SEQUÊNCIA DIDÁTICA:
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DO CONCEITO DE ENERGIA NUCLEAR NO ENSINO MÉDIO
Marcos Antonio Cerqueira Santos
Produto da dissertação de mestrado apresentada ao programa de pós-graduação da Universidade Estadual de Feira de Santana no curso de Mestrado Nacional Profissional de Ensino de Física (MNPEF).
Orientadores: Pr. Dr. Rainer Karl Madejsky Profa Dra Gabriela Ribeiro P. Rezende Pinto
Feira de Santana Agosto de 2017
FICHA CATALOGRÁFICA
Ficha Catalográfica – Biblioteca Central Julieta Carteado
Santos, Marcos Antonio Cerqueira
S233a Sequência didática: aprendizagem significativa do conceito de energia
nuclear no ensino médio / Marcos Antonio Cerqueira Santos. - Feira de
Santana, 2017.
28 f.: il.
Orientadora: Gabriela Ribeiro P. Rezende Pinto
Coorientador: Rainer Karl Madejsky
Sequência didática – Universidade Estadual de Feira de Santana,
Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física, 2017.
1. Física - Ensino. 2. Energia nuclear. 3. Ensino médio I. Pinto,
Gabriela Ribeiro P. Rezende, orient. II. Madejky, Rainer Karl, coorient.
III. Universidade Estadual de Feira de Santana. IV. Título.
CDU: 372.8: 53
Sumário
Introdução ......................................................................................................................... 4
1 Referenciais ................................................................................................................. 6
1.1 Teoria de Ensino-Aprendizagem ....................................................................... 6
1.2 Referencial Epistemológico ............................................................................... 7
1.3 Caraterísticas da Sequência Didática ................................................................. 9
2 Atividades da Sequência Didática ............................................................................. 11
2.1 Esquema da Sequência Didática ...................................................................... 11
2.2 Detalhamentos das Atividades......................................................................... 12
Referências Bibliográficas ............................................................................................. 23
Apêndice A Questionário Investigativo ....................................................................... 26
Apêndice B Recurso Tecnológico – Animação/Simulação .......................................... 28
4
Introdução
Dentro da perspectiva de inserção de conceitos Física Moderna e
Contemporânea (FMC), que é uma necessidade crescente dentro do ensino de
Física no Ensino Médio, propomos uma Sequência Didática (SD), como
produto da dissertação do Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física
(MNPEF). Esta SD busca inserir conceitos de Física Nuclear no Ensino Médio,
mais precisamente o tema Energia Nuclear.
Segundo Zabala (1998), as sequências didáticas dizem respeito como o
professor estrutura e organiza uma situação de aprendizagem e a sequência
de conteúdos. Quando se pensa numa sequência de ensino/aprendizagem,
pensa-se também no tipo de relações que se estabelece entre o estudante e o
professor na sala de aula. Dessa forma, Zabala (1998) afirma que, haverá
diferenças entre um ensino que foque no conteúdo de aprendizagem ou que dê
destaque às atitudes e habilidades.
A nossa Sequência Didática (SD) é focalizada nos conteúdos
conceituais, possuindo o ensino caraterizado numa tipologia de ensino de
conceitos e princípios.
Como os conceitos e princípios são temas abstratos, requerem uma compreensão do significado e, portanto, um processo de elaboração pessoal. Neste tipo de conteúdo são totalmente necessárias as diferentes condições estabelecidas anteriormente sobre a significância na aprendizagem: atividades que possibilitem o reconhecimento dos conhecimentos prévios, que assegurem a significância e a funcionalidade, que sejam adequadas ao nível de desenvolvimento, que provoquem uma atividade mental, etc. (ZABALA, 1998, p.81).
O estudo de Energia Nuclear (EN) é muito importante na formação
científica do estudante, pois na sua aprendizagem envolve conceitos como as
interações fundamentais da natureza; massa, energia e a relação entre eles,
fazendo uso da tão famosa equação de Einstein E = mc2; e principalmente
entender como se obtém energia na reação de fissão nuclear. Portanto esse
conceito é um dos pilares para a sua compreensão da natureza.
