República de Angola Ministério do Turismo
ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO TURISMO
Maio de 2018
FICHA TÉCNICA
Maria Ângela Bragança Ministra do Turismo José Alves Primo Secretário de Estado para Turismo Mário Jacob dos Santos Director do GEPE
Equipa de Redacção GEPE Ministério do Turismo Mengua Simão Dodet Mena Kumbundo Nguengo Amilton P. da Fonseca Custódia Vissolela Armando Sativa Manuela de Carvalho Ciete da Costa Rosa Santana Nelson Inácio Moisés Cosmito dos Santos Pedro Cerqueira Geovania Guilhermina dos Santos
Controlo de Qualidade e Arranjos Gráficos
Instituto Nacional de Estatística
Departamento de Informação e Difusão
Para esclarecimentos e/ou informações adicionais sobre o conteúdo desta publicação, contactar: Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística Edifício Goya 4º Andar,
E-mail: geral [email protected]
ÍNDICE ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO TURISMO ................................................................................... 1
1. LISTA DE QUADROS E GRÁFICOS ................................................................................... 4
PREFÁCIO ............................................................................................................................ 5
RESUMO METODOLÓGICO E CONCEITOS........................................................................... 7
2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 8
CAPÍTULO I. ......................................................................................................................... 9
TENDÊNCIAS DO TURISMO INTERNACIONAL ..................................................................... 9
CAPÍTULO II. ...................................................................................................................... 10
CHEGADAS DE TURISTAS ÀS FRONTEIRAS NACIONAIS ..................................................... 10
CAPÍTULO III ...................................................................................................................... 23
OCUPAÇÃO NAS UNIDADES DE ALOJAMENTO E RECEITAS ............................................... 23
III.1 OCUPAÇÃO NAS UNIDADES DE ALOJAMENTO .......................................................... 23
III.2 RECEITAS POR TIPO DE UNIDADES ........................................................................... 24
CAPÍTULO IV ...................................................................................................................... 25
BALANÇA DE PAGAMENTOS ........................................................................................... 25
CAPÍTULO V ....................................................................................................................... 27
EMPREGOS POR TIPO DE UNIDADES ............................................................................... 27
CAPÍTULO VI ...................................................................................................................... 28
REDE HOTELEIRA E SIMILAR DO PAÍS .............................................................................. 28
1. LISTA DE QUADROS E GRÁFICOS
GRÁFICOS
Gráfico 1 - Percentagem de chegadas de turistas por ano......................................................................... 11
Gráfico 2 - Variação de chegadas de turistas em 2017 comparativamente ao ano de 2016 ..................... 11
Gráfico 3 - Percentagem de chegadas de turistas no biénio 2016 – 2017 ................................................. 11
Gráfico 4 - Percentagem do movimento turístico proveniente dos PALOP ............................................... 12
Gráfico 5 - Percentagem do movimento turístico proveniente da SADC ................................................... 13
Gráfico 6 - Percentagem do movimento turístico proveniente da CPLP .................................................... 13
Gráfico 7 - Percentagem do movimento turístico proveniente da África Central ...................................... 14
Gráfico 8 - Percentagem dos motivos de Viagens por ano ........................................................................ 17
Gráfico 9 - Percentagem de chegadas de turistas por motivos de viagens no biénio 2016 2017 .............. 17
Gráfico 10 - Percentagem de chegadas de turistas por mês no biénio 2016 – 2017 ................................. 17
Gráfico 11 - Permanência média de hóspedes em todas as unidades de alojamento no biénio 2016-
2017 ............................................................................................................................................................ 23
Gráfico 12 - Percentagem de hóspedes em todas Unidades de alojamento no biénio 2016-2017 ........... 23
Gráfico 13 - Percentagem das receitas por tipo de unidades no biénio 2016 – 2017 ................................ 24
Gráfico 14 - Crescimento do emprego por tipo de Unidades em 2017 ...................................................... 27
Gráfico 15 - Percentagem da Rede hoteleira e Similar por Província no biénio 2016-2017 ...................... 29
QUADROS
Quadro 1 - Chegadas de turistas por continentes ...................................................................................... 10
Quadro 2 - Movimento turístico proveniente dos PALOP .......................................................................... 12
Quadro 3 - Movimento turístico proveniente da SADC .............................................................................. 12
Quadro 4 - Movimento turístico proveniente da CPLP .............................................................................. 13
Quadro 5 - Movimento turístico proveniente da África Central ................................................................ 14
Quadro 6 - Principais Países emissores do Continente Africano ................................................................ 15
Quadro 7 - Principais Países emissores do Continente Asiático ................................................................. 15
Quadro 8 - Principais Países emissores do Continente Americano ............................................................ 16
Quadro 9 - Principais Países emissores do Continente Europeu ................................................................ 16
Quadro 10 - Principais motivos de viagens ................................................................................................ 17
Quadro 11 - Chegadas de turistas às fronteiras nacionais por países ........................................................ 18
Quadro 12 - Chegadas e dormidas de hóspedes por tipo de Unidades ..................................................... 23
Quadro 13 - Receitas por tipo de Unidades ............................................................................................... 24
Quadro 14 - Viagens e Crédito ................................................................................................................... 25
Quadro 15 - Repartição de empregos por tipo de Unidades em 2017 ...................................................... 27
Quadro 16 - Repartição de empregos por tipo de Unidade 2016 - 2017 ................................................... 27
Quadro 17 - Rede hoteleira e Similar do País ............................................................................................. 28
Quadro 18 - Rede hoteleira e Similar em funcionamento por Províncias em 2017 ................................... 29
Quadro 19 - Classificação dos Hotéis por Províncias em 2017 ................................................................... 30
Quadro 20 - Capacidade de alojamento por Províncias em 2017 .............................................................. 30
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 5
PREFÁCIO
O turismo tornou-se uma das fontes de emprego mais importante do mundo e estimula
extraordinariamente os investimentos em infraestruturas que servem os turistas, mas que, na
maioria parte melhoram também as condições de vida das populações locais, representando
para o Estado receitas fiscais muito consideráveis.
O turismo internacional é no mundo o sector que tem uma posição cimeira na Balança de
Pagamento de uma grande parte dos Países.
