sociedade conjugal

do apos um ano converter-se em divorcio,

Separa~ao consensual (art. 1.574)

• Requer mutuo consentimento.

• Os conjuges devem estar casados por mais d

• Nao precisa de motivacao,

Separa~ao litigiosa (art. 1.572)

• Iniciativa unilateral.

• Causas previstas em lei.

• Processo contencioso.• As partes, a qualquer tempo, podem requer

versao em separacao consensual (ar t. 1.123Ha tres especies:1.Separacao I it igiosa como san«;ao - Ato qu

grave violacao dos deveres matrimoniais e tportavel a vida em comum (arts. 1.572 e 1.57

z.Separacao litigiosa como falencia - Qu

dos conjuges prova a ruptura da vida em cmais de urn ana e a impossib ilidade de re

cao, sendo irrelevante 0motivo (art. 1 .572

3.Separa«;ao Iitigiosa como remedio (art. 1.5

Quando um dos conjuges estiver acometido

mental grave que tome a vida em comum imdesde que, apos uma duracao de dois anos, a

dade tenba side reconbecida de cura improva

Div6rcioE a dissolucao do casamento valido que

mediante sentenca judicial, habilitando ascontrai rem novas nupcias , Divorcio sem pre

Iha de bens agora ~ norma (art. 1.581).

5/11/2018 Resum o Direito Civil - Fam lia e Sucess es - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resumao-direito-civil-familia-e-sucessoes 3/6

Divercio indireto (art . 1.580)Conversao apos urn ana do transite em julgado da

sentenca que houver decretado a separacao judicial ouda decisao concessiva da medida cautelar de separa-<;aode corpos.

Dlvorclo direto (art. 1.580, § 2°)

No caso de comprovada separacao de fato por maisde dois anos.

Regras quanto ao nome

• Qualquer dos nubentes, querendo, podera acre seerao seu 0 sobrenome do outro (art. 1.565, § 1°).

• 0 conjuge podera manter 0 nome de casado apos 0

divorcio, salvo no caso de divorcio indireto se a sen-

tenca de separacao judicial dispor em contrario (art.1.571, § 2°).

Art.~1.578 - 0 conjuge declarado culpado na acaode separacao judicial perde 0 direi to de usar 0 sobre-nome do outro , desde que expressamente requeridopelo conjuge inocente e se a alteracao nao acarretar:L- evidente prejuizo para a sua identif icacao;

II - manifesta distincao com 0nome dos filhos;II I - dana grave reconhecido na decisao judicial.

§ 10

- 0 conjuge inocente na acao de separacaojudicia l podera renunciar, a qualquer momento, aodireito de usar 0 sobrenome do outro. ~§ 2° - Nos demais casos cabera a opcao pela conser-vacao do nome de casado. -

RELA(:O ES DE PARENTESCO

Parentesco e a relacao vinculatoria exis tente nao soentre pessoas que descendem urnas das outras ou deurn mesmo tronco comum, mas tambem entre 0 con-juge e os parentes do outro e entre adotante e adotado.

Especiesde parentesco

Consangiiineo '; Vinculo entre pessoas que descen-

dem de urn mesmo tronco ancestral sendo ligadaspelomesmo sangue. Ex.: pai e filho, dois primos, etc.

Afim - Vinculo que se estabelece entre uma pessoa

e os parentes de seu conjuge ou companheiro pordeterminacao expressa em Iei (art. 1.595). Casamentoe uniao estavel geram parentesco por afinidade. Nalinha colateral, cessa a afinidade com 0 abita do con-

juge, podendo se casar os cunhados.

Civil - Vinculo que se estabelece pela adocao,

Outra origem - Inovacao do Codigo Civil, paraatender a outras formas de parentesco, como a insemi-nacao artificial com doador, caso em que a lei consi-

dera a paternidade presumida (art. 1.597).

Filia~aoE 0vinculo existente entre pais e filhos. Verna ser a rela-

c;:aode parentesco consangiiineo em linha reta de primeiro

grau entre urna pessoa e aqueles que the deram a vida.

Presun~ao de paternidade

Presuncao de paternidade nao e juris et de jure ouabsoluta, e juris tantum, isto e , relativa.

Os dois novos incisos do art. 1.597 (II I e V) presurnemconcebidos na constancia do casamento os filhos:

• havidos por fecundacao art if icial homologa, mesmo

que falecido 0 marido ihomologa e a inseminacdopromovida com 0material genet ico - semen e ovulo- dos proprios conjugesi;

• havidos por inseminacao art if icial heterologa, desdeque tenha previa autorizacao do marido iheterologa e

afecundacdo realizada com material genetico depelomenos urn terceiro, aproveitando ou ndo os gametas -semen ou ovulo - de urnou de outro c6njuge) .

A~ao investigatoria de paternidade

Pode ser proposta por qualquer filho e curnulada com:

• peticao de heranca;• acao de alimentos;• anulacao de registro civil.

Essa acao para declaracao de estado de filho eimprescritivel.

A~ao negatoria de paternidade

• So pode ser proposta pelo marido, sendo tal acaoimprescritivel (art. 1.601).

• Admite condicoes que acabem com a presuncao doart. 1.597.

• 0 adulterio nao serve como presuncao de ilegitirnida-de, podendo ser usado apenas como prova (art. 1.600).

• A confissao da mae nao e suficiente para excluir apaternidade (art. 1.602).

Reconhecimento voluntario

• Pode ser realizado espontaneamente pelo pai, pelamae ou por ambos.

• Nao admite condicao ou terrno {art. 1.613).