5
Esses assuntos, supracitados, quase nunca são trabalhados no Ensino
Médio, portanto, a proposta da SD é, além de tornar possível a inserção do
conceito de Energia Nuclear (EN) no Ensino Médio, também propiciar a
aprendizagem significativa de outros relacionados com a Física Nuclear.
O público alvo são estudantes do 3º ano do Ensino Médio. Essa é uma
etapa em que normalmente eles já viram conceitos básicos de física ou de
química que servem como âncoras para que seja possível a aprendizagem do
tema EN.
A grande questão a ser verificada na nossa SD é como propiciar a
aprendizagem significativa do conceito de EN em estudantes do 3º ano do
Ensino Médio. Portanto, avaliar o processo de ensino aprendizagem com
situações perguntas, durante todo o processo, é necessário para verificar se a
aprendizagem está acontecendo.
6
1 Referenciais
1.1 Referencial de Ensino-Aprendizagem
A teoria de aprendizagem que norteia esta SD é a Aprendizagem
Significativa de David Ausubel. Essa é uma concepção que focaliza a estrutura
cognitiva preexistente, propiciando um aprendizado baseado nesse
conhecimento prévio, denominado subsunçor e, se o objetivo for atingido, o
conhecimento fará sentido para o aprendiz.
Conforme Moreira (2011), para Ausubel, a aprendizagem deve ser
significativa, ou seja, a informação nova ou o novo conhecimento deve se
relacionar de maneira não-literal à estrutura cognitiva de quem aprende. Ou
seja, as informações novas devem se relacionar com conhecimentos prévios
relevantes. Se esse processo de aprendizagem for realizado de uma maneira
que, a nova informação agrega-se com os subsunçores, por interação, e a
estrutura cognitiva se organiza hierarquicamente, ela é denominada de
aprendizagem subordinativa, pois existiu uma relação de subordinação do novo
com o já existente na estrutura cognitiva.
De acordo com Segundo Ausubel (1963), quando se submete uma nova
informação a um determinado conceito ou proposição, a nova informação é
aprendida e o conceito ou proposição inclusiva sofre modificações, ocorrendo
subordinação. Este processo de inclusão, que ocorre uma ou mais vezes,
motiva o que ele chamou de “diferenciação progressiva” do conceito ou
proposição que engloba novas informações.
Na aprendizagem superordenada ou combinatória, as ideias estabelecidas na estrutura cognitiva podem tornar-se reconhecíveis enquanto relacionadas no curso da nova aprendizagem. Consequentemente, adquire-se a nova informação e os elementos existentes da estrutura cognitiva podem assumir uma nova organização e, portanto novo significado. Esta recombinação dos elementos da estrutura cognitiva denomina-se reconciliação integradora (AUSUBEL, 1963, p.104).
Para Ausubel (1963), toda a aprendizagem que resulta na reconciliação
integradora resultará também na posterior diferenciação dos conceitos ou
proposições existentes.
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Segundo Ausubel (1963), a aprendizagem significativa ocorre quando o
estudante aprende a partir daquilo que ele já sabe e, também, quando existe
uma predisposição para essa aprendizagem. Logo, na nossa SD, levantamos
inicialmente conhecimentos prévios sobre energia, estrutura atômica e FN, e
identificamos a curiosidade dos estudantes, a partir de relatos escritos sobre
observação de vídeos, para que ele manifeste disposição para uma
aprendizagem sobre o tema.
Na ausência de subsuçores, Ausubel (1963) propõe o que chamou de
organizadores prévios, que é, segundo ele, uma proposta para manipular a
estrutura cognitiva, a fim de facilitar a aprendizagem significativa. Conforme
Moreira (2011, p. 163), “organizadores prévios são materiais introdutórios
apresentados antes do material a ser aprendido em si”.
Nesta SD, realizamos organizadores prévios sobre física de partículas,
interação forte e relação massa-energia para propiciar a diferenciação
progressiva do conceito de EN, entendendo como se obtém essa energia. A
reconciliação integradora também foi buscada, a partir da simulação de uma
usina nuclear, estudando fissão nuclear e transformações de energia, para
formar o conceito de EN.