O turismo também favorece as trocas interculturais e as amizades o que reveste uma
importância extraordinária como contributo para melhorar a concorrência internacional e para
reforçar a paz entre as Nações.
Angola dispõe de enormes potencialidades turísticos e poderá posiciona-se como um destino de
diversão e animação em África, alavancando o seu património cultural e natural.
O estudo do mercado turístico de qualquer país, não pode ser feito sem a análise dos dados
Estatísticos.
O Anuário Estatístico Bianual 2016 - 2017, apresenta os principais indicadores estatísticos do
mercado turístico do País, bem como os indicadores que caracterizam o mercado regional e
internacional.
Estamos convictos de que o sector do turismo continuará apresentar níveis de crescimento
satisfatórios na economia nacional.
Maria Ângela Bragança
Ministra do Turismo
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 7
RESUMO METODOLÓGICO E CONCEITOS METODOLOGIA INQUÉRITO AO TURISMO INTERNACIONAL Enquadramento O Inquérito ao Turismo Internacional tem por objectivo o conhecimento sobre os principais motivos dos visitantes e respetivos gastos turísticos, tendo em vista, por um lado, alargar o âmbito das estatísticas de turismo, e, por outro, proporcionar informação para efeitos de compilação de Contas Nacionais, incluindo a balança de pagamento Âmbito do Inquérito A população alvo é constituída pelos visitantes (turistas), não residentes, que atravessam a fronteira aérea, nacional. Não são considerados os trabalhadores de fronteira ou sazonais. Âmbito geográfico O âmbito geográfico é o território nacional.
Unidades estatísticas A unidade estatística de observação é o ‘Visitante’. Tipo de operação estatística Estudo estatístico periódico.
Enquadramento O Inquérito sobre dormidas dos residentes e não residentes tem como principal objectivo conhecer o volume de fluxos turísticos nas unidades de alojamentos. Âmbito Populacional do Inquérito São alvo deste inquérito os indivíduos residentes e não residentes em angola. São registadas as deslocações com dormida nas unidades de alojamento. Âmbito geográfico O âmbito geográfico é o território nacional Unidades estatísticas A unidade estatística é o alojamento. A unidade estatística de apuramento é o indivíduo (hóspedes) Tipo de operação estatística
Estudo estatístico periódico.
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 8
2. INTRODUÇÃO As estatísticas do turismo são o suporte básico e necessário para qualquer estudo sobre actividade turística e ainda são consideradas como sendo instrumento de vital importância para medir a contribuição do turismo no desenvolvimento económico e social do turismo de cada País.
O Anuário Bianual de estatísticas do turismo, é uma publicação na qual resumem-se os principais
indicadores do sector nos anos de 2016 a 2017.
O presente Anuário, disponibiliza dados sobre o fluxo do turismo Internacional, as chegadas de
turistas às fronteiras nacionais, os principais motivos de viagens, as dormidas nas unidades de
alojamentos, a Balança de Pagamento, o volume de negócio, a empregabilidade no sector, bem
como a rede hoteleira e Similar do País.
As principais fontes de informação dos dados apresentados no presente Anuário foram: Organização Mundial do Turismo
♦ Fluxo do turismo internacional Serviço de Migração e Estrangeiros
♦ Chegadas de turistas por regiões
♦ Chegadas de turistas por sexo
♦ Principais motivos de viagens
Banco Nacional de Angola
♦ Contribuição do turismo na Balança de Pagamentos
Gabinetes Provinciais da Cultura, Turismo e Juventude e Desportos
♦ Chegadas e dormidas nas unidades hoteleiras;
♦ Taxa de ocupação de quartos e camas;
♦ Volume de negócios por ramo de actividade;
♦ Agências de Viagens e Turismo;
♦ Força de trabalho empregue;
♦ Rede Hoteleira e Similar por província.
O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística agradece imensamente aos Serviços de
Migração e Estrangeiros, ao Instituto Nacional de Estatística, ao Banco Nacional de Angola, aos
Gabinetes Provinciais da Cultura, Turismo e Juventude e Desportos e aos Operadores do Sector,
pelos apoios e a estreita colaboração na produção das estatísticas do turismo e na compilação
desta Publicação.
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 9
CAPÍTULO I.
TENDÊNCIAS DO TURISMO INTERNACIONAL
A dimensão do fenómeno turístico tem, nos últimos anos, apresentado uma evolução
generalizada de crescimento.
De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial do Turismo, o ano de 2017, foi
previsto como um ano record em termos de chegadas turísticas internacionais, tendo o
crescimento atingido 7% entre Janeiro e Agosto de 2017, comparativamente ao ano de 2016.
Este crescimento é ainda mais forte em África com 4% neste mesmo período (OMT, 2017).
Ao longo das décadas, o turismo experimentou um crescimento contínuo e aprofundou em
contribuir para a diversificação da economia tornando-se num dos sectores económicos de mais
rápido crescimento no mundo. Estas dinâmicas tornaram o turismo num dos principais
impulsionadores do progresso socioeconómico.
Esta disseminação global do turismo produziu benefícios económicos e emprego, bem como se
traduziu em impactos importantes nos sectores da construção, transportes, telecomunicações
e agricultura.
O contributo do turismo para o bem-estar económico depende das receitas e da qualidade da
oferta turística (OMT 2015).
O turismo representa 10% do Produto Global Bruto, ou seja um em cada dez empregos é
proporcionado pela indústria do turismo. Este sector representa globalmente 1,4 triliões de
dólares de exportações e 7% das exportações mundiais. O turismo significa 30% das exportações
de serviços a nível global.
As projecções são positivas, muito embora num ambiente de incerteza e volatilidade,
influenciadas pelo desempenho do Norte de África (OMT, 2016).
Porém, dados da OMT de Agosto de 2017 apontaram para um forte crescimento de África em
40%, entre Janeiro e Agosto de 2017.
Os resultados reflectem o crescimento sustentado em muitos destinos combinados com a
recuperação daqueles que sofreram de desafios de segurança nos anos mais recentes (OMT,
2017).
A África Subsaariana (que inclui Angola) apresentou indicadores de crescimento em 2015 de 1,6
%.