• Pode ser:- no proprio termo de nascimento;

- por escritura publica, ou escrito particular, a serarquivado em cartorio - nao precisa ter esse fimespecifico, podendo ser declarado incidentalmente;

- por testamento, a inda que incidentalmente mani-

festado, mesmo sendo nulo ou revogado, excetose 0 motivo da nul idade est iver diretamente rela-

cionado com 0 reconhecimento, como, por exem-

plo, a insanidade mental do testador;- por manifestacao direta e expressa perante 0 juiz,

ainda que 0 reconhecimento nao haja side 0 obje-to unico e principal do ate que 0 contem,

Ado~ao (arts. 1.618 a 1.629)E 0 ate juridico por meio do qual uma pessoa, em

conforrnidade com os requisitos legais, confere aoutra a condicao de fi lho.

Caracteristicas

• A adocao de maiores e de menores de 18 anos gera osm e s m o s efeitos. E judicial, dependente de sentenca,

• E admitida a adocao por duas pessoas se foremcasadas ou se viverem em uniao estavel (art. 1.622).

• Idade minima do adotante: 18 anos.• D if er en ca de idade entre adotante e adotado: 16anos.

• A adocao depende de consentimento (revogavel

ate a publicacao da sentenca) dos pais ou dosrepresentantes legais e da concordancia do adota-do se tiver mais de 12 anos (art. 1.621); dispensa-

se 0 consentimento quando os pais da crianca oudo adolescente forem desconhecidos ou destitui-dos do poder familiar.

• 0 adotado podera usar 0 sobrenome do adotante, berncomo ter pedida a alteracao de seu prenome, se menor.

PODER FAM IL IAR

E 0 conjunto de direitos e deveres conferido aospais para que possam cui dar tanto dos bens como da

pessoa dos filhos. Estao sujeitos ao poder familiar osfilhos menores nao emancipados.

Extin~ao do poder familiar (art. 1.635)

• Morte dos pais ou do filho.

• Emancipacao.• Maioridade.

• Adocao.• Decisao judicial (art. 1.638).

Suspensao do poder familiar (art. 1.637)

• Em caso de abuso de autoridade do pai ou da mae.• Quando 0 pai ou a mae forem condenados por sen-

tenca irrecorrivel, em virtude de crime cuja penaexceda a dois anos de prisao.

Perda do poder familiar (art. 1.638)I - castigar imoderadamente 0 filho;

II - de ixar 0 filho em abandono;III - praticar atos contrarios it moral e aos bons cos-

tumes;

IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas noartigo antecedente (abuso de autoridade, condena-

cao por crime com pena maior que dois anos).

ALiMENTOS

Sao prestacoes determinadas para satisfazer asnecessidades de pessoa que nao tenha condicoes degarantir sua propria manutencao, de modo a propiciar-

lhe uma vida digna. E direito pessoal, i rrenunciavel,lmpenhoravel, incompensavel e Intransaclonavel.

Pressupostos (arts. 1.694 e 1.695)

• Existencia de vinculo de parentesco entre alimen-tante e alimentado.

• Necessidade do alimentado.• Possibilidade economica do alimentante.• Proporcionalidade entre as necessidades de urn e os

recursos financeiros de outro.

Satisfa~ao da obriga~ao alimentar (art. 1.701)

• Dar pensao ao alimentando.• Dar-lhe hospedagem e sustento,

• A obrigacao abrange reciprocamente (art. 1.- ascendentes;

- descendentes;- colaterais ate segundo grau.

Alimentos devidos ao conjuge

o fundamento e outro, ou seja, nao e re lac

parentesco, mas dever de assistencia em decor

da dissolucao da sociedade conjugal, devendo 0

dor paga-los a quem necessita, e, mesmo se ca

novamente, continua devedor.o mesmo na o acontece com 0 credor, que, se c

nova uniao, perde 0direito a alimentos do antigo coOs alimentos para 0 conjuge culpado serao s

te os necessarios it sobrevivencia (art. 1.694, §

Alimentos naturais - para a sobrevivencia.Alimentos civis - indispensaveis para a vida so

Causasde extincao• Morte do alimentado.• Desaparecimento de urn dos pressupostos.

T UTE LA E CURATE LA

Tutela

E 0 conjunto de direitos e deveres que a lei coalguem para que cuide de urn menor e administrbens pelo fato de este seencontrar fora do poder fa

o tutor representa 0 menor ate 16 anos e 0

te apos essa idade, nao podendo cast iga- lo fisic

teoE le so pode alienar os Imoveis do menor q

houver manifesta vantagem e mediante previac;:aojudicial e autorizacao judicial (art. 1.750).

Cessacao da tutelaA tutela cessa em relacao ao tutelado (art. 1

• com a maioridade ou emancipacao do menor;

• caindo 0 menor sob 0 poder familiar, no creconhecimento ou adocao.Cessam as funeoes do tutor sem que cesse

la (art. 1.764):

• expirando 0 termo ern que era obrigado a(dois anos - art. 1.765);

• sobrevindo escusa legi tima;

• sendo removido.

CuratelaE 0encargo publico imposto pelo Estado por m

qual se conferem a alguem poderes para cuidar dsoas maiores incapazes, bern como lhes adminis

bens. 0 curador pode ser legal (rol do art. 1.7dativo (deterrninado pelo juiz).

Tutela x curatela

A distincao fundamental entre a tute la e a c

consiste ern que a primeira se destina a protegerpaz menor e a segunda, a proteger 0 incapaz ma

Pessoas sujeitas it curatela(art. 1.767)

• Aquelas que, por enfermidade ou deficienciatal, nao tiverem 0 necessario discernimento p

atos da vida civil.

• Aquelas que, por outra causa duradoura, naorem exprimir sua vontade.

• Os deficientes mentais; os ebrios habituais

viciados em toxicos.• Os excepcionais sem completo desenvolvim

mental.

• Os prodigos, ou seja, aqueles que dissipamradamente seu patrimonio como se nao tivnocao da importancia do valor material.

Curatela do nascituro

(art. 1.779)

Nascituro e 0 ser ja concebido, mas que aiencontra no ventre materno.

Para que tenha curador, e necessaria a ocorren

duas circunstancias:

• que faleca 0 pai estando a mulher gravida e• que a mae nao tenha 0 exercicio do poder fam

Se a mulher estiver interdita, seu curador ser

nascituro.