Trata-se então de uma teoria de aprendizagem muito pertinente para a
aplicação em sala de aula, principalmente no estudo de Física, pois pode
ajudar na compreensão de fenômenos e situações do cotidiano do aluno,
dando sentido para eles em relação a símbolos, conceitos e proposições.
1.2 Referencial Epistemológico
Durante a SD proposta, deve-se estudar núcleos a partir da visão
quântica das interações entre partículas méson proposto por Yukawa, que,
segundo Schecheter e Bertulani (2007), sugeriu que a força nuclear originava-
se de partículas de massa de repouso finita entre núcleons. A partir daí, pode-
se analisar a estabilidade dos núcleos, entendendo o conceito de energia de
ligação nuclear.
Como em uma das etapas, estuda-se o funcionamento de uma Usina
Nuclear numa simulação computacional, é necessário que se entenda o que é,
como acontece e por que acontece a fissão nuclear. A proposta foi trabalhar
com os estudantes para o entendimento sobre fissão de maneira qualitativa a
8
partir do modelo da gota líquida proposto pelo físico russo George Gamow em
1928 e mais tarde expandido por Niels Bohr. Nesse modelo, segundo Sears et
al. (2009), os núcleos individuais são análogos a moléculas de um líquido, que
são mantidas unidas pelas interações de curto alcance e por efeitos de tensão
superficial.
Faz-se necessário também o uso da teoria da relatividade especial de
Albert Einstein (E = mc2), que relaciona dois conceitos físicos importantes,
massa e energia. Essa lei é de grande relevância para entender como se
obtêm a energia nuclear.
O estudo da relação massa-energia usado na SD se baseia na
interpretação filosófica que entende que massa e energia são propriedades
distintas, e, que, uma suposta conversão de uma em outra, é, simplesmente,
uma transformação de energia. Filósofos como Bondi & Spurgin (1987)
adotaram essa interpretação sendo, segundo Stanford (2012), a interpretação
deles sobre a relação massa-energia tem sido influente, especialmente entre
físicos envolvidos com a área educacional.
Como tem propriedades diferentes, massa e energia são medidas em
unidades diferentes. Ao estudar o efeito de diminuição de massa em física
nuclear, usa-se a unidade de energia com o termo c2 da equação E = mc2
embutido, energia e massa ficam com a mesma unidade, portanto,
aparentemente não existe distinção. A partir do entendimento dessa relação,
os estudantes podem chegar ao conceito de energia nuclear entendendo o
funcionamento de uma usina e como se consegue obter energia elétrica nesse
processo.
A ideia da SD é, ao aplicá-la, conseguir enriquecer o conhecimento do
estudante sobre conceitos relacionados com a Energia Nuclear. Como a
proposta é trabalhar para o entendimento sobre conceitos de FN de maneira
qualitativa, e, ao inferirem-se alguns conhecimentos prévios e a predisposição
dos estudantes para aprendizagem do tema, favorecendo a aprendizagem
significativa, isso deve possibilitar a construção de modelos baseado no
conhecimento científico existente.
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1.3 Características da Sequência Didática
O esquema de losango didático, proposto por Méheut e Psillos (2005),
Figura 1, contém no seu eixo horizontal, a dimensão pedagógica, relacionando
professor ao aluno, e, no eixo vertical, a dimensão epistemológica, que
relaciona o conhecimento ao mundo material.
Figura 1 – Losango Didático de Méheut e Psillos (2005) Fonte: Scarpa, et al (2015)
Nossa sequência didática se enquadra em um grupo que entrelaça as
duas dimensões. Pois, além de se direcionar para o estudante, possui aspectos
epistemológicos fortes em relação à construção do conceito de massa e
energia. Portanto, a SD proposta neste trabalho é caraterizada por relacionar
aspectos pedagógicos do estudante e também na caracterização do
conhecimento.