Perspectiva-se uma manutenção desta tendência a longo prazo, sendo África a região com o
crescimento previsto mais elevado, na ordem dos 4,7%, para o período 2020-2030.
Fonte: Organização Mundial do Turismo (OMT)
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 10
CAPÍTULO II. CHEGADAS DE TURISTAS ÀS FRONTEIRAS NACIONAIS
O fluxo de chegadas de turistas às fronteiras nacionais no biénio 2016 a 2017, atingiu a cifra de
658 mil.
O ano de 2016 com 53,6%, representou o maior peso em termos de chegadas de turistas às
fronteiras nacionais. Por continentes, a Europa constitui o principal mercado emissor de turistas
em 2016, com um peso de 53,6%.
Relativamente ao ano de 2017, o peso das chegadas de turistas às fronteiras nacionais situou-
se em 39,6%. Neste ano a Europa com 51,5% foi o maior mercado emissor de turistas.
Em termos de variação o ano de 2017, apresentou uma variação negativa de 34,3% ou seja
menos 134.524 turistas comparativamente ao de 2016. Todos mercados emissores de turistas
em 2017, apresentaram variações negativas tendo atingido o nível de (-51,8%, Médio Oriente),
conforme demonstra o gráfico nº 2.
Esta redução, deveu-se a queda significativa do fluxo de chegadas de turistas do continente
europeu (78 mil).
Analisando o fluxo de chegadas de turistas as fronteiras nacionais por continentes no biénio
2016 -2017, o gráfico nº 3 demonstra que a Europa com 49,8% e a Asia com 16,5%,
constituíram os principais continentes emissores de turistas.
O continente Africano com 15,7%, posicionou-se na 4 posição depois do continente
Americano.
Quadro 1 - Chegadas de turistas por continentes
Continentes Anos
Total 2016 2017
África 52 686 40 769 93 455
América 61 731 33 809 95 540
Ásia 60 518 46 863 107 381
Austrália 1 261 730 1 991
Europa 213 051 134 456 347 507
Médio Oriente 8 238 4 334 12 572
Total Geral 397 485 260 961 658 446 Fonte: Serviços de Migração e Estrangeiros
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 11
Gráfico 1 - Percentagem de chegadas de turistas por ano
Gráfico 2 - Variação de chegadas de turistas em 2017 comparativamente ao ano de 2016
Gráfico 3 - Percentagem de chegadas de turistas no biénio 2016 – 2017
Movimento turístico proveniente dos mercados de sub-regiões de África no biénio 2016-2017 Por análise do ponto de vista da inserção de Angola em determinadas sub-regiões do nosso
continente, destacamos os principais países emissores de turistas nas referidas sub-regiões.
PALOP
Neste mercado, a República de Moçambique com 38,23% posicionou-se em primeiro lugar
seguido pela República de São Tomé e Príncipe com 35,24% das proveniências do referido
mercado.
0
10
20
30
40
50
60
ÁFRICA AMÉRICA ÁSIA EUROPA MÉDIOORIENTE
AUSTRÁLIA
13,3 15,5 15,2
53,6
2,1 0,3
19,5 16,3 18,4
44
1,5 0,3
2016 2017
-3,4
-31,0
-20,6
-47,3 -46,1
-51,8
-60,0
-50,0
-40,0
-30,0
-20,0
-10,0
0,0
ÁFRICA AMÉRICA ÁSIA AUSTRÁLIA EUROPA MÉDIOORIENTE
EUROPA
ÁSIA
ÁFRICA
AMÉRICA
MÉDIO ORIENTE
AUSTRÁLIA
49,8
16,5
15,7
15,8
1,9
0,3
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 12
Quadro 2 - Movimento turístico proveniente dos PALOP
Países Total
Moçambique 3 214
São Tomé e Príncipe 2 962
Cabo Verde 1 460
Guiné Bissau 770
Total 8 406
Fonte: Serviços de Migração e Estrangeiros
Gráfico 4 - Percentagem do movimento turístico proveniente dos PALOP
SADC
A nível da SADC, a República de África do Sul com 64,35% predominou o fluxo de chegadas de
turistas desta região seguido da República da Namíbia com 18,09%.
Quadro 3 - Movimento turístico proveniente da SADC
Pais Total
Africa do Sul 38 282
Namíbia 10 763
Moçambique 3 214
Republica D. Congo 2 856
Zimbabué 2 343
Zâmbia 1 317
Botswana 347
Ilhas Maurícias 149
Swazilândia 93
Malawi 86
Lesotho 28
Seychelles 11
Total 59 489
Fonte: Serviços de Migração e Estrangeiros
Guine Bissau
Cabo Verde
São Tomé e Principe
Moçambique
9,16
17,37
35,24
38,23
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 13
Gráfico 5 - Percentagem do movimento turístico proveniente da SADC
CPLP
Em relação a este bloco, Portugal com 80,35% representou o maior peso dos países deste bloco
seguido por Brasil com 16,37%.
Quadro 4 - Movimento turístico proveniente da CPLP
Países Total
Portugal 207 307
Brasil 42 240
Moçambique 3 214
São Tomé e Príncipe 2 962
Cabo Verde 1 460
Guiné Bissau 770
Timor Leste 43
Total 257 996
Fonte: Serviços de Migração e Estrangeiros
Gráfico 6 - Percentagem do movimento turístico proveniente da CPLP
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00
Seychelles
Malawi
Ilhas Maurícias
Zâmbia
Republica D. Congo
Namíbia
0,02
0,05
0,14
0,16
0,25
0,58
2,21
3,94
4,80
5,40
18,09
64,35
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00
Timor Leste
Guiné Bissau
Cabo Verde
São Tomé e Príncipe
Moçambique
Brasil
Portugal
0,02
0,30
0,57
1,15
1,25
16,37
80,35
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 14
ÁFRICA CENTRAL
No movimento turístico proveniente de África Central, as Repúblicas de São Tomé e Príncipe
com 28,09% e o Congo Democrático com 27,08% constituíram os principais países emissores do
bloco.