Curatela do portador de defieiencia fisica

(art. 1.780)

• A pedido do proprio deficiente ou das pessart. 1.768.

• Dar-se-lhe-a curador para cuidar de todos oude seus negocios ou bens.

5/11/2018 Resum o Direito Civil - Fam lia e Sucess es - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resumao-direito-civil-familia-e-sucessoes 4/6

D IR EIT O D A S

•Direito das Sucessoes e 0 ramo do Direito que

cuida da transmissao de bens, direitos e obrigacoes

em decorrencia da morte.

Terminologia

De cujus - Pessoa de cuja sucessao se trata.Heranca - Patrimonio, tanto 0 at ivo como 0

passivo. -Herdeiro - Sucessor. Pode seT: -

• legitimo (de acordo com a lei);• t es ta m en ta ri o ( in s ti tu id o p o rt es ta m en to ), subdi-

vidindo-se em:- a titulo universal- hcrdciro Isucede no todo ou

em parte dos bens, sendo titular dos ativos eresponsavcl pelo passivo);

- a titulo singular - legatario (sucede em deter-minado bern, destacado da heranca - por

exemplo: carro, cavalo, im6vel).

ABERTURA DA SUCEssAo

Ocorre com a morte do de cujus e se da no ulti-

mo domici lio deste (art. 1.785).Consequencias:

• 0 herdeiro tern de ter capacidade no momento

da morte (art. 1.787).• 0herdeiro que sobreviver por urn segundo faz

sua a heranca e a transmite aos seus herdeiros.

• Em caso de comoriencia (morte de dois ou maisindividuos na mesma ocasiao), nao se podendoaveriguar qual deles precedeu aos outros, presu-mir-se-ao simultaneamente mortos. Em conse-

qiiencia:- urn n a o s uc ed er a ao outro;- sao chamados Ii sucessao os seus herdeiros;- presuncao juris tan tum (relativa) que falece-

ram ao mesmo tempo.

Principio da saisine

Desde a abertura da sucessao, 0 dominio e a

posse da heranca transmitem-se aos herdeiros (art.1.784). Atribui ao herdeiro a condicao de possui-

dor, ainda que a posse seja indireta.

Deve ser entendido com base no art. 1.207, istoe , 0 herdeiro se sub-roga no que diz respeito Ii

posse, na situacao que 0 falecido desfrutava.

HERAN~A

Indivisibilidade da heranc;:a

e cessao de direitos hereditarios

• A heranca ;& indivisivel ate a sentenca de partilha(art. 1.791, paragrafo unico).

• 0herdeiro pode ceder urna parte aliquota de seuquinhao, mas nunca bern certo do acervo sem 0

consentimento dos demais (art. 1.793).

• E ineficaz a disposicao, sem previa autorizacaodo juiz da sucessao, por qualquer herdeiro, de

bern componente do acervo hereditario penden-

te a indivisibilidade (art. 1.793, § 3°).• 0 co-herdeiro nao podera ceder sua quota a pes-

soa estranha, se 0 outro co-herdeiro a quiser,

pelo mesmo preco (art . 1.794).

Aceitac;:aoe renuncia da heranc;:a

A aceltacao pode ser:

• Expressa - E feita por escrito (art. 1.805).• Tacita - Resulta de atos compativeis com a con-

dicao de herdeiro (art. 1.805).• Presumida - 0 interessado em que 0 herdeiro

declare se aceita ou nao a heranca, 20 diasdepois de aberta a sucessao, podera requerer aojuiz a notificacao do herdeiro, para que no pra-zo, nao maior que 30 dias, 0herdeiro se pronun-

cie sobre a aceitacao, sendo seu silencio presu-mido como aceitacao (art. 1.807).

Observaciio: nao pode haver aceitacao parcial,condicional ou a termo, para preservar a segu-ranca nas relacoes juridicas. A aceitacao ternde ser pura e simples,

• Se 0 herdeiro renuncia em favor de outrem, naoe renuncia, mas acei tacao e transmissao. E cha-mada de renuncia translativa. Nesse caso, haa incidencia de tr ibutacao inter vivos e causa

mortis.

• A renuncia valida e a rernincia abdicativa, istoe, cessao gratui ta, pura e simples.

• Filho que renuncia it heranca do pai e como senunca tivesse sido herdeiro. Nao ha direito de

representacao para seus filhos (netos do decujus). Estes s6 herdarao por direito pr6prio casoo renunciante seja 0 unico de sua classe ou setodos renunciarem (art. 1.811)

A renuncia deve ser feita por meio de:

• escritura publica - perante 0 tabeliao;• termo nos autos - perante 0 juiz.

Heranca jacente - E aquela cujos herdeirosainda nao sao conhecidos, ou, se conhecidos,

renunciaram it heranca, nao havendo outros.

Heranca vacante - E aquela para a qual nao seapresentaram herdeiros.

Ap6s a arrecadacao da heranca jacente, 0 juizmanda publicar editais reproduzidos tres vezes,

com intervalo de 30 dias para cada urn, para que osherdeiros venham a habilitar-se no prazo de seismeses contados da primeira publicacao (art. 1.152do CPC). Nao aparecendo herdeiros apos urn anoda primeira publlcacao, os bens sao declarados

vacantes (art. 1.820).

INDIGNIDADE E DESERDA~Ao

Indignidade

Pena civil criada pelo legislador, atinge os suces-sores necessaries, os legitimos e os testamentarios.

A pena da indignidade so alcanca 0 indigno,

sendo representado por seus sucessores como semorto fosse.