São levados em consideração aspectos cognitivos do estudante, seus
conhecimentos prévios e a formação de conceitos baseada na aprendizagem
significativa de Ausubel. Além disso, aspectos epistemológicos também são
considerados, (o que ele pensa sobre massa e energia, física de partículas,
etc.), para proporcionar uma nova maneira de olhar para esses conceitos.
Para avaliar a eficácia da sequência, deverá ser utilizada uma
metodologia que observa o estudante durante todo o processo de
aprendizagem. Conforme Méheut e Psillos (2005), análises detalhadas dos
percursos de aprendizagem dos alunos podem ser usadas para discutir a
10
eficácia de uma situação específica de aprendizagem, além da avaliação
global de uma sequência, para testar hipóteses subjacentes ao desenho das
situações de aprendizagem e para melhorá-los.
Foram feitos questionamentos aos estudantes em cada uma das etapas
da sequência, em que, eles responderam de forma discursiva. Essas respostas
foram usadas para avaliar o processo de aprendizagem, se houve a
diferenciação progressiva, a reconciliação integradora e, consequentemente, a
aprendizagem significativa de novos conceitos. Assim, a própria SD foi sendo
testada.
11
2 Atividades da Sequência Didática
2.1 Esquema da Sequência Didática
A sequência didática foi composta com atividades que envolveram
aplicação de simulações computacionais, apresentação de vídeos, aulas
expositivas e leitura de artigos sobre conhecimentos relacionados com o tema.
Essas atividades foram construídas de forma que produzissem aprendizagem
significativa, com a aquisição de conceitos e proposições, para ocorrer
diferenciação progressiva e a reconciliação integradora.
Para a aplicação da SD, foi necessário que a escola tivesse recursos
como, projetores datashow, computadores e equipamentos audiovisuais que
permitissem a execução de vídeos, além de outros mais usuais como lousa e
pincel atômico.
Foram propostas cinco atividades, sendo duas delas com duração de
uma hora-aula cada e três com duração de duas horas-aula, portanto,
totalizando oito horas-aula.
As atividades propostas na SD envolvem recursos educacionais e
estratégias de ensino que permitam a aprendizagem do conceito de Energia
Nuclear, partindo do que o estudante já sabe e analisando a sua predisposição
para o aprendizado do tema. A partir daí, foi proposta uma sequência de
atividades direcionando conceitos mais inclusivos para menos inclusivos,
propiciando a diferenciação progressiva. Houve também, abordagens
diferentes sobre Energia Nuclear para que se alcançar a reconciliação
integradora.
A Figura 2, a seguir, mostra de forma sintética, as etapas da SD com os
respectivos conceitos de física envolvidos e os aspectos pedagógicos
relacionados com a aprendizagem significativa de Ausubel:
12
Figura 2 – Esquema da Sequência Didática
3.2 Detalhamento das Atividades
De forma mais detalhada, apresentamos, a seguir, as etapas da SD,
esclarecendo aspectos fundamentais de cada etapa, tais como: objetivos,
duração, recursos necessários, conceitos abordados, estratégias utilizadas,
implicação da atividade no referencial teórico pedagógico e a avaliação.
estrutura atômica
energia
massa
transformações de energia
utilização da física nuclear como alternativa de energia
partículas elementares
interações da natureza
núcleo
energia de ligação
energia nuclear
fissão nuclear
reator nuclear
reação em cadeia
E=mc2
reação nuclear
cinemática das reações
energia nuclear
Ap
rend
izag
em S
ign
ificativ
a
- Levantamento de conhecimentos prévios
- Identificação de subçunsores
- Predisposição para
aprendizagem
- Organizadores prévios
- Material potencialmente significativo
- Diferenciação progressiva
- Diferenciação progressiva
- Reconciliação integradora
- Material potencialmente significativo
- Diferenciação progressiva
13
Atividade 1 – Conhecimentos Prévios
Questionário Investigativo
1) O que você entende por energia? Quais as formas de energia que você
conhece?
2) Quais as interações da natureza?
3) O que você entende da expressão ?
4) Quais as grandes aplicações tecnológicas da física nuclear que você
conhece?
5) Explique de forma detalhada como podemos obter energia elétrica.
Quais as principais fontes?