Quadro 5 - Movimento turístico proveniente da África Central
Países Total
São Tomé e Príncipe 2 962
Republica D. Congo 2 856
Congo Brazzaville 2 135
Camarões 801
Guiné Bissau 770
Gabão 536
Tchad 387
Republica Centro Africana 98
Total 10 545
Fonte: Serviços de Migração e Estrangeiros
Gráfico 7 - Percentagem do movimento turístico proveniente da África Central
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00
Republica Centro Africana
Tchad
Gabão
Guiné Bissau
Camarões
Congo Brazzaville
Republica D. Congo
São Tomé e Príncipe
0,93
3,67
5,08
7,30
7,60
20,25
27,08
28,09
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 15
Análise do Fluxo de turistas por regiões e Principais países emissores no biénio 2016 -
2017
África
O fluxo de turistas dos principais países emissores do Continente, situou-se em mais de 74 mil
turistas correspondendo a 79,73% do total do Continente Africano. Por países África do Sul e a
Namíbia constituíram os principais países emissores de turistas com 40,96 e 11, 52%
respectivamente.
Quadro 6 - Principais Países emissores do Continente Africano
Países Total % sobre total África
Africa do Sul 38 282 40,96
São Tomé e Príncipe 2 962 3,17
Argélia 617 0,66
Nigéria 4 603 4,93
Egipto 2 635 2,82
Moçambique 3 214 3,44
Namíbia 10 763 11,52
Cabo Verde 1 460 1,56
Republica Democrática do Congo 2 856 3,06
Congo Brazzaville 2 135 2,28
Camarões 801 0,86
Zâmbia 1 317 1,41
Zimbabwe 2 343 2,51
Cote D'Ivore 524 0,56
Total 74 512 79,73
Fonte: Serviços de Migração e Estrangeiros
Ásia
No continente Asiático, os principais países emissores atingiram a cifra de mais 103 mil turistas
representando um peso de 96,19% do total do continente. Em termos de países, a República
Popular da China com 58,30% constituiu o principal país emissor do continente.
Quadro 7 - Principais Países emissores do Continente Asiático
Países Total % sobre total Ásia
China 62 607 58,30
Filipina 11 640 10,84
India 14 440 13,45
Correa do Sul 1 959 1,82
Vietnam 6 353 5,92
Indonésia 1 972 1,84
Japão 1 436 1,34
Malásia 1 313 1,22
Paquistão 1 574 1,47
Total 103 294 96,19
Fonte: Serviços de Migração e Estrangeiros
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 16
América
Em relação ao continente americano, o fluxo dos principais países deste continente situou-se
em mais de 85 mil turistas correspondendo a 89,14% do total das chegadas do referido
continente. Os principais países emissores da América foram Brasil 44,21 % e Estados Unidos de
América com 28,38%.
Quadro 8 - Principais Países emissores do Continente Americano
Países Total % sobre total América
Brasil 42 240 44,21
Estados Unidos da América 27 117 28,38
Canada 2 654 2,78
Cuba 9 893 10,35
Venezuela 992 1,04
Argentina 934 0,98
Colômbia 894 0,94
Peru 440 0,46
Total 85 164 89,14
Fonte: Serviços de Migração e Estrangeiros
Europa
As Proveniências dos principais países emissores do continente Europeu cifraram-se em mais
305 mil turistas o que corresponde a 88% do total da Europa. Por países Portugal com 59,66%
foi o principal país emissor da Europa.
Quadro 9 - Principais Países emissores do Continente Europeu
Países Total % sobre total Europa
Portugal 207 307 59,66
França 28 096 8,09
Reino Unido 24 139 6,95
Espanha 8 040 2,31
Itália 7 291 2,10
Alemanha 3 725 1,07
Israel 3 560 1,02
Holanda 4 919 1,42
Rússia 2 119 0,61
Noruega 2 800 0,81
Ucrânia 2 605 0,75
Bélgica 3 235 0,93
Polonia 3 128 0,90
Dinamarca 1 501 0,43
Croácia 1 509 0,43
Roménia 1 816 0,52
Total 305 790 88,00
Fonte: Serviços de Migração e Estrangeiros
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 17
Principais motivos de viagens
O principal motivo de viagem de turistas estrangeiros ao nosso país foi “o serviço” com um peso
total de 60,0% no biénio 2016 - 2017. Os negócios com 27,4% e as férias com 12,5%
posicionaram-se em segundo e terceiro lugar respectivamente.
Analisando as correntes turísticas por meses, o gráfico nº 10 ilustra que os meses de Março
12,5% e Fevereiro 10,9% tiveram maior incidência do total das viagens no biénio 2016 – 2017.