Art. 1.814. Sao excluidos da sucessao os herdei-

ros ou legatarios:I-que houverem sido autores, co-autores ou part i-

cipes de homicidio doloso, ou tentativa deste,contra a pessoa de cuja sucessao se tratar, seu con-

juge, companheiro, ascendente ou descendente;II-que houverem acusado caluniosamente em

juizo 0 autor da heranca ou incorrerem em crimecontra a sua honra, ou de seu conjuge ou compa-nheiro (acusar caluniosamente: crime contra aadministracdo da just ica - art. 339 do CP; cri-mes contra a honra: calunia, difamacdo e inju-ria - arts. 138, 139 e 140 do CP);

III - que, por violencia ou meios fraudulentos, inibi-rem ou obstarem 0 autor da heranca de dispor

livremente de seus bens por ato de ultima vontade.

Perdao do indigno (art. 1.818)Pode ocorrer desde que 0 ofendido assim 0

declare por:

• ato autentico (escritura publica);

• testamento.

Deserdac;:ao

E 0 ato pelo qual alguem afasta de sua sucessao,

por meio de testamento, urn herdeiro necessario, jus-tificando tal ato com urna das causas previstas em lei.

Herdeiros necessaries

Sao os descendentes, os ascendentes e 0 coniuge (art.1.845), pois nao podem serprivados do recebimento dametade dos bens da h e ra n ca ( le g it im a ) a na o ser por

hipoteses excepcionais de deserdacao ou indignidade.o herdeiro n ec es sa ri o t ar nb em p od er a receber a parte

disponivel, sem prejuizo de sua parte na legitima (art.

1.849).

Casos de deserdacao (arts. 1.962 e 1.963)

• Todas as causas previstas para indignidade(art. 1.814).

• Ofens as fisicas.• Injuria grave.• Relacocs ilicitas com a madrasta ou padrasto.• Relacoes ilicitas com a mulher ou companheira

do filho ou neto, ou com 0 marido ou compa-nheiro da filha ou neta.

• Desarnparo do ascendente em caso de alienacao men-

Indignidade x_deserdac;:ao

A indignidade afasta da sucessao tanto herdelegitimos quanta testamentarios, neccssarios ou

A deserdacao e materia de direito testamentar

servindo apenas para privar da heranca herdenecessaries (descendentes, ascendentes e co

ge), inclusive quanta it parte legitima.

SUCEssAo LEGiTIMA

E a sucessao que segue a ordem dada pela

isto e a ordem de vocacao hereditaria, E sudiaria da sucessao testamentaria.

Ordem de vocac;:aohereditaria

E a ordem de preferencia, estabelecida pelade pessoas que podem suceder 0 falecido. E a

tade presumida do falecido.

o art. 1.829 determina a seguinte ordem:1.descendentes, em concorrencia com 0conjuge

brevivente, salvo se casado com 0 falecido n

gime da comunhao universal ou no da separaobrigat6ria de bens (art. 1.640, paragrafo unou se, no regime da comunhao parcial, 0 auto

heranca nao houver deixado bens particulares;2.ascendentes, em concorrencia com 0 conjug3.conjuge sobrevivente;

4.colaterais (ate quarto grau).

sucessao dos descendentes

• Por cabeca - quando todos os sucessoresencontram no mesmo grau.

• Por estirpe - quando os herdeiros de graurior herdam representando seu ascendente, rbendo aquilo que cabe it sua estirpe. Ex.caso de dois filhos vivos e netos havidos de

filho pre-motto, a heranca se divide emestirpes, duas para os filhos e uma para os n

que representam seu pai falecido.

sucessao dos ascendentes

• Nao ha direito it representacao. 0 ascendentegrau mais proximo exclui 0 de grau mais reto, sem distincao de linhas (art. 1.836, § 1°

• Se houver igualdade de graus e diversidade dnhas, a heranca se divide entre as duas linhas

meio (art. 1.836, § 2°). Ex.: no caso de tres- urn paterno e dois maternos -, 50% da her

para a linha materna e 50% para a linha pate

sucessao do conjuge

• E afastado da sucessao se estiver separado judimente ou separado de fato hit mais de dois

salvo prova de que essa convivencia se toimpossivel sem culpa do sobrevivente (art. 1.

• Em qualquer regime de bens, 0 conjuge ternreito real de habitacao do imovel destinado itdencia da familia, desde que se trate do ubern daquela natureza a inventariar (art. 1.8

• Nao mais se condiciona 0 direito real de ha

9ao it viuvez.

Em concorrencia com descendenteso conjuge s6 sera herdeiro em concorre

com os descendentes se estiver casado sob:• 0 regime da separacao total convencional de

• 0 regime da comunhao parcial de bens, dque 0 de cujus tenha deixado bens particula

• 0 regime da participacao final nos aqiiestos

Em concorrencia com ascendenteso conjuge sempre sera herdeiro, qualquer

seja 0 regime de bens.

Parte do conjuge na heranca

• Se concorrer com descendentes - Quinhaoao dos que sucederem por cabeca, nao podensua quota ser inferior a ur n quarto se for ascente dos herdeiros com que concorrer (art . 1.8

• Se concorrer com ascendentes:- se os ascendentes forem de primeiro gr

urn terco;

- se houver urn so ascendente - metade;- se forem de segundo grau ou mais - meta

sucessao do companheiro

5/11/2018 Resum o Direito Civil - Fam lia e Sucess es - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resumao-direito-civil-familia-e-sucessoes 5/6

Somente part icipara da sucessao do outro q

Parte do companheiro na heranca

• Se concorrer com filhos comuns - Quota equiva-lente a que por lei foi atribuida a cada urn deles.

• Se concorrer com descendentes s6 do autor daheranca - Metade do que couber a cada urn deles.

• Se concorrer com outros parentes sucessi veis -Um terco da heranca.

• Nao havendo parentes sucessiveis - Totalidadeda heranca.

sucessao dos colaterais

• Tern direito a heranca os sucessiveis ate 0 quar-to grau (art. 1.839).

• Os mais pr6ximos excluem os mais remotos (art.1.840).