6) Explique a estrutura atômica, indicando os seus principais constituintes.
Tabela 1 – Questionário Investigativo.
Atividade 1
Conhecimentos Prévios
Objetivos Levantar os conhecimentos prévios sobre conceitos
relacionados com energia nuclear.
Duração
1 aula
Recursos
questionário com perguntas/situações (Apêndice A)
Conceitos
energia, estrutura do átomo, massa e interações da natureza.
Estratégias
Cada estudante receberá um questionário com perguntas,
tabela 1, que deverão ser respondidas individualmente e de
forma escrita discursiva. Eles serão orientados a
responderem com suas próprias palavras.
14
Implicação no
Referente da
Teoria de
Aprendizagem
Levantamento de conhecimentos prévios para detectar os
subsunçores dos estudantes.
Avaliação
Será levada em consideração para avaliação a participação
do estudante ao responder as perguntas, independentemente
da resposta. O estudante terá sua nota da atividade de
acordo com o número total de perguntas que ele responder.
Atividade 2 – Vídeo
Figura 3 – Imagem congelada da reprodução do vídeo: Aula de Química Energia Nuclear – parte 1
Atividade 2
Vídeo
Objetivos Discutir sobre a importância da Energia Nuclear para a
sociedade tecnológica, identificando o interesse pelo tema.
Duração
1 aula
Recursos
Vídeos: Aula de Química Energia Nuclear – parte 1 e 2
(Representação da sua reprodução na Figura 3)
15
Conceitos
radiação, energia nuclear, reações nucleares e energia
elétrica.
Estratégias
Serão reproduzidos os vídeos, Aula de Química Energia
Nuclear – parte 1 e 2, disponíveis em
https://www.youtube.com/watch?v=VPtBK-0C4rk e
https://www.youtube.com/watch?v=umMT3h4HQzo
respectivamente. A reprodução dos dois vídeos tem duração
total de 18 minutos. Após a execução dos vídeos, os
estudantes deverão expor, com mediação do professor, as
suas principais observações sobre o que foi apresentado.
Implicação no
Referente da
Teoria de
Aprendizagem
Identificação da predisposição dos alunos para a
aprendizagem do tema.
Avaliação
Os estudantes serão avaliados a partir da sua participação no
debate em sala de aula, sendo levados em consideração os
critérios: intervenções, aprofundamento nas discursões e
novas ideias.
16
Atividade 3 – Estabilidade do Núcleo
Figura 4 – Mapa Conceitual para interações fundamentais (Moreira, M.A, Partículas e Interações, Física na Escola vol.5, no 2, pp 10-14,2014)
Atividade 3
Estabilidade do Núcleo
Objetivos
Conceituar a interação nuclear forte e entender a estabilidade
dos núcleos.
Duração
2 aulas
Recursos
projetor, computador, slides, quadro, pincel atômico e cópia
do mapa conceitual, Figura 4, sobre as Interações
17
Fundamentais (Moreira, M.A., 2004, Física na Escola, v5, n.2,
pp. 10-14).
Conceitos
estrutura atômica, interações da natureza, interação nuclear
forte, estabilidade nuclear, modelo de gota líquida.
Estratégias
Essa atividade deverá ser iniciada com uma exposição
através de apresentação de slides, estudando as
propriedades dos átomos. Ao final dessa exposição, será
apresentada aos alunos uma indagação:
Por que o núcleo se mantém unido?
A seguir será distribuída, aos estudantes, uma cópia do mapa
conceitual sobre Interações Fundamentais (Moreira, M.A.,
2004, Física na Escola, v5, n.2, pp. 10-14). Será dado um
tempo de 20 min para que os estudantes, em grupo de no
máximo cinco integrantes, leiam o mapa e discutam de forma
a encontrar a resposta para o problema. A resposta
formulada pelo grupo deverá ser apresentada para o restante
da classe.
Através da mediação do professor, os estudantes deverão
elencar no quadro as principais características da interação
nuclear forte.
Posteriormente, deverão ser discutidas a sua função na
estabilidade do núcleo. O professor deverá apresentar slide
contendo a carta de nuclídeos (Figura 5) e, provocará nova
discussão sobre a estabilidade nuclear.