Quadro 10 - Principais motivos de viagens
Fonte: Serviços de Migração e Estrangeiros
Gráfico 8 - Percentagem dos motivos de Viagens por ano
Gráfico 9 - Percentagem de chegadas de turistas por motivos de viagens no biénio 2016 2017
Gráfico 10 - Percentagem de chegadas de turistas por mês no biénio 2016 – 2017
Serviço Negócio Turismo de Férias Trânsito
60,9
26,8
12,3
0
58,3
28,2
13,3
0,2
2016 2017
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0
Serviço
Negócio
Turismo de Férias
Trânsito
60,0
27,4
12,5
0,1
0,00
5,00
10,00
15,00
8,8810,90
12,53
8,08 7,59 8,237,13 7,35 6,60 6,61
7,86 8,25
Motivos de Viagens Anos
Total 2016 2017
Férias 48 807 33 380 82 187
Negócios 106 655 73 937 180 592
Serviço 242 023 153 022 395 045
Trânsito 0 622 622
Total Geral 397 485 260 961 658 446
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 18
Quadro 11 - Chegadas de turistas às fronteiras nacionais por países
PAÍS DE ORIGEM ANOS
TOTAL 2016 2017
I - ÁFRICA 52 686 40 769 93 455
I.1 - ÁFRICA ORIENTAL 6 537 6 064 12 601
Burundi 114 25 139
Etiópia 411 268 679
Eritreia 955 1 396 2 351
Djibuti 3 2 5
Quénia 503 477 980
Madagáscar 127 29 156
Malawi 45 41 86
Ilhas Maurícias 119 30 149
Moçambique 1 586 1 628 3 214
Rwanda 199 174 373
Seychelles 8 3 11
Somália 24 23 47
Zimbabwe 1 253 1 090 2 343
Uganda 287 110 397
Tanzânia 203 151 354
Zâmbia 700 617 1 317
I.2 AFRICA CENTRAL 6 459 4 147 10 606
Camarões 563 238 801
República Centro Africana 75 23 98
Tchad 306 81 387
Congo Brazzaville 1 207 928 2 135
República Democrática do Congo 1 669 1 187 2 856
Guiné Equatorial 134 179 313
Gabão 427 109 536
São Tomé e Príncipe 1 605 1 357 2 962
Sudão 473 45 518
I.3 AFRICA DO NORTE 3 122 2 065 5 187
Argélia 334 283 617
Egipto 1 591 1 044 2 635
Líbia 122 35 157
Marrocos 601 295 896
Tunísia 474 408 882
I.4 AFRICA AUSTRAL 28 349 21 164 49 513
África do Sul 23 633 14 649 38 282
Botswana 205 142 347
Lesotho 11 17 28
Namíbia 4 437 6 326 10 763
Swazilândia 63 30 93
I.5 AFRICA OCIDENTAL 8 219 7 329 15 548
Cabo Verde 977 483 1 460
Beni 126 47 173
Burkina Faso 218 247 465
Gambia 357 410 767
Ghana 436 366 802
Guiné Conacry 98 50 148
Continua
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 19
Quadro 11 - Chegadas de turistas às fronteiras nacionais por países
PAÍS DE ORIGEM ANOS
TOTAL 2016 2017
Côte D' Ivoire 524 0 524
Libéria 30 12 42
Mali 1 217 1 016 2 233
Mauritânia 961 1349 2 310
Nigéria 1 921 2 682 4 603
Níger 39 26 65
Guiné Bissau 495 275 770
Senegal 558 211 769
Serra Leoa 177 102 279
Togo 85 53 138
II- AMÉRICA 61 731 33 809 95 540
II.1 - CARIBE 8 869 8 272 17 141
Bermuda 215 0 215
Barbuda 1 3 4
Bahamas 8 1 9
Barbados 4 0 4
Cuba 5 076 4 817 9 893
República Dominicana 336 98 434
Haiti 29 10 39
Jamaica 94 11 105
Porto Rico 4 0 4
Ihas Caiman 2 0 2
Guadalupe 1 2 3
Martinica 3 0 3
Guyana 2 720 3 228 5 948
São Martini 13 0 13
Anguila 0 1 1
Santa Lúcia 8 2 10
S. Vicente e as Granadinas 3 2 5
Trinidade e Tobaco 352 97 449
II.2.- AMERICA CENTRAL 570 220 790
Costa Rica 26 4 30
El Salvador 30 4 34
Guatemala 53 29 82
Honduras 408 168 576
Nicarágua 20 6 26
Panamá 33 9 42
II.3 - AMERICA DO NORTE 21 432 8 956 30 388
Canada 1 649 1 005 2 654
México 314 303 617
Estados Unidos de América 19 469 7 648 27 117
Continua
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 20
Quadro 11 - Chegadas de turistas às fronteiras nacionais por países
PAÍS DE ORIGEM ANOS
TOTAL 2016 2017
II.3 - AMERICA DO SUL 30 860 16 361 47 221
Argentina 536 398 934
Bolívia 101 110 211
Brasil 27 842 14 398 42 240
Chile 282 99 381
Colômbia 509 385 894
Equador 302 81 383
Guiana Francesa 0 241 241
Guiana 161 0 161
Paraguai 57 24 81
Perú 228 212 440
Uruguai 173 90 263
Venezuela 669 323 992
III - ASIA ORIENTA/PACIFICO 60 518 46 863 107 381
III.1- ASIA DO NORTESTE 37 004 29 322 66 326
Taiwan 189 128 317
China 34 998 27 609 62 607
Japão 924 512 1 436
Correa do Sul 886 1 073 1 959
Macau 1 0 1
Mongólia 6 0 6
III.2- ASIA DO SUDESTE 12 380 9 801 22 181
Timor Leste 34 9 43
Camboya 7 0 7
Indonésia 1 349 623 1 972
Malásia 475 838 1 313
Filipinas 7 041 4 599 11 640
Singapura 425 197 622
Vietnam 2 861 3 492 6 353
Tailândia 188 43 231
III.3.- ASIA MELANESIA 1 765 267 2 032
Ilhas Salomão 4 1 5
Fiji 4 0 4
Nova Caledónia 1 4 5
Myamar 61 59 120
Corrêa do Norte 1 676 190 1 866
Papua Nova Guiné 19 13 32
III.4- ASIA MERIDIONAL 9 369 7 473 16 842
Afeganistão 13 4 17
Bangladesh 273 122 395
Siri Lanka 145 77 222
Continua
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 21
Quadro 11 - Chegadas de turistas às fronteiras nacionais por países
PAÍS DE ORIGEM ANOS
TOTAL 2016 2017
India 7 732 6 708 14 440
Maldivas 2 0 2
Nepal 126 66 192
Paquistão 1 078 496 1 574
IV- AUSTRALIA 1 261 730 1 991
Austrália 833 613 1 446
Nova Zelândia 428 117 545
V- EUROPA 213 051 134 456 34 7507
V.1-EUROPA CENTRA/ORIENT 12 027 6 353 18 380
Bulgária 377 254 631
República Checa 377 147 524
Eslováquia 93 10 103
Hungria 113 97 210
Polonia 1 736 1 392 3 128
Roménia 1 149 667 1 816
Rússia 2 119 0 2 119
Geórgia 8 2 10
Ucrânia 1 518 1 087 2 605
Letónia 162 42 204
Azerbaijana 192 77 269
Arménia 201 65 266
Bielorrússia 405 312 717
Estónia 59 23 82
Cazaquistão 247 126 373
Quirguistão 0 2 2
República de Moldávia 20 0 20
Lituânia 679 181 860
Feder. de Rússia 2 301 1 791 4 092
Tayikistan 4 0 4
Turquemenistão 43 1 44
Uzbequistão 224 77 301
V.2- EUROPA DO NORTE 31724 24 299 56 023
Dinamarca 1 009 492 1 501