• Nao ha direito de representacao,

Exceciio: quando filhos do irmao falecido do decujus (seus sobrinhos) concorrerem com irrnaosvivos deste. Ha, nesse caso, direito a representa-cao para os fi lhos do irmao falecido (art. 1.840).

Irmao germano e irmao unilateral

• Cabe ao irrnao unilateral somente a metade doque couber ao irmao germano (art. 1.841).

• Se 0 irmao pre-morto for unilateral, seus filhoss6 receberao a metade do que couber aos irrnaos

vivos, isto e, seus tios.

Importante: sobrinhos e tios do de cujus sao seusparentes em terceiro grau, mas 0 art. 1.843 dapreferencia aos sobrinhos, que ficarao com

toda a heranca se nao houver outros herdeiros degrau mais pr6ximo.

Direito de representacacOcorre quando a lei chama certos parentes do

falecido a suceder em todos os direitos que elesucederia se vivesse (art. 1.851).

Tern seu campo na sucessao legitima e nao nasucessao testamentaria,

Configura-se na linha reta descendente, nunca

na ascendente e excepcionalmente na linha colate-ral (filhos do irrnao pre-morto - art. 1.853).

Requisitos:1.Haver 0 representado falecido antes do de cujus,

pois nao se representa pessoa viva, exceto nocaso de indiguidade (art. 1.816).

2.Descender 0 representante do representado.

3.Nao saltar graus (nao ha que se falar em repre-

sentacao de pessoa viva e digna de suceder).

SUCEs sAo TESTAMENTARIA

E a sucessao que decorre da manifestacao deultima vontade, observadas as formalidades legais.E limitada, pois tern de respeitar a legitima, parte

que cabe aos herdeiros necessarios.

Testamento - regras gerais(arts. 1.857 a 1.859)

Conceito do antigo C6digo Civil, ar t. 1.626:

"Considera -se testamento 0 ato revogavel peloqual alguem, de conformidade com a lei, dispoe,no todo ou em parte, do seu patrimonio, para de-pois da sua morte".

Caracteristieas

• Ato pessoal, de carater personalissimo. E afasta-da a interferencia de procurador.

• Unilateral - Aperfcicoa-sc com a exclusiva ma-nifestacao de vontade do testador.

• Solene - A lei estabelece forma rigida para suafeitura.

• Gratuito - Nao visa em troca nenhurna vantagem.

C~dicilo (art. 1.881)E tambem forma valida para transll1iss.ao de

bens causa mortis.

• Serve para dispor de esmolas de pouca monta oupara fazer legados de m6veis, roupas ou j6iasnao muito val iosas de usa pessoal.

• Nao exige grandes solenidades; basta ser escri-to, datado e assinado pelo disponente.

• Nao revoga testamento. ~ .

Capacidade para testar (arts. 1.860 e 1.861)

• Os maiores de 16 anos podem testar (os maiores

• Nao podem testar, alem dos incapazes, os quenao tiverem pleno discernimento.

• A capacidade para testar deve existir no momen-to em que 0 testamento e fei to, pois a incapaci-dade superveniente nao invalida 0 testamentoeficaz, nem 0 testamento do incapaz se valida

com a superveniencia da capacidade.

Capacidade para adquirir por testamento

• Todas as pessoas nascidas ou ja concebidas nomomenta da abertura da sucessao podem adqui-rir por testamento, exceto se a lei expressamenteas excluir (arts . 1.798 e 1.801).

• Capacidadee regra; incapaeidade e excecao.

Excecoes iI regra da existencia (art. 1.799)

• Filhos, ainda nao concebidos, de pessoas indica-das pelo testador, desde que vivas estas ao abrira sucessao, E a prole eventual dessa pessoa.

• Fundacoes cuja criacao foi determinada pelo decujus em testamento.

Pessoas que nao tern legi tlmacjiopara sueeder por testamento (art. 1.801)

I - a pessoa que, a rogo, escreveu 0 testamento, nemseu conjuge ou companheiro, ou seus ascenden-tes e irmaos;

II - as testemunhas do testamento;

III - 0 concubino do testador casado, salvo se este,sem culpa sua, estiver separado de fato do conju-ge ha mais de cinco anos;

IV - 0 tabeliao, civi l ou mil itar, ou 0 comandante

ou escrivao, perante quem se fizer, assim comoo que fizer ou aprovar 0 testamento.

Formas de testamento

o testamento sera nulo quando nao se revestir deforma prescrita em lei, embora solene.

Testamento publico (arts. 1.864 a 1.867)

• E escrito por oficial publico em seu livro de no-tas, de acordo com a vontade do testador, em lin-gua nacional.

• Duas testemunhas devem assistir a todo 0 ato.

• E lido pelo oficial na presenca das testemunhase do testador ou pelo testador na presenca dastestemunhas e do oficial.

• Depois de lido, e assinado pelo testador, pelastestemunhas e pelo oficial.

Observadio: 0 surdo, 0 que nao sabe e 0 que naopode assinar podem testar por testamento publico. 0cego s6 pode testar por testamento publico.

Testamento eerrado (arts. 1.868 a 1.875)S6 e eficaz ap6s 0 auto de aprovacao.

• Pode ser escrito em lingua nacional ou estrangeira, pe-10testador ou por pessoa a seu rogo (inclusive 0 tabe-liao), e por ele assinado, exceto se nao souber ou niio

puder assinar, sendo assinado.por quem 0escreveu.

• Depois de feito, 0 testamento deve ser entregueao oficial publico, na presenca de duas testemu-nhas, declarando ser aquele 0 testamento que

deseja ver aprovado.

• Na presenca das testemunhas, 0 oficial Ianca 0

auto de aprovacao, iniciando-o logo ap6s a ulti-

ma palavra do testamento. Se for impossivel, 0

oficial pora nele 0 seu sinal publico, fazendo

constar tal circunstancia no instrumento.• Declara 0oficial que 0 testador Ihe entregou aque-

Ietestamento de modo que pedia sua aprovacao.