A seguir, o professor deverá fazer uma exposição com slides,
abordando o modelo de gota líquida para o núcleo de uma
forma conceitual e não matemática. Discute-se, assim, a
curva obtida por esse modelo para a energia de ligação
média para os núcleos estáveis versus o número atômico.
Implicação no
Referente da
Nessa atividade, serão aplicados o mapa conceitual e aula
expositiva, como organizadores prévios, para obtenção de
18
Teoria de
Aprendizagem
conhecimentos sobre física de partículas e as interações da
natureza. A partir daí, proporcionar a diferenciação
progressiva do conceito de interação nuclear forte para
entender a estabilidade do núcleo.
Avaliação
Ao final da aula, cada estudante deverá responder de forma
escrita à pergunta: Por que o núcleo se mantém unido?
Essa resposta será usada como avaliação, tendo como
critério principal se apresenta as interações da natureza e a
relação da interação nuclear forte como responsável pela
estabilidade do núcleo.
Figura 5 – Carta de Nuclídeos Fonte: Fonte: http://images.slideplayer.com.br/5/1595627/slides/slide_8.jpg
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Atividade 4 – Animação/Simulação de Usina Nuclear
Figura 6 – Imagem da Animação/Simulação Usina Nuclear
Fonte: https://esa21.kennesaw.edu/activities/nukeenergy/nuke.htm
Atividade 4
Animação/Simulação de Usina Nuclear
Objetivos
Destacar a utilização da usina nuclear como uma forma de
obtenção de energia, entendendo o seu funcionamento e o
processo de fissão nuclear, relacionando a energia de ligação
do núcleo com a energia liberada na reação.
Duração
2 aulas
Recursos
projetor, computadores, recurso tecnológico
Animação/Simulação de uma Usina Nuclear (representado na
Figura 6).
Conceitos
energia elétrica, modelo de gota líquida, transformação de
energia, usina nuclear, fissão nuclear, reação nuclear e
energia nuclear.
Estratégias
Os estudantes serão levados para sala de informática, onde
se organizarão em dupla, em cada computador. Inicialmente,
o professor deverá projetar a animação que explica a origem
da energia elétrica e as alternativas para gerar eletricidade,
20
além de apresentar fontes geradoras de energia, como:
hidrelétrica, termoelétrica e usina nuclear. A usina nuclear
ganhará destaque assim como os seus elementos e haverá
uma discussão sobre a importância da energia elétrica na
sociedade.
A seguir, os estudantes deverão manusear a simulação da
usina em que poderão controlar a potência do reator e os
controles de pressão e resfriamento, visualizando a obtenção
de energia elétrica.
Será apresentada uma pergunta aos estudantes:
De onde vem a Energia para o funcionamento da Usina
Nuclear?
Será feita uma revisão dos conceitos sobre interação nuclear,
abordando o modelo de gota líquida para o núcleo, com uma
abordagem conceitual e não matemática, discutindo a curva
obtida por esse modelo para a energia de ligação média para
os núcleos estáveis versus o número atômico (Figura 7).
A partir da análise gráfica da relação da energia de ligação
do núcleo com o número atômico, será estudado o processo
de fissão nuclear e como se obtém a energia nesses
processos.
Depois, será destinado um tempo de 25 min antes do término
da aula para que os alunos respondam, individualmente, de
forma escrita à pergunta.
Implicação no
Referente da
Teoria de
Aprendizagem
Diferenciação progressiva do conceito de energia de ligação,
entendendo a estabilidade do núcleo, modelo de gota líquida,
para a obtenção do conceito de Energia Nuclear. Estudando
a fissão, procura-se realizar a reconciliação integradora, para
formar o mesmo conceito.
Avaliação
As respostas da pergunta feita serão usadas como avaliação,
em que devem ser levados em conta se o aluno
compreendeu bem a relação entre a interação nuclear com a
energia liberada na reação de fissão.