Finlândia 202 83 285
Islândia 34 37 71
Irlândia 854 352 1 206
Noruega 1 622 1 178 2 800
Uk-Britanica 13 571 10 929 24 500
Suécia 1 249 272 1 521
Reino Unido 13 183 10 956 24 139
V.3- EUROPA MERIDIONAL 142220 84212 226432
Albânia 37 3 40
Andorra 3 0 3
Continua
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 22
Quadro 11 - Chegadas de turistas às fronteiras nacionais por países
PAÍS DE ORIGEM ANOS
TOTAL 2016 2017
Gibraltar 1 1 2
Grécia 295 111 406
Servia 807 215 1 022
Itália 4 450 2 841 7291
Malta 96 43 139
Portugal 130 323 76 984 207 307
Macedónia 99 34 133
Espanha 4 919 3 121 8 040
Bósnia e Herzegovina 76 36 112
Croácia 933 576 1 509
Eslovénia 94 206 300
Moldávia 87 41 128
V.4- EUROPA OCIDENTAL 24 010 17 567 41 577
Áustria 332 178 510
Bélgica 2 191 1 044 3 235
França 16 259 11 837 28 096
Alemanha 2 240 1 485 3 725
Luxemburgo 28 3 31
Mónaco 4 0 4
Holanda 2 448 2 471 4 919
Suíça 508 549 1057
V.5- EUROP MEDIT/ORIENTAL 3 070 2 025 5 095
Chipre 262 8 270
Israel 1 971 1 589 3 560
Turquia 837 428 1 265
VI.- MEDIO ORIENTE 8 238 4 334 12 572
VI.1-MEDIO ORIENTE 8 238 4 334 12 572
Palestina 42 13 55
Iraq 26 16 42
Jordânia 190 82 272
Líbano 7 455 3 327 10 782
Irão 93 43 136
Oman 0 2 2
Arabia Saudita 24 4 28
Síria 321 149 470
Emiratos Árabes Unidos 32 674 706
R.D.P.Yemen 27 13 40
Sharawi D 28 11 39
F- TOTAL GERAL 397 485 260 961 658 446
Fonte: Serviços de Migração e Estrangeiros
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 23
CAPÍTULO III
OCUPAÇÃO NAS UNIDADES DE ALOJAMENTO E RECEITAS III.1 OCUPAÇÃO NAS UNIDADES DE ALOJAMENTO
Os empreendimentos turísticos do país, alojaram mais 741 mil hóspedes no bieno 2016 - 2017. O número de dormidas associadas às deslocações turísticas atingiu a cifra de mais 2 milhões de dormidas. No que diz respeito à repartição por origem, os angolanos residentes com o peso de 61,5% representaram a maior proporção do total das dormidas no biénio, seguidos dos angolanos não residentes com 19,5% Por tipo de unidades, os hotéis com 61,5% foram os meios de alojamentos mais utilizados pelos hóspedes em comparação a outros meios de alojamentos. A permanência média dos hóspedes em todas as unidades de alojamento no biénio, situou-se em 3,8 noites. Por origem os estrangeiros com 4,7 noite destacaram-se em primeira posição, seguidos dos hóspedes angolanos 4,1 noites. Relativamente a taxa média de ocupação de quartos em todas as Unidades de alojamento, ela situou-se em 78,1% no ano de 2016 e 62,8% em 2017, representando uma variação negativa no ano de 2017 de 19,6% comparativamente ao ano de 2016.
Quadro 12 - Chegadas e dormidas de hóspedes por tipo de Unidades
Tipo e Unidades
Chegadas
Total
Dormidas
Total Ang. Resident
Ang.N/Resid Estrange. Ang.Resi Ang.N Estrange
Hotéis 110 022 46 212 84 043 240 277 1 188 708 221 376 381 492 1 791 576
Outros M. Alojamento
345 797 98 212 56 789 500 798 692 717 139 407 286 429 1 118 553
Total Geral 455 819 144 424 140 832 741 075 1 881 425 360 783 667 921 2 910 129
Fonte: Gabinetes Províncias da Cultura e Turismo
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0
Angolanos Residentes
Angola não residentes
Estrangeiros
61,5
19,5
19,0
Gráfico 12 - Permanência média de hóspedes em todas as unidades de alojamento no biénio 2016-2017
Gráfico 11 - Percentagem de hóspedes em todas Unidades de alojamento no biénio 2016-2017
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
Angolanos Residentes
Angola Não residentes
Estrangeiros
4,1
2,5
4,7
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 24
III.2 RECEITAS POR TIPO DE UNIDADES O fluxo de hóspedes em todas as unidades de alojamento com o destaque aos angolanos
residentes, a realização de diversos eventos viradas para o negócio, proporcionou ao sector
privado arrecadar mais de Akz 232 Mil milhões no biénio 2016 - 2017.
Neste período os Restaurantes e Similares com 44,39% e os Hotéis com 20,0% representaram
as maiores proporções na arrecadação das receitas.
Em termos de variações o ano de 2017, apresentou uma variação negativa de 10 ou seja menos
de Akz 12 Mil milhões comparativamente ao ano de 2016.
Quadro 13 - Receitas por tipo de Unidades
Unidades Receitas AKZ Mil milhões
Total 2016 2017
Hotéis 35 419,00 20 306,98 55 725,98
Outros Meios de Alojamento 20 741,00 24 468,40 45 209,40
Restaurantes e Similares 56 829,00 46 281,67 103 110,67
Agências de Viagens 9 385,00 18 841,35 28 226,35
Total Geral 122 374,00 109 898,40 232 272,40
Fonte: Gabinetes Províncias da Cultura e Turismo
Gráfico 13 - Percentagem das receitas por tipo de unidades no biénio 2016 – 2017
0,0
5,0
10,0
15,020,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
Hotéis Outros Meiosde Alojamento
Restaurantes eSimilares
Agências deViagens
24,019,46
44,39
12,15
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 25
CAPÍTULO IV
BALANÇA DE PAGAMENTOS
Ao abrigo da Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Longo Prazo “Angola 2025”, e
nomeadamente do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) para o período 2013-2017, foram
definidos os objectivos estratégicos para o desenvolvimento da economia nacional.
Tais objectivos incluem a diversificação da economia nacional com base no desenvolvimento do
sector não petrolífero, propiciando-se assim a criação de empregos como principal fonte de
rendimentos para a maioria das famílias, a partir dos quais melhorarão as suas condições de
vida.