• 0 instrumento de aprovacao, depois de lido emvoz alta pelo oficial, e assinado pelo tabeliao,

pelas testemunhas e pelo testador, se souber epuder, senao a rogo por uma daquelas.

• 0 tabeliao cerra, eose e lacra 0 testamento e 0

entrega ao testador, lancando em seu livro notado lugar, dia, mes e ana em que 0 testamento foiaprovado e entregue.

• 0 testamento cerrado pode ser escrito mecanica-mente, desde que quem 0 escreve numere e au-tentique, com sua assinatura, todas as paginas(art. 1.868, paragrafo unico),

• Se 0 testamento apresentar sinais suspcitosde tersido aberto, 0juiz pod era ordenar pericia e depois,se for 0caso, abrir 0testamento, ordenando que se

lavre auto em que fara constar 0estado em que seencontrava 0 instrumento. Este termo servira debase para futuros debates (art. 1.972).

• Intervem em sua feitura tres testemunhas.• Se feito por processo mecanico, nao pode

rasuras ou espacos em branco.

• Depois de terminado, deve ser lido as tresmunhas, que a seguir 0 assinam.

• Pode ser escrito em lingua estrangeira,que as testemunhas compreendam (art. 1.

• E necessario pelo menos 0 depoimento ddas tres testemunhas para que 0 testamentocumprido e desde que 0 juiz se convencaracidade do testamento.

• Excepcionalmente, 0 juiz, a seu criterio,confirmar 0 testamento particular de propr

nho e assinado pelo testador, sem testemunh

Testamentos especiaisOs testamentos aeronautico, maritimo e milit

de carater provisorio, feitos para uma emergenTestamento aeronautlco - E permitido

que esta em viagem, a bordo de aeronave m

ou comercial. Caduca se 0 testador nao faleviagem ou em campanha, nem nos 90 diasqiientes ao seu desembarque em terra, ondetestar de forma ordinaria (art, 1.891).

Testamento maritimo - E permitido aquese encontra em viagem, a bordo de navio nacde guerra ou mercante, e que receie morrer n

gem, ab intestato. Nao valera se, ao tempo dara, 0 navio estava em porto onde 0 testadordesembarcar e testar na forma ordinaria (art. 1

Testamento militar - E 0 facultado ao m

mais pessoas que se encontrem em campanha, c

do os riscos da guerra. Caduca desde que0

teesteja 90 dias em lugar onde possa testar, salvtestamento apresentar as formalidades do art. 1

Disposic;oes testamentarias - regras proibi

o art. 1.898 veda a instituicao de herdetermo, exceto nas disposicoes fideicomissariao art. 1.900 preve que e nula a disposicao:

• que institua herdeiro ou legatario sob a concaptat6ria de que este disponha, tambemtestamento, em beneficio do testador, ou

ceiro (veda-se a troea defavoresi:

• que se refira a pessoa incerta, cuja identidanao possa averiguar (para a liberalidadementaria, e necessario que 0 beneficiario

determinaveli;

• que favoreca a pessoa incerta, cometendo aminacao desua identidade a terceiro (e nula p

perderia 0carater personalissimo do testado• que deixe a arbitrio do herdeiro, ou de o

fixar 0 valor do legado (exce"ao previstaart. 1.901, II, ou seja, valera a disposicdo

deixa ao arbitrio do herdeiro ou de odeterminar 0valor do legado, quando, pordeste, visar-se a remunerar services prespelo legatario ao testador, por ocasid

molestia de que este faleceu);

• que favoreca as pessoas a que se referem1.801 e 1.802 (pessoas que niio podem s

meadas herdeiras nem legatariasi.

Le!JadoE a deixa testamentaria individualizada,

determinada dentro do monte partivel.E possivel 0 legado (art. 1.916):

• da parte que pertence ao testador;

• se a coisa estiver entre os bens do testaepoca do falecimento;

• ate 0montante existente entre os bens do teEfei tos do legado

• Para obter a coisa objeto do legado, devetario pedi-Ia ao herdeiro, sendo-Ihe vedadona posse da mesma, por sua exclusiva autor

pois antes disso 0 herdeiro tern de verificaheranca e solvavel ou nao (art. 1.923, § 1°

• Com a morte do testador, 0 legatario ternaos frutos, a nao ser que 0 legado seja con

nal ou a termo (art. 1.923, § 2°).

• Se 0 legatario faleceu urn segundo antestado r, ou antes da ocorrencia da condicao

pensiva, nenhum direito se transmitesucessores, pois 0 legado caduca commorte do legatario (art . 1.939, V).

Pagamento do legado

• Compete aos herdeiros e, nao havendo hros, aos legatarios (art. 1.934).

• Todos os herdeiros respondem proporcimente ao que receberem pela execucao

5/11/2018 Resum o Direito Civil - Fam lia e Sucess es - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/resumao-direito-civil-familia-e-sucessoes 6/6

de 16 ate 18 podem testar mesmo desassistidos de

Direito de acre seerEntre os herdeiros

• 0 art. 1.941 determina 0 dire ito de acrescer entreco-herdeiros quando estes, pela mesma disposicao,sao conjuntamente chamados it heranca em qui-

nhoes nao determinados.

• 0 art. I.943, caput, reza que, se um dos herdeirosnomeados morrer antes do testador , renunciar ou for

excluido da heranca, seu quinhao acrescera it partedos co-herdeiros conjuntos, salvo se houver subst i-tuto nomeado pelo testador, quando nao ha direito

de acrescer.Entre os legatarios

o art. 1.942 estabelece que cornpetira aos legatarioso direi to de acrescer quando:

• nomeados conjuntamente a respeito de uma s6 coi-sa, determinada e certa. Ex.: deixo predio a A ou B;

ou deixo minha chacara a A e depois deixo tambem

a chacara a B;

• a coisa objeto do legado nao se pode dividir sem 0

risco de desvalorizar (no C6digo Civil anterior -deteriorar, art. 1.710, paragrafo unico),Niio ha dire ito de acrescer se a cedula testamenta-

ria foi decJarada nula ou anulada, caso em que subsis-ti ra a sucessao legitima (art . 1.788).