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Figura 7 – Energia de Ligação por nucleon Fonte: http://s3.amazonaws.com/magoo/
Atividade 5 – Relação Massa-Energia
Figura 8 – Equação da relação massa-energia de Einstein Fonte: http://images.iop.org/objects/phw/news
Atividade 5
Relação Massa Energia
Objetivos
Entender o processo de obtenção da Energia Nuclear através
da diminuição de massa, usando a equivalência massa-
energia de Einstein (Figura 8).
Duração 2 aulas
22
Recursos
artigo: Abrindo a Caixa Preta da Massa-Energia (Barcellos,
M.E. & Zanetic, J.), projetor, computador.
Conceitos
massa, energia, reação nuclear, energia nuclear.
Estratégias
Serão destinados 30 min para que os estudantes façam a
leitura do artigo Abrindo a Caixa Preta da Massa-Energia
(Barcellos, M.E. & Zanetic, J.). Depois, será aberta a
discussão, em 20 min, sobre as definições de massa e
energia e a relação E = mc2.
O professor deverá retomar a análise da obtenção da Energia
Nuclear na fissão, olhando agora para a diminuição de
massa, relacionando com a equação de Einstein.
A partir do conhecimento da relação massa-energia e das
transformações de energia envolvidas numa usina nuclear,
os estudantes farão reconciliação integradora para reforçar o
entendimento do conceito de Energia Nuclear.
Implicação no
Referente
Pedagógico
Reconciliação integradora, ao analisar o processo de
diminuição de massa numa reação nuclear, para formar o
conceito de Energia Nuclear.
Avaliação
Ao final da atividade, cada estudante deverá responder de
forma discursiva, o que ele entende por massa, energia e a
relação entre eles numa reação de fissão nuclear. A resposta
dessa pergunta que deverá usada como avaliação, sendo
que os aspectos de argumentação deverão ser usados como
critérios de nota.
23
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VALENTE, Lígia; BARCELLOS, Marcília Elis; SALÉM, Sônia; KAWAMURA,
Maria Regina. Física Nuclear: Caminhos para Sala de Aula. XI Encontro de
Pesquisa em Ensino de Física. Curitiba. 2008.
ZABALA, Antoni. A Prática Educativa: como ensinar. Tradução Ernani F. da F.
Rosa – Porto Alegre: ArtMed, 1998.
A
a
26
Apêndice A
Atividade 1 – Conhecimentos Prévios
Identificação
numérica
Questionário Investigativo
Instruções: Responda às seguintes perguntas de forma discursiva da melhor
maneira possível. Não foque encontrar a resposta correta, mas sim o que
realmente vêm a sua mente sobre os assuntos.
1) O que você entende por energia? Quais as formas de energia que você
conhece?
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__________________________________________________________
__________________________________________________________
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2) Quais as interações da natureza?
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__________________________________________________________
__________________________________________________________
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3) O que você entende da expressão ?
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
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4) Quais as grandes aplicações tecnológicas da física nuclear que você
conhece?
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__________________________________________________________
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5) Explique de forma detalhada como podemos obter energia elétrica.
Quais as principais fontes?
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__________________________________________________________
__________________________________________________________
_________________________________________________________
6) Explique a estrutura atômica, indicando os seus principais constituintes.
__________________________________________________________
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Apêndice B
Recurso Tecnológico – Animação/Simulação
Requerimentos Técnicos:
Memória Ram: 256MB;
Processador: Celeron Intel ou equivalente;
Navegador (Browser);
Plugins: Flash MX, Java(TM) Version 1.4.1.
Título: Simulador de uma planta de uma usina Nuclear
Tipo do recurso: Animação/Simulação/Jogo
Objetivo: Fixar os conceitos apresentados na aula.
Descrição do recurso: O jogo disponibiliza os controles de uma usina. O
aluno poderá controlar a potência do reator e os controles de pressão e
resfriamento.
Endereço eletrônico: http://www.ae4rv.com/
Detentor do direito autoral: Geoffrey Noles
Licença: Versão Grátis e Versão Paga
URL: https://esa21.kennesaw.edu/activities/nukeenergy/nuke.htm(Versão
Online)
Idioma: Inglês