A indústria do turismo pode ser um elemento chave para o executivo angolano lograr o objectivo
de diversificação da economia, por se tratar de um sector preponderante para um crescimento
económico robusto, rumo ao desenvolvimento económico sustentável, fruto quer do potencial
existente, como pela baixa capacidade de recursos que actualmente são explorados.
Por tradição, a conta de serviços da Balança de Pagamentos de Angola regista saldos deficitários
constantes, dado o baixo nível de serviços que o país vende ao exterior e em contrapartida o
país compra do estrangeiro uma conta onerosa de diferentes tipos de serviços.
Na conta de serviços da balança de pagamentos, há uma rubrica (subconta) denominada
“Viagens” cujo comportamento durante o período em análise pode ser acompanhado no quadro
abaixo:
Quadro 14 - Viagens e Crédito
Descrição Anos
Var. (%) Pesos (%) 2016 2017
Viagens, Crédito 622,8 880,4 41,4 100,0
Viagens de negócios 530,5 781,8 47,4 88,8
Viagens pessoais 92,3 98,6 6,7 11,2
Viagens, Débitos 593,9 976,5 64,4 100,0
Viagens de negócios 37,3 300,7 705,6 30,8
Viagens pessoais 556,6 675,8 21,4 69,2
Viagens, Líquidos 28,9 -96,1 -432,9
Fonte: Banco Nacional de Angola
As receitas resultantes da entrada de turistas no território nacional em 2017 foram inferiores
em relação às despesas de turismo no exterior, o que na perspectiva da Balança de Pagamentos
representou um saldo deficitário (saída de divisas do País) nesta componente de serviços.
De acordo com os dados preliminares da Balança de Pagamentos de 2017, a rubrica de viagens
registou um saldo deficitário de US$ 96,1 milhões contra um saldo superavitário de US$28,9
milhões do ano 2016, uma variação negativa na ordem de 432,9%. Apesar de ter aumentado as
receitas na ordem de 41,4%, contribuiu negativamente para a situação deficitária o aumento
das despesas decorrentes da actividade de negócios ao exterior em cerca de 705.6%,
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 26
consolidada pela actividade turística com cerca de 21,4% atingiram um montante avaliado em
US$ 976,5 milhões.
As viagens de negócios continuaram a destacar-se como o principal motivo para a entrada de
turistas em Angola, com um peso de 88,8% do valor total em 2017, ao passo que o turismo
pessoal representou apenas 11,2%. Por sua vez, as viagens pessoais destacaram-se como
principal motivo do turismo de residentes angolanos no exterior, com um peso de 69,2%,
enquanto as viagens de negócio representaram apenas 30,8% do valor total.
Os dados aqui apresentados, vislumbra-se um potencial ainda pouco explorado e uma taxa de
progressão muito alta, o que pressupõe que ao nível de infra-estrutura como de capital humano,
ainda há muito investimento a ser feito, para “atrair” mais turistas de lazer, principalmente o
turismo interno, pois continua a ser a base estrutural da posição deficitária desta rubrica da
balança de pagamento.
Na actual conjuntura, face ao desafio da diversificação da economia, é imperioso incentivar o
aumento do investimento que alavanque a actividade de prestação de serviços turísticos, tendo
em conta o enorme potencial do país, estimulando o desenvolvimento da indústria do turismo,
para que se diversifique as fontes de receitas não petrolíferas, e consequentemente, o
desiderato da diversificação da economia angolana.
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 27
CAPÍTULO V EMPREGOS POR TIPO DE UNIDADES
O turismo, é uma actividade de importância fundamental para o crescimento da economia do
país devido, não somente a sua contribuição para o PIB, como também pela sua potencial
capacidade de geração de emprego e renda, com impactos na melhoria da qualidade de vida da
população.
Analisando a geração de empregos no sector apuramos que em 2017, o sector empregou mais
de 223 mil trabalhadores representando uma variação positiva de 0,95% ou seja 2.118 novos
empregos comparativamente ao ano de 2016.
Em termos de repartição de empregos por tipo de unidades, os Restaurantes e Similares com
47,7% e os hotéis com 21,4%, a presentaram as maiores proporções do emprego em 2017.
No que diz respeitos às características sociodemográficas, verificou-se uma proporção ligeira do
sexo masculino com 50,8% em relação ao sexo feminino que situou-se em 49,3%.
Em termos de variação do emprego por tipo de unidades, os restaurantes e similares
proporcionaram variação positiva de 1,25% correspondendo a 1.314 novos empregos no ano de
2017, comparativamente ao ano de 2016.
Quadro 15 - Repartição de empregos por tipo de Unidades em 2017
Tipo de Unidades Homens Mulheres Total
Hotéis 26 266 21 650 47 916
Meios Complementares de Alojamento 22 200 23 680 45 880
Restaurantes e Similares 55 694 51 135 106 829
Agências de Viagens e Turismo 9 387 13 953 23 340
Total Geral 113 547 110 418 223 965
Fonte: Gabinetes Províncias da Cultura e Turismo
Quadro 16 - Repartição de empregos por tipo de Unidade 2016 - 2017
Tipo de Unidades 2016 2017
Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total
Hotéis 26 119 21 508 47 627 26 266 21 650 47 916
Meios Complementares de Alojamento
22 019 23 477 45 496 22 200 23 680 45 880
Restaurantes e Similares 55 053 50 462 105 515 55 694 51 135 106 829
Agências de Viagens e Turismo 9 325 13 884 23 209 9 387 13 953 23 340
Total Geral 112 516 109 331 221 847 113 547 110 418 223 965
Fonte: DNQIPT e Gabinetes Províncias da Cultura e Turismo
Gráfico 14 - Crescimento do emprego por tipo de Unidades em 2017
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Hotéis
Outros Meios de Alojamento
Restaurantes e Similares
Agências de Viagens
0,61
0,84
1,25
0,52
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 28
CAPÍTULO VI
REDE HOTELEIRA E SIMILAR DO PAÍS
A rede hoteleira e Similar do País, apresentou sinais evolutivos no biénio 2016- 2017. Os
resultados que se segue, demonstram que este segmento, representa para o universo, a
actividade turística no país que vem se fortalecendo e considerando-se nos últimos anos, como
um importante vector da economia nacional.