Reduc;;ao das dtsposlcoes testamentariasOcorre quando as disposicoes testamentarias exce-

derem a quota disponivel do testador, podendo os her-

deiros necessarios, por meio de acao adequada, redu-

zir as disposicoes ate se integrar a legitima desfalcada.Tambern sao proibidas as doacoes inoficiosas, isto

e, aquelas doacoes que it epoca de sua fei tura excedes-sem a metade dos bens do testador.

Substituic;;aoII0 direito que 0 testador tem de escolher substi tu-

to (sucessor de segundo grau) para 0herdeiro ou lega-tar io de primeiro grau.

Subst ltuicao vulgar ou ordinar ia

IIaquela em que 0 testador indica pessoa para receber

a heranca ou 0 legado, caso as pessoas indicadas naopuderem ou nao quiserem faze-lo, presurnindo-se que asubstituicao foi determinada para as duas alternativas,

ainda que 0 testador s6 a uma se refira (art . 1.947).Pode ser: .

• singular - quando se nomeia urn s6 substituto aoherdeiro ou legatario;

• plural - quando sao varios os substitutos simulta-neos (B e C serao substi tutos) .Substituicao reciproca

E aquela em que 0 testador, ao instituir uma plurali-

dade de herdeiros ou legatarios, os declara subst itutos

uns dos outros (art. 1.948). 0 testador podera nomearco-herdeiros ou co-legatarios em partes desiguais eestipular a substi tuicao reciproca, devendo a propor-

9ao dos quinhoes ser fixada da seguinte mane ira:

• Regra do art. 1.950 - 1a parte - Se nao for incluida

nenhurna pessoa a mais na subst ituicao, entende-seque a proporcao atr ibuida na primeira disposicao dosquinhoes devera ser mantida caso haja a substituicao,

• Regra do art. 1.950 - 2" parte - Se for incluida algu-rna pessoa com as anter iormente nomeadas, 0 qui-

nhao vago pertencera em partes iguais aos substitutos.Substituicao fldelcomissarla

E aquela em que 0 testador impoe a urn herdeiro ou

legatario, chamado fiduciario, a obrigacao de, por suamorte, ha certo tempo ou sob certa condicao, transmi-

t ir a outro, que se qualif ica f ideicomissario, a heranca

ou legado. Ha dois beneficiarios sucessivos - 0 fidu-ciario e 0 fideicomissario,

Nosso C6digo Civil so permite a substituicao fideico-

missaria em favor dos nao concebidos ao tempo da mortedo testador (art. 1.952). Se ao tempo da morte do testador

ja houver nascido 0 fideicomissario, este tera a proprie-dade dos bens fideicomitidos, convertendo-se em usufru-to 0 direito do fiduciario (art. 1.952, paragrafo unico),

Substituicjio compendiosa

E urn misto de substituicao vulgar e substituicao

fideicornissaria, em que 0 tes tador da subst ituto ao f i-duciario ou ao fideicomissario , prevendo que urn ou

outro na~ que ira ou nao possa aceitar a heranca.

Revogac;;ao do testamento

II0ato pelo qual 0 testador manifesta sua vontade de

modificar total ou parcialmente 0 testamento anterior.Formas de revogacao

• Expressa - Quando 0 testamento posterior refere-seexpressamente ao anterior, re tirando-lhe total ouparcial mente a eficacia.

• Tacita - Quando 0 testamento posterior nao se refe-

re expressamente ao anterior, mas dispoe de manei-ra incompativel com este.

• Total - Quando a manifestacao e inteiramente mo-

dificada pela manifestacao subseqiiente.

• Parcial- Quando a alteracao nao recai sobre todo 0

seu conteudo.

Rompimento do testamento

Pode ocorrer em tres hip6teses:1.quando sobrevem descendentes ao testador que nao

os tinha ou nao os conhecia (art. 1.973);2.quando 0 testador descobre a existencia de herdei-

ros necessarios ate entao ignorados (art . 1.974);

3. quando 0 testador vern a saber que urn herdeiro ne-

cessario, imaginado morto, esta vivo.

Testamenteiro

II a pessoa encarregada de cumprir as disposicoesde ultima vontade do testador. Tambem chamado de

executor testamentario.

IN VENTAR IO , PARTILHA E COLA9'O

Inventario

II0processo judicial que se destina a apurar osbens dei-

xados pelo de cujus para que se possa proceder it partilha.Providencias depois de aberto

• nomear inventariante (art. 990 do CPC);

• 0 inventariante prestara 0 compromisso e as primei-ras declaracoes,

Primeiras declarac;;oesPeca judicial que e base do processo, traz as infor-

macoes de 6bi to, quali ficacao do finado, exis tencia ounao de testamento, relacao de bens, regime de bens do

casamento, nome dos herdeiros e quais estao obriga-dos it colacao,

ArrolamentoProcesso mais simples e mais rapido que 0 inventa-

rio. Pode ser:

• sumario - regulado pelos arts. 1 .031 a 1.035 do CPC;

• para herancas de pequeno valor - regulado peloart. 1.036 do CPC.

PartilhaII a divisao dos bens da heranca segundo 0 direito

hereditario dos que sucedem.