No ano de 2017, estiveram em funcionamento mais de 7 mil unidades hoteleiras, Restaurantes
e Similares e Agências, de interesse turístico o que representa uma grande significância para o
desenvolvimento do turismo, correspondente a um acréscimo de 12,7% ou seja 853 novas
unidades em comparação ao ano de 2016.
Por tipo de unidades, os Restaurantes e Similares com 74,3% e outros meios de alojamento
18,5% representaram as maiores proporções em termos da rede hoteleira e Similar no ano de
2017.
A distribuição geográfica da rede hoteleira e similar do País, o gráfico nº 12 demonstra que as
províncias de Luanda com 35,5%, Benguela 17,5% e Huila 13,9% representaram as maiores
proporções da rede hoteleira do País no ano de 2017.
Em termos de quartos nos hotéis e outros meios de alojamento, o país registou mais de 27 mil quartos, representando uma variação positiva de 10% em comparação ao ano de 2016. Considerando o tipo de unidade, os hotéis representaram 46% os outros meios de alojamento atingiram o peso total de 54%. Por províncias, Luanda com 52%, Benguela 14% e Huíla 5%, atingiram maiores proporções.
Quadro 17 - Rede hoteleira e Similar do País
Tipo de Unidades Anos
2016 2017
Hotéis 220 233
Outros Meios de Alojamento 1 342 1 399
Restaurantes e Similares 4 924 5 629
Agências de V. e Turismo 234 312
Total Geral 6 720 7 573
Fonte: DNQIPT e Gabinetes Províncias da Cultura e Turismo
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 29
Quadro 18 - Rede hoteleira e Similar em funcionamento por Províncias em 2017
Províncias Hotéis Apart
Pensões Aldea.
Hospedaria Rest. Simil. AVT Total hotéis Turístico
Bengo 2 0 14 12 42 0 70
Benguela 22 3 89 2 88 1 100 23 1 327
Bié 1 0 23 0 11 47 4 86
Cabinda 10 1 35 5 14 95 9 169
Cunene 2 0 29 0 5 198 2 236
Huambo 8 2 45 2 37 288 6 388
Huila 13 0 17 14 86 920 6 1 056
Cuanza Norte 4 0 7 0 8 52 0 71
Cuanza Sul 21 0 33 6 67 215 0 342
Cuando Cubango 3 0 2 2 8 99 1 115
Luanda 109 12 227 50 254 1 790 250 2 692
Lunda Norte 0 0 16 0 1 55 4 76
Lunda Sul 2 0 7 5 2 25 3 44
Malanje 8 0 19 0 18 134 179
Moxico 5 0 16 0 5 48 1 75
Namibe 4 0 23 6 15 197 1 246
Uíge 10 1 19 0 10 291 2 333
Zaire 9 1 15 1 9 33 0 68
Total 233 20 622 107 650 5629 312 7 573
Fonte: DNQIPT e Gabinetes Províncias da Cultura e Turismo
Gráfico 15 - Percentagem da Rede hoteleira e Similar por Província no biénio 2016-2017
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0
Bengo
Benguela
Bié
Cabinda
Cunene
Huambo
Huila
C. Norte
Cuanza Sul
C.Cubango
Luanda
Lunda Norte
Lunda Sul
Malanje
Moxico
Namibe
Uíge
Zaire
0,9
17,5
1,1
2,2
3,1
5,1
13,9
0,9
4,5
1,5
35,5
1,0
0,6
2,4
1,0
3,2
4,4
0,9
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 30
Quadro 19 - Classificação dos Hotéis por Províncias em 2017
PROVINCIA CATEGORIAS
Total 1 Estrela 2 Estrelas 3 Estrelas 4 Estrelas 5 Estrelas
Bengo 1 0 1 0 0 2
Benguela 4 5 9 4 0 22
Bié 0 1 0 0 0 1
Cabinda 3 3 4 0 0 10
Cunene 0 2 0 0 0 2
Huambo 1 4 2 1 0 8
Huíla 3 2 4 2 0 11
Cuanza Norte 0 1 2 1 0 4
Cuanza Sul 6 5 10 0 0 21
Cubango Cuando 0 2 1 0 0 3
Lunda Norte 0 0 0 0 0 0
Lunda Sul 0 0 2 0 0 2
Luanda 33 28 34 8 3 106
Malanje 2 4 2 0 0 8
Moxico 3 0 2 0 0 5
Namibe 0 1 2 1 0 4
Uíge 3 1 6 0 0 10
Zaire 7 2 1 0 1 11
TOTAL 66 61 82 17 4 230
Fonte: DNQIPT e Gabinetes Províncias da Cultura e Turismo
Quadro 20 - Capacidade de alojamento por Províncias em 2017
PROVINCIA Hotéis Outros meios de alojamento
Total (Hotéis + outros meios de alojamento)
Quartos Camas Quartos Camas Quartos Camas
Bengo 80 144 305 372 385 516
Benguela 1 378 1 816 1 255 1 685 2 633 3 501
Bié 71 114 471 514 542 628
Cabinda 885 1091 223 248 1 108 1 339
Cunene 86 90 545 750 631 840
Huambo 343 349 935 1053 1 278 1 402
Huíla 1 081 1 402 673 749 1 754 2151
Cuanza Norte 119 172 108 121 227 293
Cuanza Sul 747 930 375 420 1 122 1 350
Cubango Cuando 74 102 257 286 331 388
Lunda Norte 0 0 204 279 204 279
Lunda Sul 118 152 189 234 307 386
Luanda 6 725 8 704 6 061 10 352 12 786 19 056
Malanje 369 427 300 350 669 777
Moxico 159 213 235 246 394 459
Namibe 347 361 381 395 728 756
Uíge 832 1123 487 526 1 319 1 649
Zaire 378 530 352 387 730 917
TOTAL 12 950 16 411 11 801 17 123 27 148 36 687
Fonte: DNQIPT e Gabinetes Províncias da Cultura e Turismo
ANUÁRIO DE ESTATÍSTICA DO TURISMO DE 2016 - 2017 31