A part ilha pode ser requerida por qualquer herdeiro,ass im como pelos credores do herdeiro, para poderem

cobrar seus credi tos, e pelos cessionar ios, que, em vir-tude de cessao, se sub-rogaram nos direitos dos her-deiros cedentes (art. 2.013).Partilha amigavel

E permitida se os herdeiros forem maiores e sapa-zes e se for obedecida a forma prescrita em lei. E ne-g6cio solene, que pode se dar em tres diferentes espc-cies de forma (art . 2.015):

• escritura publica;• termo nos autos do inventario;

• inst rumento par ticular homologado pelo juiz.Partilha dos frutosOs fru tos percebidos pelos herdeiros em posse dos

bens da heranca devem ser levados ao acervo para a

partilha final.E devido ao inventariante ou aos herdeiros em posse

dos bens da heranca 0 direito de reembolso das despe-sas necessarias e uteis, respondendo pelo dana a que,

por dolo ou culpa, causaram (art. 2.020).Sobrepartilha

No caso de bens litigiosos ou de liquidacao morosaou diffcil, 0 legislador permite que se efetue a part ilha

dos bens liquidos, reservando para a sobrepartilha a

divisao dos bens pendentes de regularizacao,Formal de part ilha

Passada em julgado a sentenca, receberao os

herdeiros os bens que lhe tocarern e urn formal de par-t ilha, que sera composto das seguintes pecas:

• termo de inventariante e t itulo de herdeiros;• avaliacao dos bens que constitu iram 0 quinhao do

herdeiro;

• pagamento do quinhao hereditario;

• qui tacao dos impostos;

• sentenca,IndenizacaoDepois de realizada a par ti lha, se algum dos herdei-

ros vier a sofrer desfalque em seu quinhao, por forca

de eviccao, todos os demais tern de indeniza- lo do pre-juizo para restabelecer a igualdade.

C~lac;;aoE 0 ato de retorno ao monte partilhavel das liberalida-

des feitas pelo de cujus, antes de sua morte, a seus descen-

dentes, com 0 fim de igualar a legitima desses herdeiros.

A colacao nao traz 0bern para 0 esp6lio nem

ta a parte disponivel do testador .Quem deve conferi r

• Os descendentes, por direito pr6prio e por drepresentacao, declarando as doacoes recebi

seu representado (arts. 2.002 e 2.009).• 0 que renunciou it heranca ou 0 que foi dela

do, para 0 fim de repor 0 que exceder 0 dis(art. 2.008).Dispensa de conferir .A dispensa de colacao e ato formal que s6

efetuada por testamento ou no pr6pr io t itulo d

lidade (art. 2.006).Pode ocorrer a dispensa quando 0 ascendente

minar que os dotes ou doacoes saiam de sua qu

ponivel, nao podendo excede-la (art. 2.005).Nao haven! colacao dos gastos ordinarios do

dente com descendente, enquanto menor.Doacao feita por ambos os conjugesNo inventario de cada urn se conferira por

(art. 2.012).

Sonegados

Sao os bens que deveriam entrar na partilha,por urn ato intencional , nao foram nela descr itos

tando 0 sonegador it perda do dire ito que sobre

caiba.Pena a ser impostaPena de perda do direito sobre 0 bern soneg

este bern nao se encontrar no patrimonio do sonpor ja te-lo alienado ou de qualquer modo perdiresponsavel por seu valor mais perdas e dano

1.992 e 1.995).Se 0 sonegador for 0 inventariante, perde a

rianca e, se for tarnbem herdeiro, perde seu quiobjeto sonegado (ar t 1.993).

A a~iio de sonegados deve ser movida pelosros ou pelos credores da heranca (art. 1.994).

Pagamento das dividas (art. 1.997)

Antes da part ilha, 0 acervo total deixado

cujus responde pelo pagamento das dividas.Ap6s a partilha, os herdeiros responderao ca

em proporcao da parte da heranca que the cou

Despesas funerarias (art. 1.998)A lei determina que ta is despesas sa irao do m

heranca, haja ou nao herdeiros legitimos.As despesas de sufragios por alma do fale

obrigarao a heranca quando ordenadas em tes

ou codicilo.

R e s u m a o J u r i d i c oA col ecao Resum8.o Juri di co e um pro je to edito ri al

Bar ros, F ischer & Associados L tda. em parceri a com

lnst itu to de Ori en tacao para Reci cl agem em Di re

FAM iLIA E SUCESSOEJun

Autora: Ana Claudia S. Scalquette, mestre em Direito

Econ6mico pela Universidade Mackenzie, advogada, p

associ ada da Faculdade de Dire it o da Uni versi dade Monde e professora convidada da pos-qraouacao eEmpresarial e Processual Civ il ; professora do Insti tuto

Arte: Maurlcio Cioff i

Revisao: Marcia Menin

Resumao Jurldico - Familia e Sucess6es e uma publBarros. Fischer & Associados Ltda. . sob hcenca edi torial

Exord. Copyr ight © 2004 Ana Claudia S. Scalquet te. Dir

edicao reservados para Barros, Fischer & Associados Ltda

Endere90: Rua Padre Garcia Velho, 73, cj. 22

Pinheiros, Sao Paulo, CEP 05421-030

Telefone/fax: 0(xx)11 3034-0950

Site: www.bafisa.com.br

E-mail: [email protected]

Exord : Av . Paulis !a, 171 , 7" andar . - TeL. 0( xx)11 3372-Site: www.exord.com.br-E-mail: [email protected]

l rnpressao: Eskenazi Industr ia Gratica Ltda.

Acabamento: Badge Comerc ia l de Plasti cos L tda

Di st ri bu i9ao e vendas: Bafi sa , t el.: 0 (xx )11 3034-0950

Aten9ao

E expressarnerte

prolbica a reprodu-

,8.0 total ou parcial

do conteuoo desta

publtcacao sem a

previa auto-tzacaodo editor.

I S B N 8 5 - 8 8 7 4 9 - 5

~ I I I I I78~588 7495

D a m es ma s en e: D ir eito C iv il , D ir eito C o me rc ia l, P ro ce ss o C iv il, D ir eito P en al ( Pa rte G er al e P ar te E s pe cia l P ro ce ss o P en al , D ir eito A d min is tra tiv o, D ire ito C on stitu cio na l, D ir eito I rib uta rio , D ir eito d o T ra ba lh o e


Top Related